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PORTO ALEGRE
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Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à
eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
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Ou seja, uma coisa é tratar de temas realmente “importantes”, substancialmente constitucio-
nais, assunto para a Constituição. Outra coisa seriam aqueles temas menos relevantes, que
constituiriam meras leis constitucionais.
Com base nessa teoria, podemos mencionar um aspecto importante para concursos: a distinção
entre Constituição em sentido material e Constituição em sentido formal.
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A Constituição formal é aquela que está restrita a um documento solene, de forma escrita.
Assim, independentemente do tema sobre o qual versem, aquelas normas ali inseridas terão
status de normas constitucionais.
Observem a Constituição de 1988. Ela é do tipo formal, tendo em vista que qualquer dos
temas inseridos naquele documento revestem-se da mesma dignidade jurídica. Não importa
se trata da organização do Estado (tema essencialmente constitucional, substancialmente
constitucional) ou de qualquer outro aspecto pouco relevante, o que importa é o processo de
formação, é o fato de aquela norma estar dentro daquele documento.
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“Art. 178. É só Constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos Poderes
Políticos, e aos Direitos Políticos e individuais dos Cidadãos. Tudo o que não é Constitucional
pode ser alterado, sem as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias.”
Ou seja, a própria Constituição traz um dispositivo que indica qual é a sua parte rígida (que vai
exigir procedimento mais dificultoso para sua modificação) e qual é a sua parte flexível.
Atenção! Apesar de a Constituição de 1988 ser do tipo rígida, há na doutrina (Alexandre de
Moraes) quem a classifique como super rígida, uma vez que possui um núcleo não passível de
supressão (cláusulas pétreas).
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2 – Aplicabilidade e Eficácia: Classificação das Normas Constitucionais
Em primeiro lugar: todas as normas constitucionais possuem eficácia jurídica. Podemos até
considerar a existência de uma variação no grau de eficácia e aplicabilidade dessas normas.
Mas, não existem normas desprovidas de eficácia jurídica no texto da Constituição.
Bem, ocorre que algumas normas já produzem seus efeitos essenciais com a simples
promulgação da Constituição. Outras têm um grau de eficácia reduzido, já que só produzem os
seus plenos efeitos quando forem regulamentados por lei.
Para o STF, o preâmbulo não é norma constitucional e não possui a mesma força normativa
das demais normas constitucionais. É apenas mera manifestação de cunho político/filosófico/
ideológico que não se insere no âmbito do Direito Constitucional.
Você pode perguntar: o mesmo pode ser afirmado quanto às normas integrantes do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT?
Bem, o ADCT é uma norma constitucional como qualquer outra, ressalvada a sua natureza
transitória. Assim: (i) as normas do ADCT são formalmente constitucionais; (ii) têm a mesma
rigidez e situam-se no mesmo nível hierárquico das demais normas constitucionais (não há
subordinação entre norma integrante do ADCT e norma do corpo principal da Constituição);
(iii) e podem ser modificadas (ou revogadas, ou acrescentadas) por emenda à Constituição.
Nesse sentido, a única diferença entre as normas do ADCT e as demais (parte dogmática,
corpo principal da Constituição) é que a primeira tem natureza transitória: ocorrida a situação
transitória prevista na norma do ADCT, esgota-se a sua eficácia.
Bem, de qualquer forma, quando se fala em “aplicabilidade das normas constitucionais”, o
mais comum é serem cobradas questões sobre a classificação do prof. José Afonso da Silva:
normas constitucionais de eficácia plena, limitada e contida. Esse assunto não cai, despenca
em concursos! E o melhor é que é bem simples de você dividi-las...
Assim, as normas constitucionais dividem-se em três diferentes graus de eficácia:
→ eficácia plena
→ eficácia contida
→ eficácia limitada
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Atenção! Diante do que eu disse aqui, é errada a questão que afirme que até a regulamentação,
as normas de eficácia limitada são desprovidas de eficácia.
a) de princípio institutivo ou organizativo;
b) de princípio programático.
As normas definidoras de princípio institutivo ou organizativo são aquelas em que a Constituição
estabelece regras para a futura criação, estruturação e organização de órgãos, entidades
ou institutos, mediante lei (por exemplo, “a lei disporá sobre a organização administrativa e
judiciária dos Territórios” (CF, art. 33)).
Vale comentar que essas normas constitucionais definidoras de princípio institutivo podem
ser impositivas (quando determinam peremptoriamente a edição de norma) ou facultativas
(quando apenas facultam ao legislador, não impõem).
Ou seja:
I) Impositivas → aquelas vinculadas, em que se determina ao legislador a obrigação de
emissão da legislação integrativa (por exemplo, art. 20, § 2º; art. 32, § 4º; art. 33; art. 88;
art. 91, § 2º); e
II) Facultativas → aquelas que dão ao legislador ordinário a possibilidade (e não a obrigação)
de instituir ou regular a situação nelas delineada (por exemplo, art. 22, § único; art. 125, §
3º; art. 195, § 4º; art. 25, § 3º; art. 154, I).
Já as normas constitucionais definidoras de princípios programáticos são aquelas em que a
Constituição estabelece os princípios e diretrizes a serem cumpridos futuramente pelos órgãos
estatais (legislativos, executivos, jurisdicionais e administrativos), visando à realização dos fins
sociais do Estado.
Constituem programas a serem realizados pelo Poder Público, disciplinando interesses
econômico-sociais, tais como: realização da justiça social; valorização do trabalho; amparo à
família; combate ao analfabetismo etc. (por exemplo, “a República Federativa do Brasil buscará
a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à
formação de uma comunidade latinoamericana de nações” (CF, art. 4º, parágrafo único)). Esse
grupo é composto pelas chamadas normas programáticas.
Sabemos bem que não são agradáveis esses termos (normas definidoras de princípio institutivo
e normas programáticas), mas o que importa é você saber distinguir um grupo do outro na hora
da prova. Para isso, pense que: se a norma de aplicabilidade limitada não estiver relacionada à
criação e à organização de órgãos ou entidades, ela será uma norma programática.
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3. Poder Constituinte
Pergunta importante que se deve fazer a seguinte: quem o titular do Poder Constituinte?
Numa leitura moderna, se conclui que a titularidade do Poder Constituinte do povo, pois este
pode determinar a criação ou modificação de uma Constituição.
Embora o povo seja o titular do poder constituinte, seu exerccio nem sempre é democrático.
Muitas vezes, a Constituição é criada por ditadores ou grupos que conquistam o poder
autocraticamente.
Assim, diz-se que a forma do exerccio do poder constituinte pode ser democrática ou por
convenção (quando se da pelo povo) ou autocrática ou por outorga (quando se dá pelos
usurpadores do poder). Note que em ambas as formas a titularidade do poder constituinte é
do povo. O que muda unicamente a forma de exercicio deste poder.
O poder constituinte pode ser de dois tipos: originário ou derivado.
Poder constituinte originário (poder constituinte de primeiro grau ou genuíno) o poder de
criar uma nova Constituição. Apresenta 6 (seis) características que o distinguem do derivado:
político, inicial, incondicionado, permanente, ilimitado juridicamente e autônomo.
a) Político: O Poder Constituinte Originário um poder de fato (e não um poder de direito). Ele
é extrajurídico, anterior ao direito.
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b) Inicial: O Poder Constituinte Originário da início a uma nova ordem juridica, rompendo com
a anterior. A manifestação do Poder Constituinte tem o efeito de criar um novo Estado.
c) Incondicionado: O Poder Constituinte Originário não se sujeita a qualquer forma ou
procedimento predeterminado em sua manifestação.
d) Permanente: O Poder Constituinte Originário pode se manifestar a qualquer tempo. Ele
não se esgota com a elaboração de uma nova Constituição, mas permanece em estado
de latância, aguardando um novo chamado para manifestar-se, aguardando um novo
momento constituinte.
e) Ilimitado juridicamente: O Poder Constituinte Originário não se submete a limites
determinados pelo direito anterior. Pode mudar completamente a estrutura do Estado
ou os direitos dos cidadãos, por exemplo, sem ter sua validade contestada com base no
ordenamento jurídico anterior. Por esse motivo, o STF entende que não há possibilidade de
se invocar direito adquirido contra normas constitucionais originárias.
f) Autônomo: tem liberdade para definir o conteúdo da nova Constituição. Destaque-se que
muitos autores tratam essa característica como sinônimo de ilimitado.
O Poder Constituinte Derivado (poder constituinte de segundo grau) o poder de modificar
a Constituição Federal bem como de elaborar as Constituições Estaduais. É fruto do poder
constituinte originário, estando previsto na própria Constituição. Tem como características ser
jurídico, derivado, limitado (ou subordinado) e condicionado.
a) Jurídico: regulado pela Constituição, estando, portanto, previsto no ordenamento jurídico
vigente.
b) Derivado: fruto do poder constituinte originário
c) Limitado ou subordinado: limitado pela Constituição, não podendo desrespeitá-la, sob
pena de inconstitucionalidade.
d) Condicionado: a forma de seu exercício determinada pela Constituição. Assim, a aprovação
de emendas constitucionais, por exemplo, deve obedecer ao procedimento estabelecido
no artigo 60 da Constitui o Federal (CF/88).
O Poder Constituinte Derivado subdivide-se em dois: i) Poder Constituinte Reformador e; ii)
Poder Constituinte Decorrente.
O primeiro consiste no poder de modificar a Constituição e o segundo aquele que a CF/88
confere aos Estados de se auto-organizarem, por meio da elaboração de suas próprias
Constituições. Ambos devem respeitar as limitações e condições impostas pela Constituição
Federal.
4. Interpretação da Constituição
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A quem cabe a tarefa de interpretar a Constituição? Só ao Judiciário? Não caia nessa pegadinha,
comum nas provas de concursos! Tanto o Judiciário quanto o Executivo e o Legislativo
interpretam a Constituição.
A interpretação constitucional foi vista, durante um bom tempo, como algo restrito aos juízes;
tratava-se, portanto, de atividade exclusiva de um pequeno grupo, uma verdadeira sociedade
fechada.
Há duas correntes doutrinárias que se posicionam de maneira diversa com relação a atuação
do juiz na interpretação constitucional. De um lado, está o os interpretativistas; do outro, os
não-interpretativistas. Bastante comum a confusão quanto ao que pensam cada uma dessas
correntes.
Os interpretativistas consideram que o juiz não pode, em sua atividade hermenêutica,
transcender o que diz a Constituição. Nesse sentido, o juiz dever limitar-se a analisar os
preceitos expressos e os preceitos claramente implícitos no texto constitucional.
Os não-interpretativistas, por sua vez, defendem que o juiz deve pautar sua atuação em valores
substantivos, tais como justiça, liberdade e igualdade. O nome dessa corrente doutrinária
advém do fato de que os resultados da atuação judicial não decorrem de uma interpretação
direta do texto constitucional, mas sim da aplicação de valores substantivos apreciação de
um caso concreto. Na ética não-interpretativista, o juiz goza de um nível bem superior de
autonomia, podendo transcender a literalidade da Constituição.
A corrente não-interpretativista defende uma abertura do sistema constitucional, da surgindo
o conceito de Constituição aberta. A Constituição não pode ser um sistema fechado; ela deve
captar a evolução dos valores da sociedade, sob pena de perder sua força normativa, tornando-
se desconectada da realidade. Segundo Canotilho, a existência da Constituição enquanto um
sistema aberto de regras e princípios a melhor maneira de se concretizar o Estado democrático
de direito.
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b) Método tópico-problemático:
Criado por Theodor Viehweg, neste método, há prevalência do problema sobre a norma,
ou seja, busca-se solucionar determinado problema por meio da interpretação de norma
constitucional. Este método parte das premissas seguintes: a interpretação constitucional tem
caráter prático, pois busca resolver problemas concretos e a norma constitucional aberta, de
significado indeterminado (por isso, deve-se dar preferência a discussão do problema).
c) Método hermenêutico-concretizador:
Este método foi criado por Konrad Hesse, segundo o qual a leitura da Constituição inicia-se
pela pré-compreensão do seu sentido pelo intérprete, a quem cabe aplicar a norma para a
resolução de uma situação concreta. Valoriza a atividade interpretativa e as circunstâncias nas
quais esta se desenvolve, promovendo uma relação entre texto e contexto, transformando
a interpretação em movimento de ir e vir (círculo hermenêutico). O método hermenêutico-
concretizador diferencia-se do método tópico-problemático porque enquanto este pressupõe
a primazia do problema sobre a norma, aquele se baseia na prevalência do texto constitucional
sobre o problema.
e) Método normativo-estruturante:
Este método considera que a norma jurídica diferente do texto normativo: aquela mais ampla
que este, pois resulta não só da atividade legislativa, mas igualmente da jurisdicional e da
administrativa. Assim, para se interpretar a norma, deve-se utilizar tanto seu texto quanto a
verifica o de como se dá sua aplicação na realidade social (contexto). A norma seria o resultado
da interpretação do texto aliado ao contexto.
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f) Princípio da força normativa da Constituição:
Esse princípio determina que toda norma jurídica precisa de um mínimo de eficácia, sob
pena de não ser aplicada. Estabelece, portanto, que, na interpreta o constitucional, deve-se
dar preferência as soluções que possibilitem a atualização de suas normas, garantindo-lhes
eficácia e permanência.
Aprofundando ainda mais no estudo do tema, trazemos a posição do Supremo Tribunal Federal
(STF) de que a manutenção de decisões divergentes da interpreta o constitucional revela-se
afrontosa força normativa da Constituição e ao princípio da máxima efetividade da norma
constitucional. Isso porque a postura atual do Supremo a de valorizar cada vez mais suas
decisões, com vistas a criar um ambiente de maior segurança jurídica. Visa-se, enfim, conferir
maior uniformidade as decisões do Judiciário brasileiro.
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
1. Conceito:
É uma forma de controle dos atos normativos, verificando sai adequação aos preceitos previstos
na CF/88. Sendo nossa constituição do tipo rígida, temos a atribuição de um órgão para resolver
o controle de constitucionalidade, que variará de acordo com o sistema de controle adotado.
Entendemos haver um escalonamento de normas, ocupando a constituição o nível máximo,
dando validade para todos os demais atos normativos (princípio da supremacia da
constituição).
“A constituição está no ápice da pirâmide iluminando todos os demais atos infraconstitucionais.”
DICA DO PROFESSOR:
Abaixo estão enumeradas algumas características:
•• Atualmente quando falamos em controle de constitucionalidade estamos pensando em uma
constituição do tipo rígida.
•• Essa rigidez nos traz a noção de “supremacia formal da constituição sobre as demais normas”.
•• As demais “normas” devem estar de acordo com a constituição.
•• Aquelas que não estiverem devem ser excluídas, pois são inválidas e inconstitucionais.
•• Deve existir um órgão superior – STF – independente do produtor da norma, para que fiscalize,
processe e a retire do ordenamento jurídico, caso contrário a CF.
•• Quando esse órgão realizar o confronto das normas com a CF, estará realizando o controle de
constitucionalidade.
2. Bloco de Constitucionalidade:
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DICA DO PROFESSOR:
Normas NÃO SUJEITAS a controle de constitucionalidade:
•• Normas constitucionais originárias. Emendas a constituição podem ser objeto de controle.
•• Direito pré-constitucional – exceção: ADPF – desde 1999. Ex.: Lei de Imprensa foi considerada
inconstitucional em ação de ADPF (Lei 9882)
•• Súmulas, vinculantes ou não. Súmulas não podem ser objetos de Controle, devem ser objeto de
cancelamento.
•• Decretos regulamentares e regulamentos subordinados, via de regra não, pois nestes casos
ocorre mera ilegalidade a não inconstitucionalidade (ADI 264), as exceções são quando a lei
é declarada inconstitucional, o decreto que a regulamenta é declarado inconstitucional por
arrastamento, o acessório segue o principal (ADI 2947) e o decreto autônomo (art. 84, VI), ex.:
mudança de órgão públicos, mudanças administrativas.
•• O STF não admite interposição de ADin para atacar lei ou ato normativo revogado. Cabe ADPF
•• Respostas emitidas pelo TSE, por não possuírem eficácia vinculativa aos demais órgão do poder
judiciário.
3. Constitucionalidade Superveniene:
“Que sobrevém, que vem, acontece ou surge depois, subsequente”. Significa o fenômeno pelo
qual uma lei ou ato normativo, que tenha nascido com algum vício de inconstitucionalidade,
seja formal ou material, se torna constitucional. EM REGRA NÃO É ADMITIDO (exceção ADI
2.240 e ADO 3.682 – correção do processo de criação do município de Luís Eduardo Magalhães).
4. Inconstitucionalidade Superveniente:
É o caso de uma lei ou ato normativo que nascido perfeito, sem nenhum tipo de vício de
inconstitucionalidade, vem a se tornar inconstitucional. EM REGRA NÃO É ADMITIDO (STF).
# Lei editada antes do advento da nova constituição (fenômeno da recepção): ou lei é
compatível (recepcionada) ou é incompatível (não recepção = revogação).
# Lei editada já na vigência da nova costituição e superveniência de emenda consttucional
futura, que altere o fundamento de constitucionalidade de lei: nesse caso a nova emenda
constitucional ou a mutação constitucional revogaria a lei em sentido contrário, não se trata de
inconstitucionalidade superveniênte.
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5. ESPÉCIES DE INCOSTITUCIONALIDADE:
Espécies de Inconstitucionalidade
Conduta comissiva, positiva praticada por algum órgão estatal. Por exemplo a
elaboração pelo legislador ordinário de uma lei em desacordo com a constituição.
# Material: Quando o conteúdo da lei contraria a constituição. O texto em seus artigos
vão de encontro com a CF.
# Formal: Quando temos um vício em seu processo de elaboração, podendo ser em
relação à competência ou modo de elaboração.
Orgânica: vício de competência
Por ação
Subjetivo: vício no processo legislativo, em relação a iniciativa para elaboração de
determinada lei.
Objetivo: vício nas demais fases de elaboração como discussão, votação, veto,
promulgação...
# Vício de decoro parlamentar: quando ocorre abuso das prerrogativas asseguradas
aos membros do Congreso Nacional ou a percepção de vantagnes indevidas. Ex.:
mensalão
Conduta omissiva, ocorre quando uma norma constitucional de eficácia limitada, no
qual se exige do legislador a elaboração de uma lei para tornar viável o exercício de um
Por determinado direito e nada é feito, ou seja o legislador fica inerte, não age.
omissão Omissão Total: quando não existe a norma.
Omissão Parcial: quando a norma é elaborada de modo insatisfatório.
6. Momentos de Controle:
6.4. MOMENTOS DE CONTROLE
Legisla�vo Próprio parlamentar e CCJ
Prévio ou
Execu�vo Veto
Preven�vo
Exceções
Legisla�vo
Jurisdicional Execu�vo
Posterior ou misto (difuso e
Repressivo concentrado) Órgãos Administra�vos de
Controle (TCU, CNJ e CNMP)?
Cuidado!
Há tanto o polí�co
Híbrido
como o jurisdicional
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Sistema difuso
Critério Subje�vo
ou orgânico
Sistema concentrado
Sistemas e vias de
controle judicial da
cons�tucionalidade
Sistema pela via incidental
(ou de exceção - caso concreto)
Critério formal
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7.2 Controle Concentrado:
Como o próprio nome já diz, o controle se concentra em um órgão. Trata-se de competência
originária do referido órgão. Exercido pela via principal (abstrata ou via de ação).
7.3 ADI
7.4 ADC
7.5 ADPF
7.6 ADO
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TÍTULO VII
Da Ordem Econômica e Financeira
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os
seguintes princípios:
I – soberania nacional;
II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;
IV – livre concorrência;
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Art. 171. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro,
incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
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II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios
da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a
participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica,
estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza,
nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional
equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de
desenvolvimento.
§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em
conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou
concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde
estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter
especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
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IV – a obrigação de manter serviço adequado.
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia
hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento,
e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se
refere o “caput” deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou
concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis
brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá
as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou
terras indígenas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
§ 2º – É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no
valor que dispuser a lei.
§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações
e concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou
parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.
§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia
renovável de capacidade reduzida.
Art. 177. Constituem monopólio da União:
I – a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
II – a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III – a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades
previstas nos incisos anteriores;
IV – o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de
petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto,
seus derivados e gás natural de qualquer origem;
V – a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção,
comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as
alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades
previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de
1995)
I – a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território nacional; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
II – as condições de contratação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
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CAPÍTULO IV
DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento
equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem,
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão,
inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
I – (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
II – (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
III – (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
a) (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
b) (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
IV – (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
V – (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
VI – (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
VII – (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
VIII – (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
§ 1º (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
§ 2º (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
§ 3º (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
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EXECUTIVO
JUDICIÁRIO
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INDEPENDÊNCIA E HARMONIA DOS PODERES:
Os poderes são independentes entre sí, cada qual atuado em uma parcela de competência
constitucionalmente estabelecida quando da manifestação do poder constituinte originário.
As atribuições não podem ser delegadas sem expressa previsão na constituição. Observamos
que a CF/88 possibilita uma INTERPENETRAÇÃO entre os poderes, o que materializa aquilo que
chamamos de SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS.
Exemplos do sistema de freios e contrapesos:
# Art. 52, I
# Art. 62
# Art. 66, §1º
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Questões
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6. O art. 5º, inciso XIII, da Constituição Federal 9. A respeito da evolução histórica do consti-
de 1988 (CF) assegura ser livre o exercício tucionalismo no Brasil, das concepções e
de qualquer trabalho, ofício ou profissão, teorias sobre a Constituição e do sistema
atendidas as qualificações profissionais que constitucional brasileiro, julgue o item a se-
a lei estabelecer. Com base nisso, o Estatuto guir.
da Ordem dos Advogados do Brasil estabe-
lece que, para exercer a advocacia, é neces- A CF goza de supremacia tanto do ponto de
sária a aprovação no exame de ordem. A vista material quanto do formal.
norma constitucional mencionada, portan- ( ) Certo ( ) Errado
to, é de eficácia
a) contida. 10. A respeito do poder constituinte, assinale a
b) programática. opção correta.
c) plena.
d) limitada. a) É possível a realização de controle de
e) diferida. constitucionalidade das normas consti-
tucionais originárias em razão de princí-
7. Classifica-se a Constituição Federal de 1988 pios de justiça substantiva subjacentes
(CF) como ao texto constitucional.
b) Propostas de emenda à CF não podem
a) histórica, pelo critério do modo de ela- sofrer controle de constitucionalidade
boração. preventivo em razão de seu conteúdo.
b) cesarista e outorgada, pelo critério de c) Uma nova Constituição não pode ter
origem. eficácia retroativa média e máxima, ain-
c) eclética e ortodoxa, pelo critério da da que assim nela esteja expresso.
dogmática. d) O poder constituinte originário pode li-
d) prolixa, pelo critério da extensão das mitar os proventos de aposentadoria
matérias contempladas no texto consti- que sejam percebidos em desacordo
tucional. com a CF, não sendo oponível, nesse
caso, a alegação de direito adquirido.
8. O método de interpretação da Constituição
que, por considerá-la um sistema aberto
de regras e princípios, propõe que se deva
encontrar a solução mais razoável para de-
terminado caso jurídico partindo-se da situ-
ação concreta para a norma, é denominado
método
a) hermenêutico clássico.
b) científico-espiritual.
c) tópico-problemático.
d) normativo-estruturante.
e) hermenêutico concretizador.
Gabarito: 1. B 2. E 3. C 4. A 5. A 6. A 7. D 8. C 9. C 10. D
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Contabilidade Geral
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Contabilidade Geral
Investimentos
São aplicações relativamente permanentes com propensão a produzir renda para a empresa.
São participações voluntárias ou incentivadas, em empresas e direitos de propriedade, não en-
quadráveis no Ativo Circulante, nem no Realizável a Longo Prazo e nem mesmo no Imobilizado,
pois não se destina à atividade operacional da entidade.
Lei nº 6.404/76
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Cabe ressaltar que a lei cometeu o omissão de não excluir direitos de quaisquer natureza clas-
sificáveis no Realizável a Longo Prazo. Infelizmente esse comando persiste na lei, mas isso foi
“resolvido” no CPC 18, pois lá ele excluído.
Objetivo
Alcance
Definições
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De acordo com a Lei nº 6.404/76, art. 183, inciso I, alíneas a) e b), as participações societárias
temporárias em instrumentos financeiros são classificadas no subgrupo do ativo circulante
e não no ativo não circulante realizável a longo prazo. Esses investimentos serão avaliados
seguindo os seguintes critérios:
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Participações societárias temporárias disponíveis para venda
Essas participações societárias são avaliadas pelo valor justo e estão sujeitas a duas atualizações.
• Reconhecimento do ajuste ao valor justo: a diferença, para mais ou para menos, entre o
valor da curva do papel e o valor justo será registrada na conta de ajuste de avaliação patri-
monial (AAP) no patrimônio líquido. O saldo da conta AAP somente será transferida para a
DRE quando da baixa do respectivo investimento.
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• Reconhecimento do ajuste ao valor da curva do papel: desde o instante da compra até o seu
vencimento, pela taxa efetiva de rendimento. A contrapartida será uma conta de resultado.
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Participações societárias temporárias destinadas à negociação – Exemplo
(Inédita) A entidade Doutromundo adquiriu à vista em 02.01.2018 um lote de 4.000 ações da
entidade Dessemundo por R$ 10,00 a unidade. No encerramento do exercício financeiro, em
31.12.2018, as ações da investida eram cotadas na bolsa de valor por R$ 11,00 a unidade. Em
31.12.2018 a investidora deverá realizar o seguinte registro contábil:
A investidora que adquire participações societárias temporárias e que tenha capacidade finan-
ceira e a intenção positiva de manter até uma data pré-fixada (vencimento) essas ações espe-
culativas para poder negociá-las a partir desta data, classifica essas participações societárias
temporárias como mantidas até o vencimento.
Essa classe de investimento é avaliada pelo valor da curva do papel e está sujeita a apenas uma
atualização, que é decorrente da taxa efetiva de rendimento dos valores das ações e tem como
contrapartida o registro contábil em uma conta de resultado.
Caso exista diferença entre o valor das participações societárias temporárias mantidas até o
vencimento e o seu valor de mercado (valor justo), nenhum ajuste deverá ser realizado, per-
manecendo o valor das participações societárias temporárias mantidas até o vencimento pelo
valor da curva do papel.
De acordo com a Lei no. 6.404/76, art. 183, I, “b” quando o valor de mercado das participações
societárias temporárias mantidas até o vencimento for inferior ao custo de aquisição e essa
perda estiver comprovada como permanente e que não será modificada em razão do rece-
bimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas, a investidora deverá
constituir uma provisão para ajustar essas ações temporárias até o vencimento ao seu valor
provável de realização.
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Resumão
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Método do custo
Segundo art. 183, III, da Lei nº 6.404/76, os investimentos em participação de capital social de
outras sociedades serão avaliadas pelo custo de aquisição, deduzido da provisão para perdas
prováveis na realização do seu valor, quando esta estiver comprovada como permanente e
que não será modificada em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou
quotas bonificadas.
As outras sociedades são aquelas que recebem investimentos em seu capital social e podem ser:
• Coligadas
• Controladas
• Sociedades que façam parte de um mesmo grupo
• Estejam sob controle comum
De acordo com o art. 380 do RIR/99, os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em
decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição, adquirida até 06 (seis)
meses antes da data do respectivo recebimento, serão registrados pelo contribuinte como di-
minuição do valor do custo de aquisição do investimento e não influenciarão nas contas de
resultado do exercício.
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Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica após 06 (seis) meses da data de aquisi-
ção dos investimentos avaliados pelo custo de aquisição são tratados como receitas operacio-
nais e serão excluídos na parte A do e-Lalur, para efeito de apuração do lucro fiscal, pois essa
parcela já é tributada na origem, com retenção do imposto respectivo (investida).
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Pelo fato de o investidor possuir o controle individual ou em conjunto ou ainda, exercer influ-
ência significativa sobre a investida, ele tem interesse no desempenho desta investida e, como
resultado, interesse no retorno de seu investimento.
O investimento deve reconhecer contabilmente esse interesse por meio da extensão do alcan-
ce de suas demonstrações contábeis, com a inclusão da sua participação nos lucros ou preju-
ízos da investida. Como resultado, o MEP proporciona relatórios com maior grau de informa-
ção acerca dos ativos líquidos do investidor e suas receitas e despesas.
Quando existirem potenciais direitos de voto ou outros derivativos que contenham potenciais
direitos de voto, os interesses da entidade na investida devem ser determinados exclusivamen-
te com base nos interesses de propriedade existentes e não devem refletir o possível exercício
ou conversão dos potenciais direitos de voto ou de outros instrumentos derivativos.
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Nesse caso, a investidora deverá reclassificar a receita ou a despesa reconhecida no seu patri-
mônio líquido para a demonstração do resultado (como um ajuste de reclassificação) quando o
método da equivalência patrimonial for descontinuado.
Nos investimentos avaliados pelo custo de aquisição, o resultado do exercício apurado na in-
vestida não gera nenhum reflexo na contabilidade da investidora.
Nos investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial podem gerar ganhos de
equivalência patrimonial (GEP), na investidora, no caso da apuração de resultado na investida
ter indicado lucro ou pode gerar, na investidora, perdas com equivalência patrimonial (PEP),
caso o resultado na investida tenha sido de prejuízo.
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Coligadas
É uma entidade sobre a qual o controlador tem influência significativa e não configura como
controlada ou empreendimento controlado em conjunto (joint venture).
Vamos mais fundo...
Influência significativa
É o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investi-
da, mas sem que haja o controle individual ou em conjunto dessas políticas.
O investidor que mantém direta ou indiretamente por meio de controladas, vinte por cento ou
mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos
que possa comprovar claramente o contrário.
Se o investidor detiver menos de vinte por cento no capital votante, direta ou indiretamente,
presume-se que ele não tem influência significativa sobre a investida, a menos que ele de-
monstre claramente o contrário.
Vale frisar que a propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não é
o principal fator determinante para a existência de influência significativa. Por exemplo, a influ-
ência significativa da investidora sobre a investida é evidenciada por uma ou mais das seguintes
formas:
No art. 2º da instrução CVM nº 247/96 possui uma definição particular para coligada, pois:
Consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa com 10% (dez por cento) ou mais
do capital social da outra, sem controlá-la.
Parágrafo Único. Equiparam-se às coligadas, para os fins desta Instrução:
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a) as sociedades quando uma participa indiretamente com 10% (dez por cento) ou mais do
capital votante da outra, sem controlá-la;
b) as sociedades quando uma participa diretamente com 10% (dez por cento) ou mais do ca-
pital votante da outra, sem controlá-la, independentemente do percentual da participação no
capital total.
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• Opções de compra de ações da Cia. Ganhanada e, caso sejam exercidas, gera mais 5% de
ações com direito a voto.
Nessa situação, de acordo com o CPC 18, as entidades não são coligadas, pelo fato da entidade
Ganhatudo possuir apenas 17% das ações da Ganhanada.
( ) Certo ( ) Errado
A investidora perde a influência significativa quando ele deixa de possuir o poder de participar
das decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da investida.
A perda de influência significativa pode ocorrer com ou sem mudança no nível de participação
acionária da investidora no capital da investida.
Controladas
A controlada é a entidade em que a investidora possui, de forma direta ou indireta, o controle.
Logo, a investidora é titular de direitos de sócio que assegurem, de modo permanente, a
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
Para que ocorra o controle, a investidora deve possuir mais de 50% das ações com direito a
voto da investida/controlada.
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Portanto, de acordo com a Lei nº 6.404/76, o capital social de qualquer companhia, tem a
seguinte composição em termos de ações ordinárias e ações preferenciais:
(Inédita) A entidade Ganhatudo tem uma capital composto por 100.000 ações dividido em 50%
de ações ordinárias e o restante de ações preferenciais, sendo que cada ação tem o valor uni-
tário de R$ 5,00. O montante mínimo, em reais, para uma investidora deverá desembolsar para
tornar-se controladora é de R$ 125.005,00.
( ) Certo ( ) Errado
Formas de controle
No controle indireto a investidora exerce o controle da investida por meio de outra companhia,
que é controlada por ela.
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As Cias. Beta e Celta estão sob o controle comum da Cia. Alpha e, por isso, o investimento da
Cia Beta sobre a Cia. Celta deverá ser avaliado pelo MEP, mesmo que represente apenas 1% do
capital da Cia. Celta.
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Art. 265. A sociedade controladora e suas controladas podem constituir, nos termos deste Capí-
tulo, grupo de sociedades, mediante convenção pela qual se obriguem a combinar recursos ou
esforços para a realização dos respectivos objetos, ou a participar de atividades ou empreendi-
mentos comuns.
§ 1º A sociedade controladora, ou de comando do grupo, deve ser brasileira, e exercer, direta ou
indiretamente, e de modo permanente, o controle das sociedades filiadas, como titular de direi-
tos de sócio ou acionista, ou mediante acordo com outros sócios ou acionistas.
§ 2º A participação recíproca das sociedades do grupo obedecerá ao disposto no artigo 244.
A Lei nº 6.404/76 determina que os grupos econômicos deverão apresentar a respectiva desig-
nação, sendo:
Art. 267. O grupo de sociedades terá designação de que constarão as palavras “grupo de socie-
dades” ou “grupo”.
Parágrafo único. Somente os grupos organizados de acordo com este Capítulo poderão usar
designação com as palavras “grupo” ou “grupo de sociedade”.
Nenhuma Cia. tem o controle da Cia. Alpha, e nesse caso, as Cias. Beta e Celta celebram um
contrato, aprovando o controle em comum da Cia. Alpha.
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a) Dividendos a Receber
a Receitas de Dividendos. ........................... R$ 1.500,00
b) Ações de Coligadas
a Receitas de Dividendos............................ R$ 1.500,00
c) Dividendos a Receber
a Ações de Coligadas................................... R$ 1.500,00
d) Dividendos a Receber
a Receitas de Dividendos............................. R$ 5.000,00
e) Ações de Coligadas
a Receitas de Dividendos............................... R$ 6.000,00
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Resultado de exercício de investimento avaliado pelo MEP
O resultado do exercício na investida pode ser um lucro líquido ou um prejuízo líquido. Com
relação aos investimentos avaliados pelo MEP, quando a investida apura um lucro o resultado
na investidora será o reconhecimento de um ganho de equivalência patrimonial (GEP).
Caso a investida apure um prejuízo líquido, a investidora deverá reconhecer uma perda de
equivalência patrimonial.
Ocorrendo outros ajustes na investida, como por exemplo, variações decorrentes de ajustes
de instrumentos financeiros disponíveis para a venda ao valor justo, a investidora reconhecerá
proporcionalmente essa variação diretamente no seu patrimônio líquido, em outros resultados
abrangentes.
Os outros resultados abrangentes (ORA) compreendem itens de receita e despesa que não são
reconhecidos na demonstração do resultado como requerido ou permitido pelos Pronuncia-
mentos, Interpretações e Orientações emitidos pelo CPC. Os componentes dos outros resulta-
dos abrangentes incluem:
• Variação na reserva de reavaliação (não permitido no Brasil);
• Ganhos e perdas atuariais nos planos de pensão com benefício definido reconhecido,
conforme CPC33;
• Ganhos e perdas derivados da conversão das demonstrações contábeis de operações no
exterior;
• Ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis paravenda;
• Parcela efetiva de ganhos e perdas advindas de instrumentos de hedge em operação de
hedge de fluxo de caixa.
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Recebimento de bonificações
As bonificações recebidas sem custos pela investidora, quer sejam para emissão de novas
ações, quer sejam por aumento do valor nominal das ações, no caso de investimentos avalia-
dos pelo MEP, não devem ser objeto de contabilização na conta de investimento na coligada e
controlada, tendo em vista que o PL da investida permanecerá o mesmo.
Goodwill
Tema ainda controverso no âmbito contábil, por sua dificuldade presente em mensurá-lo com
confiabilidade. Há dois tipo de goodwill, o objetivo e o subjetivo.
O goodwill objetivo ou adquirido surge quando o valor pago (ou custo de aquisição) pelo in-
vestimento é maior que o seu valor justo, e a essa diferença damos o nome de ágio por expec-
tativa de rentabilidade futura. O goodwill objetivo é objeto de contabilização.
O goodwill subjetivo corresponde à diferença entre o valor presente dos fluxos futuros de caixa
menos o valor justo líquido dos ativos e passivos. O goodwill subjetivo não é objeto de contabi-
lização.
Amortização do goodwill
O goodwill ou ágio por expectativa de rentabilidade futura, regra geral, não pode mais ser
amortizado e, no caso de investimentos em coligadas e em joint venture, o saldo contábil
relacionado ao goodwill permanecerá até a baixa do investimento por alienação ou pelo teste
de recuperabilidade.
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Há exceção, pois podem existir situações em que o goodwill tenha seu benefício econômico
limitado no tempo, ou seja, o goodwill apresenta vida útil definida.
Esse fato pode acontecer em situações de direito de concessão, que é obtido a partir do valor
descontado da projeção do fluxo de caixa das operações da entidade adquirida.
Nesse caso, se for possível obter de forma objetiva e confiável a parte do valor do preço pago
não alocável aos demais ativos e passivos e nem ao direito de concessão, deverá o goodwill ser
amortizado pelo prazo remanescente do direito de concessão.
De acordo com o CPC 18, como o goodwill integra o saldo contábil do investimento em coligada,
por esse motivo ele não é testado separadamente em relação ao seu valor recuperável. O
impairment test é aplicado sobre todo o saldo contábil do investimento.
No caso de investimentos em controladas o goodwill também não é amortizado, mas está
sujeito ao teste de recuperabilidade que é realizado de forma isolada, portanto, o teste de
recuperabilidade é aplicado especificamente sobre o goodwill.
O goodwill no balanço patrimonial da investidora é classificado no AÑC Investimentos e no
balanço patrimonial consolidado o goodwill deve ser reclassificado para o AÑC Intangível, pois
o goodwill é da investida e não da investidora.
O ágio por mais-valia de ativos líquidos tem origem na aquisição de investimentos avaliados
pelo MEP e é obtido pela diferença entre o valor justo do investimento e seu valor patrimonial.
A realização ou amortização do ágio por mais-valia de ativos líquidos terá como contrapartida
uma conta deresultado e equivalência patrimonial.
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Essa amortização é feita de maneira proporcional à realização dos ativos e passivos que lhes
deram origem, por exemplo:
c) No caso de ativos intangíveis com vida útil definida, proporcionalmente à sua amortização,
baixa por alienação ou teste de recuperabilidade.
No caso de ágio por mais-valia de ativos líquidos que têm como origem terrenos, obras de
arte ou ativos intangíveis com vida útil indefinida, a realização da mais-valia somente ocorrerá
quando da baixa dos respectivos ativos, seja por alienação, perda parcial ou total ou ainda, re-
conhecimento de perdas por parte do investidor, mediante o teste de recuperabilidade.
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Ganho por compra vantajosa
Após a publicação das Leis nº 11.638/07 e 11.941/09, que deram origem ao alinhamento das
normas contábeis brasileiras com as normas contábeis internacionais, ocorreu uma mudança
de entendimento nos conceitos de ágio e deságio.
O ágio e o deságio, que antes do processo de convergência das práticas contábeis, eram cal-
culados sobre o valor patrimonial dos investimentos, passaram a ser calculados sobre o valor
justo dos ativos líquidos.
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Aquisição com goodwill e valor justo igual ao valor patrimonial
Nas aquisições de investimentos com goodwill quando o valor justo for igual ao valor patrimo-
nial, não teremos a figura do ágio por mais-valia de ativos líquidos.
A entidade perde a influência significativa da investida quando ela perde o poder de participar
nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais daquela investida.
Essa perda pode ocorrer com ou sem uma mudança no nível de participação acionária abso-
luta ou relativa. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma coligada sujeita-se ao controle:
• Do governo
• De um tribunal
• De um órgão administrador ou entidade reguladora
A controlada pode perder o controle de uma controlada com ou sem uma mudança no nível
de participação acionária absoluta ou relativa. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma
controlada sujeita-se ao controle:
• Do governo
• De um tribunal
• De um órgão administrador ou entidade reguladora
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Quando há a perda de controle, a controladora deve realizar ajustes contábeis, sendo eles:
a) Dar baixa nos saldos de ativos (incluindo goodwill) e os passivos da controlada pelos seus
valores contábeis na data em que o controle foi perdido;
b) Dar baixa nos saldos de quaisquer participações de não-controladores na ex controlada,
na data em que o controle foi perdido (incluindo quaisquer componentes de outros resul-
tados abrangentes reconhecidos diretamente no patrimônio líquido e atribuíveis aos não-
-controladores);
c) Reconhecer o valor justo da compensação recebida em troca pela perda do poder – caso
ela exista;
d) Reconhecer o investimento remanescente na ex controlada, caso exista;
e) Transferir para o resultado do período vigente todos os saldos contábeis reconhecidos como
outros resultados abrangentes do investimentos, exceto se, outro CPC exigir tratamento
específico;
f) Reconhecer qualquer diferença resultante como ganho ou perda no resultado do período
atribuível àcontroladora.
O CPC 18 (R2) especifica que quando existirem, na data da elaboração dos relatórios contábil-
-financeiros, negócios não realizados entre uma investidora e uma investida ou vice-versa, seja
a investida uma coligada ou controlada, os lucros ainda não realizados devem ser excluídos
quando a investidora avalia a participação.
Existem quatro tipos de tratamentos contábeis dados em função do tipo de empresas envolvi-
das na transação com lucros não realizados no sentido do negócio, isto é, do investidor para a
investida ou vice-versa.
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Resultados não realizados – detalhe histórico
Uma das consequências do processo de alinhamento das normas contábeis brasileiras às normas
internacionais está relacionada com o tratamento que é dado aos lucros não realizados, pois:
Exemplo
No diagrama a seguir está representada a venda de mercadorias da empresa “A” para a empresa
“B” por R$ 500.000,00 com custos de R$ 400.000,00 e lucro na operação de R$ 100.000,00. A
empresa “B”, que adquiriu as mercadorias, vendeu a terceiros 60% do lote adquirido e, na data
do balanço, mantém em seus estoques 40% do lote. Portanto, o lucro nos estoques do adqui-
rente é de 40% de R$ 100.000,00, logo, R$ 40.000,00.
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Os itens 50 e 51 do ICPC 09 (R2) especificam que os lucros nos estoques da coligada devem ser
considerados realizados na proporção de participação dos demais sócios na coligada e não
realizados na proporção da participação da investidora.
51. A operação de venda deve ser registrada normalmente pela investidora (receitas e despesas
correspondentes) e a eliminação dos lucros não realizados deve ser feita no resultado individual
da investidora, na rubrica de resultado da equivalência patrimonial (e se for o caso no resultado
consolidado), pelo registro da parcela não realizada a crédito da conta de investimento, até a
efetiva realização do ativo na coligada (ou empreendimento controlado em conjunto).
Não devem ser eliminadas na demonstração do resultado da investidora as parcelas de venda,
custo da mercadoria ou produto vendido, tributos e outros itens aplicáveis, já que a operação
como um todo se dá com genuínos terceiros.
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Conclusão:
Os lucros a serem excluídos nas demonstrações contábeis do investidor serão apenas
os valores proporcionais à sua participação na coligada. No exemplo, os lucros não
realizados a serem excluídos do resultado do investidor serão 30% dos 40.000 (em es-
toque), logo, 12.000.
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Quando uma coligada vende um ativo para a sua investidora, está deverá realizar um ajuste a
ser considerado como ganho de equivalência patrimonial.
A investidora deve calcular o ajuste de equivalência aplicando o percentual de participação
sobre o valor do lucro da investida, diminuído dos lucros ainda não realizados na investida.
Exemplo
A coligada RITO realizou venda de mercadorias para sua investidora ALIÁS por R$ 700.000 cujo
custo foi de R$ 400.000. As mercadorias não foram vendidas a terceiros pela investidora. O lu-
cro da transação é de R$ 300.000. A investidora ALIÁS participa de 30% do capital da coligada
RITO. O lucro líquido total do período da coligada foi de R$ 800.000. O PL da investida antes da
incorporação do lucro do exercício era de R$ 2.200.000
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Venda com lucro da controladora para a controlada
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Nas operações em que a controlada venda ativos com lucro para a controladora, o ganho com
equivalência patrimonial deve ser calculado aplicando-se o percentual de participação da con-
troladora sobre o lucro da controlada e, deste resultado, subtrair 100% dos lucros não realiza-
dos nos estoques da controladora.
O ICPC 09 diz em seu item 56 que, nas operações de venda da controlada para a controladora
(upstream) ou para outras controladas do mesmo grupo econômico, o lucro deve ser reconhe-
cido na vendedora normalmente. No caso de coligada e de empreendimento controlado em
conjunto, adota-se o mesmo procedimento.
Já o item 56A, afirma que nas demonstrações individuais da controladora, quando de opera-
ções de venda de ativos da controlada para a controladora ou entre controladas, o cálculo da
equivalência patrimonial deve ser feito deduzindo-se, do patrimônio líquido da controlada, cem
por cento do lucro contido no ativo ainda em poder do grupo econômico. Com isso, a contro-
ladora deve registrar como resultado valor nulo, não tendo, por isso, afetação no seu resultado
e no seu patrimônio líquido como decorrência do resultado reconhecido pela controlada.
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Exemplo
A controlada B vendeu mercadorias para a sua controladora A por R$ 1.400.000 cujo custo é de
R$ 1.000.000. A controladora vendeu 50% da aquisição a terceiros. O lucro da transação é de
R$ 400.000. A investidora A participa em 70% do capital da controladora B. O lucro líquido total
do período da controlada foi de R$ 1.000.000. O PL da controlada antes da incorporação do
lucro do exercício era de R$ 2.000.000.
Memorex
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Contabilidade Geral – Investimentos em Participações Societárias – Prof. Rodrigo Machado
Após a aquisição do controle da investida pela investidora, ambas passam a fazer parte do mes-
mo grupo econômico e essa entidade econômica é obrigada pelo CPC 36 a elaborar e a apre-
sentar demonstrações contábeis consolidadas, como se fossem uma única entidade.
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Nas demonstrações contábeis consolidadas, deve ser evidenciada a parcela do patrimônio e do
resultado pertencente aos sócios não controladores. A participação dos sócios não controla-
dores é parcela integrante do patrimônio líquido da entidade consolidada.
Logo, transacionar com os sócios não controladores é transacionar com os sócios desse mesmo
patrimônio.
É por esse motivo que o CPC 36 solicita que as mudanças na participação relativa da controla-
dora sobre uma controlada que não resultem na perda de controle devem ser contabilizadas
como transações de capital – ou seja, transações com sócios, na qualidade de proprietários -,
nas demonstrações contábeis.
Assim, quando a controladora adquire mais ações da entidade que já controla, deve considerar
a diferença entre o valor de aquisição e o valor patrimonial contábil adquirido em contrapar-
tida do seu patrimônio líquido (individual e consolidado), semelhante à compra de suas pró-
prias ações (ações em tesouraria).
No caso de alienação, desde que não seja perdido o controle sobre a controlada, a diferença
também deve ser alocada diretamente ao patrimônio líquido e não ao resultado.
Nas demonstrações contábeis individuais da controladora, as transações de capital devem re-
fletir a situação dessa controladora individual, mas sem perder de vista que essas transações
de capital estão vinculadas ao conceito de entidade econômica como um todo e nesse conceito
estão envolvidos os patrimônios da controladora e da controlada.
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ISS
PORTO ALEGRE
Auditor Fiscal de Tributos Municipais
ESTATÍSTICA
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Edital
BANCA: FMP
CARGO: Auditor Fiscal
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Módulo 1
ESTATÍSTICA DESCRITIVA
1. CONCEITOS INICIAIS
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1.3 – Tipos de séries estatísticas:
•• Temporal (cronológica, histórica ou evolutiva) – a variável é o fator tempo.
•• Geográfica (territorial, espacial ou de localização) – a variável é o fator geográfico.
•• Específica (especificativa ou categórica) – a variável é o fenômeno.
•• Mista – ocorre a variação de pelo menos dois dos fatores: tempo, local ou fenômeno.
Distribuição de frequência (seriação) – neste caso, todos os elementos (época, local ou
fenômeno) são fixos, variando apenas a intensidade de ocorrência do fenômeno.
Elementos complementares:
Fonte – designação da entidade que forneceu os dados estatísticos;
Notas – esclarecimentos de natureza geral;
Chamadas – esclarecimentos de natureza específica.
Exemplo
Frota de veículos (em mil unidades) – 1996
PARANÁ BRASIL
Automóveis 1.224 18.727
Picapes 193 2.980
Caminhões 158 1.630
Ônibus 19 317
Motocicletas 218 2.919
Total 1.812 26.573
Fonte: Denatran
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Tabela Simples:
População economicamente ativa por setor de atividade – Brasil/1940
Fonte: IPEA
Setor
Setor
1940 1950 1960
Primário 8.968 10.255 12.163
Secundário 1.414 2.437 2.962
Terciário 3.620 4.156 7.525
Fonte: IPEA
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Módulo 2
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS
1.1 – Elementos
Amplitude total (At) – é a diferença entre o maior e o menor valor da série.
Frequência absoluta simples (fi) – é o número de repetições de cada valor.
Frequência total (fi ou Σn) – é a soma das frequências absolutas simples.
Frequência relativa simples (fri) – é o quociente entre a frequência absoluta simples e a
frequência total da série. Pode ser representada sob a forma unitária ou percentual (fri%)
Frequência absoluta acumulada (Fi ou fac) – é a soma das frequências absolutas simples de
um determinado valor da tabela com as frequências absolutas simples de todos os valores
anteriores. É também denominada de frequência absoluta “abaixo de”.
Frequência absoluta acumulada “acima de” (Fi+) – é a soma das frequências absolutas simples
de um determinado valor da tabela com as frequências absolutas simples de todos os valores
posteriores.
Obs.: Σ ... somatório
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Exemplo
Nº de aparelhos defeituosos da Empresa X
1.3 – Elementos
Classe – é cada um dos grupos ou intervalos de valores obtidos a partir de um agrupamento de
dados. Representação de uma classe:
a I––– b ... inclusive a, e exclusive b
a –––I b ... exclusive a, e inclusive b
a I–––I b ... inclusive a, e inclusive b
a ––– b ... exclusive a, e exclusive b
Limites de classe – são os valores extremos de uma classe.
a I––– b – a ... limite inferior (Li) b ... limite superior (Ls)
Ponto médio de uma classe (PMi ou Xi) – é a média aritmética dos limites superior e inferior
de uma classe.
Amplitude do intervalo de classe (h) – é a diferença entre os limites superior e inferior de uma
classe.
Exemplo
Notas de uma prova de Estatística
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Módulo 3
GRÁFICOS
Exemplos:
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Exemplo:
Notas de uma prova de Estatística
xi fi fri%
0 I––– 20 20
20 I––– 40 60
40 I––– 60 80
60 I––– 80 30
80 I––– 100 10
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Frequências Acumuladas
xi fi Fi Fi+
0 I––– 20 20
20 I––– 40 60
40 I––– 60 80
60 I––– 80 30
80 I––– 100 10
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Questões
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4. Em um ensaio para o estudo da distribui-
ção de um atributo financeiro (X) foram
examinados 200 itens de natureza contábil
do balanço de uma empresa. Esse exercício
produziu a tabela de frequências abaixo. A
coluna Classes representa intervalos de va-
lores de X em reais e a coluna P representa a
frequência relativa acumulada. Não existem
observações coincidentes com os extremos
das classes.
Classes P (%)
70-90 5
90-110 15
110-130 40
130-150 70
150-170 85
170-190 95
190-210 100
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Módulo 4
MEDIDAS DE POSIÇÃO
São medidas de posição em torno das quais os dados tendem a se agrupar. Os três promédios
mais utilizados para resumir o conjunto de valores representativos de fenômeno que se deseja
estudar são: a média aritmética, a moda e a mediana. Outros promédios menos usados são as
médias: geométrica, harmônica, etc.
a) Médias
Média Aritmética Simples (x ou µ) – a média aritmética simples de um conjunto de números é
igual ao quociente entre a soma de valores do conjunto e o número total de valores.
Média Aritmética Ponderada (P) – utilizada quando os valores do conjunto tiverem pesos
diferentes. É obtida através do quociente entre a soma dos produtos dos pesos pelos respectivos
valores e a soma dos pesos.
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Esta equação é para dados não agrupados, caso sejam agrupados em classes, o Xi é o mesmo
que o PMi.
Desvio (di) – é o afastamento de cada valor do conjunto em relação a um valor fixo x0:
di = xi – x0
Processo breve para o cálculo da média aritmética (para dados tabulados em classes)
A partir das duas últimas propriedades citadas anteriormente, é possível calcular a média
aritmética utilizando uma variável transformada (di), denominada variável reduzida:
OBS: Recomenda-se utilizar para o valor de A o ponto médio da classe de maior frequência
se o número de classes k for par, ou o ponto médio da classe intermediária se o número de
classes for ímpar.
xi fi PMi di fi.di
0 I––– 20 10
20 I––– 40 30
40 I––– 60 40
60 I––– 80 15
80 I––– 100 5
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Obs.: H ≤ G ≤ X
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Questões
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Módulo 5
Moda (Mo)
O valor de maior frequência da série, também chamado norma, valor dominante ou valor típico.
Exemplos:
xi fi
1 5
2 10
3 18
4 12
5 4
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•• Método de King: baseia-se na influência das frequências das classes adjacentes à classe
modal.
Mediana (Md)
Exemplos:
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xi fi
1 5
2 10
3 18
4 12
5 4
n – frequência total
Fant – frequência acumulada da classe anterior à classe mediana
fmd – frequência da classe mediana
h – Amplitude da classe mediana
Li – Limite inferior da classe mediana
OBS: classe mediana ... é a classe onde se encontra o elemento de posição n/2.
Exemplo: Determinar a moda e a mediana na tabela a seguir.
Notas de uma prova de Estatística
xi fi Fi
0 I––– 20 10
20 I––– 40 30
40 I––– 60 40
60 I––– 80 15
80 I––– 100 5
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Outras separatrizes
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Questões
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O atributo do tipo contínuo X, observado 6. Considere a seguinte amostra aleatória das
como um inteiro, numa amostra de tama- idades em anos completos dos alunos em
nho 100 obtida de uma população de 1000 um curso preparatório. Com relação a essa
indivíduos, produziu a tabela de frequên- amostra, marque a única opção correta:
cias seguinte:
29, 27, 25, 39, 29, 27, 41, 31, 25, 33, 27, 25,
25, 23, 27, 27, 32, 26, 24, 36, 32, 26, 28, 24,
Classes Frequência ( f ) 28, 27, 24, 26, 30, 26, 35, 26, 28, 34, 29, 23,
29,5-39,5 4 28.
39,5-49,5 8 a) A média e a mediana das idades são
49,5-59,5 14 iguais a 27.
b) A moda e a média das idades são iguais
59,5-69,5 20 a 27.
69,5-79,5 26 c) A mediana das idades é 27 e a média é
26,08.
79,5-89,5 18
d) A média das idades é 27 e o desvio-pa-
89,5-99,5 10 drão é 1,074.
e) A moda e a mediana das idades são
iguais a 27.
4. Assinale a opção que corresponde à estima-
tiva da mediana amostral do atributo X. 7. Considerando a distribuição de frequência
relativa ao salário, em milhares de reais, de
a) 71,04 professores de uma faculdade, os valores
b) 65,02 salariais do terceiro quartil e do nonagésimo
c) 75,03 percentil são respectivamente:
d) 68,08
e) 70,02.
i Salários R$ fi
5. Assinale a opção que corresponde ao valor 1 0 |-- 2 8
modal do atributo X no conceito de Czuber.
2 2 |-- 4 12
a) 69,50 3 4 |-- 6 22
b) 73,79
c) 71,20 4 6 |-- 8 25
d) 74,53 5 8 |-- 10 18
e) 80,10
6 10 |-- 12 15
a) R$ 8.880 e R$10.660
b) R$ 6.650 e R$ 4.480
c) R$ 2.920 e R$ 6.560
d) R$ 6.650 e R$10.660
e) R$ 6.560 e R$8.880.
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Módulo 6
MEDIDAS DE DISPERSÃO
Amplitude Total ou Intervalo Total (AT) – é a diferença entre os valores extremos do conjunto.
Desvio Padrão (S ou σ)
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Obs.: quando o desvio padrão representar uma descrição da amostra e não da população,
caso mais frequente em estatística, o denominador das expressões será n – 1, ao invés de
n, pois assim se obtém uma estimativa melhor do parâmetro de população. Para valores
grandes de n (n > 30), não há grande diferença; entretanto, a utilização de n – 1 proporciona
uma estimativa mais justa do desvio-padrão da população.
Ou também pode ser com frequências:
Forma simplificada:
Onde:
Propriedades do desvio-padrão:
1ª) somando-se (ou subtraindo-se) uma constante arbitrária x a cada valor da série, o desvio-
padrão desta série não se altera.
2ª) multiplicando-se (ou dividindo-se) uma constante arbitrária c a cada valor da série, o
desvio-padrão desta série fica multiplicada (ou dividida) por essa constante.
3ª) o desvio-padrão é maior que o desvio médio.
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Resposta: S 19,95
Propriedades da variância:
1ª) somando-se (ou subtraindo-se) uma constante arbitrária x a cada valor da série, a variância
desta série não se altera.
2ª) multiplicando-se (ou dividindo-se) uma constante arbitrária c a cada valor da série, a
variância desta série fica multiplicada (ou dividida) pelo quadrado desta constante.
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Medidas de Dispersão Relativa
b) Coeficiente de Variação
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Questões
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4. Um atributo W tem média amostral a ≠ 0 c) 7,7%
e desvio padrão positivo b ≠ 1. Considere a d) 31,2%
transformação Z = (W – a)/b. Assinale a op- e) 10,0%.
ção correta.
7. Uma empresa verificou que, historicamen-
a) A média amostral de Z coincide com a te, a idade média dos consumidores de seu
de W. principal produto é de 25 anos, considerada
b) O coeficiente de variação amostral de Z baixa por seus dirigentes. Com o objetivo
é unitário. de ampliar sua participação no mercado, a
c) O coeficiente de variação amostral de Z empresa realizou uma campanha de divul-
não está definido. gação voltada para consumidores com ida-
d) A média de Z é a/b. des mais avançadas. Um levantamento rea-
e) O coeficiente de variação amostral de lizado para medir o impacto da campanha
W e o de Z coincidem. indicou que as idades dos consumidores
apresentaram a seguinte distribuição:
5. O atributo do tipo contínuo X, observado
como um inteiro, numa amostra de tama-
nho 100 obtida de uma população de 1000 Idade (X) Frequência Porcentagem
indivíduos, produziu a tabela de frequên- 18 | – 25 20 40
cias seguinte:
25 | – 30 15 30
Classes Frequência ( f ) 30 | – 35 10 20
29,5-39,5 4 35 | – 40 5 10
39,5-49,5 8 Total 50 100
49,5-59,5 14
Assinale a opção que corresponde ao resul-
59,5-69,5 20
tado da campanha considerando o seguinte
69,5-79,5 26 critério de decisão: se x − 25 for maior que
2δx
79,5-89,5 18 o valor n então a campanha de divulgação
89,5-99,5 10 surtiu efeito, isto é, a idade média aumen-
tou; caso contrário, a campanha de divulga-
Sabendo que a mediana calculada é 71,04, ção não alcançou o resultado desejado.
assinale a opção que corresponde ao desvio
absoluto médio do atributo X. a) A campanha surtiu efeito, pois x − 25 =
2δx
2,1 é maior que n = 1,53
a) 16,0 b) A campanha não surtiu efeito, pois x − 25
b) 17,0 2δx
= 0 é menor que n = 1,64
c) 16,6
d) 18,1 c) A campanha surtiu efeito, pois x − 25 =
2δx
e) 13,0. 2,1 é maior que n = 1,41
d) A campanha não surtiu efeito, pois x − 25
2δx
6. O atributo Z = (X – 2)/3 tem média amostral = 0 é menor que n = 1,53
20 e variância amostral 2,56. Assinale a op- e) A campanha surtiu efeito, pois x − 25 =
ção que corresponde ao coeficiente de va- 2δx
2,5 é maior que n = 1,41.
riação amostral de X.
a) 12,9%
b) 50,1%
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Produto A 39 33 25 30 41 36 37
Produto B 50 52 47 49 54 40 43
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Módulo 7
AMOSTRAGEM
1 – Conceitos em Amostragem
2 – Plano de Amostragem
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Seleção dos Elementos que farão parte da amostra
4º) Forma de seleção dos elementos da população
Tipo de Amostragem:
3 – Tipos de Amostragem
A) Probabilísticos:
Amostragem Sistemática
Trata-se de uma variação da Amostragem Aleatória Ocasional, conveniente quando a população
está naturalmente ordenada, como fichas em um fichário, lista telefônica, etc.
Ex.: N = 500 (População)
n = 50 (Amostra)
N
então r = = 100, (teremos uma Progressão Aritmética (PA) de razão 10)
n
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Sorteia-se usando a Tabela de Números Aleatórios um número entre 1 e 10, (x = 3), o número
sorteado refere-se ao 1o elemento da amostra, logo os elementos da amostra serão:
3
13 23 33 43 ......
Para determinar qualquer elemento da amostra podemos usar a fórmula do termo geral de
uma P.A.
Amostragem Estratificada
É um processo de amostragem usado quando nos depararmos com populações heterogêneas,
na qual pode-se distinguir subpopulações mais ou menos homogêneas, denominados estratos.
Após a determinação dos estratos, seleciona-se uma amostra aleatória de cada uma subpopu-
lação (estrato).
As diversas subamostras retiradas das subpopulações devem ser proporcionais aos respetivos
números de elementos dos estratos, e guardarem a proporcionalidade em relação a variabilida-
de de cada estrato, obtendo-se uma estratificação ótima.
Tipos de variáveis que podem ser usadas em estratificação: idade, classes sociais, sexo, profis-
são, salário, procedência, etc.
B) Não Probabilísticos:
Por julgamento – os elementos são escolhidos de modo intencional.
Por quotas – também baseado em um julgamento (escolha intencional). Os grupos (quotas)
extraídos têm número proporcional àquele em que se encontram na população.
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4 – Tamanho da Amostra
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Módulo 8
VARIÁVEIS ALEATÓRIAS
DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE
Em Estatística, uma Distribuição de Probabilidade descreve a chance que uma variável pode
assumir ao longo de um espaço de valores.
a) Distribuição de Bernoulli
Consideremos uma única tentativa de um experimento aleatório. Podemos ter sucesso ou
fracasso nessa tentativa.
Seja p a probabilidade de sucesso e q a probabilidade de fracasso, com p + q = 1, ou seja,
q = 1 − p.
Seja X o número de sucessos em uma única tentativa do experimento. X assume o valor 0 que
corresponde ao fracasso, com probabilidade q, ou o valor 1, que corresponde ao sucesso, com
probabilidade p.
P(X = 0) = q e P(X = 1) = p
Nessas condições a variável aleatória X tem distribuição de BERNOULLI, e sua função de
probabilidade é dada por:
P(X = x) = px· q1−x
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A esperança da distribuição de Bernoulli é
E(X) = p
Variância é V (X) = p . q.
b) Distribuição Binomial
A probabilidade de um evento A ocorrer exatamente k vezes em um determinado experimento
aleatório é dada por:
c) Distribuição de Poisson
Na distribuição binomial, se n for muito grande, enquanto a probabilidade p da ocorrência
de um evento for próxima de zero, o evento será denominado raro. Na prática, considera-se
um evento como raro quando o número de tentativas é, pelo menos, igual a 50 (n ≥ 50), ao
passo que n.p é menor que 7. Nesses casos, a distribuição binomial é muito aproximada da de
Poisson, com λ = n . p.
A distribuição de Poisson
Representa um modelo probabilístico adequado para o estudo de um grande número de
fenômenos observáveis. Eis alguns exemplos:
1 – Chamadas telefônicas por unidade de tempo; defeitos por unidade de área; acidentes por
unidade de tempo;
2 – Chegada de clientes a um supermercado por unidade de tempo;
3 – Número de glóbulos sanguíneos visíveis ao microscópio por unidade de área;
4 – Número de partículas emitidas por uma fonte de material radioativo por unidade de tempo.
De modo geral, dizemos que a variável aleatória X tem uma distribuição de Poisson com
parâmetro λ > 0, se:
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b) Esperança e Variância:
1
E(x) =
λ
1
V(x) =
λ2
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Questões
1. Uma urna contém 15 bolas brancas e 25 bo- 4. Em um experimento binomial com três
las vermelhas. Uma bola é retirada da urna provas, a probabilidade de ocorrerem dois
e a variável aleatória X anota o número de sucessos é doze vezes a probabilidade de
bolas brancas obtidas. Calcule a média e a ocorrerem três sucessos. Desse modo, as
variância de X e determinar P(X). probabilidades de sucesso e fracasso são,
em percentuais, respectivamente, iguais a:
a) 80 % e 20 %
b) 30 % e 70 %
c) 60 % e 40 %
d) 20 % e 80 %
2. Um dado não viciado é lançado 3 vezes.
e) 25 % e 75 %.
Qual é a probabilidade do resultado 5 ocor-
rer exatamente 2 vezes?
Gabarito: 1. E(X) = 3/8 (37,5%) e V (X) = 15/64 (aprox.. 23,4%) 2. 5/72 (aprox. 7%) 3. e–5 (aprox. 0,0067) / 221.e–20 (aprox.
zero) 4. D 5. C
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Módulo 9
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Principais Modelos de Distribuições de Probabilidade
a) O Modelo Uniforme
É o modelo mais simples para v.a. contínua.
Uma v.a. X tem Distribuição Uniforme no intervalo [α , β ] se sua f.d.p. é dada por
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Questões
2
d) 5;
5
2. A função densidade de probabilidade de 5
uma variável aleatória contínua x é dada e) ;5
2
por:
⎧ 3x2 ,se −1 ≤ x ≤ 0
⎪
F(x) = ⎨
⎪⎩ 0,caso contrário
Para esta função, a média de x, também de-
nominada expectância de x e denotada por
E(x) é igual a:
a) 4/3
b) 3/4
c) – 3/4
d) – (3/4) x
e) – (4/3) x
α +β
Gabarito: 1. E(x) = 2 2. C 3. A
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Distribuição Normal
Na figura anterior, as barras verticais representam os desvios padrões. Quanto mais afastado
do centro da curva normal, mais área compreendida abaixo da curva haverá. O traço horizontal
menor indica que 68,26% das observações estão contidas no intervalo entre um desvio padrão
para a direita e um desvio padrão para a esquerda da média (centro da distribuição). O segundo
traço indica que a dois desvios padrões em torno da média possuímos 95,44% dos dados e,
finalmente a três desvios temos 99,73% (traço horizontal maior). Podemos concluir que quanto
maior a variabilidade dos dados em relação à média, maior a probabilidade de encontrarmos o
valor que buscamos embaixo da normal.
Características:
1 – É uma curva com a forma de um “sino”, com um eixo de simetria;
2 – Muitas populações reais seguem a distribuição normal;
3 – Numa população com média µ e desvio-padrão σ:
•• aproximadamente 68 % se encontram dentro do intervalo µ ± σ
•• aproximadamente 95 % se encontram dentro do intervalo µ ± 2σ;
•• aproximadamente 99,7 % se encontram dentro do intervalo µ ± 3σ.
Para achar a área sob a curva normal devemos conhecer dois valores numéricos, a média e o
desvio padrão.
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Para cada valor de e/ou temos uma curva de distribuição de probabilidade. Porém, para se
calcular áreas específicas, faz-se uso de uma distribuição particular: a “distribuição normal
padronizada”, o qual é a distribuição normal com µ= 0 e σ= 1. Para obter tal distribuição, isto é,
quando se tem uma variável X com distribuição normal com média diferente de 0 (zero) e/ou
desvio padrão diferente de 1 (um), devemos reduzi-la a uma variável Z, efetuando o seguinte
cálculo:
x−µ
Z=
σ
Assim, a distribuição passa a ter média = 0 e desvio padrão σ = 1. Pelo fato de a distribuição ser
simétrica em relação à média µ = 0, a área à direita é igual a área à esquerda de σ. Por ser uma
distribuição muito usada, existem tabelas a qual encontramos a resolução de suas integrais.
Assim, a tabela fornece áreas acima de valores não negativos que vão desde 0,00 até 4,09. Veja
o gráfico da curva Normal padronizada na Figura abaixo.
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Desde que a distribuição normal é simétrica, para calcular a área entre −∞ e z basta somar 0,5
aos valores da tabela. Ver Figura (b).
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Questões
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< Z < 2 ─ ou seja, entre a média 0 e 2 des-
vios-padrão ─ é, aproximadamente, igual
a 0,4772. Cecília, muito preocupada com o
futuro de seu restaurante, perguntou a seu
pai se ele poderia verificar a probabilidade
de, em um dia qualquer, o custo ser maior
do que R$ 520,00 e o faturamento ficar no
intervalo entre R$ 760,00 e R$ 840,00. Após
alguns minutos, o Sr. Ramoile disse, acerta-
damente, que as respectivas probabilidades
são, em termos percentuais, iguais a
a) 2,28; 95,44.
b) 52,28; 95,44.
c) 2,28; 98,69.
d) 98,69; 95,44.
e) 98,65; 2,28.
Gabarito: 1. a) 0,4582 b) 0,0418 c) 0,9582 d) 0,2774 2. 0,2902 3. a) 0,5 b) 0,5 c) 0,0914 d) 0 4. C 5. A
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Módulo 10
IV – DISTRIBUIÇÃO NORMAL
Na figura anterior, as barras verticais representam os desvios padrões. Quanto mais afastado
do centro da curva normal, mais área compreendida abaixo da curva haverá. O traço horizontal
menor indica que 68,26% das observações estão contidas no intervalo entre um desvio padrão
para a direita e um desvio padrão para a esquerda da média (centro da distribuição). O segundo
traço indica que a dois desvios padrões em torno da média possuímos 95,44% dos dados e,
finalmente a três desvios temos 99,73% (traço horizontal maior). Podemos concluir que quanto
maior a variabilidade dos dados em relação à média, maior a probabilidade de encontrarmos o
valor que buscamos embaixo da normal.
Características:
1 – É uma curva com a forma de um “sino”, com um eixo de simetria;
2 – Muitas populações reais seguem a distribuição normal;
3 – Numa população com média µ e desvio-padrão σ:
– aproximadamente 68 % se encontram dentro do intervalo µ ± σ;
– aproximadamente 95 % se encontram dentro do intervalo µ ± 2σ;
– aproximadamente 99,7 % se encontram dentro do intervalo µ ± 3σ.
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Para achar a área sob a curva normal devemos conhecer dois valores numéricos, a média e o
desvio padrão.
Para cada valor de e/ou temos uma curva de distribuição de probabilidade. Porém, para se
calcular áreas específicas, faz-se uso de uma distribuição particular: a “distribuição normal
padronizada”, o qual é a distribuição normal com µ= 0 e σ= 1. Para obter tal distribuição, isto é,
quando se tem uma variável X com distribuição normal com média diferente de 0 (zero) e/ou
desvio padrão diferente de 1 (um), devemos reduzi-la a uma variável Z, efetuando o seguinte
cálculo:
Assim, a distribuição passa a ter média = 0 e desvio padrão σ= 1. Pelo fato de a distribuição ser
simétrica em relação à média µ= 0, a área à direita é igual a área à esquerda de σ. Por ser uma
distribuição muito usada, existem tabelas a qual encontramos a resolução de suas integrais.
Assim, a tabela fornece áreas acima de valores não negativos que vão desde 0,00 até 4,09. Veja
o gráfico da curva Normal padronizada na Figura abaixo.
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Desde que a distribuição normal é simétrica, para calcular a área entre −∞ e z basta somar 0,5
aos valores da tabela. Ver Figura (b).
A proposta do pesquisador russo Pafnuty Lvovich Tchebycheff fornece meios para compreender
como a variância mede a variabilidade em relação ao valor esperado.
Se conhecermos a distribuição de probabilidade, podemos calcular E(x) e V(x). No entanto,
se conhecermos E(x) e V(x), não é possível reconstruir a distribuição de probabilidade. Dessa
forma, sabendo apenas a variância e a esperança não podemos calcular P(|x – E(x)| ≤ c), onde c
é um valor pequeno qualquer.
Apesar da impossibilidade de calcular P(|x – E(x)| ≤ c) é possível estabelecer limites superiores
e inferiores para a variabilidade ao redor do valor esperado.
A EQUAÇÃO:
ANTES É PRECISO LEMBRAR OS INTERVALOS BÁSICOS DAS DISTRIBUIÇÕES QUE SÃO:
intervalo µ ± σ ; intervalo µ ± 2σ ; intervalo µ ± 3σ.
Unindo as três equações acima, para cálculo entre intervalos, chega-se a equação:
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Onde K é o número de desvios padrões do intervalo que se deseja.
Vale atentar para os seguintes valores:
Quando K = 2 (intervalo µ ± 2σ): Ao menos 3/4 (75%) de todos os valores estão no intervalo;
Quando K = 3 (intervalo µ ± 3σ): Ao menos 8/9 (89%) de todos os valores estão no intervalo;
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Onde:
= média da amostra
µ = média da população
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Distribuição Qui-quadrado(x2)
Parâmetros da Distribuição:
E(x) = δ e V(x) = 2δ
Distribuição F de Snedecor.
A distribuição F de Snedecor também conhecida como distribuição de Fisher é frequentemente
utilizada na inferência estatística para análise da variância
A distribuição F é uma distribuição de amostragem contínua da razão de duas variáveis
aleatórias independentes com distribuição qui-quadrado, cada uma dividida por seus graus de
liberdade. O distribuição F é assimétrica à direita e descrito pelos graus de liberdade de seu
numerador (ν1) e denominador (ν2). Os gráficos a seguir mostram o efeito de diferentes valores
de graus de liberdade na forma da distribuição, como por exemplo a curva abaixo:
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Onde V1 = 1 e V2 = 9
Utiliza-se a distribuição F, quando uma estatística de teste é a razão entre duas variáveis que
tenham, cada uma delas, uma distribuição do qui-quadrado. Por exemplo, use a distribuição
F na análise de variância e em testes de hipóteses para determinar se duas variâncias de
população são iguais.
A) Principais Características:
•• Cada par de graus de liberdade da origem a uma distribuição F diferente;
•• A distribuição F depende de dois parâmetros. O primeiro (ν1) é o grau de liberdade do
numerador e o segundo (ν2) do denominador;
•• A variável aleatória Fé não-negativa, e a distribuição é assimétrica à direita;
•• A distribuição F se parece com a distribuição qui-quadrado, no entanto, os parâmetros ν1 e
ν2 fornecem flexibilidade extra em relação à forma;
B) Teorema:
Sejam Q1 e Q2 variáveis aleatórias independentes, com distribuição qui-quadrado com ν1 e ν2
graus de liberdade, respectivamente. Então, a variável aleatória
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C) RELAÇÕES IMPORTANTES:
Observação:
Suponha que temos duas populações independentes tendo distribuições normais com
variâncias iguais a σ2. Considere Y11, ... ,Y1n uma amostra aleatória da primeira população com
n observações e Y21, ... ,Y2m uma amostra aleatória da segunda população com m observações.
Então, a estatística
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Questões
2. Seja X uma v.a N(µ,σ 2 ) , com µ = 3 e σ 2 = 16. 4. Em um concurso público, a nota média da
Calcular P(2 ≤ X ≤ 5) . prova de inglês foi igual a 7 com desvio-pa-
drão igual a 2. Por outro lado, a nota média
da prova de lógica foi igual a 7,5 com des-
vio-padrão igual a 4. Naná obteve nota 8 em
Inglês e nota 8 em Lógica. Nené obteve nota
7,5 em Inglês e 8,5 em Lógica. Nini obteve
7,5 em Inglês e 9 em Lógica. Com relação à
melhor posição relativa ─ ou ao melhor de-
3. Os depósito efetuados no Banco da Ribeira sempenho ─, pode-se afirmar que o desem-
durante o mês de Janeiro de um determina- penho de
do ano são distribuídos normalmente, com a) Naná foi o mesmo em Inglês e Lógica.
média de R$ 10.000,00 e desvio padrão de b) Nini foi melhor em Lógica do que o de
R$ 1.500,00. Um depósito é selecionado ao Naná em Inglês.
acaso dentre todos os referentes ao mês em c) Nené foi melhor em lógica do que o de
questão. Calcular a probabilidade de que o Naná em Inglês.
depósito seja: d) Nené foi o mesmo em Inglês e Lógica.
a) de R$ 10.000,00 ou menos e) Nené foi melhor em Lógica do que em
Inglês.
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5. O Sr. Ramoile, professor de Estatística apo- 6. Em uma distribuição de probabilidade, a
sentado, vem há muito tempo acompa- esperança matemática é 75, com uma vari-
nhando os dados sobre custos e fatura- ância de 25 e deseja-se calcular a probabili-
mento do restaurante de sua filha Cecília. dade de uma variável aleatória X estar entre
O restaurante funciona todos os dias da se- os limites de 67 a 83:
mana e o Sr. Ramoile concluiu que: o custo
diário do restaurante segue uma distribui- a) 75% de probabilidade.
ção normal, com média igual a R$ 500,00 e b) 25% de probabilidade.
desvio-padrão igual a R$ 10,00 e que o fa- c) 60,9% de probabilidade.
turamento diário, também, apresenta uma d) 39,1% de probabilidade.
distribuição normal, com média R$ 800 e e) 89% de probabilidade.
desvio-padrão R$ 20. Como o Sr. Ramoile
conhece muito bem os princípios básicos da
estatística, ele sabe que, se uma variável Z
seguir uma distribuição normal padrão, en-
tão Z tem média 0 e variância 1. Ele também
sabe que a probabilidade dessa variável Z
assumir valores no intervalo entre 0 < Z < 2
─ ou seja, entre a média 0 e 2 desvios-pa-
drão ─ é, aproximadamente, igual a 0,4772.
Cecília, muito preocupada com o futuro de
seu restaurante, perguntou a seu pai se ele
poderia verificar a probabilidade de, em um
dia qualquer, o custo ser maior do que R$
520,00 e o faturamento ficar no intervalo
entre R$ 760,00 e R$ 840,00. Após alguns
minutos, o Sr. Ramoile disse, acertadamen-
te, que as respectivas probabilidades são,
em termos percentuais, iguais a
a) 2,28; 95,44.
b) 52,28; 95,44.
c) 2,28; 98,69.
d) 98,69; 95,44.
e) 98,65; 2,28.
Gabarito: 1. a) 0,4582 b) 0,0418 c) 0,9582 d) 0,2774 2. 0,2902 3. a) 0,5 b) 0,5 c) 0,0914 d) 0 4. D 5. A 6. C
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Módulo 11
TESTE DE HIPÓTESE
Quando não temos certeza a respeito de uma afirmação sobre um parâmetro estatístico
(média, desvio-padrão), dizemos que essa afirmação é uma hipótese.
Um teste de hipótese é um processo estatístico que tem como finalidade verificar se uma
determinada afirmação é verdadeira.
Tipos de Testes:
a) Bilateral: H0: µ = P e H1: µ ≠ P (Rejeitar se Zcalc < – Zα ou Zcalc > Zα)
b) Unilateral à esquerda: H0: µ ≥ P e H1: µ < P (Rejeitar se Zcalc < – Zα)
c) Unilateral à direita: H0: µ ≤ P e H1: µ > P (Rejeitar se Zcalc > Zα)
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Estrutura de um teste de hipótese:
a) formular as hipóteses H0 e H1
b) escolher uma distribuição adequada (comumente a distribuição normal) para testar a
média.
c) escolher um nível significância (valor crítico).
d) calcular a estatística teste
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Onde:
n = Número de indivíduos na amostra
Zα/2 = Valor crítico que corresponde ao grau de confiança desejado.
σ = Desvio-padrão populacional da variável estudada.
E = Margem de erro ou ERRO MÁXIMO DE ESTIMATIVA (Identifica a diferença máxima entre a
média amostral (X) e a verdadeira média populacional (μ), ou seja: x ̅ – μ ).
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Questões
1. Suponhamos que uma indústria compre de 2. Em um teste de hipóteses bilateral, com ní-
certo fabricante parafusos cuja carga média vel de significância α, cujas estatísticas de
de ruptura por tração é especificada em 50 teste calculadas e tabeladas são designadas
Kg, o desvio-padrão das cargas de ruptura é por Tc e T α/2, respectivamente, pode-se
suposto ser igual a 4 Kg. afirmar que:
O comprador deseja verificar se um grande a) Se – Tα/2 ≤ Tc ≤ Tα/2, rejeita-se H0
lote de parafusos recebidos deve ser consi- b) Se – Tα/2 ≤ Tc ≤ T/2, não se pode rejei-
derado satisfatório, no entanto existe algu- tar H0
ma razão para se temer que a carga média c) a probabilidade de se rejeitar H0, sendo
de ruptura seja eventualmente inferior à 50 H0 verdadeira, é igual a α/2
Kg. Se for superior não preocupa o compra- d) ocorre erro tipo I quando se aceita H) e
dor pois neste caso os parafusos seriam de H0 é falsa
melhor qualidade que a especificada. e) se α for igual a 5%, então a probabilida-
de de ocorrer erro tipo II é 95%
A hipótese do comprador é que a carga mé-
dia da ruptura é inferior a 50 Kg. O compra-
dor pode ter o seguinte critério para decidir
se compra ou não o lote: resolve tomar uma
amostra aleatória simples de 25 parafusos e
submetê-los ao ensaio de ruptura. Se a car-
ga média de ruptura observada nesta amos-
tra for maior que 48 Kg, com nível de sig-
nificância de 5%, ele comprará o lote, caso
contrário se recusará a comprar.
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ISS
PORTO ALEGRE
Auditor Fiscal de Tributos Municipais
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Edital
DIREITO CIVIL: 5.1. Direito Civil 5.1.1. Lei de Introdução ao Código Civil: vigência e revoga-
ção da norma, conflito de normas no tempo e no espaço, preenchimento de lacuna jurídica.
5.1.2. Pessoa Natural: conceito, capacidade e incapacidade, começo e fim, direitos da per-
sonalidade. 5.1.3. Pessoa Jurídica: conceito, classificação, começo e fim de sua existência
legal, desconsideração. 5.1.4. Fatos Jurídicos. Ato Jurídico. Negócio Jurídico: conceito, classi-
ficação, elementos essenciais gerais e particulares, elementos acidentais, defeitos, nulidade
absoluta e relativa, conversão no negócio nulo. Prescrição e Decadência. 5.1.5. Ato Ilícito.
Abuso de Direito. 5.1.6. Responsabilidade Civil no novo Código Civil e seu impacto no direito
do trabalho.
BANCA: FMP
CARGO: Auditor Fiscal
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Direito Civil
AULA 01
LEI DAS LEIS (Lex Legum) → Disciplina a aplicação das outras leis; período de vigências das leis,
conflito entre normas, interpretação, regras de territorialidade e tempo para entrada em vigor,
revogação das leis, regras de direito internacional, etc
ESTRUTURA DA LINDB
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DA VACACIO LEGIS
Art. 1º Salvo disposição contrária, a LEI começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de
oficialmente publicada.
LEI 95/98 – Art. 8º → Inclui publicação, inclui último dia e a vigência é do seguinte.
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ISS - Porto Alegre – Direito Civil – Prof. Guilherme Koenig
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO DAS LEIS → Art. 2º – § 2º A lei nova, que estabeleça disposições
gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
REPRISTINAÇÃO
1 2 3
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ESTUDO DAS ANTINOMIAS LACUNA
(ausência de norma)
HIERÁRQUICO
ESPECIALIDADE
CRITÉRIOS DE RESOLUÇÃO
DOS CONFLITOS
CRONOLÓGICO
Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos FINS SOCIAIS a que ela se dirige e às EXIGÊNCIAS DO
BEM COMUM.
DIREITO INTERTEMPORAL
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente AO TEMPO EM QUE
SE EFETUOU.
Já se incorporou ao patrimônio ou à pessoa
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa
exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-
estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
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ISS - Porto Alegre – Direito Civil – Prof. Guilherme Koenig
CÓDIGO CIVIL
DA PESSOA NATURAL
PESSOA NATURAL/ PESSOAS FÍSICAS – ser humano considerado como sujeito que tem direitos
e obrigações após ter nascido com vida
PERSONALIDADE JURÍDICA – Titularidade de direitos e obrigações. Pode ser atribuída a grupos
de indivíduos que se associam para alguma relação direta (associações por exemplo).
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro.
PERSONALIDADE
CAPACIDADE DE FATO/EXERCÍCIO
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I – os maiores de 16 e menores de 18 anos;
Dipsômanos / Toxicômanos
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV – os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
I. + 18 ANOS
II. EMANCIPADO
PLENA III. DEFICIENTE COM 2
Termo de decisão apoiada
APOIADORES DE DECISÃO
CAPACIDADE I. + 16 – 18
RELATIVA II. HÉBRIO, VICIADO EM
TÓXICOS E PRÓDIGOS
III. CAUSA TRANSITÓRIA
OU PERMANENTE NÃO PODE
EXPRESSAR SUA VONTADE
INCAPACIDADE
- 16 ANOS (não emancipado)
DA EMANCIPAÇÃO
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Emancipação Legal
EMANCIPAÇÃO
I. CASAMENTO
LEGAL II. GRAU EM ENSINO SUPERIOR
III. EMPREGO PÚBLICO EFETIVO
IV. ECONOMIA PRÓPRIA
→ Enunciado 530 VI Jornada de Direito Civil: A emancipação, por si só, não elide a incidência do
ECA
→ Enunciado 397 V Jornada de Direito Civil: A emancipação por concessão dos pais ou por
sentença judicial está sujeita a desconstituição por vício de vontade.
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Parada encefálica
REAL
Ação de justificação
MORTE Desaparecimento em risco
(CC, Art. 7, I)
PRESUMIDA
com risco
Desaparecimento em campanha
(CC, Art. 7, II)
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a MORTE; PRESUME-SE esta, quanto aos
AUSENTES, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Após 11 anos desaparecimento
Art. 7º Pode ser declarada a MORTE PRESUMIDA, SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA:
I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até 2 anos
após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida
depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do
falecimento.
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PROCEDIMENTO DE DECLARAÇÃO DE
MORTE PRESUMIDA E AUSÊNCIA
CPC/15 - Art. 745. Feita a arrecadação, o juiz mandará publicar editais na rede mundial
de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado e na plataforma de editais
E a declaração da morte
do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 1 ano, ou, não havendo sítio, no
órgão oficial e na imprensa da comarca, durante 1 ano, reproduzida de 2 em 2 meses, presumida a pedido?
anunciando a arrecadação e chamando o ausente a entrar na posse de seus bens.
DO PROCEDIMENTO DE AUSÊNCIA NO CC
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver
deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento
de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar
mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes
forem insuficientes.
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as
circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais
de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descenden-
tes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§ 3º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
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SUCESSÃO PROVISÓRIA
Art. 26. Decorrido 1 ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou
procurador, em se passando 3 anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e
se abra PROVISORIAMENTE a sucessão.
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados: I – o cônjuge
não separado judicialmente;
I – os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;
II – os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; IV – os credores
de obrigações vencidas e não pagas.
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição
deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
§ 1º Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida
neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do
curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia.
§ 2º Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de
herdeiros, poderão, INDEPENDENTEMENTE DE GARANTIA, entrar na posse dos bens do
ausente.
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão ALIENAR, não sendo por desapropriação, ou hipotecar,
quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente
o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem
movidas.
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus
TODOS os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém,
deverão capitalizar METADE DESSES FRUTOS E RENDIMENTOS, segundo o disposto no art. 29, de
acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente.
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a AUSÊNCIA FOI VOLUNTÁRIA E
INJUSTIFICADA, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente,
considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse
provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados
a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.
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DA COMORIÊNCIA
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum
dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão SIMULTANEAMENTE MORTOS.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Vida
Liberdade
Integridade Física Corpo
Expressão
EXISTIR
Psicológico Intimidade
saudável Honra
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são INTRANSMISSÍVEIS
e IRRENUNCIÁVEIS, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
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LESÃO A DIREITO DA PERSONALIDADE
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas
e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista
neste artigo o CÔNJUGE SOBREVIVENTE, ou QUALQUER PARENTE EM LINHA RETA, OU
COLATERAL ATÉ O 4º GRAU.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é DEFESO o ato de disposição do próprio corpo, quando
importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma
estabelecida em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo CIENTÍFICO, ou ALTRUÍSTICO, a disposição gratuita do próprio corpo,
no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou
a intervenção cirúrgica.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao NOME, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações
que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O PSEUDÔNIMO adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da
ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou
a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo
da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se
destinarem a fins comerciais
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer
essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é INVIOLÁVEL, e o juiz, a requerimento do interessado,
adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
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AULA 02
PESSOA JURÍDICA: conceito, classificação, começo e fim de sua existência legal, desconsideração.
PESSOA JURÍDICA
COISA PESSOA
ESTADOS
ESTRANGEIROS
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TEORIAS DA NATUREZA JURÍDICA DA PESSOA JURÍDICA
TEORIA DA FICÇÃO: Pessoa Jurídica não existe, sendo uma mera ficção.
•• Ficção Legal (Savigny): a pessoa jurídica é uma ficção da lei.
•• Ficção Doutrinária: a pessoa jurídica é uma ficção da doutrina.
•• Teoria da Realidade Objetiva: a Pessoa Jurídica existe. Trata-se de um organismo social
com existência e vontades diversas das dos organismos individuais que a compõem.
•• Teoria da Realidade Técnica: a Pessoa jurídica existe, mas seria fruto da adoção de atos
técnicos. Essa teoria prevalece consoante o art. 45 do Código Civil.
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III – os Municípios;
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;
V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público,
a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu
funcionamento, pelas normas deste Código.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas
que forem regidas pelo direito internacional público.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos
seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os
causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Art. 44. São pessoas jurídicas de DIREITO PRIVADO:
I – as associações;
II – as sociedades;
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III – as fundações.
IV – as organizações religiosas;
V – os partidos políticos.
VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada.
§ 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das
organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro
dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
§ 2º As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades
que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei
específica.
DA CONSTITUIÇÃO DA PJ
CONTRATO SOCIAL
DECLARAÇÃO/
REQUERIMENTO CARTÓRIO DE REGISTRO
DE PESSOAS JURÍDICAS
CONSTITUIÇÃO DA PJ NO CC/2002
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. DECAI em 3 ANOS o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas
de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da PUBLICAÇÃO DE SUA
INSCRIÇÃO NO REGISTRO.
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus
poderes definidos no ato constitutivo.
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Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de
votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em 3 ANOS o direito de anular as decisões a que se refere este artigo,
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
DO REGISTRO DA PJ
EXTINÇÃO DA PJ
- Voluntárias
CAUSAS
- Automáticas
- Administrativas
- Judiciais
EXTINÇÃO
DA PJ
- Dissolução
FASES - Liquidação
- Cancelamento
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EXTINÇÃO DA PJ NO CC/2002
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento,
ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.
§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais
pessoas jurídicas de direito privado.
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Possibilidade de ser cobrado de outrem a obrigação da qual seria responsável a Pessoa Jurídica
PESSOA - Negocial
AUTONOMIA
JURÍDICA - Jurídica
- Patrimonial
PJ PF
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo DESVIO DE FINALIDADE,
ou pela CONFUSÃO PATRIMONIAL, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério
Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações
de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa
jurídica.
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DIVISÕES DA DESCONSIDERAÇÃO
DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Ilicitude
TEORIA MAIOR
DIRETA (art. 50, CC/02)
DESCONSIDERAÇÃO
DA PERSONALIDADE
JURÍDICA TEORIA MENOR
CDC/Código Ambiental..
INVERSA EXPANSIVA
SUCESSIVA
CONJUNTA
DAS ASSOCIAÇÕES
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não
econômicos.
Parágrafo único. NÃO HÁ, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I – a denominação, os fins e a sede da associação;
II – os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
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FUNDAÇÃO
ESCRITURA PÚBLICA
TESTAMENTO
Registro
MPE FISCALIZA!
EXTINÇÃO Prazo
Finalidade Ilícito
Impossível
Ilícita
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento,
dotação especial de bens livres, ESPECIFICANDO O FIM A QUE SE DESTINA, e declarando, se quiser,
a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de
sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e
científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas;
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Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de
outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a FIM
IGUAL ou SEMELHANTE.
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-
lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados,
em nome dela, por mandado judicial.
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do
encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o ESTATUTO da fundação projetada,
submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não
havendo prazo, em 180 dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I – seja deliberada por 2/3 dos competentes para gerir e representar a fundação;
II – não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 dias, findo o
qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do
interessado.
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da
fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência
à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias.
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a FINALIDADE a que visa a fundação, ou VENCIDO
O PRAZO de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá
a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou
no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
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ISS
PORTO ALEGRE
Auditor Fiscal de Tributos Municipais
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Direito Civil
AULA 03
FATO JURÍDICO
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DIVISÕES:
•• Ordinários fatos da natureza de ocorrência comum
(nascimento, transcurso do tempo, morte)
•• Extraordinários fatos inesperados/imprevisíveis
NEGÓCIO JURÍDICO
“Efeitos jurídicos são determinados pela vontade humana”
“É a declaração de vontade emitida em obediência aos seus pressupostos de existência,
validade e eficácia, cujo propósito deve ser o de produzir efeitos lícitos”
ATO-FATO JURÍDICO
EXISTÊNCIA:
•• Sujeito
•• Vontade
•• Objeto
•• Forma
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VALIDADE:
•• Capacidade
•• Livre
•• Licito e possível
•• Forma compatível com a lei.
EFICÁCIA:
•• Produção de efeitos concretos
CERTO
TERMO:
INCERTO
ESPÉCIES:
Suspensivo/inicial:
Impede o inicio da eficácia
Ex. doação a partir da data X.
Resolutivo/final:
Faz cessar a eficácia de um Negócio Jurídico.
Ex. Empréstimo com prazo final.
→ Quanto ao aperfeiçoamento:
Unilateral: Testamento
Bilateral: Contrato
Plurilateral: Constituição de uma empresa
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QUANTO AO SACRIFÍCIO PATRIMONIAL
QUANTO A FORMALIDADE
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Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, E não
for necessária a declaração de vontade expressa.
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá MAIS À INTENÇÃO NELAS CONSUBSTANCIADA do
que ao sentido literal da linguagem.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de
sua celebração.
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se ESTRITAMENTE.
Art. 121. Considera-se CONDIÇÃO a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes,
subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro E incerto.
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons
costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico,
ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:
I – as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;
II – as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;
III – as condições incompreensíveis ou contraditórias.
Art. 124. Têm-se por INEXISTENTES as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer
coisa impossível.
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se
não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto
àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem
incompatíveis. Irretroatividade da condição
suspensiva nos contratos reais
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico,
podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela
se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo
disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis
com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé.
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Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for
maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário,
não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu
implemento.
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido
praticar os atos destinados a conservá-lo. Atos conservatórios
Art. 131. O TERMO inicial SUSPENDE O EXERCÍCIO, MAS NÃO A AQUISIÇÃO DO DIREITO.
Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o
dia do começo, e incluído o do vencimento.
§ 1º Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte
dia útil.
§ 2º MEADO considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.
CONTAGEM DE PRAZO
Art. 136. O ENCARGO NÃO SUSPENDE A AQUISIÇÃO NEM O EXERCÍCIO DO DIREITO, salvo quando
expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo
determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.
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DO ERRO/IGNORÂNCIA
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro
substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias
do negócio.
Art. 139. O erro é substancial quando:
I – interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das
qualidades a ele essenciais;
II – concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de
vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III – sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal
do negócio jurídico.
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em
que o é a declaração direta.
Art. 142. O ERRO DE INDICAÇÃO DA PESSOA OU DA COISA, a que se referir a declaração de vontade,
não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa
ou pessoa cogitada.
Art. 143. O ERRO DE CÁLCULO apenas autoriza a retificação da declaração de vontade.
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a
manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do
manifestante.
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DO DOLO
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu
despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de
fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem
ela o negócio não se teria celebrado.
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem
aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o
negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder
civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante
convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio,
ou reclamar indenização.
DA COAÇÃO
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado
temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com
base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o
temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples
temor reverencial.
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter
conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e
danos.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que
aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas
as perdas e danos que houver causado ao coacto.
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Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-
se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação
excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá
segundo as circunstâncias.
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se
obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que
foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a
parte favorecida concordar com a redução do proveito.
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Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à
manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de
sua família.
Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do
acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores.
Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais,
mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da
preferência ajustada.
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Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o
fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é ANULÁVEL o negócio jurídico:
I – por incapacidade RELATIVA do agente;
II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Art. 172. O negócio ANULÁVEL pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado E a vontade expressa
de mantê-lo.
Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo
devedor, ciente do vício que o inquinava.
Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos termos dos
arts. 172 a 174, importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele dispusesse o
devedor.
Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será validado
se este a der posteriormente.
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício;
só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de
solidariedade ou indivisibilidade.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico,
contado:
I – no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se
realizou o negócio jurídico;
III – no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para
pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação,
invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de
obrigar-se, declarou-se maior.
Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não
provar que reverteu em proveito dele a importância paga.
Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se
achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.
Art. 183. A INVALIDADE do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder
provar-se por outro meio.
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Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade PARCIAL de um negócio jurídico não o
prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das
obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal.
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a PRETENSÃO, a qual se extingue, pela prescrição,
nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.
Art. 191. A RENÚNCIA DA PRESCRIÇÃO pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, DEPOIS QUE A PRESCRIÇÃO SE CONSUMAR; tácita é a renúncia quando se
presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Art. 192. Os prazos de prescrição NÃO podem ser alterados por acordo das partes.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou
representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
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SUPENSÃO E INTERRUPÇÃO DA
PRESCRIÇÃO SÃO SINÔNIMOS?
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a
promover no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III – por protesto cambial;
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
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VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do
direito pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu,
ou do último ato do processo para a interromper.
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a
interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.
§ 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a
interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
§ 2º A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os
outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.
§ 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.
PRAZOS PRESCRICIONAIS
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Art. 206. Prescreve:
§ 1º Em um ano:
I – a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio
estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II – a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para
responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este
indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III – a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos,
pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV – a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação
do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o
laudo;
V – a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado
o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
§ 2º Em 2 ANOS, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se
vencerem.
§ 3º Em 3 ANOS:
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DA DECADÊNCIA
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem,
suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
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Art. 210. Deve o juiz, DE OFÍCIO, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer
grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
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AULA 04
ATOS ILÍCITOS
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito E
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, EXCEDE
MANIFESTAMENTE OS LIMITES impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes.
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e a
REGRA GERAL (Art. 240 CPC/15)
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EXCLUDENTES DE ILICITUDE
•• LEGÍTIMA DEFESA
•• EXERCÍCIO REGULAR DE UM
DIREITO RECONHECIDO
•• ESTADO DE NECESSIDADE
DA RESPONSABILIDADE CIVIL
REQUISITOS:
•• Ação comissiva ou omissiva (violação de um direito)
•• Dano
•• Nexo causal
→ RESPONSABILIDADE SUBJETIVA X OBJETIVA
→ TEORIAS DO RISCO: risco integral, risco-proveito e teoria do risco criado.
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Estado de necessidade
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados
do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá
o AUTOR DO DANO ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano
(art. 188, inciso I).
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os EMPRESÁRIOS INDIVIDUAIS E AS
EMPRESAS respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos
em circulação.
Responsabilidade Objetiva /
Teoria do risco
I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II – o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do
trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro,
mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V – os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente
quantia.
Espécie de culpa objetiva dos responsáveis
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de
sua parte, RESPONDERÃO PELOS ATOS PRATICADOS PELOS TERCEIROS ALI REFERIDOS.
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Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele
por quem pagou, SALVO SE O CAUSADOR DO DANO FOR DESCENDENTE SEU, ABSOLUTA OU
RELATIVAMENTE INCAPAZ.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais
sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem
decididas no juízo criminal.
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, SE NÃO PROVAR
CULPA DA VÍTIMA OU FORÇA MAIOR. Excludente de responsabilidade
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se
esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Art. 938. Aquele que HABITAR PRÉDIO, OU PARTE DELE, responde pelo dano proveniente das coisas
que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei
o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.
Culpa concorrente
Art. 946. Se a obrigação for indeterminada, e não houver na lei ou no contrato disposição fixando
a indenização devida pelo inadimplente, apurar-se-á o valor das perdas e danos na forma que a lei
processual determinar.
Art. 947. Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada, substituir-se-á pelo seu
valor, em moeda corrente.
Art. 948. No caso de HOMICÍDIO, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I – no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a
duração provável da vida da vítima.
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Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do
tratamento e dos LUCROS CESSANTES até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo
que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou
profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, INCLUIRÁ PENSÃO CORRESPONDENTE
À IMPORTÂNCIA DO TRABALHO PARA QUE SE INABILITOU, OU DA DEPRECIAÇÃO QUE ELE SOFREU.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e
paga de uma só vez.
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por
aquele que, NO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE PROFISSIONAL, POR NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA OU
IMPERÍCIA, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para
o trabalho.
SÚMULAS PERTINENTES
Súmula Vinculante 22 STF – A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações
de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas
por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuam sentença de
mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/04
Súmula 341 do STF – É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do
empregado ou preposto.
Súmula 479 do STJ – As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados
por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações
bancárias.
Súmula 227 do STJ – A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
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ISS
PORTO ALEGRE
Auditor Fiscal de Tributos Municipais
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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Edital
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA: 9.1. Lei Orgânica do Município de Porto Alegre (art. 107 a 113)
BANCA: FMP
CARGO: Auditor Fiscal
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Legislação Específica
PODERES DO MUNICÍPIO
LEGISLATIVO
EXECUTIVO
•• BANDEIRA
•• BRASÃO
•• OUTROS ATRIBUÍDOS POR LEI
Art. 4º O dia 26 de março é a data magna de Porto Alegre.
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COMPROMISSOS FUNDAMENTAIS DO MUNICÍPIO
Art. 6º O Município promoverá vida digna aos seus habitantes e será administrado com base nos
seguintes compromissos fundamentais:
I – transparência pública de seus atos;
II – moralidade administrativa;
III – participação popular nas decisões;
IV – descentralização político-administrativa;
V – prestação integrada dos serviços públicos.
AUTONOMIA MUNICIPAL
COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
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VIII – adquirir bens e serviços, inclusive mediante desapropriação por necessidade pública ou
interesse social;
IX – elaborar os planos diretores de desenvolvimento urbano, de saneamento básico e de
proteção ambiental;
X – promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
XI – estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de zoneamento urbano,
bem como as limitações urbanísticas convenientes à organização de seu território;
XII – criar, organizar e suprimir distritos e bairros, consultados os munícipes e observada a
legislação pertinente;
XIII – participar de entidade que congregue outros Municípios integrados à região, na forma
estabelecida pela lei;
XIV – regulamentar e fiscalizar a utilização dos logradouros públicos, especialmente no
perímetro urbano;
XV – sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais;
XVI – normatizar, fiscalizar e promover a coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos
sólidos domiciliares e de limpeza urbana;
XVII – dispor sobre serviço funerário e cemitérios, encarregando-se dos que forem públicos e
fiscalizando os pertencentes às entidades privadas;
XVIII – regulamentar, autorizar e fiscalizar a fixação de cartazes e anúncios publicitários de
qualquer peça destinada à venda de marca ou produto;
XIX – estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;
XX – dispor sobre depósito e venda de mercadorias apreendidas em decorrência de transgressão
à legislação municipal;
XXI – estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de serviços públicos;
Parágrafo Único – Para efeito do disposto no inciso XVIII, considera-se publicitária toda peça de
propaganda destinada à venda de marca ou produto comercial.
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IV – administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças e dispor
sobre sua aplicação;
V – desapropriar, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos casos
previstos em lei;
VI – constituir a Guarda Municipal, destinada à proteção dos bens, serviços e instalações
municipais, conforme dispuser a lei;
VII – constituir serviços civis auxiliares de combate ao fogo, de prevenção de incêndios e de
atividades de defesa civil, na forma da lei;
VIII – implantar, regulamentar, administrar e gerenciar equipamentos públicos de abastecimento
alimentar;
IX – prover a defesa da flora e da fauna e o controle da poluição ambiental;
X – preservar os bens e locais de valor histórico, cultural ou científico;
XI – dispor sobre os registros, vacinação e captura de animais, vedadas quaisquer práticas de
tratamento cruel;
XII – ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horário, para atendimento ao público,
de estabelecimentos bancários, industriais, comerciais e similares, observadas as normas
federais e estaduais pertinentes.
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Art. 14 Os bens de USO COMUM do povo devem ter sempre um conjunto mínimo de elementos
naturais ou de obras de urbanização que caracterizem sua destinação.
Parágrafo Único – As áreas verdes podem ser cultivadas e mantidas com a participação da
comunidade.
Art. 15 O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão, permissão ou
autorização, conforme o caso, atendido o interesse público, coletivo ou social, nas seguintes
condições:
I – a concessão de direito real de uso de bens dominiais para uso especial far-se-á MEDIANTE
CONTRATO, sob pena de nulidade do ato, e será sempre precedida de concorrência pública;
II – a concessão de direito real de uso de bens de uso comum somente poderá ser outorgada
MEDIANTE LEI e para finalidade de habitação e educação ou assistência social;
III – a permissão será feita por decreto;
IV – a autorização será feita, por decreto, pelo prazo máximo de 90 dias.
Parágrafo Único – Em qualquer hipótese, o Poder Público promoverá ampla discussão com a
comunidade local.
CARGOS PÚBLICOS
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CARGOS PÚBLICOS E SUA ADMISSÃO
GRAU DE PARENTALIDADE
AVÔ
TIO
PAI
PRIMO
PARTE
Art. 19-A Ficam proibidas a nomeação ou a designação para cargo em comissão ou função de
direção, chefia ou assessoramento, na administração direta e na administração indireta, de pessoa
que seja inelegível em razão de atos ilícitos, nos termos da legislação federal. (Redação acrescida
pela Emenda à Lei Orgânica nº 33/2011)
Art. 20 Integram a ADMINISTRAÇÃO INDIRETA as autarquias, as sociedades de economia mista, as
empresas públicas e as fundações instituídas e mantidas pelo Município.
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DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
Art. 30 Todo cidadão, no gozo de suas prerrogativas constitucionais, poderá prestar concurso para
preenchimento de cargos da administração pública municipal, na forma que a Lei estabelecer.
Art. 31 São direitos dos servidores do Município, além de outros previstos nesta Lei Orgânica, na
Constituição Federal e nas leis:
I – padrão referencial básico, vinculativo de todos os padrões de vencimento, nunca inferior ao
salário mínimo fixado pela União para os trabalhadores urbanos e rurais;
II – irredutibilidade de vencimentos e salários;
III – vencimento básico inicial não inferior ao salário profissional estabelecido em legislação
federal para a respectiva categoria;
III – participação de representante sindical nas comissões de sindicância e inquérito que
apurarem falta funcional;
IV – livre acesso à associação sindical;
V – desempenho, com dispensa das atividades funcionais e sem qualquer prejuízo para sua
situação funcional ou retribuição pecuniária, de mandato como dirigentes ou representantes
eleitos do Sindicato dos Municipários, mediante solicitação deste; (Inciso declarado
inconstitucional – Tribunal de Justiça/RS – Acórdão de 19.11.90)
VI – licença-maternidade;
VII – licença-paternidade, na forma da lei;
IX – extensão, ao servidor público adotante, dos direitos que assistem ao pai e à mãe naturais,
na forma da lei;
X – participação em reuniões no local de trabalho, na forma da lei;
XI – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII – abono familiar diferenciado, inversamente proporcional ao padrão de vencimento, e
complementação do salário-família na quota-parte correspondente ao nível em que se situe o
servidor não-integrante dos quadros de provimento efetivo regidos estatutariamente;
XIII – duração normal do trabalho não superior a seis horas diárias e trinta semanais, facultada
a compensação de horários e a redução da jornada, conforme estabelecido em lei;
XIV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos sábados e domingos;
XV – remuneração do serviço extraordinário, superior, no mínimo em 50%, à da hora normal;
XVI – remuneração do trabalho em sábados, domingos, feriados e pontos facultativos superior,
no mínimo em 100%, à da jornada normal, sem prejuízo da folga compensatória; (Inciso
declarado inconstitucional – Tribunal de Justiça/RS – Acórdão de 26.11.90)
XVII – gozo das férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a
retribuição total e pagamento antecipado;
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XVIII – recusa de execução do trabalho quando não houver redução dos riscos a ele inerentes
por meio de normas de saúde, higiene e segurança, ou no caso de não ser fornecido o
equipamento de proteção individual;
XIX – igualdade de retribuição pelo exercício de funções idênticas e uniformidade de critérios
de admissão, vedada a discriminação por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XX – adicional sobre a retribuição pecuniária para atividades penosas, insalubres ou perigosas,
na forma da lei;
XXI – auxílio-transporte, auxílio-refeição, auxílio-creche e adicional por difícil acesso ao local do
trabalho, nos termos da lei;
XXII – disponibilidade com remuneração integral, até adequado aproveitamento em outro
cargo, quando extinto o que ocupava ou se declarada a desnecessidade deste.
Parágrafo Único – Ao Município, inclusive às entidades de sua administração indireta, é vedado
qualquer ato de discriminação sindical em relação a seus servidores e empregados, bem como
influência nas respectivas organizações.
Art. 32 Aos servidores da administração direta e indireta que concorram a CARGOS ELETIVOS,
inclusive no caso previsto no art. 24 e no de mandato sindical, é garantida a estabilidade a partir
da data do registro do candidato ATÉ 1 ANO após o término do mandato, ou ATÉ 180 DIAS após a
publicação dos resultados EM CASO DE NÃO SEREM ELEITOS.
Parágrafo Único – Enquanto durar o mandato, o órgão empregador recolherá mensalmente as
obrigações sociais e garantirá ao servidor ou empregado os serviços médicos e previdenciários
dos quais era beneficiário antes de se eleger.
Art. 33 O regime jurídico dos servidores da administração centralizada do Município, das autarquias
e fundações por ele instituídas será único e estabelecido em estatuto, através de Lei complementar,
observados os princípios e normas da Constituição Federal e desta Lei Orgânica.
Art. 34 Fixada a isonomia de vencimentos, será vedado conceder aumento ou reajuste de
vencimentos ou realizar reclassificações que privilegiem categorias funcionais em preterição de
outras, devendo as correções ou ajustes, sempre que necessários, em razão das condições da
execução do trabalho, ser feitos quando da revisão geral do sistema.
Art. 36 Os vencimentos e vantagens dos cargos e funções de atribuições iguais do Poder Legislativo
não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Art. 37 Fica vedada, no Município, a instituição de gratificações, PRA NÃO ESQUECER
bonificações ou prêmios aos servidores a título de retribuição
por execução de tarefa que constitua atribuição de cargos ou funções.
Art. 38 Os servidores somente serão indicados a participar em cursos de especialização ou
capacitação técnica profissional custeados pelo Município quando houver correlação entre o
conteúdo programático de tais cursos com as atribuições do cargo exercido ou outro integrante
da mesma carreira, além de conveniência para o serviço.
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§ 1º Quando sem ônus para o Município, o servidor interessado requererá liberação.
§ 2º Não será pontuado título de curso que não guarde correlação com as atribuições do cargo.
Art. 41 As obrigações pecuniárias do Município para com seus servidores e pensionistas não
cumpridas até o último dia do mês da aquisição do direito serão liquidadas com correção pelos
índices que forem aplicáveis para a revisão geral da remuneração dos servidores municipais, sem
prejuízo da responsabilidade administrativa e penal da autoridade que dê motivo ao atraso.
Art. 42 O tempo de serviço público federal, estadual e municipal prestado à administração pública
direta e indireta será contado INTEGRALMENTE para fins de aposentadoria e disponibilidade.
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DO PODER LEGISLATIVO
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REUNIÕES DA CÂMARA MUNICIPAL
LEGISLATURA
SESSÃO LEGISLATIVA
MAIORIA SIMPLES
MAIORIA ABSOLUTA
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DAS CPI’S
Art. 59 As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento, serão criadas para apuração de FATO
DETERMINADO e POR PRAZO CERTO, mediante requerimento de 1/3 dos Vereadores.
Parágrafo Único – As conclusões das comissões parlamentares de inquérito serão
encaminhadas, se for o caso, no prazo de até 30 dias, ao Ministério Público.
Art. 60 Todos os órgãos do Município têm de prestar, no prazo de 15 dias, as informações solicitadas
por quaisquer comissões instaladas por Vereador.
FISCALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
DOS VEREADORES
Art. 65 Os Vereadores são INVIOLÁVEIS por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato
E na circunscrição do Município.
Parágrafo Único – Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações
recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiarem ou deles receberem informações.
Art. 66 Os Vereadores não poderão:
I – DESDE A EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA, firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito
público, sociedade de economia mista, autarquia, empresa pública ou empresa que preste
serviço público por delegação, no âmbito e em operações de crédito, salvo quando o contrato
obedecer a cláusulas uniformes;
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II – DESDE A POSSE:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa de direito público no Município, ou nela exercer função remunerada;
b) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I;
c) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo;
III – no exercício do mandato, votar em assunto de seu particular interesse nem no de seus
ascendentes, descendentes ou colaterais, consangüíneos ou afins, ATÉ O SEGUNDO GRAU.
Art. 67 Perderá o mandato o Vereador:
I – que perder ou tiver suspensos os direitos Perda será declarada pela mesa, de ofício, mediante
políticos; provocação de qualquer de seus membros ou de partido
político representado na Casa
II – quando o decretar a Justiça Eleitoral;
III – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado nos delitos que
impeçam o acesso à função pública; Perda do mandato será decidida pela Câmara Municipal,
por MAIORIA ABSOLUTA, mediante provocação da Mesa
IV – que fixar residência fora do Município; ou de partido político representado na Casa
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Art. 70 Os Vereadores têm livre acesso aos órgãos da administração direta e indireta do Município,
MESMO SEM PRÉVIO AVISO.
Art. 71 O Vereador que, sem justo motivo e não estando em gozo de licença, deixar de comparecer
às sessões da Câmara Municipal terá descontado 1/30 avos de sua remuneração por sessão.
DO PROCESSO LEGISLATIVO
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Art. 76 Serão objeto de LEI COMPLEMENTAR os códigos, o estatuto dos funcionários públicos, as
leis dos planos diretores, bem como outras matérias previstas nesta Lei Orgânica.
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SANÇÃO/VETO NO SISTEMA LEGISLATIVO DE PORTO ALEGRE
48 Hrs
Art. 83 O Presidente da Câmara Municipal ou seu substituto só terá voto na eleição da Mesa ou em
matérias que exigirem, para sua aprovação:
a) maioria absoluta;
b) dois terços dos membros da Câmara Municipal;
c) o voto de desempate.
Art. 84 Nos 180 dias que antecedem o término do mandato do Prefeito, é VEDADA a apreciação de
projeto de Lei que importe:
I – alienação gratuita de bens municipais;
II – perda do controle acionário pelo Poder Público ou privatização de atividade que venha
sendo exercida por esse, direta ou indiretamente.
DO PODER EXECUTIVO
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ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
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IX – representar o Município;
X – contrair empréstimos, mediante prévia autorização da Câmara Municipal;
XI – decretar desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou interesse social;
XII – administrar os bens e as rendas municipais, e promover o lançamento, a fiscalização e a
arrecadação de tributos;
XIII – propor o arrendamento, o aforamento ou a alienação de próprios mediante prévia
autorização da Câmara Municipal;
XIV – propor convênios, ajustes e contratos de interesse do Município;
XV – propor a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;
XVI – propor a ação direta de inconstitucionalidade;
XVII – decretar estado de calamidade pública;
XVIII – subscrever ou adquirir ações, e realizar ou aumentar capital de sociedade de economia
mista ou de empresa pública, desde que haja recursos hábeis, mediante autorização da Câmara
Municipal;
XIX – indicar entidades civis sem fins lucrativos para tarefas de fiscalização, a serem exercidas
em conjunto com os órgãos públicos municipais, os quais não se eximem de suas atribuições de
fiscalização;
XX – manifestar-se, dentro do prazo de trinta dias, prorrogáveis, justificadamente, por mais
quinze dias, quanto à viabilidade de atendimento de proposição solicitada pela Câmara
Municipal através de Pedido de Providências.
XXI – enviar à Câmara Municipal de Porto Alegre, nos 60 dias que antecederem o término de seu
mandato, documento firmado contendo a relação de todos os programas e projetos aprovados
e ainda não implementados e dos programas e projetos que estiverem em andamento no
Município de Porto Alegre, relativos a políticas públicas.
XXII – apresentar, em até 90 dias após a data de sua posse, o Programa de Metas, que
compreenderá os 4 anos de sua gestão, devendo conter as prioridades, os indicadores de
desempenho e as metas quantitativas e qualitativas para cada um dos eixos estratégicos de
políticas públicas estabelecidos para a Administração Municipal.
Art. 95 O Prefeito poderá solicitar URGÊNCIA nos projetos de Lei de sua iniciativa, caso em que
deverão ser apreciados em 45 dias.
§ 1º Asolicitação de urgência poderá ser feita em qualquer fase de andamento do processo.
§ 2º Na falta de deliberação sobre o projeto no prazo previsto, será ele incluído na ordem do
dia, sobrestada a deliberação de qualquer outro assunto até que se ultime a votação.
§ 3º O prazo de que trata este artigo será suspenso durante o recesso parlamentar.
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DA SOBERANIA POPULAR
Art. 97 A soberania popular se manifesta quando a todos são asseguradas condições dignas de
existência e será exercida:
I – pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos;
II – pelo PLEBISCITO;
III – pelo REFERENDO;
IV – pela iniciativa popular;
V – pela participação popular nas decisões do Município e no aperfeiçoamento democrático de
suas instituições;
VI – pela ação fiscalizadora sobre a administração pública;
VII – pela tribuna popular.
DA INICIATIVA POPULAR
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PLEBISCITO, REFERENDO E TRIBUNA POPULAR
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Legislação Específica
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III – organizar e prestar diretamente ou sob XV – sinalizar as vias urbanas e as estradas
regime de concessão ou permissão, sempre municipais;
através de licitação, os serviços públicos de
interesse local e os que possuem caráter es- XVI – normatizar, fiscalizar e promover a co-
sencial, bem como dispor sobre eles; leta, o transporte e a destinação final dos
resíduos sólidos domiciliares e de limpeza
IV – licenciar para funcionamento os esta- urbana;
belecimentos comerciais, industriais, de
serviços e similares, mediante expedição de XVII – dispor sobre serviço funerário e ce-
alvará de localização; mitérios, encarregando-se dos que forem
públicos e fiscalizando os pertencentes às
V – suspender ou cassar o alvará de localiza- entidades privadas;
ção do estabelecimento que infringir dispo-
sitivos legais; XVIII – regulamentar, autorizar e fiscalizar
a fixação de cartazes e anúncios publicitá-
VI – organizar o quadro e estabelecer o regi- rios de qualquer peça destinada à venda de
me único para seus servidores; marca ou produto;
VII – dispor sobre a administração, utili- XIX – estabelecer e impor penalidades por
zação e alienação de seus bens, tendo em infração de suas leis e regulamentos;
conta o interesse público;
XX – dispor sobre depósito e venda de mer-
VIII – adquirir bens e serviços, inclusive me- cadorias apreendidas em decorrência de
diante desapropriação por necessidade pú- transgressão à legislação municipal;
blica ou interesse social;
IX – elaborar os planos diretores de desen- XXI – estabelecer servidões administrativas
volvimento urbano, de saneamento básico necessárias à realização de serviços públi-
e de proteção ambiental; cos;
XII – criar, organizar e suprimir distritos e II – prover a tudo quanto concerne ao in-
bairros, consultados os munícipes e obser- teresse local, tendo como objetivo o pleno
vada a legislação pertinente; desenvolvimento de suas funções sociais,
promovendo o bem-estar de seus habitan-
XIII – participar de entidade que congregue tes;
outros Municípios integrados à região, na
forma estabelecida pela lei; III – estabelecer suas leis, decretos e atos
relativos aos assuntos de interesse local;
XIV – regulamentar e fiscalizar a utilização
dos logradouros públicos, especialmente no IV – administrar seus bens, adquiri-los e
perímetro urbano; aliená-los, aceitar doações, legados e he-
ranças e dispor sobre sua aplicação;
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§ 2º Em casos de reconhecido interesse pú- CAPÍTULO III
blico e caráter social, o Município também DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
poderá realizar concessões reais de uso de
seus bens dominiais, contendo elas sempre Art. 17. A administração pública direta e indi-
cláusulas de reversão desses bens. reta do Município observará os princípios da
§ 3º O Município revogará as doações que legalidade, da moralidade, da impessoalidade,
tiverem destinação diversa da ajustada em da publicidade, da economicidade, da razoabili-
contrato ou as que não cumpriram as finali- dade, da legitimidade e da participação popular,
dades no prazo de quatro anos. e o seguinte: (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 14/1998)
Art. 14. Os bens de uso comum do povo devem I – a Lei especificará os cargos e funções
ter sempre um conjunto mínimo de elementos cujos ocupantes, ao assumi-los e ao deixá-
naturais ou de obras de urbanização que carac- -los, devem declarar os bens que compõem
terizem sua destinação. seu patrimônio, podendo estender esta exi-
Parágrafo Único. As áreas verdes podem ser gência aos detentores de funções diretivas
cultivadas e mantidas com a participação da e empregos na administração indireta;
comunidade. II – a Lei estabelecerá os casos de contra-
Art. 15. O uso de bens municipais por terceiros tação de pessoal por tempo determinado
poderá ser feito mediante concessão, permis- para atender a necessidade temporária de
são ou autorização, conforme o caso, atendido excepcional interesse público;
o interesse público, coletivo ou social, nas se- III – a Lei reservará percentual de cargos e
guintes condições: empregos públicos para as pessoas porta-
I – a concessão de direito real de uso de doras de deficiência e definirá os critérios
bens dominiais para uso especial far-se-á de sua admissão.
mediante contrato, sob pena de nulidade Art. 18. Os ocupantes de cargos eletivos, Secre-
do ato, e será sempre precedida de concor- tários, Presidentes e Diretores de autarquias,
rência pública; fundações, empresas públicas e de economia
II – a concessão de direito real de uso de mista apresentarão declaração de bens no dia
bens de uso comum somente poderá ser da posse, nos finais de mandato e nos casos de
outorgada mediante Lei e para finalidade de exoneração ou aposentadoria.
habitação e educação ou assistência social; Art. 19. A investidura em cargo ou emprego pú-
III – a permissão será feita por decreto; blico, bem como a admissão de empregados na
administração indireta e empresas subsidiárias
IV – a autorização será feita, por decreto, dependerão de aprovação prévia em concurso
pelo prazo máximo de noventa dias. público de provas e títulos, ressalvadas as no-
meações para cargos de provimento em comis-
Parágrafo Único. Em qualquer hipótese, o
são, declarados em Lei de livre nomeação e exo-
Poder Público promoverá ampla discussão
neração.
com a comunidade local.
Parágrafo Único. Os cargos em comissão te-
Art. 16. Reverterão ao Município, ao termo da
rão número e remuneração certos, não se-
vigência de toda concessão para o serviço pú-
rão organizados em carreira e não poderão
blico local, com privilégio exclusivo, todos os
ser ocupados por cônjuge, companheiro ou
bens materiais do mesmo serviço, independen-
parente em linha reta, colateral ou por afini-
temente de qualquer indenização.
dade, até o terceiro grau, inclusive, ficando
vedadas, ainda, as designações recíprocas:
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Parágrafo único. As empresas públicas e as VII – licença-maternidade; (Redação acres-
sociedades de economia mista disponibi- cida pela Emenda à Lei Orgânica nº 09/1994,
lizarão as suas demonstrações financeiras renumerando-se os incisos subsequentes)
anuais na internet, até o final do primeiro
quadrimestre do ano subsequente, com VIII – licença-paternidade, na forma da lei;
acesso irrestrito à população. (Redação IX – extensão, ao servidor público adotante,
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº dos direitos que assistem ao pai e à mãe na-
44/2018) turais, na forma da lei;
X – participação em reuniões no local de
CAPÍTULO IV trabalho, na forma da lei;
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS XI – remuneração do trabalho noturno su-
perior à do diurno;
Art. 30. Todo cidadão, no gozo de suas prerro-
gativas constitucionais, poderá prestar concurso XII – abono familiar diferenciado, inversa-
para preenchimento de cargos da administração mente proporcional ao padrão de venci-
pública municipal, na forma que a Lei estabele- mento, e complementação do salário-famí-
cer. lia na quota-parte correspondente ao nível
em que se situe o servidor não-integrante
Art. 31. São direitos dos servidores do Municí- dos quadros de provimento efetivo regidos
pio, além de outros previstos nesta Lei Orgânica, estatutariamente; (Vide Arguição de Incons-
na Constituição Federal e nas leis: titucionalidade nº 595001587)
I – padrão referencial básico, vinculativo de XIII – duração normal do trabalho não su-
todos os padrões de vencimento, nunca in- perior a seis horas diárias e trinta semanais,
ferior ao salário mínimo fixado pela União facultada a compensação de horários e a
para os trabalhadores urbanos e rurais; redução da jornada, conforme estabelecido
em lei;
II – irredutibilidade de vencimentos e salá-
rios; XIV – repouso semanal remunerado, prefe-
rencialmente aos sábados e domingos;
III – vencimento básico inicial não inferior
ao salário profissional estabelecido em le- XV – remuneração do serviço extraordiná-
gislação federal para a respectiva categoria; rio, superior, no mínimo em cinqüenta por
(Inciso declarado inconstitucional – Tribunal cento, à da hora normal;
de Justiça/RS – Acórdão de 20.05.91)
XVI – remuneração do trabalho em sába-
IV – participação de representante sindical dos, domingos, feriados e pontos facultati-
nas comissões de sindicância e inquérito vos superior, no mínimo em cem por cento,
que apurarem falta funcional; à da jornada normal, sem prejuízo da folga
compensatória; (Inciso declarado inconsti-
V – livre acesso à associação sindical;
tucional – Tribunal de Justiça/RS – Acórdão
VI – desempenho, com dispensa das ativi- de 26.11.90)
dades funcionais e sem qualquer prejuízo
XVII – gozo das férias anuais remuneradas
para sua situação funcional ou retribuição
com, pelo menos, um terço a mais do que
pecuniária, de mandato como dirigentes ou
a retribuição total e pagamento antecipado;
representantes eleitos do Sindicato dos Mu-
nicipários, mediante solicitação deste; (Inci- XVIII – recusa de execução do trabalho
so declarado inconstitucional – Tribunal de quando não houver redução dos riscos a
Justiça/RS – Acórdão de 19.11.90) ele inerentes por meio de normas de saúde,
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higiene e segurança, ou no caso de não ser Art. 34. Fixada a isonomia de vencimentos, será
fornecido o equipamento de proteção indi- vedado conceder aumento ou reajuste de ven-
vidual; cimentos ou realizar reclassificações que privi-
XIX – igualdade de retribuição pelo exercí- legiem categorias funcionais em preterição de
cio de funções idênticas e uniformidade de outras, devendo as correções ou ajustes, sem-
critérios de admissão, vedada a discrimina- pre que necessários, em razão das condições da
ção por motivo de sexo, idade, cor ou esta- execução do trabalho, ser feitos quando da revi-
do civil; são geral do sistema.
XX – adicional sobre a retribuição pecuniá- Art. 35. Os acréscimos remuneratórios por tem-
ria para atividades penosas, insalubres ou po de serviço incidirão sobre a remuneração
perigosas, na forma da lei; integral dos servidores municipais, exceto fun-
ções gratificadas e cargos em comissão não in-
XXI – auxílio-transporte, auxílio-refeição, corporados. (Artigo declarado inconstitucional
auxílio-creche e adicional por difícil acesso – Tribunal de Justiça/RS – Acórdão de 12.09.94)
ao local do trabalho, nos termos da lei; (Vide Arguição de Inconstitucionalidade nº
XXII – disponibilidade com remuneração 595001587)
integral, até adequado aproveitamento em
outro cargo, quando extinto o que ocupava Art. 36. Os vencimentos e vantagens dos cargos
ou se declarada a desnecessidade deste. e funções de atribuições iguais do Poder Legisla-
tivo não poderão ser superiores aos pagos pelo
Parágrafo Único. Ao Município, inclusive às Poder Executivo.
entidades de sua administração indireta, é
vedado qualquer ato de discriminação sin- Art. 37. Fica vedada, no Município, a instituição
dical em relação a seus servidores e empre- de gratificações, bonificações ou prêmios aos
gados, bem como influência nas respectivas servidores a título de retribuição por execução
organizações. de tarefa que constitua atribuição de cargos ou
funções.
Art. 32. Aos servidores da administração direta
e indireta que concorram a cargos eletivos, in- Parágrafo Único. A Lei assegurará, ao servi-
clusive no caso previsto no art. 24 e no de man- dor que, por um qüinqüênio completo, não
dato sindical, é garantida a estabilidade a par- houver interrompido a prestação de servi-
tir da data do registro do candidato até um ano ços ao Município e revelar assiduidade, li-
após o término do mandato, ou até cento e oi- cença-prêmio de três meses, que poderá ser
tenta dias após a publicação dos resultados em gozada, contada em dobro como tempo de
caso de não serem eleitos. serviço ou convertida em pecúnia. (Expres-
são “ou convertida em pecúnia” declarada
Parágrafo Único. Enquanto durar o manda- inconstitucional – Tribunal de Justiça/RS –
to, o órgão empregador recolherá mensal- Acórdão de 19.11.90. ADIn nº 590034336)
mente as obrigações sociais e garantirá ao
servidor ou empregado os serviços médicos Art. 38. Os servidores somente serão indicados
e previdenciários dos quais era beneficiário a participar em cursos de especialização ou ca-
antes de se eleger. pacitação técnica profissional custeados pelo
Município quando houver correlação entre o
Art. 33. O regime jurídico dos servidores da ad- conteúdo programático de tais cursos com as
ministração centralizada do Município, das autar- atribuições do cargo exercido ou outro integran-
quias e fundações por ele instituídas será único te da mesma carreira, além de conveniência
e estabelecido em estatuto, através de Lei com- para o serviço.
plementar, observados os princípios e normas da
Constituição Federal e desta Lei Orgânica. § 1º Quando sem ônus para o Município, o
servidor interessado requererá liberação.
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§ 2º Não será pontuado título de curso que b) aos trinta anos de efetivo exercício em
não guarde correlação com as atribuições funções de magistério, se professor, e vinte
do cargo. e cinco, se professora, com proventos inte-
grais;
Art. 39. O pagamento mensal da retribuição dos
servidores, dos proventos e das pensões será c) aos trinta anos de serviço, se homem, e
realizado até o último dia útil do mês a que cor- aos vinte e cinco, se mulher, com proventos
responder. proporcionais a esse tempo;
Art. 40. O décimo-terceiro salário, estipêndio, d) aos sessenta e cinco anos de idade, se
provento e pensão serão pagos até o dia 20 de homem, e aos sessenta, se mulher, com
dezembro, facultada a antecipação, na forma da proventos proporcionais ao tempo de servi-
lei. ço.
Art. 41. As obrigações pecuniárias do Municí- § 1º A Lei disporá sobre a aposentadoria em
pio para com seus servidores e pensionistas não cargos ou empregos temporários.
cumpridas até o último dia do mês da aquisição
do direito serão liquidadas com correção pelos § 2º Os proventos e pensões serão revis-
índices que forem aplicáveis para a revisão geral tos, na mesma proporção e na mesma data,
da remuneração dos servidores municipais, sem sempre que se modificar a remuneração dos
prejuízo da responsabilidade administrativa e servidores em atividade, sendo também es-
penal da autoridade que dê motivo ao atraso. tendidos aos inativos quaisquer benefícios
ou vantagens posteriormente concedidos
Art. 42. O tempo de serviço público federal, es- aos servidores em atividade, inclusive quan-
tadual e municipal prestado à administração pú- do decorrentes da transformação ou reclas-
blica direta e indireta será contado integralmen- sificação do cargo ou função em que se deu
te para fins de aposentadoria e disponibilidade. a aposentadoria.
Art. 43. O servidor será aposentado: § 3º Na contagem do tempo para a aposen-
tadoria do servidor aos trinta e cinco anos
I – por invalidez permanente, sendo os pro- de serviço, e da servidora aos trinta, o perí-
ventos integrais quando decorrente de aci- odo de exercício de atividades que assegu-
dente em serviço, moléstia profissional ou rem direito à aposentadoria especial será
doença grave, contagiosa ou incurável, es- acrescido de um sexto e de um quinto res-
pecificadas em lei, e proporcionais aos de- pectivamente.
mais casos;
Art. 44. O professor ou professora que trabalhe
II – compulsoriamente, aos setenta anos no atendimento de excepcionais poderá, a pedi-
de idade, com proventos proporcionais ao do, após vinte anos de efetivo exercício em re-
tempo de serviço; gência de classe, completar seu tempo de servi-
III – especialmente, aos vinte e cinco anos ço em outras atividades pedagógicas no ensino
de serviço, quando trabalhar em atividade público municipal, as quais serão consideradas
insalubre ou perigosa reconhecida por lei; como de efetiva regência.
(Inciso declarado inconstitucional – Tribunal Art. 45. Decorridos trinta dias da data em que
de Justiça/RS – Acórdão de 21.06.93) tiver sido protocolado o requerimento da apo-
IV – voluntariamente: sentadoria, o servidor público será considerado
em licença especial, podendo afastar-se do ser-
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se ho- viço, salvo se antes tiver sido cientificado do in-
mem, e aos trinta, se mulher, com proven- deferimento do pedido.
tos integrais;
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Art. 52. No primeiro ano de cada legislatura, II – matéria orçamentária: plano plurianual,
cuja duração coincide com a do mandato do Ve- diretrizes orçamentárias, orçamento anual,
reador, a Câmara Municipal reunir-se-á no dia operações de crédito e dívida pública;
estabelecido em lei, para dar posse aos Verea-
dores, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, eleger sua III – planejamento urbano: planos diretores,
Mesa, a Comissão Representativa e as Comis- em especial planejamento e controle do
sões Permanentes e para indicar as lideranças parcelamento, uso e ocupação do solo;
de bancadas. (Redação dada pela Emenda à Lei IV – organização do território municipal: es-
Orgânica nº 25/2007) pecialmente divisão em distritos, observada
Art. 53. As deliberações da Câmara Municipal e a legislação estadual, e delimitação do perí-
de suas Comissões, salvo disposição em contrá- metro urbano;
rio nas Constituições Federal e Estadual e nesta V – bens imóveis municipais: concessão de
Lei Orgânica que exijam "quorum" qualificado, uso, retomada de bens cedidos às institui-
serão tomadas por maioria de votos, presente a ções filantrópicas e de utilidade pública,
maioria de seus membros. com a finalidade da prática de programas
Parágrafo Único. As deliberações serão pú- de relevante interesse social, alienação e
blicas, através de chamada nominal ou por aquisição, salvo quando se tratar de doa-
votação simbólica. ção, sem encargo, ao Município;
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III – receber petições, reclamações, repre- tadual, bem como pelos conselhos populares.
sentações ou queixas de qualquer pessoa (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
contra atos ou omissões das autoridades ou 35/2012)
entidades públicas;
§ 1º Serão fiscalizados nos termos deste
IV – solicitar depoimento de qualquer auto- artigo os órgãos e entidades da administra-
ridade ou cidadão; ção direta e indireta, bem como quaisquer
outras entidades constituídas ou mantidas
V – apreciar ou emitir parecer sobre progra- pelo Município.
mas de obras e planos de desenvolvimento.
§ 2º Prestará contas qualquer pessoa físi-
VI – discutir e votar, mediante parecer, pro- ca ou jurídica que utilize, arrecade, guar-
jetos que dispensem, na forma do Regimen- de, gerencie ou administre dinheiros, bens
to, a apreciação do Plenário, salvo se houver e valores públicos pelos quais o Município
requerimento de 1/6 (um sexto) dos mem- responda, ou que, em nome deste, assuma
bros da Casa. (Redação dada pela Emenda à obrigações de natureza pecuniária ou patri-
Lei Orgânica nº 43/2017) monial.
§ 3º REVOGADO. (Revogado pela Emenda à Art. 62. O controle externo, a cargo da Câmara
Lei Orgânica nº 43/2017) Municipal, será exercido com auxílio do Tribunal
Art. 59. As comissões parlamentares de inqué- de Contas do Estado, ao qual não poderá ser ne-
rito, que terão poderes de investigação próprios gada qualquer informação a pretexto de sigilo.
das autoridades judiciais, além de outros previs- Art. 63. Todo cidadão, partido político, asso-
tos no Regimento, serão criadas para apuração ciação ou sindicato poderá denunciar qualquer
de fato determinado e por prazo certo, median- irregularidade ou ilegalidade de que tenha co-
te requerimento de um terço dos Vereadores. nhecimento, vedado o anonimato.
Parágrafo Único. As conclusões das comis- Art. 64. Os Poderes Legislativo e Executivo man-
sões parlamentares de inquérito serão en- terão, de forma unificada, o sistema de contro-
caminhadas, se for o caso, no prazo de até le interno, com as atribuições estabelecidas no
trinta dias, ao Ministério Público. art. 74 da Constituição Federal, adaptadas ao
Art. 60. Todos os órgãos do Município têm de Município de Porto Alegre.(Redação dada pela
prestar, no prazo de quinze dias, as informações Emenda à Lei Orgânica nº 35/2012)
solicitadas por quaisquer comissões instaladas
por Vereador. Seção V
DOS VEREADORES
Seção IV
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, Art. 65. Os Vereadores são invioláveis por suas
opiniões, palavras e votos no exercício do man-
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA dato e na circunscrição do Município.
Art. 61. A fiscalização contábil, financeira, or- Parágrafo Único. Os Vereadores não serão
çamentária, operacional e patrimonial do Mu- obrigados a testemunhar sobre informa-
nicípio de Porto Alegre, quanto à legalidade, à ções recebidas ou prestadas em razão do
moralidade, à publicidade, à impessoalidade exercício do mandato, nem sobre as pesso-
e à economicidade, será exercida pela Câmara as que lhes confiarem ou deles receberem
Municipal de Porto Alegre, mediante contro- informações.
le externo, e pelo sistema de controle interno
unificado dos Poderes Legislativo e Executivo, Art. 66. Os Vereadores não poderão:
observado o disposto na legislação federal e es-
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Art. 69. Nos casos de perda de mandato regula- § 2º A emenda será promulgada pela Mesa
dos por esta Lei Orgânica e nos de legítimo im- da Câmara Municipal na sessão seguinte
pedimento, morte ou renúncia, o Vereador será àquela em que se der a aprovação, com o
substituído pelo suplente, exceto no período de respectivo número de ordem.
recesso parlamentar.(Redação dada pela Emen-
da à Lei Orgânica nº 27/2008) § 3º Não será objeto de deliberação a
emenda que vise a abolir as formas de exer-
Art. 70. Os Vereadores têm livre acesso aos ór- cício da soberania popular previstas nesta
gãos da administração direta e indireta do Mu- Lei Orgânica.
nicípio, mesmo sem prévio aviso.
Art. 74. A Lei Orgânica não poderá ser emenda-
Art. 71. O Vereador que, sem justo motivo e não da na vigência de intervenção estadual, de es-
estando em gozo de licença, deixar de compare- tado de defesa que abranger área do Município
cer às sessões da Câmara Municipal terá descon- ou de estado de sítio.
tado 1/30 avos de sua remuneração por sessão.
Seção VIII
Seção VI DAS LEIS
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Art. 75. A iniciativa das leis ordinárias e das leis
Art. 72. O Processo Legislativo compreende a complementares cabe:
elaboração de:
I – ao Prefeito;
I – emendas à Lei Orgânica;
II – aos Vereadores;
II – leis complementares;
III – aos cidadãos, na forma e nos casos pre-
III – leis ordinárias; vistos nesta Lei Orgânica;
IV – decretos legislativos;
IV – às Comissões da Câmara Municipal; e
V – resoluções.
V – à Mesa da Câmara Municipal, nos casos
Parágrafo Único. Lei complementar disporá específicos previstos no Regimento da Câ-
sobre a elaboração, a redação, a alteração e mara Municipal.(Redação dada pela Emen-
a consolidação dos atos normativos de que da à Lei Orgânica nº 27/2008)
trata este artigo. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 26/2008) Art. 76. Serão objeto de Lei complementar os
códigos, o estatuto dos funcionários públicos, as
Seção VII leis dos planos diretores, bem como outras ma-
DA EMENDA À LEI ORGÂNICA térias previstas nesta Lei Orgânica.
§ 1º Dos projetos de códigos e respectivas
Art. 73. A Lei Orgânica poderá ser emendada
exposições de motivos, antes de submeti-
mediante proposta:
dos à discussão da Câmara Municipal, será
I – de um terço, no mínimo, dos Vereadores; dada divulgação mais ampla possível.
II – da população, nos termos do art. 98; § 2º Os projetos de Lei complementar so-
mente serão aprovados se obtiverem maio-
III – do Prefeito Municipal. ria absoluta dos votos dos membros da
§ 1º A proposta será discutida e votada em Câmara Municipal, observados os demais
dois turnos, considerando-se aprovada se termos da votação das leis ordinárias.
obtiver, em ambos, dois terços dos votos fa-
voráveis.
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Art. 77. O projeto de lei, se aprovado, será en- Parágrafo Único. Excluem-se do disposto no
viado ao Prefeito, o qual em aquiescendo, o "caput" os projetos de iniciativa do Poder
sancionará. Executivo.
§ 1º Se o Prefeito julgar o projeto, no seu Art. 79. As resoluções e decretos legislativos far-
todo ou em parte, inconstitucional, inor- -se-ão na forma do Regimento.
gânico ou contrário ao interesse público,
vetá-lo-á total ou parcialmente, dentro de Seção IX
quinze dias úteis contados daquele em que DO PLENÁRIO E DAS DELIBERAÇÕES
o recebeu, devolvendo o projeto ou a parte
vetada ao Presidente da Câmara Municipal, Art. 80. Todos os atos da Mesa, da Presidência
dentro de quarenta e oito horas. e das comissões estão sujeitos à decisão do Ple-
nário, desde que haja recurso a este.
§ 2º O veto parcial deverá abranger o texto
integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou Art. 81. Decorrido o prazo de 45 (quarenta e
de alínea. cinco) dias do recebimento de quaisquer propo-
sições em tramitação na Câmara Municipal, seu
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o si- Presidente, a requerimento de Vereador, man-
lêncio do Prefeito importará sanção. dará incluí-las na Ordem do Dia, para serem dis-
§ 4º O veto será apreciado no prazo de trinta cutidas e votadas, independentemente de pa-
dias a contar de seu recebimento, só poden- recer, observando-se as ressalvas estabelecidas
do ser rejeitado pelo voto da maioria absolu- no Regimento da Câmara Municipal. (Redação
ta dos membros da Câmara Municipal. dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 27/2008)
§ 5º Se o veto for rejeitado, será o projeto Parágrafo Único. A proposição somente po-
enviado, para promulgação, ao Prefeito. derá ser retirada da ordem do dia se o autor
desistir do requerimento.
§ 6º Esgotado, sem deliberação, o prazo es-
tabelecido no § 4º, o veto será colocado na Art. 82. A Câmara Municipal deliberará pela
ordem do dia da sessão imediata, sobresta- maioria dos votos, presente a maioria absoluta
das as demais proposições, até sua votação dos Vereadores, salvo as exceções previstas nes-
final. ta Lei Orgânica e nos parágrafos seguintes:
§ 7º Se, nas hipóteses dos §§ 3º e 5º, a Lei § 1º Dependerá de voto favorável da maio-
não for promulgada pelo Prefeito no prazo ria absoluta dos membros da Câmara Mu-
de quarenta e oito horas, o Presidente da nicipal a aprovação das seguintes matérias:
Câmara Municipal a promulgará. I – leis complementares;
§ 8º Caso o projeto de Lei seja vetado du- II – seu Regimento;
rante o recesso da Câmara Municipal, o Pre-
feito comunicará o veto à Comissão Repre- III – criação de cargos, funções ou empregos
sentativa. públicos, aumento da remuneração, vanta-
gens, estabilidade e aposentadoria dos ser-
Art. 78. A matéria constante do projeto de Lei vidores;
rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, me- IV – REVOGADO. (Revogado pela Emenda à
diante proposta da maioria dos membros da Lei Orgânica nº 13/1997)
Câmara Municipal ou mediante a subscrição
V – obtenção de empréstimo de particular;
de cinco por cento do eleitorado do Município,
bairro ou comunidade rural, conforme o inte- VI – concessão de serviços públicos;
resse e abrangência da proposta.
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VII – concessão de direito real de uso; II – perda do controle acionário pelo Poder
Público ou privatização de atividade que ve-
VIII – alienação de bens imóveis; nha sendo exercida por esse, direta ou indi-
IX – aquisição de bens imóveis por doação retamente.
com encargo;
X – Conselhos Municipais. (Redação acresci-
da pela Emenda à Lei Orgânica nº 30/2010) CAPÍTULO VI
§ 2º Dependerá de voto favorável de dois DA ORGANIZAÇÃO, COMPETÊNCIA E
terços dos membros da Câmara Municipal a ATRIBUIÇÕES DO PODER EXECUTIVO
aprovação das seguintes matérias:
Seção I
I – rejeição de parecer prévio do Tribunal de
Contas;
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
II – cassação do mandato do Prefeito ou do Art. 85. O Município deverá organizar sua ad-
Vice-Prefeito e destituição de componentes ministração e exercer suas atividades dentro
da Mesa; de um processo de planejamento permanente,
atendendo ao interesse local e aos princípios
III – alteração dos limites do Município; técnicos adequados ao desenvolvimento inte-
grado da comunidade.
IV – alteração da denominação de próprios,
vias e logradouros públicos; (Redação acres- Parágrafo Único. Para o planejamento é ga-
cida pela Emenda à Lei Orgânica nº 13/1997, rantida a participação popular nas diversas
renumerando-se o inciso subsequente) esferas de discussão e deliberação.
V – concessão de títulos de cidadão honorá- Art. 86. O Poder Executivo definirá, em Lei com-
rio do Município; plementar, a forma como se efetivará a descen-
tralização político-administrativa que objetiva.
VI – alteração dos limites ou alteração de
regime urbanístico que compreenda a Zona Seção II
Rural do Município de Porto Alegre. (Reda-
ção acrescida pela Emenda à Lei Orgânica
DA ADVOCACIA-GERAL
nº 45/2018) Art. 87. A Advocacia-Geral do Município é ati-
Art. 83. O Presidente da Câmara Municipal ou vidade inerente ao regime de legalidade da ad-
seu substituto só terá voto na eleição da Mesa ministração pública, tendo como órgão central
ou em matérias que exigirem, para sua aprova- a Procuradoria-Geral do Município, diretamente
ção: vinculada ao Prefeito.
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Parágrafo Único. A fim de garantir a presta- Art. 92. O Prefeito poderá licenciar-se:
ção desse serviço, o Município poderá man-
ter convênios com faculdades de Direito. I – quando em serviço ou em missão de re-
presentação do Município;
Seção IV II – quando impossibilitado do exercício do
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO cargo por motivo de doença devidamente
comprovada, ou em licença-gestante, ou
Art. 89. O Poder Executivo é exercido pelo Pre- em licença paternidade;
feito, auxiliado pelo Vice-Prefeito, pelos Secre-
tários e Diretores, e os demais responsáveis pe- III – para tratar de assunto de interesse par-
los órgãos da administração direta e indireta. ticular, sem remuneração, por período de
até sessenta dias por ano.
Parágrafo Único. É assegurada a participa-
ção popular nas decisões do Poder Executi- § 1º No caso do inciso I, o Prefeito e o Vice-
vo. -Prefeito deverão comunicar à Câmara o
seu afastamento, indicando os motivos da
Art. 90. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão viagem, o roteiro e a previsão de gastos,
posse em sessão da Câmara Municipal, prestan- ficando dispensada a aprovação quando o
do o compromisso de cumprir a Lei Orgânica e afastamento for inferior a 6 (seis) dias. (Re-
as Constituições Federal e Estadual, defenden- dação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
do a justiça social e eqüidade dos munícipes. 06/1993)
§ 1º Se, decorridos dez dias da data fixada § 2º Se o afastamento for superior a 5 (cin-
para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, co) dias, dependerá de aprovação da Câma-
salvo motivo de força maior, não tiver as- ra, atendidas as exigências do § 1º. (Reda-
sumido o cargo, este será declarado vago. ção acrescida pela Emenda à Lei Orgânica
(Parágrafo Único transformado em § 1º pela nº 06/1993)
Emenda à Lei Orgânica nº 16/2000)
§ 3º O Prefeito licenciado nos casos dos in-
§ 2º Empossado, o Prefeito Municipal de- cisos I e II receberá a remuneração integral.
verá, num prazo de 30 (trinta) dias, enviar (§ 2º transformado em § 3º pela Emenda à
à Câmara Municipal de Porto Alegre docu- Lei Orgânica nº 06/1993)
mento firmado contendo as propostas de
governo apresentadas durante o período Art. 93. O Vice-Prefeito possui a atribuição de
eleitoral.(Redação acrescida pela Emenda à auxiliar a administração pública municipal, e por
Lei Orgânica nº 16/2000) ela será remunerado.
Art. 91. Substituirá o Prefeito, no caso de impe- Seção V
dimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice- DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
-Prefeito.
§ 1º No caso de impedimento conjunto do Art. 94. Compete privativamente ao Prefeito:
Prefeito e do Vice-Prefeito, assumirá o car- I – nomear e exonerar os Secretários e Dire-
go o Presidente da Câmara Municipal. (Pa- tores de departamentos do Município, e os
rágrafo Único transformado em § 1º pela demais responsáveis pelos órgãos da admi-
Emenda à Lei Orgânica nº 15/1999) nistração direta, autárquica e fundacional;
§ 2º No caso de impedimento do Presidente II – sancionar, promulgar e fazer publicar as
da Câmara Municipal, assumirá o Procura- leis, e expedir decretos e regulamentos para
dor-Geral do Município.(Redação acrescida sua execução;
pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/1999)
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III – vetar projetos de lei; XIV – propor convênios, ajustes e contratos
de interesse do Município;
IV – dispor sobre a estrutura, a organização
e o funcionamento da administração muni- XV – propor a divisão administrativa do Mu-
cipal; nicípio, de acordo com a lei;
V – prover cargos, funções e empregos mu- XVI – propor a ação direta de inconstitucio-
nicipais, e praticar os atos administrativos nalidade;
referentes aos servidores municipais, salvo
os de competência da Câmara Municipal; XVII – decretar estado de calamidade pública;
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CAPÍTULO VII § 4º Não tendo sido votado até o encerra-
DA SOBERANIA E DA PARTICIPAÇÃO mento da sessão legislativa, o projeto esta-
rá inscrito para votação na sessão seguinte
POPULAR da mesma legislatura.
Seção I § 5º Os projetos de iniciativa popular po-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS derão ser subscritos eletronicamente, por
meio da Internet. (Redação acrescida pela
Art. 97. A soberania popular se manifesta quan- Emenda à Lei Orgânica nº 29/2010)
do a todos são asseguradas condições dignas de
existência e será exercida: Art. 99. É assegurado, no âmbito municipal, o
recurso de consultas referendárias ou plebisci-
I – pelo sufrágio universal e pelo voto direto tárias sobre atos, autorizações ou concessões
e secreto, com valor igual para todos; do Poder Executivo e sobre Lei ou parte de lei,
projeto de Lei ou parte de projeto de lei, caben-
II – pelo plebiscito; do a iniciativa ao Prefeito, a dois terços dos Ve-
III – pelo referendo; readores da Câmara Municipal ou a cinco por
cento do eleitorado do Município.
IV – pela iniciativa popular;
Art. 100. Fica instituída a Tribuna Popular nas
V – pela participação popular nas decisões sessões ordinárias de segundas e quintas-feiras
do Município e no aperfeiçoamento demo- da Câmara Municipal, bem como na Praça Mon-
crático de suas instituições; tevidéu – largo fronteiro ao Paço Municipal -,
podendo dela fazer uso:(Redação dada pela
VI – pela ação fiscalizadora sobre a adminis-
Emenda à Lei Orgânica nº 27/2008)
tração pública;
I – entidades sindicais com sede em Porto
VII – pela tribuna popular.
Alegre, entidades representativas de mo-
Art. 98. A iniciativa popular, no processo legisla- radores ou outras que tenham atuação no
tivo, será tomada por cinco por cento do eleito- âmbito municipal, reconhecidas ou registra-
rado do Município, mediante apresentação de: das como tais;
I – projeto de lei; II – entidades que, mesmo não tendo cará-
ter municipal, venham a apresentar ques-
II – projeto de emenda à Lei Orgânica. tões de relevância para a população de Por-
§ 1º Quando se tratar de interesse específi- to Alegre.
co no âmbito de bairro ou distrito, a inicia- § 1º O Regimento da Câmara Municipal
tiva popular poderá ser tomada por cinco disciplinará as condições de uso da Tribu-
por cento dos eleitores inscritos ali domici- na Popular em seu respectivo âmbito. (Re-
liados. dação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
§ 2º Recebido o requerimento, a Câmara 27/2008)
Municipal verificará o cumprimento dos re- § 2º O uso da Tribuna Popular terá por fina-
quisitos dispostos neste artigo, dando-lhe lidade a veiculação de assuntos de interesse
tramitação em caráter de urgência. das entidades referidas nos incs. I e II deste
§ 3º Fica assegurado o direito de discussão artigo e com repercussão na sua comunida-
e defesa do projeto de Lei de iniciativa po- de. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
pular, no plenário da Câmara Municipal, por Orgânica nº 27/2008)
um representante especialmente designado
pelos proponentes.
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CAPÍTULO VIII III – vendas a varejo de combustíveis líqui-
DA RELAÇÃO POLÍTICO- dos e gasosos, exceto óleo diesel;
ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO IV – serviços de qualquer natureza não
COM A REGIÃO METROPOLITANA compreendidos na competência do Estado,
definidos em Lei complementar federal.
Art. 105. A Câmara Municipal, através de sua
Mesa, providenciará para que, no mínimo três § 1º O imposto de que trata o inciso I será
vezes durante cada sessão legislativa, sejam progressivo.
convidadas as Mesas das Câmaras Municipais § 2º Pertencem ainda ao Município a par-
da região metropolitana para se reunirem em ticipação no produto da arrecadação dos
local previamente acordado, visando à integra- tributos federais e estaduais previstos na
ção dos Municípios no que se refere a projetos e Constituição Federal e outros recursos adi-
iniciativas de interesse comum da região. cionais que lhe sejam conferidos.
Art. 106. O Município instituirá, mediante Lei Art. 109. A pessoa física ou jurídica com infra-
complementar, sua integração em região metro- ção não regularizada a qualquer dispositivo le-
politana, aglomeração urbana ou microregião. gal do Município não poderá receber benefício
ou incentivo fiscal.
TÍTULO II Parágrafo Único. O disposto no caput des-
te artigo não se aplica: (Redação dada pela
Dos Tributos, Das Finanças Emenda à Lei Orgânica nº 34/2011)
E Dos Orçamentos
I – à pessoa física, no caso de benefício fiscal
concedido relativamente ao Imposto Sobre
CAPÍTULO I a Propriedade Predial e Territorial Urbana,
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL quando renda, provento ou pensão sejam
requisitos; e (Redação dada pela Emenda à
Seção I Lei Orgânica nº 34/2011)
DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA II – à Caixa Econômica Federal e ao Fundo
de Arrendamento Residencial por ela geri-
Art. 107. Respeitados os princípios estabeleci- do, no caso de benefício fiscal concedido
dos na Constituição Federal, na Lei Orgânica, em relativamente ao Imposto sobre a transmis-
leis complementares e ordinárias, e nas demais são `inter-vivos`, por ato oneroso, de bens
normas gerais de direito tributário, são tributos imóveis e de direitos reais a eles relativos e,
municipais os impostos, as taxas e as contribui- nos casos de imóveis relativos a programas
ções de melhoria, instituídos por Lei do Municí- habitacionais de interesse social, ao Impos-
pio. to sobre Propriedade Predial e Territorial
Art. 108. Compete ao Município instituir impos- Urbana. (Redação dada pela Emenda à Lei
tos sobre: Orgânica nº 37/2015)
I – propriedade predial e territorial urbana; Art. 110. O Município deverá prestar informa-
ções ao Estado e à União, sempre que as obti-
II – transmissão "inter-vivos", a qualquer ver, com vistas a auxiliar a fiscalização tributária
título, por ato oneroso, de bens imóveis, estadual e federal a resguardar o efetivo ingres-
por natureza ou acessão física, e de direitos so de tributos nos quais tenha participação.
reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos a sua aquisi-
ção;
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Seção II CAPÍTULO II
DAS LIMITAÇÕES DO DAS FINANÇAS PÚBLICAS
PODER DE TRIBUTAR
Art. 114. As rendas e disponibilidades de caixa
Art. 111. Sempre que houver discrepância, em da administração direta e indireta do Município
percentual a ser fixado em Lei complementar, serão depositadas em instituições financeiras
entre períodos consecutivos de medição dos oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
serviços cobertos por taxas ou tarifas, cabe ao Art. 115. É vedado iniciar a execução de obra
Município o ônus de comprovar que o serviço pública nos últimos cento e oitenta dias do
foi efetivamente prestado ou colocado à dispo- mandato do Prefeito, salvo se existirem recur-
sição do usuário, inclusive quanto à correção sos financeiros a ela destinados.
das medições. (Artigo regulamentado pela Lei
Complementar nº 255/1991)
Art. 112. Sem prejuízo de outras garantias asse-
guradas aos contribuintes, é vedado ao Muni- CAPÍTULO III
cípio cobrar pedágio pela utilização de vias por DOS ORÇAMENTOS
ele conservadas.
Art. 116. Leis de iniciativa do Prefeito Municipal
Art. 113. Somente mediante Lei aprovada por estabelecerão:
maioria absoluta será concedida anistia, re-
missão, isenção ou qualquer outro benefício I – o plano plurianual;
ou incentivo que envolva matéria tributária ou II – as diretrizes orçamentárias;
dilatação de prazos de pagamento de tributo e
isenção de tarifas de competência municipal. III – os orçamentos anuais.
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§ 4º As despesas com publicidade de Art. 119. O Poder Executivo publicará, até vinte
quaisquer órgãos da administração direta e oito dias após o encerramento de cada mês,
e indireta deverão ser objeto de dotação relatório de execução orçamentária dos órgãos
orçamentária própria, sendo vedada sua da administração direta e indireta, e da Câma-
suplementação nos últimos cento e oitenta ra Municipal, nele devendo constar, no mínimo,
dias de cada legislatura, salvo se o conteúdo as receitas e despesas orçadas e realizadas no
da divulgação for previamente autorizado mês, e o acumulado até o mês objeto da publi-
pelo Poder Legislativo. cação, bem como a previsão para o ano.
§ 5º A Lei orçamentária anual não conterá § 1º O Poder Executivo deverá encaminhar
dispositivo estranho à previsão da receita e à Câmara Municipal, bimestralmente, de-
à fixação da despesa, não se incluindo nesta monstrativo de fluxo de caixa dos órgãos da
proibição autorização para: administração direta e indireta.
I – abertura de créditos suplementares; § 2º Anualmente, as contas do Município
II – contratação de operações de crédito, relativas aos balanços das administrações
ainda que por antecipação de receita, nos direta e indireta, inclusive a das fundações,
termos da lei. ficarão à disposição do público a partir da
data estabelecida para sua apresentação à
§ 6º As leis orçamentárias referidas nes- Câmara Municipal.
te artigo deverão incorporar, dentro dos
respectivos prazos legais, as prioridades, § 3º As contas de que trata o parágrafo an-
os indicadores de desempenho e as metas terior, bem como o relatório anual sobre
quantitativas e qualitativas estabelecidos assuntos municipais serão encaminhados
no Prometa, em conformidade com o inc. pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo,
XXII do caput do art. 94 desta Lei Orgânica. até sessenta dias após o início da sessão le-
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgâ- gislativa do exercício subseqüente.
nica nº 36/2015) § 4º O Poder Executivo deverá realizar pe-
riodicamente audiências públicas de presta-
Art. 117. Os orçamentos anuais serão os seguin- ção de contas da execução orçamentária e
tes: apreciação de propostas referentes à aplica-
I – o orçamento da administração direta; ção dos recursos orçamentários.
II – os orçamentos das autarquias munici- § 5º As contas do Município ficarão, durante
pais; 30 (trinta) dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte para exame e apre-
III – os orçamentos das fundações mantidas ciação, o qual poderá questionar sua legiti-
pelo Município; midade. (Redação acrescida pela Emenda à
IV – a consolidação dos orçamentos previs- Lei Orgânica nº 11/1997)
tos nos incisos I, II e III deste artigo.
§ 6º A exposição das contas será feita nas
Art. 118. Acompanham os orçamentos anuais: dependências da Câmara Municipal de Por-
to Alegre, em horário a ser estabelecido
I – os orçamentos de investimentos das em-
pela Comissão de Economia, Finanças e Or-
presas públicas e das de economia mista
çamento, que designará, também, pessoa
nas quais o Município detenha a maioria do
autorizada para prestar informações aos in-
capital social com direito a voto;
teressados. (Redação acrescida pela Emen-
II – o demonstrativo dos efeitos sobre as re- da à Lei Orgânica nº 11/1997) (Denomina-
ceitas e despesas decorrentes de isenções ção atual conforme Regimento da CMPA:
e outros benefícios de natureza financeira, Comissão de Economia, Finanças, Orçamen-
tributária e tarifária. to e do Mercosul)
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§ 7º Caberá à mencionada Comissão rece- III – emitir parecer sobre projetos de Lei
ber eventuais petições apresentadas atra- ordinária ou complementar, inclusive suas
vés do Protocolo Geral e dar parecer sobre emendas, que tratem de matéria financeira.
as alegações recebidas, informando, poste-
riormente, aos interessados, os resultados § 2º As emendas ao projeto de Lei do orça-
apurados. (Redação acrescida pela Emenda mento anual ou aos projetos que o modifi-
à Lei Orgânica nº 11/1997) quem somente podem ser aprovadas caso:
§ 8º Até 48 (quarenta e oito) horas antes da I – sejam compatíveis com o plano plurianu-
exposição das contas, a Mesa Diretora fará al e com as leis de diretrizes orçamentárias;
publicar Edital na imprensa, que notificará II – indiquem os recursos necessários, admi-
horário e local em que as mesmas poderão tidos apenas os provenientes de anulação
ser vistas. (Redação acrescida pela Emenda de despesas, excluídas as que incidam so-
à Lei Orgânica nº 11/1997) bre:
§ 9º Do Edital constará menção sucinta a a) dotações para pessoal e respectivos en-
estas disposições da Lei Orgânica. (Redação cargos;
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
11/1997) b) serviço de dívida;
Art. 120. Não será admitido aumento da despe- III – sejam relacionadas;
sa prevista:
a) com a correção de erros ou omissões;
I – nos projetos de iniciativa exclusiva do
b) com os dispositivos do texto do projeto
Prefeito Municipal, ressalvado o disposto
de lei.
no art. 121, § 2º;
§ 3º Durante o período de pauta regimental,
II – nos projetos sobre organização dos ser-
poderão ser apresentadas emendas popula-
viços administrativos da Câmara Municipal.
res aos projetos de Lei do plano plurianual,
Art. 121. Os projetos de Lei relativos ao plano de diretrizes orçamentárias e do orçamento
plurianual, às diretrizes orçamentárias, aos or- anual, desde que firmadas por, no mínimo,
çamentos anuais e aos créditos adicionais serão trezentos eleitores ou encaminhadas por
apreciados pela Comissão de Finanças e Orça- três entidades representativas da socieda-
mento da Câmara Municipal. (Denominação de, observado o disposto no parágrafo an-
atual conforme Regimento da CMPA: Comissão terior.
de Economia, Finanças, Orçamento e do Merco-
§ 4º As emendas de que trata o parágrafo
sul)
anterior, quando apresentadas por entida-
§ 1º Caberá à Comissão de Finanças e Orça- des, tendo por objeto obras públicas, não
mento, dentre outras atribuições previstas poderão ser apreciadas se contiverem mais
no Regimento: (Denominação atual confor- de uma obra, ou se a mesma entidade for
me Regimento da CMPA: Comissão de Eco- signatária de diversas emendas, salvo se os
nomia, Finanças, Orçamento e do Mercosul) recursos totais para atendê-las não ultra-
passarem a meio por cento da dotação da
I – examinar e emitir parecer sobre os pro- despesa fixada no orçamento de que trata o
jetos referidos neste artigo e sobre as con- inciso I do art. 117.
tas apresentadas anualmente pelo Prefeito;
§ 5º Os recursos que, em decorrência de
II – exercer o acompanhamento e fiscaliza- veto, emenda ou rejeição do projeto de Lei
ção orçamentária, sem prejuízo das demais orçamentária anual, ficarem sem despesas
comissões da Câmara Municipal; correspondentes poderão ser utilizados,
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conforme o caso, mediante créditos espe- III – a realização de operações de crédito
ciais ou suplementares, com prévia e espe- que excedam o montante das despesas de
cífica autorização legislativa. capital, ressalvadas as autorizadas median-
te créditos suplementares ou especiais com
§ 6º Os projetos de Lei do plano plurianual, finalidade precisa aprovados pelo Poder Le-
dos orçamentos anuais e de diretrizes orça- gislativo por maioria absoluta;
mentárias serão enviados à Câmara Munici-
pal nos seguintes prazos: IV – a vinculação de receita de impostos
municipais e de transferências oriundas de
I – o projeto de lei do plano plurianual até impostos federais e estaduais a órgão, res-
5 de junho do primeiro ano do mandato do salvada a prestação de garantias às opera-
Prefeito; ções de crédito por antecipação de receita,
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentá- conforme o art. 116, § 5º;
rias até 20 de agosto de cada ano; V – a abertura de crédito suplementar ou
III – os projetos de lei dos orçamentos anu- especial sem prévia autorização legislativa e
ais até 15 de outubro, devendo ser votados sem indicação dos recursos corresponden-
até o dia 5 de dezembro.(Redação dada pela tes;
Emenda à Lei Orgânica nº 22/2005) VI – a transposição, o remanejamento ou a
§ 7º Os projetos de Lei de que trata o pa- transferência de recursos de uma categoria
rágrafo anterior deverão ser encaminhados de programação para outra ou de um órgão
para sanção nos seguintes prazos: para outro, sem prévia autorização legisla-
tiva;
I – o projeto de lei do plano plurianual até
15 de agosto do primeiro ano do mandato VII – a concessão ou utilização de créditos
do Prefeito; ilimitados;
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§ 6º As empresas estatais que sofrem con- comercialização e de distribuição de bens e ser-
corrência de mercado deverão restringir viços oriundos da criatividade humana e da apli-
sua publicidade a seu objetivo social, não cação de capital intelectual.
estando sujeitas ao determinado nos pará-
grafos anteriores deste artigo. § 1º Serão valorizados, protegidos e promo-
vidos os bens e os serviços mencionados no
§ 7º Verificada a violação do disposto nes- caput deste artigo, sendo respeitada a di-
te artigo, caberá à Câmara Municipal, por versidade das expressões culturais.
maioria absoluta, determinar a suspensão
imediata da propaganda e publicidade. (Pa- § 2º Serão instituídos programas e proje-
rágrafo declarado inconstitucional – Tribu- tos de apoio aos setores criativos, aos seus
nal de Justiça/RS – Acórdão de 14.12.92) profissionais e aos seus empreendedores,
visando ao fortalecimento dos micro e dos
§ 8º O não-cumprimento do disposto neste pequenos empreendimentos criativos.
artigo implicará crime de responsabilidade,
sem prejuízo da suspensão da propaganda § 3º Serão incentivados os planos e as ações
ou publicidade e da instauração imediata de voltados à economia criativa que fomentem
procedimento administrativo para apuração a participação de indivíduos, de associações
do ilícito. e de entidades que manifestem o interesse
nessa área.
§ 4º Será promovida, em órgão público e
TÍTULO III instituições privadas a articulação da inser-
ção da temática da economia criativa no
Da Ordem Econômica âmbito de suas atuações.
§ 5º Serão formuladas e apoiadas as ações
voltadas à formação de profissionais e de
CAPÍTULO I empreendedores criativos, além da qualifi-
cação da cadeia produtiva.
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DAS
ATIVIDADES ECONÔMICAS § 6º Será promovida a captação de ideias
para a solução de problemas do Município
Art. 126. Os interesses da iniciativa privada não de Porto Alegre, assim como para a geração
podem sobrepor-se aos da coletividade. de novas oportunidades de negócios e pro-
jetos. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Art. 127. Os planos que expressam a política Orgânica nº 41/2016)
de desenvolvimento econômico do Município
terão o objetivo de promover a melhoria da Art. 128. Na organização de sua economia, além
qualidade de vida da população, a geração de dos princípios previstos nas Constituições Fede-
empregos, a distribuição eqüitativa da riqueza ral e Estadual, o Município zelará pelos seguin-
produzida, a preservação do meio ambiente, o tes:
uso da propriedade fundiária segundo sua fun-
I – proteção do meio ambiente e ordenação
ção social e o desenvolvimento social e econô-
territorial;
mico.
II – integração, no sentido de garantir a se-
Art. 127-A. O Município de Porto Alegre incen-
gurança social, das ações do Município com
tivará a economia criativa, mediante planos
as da União e do Estado destinadas a tornar
e ações que fomentem a formulação, a imple-
efetivos os direitos ao trabalho, à educação,
mentação e a articulação das ações relaciona-
à cultura, ao desporto, ao lazer, à saúde, à
das ao processo de criação, de produção, de
habitação e à assistência social;
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CAPÍTULO IV III – implementação de ações que visem
DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL, ao permanente controle de qualidade dos
bens e serviços turísticos;
COMERCIAL E DE SERVIÇOS
IV – medidas específicas para o desenvolvi-
Seção I mento dos recursos humanos para o setor;
DOS PRINCÍPIOS GERAIS V – elaboração sistemática de pesquisas so-
Art. 137. O Município elaborará política de de- bre oferta e demanda turística, com análise
senvolvimento comercial, industrial e de ser- dos fatores de oscilação do mercado;
viços, mediante planos, projetos e outras me- VI – fomento ao intercâmbio permanente
didas que visem ao incentivo e apoio daquelas com outras cidades e com o exterior; VII –
atividades. construção de albergues populares.
Art. 138. Somente será licenciada para funcio- Art. 141. A denominação de qualquer evento
namento a atividade comercial ou industrial turístico com o adjetivo "municipal" exigirá au-
que preencha requisitos essenciais de saúde, torização prévia do Poder Executivo.
segurança, higiene e condições ambientais.
Seção III
Art. 139. A renovação dos alvarás de permissão
dar-se-á na forma da legislação de posturas e DO TRANSPORTE URBANO E DO
ficará condicionada ao recadastramento e re- TRÂNSITO
novação da documentação comprobatórios dos
requisitos necessários a cada permissão. Art. 142. O transporte coletivo é serviço público
de caráter essencial e deverá ser estruturado de
Seção II acordo com os seguintes princípios:
DO TURISMO I – atendimento a toda a população;
Art. 140. O Município instituirá política de tu- II – qualidade do serviço prestado à popu-
rismo, definindo as diretrizes a observar nas lação segundo critérios estabelecidos pelo
ações públicas e privadas que visem a promo- Poder Público;
vê-lo e incentivá-lo como forma de desenvolvi-
mento. (Artigo regulamentado pelo Decreto nº III – redução da poluição ambiental em to-
12.218/1999) das as suas formas;
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Parágrafo Único. Aplicam-se as disposições Art. 150. Sofrerão penalidades de multa até cas-
deste artigo aos transportes urbano, inte- sação do alvará de instalação e funcionamento
rurbano, interestadual e intermunicipal. os estabelecimentos de pessoas físicas ou jurí-
dicas que, no território do Município, pratiquem
Art. 145. É dever do Município assegurar tarifa ato de discriminação racial; de gênero; por
do transporte compatível com o poder aquisiti- orientação sexual, étnica ou religiosa; em ra-
vo da população e com a manutenção do equi- zão de nascimento; de idade; de estado civil; de
líbrio econômico-financeiro do sistema com vis- trabalho rural ou urbano; de filosofia ou convic-
tas a garantir-lhe a qualidade e a eficiência. ção política; de deficiência física, imunológica,
Art. 146. Cargas de alto risco somente poderão sensorial ou mental; de cumprimento de pena;
ser transportadas na zona urbana após vistoria cor ou em razão de qualquer particularidade ou
e licença, observadas as necessárias medidas de condição. (Redação dada pela Emenda à Lei Or-
segurança. gânica nº 08/1994)
Art. 151. O Município, juntamente com órgãos
e instituições estaduais e federais, criará meca-
TÍTULO IV nismos para coibir a violência doméstica, insti-
tuindo serviços de apoio integral às mulheres e
Da Ordem Social E Cidadania crianças vítimas dessa violência.
Art. 151-A. O Executivo Municipal, anualmente,
na primeira quinzena do mês de março, prestará
CAPÍTULO I contas à Câmara Municipal acerca das ações e
dos programas desenvolvidos no exercício ante-
DOS DIREITOS E GARANTIAS DOS
rior relacionados à:
MUNÍCIPES E DO EXERCÍCIO DA
CIDADANIA I – proteção de mulheres e de crianças víti-
mas de violência;
Seção I II – prevenção e ao combate à violência con-
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES tra a mulher; e
Art. 147. O Município deve promover, nos ter- III – promoção dos direitos da mulher.
mos das Constituições Federal e Estadual, e da
Parágrafo Único. Na prestação de contas re-
Lei Orgânica, o direito à cidadania, à educação,
ferida no caput deste artigo, serão discrimi-
à saúde, ao trabalho, ao lazer, ao usufruto dos
nados, para cada ação e para cada progra-
bens culturais, à segurança, à previdência so-
ma:
cial, à proteção da maternidade e da infância, à
assistência aos desamparados, ao transporte, à I – as metas estabelecidas;
habitação e ao meio ambiente equilibrado.
II – o orçamento previsto;
Art. 148. O Município não embaraçará o funcio-
namento de cultos, igrejas e o exercício do direi- III – a execução orçamentária; e
to de manifestação cultural coletiva. IV – o público atingido, quantificado por:
Art. 149. Os munícipes têm direito de apresen- a) idade;
tar, na forma da lei, sugestões, reclamações,
denúncias ou outros tipos de manifestação re- b) etnia; e
ferentes a quaisquer órgãos da administração
c) localização regional. (Redação acrescida
direta e indireta do Município, objetivando-lhes
pela Emenda à Lei Orgânica nº 39/2016)
o melhor funcionamento.
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Art. 152. São direitos constitutivos da cidadania: III – prestação, atendimento e orientação
ao consumidor, através do órgão de execu-
I – livre organização política para o exercício ção especializado.
da soberania;
II – liberdade de expressar e defender, indi- Seção III
vidual ou coletivamente, opiniões e interes- DA SEGURANÇA
ses;
Art. 156. A sociedade participará de conselho
III – prerrogativa de tornar pública reivindi- próprio para encaminhamento e solução dos
cações mediante organização de manifesta- problemas atinentes à segurança pública, na
ções populares em logradouros públicos e forma da lei.
afixação de cartazes e reprodução de "con-
signas" em locais previamente destinados Seção IV
pelo Poder Público; DA SAÚDE
IV – prerrogativa de utilização gratuita dos Art. 157. A saúde é direito de todos e dever do
próprios municipais para a realização de as- Poder Público, cabendo ao Município, com a co-
sembléias populares. operação da União e do Estado, prover as condi-
ções indispensáveis a sua promoção, proteção e
Seção II recuperação.
DA DEFESA DO CONSUMIDOR
§ 1º O dever do Município de garantir a saú-
Art. 153. O Município promoverá ação sistemá- de consiste na formulação e na execução de
tica de proteção ao consumidor, mediante pro- políticas econômicas e sociais que visem à
gramas específicos. eliminação dos riscos de doenças e outros
agravos, bem como no estabelecimento de
Art. 154. É dever do Poder Executivo auxiliar condições específicas que assegurem aces-
na organização de sistemas de abastecimento so universal às ações e aos serviços de saú-
popular e estimular a criação de estruturas co- de, os quais deverão ser prestados 24 (vinte
letivas ou cooperativas de produção, comercia- e quatro) horas por dia, todos os dias, nas
lização e consumo, prioritariamente nas comu- unidades básicas, nas unidades de pronto
nidades carentes do Município. atendimento, nos centros de atendimento e
Art. 155. A política econômica de consumo será nos hospitais. (Redação dada pela Emenda
planejada e executada pelo Poder Público, com à Lei Orgânica nº 42/2016)
a participação de entidades representativas do § 2º O dever do Município não exclui o ine-
consumidor e de trabalhadores dos setores de rente a cada pessoa, à família e à sociedade,
produção, industrialização, comercialização, ar- bem como às instituições e empresas, espe-
mazenamento, serviços e transportes, atenden- cialmente as que possam criar riscos e da-
do, especialmente, aos seguintes princípios: nos à saúde do indivíduo e da coletividade.
I – integração em programas estaduais e fe- Art. 158. O Município promoverá, em conjunto
derais de defesa do consumidor; com a União e o Estado:
II – favorecimento de meios que possibili- I – condições dignas de trabalho, sanea-
tem ao consumidor o exercício do direito à mento, moradia, alimentação, educação,
informação, à escolha e à defesa de seus in- transporte e lazer;
teresses econômicos;
II – respeito ao meio ambiente e controle da
poluição ambiental;
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III – acesso universal e igualitário dos habitan- § 1º As instituições privadas poderão par-
tes do Município às ações e serviços de pro- ticipar de forma suplementar do Sistema
moção, proteção e recuperação da saúde; Único de Saúde, no âmbito do Município,
mediante contrato de direito público, tendo
IV – acesso à terra e aos meios de produção. preferência as entidades filantrópicas e as
Art. 159. As ações e serviços públicos de saúde sem fins lucrativos.
e os serviços privados contratados ou convenia- § 2º É vedada a cobrança ao usuário pela
dos que integram o Sistema Único de Saúde são prestação de serviços de assistência à saú-
desenvolvidos de acordo com os seguintes prin- de mantidos pelo Município ou de serviços
cípios e diretrizes: contratados ou conveniados pelo Sistema
I – universalidade e eqüidade no acesso aos Único de Saúde.
serviços de saúde, respeitada a autonomia § 3º As instituições privadas de saúde fi-
das pessoas e excluídos preconceitos e pri- carão sob controle do Poder Público, nas
vilégios de qualquer espécie; questões de controle de qualidade e de in-
II – integralidade na prestação das ações pre- formação, e de registros de atendimento,
ventivas, curativas e reabilitadoras, adequa- conforme os códigos sanitários nacional, es-
das às diversas realidades epidemiológicas; tadual e municipal, e as normas do Sistema
Único de Saúde.
III – integração das ações de saúde individu-
ais, coletivas e de saúde do trabalhador; § 4º A instalação de quaisquer novos ser-
viços públicos de saúde deve ser discutida
IV – direito do indivíduo de obter informa- e aprovada no âmbito do Sistema Único de
ções e esclarecimentos sobre assuntos per- Saúde e do Conselho Municipal de Saúde,
tinentes à promoção, proteção e recupera- levando-se em consideração a demanda,
ção de sua saúde e da coletividade; cobertura, distribuição geográfica, grau de
complexidade e articulação do sistema.
V – utilização de método epidemiológico
como parâmetro no estabelecimento de Art. 161. São competências do Município, no
prioridades, na orientação programática e âmbito de sua esfera de ação, exercidas com a
na alocação de recursos; cooperação da União e do Estado, por meio de
órgão próprio:
VI – integração, em nível executivo, das
ações de saúde, meio ambiente e sanea- I – direção do Sistema Único de Saúde no
mento básico; Município;
VII – descentralização político-administrati- II – prestação de serviços de atendimento à
va da gestão dos serviços, assegurada am- saúde da população;
pla participação da população;
III – formulação e implantação da política
VIII – fomento à pesquisa, ao ensino e ao de recursos humanos na área da saúde, na
aprimoramento científico, tecnológico e de esfera municipal, de acordo com a política
recursos humanos no desenvolvimento da nacional e estadual de recursos humanos
área de saúde. em saúde, e observados os princípios de
isonomia, incentivo à dedicação exclusiva e
Art. 160. As ações e serviços de saúde são de
tempo integral, piso salarial nacional e ad-
relevância pública, cabendo ao Município sua
missão somente através de concurso públi-
normatização e controle, devendo a execução
co;
ser feita, preferencialmente, através de serviços
públicos e, suplementarmente, através de servi-
ços de terceiros.
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IV – elaboração e atualização do plano mu- XIV – complementação das normas con-
nicipal de saúde; cernentes às relações com o setor privado
e com serviços públicos, e à celebração de
V – administração do Fundo Municipal de contratos e convênios com serviços priva-
Saúde; dos e públicos;
VI – compatibilização e complementação XV – organização da assistência à saúde,
das normas técnicas do Ministério da Saúde com alocação de recursos técnicos e práti-
e da Secretaria de Estado da Saúde; cas de saúde adequados à realidade epide-
VII – planejamento e execução das ações miológica local, observados os princípios de
de: regionalização e hierarquização;
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saúde, não sejam de pleno conhecimento dos extracurriculares, visando à prestação de assis-
usuários nem sofram a fiscalização do Poder tência preventiva e curativa à população, con-
Executivo e dos órgãos representativos da po- forme dispuser a lei.
pulação.
Art. 167. O órgão que integrar o Sistema Único
Art. 163. Será garantido pelo Município, através de Saúde em nível municipal deverá criar setor
de sua rede de saúde pública ou em convênio específico para tratar da saúde ocupacional dos
com o Estado e a União, o atendimento à prática trabalhadores, responsável pelo cadastramento
de abortamento legalmente previsto pela legis- e fiscalização de instalações comerciais, indus-
lação federal. triais e de serviços que envolvam risco à saúde
ocupacional do trabalhador, conforme regula-
Parágrafo Único. O atendimento será reali- mentação da Lei municipal.
zado de acordo com os procedimentos mé-
dico-hospitalares exigidos para o caso, sem Art. 168. Ao Município, na forma da lei, com-
qualquer tipo de discriminação. pete supletivamente estabelecer condições
que estimulem a doação de órgãos, tecidos e
Art. 164. O Sistema Único de Saúde, no âmbito substâncias humanas para fins de transplante,
do Município, será financiado com recursos or- pesquisa e tratamento, vedada sua comerciali-
çamentários do Município, do Estado, da União, zação.
da seguridade social, além dos provenientes de
outras fontes. Seção V
§ 1º O conjunto dos recursos destinados DA ASSISTÊNCIA E
às ações e serviços de saúde no Município AÇÃO COMUNITÁRIAS
constitui o Fundo Municipal de Saúde, na
forma da lei. Art. 169. A assistência social, enquanto direito
do cidadão e dever do Estado, é a política so-
§ 2º O montante das despesas com saúde cial que provê, a quem necessitar, benefícios e
não será inferior a treze por cento das des- serviços para o acesso a renda mínima e o aten-
pesas globais do orçamento anual do Muni- dimento das necessidades humanas básicas his-
cípio, excluídas do cálculo as transferências toricamente determinadas.
da União e do Estado referentes ao Sistema
Único de Saúde. Art. 170. É beneficiário da assistência social
todo cidadão em situação de incapacidade ou
Art. 165. Na gestão do Sistema Único de Saúde, impedimento permanente ou temporário, por
o gerenciamento dos serviços de saúde deve razões sociais, pessoais ou de calamidade públi-
seguir critérios de compromisso com o caráter ca, de prover para si e sua família ou de ter por
público desses serviços e da eficácia em seu de- ela provido o acesso a renda mínima e aos servi-
sempenho. ços sociais básicos.
§ 1º A avaliação será feita pelos órgãos cole- Art. 171. Compete ao Município:
giados deliberativos.
I – formular a política de assistência social
§ 2º Aos proprietários, administradores e em articulação com a política nacional e es-
dirigentes de entidades ou serviços contra- tadual, resguardadas as especificidades lo-
tados é vedado exercer cargo de chefia ou cais;
função de confiança no Sistema Único de
Saúde. II – coordenar e executar os programas de
assistência social, através de órgão específi-
Art. 166. O Município poderá realizar convênios co, a partir da realidade e das reivindicações
com instituições de ensino para participação da população;
dos alunos destas em atividades curriculares e
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III – legislar e estabelecer normas sobre ma- V – atenção especial às crianças e adoles-
térias de natureza financeira, política e pro- centes em estado de miserabilidade, ex-
gramática da área de assistência social; plorados sexualmente, doentes mentais,
órfãos, abandonados e vítimas de violência.
IV – planejar, coordenar, executar, controlar,
fiscalizar e avaliar a prestação de serviços e Art. 174. Compete à política municipal de assis-
benefícios; tência:
V – gerir os recursos orçamentários pró- I – dar prioridade às pessoas com menos de
prios, bem como aqueles repassados por quatorze e mais de sessenta anos em todos
outra esfera de governo para a área de as- os programas de natureza social;
sistência social, respeitados os dispositivos
legais vigentes; II – garantir a assistência à criança e ao ado-
lescente abandonados, proporcionando os
VI – instituir mecanismos de participação meios adequados a sua manutenção, edu-
popular que propiciem a definição das prio- cação, encaminhamento a emprego e inte-
ridades e a fiscalização e o controle das gração na sociedade;
ações desenvolvidas na área de assistência
social. III – estabelecer programas de assistência
aos idosos portadores, ou não, de defici-
Art. 172. Os investimentos na área de assistên- ência, com o objetivo de proporcionar-lhes
cia social serão, prioritariamente, aplicados em segurança econômica, defesa da dignidade
programas de cunho coletivo e que promovam e bem-estar, prevenção de doenças e inte-
a emancipação progressiva dos usuários. gração e participação ativa na comunidade;
Art. 173. A política municipal de assistência IV – manter casas-albergues para idosos,
obedecerá aos seguintes preceitos: mendigos, crianças e adolescentes abando-
nados, portadores, ou não, de deficiências,
I – criação de programas de prevenção e sem lar ou família, aos quais se darão as
atendimento especializado à criança e ao condições de bem-estar e dignidade huma-
adolescente; na;
II – criação de programas de promoção de V – estimular a criação de centros e grupos
integração social, de preparo para o traba- de convivência de idosos junto às comuni-
lho, de acesso facilitado aos bens e serviços dades, buscando, para isso, apoio das enti-
e à escola, e de atendimento especializado dades organizadas;
para crianças e adolescentes portadores de
deficiência física, sensorial, mental ou múl- VI – estimular opções de participação do
tipla; idoso no mercado de trabalho.
III – execução de programas que priorizem o Art. 175. O órgão colegiado municipal encarre-
atendimento no ambiente familiar e comu- gado da política de combate ao uso de entorpe-
nitário; centes, com estrutura, composição e dotação
orçamentária definidas em lei, tem por objetivo
IV – obrigatoriedade de quadro técnico res- formular as diretrizes da educação preventiva e
ponsável em todos os órgãos com atuação a assistência e recuperação dos dependentes de
nesses programas e estabelecimento de substâncias entorpecentes ou que determinem
convênios com entidade estadual para pres- dependência física ou psíquica.
tação de serviço técnico especializado, de
forma itinerante, às crianças portadoras de
deficiências;
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II – universalização do atendimento escolar; petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos
fluidos, conforme o disposto em legislação es-
III – melhoria da qualidade do ensino; pecífica, serão aplicados na área da educação,
IV – formação para o trabalho; no montante de 75% (setenta e cinco por cen-
to), e na área da saúde, no montante de 25%
V – promoção humanística, científica e tec- (vinte e cinco por cento), somando-se aos recur-
nológica; sos vinculados nos termos do disposto no caput
do art. 183 desta Lei Orgânica. (Redação acresci-
VI – prestação de atendimento aos portado-
da pela Emenda à Lei Orgânica nº 38/2016)
res de deficiência, superdotados e talento-
sos. Parágrafo único. Na aplicação dos recursos
referidos no caput deste artigo, serão im-
Art. 181. É assegurado aos pais, professores,
plementadas ações articuladas com as áre-
alunos e funcionários organizarem-se em todos
as de desporto e cultura. (Redação acresci-
os estabelecimentos de ensino municipal, atra-
da pela Emenda à Lei Orgânica nº 38/2016)
vés de associações, grêmios e outras formas.
Art. 184. A quota municipal do salário-educação
Parágrafo Único. Será responsabilizada a
ficará em conta especial, sob administração di-
autoridade educacional que embaraçar ou
reta do órgão responsável pela educação.
impedir a organização ou o funcionamento
das entidades referidas neste artigo. Art. 185. É vedada às direções, aos conselhos de
pais e mestres e aos conselhos escolares de es-
Art. 182. As escolas públicas municipais conta-
colas públicas municipais a cobrança de taxas e
rão com conselhos escolares, constituídos pela
contribuições para manutenção e conservação
direção da escola e representantes dos segmen-
das escolas.
tos da comunidade escolar, com funções consul-
tiva, deliberativa e fiscalizadora, na forma da lei. Art. 186. O Município complementará o ensi-
no fundamental ministrado nas escolas muni-
Art. 183. O Município nunca aplicará menos de
cipais com programas permanentes e gratuitos
trinta por cento da receita resultante de impos-
de transporte, alimentação, assistência à saúde,
tos, nela compreendida a proveniente de trans-
atividades culturais e esportivas, e materiais di-
ferências da União e do Estado, na manutenção
dáticos.
e desenvolvimento do ensino público municipal.
Parágrafo Único. Os programas de que trata
§ 1º O montante mínimo de doze por cento
o "caput" deste artigo serão mantidos com
de todos os recursos destinados à educação
recursos financeiros específicos que não os
será aplicado na educação especial dirigida
destinados à manutenção e desenvolvimen-
aos alunos portadores de deficiência física,
to do ensino e serão desenvolvidos com re-
sensorial, mental ou múltipla, aos superdo-
cursos dos respectivos órgãos da adminis-
tados e aos talentosos.
tração pública municipal.
§ 2º O Município promoverá, no mínimo
Art. 187. O Município promoverá, em coopera-
trimestralmente, transferência de verbas
ção com a União, o Estado e entidades sociais,
às escolas públicas municipais, garantindo-
o atendimento, em creches e pré-escolas, às
-lhes autonomia de gestão financeira, atra-
crianças de zero a seis anos portadoras, ou não,
vés de sua competência para o ordena-
de deficiências.
mento e execução de gastos rotineiros de
manutenção e custeio. § 1º O Município promoverá anualmente
programas orçamentários de creches públi-
Art. 183-A. Os recursos provenientes da União
cas e de auxílio às associações de comuni-
a título de distribuição da participação especial
dades que as mantêm, observados, para a
e dos royalties decorrentes da exploração de
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Art. 194. O Município criará e apoiará mecanis- § 5º O Plano Diretor de Desenvolvimento
mos de preservação dos valores culturais das Urbano disporá, necessariamente, sobre a
diversas etnias presentes em Porto Alegre, asse- proteção do patrimônio histórico e cultural.
gurando-lhes também a participação igualitária (Denominação atual conforme Lei Comple-
e pluralista nas atividades educacionais. mentar nº 434/99: Plano Diretor de Desen-
volvimento Urbano Ambiental)
Art. 195. Constituem direitos culturais garanti-
dos pelo Município: Art. 197. As entidades da administração des-
centralizada do Município sujeitas a tributos
I – liberdade de criação e expressão artísti- federais, quando a Lei facultar a destinação de
cas; parte destes a título de incentivo fiscal, deverão
II – acesso à educação artística e ao desen- aplicá-los nas instituições dos diversos segmen-
volvimento da criatividade, principalmente tos da produção cultural vinculados ao órgão
nos estabelecimentos de ensino, nas esco- municipal responsável pela cultura, sob pena de
las de arte, nos centros culturais e espaços responsabilidade, sem prejuízo da dotação or-
de associações de bairros; çamentária à cultura.
III – amplo acesso a todas as formas de ex- Art. 198. O sistema municipal de cultura e lazer
pressão cultural; visa à integração da política cultural do Municí-
pio e tem por função:
IV – apoio e incentivo à produção, difusão e
circulação dos bens culturais; I – estabelecer diretrizes operacionais e
prioridades para o desenvolvimento cultu-
V – acesso ao patrimônio cultural do Muni- ral do Município;
cípio;
II – integrar ações governamentais na área
VI – as feiras de artesanato e de artes plásti- das artes e do lazer cultural.
cas, e os espaços de livre expressão artística
popular. Art. 199. Os recursos destinados à cultura serão
democraticamente aplicados dentro de uma vi-
Art. 196. O Município, com a colaboração da são social abrangente, valorizando as manifes-
comunidade, protegerá o patrimônio cultural e tações autênticas de cultura popular, a par da
histórico por meio de inventários, registros, vigi- universalização da cultura erudita.
lância, tombamentos, desapropriações e outras
formas de acautelamento e preservação. Seção IX
§ 1º O Município complementará o proce- DA QUESTÃO INDÍGENA
dimento administrativo do tombamento, na (Redação acrescida pela
forma da lei. Emenda à Lei Orgânica nº 12/1997)
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II – o Fundo Municipal de Desenvolvimento I – tributários e financeiros:
Urbano;
a) Imposto Predial e Territorial Urbano pro-
III – o plano plurianual de investimentos, gressivo;
a Lei de diretrizes orçamentárias e o orça-
mento anual; b) taxas diferenciadas por zonas, segundo
os serviços públicos;
IV – o sistema cartográfico municipal e a
atualização permanente do cadastro de c) contribuição de melhoria;
imóveis; d) incentivos e benefícios fiscais e financei-
V – os conselhos municipais; ros;
Art. 204. Para os fins previstos no artigo ante- c) autorização para parcelamento do solo;
rior o Município usará, entre outros, os seguin-
tes instrumentos:
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III – a participação ativa das respectivas en- VII – ordenar o uso e ocupação do solo em
tidades comunitárias no estudo, encami- consonância com a função social da pro-
nhamento e solução dos problemas; priedade.
IV – a manutenção das áreas de exploração Art. 210. O Poder Executivo fica obrigado, na
agrícola e pecuária, e o estímulo a estas ati- forma da lei, a introduzir critérios ecológicos em
vidades primárias; todos os níveis de seu planejamento político,
econômico, social e de incentivo à moderniza-
V – a preservação, a proteção e a recupera- ção tecnológica.
ção do meio ambiente e do patrimônio pai-
sagístico e cultural; Art. 211. O Município, dentro de seus planos de
desenvolvimento e de obras, priorizará a utili-
VI – a criação de áreas de especial interesse zação de fontes de energia alternativa, não po-
urbanístico, social, ambiental, turístico e de luentes, bem como de tecnologias poupadoras
utilização pública. de energia.
V – integrar a ação municipal com a dos ór- a) delimitação das áreas impróprias à ocu-
gãos e entidades federais, estaduais e me- pação urbana, por suas características geo-
tropolitanas, e, ainda, com a comunidade; lógicas;
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c) delimitação de áreas destinadas à im- Art. 216. O Código de Obras e o Plano Diretor
plantação de atividades com potencial po- de Desenvolvimento Urbano, cada qual em sua
luidor, hídrico, atmosférico e do solo; área de abrangência, deverão estabelecer re-
gras especiais, a serem definidas em lei, que
II – determinação das normas técnicas míni- facilitem a aprovação de projetos de edificação
mas obrigatórias no processo de urbaniza- às pessoas de baixa renda, a fim de que os pró-
ção de áreas de expansão urbana; prios moradores possam realizar as edificações,
III – delimitação de áreas destinadas à ha- com a supervisão do Poder Executivo.
bitação popular, atendendo aos seguintes
critérios mínimos:
a) dotação de infra-estrutura básica; CAPÍTULO IV
b) situação acima de quota máxima das DO USO E PARCELAMENTO DO SOLO
cheias; URBANO E DA POLÍTICA FUNDIÁRIA
IV – ordenação do processo de desmembra- Art. 217. Fica instituído um banco de terra des-
mento e de remembramento; tinado a atender as necessidades urbanas e ha-
bitacionais, formado por terrenos pertencentes
V – estabelecimento das permissões e im-
ao Município e acrescidos progressivamente de
pedimentos do uso do solo em cada zona
áreas adquiridas de conformidade com um pro-
funcional, assim como dos índices máximos
grama de municipalização de terras, mediante
e mínimos de aproveitamento do solo;
permutas, transferências, compras e desapro-
VI – identificação dos vazios urbanos e das priações.
áreas subutilizadas, para o atendimento do
§ 1º As áreas do banco de terra somente
disposto no art. 182, § 4º, da Constituição
poderão ser alienadas em permutas por ou-
Federal;
tras áreas urbanas ou de expansão urbana.
VII – estabelecimento de parâmetros míni-
§ 2º As áreas do banco de terra poderão ter
mos e máximos para parcelamento do solo
seu direito de superfície cedido ou ser obje-
urbano, que assegurem o seu adequado
to de concessão de uso a cooperativas habi-
aproveitamento, respeitadas as necessida-
tacionais para fins de habitação social, em
des mínimas de conforto urbano.
condições que excluam a possibilidade de
Art. 213. Incorpora-se à legislação urbanística utilização para fins de lucro ou especulação.
municipal o conceito de solo criado, entendido
Art. 218. O Município deverá notificar os par-
como excedente do índice de aproveitamento
celadores para que regularizem, nos termos da
dos terrenos urbanos com relação a um nível
legislação federal, os loteamentos clandestinos,
preestabelecido em lei.
podendo, em caso de recusa, assumir, junta-
Art. 214. O Município estabelecerá políticas mente com os moradores, a regularização, sem
emergenciais para as áreas de risco onde exis- prejuízo das ações punitivas cabíveis contra os
tam assentamentos humanos. loteadores.
Art. 215. O Plano Diretor de Desenvolvimen- Art. 219. As populações moradoras de áreas
to Urbano será elaborado conjuntamente pelo não regularizadas têm direito ao atendimento
Poder Executivo, representado por seus órgãos dos serviços públicos municipais. (Artigo regula-
técnicos, Poder Legislativo e população organi- mentado pela Lei Complementar nº 793/2016)
zada a partir das regiões e das entidades gerais
da sociedade civil do Município.
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Art. 220. O Poder Público propiciará condições III – controle de vetores, com utilização de
que facilitem às pessoas portadoras de deficiên- métodos específicos para cada um e que
cia física a locomoção no espaço urbano. não causem prejuízos ao homem, a outras
espécies e ao meio ambiente.
Parágrafo Único. O Código de Obras conte-
rá dispositivo determinando que as cons- Art. 225. O serviço público de água e esgoto é
truções públicas, como vias, viadutos e pas- atribuição precípua do Município, que deverá
sarelas, ou particulares de uso industrial, estendê-lo progressivamente a toda a popula-
comercial, ou residencial, quando coletivas, ção.
tenham acesso especial para as pessoas
portadoras de deficiência física. § 1º O Município manterá, na forma da lei,
mecanismos institucionais e financeiros
Art. 221 Nos loteamentos, as áreas destinadas destinados a garantir os benefícios do sane-
ao sistema de circulação, à implantação de equi- amento básico à totalidade da população,
pamentos urbanos e comunitários, bem como compatibilizando o planejamento local com
os espaços livres de uso público serão entregues o do órgão gestor das bacias hidrográficas
completamente desocupados, ou edificados, em que estiver parcial ou totalmente inseri-
quando for o caso, efetuando o Município o re- do. (Parágrafo Único transformado em § 1º
gistro público dessas áreas num prazo de cento pela Emenda à Lei Orgânica nº 17/2001)
e oitenta dias.
§ 2º O serviço público de que trata o ca-
Art. 222. O Poder Executivo, antes de conceder put deste artigo será organizado, prestado,
a licença para o loteamento urbano, poderá explorado e fiscalizado diretamente pelo
exigir, complementarmente à Lei federal, áreas Município, vedada a outorga mediante con-
destinadas a equipamentos urbanos ou coleti- cessão, permissão ou autorização, exceto
vos, conforme a expectativa da demanda local. à entidade pública municipal existente ou
que venha a ser criada para tal fim. (Reda-
Art. 223. Os loteamentos e desmembramentos ção acrescida pela Emenda à Lei Orgânica
deverão respeitar o prazo máximo determinado, nº 17/2001)
em Lei específica, para a conclusão das obras de
infra-estrutura e equipamentos urbanos. Art. 226. A conservação e proteção das águas
superficiais e subterrâneas são tarefa do Muni-
cípio, em ação conjunta com o Estado.
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Art. 228. O Poder Público desenvolverá progra- Art. 231. Nos programas de regularização fundi-
mas de informação, através da educação formal ária e loteamentos realizados em áreas públicas
e informal, sobre materiais recicláveis e sobre do Município, o título de domínio ou de conces-
matérias biodegradáveis. são real de uso será conferido ao homem e à
mulher, independentemente do estado civil.
Art. 229. São proibidos os depósitos de mate-
riais orgânicos e inorgânicos, bem como a desti- Art. 232. Nas ações coletivas e individuais de
nação de resíduos sólidos ou líquidos em locais usucapião urbano, com fins de regularização
não-apropriados para tal. fundiária, o Município propiciará aos preten-
dentes formas de apoio técnico e jurídico neces-
sário.
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III – de recursos orçamentários do Municí- VI – fiscalizar, cadastrar e manter as matas
pio. remanescentes e fomentar o florestamento
ecológico;
Art. 235. Nos programas habitacionais da casa
própria, a lei reservará percentual da oferta de VII – incentivar e promover a recuperação
moradia para pessoas portadoras de deficiên- das margens do rio Guaíba e de outros cor-
cia, comprovadamente carentes, assegurado o pos d`água, e das encostas sujeitas a ero-
direito preferencial de escolha. são.
Art. 235-A. Às famílias que tenham mulher VIII – combater as queimadas, responsabi-
como seu sustentáculo é garantido um mínimo lizando o usuário da terra por suas conse-
de 30% (trinta por cento) das vagas advindas de qüências. (Redação acrescida pela Emenda
projetos ou programas habitacionais implemen- à Lei Orgânica nº 21/2004)
tados pelo Município. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 19/2002) § 2º Qualquer cidadão poderá, e o servidor
público deverá provocar iniciativa do Muni-
cípio ou do Ministério Público, para fins de
propositura de ação civil pública de respon-
CAPÍTULO VII sabilidade por danos causados ao meio am-
biente ou a bens e direitos de valor artístico,
DA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE
histórico e paisagístico.
Art. 236. Todos têm direito ao meio ambiente Art. 237. Dar-se-á amplo conhecimento à po-
ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Po- pulação, através dos meios locais de comunica-
der Público e à coletividade o dever de defendê- ção, durante os noventa dias que antecederem
-lo, preservá-lo e restaurá-lo, cabendo a todos sua votação, dos projetos de lei, de iniciativa de
exigir do Poder Público a adoção de medidas qualquer dos poderes, de cujo cumprimento
nesse sentido. puder resultar impacto ambiental negativo.
§ 1º O Município desenvolverá ações per- Parágrafo Único. Por solicitação de qual-
manentes de planejamento, proteção, res- quer entidade interessada em oferecer opi-
tauração e fiscalização do meio ambiente, nião ou proposta alternativa, cabe ao poder
incumbindo-lhe primordialmente: iniciador do projeto promover audiência
I – elaborar o plano diretor de proteção am- pública, nos termos do art. 103, dentro do
biental; prazo estabelecido pelo "caput".
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Art. 240. O Município deverá implantar e man- II – a cobertura vegetal que contribua para
ter áreas verdes, de preservação permanente, a resistência das encostas a erosão e a des-
perseguindo proporção nunca inferior a 12 m² lizamentos;
(doze metros quadrados) por habitante, em
cada uma das regiões de gestão de planejamen- III – as áreas que abrigam exemplares ra-
to previstas no Plano Diretor de Desenvolvi- ros, ameaçados de extinção ou insuficien-
mento Urbano Ambiental. (Redação dada pela temente conhecidos, da flora e da fauna,
Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001) bem como aquelas que servem de local de
pouso, abrigo ou reprodução de espécies
Art. 241. Os morros e matas existentes no âmbi- migratórias;
to do Município são patrimônio da cidade.
IV – as áreas assim declaradas por lei;
Art. 242. O Município desenvolverá programas
de manutenção e expansão de arborização, com V – margens do rio Guaíba;
as seguintes metas: VI – as ilhas do Delta do Jacuí pertencentes
I – implantar e manter hortos florestais des- ao Município.
tinados à recomposição da flora nativa e à Parágrafo Único. Nas áreas de preservação
produção de espécies diversas, destinadas à permanente não serão permitidas ativida-
arborização de logradouros públicos; des que, de qualquer forma, contribuam
II – promover ampla arborização dos logra- para descaracterizar ou prejudicar seus atri-
douros públicos da área urbana, utilizando butos e funções essenciais.
cinqüenta por cento de espécies frutíferas. Art. 246. É vedado ao Município, a qualquer tí-
§ 1º A Lei definirá formas de responsabilida- tulo, autorizar o funcionamento ou licenciar a
de da população quanto à conservação da instalação de indústrias ou atividades que polu-
arborização das vias públicas. am o rio Guaíba ou seus afluentes.
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VII – a pesca com artes que possam causar § 2º O Município colaborará com a União
prejuízos à preservação de recursos vivos; e o Estado na fiscalização e no controle da
produção, armazenamento e transporte de
VIII – a implantação e a ampliação de ati- energia nuclear e substâncias radioativas
vidades poluidoras cujas emissões estejam em seu território.
em desacordo com os padrões de qualidade
ambiental em vigor; § 3º As instituições públicas ou privadas que
utilizem materiais radioativos ficam obriga-
IX – a produção, o transporte, a comercia- das a cadastrar-se junto ao órgão ambiental
lização e o uso de medicamentos, biocidas, do Município e a manter, direta ou indireta-
agrotóxicos ou produtos químicos ou bioló- mente, depósitos para guarda daqueles, na
gicos cujo emprego se tenha comprovado forma da lei.
nocivo em qualquer parte do território na-
cional, ou outros países, por razões toxico- § 4º A responsabilidade por danos decor-
lógicas, farmacológicas ou de degradação rentes de atividades que utilizem energia
ambiental. nuclear independe de culpa, vedada qual-
quer limitação relativa aos valores indeniza-
Art. 248. As pessoas físicas ou jurídicas, públicas tórios.
ou privadas, que exerçam atividades considera-
das poluidoras ou potencialmente poluidoras Art. 250. Ficam proibidos em todo o Município
são responsáveis, direta ou indiretamente, pelo o transporte e o depósito ou qualquer forma de
tratamento, em nível local, dos efluentes sóli- disposição de resíduos que tenham sua origem
dos, líquidos e gasosos, bem como pelo acondi- na utilização de energia nuclear e de resíduos
cionamento, distribuição e destinação dos resí- tóxicos ou radioativos, quando provenientes de
duos finais produzidos. outros Municípios, de qualquer parte do territó-
rio nacional ou de outros países.
Parágrafo Único. o causador de poluição
ou dano ambiental, independentemente Art. 251. Aqueles que exploram recursos mine-
de culpa, será responsabilizado e deverá rais ficam obrigados a restaurar o meio ambien-
assumir ou ressarcir ao Município, se for o te degradado, de acordo com a solução técnica
caso, todos os custos financeiros, imediatos exigida pelo órgão público competente, na for-
ou futuros, decorrentes do saneamento do ma da lei.
dano.
Art. 252. O Município adotará o princípio polui-
Art. 249. Ficam proibidos a instalação, no Muni- dor-pagador para os empreendimentos causa-
cípio, de plantas geradoras de eletricidade pro- dores de poluição ambiental, que, além de se-
venientes de fissão nuclear, a produção, o arma- rem obrigados a tratar seus efluentes, arcarão
zenamento e o transporte, por qualquer via, de integralmente com os custos de recuperação
armamentos nucleares, bem como atividades das alterações do meio ambiente decorrentes
de pesquisa ou outras, relacionadas com o uso de suas atividades, sem prejuízo da aplicação de
de energia nuclear. penalidades administrativas e da responsabili-
dade civil.
§ 1º A construção e a operação de reato-
res e equipamentos destinados à pesquisa Art. 253. O terminal de carga, área funcional
científica, à utilização na medicina, indústria de interesse público, será o local destinado aos
ou agricultura dependerão de autorização transportadores de carga tóxica.
do Município, na forma da lei.
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