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Declínio do papel das cidades no feudalismo -- O comércio no feudalismo

retraiu-se, no entanto não podemos cair no exagero de dizer que ele não
existia, assim como as cidades. Ambos existiam, porém, inibidos.

O aumento da população e da produção permitiu a divisão de trabalho entre


cidade e campo. A existência de excedente estimulou a troca e a
especialização do produtor. A cidade torna-se o habitat dos setores secundário
e terciário. Estava aberta a possibilidade de desenvolvimento mercantil e
urbano.

Três fases da evolução urbana europeia:

1) Retração – maioria das cidades regride e algumas deixam de existir;


2) Crescimento – grande parte das existentes vê crescer o numero de
habitantes e tornam-se palco de intensa vida manufatureira e comercial,
e novas cidades são fundadas (estão, entretanto, sujeitas as instituições
feudais)
3) Da autonomia – se libertam da tutela senhorial, passam a controlar sua
própria economia e passam a orientar sua relação com o campo.

As cidades em que os interesses burgueses e senhorias se associaram,


atraídos pelos lucros e rendas adicionais, foram muito importantes e ocorreram
em grande número.

Estimulante para o renascimento urbano  crescimento do comercio europeu


– desempenhou um papel importante no crescimento do comercio continental e
da vida urbana.

A cidade era um poderoso atrativo para os que viviam nos arredores, quer
sevos ou senhores; Embora nascida nos marcos do feudalismo, a cidade não
podia manter-se nos estreitos limites da ordem feudal. Subordinação aos
ditames senhoriais seria barrar seu crescimento  o conflito cidade X campo
torna-se inevitável.

Dessa luta resultaram cidades submetidas pelo senhorio feudal e cidades


vitoriosas, que derrotaram militarmente a nobreza feudal ou compraram-lhe
cartas de franquia.

Cidades que conseguiram liberdade --: iniciavam o processo de ‘’urbanização


do campo’’, onde as transações monetárias vão-se inserindo nas relações
feudais, substituindo as antigas relações baseadas em rendas em gênero, na
renda e trabalho e na produção de valor de uso.

Não há como separar em relação a essa época, crescimento urbano e


crescimento comercial. O comercio de produtos distantes, de produtos locais
ou de dinheiro é a ‘’artéria’’ de seu engrandecimento.
O comércio no mar Mediterrâneo

Na parte oriental, o destaque é Veneza, cidade na costa italiana do mar


Adriático e que goza de posição excepcional nas relações entre o Ocidente e o
Oriente; inclusive, comerciando com os árabes, apesar das proibições papais.

No sul da Itália, Amalfi se sobressai – principal comercio com os muçulmanos,


principalmente vendendo escravos e importando azeite da África do Norte e da
Ibéria. Após a conquista normanda, Amalfi entra em decadência até que a
partir do saque genovês, perde toda a sua importância.

A partir do século XII, com as Cruzadas, Gênova, Pisa e Veneza conseguem


estabelecer feitorias em inúmeros pontos do Oriente Próximo, passando a
controlar grande parte do comercio com a Ásia. Tornaram-se importantes na
venda de artigos orientais para a Europa e na distribuição de tédios italianos e
flamengos por todo o Mediterrâneo.

Comércio de alúmen – fundamental para a industria têxtil europeia.

A rota oriental

Grande rota que estabelecia a ligação entre o mar Negro e Baltico foi facilitada
pela instalação de Kiev, na Rússia, em fins do século IX. Comerciantes
traficavam especiarias, peixes salgados, madeira, peles, armas e também
escravos.

Século XII, essa rota entra em declínio – o lucrativo comercio de artigos


orientais passa a ser exclusividade do eixo oeste, pelo Mediterraneo.

O comércio nos mares Báltico e do Norte

Até o século X, o comercio marítimo se restringia-se ao Báltico, praticad


principalmente por comerciantes suecos, a cidade de Birka era o empório mais
importante.

A partir do século XI, a construção de navios de maior calado permite que


Omar do Norte seja cruzado por navios mercantes. Instala-se um eixo
comercial que liga Novgrod a Londres e a costa flamenga – decadência de
Birka coincide com o afastamento dos suecos desse comercio, substituídos por
alemães e anglo-saxoes.

A cidade flamenga de Burges começa a despontar, e tempo depois s etorna o


centro de todo o comercio setentrional, inclusive, ponto importante na ligação
entre o eixo comercial do sul (Mar Mediterrâneo) e o eixo do norte (mares
Báltico e do Norte).
O principal do comercio hanseático constitui-se em matérias primas como
madeira, peles, e alimentos, trigos, peixe seco, que trazem do Báltico e em
troca levam artigos manufaturados, tecidos, armas, e vinho e sal.

Burgues assume o papel de principal praça comercial e financeira da Europa


ocidental.

Neste século, nota-se o rápido desenvolvimento do comercio setentrional e


notável crescimento urbano. No fim do século, começam a aparecer as
hansas, ligas de cidades para se protegerem e obterem vantagens comerciais.
No século XIV, a fusão de varias dessas hansas resultaria no aparecimento da
Hansa Teutônica.

A rota ocidental (no texto só tem vários documentos da época)

As transformações na agricultura

Os séculos XI, XII e XIII são de aumento da produção agrícola (devido ao


desenvolvimento das forças produtivas e a ampliação das áreas cultivadas) e
de crescimento urbano e comercial.

A demanda urbana por artigos rurais não deixou de se ampliar, necessidade de


gêneros alimentícios e de matéria-prima para as manufaturas.

Os mercados e as feiras se multiplicam  circulação monetária se amplia

Altera-se a paisagem agrária – a policultura alimentar vai cedendo lugares as


culturas para atender a mercados situados fora da localidade, ao mesmo tempo
que a pecuária se expande.

Viticultura – notável incremento, estimulada pela melhoria de qualidade da vida


urbana. O vinho antes para consumi restrito para camponeses e abadias se
torna uma produção para um mercado que se amplia.

O linho o cânhamo e plantas tintórias, como o pastel, ocupam o lugar da


produção de alimentos – comércio dos cereais para abastecimento urbano
incrementado, no entanto com a crescente demanda e necessidade de buscar
mais em outras regiões aumentou os preços – pecuária: grande ampliação,
principalmente pelo fornecimento de lã, acompanhando o crescimento da
industria têxtil. Incremento do consumo de derivados do leite.

Essas transformações influenciaram mudanças no nível das relações sociais


de produção: em alguns lugares, houve a tendência de reforçar os laços de
servidão, com o senhorio privando de sua liberdade a camponeses que antes
eram livres – servidão da gleba. Em outras regiões, as obrigações dos
camponeses foram atenuadas e agora a renda em gêneros e trabalho foi
substituída pela renda em dinheiro. Figura foreiro e meeiro.
Foro: estabelecimento de contrato individual entre o camponês e o senhor,
onde se acertavam obrigações e estabelecimento predeterminado do que o
foreiro deveria pagar ao senhor, fixado em dinheiro ou gêneros. Tendeu a ser
perpetuo  beneficiou o camponês, a medida que a alta dos preços tornava a
quantia irrisória. Ambos os contratantes estabeleciam a proporção de sua
participação nos lucros e nos encargos.

Dificuldade de vigiar os administradores dos domínios do senhor  sistema de


arrendamento. O administrador, agora arrendatário, se comprometia a pagar
um taxa em dinheiro e a entregar ao senhorio parte da produção. Podiam ser
de curto ou longo prazo, e ao final do contrato, o senhorio poderia retomar a
propriedade ou fazer um novo contrato.

Generalização do uso de assalariados sazonais, nos períodos de plantio e


colheita. Podiam ser posseiros (que complementam com essa quantia o fraco
rendimento de suas terras) ou camponeses sem terra, que conseguiam assim
uma forma de sobreviver.

Alguns senhorios expulsaram seus camponeses dos mansi, e outros


subdividiram as reservas e os próprios mansi tornando esses últimos
excessivamente pequenos, incapazes de sustentar uma família.

O impacto das alterações

A consolidação e a generalização da servidão permitem, que o camponês


possa beneficiar-se com os progressos agrícolas – fica com maior parcela da
produção, mas tem que atender as enormes exigências senhoriais) e pode se
interessar pela adoção das novas técnicas.

Ponto de inflexão do modo de produção feudal: o aumento populacional e o


aumento da produção são elementos impulsionadores do desenvolvimento do
modo de produção feudal, porem são também elementos desestabilizadores –
a importância das mudanças para a destruição de um determinado modo de
produção.

O mundo rural sofreu um impacto de profundas repercussões econômicas,


sociais e mentais – possibilidade de o servo deter um expressivo excedente,
pressão demográfica sobre os mansi, adoção de novas técnicas  tudo isso
reflete sobre a mentalidade do homem do campo.

Não há duvida de que a ampliação da divisão de trabalho e a produção de


valor de uso sendo transformada em produção de valor de troca encontram
seus fundamentos nessas mudanças.

Período do século XI ao XIII – crescimento comercial e urbano. As cidades


crescem e sua população especializam-se na produção industrial e nas
transações comerciais.
Essas cidades e esse comércio não são estranhos ao modo de produção
feudal, nascem a partir do desenvolvimento das forças produtivas dele;
no entanto, a partir que extrapolem alguns limites, agirão como solventes
se o feudalismo não estiver suficientemente sólido.

Quais razões permitiram a expansão mercantil exercer esta função


dissolvente?

Fatores internos decisivos: ‘’ineficiência do feudalismo como sistema de


produção’’ – não foi capaz de elevar suficientemente a produtividade do setor
agrário; o aumento populacional e o desnível entre a demanda e a oferta de
alimentos causou aumento dos preços, e a produtividade decaiu. O feudalismo
não foi capaz de encontrar soluções internas.

A classe dominante era compelida a elevar as exigências sobre seu


campesinato; o aumento demográfico trouxe como consequência o
fracionamento dos mansus, ou a colocação de duas ou mais família para
explorar o mesmo mansus; além das revoltas, a reação do campesinato foi a
fuga dos campos – muitos dirigem-se as cidades, ampliando o numero de seus
habitantes.

Reação da nobreza não foi uniforme  em algumas regiões, reagiram


violentamente aos sevos fugidos, perseguindo e capturando-os e reforçando os
laçoes de servidão.

Em outras, atenuaram as exigências sobre os servos e substituíram essa


relação por contratos individuais ou coletivos nos quais chegavam em um
acordo quanto as obrigações devidas.

Dependendo da abundancia ou não de terra e mão de obra, o senhorio tende a


arrendar sua terra; recebendo o valor do arrendamento em dinheiro.

Em nível econômico, o feudalismo entrara em processo de alterações


substanciais. A manutenção da servidão em algumas regiões só era possível
via o uso da violência ou de artifícios jurídicos – A evolução em profundidade
já começa a atacar a lógica do mecanismo – ‘’fazem-se sentir as
contradições internas do sistema, o que obriga a uma cristalização e um
congelamento das instituições e do direito.

A crise geral

A sociedade feudal sofreu em meados do século XIV a meados do século XV,


uma sucessão de problemas cuja periodicidade, continuidade e resultados
mostram que se trata de uma crise geral e estrutural do feudalismo.

Duas grandes fomes prenunciam a catástrofe; eclode uma sucessão de


doenças que se acrescenta a devastadora peste negra; revoltas camponesas e
guerras, como a dos 30 anos provocam miséria e ruína  resultado:
decréscimo populacional na Europa.

Razões da crise: são encontradas internamente do sistema feudal  o sistema


mostrava-se incapaz de continuara favorecer o desenvolvimento de suas forças
produtivas. Depois da expansão que teve inicio no século XI, o feudalismo
chegara ao esgotamento.

A população não parava de crescer e a produção de alimentos não


acompanhava esse crescimento na mesma proporção; os avanços técnicos
mostravam-se insuficientes para vencer a queda acelerada da produtividade
devido ao esgotamento das terras; a subnutrição era uma constante junto com
o fantasma da fome que rondavam a Europa.

De 1315-1317 a população europeia perece; os campos foram ficando


despovoados; o mato voltou a ocupar o que antes eram terras de cultivo; queda
brusca da população fez decrescer o preço dos alimentos.

Contraditoriamente, o século XIV foi o apogeu da ostentação feudal – criando


contrastes profundos com a miséria camponesa; mas de onde vinha essa
ostentação? Superexploração dos servos – as revoltas camponesas e urbanas
confirmam essa hipótese.

Transferência de bens e valores da nobreza para a burguesia – desfaziam-se


de parte de suas terras ou de suas joias, que vendiam a burguesia.

Destruição de parte das forças produtivas feudais, a maior dependência da


nobreza frente a burguesia ; reforço da servidão ao ponto da exaustão da força
de trabalho dão-nos o retrato da crise do modo de produção feudal.

O campo e a cidade – a crise geral fariam com que a recuperação da economia


europeia beneficiasse os setores rurais e urbanos mais identificados com as
formas de produção burguesa.

A produção de valor de troca, a economia de mercado já penetrara nas


brechas do sistema feudal, e ao longo dos séculos o que ocorreu foi o declínio
do feudalismo e a formação, em seu lugar, do capitalismo.

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