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FLUXO DE CARGA
APLICADO NO SISTEMA
DE DISTRIBUIÇÃO
O uso do computador digital para a simulação de Sistemas de Distribuição de
Energia Elétrica - SDEEs é uma das atividades mais utilizadas nas empresas de energia
elétrica. Dentre os programas em uso nas empresas, o fluxo de potência é uma das
ferramentas mais comuns nas áreas de planejamento e operação de sistemas. Os estudos
de fluxo de potência são utilizados nas fases de projeto, planejamento da expansão,
planejamento da operação e operação propriamente dita dos sistemas, podendo ser
utilizados apenas para análise da rede ou integrar estudos mais complexos, como os de
otimização, estabilidade, controle e supervisão. O calculo do fluxo de carga que é a
obtenção dos valores de potencia ativa e reativa em todos os pontos de um sistema
considerando que o sistema esteja em regime permanente é uma parte imprescindível
para a obtenção das perdas de potência e energia de um alimentador.
O método consiste em realizar duas varreduras uma reversa e outra direta, aonde
na varredura reversa parte-se dos pontos mais extremos e com uma estimativa inicial
das tensões nodais, vem calculando as correntes ou os fluxos até a subestação. Baseado
neste resultado e com o valor conhecido da tensão na subestação, inicia-se a varredura
direta, onde se recalcula os valores de tensão dos nós até os pontos mais extremos. Este
processo se repete até que a diferença do valor de tensão em duas iterações sucessivas
não seja maior do que uma tolerância pré-determinada.
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Este método tradicionalmente usado em redes de extra e ultra alta tensão, também
pode ser usado em redes de distribuição. Como é um método baseado na matriz Ynodal,
deve-se ter o cuidado de evitar um mau condicionamento desta matriz na presença de
trechos de alta e muita baixa impedância.
Esta seção apresenta uma breve descrição dos principais métodos utilizados para
imulação dos SDEEs.
resultado nesta barra. Na primeira iteração as perdas não são levadas em consideração.
Em seguida, usando o caminho direto, inicia-se o cálculo das tensões tomando as barras
duas a duas, conforme sistema da figura 6.1.
Mas V(2) * = V ( 2) Ð - d ( 2)
2
V(1) ×V(2) Ð (δ(1) - δ(2)) - V(2) = (R(1) + jX(1))(P(2) - jQ(2))
2
V(1) . V(2) cos[δ( 1 )-δ (2 )] = V(2) + P(2)R(1) + Q(2)X(1) (6.4a)
4 2 2
V ( 2) + 2[ P ( 2) R (1) + Q( 2) X (1) - 0.5 V (1) ] V ( 2)
(6.5)
+ ( R 2 (1) + X 2 (1))( P 2 ( 2) + Q 2 (2)) = 0
V 4 + 2 AV 2 + C = 0 (6.6)
Definindo-se:
2
A(i - 1) = P(i) * R(i - 1) + Q(i ) * X (i - 1) - 0.5 * V (i - 1) (6.7)
X 2 + 2 AX + C = 0
Resolvendo,
- 2 A ± 4 A2 - 4C
X= = - A ± A2 - C
2
X = A2 - C - A
Definindo,
R (i - 1)[ P 2 (i ) + Q 2 (i )]
LP (i - 1) = 2
(6.11a)
V (i )
X (i - 1) * LP(i - 1)
LQ(i - 1) = (6.11b)
R(i - 1)
Algoritmo básico
A reordenação de barras
A Figura 6.2 mostra um exemplo em que as barras são classificadas pelo tipo,
conforme a tabela acima.
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Figura 6.2 –Alimentador: (a) com numeração original e (b) com indicação do tipo de cada barra.
Figura 6.3 –Alimentador: (a) com numeração original e (b) com indicação dos níveis de cada barra.
Algoritmo de reordenação
O algoritmo abaixo exemplifica como definir nível e tipo para cada barra do
alimentador. A saída já estará ordenada por nível.
ALGORITMO
Leia (num_barras,bar_se)
Faça i=1 até num_barras
Leia(de[i],para[i],r[i],x[i],l[i],p[i],q[i])
Fim do faça
sequencia=1;
para[0]=bar_se
nível[0]=0
Faça c=0 até num_barras
bar_busca=para[c]
tipo=0;
Faça i=c+1 até num_barras
Se (de[i]==bar_busca)
nível[i]= nivel[c]+1
se (i>sequencia)
permutar os valores dos vetores da posição i com os da posição sequencia
Fim do se
sequencia=sequencia+1
tipo=tipo+1
Fim do se
Fim do faça
tipo[c]=tipo
Fim do faça
O próximo passo é ordenar dentro dos níveis o tipo na ordem decrescente. Feito
isso cria uma nova numeração para o alimentador de acordo com o algoritmo de
reordenação.
A tabela 6.2 mostra os dados originais do alimentador da figura 6.4a e tabela 6.3
mostra os dados com as barras renumeradas e ordenadas seqüencialmente de acordo
com o algoritmo acima. A figura 6.4b mostra as barras com a nova numeração.
Figura 6.4 –Alimentador: (a) com numeração original e (b) com renumeração das barras.
Percorrendo a tabela 6.3 do final para o início verifica-se que a barra inicial da
linha 14 indicará a linha que continua a sua seqüência até a barra da SE, no caso linha
Helton do Nascimento Alves 6. Flluxo de Carga 262
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10. Esse resultado será útil na obtenção do resultado do passo 2 do algoritmo básico.
Por exemplo, a barra inicial da linha 14 aponta para a linha 10, que aponta para linha 6,
que aponta para linha 3, que aponta para linha 1. A tabela 6.4 mostra os valores do fluxo
de carga obtidos para o alimentador de 14 barras.
I&( 2 ) =
(S& )
( 2)
*
I&(1) =
(S& ) + I&
(1)
*
(V& )
( 2)
* e
(V& )
(1)
* ( 2) (6.12)
Neste momento, as tensões dos nós são calculadas através do caminho direto, ou
seja, partindo-se do nó fonte caminha-se na direção do nó terminal, portanto:
As barras precisam ser ordenadas, como visto acima, para facilitar a varredura
direta/inversa. A estimação inicial para as tensões pode ser obtida considerando
inicialmente o sistema sem perdas logo as tensões nas barras serão iguais à da SE. Neste
método a solução dada estabelece não só o módulo, mas também o defasamento de cada
tensão. Geralmente se toma como referencia a tensão na SE com defasamento nulo.
Algoritmo básico