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Aula 08

Direito Tributário p/ SEFAZ-RR (Fiscal de Tributos) - Com videoaulas

Professor: Fábio Dutra


Direito Tributário para SEFAZ - Roraima
Curso de Teoria e Questões
Prof. Fábio Dutra- Aula 08

AULA 08: Responsabilidade Tributária

SUMÁRIO PÁGINA
Observações sobre a aula 01
Responsabilidade Tributária 02
Responsabilidade por Substituição 08
Responsabilidade por Transferência 12
Responsabilidade por Infrações 58
Lista das Questões Comentadas em Aula 69
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 89

Observações sobre a Aula

Olá, prezado concurseiro(a)! Tudo bem?

Pronto para dar mais um passo rumo à sua aprovação? Estamos a cada
dia mais próximos!

O tema da aula de hoje é Responsabilidade Tributária. Um tema muito


bom de se estudar. Espero que você goste da aula! Vamos trabalhar com
diversas questões de alto nível!

Não se esqueça: todas as questões que você entender relevantes ou


difíceis, grife ao lado, para posterior revisão. Na semana que anteceder a
prova, vamos correr atrás do que você pode esquecer, e não do que já ficou
“memorizado”! Tudo bem?

Então, comecemos a aula!

Observação: Quando você encontrar alguma questão com o título


“Adaptada” no nosso curso, saiba que isso não significa que alteramos a
estrutura e o conteúdo da questão. Houve apenas uma pequena adaptação no
enunciado, para que torne possível exercitá-la, no estilo “Certo” e “Errado”.
Ok?

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1 - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

Retomando o que foi visto na aula anterior, acerca dos elementos


subjetivos da relação jurídico-tributária, vimos que o sujeito passivo pode ser
contribuinte ou responsável, correto?

É contribuinte, nos dizeres do art. 121 do CTN, quando tenha relação


pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador. Por outro lado, é responsável, quando esteja obrigado por lei a
pagar o tributo, mas não seja contribuinte, isto é, não possua uma relação
pessoal e direta com o evento que fez acontecer o fato gerador.

Costuma-se dizer que a responsabilidade do contribuinte pelo


cumprimento da obrigação tributária é originária, pois decorre do próprio fato
gerador. Já a responsabilidade do responsável é derivada, pois decorre da lei.

A responsabilidade tributária, colega, é uma forma do Fisco otimizar a


atividade de fiscalização e arrecadação tributária. Relembre o exemplo
citado na aula anterior sobre o IR. O que seria mais fácil: fiscalizar o
recolhimento do IR de todos os contribuintes pessoas físicas ou das empresas?
Levando em consideração que as empresas podem contratar milhares de
empregados, certamente o controle destas será mais efetivo.

Nessa esteira, por não fazer acontecer o fato gerador, deve-se haver
uma lei que preveja tal responsabilidade, afinal de contas, repita-se, ninguém
é obrigado a fazer ou deixar de fazer nada, senão em virtude de lei
(CF/88, art. 5º, II). Por consequência, as convenções particulares não
podem modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações
tributárias (CTN, art. 123).

Observação: Nunca se esqueça de que para ser contribuinte também se


faz necessário haver previsão legal. Vamos reforçar: quando uma lei institui
um tributo, deve haver previsão de fato gerador, base de cálculo,
alíquotas e contribuintes. Caso contrário, não há elemento subjetivo na
relação jurídico-tributária.

Um detalhe que não pode ser confundido pelo candidato é a diferença


entre sujeito passivo indireto com sujeito passivo de tributo indireto.

O sujeito passivo indireto, como já estudamos, é o responsável pelo


adimplemento da obrigação tributária. Já o sujeito passivo dos tributos
indiretos pode ser tanto o contribuinte como o responsável, se houver. O
contribuinte, neste caso, a quem nos referimos é o de direito, já que nesses
tributos também há a figura do contribuinte de fato, o qual, como já foi
estudado, não integra a relação jurídico-tributária. É o caso da TV de LED e
o pagamento do ICMS citado na aula anterior. Está lembrado?

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Lembre-se de que, nos tributos diretos, há identidade


entre os contribuintes de direito e de fato.

O CTN, ao iniciar a abordagem do tema “Responsabilidade Tributária”,


estabeleceu o seguinte:

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir
de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a
terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou
parcial da referida obrigação.

Observação: Não se esqueça de que o crédito tributário, como será visto em


outra aula, é a obrigação tributária exigível, com o lançamento.

Há que se destacar também que a pessoa eleita pela lei como


responsável pelo pagamento do tributo deve possuir uma vinculação, ainda
que mínima, com o fato gerador da respectiva obrigação, conforme se
destaca no artigo supracitado.

O dispositivo ainda evidencia a possibilidade de o responsável ser o


único obrigado ao cumprimento da obrigação, hipótese em que haverá
exclusão da responsabilidade do contribuinte. Também há possibilidade
de o contribuinte ser colocado na posição subsidiária (supletiva), ou
seja, caso o responsável não realize o pagamento da obrigação, chama-se o
contribuinte para arcar com o ônus.

Por último, também há permissão no CTN (art. 134) para que o


responsável seja colocado na condição de subsidiário. Dessa forma, a
obrigação deve ser cumprida pelo contribuinte, que, não o fazendo, torna-se
exigível do responsável legal.

Resumindo, veja que o responsável surge na obrigação tributária de três


modos distintos:

 O responsável fica obrigado a pagar, excluindo qualquer responsabilidade


do contribuinte (o contribuinte é excluído da relação jurídica);
 O responsável é obrigado a cumprir a obrigação. Caso não cumpra, exige-se
do contribuinte (o contribuinte é subsidiário);
 O contribuinte é obrigado a cumprir a obrigação. Caso não cumpra, exige-se
do responsável (o responsável é subsidiário).

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O que acabamos de ver diz respeito à intensidade com


que o contribuinte ou o responsável tem perante a
obrigação tributária.

Além da questão da intensidade em relação ao cumprimento da


obrigação tributária, outro aspecto importante é saber em que momento o
responsável assunto o dever de pagar, antes ou depois do fato gerador.

Quando o vínculo jurídico do responsável surge antes ou mesmo no


momento da ocorrência do fato gerador, diz-se que a modalidade de
responsabilidade é por substituição. Por outro lado, se o responsável entra
em cena em momento posterior à ocorrência do fato gerador, trata-se da
responsabilidade por transferência.

A doutrina ainda divide a responsabilidade por transferência em


responsabilidade por solidariedade, por sucessão e de terceiros.

Vamos ver cada uma dessas modalidades (transferência e substituição)


separadamente. De antemão, vamos esquematizar da forma como o assunto
tem sido cobrado em provas:

Progressiva/Regressiva

Por Substituição Resp. Terceiros c/ atuação irregular

Resp. por Infrações


Responsabilidade
Tributária
Resp. por Sucessão

Resp. por Solidariedade


Por Transferência

Resp. Terceiros c/ atuação regular

Observação: Recomendo que, após a leitura da aula por completo, você


retorne a esse esquema e veja se o teu raciocínio está correto. Caso reste
alguma dúvida, estamos no fórum para elucidá-la.

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Questão 01 – FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Em se tratando de responsabilidade tributária, pessoa que não tenha praticado


o fato gerador não pode ser sujeito passivo da relação tributária.

Comentário: Sabemos que aquele que pratica o fato gerador é o contribuinte,


mas também pode ser sujeito passivo da relação tributária a pessoa que não
tenha praticado o fato gerador, caso a lei assim o determine, situação em que
será considerado responsável tributário. Questão errada.

Questão 02 – FCC/AUDITOR-TCE-AL/2008

‘Contribuinte’ é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que
constitui fato gerador.

Comentário: Conforme previsto no art. 121, par. único, I, do CTN,


contribuinte é o sujeito passivo da obrigação principal que possua relação
pessoal e direta com o fato gerador. Questão correta.

Questão 03 – FCC/AFR-SP/2009

A respeito da sujeição passiva da obrigação tributária principal, é possível


afirmar que o contribuinte é sujeito passivo indireto e o responsável tributário
é sujeito passivo direto.

Comentário: Na verdade, é exatamente o contrário: sujeito passivo direto é o


contribuinte, e sujeito passivo indireto é o responsável. Questão errada.

Questão 04 – CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015

A responsabilidade tributária derivada é aquela que é transferida a terceiro que


tenha ligação direta e pessoal com o fato gerador da obrigação, sem que
decorra de expressa previsão legal.

Comentário: A responsabilidade derivada está relacionada ao responsável, e


não ao contribuinte, que seria quem possui relação pessoal e direta com o fato
gerador da obrigação. Questão errada.

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Questão 05 – CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015

A responsabilidade tributária originária é aquela que ocorre com o


inadimplemento da obrigação tributária por parte do contribuinte.

Comentário: A responsabilidade originária decorre da relação pessoal e direta


do contribuinte com o fato gerador da obrigação tributária, e não por conta do
inadimplemento da obrigação tributária por parte deste. Questão errada.

Questão 06 – CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015

A sujeição passiva indireta pode ser fruto de uma responsabilidade por


sucessão, o que caracteriza uma das modalidades de responsabilidade por
transferência.

Comentário: De fato, a sujeição passiva indireta, ou seja, o responsável pode


entrar em cena por conta da responsabilidade por sucessão, sendo esta uma
das modalidades de responsabilidade por transferência. Questão correta.

Questão 07 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

É possível que sujeito passivo de obrigação principal figure como responsável,


ainda que a obrigação não decorra de disposição expressa em lei.

Comentário: Para que uma pessoa se torne sujeito passivo de obrigação


tributária principal, na condição de responsável, é necessário que haja
expressa disposição em lei, conforme preceitua o art. 121, par. único, II,
combinado com o art. 128, ambos do CTN. Questão errada.

Questão 08 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

De acordo com a sistemática do CTN, a lei pode atribuir expressamente a


responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, ainda que não
vinculada ao fato gerador da obrigação.

Comentário: De acordo com o art. 128 do CTN, a terceira pessoa a quem a lei
atribua a responsabilidade pelo crédito tributária deve possuir algum vínculo
com a situação que constitua o fato gerador da obrigação. Questão errada.

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Questão 09 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

De acordo com o estabelecido no CTN, obrigação e responsabilidade tributária


são equivalentes, não se podendo atribuir responsabilidade tributária a terceira
pessoa que não o contribuinte.

Comentário: Em primeiro lugar, o conceito de obrigação não se confunde com


responsabilidade tributária. O CTN conceitua responsável como sendo a
terceira pessoa que deve cumprir a obrigação tributária. Logo, a questão está
errada.

Questão 10 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2010

O responsável ou sujeito passivo indireto é todo aquele obrigado ao


pagamento do tributo ou penalidade pecuniária, mesmo sem revestir-se da
condição de contribuinte.

Comentário: De fato, a principal característica do responsável tributário é a


obrigação de pagar tributo ou penalidade pecuniária, não se revestindo da
condição de contribuinte, decorrendo esta obrigação de expressa determinação
legal. Questão correta.

Questão 11 – ESAF/AFRFB/2009

Sabendo-se que a fonte pagadora é responsável pela retenção do imposto de


renda, não pode ser imputada ao contribuinte a obrigação pelo pagamento do
tributo, caso o imposto não tenha sido recolhido.

Comentário: O art. 128 do CTN afirma que há possibilidade de o contribuinte


ser colocado na posição subsidiária (supletiva), ou seja, caso o responsável
não realize o pagamento da obrigação, chama-se o contribuinte para arcar
com o ônus. Questão errada.

Questão 12 – FGV/AFRE-RJ/2009

O contrato firmado com o alienante, pelo qual este assume a responsabilidade


pelos débitos gerados durante sua gestão, poderá ser oposto, pelo adquirente,
ao Fisco.

Comentário: Estabelece o art. 123 do CTN que, salvo disposição de lei em


contrário, as convenções particulares – como os contratos, por exemplo -
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser

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opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo


das obrigações tributárias correspondentes. Questão errada.

Questão 13 – ESAF/AFRFB/2009

O transportador, ao firmar termo de responsabilidade por determinada


mercadoria, pode ser considerado, por ato da autoridade administrativa,
responsável pelo pagamento do ICMS.

Comentário: Grave que somente a lei pode atribuir responsabilidade a


terceira pessoa, vinculada ao fato gerador. Portanto, o ato da autoridade
administrativa não tem esse condão. Questão errada.

2 – RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO

Essa modalidade de responsabilidade tributária também é denominada


responsabilidade originária, título que não vem por acaso, já que o
responsável fica obrigado no momento da ocorrência do fato gerador ou até
mesmo antes dele.

Veja um exemplo mais do que repetido no nosso curso: imposto de


renda das pessoas físicas. Quando a lei atribui a responsabilidade das fontes
pagadoras em reter o valor do imposto para posterior recolhimento, esta
obrigação surge no momento da ocorrência do fato gerador, de forma que o
contribuinte (aquele que auferiu os rendimentos) fica substituído.

Observação: À pessoa que substitui o contribuinte, dá-se o nome de


responsável por substituição, contribuinte substituto, substituto
tributário, ou, o mais comum, simplesmente responsável.

Há que se ressaltar dois casos em que ocorre responsabilidade por


substituição: substituição tributária regressiva (para trás) e
substituição tributária progressiva (para frente).

2.1 – Substituição tributária regressiva

A sistemática da substituição tributária regressiva consiste na


substituição das pessoas que estão nas etapas anteriores da cadeia de
produção ou circulação de mercadorias.

Observação: A substituição tributária regressiva também é denominada


“para trás” e antecedente.

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Se quem está “atrás” é substituído, o que ocorre, na verdade, é o


diferimento do pagamento dos tributos devidos.

A princípio, parece confuso entender que na substituição regressiva


ocorre diferimento do pagamento. Mas, veja que é bastante simples de
entender: se a pessoa que faz acontecer o fato gerador é substituída por outra
que se situa em momento posterior na cadeia de produção, há, por
conseguinte, recolhimento a posteriori.

Vamos exemplificar!

Imagine que um grande frigorífico brasileiro tenha como fonte de


insumos (carne bovina) diversos e pequenos criadores espalhados pelo Brasil
afora. Como os criadores não possuem escritório, nem qualquer outro aparato
fiscal ou contábil, ou seja, tudo é feito lá no meio do “mato”, a lei pode
estipular que o adquirente dessas mercadorias (frigorífico) venha se tornar
responsável por substituição.

Novamente, o raciocínio é o de que o Fisco deve buscar o modo que


otimize a sua atividade de fiscalização e arrecadação tributária. Como
você já deve imaginar, é muito mais simples fiscalizar escritório o de uma
grande empresa, do que ir no meio da “roça” fiscalizar pequenos contribuintes.

DICA DE PROVA: Para facilitar a memorização, guarde que, na substituição


“para trás”, quem fica para trás (no elo anterior da cadeia) é
substituído. Simples, não? Como consequência lógica, paga o tributo quem
vem depois, ou seja, o recolhimento é posterior.

2.2 – Substituição tributária progressiva

Na substituição tributária progressiva, ocorre exatamente o oposto do


que acabamos de ver. Ou seja, as pessoas que estão nas etapas
posteriores são substituídas pelas ocupam posição anterior na cadeia
de produção e circulação de mercadorias.

Observação: A substituição tributária progressiva também é denominada


“para frente” e consequente.

Assim, se quem está “na frente” é substituído, a decorrência lógica é


haver a antecipação do pagamento dos tributos. O raciocínio é
exatamente o contrário do que vimos no tópico anterior, ao tratar da
substituição tributária regressiva.

Vamos imaginar o caso da incidência do ICMS sobre as operações de


venda de veículos novos. Quando o veículo é produzido na indústria e vendido
às concessionárias, ocorre o fato gerador do ICMS. Posteriormente, quando

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você compra o seu carro “zero” na concessionária, uma nova incidência do


ICMS ocorre.

Contudo, a concessionária (etapa posterior) pode ser substituída pela


indústria automobilística (etapa anterior), ocorrendo antecipação do
pagamento do ICMS, e surgimento da substituição tributária progressiva.

A sistemática ocorre com base na presunção da base de cálculo e


do fato gerador que ainda irão ocorrer. Ou seja, o valor pelo qual a
mercadoria será revendida pela concessionária é presumido em momento
anterior, com base no regime de valor agregado, estabelecido pelo art. 8º
da Lei Kandir (LC 87/96).

Na substituição tributária progressiva, o substituto surge


antes mesmo da ocorrência do fato gerador.

Por mais que se argumente que a sistemática agrida o princípio da


tipicidade, por exemplo, por se cobrar algo sem que tenha havido a
subsunção do fato à norma tributária, é de se ressaltar que há previsão
constitucional para tal situação, conforme verificamos a seguir:

Art. 150 - (...):

§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a


condição de responsável pelo pagamento de imposto ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga,
caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

Observação: Lembre-se de que nós estudamos em outra aula que, em se


tratando de ICMS, cabe à lei complementar dispor sobre substituição
tributária. A Lei Kandir (LC 87/96) cumpriu com esse papel.
Lembre-se também de que apenas a substituição progressiva foi
prevista na CF/88.

Ademais, o entendimento do STF (RE 213.396) e do STJ (REsp 89.630) é


no sentido da constitucionalidade da substituição tributária progressiva.
Aliás, esta Corte decidiu que, o pagamento antecipado não se confunde
com o recolhimento do tributo.

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Na substituição tributária progressiva, não há


recolhimento antes da ocorrência do fato gerador,
mas apenas antecipação do pagamento realizada
por responsável definido em lei. Embora pareça
confuso, o assunto já caiu em provas!

Note também que o § 7º, do art. 150, da CF/88, restringiu a


sistemática da substituição tributária progressiva apenas aos impostos
e contribuições. A restrição faz total sentido, tendo em vista que não seria
possível estendê-la aos tributos vinculados (taxas e contribuições de
melhoria), a fim de ser feita a cobrança antes da prestação da atividade
estatal.

Cabe ainda destacar que o legislador constituinte assegurou a imediata e


preferencial restituição do valor que foi pago ao Fisco, caso não se realize o
fato gerador presumido. Em nosso exemplo, a restituição ocorreria se o veículo
ficasse “encalhado” no pátio da concessionária, devendo ser devolvido ao
industrial.

“Professor, e se a base de cálculo real for diferente (maior ou menor) da


presumida? Nesse caso, deve-se restituir o que foi pago a maior ou realizar
pagamento complementar?” Atualmente, sim!!! Vamos ver o porquê!

Anteriormente, o STF (ADI 1.851/AL) entendia que o fato gerador


presumido não seria provisório, mas sim definitivo. Portanto, o fato de a base
de cálculo presumida ser diversa da base de cálculo definitiva não ensejaria
restituição ou complementação do imposto pago pelo sujeito passivo, salvo
quando não se realizar o fato gerador presumido, como já comentado acima.

Ocorre que, em outubro de 2016, ao julgar o Recurso Extraordinário


593.849, com repercussão geral reconhecida, o STF fixou a seguinte tese
(grifamos): “É devida a restituição da diferença do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago a mais no regime de
substituição tributária para a frente se a base de cálculo efetiva da
operação for inferior à presumida”.

No voto proferido pelo relator Ministro Edson Fachin, foi dito que “a
tributação não pode transformar uma ficção jurídica em uma verdade absoluta,
tal como ocorreria se o fato gerador presumido tivesse caráter definitivo, logo,
alheia à realidade extraída da realidade do processo econômico”.

Ao fim do julgamento, o plenário modulou os efeitos da referida decisão,


restringindo-os apenas às ações judiciais que estejam pendentes e aos
casos futuros. Trata-se de uma forma de permitir o realinhamento das
administrações tributárias à alteração jurisprudencial da Suprema Corte.

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Se o fato gerador presumido não ocorrer, é


assegurada a devolução do que foi pago.

Caso ocorra o fato gerador, e a base de cálculo seja


efetiva seja inferior à presumida, haverá
restituição da diferença!

DICA DE PROVA: Para facilitar a memorização, guarde que, na substituição


“para frente”, quem fica para frente (no elo posterior da cadeia) é
substituído. Simples, não? Como consequência lógica, paga o tributo quem
vem antes, ou seja, o pagamento é anterior.

3 – RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA

Diferentemente do que ocorre na responsabilidade por substituição,


neste caso o responsável tributário somente passa a ser devedor da
obrigação tributária após a ocorrência do fato gerador.

Pode-se dizer, portanto, que, ocorrido o fato gerador, tem-se o


contribuinte como devedor da obrigação tributária. No entanto, diante da
ocorrência de certos fatos, o responsável pode assumir a obrigação no lugar do
contribuinte.

Como foi visto anteriormente, a doutrina divide a responsabilidade por


transferência em responsabilidade “por solidariedade”, “por sucessão” e “de
terceiros”. Vamos estudar, a partir de agora, cada um deles!

Por questão de organização da nossa aula, os três tipos de


responsabilidade por tranferência serão classificados em tópicos autônomos,
mas não deixam de pertencer a esse assunto.

Questão 14 – FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Em se tratando de responsabilidade tributária, na substituição tributária para


frente, há uma postergação do pagamento do tributo, transferindo-se a
obrigação de reter e recolher o montante devido, que seria do vendedor, ao
adquirente dos produtos e serviços.

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Comentário: Na substituição tributária progressiva, ou para frente, ocorre


exatamente o contrário, ou seja, há a antecipação do pagamento do tributo.
Assim sendo, as pessoas que estão nas etapas posteriores são substituídas
pelas ocupam posição anterior na cadeia de produção e circulação de
mercadorias. Questão errada.

Questão 15 – CESPE/PGE-BA-Procurador do Estado/2014 - Adaptada

No caso do tributo de ICMS, a substituição tributária para trás corresponde a


uma espécie de responsabilidade de terceiros por transferência.

Comentário: A substituição tributária para trás (ou regressiva), como o


próprio nome já diz, se refere a uma responsabilidade por substituição, e não
por transferência. Questão errada.

Questão 16 – CESPE/SECONT-AUDITOR-ES/2009

O instituto jurídico tributário que atribui a responsabilidade pelo pagamento do


tributo a terceira pessoa que, desde o nascimento da obrigação tributária, já
tem com ela o dever de recolhê-lo chama-se de substituição tributária.

Comentário: Vimos que na substituição tributária, a responsabilidade pelo


pagamento do tributo pode surgir desde o nascimento da obrigação tributária,
ou até mesmo antes da ocorrência do fato gerador, como ocorre na sistemática
da substituição tributária progressiva. Questão correta.

Questão 17 – FGV/SEAD-AP-Fiscal/2010

O parágrafo 7º do artigo 150 da Constituição Federal, ao prever que "a lei


poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição
da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido", acabou
instituindo o que a doutrina denomina "substituição tributária para frente".

Em relação a esse instituto, examine as afirmativas a seguir.

I. Denomina-se substituto tributário aquele sujeito em nome de quem é feito o


recolhimento antecipado e que deverá promover a operação futura.
II. Em que pese o fato de a substituição tributária para frente viabilizar a
tributação antes mesmo da ocorrência do fato gerador, razão pela qual sofreu
severas críticas doutrinárias, o Supremo Tribunal Federal declarou a
constitucionalidade dessa sistemática de instituição e cobrança de tributos.

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III. De acordo com a jurisprudência pacífica do STF, caso o evento futuro não
ocorra, ou ocorra com base de cálculo menor do que aquela sobre a qual foi
feita a antecipação do recolhimento, é necessária a imediata e preferencial
restituição do excesso recolhido.
Assinale:

a) se somente as afirmativas I e II forem verdadeiras.


b) se todas as afirmativas forem verdadeiras.
c) se somente as afirmativas I e III forem verdadeiras.
d) se somente a afirmativa III for verdadeira.
e) se somente a afirmativa II for verdadeira.

Comentário:

Item I: A assertiva trata do conceito do substituído. O substituto é a pessoa


que paga o tributo. Item errado.

Item II: A substituição tributária progressiva já foi considerada constitucional


pelo STF. Portanto, o item está correto.

Item III: A restituição da quantia paga só ocorrerá se o fato gerador


presumido não se concretizar. Cabe destacar que eventuais diferenças a pagar
ou a restituir não são consideradas. Item errado.

Gabarito: Letra E

Questão 18 – FGV/ISS-CUIABÁ/2016

A lei pode atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de


responsável pelo pagamento do imposto, cujo fato gerador deva ocorrer no
futuro.

Comentário: De acordo com o art. 150, § 7º, da CF/88, a lei poderá atribuir a
sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente. Trata-se da substituição tributária progressiva. Questão
correta.

Questão 19 – FGV/AFRE-RJ/2009

Com relação ao instituto da substituição tributária, aplicado ao ICMS, é


possível afirmar que se trata de um mecanismo legal pelo qual a
responsabilidade pelo pagamento do imposto pode ser atribuída a sujeito
passivo outro que não o contribuinte, destinatário constitucional do tributo.

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Comentário: A substituição tributária faz com que outra pessoa, que não o
contribuinte, assuma a responsabilidade pelo cumprimento da obrigação
tributária. Questão correta.

Questão 20 – FGV/AFRE-RJ/2009

Com relação ao instituto da substituição tributária, aplicado ao ICMS, é correto


afirmar que se trata de uma decorrência lógica do perfil plurifásico do ICMS.

Comentário: A substituição tributária reflete a incidência monofásica – e não


plurifásica - do ICMS, como ocorre com o ICMS-Combustíveis. Questão errada.

Questão 21 – ESAF/AFRFB/2009

Na substituição tributária progressiva, o dever de pagar o tributo recai sobre o


contribuinte que ocupa posição posterior na cadeia produtiva.

Comentário: Na substituição tributária progressiva, as pessoas que estão nas


etapas posteriores são substituídas pelas ocupam posição anterior na cadeia de
produção e circulação de mercadorias. Questão errada.

Questão 22 – ESAF/AFRFB/2009

Na substituição tributária para frente não há recolhimento de imposto ou


contribuição antes da ocorrência do fato gerador, mas apenas a antecipação de
seu pagamento por responsável definido por lei.
Comentário: Essa é a jurisprudência dominante, no sentido de que o
pagamento antecipado não se confunde com o recolhimento do tributo.
Questão correta.

3.1 – Transferência por Solidariedade

A transferência da responsabilidade do pagamento dos tributos ocorrida


por meio da solidariedade foi tratada no art. 124 do CTN.

Em relação ao art. 124, I, vimos que ficam solidariamente obrigadas as


pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato
gerador da obrigação.

Não se nega que o vínculo entre as pessoas que tenham o citado


interesse comum e o fato gerador da obrigação é tão forte que elas são, na
verdade, contribuintes. Vamos relembrar o nosso exemplo:

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Carlos, José e Bruno são proprietários de um imóvel urbano, localizado


no Município de São Paulo. Carlos detém 5% do imóvel, José, 70% e Bruno,
25%. Vamos supor, ainda, que o valor do IPTU no ano de 2013 foi de R$
1.000,00.

Naquele momento, vimos que o Fisco pode exigir a dívida integralmente


de qualquer um dos devedores solidários, correto? Portanto, imagino que José,
possuindo 70% da propriedade, seja compelido a pagar o valor total, isto é, R$
1.000,00. Certamente, ele pagou uma parte (R$ 300,00) que não lhe cabia.

Nesse caso, dizemos que José pagou como contribuinte R$ 700,00, e


como responsável R$ 300,00.

O contribuinte solidário que paga a dívida integralmente,


paga a sua parte como contribuinte, e a dos demais
codevedores como responsável.

Ademais, cumpre destacar que o art. 124, II, permite que a lei
nomeie como devedores solidários pessoas que não tenham relação
pessoa e direta com o fato gerador, hipótese em que teríamos mais uma
figura de responsabilidade por via do instituto da solidariedade.

Observação: Não se esqueça de que a solidariedade foi tratada, pelo CTN,


fora do capítulo referente à “responsabilidade tributária”.

3.2 – Transferência por Sucessão

O CTN inicia a abordagem da responsabilidade por sucessão, ou, nas


palavras exatas do texto legal, responsabilidade dos sucessores, prevendo o
seguinte dispositivo:

Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos
tributários definitivamente constituídos ou em curso de
constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos
posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a
obrigações tributárias surgidas até a referida data.

Nós vimos que a responsabilidade por transferência se dá com a


ocorrência de um ato ou fato, posterior à ocorrência do fato gerador, que
transfere a obrigação do contribuinte para o responsável. Ok?

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O que o art. 129 quis dizer, ainda que por uma redação mais confusa, é
que o sucessor assume todas as obrigações tributárias surgidas até a
data do ato ou fato que demarcou a sucessão.

Observação: Em relação às obrigações tributárias surgidas após a data do


evento que demarcou a sucessão, o responsável (sucessor) é, na verdade,
contribuinte. Guarde isso!

O que vai definir as obrigações que ficam sujeitas às


regras da responsabilidade por sucessão é a data da
ocorrência do fato gerador.

(Não despreze, contudo, a literalidade do art. 129!)

Acrescente-se também que a responsabilidade por sucessão é


caracterizada pelo desaparecimento do devedor original
(contribuinte).

De acordo com o ilustre Eduardo Sabbag (2013):

“Esse desaparecimento por ser, por exemplo, por morte do primeiro


devedor, recaindo o ônus sobre os herdeiros, ou por venda do imóvel ou
estabelecimento, incidindo o importe tribtário sobre o comprador.”
(SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 2013. Pág. 727)

Podemos dividir os assuntos a serem estudados sobre a responsabilidade


por sucessão da seguinte maneira:

1. Sucessão na transmissão de bens imóveis (CTN, art. 130);


2. Sucessão na transmissão de bens móveis (CTN, art. 131, I);
3. Sucessão na transmissão causa mortis (CTN, art. 131, II e III);
4. Sucessão empresarial (CTN, art. 132 e 133).

3.2.1– Sucessão na transmissão de bens imóveis

A sucessão na transmissão de bens imóveis tem como responsável o


adquirente de tais bens. Esta pessoa assume a responsabilidade pelo
pagamento dos impostos, taxas e contribuições de melhoria relativas
ao imóvel objeto da transmissão.

Vamos ver o que diz o art. 130 do CTN:

Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador


seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem
assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais

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bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos


respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de
sua quitação.

Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-


rogação ocorre sobre o respectivo preço.

Antes de interpretar o dispositivo citado, devemos entender a diferença


entre os impactos da sub-rogação real e sub-rogação pessoal no Direito
Tributário:

Sub-rogação real  O imóvel responde pela dívida tributária. Logo, a


responsabilidade é limitada ao valor do bem.

Sub-rogação pessoal  O adquirente assume a responsabilidade sobre os


tributos, respondendo por todo o crédito tributário relativo ao imóvel,
mesmo que ultrapasse o valor deste.

Vamos lá, então!

Quando uma pessoa adquire um imóvel, assume a


responsabilidade pelos tributos incidentes sobre o bem. Nesse caso,
ocorre a sub-rogação pessoal, ficando o responsável (adquirente) com a
obrigação de quitar os tributos, ainda que o montante seja superior ao valor do
imóvel adquirido. Essa é a regra!

Contudo, devemos destacar que existem duas exceções previstas no


citado artigo do CTN. São elas:

 Quando constar do título de transferência de propriedade (escritura) a


prova da quitação dos tributos (CTN, art. 130, caput);
 Quando o imóvel for adquirido em hasta pública - leilão – (CTN, art. 130,
par. único).

Portanto, se no momento do registro da transferência do imóvel for


apresentada a prova de quitação dos tributos, o adquirente recebe o bem livre
de qualquer ônus tributário.

Observação: A comprovação da quitação dos tributos é feita pela emissão da


Certidão Negativa de Débitos (CND) ou simplesmente certidão negativa.

A que ônus eu estou me referindo se já foram apresentados os


comprovantes de quitação dos tributos? Ora, entre o momento da ocorrência
do fato gerador e o lançamento do tributo (procedimento com a finalidade de
torná-lo exigível), há um prazo determinado no CTN, denominado decadência.

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Se este prazo não existisse, os fiscais nunca iriam poder lançar os tributos que
não foram declarados espontaneamente pelos contribuintes.

Tudo isso será detalhadamente estudado nas próximas aulas. Não se


preocupe.

Por hora, grave apenas que o prazo decadencial é


de 5 anos.

Diante do exposto, no momento em que se comprova o pagamento dos


tributos, pode haver outros a serem posteriormente descobertos e lançados
pelo fisco. Nesse caso, o adquirente não assume tal responsabilidade, ou
seja, serão cobrados do antigo proprietário.

Em relação ao imóvel adquirido em hasta pública, que é o leilão de bens


penhorados, realizado pelo Poder Público, o CTN afirma que a sub-rogação
ocorre sobre o respectivo preço. O que isso significa?

Significa que o arrematante dos bens imóveis em hasta pública adquire


tais bens livres de qualquer gravame tributário, já que se trata de sub-
rogação real. Ou seja, os débitos tributários existentes sobre o imóvel são
quitados pelo próprio valor da arrematação. Logo, se o valor dos tributos
devidos superar o valor do imóvel, o Fisco não pode exigir a diferença
do arrematante nem do alienante (antigo proprietário), pois a sub-
rogação é real.

Grave isso: hasta pública  bens imóveis.

As bancas tentam confundir o candidato, citando bens


móveis.

3.2.2 – Sucessão na transmissão de bens móveis

A norma que rege a responsabilidade do sucessor na transmissão de


bens móveis é o art. 131, I, do CTN, cuja redação é a seguinte:

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:

I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens


adquiridos ou remidos;

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Embora não o legislador não tenha mencionado expressamente que se


trata de bens móveis, essa é a interpretação da maioria dos autores, tendo em
vista que a responsabilidade dos bens imóveis já foi tratada no art. 130.

Essa espécie de responsabilidade em muito se assemelha à dos bens


imóveis, com a distinção de que, neste caso, não há exceções que eximem o
adquirente dos bens móveis. Se houve a transmissão dos bens, há
sucessão tributária, sem exceções.

No que se refere aos responsáveis, a norma assevera que são eles o


adquirente ou o remitente. Quando ao adquirente, não há observações a
serem feitas. É a pessoa que compra o bem móvel de outra.

No que concerne ao remitente, embora não deixe de ser um adquirente,


é bom que conheçamos, ainda que superficialmente, a origem do termo.
Remitente é aquele que realiza a remição, que pode ser traduzida no resgate
e aquisição de bens que foram penhorados ou objeto de leilão judicial,
pelo cônjuge, ascendente ou descendente da pessoa executada. Tais pessoas
(remitentes) possuíam preferência sobre o arrematante.

Destaque-se que, atualmente, o instituto foi revogado. Contudo, para


nossa prova, você pode responder normalmente: o remitente é
pessoalmente responsável pelos tributos relativos aos bens (móveis)
remidos.

Observação: Não confunda remição com remissão. Esta é um benefício


fiscal, já citado em outra aula, mas que só será detalhadamente estudado na
aula em que tratarmos das hipóteses de extinção do crédito tributário.

3.2.3 – Sucessão na transmissão causa mortis

A responsabilidade com base na transmissão causa mortis foi prevista no


art. 131, II e III, do CTN, nos seguintes termos:

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:

II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos


devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação,
limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado
ou da meação;

III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da


abertura da sucessão.

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Observação: Confira abaixo um mini-dicionário para que você possa


entender o assunto com tranquilidade:
De cujus: pessoa falecida
Espólio: conjunto de bens, direitos, dívidas e responsabilidades do falecido
Abertura da sucessão: momento capaz de gerar os efeitos da sucessão
(morte)
Quinhão: parcela do patrimônio deixado pelo de cujus
Legado: patrimônio deixado pelo de cujus, por meio de testamento.
Meação: é a metade do patrimônio do casal que pertence a cada cônjuge

Nesse tipo de transmissão, a lógica é que, da mesma forma que os


bens do de cujus são transferidos para seus herdeiros, as dívidas
tributárias também o são.

Assim, quando em vida, a pessoa é sujeito passivo, na condição de


contribuinte, de vários tributos. Após a sua morte, alguém deve se
responsabilizar por isso.

Portanto, os sucessores devem arcar com as dívidas, na condição de


responsáveis. Afinal, não foram eles que praticaram o fato gerador (não
houve relação pessoal e direta com o fato gerador), havendo, tão
somente, a transferência da responsabilidade.

Ocorre que, logo após a morte, há o procedimento de inventário, e até


que seja feita a partilha aos herdeiros, o ente que fica responsável pelas
dívidas do de cujus é o espólio, assim considerado o conjunto coisas e direitos
que compunham o patrimônio do falecido.

Dessa forma, o CTN estabeleceu que o espólio, embora não seja pessoa,
fica pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a
data da abertura da sucessão (morte). Por outro lado, em relação aos fatos
geradores ocorridos após a abertura da sucessão e antes da sentença da
partilha, o espólio é considerado contribuinte.

No que concerne aos sucessores, são pessoalmente responsáveis por


todos os fatos geradores ocorridos antes da sentença de partilha, inclusive o
que ocorreram antes da abertura da sucessão, caso o espólio não os tenha
quitado. De maneira análoga, em relação aos fatos geradores ocorridos após a
partilha, os sucessores são contribuintes, possuindo relação pessoa e direta
com o fato gerador.

Em síntese, o que você precisa saber é que há três marcos temporais


para definirmos o contribuinte e o responsável perante a administração
tributária: antes da morte (abertura da sucessão), entre esta e a partilha ou e
após a partilha.

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Antes da abertura da sucessão  fatos geradores ocorridos até esse


momento possuem como contribuinte o de cujus e como responsáveis o
espólio ou os sucessores.
Entre a abertura da sucessão e a partilha  fatos geradores ocorridos
dentro desse período possuem como contribuinte o espólio e como
responsáveis os sucessores.
Após a partilha ou adjudicação  fatos geradores após essa data possuem
como contribuintes os sucessores.

Os sucessores (inclusive o cônjuge meeiro)


somente são responsáveis até o limite do valor que
lhes foi repassado. Observe que a responsabilidade vai
sendo transferida para os demais envolvidos na relação
jurídica.

Esquematizando:

CONTRIBUINTES
Abertura da Sucessão Partilha

DE CUJUS ESPÓLIO SUCESSORES

ESPÓLIO OU SUCESSORES
SUCESSORES
(se espólio não pagar)

RESPONSÁVEIS

Por fim, deve ser ressaltado que a responsabilidade na sucessão


causa mortis engloba não só o valor dos tributos devidos, mas inclui as
multas moratórias, que são aquelas impostas pelo não pagamento do tributo
na data de vencimento. Esse é o entendimento do STJ:

TRIBUTÁRIO. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 2º, § 8º, DA LEI 6.830, DE 1980,


E DO ART. 131, III, DO CTN.
(...) 3. A multa moratória é imposição decorrente do não pagamento do
tributo na época do vencimento.
4. Na expressão créditos tributários estão incluídas as multas
moratórias.
5. O espólio, quando chamado como sucessor tributário, é
responsável pelo tributo declarado pelo "de cujus" e não pago no
vencimento, incluindo-se o valor da multa moratória.(...)"

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(STJ, REsp 295.222/SP, Primeira Turma, Rel. Min. José Delgado, Julgamento
em 12/06/2001)

3.2.4 – Sucessão Empresarial

O CTN estabelece que a sucessão empresarial gera, nos termos do art.


132 do CTN, responsabilidade tributária às empresas resultantes das
operações societárias. Vejamos a íntegra desse dispositivo:

Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,


transformação ou incorporação de outra ou em outra é
responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

A sucessão empresarial consiste em operações societárias entre


empresas, que são denominadas fusão, incorporação, transformação ou
cisão. Vamos entender cada uma das operações:

Fusão  Operação em que duas empresas se unem para formar uma só. As
empresas fusionadas deixam de existir, surgindo uma nova, que será a
sucessora.

Incorporação  Operação em que uma (ou mais do que uma) sociedade é


absorvida por outra. A empresa incorporada deixa de existir.

Transformação  Operação em que a sociedade muda de forma (de Ltda.


Para S.A., por exemplo).

Cisão  A cisão pode ser total ou parcial. Na cisão total, uma empresa
transfere todo o seu patrimônio para outra, deixando de existir. Na cisão
parcial, a empresa transfere parcela do seu patrimônio para uma (ou mais de
uma) empresas, continuando a existir.

Observação: O CTN não cita expressamente a “cisão”, pois a operação


só foi regulada 10 anos após a publicação do CTN. Apesar disso, a doutrina e
a jurisprudência têm aceitado a aplicação da regra da responsabilidade
tributária na sucessão empresarial aos casos de cisão.

O marco temporal para se definir se a empresa sucessora será


contribuinte ou responsável é a data do ato que gerou a operação societária.

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As operações societárias não se confundem com


operações comerciais. Logo, não ocorre fato
gerador do ICMS.

A responsabilidade por sucessão também é extensiva aos casos de


extinção das pessoas jurídicas de direito privado, conforme preceitua o par.
único do art. 132, do CTN:

Art. 132 – (...):

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de


extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a
exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer
sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão
social, ou sob firma individual.

Veja que para a responsabilidade tributária ficar caracterizada, é


necessário que a atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente ou seu espólio, podendo a atividade ser explorada sob a
mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.

Observação:

 Firma individual, em termos atuais, significa “empresário individual”.


 O sócio que continuar a respectiva atividade pode ser responsabilizado
ainda que exerça a atividade sem regular constituição, já que o art.
126, III, do CTN, impõe a capacidade passiva, independentemente de a
pessoa jurídica estar regularmente constituída.

No que se refere à abrangência do crédito transferido na


responsabilidade por sucessão empresarial, deve ficar claro que, neste caso,
abrange tanto as multas moratórias como as punitivas. Vejamos o
posicionamento do STJ a respeito do tema:

"(...) A responsabilidade tributária do sucessor abrange, além dos tributos


devidos pelo sucedido, as multas moratórias ou punitivas, que, por
representarem dívida de valor, acompanham o passivo do patrimônio
adquirido pelo sucessor, desde que seu fato gerador tenha ocorrido até a
data da sucessão. (...)"

(STJ, REsp 923.012, Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, Julgamento em
09/06/2010)

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Tal posicionamento encontra-se, hoje, cristalizado na Súmula 554:

Súmula STJ 554 - Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade


da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas
também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores
ocorridos até a data da sucessão.

3.2.5 – Responsabilidade do adquirente de fundo de comércio ou


estabelecimento profissional

Além da responsabilidade na sucessão empresarial, o legislador do CTN


disciplinou também a responsabilidade tributária na alienação de fundo de
comércio e estabelecimentos profissionais, conforme se vê abaixo:

Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que


adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob
firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio,


indústria ou atividade;

II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na


exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
comércio, indústria ou profissão.

Antes de partirmos para análise do art. 133, vamos entender o que vem
a ser fundo de comércio e estabelecimento comercial.

Fundo de comércio é caracterizado pelo conjunto de bens tanto materiais


(máquinas,móveis, computadores etc.) como imateriais (marca, ponto
comercial etc.), utilizados para cumprir com a atividade empresarial. O fundo
de comércio pode ser composto por um ou mais estabelecimentos.

Portanto, os estabelecimentos são considerados parcelas do fundo de


comércio, já que este pode conter vários estabelecimentos.

Nesse contexto, repare que o CTN responsabiliza tanto o adquirente


de todo o fundo de comércio, como o que adquire apenas um
estabelecimento comercial.

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Assim, o adquirente que continua a respectiva exploração da


atividade comercial, ainda que sob a mesma ou outra razão social ou sob
firma individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido.

Daí, podemos tirar duas conclusões:

 O adquirente deve continuar a exploração da respectiva atividade


comercial. Dessa forma, se compra um estabelecimento onde há a
exploração de uma farmácia, e decide abrir um lava-jato, não há que se
falar em responsabilidade do adquirente.
 Havendo o prosseguimento na exploração da respectiva atividade, o
adquirente somente responde pelos tributos relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido. Nesse sentido, seria responsável pelo ICMS
ou IPI, por exemplo, mas não sobre o Imposto de Renda devido pela pessoa
jurídica alienante.

Vamos esquematizar para deixar tudo mais simples:

Se o alienante cessar Se o alienante continuar


exploração comercial atividade comercial; ou

Adquirente de Iniciar nova atividade


dentro dos próximos 6
Fundo de Comércio
meses.
ou Estabelecimento Integralmente

Se continuar a Subsidiariamente
Torna-se Responsável
exploração

É importante destacar que o STJ (REsp 108.873/SP) já


decidiu que, se uma empresa aluga um imóvel que já foi
anteriormente locado a outra pessoa jurídica devedora,
não há que se falar em responsabilidade tributária.

Entendido tudo até aqui, correto? Então, vamos prosseguir no assunto,


explicando a intensidade da responsabilidade assumida pelo adquirente, que
pode ocorrer de duas maneiras. Vamos lá!

Imagine, a título de exemplo, que um japonês, inconformado com o


elevado índice de inadimplência na sua loja de roupas, decide vendê-la a outra
pessoa, com a finalidade de regressar ao seu país de sua origem.

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Outro exemplo seria o de um italiano, que possui duas pizzarias.


Decepcionado com o baixo volume de vendas de uma das pizzarias, decide
aliená-la e continuar com a exploração da outra, que já se encontra
estruturada.

A primeira hipótese ocorre quando o alienante, após realizar a venda do


fundo de comércio ou do estabelecimento, cessa completamente a exploração
do comércio, indústria ou atividade. Perceba que, para o fisco, fica difícil
localizar o japonês, para cobrar-lhe os tributos porventura devidos. Por esse
motivo, se o alienante cessa a exploração comercial ou industrial, o
adquirente responde integralmente pelos tributos (art. 133, I).

A segunda hipótese refere-se ao caso de o alienante prosseguir na


exploração da atividade comercial ou industrial, ou iniciar dentro dos próximos
seis meses, contados da data da alienação, nova atividade, no mesmo ou até
mesmo em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

Como o alienante pode ser encontrado com maior facilidade, o


adquirente somente responderá pelos tributos devidos se a Fazenda não lograr
êxito na cobrança do alienante. Ou seja, a responsabilidade é subsidiária
do adquirente.

Percebe-se que há benefício de ordem, ou seja, o


adquirente só irá cumprir com a obrigação, caso o
alienante não possa fazê-lo.

Um detalhe a ser notado é que, para o adquirente se responsabilizar


pelo fundo de comércio ou estabelecimento adquirido, deve continuar
a exploração da respectiva atividade. Por outro lado, a responsabilidade
do alienante continua ainda que venha a iniciar atividade distinta
dentro dos próximos seis meses.

Observação: O que foi dito sobre a transferência da responsabilidade


das multas moratórias e punitivas também se aplica na aquisição de
fundo de comércio ou estabelecimento.

Impende destacar que o advento da LC 118/2005 trouxe importantes


alterações no art. 133 do CTN, acrescentando 3 parágrafos a ele. Como tais
alterações envolvem o processo de recuperação judicial e de falência, é
muito importante que você entenda a relação desses conceitos com o assunto
que estamos estudando.

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Na sistemática da recuperação judicial (antiga concordata), o objetivo é


fazer com que a empresa supere a crise econômico-financeira pela qual está
passando. Para que isso ocorra, pode ser necessário alienar um dos
estabelecimentos da empresa.

Da mesma forma que na recuperação judicial, em que está presente o


princípio da preservação da empresa, na falência pode haver alienação dos
estabelecimentos.

Em ambos os casos, o alienante está repleto de dívidas tributárias.


Aplicando-se a regra da responsabilidade por sucessão, o adquirente seria
responsável por tais dívidas.

A LC 118/05 alterou justamente esse ponto, ou seja, criou uma


hipótese de exclusão da responsabilidade do adquirente dos fundos de
comércio e dos estabelecimentos.

Art. 133 – (...):

§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de


alienação judicial:

I – em processo de falência;

II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de


recuperação judicial.

A princípio poderíamos pensar que foi aberta a possibilidade de os sócios


da sociedade falida ou em recuperação judicial utilizarem terceiros para
adquirir os estabelecimentos livres do ônus tributário. Contudo, de modo a
prevenir que tal exceção seja utilizada com fins fraudulentos, o legislador
estabeleceu no § 2º o seguinte:

Art. 133 – (...):

§ 2o Não se aplica o disposto no § 1º (que estabelece a exclusão da


responsabilidade) deste artigo quando o adquirente for:

I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade


controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;

II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau,


consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial
ou de qualquer de seus sócios; ou

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III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação


judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.

O objetivo de tais restrições é evitar fraude contra o


benefício estabelecido no CTN.

Por último, a LC 118/05 acrescentou o § 3º ao art. 133, asseverando que


o dinheiro arrecadado com a alienação de empresa, filial ou unidade produtiva
isolada permanecerá à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 ano, só
podendo ser utilizado para pagar dívidas contraídas ao longo da falência
(créditos extraconcursais), ou para pagar créditos que, na falência,
possuem privilégio em relação ao crédito tributário.

Não se preocupe, amigo(a) concurseiro(a) com tais conceitos, pois tudo


isso será muito bem detalhado em momento oportuno. Não vamos complicar
nosso curso sem necessidade. Tudo deve fluir naturalmente!

Questão 23 – FCC/Pref. Campinas-SP-Procurador/2016

Dispõe o Código Tributário Nacional que a pessoa natural ou jurídica de direito


privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento
adquirido. Dispõe o referido CTN que a responsabilidade do sucessor
adquirente será
a) integral para o adquirente parente, em linha reta ou colateral até o quarto
grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou
de qualquer de seus sócios, desde que o alienante cesse a exploração do
comércio, indústria ou atividade.
b) integral e abrangerá os débitos até a data do ato, se este prosseguir na
exploração ou iniciar dentro de seis meses, a contar da data da alienação,
nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou
profissão.
c) subsidiária e abrangerá os débitos até a data do ato se o alienante cessar a
exploração do comércio, indústria ou atividade.

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d) integral pelos tributos devidos pela pessoa jurídica de direito privado que
adquirir estabelecimento comercial, no caso de alienação judicial em processo
de falência.
e) relativa se o adquirente for sócio de sociedade falida ou em recuperação
judicial, porque inexistem regras sobre a responsabilidade por sucessão para o
sócio adquirente no Código Tributário Nacional.

Comentário: Trata-se do art. 133, do CTN, que dispõe sobre a


responsabilidade do sucessor, em caso de aquisição de fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional.

Neste caso, além das regras específicas previstas nos parágrafos do art. 133,
para dizer se a responsabilidade do adquirente será integral ou subsidiária, é
necessário analisar o que ocorrerá com o alienante. Assim, temos o seguinte:

I – O adquirente responderá integralmente, se o alienante cessar a exploração


do comércio, indústria ou atividade;

II – O adquirente responderá subsidiariamente com o alienante, se este


prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria
ou profissão.

Analisemos, pois, cada uma das alternativas:

Alternativa A: Embora haja inaplicabilidade da regra de responsabilidade


prevista no caput do art. 133, do CTN para os casos de alienação judicial em
processo de falência ou alienação de filial ou unidade produtiva isolada, em
processo de recuperação judicial, se o adquirente for parente, em linha reta ou
colateral até o quarto grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em
recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios, responderá pelo crédito
tributário integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio,
indústria ou atividade. Alternativa correta.

Alternativa B: A alternativa condiciona a responsabilidade ao fato de o


adquirente (“este” se refere ao adquirente) prosseguir na exploração ou iniciar
dentro de seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo
ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. Na realidade, tais
condições se aplicam ao alienante, e não ao adquirente. Alternativa errada.

Alternativa C: Se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou


atividade, a responsabilidade do adquirente será integral, e não subsidiária,
tornando a assertiva incorreta. No que se refere aos débitos abrangidos (até a
data do ato), não há erro. Alternativa errada.

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Alternativa D: No caso de alienação judicial em processo de falência, não há


que se falar em responsabilidade do adquirente, conforme estabelece o art.
133, § 1º, I, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa E: O CTN dispôs claramente as regras sobre a responsabilidade


por sucessão para o sócio adquirente no Código Tributário Nacional. Alternativa
errada.

Gabarito: Letra A

Questão 24 – FCC/TCE-GO-Analista de Controle Externo/2014

Na responsabilidade por sucessão, é correto afirmar que


a) a incorporação de uma empresa por outra implica em responsabilidade
tributária para a empresa incorporadora, relativamente aos débitos tributários
da empresa incorporada, por fatos geradores anteriores à incorporação.
b) se na arrematação de bem imóvel em hasta pública o respectivo preço pago
não for utilizado para quitar os tributos devidos, incidentes sobre o imóvel, o
arrematante é considerado responsável tributário.
c) em processo de falência, o adquirente de estabelecimento comercial será
responsável tributário pelos tributos devidos pela empresa falida, abatendo-se
do preço da aquisição o valor dos débitos tributários.
d) o espólio nunca é sucessor tributário, mas sim os herdeiros a qualquer título
são quem respondem pelos tributos devidos pelo de cujus até a abertura da
sucessão.
e) os pais, tutores e curadores são responsáveis por sucessão, pelos tributos
devidos pelos filhos, tutelados e curatelados, respectivamente.

Comentário:

Alternativa A: De acordo com o art. 132, do CTN, a incorporação de uma


empresa por outra implica em responsabilidade tributária para a empresa
incorporadora. Tal responsabilidade abrange os débitos tributários da empresa
incorporada, por fatos geradores anteriores à incorporação. Alternativa correta.

Alternativa B: No caso de arrematação de bem imóvel em hasta pública, o


art. 130, par. único, do CTN, estabelece que a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço, de forma que o adquirente recebe o imóvel livre das
obrigações tributárias anteriores à aquisição. Alternativa errada.

Alternativa C: Em regra, em se tratando de aquisição de estabelecimento


comercial em processo de falência, o adquirente não responde pelos tributos
devidos pela empresa falida, conforme estabelece o art. 133, § 1º, I, do CTN.
Alternativa errada.

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Alternativa D: De acordo com o art. 131, III, do CTN, o espólio é


pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
abertura da sucessão. Alternativa errada.

Alternativa E: Neste caso, não há que se falar em responsabilidade por


sucessão, mas sim em responsabilidade de terceiros (pais, tutores e
curadores), que pode ocorrer em decorrência de atuação regular ou irregular.
Alternativa errada.

Gabarito: Letra A

Questão 25 – FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

De acordo com o CTN, a responsabilidade tributária do sucessor abrange os


tributos devidos pelo sucedido cujos fatos geradores tenham ocorrido até o dia
da sucessão, mas não as multas moratórias ou punitivas.

Comentário: Embora a questão se refira ao CTN, deseja-se, na verdade, que


o candidato conheça a jurisprudência do STJ, que entende que a
responsabilidade tributária do sucessor abrange, além dos tributos devidos
pelo sucedido, as multas moratórias ou punitivas, que, por representarem
dívida de valor, acompanham o passivo do patrimônio adquirido pelo sucessor,
desde que seu fato gerador tenha ocorrido até a data da sucessão. Questão
errada.

Questão 26 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014

Sobre responsabilidade tributária, o arrematante é responsável pelos tributos


cujos fatos geradores sejam anteriores à arrematação, do mesmo modo que o
adquirente de bem móvel.

Comentário: O arrematante de bem imóvel em hasta pública não se torna


responsável pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à
arrematação, o que não ocorre com o adquirente de bem móvel. Alternativa
errada.

Questão 27 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014

Sobre responsabilidade tributária, o adquirente de estabelecimento comercial é


responsável pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à aquisição
quando a aquisição se dá em processo de falência, já que os créditos
tributários têm preferência sobre créditos extra concursais.

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Comentário: Em regra, vimos que o adquirente de estabelecimento comercial


é responsável pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à
aquisição. Contudo, tal responsabilidade não se aplica aos casos de aquisição
em processo de falência. Questão errada.

Questão 28 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014

Sobre responsabilidade tributária, a pessoa jurídica de direito privado que


resultar da incorporação, fusão ou transformação é responsável pelos tributos
relativos aos fatos geradores anteriores à incorporação, fusão ou
transformação de forma subsidiária, caso o patrimônio da incorporada, fundida
ou transformada seja insuficiente para quitar os créditos tributários devidos.

Comentário: Não há que se falar em responsabilidade subsidiária da pessoa


jurídica de direito privado que resultar da incorporação, fusão ou
transformação. Esta será responsável pelos tributos relativos aos fatos
geradores anteriores à incorporação, fusão ou transformação. Questão errada.

Questão 29 – FCC/TJ-PE-Juiz/2013

Na sucessão causa mortis haverá responsabilidade tributária


a) do espólio e dos sucessores, solidariamente, por todos os tributos cujos
fatos geradores surgirem durante o inventário ou partilha.
b) do cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
abertura da sucessão.
c) do espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da
sucessão, bem como até a partilha ou adjudicação.
d) do espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus, ainda que tenha havido a
partilha ou adjudicação dos bens.
e) dos sucessores a qualquer título, pelos tributos devidos pelo de cujus após a
abertura da sucessão.

Comentário: A responsabilidade tributária, no caso de sucessão causa mortis,


é pessoal do sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos
devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação. Além
disso, também é pessoalmente responsável o espólio, pelos tributos devidos
pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

Gabarito: Letra C

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Questão 30 – FCC/TRF - 2ª REGIÃO-Analista Judiciário/2012

Samuel vendeu, por escritura pública, um imóvel para Sueli. Haviam débitos
referentes ao imposto predial e territorial urbano. O contrato de venda e
compra estipulou a transferência dessa responsabilidade (quitação dos débitos)
para Rafael (então devedor de Samuel), mas que deixou de cumpri-la. Nesse
caso, a responsabilidade da quitação do débito perante à Fazenda Pública do
Município será
a) de Rafael, ou seja, o terceiro integrante no contrato.
b) de Samuel, ou seja, o vendedor do imóvel.
c) de Sueli, ou seja, a compradora e atual proprietária do imóvel.
d) do vendedor Samuel e da compradora Sueli.
e) da compradora Sueli e do terceiro Rafael.

Comentário: A responsabilidade tributária pelos tributos relativos ao bem


imóvel é de Sueli, haja vista não ter sido provada a quitação dos débitos
tributários. Deve ser ressaltado que a responsabilidade tributária não pode ser
transferida a Rafael, haja vista que as convenções particulares não podem
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias.

Gabarito: Letra C

Questão 31 – FCC/PGM-João Pessoa-PB-Procurador Municipal/2012

Sobre a responsabilidade dos sucessores, analise os itens abaixo.

I. O arrematante de imóvel em hasta pública não é responsável pelos tributos


incidentes sobre o bem cujos fatos geradores sejam anteriores à arrematação.
II. O espólio não é responsável tributário pelos tributos cujos fatos geradores
sejam anteriores à abertura da sucessão, assim como pelos tributos cujos
fatos geradores tenham ocorrido durante o inventário.
III. O adquirente de estabelecimento comercial é sempre responsável
integralmente pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à
aquisição, ainda que a mesma se dê judicialmente em processo de falência.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.
b) I e II.
c) II.
d) II e III.
e) III.

Comentário:

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Item I: Na arrematação de imóvel em hasta pública, a sub-rogação ocorre


sobre o respectivo preço, de forma que o arrematante não é responsável pelos
tributos incidentes sobre o bem cujos fatos geradores sejam anteriores à
arrematação. Item correto.

Item II: Na realidade, o espólio é pessoalmente responsável pelos tributos


devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. Item errado.

Item III: A responsabilidade do adquirente de estabelecimento comercial


pode ser integral ou subsidiária com o alienante. Contudo, não há que se falar
em responsabilidade do adquirente se a aquisição se deu judicialmente em
processo de falência. Esta é a regra. Item errado.
Gabarito: Letra A

Questão 32 – FCC/Pref. São Paulo-Auditor Fiscal do Município/2012

Um menino menor de idade, com dez anos, recebeu, na qualidade de herdeiro


testamentário, por ocasião da morte de sua avó, um imóvel urbano, localizado
em município do interior de São Paulo, no valor de R$ 350.000,00.

Houve a aceitação da herança pelo menor, que, nesse ato, foi representando
por seus pais.

Nesse caso, o tributo devido na transmissão causa mortis de bens imóveis


caberá
a) aos pais do menor de idade, pois o menino, por ser menor de idade, não
tem capacidade tributária.
b) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso
de impossibilidade de exigência do cumprimento dessa obrigação tributária por
ele, seus pais responderão solidariamente com ele, nos atos em que
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis.
c) cinquenta por cento ao menino menor de idade e cinquenta por cento aos
pais do menor.
d) aos pais do menino menor de idade e ao próprio menino, pois o menor não
tem capacidade jurídica para ser, isoladamente, contribuinte.
e) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso de
impossibilidade de exigência do cumprimento dessa obrigação tributária por
ele, seus pais responderão solidariamente com ele.

Comentário: De acordo com o art. 126, I, do CTN, o menor de idade possui


capacidade tributária passiva, logo a responsabilidade pelo tributo devido na
transmissão causa mortis de bens imóveis caberá a ele próprio. Ademais, em
caso de impossibilidade de exigência do cumprimento dessa obrigação
tributária por ele, seus pais responderão solidariamente com ele, nos atos em

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que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, tudo em


conformidade com o art. 134, I, do CTN.

Gabarito: Letra B

Questão 33 – FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Em se tratando de responsabilidade tributária, “Beltrano” faleceu deixando


herdeiros e tributos não pagos. Deixou bens em valor inferior ao valor dos
tributos devidos. O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são
responsáveis pelo valor total dos tributos devidos pelo de cujus até a data da
partilha ou adjudicação.

Comentário: A responsabilidade dos sucessores se limita ao valor do quinhão


recebido por eles. Como o valor dos bens é inferior ao valor dos tributos
devidos, não se pode afirmar que serão responsáveis pelos tributos devidos
pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação. Questão errada.

Questão 34 – FCC/ SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2009

Considere a seguinte situação: diretores de uma empresa, que está sendo


adquirida por outra, pactuaram com a adquirente que suportarão o pagamento
do ICMS devido até a data do ato de aquisição. Neste caso, a Fazenda poderá
cobrar o ICMS da empresa adquirente, uma vez que as convenções
particulares não podem ser opostas à Fazenda Pública.

Comentário: De fato, conforme previsto no art. 123 do CTN, as convenções


particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não
podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do
sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Questão correta.

Questão 35 – FCC/Procurador Judicial-Recife-PE/2008

Após a partilha amigável em arrolamento de bens judicial pela morte de seu


pai, que se deu em 2007, Tício e Mévio recebem agora notificação para
pagamento de Imposto de Renda ano-base 2003, por ele devido quando ainda
estava vivo. Esta exigência fiscal está correta, porque os sucessores são
responsáveis pelos tributos devidos, cujos fatos geradores ocorreram até a
data da partilha, até o limite dos quinhões recebidos, desde que não tenha se
operado a decadência ou prescrição.

Comentário: Desde que não tenha ocorrido a decadência ou prescrição, que


são causas extintivas do crédito tributário, os sucessores são responsáveis até

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o limite dos quinhões recebidos. A decadência e a prescrição serão estudadas


em momento oportuno. Não se preocupe. Questão correta.

Questão 36 – CESPE/TJ-DF-Titular de Serviços de Notas e de Registros


/2014 - Adaptada

No caso de arrematação em hasta pública, é vedada em sub-rogação de


impostos cujo fato gerador seja a propriedade de bens imóveis.

Comentário: No caso de arrematação em hasta pública, ocorre a sub-rogação


sobre o respectivo preço, relativamente aos impostos e demais tributos
relativos ao bem imóvel. Questão errada.

Questão 37 – CESPE/TJ-DF-Titular de Serviços de Notas e de Registros


/2014

O produto da alienação judicial de empresa em processo da falência


permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo competente, pelo
prazo um ano, contado da data de alienação.

Comentário: É o que consta no art. 133, § 3º, do CTN: Em processo da


falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva
isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência
pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser
utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que
preferem ao tributário. Questão correta.

Questão 38 – CESPE/TJ-DF-Titular de Serviços de Notas e de Registros


/2014

A pessoa jurídica que resultar de fusão de outra é responsável pelas pessoas


jurídicas fusionadas e pelos tributos devidos pelo prazo de seis meses, contado
da data do ato.

Comentário: No caso de sucessão empresarial, a responsabilidade da pessoa


jurídica sucessora se restringe aos tributos devidos pela sucedida até a data do
ato. É o que prevê o art. 132, caput, do CTN. Questão errada.

Questão 39 – CESPE/PGE-BA-Procurador do Estado/2014

Suponha que determinado empresário tenha adquirido o imóvel de um


estabelecimento comercial completamente vazio e tenha dado continuidade à
exploração, sob outra razão social, do mesmo ramo do comércio, e que os

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alienantes tenham prosseguido na exploração da atividade a partir do quinto


mês após a alienação.
Considerando essa situação hipotética e aspectos gerais da sucessão
empresarial, julgue: A sucessão empresarial é uma forma de responsabilidade
tributária por transferência, haja vista que a obrigação tributária nasce com o
contribuinte, mas é transferida ao responsável.

Comentário: De fato, na sucessão empresarial, tem-se inicialmente


determinada pessoa como sujeito passivo da obrigação tributária, qual seja
aquela que tenha praticado a situação que ensejou a ocorrência do respectivo
fato gerador (contribuinte). Contudo, com a sucessão, outra pessoa assume o
polo passivo da obrigação tributária (responsável). Questão correta.

Questão 40 – CESPE/TJ-DF-Titular de Serviços de Notas e de Registros


/2014

A massa falida é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de


cujus até a data da abertura da sucessão.

Comentário: Na verdade, em se tratando de abertura da sucessão, não há


que se falar em responsabilidade da massa falida, mas sim do espólio, pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. Questão
errada.

Questão 41 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011

Considere que Ômega tenha adquirido, a título oneroso, estabelecimento


empresarial de Delta Auto Peças Ltda. e, após três meses, Delta tenha iniciado
nova atividade empresarial, na área de venda de medicamentos. Nesse caso,
Ômega será subsidiariamente responsável pelos débitos tributários devidos por
Delta até a data da alienação.

Comentário: Como a empresa alienante (Delta) iniciou nova atividade, ainda


que em outro ramo, dentro do prazo de seis meses contados da data da
alienação, a empresa adquirente apenas responde subsidiariamente. Questão
correta.

Questão 42 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

Com o falecimento do sujeito passivo tributário, haverá necessária


substituição, sendo o espólio pessoalmente responsável pelos tributos devidos
pelo de cujus até a abertura da sucessão.

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Comentário: Na dúvida, retorne à nossa linha do tempo, e veja que, em


relação aos tributos devidos pelo de cujus até a abertura da sucessão, o
espólio é “pessoalmente” responsável. Questão correta.

Observação: O fato de a questão citar que houve substituição do sujeito


passivo não se confunde com responsabilidade por substituição. Na verdade,
houve a transferência da responsabilidade, em decorrência de um evento
posterior, o que fez com que houvesse a substituição do sujeito passivo.

Questão 43 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

A responsabilidade dos devedores sucessores atinge os créditos ainda não


constituídos, mas que correspondam a fatos geradores ocorridos antes da
realização dos atos ou fatos determinados da sucessão, pois, nesse caso, o
lançamento já se realizou.
Comentário: Se o crédito não foi constituído, não houve lançamento, que é
justamente o procedimento que constitui o crédito tributário. Questão errada.

Questão 44 – CESPE/JUIZ FEDERAL-1ª REGIÃO/2009-Adaptada

A responsabilidade tributária é pessoal ou solidária, inexistindo


responsabilidade subsidiária para pagamento de tributo.

Comentário: A questão é genérica, afirmando que não há responsabilidade


subsidiária para pagamento de tributo. Lembre-se de que há a possibilidade de
o adquirente de fundo de comércio responder subsidiariamente pelos tributos
devidos até a data do ato, quando o alienante continuar a exploração de
atividade comercial ou industrial. Questão errada.

Questão 45 – CESPE/JUIZ FEDERAL-1ª REGIÃO/2009

A responsabilidade do espólio não alcança as multas devidas pelo de cujus,


inclusive a moratória.

Comentário: De acordo com o entendimento firmado no âmbito do STJ, o


espólio assume a responsabilidade pelos tributos devidos bem como pelas
multas moratórias. Questão errada.

Questão 46 – CESPE/AGU/2012

O adquirente de um fundo de comércio é subsidiariamente responsável,


juntamente com o alienante que continue a exercer a atividade comercial em
outro estado, pelos tributos devidos até a data da venda desse fundo.

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Comentário: Quando o alienante continua exercendo atividade comercial,


ainda que em outro estado, o adquirente responde subsidiariamente. Questão
correta.

Questão 47 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

O cônjuge meeiro é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de


cujus até a data da adjudicação ou da partilha, limitada a responsabilidade ao
montante do quinhão, legado ou meação.

Comentário: A assertiva foi literalmente copiada do art. 131, II, do CTN.


Lembre-se de que o cônjuge meeiro também é sucessor tributário. Questão
correta.

Questão 48 – CESPE/Procurador Federal/2007-Adaptada

A BM Confecções Ltda. adquiriu o estabelecimento empresarial da Divina


Vestuário Feminino Ltda., continuando a exploração da atividade deste
estabelecimento, sob outra razão social: a BM Confecções Ltda. A adquirente
responderá integralmente pelos tributos devidos pela Divina Vestuário
Feminino Ltda. até a data do ato de aquisição do estabelecimento empresarial,
se a alienante cessar a exploração da atividade.

Comentário: Como o alienante cessou a exploração, o adquirente responde


integralmente pelos tributos. Questão correta.

Questão 49 – FGV/ISS-CUIABÁ/2016

O sucessor a qualquer título não é responsável pelo crédito tributário


decorrente de tributo devido pelo de cujus.

Comentário: Em caso de falecimento do contribuinte, ocorre a


responsabilização dos sucessores, pelos tributos devidos pelo de cujus,
conforme preceitua o art. 131, II, do CTN. Questão errada.

Questão 50 – FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015

De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, é correto afirmar que é


permitido ao sucessor, responsável tributário por aquisição de bem móvel,
exigir que primeiro o contribuinte quite algum débito existente. Somente na
hipótese de inexistência de patrimônio e inadimplemento é que o contribuinte
será obrigado a pagar o tributo devido;

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Comentário: A responsabilidade do adquirente de bem móvel quantos aos


tributos incidentes sobre tal bem é pessoal, e não subsidiária. Questão errada.

Questão 51 – FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015

De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, é correto afirmar que a


cisão está expressamente prevista no CTN, como hipótese de responsabilidade
dos sucessores;

Comentário: A cisão não foi expressamente prevista no Código Tributário


Nacional. Questão errada.

Questão 52 – FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015

De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, é correto afirmar que na


hipótese de arrematação de bem imóvel em hasta pública, o eventual crédito
tributário existente será de responsabilidade do arrematante.

Comentário: Na verdade, neste caso o arrematante recebe o bem imóvel livre


de qualquer ônus, pois a sub-rogação ocorre sobre o preço da arrematação.
Questão errada.

Questão 53 – FGV/CGE-MA-Auditor/2014

A companhia Delta S.A., sucessora por incorporação das indústrias Alpha e


Beta, impugna a cobrança de multa punitiva que lhe está sendo exigida pelo
Fisco Estadual, em decorrência de operações mercantis que foram realizadas
pelas companhias incorporadas, em desacordo com a legislação de regência,
pelo que foram multadas anteriormente à data da incorporação.
Com base no exposto, assinale a afirmativa correta.
a) A multa é devida, mas deve ser cobrada dos gestores das companhias
incorporadas, que inadimpliram com a obrigação legal.
b) A multa não é devida, ante o caráter punitivo que possui, já que a pena não
pode passar da pessoa do infrator.
c) A multa não é devida pela sucessora. A sociedade incorporadora não
cometeu qualquer ilícito com a incorporação.
d) A multa é devida pela companhia sucessora, uma vez que constitui o
passivo do patrimônio adquirido pelo sucessor.
e) A multa é devida pela companhia sucessora, desde que os antigos gestores
das sociedades incorporadas tenham cessado a atividade empresarial.

Comentário: A companhia Delta, S.A., sucessora por incorporação,


responderá pela multa, já que o entendimento do STJ é o de que a
responsabilidade tributária do sucessor abrange, além dos tributos devidos

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pelo sucedido, as multas moratórias ou punitivas, que, por representarem


dívida de valor, acompanham o passivo do patrimônio adquirido pelo sucessor,
desde que seu fato gerador tenha ocorrido até a data da sucessão.

Gabarito: Letra D

Questão 54 – FGV/Consultor Legislativo - MA /2013

Delta Ltda. Comércio de Utilidades Domésticas, que adquiriu de outra


empresa, a qual estava encerrando suas atividades, móveis e utensílios para
serem utilizados em seu negócio, continuando a mesma exploração comercial,
sob razão social distinta, é tipificada pela lei tributária como
a) terceiro responsável.
b) representante tributário.
c) responsável por sucessão.
d) sucessor empresarial.
e) responsável pessoal.

Comentário: Como houve a continuidade da respectiva exploração, ainda que


sob razão social distinta, a adquirente passa a figurar como responsável por
sucessão, sobretudo pelo fato de a alienante estar encerrando suas atividades,
hipótese em que a responsabilidade do adquirente é integral.

Gabarito: Letra C

Questão 55 – FGV/AFRE-RJ/2010

Com relação ao adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento


comercial, analise as afirmativas a seguir.
I. Terá responsabilidade integral se o alienante cessar a exploração da
atividade.
II. Terá responsabilidade subsidiária se o alienante iniciar, em até seis meses,
nova atividade em outro ramo de comércio.
III. Será responsável no caso de aquisição de filial mediante alienação judicial
em processo de falência.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentário:

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Item I: De acordo com o art. 133, I, do CTN, se o alienante cessar a


exploração do comércio, indústria ou atividade, a responsabilidade do
adquirente é integral. Item correto.

Item II: Conforme prevê o art. 133, II, do CTN, se o alienante prosseguir na
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova
atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão, a
responsabilidade do adquirente é subsidiária. Item correto.

Item III: Como regra, o adquirente de filial mediante alienação judicial em


processo de falência não é responsável tributário, como dispõe o art. 133, §
1º, I, do CTN. Só haverá responsabilidade tributária se o adquirente tiver
alguma das relações com o devedor falido, citadas no § 2º, do mesmo artigo.
Item errado.

Gabarito: Letra C

Questão 56 – FGV/AFRE-RJ/2008

Extinta a pessoa jurídica de direito privado, continuando a respectiva atividade


a ser exercitada por sócio remanescente, sob uma outra razão social, é correto
afirmar que:
a) a nova empresa criada pelo sócio remanescente é responsável pela
totalidade dos tributos devidos pela sociedade extinta, desde que já tenham
sido lançados.
b) a nova empresa criada pelo sócio remanescente apenas responde por
metade dos tributos devidos pela sociedade extinta.
c) inexiste responsabilidade, pois a atividade é continuada pelo sócio sob outra
razão social.
d) a sociedade constituída pelo sócio remanescente é responsável pelos
tributos devidos pela sociedade extinta, independentemente de sua razão
social.
e) inexiste responsabilidade, salvo se a nova empresa iniciar as operações
dentro de seis meses a contar da data da extinção da referida no enunciado.

Comentário: A responsabilidade por sucessão também é extensiva aos casos


de extinção das pessoas jurídicas de direito privado, nos termos do par. único
do art. 132, do CTN. Desse modo, para a responsabilidade tributária ficar
caracterizada, é necessário que a atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente ou seu espólio, podendo a atividade ser explorada sob a mesma
ou outra razão social.

Gabarito: Letra D

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Questão 57 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que implicará sempre, para o
adquirente, responsabilidade integral.

Comentário: Nem sempre a responsabilidade será integral. Tudo dependerá


de o alienante prosseguir ou não com a exploração de atividade comercial ou
industrial. Questão errada.

Questão 58 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que não haverá responsabilidade
do adquirente na hipótese de se tratar de alienação judicial de filial ou unidade
produtiva isolada em processo de recuperação judicial.

Comentário: Como regra, o adquirente de filial mediante alienação judicial em


processo de falência não é responsável tributário, como dispõe o art. 133, §
1º, I, do CTN. Questão correta.

Questão 59 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que a extensão da
responsabilidade do adquirente não se altera em função do fato de o alienante
(do estabelecimento) cessar a exploração de comércio, indústria ou atividade.

Comentário: A grosso modo, a responsabilidade do adquirente é integral, se o


alienante cessar a exploração empresarial, ou subsidiária, se o alienante
continuar a exploração ou iniciar nova atividade empresarial dentro dos
próximos seis meses. Portanto, a extensão da responsabilidade se altera.
Questão errada.

Questão 60 – ESAF/AFRFB/2009

De acordo com o Código Tributário Nacional, a pessoa que alienar sua


empresa, o fundo de comércio ou apenas um estabelecimento da empresa, e o
adquirente continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou diversa razão
social ou sob firma ou nome individual, a este último recai a responsabilidade

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pelos tributos do primeiro devidos até a data da alienação e que incidam sobre
quaisquer daquelas universalidades de coisas.

Comentário: De acordo com o art. 133, do CTN, o adquirente que continuar a


respectiva exploração da atividade econômica responde pelos tributos relativos
ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data da alienação. A
questão não afirmou se a responsabilidade será integral ou subsidiária, apenas
assegurou que haverá responsabilidade do adquirente. Questão correta.

Questão 61 – ESAF/AFRFB/2009

O espólio, até a data da abertura da sucessão, e o sucessor, até a data da


partilha, no que se refere aos tributos devidos pelo de cujus, podem ser
considerados, respectivamente, responsável tributário e contribuinte.

Comentário: Em ambos os casos, estamos tratando de responsáveis, e não


contribuintes. Na dúvida, olhe a nossa linha do tempo, no que diz respeito aos
responsáveis. Questão errada.

Questão 62 – ESAF/ATRFB/2012 - Adaptada

É correto dizer, em relação à recuperação judicial, que a alienação de unidade


produtiva isolada acarreta para o adquirente a responsabilidade pelos tributos,
relativos ao fundo adquirido, quando o adquirente for sócio da transmitente.

Comentário: De acordo com o §1º, II e §2º, I, do art. 133, do CTN, quando o


adquirente for sócio da transmitente (sociedade em recuperação judicial),
haverá responsabilidade pelos tributos, relativos ao fundo adquirido. Questão
correta.

Questão 63 – ESAF/ATRFB/2012 - Adaptada

É correto dizer, em relação à recuperação judicial, que a alienação judicial de


filial acarreta para o adquirente a responsabilidade pelos tributos, relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido.

Comentário: Em regra, a alienação judicial de filial não acarreta para o


adquirente a responsabilidade pelos tributos, apenas se houver alguma das
relações previstas no § 2º, do art. 133, do CTN, entre o adquirente e a
transmitente. Questão errada.

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Questão 64 – ESAF/PGFN/2007

Não haverá responsabilidade por sucessão, a alienação em processo de


falência, a um concorrente do devedor que não tenha relação com ele nem
com sócio seu.

Comentário: Quando o fundo de comércio ou estabelecimento de uma


empresa em processo de falência é alienado a um concorrente, que não tenha
qualquer vínculo com o devedor, ocorre a exclusão da responsabilidade por
sucessão. Questão correta.

3.3 – Responsabilidade de Terceiros

Diferentemente do que vimos nos tópicos anteriores, em que há


sucessão patrimonial e consequente responsabilidade, o que vamos estudar
aqui é a responsabilização de pessoas (denominadas “terceiros”), que possuem
o dever de administrar os bens de terceiros, de representá-los.

Caso tais pessoas se omitam do seu dever, ainda que não atuem
contrariamente à lei, devem ser responsabilizadas, já que a elas foi confiada a
gestão patrimonial.

Nesse rumo, a responsabilidade de terceiros foi dividida no CTN em duas


partes: o art. 134 trata da responsabilização por atuação regular, e o art.
135 se refere à responsabilidade de terceiros que agiram de forma
irregular, infringindo a lei, por exemplo.

Vamos estudá-los separadamente a partir deste momento.

3.3.1 – Responsabilidade de terceiros com atuação regular

Vamos começar o estudo desse tipo de responsabilidade, analisando o


caput do art. 134:

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do


cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem
ou pelas omissões de que forem responsáveis:

(...)

De início, cumpre ressaltar uma imprecisão terminológica do CTN. A Lei


diz que, não sendo possível exigir o cumprimento da obrigação principal do
contribuinte, o terceiro passa a ser responsável “solidário” com aquele.

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Nós estudamos que a solidariedade não comporta benefício de ordem,


podendo ser exigida de um ou de outro. No caso, o comando é claro que a
exigência deve ser feita ao contribuinte e, não sendo possível adimplir a
obrigação, cobra-se do responsável.

Embora o CTN tenha sido impreciso na terminologia utilizada, devemos


guardar que a responsabilidade é solidária, mas que deve seguir a
ordem estipulada no caput. Esse conselho deve ser seguido, pois é
assim que as bancas costumam cobrar.

Observe que a responsabilidade é considerada por transferência, pois,


ao ocorrer o fato gerador, o contribuinte é o sujeito passivo da obrigação. Em
caso de impossibilidade do cumprimento pelo sujeito passivo direto,
transfere-se a responsabilidade ao terceiro.

Repare que no final do caput do art. 134, uma informação adicional


também nos foi dada: o terceiro deve intervir no ato que culminou no
inadimplemento da obrigação ou se omitir de um dever que lhe cabe.
Ou seja, a atuação do terceiro possui relação com o nascimento da obrigação
tributária, e se o contribuinte não pagar, o terceiro se torna responsável.

Logo, podemos esquematizar os dois requisitos para que a dívida venha


a ser exigida do responsável:

Impossibilidade de exigir a dívida do


Responsabilidade contribuinte
“Solidária” de Terceiros com
Atuação REGULAR (art. 134)
Colaborou, de algum modo, com o não
pagamento do tributo

Deve ficar claro o que foi estabelecido no par. único do artigo em análise,
pois os responsáveis somente assumem o tributo devido e as multas de
caráter moratória, isto é, por mero atraso de pagamento. Logo, em relação
às multas decorrentes de atos ilícitos, a responsabilidade é pessoal do
infrator, como veremos ainda nesta aula.

As multas por descumprimento de obrigações


acessórias (que, como vimos, “converte-se” em
obrigação principal) não são transferidas nesse tipo
de responsabilidade.

Nesse momento, você de estar se perguntando: quem são esses


terceiros responsáveis? Nos incisos do art. 134, o legislador elenca os terceiros

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que podem ser tornar responsáveis em relação à obrigação tributária. São


eles:

I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados


ou curatelados;

III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos


por estes;

IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida


ou pelo concordatário;

VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos


tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em
razão do seu ofício;

VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

Observação: Lembre-se de que os menores, tutelados e curatelas, embora


sejam incapazes, possuem capacidade tributária passiva, em decorrência
do disposto no art. 126 do CTN.

Em todos os casos, observe que o responsável exerce uma função de


representação do contribuinte.

Os pais, os tutores e os curadores, por exemplo, representam aqueles


que são incapazes para praticar os atos da vida civil (filhos menores, tutelados
e curatelados).

O inventariante, por seu turno, exerce a função de gerir o patrimônio do


espólio, podendo, por isso mesmo, se tornar responsável quando colaborar
para o inadimplemento da obrigação tributária principal (tributos ou multas
moratórias).

No que se refere aos síndicos e comissários, na legislação falimentar


atual, são denominados Administrador Judicial. Na falência, o administrador
assume a administração dos bens da massa. Na recuperação judicial, o
administrador judicial atua como auxiliar.

Os tabeliães, também conhecidos por notários, podem ficar


responsáveis, por exemplo, quando não exigirem (omissão) a comprovação de

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quitação dos tributos relativos a determinado imóvel, no momento da


transferência de sua propriedade.

Por fim, quando o CTN se referiu aos sócios de sociedade de pessoas,


quis se referir àquelas sociedades em que a responsabilidade dos sócios é
ilimitada em relação à sociedade, ou seja, respondem pelas dívidas das
sociedades com o próprio patrimônio.

3.3.2 – Responsabilidade de terceiros com atuação irregular

Acabamos de estudar a responsabilidade “solidária” (que, na verdade, é


subsidiária) dos terceiros que atuam ou se omitem , acarretando o não
pagamento dos tributos devidos. Não houve, portanto, qualquer infração
dolosa à lei ou excesso de poderes, por exemplo.

A partir desse momento, veremos a responsabilidade pelos terceiros que


agem com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

Dessa forma, o art. 135 do CTN estabelece o seguinte:

Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos


correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos:

I - as pessoas referidas no artigo anterior (art. 134, estudado no


tópico anterior);

II - os mandatários, prepostos e empregados;

III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas


de direito privado.

Repare que as pessoas mencionadas nos incisos II e III


desse artigo não foram previstas na responsabilidade
“solidária” do art. 134. Isso cai em prova. Cuidado!

Vamos imaginar que o diretor de uma empresa, embora não tenha


poderes para adquirir imóveis sem anuência dos sócios da pessoa jurídica,
compra uma fazenda a fim de que os funcionários da organização tenham um
local para o lazer.

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Como houve excesso de poder por parte do diretor, ele será


pessoalmente responsável pela obrigação tributária relativa ao ITBI,
por conta da transmissão onerosa de bens imóveis.

Veja que a obrigação já nasce tendo como sujeito passivo o diretor, ou


seja, o responsável fica obrigado desde o momento da ocorrência do fato
gerador. O que isso nos lembra? Responsabilidade por substituição.

Esse raciocínio já foi utilizado pela FCC (uma banca que


costuma realizar vários concursos da área fiscal), que
afirmou se tratar de responsabilidade por
substituição.

De acordo com a jurisprudência do STJ, a dissolução irregular de


sociedade também é caracterizada como infração à lei:

Súmula STJ 435 - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que


deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos
competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o
sócio-gerente.

Nesse caso, se a empresa encerrou suas atividades irregularmente, é


possível ao Fisco redirecionar a execução ao sócio, a quem cabe provar
o contrário.

Por outro lado, o descumprimento da obrigação tributária principal, ou


seja, o não pagamento do tributo, caso não haja dolo ou fraude, não
caracteriza infração legal, de modo que a mora é da empresa, e o gestor
não passa a ser pessoalmente responsabilizado:

Súmula STJ 430 - O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade


não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.

Ambas as súmulas citam o sócio-gerente. A propósito, nós vimos quem


são os terceiros responsáveis do art. 134, mas ainda não comentamos quem
pode ser pessoalmente responsabilizado nos termos do art. 135.

Saiba que todas as figuras citadas no art. 134 podem sofrer a


responsabilização, caso ajam com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos. Além disso, também podem ser responsabilizados
os mandatários, prepostos e empregados, bem com os diretores (citado
no nosso exemplo), gerentes ou representantes de pessoas jurídicas
de direito privado.

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Os mandatários podem vir em provas como


“procuradores”!

Em relação aos sócios de uma empresa, é importante ter em mente que


são as atividades desenvolvidas na gestão da empresa que podem acarretar
responsabilização pessoal, e não o fato de ser sócio. Por conseguinte, o sócio-
gerente pode ser responsabilizado, ao passo que o sócio-quotista não
pode.

Tal responsabilização, no entanto, não exclui a responsabilidade da


pessoa jurídica, contribuinte do tributo resultante dos atos praticados
pelos gestores, já que para isso haveria de ter previsão expressa no CTN.
Assim, embora a responsabilidade dos sócios seja pessoal, a pessoa jurídica
também é responsável. Parte da doutrina defende, ainda, que a
responsabilidade é solidária entre ambos, por haver interesse comum na
situação que ensejou a ocorrência do fato gerador (CTN, art. 124, I).

Destaque-se que a responsabilidade pessoal prevista no art. 135, objeto


de nosso estudo, abrange os tributos, os juros e as multas, sejam elas de
caráter moratório ou punitivo.

Observação: As multas punitivas também podem ser denominadas multas


de ofício, multas formais, multas fiscais ou até mesmo multas
pessoais.

Em tempo, cumpre-nos ressaltar que, se o sócio-gerente tiver se


retirado da sociedade antes da ocorrência do fato gerador que deu
origem à obrigação, fica excluído de qualquer responsabilidade. Assim
entende o STJ (REsp 276.779/SP).

Questão 65 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Analista Judiciário/2014

Tício, Mévio e Portus são sócios em uma empresa de responsabilidade limitada,


na proporção de 1%, 30% e 69%, das quotas sociais, respectivamente. Consta
do contrato social que o representante legal da empresa é Tício. Considerando
que a empresa deixou de emitir nota fiscal e, portanto, de recolher o ICMS

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devido no período de dezembro de 2010 até fevereiro de 2013, após regular


ação fiscal, foi feita a autuação para pagamento do tributo, multa, juros e
correção monetária. Diante do não pagamento do crédito constituído, foi o
mesmo inscrito em dívida ativa e, após extrair a Certidão da Dívida Ativa -
CDA, foi proposta execução fiscal em face da empresa e dos sócios. Diante dos
fatos apresentados,
a) não há responsabilidade solidária entre os sócios, mas pessoal, que
respondem proporcionalmente no limite de suas quotas sociais, pelos atos que
praticam em infração de lei, bem assim não há solidariedade com a empresa,
que somente responde pelo crédito tributário correspondente a obrigações
tributárias efetivamente praticadas.
b) somente o representante legal da empresa, Tício, é que responde pelo
crédito correspondente a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
em infração de lei, de forma pessoal, mas a empresa, na qualidade de
contribuinte, é devedora do tributo decorrente do fato gerador efetivamente
praticado por ela.
c) o polo passivo da execução fiscal está correto, tendo em vista que os sócios
são responsáveis pelo crédito correspondente a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados em infração de lei, contrato ou estatuto, de
forma pessoal.
d) os sócios não devem figurar no polo passivo da execução fiscal, tendo em
vista que se trata de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, ou
seja, é a empresa, com seu patrimônio, que responde pelos créditos tributários
decorrentes do exercício de sua atividade, ainda que praticados em infração de
lei, contrato ou estatuto.
e) a empresa não deve figurar no polo passivo da execução fiscal, tendo em
vista que, no caso de infração de lei, a responsabilidade é pessoal e exclusiva
dos sócios pelo crédito correspondente a obrigações tributárias resultantes de
atos praticados em infração de lei.

Comentário: A responsabilidade pela prática de atos com infração da lei


tributária que impõe a emissão de nota fiscal e o consequente recolhimento de
ICMS implica responsabilidade tributária para o representante legal da
empresa, isto é, seu administrador, conforme estabelece o art. 135, III, do
CTN. Por tal motivo, somente o representante legal da empresa, Tício, é que
responde pessoalmente pelo crédito correspondente a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados em infração de lei.

Gabarito: Letra B

Questão 66 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014

Sobre responsabilidade tributária, o representante legal de pessoa jurídica de


direito privado, ainda que não seja sócio da empresa, é pessoalmente
responsável pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes

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de atos praticados com excesso de poderes, infração de lei, contrato social ou


estatuto.

Comentário: Realmente, ainda que não seja sócio da empresa, o


representante legal é pessoalmente responsável pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poderes, infração de lei, contrato social ou estatuto. Alternativa
correta.

Questão 67 – FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013

Constavam no contrato social da empresa Tessalônica Industrial Ltda. três


sócios: Ovídio, Sêneca e Virgílio. Ovídio e Virgílio eram os administradores da
empresa, cada qual podendo assinar e obrigar a empresa isoladamente; já
Sêneca nunca se envolvera na administração, tendo apenas subscrito e
integralizado o capital e auferido os lucros obtidos. Não obstante haver no
contrato social da empresa cláusula que expressamente veda operações em
bolsa de valores com recursos da empresa, em 12/11/2012, Ovídio,
aproveitando a grande sobra de caixa da empresa, fez uma operação em bolsa
de valores na qual obteve um lucro muito expressivo. Contudo, apesar do
lucro, o Imposto de Renda relativo ao ganho de capital na operação não foi
declarado e nem recolhido dentro do prazo legal. Em face da situação
hipotética apresentada e do ordenamento jurídico vigente, com respeito ao
crédito tributário devido tem-se que:

a) por se tratar de operação não autorizada pelos estatutos ou contrato social,


a empresa não pode ser responsabilizada pelo pagamento da multa e do
imposto.
b) os sócios devem ser responsáveis, pois o lucro da operação será a eles
distribuído.
c) apesar de também beneficiar Sêneca e Virgílio, apenas Ovídio deve ser
pessoalmente responsabilizado, pois agiu contrariando expressa previsão do
contrato social. Da empresa também deverá ser cobrado o imposto e multas.
d) Ovídio deve ser pessoalmente responsabilizado, excluindo-se a
responsabilidade da empresa, pois a infração decorreu direta e exclusivamente
de sua atuação pessoal.
e) se não for possível exigir da empresa o cumprimento da obrigação principal,
respondem solidariamente com ela nos atos em que intervierem ou pelas
omissões de que forem responsáveis os sócios Ovídio e Virgílio.

Comentário: Como se trata de ato que infringiu contrato social da empresa


Tessalônica Industrial Ltda., será responsável o administrador que praticou a
referida infração, respondendo pessoalmente pelo imposto e pelas multas.
Além disso, vimos que tal responsabilidade não exclui a responsabilidade da
pessoa jurídica, contribuinte do tributo resultante dos atos praticados pelos

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gestores. Portanto, da empresa também deverá ser cobrado o imposto e


multas.

Gabarito: Letra C

Questão 68 – FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Em se tratando de responsabilidade tributária, os pais respondem pelos


tributos devidos por seus filhos menores e, em matéria de penalidades,
somente às de caráter moratório.

Comentário: De acordo com o art. 134, I, do CTN, nos casos de


impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem
ou pelas omissões de que forem responsáveis os pais, pelos tributos devidos
por seus filhos menores. Em se tratando de penalidades, a responsabilidade diz
respeito apenas às de caráter moratório. Questão correta.

Questão 69 – FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2009-Adaptada

Todos os sócios são responsáveis por obrigações tributárias resultantes de atos


praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato ou estatuto
social de empresa, independentemente da qualidade de representante legal.

Comentário: Na verdade, a responsabilidade pelos atos praticados com


excesso de poderes ou infração de lei, contrato ou estatuto social de empresa
não se ocorre pelo fato de ser sócio, mas pelo fato de gerir a empresa. Sendo
assim, nem todos os sócios são responsabilizados. Questão errada.

Questão 70 – CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015

A responsabilidade tributária por infração a lei tributária praticada por pessoa


na gestão de sociedade limitada ficará adstrita ao capital social devidamente
integralizado.

Comentário: Na realidade, se houve a prática de infração a lei tributária por


pessoa na gestão da sociedade, aplica-se o art. 135, III, do CTN, ou seja, o
gestor é pessoalmente responsável pelo crédito correspondente às obrigações
tributárias resultantes da prática de tais atos. Questão errada.

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Questão 71 – CESPE/Câmara dos Deputados-Analista


Legislativo/2014

A responsabilidade pessoal do sócio-administrador pelos débitos tributários da


pessoa jurídica pode ser reconhecida em caso de dissolução irregular da
sociedade empresária, sendo pressuposto dessa responsabilização a condição
de sócio-administrador da empresa no momento da ocorrência da dissolução.

Comentário: De acordo com a Súmula 435, do STJ, “presume-se dissolvida


irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem
comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da
execução fiscal para o sócio-gerente”. Veja que a responsabilidade decorre da
condição de sócio-administrador da empresa, quando da ocorrência da
dissolução irregular. Questão correta.

Questão 72 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

Os mandatários, prepostos e empregados são solidariamente responsáveis


pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos
praticados com excesso de poderes.

Comentário: A responsabilidade, nesse caso, não é solidária, mas pessoal, o


que torna a questão errada.

Questão 73 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade gera, de forma


automática, a responsabilidade solidária do sóciogerente.

Comentário: O entendimento do STJ, expresso na Súmula 430, é o de que o


inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio-gerente. A questão, portanto, está errada.

Questão 74 – CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011-Adaptada

Determinado consumidor, ávido por conseguir abatimento no preço de


determinado produto, adquiriu a mercadoria de estabelecimento comercial,
aceitando nota fiscal emitida, por um dos sócios da sociedade comercial, no
valor da metade da venda efetivamente realizada, o que reduziu os tributos
incidentes sobre a operação comercial e possibilitou a concessão do desconto.
Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue a assertiva a
seguir. Além de responder pessoalmente pela dívida da sociedade, o sócio que

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realizou a venda subfaturada responderá pela prática de crime contra a ordem


tributária.

Comentário: Com base no art. 137, I, do CTN, o agente (o sócio) responderá


pessoalmente pela infração praticada, sem excluir a responsabilidade na esfera
penal. Questão correta.

Questão 75 – CESPE/DPDF/2013

A responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos é, de acordo


com o CTN, solidária e pessoal.

Comentário: A responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos é


solidária, e não pessoal. Questão errada.

Questão 76 – CESPE/AGU/2012

A responsabilidade tributária de terceiros é solidária.

Comentário: Embora o art. 134 estipule regras de responsabilidade solidárias


de terceiros, devemos lembrar que nem todas responsabilidades a cargo de
terceiros são solidárias, como é o caso do art. 135 do CTN (responsabilização
por praticar atos com excesso de poderes. Questão errada.

Questão 77 – CESPE/PROCURADOR FEDERAL/2010

O sócio administrador de sociedade limitada em débito com a fazenda pública


federal, referente ao pagamento do IRPJ, é pessoal e solidariamente
responsável pelos referidos débitos, quando contraídos durante a sua
administração.

Comentário: O entendimento do STJ, expresso na Súmula 430, é o de que o


inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio-gerente. A questão, portanto, está errada.

Questão 78 – FGV/ISS-CUIABÁ/2016

Os sócios de sociedade limitada, independente da prática de atos de gerência e


administração, são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes
a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes
ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

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Comentário: A responsabilidade pessoal dos sócios pelos créditos


correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos só encontra
amparo no CTN se tais sócios prática de atos de gerência e administração na
sociedade. Assim, o sócio-quotista não responde pelo simples fato de ser sócio.
Questão errada.

Questão 79 – ESAF/AFRFB/2012

Sobre o instituto da responsabilidade no Código Tributário Nacional, assinale a


opção incorreta.
a) A obrigação do terceiro, de responder por dívida originariamente do
contribuinte, jamais decorre direta e automaticamente da pura e simples
ocorrência do fato gerador do tributo.
b) Exige-se que o responsável guarde relação com o contribuinte ou com o fato
gerador, ou seja, que tenha possibilidade de influir para o bom pagamento do
tributo.
c) Pode ser um sucessor ou um terceiro e responder solidária ou
subsidiariamente, ou ainda por substituição.
d) Contribuinte e responsável são sujeitos passivos da mesma relação jurídica,
cujo objeto, pagar o tributo, coincide.
e) O vínculo que obriga o responsável ao pagamento do tributo surge de lei
específica.

Comentário: Como se trata de questão que exige amplo conhecimento de


todo o tema “responsabilidade tributária”, entendi que seria melhor deixá-la
para este momento. Vamos lá!

Alternativa A: Se a dúvida é originariamente do contribuinte, a


responsabilidade de terceiro ocorre mediante “transferência”. Essa
transferência se dá apenas diante de um evento posterior à ocorrência do fato
gerador. É o caso, por exemplo, de impossibilidade do cumprimento pelo
contribuinte, nos termos do art. 134, em que a obrigação é transferida a
terceiro. Alternativa correta.

Alternativa B: Consta expressamente no art. 128 do CTN que a lei pode


atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação.

Veja que o examinador disse ainda que deve haver relação entre o responsável
e o contribuinte, mas o CTN não disse isso expressamente. Ocorre que, se o
responsável deve ter vínculo com o fato gerador, certamente o terá com
aquele que possui relação pessoal e direta com este, ou seja, com o
contribuinte. Alternativa correta.

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Alternativa C: O responsável, deveras, pode ser um sucessor ou um terceiro,


e, como aprendemos, pode responder solidária ou subsidiariamente, ou
mesmo por substituição, a depender do que for definido pelo legislador.
Alternativa correta.

Alternativa D: Não está correta, como é o caso da responsabilidade por


substituição, em que o contribuinte é substituído por alguém que antecipa o
pagamento ou recolhe o valor a posteriori. Ademais, nem sempre a relação
jurídica diz respeito a tributo, podendo ser também relativa à penalidade
pecuniária. Alternativa errada.

Alternativa E: Retomando novamente os ditames do art. 128 do CTN, é a lei


pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a
terceira pessoa. Portanto, a alternativa está correta.

Gabarito: Letra D

4 - RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES

O CTN trata das responsabilidades por infrações nos arts. 136 e 137.

Normalmente, quando uma pessoa pratica infrações tributárias, fica


sujeita às penalidades pecuniárias. Ser punido com multas é o mais
corriqueiro. Contudo, há que se destacar que, no âmbito da legislação dos
tributos incidentes sobre o comércio exterior, há infrações puníveis com
penas de perdimento de mercadorias ou veículos, e até outras que não
possuem conteúdo pecuniário.

Nessa esteira, é importante entender que aquele que pratica infrações,


possui relação pessoal e direta com o fato, o que o tornaria impreciso dizer
que é “responsável”. Contudo, é assim que o CTN estabelece, e é o que
vamos levar para a nossa prova, não é mesmo?

Pode-se dizer também que, como a pessoa é responsável pela infração


desde o momento de sua prática, é uma forma de responsabilidade por
substituição.

Pois bem, vamos ver então o que o CTN diz acerca dessa
“responsabilidade”:

Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por


infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou
do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos
do ato.

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Pode-se inferir do dispositivo que a responsabilidade por infrações


tributárias é, via de regra, objetiva, ou seja, não se leva em consideração
as características pessoais (subjetivas) do infrator e os efeitos que o ato pode
causar. Tudo isso, salvo disposição de lei em contrário, havendo, portanto,
exceções, se forem previstas em leis.

Observação: O entendimento desse assunto tornar-se-á mais compreensível


quando estudarmos a distinção entre Direito Tributário Penal e Direito Penal
Tributário.

Deve ficar muito claro que não estamos tratando de tributo, mas de
infrações e penalidades. Aí vai um exemplo para ficar claro: o cidadão que
recolhe imposto de renda durante o ano em conformidade com a legislação
que rege tal imposto, mas que não presta a declaração ao Fisco na data
correta, está sujeito à penalidade pela infração à legislação tributária.

Nunca é tarde para se lembrar de que a lei mais benéfica sobre


penalidades é aplicada retroativamente, desde que o ato não esteja
definitivamente julgado (art. 106, II, do CTN).

Além disso, a lei tributária que define infrações ou lhe comina


penalidades deve ser interpretada em benefício do infrator (acusado), quando
houver dúvida sobre (art. 112, do CTN):

 a capitulação legal do fato;


 a natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou
extensão dos seus efeitos;
 a autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
 a natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação

De qualquer modo, deve sempre ser conferido ao


acusado o direito de defesa.

4.1 – A responsabilidade pessoal do agente

Em matéria tributária, a responsabilidade pelas infrações cabe a quem


praticou o ato ilícito. Logo, se foi a pessoa jurídica, ela será responsabilizada,
ainda que, na prática, seja uma pessoa natural que atue em nome da
empresa. A punição é aplicada ao sujeito passivo da obrigação
tributária principal ou acessória, que não foi cumprida. Essa é a regra!

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O art. 137 do CTN traz justamente a exceção à referida regra. São


situações em que a responsabilidade é pessoal do agente quanto à
punição, permanecendo a pessoa jurídica na condição de sujeito passivo do
tributo.

As três hipóteses de responsabilização pessoal do agente são as


seguintes:

Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:

I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou


contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de
administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;

II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do


agente seja elementar;

III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de


dolo específico:

a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem


respondem;

b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus


mandantes, preponentes ou empregadores;

c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas


de direito privado, contra estas.

A primeira se refere às infrações que foram definidas na lei penal como


crimes ou contravenções. As penas previstas para os crimes e contravenções
penais aplicam-se às pessoas naturais. O CTN, seguindo essa lógica,
também estabeleceu que a responsabilidade caberá ao agente.

Destaque-se que há duas exceções, que acabam por afastar o


agente da responsabilidade pelas infrações à legislação tributária: se
forem praticadas no exercício regular da administração ou se for por
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito.

A segunda hipótese se refere à infração em que o agente possui dolo


específico, ou seja, age com uma finalidade específica. O dolo específico é
um elemento subjetivo que, como regra, não está presente nas infrações à
legislação tributária, já que estas têm natureza objetiva (CTN, art. 136).

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No entanto, lembre-se de que há possibilidade de as infrações à


legislação tributária serem subjetivas (o art. 136 prevê a exceção). Portanto,
sempre quando o elemento subjetivo (dolo específico) estiver presente na
legislação que preveja a infração, dizemos que o dolo específico é
elementar, e a responsabilidade será pessoal ao agente.

Por último, a terceira hipótese se faz presente quando a infração


decorra de dolo específico do representante contra seu representado.
Portanto, se o tutor age com a finalidade especial de lesar o tutelado, aquele
responde, ainda que este seja o sujeito passivo direto da obrigação.

Do mesmo modo, se o diretor comete uma infração à legislação


tributária com o fim específico de prejudicar a empresa na qual trabalha,
responderá pessoalmente pela infração.

Observação: As pessoas referidas no art. 137 são as mesmas que foram


previstas no art. 135.

4.2 – Denúncia Espontânea

A denúncia espontânea é o instituto criado pelo CTN para que o


contribuinte se redima das infrações tributárias, confessando os ilícitos. Como
consequência, a responsabilidade pela multa é afastada. Na verdade, conforme
entendimento do STJ (REsp 774.058/PR), a denúncia espontânea afasta
tanto as multas moratórias como as punitivas.

Denúncia espontânea = afastamento de todas as


multas (moratórias e punitivas)

Há que se ressaltar que, para configurar a espontaneidade, o sujeito


passivo deve se antecipar ao fisco, ou seja, a denúncia espontânea deve
ser feita antes de qualquer procedimento fiscalizatório.

Obviamente, o infrator não é obrigado a “adivinhar” quando a sua


espontaneidade fica afastada, sendo necessário que a administração
tributária comunique o sujeito passivo formalmente.

Com o início da fiscalização sobre certo contribuinte, lavra-se o Termo


de Início de Fiscalização (CTN, art. 196), com data e hora, ficando claro a
partir de que momento a espontaneidade fica excluída.

Observação: A denúncia espontânea deve ser feita antes do início de

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qualquer procedimento fiscalizatório. Portanto, é errado afirmar que basta


que seja formulada antes da notificação de lançamento, tendo em vista que
este é o resultado final da fiscalização, e não o seu início.

Outro ponto digno de nota é que, com o início do procedimento de


fiscalização, o sujeito passivo somente perde o direito à denúncia
espontânea em relação ao tributo objeto de apuração bem como aos
períodos aos quais se refere. Logo, se o objeto da fiscalização é o IPI
relativo ao ano de 2010, o sujeito passivo pode utilizar da denúncia
espontânea em relação ao IPI relativo ao ano de 2011, ou mesmo em relação
a outros tributos.

Destaque-se que o art. 138 assevera que a denúncia espontânea deve


ser feita acompanhada do pagamento do tributo e dos juros de mora. Caso o
valor do tributo dependa de apuração, cabe ao sujeito passivo
depositar o valor arbitrado pela autoridade administrativa, como
condição de ser beneficiado pela denúncia espontânea.

Nessa linha, o STJ (REsp 426.964/SC) já decidiu que o parcelamento


não equivale ao pagamento do tributo, não sendo suficiente para
configurar a denúncia espontânea.

Vamos nos atentar, ainda, para o entendimento do STJ, segundo o qual


as disposições do CTN sobre a denúncia espontânea não se aplicam ao
cumprimento das obrigações acessórias. Faz todo o sentido, já que se isso
fosse permitido, a regra seria descumprir o prazo de entrega de declarações,
por exemplo, fazendo a denúncia poucos dias depois. Ou seja, a regra se
tornaria o descumprimento dos prazos.

4.2.1 - Aplicabilidade da Denúncia Espontânea aos Tributos Lançados


por Homologação, por Declaração e de Ofício

A denúncia espontânea é majoritariamente aplicável aos tributos


lançados por homologação, tendo em vista a obrigação, neste caso, do
sujeito passivo em declarar e pagar o tributo antecipadamente, sem
prévio exame da autoridade administrativa. Logo, a denúncia espontânea
pode ser apresentada quando não houve previamente a declaração por
parte do sujeito passivo.

Por outro lado, o benefício da denúncia espontânea não se aplica


aos tributos sujeitos a lançamento por homologação, quando, embora
declarados, sejam pagos a destempo:

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Súmula STJ 360 - O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos


tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados,
mas pagos a destempo.

Ora, se fosse possível a denúncia espontânea nesses casos, o sujeito


passivo declararia o débito regularmente (após a ocorrência do fato gerador),
sendo que esta declaração por si só já configuraria espontaneidade.
Assim, ele ficaria livre para recolher o tributo algum tempo depois, sem arcar
com a multa moratória (por atraso de pagamento). Muito injusto com quem
paga tempestivamente seus tributos, não é mesmo?

Em relação aos tributos sujeitos a lançamento por declaração, vislumbra-


se a possibilidade de utilização da denúncia espontânea em duas situações
distintas: quando o fato gerador não tenha sido declarado pelo
contribuinte ou quando após declaração, o contribuinte proceda à sua
retificação, antes da atuação do Fisco. Neste último caso, percebe-se que
houve omissão parcial do montante a pagar.

Por último, deve ser demonstrada a incompatibilidade da denúncia


espontânea com os tributos lançados de ofício. Neste caso, o sujeito
passivo não participa do lançamento tributário. Não são necessárias
informações prestadas pelo sujeito passivo para providenciar a constituição do
crédito tributário, nem mesmo a antecipação do pagamento do tributo.
Portanto, qualquer infração relativas a esses tributos (lançados de ofício),
sempre ocorrerá após o lançamento.

4.3 – Direito Tributário Penal e Direito Penal Tributário

Antes de finalizarmos o estudo da responsabilidade por infrações, você,


meu aluno, minha aluna, não pode ficar sem saber a distinção entre os
conceitos de Direito Tributário Penal e Direito Penal Tributário.

Primeiramente, cumpre-nos salientar que o Direito Tributário Penal está


relacionado às infrações administrativas, passíveis de punição por penalidades
pecuniárias (multas), as quais não deixam de ser obrigações tributárias,
conforme preceitua o § 1°, do art. 113, do CTN, cuja redação é a seguinte:

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem


por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e
extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

Diferentemente do que foi acima exposto, o Direito Penal Tributário


constitui instituto do Direito Penal, disciplinando crimes contra a ordem
tributária.

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A distinção relevante entre o Direito Tributário Penal e o Direito Penal


Tributário é que, como já foi estudado por nós, naquele a responsabilidade
do agente é objetiva, e neste, subjetiva.

Explique-se melhor: no Direito Tributário, se a infração foi cometida,


haverá a respectiva responsabilização, independentemente da intenção do
agente, conforme prevê o art. 136 do CTN. Por outro lado, no Direito Penal,
vigora o princípio da responsabilidade penal subjetiva, tomando relevância a
intenção do agente. É por esse motivo que a doutrina incansavelmente discute
os elementos dolo e culpa, quando da prática de determinado delito.

Diferentemente do que ocorre no Direito Penal, a


responsabilidade pelas infrações à legislação tributária
independe do elemento volitivo.

Questão 80 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014

Sobre responsabilidade tributária, a responsabilidade pelo pagamento do


tributo, juros de mora e multa é excluída pela denúncia espontânea da
infração.

Comentário: A denúncia espontânea da infração deve ser acompanhada do


pagamento dos tributos e dos juros de mora, excluindo apenas a
responsabilidade pela multa. Questão errada.

Questão 81 – FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Em se tratando de responsabilidade tributária, comerciante arrependido por ter


feito várias operações comerciais sem a emissão de nota fiscal, comparece à
repartição fiscal e, de forma espontânea, confessa as infrações cometidas. Ao
analisar a conduta do contribuinte, desacompanhada de qualquer outra
providência, o fisco pode relevar a infração.

Comentário: De acordo com o art. 138, caput, do CTN, a responsabilidade


somente é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se

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for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora. Portanto, em


tal situação, o fisco não pode relevar a infração. Questão errada.

Questão 82 – FCC/Procurador-SP/2009

A norma contida no art. 138 do CTN, que trata da denúncia espontânea da


infração, não autoriza o contribuinte do ICMS, que declarou o imposto e não o
recolheu tempestivamente, efetuar, após a data do vencimento, o pagamento
do tributo, acrescido de juros de mora, mas sem a multa moratória.

Comentário: De acordo com a Súmula 360 do STJ, o benefício da denúncia


espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação
regularmente declarados, mas pagos a destempo. Como o ICMS é um tributo
lançado por homologação, não se aplica a denúncia espontânea a esse caso.
Questão correta.

Questão 83 – CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015

A responsabilidade tributária por infração implica solidariedade da sociedade


com o gestor que cometer infração no pagamento dos tributos.

Comentário: O art. 137, do CTN, elenca diversas situações em que a


responsabilidade tributária pela infração é pessoal ao agente. Por tal motivo, já
podemos descartar a redação da questão, por mencionar que a
responsabilidade é solidária da sociedade com o gestor que cometeu a
infração. Questão errada.

Questão 84 – CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014

A responsabilidade por infrações é elidida pela denúncia espontânea do


contribuinte acompanhada do pagamento, ainda que parcial, do crédito
tributário devido, não se considerando espontânea a denúncia da prática
infracional ocorrida após o início de qualquer procedimento administrativo ou
medida de fiscalização.

Comentário: Realmente, não se considera espontânea a denúncia da prática


infracional ocorrida após o início de qualquer procedimento administrativo ou
medida de fiscalização. Contudo, a responsabilidade por infrações só é excluída
se for acompanhada do pagamento total do tributo e dos juros de mora,
conforme estabelece o art. 138, do CTN. Questão errada.

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Questão 85 – CESPE/PGE-BA-Procurador do Estado/2014

Determinado contribuinte solicitou parcelamento de dívida logo após a


lavratura do auto de infração pelo Fisco contra ele, no qual lhe fora imputada
fraude em razão de práticas fiscais que acarretaram a supressão de tributos.
Com base nessa situação hipotética, julgue: O pedido de parcelamento gera o
benefício da espontaneidade para o contribuinte, que se verá livre das multas
aplicadas pelo descumprimento das normas tributárias, especialmente aquela
correspondente à fraude praticada.

Comentário: Como o auto de infração já havia sido lavrado, não há que se


falar em aplicabilidade da denúncia espontânea. Ademais, o pedido de
parcelamento não é suficiente para caracterizar a denúncia espontânea, sendo
necessário o pagamento integral do tributo e dos juros de mora. Questão
errada.

Questão 86 – CESPE/TJ-DF-Titular de Serviços de Notas e de Registros


/2014

Como regra geral, a responsabilidade por infrações da legislação tributária


depende do dolo do agente ou do responsável.

Comentário: De acordo com o que prevê o art. 136, caput, do CTN, salvo
disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação
tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade,
natureza e extensão dos efeitos do ato. Questão errada.

Questão 87 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011

A responsabilidade do agente por infrações é excluída pela denúncia


espontânea, que deve ser apresentada antes da propositura da ação penal, em
relação às conceituadas por lei como crimes.

Comentário: Na realidade, a denúncia espontânea deve ser apresentada


antes do início de qualquer procedimento fiscal. Questão errada.

Questão 88 – FGV/AFRE-RJ/2010

A denúncia espontânea, formulada antes da notificação do lançamento ao


sujeito passivo, exclui a responsabilidade por infrações à legislação tributária,
desde que acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora
ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa.

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Comentário: A denúncia espontânea deve ser formulada antes do início de


qualquer procedimento fiscalizatório, e não antes da notificação de
lançamento, sendo este a última etapa do procedimento. Questão errada.

Questão 89 – FGV/AFRE-RJ/2009

Somente antes do início de qualquer procedimento de fiscalização é possível ao


contribuinte se socorrer do benefício da denúncia espontânea, afastando-se a
responsabilidade por infrações à legislação tributária, desde que haja o
pagamento integral do tributo devido acrescido dos juros de mora.

Comentário: Conforme prevê o art. 138 do CTN, a responsabilidade é


excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso,
do pagamento do tributo devido e dos juros de mora. Contudo, a denúncia
espontânea só pode ser promovida antes do início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração (CTN,
art. 138, par. único). Questão correta.

Questão 90 – FGV/AFRE-RJ/2008

Com relação à imposição de penalidade, é correto afirmar que é excluída pela


denúncia espontânea de infração, mesmo que o contribuinte deixe de recolher
o tributo devido ou o faça sem os devidos acréscimos moratórios.

Comentário: A denúncia espontânea da infração deve ser acompanhada, se


for o caso, do pagamento do tributo e dos respectivos juros de mora, como
prevê o art. 138 do CTN. Portanto, a questão está errada.

Questão 91 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012

Aplica-se o benefício da denúncia espontânea aos tributos sujeitos a


lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a
destempo.

Comentário: A Súmula 360 do STJ estabelece que o benefício da denúncia


espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação
regularmente declarados, mas pagos a destempo. Questão errada.

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Amigo(a), por hoje é só!

Até a próxima aula.

Um abraço e bons estudos!

Prof. Fábio Dutra


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6 – LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 01 – FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Em se tratando de responsabilidade tributária, pessoa que não tenha praticado


o fato gerador não pode ser sujeito passivo da relação tributária.

Questão 02 – FCC/AUDITOR-TCE-AL/2008

‘Contribuinte’ é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que
constitui fato gerador.

Questão 03 – FCC/AFR-SP/2009

A respeito da sujeição passiva da obrigação tributária principal, é possível


afirmar que o contribuinte é sujeito passivo indireto e o responsável tributário
é sujeito passivo direto.

Questão 04 – CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015

A responsabilidade tributária derivada é aquela que é transferida a terceiro que


tenha ligação direta e pessoal com o fato gerador da obrigação, sem que
decorra de expressa previsão legal.

Questão 05 – CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015

A responsabilidade tributária originária é aquela que ocorre com o


inadimplemento da obrigação tributária por parte do contribuinte.

Questão 06 – CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015

A sujeição passiva indireta pode ser fruto de uma responsabilidade por


sucessão, o que caracteriza uma das modalidades de responsabilidade por
transferência.

Questão 07 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

É possível que sujeito passivo de obrigação principal figure como responsável,


ainda que a obrigação não decorra de disposição expressa em lei.

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Questão 08 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

De acordo com a sistemática do CTN, a lei pode atribuir expressamente a


responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, ainda que não
vinculada ao fato gerador da obrigação.

Questão 09 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

De acordo com o estabelecido no CTN, obrigação e responsabilidade tributária


são equivalentes, não se podendo atribuir responsabilidade tributária a terceira
pessoa que não o contribuinte.
terceira pessoa que deve cumprir a obrigação tributária. Logo, a questão está
errada.

Questão 10 – FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2010

O responsável ou sujeito passivo indireto é todo aquele obrigado ao


pagamento do tributo ou penalidade pecuniária, mesmo sem revestir-se da
condição de contribuinte.

Questão 11 – ESAF/AFRFB/2009

Sabendo-se que a fonte pagadora é responsável pela retenção do imposto de


renda, não pode ser imputada ao contribuinte a obrigação pelo pagamento do
tributo, caso o imposto não tenha sido recolhido.

Questão 12 – FGV/AFRE-RJ/2009

O contrato firmado com o alienante, pelo qual este assume a responsabilidade


pelos débitos gerados durante sua gestão, poderá ser oposto, pelo adquirente,
ao Fisco.

Questão 13 – ESAF/AFRFB/2009

O transportador, ao firmar termo de responsabilidade por determinada


mercadoria, pode ser considerado, por ato da autoridade administrativa,
responsável pelo pagamento do ICMS.

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Questão 14 – FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Em se tratando de responsabilidade tributária, na substituição tributária para


frente, há uma postergação do pagamento do tributo, transferindo-se a
obrigação de reter e recolher o montante devido, que seria do vendedor, ao
adquirente dos produtos e serviços.

Questão 15 – CESPE/PGE-BA-Procurador do Estado/2014 - Adaptada

No caso do tributo de ICMS, a substituição tributária para trás corresponde a


uma espécie de responsabilidade de terceiros por transferência.

Questão 16 – CESPE/SECONT-AUDITOR-ES/2009

O instituto jurídico tributário que atribui a responsabilidade pelo pagamento do


tributo a terceira pessoa que, desde o nascimento da obrigação tributária, já
tem com ela o dever de recolhê-lo chama-se de substituição tributária.

Questão 17 – FGV/SEAD-AP-Fiscal/2010

O parágrafo 7º do artigo 150 da Constituição Federal, ao prever que "a lei


poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição
da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido", acabou
instituindo o que a doutrina denomina "substituição tributária para frente".

Em relação a esse instituto, examine as afirmativas a seguir.

I. Denomina-se substituto tributário aquele sujeito em nome de quem é feito o


recolhimento antecipado e que deverá promover a operação futura.
II. Em que pese o fato de a substituição tributária para frente viabilizar a
tributação antes mesmo da ocorrência do fato gerador, razão pela qual sofreu
severas críticas doutrinárias, o Supremo Tribunal Federal declarou a
constitucionalidade dessa sistemática de instituição e cobrança de tributos.
III. De acordo com a jurisprudência pacífica do STF, caso o evento futuro não
ocorra, ou ocorra com base de cálculo menor do que aquela sobre a qual foi
feita a antecipação do recolhimento, é necessária a imediata e preferencial
restituição do excesso recolhido.
Assinale:

a) se somente as afirmativas I e II forem verdadeiras.


b) se todas as afirmativas forem verdadeiras.

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c) se somente as afirmativas I e III forem verdadeiras.


d) se somente a afirmativa III for verdadeira.
e) se somente a afirmativa II for verdadeira.

Questão 18 – FGV/ISS-CUIABÁ/2016

A lei pode atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de


responsável pelo pagamento do imposto, cujo fato gerador deva ocorrer no
futuro.

Questão 19 – FGV/AFRE-RJ/2009

Com relação ao instituto da substituição tributária, aplicado ao ICMS, é


possível afirmar que se trata de um mecanismo legal pelo qual a
responsabilidade pelo pagamento do imposto pode ser atribuída a sujeito
passivo outro que não o contribuinte, destinatário constitucional do tributo.

Questão 20 – FGV/AFRE-RJ/2009

Com relação ao instituto da substituição tributária, aplicado ao ICMS, é correto


afirmar que se trata de uma decorrência lógica do perfil plurifásico do ICMS.

Questão 21 – ESAF/AFRFB/2009

Na substituição tributária progressiva, o dever de pagar o tributo recai sobre o


contribuinte que ocupa posição posterior na cadeia produtiva.

Questão 22 – ESAF/AFRFB/2009

Na substituição tributária para frente não há recolhimento de imposto ou


contribuição antes da ocorrência do fato gerador, mas apenas a antecipação de
seu pagamento por responsável definido por lei.

Questão 23 – FCC/Pref. Campinas-SP-Procurador/2016

Dispõe o Código Tributário Nacional que a pessoa natural ou jurídica de direito


privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento
adquirido. Dispõe o referido CTN que a responsabilidade do sucessor
adquirente será

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a) integral para o adquirente parente, em linha reta ou colateral até o quarto


grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou
de qualquer de seus sócios, desde que o alienante cesse a exploração do
comércio, indústria ou atividade.
b) integral e abrangerá os débitos até a data do ato, se este prosseguir na
exploração ou iniciar dentro de seis meses, a contar da data da alienação,
nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou
profissão.
c) subsidiária e abrangerá os débitos até a data do ato se o alienante cessar a
exploração do comércio, indústria ou atividade.
d) integral pelos tributos devidos pela pessoa jurídica de direito privado que
adquirir estabelecimento comercial, no caso de alienação judicial em processo
de falência.
e) relativa se o adquirente for sócio de sociedade falida ou em recuperação
judicial, porque inexistem regras sobre a responsabilidade por sucessão para o
sócio adquirente no Código Tributário Nacional.

Questão 24 – FCC/TCE-GO-Analista de Controle Externo/2014

Na responsabilidade por sucessão, é correto afirmar que


a) a incorporação de uma empresa por outra implica em responsabilidade
tributária para a empresa incorporadora, relativamente aos débitos tributários
da empresa incorporada, por fatos geradores anteriores à incorporação.
b) se na arrematação de bem imóvel em hasta pública o respectivo preço pago
não for utilizado para quitar os tributos devidos, incidentes sobre o imóvel, o
arrematante é considerado responsável tributário.
c) em processo de falência, o adquirente de estabelecimento comercial será
responsável tributário pelos tributos devidos pela empresa falida, abatendo-se
do preço da aquisição o valor dos débitos tributários.
d) o espólio nunca é sucessor tributário, mas sim os herdeiros a qualquer título
são quem respondem pelos tributos devidos pelo de cujus até a abertura da
sucessão.
e) os pais, tutores e curadores são responsáveis por sucessão, pelos tributos
devidos pelos filhos, tutelados e curatelados, respectivamente.

Questão 25 – FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

De acordo com o CTN, a responsabilidade tributária do sucessor abrange os


tributos devidos pelo sucedido cujos fatos geradores tenham ocorrido até o dia
da sucessão, mas não as multas moratórias ou punitivas.

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Questão 26 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014

Sobre responsabilidade tributária, o arrematante é responsável pelos tributos


cujos fatos geradores sejam anteriores à arrematação, do mesmo modo que o
adquirente de bem móvel.

Questão 27 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014

Sobre responsabilidade tributária, o adquirente de estabelecimento comercial é


responsável pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à aquisição
quando a aquisição se dá em processo de falência, já que os créditos
tributários têm preferência sobre créditos extra concursais.

Questão 28 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014

Sobre responsabilidade tributária, a pessoa jurídica de direito privado que


resultar da incorporação, fusão ou transformação é responsável pelos tributos
relativos aos fatos geradores anteriores à incorporação, fusão ou
transformação de forma subsidiária, caso o patrimônio da incorporada, fundida
ou transformada seja insuficiente para quitar os créditos tributários devidos.

Questão 29 – FCC/TJ-PE-Juiz/2013

Na sucessão causa mortis haverá responsabilidade tributária


a) do espólio e dos sucessores, solidariamente, por todos os tributos cujos
fatos geradores surgirem durante o inventário ou partilha.
b) do cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
abertura da sucessão.
c) do espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da
sucessão, bem como até a partilha ou adjudicação.
d) do espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus, ainda que tenha havido a
partilha ou adjudicação dos bens.
e) dos sucessores a qualquer título, pelos tributos devidos pelo de cujus após a
abertura da sucessão.

Questão 30 – FCC/TRF - 2ª REGIÃO-Analista Judiciário/2012

Samuel vendeu, por escritura pública, um imóvel para Sueli. Haviam débitos
referentes ao imposto predial e territorial urbano. O contrato de venda e
compra estipulou a transferência dessa responsabilidade (quitação dos débitos)
para Rafael (então devedor de Samuel), mas que deixou de cumpri-la. Nesse

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caso, a responsabilidade da quitação do débito perante à Fazenda Pública do


Município será
a) de Rafael, ou seja, o terceiro integrante no contrato.
b) de Samuel, ou seja, o vendedor do imóvel.
c) de Sueli, ou seja, a compradora e atual proprietária do imóvel.
d) do vendedor Samuel e da compradora Sueli.
e) da compradora Sueli e do terceiro Rafael.

Questão 31 – FCC/PGM-João Pessoa-PB-Procurador Municipal/2012

Sobre a responsabilidade dos sucessores, analise os itens abaixo.

I. O arrematante de imóvel em hasta pública não é responsável pelos tributos


incidentes sobre o bem cujos fatos geradores sejam anteriores à arrematação.
II. O espólio não é responsável tributário pelos tributos cujos fatos geradores
sejam anteriores à abertura da sucessão, assim como pelos tributos cujos
fatos geradores tenham ocorrido durante o inventário.
III. O adquirente de estabelecimento comercial é sempre responsável
integralmente pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à
aquisição, ainda que a mesma se dê judicialmente em processo de falência.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.
b) I e II.
c) II.
d) II e III.
e) III.

Questão 32 – FCC/Pref. São Paulo-Auditor Fiscal do Município/2012

Um menino menor de idade, com dez anos, recebeu, na qualidade de herdeiro


testamentário, por ocasião da morte de sua avó, um imóvel urbano, localizado
em município do interior de São Paulo, no valor de R$ 350.000,00.

Houve a aceitação da herança pelo menor, que, nesse ato, foi representando
por seus pais.

Nesse caso, o tributo devido na transmissão causa mortis de bens imóveis


caberá
a) aos pais do menor de idade, pois o menino, por ser menor de idade, não
tem capacidade tributária.
b) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso
de impossibilidade de exigência do cumprimento dessa obrigação tributária por

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ele, seus pais responderão solidariamente com ele, nos atos em que
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis.
c) cinquenta por cento ao menino menor de idade e cinquenta por cento aos
pais do menor.
d) aos pais do menino menor de idade e ao próprio menino, pois o menor não
tem capacidade jurídica para ser, isoladamente, contribuinte.
e) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso de
impossibilidade de exigência do cumprimento dessa obrigação tributária por
ele, seus pais responderão solidariamente com ele.

Questão 33 – FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Em se tratando de responsabilidade tributária, “Beltrano” faleceu deixando


herdeiros e tributos não pagos. Deixou bens em valor inferior ao valor dos
tributos devidos. O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são
responsáveis pelo valor total dos tributos devidos pelo de cujus até a data da
partilha ou adjudicação.

Questão 34 – FCC/ SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2009

Considere a seguinte situação: diretores de uma empresa, que está sendo


adquirida por outra, pactuaram com a adquirente que suportarão o pagamento
do ICMS devido até a data do ato de aquisição. Neste caso, a Fazenda poderá
cobrar o ICMS da empresa adquirente, uma vez que as convenções
particulares não podem ser opostas à Fazenda Pública.

Questão 35 – FCC/Procurador Judicial-Recife-PE/2008

Após a partilha amigável em arrolamento de bens judicial pela morte de seu


pai, que se deu em 2007, Tício e Mévio recebem agora notificação para
pagamento de Imposto de Renda ano-base 2003, por ele devido quando ainda
estava vivo. Esta exigência fiscal está correta, porque os sucessores são
responsáveis pelos tributos devidos, cujos fatos geradores ocorreram até a
data da partilha, até o limite dos quinhões recebidos, desde que não tenha se
operado a decadência ou prescrição.

Questão 36 – CESPE/TJ-DF-Titular de Serviços de Notas e de Registros


/2014 - Adaptada

No caso de arrematação em hasta pública, é vedada em sub-rogação de


impostos cujo fato gerador seja a propriedade de bens imóveis.

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Questão 37 – CESPE/TJ-DF-Titular de Serviços de Notas e de Registros


/2014

O produto da alienação judicial de empresa em processo da falência


permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo competente, pelo
prazo um ano, contado da data de alienação.

Questão 38 – CESPE/TJ-DF-Titular de Serviços de Notas e de Registros


/2014

A pessoa jurídica que resultar de fusão de outra é responsável pelas pessoas


jurídicas fusionadas e pelos tributos devidos pelo prazo de seis meses, contado
da data do ato.

Questão 39 – CESPE/PGE-BA-Procurador do Estado/2014

Suponha que determinado empresário tenha adquirido o imóvel de um


estabelecimento comercial completamente vazio e tenha dado continuidade à
exploração, sob outra razão social, do mesmo ramo do comércio, e que os
alienantes tenham prosseguido na exploração da atividade a partir do quinto
mês após a alienação.
Considerando essa situação hipotética e aspectos gerais da sucessão
empresarial, julgue: A sucessão empresarial é uma forma de responsabilidade
tributária por transferência, haja vista que a obrigação tributária nasce com o
contribuinte, mas é transferida ao responsável.

Questão 40 – CESPE/TJ-DF-Titular de Serviços de Notas e de Registros


/2014

A massa falida é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de


cujus até a data da abertura da sucessão.

Questão 41 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011

Considere que Ômega tenha adquirido, a título oneroso, estabelecimento


empresarial de Delta Auto Peças Ltda. e, após três meses, Delta tenha iniciado
nova atividade empresarial, na área de venda de medicamentos. Nesse caso,
Ômega será subsidiariamente responsável pelos débitos tributários devidos por
Delta até a data da alienação.

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Questão 42 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

Com o falecimento do sujeito passivo tributário, haverá necessária


substituição, sendo o espólio pessoalmente responsável pelos tributos devidos
pelo de cujus até a abertura da sucessão.

Questão 43 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

A responsabilidade dos devedores sucessores atinge os créditos ainda não


constituídos, mas que correspondam a fatos geradores ocorridos antes da
realização dos atos ou fatos determinados da sucessão, pois, nesse caso, o
lançamento já se realizou.

Questão 44 – CESPE/JUIZ FEDERAL-1ª REGIÃO/2009-Adaptada

A responsabilidade tributária é pessoal ou solidária, inexistindo


responsabilidade subsidiária para pagamento de tributo.

Questão 45 – CESPE/JUIZ FEDERAL-1ª REGIÃO/2009

A responsabilidade do espólio não alcança as multas devidas pelo de cujus,


inclusive a moratória.
Questão 46 – CESPE/AGU/2012

O adquirente de um fundo de comércio é subsidiariamente responsável,


juntamente com o alienante que continue a exercer a atividade comercial em
outro estado, pelos tributos devidos até a data da venda desse fundo.

Questão 47 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

O cônjuge meeiro é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de


cujus até a data da adjudicação ou da partilha, limitada a responsabilidade ao
montante do quinhão, legado ou meação.

Questão 48 – CESPE/Procurador Federal/2007-Adaptada

A BM Confecções Ltda. adquiriu o estabelecimento empresarial da Divina


Vestuário Feminino Ltda., continuando a exploração da atividade deste
estabelecimento, sob outra razão social: a BM Confecções Ltda. A adquirente
responderá integralmente pelos tributos devidos pela Divina Vestuário

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Feminino Ltda. até a data do ato de aquisição do estabelecimento empresarial,


se a alienante cessar a exploração da atividade.

Questão 49 – FGV/ISS-CUIABÁ/2016

O sucessor a qualquer título não é responsável pelo crédito tributário


decorrente de tributo devido pelo de cujus.

Questão 50 – FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015

De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, é correto afirmar que é


permitido ao sucessor, responsável tributário por aquisição de bem móvel,
exigir que primeiro o contribuinte quite algum débito existente. Somente na
hipótese de inexistência de patrimônio e inadimplemento é que o contribuinte
será obrigado a pagar o tributo devido;

Questão 51 – FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015

De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, é correto afirmar que a


cisão está expressamente prevista no CTN, como hipótese de responsabilidade
dos sucessores;

Questão 52 – FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015

De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, é correto afirmar que na


hipótese de arrematação de bem imóvel em hasta pública, o eventual crédito
tributário existente será de responsabilidade do arrematante.

Questão 53 – FGV/CGE-MA-Auditor/2014

A companhia Delta S.A., sucessora por incorporação das indústrias Alpha e


Beta, impugna a cobrança de multa punitiva que lhe está sendo exigida pelo
Fisco Estadual, em decorrência de operações mercantis que foram realizadas
pelas companhias incorporadas, em desacordo com a legislação de regência,
pelo que foram multadas anteriormente à data da incorporação.
Com base no exposto, assinale a afirmativa correta.
a) A multa é devida, mas deve ser cobrada dos gestores das companhias
incorporadas, que inadimpliram com a obrigação legal.
b) A multa não é devida, ante o caráter punitivo que possui, já que a pena não
pode passar da pessoa do infrator.
c) A multa não é devida pela sucessora. A sociedade incorporadora não
cometeu qualquer ilícito com a incorporação.

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d) A multa é devida pela companhia sucessora, uma vez que constitui o


passivo do patrimônio adquirido pelo sucessor.
e) A multa é devida pela companhia sucessora, desde que os antigos gestores
das sociedades incorporadas tenham cessado a atividade empresarial.

Questão 54 – FGV/Consultor Legislativo - MA /2013

Delta Ltda. Comércio de Utilidades Domésticas, que adquiriu de outra


empresa, a qual estava encerrando suas atividades, móveis e utensílios para
serem utilizados em seu negócio, continuando a mesma exploração comercial,
sob razão social distinta, é tipificada pela lei tributária como
a) terceiro responsável.
b) representante tributário.
c) responsável por sucessão.
d) sucessor empresarial.
e) responsável pessoal.

Questão 55 – FGV/AFRE-RJ/2010

Com relação ao adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento


comercial, analise as afirmativas a seguir.
I. Terá responsabilidade integral se o alienante cessar a exploração da
atividade.
II. Terá responsabilidade subsidiária se o alienante iniciar, em até seis meses,
nova atividade em outro ramo de comércio.
III. Será responsável no caso de aquisição de filial mediante alienação judicial
em processo de falência.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Questão 56 – FGV/AFRE-RJ/2008

Extinta a pessoa jurídica de direito privado, continuando a respectiva atividade


a ser exercitada por sócio remanescente, sob uma outra razão social, é correto
afirmar que:
a) a nova empresa criada pelo sócio remanescente é responsável pela
totalidade dos tributos devidos pela sociedade extinta, desde que já tenham
sido lançados.
b) a nova empresa criada pelo sócio remanescente apenas responde por
metade dos tributos devidos pela sociedade extinta.

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c) inexiste responsabilidade, pois a atividade é continuada pelo sócio sob outra


razão social.
d) a sociedade constituída pelo sócio remanescente é responsável pelos
tributos devidos pela sociedade extinta, independentemente de sua razão
social.
e) inexiste responsabilidade, salvo se a nova empresa iniciar as operações
dentro de seis meses a contar da data da extinção da referida no enunciado.

Questão 57 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que implicará sempre, para o
adquirente, responsabilidade integral.

Questão 58 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que não haverá responsabilidade
do adquirente na hipótese de se tratar de alienação judicial de filial ou unidade
produtiva isolada em processo de recuperação judicial.

Questão 59 – FGV/AFRE-RJ/2009

A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio,


estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de
responsabilidade tributária é correto afirmar que a extensão da
responsabilidade do adquirente não se altera em função do fato de o alienante
(do estabelecimento) cessar a exploração de comércio, indústria ou atividade.

Questão 60 – ESAF/AFRFB/2009

De acordo com o Código Tributário Nacional, a pessoa que alienar sua


empresa, o fundo de comércio ou apenas um estabelecimento da empresa, e o
adquirente continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou diversa razão
social ou sob firma ou nome individual, a este último recai a responsabilidade
pelos tributos do primeiro devidos até a data da alienação e que incidam sobre
quaisquer daquelas universalidades de coisas.

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Questão 61 – ESAF/AFRFB/2009

O espólio, até a data da abertura da sucessão, e o sucessor, até a data da


partilha, no que se refere aos tributos devidos pelo de cujus, podem ser
considerados, respectivamente, responsável tributário e contribuinte.

Questão 62 – ESAF/ATRFB/2012 - Adaptada

É correto dizer, em relação à recuperação judicial, que a alienação de unidade


produtiva isolada acarreta para o adquirente a responsabilidade pelos tributos,
relativos ao fundo adquirido, quando o adquirente for sócio da transmitente.

Questão 63 – ESAF/ATRFB/2012 - Adaptada

É correto dizer, em relação à recuperação judicial, que a alienação judicial de


filial acarreta para o adquirente a responsabilidade pelos tributos, relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido.

Questão 64 – ESAF/PGFN/2007

Não haverá responsabilidade por sucessão, a alienação em processo de


falência, a um concorrente do devedor que não tenha relação com ele nem
com sócio seu.

Questão 65 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Analista Judiciário/2014

Tício, Mévio e Portus são sócios em uma empresa de responsabilidade limitada,


na proporção de 1%, 30% e 69%, das quotas sociais, respectivamente. Consta
do contrato social que o representante legal da empresa é Tício. Considerando
que a empresa deixou de emitir nota fiscal e, portanto, de recolher o ICMS
devido no período de dezembro de 2010 até fevereiro de 2013, após regular
ação fiscal, foi feita a autuação para pagamento do tributo, multa, juros e
correção monetária. Diante do não pagamento do crédito constituído, foi o
mesmo inscrito em dívida ativa e, após extrair a Certidão da Dívida Ativa -
CDA, foi proposta execução fiscal em face da empresa e dos sócios. Diante dos
fatos apresentados,
a) não há responsabilidade solidária entre os sócios, mas pessoal, que
respondem proporcionalmente no limite de suas quotas sociais, pelos atos que
praticam em infração de lei, bem assim não há solidariedade com a empresa,
que somente responde pelo crédito tributário correspondente a obrigações
tributárias efetivamente praticadas.

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b) somente o representante legal da empresa, Tício, é que responde pelo


crédito correspondente a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
em infração de lei, de forma pessoal, mas a empresa, na qualidade de
contribuinte, é devedora do tributo decorrente do fato gerador efetivamente
praticado por ela.
c) o polo passivo da execução fiscal está correto, tendo em vista que os sócios
são responsáveis pelo crédito correspondente a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados em infração de lei, contrato ou estatuto, de
forma pessoal.
d) os sócios não devem figurar no polo passivo da execução fiscal, tendo em
vista que se trata de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, ou
seja, é a empresa, com seu patrimônio, que responde pelos créditos tributários
decorrentes do exercício de sua atividade, ainda que praticados em infração de
lei, contrato ou estatuto.
e) a empresa não deve figurar no polo passivo da execução fiscal, tendo em
vista que, no caso de infração de lei, a responsabilidade é pessoal e exclusiva
dos sócios pelo crédito correspondente a obrigações tributárias resultantes de
atos praticados em infração de lei.

Questão 66 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014

Sobre responsabilidade tributária, o representante legal de pessoa jurídica de


direito privado, ainda que não seja sócio da empresa, é pessoalmente
responsável pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes
de atos praticados com excesso de poderes, infração de lei, contrato social ou
estatuto.

Questão 67 – FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013

Constavam no contrato social da empresa Tessalônica Industrial Ltda. três


sócios: Ovídio, Sêneca e Virgílio. Ovídio e Virgílio eram os administradores da
empresa, cada qual podendo assinar e obrigar a empresa isoladamente; já
Sêneca nunca se envolvera na administração, tendo apenas subscrito e
integralizado o capital e auferido os lucros obtidos. Não obstante haver no
contrato social da empresa cláusula que expressamente veda operações em
bolsa de valores com recursos da empresa, em 12/11/2012, Ovídio,
aproveitando a grande sobra de caixa da empresa, fez uma operação em bolsa
de valores na qual obteve um lucro muito expressivo. Contudo, apesar do
lucro, o Imposto de Renda relativo ao ganho de capital na operação não foi
declarado e nem recolhido dentro do prazo legal. Em face da situação
hipotética apresentada e do ordenamento jurídico vigente, com respeito ao
crédito tributário devido tem-se que:

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a) por se tratar de operação não autorizada pelos estatutos ou contrato social,


a empresa não pode ser responsabilizada pelo pagamento da multa e do
imposto.
b) os sócios devem ser responsáveis, pois o lucro da operação será a eles
distribuído.
c) apesar de também beneficiar Sêneca e Virgílio, apenas Ovídio deve ser
pessoalmente responsabilizado, pois agiu contrariando expressa previsão do
contrato social. Da empresa também deverá ser cobrado o imposto e multas.
d) Ovídio deve ser pessoalmente responsabilizado, excluindo-se a
responsabilidade da empresa, pois a infração decorreu direta e exclusivamente
de sua atuação pessoal.
e) se não for possível exigir da empresa o cumprimento da obrigação principal,
respondem solidariamente com ela nos atos em que intervierem ou pelas
omissões de que forem responsáveis os sócios Ovídio e Virgílio.

Questão 68 – FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Em se tratando de responsabilidade tributária, os pais respondem pelos


tributos devidos por seus filhos menores e, em matéria de penalidades,
somente às de caráter moratório.

Questão 69 – FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2009-Adaptada

Todos os sócios são responsáveis por obrigações tributárias resultantes de atos


praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato ou estatuto
social de empresa, independentemente da qualidade de representante legal.

Questão 70 – CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015

A responsabilidade tributária por infração a lei tributária praticada por pessoa


na gestão de sociedade limitada ficará adstrita ao capital social devidamente
integralizado.

Questão 71 – CESPE/Câmara dos Deputados-Analista


Legislativo/2014

A responsabilidade pessoal do sócio-administrador pelos débitos tributários da


pessoa jurídica pode ser reconhecida em caso de dissolução irregular da
sociedade empresária, sendo pressuposto dessa responsabilização a condição
de sócio-administrador da empresa no momento da ocorrência da dissolução.

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Questão 72 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

Os mandatários, prepostos e empregados são solidariamente responsáveis


pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos
praticados com excesso de poderes.

Questão 73 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade gera, de forma


automática, a responsabilidade solidária do sóciogerente.

Questão 74 – CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011-Adaptada

Determinado consumidor, ávido por conseguir abatimento no preço de


determinado produto, adquiriu a mercadoria de estabelecimento comercial,
aceitando nota fiscal emitida, por um dos sócios da sociedade comercial, no
valor da metade da venda efetivamente realizada, o que reduziu os tributos
incidentes sobre a operação comercial e possibilitou a concessão do desconto.
Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue a assertiva a
seguir. Além de responder pessoalmente pela dívida da sociedade, o sócio que
realizou a venda subfaturada responderá pela prática de crime contra a ordem
tributária.

Questão 75 – CESPE/DPDF/2013

A responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos é, de acordo


com o CTN, solidária e pessoal.

Questão 76 – CESPE/AGU/2012

A responsabilidade tributária de terceiros é solidária.

Questão 77 – CESPE/PROCURADOR FEDERAL/2010

O sócio administrador de sociedade limitada em débito com a fazenda pública


federal, referente ao pagamento do IRPJ, é pessoal e solidariamente
responsável pelos referidos débitos, quando contraídos durante a sua
administração.

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Questão 78 – FGV/ISS-CUIABÁ/2016

Os sócios de sociedade limitada, independente da prática de atos de gerência e


administração, são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes
a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes
ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

Questão 79 – ESAF/AFRFB/2012

Sobre o instituto da responsabilidade no Código Tributário Nacional, assinale a


opção incorreta.
a) A obrigação do terceiro, de responder por dívida originariamente do
contribuinte, jamais decorre direta e automaticamente da pura e simples
ocorrência do fato gerador do tributo.
b) Exige-se que o responsável guarde relação com o contribuinte ou com o fato
gerador, ou seja, que tenha possibilidade de influir para o bom pagamento do
tributo.
c) Pode ser um sucessor ou um terceiro e responder solidária ou
subsidiariamente, ou ainda por substituição.
d) Contribuinte e responsável são sujeitos passivos da mesma relação jurídica,
cujo objeto, pagar o tributo, coincide.
e) O vínculo que obriga o responsável ao pagamento do tributo surge de lei
específica.

Questão 80 – FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014

Sobre responsabilidade tributária, a responsabilidade pelo pagamento do


tributo, juros de mora e multa é excluída pela denúncia espontânea da
infração.

Questão 81 – FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012

Em se tratando de responsabilidade tributária, comerciante arrependido por ter


feito várias operações comerciais sem a emissão de nota fiscal, comparece à
repartição fiscal e, de forma espontânea, confessa as infrações cometidas. Ao
analisar a conduta do contribuinte, desacompanhada de qualquer outra
providência, o fisco pode relevar a infração.

Questão 82 – FCC/Procurador-SP/2009

A norma contida no art. 138 do CTN, que trata da denúncia espontânea da


infração, não autoriza o contribuinte do ICMS, que declarou o imposto e não o

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recolheu tempestivamente, efetuar, após a data do vencimento, o pagamento


do tributo, acrescido de juros de mora, mas sem a multa moratória.

Questão 83 – CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015

A responsabilidade tributária por infração implica solidariedade da sociedade


com o gestor que cometer infração no pagamento dos tributos.

Questão 84 – CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014

A responsabilidade por infrações é elidida pela denúncia espontânea do


contribuinte acompanhada do pagamento, ainda que parcial, do crédito
tributário devido, não se considerando espontânea a denúncia da prática
infracional ocorrida após o início de qualquer procedimento administrativo ou
medida de fiscalização.

Questão 85 – CESPE/PGE-BA-Procurador do Estado/2014

Determinado contribuinte solicitou parcelamento de dívida logo após a


lavratura do auto de infração pelo Fisco contra ele, no qual lhe fora imputada
fraude em razão de práticas fiscais que acarretaram a supressão de tributos.
Com base nessa situação hipotética, julgue: O pedido de parcelamento gera o
benefício da espontaneidade para o contribuinte, que se verá livre das multas
aplicadas pelo descumprimento das normas tributárias, especialmente aquela
correspondente à fraude praticada.

Questão 86 – CESPE/TJ-DF-Titular de Serviços de Notas e de Registros


/2014

Como regra geral, a responsabilidade por infrações da legislação tributária


depende do dolo do agente ou do responsável.

Questão 87 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011

A responsabilidade do agente por infrações é excluída pela denúncia


espontânea, que deve ser apresentada antes da propositura da ação penal, em
relação às conceituadas por lei como crimes.

Questão 88 – FGV/AFRE-RJ/2010

A denúncia espontânea, formulada antes da notificação do lançamento ao


sujeito passivo, exclui a responsabilidade por infrações à legislação tributária,

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desde que acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora


ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa.

Questão 89 – FGV/AFRE-RJ/2009

Somente antes do início de qualquer procedimento de fiscalização é possível ao


contribuinte se socorrer do benefício da denúncia espontânea, afastando-se a
responsabilidade por infrações à legislação tributária, desde que haja o
pagamento integral do tributo devido acrescido dos juros de mora.

Questão 90 – FGV/AFRE-RJ/2008

Com relação à imposição de penalidade, é correto afirmar que é excluída pela


denúncia espontânea de infração, mesmo que o contribuinte deixe de recolher
o tributo devido ou o faça sem os devidos acréscimos moratórios.

Questão 91 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012

Aplica-se o benefício da denúncia espontânea aos tributos sujeitos a


lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a
destempo.

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7 – GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1 ERRADA 32 LETRA B 63 ERRADA


2 CORRETA 33 ERRADA 64 CORRETA
3 ERRADA 34 CORRETA 65 LETRA B
4 ERRADA 35 CORRETA 66 CORRETA
5 ERRADA 36 CORRETA 67 LETRA C
6 CORRETA 37 CORRETA 68 CORRETA
7 ERRADA 38 ERRADA 69 ERRADA
8 ERRADA 39 CORRETA 70 ERRADA
9 ERRADA 40 ERRADA 71 CORRETA
10 CORRETA 41 CORRETA 72 ERRADA
11 ERRADA 42 ERRADA 73 ERRADA
12 ERRADA 43 ERRADA 74 CORRETA
13 ERRADA 44 ERRADA 75 ERRADA
14 ERRADA 45 ERRADA 76 ERRADA
15 ERRADA 46 CORRETA 77 ERRADA
16 CORRETA 47 CORRETA 78 ERRADA
17 LETRA E 48 CORRETA 79 LETRA D
18 CORRETA 49 ERRADA 80 ERRADA
19 CORRETA 50 ERRADA 81 ERRADA
20 ERRADA 51 ERRADA 82 CORRETA
21 ERRADA 52 ERRADA 83 ERRADA
22 CORRETA 53 LETRA D 84 ERRADA
23 LETRA A 54 LETRA C 85 ERRADA
24 LETRA A 55 LETRA C 86 ERRADA
25 ERRADA 56 LETRA D 87 ERRADA
26 ERRADA 57 ERRADA 88 ERRADA
27 ERRADA 58 CORRETA 89 CORRETA
28 ERRADA 59 ERRADA 90 ERRADA
29 LETRA C 60 CORRETA 91 ERRADA
30 LETRA C 61 ERRADA - -
31 LETRA A 62 CORRETA - -

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