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MANUAL DE TREINAMENTO

APRESENTAÇÃO

Visando o aprimoramento de pessoal interno, bem como de nossa Rede Nacional de


DistribuidoresAutorizados e de nossos Clientes, a KSB Bombas Hidráulicas S/A, imple-
mentou o treinamento técnico dos profissionais com atuação na área de bombas centrí-
fugasesistemasdebombeamento.
ÉcomesteenfoquequeaKSB mantém um moderno CentrodeTreinamentodoProduto,
cominstalaçõeseequipamentosapropriados,onde são ministrados cursos, palestras e
treinamentos teóricos epráticos, por especialistas em cada área de atuação. Para
essa finalidade, foi elaborado o presente MANUAL DE TREINAMENTO , que serve de
baseparaoacompanhamentodotreinamentogeralministrado.
EstetrabalhofoidesenvolvidoporumaequipedaKSBcomsólidaexperiêncianestecampo
e tem como objetivo apresentar de maneira concisa e de forma clara e simples, os con-
ceitos, informações e dados essenciaisà atividade do profissional que atua com bombas
centrífugas e sistemas de bombeamento, fornecendo uma base sólida para desenvol-
vimentoeaperfeiçoamentonestaárea.
Não é objetivo deste Manual, aprofundar-se em alguns temas específicos, para os quais
deveráoleitor,emcasodenecessidade,recorreraliteraturatécnicaespecializada.
Paramaiorfacilidadedeutilização,oManualfoiordenadoedivididoconvenientementeem
módulos,queabordamosprincipaistemasrelacionadoscomoassunto.
Apreciaremos receber seus comentários, observações e sugestões, visando o aprimo-
ramentodoManual,osquaisanalisaremospara incorporaçãonapróximarevisãoeedição.

KSBBombasHidráulicasS/A
a
Setembro1991(3 Edição)
FrankLambertoLengsfeld
RonaldoDuarte
ClaudioAltieri

a
Fevereiro2008(6 Edição)
MarcosAntoniodaSilva

1
MÓDULO 1

Princípios Básicos de Hidráulica

3
ÍNDICE

1 Introdução 07
1.1 Símbolos e Denominações 08
1.2 Fluido 10
1.2.1 Fluido Ideal 10
1.2.2 Fluido Incompressível 10
1.2.3 LíquidoPerfeito 10
1.3 Peso específico, massaespecífica, densidade 11
1.3.1 Pesoespecífico 11
1.3.2 Massa específica 11
1.3.3 Relaçãoentrepesoespecífico e massa específica 11
1.3.4 Densidade 12
1.4 Viscosidade 12
1.4.1 Lei deNewton 13
1.4.2 Viscosidadedinâmicaouabsoluta 13
1.4.3 Viscosidade cinemática 13
1.4.4 Outrasescalasdeviscosidade 14
1.5 Pressão 17
1.5.1 Lei dePascal 17
1.5.2 Teorema deStevin 17
1.5.3 Cargadepressão/Alturadecoluna delíquido 18
1.5.4 Influênciadopesoespecífico,narelaçãoentre 18
pressão e alturadacolunadelíquido
1.5.5 Escalasdepressão 19
1.5.6 Pressãoabsoluta 19
1.5.7 Pressãoatmosférica 19
1.5.8 Pressão manométrica 19
1.5.9 Relaçãoentrepressões 20
1.5.10 Escalasdereferênciapara mediçõesdepressão 20
1.5.11 Pressãodevapor 20
1.6 Escoamento 22
1.6.1 Regime permanente 22
1.6.2 Regime laminar 22
1.6.3 Regime turbulento 22
1.6.4 ExperiênciadeReynolds 22
1.6.5 LimitedonúmerodeReynoldspara tubos 23
1.7 Vazão e velocidade 24
1.7.1 Vazâo volumétrica 24
1.7.2 Vazão mássica 24
1.7.3 Vazão empeso 24
1.7.4 Relaçãoentrevazões 25
1.7.5 Velocidade 25
1.8 Equaçãodacontinuidade 26
1.9 Energia 27
1.9.1 Princípio daconservaçãodeenergia 27
1.9.2 Energia potêncial, de posiçãoougeométrica 27
1.9.3 Energia de pressão 27
1.9.4 Energia cinéticaoudevelocidade 27
5
ÍNDICE

1.10 Teorema de Bernouilli 28


1.10.1 Adaptação doteoremadeBernouillipara líquidosreais 29
1.11 Perdas decargaemtubulações 30
1.11.1 Introdução 30
1.11.2 Tiposdeperdasdecarga 30
1.11.3 Distribuída 30
1.11.4 Localizada 30
1.11.5 Total 30
1.11.6 Fórmulasparacálculo de perdadecargadistribuída 31
1.11.7 FórmuladeFlamant 31
1.11.8 FórmuladeFair-Whipple-Hsiao 31
1.11.9 FórmuladeHazen-Willians 32
1.11.10 FórmuladeDarcy-Weisback 35
1.11.11 Determinaçãodocoeficientedeatritoutilizandoo diagramade 36
Moody-Rouse
1.11.12 Exemplo dedeterminaçãodo coeficientedeatritoporMoody 37
1.11.13 Limitações quantoaoempregodasfórmulas apresentadas 38
1.11.14 Fórmulasdeperda decargalocalizadas 38
1.11.15 Expressãogeral 38
1.11.16 Método docomprimentoequivalente 43
1.11.17 Comprimentosequivalentes aperdaslocalizadas 44
1.11.18 Comprimentosequivalentes a perdaslocalizadas 45
1.11.19 Tabelas de leitura direta 46

6
PRINCÍPIOS BÁSICOSDEHIDRÁULICA

1 INTRODUÇÃO

Nestemódulo,abordaremos asdefinições básicas, as propriedades dos fluidos e os con-


ceitosfundamentaisdaMecânicadosFluidos.
Estestemasserãoabordados deformaobjetivaeconcisa,semdesenvolvimentosteóricos,
visando facilitaroestudodocomportamentodosfluidosesuacompreensãoéfundamental
paraoprosseguimentoeentendimentodosmódulosseguintes.

7
1.1 - Símbolos e Denominações

Denominação Unidade Símbolo


Alturaestática m Hest
Alturageométrica m Hgeom
Alturageométrica de sucção positiva m Hgeos (+)
Alturageométrica de sucção negativa m Hgeos (-)
Alturamanométrica diferencial m H
Alturamanométrica total m H
Alturamanométrica na vazão ó tima m Hótm
Alturamanométrica na vazãozero(shut-off) m H0
Alturadesucçãonegativa m Hs (-)
Alturadesucçãopositiva m Hs (+)
2
Área m A
Coeficiente d e fricção - (lambda)
Coeficienteparaperdadecarga - (ksi)
CoeficientedeThoma - (sigma)
2
Aceleraçãodagravidade m/s g
Densidade - d
Diâmetro nominal mm DN
Diâmetro do rotor mm D
Distância entrelinhasdecentro m Zsd
Fator de correção para altura manométrica - fH
Fator de correção para rendimento - f
Fator de correção para vazão - fQ
Força kgf F
Massa kg m
Massa específica kg/dm
3
(rô)
2
Momentode inércia kg/m J
Net Positive Suction Head m NPSH
NPSHdisponível m NPSHdisp
NPSHrequerido m NPSHreq
NúmerodeReynolds - Re
Perdadecarga m Hp
Peso kgf G
Peso específico kgf/dm
3
(gama)
Potência consumida CV P
2
Pressão absoluta kgf/cm Pabs
2
Pressão atmosférica kgf/cm Patm
2
Pressão nadescarga da bomba kgf/cm Pd
2
Pressão nasucção dabomba kgf/cm Ps
2
Pressão manométrica kgf/cm Pman
2
Pressão noreservatóriodedescarga kgf/cm Prd
2
Pressão noreservatório d e sucção kgf/cm Prs
2
Pressão devapor kgf/cm Pv
Rendimento - (eta)

8
Denominação Unidade Símbolo
Rotação rpm n
0
Temperatura do fluido bombeado C t
3
Vazão m /h Q
3
Vazãonopontodemelhorrendimento m /h Qótm
3
Vazãodiferencial m /h Q
3
Vazãomáxima m /h Qmáx
3
Vazãomínima m /h Qmín
Velocidade específica rpm nq
Velocidade específica de sucção rpm S
Velocidade do fluido m/s v
Velocidade do fluido na descarga m/s vd
Velocidade do fluido na sucção m/s vs
Velocidade do fluido no reserv. de descarga m/s vrd
Velocidade do fluido no reserv. de sucção m/s vrs
Viscosidade cinemática 2
m /s (mü)
Viscosidade dinâmica Pa.s (nü)
3
Volume m V

9
1.2 FLUIDO

Fluidoéqualquersubstância não sólida, capazdeescoare assumiraformadorecipiente


queocontém.
Osfluidospodemserdivididosemlíquidosegases.
Deuma forma prática, podemos distinguir os líquidos dos gases da seguinte maneira: os
líquidosquandocolocadosemumrecipiente,tomamoformatodeste,apresentandoporém,
uma superfície livre, enquanto que os gases, preenchem totalmente o recipiente, sem
apresentarqualquersuperfícielivre.

superfície livre

líquido gás

Emnossosestudos,daremosmaiordestaqueàscaracterísticasdoslíquidos.

1.2.1 FLUIDOIDEAL

Fluido ideal é aquele na qual a viscosidade é nula, isto é, entre suas moléculas não se
verificamforçastangenciaisdeatrito.

1.2.2 FLUIDOINCOMPRESSÍVEL

É aqueleemqueseuvolumenãovariaemfunçãodapressão.Amaioriadoslíquidostemum
comportamento muito próximo a este, podendo, na prática, serem considerados como
fluidosincompressíveis.

1.2.3 LÍQUIDOPERFEITO

Emnossosestudos,consideraremosdeumaformageraloslíquidoscomosendolíquidos
perfeitos, isto é, um fluido ideal, incompressível, perfeitamente móvel, contínuo e de
propriedadeshomogêneas.
Outrosaspectoseinfluências,comoaviscosidade,porexemplo,serãoestudadosaparte.

10
1.3 PESOESPECÍFICO,MASSAESPECÍFICA,DENSIDADE

1.3.1 PESOESPECÍFICO

O peso específicodeumasubstância é o pesodesta substância pela unidade de volume


queelaocupa.

( gama ) = pesoespecífico
= G G pesodasubstância
V
V volumeocupado pela substância

Asunidadesmaisusuaissão:kgf/m3, kgf/dm 3, N/m 3 (SI),lbf/ft3 .

1.3.2 MASSAESPECÍFICA

Amassaespecíficadeumasubstânciaéamassadessasubstânciapelaunidadedevolume
queelaocupa.

( rô ) = massa específica
= m
m massa da substância
V
V volumeocupado pela substância

Asunidadesmaisusuaissão:kg/m3 (SI), kg/dm3, lb/ft3.

1.3.3 RELAÇÃOENTREPESOESPECÍFICOEMASSAESPECÍFICA

Comoopesodeumasubstância é o produto de sua massapelaconstanteaceleraçãoda


gravidade,resultaaseguinterelaçãoentrepesoespecíficoemassaespecífica.

( gama ) = pesoespecífico
= . g ( rô ) = massa específica
g aceleração dagravidade = 9,81m/s 2

11
1.3.4 DENSIDADE

Densidadedeumasubstânciaéarazãoentreopesoespecíficooumassaespecíficadessa
substância e o pesoespecífico oumassa específicadeumasubstância de referência em
condiçõespadrão.Parasubstânciasemestadolíquidoousólido,asubstânciadereferência
éaágua.Parasubstânciasemestadogasosoasubstânciadereferênciaéoar.
Adotaremos a água a temperatura d e 1 5 0 C(59 0F), aoníveldomar*,comosubstânciade
referência.
*temperaturausadacomopadrãopeloAPI(AmericanPetroleumInstitute).

fluido fluido
d = d =
fluidopadrão fluido padrão

Obs.:Adensidadeéumíndiceadimensional.

Em alguns ramos da indústria, pode-se encontrar a densidade expressa em graus, tais


comoosgrausAPI(IndústriaPetroquímica),osgrausBAUMÉ(IndústriaQuímica)eograus
BRIX(IndústriadeAçucareAlcool).
Estesgrauspodemserconvertidosemdensidade,atravésdetabelas.
IMPORTANTE: Em algumas publicações, o termodensidade,podeserencontrado com a
definiçãode massaespecífica.

1.4 VISCOSIDADE

É a propriedadefísicadeumfluidoqueexprime sua resistência aocisalhamentointerno,


istoé, aqualquerforçaquetendaaproduziroescoamentoentresuascamadas.
A viscosidade tem umaimportante influência no fenômeno doescoamento, notadamente
nas perdas de pressão dos fluidos. A magnitude do efeito, depende principalmente da
temperaturaedanaturezadofluido.Assim,qualquervalorindicadoparaaviscosidadede
um fluido deve sempre informar a temperatura, bem como a unidade que a mesma é
expressa.
Notarquenoslíquidos,aviscosidadediminuicomoaumentodatemperatura.

12
1.4.1 LEIDENEWTON

Newton descobriu que em muitos fluidos, a tensão de cisalhamento é proporcional ao


gradientedevelocidade,chegandoaseguinteformulação:

tensãodecisalhamento
dv
= coeficientedeproporcionalidade
dy
dv
gradientedevelocidade
dy

Os fluidos que obedecem esta lei, são os chamados fluidos Newtonianos e os que não
obedecemsãooschamadosnãoNewtonianos.
A maioria dos fluidos que são de nosso interesse, tais como água, vários óleos, etc;
comportam-sedeformaaobedecerestalei.

1.4.2 VISCOSIDADEDINÂMICAOUABSOLUTA

Aviscosidadedinâmicaouabsolutaexprimeamedidadasforçasinternasdeatritodofluido
e é justamente o coeficiente de proporcionalidade entre a tensão de cisalhamento e o
gradientedevelocidadedaLeideNewton.
Osímbolonormalmenteutilizadoparaindicá-laéaletra " "(mü).

2
As unidades mais usuais são o centiPoise (cP), o Poise (98,1P = 1 kgf.s/m ); o Pascal
2
segundo(1Pa.s=1N.s/m ) (SI).

1.4.3 VISCOSIDADECINEMÁTICA

Édefinidacomo o quocienteentreaviscosidadedinâmicaeamassaespecífica,ouseja:

viscosidade cinemática

= viscosidadedinâmica

massa específica

13
Osímbolonormalmenteutilizado paraindicá-laé letra" "(nü).

2 2
AsunidadesmaisusuaissãoocentiStoke(cSt),oStoke(1St=1cm/s);om /s(SI)

1.4.4 OUTRASESCALASDEVISCOSIDADE

Na prática, além das unidades usuais já vistas, a viscosidade pode ser especificada de
acordo com escalas arbitrárias, de um dos vários instrumentos utilizados para medição
(viscosímetros).
Algumasdessasescalas,taiscomoo Saybolt e a Redwood , são baseadasnotempoem
segundos requeridoparaqueumacertaquantidadedelíquidopasseatravésdeumorifício
outubopadronizado e sãodessaformaumamedidadeviscosidadecinemática.
O viscosímetro de "corpogirante" expressa a viscosidade absoluta, enquanto o Engler
temescalaemgrauseindicaoquocienteentreotempodeescoamentodeumdadovolume
delíquidoeotempodeescoamentodeummesmovolumedeágua.

Asescalasmaisusuaissão:

0
Alemanha -Engler(expressaemgraus E);
Inglaterra -Redwood1eRedwoodAdmiralty(expressaemsegundos);
Estados Unidos - Second Saybolt Universal "SSU" e Second Saybolt Furol "SSF"
(expressaemsegundos);
3
França -Barbey(expressaemcm /h).

A viscosidade cinemática de um fluido, em cSt, pode ser obtida através da sua


viscosidadeabsoluta em cP,edasuadensidade d,natemperaturaemquestão,pela
relação:

viscosidadecinemática(cSt);

= viscosidadedinâmica(cP);
d
d densidade.

14
Além das escalas descritasanteriormente, a Society ofAutomotive Engineers (SAE), dos
Estados Unidos, tem uma escala própria para lubrificantes utilizados em máquinas e
engrenagens, cuja relação com a viscosidade expressa em centiStokes está ilustrada a
seguir:

Viscosidade
Líquido 0
F 0
C
SSU Centistokes
165a 240 35,4a 51,9 100 37,8
SAE10 90a 120 18,2a 25,3 130 54,4

240a 400 51,9a 86,6 100 37,8


SAE20 120a 185 25,3a 39,9 130 54,4

400a 580 86,6a125,5 100 37,8


SAE30 185a 255 39,9a55,1 130 54,4

580a 950 125,5a 205,6 100 37,8


SAE40 255 a 55,1 a 130 54,4
80 15,6 210 98,9

950a1600 205,6a 352 100 37,8


SAE50 80a 105 15,6a 21,6 210 98,9

1600a 2300 352a 507 100 37,8


SAE60 105a 125 15,6a 21,6 210 98,9

2300a 3100 507a 682 100 37,8


SAE70 125a 150 26,2a 31,8 210 98,9

SAE10 W 5000a10000 1100 a 2 2 0 0 0 -17,8

SAE20 W 10000a40000 2200a8800 0 -17,8

SAE80 100.000 máx 22.000máx 0 -17,8

SAE90 800a1500 173,2a 324,7 100 37,8


150a 200 64,5a108,2 130 54,4

950a2300 205,6a 507 130 54,4


SAE140 300a 500 25,1a 42,9 210 98,9

Acimade2300 Acimade507 130 54,4


SAE250 Acimade200 Acimade42,9 210 98,9

15
1.5 PRESSÃO

Éaforçaexercidaporunidadedeárea.

P pressão
F
P = F força
A A área

2 2 2
Asunidadesmaisusuaissão:kgf/cm;kgf/m;bar(1bar=1,02kgf/cm;psi(1psi=0,0689
2 -5 2 2
kgf/cm );Pascal (1Pa(SI)=1,02x10 kgf/cm );atmosfera(1atm=1,033kgf/cm);mmHg
2
(1mmHg=0,00136kgf/cm ).

1.5.1 LEIDEPASCAL

"Apressãoaplicadasobreumfluidocontidoemumrecipientefechadoageigualmenteem
todasasdireçõesdofluidoeperpendicularmenteàsparedesdorecipiente"

1.5.2 TEOREMADESTEVIN

"Adiferençadepressão entredois pontosdeumfluidoemequilíbrioéigualaoprodutodo


pesoespecíficodofluidopeladiferençadecotaentreosdoispontos",ouseja:

16
pB - pA = .h
A

h pA pressão no ponto A
B pB pressão no ponto B
h diferença de cotas entreospontosAeB
peso específico do fluido

patm
pA = patm+ .h

pA pressãonopontoA
pressão atmosférica local h
patm
h diferença de cotas e n t r e o s p o n t o s A e o A
nível do fluido no reservatório
peso específicodofluido

Importante:

1)paradeterminaradiferençadepressãoentredoispontos,nãoimportaadistânciaentre
eles,massim,adiferençadecotasentreeles;
2)apressãodedoispontosemummesmonível,istoé,namesmacota,éamesma;
3)apressãoindependedoformato,dovolumeoudaáreadabasedoreservatório.

p A = pB

C D p C = pD
h
A B p A - pC = p B - pD = .h

17
1.5.3 CARGADEPRESSÃO/ALTURADECOLUNADELÍQUIDO

h cargadepressãooualturadecolunadelíquido(m);
h = p x 10 p pressão ( kgf/cm2 )
peso específico( k g f / d m3 )

IMPORTANTE:Multiplica-seaexpressãoacimapor10,paraobtermosacargadepressão
oualturadecolunadelíquidoemmetros,seutilizarmosasunidadesinformadas.

1.5.4 INFLUÊNCIA DO PESO ESPECÍFICO NA RELAÇÃO ENTRE PRESSÃO E


ALTURADECOLUNADELÍQUIDO:

a)paraumamesmaalturadecolunadelíquido,líquidosdepesosespecíficosdiferentestem
pressõesdiferentes.

água 100m salmoura 100m gasolina 100m


=1,0 =1,2 =0,75

10kgf/cm 2 12kgf/cm2 7,5kgf/cm 2

b) para uma mesma pressão, atuando em líquidos com pesos específicos diferentes, as
colunaslíquidassãodiferentes.

gasolina
133,33m
água =0,75
100m
=1,0
salmoura
83,33m
=1,2

10kgf/cm2 10kgf/cm2 10kgf/cm2

18
1.5.5 ESCALASDEPRESSÃO

1.5.6 PRESSÃOABSOLUTA(Pabs)

É a pressão medida em relação ao vácuo total ou zero absoluto.Todos os valores que


expressampressãoabsolutasãopositivos.

1.5.7 PRESSÃOATMOSFÉRICA(Patm)

Éapressãoexercidapelopesodaatmosfera.
Apressão atmosféricanormalmenteé medida por um instrumento chamado barômetro,
daí o nome pressãobarométrica.
Apressãoatmosféricavariacomaaltitudeedependeaindadascondiçõesmeteorológicas,
sendo que ao nível do mar, em condições padronizadas, a pressão atmosférica tem um
valorde

2 5 2
Patm = 1,033 kgf/cm = 760mmHg=1,033 x 10 N/m =
3 2
2,1116 x 1 0 lb/pé =29,92polegadasdeHg.

Para simplificação de alguns problemas, estabeleceu-se a Atmosfera Técnica, cuja


2
pressãocorrespondea10mdecolunadelíquido,oquecorrespondea1 kgf/cm .

1.5.8 PRESSÃOMANOMÉTRICA(Pman)

Éapressãomedida,adotando-secomoreferênciaapressãoatmosférica.
Estapressãoénormalmentemedidaatravésdeuminstrumentochamado manômetro,daí
suadenominação manométrica,sendotambémchamadade pressãoefetivaoupressão
relativa.
Quando a pressão é menor que a atmosférica, temos pressão manométrica negativa,
tambémdenominadadevácuo(denominaçãonãocorreta)oudepressão.
O manômetro,registravalores depressão manométrica positiva; o vacuômetro registra
valores de pressão manométrica negativa e o manovacuômetro registra valores de
pressão manométrica positiva e negativa. Estes instrumentos, sempre registram zero
quando abertos à atmosfera, assim, tem como referência (zero da escala) a pressão
atmosféricadolocalondeestásendorealizadaamedição,sejaelaqualfor.

19
1.5.9 RELAÇÃOENTREPRESSÕES

Pelasdefiniçõesapresentadas,resultaaseguinterelação:

Pabs = Patm+Pman

1.5.10 ESCALASDEREFERÊNCIAPARAMEDIDASDEPRESSÃO

pressão relativa pressãorelativapositiva


correspondente correspondente
aopontoA aopontoA

pressãoatmlocal
erro desprezível
pressãoabsoluta
correspondente atmosfera técnica
pressão relativa aopontoA pressãorelativanegativa
correspondente correspondente
a o pontoB aopontoB
Hb=10,33mca 10mca

B pressãoabsoluta
correspondente
aopontoB linha
depressãonula

0%deatmosferas 100%devácuo

1.5.11 PRESSÃODEVAPOR

Pressãodevapordeumfluido aumadeterminadatemperaturaéaquelanaqualcoexistem
asfaseslíquidoevapor.
Nessa mesmatemperatura, quando tivermosumapressãomaior queapressãodevapor,
haverá somente a fase líquida e quando tivermos uma pressão menor que a pressão de
vapor,haverásomenteafasevapor.

20
Ográficoabaixo,chamadoisotérmico,ilustraofenômenodescrito:

T = temperatura

T5
T4
T3
LÍQUIDO+VAPOR T2
T1
T0

Volume

T 5 > T4 > T3 > T2 > T1 > T 0

Nota-se queamedidaqueaumentaatemperatura,apressãodevaporaumenta, assim,


caso a temperatura seja elevada até um ponto em que a pressão de vapor iguale, por
exemplo,apressãoatmosférica,olíquidosevaporiza,ocorrendoofenômenodaebulição.
A pressão de vapor tem importância fundamental no estudo das bombas, principalmente
noscálculosde NPSH,comoveremosadiante.

21
1.6 ESCOAMENTO

1.6.1 REGIMEPERMANENTE

Diz-se queumescoamentosedáemregimepermanente,quando as condiçõesdofluido,


tais como temperatura, peso específico, velocidade, pressão, etc., são invariáveis em
relaçãoaotempo.

1.6.2 REGIMELAMINAR

É aquelenoqualosfileteslíquidossão paralelosentresieasvelocidadesemcada ponto


sãoconstantesemmóduloedireção.

1.6.3 REGIMETURBULENTO

É aquele no qual as partículas apresentam movimentos variáveis, com diferentes


velocidadesemmóduloedireçãodeumpontoparaoutroenomesmopontodeuminstante
paraoutro.

1.6.4 EXPERIÊNCIADEREYNOLDS

OsborneReynolds,em1833,realizoudiversasexperiências,ondepodevisualizarostipos
de escoamentos. Deixando a água escorrer pelo tubo transparente juntamente com o
líquido colorido, forma-se um filete desse líquido. O movimento da água está em regime
laminar. Aumentando a vazão da água, abrindo-se a válvula, nota-se que o filete vai se
alterandopodendochegaradifundir-senamassalíquida,nessecaso,omovimentoestaem
regimeturbulento.

22
LÍQUIDOCOLORIDO

ÁGUA

VÁLVULA

TUBO
TRANSPARENTE
FILETEDOLÍQUIDO
COLORIDO

Estesregimes foram identificados por um númeroadimensional.

Re Númerode Reynolds
Re = v x D v velocidadedeescoamentodofluido
D diâmetro internoda tubulação
viscosidade cinemáticadofluido

1.6.5 LIMITESDONÚMERODEREYNOLDSPARATUBOS

Re 2000 escoamento laminar

2000 Re 4000 escoamentotransitório

Re 4000 escoamentoturbulento

Notar que o número deReynolds é um número adimensional, independendo portanto do


sistemadeunidadesadotado,desdequecoerente.
Deumaformageral,naprática,oescoamentosedáemregimeturbulento,exceçãofeitaa
escoamentoscomvelocidadesmuitoreduzidasoufluidosdealtaviscosidade.

23
1.7 VAZÃOEVELOCIDADE

1.7.1 VAZÃOVOLUMÉTRICA

Vazão volumétrica é definida como sendo o volume de fluido que passa por uma
determinadasecçãoporunidadedetempo.

Q vazãovolumétrica
V V volume
Q =
t
t tempo

3 3
Asunidadesmaisusuaissão:m /h;l/s;m/s; GPM(galõesporminuto).

1.7.2 VAZÃOMÁSSICA

Vazão mássica é a massa de fluido que passa por determinada seção , por unidade de
tempo.

Qm vazão mássica
m
Qm = m massa
t
t tempo

.
Asunidadesmaisusuaissão:kg/h;kg/s;t/h;lb/h.

1.7.3 VAZÃOEMPESO

Vazãoempesoéopesodofluidoquepassapordeterminadaseção,porunidadedetempo.

Qp vazãoem peso
G
Qp = G peso
t
t tempo

Asunidadesmaisusuaissão:kgf/h;kgf/s;tf/h;lbf/h.
24
1.7.4 RELAÇÃO ENTRE VAZÕES

Comoexisteumarelaçãoentrevolume,massaepeso,podemosescrever:

Qm Qp
Q = =

Emnossosestudos,utilizaremosprincipalmenteavazãovolumétrica,aqualdesignaremos
apenasporvazão(Q).

1.7.5 VELOCIDADE

Existeumaimportanterelaçãoentrevazão,velocidadeeáreadaseçãotransversaldeuma
tubulação:

diâmetro área
velocidade

Q vazãovolumétrica
v velocidade do escoamento
Q
Q = v A X V= A áreadatubulação
A
D diâmetro internodatubulação
pi = 3,14...

área de tubulaçôes D2
A =
X

redondas 4

25
1.8 EQUAÇÃODACONTINUIDADE

Consideremososeguintetrechodatubulação:
A2

A1 A1 área daseção1
A2 área daseção 2
v1 velocidade n a s e ç ã o 1
v2 velocidade n a s e ç ã o 2

Se tivermos um escoamento em regime permanente através da tubulação indicada, a


massafluidaqueentranaseção1éigualamassaquesainaseção2,ouseja:

Qm1 = Qm2

ComoQm=Q. ,setivermosumfluidoincompressível,avazãovolumétricaqueentrana
seção1tambémseráigualavazãoquesainaseção2,ouseja:

Q1 = Q2

Comarelaçãoentrevazãoevelocidade,Q=v.A,podemosescrever:

Q1 = v1 . A1 = Q 2= v 2 . A 2

Essa equação é valida para qualquer seção do escoamento, resultando assim uma
expressãogeralqueéa EquaçãodaContinuidade parafluidosincompressíveis.

Q = v . A = constante

Pelaequaçãoacima,nota-sequeparaumadeterminadavazãoescoandoatravésdeuma
tubulação,umareduçãodeáreaacarretaráumaumentodevelocidadeevice-versa.

26
1.9 ENERGIA

1.9.1 PRINCÍPIODACONSERVAÇÃODEENERGIA

Aenergianãopodesercriadanemdestruída,masapenastransformada,ouseja,aenergia
totaléconstante.
Veremosqueaenergiapodeapresentar-seemdiversasformas,dasquaisdestacaremosas
demaiorinteresseparanossosestudos.

1.9.2 ENERGIAPOTENCIAL,DEPOSIÇÃOOUGEOMÉTRICA(Hgeo)

A energiapotencialdeumponto emumfluidoporunidadedepesoédefinidacomoacota
destepontoemrelaçãoaumdeterminadoplanodereferência.

1.9.3 ENERGIADEPRESSÃO(Hpr)

Aenergiadepressãoemumpontodeumdeterminadofluido,porunidadedepesoédefinida
como:

Hpr energia depressão


p
Hpr = p pressãoatuantenoponto
peso específico do fluido

1.9.4 ENERGIACINÉTICAOUDEVELOCIDADE(Hv)

Aenergiacinéticaoudevelocidadedeumpontoemumdeterminadofluidoporunidadede
pesoédefinidacomo:

2 Hv energia develocidade
v
Hv = v velocidadedeescoamento dofluido
2g
g aceleração dagravidade

27
1.10 TEOREMADEBERNOUILLI

O teorema de Bernouilli é um dos mais importantes da hidráulica e representa um caso


particulardoPrincípiodaConservaçãodeEnergia.
Considerando-se como hipótese um escoamento em regime permanente de um líquido
perfeito, sem receber ou fornecer energia e sem troca de calor, a energia total, ou carga
dinâmica, que é a soma da energia de pressão, energia potencial e energia cinética, em
qualquerpontodofluidoéconstante,ouseja:

p v
2

Hgeo + + = constante
2g

Considerandoafiguraabaixo:

plano de cargatotal
2
v 1
2
2g v2
2g
p1

v1 p2

A1
A2

Z1
v2
Z2
plano de referência

p
Alinhapiezométricaédeterminadapelasomadostermos( Z + )paracadaseção.

2 2
p1 v1 p2 v2
Z1 + + = Z2 + +
2g 2g

28
1.10.1 ADAPTAÇÃODOTEOREMADEBERNOUILLIPARALÍQUIDOSREAIS

Noitemanterior,consideramosa hipótesedeumlíquidoperfeito,não levando e m c o n t a o


efeitodasperdasde energiaporatritodolíquidocomatubulação,aviscosidade,etc.
Considerando-se líquidosreais,faz-se necessária a adaptação doTeorema deBernouilli,
introduzindo-seumaparcelarepresentativadestasperdas,comomostradoabaixo:

planodecarga total
2
v1 Hp
2g 2
v2
p1 2g

v1 p2

A1
A2

Z1
v2
Z2
planodereferência

p1 v1 2 p2 v22
Z1 + + = Z2 + + + Hp
2g 2g

OtermoHpéaenergiaperdidapelolíquido,porunidadedepeso,noescoamentodoponto1
paraoponto2.

29
1.11 PERDASDECARGAEMTUBULAÇÕES

1.11.1 INTRODUÇÃO

A perda de carga no escoamento em uma tubulação, ocorre devido ao atrito entre as


partículasfluidascomasparedesdo tubo e mesmodevidoaoatritoentreestaspartículas
.Em outras palavras, é uma perda de energia ou de pressão entre dois pontos de uma
tubulação.

1.11.2 TIPOSDEPERDADECARGA

1.11.3 DISTRIBUÍDA

Sãoaquelasqueocorrememtrechosretosdetubulações.

L
P1 P1 > P2 P2

1 2

1.11.4 LOCALIZADA

Sãoperdasdepressãoocasionadaspelaspeçasesingularidadesaolongoda tubulação,
taiscomocurvas,válvulas,derivações,reduções,expansões,etc.

P1 P 1 > P2 P2

1 2

1.11.5 TOTAL

É a soma das perdas de carga distribuídas em todos os trechos retos da tubulação e as


perdasdecargalocalizadasemtodasascurvas,válvulas,junções,etc.

30
1.11.6 FÓRMULASDEPERDADECARGADISTRIBUÍDA

As perdas de carga distribuídas e localizadas no escoamento em tubulações podem ser


determinadas através das medidas de pressão. Por outro lado, estas perdas podem ser
calculadasatravésdefórmulasexperimentaisouempíricas,conhecendo-seasdimensões
datubulação,característicasdolíquido,conexões,etc.

1.11.7 FÓRMULADEFLAMANT(1892)

Afórmula de Flamant é utilizada para tubos de paredes lisas, com limite de emprego de
10mmaté1000mmdediâmetro,paraescoamentocomágua.

J perdadecargadistribuídaemrelação
aocomprimentodotubo(m/m)
Hp perda de cargadistribuída(m)
Hp 4b v7
J = = L comprimentodotrechoretodo tubo(m)
L D D
D diâmetro internodatubulação (m)
v velocidade médiadoescoamento (m/s)
b coeficientedeFlamant(adimensional)
CoeficientesdeFlamant

MATERIAL b
Ferro fundido ou aço 0,00023
Concreto 0,000185
Chumbo 0,000140
Plástico(PVC) 0,000135

1.11.8 FÓRMULADEFAIR-WHIPPLE-HSIAO(1930)

Asfórmulasde Fair - Whipple - Hsiao são usadaspara tubos depequenosdiâmetros, ou


seja,até100mm,conduzindo água.

31
Tubodeferrogalvanizado Tubodecobreoulatão

Hp 0,002021 Q1,88 Hp Q1,75


J = = x J = = 0,0086 x 4,75
L D4,88 L D

J perdade c argadistribuídaemrelação aocomprimento dotubo (m/m)


Hp perdade c argadistribuída(m)
L comprimentodotrechoreto dotubo(m)
Q vazão(l/s)
D diâmetro internodo tubo(m)

1.11.9 FÓRMULADEHAZEN-WILLIANS

A fórmula de Hazen - Willians é muito utilizada no meio industrial, sendo válida para
diâmetrosacimade50mmeescoamentocomágua.

Q
Hp
J = = 10,643 . Q1.85 . C -1,85 . D-4,87
L

J perdade c argadistribuídaemrelação aocomprimento dotubo (m/m)


Hp perdade c argadistribuída(m)
L comprimentodotrechoreto dotubo(m)
3
Q vazão(m/s)
D diâmetro internodo tubo(m)
C coeficiente deHazen-Willians(adimensional)

32
ValoresdeCquedependemdomaterialeestadodasparedesdotubo:

MATERIAL C
Açocorrugado (chapa ondulada) 060
Açocom juntas "Look-Bar" novas 130
Açogalvanizado novoeemuso 125
Açorebitadonovo 110
Açorebitadoem uso 085
Açosoldadonovo 120
Açosoldadoem uso 090
Açosoldadocomrevestimentoesp.novo e em uso 130
Chumbo 130
Cimento amianto 140
Cobre 130
Concreto bem acabado 130
Concreto acabamento comum 120
Ferrofundidonovo 130
Ferrofundidoemuso 090
Ferrofundidorevestidodecimento 130
Gréscerâmico vidrado(Manilha) 110
Latão 130
Madeira emaduelas 120
Tijoloscondutosbem executados 100
Vidro 140
Plástico 140

33
TIPO DE TUBO IDADE/ANOS DIÂMETRO (mm) C

Até-100 118
100-200 120
NOVO
200-400 125

400-600 130
Até-100 107
100-200 110
10ANOS
200-400 113
FERRO
400-600 115
FUNDIDO
Até-100 89
PICHADO
100-200 93
20ANOS
200-400 95
400-600 100
Até-100 65
100-200 75
30ANOS
200-400 80
400-600 85
Até-100 120
FERROFUNDIDO 100-200 130
CIMENTOAMIANTO NOVOOU
USADO 200-400 135
400-600 140

AÇO REVESTIDO NOVOOU 500 - 1 000 135


INTERNAMENTE USADO > 1000 140
Até 50 125
NOVOOU 50-100 135
PVC USADO
100-300 140

TUBO DE CONCRETOARM. NOVOOU Até 600 = fe. f.cime.


PROTENDIDOCENTRIFUG. USADO > 600 = açorevest.
AÇOS/REVESTIMENTO NOVO = Ferro fundidonovo pichado
SOLDADO USADO Ferrofundido usado pichado
AÇOS/REVESTIMENTO NOVO = Ferrofundidocom 10 anos
REBITADO USADO nomín. = Ferrof. com20anos

34
1.11.10 FÓRMULADEDARCY-WEISBACK

Afórmula de Darcy - Weisbackéutilizadaparadiâmetrosacimade50mmeéválidapara


fluidosincompressíveis.

Hp perda d e carga distribuída(m)


L comprimento do trecho retodotubo(m)
2
L v D diâmetro internodatubulação(m)
Hp = f x
D 2g v velocidade médiadoescoamento (m/s)
f coeficientedeatrito(adimensional)
2
g aceleração da gravidade(m/s)
Coeficientedeatritof:

É umcoeficienteadimensional,doqualéfunçãodoNúmerodeReynoldsedarugosidade
relativa.Arugosidaderelativaédefinidacomok/D.

Onde: k=rugosidadedaparededotubo(m)
D=diâmetrodotubo(m).

Rugosidades das paredesdostubos

MATERIAL k (m) - TUBOSNOVOS k ( m) - TUBOSVELHOS


Açogalvanizado 0,00015- 0,00020 0,0046
Açorebitado 0,0010-0,0030 0,0060
Açorevestido 0,0004 0,0005-0,0012
Açosoldado 0,00004 - 0,00006 0,0024
Chumbo lisos lisos
Cimento amianto 0,000013 ---------
Cobre ou latão lisos lisos
Concreto bem a cabado 0,0003-0,0010 ---------
Concreto ordinário 0,0010-0,0020 ---------
Ferroforjado 0,00004 - 0,00006 0,0024
Ferrofundido 0,00025 - 0,00050 0,0030-0,0050
Madeira com aduelas 0,0002-0,0010 ---------
Manilhas cerâmicas 0,0006 0,0030
Vidro lisos lisos
Plástico lisos lisos

35
1.11.11 DETERMINAÇÃODOCOEFICIENTEDEATRITO,UTILIZANDOO DIAGRAMA
DEMOODY-ROUSE

36
1.11.12 EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DEATRITO " f " POR
MOODY:

0
Determinar f paraáguaescoandoa 20C,emumtubodeferrofundidonovo,dediâmetro
3
200mm,comumavazãode0,0616m/s.

0
Dados: t=20C;
Material=ferrofundido
D=200mm
3
Q=0,0616m/s.
2
=0,000001m /s

0
1 Determina-seavelocidademédiadoescoamento:v(m/s)

Q = v .A Q= v . D2 v = 4 0,0616 v = 1,961m/s
2
4 . 0,2

0
2 Determina-seonúmerodeReynolds:Re

v .D
Re = 1,961 . 0,2
5
Re = Re = 3,92 . 10
0,000001

Re = 392200 escoamento turbulento

0
3 Determina-searugosidaderelativa:k/D

ParaFerrofundidonovo,k=0,00025m

k = 0,00025 k = 0,00125
D 0,2 D

0 5
4 NodiagramadeMoody,comRe=3,92.10 e k/D=0,00125:

f=0,021

37
1.11.13 LIMITAÇÕESQUANTOAOEMPREGODAS FÓRMULASAPRESENTADAS

A fórmula de Flamant é usada somente para escoamento com água, tendo tubos de
paredes lisas, tipo PVC, ou condutos hidraulicamente lisos, para número de Reynolds
5
inferioresa10.

AfórmuladeFair-Whipple-Hsiao éusadaparaescoamentoscomáguaemtubosfeitos
dequalquermaterial,masparapequenosdiâmetros,nomáximoaté100mm.

A fórmula de Hazen - Willians é teoricamente correta e precisa. É utilizada para


escoamentoscomágua,aplicadasatisfatoriamenteemqualquertipodecondutoematerial.
Os seus limites de aplicação são os mais largos, atingindo diâmetros de 50 a 3500 mm.
5
TodaviaelaécorretaparatubolisoeRe=10 , masforadessasituação,amesma não é
recomendada.

AfórmuladeDarcy-Weisback é umadasmaisempregadas na indústria, poispodeser


utilizadaparaqualquertipodelíquido(fluidoincompressível)eparatubulaçõesdequalquer
diâmetroematerial.

1.11.14 FÓRMULASDEPERDADECARGALOCALIZADA

1.11.15 EXPRESSÃOGERAL

Deummodogeral,todasasperdasdecargapodemserexpressassobaforma:

Hp perdadecargalocalizada (m)
2
v
Hp = K x K coeficienteobtidoexperimentalmente
2g
v velocidade médiadolíquido na
entrada dasingularidade (m/s)
2
g aceleração dagravidade (m/s )

38
ValoresdeK,obtidosexperimentalmente

PEÇASQUEOCASIONAMAPERDA K
Ampliaçãogradual 0,30
Bocais 2,75
Comportaaberta 2,50
Controlador de vazão 2,50
0
Cotovelo de 90 0,90
0
Cotovelo de 45 0,75
Crivo 0,40
Curva de90 0 0,40
Curva de45 0 0,20
Curva de22,50 0,10
Entrada normal em canalização 0,50
Entradade borda 1,00
Pequenaderivação 0,03
Junção 0,40
Medidor Venturi 2,50
Reduçãogradual 0,15
Registrodeângulo aberto 5,00
Registrodegaveta aberto 0,20
Registrodeglobo aberto 10,0
Tê, passagemdireta 0,60
Tê, passagemde lado 1,30
Tê,saídadelado 1,30
Tê, saídabilateral 1,80
Válvula depé 1,75
Válvula deretenção 2,50
Velocidade 1,00

39
ValoresdeK,obtidosexperimentalmente

ESTREITAMENTO BRUSCO

ÁreaA v H p = K . v2 K = 4/9(1-A/B)
2g
Área B

ENTRADADEUMATUBULAÇÃO

v v

Reentrante ou deborda Normal


k=1,0 K = 0 ,5

v v

Forma desino Redução


k = 0,05 k = 0,10

ÁreaA v Área B DIAFRAGMA DEPAREDE


(PLACA D E ORIFÍCIO)

A/B 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
K 225,9 47,77 17,51 7,801 3,753 1,796 0,791 0,290 0,068

40
ValoresdeK,obtidosexperimentalmente

A LARGAMENTOBRUSCO DESEÇÃO

ÁreaA Área H p = K . V 2 2
v K = 4/9 ( 1 - A / B )
B 2g

SAÍDADE CANALIZAÇÃO v

K = 1 ,06a 1,10 K = 1,0

A LARGAMENTOGRADUALDESEÇÃO

2
Hp = K (V - v ) V v
2g A
B

0 0 0 0 0 0 0 0
5 10 20 40 60 70 80 120
K 0,13 0,17 0,42 0,90 1,10 1,20 1,08 1,05

R EDUÇÃO G RADUAL

v V Hp = K . v2
2g
B
A K=0,04a0,15

41
CURVAS

R/D 1 1,5 2 4 6 8

K 0,13 0,17 0,42 0,90 1,10 1,20


v

k= 0,131+1,847( D ) 3,5
0
90 2R R

JOELHO D
OUCOTOVELO

k = 0,9457sen2 + 2,05 sen4


2 2

REGISTRO DE G AVETA

a 7 3 5 1 3 1 1
D 8 4 8 2 8 4 8

a
A 0,948 0,856 0,740 0,609 0,466 0,315 0,159
a

k 0,07 0,26 0,81 2,06 5,52 17,0 97,8


D
a = Áreadeabertura depassagem
A = área d a tubulação

42
1.11.16 MÉTODODOCOMPRIMENTOEQUIVALENTE

Uma canalizaçãoquepossuiaolongodesuaextensãodiversassingularidades,equivale,
sobopontodevistadeperdadecarga,aumencanamentoretilíneodecomprimentomaior,
semsingularidades.
O método consiste em adicionar à extensão da canalização, para efeito de cálculo,
comprimentos tais que correspondam à mesma perda de carga que causariam as
singularidadesexistentesnacanalização.

válvuladeretenção

válvula gaveta
0 0
cotovelo 90
cotovelo 900

válvula de p é

ComprimentoEquivalente

UtilizandoafórmuladeDarcy-Weisback,tem-se:

2
Hp = f . Leq . v
D 2g

43
44
COTOVELO90°
RAIOLONGO
COTOVELO90°
RAIOMÉDIO
COTOVELO90°
RAIOCURTO
COTOVELO45°
CURVA 90°
R/D-11/2
CURVA 90°
R/D-1
CURVA 45°
ENTRADA
NORMAL
ENTRADA
DE BORDA
REGISTRODE
GAVETAABERTO
REGISTRODE
GLOBOABERTO
REGISTRODE
ÂNGULOABERTO

PASSAGEM
DIRETA

SAÍDA
DELADO

SAÍDA
BILATERAL
VÁLVULADE
PÉECRIVO
SAÍDADA
CANALIZAÇÃO
VÁLVULADE
RETENÇÃO
TIPOLEVE
VÁLVULADE
RETENÇÃO
TIPOPESADO
1.11.17 COMPRIMENTOSEQUIVALENTESAPERDASLOCALIZADAS
1.11.18 COMPRIMENTOSEQUIVALENTESAPERDASLOCALIZADAS

REGISTROGLOBO

TÊ, Saída Bilateral

40” 1000 mm
REGISTRODEÂNGULO 36” 900mm
100,0m 30” 750mm

24” 600mm
50,0m
40,0m 20” 500mm
30,0m
16” 400mm
20,0m 14” 350mm
ENTRADA DEBORDA 12” 300mm
10,0m 10” 250mm

8” 200mm
5,0m
4,0m 6” 150mm
3,0m
5” 125mm
2,0m
4” 100mm

ENTRADANORMAL 1,0m
3” 75mm

63mm
0,5m
0,4m 50mm

COTOVELO45° 0,3m 38mm


0,2m 32mm

25mm
0,1m

19mm

13mm

REGISTRO DEGAVETA

45
1.11.19 TABELASDELEITURADIRETA

Com basenasformulações já apresentadase em dados experimentais, foram montadas


tabelas de fácil utilização, que expressam diretamente as perdas de carga dos principais
componentesdeumsistemadebombeamento,emfunçãodavazãoedodiâmetronominal
datubulação.
Temos como exemplo, a TABELA DE PERDAS DE CARGA da KSB Bombas Hidráulicas
S/A.

46
MÓDULO 2

Sistemas de Bombeamento

47
ÍNDICE

2 Introdução 51
2.1 Altura estáticaeAlturadinâmica 52
2.1.1 Alturaestática 52
2.1.2 Alturageométrica 52
2.1.3 Cargadepressão 52
2.2 Altura dinâmica 52
2.2.1 Perdadecargatotal(Hp) 52
2.2.2 Cargadevelocidade 52
2.3 Altura total dosistema 54
2.4 Altura de sucção 54
2.4.1 Alturageométrica desucção 54
2.4.2 Cargadepressão nasucção 54
2.4.3 Perdasdecarga nasucção 54
2.4.4 Cargadevelocidadenasucção 54
2.5 Esquemastípicosde sucção 55
2.6 Sucçãopositivaoubomba“afogada” 56
2.7 Sucçãonegativa ou bomba “ não afogada ” 56
2.8 Alturadedescarga ( Hd ) 57
2.8.1 Alturageométrica dedescarga(Hgeod ) 57
2.8.2 Cargadepressão nadescarga 57
2.8.3 Perdasdecarga nadescarga(Hps ) 57
2.8.4 Cargadevelocidadenadescarga 57
2.9 Esquemastípicosde descarga 57
2.10 Altura manométrica total 59
2.11 CálculodaAlturamanométricadosistema na fasedeprojeto 59
2.12 Cálculodaalturamanométricadosistemana fasedeoperação 60
2.13 Curva característicadosistema 60
2.13.1 Levantamento dacurvado sistema 61
2.14 Associaçãodesistemas 62
2.14.1 Associaçãoemsérie 62
2.14.2 Esquemadeumaassociaçãoemsérie 63
2.14.3 Associaçãoemparalelo 64
2.14.4 Esquemadeumaassociaçãoemparalelo 64
2.14.5 Associaçãomista 65
2.15 Variação de níveisemreservatórios 66
2.16 Bombeamento simultâneop/2oumaisreservatóriosdistintos 67
2.17 Abastecimentoporgravidade 69

49
SISTEMAS DEBOMBEAMENTO

2 INTRODUÇÃO

Neste módulo, abordaremos os parâmetros determinantes de um sistema de bombea-


mento,comconceitos,fórmulas paracálculoedemaiselementos.
O perfeito entendimento deste tema é fundamental para a compreensão e solução de
problemaspráticoscomosquaisnosdefrontaremosfreqüentementeemnossocampo,bem
como parapermitir o corretodimensionamento, seleção e operação dosequipamentos, o
queseráabordadonosmódulosseguintes.

51
2.1 ALTURAESTÁTICAEALTURADINÂMICA

2.1.1 ALTURAESTÁTICA
Aalturaestáticadeumsistemadebombeamentoécompostapelasseguintesparcelas:

2.1.2 ALTURAGEOMÉTRICA(Hgeo)

Éadiferençadecotaentreoníveldesucçãoeoníveldedescargadolíquido.Seotubode
descargaesta situadoacimadoníveldolíquidonoreservatório de descarga, entãoHgeo
devereferir-seàlinhadecentrodotubodedescarga.

2.1.3 CARGADEPRESSÃO

É a diferença de pressão existente entre o reservatório de descarga e o reservatório de


sucçãoemsistemasfechados.
Parasistemasabertos,estaparcelapodeserconsideradanula.

Estacargapodeserrepresentadaatravésdafórmula:

2.2 ALTURADINÂMICA
( prd - prs
(
Aalturadinâmicadeumsistemadebombeamentoécompostapelasseguintesparcelas:

2.2.1 PERDADECARGATOTAL(Hp)

É a somatória detodas as perdas de carga queocorrem no sistema, tais como perda de


carganastubulações,válvulas,acessórios,etc.
Notar que a perda de carga deve ser tanto na parte da sucção como no recalque da
instalação.

2.2.2 CARGADEVELOCIDADE

É a diferença entre a carga de velocidade do fluido no reservatório de sucção e no


reservatórioderecalque.
Naprática,estaparcelapodeserdesprezada.
(
Estacargapodeserrepresentadaatravésdafórmula:
( 2
vrd - vrs
2g
2

53
2.3 ALTURATOTALDOSISTEMA
A altura total do sistema, mais propriamente chamada de Altura Manométrica Total do
sistema,écompostapelaAlturaEstáticamais aAlturaDinâmica,ouseja:

prd - prs vrd2 - vrs2


H = Hgeo + + Hp +
2g

Sedesprezarmosacargadevelocidade,teremos:

prd - prs
H = Hgeo + + Hp

Parasistemasabertos,teremos:

H = Hgeo + Hp

2.4 ALTURADESUCÇÃO(Hs)

Aalturadesucçãoécompostapelasseguintesparcelas:

2.4.1 ALTURAGEOMÉTRICADESUCÇÃO(Hgeos)

Éadiferençadecotaentreoníveldoreservatóriodesucçãoealinhadecentrodorotorda
bomba.

2.4.2 CARGADEPRESSÃONASUCÇÃO( prs )

É a carga de pressão existente no reservatório de sucção.Este termo é nulo para


reservatóriosabertos.

2.4.3 PERDASDECARGANASUCÇÃO(Hps)

É a somatória detodasasperdasde cargaentre os reservatórios de sucção eabocade


sucçãodabomba.
2
2.4.4 CARGADEVELOCIDADENASUCÇÃO(vrs / 2 g )

É acargadevelocidadenoreservatóriodesucção.

54
Assim,aAlturadeSucçãopodeserexpressapor:

2
prs vrs
H = Hgeos + - Hps +
2g

IMPORTANTE:Notarque na expressãoacima,otermoHgeostemvaloralgébrico,istoé,
podeserpositivoou negativo, dependendodotipodeinstalaçãode sucção.

2.5 ESQUEMAS TÍPICOSDESUCÇÃO

Hgeos prs
Hs = Hgeos + - Hp

Hgeos Hs = Hgeos - Hp

Hgeos
Hs = - Hgeos - Hp

55
Nosexemplosanteriores,foiconsideradadesprezívelavelocidadedofluidonoreservatório
desucção,desprezando-seportantoacargadepressãocorrespondente.

2.6 SUCÇÃOPOSITIVAOUBOMBA"AFOGADA"

Dizemosqueasucçãodeumabombaépositivaouabombaestá"afogada",quandoonível
delíquidonoreservatóriodesucçãoestaacimadalinhadecentrodorotordabomba.Neste
caso,otermo Hgeosépositivo.

Hgeos

2.7 SUCÇÃONEGATIVAOUBOMBANÃOAFOGADA

Dizemosqueasucçãodeumabombaé negativaoubomba "nãoafogada",quandoonível


delíquidonoreservatóriodesucçãoestáabaixodalinhadecentrodorotordabomba.Neste
caso,otermo Hgeosénegativo.

Hgeos

OBS: Neste caso, estamos tomando como referência, a linha de centro da bomba, caso
tomarmoscomoreferênciaoníveldolíquidonoreservatório,altera-seossinais.

56
2.8 ALTURADEDESCARGA(Hd)

Aalturadedescargaécompostapelasseguintesparcelas:

2.8.1 ALTURAGEOMÉTRICADEDESCARGA(Hgeod)

Éadiferençadecotaentreoníveldoreservatóriodedescargaealinhadecentrodorotorda
bomba.

2.8.2 CARGADEPRESSÃONADESCARGA( prd )

É a carga de pressão existente no reservatório de descarga.Este termo é nulo para


reservatóriosabertos.

2.8.3 PERDASDECARGANADESCARGA(Hpd)

É a somatória de todasasperdasdecargaentreabocadedescargaeoreservatóriode
descargadabomba.

2
2.8.4 CARGADEVELOCIDADENADESCARGA( vrd 2g)

Éacarga develocidadedofluidonoreservatóriodedescarga.

Assim,aAlturadedescargapodeserexpressapor:

prd vrd2
H = Hgeod + + Hpd +
2g

2.9 ESQUEMASTÍPICOSDEDESCARGA

Nasfigurasaseguir,veremososprincipaisesquemasdedescarganosreservatórios:

57
Hgeod
Hgeod

Hd=Hgeod+Hp Hd = H g e o d + p r d + H p

Hgeod
Hgeod

Hd = Hgeod + Hp Hd = H g e o d + H p

Hgeod
Hgeod

Hd=Hgeod+Hp Hd = - Hgeod + Hp

58
Nosexemplosanterioresfoiconsideradadesprezívelavelocidadedofluidonoreservatório
dedescarga,desprezando-seportantoacargadepressãocorrespondente.

2.10 ALTURAMANOMÉTRICATOTAL

Altura Manométrica Total é a energia por unidade de peso que o sistema solicita para
transportar o fluido do reservatório de sucção para o reservatório de descarga, com uma
determinadavazão.
Nos sistemasqueestudaremos,essa energia é fornecidaporumabomba,sendoaAltura
Manométricatotal,umparâmetrofundamentalparaoselecionamentodamesma.
É importantenotarqueemumsistemadebombeamento,acondiçãorequerid a é a Vazão
(Q),enquantoquea AlturaManométricaTotal(H) é conseqüênciadainstalação.

2.11 CÁLCULODAALTURAMANOMÉTRICADOSISTEMAEMPROJETO

Como já vimos anteriormente, a Altura Manométrica Total de um sistema pode ser


calculadapor:

prd - prs vrd2 - vrs2


H = Hgeo + x10 + Hp +
2g

Hgeo alturageométrica(m)
prd pressãonoreservatório de descarga(kgf/cm2 )
prs pressãonoreservatório de sucção(kgf/cm2 )
3
pesoespecífico dofluido (kgf/dm)
Hp perdadecarga(m)
vrd2 velocidadenoreservatóriodedescarga (m/s)
vrs2 velocidadenoreservatóriode sucção(m/s)
g aceleração dagravidade (m/s2)
10 valor paraacertode unidades

Ou: H = Hd - H s

59
2.12 CÁLCULODAALTURAMANOMÉTRICADOSISTEMANAFASEDEOPERAÇÃO

Asformulações atéaquiapresentadas, sãoutilizadasparadeterminarmosaAlturaMano-


métrica Total do sistema em termos de projeto, ou seja, realizando-se cálculos para
determinaçãodasperdasdecarga,etc.
Quando, noentanto, já setiverumsistemainstalado e em operação, algumas grandezas
poderãoserobtidasdiretamentenaprópriainstalação.Nestecaso,emboraasformulações
apresentadas permaneçam válidas, a Altura Manométrica Total correspondente a uma
determinadavazãopoderáserobtidadaseguinteforma:

pd - ps vd2 - vs2
H = x10 + + Zsd
2g

pd pressãolida nomanômetroda descarga (kgf/cm2 )


ps pressãolida nomanômetroda sução (kgf/cm 2 )
3
pesoespecífico dofluido(kgf/dm)
vd2 velocidadedofluidonadescargada bomba (m/s)
2
vs velocidadedofluidonasucçãodabomba (m/s)
2
g aceleração dagravidade(m/s)
Zsd diferençadecotaentreaslinhasdecentrodosmanômetroscolocados
nasucçãoe descargadabomba (m)
10 valor paraacertode unidades
2.13 CURVACARACTERÍSTICADOSISTEMA

Os sistemas de bombeamento normalmente são compostos por diversos elementos, tais


comobombas,válvulas,tubulaçõeseacessórios,osquaissãonecessáriosparaobter-sea
transferênciadofluidodeumpontoparaoutro.
Jáfoimostradonosítensanteriores,comocalcularaAlturaManométricaTotaldosistema
para uma determinada vazão desejada. Os parâmetros Vazão (Q) e Altura Manométrica
Total(H)sãofundamentaisparaodimensionamentodabombaadequadaparaosistema.
Muitasvezes,noentanto,énecessárioconhecer-senãosomenteumpontodeoperaçãodo
sistema (Q e H ) , m a s a Curva CaracterísticadoSistema , ouseja,aAlturaManométrica
Total correspondente a cada vazão, dentro de uma determinada faixa de operação do
sistema.

60
Esta curva é de grande importância sobretudoemsistemas que incluem associações de
bombas, sistemas com variações de níveis nos reservatórios, sistemas com vazões
variáveis,etc.

2.13.1 LEVANTAMENTODACURVADOSISTEMA

A curva característica dosistemaé levantada plotando-seaAlturaManométrica Total em


funçãodavazãodosistema,conformeindicadoaseguir:

o
1 Passo: TomarumadasfórmulasparaobtençãodaAlturaManométricaTotal;

o
2 Passo: Fixaralgumasvazões dentrodafaixadeoperação do sistema. Sugere-sefixar
cercadecincopontos,entreelesopontodevazãonula(Q=0)eopontodevazãodeprojeto
(Q=Qproj);

o
3 Passo: DeterminaraAlturaManométricaTotalcorrespondenteacadavazãofixada;

o
4 Passo: PlotarospontosobtidosnumgráficoQxH,(vazãonoeixodasabcissasealtura
manométricanoeixodasordenadas),conformeilustradoaseguir:

H
curva do sistema

H4

H3
H2
H1
H0

Q0 Q1 Q2 Q3 Q4 Q

61
Acurvacaracterísticadeumsistemadebombeamentoapresentaduaspartes distintas,ou
seja,aparteestáticaeapartedinâmica.
A parteestática correspondeaalturaestáticaeindependedavazãodosistema,ouseja,a
cargadepressãonosreservatóriosdedescargaesucçãoeaalturageométrica.
A parte dinâmica corresponde a altura dinâmica, ou seja, com o fluido em movimento,
gerandocargadevelocidadenosreservatóriosdedescargaesucçãoeasperdasdecarga,
queaumentacomoquadrado davazãodosistema.

curva do sistema

parte dinâmica = Hp + vrd2 - vrs2


2g

parte estática = H g e o + p r d - p r s

2.14 ASSOCIAÇÃODESISTEMAS

Os sistemas de bombeamento muitas vezes são compostos por várias tubulações


interligadas,cadaumacomseusrespectivosacessórios(curvas,válvulas,reduções,etc).
Para obter-se a curva do sistema nestes casos, deve-se inicialmente proceder o
levantamentodacurvaparacadatubulaçãoindependentemente,comose as demais não
existissem,conformejávisto.
Emseguida,ascurvasobtidasdeverãosercompostasdeacordocomotipodeassociação
existente,emsérieouemparalelo.

2.14.1 ASSOCIAÇÃOEMSÉRIE

Naassociaçãoemsérie, para cada vazão,ovalordaAlturaManométricaTotal(H),seráa


somadasalturasmanométricascorrespondentedecadasistema.

62
2.14.2 ESQUEMADEUMA ASSOCIAÇÃOEM SÉRIE

Hgeo

Trecho 1

Trecho 2

curva dosistema
H associadoemsérie

H3+H3’

H2+H2’
H1+H1’

Hgeo

H3’
H3
H2’
H2
H1’
H1

Q1 Q2 Q3
Q

63
2.14.3 ASSOCIAÇÃOEMPARALELO

Naassociaçãoem paralelo,para cada Altura Manométrica Total, o valor davazãototaldo


sistema será a soma da vazão correspondente de cada tubulação. Assim, inicialmente,
procede-se o levantamento da curva de cada sistema individualmente, como se não
existisse outros, em seguida, para cada Altura Manométrica, somam-se as vazões
correspondentesemcadasistema,obtendo-seacurvadosistemaresultante.

2.14.4 ESQUEMADEUMAASSOCIAÇÃOEMPARALELO

Hgeo

sistema1
sistema2

sistema1éidênticoaosistema2

H4

H3
H2
H
Hgeo1

Q Q1 Q2 2Q Q 3 2Q1 2Q 2 2Q3

64
2.14.5 ASSOCIAÇÃOMISTA

Na associação mista, o procedimento é uma combinação dos anteriormente descritos,


conformesegue:

Suponhamosumsistemaformadopelostrechosdetubulaçõesindicadosabaixo:

sistema 2

sistema1 sistema4

sistema 3

Inicialmente, efetua-se a associação dos sistemas 2 e 3 em paralelo, obtendo-se a curva


característicadessaassociação,quechamaremosdesistema5.

sistema 1 sistema 5 sistema4

Em seguida, basta efetuar a associação dos sistemas 1 + 5 + 4 em série, conforme


procedimentojádescrito,obtendo-seassimacurvadosistemaresultante.

65
2.15 VARIAÇÃODENÍVEISNOSRESERVATÓRIOS

Muitas vezes, os níveis nos reservatórios (sucção e recalque) podem sofrer grandes
variações, (demanda variável; cheia de rios; etc).Com isto, as alturas estáticas variarão,
acarretandoconseqüentementeoaparecimentodeváriascurvasdosistema.
Para facilitar o selecionamento, determinamos a faixa de variação correspondentes às
situações limites, ou seja, curvas de sistema para as alturas estáticas totais máxima e
mínima.
Nívelmáximo

Hgeo1
Hgeomáximo
Nívelmáximo Nívelmínimo
Hgeomínimo

Nívelmínimo

Hgeomáx
Hgeomédia
Hgeomín

Paraefeitodeprojetoeselecionamentodasbombas,normalmenteéconsideradaacurva
dosistemacorrespondenteaonívelmédioouaonívelmaisfreqüente.Écontudoimportante
oconhecimentodascurvasparaonívelmáximoemínimo,principalmentequandoocorrem
grandes variações de níveis nos reservatórios.É também importante termos o tempo de
ocorrência destas situações limites, para que tenhamos condições de aplicar um
equipamentomaisadequadoeconomicamenteparaosistema.

66
2.16 BOMBEAMENTOSIMULTÂNEOA2OUMAISRESERVATÓRIOSDISTINTOS

Algumas vezes, ocorre a necessidade de bombeamento para reservatórios distintos,


simultaneamente,ouisoladamente,paraumreservatórioeoutro,etc.Podeocorrertambém
queestesreservatóriosestejamsituadosemníveisdiferentes,comoilustraafiguraabaixo.

reservatório1

Hgeo1
reservatório2
Hgeo2
tubulação 1

tubulação2

Neste sistema, o equipamento poderá bombear fluido para os reservatórios 1 e 2,


simultaneamente; podendo também bombear ora para o reservatório 1, ora para o
reservatório2,isoladamente.

Pararesolverosistema,devemosprocederdaseguinteforma;

a)Vamossuporqueobombeamentosejarealizadosomenteparaoreservatório1.
Traça-se acurvacorrespondenteaoreservatório1,atravésdatubulação1.

b)Vamossuporagoraqueapenaso reservatório2 seráabastecido,traçandoassimcurva


dosistemaatravésdatubulação2.

c) Vamos agora supor que os reservatórios 1 e 2 são abastecidos simultaneamente,


atravésdastubulações1e2.Pelafigura,notamosqueastubulações1e2estãoassociadas
emparalelo.
Tracemos então a resultante da associação em paralelo das tubulações 1 e 2, obtendo
assimasoluçãográficadestesistema.

67
H

reservatório 1
reservatório 2
R1 // R2

Hgeo1

Hgeo2

Para termosumaidéiadaimportânciadascurvasdosistemanestescasos,analisemosas
curvasdosistemajuntamentecomacurvadabomba,assuntoqueestudaremosadiante.

R1
R2
3
2
R1 // R2
1' 1’' 1

Hgeo1

Hgeo2

curvadabomba

Q1' Q1'' Q3 Q2 Q1=Q1'+Q1'' Q

68
Teremostrêspontosdetrabalho:

- PONTO1 - Pontodetrabalhoquetraduz a operaçãodabombanosistema,alimentando


simultaneamenteosreservatórios1e2,sendoos pontos1'e1'' correspondenteàsvazões
decontribuiçãodecadareservatório,nocaso:
- ponto 1'- Gera Q1', que é a vazão de contribuição ao reservatório 1, quando o
equipamentoalimentasimultaneamenteosdoisreservatórios.
- ponto 1'' - Gera Q1'' que é a vazão de contribuição ao reservatório 2 quando o
equipamentoalimentasimultaneamenteosdoisreservatórios.
- PONTO 2 - Ponto de trabalho que traduz a operação ao reservatório 2, estando
interrompidaaalimentaçãoaoreservatório 1,operaçãoisolada,gerandoavazãoQ2.
- PONTO 3 - Ponto de trabalho que traduz a operação ao reservatório 1, estando
interrompidaaalimentaçãoaoreservatório2,operaçãoisolada,gerandoQ3.

2.17 ABASTECIMENTOPORGRAVIDADE

Existem sistemas onde o reservatório de sucção esta situado numa cota superior ao
reservatóriodedescarga.Nestescasos,aenergiapotencialdofluido,representadaporsua
altura estática, faz com que o mesmo flua para o reservatório de descarga, apenas pela
açãodagravidade,semnecessidadedebombeamento.

reservatório
desucção

Hgeo

reservatório
derecalque

69
Aolongodotrechoentre os reservatórios ocorrem perdas decarga, quecomosabemos,
varia comoquadradodavazão.Assim,quandoestasperdas se igualamaalturaestática,
ocorreavazãomáximadosistema,obtidasomenteporgravidade(Qgrav).
Se desejarmos aumentar a vazão além deste limite, por exemplo, uma vazão Q 1, será
necessário introduzir uma bomba no sistema, para que essa bomba gere uma altura
manométricaigualaH,correspondenteasperdascausadaspelavazãoQ
1 1.

Acurvaabaixoilustraestasituação.

H
curva do sistema

H1

Qgrav Q1 Q

Hgeo

70
MÓDULO 3

Hidráulica de Bombas Centrífugas

71
ÍNDICE

3 Introdução 75
3.1 Curvas característicasdasbombas 77
3.1.1 Obtenção dacurva característicadeumabomba 77
3.2 Tipos decurvascaracterísticasdas bombas 79
3.2.1 Curvatipoestávelou tipo rising 79
3.2.2 Curvatipoinstáveloutipo drooping 80
3.2.3 Curvatipoinclinadoacentuadooutipo steep 80
3.2.4 Curvatipoplanaoutipoflat 80
3.2.5 Curvatipoinstável 81
3.3 Curva depotênciaconsumidapela bomba 81
3.3.1 Tiposdecurvasdepotênciaconsumida 81
3.3.2 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo radial 82
3.3.3 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo axial 82
3.3.4 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo mistoousemi-axial 82
3.4 Cálculodapotência consumida pelabomba 83
3.4.1 Potência hidráulica 83
3.4.2 Potência consumida pelabomba 83
3.5 Rendimento 83
3.5.1 Curvasderendimento 84
3.5.2 Curvasdeisorendimento 84
3.5.3 Exemplo decurvade isorendimento 85
3.6 Curva deNPSH(NetPositive Suction Head ) 86
3.7 Considerações finais 86
3.7.1 Exemplo deumacurvacaracterística completa 87
3.8 Pontodetrabalho 88
3.8.1 Fatores que modificam o pontodetrabalho 88
3.8.2 Alteraçãodopontodetrabalhoatuando no sistema 89
3.8.3 Alteraçãodopontodetrabalhoatuando na bomba 90
3.9 Efeitodamudança de rotaçãonascurvascaracterísticas 90
3.10 Efeitodavariaçãododiâmetrodorotornascurvascaracterísticas 92
3.10.1 Cálculo dodiâmetro dorotor 93
3.11 Formasdereduzirodiâmetrodorotor 95
3.12 Velocidadeespecíficaourotaçãoespecífica 97
3.12.1 Aplicação davelocidadeespecífica 97
3.13 Tipos derotores x velocidadeespecífica 98

73
HIDRÁULICADEBOMBAS CENTRÍFUGAS

3 INTRODUÇÃO

Neste módulo, abordaremos assuntos de fundamental importância para o correto dimen-


sionamento de bombas centrífugas, ou seja, estudaremos as curvas características das
bombas.
Definiremos altura manométrica, potência consumida, vazão, entre outros assuntos,
mostraremoscomoofabricantetraçaacurvadeumabomba;osváriostiposdecurvas,etc.
Portanto, a perfeita compreensãodestemóduloédeextrema importânciapara o pessoal
envolvidocombombascentrífugas.

75
3.1 CURVASCARACTERÍSTICASDASBOMBAS

Curvas características das bombas são representações gráficas que traduzem o


funcionamento da bomba, obtidas através de experiências do fabricante, que fazem a
bomba vencerdiversasalturasmanométricascom diversasvazões,verificandotambém a
potênciaabsorvidaeaeficiênciadabomba.

3.1.1 OBTENÇÃODACURVACARACTERÍSTICADEUMABOMBA

O levantamentodascurvascaracterísticasdas bombassão realizadaspelo fabricante do


equipamento,embancosdeprovaequipadosparatalserviço.
De uma maneira simplificada, as curvas são traçadas da seguinte forma, conforme
esquemaabaixo.

medidor de
vazão
reservatóriode
águaatemperatura
ambiente
manômetros
Ps Pd
válvula

bomba

Considerando-seque:
- Ps sejaapressãodesucçãonoflangedesucçãodabomba;
- Pd sejaapressãodedescarganoflangededescargadabomba;
- a bombaemquestãoestejacomumdiâmetroderotorconhecido;
- existaumaválvula situada logoapósabocaderecalquedabomba,comafinalidadede
controlede vazão;
- existaummedidordevazão,sejaelequalfor,paraobtermososvaloresdavazãoemcada
instante.

0
1 -Coloca-seabombaemfuncionamento,comaválvuladedescargatotalmentefechada
(Q = 0); determina-se a pressão desenvolvida pela bomba, que será igual a pressão de
descarga menos a pressão de sucção. Com essa pressão diferencial, obtém-se a altura
manométricadesenvolvidapelabomba,atravésdafórmula:

77
Essaalturaénormalmenteconhecidacomoalturano"shut-off",ouseja,alturadesenvolvida
pelabombacorrespondenteavazãozero,aqualchamaremosdeH. 0

0
2 - Abre-separcialmente a válvula, obtendo-seassimumanovavazão,determinadapelo
medidor de vazão,aqualchamaremosde Q 1 eprocede-sedemaneiraanálogaaanterior,
para determinarmos a nova altura desenvolvida pela bomba nestanova condição, a qual
chamaremosdeH1.

0
3 -Abre-seumpoucomaisaválvula,obtendo-se assimumavazãoQ 3 eumaalturaH,da
3

mesmaforma queasanteriormentedescritas.

0
4 - Continuando oprocessoalgumasvezes, obtemosoutrospontosdevazãoealtura,com
osquaisplotaremosemumgráfico,ondenoeixodasabcissasoueixohorizontal,osvalores
dasvazõesenoeixodasordenadasoueixovertical,osvaloresdasalturasmanométricas.

vazão(Q) altura (H)

Q0 H0
Q1 H1

Q2 H2
Q3 H3
H
H

H0
H1

H2

H3

Q
Q0 Q1 Q2 Q3 Q

78
Normalmente, os fabricantes alteram os diâmetros de rotores para um mesmo
equipamento, obtendo-se assim a curva característica da bomba com uma família de
diâmetrosderotores,comomostradoabaixo.
H

D
D
D
D
D

Q
D D D D D

3.2 TIPOSDECURVASCARACTERÍSTICASDASBOMBAS

Dependendodotipodebomba,dalarguradosrotores,daquantidadedepásdosrotores,do
ângulodeinclinaçãodestaspás,ascurvascaracterísticasdasbombas,tambémchamadas
decurvascaracterísticasdorotor,podemseapresentardeváriasformas,comomostram as
figurasabaixo.

3.2.1 CURVATIPOESTÁVELOUTIPORISING

Nestetipodecurva,aalturaaumentacontinuamentecomadiminuiçãodavazão.
Aalturacorrespondenteavazãonulaécercade10a20%maiorqueaalturaparaopontode
maioreficiência.

79
3.2.2 CURVATIPOINSTÁVELOUTIPODROOPING

Nesta curva, a altura produzida com a vazão zero e menor do que as outras corres-
pondentesaalgumasvazões.Nestetipodecurva,verifica-sequepara alturassuperiores
aoshut-off,dispomosdeduasvazõesdiferentes,paraumamesmaaltura.

3.2.3 CURVATIPOINCLINADOACENTUADOOUTIPOSTEEP

É uma curva do tipo estável, em que existe uma grande diferença entre a altura
desenvolvidanavazãozero(shut-off)eadesenvolvidanavazãodeprojeto,ouseja,cerca
de40e50%.
H

3.2.4 CURVATIPOPLANA OUTIPOFLAT

Nestacurva,aalturavariamuitopoucocomavazão,desdeoshut-offatéopontodeprojeto.

80
3.2.5 CURVATIPOINSTÁVEL

É a curva na qual para uma mesma altura, corresponde duas ou mais vazões num certo
trechodeinstabilidade.Éidênticaacurvadrooping.

H1

Q1 Q2 Q3 Q

3.3 CURVADEPOTÊNCIACONSUMIDAPELABOMBA

Em função das características elétricas do motor que aciona a bomba, determina-se a


potênciaqueestasendoconsumidaporela,ouseja,juntamentecomo levantamentodos
dadosparatraçarmosacurvadevazãoversusaltura(QxH),comovimosanteriormente,no
paineldecomandodomotorqueacionaabombaqueestasendotestada,estãoinstalados
instrumentos de mediçôes elétricas, como por exemplo, watímetros, amperímetros,
voltímetros, etc, que fornecem dados para podermos traçar as curvas de potência
consumida versusvazão(PxQ).
Essas curvas sãoplotadas em um gráfico, onde no eixo das abcissas ou eixo horizontal,
temos os valores de vazão (Q) e no eixo das ordenadas ou eixo vertical os valores de
potênciaconsumida(P).

3.3.1 TIPOSDECURVASDEPOTÊNCIACONSUMIDA

As curvas de potência versus vazão também possuem características específicas de


acordocomaformaqueapresentam.
Asbombascentrífugassesubdividememtrêstiposdefluxos:defluxoradial,axialemisto.
Para cada tipo de fluxo, verifica-se a existência de curvas de potências consumidas
diferentes,conformesegue:

81
3.3.2 CURVA DEPOTÊNCIACONSUMIDADEUMABOMBADEFLUXOMISTOOU
SEMI-AXIAL

Neste tipo de curva, a potência consumida aumenta até certo ponto, mantendo-se cons-
tanteatécertosvaloresseguintesdevazãoedecresceemseguida.Estacurvatemavan-
tagemdenãosobrecarregaromotoremqualquerpontodetrabalho,entretantoestetipode
curva não é obtido em todas bombas. Estas curvas também são chamadas de "no over
loading"

3.3.3 CURVADEPOTÊNCIACONSUMIDADEUMABOMBADEFLUXORADIAL

Neste tipo de curva, a potência aumenta continuamente com a vazão. O motor deve ser
dimensionadodemodoquesuapotênciacubratodosospontosdeoperação.Nossistemas
comalturasvariáveis,énecessárioverificar asalturasmínimas quepoderãoocorrer,para
seevitaroperigodesobrecarga.Estascurvastambémsãochamadas"overloading".

3.3.4 CURVADEPOTÊNCIACONSUMIDADEUMABOMBADEFLUXOAXIAL

Nestetipodecurva,apotênciaconsumida aumentaatécertovalor,mantém-seconstante
paravaloresseguintesdevazãoedecresceemseguida.

82
P

3.4 CÁLCULODAPOTÊNCIACONSUMIDAPELABOMBA

3.4.1 POTÊNCIAHIDRÁULICA

Otrabalhoútilfeitoporumabombacentrífugaénaturalmenteoprodutodopesodolíquido
deslocado pelaalturadesenvolvida.Seconsiderarmosestetrabalhonaunidadedetempo,
temosapotênciahidráulica,queéexpressapelafórmula:

Ph potência hidráulica, emCV


peso específico do fluido, em kgf/dm 3
Ph = xQxH
270 Q vazão, em m 3/h
H altura manométrica,em m
270 fator de conversão

3.4.2 POTÊNCIACONSUMIDAPELABOMBA

Para calcularmos a potência consumida pela bomba, basta utilizarmos o valor do


rendimentodabomba,poisapotência hidraúlica, não éigualapotênciaconsumida,pois
existemperdasporatritonoprópriomotor,nabomba,etc.

3.5 RENDIMENTO

Chamamos a relação entre potência hidráulica e potência consumida pela bomba de


rendimento.

Potência hidráulica
=
Potência consumida

83
Então:

= Ph = x Hx Q P= x HxQ
P P

Análogamente ao tratamento dispensado à potência hidráulica, podemos escrever a


seguintefórmula:
P potência consumida pela bomba, e m C V
peso específico do fluido, em kgf/dm 3
P = Q H
x
Q vazão, em m 3/h
270 x
H altura manométrica, em m
rendimento, lido na curva dabomba
270 fator de conversão

3.5.1 CURVASDERENDIMENTO

Como vimos, o rendimento é obtido pela divisão da potência hidráulica pela potência
consumida.
Arepresentaçãográficadorendimentoéaseguinte:

Qótimo Q

Qótimoéopontodemelhoreficiênciadabomba,paraorotorconsiderado.

3.5.2 CURVASDEISORENDIMENTO

Toda bomba apresenta limitação de rotores, ou seja, a família de rotores em uma curva
característica vaidesdeumdiâmetromáximoatéumdiâmetromínimo.Odiâmetromáximo
é conseqüência do espaço físico existente no interior da bomba e o diâmetro mínimo é
limitado hidraulicamente,ouseja,seutilizarmosdiâmetrosmenoresdosqueindicadosnas
curvas das bombas, teríamos problemas de funcionamento da bomba, baixos valores de
vazão,baixasalturasmanométrica,baixosrendimentos,etc.

84
Ascurvasderendimentodasbombas,encontradasemcatálogostécnicosdosfabricantes,
seapresentamemalgunscasosplotadasisoladamente,ouseja,orendimentoobtidopara
cada diâmetro de rotor em função da vazão. Em outros casos, que é o mais comum,
apresentam-se plotadas sobre as curvas dos diâmetros de rotores. Esta nova
representação baseia-se em plotar sobre a curva de Q x H de cada rotor, o valor do
rendimento comunspara todososdemais;posteriormente unem-se ospontos demesmo
rendimento,formandoassimascurvasderendimentodasbombas.
Essascurvassãotambémchamadasdecurvasdeisorendimento,representadaabaixo:

3.5.3 EXEMPLODECURVADEISORENDIMENTO

H
70%
80%
85%

85%
80%
70%
D
D
(%)
D
86
85
80

70
DD
D

85
3.6 CURVADENPSH(NETPOSITIVESUCTIONHEAD)

Atualmente,todacurvacaracterísticadeumabomba,incluiacurvadoNPSHrequeridoem
funçãodavazão.Estacurvarepresentaaenergiamínimanecessáriaqueolíquidodeveter,
em unidades absolutas, no flange de sucção da bomba, para garantir seu perfeito
funcionamento.
Suarepresentaçãográficaéaseguinte.

NPSHr

OBS: Esteassuntoestudaremoscommaisdetalhesnopróximomódulo.

3.7 CONSIDERAÇÕESFINAIS

Ascurvascaracterísticasapresentadaspelosfabricantes,sâoobtidasnasbancadas
detestesdosfabricantes,bombeandoágualimpaàtemperaturaambiente.
A curva ( Q x H ),representa a energia fornecida expressa em alturade coluna de
líquido.
A curva de ( Q x NPSHr),representa a energia requerida no flange de sucção da
bomba.
Acurvade(Qx ), e acurvade(QxP),representaosrendimentosepotências
consumidaspelabomba,quandooperandocomágua.
Parabombeamentodefluidoscomviscosidadesdiferentesdaágua,énecessárioa
correçãodestas curvasparaestanovacondição de trabalho. Esteassuntoseráabordado
commaisdetalhesemumpróximomódulo.

86
3.7.1 EXEMPLODECURVACARACTERÍSTICACOMPLETA

KSBMeganorm80-250 -IVpólos(1750rpm)
40

41
35 5 1 56
61 66
68,5
71
71,5%
30 71
68,5
66
H (m) 25
266
20 247
234
63,5
15 220

10
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
3
Q (m/h)

4,5 266

3,5
NPSH (m) 2,5

1,5

0,5
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
3
Q (m/h)

22
266
20
247
18

16
234
14
P(CV) 220
12

10
8

4
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
3
Q (m/h)

87
3.8 PONTODETRABALHO

Seplotarmosacurvadosistemanomesmográficoondeestãoascurvascaracterísticasdas
bombas,obteremosopontonormaldetrabalhonaintersecçãodestascurvas.

H
P
curva do sistema

t
pontode
Ht trabalho
curva de potência
consumida
Pt curva de rendimento

curva da bomba

Qt Q

Acurvaacimamostraqueestabombateriacomopontonormaldetrabalho:
- Vazão (Qt)
-Altura(Ht)
-Potênciaconsumida(Pt)
-Rendimentonopontodetrabalho( t)

3.8.1 FATORESQUEMODIFICAMOPONTODETRABALHO

Existemdiversasmaneirasde modificaropontodetrabalhoe deslocaropontodeencontro


dascurvasdabombaedosistema.
Estasmaneirasconsistememmodificaracurvadosistemaouacurvadabombaouambas.

88
3.8.2 ALTERAÇÃODOPONTODETRABALHOATUANDONOSISTEMA

Alterar a curva do sistema consiste basicamente em alterar o sistema para o qual foi
levantadaacurvaeistopodeserfeita deinúmerasformas.

Aalteração maisusualda curvadosistemaérealizada através dofechamentoparcialda


válvuladedescarga,comisto,aumenta-seaperdadecarga,fazendocomqueacurvado
sistema seja deslocada para a esquerda. Desta forma, obteremos para uma bomba com
curvaestável,umdecréscimodevazão.

novopontodetrabalho

H válvula parcialmente
aberta
válvula
aberta

ponto de trabalho
inicial

curvadabomba

Éimportanteressaltarqueomesmoefeitoseriaobtidocomofechamentoparcialdaválvula
de sucção; entretanto este procedimento não é usado pela influência indesejável nas
condiçõesdesucção,conformeveremosnopróximomódulo.

Outras formas existentes alteram substancialmente o sistema e não seria propriamente


uma variaçãonopontodetrabalhodosistemaanterioresim do pontodetrabalhodeum
novosistema.Estasalteraçõesseriam,porexemplo:

-variaçãonaspressõesdosreservatórios;
-mudançanodiâmetrodaslinhas;
-inclusãoouexclusãodeacessóriosnalinha;
-modificaçãodolay-outdaslinhas;
-mudançadascotasdoslíquidos;
-etc.

89
3.8.3 ALTERAÇÃODOPONTODETRABALHOATUANDONABOMBA

Asmaneirasmaisusuaisdemodificaracurvacaracterísticadeumabombasãodevariara
rotaçãodabombaou variarodiâmetrodorotordabomba.

-variaçãodarotaçãodabomba

ponto de trabalho 2
H pontodetrabalho 1
curvada bomba

rotação 1 > rotação 2

rotação 1
rotação 2

Qt 2 Qt1 Q

-variaçãododiâmetrodorotordabomba

pontodetrabalho 2
H pontodetrabalho1
curvada bomba

diâmetro 1 > diâmetro 2

diâmetro 1
diâmetro 2

Qt 2 Qt1 Q

3.9 EFEITODAMUDANÇADEROTAÇÃONASCURVASCARACTERÍSTICAS

90
Existeumaproporcionalidadeentreosvaloresdevazão(Q),altura(H)epotência(P)coma
rotação. Assim sendo, sempre que alterarmos a rotação de uma bomba haverá, em
conseqüência,alteraçãonascurvascaracterísticas, sendo a correção paraanovarotação
feitasapartirdasseguintesproporções:

1-Avazãoéproporcional à rotação.

Q= Vazão narotaçãoconhecida
Q N Q1 = vazãonanovarotação
= rotação conhecida
N=
Q1 N1 N1 = nova rotação

2-Aalturamanométricavariacomoquadradodarotação.

Q = alturanarotaçãoconhecida
H N 2
Q1 = altura nanovarotação
= rotação conhecida
H1 N1 N =
N1 = nova rotação

3-Apotênciaabsorvidavariacomocubodarotação.

3 P = potêncianarotação conhecida
P N P1 = potência na nova rotação
=
N = rotação conhecida
P1 N1 N1 = nova rotação

Ouseja:

3
N Q H P
= = =
N1 Q1 H1 P1

Assim sendo, sempre que alterarmos a rotação, deve ser feita a correção das curvas
características através dasrelaçõesanteriormente apresentadaspara a determinação do
novopontodetrabalho.Asrelaçõesvistasanteriormentetambémsãochamadasde leisde
semelhança ou leisdesimilaridade.

91
3.10 EFEITO DA VARIAÇÃO DO DIÂMETRO DO ROTOR NAS CURVAS
CARACTERÍSTICAS

Sereduzirmosodiâmetrodeumrotorradialdeumabomba,mantendoamesmarotação,a
curva característica da bomba se altera aproximadamente de acordo com as seguintes
equações:

Q = vazão nodiâmetro conhecido


Q D
= Q1 = vazão nonovodiâmetro
D = diâmetro conhecido
Q1 D1
D1 = novodiâmetro

H = alturano diâmetroconhecido
H D 2
H1 = alturano novo diâmetro
=
D = diâmetro conhecido
H1 D1 novodiâmetro
D1 =

3 Q = potência nodiâmetro conhecido


P D potência no novo diâmetro
= Q1 =
D = diâmetro conhecido
P1 D1 novodiâmetro
Ouseja: D1 =

3
D Q H P
= = =
D1 Q1 H1 P1

Oprocedimentoparalevantamentodascurvascaracterísticasparaumnovodiâmetro,em
função das curvas características fornecidas pelo fabricante para o diâmetro original, é
análogo ao levantamento das curvas feitas para variação da rotação, como visto no item
anterior.
Deumaformageral,areduçãomáximapermitidaédecercade20%dodiâmetrooriginal.
Esta redução é aproximada, visto que existem rotores que podem ser reduzidos em um
percentualmaior,enquantoqueoutrosnãopermitemreduçãoalémdepequenasmargens,
semsofrer efeitosadversos. Narealidade, estas reduçõessósãopermitidasembombas
centrífugas radiais; nasbombas centrífugas de fluxomistoe,principalmentenas axiais, a
diminuição do diâmetro do rotor pode alterar substancialmente o projeto inicial, devido a
variaçõesnosânguloseprojetosdaspás.

92
3.10.1 CÁLCULODODIÂMETRODOROTOR

Uma maneiradecalcularodiâmetrodorotor,quandoopontodeoperaçãoestaforadeum
diâmetroconhecidonacurvacaracterísticadabomba,éoseguinte:

1 - Da origem do plano cartesiano, traça-se umareta até o ponto de operação desejado.


Casooplanocartesianonãoapresenteaorigem,ouseja, alturamanométricazero(H=0),
bastaprolongá-loatéencontrarmossuaorigem,usandoamesmaescalautilizadanoplano.

2 - A reta traçada deverá cortar a curvaconhecida mais próxima ao ponto de operação


desejado,encontrandoumanovavazãoQ 1 eumanovaalturaH. 1

3-Atravésdasfórmulasabaixo,encontra-seovalordodiâmetrodesejado.

Q H
D = D1 ou D = D1
Q1 H1

4-Éinteressante utilizar asduas fórmulas para cálculo. Casoosdiâmetros encontrados


sejamdiferentes,optarpelomaiorvalor.

3
Porexemplo,paraumavazão de110m/heumaalturamanométricade25m,opontode

40

41
35 51 56
61 66
68,5
71

30
71,5% diâmetro D = ?
71
68,5
66
H(m) 25
266
20 247
234
63,5
15 220

10
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240

93
Como este plano cartesiano não apresenta a origem, encontramos a origem do plano
utilizando a mesma escala; traça-se a reta desta origem encontrada até o ponto de
3
operação,conformemostradoabaixo,encontrando-seQ1 = 113m / h e H1 = 25,5m.

40

41%
35 51%56%
61% 66%
68,5%
71%
71,5%
30 71%
68,5%
66%
25,5
H (m) 266
20 247
234
15 220

10
20 40 60 80 113 140 160 180 200 220 240
3
Q(m/h)
5

Utilizandoasfórmulasapresentadas,calcula-seodiâmetrodorotor:

Q 110
D = D1 D = 247 D = 243mm
Q1 113

ou

H 25
D = D1 D = 247 D = 244,5 m m
H1 25,5

Pormotivodesegurança,utiliza-seodiâmetromaior,ouseja,D=244,5mm.

94
3.11 FORMASDEREDUZIRODIÂMETRODOROTOR

Váriassãoasformasempregadasparareduçãododiâmetrodorotor,porexemplo:

-Rebaixamentototaldasparedesepalhetas

rebaixamento

-Rebaixamentosomentedaspalhetas
rebaixamento

-Rebaixamentoemângulodaspalhetas,mantendoasparedescomodiâmetromaior

rebaixamento

-Rebaixamentodasparedesparalelamentecomrebaixamentodaspalhetasemângulo

rebaixamento

95
-Rebaixamentodaspásemângulo,rebaixandotambémaparedeepalhetatraseiradorotor

rebaixamento

-Rebaixamentoderotordeduplasucção

rebaixamento

-Rebaixamentoderotorsemi-axial

rebaixamento

Diâmetrodo
ladotraseiro Diâmetrodo
ladodasucção

96
3.12 VELOCIDADEESPECÍFICAOUROTAÇÃOESPECÍFICA

Éfatoconhecido quebombasgeometricamente semelhantes possuem características de


desempenhosemelhantes.
Para propiciar uma base de comparação entre os vários tipos de bombas centrífugas,
desenvolveu-se um fator que relaciona os três principais fatores característicos do
desempenhodeumabomba,ouseja,avazão;aalturamanométricaearotação.
Essefatorfoidenominadodevelocidadeespecíficaourotaçãoespecífica.
Avelocidadeespecífica é um índice numéricoadimensional, expressomatematicamente
atravésdaseguintefórmula:

nq velocidadeespecífica
n rotação (RPM)
n Q
nq =
H 3/4 Q vazão (m 3/s)

H alturamanométrica(m)

-Consideraçõesimportantes

-embombascomrotoresdeduplasucção,dividiravazãopordoisparaentrarnafórmula;
-embombasmulti-estágio,dividiraalturamanométricatotal(H),pelonúmerodeestágios.
- sempre que nos referirmos à velocidadeespecífica, estamos nos referindo ao ponto de
melhoreficiênciadabomba.

3.12.1 APLICAÇÕESDAVELOCIDADEESPECÍFICA

A velocidade específica tem sido amplamente usada pelos fabricantes e usuários de


bombasemfunçãodaimportânciapráticadesuastrêsaplicaçõesbásicas:

- a primeira permite determinar o tipo de rotor e a eficiência máxima de acordo com as


condiçõesoperacionais;
- a segunda permite, em função dos resultados existentes para bombas similares,
determinar:
ageometriabásicadorotor,conhecidasascaracterísticasdedesempenhodesejadas(Q
e H),earotação(n); odesempenhoaproximadodabomba,conhecidasascaracterísticas
geométricasdorotor.

97
- a terceira permite determinar a rotação máxima que uma bomba pode operar em con-
diçõessatisfatóriasemfunçãodotipodebombaede característicasdosistema.

Vamos estudar somente a primeira aplicação, visto que é a de maior interesse para
usuáriosdebombascentrífugas:

Conforme mencionado, o conhecimento das condições operacionais (Q, H, n), permite o


cálculodavelocidadeespecíficae,emfunçãodesta,determinarotipoderotoreaeficiência
máxima esperada.Istoépossível através da utilização da figura abaixo e que apresenta
valores médios de eficiência obtidos por um grande número de bombas comerciais em
funçãodavelocidadeespecíficaedavazão.

3.13 TIPOSDEROTORESXVELOCIDADEESPECÍFICA

100

90

80

70
6,3l/s
60

50

40
10 20 30 40 60 80 100 200 300
n Q
nq= 3/4
H

radial Francis semi-axial axial

Tiposderotoresxvelocidade específica

98
MÓDULO 4

Cavitação / NPSH

99
ÍNDICE

4 Introdução 103
4.1 Cavitação/NPSH 105
4.1.1 Pressãodevapor 105
4.1.2 O fenômenodacavitação 106
4.1.3 Conseqüências dacavitação 107
4.1.4 Exemplo deumrotor “ cavitado” 108
4.1.5 Cavitação, erosão, corrosão 109
4.2 NPSH ( Net Positive Suction Head ) 109
4.2.1 NPSH disponível 109
4.2.2 NPSH requerido 110
4.3 Linhasdereferênciaparamedições hidráulicas 111
4.4 RepresentaçãográficadoNPSHrequerido 113
4.5 Fatoresquemodificam o NPSH disponível 114
4.6 Fatoresquemodificam o NPSH requerido 114
4.6.1 Representação gráficadaredução doNPSHr deumrotorcomindutor 115
4.7 CálculodoNPSHrequeridopara bombasETA 116
4.8 Coeficiente de cavitação/NúmertodeThoma 116
4.9 Velocidadeespecíficadesucção 117
4.10 NPSH paraoutroslíquidos 117
4.10.1 ReduçãodoNPSHparabombasoperandocomhidrocarbonetos
eáguaaaltatemperatura 118
4.11 Recirculaçãohidráulica 119
4.11.1 Sistemaderecirculaçãocontínua 120
4.11.2 Válvuladevazãomínima 120
4.12 Materiais resistentes a cavitação 121

101
CAVITAÇÃO/ NPSH

4 INTRODUÇÃO

Nestemódulo,estudaremosumdosfenômenosmaisimportantesassociadoabombas,ou
seja,oconceitodecavitaçãoeNPSH(NetPositiveSuctionHead).
Paraaperfeitacompreensãodomesmo,torna-senecessáriorevermosalgunsconceitosjá
estudadosanteriormente.

103
4.1 CAVITAÇÃO/NPSH

Uma definição simples de cavitação e NPSH, seria: uma intensa formação de bolhas de
vapornazonadebaixapressãodabombaeposteriorcolapsodestasbolhasnaregiãode
altapressão e NPSH é a pressão mínima em termos absolutos, emmetros de coluna de
água,acimadapressãodevapordoproduto,afimdeevitaraformação destasbolhasde
vapor.
Vamosverestesdoisconceitosmaisdetalhadamente:

4.1.1 PRESSÃODEVAPOR

Pressãodevapordeumlíquidoaumadadatemperaturaéaquelaàqualolíquidocoexiste
emsuafaselíquidae vapor.
Numa mesmatemperatura, quandotivermos umapressão maior queapressão devapor,
haverá somente a fase líquida e quando tivermos uma pressão menor que a pressão de
vapor,haverá somenteafasevapor.
A pressão de vapor de um líquido cresce com o aumento da temperatura, assim, caso a
temperatura seja elevada até um ponto que a pressão de vapor iguale, por exemplo, a
pressão atmosférica, resultará na evaporação do líquido, ocorrendo o fenômeno da
ebulição.
Atabelaaseguir,mostraapressãodevapor emfunçãodatemperatura,paraaágua.

Pressãode vapor
Temperatura 0C mm Hg 2 Pesoespecífico( kgf/dm3 )
kgf/cm
15 12.7 0,0174 0,999
20 17,4 0,0238 0,998
25 23,6 0,0322 0,997
30 31,5 0,0429 0,996
35 41,8 0,0572 0,994
40 54,9 0,0750 0,992
45 71,4 0,0974 0,990
50 92,0 0,1255 0,988
55 117,5 0,1602 0,986
60 148,8 0,2028 0,983
65 186,9 0,2547 0,981
70 233,1 0,3175 0,978
75 288,5 0,3929 0,975
80 354,6 0,4828 0,972
85 433,0 0,5894 0,969
90 525,4 0,7149 0,965
95 633,7 0,8620 0,962
100 760,0 1,0333 0,958
105 906,0 1,2320 0,955
110 1075,0 1,4609 0,951
115 1269,0 1,7260 0,947
120 1491,0 2,0270 0,943

105
4.1.2 OFENÔMENODACAVITAÇÃO

Nodeslocamentodepistões,nos "Venturis", nodeslocamentodesuperfíciesconstituídas


por pás, como sucede em bombas centrífugas, ocorrem inevitavelmente rarefações no
líquido, isto é, pressões reduzidas devido a própria natureza do escoamento ou ao
movimentoimpressopelaspeçasmóveisaofluido.
Se a pressão absoluta baixar até atingir a pressão de vapor ou tensão de vapor do
líquidonatemperaturaemqueesteseencontra,inicia-seumprocessodevaporizaçãodo
mesmo.Inicialmente,nasregiõesmaisrarefeitas,formam-sepequenasbolsas,bolhasou
cavidades (daionome cavitação),nointeriordosquaisolíquidosevaporiza.Emseguida,
conduzido pelo fluxo líquido provocado pelo orgão propulsor e com grande velocidade,
atingemregiõesdeelevadapressão,ondeseprocessaoseucolapso,comacondensação
dovaporeoretornoaoestadolíquido.
Asbolhasque contém vapor dolíquido parecem originar-se em pequenas cavidades nas
paredes do material ou em torno de pequenas impurezas contidas no líquido, em geral
próximas as superfícies, chamadas de núcleos de vaporização ou de cavitação, cuja
naturezaconstituiobjetodepesquisasinteressanteseimportantes.
Portanto, quando a pressão reinante no líquido se torna maior que a pressão interna da
bolha de vapor, as dimensões da mesma se reduzem bruscamente, ocorrendo o seu
colapso e provocando o deslocamento do líquido circundante para seu interior, gerando
assim umapressãode inércia considerável.Aspartículasformadaspelacondensação se
chocam muito rapidamente umas de encontro a outras e de encontro à superfície que
anteponhaoseudeslocamento.
As superfícies metálicas onde se chocam as diminutas partículas resultantes da
condensação são submetidas a uma atuação de forças complexas, oriundas da energia
liberada dessas partículas, que produzem percurssões, desagregando elementos de
material de menor coesão e formam pequenos orifícios, que, com o prosseguimento do
fenômeno, dão à superfície um aspecto esponjoso,rendilhado, corroído. É a erosão por
cavitação. O desgaste pode assumir proporções tais que pedaços de material podem
soltar-se daspeças.Cadabolhadevaporassimformada,temumcicloentrecrescimentoe
colapso, da ordem de poucos milésimos de segundo e induz a altíssimas pressões que
atingem concentradamente a zona afetada. Para se ter idéia desse processo, alguns
pesquisadores mencionam que este ciclo é repetido numa freqüência que pode atingir a
ordem de 25.000 bolhas por segundo e que a pressão provavelmente transmitida às
superfícies metálicasadjacentesaocentrodecolapsodasbolhaspodeatingirapressãode
1000atm.

106
Umoutroaspectoquemereceatençãoéque,tendoemvistaocarátercíclicodofenômeno,
asaçõesmecânicasrepetidasnamesma região metálicaocasionamumaumentolocalde
o
temperatura deaté800 C.

4.1.3 CONSEQÜÊNCIASDACAVITAÇÃO

Os efeitos da cavitação dependem do tempo de duração, intensidade da cavitação,


propriedade do líquido e resistência do material à erosão por cavitação, ou seja, a
cavitação causa barulho, vibração, alteração das curvas características e danificação ou
"pitting"domaterial.
O barulho e vibração são provocados principalmente pela instabilidade gerada pelo
colapsodasbolhas.
A alteração nas curvas características, e conseqüente alteração no desempenho da
bomba é devida à diferença de volume específico entre o líquido e o vapor, bem como a
turbulência gerada pelo fenômeno. Esta alteração nas curvasémaisdrásticanocasode
bombascentrífugas,poisnestecaso,tendoemvistaqueocanaldepassagemdolíquidoé
restrito, a presença de bolhas influencia consideravelmente o desempenho do
equipamento.
A danificaçãodomaterial emumabombacentrífugageralmenteocorrenorotor,podendo
também ocorrer nos corposoudifusores.Geralmente,os pontos atacados no rotor estão
situados na parte frontal da pá, caso o ponto de trabalho esteja à esquerda da vazão
correspondenteaopontodemelhorrendimentoounapartetraseira,casoestejasituadoà
direita.
Acavitaçãopoderáocorrer em maior oumenorintensidade. Quandoocorrer cavitaçãode
pequena intensidade, seus efeitos serão muitas vezes imperceptíveis, ou seja, não se
notarão alteração nas características de performance da bomba, nem ruído e vibrações.
Com o aumento desta intensidade, estes efeitos passarão a ser perceptíveis através de
ruídocaracterístico(oruídoseparececomocrepitardelenhanafogueira;ummartelamento
comfreqüênciaelevadaouummisturadordeconcretoemaltavelocidade).
Deve-se verificar que a erosão por cavitação não se verifica no lugar onde as bolhas se
formam,massimnolocalondeimplodem.
Na construção de máquinas hidráulicas, há uma tendência para a escolha de rotações
elevadasdefuncionamento,comafinalidadedesereduzirasdimensõesdoequipamento
e,portanto,ocusto;porémemtaiscondiçõesaumenta-seoriscodecavitação.

107
4.1.4 EXEMPLO DEUMROTOR “ CAVITADO”

108
4.1.5 CAVITAÇÃO,EROSÃOECORROSÃO

É comum existir uma certa confusão entre estes processos de deterioração dos
componentes de uma bomba.Éinteressanteanalisar os componentes deteriorados para
posterior identificaçãodesuascausasesolução de tal problema,visto queoscuidados a
serem tomados quando uma bomba esta em regime de cavitação são diferentes dos
cuidados a seremtomados quandoumabombaestasofrendo por exemplo, corrosãopor
abrasão.Adeterioração do material devidoacavitaçãonadatema ver com os desgastes
provenientes de erosão ou corrosão. Como sabemos, a erosão decorre da ação das
partículas sólidas em suspensão sendo deslocadas com velocidade. Por outro lado,
corrosãoembombasdecorrenormalmentedaincompatibilidadedomaterialcomolíquido,
propiciando reação química destrutiva, ou da utilização de materiais muito afastados da
tabela de potencial, em presença de um líquido que aja como eletrólito, propiciando a
oportunidadeparaumareaçãogalvânica.Nãoobstante,nadaimpedequeestesfenômenos
coexistamemumdeterminadosistema,acelerandooprocessodedeterioraçãodomaterial.

4.2 NPSH(NETPOSITIVESUCTIONHEAD)

UmdosmaispolêmicostermosassociadoscombombaséoNPSH.Acompreensãodeste
conceito éessencialparaacorretaseleçãodeumabomba.
A fim de caracterizar as condições para que ocorra boa "aspiração", foi introduzida na
terminologiadeinstalaçõesdebombeamentoanoçãodeNPSH.Estagrandezarepresenta
adisponibilidadedeenergiacomqueolíquidopenetranabocadeentradadabomba.
OtermoNPSHéumtermoencontradoempublicaçõesnalingainglesa.Empublicaçõesem
váriosidiomas,conservou-seadesignaçãoNPSH,emboraalgunsautoresutilizemotermo
APLS"AlturaPositivaLíquidadeSucção"ou "AlturadeSucçãoAbsoluta".

Paraefeitodeestudoedefinição,oNPSHpodeserdivididoem NPSH requerido e NPSH


disponível.

4.2.1 NPSHDISPONÍVEL

É uma característica da instalação em que a bomba opera, e da pressão disponível do


líquidonoladodesucçãodabomba.

109
ONPSHdisponívelpodesercalculadoatravésdeduasfórmulas:

-NPSHdisponívelnafasedeprojeto

Prs + Patm - pv x10 +/-Hgeos - Hp


NPSH disp =

2
Prs pressãonoreservatório de sucção (kgf/cm )
2
Patm pressãoatmosféricalocal(kgf/cm )
pv 2
pressãodevapordolíquidonatemperatura debombeamento (kgf/cm )
Hgeos alturageométricadesucção(positivaou negativa) (m)
Hp perdasde carganasucção(m)
3
pesoespecífico do fluido na temperaturadebombeamento(kgf/dm)
10 fatorpara acertodeunidades

-NPSHdisponívelnafasedeoperação

NPSH disp = Ps + Patm - pv vs


x10 + + Zs
2g

2
Ps pressão n o flangedesucção(kgf/cm )
2
Patm pressãoatmosféricalocal(kgf/cm )
2
pv pressãodevapordolíquidonatemperatura debombeamento (kgf/cm )
vs velocidade dofluxono flange desucção(m/s)
3
pesoespecífico dofluido na temperatura de bombeamento(kgf/dm )
Zs distância entreaslinhasdecentrodabombaedomanômetro (m)
2
g aceleração dagravidade (m/s )
10 constante para acerto deunidaddes

4.2.2 NPSHREQUERIDO

Amaioriadas curvascaracterísticas dasbombasincluem a curvadoNPSHrequeridoem


função da vazão.Estacurvaéumacaracterísticaprópriadabombaearigorpodesomente
serobtidaexperimentalmentenasbancadasdetestedosfabricantes.Aexpressão NPSH
representa a energia em altura absoluta do líquido na sucçãodabomba acima da

110
pressãodevapordestelíquido,natemperaturadebombeamento,referidaàlinhadecentro
dabomba.Portanto, o fimpráticodoNPSHéimporlimitações às condiçõesdesucçãoda
bomba, de modo a manter a pressão na entrada do rotor acima da pressão de vapor do
líquido bombeado. A pressão mais baixa ocorre na entrada do rotor, portanto, se
mantivermos a pressão na entrada do rotor superior à pressão de vapor, não teremos
vaporização na entrada da bomba e evitaremos assim o fenômeno da cavitação. O
fabricantedefine,destemodo,aslimitaçõesdesucçãodeumabombamedianteacurvade
NPSHrequerido.
ParadefiniçãodoNPSHrequeridodeumabomba,éutilizadocomocritérioaocorrênciade
uma queda de 3% na altura manométrica para uma determinada vazão. Este critério é
adotadopeloHydraulicInstituteStandardseAmericanPetroleumInstitute(API610).
Desde que a energia disponível iguale ou exceda os valores de NPSH requerido, não
haverá vaporizaçãodolíquido,oqueevitará a cavitação e asrespectivasconseqüências;
destemodo,abombadeveserselecionadaobservandoaseguinterelação:

NPSHdisponível NPSHrequerido

Utiliza-senaprática,queamargementreoNPSHreqeoNPSHdisp,deveser nomínimode
10a15%, porémnãoinferiorque0,5m.
Assim sendo, para aplicação prática, os valores de NPSH requerido informados pelo
fabricante,sãobaseadosnoseguinte:

- naquedade pressão, desde o flangedesucçãoatéapádorotor: Comoodiâmetro


nominal do flange de sucção é normalmente desconhecido na fase de negociação, esta
quedadepressãoincluiaalturadevelocidadenoflangedesucçãodabomba.Aquedade
pressãodoflangeatéorotornãoésóperdadecargaporatrito,maséconstituídanamaior
partepelatransformaçãodapressãoemenergiacinética.
- na linha de centro da bomba: Tal prática facilita os estudos de ante-projeto e de
comparaçãoentrediversostiposdebombas,poisexistembombascomflangesdesucção
emdiversasposições,porexemplo:lateral,axial,etc.

4.3 LINHASDEREFERÊNCIAPARAMEDIÇÕESHIDRÁULICAS

111
parabombahorizontais:
linhadecentrodoeixodabomba

para bomba verticaisdesimplessucção


simplesoumúltiplos estágios:
início dapalheta na entradapara o rotor
doprimeiroestágio

parabombas verticaisdeduplasucção:
centroderecalquedorotor

112
4.4 REPRESENTAÇÃO GRÁFICADO NPSH REQUERIDO

Q = Q1 = const.
H H
NPSH
semqueda
H1
AH AH

NPSH com 3% de queda


AH / H1 = 3%
AH / H 1

Q1 Q NPSH
NPSH cavitaçãototal

NPSH
NPSH semqueda

NPSH com3%dequeda

NPSH cavitaçãototal

113
4.5 FATORESQUEMODIFICAMONPSHDISPONÍVEL

Comovimosanteriormente,nota-sequequantomaiorforovalordoNPSHdisponívelnuma
instalação,maisafastadooperigodabombaentraremregimedecavitação.Sendoassim,
para obtermos valores elevados de NPSH disponível, devemos considerar os seguintes
critérios:

- diminuir a altura geométrica de sucçâo negativa ou aumentar a altura geométrica de


sucçãopositiva.
- minimizar as perdas de carga na sucção, pois estas influem no cálculo do NPSH
disponível. Recomenda-se utilizar tubulações curtas; diâmetros de tubulação que
acarretembaixasvelocidadesdolíquidonasucção;minimizarasperdaslocalizadas,como
porexemplo,crivo,válvulas,curvas,etc.
- verificar o valor da pressãoatmosférica local, pois variando a altitude, variará a pressão
atmosféricae,portanto,ovalordoNPSHdisponível.Parabombasinstaladasacimadonível
domar,devemosconsiderarumadiminuiçãodapressãoatmosféricadeaproximadamente
1barparacada900mdealtitude.
- a temperatura de bombeamento tem influência na viscosidade, pressão de vapor, peso
específico,etc,portanto,variando-seatemperaturadebombeamento,teremosvariaçãodo
NPSHdisponível.
-eventualmente, uma mesmainstalaçãopodetrabalhar commaisdeumtipodelíquido.É
necessário verificar o caso crítico, NPSH disponível mínimo, analisando os valores da
pressãodevapor,pesoespecíficoeviscosidadedosprodutos.
- alterando-se a vazão de operação, implica alteração na perda de carga na sucção,
conseqüentementeoNPSHdisponível.
-variandoapressãonoreservatóriodesucção,altera-seovalordoNPSHdisponível.

4.6 FATORESQUEMODIFICAMONPSHREQUERIDO

Seporumlado,busca-seaumentarovalordoNPSHdisponívelnumainstalação,poroutro,
busca-se diminuir o valor do NPSH requerido. Naturalmente, este é o objetivo dos
fabricantes,maséinteressanteousuárioteralgumanoçãodoassunto.
Diminui-seovalordoNPSHrequeridoatravésdasseguintesmaneiras:

- reduzindo-se a perda de carga na entrada da bomba, através de projeto


hidrodinamicamenteadequadoecuidadocomograudeacabamento.

114
- redução das velocidadesabsolutase relativas no olho dorotor, aumentando-se área de
entrada do rotor, solução não tão simples de ser obtida, pois existem outros cuidados a
seremtomados.
-variandoarotação,poisoNPSHrequeridovariacomoquadradodarotação.
-utilizaçãodeumindutor.Oindutornadamaisédoque umrotornormalmenteaxialoude
fluxomistocolocadonafrentedorotorconvencionaldeumabomba.Oprincipalobjetivodo
indutor é funcionar como auxiliar do rotor principal, reduzindo o NPSH requerido pela
bomba.

Exemplode indutor

4.6.1 REPRESENTAÇÃOGRÁFICADAREDUÇÃODONPSHr DE UMROTORCOM


INDUTOR

NPSHreq

rotorsemindutor

rotorcomindutor

115
4.7 CÁLCULODONPSHREQUERIDOPARABOMBASETA

No caso das bombas KSB modelo ETA, as curvas características indicam o valor de Hs
(altura de sucção), com o qual podemos calcular o NPSH requerido através da fórmula
abaixo:
NPSHreq NPSH requerido(m)
Hs alturadesucção(obtidanacurva característica) (m)
vs 2
NPSHreq = 10 - Hs + 2g vs velocidadenoflangedesucção (m/s)
g aceleração dagravidade (m/s )
2

4.8 COEFICIENTEDECAVITAÇÃO/NÚMERODETHOMA

UmmétodoteóricoparaavaliaçãodoNPSHrequeridopodeserobtidoatravésdonúmero
deThoma( ),tambémconhecidocomocoeficienteou fatordecavitação.

NPSHreq
=
H

OnúmerodeThomaéobtidoatravésdegráficosemfunçãodarotaçãoespecífica(nq),que
podeserobtidaconformeindicado,comovimosnomódulo3.

nq = n Q
3/4
H

Este métodonãoéutilizadonaprática,poisobtemosapenasumvalordereferênciaparao
NPSH requerido. Somenteofabricantedabombapoderáfornecerindicaçõesprecisasdo
NPSHrequerido.
0,6

fatordeThoma
0,5

0,4

0,3

0,2

0,1
0,05
0,025
nq
50 100 200 300 400

116
4.9 VELOCIDADEESPECÍFICADESUCÇÃO

VimosanteriormentequeocoeficientedecavitaçãoounúmerodeThoma( )depende da
velocidadeespecíficadabomba.
Estabeleceu-se a dependência entre essas duas grandezas através de um parâmetro
denominadovelocidadeespecíficadesucção,representadopelaletraS.

S velocidadeespecífica de sucção
S = 365 n Q n rotação (rpm)
3/4
NPSHreq Q vazão(m 3/h)

O critério mais utilizadopara avaliarmos as condições de sucção é através davelocidade


específicadesucção.Estaaceitaçãodecorredofatoquenarealidadeaalturamanométrica
nãodeveterinfluêncianalimitaçãodascondiçõesdesucção.
Doponto de vistadoNPSHrequerido, tantomelhorabombaquantomaiorovalordeda
velocidadeespecíficadesucção.

4.10 NPSHPARAOUTROSLÍQUIDOS

Aexperiênciaeensaiostemreveladoqueasbombasquefuncionamcomáguaquenteou
com hidrocarbonetos líquidos não viscosos operam satisfatoriamente e com segurança
utilizando um valor de NPSH requerido inferior ao que normalmente exigiria se operasse
comáguafria.Estefatopermiteque,paraamaiorpartedoscasos,sepossautilizaracurva
doNPSHrequerido,fornecidopelofabricante,paraáguafria.
Caso sejanecessário,pode-sefazerareduçãodoNPSHrequerido,atravésdeumgráfico,
comoveremosaseguir.
OBS.:Ousodestegráficodeveobedecerasseguinteslimitações:

-nãoutilizarsehouverpresençadearougasesnãocondensáveisouseapressãoabsoluta
naentradadabombafortãobaixaquepermitaaliberaçãodenãocondensáveisdasolução;
-amáximareduçãopermissíveléde50%doNPSHrequeridoparaágua;
-nãoutilizareminstalaçõesquetenhamtendênciaamudançatransientesdetemperatura
oupressãonosistemadesucção;

117
-nocasodemisturadehidrocarbonetos,apressãodevapordeveserdeterminadaparao
produtoemquestãoenatemperaturarealdeoperação;
-nãoaplicarográficoparalíquidosoutrosqueáguaehidrocarbonetos.

4.10.1 REDUÇÃO DO NPSH PARABOMBASOPERANDO COM HIDROCARBO-


NETOSEÁGUAEMALTATEMPERATURA
1000

500
400
300
10
200 8
7
150
6
5
100
4
3

50 2
40 1,5
30
1,0
20
15
0,5
10

5
4

2
1,5

1,0
0 50 100 150 200 250 300 400

0
TEMPERATURA - F

Exemplo: Uma bomba necessita de um NPSH de 16 ft, operando com água fria. Se a
0
mesmabombaoperarcompropanoatemperaturade55 F e quetempressãodevaporde
100psia,determinarqualonovovalordeNPSHrequerido.

0
Solução:Parapropanocomt=55 F, sobe-severticalmenteatépv= 100psia.Desteponto
sigaaolongodalinhainclinadaparaoladodireitodográfico,obtendoareduçãodeNPSH=
9,5pés.

118
Como é maior queametade do NPSHreqdaáguafria,ovalorquedeveráserreduzido é
50%deNPSHreqparaáguafria,ouseja,NPSHreq=8pés.

Então,NPSHreqreduzidoserá =16-8=8pés.

4.11 RECIRCULAÇÃOHIDRÁULICA

As bombas de porte médio e grande que possuam rotores largos e operam com vazões
reduzidas,podemficarsujeitasaoproblemadarecirculaçãohidráulica.

Esquemadeumrotorindicandorecirculaçãodolíquidoparabombaoperandocomvazões
reduzidas.

Quandoabombaoperanestacondições,partedofluidoqueentranorotor,retornaparaa
sucção.Asconseqüênciassão:

- diminuiçãodorendimento: observa-se quequantomenor é a descarga, menor será o


rendimento,emboraoaumentoacimadadescarganormalocasioneomesmoproblema.
-aumentodoempuxoradial: oempuxoradial,resultantedadesigualdadededistribuição
de pressões na carcaça, ocorre sempre e o valor máximo se verifica para a condição de
shutoff (registrototalmentefechado),comolíquidorecirculandonabomba.
- aumentodoempuxoaxial: os dispositivos para equilibragem doempuxo axial perdem
muitoasuaeficiência,comabombaoperandocomvazõesreduzidas.
-arecirculação provovavibrações,ruídosedanosaorotor.
- elevação da temperatura da bomba: o resfriamento em uma bomba operando com
vazões reduzidas não é suficiente, podendo ocorrer superaquecimento,reduzindo a vida
dasgaxetas,selosmecânicos,danosaosmancais,eixosedispositivosdeequilíbrioaxial.

Para impedir que ocorram estes inconvenientes, deve-se controlar a descarga mínima
aceitável,recorrendo-seaumsistemadecontroledevazãomínima,comoporexemplo:

119
4.11.1 SISTEMADERECIRCULAÇÃOCONTÍNUA

Consiste e m u m by-pass contendoumaplacadeorifício,quepermiteoretornodepartedo


líquido paraoreservatóriodeondeaáguaébombeada.Aplacadeorifícioédimensionada
de modo que o orifício dê passagem à descarga de recirculação que impeça o
superaquecimentodabomba.
O inconveniente desta solução é que obriga um superdimensionamento da bomba e do
motor,poisocorreumarecirculaçãopelo by-pass ,mesmoemcondiçõesnormais,quandoa
descarga demandada na operação já seria suficiente para manter a bomba em uma
temperaturaaceitável.

ParaaCaldeira

RESERVATÓRIO Registro
OrifícioCalibrador
DE VálvuladeRetenção
SUCÇÃO

DrenoeLimpeza TubulaçãodeRecalque

TubulaçãodeSucção

4.11.2 VÁLVULADEVAZÃOMÍNIMA

Durante a operação com vazão reduzida, a válvula de vazão mínima abre um by-pass,
protegendodesta maneira a bomba. Durante a operaçãonormal,semprequea vazão for
maiorqueamínima,alinhade by-pass permanecefechada.
Existemválvulasnomercado,capazesderealizarautomaticamente,eemúnicoconjunto,a
mediçãodadescarga,aretençãodocontrafluxo(trabalhacomoumaválvuladeretenção),
areduçãodapressãonosistemaderecirculaçãoeocontroledarecirculação.

GUIA
DISCO

PROTEÇÃO
AMBIENTAL
VÁLVULA
REDUTORA
DE VÁLVULA
PRESSÃO DE
CONTROLE

120
4.12 MATERIAISRESISTENTESÀCAVITAÇÃO

Vimosanteriormentequeocolapsodasbolhas de vapor ocorrem emregiõesdepressões


bastanteelevadas,causandoaretiradadematerialdasuperfície(pitting),ondeocorremas
implosões.
Os efeitos da cavitação dependem do tempo de duração, intensidade da cavitação,
propriedadedolíquidoeresistênciadomaterialaerosãoporcavitação.
A escolha do material a ser empregado na fabricação de uma bomba é de maior
importância.Algunsmateriais na ordem crescente desuacapacidadede resistir a erosão
porcavitaçãosão:ferrofundido,alumínio, bronze,açofundido,açodocelaminado,bronze
fosforoso,bronzemanganês, aço Siemens-Martin,açoníquel,açocromo(12Cr),ligasde
açoinoxidávelespeciais (18Cr-8Ni).Arigor,não hánenhum material conhecido quenão
sejaafetadopelacavitação.
A resistência de materiais à corrosão por cavitação é determinada em ensaios de
laboratório, quando corpos de provas, pesados inicialmente, são colocados num difusor
ondese medem a pressão e a velocidade daágua.Decorridocerto tempo, submetidos a
cavitação, mede-seaperdadematerialpordiferençadepesagemdocorpodeprova.Esta
perdadefinearesistênciaaodesgasteporcavitação.

Ensaiando-se diversas ligas e fixando o valor 1,0 como perda de material para o ferro
fundido, foram obtidas as graduações abaixo, na ordem crescente de resistência ao
desgasteporcavitação.

Ferro Fundido 1,0


Bronze 0,5
Aço-cromo 0,2
Liga deBronze-Alumínio 0,1
AçoCromo-Níquel 0,05

Quandoumaparte dabomba fica muito danificadapela ocorrênciadecavitação,pode-se


preencher os locais gastos com solda elétrica adequada ao material, esmerilhando em
seguidaou,como algunssugerem,aplicandoumaoumaiscamadasderesinas.

121
MÓDULO 5

Associação de Bombas

123
ÍNDICE

5 Introdução 127
5.1 Associação em paralelo 129
5.1.1 Associaçãodeduasbombasiguaisemparalelo 129
5.1.2 Associaçãodebombasiguaiscomcurvaestável 130
5.1.3 Associaçãodebombascomcurvasdiferentes e estáveis 132
5.1.4 Associaçãodebombasiguaiscomvariação daalturageométrica/estática 133
5.1.5 Associaçãodebombasiguaiscomcurvasinstáveis 134
5.2 Escolha donúmerodebombas 136
5.3 Precauções a serem tomadasemassociaçõesdebombasemparalelo 137
5.3.1 Vazão excessiva 137
5.3.2 Vazão reduzida 138
5.4 Associaçãodebombasemsérie 139
5.5 Bombas de váriosestágios 142
5.6 Conclusões 142

125
ASSOCIAÇÃO DEBOMBAS

5 INTRODUÇÃO

Asrazõesquenoslevamausaraassociaçãodebombassãováriasedenaturezadiversas,
porexemplo:
não existe uma bomba centrífuga que possa sozinha atender a vazão requerida; há
variação da vazão com o decorrer do tempo (aumento da população, por exemplo, no
período de alguns anos), neste caso é interessante instalar uma ou mais bombas e no
decorrer do tempo instalarmaisbombas;não há bomba queatendaaltura manométrica
requerida no projeto; há casos em que ocorre variação no consumo (abastecimento de
água) ou da vazão afluente (sistema de esgoto) no mesmo período (dia).As razões de
associação de bombas são, portanto de natureza técnico-comercial, variando desde a
impossibilidadedeumasóbombaatenderavazãooualturamanométricadoprojeto,oupor
diminuiçãodoscustosdeimplantação.

127
5.1 ASSOCIAÇÃOEMPARALELO

Duas oumaisbombasestãooperandoemparalelo quandorecalcam para umatubulação


comum,demodoquecadaumacontribuacomumaparcelaparadavazãototal.
Éinteressanterelembrarquebombacentrífugavenceasresistênciasencontradas,istoé,o
desnívelgeométricoestáticomaisasperdasdecarga.Dessaforma,quandooperandoem
paralelo,todasasbombasterãoamesmaalturamanométricatotalou,emoutraspalavras:
paraamesmaalturamanométricaasvazõescorrespondentessesomam.
Paratraçaacurvaresultantedeumaassociaçãodebombasemparalelo,bastaplotarpara
cadaalturaas vazõescorrespondentes, tantas vezes quanto forem asbombas operando
emparalelo.

5.1.1 ASSOCIAÇÃODEDUASBOMBASIGUAISEMPARALELO

H
curvadosistema

A C
H1 H1A = AC
1
B
H1’
3
2bombas
emparalelo
1bomba

Q1 Q1 ’ Q2 Q

129
Paraexemplificar,tomemoscomoexemplooesquemadapaginaanterior,ondetemosduas
bombasiguaisoperandoemparalelo,recalcandoparaumalinhacomumquelevaolíquido
doreservatóriodesucçãoparaoreservatóriodedescarga.

Quandoasduasbombasestãooperando,avazãonosistema é Q2 e cadabombarecalca
umavazão Q 1,detalformaque Q2 = 2Q 1.

Nota-seaindaqueasduasbombasoperarãocomumaalturamanométricatotal H1.

Quando uma só bomba opera, a alturamanométricatotaldiminui,passando para H1’


(H1’ < H1)eparaumavazão Q 1’ ,detalformaque Q 1 < Q1’ < Q 2 .

Assim,doexemploapresentado,podemostiraralgumasconclusões:

1) a vazão total do sistema é menor que a soma das vazões das bombas operando
isoladamente;

2) quando as bombas estão operando em paralelo, há um deslocamento do ponto de


operação de cada bomba para a esquerda da curva ( ponto A ).Isso se acentua com o
aumentodebombasemparalelo.

3)seumadasbombassairdefuncionamento(porrazões,comoporexemplo,manutenção,
motivos operacionais, etc), a unidade que continua operando passará do ponto A para o
ponto B.

Relembramosque:

Noponto de operação B,teremos um NPSH requerido e uma potência consumida maior


queadoponto A .

OBS.: Isso válidoparabombascentrífugascomrotoresradiais.

5.1.2 ASSOCIAÇÃODEBOMBASIGUAISCOMCURVAESTÁVEL

Tomemos um exemplo com três bombas iguais de curvas estáveis, conforme a próxima
figura:

130
HH Curvadosistema

H3 3
A B 2' C 2 D
H2 2
1
H1
1 3bombas

2bombas
1bomba

Q’3 Q’2 Q1 Q 2 Q3 Q Q
P
Operação comtrêsbombas iguaisem paralelo

Avazãototalqueastrêsbombasrecalcarãoserá:

Q 3 = 3Q’3 , istoé,cadabombafornece1/3davazãototaleaalturamanométrica será


amesmaparaastrêsbombas(H3 ).

Podemostiraralgumasconclusõesdessaassociação:

1 ) A B = B C = C D = Q3 / 3

2)Q1 =vazãodeumasóbombaoperandonosistema;

3)Q’2 =vazãodecadabombacomduasoperandonosistema;

4)Q’3 =vazãodecadabombacomastrêsoperandonosistema;

5) Q 1 >Q’2 >Q’ 3

131
Para se relacionar n bombasqueirãooperaremparalelo bombeando a vazãototaleuma
alturamanométricatotal,abombadeveráserselecionadapara:

Qtotal
Qbomba = e Hbomba = Hmanométricatotal
n
Observamosquequantomaisbombasoperamemparalelo,maisaesquerdado pontode
melhorrendimento(pontodeprojeto)abombairáoperar.

Assim: Q 1 >Q’ 2 >Q’ 3 .

A operaçãoemumpontomuitoaesquerdadopontodeprojetotrazsériosinconvenientes,
comoporexemplo:

-vibração;
-recirculaçãohidráulica;
-aquecimento;
-esforçoselevadosnosmancais;
-etc.

5.1.3 ASSOCIAÇÃODEBOMBASCOMCURVASDIFERENTESEESTÁVEIS

Duasoumaisbombasdiferentespodemtrabalharemparalelo.
Obomfuncionamentodasbombassópodeser verificadopormeiodaconstruçãográfica
daassociaçãodascurvas.
Vejamospor exemploapróxima figura:

bomba 1

bomba 2
H

132
Traçandoacurvadaassociaçãodoesquemaanterior,teremos:

H Bombasdiferentescomcurvasestáveis

H2

H1

A Curvadosistema
B C D

bomba1
bomba1+2
bomba2

Q2 Q1 Q
1+ 2 Q

Notemosque:AB+AC=AD,istoé,Q 2 + Q1 = Q 1 + 2

Paravazãonula,abomba2temH 2 maiorqueabomba1,istoé,H 2 > H 1 .

Assim,abomba1sórecalcaráparaalturasmanométricasmenoresqueH1 .

Em outras palavras, para alturas manométricas do sistema superiores a H1, a vazão da


bomba1seránula.

5.1.4 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS IGUAIS COM VARIAÇÃO DA ALTURA GEO-


MÉTRICA/ESTÁTICA.

Hgeomáx Hgeomín

133
Traçandoacurvadaassociaçãodoesquemaanterior,teremos:

HH
sistema1

A B C sistema 2
1' E
D

Hgeomáx 3
F 2bombas
emparalelo

bomba1=bomba2
Hgeomín

QB QD QF QC QE
H Q

Nestesistema,tem-sequatropontosdefuncionamento: C, D, E e F, respectivamente.

Umabombafuncionandocomonívelmínimoemáximodosreservatórios,pontos D e F e
duasbombas funcionando em paralelo com o nível mínimo e máximodosreservatórios,
pontos Ce E.

Doispontosprincipalmente,deverãoseranalisados,ouseja,ospontos F e B.

NopontoB :Pontodefuncionamentoporbomba,quandoambasestãoemparalelocomo
alturageométricamáxima.Deve-severificarparaqueasbombasnãotrabalhemcomvazão
reduzida.

No ponto F : Ponto de funcionamento de uma bomba com altura geométrica mínima.


Verificar a potência consumida, NPSRreq e NPSHdisp e se o rendimento, nesse ponto
caemexcessivamente.

Deve ser verificado o NPSHdisp para a operação com o nível mínimo no reservatório de
sucção, quandoumabombatrabalha isoladamente, considerando-seasváriasformasde
operação.

5.1.5 ASSOCIAÇÃODEBOMBASIGUAISCOMCURVASINSTÁVEIS

134
Traçando a curva da associação de duas bombas iguais com curvas características
instáveis,teremos:

3
H H3
x
1
H1 1´

2
H2

Q 3 Q1' Q2 Q1 Q

Analisandoprimeiramenteosistema1:

Teremosparaestesistema,doispontosdetrabalho:

Ponto1: pontodetrabalhodeduasbombasemparalelonosistema1,ondeQ 1 é a vazão


total; H1 é a altura manométrica total navazão Q1 e Q 1’ é a vazão decontribuição decada
bombaquandoasduasbombasestãoemparalelo:Q1= 2 Q1 ’.
Ponto 2: ponto de trabalho de uma bomba isolada no sistema 1, onde Q 2 é a vazão da
bombaisoladaeHéaalturamanométricatotalnavazãoQ.
2 2

Analisandoosistema2:

Com uma bombaoperando obteremosa vazão Q3 e uma altura manométrica H3 .Nesta


situação,vamos partir a outrabomba:devido a pressão H3 atuantenaválvuladeretenção
desta bomba, esta, ao liga-la, partiria como se o registro estivesse fechado, obtendo a
pressãoH,queéinferiorapressãoH3 , portantonãodescarregandoaosistema.

Devidotambémainstabilidadedestascurvas,recomenda-seque:

-nofuncionamentoemparalelo,aalturatotaldeveráserinferioraalturacorrespondentea
vazãonula;

- na partida de uma das bombas, a outra deverá estar operando com uma altura
manométrica total inferior a altura manométrica total correspondente a vazão nula. No
mesmoexemplo,acurvadosistema1acataestasrecomendações.

135
5.2 ESCOLHADONÚMERODEBOMBAS

Esseéumproblemaqueseacentuaquandoestáseassociandobombas emparalelo, ou
seja:

-Quantomaisbombasemparalelotivermosassociadas,teremos:

Vantagem

-maiorflexibilidadedosistema,tantonaoperaçãoquantonaimplantação.

Desvantagem

-maisunidadesaseremmantidas;motoressuper-dimensionadosemrelaçãoaopontode
operação, causando problemas com o fator de potência ( cos );espaço de instalação
maior,aumentandooscustosdeconstrução.

Outrosfatoresdeverãoaindaserconsiderados:

- o número excessivo de bombas em paralelo faz com que cada uma opere muito a
esquerdadoseupontodeprojeto, trazendo com istotodos osinconvenientesinerentes a
estefato.

Vamosanalisaraassociaçãode7(sete)bombasemparalelo:

(m)

( l/s )

( l/s )

136
Pelacurvadaassociaçãoanterior,devemosnotaroseguinte:

-quando umabombaestaemoperação,teremosumavazãode140l/s.
- quandoadicionamosumasegunda bombaaosistema,teremosumavazãode 250 l/s e
nãoumavazãode140l/sx2=280l/s,queeraaesperada.
-aoadicionarmosumaterceirabombaaosistema,avazãoresultantepassaaserde310l/s.
-quandoassetebombasestiverememoperação,teremosumavazãofinalemtornode380
l/senão140l/sx7=980l/s.

Podemostiraralgumasconclusões,porexemplo:

A cada bomba que entra no sistema, cada uma passa a operar mais a esquerda do seu
ponto de projeto, podemos verificar pela curva da figura que uma bomba operando no
sistemaforneceumavazãode140l/s.
Quandoasseteestãoemoperação,cadaumapassaafornecerindividualmenteumavazão
emtornode50l/s.

Notamos também que o acréscimo de vazão a partir da terceira bomba é relativamente


pequenaeemgeralpodemosafirmarqueainclinaçãodascurvasdasbombasedacurvado
sistemateráinfluêncianaescolhadonúmerolimitedasbombasaseremassociadas.

5.3 PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS EM ASSOCIAÇÕES DE BOMBAS EM


PARALELO

1)Caso hajaasaída deumadasunidadesqueestãooperandodosistema,abombaque


permanece em trabalho irá operar a direita do seu ponto de projeto, isto é, com vazão
excessiva.
2) Devido ao número excessivo de bombas associadas em paralelo, cada uma delas
operaráàesquerdadoseupontodeprojeto,comovimosanteriormente,istoé,comvazão
reduzida

5.3.1 VAZÃOEXCESSIVA

Comabombaoperandoemvazãoexcessiva,poderãoocorrerosseguintesproblemas:

-ONPSHdisponíveléinsuficiente,istoé,oNPSHrequeridopassaasermaiorqueoNPSH
disponível,nessascondições,abombapoderáentraremregimedecavitação;

137
-aeficiênciadabombacai;

-aparecemesforçosradiaiselevadossobreoeixodabomba;

-háumaumentodapotênciaconsumida,aqualemmuitoscasos podesuperarapotência
normaldomotorelétricodimensionado.

Assim,deve-seselecionaroconjuntomoto-bombadetalformaque,quandoelepassaraser
operadoisoladamentenosistema,nãohajaproblemascomoNPSHenemcomapotência
consumida. Esses problemas de vazão excessiva são comuns nas captações de água,
quandoexisteumavariaçãodoníveldoreservatóriooudorio.

Avazãoexcessivapodesercontroladapelaválvuladedescarga.Comasaídadasdemais
bombasqueestãooperandoemparalelo,fecham-separcialmente,asválvulasdedescarga
dasdemais,comoquesecriamperdaslocalizadas,queobrigamcadabombaaoperarcom
avazãoquenãosobrecarregueoseumotornemocorracavitação.

Nem sempre esse controlepelaválvuladedescargaseráomaisconveniente,pois o bom


funcionamento do sistema fica na dependência de uma nova atividade, muitas vezes
demorada. Ele seriamuito poucorecomendável para o caso deumnúmeroexcessivode
bombasdegrandeporte.

5.3.2 VAZÃOREDUZIDA

Com a bomba operando na região de vazão reduzida, poderão ocorrer os seguintes


problemas:

-baixaeficiênciadabomba;

-esforçosradiaisexcessivos;

-aquecimentodolíquidobombeado.

Normalmente o aquecimento provocado não é excessivo. Porém a operação contínua


nessas condições danificará o sistema de selagem utilizado e diminuirá a vida dos
rolamentos.

IMPORTANTE: Nas bombas axiais ( propeller pumps ), com vazões reduzidas, há um


aumento excessivo da potência consumida. Deve-se evitar o trabalho paralelo com esse
tipodebomba.

138
Bombas de porte médio e grande, que possuam rotores largos e operam com vazões
reduzidas, podem ficar sujeitas aoproblema de recirculação hidráulica. (assunto visto no
módulo4)

Asconseqüênciassão:ruídosexcessivos,vibraçõessemelhantesàcavitação(sóqueestas
ocorrem comvazãoexcessiva).

5.4 ASSOCIAÇÃODEBOMBASEMSÉRIE

Em algumas aplicações, como por exemplo, por condições topográficas ou por qualquer
outro motivo, um sistema poderá exigir grandes alturas manométricas, que em alguns
casos,podeexcederàsfaixasdeoperaçãodebombasdesimplesestágio.
Nestescasos,umadassoluçõeséaassociaçãodebombasemsérie.

Esquematicamente,aassociaçãodebombasemsérie seapresentadaseguinteforma:

É fácil notar, que o líquido passará pela primeira bomba, receberá uma certa energia de
pressão,entraránasegundabomba, ondehaveráumnovoacréscimodeenergiaafimde
queomesmoatinjaascondiçõessolicitadas.

Também fica claro que a vazão que sai da primeira bomba é a mesma que entra na
segunda,sendoportantoavazãoemumaassociaçãodebombasemsérie,constante.

Podemosconcluir dessa forma,que quandoassociamosduasoumaisbombasemsérie,


para uma mesma vazão, a pressão total(altura manométrica) seráasomadaspressões
(altura)fornecidaporcadabomba.

139
Para se obter a curva característica resultante de duas bombas em série, iguais ou
diferentes, basta somar as alturas manométricas totais, correspondentes aos mesmos
valoresdevazão,emcadabomba.

Porexemplo,verifiquemosaassociaçãodeduasbombasiguaisassociadasemsérie:

H
2H
2 H1

2H2

2H 3
H
H1
H2 w

H3

Q Q1 Q2 Q3 Q

140
Analisemosagora,duasbombasdiferentesassociadasemsérie:

H
H
H + H´
H1 + H`1

H2 + H`2

H`
H`1
H`2 w
H
H1
H2

1 2 3 Q

Entreosarranjospossíveisdeinstalaçãodebombasemsérie,podemoster:

1)motorcomduaspontasdeeixo,montadoentreasbombas.Paraamaioriadasbombas,
istonãoépossíveldeserrealizado,devidoainversão dosentidoderotaçãoparaumadas
bombas.

2)motornormalacionandoduasbombas,sendoaintermediáriacomduaspontas deeixo(
a bomba intermediária deve ter eixo passante e ser capaz de transmitir torque às duas
bombas).

3)doismotoresacionandocadauma a suaprópriabomba.

141
5.5 BOMBASDEVÁRIOSESTÁGIOS

Umexemplocomumdebombasoperandoemsérieéodebombas deváriosestágios.

Tudo se passa como se cada estágio fosse uma bomba isolada. A vazão é a mesmaem
cadaestágioeasalturasmanométricasvãosesomandoàsanteriores.

As aplicações mais típicas são aquelas de pequenas e médias vazões e alturas


manométricas totais elevadas. Assim são as bombas para alimentação de caldeiras,
bombasparaabastecimento e bombasparairrigação,entreoutrasaplicações.

Bombadeeixohorizontaldemúltiplos estágios

5.6 CONCLUSÕES

Pelo expostonestecapítulo,devemoslevaremconsideraçãoquandoassociamosbombas
emsérieouemparalelo,oseguinte:

- dar preferência no caso de associação em paralelo bombas que possuam curvas


característicasestáveis;

- selecionar, quando possível, bombas iguais, permitindo dessa forma, facilidades de


manutençãoeoperação;

- em associaçõesemparalelo,odiâmetrodatubulaçãode recalque deverá ser suficiente


para transportar a vazão desejada com perda de carga devidamente calculada para esta
vazão,casocontrário,aoperaçãoemparalelonãoapresentará vantagens apreciáveisno
sentidodeaumentodevazão;

-selecionarbombasdemodoqueaalturamanométricafinaldosistemanuncaultrapassea
alturacorrespondenteavazãozero,dequalquerumadasbombasassociadasemparalelo;

142
-selecionarbombasondeoNPSHdisponívelsejasempremaiorqueoNPSHrequerido;

-selecionarmotoresdemodoaatendertodosospontosdetrabalhopossíveisnosistema;

- em associações em série, verificar a pressão máxima suportada no flange das bombas


subseqüentes;

-sempreteremmãosascurvascaracterísticasdasbombasaseremassociadaseacurva
característicadosistema,paraquepossamosanalisaroqueaconteceránestaassociação,
edessaforma,adquiriroequipamentoadequado.

143
MÓDULO 6

Bombas: Classificação, Tipos,


Características e Peças Principais

145
ÍNDICE
6 Introdução 149
6.1 Bombas 151
6.1.1 Formas deacionamento 151
6.2 Classificação das bombas 151
6.2.1 Bombascentrífugas 151
6.2.1.1 Classificação dabombascentrífugas 151
6.2.2 Bombasdedeslocamentopositivo 152
6.3 Bombas centrífugas-Classificação 154
6.3.1 Bomba centrífuga comrotor embalanço 155
6.3.2 Bomba centrífuga comrotor entre mancais 156
6.3.3 Bomba centrífuga tipo turbina(vertical) 157
6.4 Componentesdasbombascentrífugas e suasprincipaiscaracterísticas163
6.5 Rotor 165
6.5.1 Critériosparaa seleçãodetiposderotores 165
6.6 Corpo espiral (ou voluta) 169
6.6.1 Norma 171
6.6.2 Nomenclatura 171
6.6.3 Faceamento 171
6.6.4 Pressãonominal 172
6.6.5 Seleção 172
6.6.6 Tabelas 173
6.6.6.1 Tabela 1 - ANSI - Flangese contra-flanges 174
6.6.6.2 Tabela 2 - DIN-Flangesecontra-flanges 175
6.6.6.3 Tabela 3 - DIN-Flangesecontra-flanges(Pressõese medidas usuais(KSB) 176
0
6.6.6.4 Tabela 4 - ANSI-Pressão admissível (bar) x Temperatura ( C ) 177
0
6.6.6.5 Tabela 5 - DIN-Pressão admissível (bar) x Temperatura ( C ) 178
6.7 Difusor 179
6.8 Eixo 179
6.9 Luva protetoradoeixo 181
6.10 Aneisdedesgaste 182
6.11 Caixadeselagem 183
6.12 Gaxetas 183
6.12.1 Limitesdeaplicação 185
6.13 Selo mecânico 186
6.13.1 Selospadronizados 188
6.13.2 Selosmecânicos/Dispositivosauxiliares 189
6.13.3 a
Planosde selagem conforme norma API, 6 edição 190
6.13.4 Descrição dos planosdeselagem 191
6.14 Suportedemancal/Cavaletedemancal 192
6.15 Mancais 193
6.16 Forças 196
6.16.1 Forçaradial 196
6.16.2 Forçaaxial 198
6.16.2.1 Rotor de dupla sucção 199
6.16.2.2 Furosde alívionorotor/Anéisde desgaste 199
6.16.2.3 Palhetastraseiras 200
6.16.2.4 Arranjoderotores 200
6.16.2.5 Disco e contra-disco 201
6.16.2.6 Tambor oupistãodequilíbrio 201
6.16.2.7 Combinaçãopistão/discodeequilíbrio 202
6.17 Normas 203

147
BOMBAS: CLASSIFICAÇÃO, TIPOSCARACTERÍSTICASEPEÇASPRINCIPAIS

6 INTRODUÇÃO

Nestemódulo,abordaremosos principaistipos debombascentrífugas, sua classificação,


característicasepeçasprincipais.
Detalharemos seus componentes,sistemasdeselagem, alíviodasforças radiaiseaxiais,
etc.
Oobjetivodestemóduloédequeoleitorconheçadeformabemdetalhada, oequipamento
bombacentrífuga.

149
6.1 BOMBAS

Bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que transferem energia ao fluido com a
finalidade de transportá-lo de um ponto a outro. Recebem energia de uma fonte motora
qualquer e cedempartedestaenergiaaofluidosob formadeenergia depressão, energia
cinética ou ambas, isto é, aumentam a pressão do líquido, a velocidade ou ambas as
grandezas.

6.1.1 FORMASDEACIONAMENTO

Asprincipaisformasdeacionamentosão:

-motoreselétricos(formamaisusual);
-motoresdecombustãointerna(porex.;Diesel,muitoutilizadoemsistemasdeirrigaçãoe
bombasdecombateaincêndio);
-turbinas(emsuagrandemaioria,turbinasavapor).

6.2 CLASSIFICAÇÃODASBOMBAS

Não existe uma terminologia homogênea sobre bombas, pois existe vários critérios para
designá-las;entretanto,poderemosclassificá-lasemduasgrandescategorias:

a)Bombas centrífugas(tambémchamadasTurbo-bombas);
b)Bombasvolumétricasoudedeslocamentopositivo

6.2.1 BOMBASCENTRÍFUGAS

Estetipodebombatemporprincípiodefuncionamentoatransferênciadeenergiamecânica
para o fluido a ser bombeado em forma de energia cinética. Por sua vez, esta energia
cinética é transformada em energia potencial ( energia de pressão ) sendo esta a sua
característica principal. O movimento rotacional de um rotor inserido em uma carcaça (
corpodabomba)éoorgãofuncionalresponsávelportaltransformação.

6.2.1.1 CLASSIFICAÇÃODASBOMBASCENTRÍFUGAS

Emfunçãodostiposeformas dos rotores,as bombascentrífugas podem serdivididasna


seguinteclassificação:

151
a)RadiaisouPuras
Quandoadireçãodofluidobombeadoéperpendicularaoeixoderotação.

b)FluxomistoouSemi-Axial
Quandoadireçãodofluidobombeadoéinclinadaemrelaçãoaoeixoderotação.

c)FluxoAxial
Quandoadireçãodofluidobombeadoéparalelaemrelaçãoaoeixoderotação.

Radial Fluxo misto


ou pura ousemi-axial

Axial

6.2.2 BOMBASDEDESLOCAMENTOPOSITIVO

Ao contrário das bombas centrífugas, este tipo de máquina tem por característica de
funcionamento a transferência direta da energia mecânica cedida pela fonte motora em
energiapotencial(energiadepressão).Estatransferênciaéobtidapelamovimentaçãode
umorgãomecânicodabomba,queobrigaofluidoaexecutaromesmomovimentodoqual
eleestáanimado.

Olíquido,sucessivamenteencheedepoiséexpulsodosespaçoscomvolumedeterminado
nointeriordabomba,dairesultandoonomedebombasvolumétricas.

152
Avariaçãodestesorgãosmecânicos(êmbolos,diafragma,engrenagens,parafusos,etc),
éresponsávelpelavariaçãonaclassificaçãodasbombasvolumétricasoudedeslocamento
positivo,asquaisdividem-seem:

a)Bombasdeêmbolooualternativas,
b)Bombasrotativas

A)BOMBASDEÊMBOLO

Nas bombas de êmbolo, o orgão que produz o movimento do fluido é um pistão que, em
movimentosalternativosaspiraeexpulsaofluidobombeadocomoédemonstradonafigura
abaixo:

1 - Válvuladeadmissão
2 - Válvuladedescarga
3 - Movimento deaspiração
4 - Movimento dedescarga
Princípiodefuncionamento:

1) Movimentação de aspiração com conseqüente fechamento da válvula de descarga e


aberturadaválvuladeadmissão,preenchendodefluidoovolumeV1.
2) Movimentodedescarga com abertura da válvuladedescargaefechamentodaválvula
de admissão, esvaziando o fluido do volume V1, imprimindo-lhe energia potencial ( de
pressão).

Observaçõesgerais:

-adescargaatravésdabombaéintermitente;
-aspressõesvariamperiodicamenteemcadaciclo;
-estabombaécapazdefuncionarcomobombadevácuo,casonãohajafluidoaaspirar.

B)BOMBASROTATIVAS

153
A denominação genérica Bomba Rotativa, designa uma série de bombas volumétricas
comandadasporummovimentoderotação,daíaorigemdonome.
As bombas rotativas podem ser de parafusos (screw pumps), engrenagens, palhetas,
lóbulos,entreoutras,conformemostramasfigurasabaixo:

Bombadeengrenagens Bombadelóbulos

Bombadeparafusos Bombadepalhetas

O funcionamento volumétrico de todas elas consiste no preenchimento dos insterstícios


entreo componente girante e a carcaça, sendo queasomatória detodos eles, menos o
vazamentonatural(recirculação),correspondeavazãototalfornecidapelabomba

Nestasbombas,quandoavelocidadeéconstante,adescargaeapressãosãopraticamente
constantes,emborarigorosamentefalando,hajamapenasflutuações.

6.3 BOMBASCENTRÍFUGAS-CLASSIFICAÇÃO

Asbombascentrífugassãogeralmenteclassificadasporsuaconfiguraçãomecânicageral.
As características mais importantes, as quais incluem virtualmente todas as bombas
centrífugassão:

154
6.3.1 BOMBACENTRÍFUGACOMROTOREMBALANÇO

Nestegrupodebombas,orotorourotores,sãomontados naextremidadeposteriordoeixo
deacionamentoque,porsuavez,éfixadoembalançosobreumsuportedemancais.

Estegrupodebombasésubdivididoembombasmonobloco,ondeoeixodeacionamento
da bomba é o próprio eixo do acionador e bombas não monobloco, onde o eixo de
acionamentodabomba édistintodoeixo doacionador.
Oacoplamentoentreeixosérealizadogeralmenteporluvaselásticas.

bomba centrífuga com rotor em balanço,


simplesestágio,monobloco

bomba centrífuga com rotor em balanço,


simplesestágio, bombaemotorseparado

155
6.3.2 BOMBACENTRÍFUGACOMROTORENTREMANCAIS

Nestegrupodebombas,orotorourotoressãomontadosnumeixoapoiadopormancaisem
ambasasextremidadeseosmesmossituam-seentreeles.
Estegrupopodesersubdividido embombasdesimplesemúltiplosestágios.

bomba centrífuga comrotor


entremancais, simples
estágio, bomba e motor separado

bomba centrífuga comrotor


entremancais, multiestágio,
bombaemotorseparados

156
6.3.3 BOMBACENTRÍFUGATIPOTURBINA(VERTICAIS)

Estasbombaspodemsersubdivididasem:bombas depoço profundo; bomba tipo b a r r i l (


CAN ); bombas de simples ou múltiplos estágios, com rotores radiais ou semi-axiais;
bombassubmersasparapoçosartesianos,etc.

DeacordocomoHydraulicInstitute,descreveremosaseguir,asub-divisãodaclassificação
anteriormentecitada:
sucção frontal
descarga vertical
bombas monobloco
emlinha
BOMBAS CENTRÍFUGAS
COM ROTOREM BALANÇO
em linha ( i n l i n e ) ;
com cavaleteou
suporte
bomba e motor
separado montadaemlinha
de centro ( A P I )
bombadepoçocom
espiral ( sump pump )

bipartidas radiais
simples estágio

bipartidasaxiais
BOMBAS CENTRÍFUGAS
COM ROTOR ENTRE MANCAIS

bipartidasradiais

múltiplos estágios

bipartidas axiais

parapoçosprofundos
verticais (incluindo submersíveis)
simples ou
tipobarril(Can)
múltiplos
BOMBAS CENTRÍFUGAS estágios
TIPOTURBINA
parahastescurtas
rotoresaxiais
oude
fluxomisto

157
Nasfigurasaseguir,veremosalgunstiposdebombas comsuaclassificaçãogeral:

Bomba centrífugahorizontal, com


rotor em balanço, simples estágio,
bombaemotorseparado,suporte
demancal.

Bomba centrífugahorizontal, com


rotor em balanço, simples estágio,
bombaemotorseparado,
cavaletedemancal.

Bomba centrífuga vertical,


tipo turbina, axial,
simples estágio,
bombaemotorseparado.

158
Bomba centrífuga horizontal,
simples estágio, com rotorentre
mancais, rotor deduplasucção,
bipartidaaxialmente

Bomba centrífuga horizontal,


múltiplos estágios, com rotoresentre
mancais, bomba e motor separado

Bomba centrífuga horizontal,


com rotor em balanço,monobloco,
sucçãofrontaledescargavertical

159
Bomba centrífuga horizontal,
simplesestágio,comrotor
em balanço, montadaemlinha
de centro ( normaAPI )

Bomba centrífuga com


rotor embalanço, simples
estágio, monoblocoemlinha
( in line ).

Bomba centrífuga com


rotor embalanço, simples
estágio,monobloco, bomba
submersível.

160
Bomba centrífuga horizontal,
simplesestágio,comrotor
semi-axial em balanço

Bomba centrífuga vertical,


tipo turbina, bombaemotorseparado,
múltiplosestágios

161
Bomba centrífuga horizontal,
múltiplosestágios, comrotores
entre mancais, bipartida axialmente.

Bomba centrífuga vertical,


tipoturbina,múltiplos estágios,
bomba tipobarril(can).

Bomba centrífuga vertical,


tipo submersa, múltiplosestágios,

162
6.4 COMPONENTES DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS E SUAS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS

Osprincipaiscomponentesdasbombascentrífugassãoosseguintes:

-bombadesimplesestágio

anelde desgaste luvaprotetora doeixo apertagaxeta

tampa de p ressão

indicador n ível d e ó l eo

suportedemancal

tampadosuporte
demancal

eixo
rotor gaxeta

anelcadeado rolamento
corpo e spiral anel centrifugador

163
-bombademúltiplosestágios

corpodepressão luvadistanciadora

difusor intermediário anel dedesgaste

difusorde corpode
último estágio rotor sucção

anel tampade
centrifugador mancal

eixo

rolamento suportedemancal

corpo de luvaprotetora
estágio doeixo

luvadeestágio

164
6.5 ROTOR

Rotoréocomponentegiratório,dotadodepásquetemafunçãodetransformaraenergia
mecânicadequeédotadoemenergiadevelocidadeeenergiadepressão.
Emfunçãodavelocidadeespecíficadabomba,orotorpodeserdotiporadial,semi-axialou
axial(assuntoabordadonomódulo3)

6.5.1 CRITÉRIOSPARAASELEÇÃODETIPOSDEROTORES

Abaixodamos alguns exemplos práticosparaaseleçãodetiposderotoresemfunçãodo


líquidobombeado:

Líquidos limposoucom baixa quantidade -rotores radiais,fluxosimplesouduplo,fechado.


de sólidos em suspensão, sólidosde -rotores s e mi-axiais,fluxosimplesouduplo, fe-
pequenos diâmetros e n ão abrasivos. chadoou a b erto.

Líquidos v i scosossem sólidos. -rotores radiais, fluxosimplesouduplo,fechado.

Líquidoscomsólidosemsuspensão e -rotorescomuma,duas outrês pás, d ependen-


tamanhodesólidosmáximo deacordo do dotamanhodossólidos,fechado.
comomanualtécnico.

Águas compeixes,batatas,laranjas e -rotordepáúnica,fechado.


outras frutas.

Esgoto brutosempré-gradeamento com -rotordepáúnica,fechado.


fibraslongas.

Lodoematerialfibroso (comfibrascurtas), -rotorradialdeduasoutrêspás,aberto.


compoucoteor degasesouar.

Lodocom alto t e or d e g ases e ar. -rotordepáúnica,fechadoourotorrecuado.

Caldodecana:

-combaixaquantidade de bagacilho. -rotorradialfechado.

-commédiaquantidadede bagacilho. -rotorradialcomduasoutrêspás,fechado.

Caldocombagacilhoapós a p rimeira -rotordepáúnica,fechado.


moendaquando danãoutilizaçãodo
cush-cush.

165
Abaixo,mostramosalgunsexemplosderotores:

rotor fechado,radial, rotorde dupla sucção


fluxo simples

rotor fechado,radial, rotor fechado,radial,


três pás duas pás

rotor fechado rotor defluxoaxial


semi-axial

rotor fechado, rotor aberto


páúnica semi-axial

166
-Rotoresespeciais(paralíquidoscomgasesecontaminados)

rotor aberto, rotor defluxolivre


com trêspás

-Rotoresperiféricos(paralíquidoslimpos,baixavazãoealtapressão)

rotor periférico

- Rotor estrelado (geralmente usado em bomba auto-escorvantes bombeando meios


limpos)

rotor estreladopara
bombadecanallateral

167
Paraadeterminaçãodomaterialconstrutivodosrotoresparabombascentrífugas,devemos
considerarosseguintesfatores,osquaisdevemserobservadosconjuntamente:

-corrosão/abrasão;
-velocidadeperiférica;
-cavitação.

A)Corrosão/abrasão

Neste caso devem ser observadas as características do líquido bombeado. Para isto,
existemtabelasquerecomendamqualomaterialdeconstruçãomaisadequadoemfunção
dolíquidobombeado. Porém,namaioriadasaplicações,aexperiênciadousuáriofinaléo
melhorindicadordaqualidadedomaterialaserespecificado,quantoassuaspropriedades
físico-químicas.

B)Velocidadeperiférica

Avelocidadeperiféricadeumrotorécalculadacombasenaseguintefórmula:

x Dx n
Vp =
60

onde:Vp=velocidadeperiférica(m/s);
D=diâmetrodorotor(m);
n = rotação(rpm).

Sãoosseguintesoslimitesdevelocidadeperiféricaparaosmateriaismaisusuais:

ASTMA48CL30 40m/s
ASTMA536 GR 60 40 8; SAE 40; SAE 65;A216WCB 60m/s
ASTMA743 CF8M;A743 CA 6NM; B148C955 80m/s

C)Cavitação

Éimportanteressaltar que ascurvas deNPSHrequerido,contidas nos manuais técnicos,


foram levantadas considerando-se como critério de medição do NPSHr com queda de
elevação de 3% na altura manométrica (Hydraulic Institute), ou seja, em certas
circunstâncias pode vir a ocorrer cavitação incipiente (inerente ao projeto hidráulico), a
qual pode degenerar o rotor com maior ou menor grau de intensidade, em função da
qualidadedomaterialdorotor.

Alémdestasconsiderações,devemosverificarseomaterialdorotorsuporta,porexemplo,
altastemperaturasepressãodofluidobombeado;contaminação;etc.

168
6.6 CORPOESPIRAL(OUVOLUTA)

O corpo espiral é o responsável pela contenção do fluido bombeado bem como provê
oportunidadeparaaconversãodaenergiacinéticacontidanofluidoemenergiadepressão,
passofundamentalparaobombeamento.

Aespiralpropriamenteditaeobocalderecalquesãoseparados porumaparedechamada
línguadaespiral.

Existemasseguintesformasdecorposdebombas,comsimplesestágios:

-simplesespiral,
-duplaespiral,
-circular,
-mista.

Asduasprimeirasformassãoasmaisusuaiseconhecidas.

Dependendodaformadocorpo,aforçaradialatuante noconjuntogirantesealtera.

Vejamososprincipaistiposdecorpos:

simples espiral mista

circular dupla espiral

169
Umaoutraclassificaçãodoscorposseriaquantoaoseuseccionamento,ouseja:

-corpobipartidoaxialmente;
-corpobipartidoradialmente.

A vantagem essencial dos corpos bipartidos axialmente, diz respeito a facilidade de


manutenção,quepodeserfeitapelasimplesremoçãodocorposuperior.

corpobipartidoradialmente corpobipartidoaxialmente

Noquedizrespeitoaosbocaisdasbombas,sãoexecutadosdasseguintesformas:

- rosqueados (normalmente utilizados em instalações de construção civil, bomba de


pequenoporte,bombasparapequenasirrigações,etc).AnormaderoscautilizadaéaBSP
outambémchamadaroscagás.

- flangeados (utilizados em instalações industriais, abastecimento de água, médias e


grandesirrigações,etc).

Dentreasinúmerasnormasexistentes,destacam-seasnormasDIN(sistemamétrico)ea
normaANSI(sistemainglês).

Ambas as normas apresentam características próprias cujas diferenças apresentamos a


seguir e as quais devem ser perfeitamente entendidas, para a correta determinação dos
flanges.

170
6.6.1 NORMA

A norma ANSI, apesar debemmaiscompletatecnicamente,apresentauma identificação


maissimples,distinguindo-setrêsnormas:

-ANSIB16.1:paraferro
-ANSIB16.5 :paraaço
-ANSIB16.24:parabronze

Edentrodecadanormasãodefinidasasdiversasclassesdepressãonominal(125#,150#,
etc),sendoqueasnormasabrangem,alémdosflanges,tambémcontraflanges,reduções,
flangescegos,etc,emdiversasvariantesdemateriais,execuções,acabamentos,etc.

AnormaDINéumanormatecnicamentemaissimples,comênfasenapartedimensional.
A principal diferença em relação à ANSI é que na norma DIN, cadatipo de flange e cada
classedepressãoapresentaumanormaprópria(dimensional),chegando-seamaisde40
normasdistintas.

Quanto a parte técnica, temos as normas DIN 2500, 2401, 2402, 2505, 2519, as quais
apresentam os mais diversos aspectos técnicos e são válidas para todas as normas
dimensionaismencionadas.

6.6.2 NOMENCLATURA

A seguinte nomenclatura é utilizada na identificação dos flanges, além da definição do


diâmetronominal.

ANSI : deve-se mencionar o tipodepeça(flange, contra-flange, slip-on, etc), o material (


CF8, CF8M, etc), a norma(B16.1,etc),aclassedepressãonominal(125#, 250#, e t c ) , e o
acabamentodasfaces(FF,RF).

Ex.:Contra-flangetipoweldingneck,emCF8M,segundonormaANSIB16.5,300#RF.

DIN: Ex.:Contra-flangetipowelding-neck,emCF8MsegundonormaDIN2633,PN16.

OBS.: As informações quanto ao tipo de contra-flange e a classe de pressão são


redundantes,umavezqueaDIN2633éespecíficaparaestetipodecontra-flangeeclasse
depressão.

6.6.3 FACEAMENTO

171
Os flanges DIN apresentam sempre um ressalto, sendo que os ANSI podem ser sem
ressalto(FF),oucomressalto(RF).

Nas normasANSIédefinido um ressaltopadrão,sendoque,ressaltos especiaistambém


sãodefinidosemnorma.

QuandodaconexãodeumflangeANSIdeferroouaço,comressalto(RF), aumflangede
bronze(FF),oressaltoRFdeveráserusinado.

6.6.4 PRESSÃONOMINAL

Ambasasnormasdefineminúmerasclassesdepressão,sendoestas,pressõesnominais.

Aspressõesdecrescemcomoaumentodatemperatura,conformeassinaladonas tabelas
4e5.

Éimportanteobservarqueasnormas:

ANSI -apressãonominalempsi,indicaapressãoadmissívelnoflangeaumatemperatura
bastantesuperioràambiente.
Atemperaturaambienteapressãoadmissívelémuitomaisaltaqueanominal.

DIN - nesta norma, a pressão nominal do flange é a própria pressão admissível à


temperatura ambiente, sendo conseqüentemente muito mais simples a identificação da
0
pressãoadmissível(até120 C).

6.6.5 SELEÇÃO

A)determinaçãodoflange

Nas tabelas1e2,estãoindicadososflangesmaisusuais,normalizadospelanormaANSIe
DINrespectivamente,emfunçãododiâmetronominal,classedepressão,materialetipode
flange.
(Notar que não existem contra-flanges Welding neck e slip on em ferro, definidos em
qualquernorma).

IMPORTANTE:

Inúmeros diâmetrosnominaisnãoestãodefinidosemváriasclassesdepressãonominal,e
conseqüentemente não existem. Neste caso, deve ser utilizado um flange de classe de
pressãosuperior,omaispróximodopretendido.

172
Nastabelas1e2bastaprocuraropróximopontonegrodefinidonacolunamaispróximaà
direita, dentrodamesmafamília.

Ex.:ETA50-20deCF8
Sucção:65mm,DIN2543,PN16
Recalque:50mm,DIN2545,PN40

(NotarqueapesardaETAserumabombadaclasse 10bar,seusflangesnestecaso,estão
definidosnasclasses16e40bar).

Demodoafacilitaraconsultaatabela2(DIN)nodiaadia,foielaboradaatabela3,limitada
aosdiâmetroseclassesdepressãousualmenteutilizados naKSB.

B)Verificaçãodapressãonominal

Nas tabelas 4 e 5, respectivamente para ANSI e DIN, deve ser verificada a pressão
admissívelnoflange,selecionado,emfunçãodatemperatura.

Ex.:CPKG50-315

Pressãofinal=12bar
0
Temperatura=100 C
Flanges:sucção80mm,ANSIB16.1125#FF
recalque50mm,ANSIB16.1250#RF
0
Notarqueseatemperaturafosseinferiora70 C,poderiaserutilizadoambososflangesem
125#FF.

Nocasoacima,devidoàpadronização,poderáserofertadoambososflangesem250#RF.

IMPORTANTE: Paragarantirumbomfuncionamentodabomba,nãopodemseraplicados
forças e/ou momentos da tubulação sobre os bocais da carcaça. Caso não possa ser
evitado,ofabricantedeveserconsultadosobreosvalores máximosadmissíveisdeforçase
momentosquepossamseraplicados.

6.6.6 TABELAS

173
6.6.6.1 ANSI - FLANGESECONTRA-FLANGES

MATERIAL FERRO AÇO BRONZE

-Flanges
-Flange -WeldingNeck -Flange
-Contraflange
DESCRIÇÃO -Slipon
- comrosca
-Flangecego -Com.rosca
-Flange cego
-Cego

B16.1 B16.5 B16.24

NORMA

Pol. mm

½ 15

¾ 20

1 25

1¼ 32

1½ 40

2 50

2½ 65

3 80

3½ 90

4 100

5 125

6 150

8 200

10 250

12 300

14 350

16 400

18 450

20 500

24 600

30 750

36 900 OBS.:

42 1050 Osflangesslip-one
comroscanãodea-
48 1200 plicam a todos os
diâmetros das clas-
54 1350 ses 1500 e 2500 #.
60 1500

72 1800

84 2100

96 2400
Tabela1

174
6.6.6.2 DIN - FLANGESECONTRA-FLANGES
MATERIAL FERRO AÇO
CONTRAFLANGE C.F. CONTRAFLANGE
Descrição FLANGE FLANGE SLIP FLANGE CEGO
WELDINGNECK ON ROSCADO
Norma
DIN

Pressão
Nominal (PN)

10
15

20

25
32

40

50
65

80

100
125

150

(175)

200

250

300
350

400

(450)

500
600

700

800
900

1000

1200
1400

1600

1800
2000

2200

2400
2600

2800

3000

3200
3400

3600

3800
4000
Tabela2

175
6.6.6.3 DIN - FLANGESECONTRA-FLANGES - PRESSÕES E MEDIDAS USUAIS
(KSB)

Tabela3

176
0
6.6.6.4 ANSI - PRESSÃOADMISSÍVEL(BAR) X TEMPERATURAMÁXIMA( C )

NORMA B16.5

Pressão
150/10,5 300/21,0 400/28,1 600/42,1 900/63,2 1500/105,4 2500/175,7
Nominal

Material WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M

-30/38 19,5 16,3 16,3 51,0 42,5 42,5 68,0 56,7 56,7 102,1 85,0 85,1 153,1 127,6 127,5 255,2 212,7 212,7 425,4 354,5 354,6
50 19,1 15,7 15,8 50,0 40,9 41,3 66,7 54,6 55,1 100,1 81,9 82,6 150,1 122,9 123,9 250,2 204,9 206,5 417,1 341,5 344,2

100 17,7 13,3 14,0 46,3 34,9 36,5 61,8 46,5 48,6 92,7 69,8 72,9 139,0 104,8 109,4 231,8 174,7 182,3 386,3 291,2 303,9
150 17,3 11,9 12,8 45,2 31,1 33,4 60,2 41,5 44,6 90,4 62,2 66,9 135,6 93,4 100,3 225,0 155,6 167,2 376,7 259,4 278,6
200 16,7 10,7 12,1 43,8 28,0 31,6 58,4 37,4 42,2 87,6 56,1 63,3 131,4 84,2 94,9 219,0 140,3 158,2 365,0 233,9 263,7

250 15,9 10,0 11,9 41,7 26,1 31,0 55,6 34,8 41,4 83,4 52,3 62,0 125,1 78,5 93,1 208,5 130,8 155,1 347,5 218,0 258,5

300 14,8 9,5 11,6 38,7 24,8 30,3 51,6 33,1 40,4 77,4 49,7 60,6 116,1 74,6 90,9 193,5 124,4 151,5 322,5 207,4 252,5
350 14,1 9,2 11,3 36,9 24,0 29,4 49,2 32,0 39,2 73,8 48,0 58,8 110,8 72,1 88,2 184,7 120,2 147,0 307,9 200,3 245,0

375 13,9 9,1 11,1 36,4 23,7 29,0 48,6 31,7 38,6 72,9 47,5 58,0 109,3 71,3 86,9 182,2 118,9 144,9 303,7 198,2 241,5
400 13,2 9,0 10,9 34,4 23,5 28,3 45,9 31,3 37,8 68,9 47,0 56,7 103,4 70,5 85,0 172,4 117,6 141,7 287,4 196,1 236,2
425 11,0 8,9 10,7 28,7 23,2 28,0 38,3 31,0 37,3 57,4 46,5 55,9 86,2 69,8 83,9 143,7 116,3 139,8 239,5 193,9 233,0

450 7,6 7,6 7,6 20,0 23,0 27,6 25,7 30,6 36,8 40,0 46,0 55,2 60,0 69,0 82,7 100,1 115,1 137,9 166,8 191,8 229,9
475 5,1 5,1 5,1 13,5 22,7 27,5 18,0 30,3 36,7 27,0 45,5 55,0 40,6 68,2 82,5 67,6 113,8 137,6 112,8 189,7 229,3
500 3,3 3,3 3,3 8,7 22,3 27,6 11,7 29,7 36,6 17,5 44,6 54,9 26,3 66,9 82,4 43,9 111,6 137,3 73,2 186,0 228,8

525 1,9 1,9 1,9 5,1 21,7 27,2 6,9 28,9 35,2 10,3 43,4 54,3 15,5 65,2 81,5 25,8 108,7 135,8 43,1 181,1 226,4
550 0,7 0,7 0,7 1,9 21,3 26,1 2,6 28,4 34,8 3,9 42,7 52,2 5,9 64,0 78,3 9,9 106,7 130,6 16,5 177,9 217,6

600 16,7 21,4 22,2 28,6 33,4 42,9 50,1 64,3 83,5 107,1 139,2 178,5

700 5,9 9,9 7,9 13,3 11,9 19,9 17,9 29,8 29,8 49,7 49,7 82,9
800 2,0 3,5 2,7 4,7 4,1 7,0 6,1 10,5 10,2 17,5 17,0 29,2

NORMA B16.1 B 16.24


Pressão 800 150 300
Nominal 25/1,7 125/8,8 250/17,6 / / /
PSI/bar 56,3 10,5 21,0
Material FERRO BRONZE

Diâmetro
Nominal 4-36 42-96 1-12 14-24 30-48 1-12 14-24 30-48 2-12

-30/65 3,1 1,7 12,3 10,5 10,5 28,1 21,1 21,1 56,3 15,8 35,2

90 2,7 1,7 11,6 9,5 8,0 26,0 19,7 17,6 14,7 32,7
110 2,4 1,7 10,9 9,1 7,0 25,0 19,0 15,8 14,4 31,3
120 2,0 1,7 10,5 8,8 5,9 23,9 18,3 14,0 13,7 29,9

135 1,7 1,7 10,2 8,4 4,5 22,8 17,6 12,3 13,3 28,8
150 9,8 7,7 3,5 21,8 16,9 10,5 12,6 27,4

165 9,1 7,3 20,7 16,1 8,8 12,1 26,0


180 8,8 7,0 19,7 15,4 7,0 11,6 24,6

190 18,6 14,7 11,0 23,3


200 17,6 14,0 10,5 22,1

Tabela4
Obs.:Outrosmateriais,videnormaANSIB16

177
0
6.6.6.5 DIN - PRESSÃOADMISSÍVEL(BAR) X TEMPERATURAMÁXIMA( C )

PRESSÃO TEMPERATURA °C
NOMINAL MATERIAL
(bar) 120 200 250 300 350 400

1 Geral 1 1 1 1

2,5 Geral 2,5 2 1,8 1,5

6 Geral 6 5 4,5 3,6

10 Geral 10 8 7 6

GG
GGG 16 13 11 10
BZ
16 CF

16
WCB 16 14 13 11 10 8

GG
BZ 25
CF

25 GGG 25 20 18 16

WCB 25 22 20 17 16 13

GG
GGG 40
BZ
40 CF

WCB 40 35 32 28 24 21

64 64 50 45 40 36 32

100 100 80 70 60 56 50

160 WCB 160 130 112 96 90 80

250 250 200 175 150 140 125

320 320 250 225 192 180 160

400 400 320 280 240 225 200

Tabela 5
Obs.:Outrosmateriais,videnormaDIN2401

178
6.7 DIFUSOR

Afunção do difusor é idêntica a carcaça, ou seja, converter parte da energia cinética do


fluidoemenergiadepressãoeprincipalmente,servirdedirecionadordofluidodasaídade
umrotorparaaentradadopróximo.

Difusoressãousadosprincipalmenteembombasdemúltiplosestágioscomrotoresradiais,
assim comotambémembombasverticais comrotoressemi-axiaisouaxiais.Nesteúltimo
caso,odifusorassumetambémafunçãodecarcaça,sendoparteintegrantedamesma.

Difusores de bombas de múltiplos estágios são montados nos corpos de estágio sendo
fixadosaxialeradialmentevisandoinclusive,impedira ocorrênciadegirodosmesmos.

corpo

difusor

difusor corpodifusor

6.8 EIXO

Afunçãodoeixoédetransmitirotorquedoacionadoraorotor.O eixoéprojetado paraque


tenhaumadeflexãomáximapré-estabelecidaquandoemoperação.Estefatoréimportante
para evitar que as folgas entre as peças rotativas e as estacionárias se alterem em
operação,oqueprovocariaseucontato,desgasteprematuroemaiorconsumodeenergia.

O eixodeveserconstruídoemmaterialquesuporte as variaçõesdetemperatura,quando
para aplicações que envolvam líquidos quentes, bem como fadiga devido à cargas
aplicadasquesurgemduranteaoperação.

Tambémporquestõesdevidaútildoselomecânico,adeflexãodoeixonafacedacaixade
gaxetas não deve ser superior a limites definidos em normas e recomendações dos
fabricantesdeselosmecânicos.

179
O ponto mais importante a considerar no projeto de eixos é a velocidade crítica, que é a
rotação naqualumpequeno desbalanceamento noeixoounorotorsãoampliadosdetal
forma,sobaformadeumaforçacentrífuga,queprovocadeflexãoevibração.Amaisbaixa
velocidadecríticaéachamadadeprimeiracrítica,aseguintedesegundacríticaeassimpor
diante.

Quandoabombaoperaacimadaprimeiravelocidadecrítica,diz-sequeo eixoéflexívele
quandooperaabaixo,diz-sequeoeixoérígido.

Oeixotantopodeserprojetadoparatrabalharcomoflexívelourígido,desdequenoprimeiro
casoavelocidade críticasejade 60a75%davelocidadedetrabalhoenosegundo,deno
mínimo,20%acima.Geralmenteasbombastrabalhamabaixodavelocidadecrítica.

Eixossuportadosnosdoisextremos,quepossuemorotornocentro,temodiâmetromáximo
no local de montagem do rotor. Eixos de bombas com rotor em balanço tem o diâmetro
máximoentreosrolamentos.Apontadoeixoéprojetadapararesistiraomáximotorqueque
podeocorreremtrabalho.

eixo de umabomba
com rotor em balanço

eixo de umabomba
com rotor entremancais

180
Dependendodotipodeprojetodabomba,estespossuemeixosvedadosounãovedados.

Eixosvedadosgarantemqueolíquidobombeadonãoentre emcontatocomo eixo, isto é


conseguidopormeiodevedaçõesentreaspeçasmontadasnoeixodoladodorotoreporca
dorotorespecial.
Eixosnãovedadostemcontatocomolíquidobombeado.

Naseleçãodomaterialdoeixo,deveserconsideradoque,paralíquidoscorrosivos,oseixos
nãovedados devem serconstruídosem materiaisresistentesà corrosão;porém,os eixos
vedados podem ser fornecidos em aço carbono e luva protetora do eixo com material
resistenteacorrosão.

6.9 LUVAPROTETORADOEIXO

Aluvaprotetoradoeixotemafunçãodeprotegeroeixocontracorrosão,erosãoedesgaste,
causado pelo líquido bombeado. Além disso, deve proteger o eixo na região do
engaxetamento,contraodesgastecausadopelasgaxetas.

A luva protetora gira com o eixo e geralmente é fixada de forma axial, por chavetas ou
rosqueadasnoeixo.

181
6.10 ANÉISDEDESGASTE

Sãopeçasmontadassónacarcaça(estacionário),sónorotor(girante)ouemambos,eque
mediante pequena folgaoperacional,fazemaseparação entreregiões onde imperam as
pressões de descarga e sucção, impedindo assim um retorno exagerado de líquido da
descargaparaasucção.
Os anéis são peças de pequeno custo e que evitam o desgaste e a necessidade de
substituiçãodepeçasmaiscaras,comoporexemploorotoreacarcaça.
Bombasseriadasemserviçoslevesnãopossuemanéisdedesgaste.Aprópriacarcaçaeo
rotorpossuemsuperfíciesajustadasdetalformaqueafolgaentreestaspeçasépequena.
Quandoafolgaaumenta,pode-sereusinarorotorouacarcaçaecolocaranéis,refazendo
assimasfolgasoriginais.
Embombas de maior porte tanto a carcaçae/ourotorpodemser providoscomanéisde
desgaste. Os anéis são substituidosquandoa folgadiametral excede oslimitesdefinidos
nosmanuaisdeserviçodofabricante.Deve-seressaltarque,conformeseaumentaafolga
diametral dos anéis de desgaste, nota-se uma redução na eficiência da bomba, ou seja,
aumentaoretornodelíquidodadescargaparaasucçãodabomba,achamadarecirculação
hidráulica.

O tipo de execução do anel de desgaste depende do projeto da bomba e do líquido


bombeado,emcasosespeciais.Vejaosexemplosaseguir:

182
No bombeamento de líquidos com abrasivos em suspensão, as bombas poderão ser
dotadas de placas de desgaste com dispositivo de lavagem com líquido limpo de fonte
externa.
A montagem dos anéis de desgaste e sua fixação no local pode ser feita por pinos,
montagem por interferência, fixação por parafusos ou solda, dependendo do projeto da
bomba.Algumasnormasdeconstruçãoindicamque,alémdainterferência,énecessáriaa
fixação por solda; isto geralmente ocorre em aplicações com fluidos onde altas
temperaturasestãoenvolvidas,paraevitarqueadilataçãosolteoanel.

6.11 CAIXADESELAGEM

Acaixa deselagem temcomoprincipalobjetivoproteger a bomba contra vazamentosnos


pontosondeoeixopassaatravésdacarcaça.
Osprincipaissistemasdeselagemutilizadosembombascentrífugassão:

-gaxetas
-selomecânico.

6.12 GAXETAS

Podemosdefinirgaxetascomoummaterialdeformável,utilizadoparapreveniroucontrolar
apassagemdefluidosentreduassuperfíciesquepossuammovimentos,umaemrelaçãoa
outra
Gaxetas são construídas de fios trançados de fibras vegetais ( juta,rami,algodão),fibras
minerais (amianto) ou fibras sintéticas. De acordo com o fluido a ser bombeado,
temperatura,pressão,ataquequímico,etc,determina-seumououtrotipodegaxeta.

A funçãodasgaxetasvaria com a performance da bomba, ouseja,seumabombaopera


com sucção negativa, sua função é prevenir a entrada de ar para dentro da bomba.
Entretanto,seapressãoéacimadaatmosférica,suafunçãoéevitarvazamentoparaforada
bomba.

Parabombasdeserviçosgerais,acaixadegaxetasusualmentetemaformadeumacaixa
cilíndrica que acomoda um certo número deanéis de gaxeta em volta d o e i x o o u d a l u v a
protetoradoeixo.

Agaxetaécomprimidaparadaroajustedesejadonoeixoounaluvaprotetoradoeixopor
um aperta gaxetas que se desloca na direção axial. Vedações de eixo por gaxetas
necessitamdeumpequenovazamentoparagarantiralubrificaçãoearefrigeraçãonaárea
deatritodasgaxetascomoeixooucomaluvaprotetoradoeixo.

183
Geralmente entre os anéis de gaxetas, faz-se a utilização de um anel cadeado ou anel
lanterna.Suautilizaçãosefaznecessária,quandoporexemploolíquidobombeadocontiver
sólidosem suspensão, quepoderão seacumulareimpedir a livrepassagem de líquido e
impedindoalubrificação da gaxeta. Comisto,ocorreráodesgasteexcessivonoeixo e na
gaxetaporesmerilhamento.Estesistemaconsistenainjeçãodeumlíquido limponacaixa
de gaxetas. Este líquido chega até os anéis de gaxetas através de um anel perfurado
chamadodeanelcadeado.Estelíquidopodeseroprópriofluidobombeadoinjetadosobreo
anelcadeadopormeiodefuraçõesinternasoupormeiodeumaderivaçãoretiradadaboca
dedescargadabomba.
O anelcadeadopodetambémserutilizadoquandoapressão internanacaixadegaxetasé
inferior a atmosférica,impedindoassimaentradadearnabomba.
Aposiçãodoanelcadeadonoengaxetamentoédefinidaduranteoprojetodabombapelo
fabricante.

engaxetamento sem anel cadeado engaxetamento com anel cadeado

Ainjeçãodelíquidodefonteexternaésemprenecessárionasseguintescondições:

-aalturadesucçãoémaiorque4,5m;
2
-apressãodedescargaéinferiora0,7kgf/cm
-quandoolíquidobombeadocontiverareia,sólidosemsuspensãooumateriaisabrasivos;
-embombasdecondensadoquesuccionamdiretodocondensador.

Oengaxetamentoéumdispositivodereduçãodepressão.Oengaxetamentodeveser de
materialfacilmente moldável e plástico que possa ser convenientementeajustado, porém
deveresistiraocaloreaoatritocomoeixooualuvaprotetoradoeixo.

Atabeladapáginaseguinte mostraosdiversostiposdegaxetasesuasaplicações:

184
-amiantografitado;
-amiantotrançadocomfiosmetálicosantifricção,impregnadoegrafitado;
-amiantodealtaresistênciaeflexibilidade,impregnadocomcompostoespecialeacabado
comgrafite;
-amiantoimpregnadocomteflonelubrificado,nãografitado;
-teflonpurotrançadoemfilamentoselubrificado,nãografitado;
-grafitepuro.

2
A vedação do eixo por engaxetamento só pode ser feitapara pressões até 15 kgf/cm na
entradadacaixadegaxeta.Parapressõesmaiores,devemserutilizadosselosmecânicos.
Quandoolíquidobombeadoforinflamável,corrosivo,explosivo,tóxicoouquandoéexigido
quevazamentosnãosejampermitidos,énecessárioousodeselosmecânicos.

6.12.1 LIMITESDEAPLICAÇÃO

Denominação Temp. Pressãomáx. Veloc. perif. pH


máx.(o C) nacâmara (bar) máx.(m/s) Aplicação

a mianto Líquidos limpos


grafitado 105 15 10 4-10 emgeral

amianto Líquidos com s ólidos


grafitado 140 15 10 4-10 emsuspensão,
antifricção abrasivos

amianto Líquidos leves,


grafitado 140 15 10 4-10 gasolina,óleos,
altaresistência solventes

Líquidos corrosivosem
a mianto
teflonado 150 15 10 2-13 geral,ácidosfracos,
produtos químicos

Líquidosextremamente
teflon 200 10 10 0-14 corrosivos, ácidos
fortes

grafite 400 15 15 0-14 Óleotérmico

185
6.13 SELOMECÂNICO

Quandoolíquidobombeadonãopodevazarparaomeioexternodabomba,porummotivo
qualquer (líquido inflamável, tóxico, corrosivo, mau cheiroso ou quando não se deseja
vazamentos)utiliza-seumoutrosistemadeselagemchamadodeselomecânico.
Embora osselosmecânicospossamdiferiremváriosaspectosfísicos,todostemomesmo
princípio de funcionamento. As superfícies de selagem são localizadas em um plano
perpendicular ao eixo e usualmente consistem em duas partes adjacentes e altamente
polidas;umasuperfícieligadaaoeixoeaoutraàparteestacionáriadabomba.
Estassuperfíciesaltamentepolidassãomantidasemcontatocontínuopormolas,formando
um filme líquido entre as partes rotativas e estacionárias com muito pequena perdas por
atrito. O vazamento é praticamente nulo quando o selo é novo. Com o uso prolongado,
algumvazamentopodeocorrer,obrigandoasubstituiçãodosselos.

Osselosmecânicospodemserdedoistipos:
- Selosdemontageminterna:Nelesoanelrotativo,ligadoaoeixo,ficanointerior dacaixa
eemcontatocomolíquidobombeado.
- Selosdemontagemexterna:Oelementoligadoaoeixoseachanoladoexternodacaixa.
Emambosostiposdemontagem,aselagemserealizaemtrêslocais:
A) entre o anel estacionário e a carcaça. Para conseguir esta selagem, usa-se umajunta
comumouochamado“anelemO”(O’ring).
B)Entreoanelrotativoeoeixooualuva protetoradoeixo,quandousada.Empregam-se
O’rings,folesoucunhas.
C)Entreassuperfíciesdecontatocomelementosdeselagem.Apressãomantidaentreas
superfíciesasseguramomínimodesejáveldevazamento.

Esquemadeumselomecânico de molas múltiplas

186
Quandoolíquidoabombearéinflamável,tóxico,portantonãodevendoescapardabomba,
ouquandoolíquidoécorrosivo,abrasivoouseencontraa temperaturasmuitoelevadasou
muitobaixas,utiliza-seselomecânicoduplo,noqualserealiza aselagemlíquidacomágua
limpa.

Selo mecânico demolasmúltiplas duplo

Existemselosmecânicosbalanceadosenãobalanceados.

Nos não balanceados, utilizados para fluidos com propriedades lubrificantes, iguais ou
2
melhores que os da gasolina e pressões de até 10 kgf/cm , a pressão de uma mola e a
pressãohidráulicaatuamnoselonosentidodejuntarassuperfíciesdecontato.

Selo mecânicodemolasmúltiplas
nãobalanceado

187
Os selos mecânicos balanceados são utilizados para condições mais severas, no qual a
forçadefechamento é atenuada pela existência de um degraunasedeestacionária.Por
outroladodevemos observar queosselosbalanceadosnãosãonormalmente aplicáveis
2
parapressõesinternasnacaixadeselagemmenoresque4kgf/cm,poisapressãointerna
de fechamento seriatãoreduzidaque poderia nãosersuficiente para prover o adequado
fechamentoeselagemdasfacesrotativaeestacionária.

pressãona
caixadeselagem

Selo mecânicodemolasmúltiplas
balanceado

6.13.1 SELOSPADRONIZADOS

São selos compactos de menor custo e aplicáveis a serviços leves. Normalmente são
fabricadoscomoumaunidadedeselagem.Assimsendo,seumdoscomponentesfalha,é
usualsubstituiroconjunto.Geralmentesãoselosutilizadosembombasmonobloco.

Exemplodeselomecânicodemontagemexterna

pressãona
caixadeselagem

188
6.13.2 SELOSMECÂNICOS/DISPOSITIVOSAUXILIARES

Os selos mecânicos necessitam, para um adequadofuncionamento, queumapelícula de


filmedolíquidobombeadosejaformadoentreasfacesdeselagem.
Além disso, alta temperatura de bombeamento, presença de abrasivos, líquidos com
tendênciaaformaçãodecristaiseserviçosemqueabombapermaneçaparadapormuito
tempo,sãocaracterísticasnegativasparaoempregodeselos.

Com o objetivo de atenuar estas limitações, encontramos os seguintes dispositivos


auxiliareseventualmenteincorporadosaoselomecânico:

- Refrigeração ou aquecimento da caixa de selagem: é feita introduzindo um fluido


circundanteemcâmarasconstruídas paraestafinalidade.

- Refrigeraçãodasedeestacionária :feitasimilarmenteaoesquemaanterior.

-Lubrificaçãodasfacesdeselagem: nestecasoolubrificanteatingeasfacesdeselagem
atravésdeorifíciosexistentesnasobrepostaenasedeestacionária.

-Lavagemlíquida(flushing):consistebasicamenteeminjetarumlíquidodeformaaatingir
asfacesdeselagem.Olíquidopodeserdaprópriadescargadabombaoudefonteexterna.

-Recirculaçãocomanelbombeador: éumsistemaemque,medianteautilizaçãodeum
anelbombeador,épossívelfazerarecirculaçãodolíquidocompassagemintermediáriapor
umpermutadorparapromoverseuresfriamento.

- Lavagemespecial(quenching): emcasosondeháformaçãodecristais,umaalternativa
válida é a injeção e posterior drenagem de um fluido, usualmente vapor d’água, mas
eventualmenteáguaouóleoparalavagem.

-Suspiroedreno: nocasodefluidosperigosososelopodeincorporarumaconexãopara
suspiro e outra para dreno independentemente de outros dispositivos auxiliares
eventualmenteutilizados.

- Filtroouseparadorciclone: quandoolíquidobombeadocontersólidosemsuspensãoe
deseja-se efetuaralavagemcomoprópriolíquidobombeado,torna-senecessárioousode
filtroouseparadortipociclone.

189
a
6.13.3 PLANOSDESELAGEMCONFORMENORMAAPI,6 EDIÇÃO

SIMBOLOGIA

ORIFICIO FILTRO VÁLVULADE VÁLVULADE VÁLVULADE TROCADOR


CALIBRADO INSPEÇÃO REGULAGEM BLOQUEIO DECALOR

TERMÔ- MANÔ- PRESSOS- VISORDE SEPARA-


TI METRO PI METRO PS TATO FI FLUXO DORCI- RESER-
(OPCIONAL) (OPCIONAL) (OPCIONAL) VATÓRIO
CLÔNICO
a)Olíquidodeselagem,quandoamesmaéfeitaexternamenteeolíquidodeQuenchsãoinjetadosnasobreposta
doselomecânico.
b)AdefiniçãodoplanodeselagemAPIédecorrentedaindicaçãodofabricantedoselomecânico.
c)OsplanosAPIaplicam-seunicamenteparavedaçãodoeixoatravésdoselomecânico.
d) Osequipamentos quecompõem o planode selagemestãoincluidosnoescopode fornecimento, exceto
indicaçãoemcontrárioemnossaproposta.

190
6.13.4 DESCRIÇÃODOSPLANOSDESELAGEM

PLANO1 -Aselageméfeitainternamentecomoprópriolíquidobombeado,atravésdeuma
furaçãoquecomunicaatampadepressãocomacaixadeselagem.
PLANO 2 - A selagem é feita internamente com o próprio líquido bombeado, através de
buchadefundo.Asobrepostapossuiconexõesparaeventuaisconexõesfuturas.
PLANO11 -Aselageméfeitaexternamentecomoprópriofluidobombeado.
PLANO12 -Aselageméfeitaexternamentecomoprópriofluido bombeado, apóspassar
porumfiltro.
PLANO13 -Aselageméfeitainternamentecomoprópriolíquidobombeadosendoqueo
mesmoapósemergirdasobrepostaédirecionadoparaasucçãodabomba.
PLANO 21 - A selagem é feita externamente com o próprio líquido bombeado, após ser
resfriado.
PLANO 22 - A selagem é feita externamente com o próprio líquido bombeado, após ser
filtradoeresfriado.
PLANO23 - O líquidodeselageméoprópriolíquidobombeado,queébombeadoparafora
dacaixadeselagem,sendoqueapósresfriadoéinjetadonovamentenacaixadeselagem.
PLANO31 -Aselagem éfeitaexternamentecomoprópriolíquidobombeado,apóspassar
por um separador ciclônico. O líquido com partículas sólidas retorna para a sucção da
bomba.
PLANO32 -Aselageméfeitacomumlíquidolimpodefonteexterna.
PLANO41 -Aselagemprimária éfeitapelo própriolíquidobombeado,apóspassarporum
separador ciclônico e ser resfriado.O líquido compartículassólidasretornaparaasucção
dabomba.
PLANO51 -Aselagemprimáriaéfeitapeloprópriolíquidobombeado,aselagemauxiliaré
realizadaporumlíquidodefonteexternacompatívelcomolíquidobombeado.
PLANO52 -Aselagemprimáriaéfeitapeloprópriolíquidobombeado,aselagemauxiliaré
realizadaporumlíquidodefonteexternacompatívelcomo líquidobombeadoe acionado
peloanelbombeador.
PLANO53 -Aselagemprimáriaéfeitapeloprópriolíquidobombeado,aselagemauxiliaré
realizadaporumlíquidodefonteexternapressurizadocompatívelcomolíquidobombeado.
PLANO54 -Aselageméfeitacomumlíquidolimpodefonteexterna.
PLANO 61 - A sobreposta possui conexões plugadas para eventuais utilizações
(ventilações,dreno,quench).Esteplanoéauxiliarsendoutilizadocomumoutroplano.
PLANO62 -Asobrepostapossuiconexãoparaquench.Esteplanoéutilizadoemconjunto
comosdemaisplanos(exceto61).

191
6.14 SUPORTEDEMANCAL/CAVALETEDEMANCAL

Bombasdesimplesestágiopodemter,dependendo doprojeto, um suportedemancalou


umcavaletedemancal.
Asbombasdesimplesestágiocomsuportedemancalsãonormalmentedotipo“back-pull-
out”.Istosignificaqueosuportedomancaljuntocomorotorsãodesmontáveisportrás,sem
removeracarcaçadabomba(quepossuipéspróprios)dolugardainstalação.
Avantageméafácildesmontagemdabomba,nãosendonecessáriosoltarastubulaçõesde
sucçãoerecalque.
Bombas de simples estágio com cavalete de mancal tem, para os tamanhos menores e
médios, normalmente o apoio da bomba só no cavalete de mancal e não permitem a
desmontagemsemtirarabombainteiradolugardainstalação.

Vantagem:maiorrobustezeacionamentoporpoliasecorreiasdiretamentenapontadeeixo
dabomba.

Bombasdemúltiplosestágiosoubombasbipartidaspossuemsuportesdemancaisnosdois
extremosdabomba.

suportedemancal
(bombaback-pull-out)

cavaletedemancal

192
6.15 MANCAIS

Os mancais temafunçãodesuportaropesodoconjuntogirante,forçasradiaiseaxiaisque
ocorremduranteaoperação.
Os mancais que suportam as forças radiais são chamados de mancais radiais e os que
suportamforçasaxiaissãochamadosdemancaisaxiais.
Bombas de construção horizontal possuem normalmente mancais de rolamento para
suportarforçasradiaiseaxiais.Osrolamentosmaisutilizadosembombascentrífugassão:

rolamentosde esferas
de umaouduascarreiras
(suporta forças radiais e axiais)

rolamentosdeesferasde
contatoangular. Montadoemtandem,são
capazes desuportar forças radiais
eaxiaisemumasódireção

rolamentosdeesferasdecontato
angular.Montado e m “ O ” o u “ X ” , , s ã o
capazes desuportar forças radiais
eaxiaisnas duas direções

rolamentos de rolos cilíndricos


de uma só carreira
(para suportarsó forças radiais)

193
rolamentosautocompensadores
de esferas (suportaforçasradiaiseaxiais)

Dependendodoprojetodabomba,osrolamentospodemserlubrificadosporgraxaouóleo.
Os projetos com lubrificação a graxa geralmente possuem no suporte ou cavalete de
mancalumbicoparacolocaçãodegraxa(engraxadeira).

Ossuportesoucavaletescomlubrificaçãoaóleo,possuemvedaçõesnapassagemdoeixo,
por exemplo, na tampa do suporte de mancal; um copo de ressuprimento automático (
constant level oil ) ouvareta de nível deóleoeumrespironapartesuperiordosuportede
mancal(geralmenteincorporadoavareta).

Bombasde caldeiradegrandeporte,possuemmancaisde deslizebipartidos axialmente,


constituídodeumabuchadeapoio,maisumabuchademetalpatente.Estesmancaissão
lubrificados por banho de óleo e possuem um anel pescador para uma melhora na
lubrificação.Paracertasaplicaçõesénecessárioter-seumsistemadelubrificaçãodeóleo
forçado.

Mancal dedeslize

194
Bombasverticaispossuembuchasdemancaisquefuncionamcomoguiadoeixo.

Dependendo do tipo de bomba, as buchas de mancais podem ser executadas com os


seguintesprojetos:

BUCHA
TIPO LUBRIFICAÇÃO APLICAÇÃO
DEMANCAL

Borracha sem Próprio Líquidoslimpos


tuboprotetor líquido isentos de
doeixo bombeado sólidosem
suspensão

Borracha com Líquido Líquido


tuboprotetor limpo com
doeixo defonte sólidosem
externa suspensão

Bronzecom Óleo Líquido


tuboprotetor com com
doeixo gotejador sólidosem
suspensão

Bronze sem Graxa Líquido


tuboprotetor através com
doeixo de uma sólidosem
bomba de suspensão
graxa

195
6.16 FORÇAS

Quando bombas centrífugas estão em operação, surgem forças radiais e axiais sobre o
rotoreconseqüentementesobretodooconjuntogirante.
Estas forçasdevemser devidamente compensadasoureduzidas,deforma a termosuma
vidaútilmaiordoequipamentoeprincipalmentedosmancaisdasbombas.

6.16.1 FORÇA RADIAL

As forças radiais, na tecnologia das bombas centrífugas, envolvem as forças radiais


hidráulicasgeradaspelainteraçãoentrerotorecarcaçaoudifusordabomba.
Háentretantoumadistinçãoentreforçasradiaisestáticasenãoestáticas.

- Forças radiaisestáticas: O vetor daforçaradialmudasuamagnitudee direção com a


variaçãodavazão“q”,dadopeloquocienteq=Q/Qótimo.
Seq=constante,asuamagnitudevariacomaalturamanométricatotal,massuadireção
permaneceinalterada.

No caso de bombas com corpo espiral simples, as forças radiais são relativamente
pequenasnopontodemelhorrendimento,mascrescemuitíssimoemvazõesparciais(q<1
)ousobrevazões(q>1).
Amagnitude das forçasradiais (R), em bombas tipo voluta, dependemuitodavelocidade
específica(nq),conformemostraafiguraabaixo.

0,5 R=K. .g . H . D . B
onde:
0
0,4
R=forçaradial
K=coef.deforçaradial
0,5 =dens.do líq.bombeado
0,3 g=acel.dagravidade
H=alturatotal
0,7 D=diâmetrodorotor
0,2 B=largurada descarga
do rotor
1,2

0,1
q=1,0

0
0 10 20 30 40 50 60
VELOCIDADE ESPECÍFICA nq

196
Omeiomaisempregadoparaareduçãodaforçaradialembombascentrífugaséaalteração
docorpodabomba.

As figuras abaixo mostram a intensidade da força radial em função da relação q = Q /


Qótimo,onde Q=vazãodeprojetoeQótimoéavazãonopontodemelhorrendimentoda
bomba.

simplesespiral mista

0 0,25 0,5 0,75 1 , 0 0 0 , 2 5 0,5 0,75 1 , 0


Q Q
q = q=
Qopt Qopt

circular duplaespiral

0 0,25 0,5 0,75 1,0 0 0,25 0,5 0,75 1,0


Q Q
q= q=
Qopt Qopt

197
Nota-sequeamelhorformadereduziraforçaradial é o corpoespiralduplo ouseja,um
corpo espiralcomumasegundavolutaqueinicia-sea180grausdaprimeira.Nestecaso,a
forçaradialestapraticamenteconstanteentreavazãozeroatéavazãomáxima.
Nocasodebombascomdifusores,nãohágeraçãodeforçasradiaisestáticasseorotorfor
instaladoconcentricamentecomodifusor.

- Esforços radiais não estáticos: As forças radiais não estáticas podem ocorrer
superpostamente às forças radiais estáticas. Sua ocorrência deve-se a varias causas e
características.Acausamaisconhecidadestaforçaradialéafreqüênciadonúmerodepás
dorotorversusarotação.
Estas forças radiais existem com mais ou menos intensidade em todos os projetos de
bombas centrífugas. Este fenômeno existe especialmente em bombas com difusor
operandocomvazõesparciais.

6.16.2 FORÇAAXIAL

As pressões geradas pelas bombas centrífugas exercem forças, tantonaspartes móveis


quantonaspartesestacionárias.Oprojetodestaspartesbalanceiaalgumasdestasforças,
masmeiosseparadospodemserutilizadosparacontrabalancearoutras.
Oesforçoaxialéasomatóriadasforçasnãobalanceadasagindonadireçãoaxialdorotor.

Rotoressemdispositivosdecompensaçãoaxialtemumaforçaaxialparaoladodasucção,
devidoàáreaepressãoexistentenoladodadescargadorotor.Vejafiguraabaixo.

pressão naparede pressão naparededo


do rotor norecalque rotor norecalque

FORÇAS
BALANCEADAS

FORÇASNÃO
BALANCEADAS

198
6.16.2.1 ROTORDEDUPLASUCÇÃO

Rotorescomfluxoduplo,teoricamentetemas forças compensadas graças a simetria das


áreasdepressõesnosdoisladosdorotor.Naprática,estacompensaçãonãoétotal,devido
a divergências no fundido do rotor; distribuição desigual do fluxo devido a localização de
curva ou válvula próxima ao flange de sucção; rotor colocado fora da linha de centro da
espiral;vazamentodesigualpelosanéisdedesgastenosdoisladosdorotor.
Oempuxoaxialresidualdeverásersuportadopelosmancaisdabomba.

Pressão Pressão
na na
descarga descarga

Pressão Pressão
na na
sucção sucção

Rotor de dupla sucção

Nasbombasdefluxosimples,existemosseguintesmeios para compensaçãodoempuxo


axial:

6.16.2.2 FUROSDEALÍVIONOROTOR/ANÉISDEDESGASTE

Oaneldedesgastecolocadonoladodadescarga,possuiumdiâmetroigualoupróximoao
aneldedesgastenoladodasucçãoeorotorpossuifurosnocubodorotor.Atravésdestes
furoscria-seumaumapressãoentreaneldedesgasteecubodorotor,próximoapressãode
sucção,objetivandoumaequalizaçãodaspressõesemambososladosdorotor.
Estemétodopossuioincoveniente degerarturbulênciapeloretornodofluidopelosorifícios
emoposiçãoaofluxoprincipal. Pressão nadescarga
Furode alívio

ÁreaA ÁreaA

Pressão nasucção
199
Aforçaaxialresidualdeverásersuportadapelosmancais.

6.16.2.3 PALHETASTRASEIRAS

Este sistema consiste em palhetas alocadas na parte posterior do rotor que induzem ao
equilíbriodasforçasaxiais.

Este sistema é muito utilizado em bombas para a indústria química e aplicações no


bombeamentodefluidossujoscommatériasemsuspensão,onde,estaspalhetas,alémde
causaroequilíbrioproduzoefeitoadicionaldemanteroespaçoentreascostasdorotorea
carcaçalivresdeimpurezas.
Oempuxoaxialembombasdemúltiplosestágiosémaiorquandocomparadoscombombas
de simples estágio, uma vez que o desbalanceamento total será a somatória dos
desbalanceamentos dos vários rotores, havendo assim a necessidade de uma forma de
equilíbriomaiseficazembombasdemúltiplosestágios.

6.16.2.4 ARRANJODEROTORES

Estemétodoconsisteemposicionarrotoresdeformaopostas,comomostraafiguraabaixo,
onde o empuxo resultante dos rotores voltados para um lado é balanceado pelos rotores
voltadosparaooutrolado.
A desvantagemdestemétodoéqueofluxopassaapercorrerumcaminhomaiscomplexo,
influindodestaformanegativamentenovalordasperdas.

200
6.16.2.5 DISCOECONTRA-DISCO

Este sistema consiste em um dispositivo chamado de disco e contra-disco de equilíbrio,


ondeodiscodeequilíbrioésolidárioaoeixoeocontra-discodeequilíbrioéfixadonocorpo
derecalquedabomba.
Forma-seumacâmaraatrásdo discoque, atravésdeumatubulação, é ligadaabocade
sucção ou ao tanque de sucção, dependendo da quantidade de estágios que a bomba
possui. Com isso, cria-se durante a operação uma pressão na frente do disco igual a
pressão dedescarga a qual abre uma folga radial entre o disco e o contra-disco, criando
umafugadelíquidoparaacâmaraatrásdodisco,causandoassim oequilíbrio.

Estetipo de compensação necessita de umeixoflutuante, paraqueafolga entredisco e


contra-discopossavariarafimdeequilibraroconjunto.

No ato de ligar e desligar a bomba, este sistema de compensação tem uma fase de
instabilidadecomacriaçãodeumcontatoentreasduaspeças(discoecontra-disco),atéa
2
bombaatingirumapressãodecercade13kgf/cm ,ondeapartirdestapressãoestesistema
começaafuncionar.

Oconstantecontatoentrepeçasrotativas(disco)eestacionárias(contra-disco),causará
um desgaste entre estas peças na qual pode ser controlado através de um indicador de
posiçãocolocadonoladoopostoaoacionamento,ondeatravésdemarcaçõespreviamente
estabelecidas,controla-seodesgastedestaspeças.

6.16.2.6 TAMBOROUPISTÃODEEQUILÍBRIO

Ofuncionamentodestesistemaésimilaraododiscoecontradiscodeequilíbrio,excetoque
afolgaentreocomponenteestacionárioerotativo é axial.

201
Este sistema compensa o empuxo axial somente em um ponto de operação, portanto,
bombascom estetipode dispositivo necessitam deummancalaxialsuperdimensionado
para absorver a força axial residual e permitir a operação entre os limites da curva
característica.

IMPORTANTE: Os sistemasdecompensaçãodeempuxoaxialpormeiodediscoecontra-
disco deequilíbrio e tambordeequilíbriosópodemserutilizadosparaobombeamentode
líquidoslimpos,semsólidosemsuspensão.
buchaestranguladora

câmara de
equilíbrio

tambor deequilíbrio

6.16.2.7 COMBINAÇÃOPISTÃO/DISCODEEQUILÍBRIO

câmara de
equilíbrio

câmara
intermediária

202
203
International
FederalRepublicofGermany
Worldwide Europe*
NORMAS 6.17
MÓDULO 7

LÍQUIDOS VISCOSOS

205
ÍNDICE

7 Líquidosviscosos 209
7.1 Viscosidade 209
7.2 Bombeamento de líquidosviscosos 209
7.3 Limitaçõesparaousodográficodosfatoresdecorreção 212
7.3.1 Símbolosedefiniçõesusadosnacorreção 212
7.3.2 Fórmulasdecorreção 212
7.4 Perdadecargaparafluidosviscososemtubos retos 216
7.5 Gráficodecorreção de performanceparalíquidosviscosos 217
7.6 Determinaçãodaperformance debombas centrífugasp/líquidos
viscosos 218
7.7 Coeficiente Kvisparaoefeito da viscosidade emtubulaçõesretas 219

207
7 LÍQUIDOSVISCOSOS

7.1 VISCOSIDADE

Éapropriedadefísicadeumfluidoqueexprimesuaresistênciaaocisalhamentointerno,isto
é,aqualquerforçaquetendaaproduziroescoamentoentresuascamadas.

7.2 BOMBEAMENTODELÍQUIDOSVISCOSOS

Parafacilitaraescolhadeumabombacentrífuga,ficouconvencionadoquetodasascurvas
das bombas centrífugas devem ser levantadas utilizando-se como fluido água limpa, a
0
temperaturade20Ceviscosidadeiguala1centiPoise.

Entretanto, estascaracterísticas sofrem modificações quando a bomba opera com fluidos


muito viscosos.Assim sendo, uma reduçãodaeficiência com o conseqüenteaumentoda
potênciaabsorvida,umaquedanavazãoealturamanométrica,ocorremdemaneirageral.
Acaracterizaçãodanaturezadoprodutoabombearéfundamentalparaodimensionamento
dosistema.
Aviscosidadeaumentacomapressãoparaóleos,enquantoqueparaáguadiminui.Nocaso
deóleosedemuitoslíquidos,aviscosidadediminuicomoaumentodatemperatura.

Asfigurasabaixorepresentamcurvasparaumabombacentrífugagirandoa1750rpmcom
águaéóleosdeváriasviscosidadesexpressasemStokes.
n=1750rpm n=1750rpm n=1750rpm

140 180 100

=44 80
120 140
=30
=18
=15
100 100 =1,8 60
=1,8
H(ft) n(CV) (%)
água
80 60 40
=15
=18 STOKES
=30
60 20 20
=44

500 1000 1500 2000 2500 500 1000 1500 2000 2500
500 1000 1500 2000 2500
Q(gpm) Q(gpm) Q=gpm

Osgráficosaseguirrepresentamavariaçãodasgrandezasemfunçãodaviscosidade,para
3
vazãoconstantede340m /h.

209
140 140

120 120

100 100

H(ft) N(CV)

80 80
H

60 60

0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
=St =St

100

80

60

(%)

40

20

0 10 20 30 40 50
=St

Teoricamente, bombas geometricamente semelhantes terão grandezas variando


proporcionalmenteentresi.

Então,ascurvascaracterísticasdeveriamserteoricamentesemelhantes,mas,narealidade
em uma série de bombas geometricamente semelhantes, as menores dimensões têm
rendimentomaisbaixo,porqueaespessuradaspalhetas,asfolgas,arugosidaderelativae
as imperfeições são relativamente maiores para essas bombas do que para as maiores
dimensões,eporisso,ascurvassãoexatamentesemelhantes.
O efeito da viscosidade é acentuado nas bombas pequenas, de modo que as bombas
centrífugas deverãoterdimensões tanto maiores quanto maiores forem as viscosidades
doslíquidosabombear.

Asfigurasaseguirrepresentamocomportamentodetrêsbombassemelhantes.Osvalores
referentes à bombas com óleos de várias viscosidades são expressos sob a forma de
percentagem,comparandoseufuncionamentocomoequivalenteparaocasodaágua.

210
Pelafigura“A”,verificamosqueumabombacomrotorde300 mmdediâmetrobombeará
óleode1Stokeaumaalturamanométricaiguala90%daqualconseguiriaseolíquidofosse
água.Seorotortivesse200mm,bombeariaapenasaumalturaiguala80%.

100
90
=4
80
70
STOKES
60
50

25

0
0 15 20 25 30 45
Diâmetrodorotor(cm)
FiguraA

Afigura “B” revela o que anteriormente dissemos a respeito da necessidade de grandes


dimensõesparamaioresviscosidades,afimdenão baixarexcessivamenteorendimento.
Exemplo: comdiâmetrode200 mmeviscosidade=1St,orendimentodabombaseriada
ordemde55%dorendimentodamesmatrabalhandocomágua.Comdiâmetrode300mm,
orendimentomelhorariaepassariaa78%dovalorqueobteriausandoágua.

100
90
80
70
60 STOKES
50

25

0
0 15 20 30 45
Diâmetrodorotor(cm)

FiguraB

211
7.3 LIMITAÇÕESPARAOUSODOGRÁFICODOSFATORESDECORREÇÃO

-Usarsomenteasescalasindicadas.Nãoextrapolarvalores.

- Usar somente para bombas de projeto hidráulico convencional com rotores abertos ou
fechados.Nãouseparabombascomrotoresdefluxoaxialoumisto.

-UsarsomenteondeoNPSHéadequadoparaevitarcavitação.

-UsarsomenteparalíquidosNewtonianos.

7.3.1 SÍMBOLOSEDEFINIÇÕESUTILIZADOSNACORREÇÃO
3
-Qvis=vazãoviscosaemm/h-vazãoquandooperandocomlíquidoviscoso;
-Hvis=Alturaviscosa-alturaquandooperandocomlíquidoviscoso;
- vis=rendimentoviscosoem%-rendimentoquandooperandocomlíquidoviscoso;
-Pcvis = potência viscosa - CV - potência requerida pela bomba quando operando com
líquidoviscoso;
3
-Qw=vazãodaáguaemm/h-vazãoquandooperandocomágua;
-Hw=alturadeáguaemm-alturaquandooperandocomágua;
3
- =pesoespecífico(kgf/dm );
-fQ=fatordecorreçãoparavazão;
-fH=fatordecorreçãoparaalturamanométrica;
- f =fatordecorreçãopararendimento;
-Qót=vazãonopontodemelhorrendimento.

7.3.2 FÓRMULASDECORREÇÃO

Qvis=fQxQw

Hvis=fHxHw

vis = f x w

Pvis= QvisxHvisx vis


2,7x vis

Estas fórmulas podem ser usadas com certa aproximação para o caso inverso, ou seja,
conhecidaascondiçõesviscosas,quaisseriamascondiçõesaquosas.

FQ,fHef ,sãodeterminados atravésdafigura2,baseadasnaperformanceparaágua.A


3
figura 1 somente é usada com vazões no ponto de melhor eficiência abaixode22,7m/h.
(Performancecomágua)

212
Consideremosdoiscasosqueocorremnaprática:

Caso1:

Escolha de uma bomba para dadas condições de H e Q de um líquido de viscosidade


conhecida.
Entra-senográfico, nalinhadeabcissa0(zero),comavazãodesejadadolíquidoviscoso
(Qvis),segue-senalinhaverticalatéobteraalturamanométricaHvis(alturaemmetrosde
coluna de líquido viscoso), na linha inclinada. No caso de bombas de múltiplos estágios,
deve-seusaraalturadeumestágio.Prossegue-senahorizontal(paraaesquerdaouparaa
direita, conforme o caso) até a reta inclinada correspondente a viscosidade do líquido
expressa emgrausEngler.Sobe-seatéascurvasdecorreçãoondeseachafQ.Divide-se
em seguida a vazão viscosa (Qvis) pelo fator (fQ) para obter a vazão equivalente
aproximadadaágua(Q).
Divide-se a alturaviscosa(Hvis) pelo fator decorreção(fH), encontradonacurvamarcada
(1,0xQ),etem-seovaloraproximadodeH,paraáguacomabombatrabalhandocomvazão
normal.Seabombatrabalharcomvazãomaioroumenordoqueanormal,deve-seusaras
curvas1,2Q,0,8Qou0,6Q.
ObtidosassimQeHparaágua,escolhe-seabombademodousual,ondenascurvasdas
mesmas encontraremos os valores de rendimento ( ). Com o auxílio das curvas f ,
obtém-seofatordecorreção,quemultiplicadopelorendimento( ) dabombaparaágua,
forneceorendimentoviscoso visdabombacomlíquidoviscoso.

Exemplo:

3
Escolher uma bomba capaz de fornecer uma vazão de 170 m / h c o m H = 3 0 m , s e n d o a
0
viscosidade dolíquidoiguala30 E (grausEngler)epesoespecífico ( )iguala0,90na
temperaturadefuncionamento.
3
Entrando-senográfico2comQvis=170m /h,vai-seatéHvis=30m.
0
Depois segue-se até a reta de E = 30 e então na vertical até as curvas que indicam os
fatoresdecorreção.

fQ = 0,92 fH0,91(para1,0Q) f =0,6

213
Daicalculam-se:
3
Qw= 170/0,92 =184,7m/h e H w = 30/0,91 =32,96m
3
Nomanualdecurvasdebombasprocura-seumabombacomumavazãopara184,7m/he
32,96mdealturamanométrica,analisandosempreorendimento.
3
Seorendimento encontradonacurvaparavazãode170m/h,porexemplo, foi de 80%,
entãoorendimentodabombacomolíquidoviscososerá:

vis=0,6x80=48%.

Apotênciaconsumidapelomotordabombaquandooperandocomolíquidoviscoso,será:
170x30x0,9
P= =35,41CV
2,7x48

Caso2:

Determinação das condições de funcionamento da bomba com líquido de dada


viscosidade,quandoseconhecemascondiçõesparafuncionamentocomágua.

Dacurvaderendimentodabombacomágua,determina-seavazão(Q)correspondenteao
rendimentomáximo.Tem-seovalorde(1,0Q).

Emseguida,calculam-seasvazõesparatrêsvaloresdeQ,quepodemser:

(0,6Q),(0,8Q)e(1,2Q).Videfigura2.

Entra-senográfico,nalinhaabcissa0(zero),comavazãonominal(1,0Q);sobe-seatéH
correspondenteaumestágioparaestavazão.Nahorizontal,segue-seatéaretainclinada,
paraaviscosidadeemquestão.Emseguida,sobe-seatéascurvasdecorreção,paraobter
osvaloresdef ,fQ,efHparaosquatrovaloresdevazão.

Multiplicando os valores de H e pelos respectivos fatores de correção, obtemos os


valorescorrigidosparaocasodelíquidoviscoso.

Podemosentãotraçarporpontos,utilizandoaprópriacurvadabomba,curvas(HvisxQvis)
e ( vis x Qvis) e também potência (Pvis) para o caso doproduto viscoso, potência que,
comovimos,écalculadapelafórmula:

QvisxHvisx vis
Pvis= =CV
2,7x vis

214
Exemplo:

Dadasascurvascaracterísticasdeumabomba,obtidasemensaiocomágua,traçaracurva
paraocasodeóleodedensidadeiguala0,90eviscosidadede1000SSUnatemperaturade
bombeamento.
Nacurvacaracterísticadabomba,marcam-seosvaloresde HeQquecorrespondemao
3
rendimento máximo.DadooexemploQ=170m/heH=30m,calculam-seosvaloresde
Qvis,Hvise vismultiplicando-seosvaloresQ,He por0,6;0,8e1,2.Depoiscalculam-
se osvaloresdePvis.
Emseguidatraçam-se,comospontosobtidos,ascurvascaracterísticasparaabombacom
0
óleodeviscosidade30 E,e =0,9.

0,6xQ 0,8xQ 1,0xQ 1,2xQ


(água) (água) (água) (água)
Vazão(água)Qw 102 136 170 204
AlturaHw 34 32,5 30 26
Rendimento 72,5 80 82 79
Viscosidadedolíquido 30°E 30°E 30°E 30°E
fQ(dográfico) 0,94 0,94 0,94 0,94
fH(dográfico) 0,96 0,94 0,92 0,89
f (dográfico) 0,635 0,635 0,635 0,635
Vazãop/óleo(QxfQ) 96 128 160 192
Alturap/óleo(HxfH) 32,6 30,5 27,6 23,1
Rendimentop/óleo( x f ) 46 50,8 52 50
Pesoespecíficodolíquido 0,90 0,90 0,90 0,90
Potênciaparalíquidoviscoso 22,6 25,6 28,3 29,5

200 USgpm 600 800


40
120
35
100
H 30
(m)
80
25

20
100
máx
H
80 (ft)
%
60

40 40

20
0
P 40 40
CV
20 20

0 0
0 100 200 220
Qm³/h

215
7.4 PERDADECARGAPARAFLUIDOSVISCOSOSEMTUBOSRETOS

Aperda decarga para fluxosdelíquidosviscosos em tubulaçõespode ser calculadapela


mesmaequaçãobásicausadaparaágua,providadeumcoeficientecujovalordependeda
viscosidade cinemática e do número de Reynolds, passando a equação a ter a seguinte
característica:

2
Hp=Kvis(L/d)x(v/2g)
Onde:

Kvis=coeficienteporefeitodaviscosidadequandoossímbolosacimasãoseguidosdaletra
W,referem-seaágua;paralíquidosdiferentesusa-seF;
L=comprimentodatubulação(m);
d=diâmetrodatubulação(m);
v=velocidadedofluxo(m/s);
2
g=aceleraçãodagravidade=9,81m/s .

A perda de carga ( Hpvis ), de um líquido viscoso em uma determinada tubulação de


descarga, neste caso é igual a perda de carga da água (Hpw), aumentada na razão do
coeficiente:
KvisF/KvisW.

Hpvis=(KvisF/KvisW)xHpw
3
Exemplo: Vazão de 100m/hparaumfluidodeviscosidade200cStemumatubulaçãode
ferrofundidodediâmetro10”.

Pelatabeladeperdasdecarga,determinamos:Hpw=0,14mpor100mdetubo.

Nafigura3temosKvisF=0,08eKvisw=0,021.

Portanto:Hpvis=0,08/0,021x0,14=0,53mpor100metrosdetubulação.

A figura 3 serve também para mostrar se o fluxo é laminar ou turbulento. Na região de


transição entre os dois tipos de fluxo por medida de segurança é recomendado usar o
coeficientederesistência0,04.

216
7.5 GRÁFICODECORREÇÃODEPERFORMANCEPARALÍQUIDOSVISCOSOS

217
7.6 DETERMINAÇÃO DA PERFORMANCE DE BOMBAS CENTRÍFUGAS PARA
LÍQUIDOSVISCOSOS

218
7.7 COEFICIENTE KVIS PARA O EFEITO DAVISCOSIDADE EM TUBULAÇÕES
RETAS

219
TABELAS

221
1 TABELA1-PRESSÃODEVAPOREDENSIDADEDAÁGUA

223
2 TABELA2-PRESSÃODEVAPOR DEVÁRIOSLÍQUIDOS

224
3 TABELA3-DENSIDADEDEVÁRIOSLÍQUIDOSNAPRESSÃOATMOSFÉRICA

225
4 GRÁFICO PARACÁLCULODAPERDADECARGAEMFUNÇÃODODIÂMETRO
INTERNODATUBULAÇÃO,VELOCIDADEDOFLUXOEVAZÃO

PERDA DE CARGA

226
RuaJoséRabelloPortella,400-CEP13.220-540
Tel(11)4596-8500-Fax(11)4596-8580
www.ksb.com.br

Janeiro2008
8 BIBLIOGRAFIA

-ManualdeSeleçãoe AplicaçãodeBombasCentrífugas
KSBBombasHidráulicasS/A
a
3 Edição-Setembro/91

-ManuaisTécnicos
KSBBombasHidráulicasS/A

-BombaseInstalaçõesdeBombeamento
ArchibaldJosephMacyntire
a
EditoraGuanabara-2 Edição

-BombasIndustriais
EdsonEzequieldeMattoseReinaldodeFalco
EditoraTécnicaLtda-1989

-Bombas,VálvulaseAcessórios
RaúlPeragalloTorreira
EditoraLibris-1996

-CentrifugalPumpLexicon
KSBAktiengesellschaft-1990

- CentrifugalPumpDesign
KSBAktiengesellshaft

-ManualdeHidráulica
AzevedoNetto/G.A.Alvarez
a
EditoraEdgardBlücherLtda-7 Edição

228
H
sistema1

sistema2

Hgeomáx
2bombas
emparalelo
Hgeos
Hgeomín

Q=vxA

nq = n Q
3/4
H
H
(m)
41
35 51 56
61 66
68,5
71
71,5%
30 71
68,5
66
25
266
20 247

15
63,5
220
234
NPSHdisp NPSHreq
10
3
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 Q(m/h)
KSB BOMBAS HIDRÁULICAS S/A
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ÍNDICE

GERAL
Módulo 01 - Princípios Básicos de Hidráulica

1 Introdução 07
1.1 Símbolos e Denominações 08
1.2 Fluido 10
1.2.1 Fluido Ideal 10
1.2.2 Fluido Incompressível 10
1.2.3 LíquidoPerfeito 10
1.3 Peso específico, massaespecífica, densidade 11
1.3.1 Pesoespecífico 11
1.3.2 Massa específica 11
1.3.3 Relaçãoentrepesoespecífico e massa específica 11
1.3.4 Densidade 12
1.4 Viscosidade 12
1.4.1 Lei deNewton 13
1.4.2 Viscosidadedinâmicaouabsoluta 13
1.4.3 Viscosidade cinemática 13
1.4.4 Outrasescalasdeviscosidade 14
1.5 Pressão 17
1.5.1 Lei dePascal 17
1.5.2 Teorema deStevin 17
1.5.3 Cargadepressão/Alturadecoluna delíquido 18
1.5.4 Influênciadopesoespecífico,narelaçãoentre 18
pressão e alturadacolunadelíquido
1.5.5 Escalasdepressão 19
1.5.6 Pressãoabsoluta 19
1.5.7 Pressãoatmosférica 19
1.5.8 Pressão manométrica 19
1.5.9 Relaçãoentrepressões 20
1.5.10 Escalasdereferênciapara mediçõesdepressão 20
1.5.11 Pressãodevapor 20
1.6 Escoamento 22
1.6.1 Regime permanente 22
1.6.2 Regime laminar 22
1.6.3 Regime turbulento 22
1.6.4 ExperiênciadeReynolds 22
1.6.5 LimitedonúmerodeReynoldspara tubos 23
1.7 Vazão e velocidade 24
1.7.1 Vazâo volumétrica 24
1.7.2 Vazão mássica 24
1.7.3 Vazão empeso 24
1.7.4 Relaçãoentrevazões 25
1.7.5 Velocidade 25
1.8 Equaçãodacontinuidade 26
1.9 Energia 27
1.9.1 Princípio daconservaçãodeenergia 27
1.9.2 Energia potêncial, de posiçãoougeométrica 27
1.9.3 Energia de pressão 27
1.9.4 Energia cinéticaoudevelocidade 27
Módulo 01 - Princípios Básicos de Hidráulica

1.10 Teorema de Bernouilli 28


1.10.1 Adaptação doteoremadeBernouillipara líquidosreais 29
1.11 Perdas decargaemtubulações 30
1.11.1 Introdução 30
1.11.2 Tiposdeperdasdecarga 30
1.11.3 Distribuída 30
1.11.4 Localizada 30
1.11.5 Total 30
1.11.6 Fórmulasparacálculo de perdadecargadistribuída 31
1.11.7 FórmuladeFlamant 31
1.11.8 FórmuladeFair-Whipple-Hsiao 31
1.11.9 FórmuladeHazen-Willians 32
1.11.10 FórmuladeDarcy-Weisback 35
1.11.11 Determinaçãodocoeficientedeatritoutilizandoo diagramade 36
Moody-Rouse
1.11.12 Exemplo dedeterminaçãodo coeficientedeatritoporMoody 37
1.11.13 Limitações quantoaoempregodasfórmulas apresentadas 38
1.11.14 Fórmulasdeperda decargalocalizadas 38
1.11.15 Expressãogeral 38
1.11.16 Método docomprimentoequivalente 43
1.11.17 Comprimentosequivalentes aperdaslocalizadas 44
1.11.18 Comprimentosequivalentes a perdaslocalizadas 45
1.11.19 Tabelas de leitura direta 46
Módulo 02 - Sistemas de Bombeamento

2 Introdução 51
2.1 Altura estáticaeAlturadinâmica 52
2.1.1 Alturaestática 52
2.1.2 Alturageométrica 52
2.1.3 Cargadepressão 52
2.2 Altura dinâmica 52
2.2.1 Perdadecargatotal(Hp) 52
2.2.2 Cargadevelocidade 52
2.3 Altura total dosistema 54
2.4 Altura de sucção 54
2.4.1 Alturageométrica desucção 54
2.4.2 Cargadepressão nasucção 54
2.4.3 Perdasdecarga nasucção 54
2.4.4 Cargadevelocidadenasucção 54
2.5 Esquemastípicosde sucção 55
2.6 Sucçãopositivaoubomba“afogada” 56
2.7 Sucçãonegativa ou bomba “ não afogada ” 56
2.8 Alturadedescarga ( Hd ) 57
2.8.1 Alturageométrica dedescarga(Hgeod ) 57
2.8.2 Cargadepressão nadescarga 57
2.8.3 Perdasdecarga nadescarga(Hps ) 57
2.8.4 Cargadevelocidadenadescarga 57
2.9 Esquemastípicosde descarga 57
2.10 Altura manométrica total 59
2.11 CálculodaAlturamanométricadosistema na fasedeprojeto 59
2.12 Cálculodaalturamanométricadosistemana fasedeoperação 60
2.13 Curva característicadosistema 60
2.13.1 Levantamento dacurvado sistema 61
2.14 Associaçãodesistemas 62
2.14.1 Associaçãoemsérie 62
2.14.2 Esquemadeumaassociaçãoemsérie 63
2.14.3 Associaçãoemparalelo 64
2.14.4 Esquemadeumaassociaçãoemparalelo 64
2.14.5 Associaçãomista 65
2.15 Variação de níveisemreservatórios 66
2.16 Bombeamento simultâneop/2oumaisreservatóriosdistintos 67
2.17 Abastecimentoporgravidade 69
Módulo 03 - Hidráulica de Bombas Centrífugas

3 Introdução 75
3.1 Curvas característicasdasbombas 77
3.1.1 Obtenção dacurva característicadeumabomba 77
3.2 Tipos decurvascaracterísticasdas bombas 79
3.2.1 Curvatipoestávelou tipo rising 79
3.2.2 Curvatipoinstáveloutipo drooping 80
3.2.3 Curvatipoinclinadoacentuadooutipo steep 80
3.2.4 Curvatipoplanaoutipoflat 80
3.2.5 Curvatipoinstável 81
3.3 Curva depotênciaconsumidapela bomba 81
3.3.1 Tiposdecurvasdepotênciaconsumida 81
3.3.2 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo radial 82
3.3.3 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo axial 82
3.3.4 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo mistoousemi-axial 82
3.4 Cálculodapotência consumida pelabomba 83
3.4.1 Potência hidráulica 83
3.4.2 Potência consumida pelabomba 83
3.5 Rendimento 83
3.5.1 Curvasderendimento 84
3.5.2 Curvasdeisorendimento 84
3.5.3 Exemplo decurvade isorendimento 85
3.6 Curva deNPSH(NetPositive Suction Head ) 86
3.7 Considerações finais 86
3.7.1 Exemplo deumacurvacaracterística completa 87
3.8 Pontodetrabalho 88
3.8.1 Fatores que modificam o pontodetrabalho 88
3.8.2 Alteraçãodopontodetrabalhoatuando no sistema 89
3.8.3 Alteraçãodopontodetrabalhoatuando na bomba 90
3.9 Efeitodamudança de rotaçãonascurvascaracterísticas 90
3.10 Efeitodavariaçãododiâmetrodorotornascurvascaracterísticas 92
3.10.1 Cálculo dodiâmetro dorotor 93
3.11 Formasdereduzirodiâmetrodorotor 95
3.12 Velocidadeespecíficaourotaçãoespecífica 97
3.12.1 Aplicação davelocidadeespecífica 97
3.13 Tipos derotores x velocidadeespecífica 98
Módulo 04 - Cavitação/NPSH

4 Introdução 103
4.1 Cavitação/NPSH 105
4.1.1 Pressãodevapor 105
4.1.2 O fenômenodacavitação 106
4.1.3 Conseqüências dacavitação 107
4.1.4 Exemplo deumrotor “ cavitado” 108
4.1.5 Cavitação, erosão, corrosão 109
4.2 NPSH ( Net Positive Suction Head ) 109
4.2.1 NPSH disponível 109
4.2.2 NPSH requerido 110
4.3 Linhasdereferênciaparamedições hidráulicas 111
4.4 RepresentaçãográficadoNPSHrequerido 113
4.5 Fatoresquemodificam o NPSH disponível 114
4.6 Fatoresquemodificam o NPSH requerido 114
4.6.1 Representação gráficadaredução doNPSHr deumrotorcomindutor 115
4.7 CálculodoNPSHrequeridopara bombasETA 116
4.8 Coeficiente de cavitação/NúmertodeThoma 116
4.9 Velocidadeespecíficadesucção 117
4.10 NPSH paraoutroslíquidos 117
4.10.1 ReduçãodoNPSHparabombasoperandocomhidrocarbonetos
eáguaaaltatemperatura 118
4.11 Recirculaçãohidráulica 119
4.11.1 Sistemaderecirculaçãocontínua 120
4.11.2 Válvuladevazãomínima 120
4.12 Materiais resistentes a cavitação 121
Módulo 05 - Associação de Bombas

5 Introdução 127
5.1 Associação em paralelo 129
5.1.1 Associaçãodeduasbombasiguaisemparalelo 129
5.1.2 Associaçãodebombasiguaiscomcurvaestável 130
5.1.3 Associaçãodebombascomcurvasdiferentes e estáveis 132
5.1.4 Associaçãodebombasiguaiscomvariação daalturageométrica/estática 133
5.1.5 Associaçãodebombasiguaiscomcurvasinstáveis 134
5.2 Escolha donúmerodebombas 136
5.3 Precauções a serem tomadasemassociaçõesdebombasemparalelo 137
5.3.1 Vazão excessiva 137
5.3.2 Vazão reduzida 138
5.4 Associaçãodebombasemsérie 139
5.5 Bombas de váriosestágios 142
5.6 Conclusões 142
Módulo 06 - B ombas: Classificação,Tipos, Características e
PeçasPrincipais
6 Introdução 149
6.1 Bombas 151
6.1.1 Formas deacionamento 151
6.2 Classificação das bombas 151
6.2.1 Bombascentrífugas 151
6.2.1.1 Classificação dabombascentrífugas 151
6.2.2 Bombasdedeslocamentopositivo 152
6.3 Bombas centrífugas-Classificação 154
6.3.1 Bomba centrífuga comrotor embalanço 155
6.3.2 Bomba centrífuga comrotor entre mancais 156
6.3.3 Bomba centrífuga tipo turbina(vertical) 157
6.4 Componentesdasbombascentrífugas e suasprincipaiscaracterísticas163
6.5 Rotor 165
6.5.1 Critériosparaa seleçãodetiposderotores 165
6.6 Corpo espiral (ou voluta) 169
6.6.1 Norma 171
6.6.2 Nomenclatura 171
6.6.3 Faceamento 171
6.6.4 Pressãonominal 172
6.6.5 Seleção 172
6.6.6 Tabelas 173
6.6.6.1 Tabela 1 - ANSI - Flangese contra-flanges 174
6.6.6.2 Tabela 2 - DIN-Flangesecontra-flanges 175
6.6.6.3 Tabela 3 - DIN-Flangesecontra-flanges(Pressõese medidas usuais(KSB) 176
0
6.6.6.4 Tabela 4 - ANSI-Pressão admissível (bar) x Temperatura ( C ) 177
0
6.6.6.5 Tabela 5 - DIN-Pressão admissível (bar) x Temperatura ( C ) 178
6.7 Difusor 179
6.8 Eixo 179
6.9 Luva protetoradoeixo 181
6.10 Aneisdedesgaste 182
6.11 Caixadeselagem 183
6.12 Gaxetas 183
6.12.1 Limitesdeaplicação 185
6.13 Selo mecânico 186
6.13.1 Selospadronizados 188
6.13.2 Selosmecânicos/Dispositivosauxiliares 189
6.13.3 a
Planosde selagem conforme norma API, 6 edição 190
6.13.4 Descrição dos planosdeselagem 191
6.14 Suportedemancal/Cavaletedemancal 192
6.15 Mancais 193
6.16 Forças 196
6.16.1 Forçaradial 196
6.16.2 Forçaaxial 198
6.16.2.1 Rotor de dupla sucção 199
6.16.2.2 Furosde alívionorotor/Anéisde desgaste 199
6.16.2.3 Palhetastraseiras 200
Módulo 06 - B ombas: Classificação,Tipos, Características e
PeçasPrincipais
6.16.2.4 Arranjoderotores 200
6.16.2.5 Disco e contra-disco 201
6.16.2.6 Tambor oupistãodequilíbrio 201
6.16.2.7 Combinaçãopistão/discodeequilíbrio 202
6.17 Normas 203
Módulo 07 - Liquidos Viscosos

7 Líquidosviscosos 209
7.1 Viscosidade 209
7.2 Bombeamento de líquidosviscosos 209
7.3 Limitaçõesparaousodográficodosfatoresdecorreção 212
7.3.1 Símbolosedefiniçõesusadosnacorreção 212
7.3.2 Fórmulasdecorreção 212
7.4 Perdadecargaparafluidosviscososemtubos retos 216
7.5 Gráficodecorreção de performanceparalíquidosviscosos 217
7.6 Determinaçãodaperformance debombas centrífugasp/líquidos
viscosos 218
7.7 Coeficiente Kvisparaoefeito da viscosidade emtubulaçõesretas 219
Tabelas

1 Tabela 1 - Pressão deVaporeDensidadedaÁgua 223


2 Tabela 2 - Pressão deVapor deVáriosLíquidos 224
3 Tabela 3 - Densidade deVários Líquidos na PressãoAtmosférica 225
4 Gráficoparacálculoda perdadecargaemfunçãododiâmetro 226
internodatubulação,velocidade dofluxoevazão
5 Tabela Perda deCarga 227

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