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APRESENTAÇÃO
KSBBombasHidráulicasS/A
a
Setembro1991(3 Edição)
FrankLambertoLengsfeld
RonaldoDuarte
ClaudioAltieri
a
Fevereiro2008(6 Edição)
MarcosAntoniodaSilva
1
MÓDULO 1
3
ÍNDICE
1 Introdução 07
1.1 Símbolos e Denominações 08
1.2 Fluido 10
1.2.1 Fluido Ideal 10
1.2.2 Fluido Incompressível 10
1.2.3 LíquidoPerfeito 10
1.3 Peso específico, massaespecífica, densidade 11
1.3.1 Pesoespecífico 11
1.3.2 Massa específica 11
1.3.3 Relaçãoentrepesoespecífico e massa específica 11
1.3.4 Densidade 12
1.4 Viscosidade 12
1.4.1 Lei deNewton 13
1.4.2 Viscosidadedinâmicaouabsoluta 13
1.4.3 Viscosidade cinemática 13
1.4.4 Outrasescalasdeviscosidade 14
1.5 Pressão 17
1.5.1 Lei dePascal 17
1.5.2 Teorema deStevin 17
1.5.3 Cargadepressão/Alturadecoluna delíquido 18
1.5.4 Influênciadopesoespecífico,narelaçãoentre 18
pressão e alturadacolunadelíquido
1.5.5 Escalasdepressão 19
1.5.6 Pressãoabsoluta 19
1.5.7 Pressãoatmosférica 19
1.5.8 Pressão manométrica 19
1.5.9 Relaçãoentrepressões 20
1.5.10 Escalasdereferênciapara mediçõesdepressão 20
1.5.11 Pressãodevapor 20
1.6 Escoamento 22
1.6.1 Regime permanente 22
1.6.2 Regime laminar 22
1.6.3 Regime turbulento 22
1.6.4 ExperiênciadeReynolds 22
1.6.5 LimitedonúmerodeReynoldspara tubos 23
1.7 Vazão e velocidade 24
1.7.1 Vazâo volumétrica 24
1.7.2 Vazão mássica 24
1.7.3 Vazão empeso 24
1.7.4 Relaçãoentrevazões 25
1.7.5 Velocidade 25
1.8 Equaçãodacontinuidade 26
1.9 Energia 27
1.9.1 Princípio daconservaçãodeenergia 27
1.9.2 Energia potêncial, de posiçãoougeométrica 27
1.9.3 Energia de pressão 27
1.9.4 Energia cinéticaoudevelocidade 27
5
ÍNDICE
6
PRINCÍPIOS BÁSICOSDEHIDRÁULICA
1 INTRODUÇÃO
7
1.1 - Símbolos e Denominações
8
Denominação Unidade Símbolo
Rotação rpm n
0
Temperatura do fluido bombeado C t
3
Vazão m /h Q
3
Vazãonopontodemelhorrendimento m /h Qótm
3
Vazãodiferencial m /h Q
3
Vazãomáxima m /h Qmáx
3
Vazãomínima m /h Qmín
Velocidade específica rpm nq
Velocidade específica de sucção rpm S
Velocidade do fluido m/s v
Velocidade do fluido na descarga m/s vd
Velocidade do fluido na sucção m/s vs
Velocidade do fluido no reserv. de descarga m/s vrd
Velocidade do fluido no reserv. de sucção m/s vrs
Viscosidade cinemática 2
m /s (mü)
Viscosidade dinâmica Pa.s (nü)
3
Volume m V
9
1.2 FLUIDO
superfície livre
líquido gás
Emnossosestudos,daremosmaiordestaqueàscaracterísticasdoslíquidos.
1.2.1 FLUIDOIDEAL
Fluido ideal é aquele na qual a viscosidade é nula, isto é, entre suas moléculas não se
verificamforçastangenciaisdeatrito.
1.2.2 FLUIDOINCOMPRESSÍVEL
É aqueleemqueseuvolumenãovariaemfunçãodapressão.Amaioriadoslíquidostemum
comportamento muito próximo a este, podendo, na prática, serem considerados como
fluidosincompressíveis.
1.2.3 LÍQUIDOPERFEITO
Emnossosestudos,consideraremosdeumaformageraloslíquidoscomosendolíquidos
perfeitos, isto é, um fluido ideal, incompressível, perfeitamente móvel, contínuo e de
propriedadeshomogêneas.
Outrosaspectoseinfluências,comoaviscosidade,porexemplo,serãoestudadosaparte.
10
1.3 PESOESPECÍFICO,MASSAESPECÍFICA,DENSIDADE
1.3.1 PESOESPECÍFICO
( gama ) = pesoespecífico
= G G pesodasubstância
V
V volumeocupado pela substância
1.3.2 MASSAESPECÍFICA
Amassaespecíficadeumasubstânciaéamassadessasubstânciapelaunidadedevolume
queelaocupa.
( rô ) = massa específica
= m
m massa da substância
V
V volumeocupado pela substância
1.3.3 RELAÇÃOENTREPESOESPECÍFICOEMASSAESPECÍFICA
( gama ) = pesoespecífico
= . g ( rô ) = massa específica
g aceleração dagravidade = 9,81m/s 2
11
1.3.4 DENSIDADE
Densidadedeumasubstânciaéarazãoentreopesoespecíficooumassaespecíficadessa
substância e o pesoespecífico oumassa específicadeumasubstância de referência em
condiçõespadrão.Parasubstânciasemestadolíquidoousólido,asubstânciadereferência
éaágua.Parasubstânciasemestadogasosoasubstânciadereferênciaéoar.
Adotaremos a água a temperatura d e 1 5 0 C(59 0F), aoníveldomar*,comosubstânciade
referência.
*temperaturausadacomopadrãopeloAPI(AmericanPetroleumInstitute).
fluido fluido
d = d =
fluidopadrão fluido padrão
Obs.:Adensidadeéumíndiceadimensional.
1.4 VISCOSIDADE
12
1.4.1 LEIDENEWTON
tensãodecisalhamento
dv
= coeficientedeproporcionalidade
dy
dv
gradientedevelocidade
dy
Os fluidos que obedecem esta lei, são os chamados fluidos Newtonianos e os que não
obedecemsãooschamadosnãoNewtonianos.
A maioria dos fluidos que são de nosso interesse, tais como água, vários óleos, etc;
comportam-sedeformaaobedecerestalei.
1.4.2 VISCOSIDADEDINÂMICAOUABSOLUTA
Aviscosidadedinâmicaouabsolutaexprimeamedidadasforçasinternasdeatritodofluido
e é justamente o coeficiente de proporcionalidade entre a tensão de cisalhamento e o
gradientedevelocidadedaLeideNewton.
Osímbolonormalmenteutilizadoparaindicá-laéaletra " "(mü).
2
As unidades mais usuais são o centiPoise (cP), o Poise (98,1P = 1 kgf.s/m ); o Pascal
2
segundo(1Pa.s=1N.s/m ) (SI).
1.4.3 VISCOSIDADECINEMÁTICA
Édefinidacomo o quocienteentreaviscosidadedinâmicaeamassaespecífica,ouseja:
viscosidade cinemática
= viscosidadedinâmica
massa específica
13
Osímbolonormalmenteutilizado paraindicá-laé letra" "(nü).
2 2
AsunidadesmaisusuaissãoocentiStoke(cSt),oStoke(1St=1cm/s);om /s(SI)
1.4.4 OUTRASESCALASDEVISCOSIDADE
Na prática, além das unidades usuais já vistas, a viscosidade pode ser especificada de
acordo com escalas arbitrárias, de um dos vários instrumentos utilizados para medição
(viscosímetros).
Algumasdessasescalas,taiscomoo Saybolt e a Redwood , são baseadasnotempoem
segundos requeridoparaqueumacertaquantidadedelíquidopasseatravésdeumorifício
outubopadronizado e sãodessaformaumamedidadeviscosidadecinemática.
O viscosímetro de "corpogirante" expressa a viscosidade absoluta, enquanto o Engler
temescalaemgrauseindicaoquocienteentreotempodeescoamentodeumdadovolume
delíquidoeotempodeescoamentodeummesmovolumedeágua.
Asescalasmaisusuaissão:
0
Alemanha -Engler(expressaemgraus E);
Inglaterra -Redwood1eRedwoodAdmiralty(expressaemsegundos);
Estados Unidos - Second Saybolt Universal "SSU" e Second Saybolt Furol "SSF"
(expressaemsegundos);
3
França -Barbey(expressaemcm /h).
viscosidadecinemática(cSt);
= viscosidadedinâmica(cP);
d
d densidade.
14
Além das escalas descritasanteriormente, a Society ofAutomotive Engineers (SAE), dos
Estados Unidos, tem uma escala própria para lubrificantes utilizados em máquinas e
engrenagens, cuja relação com a viscosidade expressa em centiStokes está ilustrada a
seguir:
Viscosidade
Líquido 0
F 0
C
SSU Centistokes
165a 240 35,4a 51,9 100 37,8
SAE10 90a 120 18,2a 25,3 130 54,4
15
1.5 PRESSÃO
Éaforçaexercidaporunidadedeárea.
P pressão
F
P = F força
A A área
2 2 2
Asunidadesmaisusuaissão:kgf/cm;kgf/m;bar(1bar=1,02kgf/cm;psi(1psi=0,0689
2 -5 2 2
kgf/cm );Pascal (1Pa(SI)=1,02x10 kgf/cm );atmosfera(1atm=1,033kgf/cm);mmHg
2
(1mmHg=0,00136kgf/cm ).
1.5.1 LEIDEPASCAL
"Apressãoaplicadasobreumfluidocontidoemumrecipientefechadoageigualmenteem
todasasdireçõesdofluidoeperpendicularmenteàsparedesdorecipiente"
1.5.2 TEOREMADESTEVIN
16
pB - pA = .h
A
h pA pressão no ponto A
B pB pressão no ponto B
h diferença de cotas entreospontosAeB
peso específico do fluido
patm
pA = patm+ .h
pA pressãonopontoA
pressão atmosférica local h
patm
h diferença de cotas e n t r e o s p o n t o s A e o A
nível do fluido no reservatório
peso específicodofluido
Importante:
1)paradeterminaradiferençadepressãoentredoispontos,nãoimportaadistânciaentre
eles,massim,adiferençadecotasentreeles;
2)apressãodedoispontosemummesmonível,istoé,namesmacota,éamesma;
3)apressãoindependedoformato,dovolumeoudaáreadabasedoreservatório.
p A = pB
C D p C = pD
h
A B p A - pC = p B - pD = .h
17
1.5.3 CARGADEPRESSÃO/ALTURADECOLUNADELÍQUIDO
h cargadepressãooualturadecolunadelíquido(m);
h = p x 10 p pressão ( kgf/cm2 )
peso específico( k g f / d m3 )
IMPORTANTE:Multiplica-seaexpressãoacimapor10,paraobtermosacargadepressão
oualturadecolunadelíquidoemmetros,seutilizarmosasunidadesinformadas.
a)paraumamesmaalturadecolunadelíquido,líquidosdepesosespecíficosdiferentestem
pressõesdiferentes.
b) para uma mesma pressão, atuando em líquidos com pesos específicos diferentes, as
colunaslíquidassãodiferentes.
gasolina
133,33m
água =0,75
100m
=1,0
salmoura
83,33m
=1,2
18
1.5.5 ESCALASDEPRESSÃO
1.5.6 PRESSÃOABSOLUTA(Pabs)
1.5.7 PRESSÃOATMOSFÉRICA(Patm)
Éapressãoexercidapelopesodaatmosfera.
Apressão atmosféricanormalmenteé medida por um instrumento chamado barômetro,
daí o nome pressãobarométrica.
Apressãoatmosféricavariacomaaltitudeedependeaindadascondiçõesmeteorológicas,
sendo que ao nível do mar, em condições padronizadas, a pressão atmosférica tem um
valorde
2 5 2
Patm = 1,033 kgf/cm = 760mmHg=1,033 x 10 N/m =
3 2
2,1116 x 1 0 lb/pé =29,92polegadasdeHg.
1.5.8 PRESSÃOMANOMÉTRICA(Pman)
Éapressãomedida,adotando-secomoreferênciaapressãoatmosférica.
Estapressãoénormalmentemedidaatravésdeuminstrumentochamado manômetro,daí
suadenominação manométrica,sendotambémchamadade pressãoefetivaoupressão
relativa.
Quando a pressão é menor que a atmosférica, temos pressão manométrica negativa,
tambémdenominadadevácuo(denominaçãonãocorreta)oudepressão.
O manômetro,registravalores depressão manométrica positiva; o vacuômetro registra
valores de pressão manométrica negativa e o manovacuômetro registra valores de
pressão manométrica positiva e negativa. Estes instrumentos, sempre registram zero
quando abertos à atmosfera, assim, tem como referência (zero da escala) a pressão
atmosféricadolocalondeestásendorealizadaamedição,sejaelaqualfor.
19
1.5.9 RELAÇÃOENTREPRESSÕES
Pelasdefiniçõesapresentadas,resultaaseguinterelação:
Pabs = Patm+Pman
1.5.10 ESCALASDEREFERÊNCIAPARAMEDIDASDEPRESSÃO
pressãoatmlocal
erro desprezível
pressãoabsoluta
correspondente atmosfera técnica
pressão relativa aopontoA pressãorelativanegativa
correspondente correspondente
a o pontoB aopontoB
Hb=10,33mca 10mca
B pressãoabsoluta
correspondente
aopontoB linha
depressãonula
0%deatmosferas 100%devácuo
1.5.11 PRESSÃODEVAPOR
Pressãodevapordeumfluido aumadeterminadatemperaturaéaquelanaqualcoexistem
asfaseslíquidoevapor.
Nessa mesmatemperatura, quando tivermosumapressãomaior queapressãodevapor,
haverá somente a fase líquida e quando tivermos uma pressão menor que a pressão de
vapor,haverásomenteafasevapor.
20
Ográficoabaixo,chamadoisotérmico,ilustraofenômenodescrito:
T = temperatura
T5
T4
T3
LÍQUIDO+VAPOR T2
T1
T0
Volume
21
1.6 ESCOAMENTO
1.6.1 REGIMEPERMANENTE
1.6.2 REGIMELAMINAR
1.6.3 REGIMETURBULENTO
1.6.4 EXPERIÊNCIADEREYNOLDS
OsborneReynolds,em1833,realizoudiversasexperiências,ondepodevisualizarostipos
de escoamentos. Deixando a água escorrer pelo tubo transparente juntamente com o
líquido colorido, forma-se um filete desse líquido. O movimento da água está em regime
laminar. Aumentando a vazão da água, abrindo-se a válvula, nota-se que o filete vai se
alterandopodendochegaradifundir-senamassalíquida,nessecaso,omovimentoestaem
regimeturbulento.
22
LÍQUIDOCOLORIDO
ÁGUA
VÁLVULA
TUBO
TRANSPARENTE
FILETEDOLÍQUIDO
COLORIDO
Re Númerode Reynolds
Re = v x D v velocidadedeescoamentodofluido
D diâmetro internoda tubulação
viscosidade cinemáticadofluido
1.6.5 LIMITESDONÚMERODEREYNOLDSPARATUBOS
Re 4000 escoamentoturbulento
23
1.7 VAZÃOEVELOCIDADE
1.7.1 VAZÃOVOLUMÉTRICA
Vazão volumétrica é definida como sendo o volume de fluido que passa por uma
determinadasecçãoporunidadedetempo.
Q vazãovolumétrica
V V volume
Q =
t
t tempo
3 3
Asunidadesmaisusuaissão:m /h;l/s;m/s; GPM(galõesporminuto).
1.7.2 VAZÃOMÁSSICA
Vazão mássica é a massa de fluido que passa por determinada seção , por unidade de
tempo.
Qm vazão mássica
m
Qm = m massa
t
t tempo
.
Asunidadesmaisusuaissão:kg/h;kg/s;t/h;lb/h.
1.7.3 VAZÃOEMPESO
Vazãoempesoéopesodofluidoquepassapordeterminadaseção,porunidadedetempo.
Qp vazãoem peso
G
Qp = G peso
t
t tempo
Asunidadesmaisusuaissão:kgf/h;kgf/s;tf/h;lbf/h.
24
1.7.4 RELAÇÃO ENTRE VAZÕES
Comoexisteumarelaçãoentrevolume,massaepeso,podemosescrever:
Qm Qp
Q = =
Emnossosestudos,utilizaremosprincipalmenteavazãovolumétrica,aqualdesignaremos
apenasporvazão(Q).
1.7.5 VELOCIDADE
Existeumaimportanterelaçãoentrevazão,velocidadeeáreadaseçãotransversaldeuma
tubulação:
diâmetro área
velocidade
Q vazãovolumétrica
v velocidade do escoamento
Q
Q = v A X V= A áreadatubulação
A
D diâmetro internodatubulação
pi = 3,14...
área de tubulaçôes D2
A =
X
redondas 4
25
1.8 EQUAÇÃODACONTINUIDADE
Consideremososeguintetrechodatubulação:
A2
A1 A1 área daseção1
A2 área daseção 2
v1 velocidade n a s e ç ã o 1
v2 velocidade n a s e ç ã o 2
Qm1 = Qm2
ComoQm=Q. ,setivermosumfluidoincompressível,avazãovolumétricaqueentrana
seção1tambémseráigualavazãoquesainaseção2,ouseja:
Q1 = Q2
Comarelaçãoentrevazãoevelocidade,Q=v.A,podemosescrever:
Q1 = v1 . A1 = Q 2= v 2 . A 2
Essa equação é valida para qualquer seção do escoamento, resultando assim uma
expressãogeralqueéa EquaçãodaContinuidade parafluidosincompressíveis.
Q = v . A = constante
Pelaequaçãoacima,nota-sequeparaumadeterminadavazãoescoandoatravésdeuma
tubulação,umareduçãodeáreaacarretaráumaumentodevelocidadeevice-versa.
26
1.9 ENERGIA
1.9.1 PRINCÍPIODACONSERVAÇÃODEENERGIA
Aenergianãopodesercriadanemdestruída,masapenastransformada,ouseja,aenergia
totaléconstante.
Veremosqueaenergiapodeapresentar-seemdiversasformas,dasquaisdestacaremosas
demaiorinteresseparanossosestudos.
1.9.2 ENERGIAPOTENCIAL,DEPOSIÇÃOOUGEOMÉTRICA(Hgeo)
A energiapotencialdeumponto emumfluidoporunidadedepesoédefinidacomoacota
destepontoemrelaçãoaumdeterminadoplanodereferência.
1.9.3 ENERGIADEPRESSÃO(Hpr)
Aenergiadepressãoemumpontodeumdeterminadofluido,porunidadedepesoédefinida
como:
1.9.4 ENERGIACINÉTICAOUDEVELOCIDADE(Hv)
Aenergiacinéticaoudevelocidadedeumpontoemumdeterminadofluidoporunidadede
pesoédefinidacomo:
2 Hv energia develocidade
v
Hv = v velocidadedeescoamento dofluido
2g
g aceleração dagravidade
27
1.10 TEOREMADEBERNOUILLI
p v
2
Hgeo + + = constante
2g
Considerandoafiguraabaixo:
plano de cargatotal
2
v 1
2
2g v2
2g
p1
v1 p2
A1
A2
Z1
v2
Z2
plano de referência
p
Alinhapiezométricaédeterminadapelasomadostermos( Z + )paracadaseção.
2 2
p1 v1 p2 v2
Z1 + + = Z2 + +
2g 2g
28
1.10.1 ADAPTAÇÃODOTEOREMADEBERNOUILLIPARALÍQUIDOSREAIS
planodecarga total
2
v1 Hp
2g 2
v2
p1 2g
v1 p2
A1
A2
Z1
v2
Z2
planodereferência
p1 v1 2 p2 v22
Z1 + + = Z2 + + + Hp
2g 2g
OtermoHpéaenergiaperdidapelolíquido,porunidadedepeso,noescoamentodoponto1
paraoponto2.
29
1.11 PERDASDECARGAEMTUBULAÇÕES
1.11.1 INTRODUÇÃO
1.11.2 TIPOSDEPERDADECARGA
1.11.3 DISTRIBUÍDA
Sãoaquelasqueocorrememtrechosretosdetubulações.
L
P1 P1 > P2 P2
1 2
1.11.4 LOCALIZADA
Sãoperdasdepressãoocasionadaspelaspeçasesingularidadesaolongoda tubulação,
taiscomocurvas,válvulas,derivações,reduções,expansões,etc.
P1 P 1 > P2 P2
1 2
1.11.5 TOTAL
30
1.11.6 FÓRMULASDEPERDADECARGADISTRIBUÍDA
1.11.7 FÓRMULADEFLAMANT(1892)
Afórmula de Flamant é utilizada para tubos de paredes lisas, com limite de emprego de
10mmaté1000mmdediâmetro,paraescoamentocomágua.
J perdadecargadistribuídaemrelação
aocomprimentodotubo(m/m)
Hp perda de cargadistribuída(m)
Hp 4b v7
J = = L comprimentodotrechoretodo tubo(m)
L D D
D diâmetro internodatubulação (m)
v velocidade médiadoescoamento (m/s)
b coeficientedeFlamant(adimensional)
CoeficientesdeFlamant
MATERIAL b
Ferro fundido ou aço 0,00023
Concreto 0,000185
Chumbo 0,000140
Plástico(PVC) 0,000135
1.11.8 FÓRMULADEFAIR-WHIPPLE-HSIAO(1930)
31
Tubodeferrogalvanizado Tubodecobreoulatão
1.11.9 FÓRMULADEHAZEN-WILLIANS
A fórmula de Hazen - Willians é muito utilizada no meio industrial, sendo válida para
diâmetrosacimade50mmeescoamentocomágua.
Q
Hp
J = = 10,643 . Q1.85 . C -1,85 . D-4,87
L
32
ValoresdeCquedependemdomaterialeestadodasparedesdotubo:
MATERIAL C
Açocorrugado (chapa ondulada) 060
Açocom juntas "Look-Bar" novas 130
Açogalvanizado novoeemuso 125
Açorebitadonovo 110
Açorebitadoem uso 085
Açosoldadonovo 120
Açosoldadoem uso 090
Açosoldadocomrevestimentoesp.novo e em uso 130
Chumbo 130
Cimento amianto 140
Cobre 130
Concreto bem acabado 130
Concreto acabamento comum 120
Ferrofundidonovo 130
Ferrofundidoemuso 090
Ferrofundidorevestidodecimento 130
Gréscerâmico vidrado(Manilha) 110
Latão 130
Madeira emaduelas 120
Tijoloscondutosbem executados 100
Vidro 140
Plástico 140
33
TIPO DE TUBO IDADE/ANOS DIÂMETRO (mm) C
Até-100 118
100-200 120
NOVO
200-400 125
400-600 130
Até-100 107
100-200 110
10ANOS
200-400 113
FERRO
400-600 115
FUNDIDO
Até-100 89
PICHADO
100-200 93
20ANOS
200-400 95
400-600 100
Até-100 65
100-200 75
30ANOS
200-400 80
400-600 85
Até-100 120
FERROFUNDIDO 100-200 130
CIMENTOAMIANTO NOVOOU
USADO 200-400 135
400-600 140
34
1.11.10 FÓRMULADEDARCY-WEISBACK
É umcoeficienteadimensional,doqualéfunçãodoNúmerodeReynoldsedarugosidade
relativa.Arugosidaderelativaédefinidacomok/D.
Onde: k=rugosidadedaparededotubo(m)
D=diâmetrodotubo(m).
35
1.11.11 DETERMINAÇÃODOCOEFICIENTEDEATRITO,UTILIZANDOO DIAGRAMA
DEMOODY-ROUSE
36
1.11.12 EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DEATRITO " f " POR
MOODY:
0
Determinar f paraáguaescoandoa 20C,emumtubodeferrofundidonovo,dediâmetro
3
200mm,comumavazãode0,0616m/s.
0
Dados: t=20C;
Material=ferrofundido
D=200mm
3
Q=0,0616m/s.
2
=0,000001m /s
0
1 Determina-seavelocidademédiadoescoamento:v(m/s)
Q = v .A Q= v . D2 v = 4 0,0616 v = 1,961m/s
2
4 . 0,2
0
2 Determina-seonúmerodeReynolds:Re
v .D
Re = 1,961 . 0,2
5
Re = Re = 3,92 . 10
0,000001
0
3 Determina-searugosidaderelativa:k/D
ParaFerrofundidonovo,k=0,00025m
k = 0,00025 k = 0,00125
D 0,2 D
0 5
4 NodiagramadeMoody,comRe=3,92.10 e k/D=0,00125:
f=0,021
37
1.11.13 LIMITAÇÕESQUANTOAOEMPREGODAS FÓRMULASAPRESENTADAS
A fórmula de Flamant é usada somente para escoamento com água, tendo tubos de
paredes lisas, tipo PVC, ou condutos hidraulicamente lisos, para número de Reynolds
5
inferioresa10.
AfórmuladeFair-Whipple-Hsiao éusadaparaescoamentoscomáguaemtubosfeitos
dequalquermaterial,masparapequenosdiâmetros,nomáximoaté100mm.
1.11.14 FÓRMULASDEPERDADECARGALOCALIZADA
1.11.15 EXPRESSÃOGERAL
Deummodogeral,todasasperdasdecargapodemserexpressassobaforma:
Hp perdadecargalocalizada (m)
2
v
Hp = K x K coeficienteobtidoexperimentalmente
2g
v velocidade médiadolíquido na
entrada dasingularidade (m/s)
2
g aceleração dagravidade (m/s )
38
ValoresdeK,obtidosexperimentalmente
PEÇASQUEOCASIONAMAPERDA K
Ampliaçãogradual 0,30
Bocais 2,75
Comportaaberta 2,50
Controlador de vazão 2,50
0
Cotovelo de 90 0,90
0
Cotovelo de 45 0,75
Crivo 0,40
Curva de90 0 0,40
Curva de45 0 0,20
Curva de22,50 0,10
Entrada normal em canalização 0,50
Entradade borda 1,00
Pequenaderivação 0,03
Junção 0,40
Medidor Venturi 2,50
Reduçãogradual 0,15
Registrodeângulo aberto 5,00
Registrodegaveta aberto 0,20
Registrodeglobo aberto 10,0
Tê, passagemdireta 0,60
Tê, passagemde lado 1,30
Tê,saídadelado 1,30
Tê, saídabilateral 1,80
Válvula depé 1,75
Válvula deretenção 2,50
Velocidade 1,00
39
ValoresdeK,obtidosexperimentalmente
ESTREITAMENTO BRUSCO
ÁreaA v H p = K . v2 K = 4/9(1-A/B)
2g
Área B
ENTRADADEUMATUBULAÇÃO
v v
v v
A/B 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
K 225,9 47,77 17,51 7,801 3,753 1,796 0,791 0,290 0,068
40
ValoresdeK,obtidosexperimentalmente
A LARGAMENTOBRUSCO DESEÇÃO
ÁreaA Área H p = K . V 2 2
v K = 4/9 ( 1 - A / B )
B 2g
SAÍDADE CANALIZAÇÃO v
A LARGAMENTOGRADUALDESEÇÃO
2
Hp = K (V - v ) V v
2g A
B
0 0 0 0 0 0 0 0
5 10 20 40 60 70 80 120
K 0,13 0,17 0,42 0,90 1,10 1,20 1,08 1,05
R EDUÇÃO G RADUAL
v V Hp = K . v2
2g
B
A K=0,04a0,15
41
CURVAS
R/D 1 1,5 2 4 6 8
k= 0,131+1,847( D ) 3,5
0
90 2R R
JOELHO D
OUCOTOVELO
REGISTRO DE G AVETA
a 7 3 5 1 3 1 1
D 8 4 8 2 8 4 8
a
A 0,948 0,856 0,740 0,609 0,466 0,315 0,159
a
42
1.11.16 MÉTODODOCOMPRIMENTOEQUIVALENTE
Uma canalizaçãoquepossuiaolongodesuaextensãodiversassingularidades,equivale,
sobopontodevistadeperdadecarga,aumencanamentoretilíneodecomprimentomaior,
semsingularidades.
O método consiste em adicionar à extensão da canalização, para efeito de cálculo,
comprimentos tais que correspondam à mesma perda de carga que causariam as
singularidadesexistentesnacanalização.
válvuladeretenção
válvula gaveta
0 0
cotovelo 90
cotovelo 900
válvula de p é
ComprimentoEquivalente
UtilizandoafórmuladeDarcy-Weisback,tem-se:
2
Hp = f . Leq . v
D 2g
43
44
COTOVELO90°
RAIOLONGO
COTOVELO90°
RAIOMÉDIO
COTOVELO90°
RAIOCURTO
COTOVELO45°
CURVA 90°
R/D-11/2
CURVA 90°
R/D-1
CURVA 45°
ENTRADA
NORMAL
ENTRADA
DE BORDA
REGISTRODE
GAVETAABERTO
REGISTRODE
GLOBOABERTO
REGISTRODE
ÂNGULOABERTO
TÊ
PASSAGEM
DIRETA
TÊ
SAÍDA
DELADO
TÊ
SAÍDA
BILATERAL
VÁLVULADE
PÉECRIVO
SAÍDADA
CANALIZAÇÃO
VÁLVULADE
RETENÇÃO
TIPOLEVE
VÁLVULADE
RETENÇÃO
TIPOPESADO
1.11.17 COMPRIMENTOSEQUIVALENTESAPERDASLOCALIZADAS
1.11.18 COMPRIMENTOSEQUIVALENTESAPERDASLOCALIZADAS
REGISTROGLOBO
40” 1000 mm
REGISTRODEÂNGULO 36” 900mm
100,0m 30” 750mm
24” 600mm
50,0m
40,0m 20” 500mm
30,0m
16” 400mm
20,0m 14” 350mm
ENTRADA DEBORDA 12” 300mm
10,0m 10” 250mm
8” 200mm
5,0m
4,0m 6” 150mm
3,0m
5” 125mm
2,0m
4” 100mm
ENTRADANORMAL 1,0m
3” 75mm
63mm
0,5m
0,4m 50mm
25mm
0,1m
19mm
13mm
REGISTRO DEGAVETA
45
1.11.19 TABELASDELEITURADIRETA
46
MÓDULO 2
Sistemas de Bombeamento
47
ÍNDICE
2 Introdução 51
2.1 Altura estáticaeAlturadinâmica 52
2.1.1 Alturaestática 52
2.1.2 Alturageométrica 52
2.1.3 Cargadepressão 52
2.2 Altura dinâmica 52
2.2.1 Perdadecargatotal(Hp) 52
2.2.2 Cargadevelocidade 52
2.3 Altura total dosistema 54
2.4 Altura de sucção 54
2.4.1 Alturageométrica desucção 54
2.4.2 Cargadepressão nasucção 54
2.4.3 Perdasdecarga nasucção 54
2.4.4 Cargadevelocidadenasucção 54
2.5 Esquemastípicosde sucção 55
2.6 Sucçãopositivaoubomba“afogada” 56
2.7 Sucçãonegativa ou bomba “ não afogada ” 56
2.8 Alturadedescarga ( Hd ) 57
2.8.1 Alturageométrica dedescarga(Hgeod ) 57
2.8.2 Cargadepressão nadescarga 57
2.8.3 Perdasdecarga nadescarga(Hps ) 57
2.8.4 Cargadevelocidadenadescarga 57
2.9 Esquemastípicosde descarga 57
2.10 Altura manométrica total 59
2.11 CálculodaAlturamanométricadosistema na fasedeprojeto 59
2.12 Cálculodaalturamanométricadosistemana fasedeoperação 60
2.13 Curva característicadosistema 60
2.13.1 Levantamento dacurvado sistema 61
2.14 Associaçãodesistemas 62
2.14.1 Associaçãoemsérie 62
2.14.2 Esquemadeumaassociaçãoemsérie 63
2.14.3 Associaçãoemparalelo 64
2.14.4 Esquemadeumaassociaçãoemparalelo 64
2.14.5 Associaçãomista 65
2.15 Variação de níveisemreservatórios 66
2.16 Bombeamento simultâneop/2oumaisreservatóriosdistintos 67
2.17 Abastecimentoporgravidade 69
49
SISTEMAS DEBOMBEAMENTO
2 INTRODUÇÃO
51
2.1 ALTURAESTÁTICAEALTURADINÂMICA
2.1.1 ALTURAESTÁTICA
Aalturaestáticadeumsistemadebombeamentoécompostapelasseguintesparcelas:
2.1.2 ALTURAGEOMÉTRICA(Hgeo)
Éadiferençadecotaentreoníveldesucçãoeoníveldedescargadolíquido.Seotubode
descargaesta situadoacimadoníveldolíquidonoreservatório de descarga, entãoHgeo
devereferir-seàlinhadecentrodotubodedescarga.
2.1.3 CARGADEPRESSÃO
Estacargapodeserrepresentadaatravésdafórmula:
2.2 ALTURADINÂMICA
( prd - prs
(
Aalturadinâmicadeumsistemadebombeamentoécompostapelasseguintesparcelas:
2.2.1 PERDADECARGATOTAL(Hp)
2.2.2 CARGADEVELOCIDADE
53
2.3 ALTURATOTALDOSISTEMA
A altura total do sistema, mais propriamente chamada de Altura Manométrica Total do
sistema,écompostapelaAlturaEstáticamais aAlturaDinâmica,ouseja:
Sedesprezarmosacargadevelocidade,teremos:
prd - prs
H = Hgeo + + Hp
Parasistemasabertos,teremos:
H = Hgeo + Hp
2.4 ALTURADESUCÇÃO(Hs)
Aalturadesucçãoécompostapelasseguintesparcelas:
2.4.1 ALTURAGEOMÉTRICADESUCÇÃO(Hgeos)
Éadiferençadecotaentreoníveldoreservatóriodesucçãoealinhadecentrodorotorda
bomba.
2.4.3 PERDASDECARGANASUCÇÃO(Hps)
É acargadevelocidadenoreservatóriodesucção.
54
Assim,aAlturadeSucçãopodeserexpressapor:
2
prs vrs
H = Hgeos + - Hps +
2g
IMPORTANTE:Notarque na expressãoacima,otermoHgeostemvaloralgébrico,istoé,
podeserpositivoou negativo, dependendodotipodeinstalaçãode sucção.
Hgeos prs
Hs = Hgeos + - Hp
Hgeos Hs = Hgeos - Hp
Hgeos
Hs = - Hgeos - Hp
55
Nosexemplosanteriores,foiconsideradadesprezívelavelocidadedofluidonoreservatório
desucção,desprezando-seportantoacargadepressãocorrespondente.
2.6 SUCÇÃOPOSITIVAOUBOMBA"AFOGADA"
Dizemosqueasucçãodeumabombaépositivaouabombaestá"afogada",quandoonível
delíquidonoreservatóriodesucçãoestaacimadalinhadecentrodorotordabomba.Neste
caso,otermo Hgeosépositivo.
Hgeos
2.7 SUCÇÃONEGATIVAOUBOMBANÃOAFOGADA
Hgeos
OBS: Neste caso, estamos tomando como referência, a linha de centro da bomba, caso
tomarmoscomoreferênciaoníveldolíquidonoreservatório,altera-seossinais.
56
2.8 ALTURADEDESCARGA(Hd)
Aalturadedescargaécompostapelasseguintesparcelas:
2.8.1 ALTURAGEOMÉTRICADEDESCARGA(Hgeod)
Éadiferençadecotaentreoníveldoreservatóriodedescargaealinhadecentrodorotorda
bomba.
2.8.3 PERDASDECARGANADESCARGA(Hpd)
É a somatória de todasasperdasdecargaentreabocadedescargaeoreservatóriode
descargadabomba.
2
2.8.4 CARGADEVELOCIDADENADESCARGA( vrd 2g)
Éacarga develocidadedofluidonoreservatóriodedescarga.
Assim,aAlturadedescargapodeserexpressapor:
prd vrd2
H = Hgeod + + Hpd +
2g
2.9 ESQUEMASTÍPICOSDEDESCARGA
Nasfigurasaseguir,veremososprincipaisesquemasdedescarganosreservatórios:
57
Hgeod
Hgeod
Hd=Hgeod+Hp Hd = H g e o d + p r d + H p
Hgeod
Hgeod
Hd = Hgeod + Hp Hd = H g e o d + H p
Hgeod
Hgeod
Hd=Hgeod+Hp Hd = - Hgeod + Hp
58
Nosexemplosanterioresfoiconsideradadesprezívelavelocidadedofluidonoreservatório
dedescarga,desprezando-seportantoacargadepressãocorrespondente.
2.10 ALTURAMANOMÉTRICATOTAL
Altura Manométrica Total é a energia por unidade de peso que o sistema solicita para
transportar o fluido do reservatório de sucção para o reservatório de descarga, com uma
determinadavazão.
Nos sistemasqueestudaremos,essa energia é fornecidaporumabomba,sendoaAltura
Manométricatotal,umparâmetrofundamentalparaoselecionamentodamesma.
É importantenotarqueemumsistemadebombeamento,acondiçãorequerid a é a Vazão
(Q),enquantoquea AlturaManométricaTotal(H) é conseqüênciadainstalação.
2.11 CÁLCULODAALTURAMANOMÉTRICADOSISTEMAEMPROJETO
Hgeo alturageométrica(m)
prd pressãonoreservatório de descarga(kgf/cm2 )
prs pressãonoreservatório de sucção(kgf/cm2 )
3
pesoespecífico dofluido (kgf/dm)
Hp perdadecarga(m)
vrd2 velocidadenoreservatóriodedescarga (m/s)
vrs2 velocidadenoreservatóriode sucção(m/s)
g aceleração dagravidade (m/s2)
10 valor paraacertode unidades
Ou: H = Hd - H s
59
2.12 CÁLCULODAALTURAMANOMÉTRICADOSISTEMANAFASEDEOPERAÇÃO
pd - ps vd2 - vs2
H = x10 + + Zsd
2g
60
Esta curva é de grande importância sobretudoemsistemas que incluem associações de
bombas, sistemas com variações de níveis nos reservatórios, sistemas com vazões
variáveis,etc.
2.13.1 LEVANTAMENTODACURVADOSISTEMA
o
1 Passo: TomarumadasfórmulasparaobtençãodaAlturaManométricaTotal;
o
2 Passo: Fixaralgumasvazões dentrodafaixadeoperação do sistema. Sugere-sefixar
cercadecincopontos,entreelesopontodevazãonula(Q=0)eopontodevazãodeprojeto
(Q=Qproj);
o
3 Passo: DeterminaraAlturaManométricaTotalcorrespondenteacadavazãofixada;
o
4 Passo: PlotarospontosobtidosnumgráficoQxH,(vazãonoeixodasabcissasealtura
manométricanoeixodasordenadas),conformeilustradoaseguir:
H
curva do sistema
H4
H3
H2
H1
H0
Q0 Q1 Q2 Q3 Q4 Q
61
Acurvacaracterísticadeumsistemadebombeamentoapresentaduaspartes distintas,ou
seja,aparteestáticaeapartedinâmica.
A parteestática correspondeaalturaestáticaeindependedavazãodosistema,ouseja,a
cargadepressãonosreservatóriosdedescargaesucçãoeaalturageométrica.
A parte dinâmica corresponde a altura dinâmica, ou seja, com o fluido em movimento,
gerandocargadevelocidadenosreservatóriosdedescargaesucçãoeasperdasdecarga,
queaumentacomoquadrado davazãodosistema.
curva do sistema
parte estática = H g e o + p r d - p r s
2.14 ASSOCIAÇÃODESISTEMAS
2.14.1 ASSOCIAÇÃOEMSÉRIE
62
2.14.2 ESQUEMADEUMA ASSOCIAÇÃOEM SÉRIE
Hgeo
Trecho 1
Trecho 2
curva dosistema
H associadoemsérie
H3+H3’
H2+H2’
H1+H1’
Hgeo
H3’
H3
H2’
H2
H1’
H1
Q1 Q2 Q3
Q
63
2.14.3 ASSOCIAÇÃOEMPARALELO
2.14.4 ESQUEMADEUMAASSOCIAÇÃOEMPARALELO
Hgeo
sistema1
sistema2
sistema1éidênticoaosistema2
H4
H3
H2
H
Hgeo1
Q Q1 Q2 2Q Q 3 2Q1 2Q 2 2Q3
64
2.14.5 ASSOCIAÇÃOMISTA
Suponhamosumsistemaformadopelostrechosdetubulaçõesindicadosabaixo:
sistema 2
sistema1 sistema4
sistema 3
65
2.15 VARIAÇÃODENÍVEISNOSRESERVATÓRIOS
Muitas vezes, os níveis nos reservatórios (sucção e recalque) podem sofrer grandes
variações, (demanda variável; cheia de rios; etc).Com isto, as alturas estáticas variarão,
acarretandoconseqüentementeoaparecimentodeváriascurvasdosistema.
Para facilitar o selecionamento, determinamos a faixa de variação correspondentes às
situações limites, ou seja, curvas de sistema para as alturas estáticas totais máxima e
mínima.
Nívelmáximo
Hgeo1
Hgeomáximo
Nívelmáximo Nívelmínimo
Hgeomínimo
Nívelmínimo
Hgeomáx
Hgeomédia
Hgeomín
Paraefeitodeprojetoeselecionamentodasbombas,normalmenteéconsideradaacurva
dosistemacorrespondenteaonívelmédioouaonívelmaisfreqüente.Écontudoimportante
oconhecimentodascurvasparaonívelmáximoemínimo,principalmentequandoocorrem
grandes variações de níveis nos reservatórios.É também importante termos o tempo de
ocorrência destas situações limites, para que tenhamos condições de aplicar um
equipamentomaisadequadoeconomicamenteparaosistema.
66
2.16 BOMBEAMENTOSIMULTÂNEOA2OUMAISRESERVATÓRIOSDISTINTOS
reservatório1
Hgeo1
reservatório2
Hgeo2
tubulação 1
tubulação2
Pararesolverosistema,devemosprocederdaseguinteforma;
a)Vamossuporqueobombeamentosejarealizadosomenteparaoreservatório1.
Traça-se acurvacorrespondenteaoreservatório1,atravésdatubulação1.
67
H
reservatório 1
reservatório 2
R1 // R2
Hgeo1
Hgeo2
Para termosumaidéiadaimportânciadascurvasdosistemanestescasos,analisemosas
curvasdosistemajuntamentecomacurvadabomba,assuntoqueestudaremosadiante.
R1
R2
3
2
R1 // R2
1' 1’' 1
Hgeo1
Hgeo2
curvadabomba
68
Teremostrêspontosdetrabalho:
2.17 ABASTECIMENTOPORGRAVIDADE
Existem sistemas onde o reservatório de sucção esta situado numa cota superior ao
reservatóriodedescarga.Nestescasos,aenergiapotencialdofluido,representadaporsua
altura estática, faz com que o mesmo flua para o reservatório de descarga, apenas pela
açãodagravidade,semnecessidadedebombeamento.
reservatório
desucção
Hgeo
reservatório
derecalque
69
Aolongodotrechoentre os reservatórios ocorrem perdas decarga, quecomosabemos,
varia comoquadradodavazão.Assim,quandoestasperdas se igualamaalturaestática,
ocorreavazãomáximadosistema,obtidasomenteporgravidade(Qgrav).
Se desejarmos aumentar a vazão além deste limite, por exemplo, uma vazão Q 1, será
necessário introduzir uma bomba no sistema, para que essa bomba gere uma altura
manométricaigualaH,correspondenteasperdascausadaspelavazãoQ
1 1.
Acurvaabaixoilustraestasituação.
H
curva do sistema
H1
Qgrav Q1 Q
Hgeo
70
MÓDULO 3
71
ÍNDICE
3 Introdução 75
3.1 Curvas característicasdasbombas 77
3.1.1 Obtenção dacurva característicadeumabomba 77
3.2 Tipos decurvascaracterísticasdas bombas 79
3.2.1 Curvatipoestávelou tipo rising 79
3.2.2 Curvatipoinstáveloutipo drooping 80
3.2.3 Curvatipoinclinadoacentuadooutipo steep 80
3.2.4 Curvatipoplanaoutipoflat 80
3.2.5 Curvatipoinstável 81
3.3 Curva depotênciaconsumidapela bomba 81
3.3.1 Tiposdecurvasdepotênciaconsumida 81
3.3.2 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo radial 82
3.3.3 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo axial 82
3.3.4 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo mistoousemi-axial 82
3.4 Cálculodapotência consumida pelabomba 83
3.4.1 Potência hidráulica 83
3.4.2 Potência consumida pelabomba 83
3.5 Rendimento 83
3.5.1 Curvasderendimento 84
3.5.2 Curvasdeisorendimento 84
3.5.3 Exemplo decurvade isorendimento 85
3.6 Curva deNPSH(NetPositive Suction Head ) 86
3.7 Considerações finais 86
3.7.1 Exemplo deumacurvacaracterística completa 87
3.8 Pontodetrabalho 88
3.8.1 Fatores que modificam o pontodetrabalho 88
3.8.2 Alteraçãodopontodetrabalhoatuando no sistema 89
3.8.3 Alteraçãodopontodetrabalhoatuando na bomba 90
3.9 Efeitodamudança de rotaçãonascurvascaracterísticas 90
3.10 Efeitodavariaçãododiâmetrodorotornascurvascaracterísticas 92
3.10.1 Cálculo dodiâmetro dorotor 93
3.11 Formasdereduzirodiâmetrodorotor 95
3.12 Velocidadeespecíficaourotaçãoespecífica 97
3.12.1 Aplicação davelocidadeespecífica 97
3.13 Tipos derotores x velocidadeespecífica 98
73
HIDRÁULICADEBOMBAS CENTRÍFUGAS
3 INTRODUÇÃO
75
3.1 CURVASCARACTERÍSTICASDASBOMBAS
3.1.1 OBTENÇÃODACURVACARACTERÍSTICADEUMABOMBA
medidor de
vazão
reservatóriode
águaatemperatura
ambiente
manômetros
Ps Pd
válvula
bomba
Considerando-seque:
- Ps sejaapressãodesucçãonoflangedesucçãodabomba;
- Pd sejaapressãodedescarganoflangededescargadabomba;
- a bombaemquestãoestejacomumdiâmetroderotorconhecido;
- existaumaválvula situada logoapósabocaderecalquedabomba,comafinalidadede
controlede vazão;
- existaummedidordevazão,sejaelequalfor,paraobtermososvaloresdavazãoemcada
instante.
0
1 -Coloca-seabombaemfuncionamento,comaválvuladedescargatotalmentefechada
(Q = 0); determina-se a pressão desenvolvida pela bomba, que será igual a pressão de
descarga menos a pressão de sucção. Com essa pressão diferencial, obtém-se a altura
manométricadesenvolvidapelabomba,atravésdafórmula:
77
Essaalturaénormalmenteconhecidacomoalturano"shut-off",ouseja,alturadesenvolvida
pelabombacorrespondenteavazãozero,aqualchamaremosdeH. 0
0
2 - Abre-separcialmente a válvula, obtendo-seassimumanovavazão,determinadapelo
medidor de vazão,aqualchamaremosde Q 1 eprocede-sedemaneiraanálogaaanterior,
para determinarmos a nova altura desenvolvida pela bomba nestanova condição, a qual
chamaremosdeH1.
0
3 -Abre-seumpoucomaisaválvula,obtendo-se assimumavazãoQ 3 eumaalturaH,da
3
mesmaforma queasanteriormentedescritas.
0
4 - Continuando oprocessoalgumasvezes, obtemosoutrospontosdevazãoealtura,com
osquaisplotaremosemumgráfico,ondenoeixodasabcissasoueixohorizontal,osvalores
dasvazõesenoeixodasordenadasoueixovertical,osvaloresdasalturasmanométricas.
Q0 H0
Q1 H1
Q2 H2
Q3 H3
H
H
H0
H1
H2
H3
Q
Q0 Q1 Q2 Q3 Q
78
Normalmente, os fabricantes alteram os diâmetros de rotores para um mesmo
equipamento, obtendo-se assim a curva característica da bomba com uma família de
diâmetrosderotores,comomostradoabaixo.
H
D
D
D
D
D
Q
D D D D D
3.2 TIPOSDECURVASCARACTERÍSTICASDASBOMBAS
Dependendodotipodebomba,dalarguradosrotores,daquantidadedepásdosrotores,do
ângulodeinclinaçãodestaspás,ascurvascaracterísticasdasbombas,tambémchamadas
decurvascaracterísticasdorotor,podemseapresentardeváriasformas,comomostram as
figurasabaixo.
3.2.1 CURVATIPOESTÁVELOUTIPORISING
Nestetipodecurva,aalturaaumentacontinuamentecomadiminuiçãodavazão.
Aalturacorrespondenteavazãonulaécercade10a20%maiorqueaalturaparaopontode
maioreficiência.
79
3.2.2 CURVATIPOINSTÁVELOUTIPODROOPING
Nesta curva, a altura produzida com a vazão zero e menor do que as outras corres-
pondentesaalgumasvazões.Nestetipodecurva,verifica-sequepara alturassuperiores
aoshut-off,dispomosdeduasvazõesdiferentes,paraumamesmaaltura.
3.2.3 CURVATIPOINCLINADOACENTUADOOUTIPOSTEEP
É uma curva do tipo estável, em que existe uma grande diferença entre a altura
desenvolvidanavazãozero(shut-off)eadesenvolvidanavazãodeprojeto,ouseja,cerca
de40e50%.
H
Nestacurva,aalturavariamuitopoucocomavazão,desdeoshut-offatéopontodeprojeto.
80
3.2.5 CURVATIPOINSTÁVEL
É a curva na qual para uma mesma altura, corresponde duas ou mais vazões num certo
trechodeinstabilidade.Éidênticaacurvadrooping.
H1
Q1 Q2 Q3 Q
3.3 CURVADEPOTÊNCIACONSUMIDAPELABOMBA
3.3.1 TIPOSDECURVASDEPOTÊNCIACONSUMIDA
81
3.3.2 CURVA DEPOTÊNCIACONSUMIDADEUMABOMBADEFLUXOMISTOOU
SEMI-AXIAL
Neste tipo de curva, a potência consumida aumenta até certo ponto, mantendo-se cons-
tanteatécertosvaloresseguintesdevazãoedecresceemseguida.Estacurvatemavan-
tagemdenãosobrecarregaromotoremqualquerpontodetrabalho,entretantoestetipode
curva não é obtido em todas bombas. Estas curvas também são chamadas de "no over
loading"
3.3.3 CURVADEPOTÊNCIACONSUMIDADEUMABOMBADEFLUXORADIAL
Neste tipo de curva, a potência aumenta continuamente com a vazão. O motor deve ser
dimensionadodemodoquesuapotênciacubratodosospontosdeoperação.Nossistemas
comalturasvariáveis,énecessárioverificar asalturasmínimas quepoderãoocorrer,para
seevitaroperigodesobrecarga.Estascurvastambémsãochamadas"overloading".
3.3.4 CURVADEPOTÊNCIACONSUMIDADEUMABOMBADEFLUXOAXIAL
Nestetipodecurva,apotênciaconsumida aumentaatécertovalor,mantém-seconstante
paravaloresseguintesdevazãoedecresceemseguida.
82
P
3.4 CÁLCULODAPOTÊNCIACONSUMIDAPELABOMBA
3.4.1 POTÊNCIAHIDRÁULICA
Otrabalhoútilfeitoporumabombacentrífugaénaturalmenteoprodutodopesodolíquido
deslocado pelaalturadesenvolvida.Seconsiderarmosestetrabalhonaunidadedetempo,
temosapotênciahidráulica,queéexpressapelafórmula:
3.4.2 POTÊNCIACONSUMIDAPELABOMBA
3.5 RENDIMENTO
Potência hidráulica
=
Potência consumida
83
Então:
= Ph = x Hx Q P= x HxQ
P P
3.5.1 CURVASDERENDIMENTO
Como vimos, o rendimento é obtido pela divisão da potência hidráulica pela potência
consumida.
Arepresentaçãográficadorendimentoéaseguinte:
Qótimo Q
Qótimoéopontodemelhoreficiênciadabomba,paraorotorconsiderado.
3.5.2 CURVASDEISORENDIMENTO
Toda bomba apresenta limitação de rotores, ou seja, a família de rotores em uma curva
característica vaidesdeumdiâmetromáximoatéumdiâmetromínimo.Odiâmetromáximo
é conseqüência do espaço físico existente no interior da bomba e o diâmetro mínimo é
limitado hidraulicamente,ouseja,seutilizarmosdiâmetrosmenoresdosqueindicadosnas
curvas das bombas, teríamos problemas de funcionamento da bomba, baixos valores de
vazão,baixasalturasmanométrica,baixosrendimentos,etc.
84
Ascurvasderendimentodasbombas,encontradasemcatálogostécnicosdosfabricantes,
seapresentamemalgunscasosplotadasisoladamente,ouseja,orendimentoobtidopara
cada diâmetro de rotor em função da vazão. Em outros casos, que é o mais comum,
apresentam-se plotadas sobre as curvas dos diâmetros de rotores. Esta nova
representação baseia-se em plotar sobre a curva de Q x H de cada rotor, o valor do
rendimento comunspara todososdemais;posteriormente unem-se ospontos demesmo
rendimento,formandoassimascurvasderendimentodasbombas.
Essascurvassãotambémchamadasdecurvasdeisorendimento,representadaabaixo:
3.5.3 EXEMPLODECURVADEISORENDIMENTO
H
70%
80%
85%
85%
80%
70%
D
D
(%)
D
86
85
80
70
DD
D
85
3.6 CURVADENPSH(NETPOSITIVESUCTIONHEAD)
Atualmente,todacurvacaracterísticadeumabomba,incluiacurvadoNPSHrequeridoem
funçãodavazão.Estacurvarepresentaaenergiamínimanecessáriaqueolíquidodeveter,
em unidades absolutas, no flange de sucção da bomba, para garantir seu perfeito
funcionamento.
Suarepresentaçãográficaéaseguinte.
NPSHr
OBS: Esteassuntoestudaremoscommaisdetalhesnopróximomódulo.
3.7 CONSIDERAÇÕESFINAIS
Ascurvascaracterísticasapresentadaspelosfabricantes,sâoobtidasnasbancadas
detestesdosfabricantes,bombeandoágualimpaàtemperaturaambiente.
A curva ( Q x H ),representa a energia fornecida expressa em alturade coluna de
líquido.
A curva de ( Q x NPSHr),representa a energia requerida no flange de sucção da
bomba.
Acurvade(Qx ), e acurvade(QxP),representaosrendimentosepotências
consumidaspelabomba,quandooperandocomágua.
Parabombeamentodefluidoscomviscosidadesdiferentesdaágua,énecessárioa
correçãodestas curvasparaestanovacondição de trabalho. Esteassuntoseráabordado
commaisdetalhesemumpróximomódulo.
86
3.7.1 EXEMPLODECURVACARACTERÍSTICACOMPLETA
KSBMeganorm80-250 -IVpólos(1750rpm)
40
41
35 5 1 56
61 66
68,5
71
71,5%
30 71
68,5
66
H (m) 25
266
20 247
234
63,5
15 220
10
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
3
Q (m/h)
4,5 266
3,5
NPSH (m) 2,5
1,5
0,5
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
3
Q (m/h)
22
266
20
247
18
16
234
14
P(CV) 220
12
10
8
4
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
3
Q (m/h)
87
3.8 PONTODETRABALHO
Seplotarmosacurvadosistemanomesmográficoondeestãoascurvascaracterísticasdas
bombas,obteremosopontonormaldetrabalhonaintersecçãodestascurvas.
H
P
curva do sistema
t
pontode
Ht trabalho
curva de potência
consumida
Pt curva de rendimento
curva da bomba
Qt Q
Acurvaacimamostraqueestabombateriacomopontonormaldetrabalho:
- Vazão (Qt)
-Altura(Ht)
-Potênciaconsumida(Pt)
-Rendimentonopontodetrabalho( t)
3.8.1 FATORESQUEMODIFICAMOPONTODETRABALHO
88
3.8.2 ALTERAÇÃODOPONTODETRABALHOATUANDONOSISTEMA
Alterar a curva do sistema consiste basicamente em alterar o sistema para o qual foi
levantadaacurvaeistopodeserfeita deinúmerasformas.
novopontodetrabalho
H válvula parcialmente
aberta
válvula
aberta
ponto de trabalho
inicial
curvadabomba
Éimportanteressaltarqueomesmoefeitoseriaobtidocomofechamentoparcialdaválvula
de sucção; entretanto este procedimento não é usado pela influência indesejável nas
condiçõesdesucção,conformeveremosnopróximomódulo.
-variaçãonaspressõesdosreservatórios;
-mudançanodiâmetrodaslinhas;
-inclusãoouexclusãodeacessóriosnalinha;
-modificaçãodolay-outdaslinhas;
-mudançadascotasdoslíquidos;
-etc.
89
3.8.3 ALTERAÇÃODOPONTODETRABALHOATUANDONABOMBA
Asmaneirasmaisusuaisdemodificaracurvacaracterísticadeumabombasãodevariara
rotaçãodabombaou variarodiâmetrodorotordabomba.
-variaçãodarotaçãodabomba
ponto de trabalho 2
H pontodetrabalho 1
curvada bomba
rotação 1
rotação 2
Qt 2 Qt1 Q
-variaçãododiâmetrodorotordabomba
pontodetrabalho 2
H pontodetrabalho1
curvada bomba
diâmetro 1
diâmetro 2
Qt 2 Qt1 Q
3.9 EFEITODAMUDANÇADEROTAÇÃONASCURVASCARACTERÍSTICAS
90
Existeumaproporcionalidadeentreosvaloresdevazão(Q),altura(H)epotência(P)coma
rotação. Assim sendo, sempre que alterarmos a rotação de uma bomba haverá, em
conseqüência,alteraçãonascurvascaracterísticas, sendo a correção paraanovarotação
feitasapartirdasseguintesproporções:
1-Avazãoéproporcional à rotação.
Q= Vazão narotaçãoconhecida
Q N Q1 = vazãonanovarotação
= rotação conhecida
N=
Q1 N1 N1 = nova rotação
2-Aalturamanométricavariacomoquadradodarotação.
Q = alturanarotaçãoconhecida
H N 2
Q1 = altura nanovarotação
= rotação conhecida
H1 N1 N =
N1 = nova rotação
3-Apotênciaabsorvidavariacomocubodarotação.
3 P = potêncianarotação conhecida
P N P1 = potência na nova rotação
=
N = rotação conhecida
P1 N1 N1 = nova rotação
Ouseja:
3
N Q H P
= = =
N1 Q1 H1 P1
Assim sendo, sempre que alterarmos a rotação, deve ser feita a correção das curvas
características através dasrelaçõesanteriormente apresentadaspara a determinação do
novopontodetrabalho.Asrelaçõesvistasanteriormentetambémsãochamadasde leisde
semelhança ou leisdesimilaridade.
91
3.10 EFEITO DA VARIAÇÃO DO DIÂMETRO DO ROTOR NAS CURVAS
CARACTERÍSTICAS
Sereduzirmosodiâmetrodeumrotorradialdeumabomba,mantendoamesmarotação,a
curva característica da bomba se altera aproximadamente de acordo com as seguintes
equações:
H = alturano diâmetroconhecido
H D 2
H1 = alturano novo diâmetro
=
D = diâmetro conhecido
H1 D1 novodiâmetro
D1 =
3
D Q H P
= = =
D1 Q1 H1 P1
Oprocedimentoparalevantamentodascurvascaracterísticasparaumnovodiâmetro,em
função das curvas características fornecidas pelo fabricante para o diâmetro original, é
análogo ao levantamento das curvas feitas para variação da rotação, como visto no item
anterior.
Deumaformageral,areduçãomáximapermitidaédecercade20%dodiâmetrooriginal.
Esta redução é aproximada, visto que existem rotores que podem ser reduzidos em um
percentualmaior,enquantoqueoutrosnãopermitemreduçãoalémdepequenasmargens,
semsofrer efeitosadversos. Narealidade, estas reduçõessósãopermitidasembombas
centrífugas radiais; nasbombas centrífugas de fluxomistoe,principalmentenas axiais, a
diminuição do diâmetro do rotor pode alterar substancialmente o projeto inicial, devido a
variaçõesnosânguloseprojetosdaspás.
92
3.10.1 CÁLCULODODIÂMETRODOROTOR
Uma maneiradecalcularodiâmetrodorotor,quandoopontodeoperaçãoestaforadeum
diâmetroconhecidonacurvacaracterísticadabomba,éoseguinte:
3-Atravésdasfórmulasabaixo,encontra-seovalordodiâmetrodesejado.
Q H
D = D1 ou D = D1
Q1 H1
3
Porexemplo,paraumavazão de110m/heumaalturamanométricade25m,opontode
40
41
35 51 56
61 66
68,5
71
30
71,5% diâmetro D = ?
71
68,5
66
H(m) 25
266
20 247
234
63,5
15 220
10
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
93
Como este plano cartesiano não apresenta a origem, encontramos a origem do plano
utilizando a mesma escala; traça-se a reta desta origem encontrada até o ponto de
3
operação,conformemostradoabaixo,encontrando-seQ1 = 113m / h e H1 = 25,5m.
40
41%
35 51%56%
61% 66%
68,5%
71%
71,5%
30 71%
68,5%
66%
25,5
H (m) 266
20 247
234
15 220
10
20 40 60 80 113 140 160 180 200 220 240
3
Q(m/h)
5
Utilizandoasfórmulasapresentadas,calcula-seodiâmetrodorotor:
Q 110
D = D1 D = 247 D = 243mm
Q1 113
ou
H 25
D = D1 D = 247 D = 244,5 m m
H1 25,5
Pormotivodesegurança,utiliza-seodiâmetromaior,ouseja,D=244,5mm.
94
3.11 FORMASDEREDUZIRODIÂMETRODOROTOR
Váriassãoasformasempregadasparareduçãododiâmetrodorotor,porexemplo:
-Rebaixamentototaldasparedesepalhetas
rebaixamento
-Rebaixamentosomentedaspalhetas
rebaixamento
-Rebaixamentoemângulodaspalhetas,mantendoasparedescomodiâmetromaior
rebaixamento
-Rebaixamentodasparedesparalelamentecomrebaixamentodaspalhetasemângulo
rebaixamento
95
-Rebaixamentodaspásemângulo,rebaixandotambémaparedeepalhetatraseiradorotor
rebaixamento
-Rebaixamentoderotordeduplasucção
rebaixamento
-Rebaixamentoderotorsemi-axial
rebaixamento
Diâmetrodo
ladotraseiro Diâmetrodo
ladodasucção
96
3.12 VELOCIDADEESPECÍFICAOUROTAÇÃOESPECÍFICA
nq velocidadeespecífica
n rotação (RPM)
n Q
nq =
H 3/4 Q vazão (m 3/s)
H alturamanométrica(m)
-Consideraçõesimportantes
-embombascomrotoresdeduplasucção,dividiravazãopordoisparaentrarnafórmula;
-embombasmulti-estágio,dividiraalturamanométricatotal(H),pelonúmerodeestágios.
- sempre que nos referirmos à velocidadeespecífica, estamos nos referindo ao ponto de
melhoreficiênciadabomba.
3.12.1 APLICAÇÕESDAVELOCIDADEESPECÍFICA
97
- a terceira permite determinar a rotação máxima que uma bomba pode operar em con-
diçõessatisfatóriasemfunçãodotipodebombaede característicasdosistema.
Vamos estudar somente a primeira aplicação, visto que é a de maior interesse para
usuáriosdebombascentrífugas:
3.13 TIPOSDEROTORESXVELOCIDADEESPECÍFICA
100
90
80
70
6,3l/s
60
50
40
10 20 30 40 60 80 100 200 300
n Q
nq= 3/4
H
Tiposderotoresxvelocidade específica
98
MÓDULO 4
Cavitação / NPSH
99
ÍNDICE
4 Introdução 103
4.1 Cavitação/NPSH 105
4.1.1 Pressãodevapor 105
4.1.2 O fenômenodacavitação 106
4.1.3 Conseqüências dacavitação 107
4.1.4 Exemplo deumrotor “ cavitado” 108
4.1.5 Cavitação, erosão, corrosão 109
4.2 NPSH ( Net Positive Suction Head ) 109
4.2.1 NPSH disponível 109
4.2.2 NPSH requerido 110
4.3 Linhasdereferênciaparamedições hidráulicas 111
4.4 RepresentaçãográficadoNPSHrequerido 113
4.5 Fatoresquemodificam o NPSH disponível 114
4.6 Fatoresquemodificam o NPSH requerido 114
4.6.1 Representação gráficadaredução doNPSHr deumrotorcomindutor 115
4.7 CálculodoNPSHrequeridopara bombasETA 116
4.8 Coeficiente de cavitação/NúmertodeThoma 116
4.9 Velocidadeespecíficadesucção 117
4.10 NPSH paraoutroslíquidos 117
4.10.1 ReduçãodoNPSHparabombasoperandocomhidrocarbonetos
eáguaaaltatemperatura 118
4.11 Recirculaçãohidráulica 119
4.11.1 Sistemaderecirculaçãocontínua 120
4.11.2 Válvuladevazãomínima 120
4.12 Materiais resistentes a cavitação 121
101
CAVITAÇÃO/ NPSH
4 INTRODUÇÃO
Nestemódulo,estudaremosumdosfenômenosmaisimportantesassociadoabombas,ou
seja,oconceitodecavitaçãoeNPSH(NetPositiveSuctionHead).
Paraaperfeitacompreensãodomesmo,torna-senecessáriorevermosalgunsconceitosjá
estudadosanteriormente.
103
4.1 CAVITAÇÃO/NPSH
Uma definição simples de cavitação e NPSH, seria: uma intensa formação de bolhas de
vapornazonadebaixapressãodabombaeposteriorcolapsodestasbolhasnaregiãode
altapressão e NPSH é a pressão mínima em termos absolutos, emmetros de coluna de
água,acimadapressãodevapordoproduto,afimdeevitaraformação destasbolhasde
vapor.
Vamosverestesdoisconceitosmaisdetalhadamente:
4.1.1 PRESSÃODEVAPOR
Pressãodevapordeumlíquidoaumadadatemperaturaéaquelaàqualolíquidocoexiste
emsuafaselíquidae vapor.
Numa mesmatemperatura, quandotivermos umapressão maior queapressão devapor,
haverá somente a fase líquida e quando tivermos uma pressão menor que a pressão de
vapor,haverá somenteafasevapor.
A pressão de vapor de um líquido cresce com o aumento da temperatura, assim, caso a
temperatura seja elevada até um ponto que a pressão de vapor iguale, por exemplo, a
pressão atmosférica, resultará na evaporação do líquido, ocorrendo o fenômeno da
ebulição.
Atabelaaseguir,mostraapressãodevapor emfunçãodatemperatura,paraaágua.
Pressãode vapor
Temperatura 0C mm Hg 2 Pesoespecífico( kgf/dm3 )
kgf/cm
15 12.7 0,0174 0,999
20 17,4 0,0238 0,998
25 23,6 0,0322 0,997
30 31,5 0,0429 0,996
35 41,8 0,0572 0,994
40 54,9 0,0750 0,992
45 71,4 0,0974 0,990
50 92,0 0,1255 0,988
55 117,5 0,1602 0,986
60 148,8 0,2028 0,983
65 186,9 0,2547 0,981
70 233,1 0,3175 0,978
75 288,5 0,3929 0,975
80 354,6 0,4828 0,972
85 433,0 0,5894 0,969
90 525,4 0,7149 0,965
95 633,7 0,8620 0,962
100 760,0 1,0333 0,958
105 906,0 1,2320 0,955
110 1075,0 1,4609 0,951
115 1269,0 1,7260 0,947
120 1491,0 2,0270 0,943
105
4.1.2 OFENÔMENODACAVITAÇÃO
106
Umoutroaspectoquemereceatençãoéque,tendoemvistaocarátercíclicodofenômeno,
asaçõesmecânicasrepetidasnamesma região metálicaocasionamumaumentolocalde
o
temperatura deaté800 C.
4.1.3 CONSEQÜÊNCIASDACAVITAÇÃO
107
4.1.4 EXEMPLO DEUMROTOR “ CAVITADO”
108
4.1.5 CAVITAÇÃO,EROSÃOECORROSÃO
É comum existir uma certa confusão entre estes processos de deterioração dos
componentes de uma bomba.Éinteressanteanalisar os componentes deteriorados para
posterior identificaçãodesuascausasesolução de tal problema,visto queoscuidados a
serem tomados quando uma bomba esta em regime de cavitação são diferentes dos
cuidados a seremtomados quandoumabombaestasofrendo por exemplo, corrosãopor
abrasão.Adeterioração do material devidoacavitaçãonadatema ver com os desgastes
provenientes de erosão ou corrosão. Como sabemos, a erosão decorre da ação das
partículas sólidas em suspensão sendo deslocadas com velocidade. Por outro lado,
corrosãoembombasdecorrenormalmentedaincompatibilidadedomaterialcomolíquido,
propiciando reação química destrutiva, ou da utilização de materiais muito afastados da
tabela de potencial, em presença de um líquido que aja como eletrólito, propiciando a
oportunidadeparaumareaçãogalvânica.Nãoobstante,nadaimpedequeestesfenômenos
coexistamemumdeterminadosistema,acelerandooprocessodedeterioraçãodomaterial.
4.2 NPSH(NETPOSITIVESUCTIONHEAD)
UmdosmaispolêmicostermosassociadoscombombaséoNPSH.Acompreensãodeste
conceito éessencialparaacorretaseleçãodeumabomba.
A fim de caracterizar as condições para que ocorra boa "aspiração", foi introduzida na
terminologiadeinstalaçõesdebombeamentoanoçãodeNPSH.Estagrandezarepresenta
adisponibilidadedeenergiacomqueolíquidopenetranabocadeentradadabomba.
OtermoNPSHéumtermoencontradoempublicaçõesnalingainglesa.Empublicaçõesem
váriosidiomas,conservou-seadesignaçãoNPSH,emboraalgunsautoresutilizemotermo
APLS"AlturaPositivaLíquidadeSucção"ou "AlturadeSucçãoAbsoluta".
4.2.1 NPSHDISPONÍVEL
109
ONPSHdisponívelpodesercalculadoatravésdeduasfórmulas:
-NPSHdisponívelnafasedeprojeto
2
Prs pressãonoreservatório de sucção (kgf/cm )
2
Patm pressãoatmosféricalocal(kgf/cm )
pv 2
pressãodevapordolíquidonatemperatura debombeamento (kgf/cm )
Hgeos alturageométricadesucção(positivaou negativa) (m)
Hp perdasde carganasucção(m)
3
pesoespecífico do fluido na temperaturadebombeamento(kgf/dm)
10 fatorpara acertodeunidades
-NPSHdisponívelnafasedeoperação
2
Ps pressão n o flangedesucção(kgf/cm )
2
Patm pressãoatmosféricalocal(kgf/cm )
2
pv pressãodevapordolíquidonatemperatura debombeamento (kgf/cm )
vs velocidade dofluxono flange desucção(m/s)
3
pesoespecífico dofluido na temperatura de bombeamento(kgf/dm )
Zs distância entreaslinhasdecentrodabombaedomanômetro (m)
2
g aceleração dagravidade (m/s )
10 constante para acerto deunidaddes
4.2.2 NPSHREQUERIDO
110
pressãodevapordestelíquido,natemperaturadebombeamento,referidaàlinhadecentro
dabomba.Portanto, o fimpráticodoNPSHéimporlimitações às condiçõesdesucçãoda
bomba, de modo a manter a pressão na entrada do rotor acima da pressão de vapor do
líquido bombeado. A pressão mais baixa ocorre na entrada do rotor, portanto, se
mantivermos a pressão na entrada do rotor superior à pressão de vapor, não teremos
vaporização na entrada da bomba e evitaremos assim o fenômeno da cavitação. O
fabricantedefine,destemodo,aslimitaçõesdesucçãodeumabombamedianteacurvade
NPSHrequerido.
ParadefiniçãodoNPSHrequeridodeumabomba,éutilizadocomocritérioaocorrênciade
uma queda de 3% na altura manométrica para uma determinada vazão. Este critério é
adotadopeloHydraulicInstituteStandardseAmericanPetroleumInstitute(API610).
Desde que a energia disponível iguale ou exceda os valores de NPSH requerido, não
haverá vaporizaçãodolíquido,oqueevitará a cavitação e asrespectivasconseqüências;
destemodo,abombadeveserselecionadaobservandoaseguinterelação:
NPSHdisponível NPSHrequerido
Utiliza-senaprática,queamargementreoNPSHreqeoNPSHdisp,deveser nomínimode
10a15%, porémnãoinferiorque0,5m.
Assim sendo, para aplicação prática, os valores de NPSH requerido informados pelo
fabricante,sãobaseadosnoseguinte:
4.3 LINHASDEREFERÊNCIAPARAMEDIÇÕESHIDRÁULICAS
111
parabombahorizontais:
linhadecentrodoeixodabomba
parabombas verticaisdeduplasucção:
centroderecalquedorotor
112
4.4 REPRESENTAÇÃO GRÁFICADO NPSH REQUERIDO
Q = Q1 = const.
H H
NPSH
semqueda
H1
AH AH
Q1 Q NPSH
NPSH cavitaçãototal
NPSH
NPSH semqueda
NPSH com3%dequeda
NPSH cavitaçãototal
113
4.5 FATORESQUEMODIFICAMONPSHDISPONÍVEL
Comovimosanteriormente,nota-sequequantomaiorforovalordoNPSHdisponívelnuma
instalação,maisafastadooperigodabombaentraremregimedecavitação.Sendoassim,
para obtermos valores elevados de NPSH disponível, devemos considerar os seguintes
critérios:
4.6 FATORESQUEMODIFICAMONPSHREQUERIDO
Seporumlado,busca-seaumentarovalordoNPSHdisponívelnumainstalação,poroutro,
busca-se diminuir o valor do NPSH requerido. Naturalmente, este é o objetivo dos
fabricantes,maséinteressanteousuárioteralgumanoçãodoassunto.
Diminui-seovalordoNPSHrequeridoatravésdasseguintesmaneiras:
114
- redução das velocidadesabsolutase relativas no olho dorotor, aumentando-se área de
entrada do rotor, solução não tão simples de ser obtida, pois existem outros cuidados a
seremtomados.
-variandoarotação,poisoNPSHrequeridovariacomoquadradodarotação.
-utilizaçãodeumindutor.Oindutornadamaisédoque umrotornormalmenteaxialoude
fluxomistocolocadonafrentedorotorconvencionaldeumabomba.Oprincipalobjetivodo
indutor é funcionar como auxiliar do rotor principal, reduzindo o NPSH requerido pela
bomba.
Exemplode indutor
NPSHreq
rotorsemindutor
rotorcomindutor
115
4.7 CÁLCULODONPSHREQUERIDOPARABOMBASETA
No caso das bombas KSB modelo ETA, as curvas características indicam o valor de Hs
(altura de sucção), com o qual podemos calcular o NPSH requerido através da fórmula
abaixo:
NPSHreq NPSH requerido(m)
Hs alturadesucção(obtidanacurva característica) (m)
vs 2
NPSHreq = 10 - Hs + 2g vs velocidadenoflangedesucção (m/s)
g aceleração dagravidade (m/s )
2
4.8 COEFICIENTEDECAVITAÇÃO/NÚMERODETHOMA
UmmétodoteóricoparaavaliaçãodoNPSHrequeridopodeserobtidoatravésdonúmero
deThoma( ),tambémconhecidocomocoeficienteou fatordecavitação.
NPSHreq
=
H
OnúmerodeThomaéobtidoatravésdegráficosemfunçãodarotaçãoespecífica(nq),que
podeserobtidaconformeindicado,comovimosnomódulo3.
nq = n Q
3/4
H
Este métodonãoéutilizadonaprática,poisobtemosapenasumvalordereferênciaparao
NPSH requerido. Somenteofabricantedabombapoderáfornecerindicaçõesprecisasdo
NPSHrequerido.
0,6
fatordeThoma
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,05
0,025
nq
50 100 200 300 400
116
4.9 VELOCIDADEESPECÍFICADESUCÇÃO
VimosanteriormentequeocoeficientedecavitaçãoounúmerodeThoma( )depende da
velocidadeespecíficadabomba.
Estabeleceu-se a dependência entre essas duas grandezas através de um parâmetro
denominadovelocidadeespecíficadesucção,representadopelaletraS.
S velocidadeespecífica de sucção
S = 365 n Q n rotação (rpm)
3/4
NPSHreq Q vazão(m 3/h)
4.10 NPSHPARAOUTROSLÍQUIDOS
Aexperiênciaeensaiostemreveladoqueasbombasquefuncionamcomáguaquenteou
com hidrocarbonetos líquidos não viscosos operam satisfatoriamente e com segurança
utilizando um valor de NPSH requerido inferior ao que normalmente exigiria se operasse
comáguafria.Estefatopermiteque,paraamaiorpartedoscasos,sepossautilizaracurva
doNPSHrequerido,fornecidopelofabricante,paraáguafria.
Caso sejanecessário,pode-sefazerareduçãodoNPSHrequerido,atravésdeumgráfico,
comoveremosaseguir.
OBS.:Ousodestegráficodeveobedecerasseguinteslimitações:
-nãoutilizarsehouverpresençadearougasesnãocondensáveisouseapressãoabsoluta
naentradadabombafortãobaixaquepermitaaliberaçãodenãocondensáveisdasolução;
-amáximareduçãopermissíveléde50%doNPSHrequeridoparaágua;
-nãoutilizareminstalaçõesquetenhamtendênciaamudançatransientesdetemperatura
oupressãonosistemadesucção;
117
-nocasodemisturadehidrocarbonetos,apressãodevapordeveserdeterminadaparao
produtoemquestãoenatemperaturarealdeoperação;
-nãoaplicarográficoparalíquidosoutrosqueáguaehidrocarbonetos.
500
400
300
10
200 8
7
150
6
5
100
4
3
50 2
40 1,5
30
1,0
20
15
0,5
10
5
4
2
1,5
1,0
0 50 100 150 200 250 300 400
0
TEMPERATURA - F
Exemplo: Uma bomba necessita de um NPSH de 16 ft, operando com água fria. Se a
0
mesmabombaoperarcompropanoatemperaturade55 F e quetempressãodevaporde
100psia,determinarqualonovovalordeNPSHrequerido.
0
Solução:Parapropanocomt=55 F, sobe-severticalmenteatépv= 100psia.Desteponto
sigaaolongodalinhainclinadaparaoladodireitodográfico,obtendoareduçãodeNPSH=
9,5pés.
118
Como é maior queametade do NPSHreqdaáguafria,ovalorquedeveráserreduzido é
50%deNPSHreqparaáguafria,ouseja,NPSHreq=8pés.
Então,NPSHreqreduzidoserá =16-8=8pés.
4.11 RECIRCULAÇÃOHIDRÁULICA
As bombas de porte médio e grande que possuam rotores largos e operam com vazões
reduzidas,podemficarsujeitasaoproblemadarecirculaçãohidráulica.
Esquemadeumrotorindicandorecirculaçãodolíquidoparabombaoperandocomvazões
reduzidas.
Quandoabombaoperanestacondições,partedofluidoqueentranorotor,retornaparaa
sucção.Asconseqüênciassão:
Para impedir que ocorram estes inconvenientes, deve-se controlar a descarga mínima
aceitável,recorrendo-seaumsistemadecontroledevazãomínima,comoporexemplo:
119
4.11.1 SISTEMADERECIRCULAÇÃOCONTÍNUA
ParaaCaldeira
RESERVATÓRIO Registro
OrifícioCalibrador
DE VálvuladeRetenção
SUCÇÃO
DrenoeLimpeza TubulaçãodeRecalque
TubulaçãodeSucção
4.11.2 VÁLVULADEVAZÃOMÍNIMA
Durante a operação com vazão reduzida, a válvula de vazão mínima abre um by-pass,
protegendodesta maneira a bomba. Durante a operaçãonormal,semprequea vazão for
maiorqueamínima,alinhade by-pass permanecefechada.
Existemválvulasnomercado,capazesderealizarautomaticamente,eemúnicoconjunto,a
mediçãodadescarga,aretençãodocontrafluxo(trabalhacomoumaválvuladeretenção),
areduçãodapressãonosistemaderecirculaçãoeocontroledarecirculação.
GUIA
DISCO
PROTEÇÃO
AMBIENTAL
VÁLVULA
REDUTORA
DE VÁLVULA
PRESSÃO DE
CONTROLE
120
4.12 MATERIAISRESISTENTESÀCAVITAÇÃO
Ensaiando-se diversas ligas e fixando o valor 1,0 como perda de material para o ferro
fundido, foram obtidas as graduações abaixo, na ordem crescente de resistência ao
desgasteporcavitação.
121
MÓDULO 5
Associação de Bombas
123
ÍNDICE
5 Introdução 127
5.1 Associação em paralelo 129
5.1.1 Associaçãodeduasbombasiguaisemparalelo 129
5.1.2 Associaçãodebombasiguaiscomcurvaestável 130
5.1.3 Associaçãodebombascomcurvasdiferentes e estáveis 132
5.1.4 Associaçãodebombasiguaiscomvariação daalturageométrica/estática 133
5.1.5 Associaçãodebombasiguaiscomcurvasinstáveis 134
5.2 Escolha donúmerodebombas 136
5.3 Precauções a serem tomadasemassociaçõesdebombasemparalelo 137
5.3.1 Vazão excessiva 137
5.3.2 Vazão reduzida 138
5.4 Associaçãodebombasemsérie 139
5.5 Bombas de váriosestágios 142
5.6 Conclusões 142
125
ASSOCIAÇÃO DEBOMBAS
5 INTRODUÇÃO
Asrazõesquenoslevamausaraassociaçãodebombassãováriasedenaturezadiversas,
porexemplo:
não existe uma bomba centrífuga que possa sozinha atender a vazão requerida; há
variação da vazão com o decorrer do tempo (aumento da população, por exemplo, no
período de alguns anos), neste caso é interessante instalar uma ou mais bombas e no
decorrer do tempo instalarmaisbombas;não há bomba queatendaaltura manométrica
requerida no projeto; há casos em que ocorre variação no consumo (abastecimento de
água) ou da vazão afluente (sistema de esgoto) no mesmo período (dia).As razões de
associação de bombas são, portanto de natureza técnico-comercial, variando desde a
impossibilidadedeumasóbombaatenderavazãooualturamanométricadoprojeto,oupor
diminuiçãodoscustosdeimplantação.
127
5.1 ASSOCIAÇÃOEMPARALELO
5.1.1 ASSOCIAÇÃODEDUASBOMBASIGUAISEMPARALELO
H
curvadosistema
A C
H1 H1A = AC
1
B
H1’
3
2bombas
emparalelo
1bomba
Q1 Q1 ’ Q2 Q
129
Paraexemplificar,tomemoscomoexemplooesquemadapaginaanterior,ondetemosduas
bombasiguaisoperandoemparalelo,recalcandoparaumalinhacomumquelevaolíquido
doreservatóriodesucçãoparaoreservatóriodedescarga.
Quandoasduasbombasestãooperando,avazãonosistema é Q2 e cadabombarecalca
umavazão Q 1,detalformaque Q2 = 2Q 1.
Nota-seaindaqueasduasbombasoperarãocomumaalturamanométricatotal H1.
Assim,doexemploapresentado,podemostiraralgumasconclusões:
1) a vazão total do sistema é menor que a soma das vazões das bombas operando
isoladamente;
3)seumadasbombassairdefuncionamento(porrazões,comoporexemplo,manutenção,
motivos operacionais, etc), a unidade que continua operando passará do ponto A para o
ponto B.
Relembramosque:
5.1.2 ASSOCIAÇÃODEBOMBASIGUAISCOMCURVAESTÁVEL
Tomemos um exemplo com três bombas iguais de curvas estáveis, conforme a próxima
figura:
130
HH Curvadosistema
H3 3
A B 2' C 2 D
H2 2
1
H1
1 3bombas
2bombas
1bomba
Q’3 Q’2 Q1 Q 2 Q3 Q Q
P
Operação comtrêsbombas iguaisem paralelo
Avazãototalqueastrêsbombasrecalcarãoserá:
Podemostiraralgumasconclusõesdessaassociação:
1 ) A B = B C = C D = Q3 / 3
2)Q1 =vazãodeumasóbombaoperandonosistema;
3)Q’2 =vazãodecadabombacomduasoperandonosistema;
4)Q’3 =vazãodecadabombacomastrêsoperandonosistema;
5) Q 1 >Q’2 >Q’ 3
131
Para se relacionar n bombasqueirãooperaremparalelo bombeando a vazãototaleuma
alturamanométricatotal,abombadeveráserselecionadapara:
Qtotal
Qbomba = e Hbomba = Hmanométricatotal
n
Observamosquequantomaisbombasoperamemparalelo,maisaesquerdado pontode
melhorrendimento(pontodeprojeto)abombairáoperar.
A operaçãoemumpontomuitoaesquerdadopontodeprojetotrazsériosinconvenientes,
comoporexemplo:
-vibração;
-recirculaçãohidráulica;
-aquecimento;
-esforçoselevadosnosmancais;
-etc.
5.1.3 ASSOCIAÇÃODEBOMBASCOMCURVASDIFERENTESEESTÁVEIS
Duasoumaisbombasdiferentespodemtrabalharemparalelo.
Obomfuncionamentodasbombassópodeser verificadopormeiodaconstruçãográfica
daassociaçãodascurvas.
Vejamospor exemploapróxima figura:
bomba 1
bomba 2
H
132
Traçandoacurvadaassociaçãodoesquemaanterior,teremos:
H Bombasdiferentescomcurvasestáveis
H2
H1
A Curvadosistema
B C D
bomba1
bomba1+2
bomba2
Q2 Q1 Q
1+ 2 Q
Notemosque:AB+AC=AD,istoé,Q 2 + Q1 = Q 1 + 2
Assim,abomba1sórecalcaráparaalturasmanométricasmenoresqueH1 .
Hgeomáx Hgeomín
133
Traçandoacurvadaassociaçãodoesquemaanterior,teremos:
HH
sistema1
A B C sistema 2
1' E
D
Hgeomáx 3
F 2bombas
emparalelo
bomba1=bomba2
Hgeomín
QB QD QF QC QE
H Q
Nestesistema,tem-sequatropontosdefuncionamento: C, D, E e F, respectivamente.
Umabombafuncionandocomonívelmínimoemáximodosreservatórios,pontos D e F e
duasbombas funcionando em paralelo com o nível mínimo e máximodosreservatórios,
pontos Ce E.
Doispontosprincipalmente,deverãoseranalisados,ouseja,ospontos F e B.
NopontoB :Pontodefuncionamentoporbomba,quandoambasestãoemparalelocomo
alturageométricamáxima.Deve-severificarparaqueasbombasnãotrabalhemcomvazão
reduzida.
Deve ser verificado o NPSHdisp para a operação com o nível mínimo no reservatório de
sucção, quandoumabombatrabalha isoladamente, considerando-seasváriasformasde
operação.
5.1.5 ASSOCIAÇÃODEBOMBASIGUAISCOMCURVASINSTÁVEIS
134
Traçando a curva da associação de duas bombas iguais com curvas características
instáveis,teremos:
3
H H3
x
1
H1 1´
2
H2
Q 3 Q1' Q2 Q1 Q
Analisandoprimeiramenteosistema1:
Teremosparaestesistema,doispontosdetrabalho:
Analisandoosistema2:
Devidotambémainstabilidadedestascurvas,recomenda-seque:
-nofuncionamentoemparalelo,aalturatotaldeveráserinferioraalturacorrespondentea
vazãonula;
- na partida de uma das bombas, a outra deverá estar operando com uma altura
manométrica total inferior a altura manométrica total correspondente a vazão nula. No
mesmoexemplo,acurvadosistema1acataestasrecomendações.
135
5.2 ESCOLHADONÚMERODEBOMBAS
Esseéumproblemaqueseacentuaquandoestáseassociandobombas emparalelo, ou
seja:
-Quantomaisbombasemparalelotivermosassociadas,teremos:
Vantagem
-maiorflexibilidadedosistema,tantonaoperaçãoquantonaimplantação.
Desvantagem
-maisunidadesaseremmantidas;motoressuper-dimensionadosemrelaçãoaopontode
operação, causando problemas com o fator de potência ( cos );espaço de instalação
maior,aumentandooscustosdeconstrução.
Outrosfatoresdeverãoaindaserconsiderados:
- o número excessivo de bombas em paralelo faz com que cada uma opere muito a
esquerdadoseupontodeprojeto, trazendo com istotodos osinconvenientesinerentes a
estefato.
Vamosanalisaraassociaçãode7(sete)bombasemparalelo:
(m)
( l/s )
( l/s )
136
Pelacurvadaassociaçãoanterior,devemosnotaroseguinte:
-quando umabombaestaemoperação,teremosumavazãode140l/s.
- quandoadicionamosumasegunda bombaaosistema,teremosumavazãode 250 l/s e
nãoumavazãode140l/sx2=280l/s,queeraaesperada.
-aoadicionarmosumaterceirabombaaosistema,avazãoresultantepassaaserde310l/s.
-quandoassetebombasestiverememoperação,teremosumavazãofinalemtornode380
l/senão140l/sx7=980l/s.
Podemostiraralgumasconclusões,porexemplo:
A cada bomba que entra no sistema, cada uma passa a operar mais a esquerda do seu
ponto de projeto, podemos verificar pela curva da figura que uma bomba operando no
sistemaforneceumavazãode140l/s.
Quandoasseteestãoemoperação,cadaumapassaafornecerindividualmenteumavazão
emtornode50l/s.
5.3.1 VAZÃOEXCESSIVA
Comabombaoperandoemvazãoexcessiva,poderãoocorrerosseguintesproblemas:
-ONPSHdisponíveléinsuficiente,istoé,oNPSHrequeridopassaasermaiorqueoNPSH
disponível,nessascondições,abombapoderáentraremregimedecavitação;
137
-aeficiênciadabombacai;
-aparecemesforçosradiaiselevadossobreoeixodabomba;
-háumaumentodapotênciaconsumida,aqualemmuitoscasos podesuperarapotência
normaldomotorelétricodimensionado.
Assim,deve-seselecionaroconjuntomoto-bombadetalformaque,quandoelepassaraser
operadoisoladamentenosistema,nãohajaproblemascomoNPSHenemcomapotência
consumida. Esses problemas de vazão excessiva são comuns nas captações de água,
quandoexisteumavariaçãodoníveldoreservatóriooudorio.
Avazãoexcessivapodesercontroladapelaválvuladedescarga.Comasaídadasdemais
bombasqueestãooperandoemparalelo,fecham-separcialmente,asválvulasdedescarga
dasdemais,comoquesecriamperdaslocalizadas,queobrigamcadabombaaoperarcom
avazãoquenãosobrecarregueoseumotornemocorracavitação.
5.3.2 VAZÃOREDUZIDA
-baixaeficiênciadabomba;
-esforçosradiaisexcessivos;
-aquecimentodolíquidobombeado.
138
Bombas de porte médio e grande, que possuam rotores largos e operam com vazões
reduzidas, podem ficar sujeitas aoproblema de recirculação hidráulica. (assunto visto no
módulo4)
Asconseqüênciassão:ruídosexcessivos,vibraçõessemelhantesàcavitação(sóqueestas
ocorrem comvazãoexcessiva).
5.4 ASSOCIAÇÃODEBOMBASEMSÉRIE
Em algumas aplicações, como por exemplo, por condições topográficas ou por qualquer
outro motivo, um sistema poderá exigir grandes alturas manométricas, que em alguns
casos,podeexcederàsfaixasdeoperaçãodebombasdesimplesestágio.
Nestescasos,umadassoluçõeséaassociaçãodebombasemsérie.
Esquematicamente,aassociaçãodebombasemsérie seapresentadaseguinteforma:
É fácil notar, que o líquido passará pela primeira bomba, receberá uma certa energia de
pressão,entraránasegundabomba, ondehaveráumnovoacréscimodeenergiaafimde
queomesmoatinjaascondiçõessolicitadas.
Também fica claro que a vazão que sai da primeira bomba é a mesma que entra na
segunda,sendoportantoavazãoemumaassociaçãodebombasemsérie,constante.
139
Para se obter a curva característica resultante de duas bombas em série, iguais ou
diferentes, basta somar as alturas manométricas totais, correspondentes aos mesmos
valoresdevazão,emcadabomba.
Porexemplo,verifiquemosaassociaçãodeduasbombasiguaisassociadasemsérie:
H
2H
2 H1
2H2
2H 3
H
H1
H2 w
H3
Q Q1 Q2 Q3 Q
140
Analisemosagora,duasbombasdiferentesassociadasemsérie:
H
H
H + H´
H1 + H`1
H2 + H`2
H`
H`1
H`2 w
H
H1
H2
1 2 3 Q
Entreosarranjospossíveisdeinstalaçãodebombasemsérie,podemoster:
1)motorcomduaspontasdeeixo,montadoentreasbombas.Paraamaioriadasbombas,
istonãoépossíveldeserrealizado,devidoainversão dosentidoderotaçãoparaumadas
bombas.
2)motornormalacionandoduasbombas,sendoaintermediáriacomduaspontas deeixo(
a bomba intermediária deve ter eixo passante e ser capaz de transmitir torque às duas
bombas).
3)doismotoresacionandocadauma a suaprópriabomba.
141
5.5 BOMBASDEVÁRIOSESTÁGIOS
Umexemplocomumdebombasoperandoemsérieéodebombas deváriosestágios.
Tudo se passa como se cada estágio fosse uma bomba isolada. A vazão é a mesmaem
cadaestágioeasalturasmanométricasvãosesomandoàsanteriores.
Bombadeeixohorizontaldemúltiplos estágios
5.6 CONCLUSÕES
Pelo expostonestecapítulo,devemoslevaremconsideraçãoquandoassociamosbombas
emsérieouemparalelo,oseguinte:
-selecionarbombasdemodoqueaalturamanométricafinaldosistemanuncaultrapassea
alturacorrespondenteavazãozero,dequalquerumadasbombasassociadasemparalelo;
142
-selecionarbombasondeoNPSHdisponívelsejasempremaiorqueoNPSHrequerido;
-selecionarmotoresdemodoaatendertodosospontosdetrabalhopossíveisnosistema;
-sempreteremmãosascurvascaracterísticasdasbombasaseremassociadaseacurva
característicadosistema,paraquepossamosanalisaroqueaconteceránestaassociação,
edessaforma,adquiriroequipamentoadequado.
143
MÓDULO 6
145
ÍNDICE
6 Introdução 149
6.1 Bombas 151
6.1.1 Formas deacionamento 151
6.2 Classificação das bombas 151
6.2.1 Bombascentrífugas 151
6.2.1.1 Classificação dabombascentrífugas 151
6.2.2 Bombasdedeslocamentopositivo 152
6.3 Bombas centrífugas-Classificação 154
6.3.1 Bomba centrífuga comrotor embalanço 155
6.3.2 Bomba centrífuga comrotor entre mancais 156
6.3.3 Bomba centrífuga tipo turbina(vertical) 157
6.4 Componentesdasbombascentrífugas e suasprincipaiscaracterísticas163
6.5 Rotor 165
6.5.1 Critériosparaa seleçãodetiposderotores 165
6.6 Corpo espiral (ou voluta) 169
6.6.1 Norma 171
6.6.2 Nomenclatura 171
6.6.3 Faceamento 171
6.6.4 Pressãonominal 172
6.6.5 Seleção 172
6.6.6 Tabelas 173
6.6.6.1 Tabela 1 - ANSI - Flangese contra-flanges 174
6.6.6.2 Tabela 2 - DIN-Flangesecontra-flanges 175
6.6.6.3 Tabela 3 - DIN-Flangesecontra-flanges(Pressõese medidas usuais(KSB) 176
0
6.6.6.4 Tabela 4 - ANSI-Pressão admissível (bar) x Temperatura ( C ) 177
0
6.6.6.5 Tabela 5 - DIN-Pressão admissível (bar) x Temperatura ( C ) 178
6.7 Difusor 179
6.8 Eixo 179
6.9 Luva protetoradoeixo 181
6.10 Aneisdedesgaste 182
6.11 Caixadeselagem 183
6.12 Gaxetas 183
6.12.1 Limitesdeaplicação 185
6.13 Selo mecânico 186
6.13.1 Selospadronizados 188
6.13.2 Selosmecânicos/Dispositivosauxiliares 189
6.13.3 a
Planosde selagem conforme norma API, 6 edição 190
6.13.4 Descrição dos planosdeselagem 191
6.14 Suportedemancal/Cavaletedemancal 192
6.15 Mancais 193
6.16 Forças 196
6.16.1 Forçaradial 196
6.16.2 Forçaaxial 198
6.16.2.1 Rotor de dupla sucção 199
6.16.2.2 Furosde alívionorotor/Anéisde desgaste 199
6.16.2.3 Palhetastraseiras 200
6.16.2.4 Arranjoderotores 200
6.16.2.5 Disco e contra-disco 201
6.16.2.6 Tambor oupistãodequilíbrio 201
6.16.2.7 Combinaçãopistão/discodeequilíbrio 202
6.17 Normas 203
147
BOMBAS: CLASSIFICAÇÃO, TIPOSCARACTERÍSTICASEPEÇASPRINCIPAIS
6 INTRODUÇÃO
149
6.1 BOMBAS
Bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que transferem energia ao fluido com a
finalidade de transportá-lo de um ponto a outro. Recebem energia de uma fonte motora
qualquer e cedempartedestaenergiaaofluidosob formadeenergia depressão, energia
cinética ou ambas, isto é, aumentam a pressão do líquido, a velocidade ou ambas as
grandezas.
6.1.1 FORMASDEACIONAMENTO
Asprincipaisformasdeacionamentosão:
-motoreselétricos(formamaisusual);
-motoresdecombustãointerna(porex.;Diesel,muitoutilizadoemsistemasdeirrigaçãoe
bombasdecombateaincêndio);
-turbinas(emsuagrandemaioria,turbinasavapor).
6.2 CLASSIFICAÇÃODASBOMBAS
Não existe uma terminologia homogênea sobre bombas, pois existe vários critérios para
designá-las;entretanto,poderemosclassificá-lasemduasgrandescategorias:
a)Bombas centrífugas(tambémchamadasTurbo-bombas);
b)Bombasvolumétricasoudedeslocamentopositivo
6.2.1 BOMBASCENTRÍFUGAS
Estetipodebombatemporprincípiodefuncionamentoatransferênciadeenergiamecânica
para o fluido a ser bombeado em forma de energia cinética. Por sua vez, esta energia
cinética é transformada em energia potencial ( energia de pressão ) sendo esta a sua
característica principal. O movimento rotacional de um rotor inserido em uma carcaça (
corpodabomba)éoorgãofuncionalresponsávelportaltransformação.
6.2.1.1 CLASSIFICAÇÃODASBOMBASCENTRÍFUGAS
151
a)RadiaisouPuras
Quandoadireçãodofluidobombeadoéperpendicularaoeixoderotação.
b)FluxomistoouSemi-Axial
Quandoadireçãodofluidobombeadoéinclinadaemrelaçãoaoeixoderotação.
c)FluxoAxial
Quandoadireçãodofluidobombeadoéparalelaemrelaçãoaoeixoderotação.
Axial
6.2.2 BOMBASDEDESLOCAMENTOPOSITIVO
Ao contrário das bombas centrífugas, este tipo de máquina tem por característica de
funcionamento a transferência direta da energia mecânica cedida pela fonte motora em
energiapotencial(energiadepressão).Estatransferênciaéobtidapelamovimentaçãode
umorgãomecânicodabomba,queobrigaofluidoaexecutaromesmomovimentodoqual
eleestáanimado.
Olíquido,sucessivamenteencheedepoiséexpulsodosespaçoscomvolumedeterminado
nointeriordabomba,dairesultandoonomedebombasvolumétricas.
152
Avariaçãodestesorgãosmecânicos(êmbolos,diafragma,engrenagens,parafusos,etc),
éresponsávelpelavariaçãonaclassificaçãodasbombasvolumétricasoudedeslocamento
positivo,asquaisdividem-seem:
a)Bombasdeêmbolooualternativas,
b)Bombasrotativas
A)BOMBASDEÊMBOLO
Nas bombas de êmbolo, o orgão que produz o movimento do fluido é um pistão que, em
movimentosalternativosaspiraeexpulsaofluidobombeadocomoédemonstradonafigura
abaixo:
1 - Válvuladeadmissão
2 - Válvuladedescarga
3 - Movimento deaspiração
4 - Movimento dedescarga
Princípiodefuncionamento:
Observaçõesgerais:
-adescargaatravésdabombaéintermitente;
-aspressõesvariamperiodicamenteemcadaciclo;
-estabombaécapazdefuncionarcomobombadevácuo,casonãohajafluidoaaspirar.
B)BOMBASROTATIVAS
153
A denominação genérica Bomba Rotativa, designa uma série de bombas volumétricas
comandadasporummovimentoderotação,daíaorigemdonome.
As bombas rotativas podem ser de parafusos (screw pumps), engrenagens, palhetas,
lóbulos,entreoutras,conformemostramasfigurasabaixo:
Bombadeengrenagens Bombadelóbulos
Bombadeparafusos Bombadepalhetas
Nestasbombas,quandoavelocidadeéconstante,adescargaeapressãosãopraticamente
constantes,emborarigorosamentefalando,hajamapenasflutuações.
6.3 BOMBASCENTRÍFUGAS-CLASSIFICAÇÃO
Asbombascentrífugassãogeralmenteclassificadasporsuaconfiguraçãomecânicageral.
As características mais importantes, as quais incluem virtualmente todas as bombas
centrífugassão:
154
6.3.1 BOMBACENTRÍFUGACOMROTOREMBALANÇO
Nestegrupodebombas,orotorourotores,sãomontados naextremidadeposteriordoeixo
deacionamentoque,porsuavez,éfixadoembalançosobreumsuportedemancais.
Estegrupodebombasésubdivididoembombasmonobloco,ondeoeixodeacionamento
da bomba é o próprio eixo do acionador e bombas não monobloco, onde o eixo de
acionamentodabomba édistintodoeixo doacionador.
Oacoplamentoentreeixosérealizadogeralmenteporluvaselásticas.
155
6.3.2 BOMBACENTRÍFUGACOMROTORENTREMANCAIS
Nestegrupodebombas,orotorourotoressãomontadosnumeixoapoiadopormancaisem
ambasasextremidadeseosmesmossituam-seentreeles.
Estegrupopodesersubdividido embombasdesimplesemúltiplosestágios.
156
6.3.3 BOMBACENTRÍFUGATIPOTURBINA(VERTICAIS)
DeacordocomoHydraulicInstitute,descreveremosaseguir,asub-divisãodaclassificação
anteriormentecitada:
sucção frontal
descarga vertical
bombas monobloco
emlinha
BOMBAS CENTRÍFUGAS
COM ROTOREM BALANÇO
em linha ( i n l i n e ) ;
com cavaleteou
suporte
bomba e motor
separado montadaemlinha
de centro ( A P I )
bombadepoçocom
espiral ( sump pump )
bipartidas radiais
simples estágio
bipartidasaxiais
BOMBAS CENTRÍFUGAS
COM ROTOR ENTRE MANCAIS
bipartidasradiais
múltiplos estágios
bipartidas axiais
parapoçosprofundos
verticais (incluindo submersíveis)
simples ou
tipobarril(Can)
múltiplos
BOMBAS CENTRÍFUGAS estágios
TIPOTURBINA
parahastescurtas
rotoresaxiais
oude
fluxomisto
157
Nasfigurasaseguir,veremosalgunstiposdebombas comsuaclassificaçãogeral:
158
Bomba centrífuga horizontal,
simples estágio, com rotorentre
mancais, rotor deduplasucção,
bipartidaaxialmente
159
Bomba centrífuga horizontal,
simplesestágio,comrotor
em balanço, montadaemlinha
de centro ( normaAPI )
160
Bomba centrífuga horizontal,
simplesestágio,comrotor
semi-axial em balanço
161
Bomba centrífuga horizontal,
múltiplosestágios, comrotores
entre mancais, bipartida axialmente.
162
6.4 COMPONENTES DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS E SUAS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
Osprincipaiscomponentesdasbombascentrífugassãoosseguintes:
-bombadesimplesestágio
tampa de p ressão
indicador n ível d e ó l eo
suportedemancal
tampadosuporte
demancal
eixo
rotor gaxeta
anelcadeado rolamento
corpo e spiral anel centrifugador
163
-bombademúltiplosestágios
corpodepressão luvadistanciadora
difusorde corpode
último estágio rotor sucção
anel tampade
centrifugador mancal
eixo
rolamento suportedemancal
corpo de luvaprotetora
estágio doeixo
luvadeestágio
164
6.5 ROTOR
Rotoréocomponentegiratório,dotadodepásquetemafunçãodetransformaraenergia
mecânicadequeédotadoemenergiadevelocidadeeenergiadepressão.
Emfunçãodavelocidadeespecíficadabomba,orotorpodeserdotiporadial,semi-axialou
axial(assuntoabordadonomódulo3)
6.5.1 CRITÉRIOSPARAASELEÇÃODETIPOSDEROTORES
Caldodecana:
165
Abaixo,mostramosalgunsexemplosderotores:
166
-Rotoresespeciais(paralíquidoscomgasesecontaminados)
-Rotoresperiféricos(paralíquidoslimpos,baixavazãoealtapressão)
rotor periférico
rotor estreladopara
bombadecanallateral
167
Paraadeterminaçãodomaterialconstrutivodosrotoresparabombascentrífugas,devemos
considerarosseguintesfatores,osquaisdevemserobservadosconjuntamente:
-corrosão/abrasão;
-velocidadeperiférica;
-cavitação.
A)Corrosão/abrasão
Neste caso devem ser observadas as características do líquido bombeado. Para isto,
existemtabelasquerecomendamqualomaterialdeconstruçãomaisadequadoemfunção
dolíquidobombeado. Porém,namaioriadasaplicações,aexperiênciadousuáriofinaléo
melhorindicadordaqualidadedomaterialaserespecificado,quantoassuaspropriedades
físico-químicas.
B)Velocidadeperiférica
Avelocidadeperiféricadeumrotorécalculadacombasenaseguintefórmula:
x Dx n
Vp =
60
onde:Vp=velocidadeperiférica(m/s);
D=diâmetrodorotor(m);
n = rotação(rpm).
Sãoosseguintesoslimitesdevelocidadeperiféricaparaosmateriaismaisusuais:
ASTMA48CL30 40m/s
ASTMA536 GR 60 40 8; SAE 40; SAE 65;A216WCB 60m/s
ASTMA743 CF8M;A743 CA 6NM; B148C955 80m/s
C)Cavitação
Alémdestasconsiderações,devemosverificarseomaterialdorotorsuporta,porexemplo,
altastemperaturasepressãodofluidobombeado;contaminação;etc.
168
6.6 CORPOESPIRAL(OUVOLUTA)
O corpo espiral é o responsável pela contenção do fluido bombeado bem como provê
oportunidadeparaaconversãodaenergiacinéticacontidanofluidoemenergiadepressão,
passofundamentalparaobombeamento.
Aespiralpropriamenteditaeobocalderecalquesãoseparados porumaparedechamada
línguadaespiral.
Existemasseguintesformasdecorposdebombas,comsimplesestágios:
-simplesespiral,
-duplaespiral,
-circular,
-mista.
Asduasprimeirasformassãoasmaisusuaiseconhecidas.
Dependendodaformadocorpo,aforçaradialatuante noconjuntogirantesealtera.
Vejamososprincipaistiposdecorpos:
169
Umaoutraclassificaçãodoscorposseriaquantoaoseuseccionamento,ouseja:
-corpobipartidoaxialmente;
-corpobipartidoradialmente.
corpobipartidoradialmente corpobipartidoaxialmente
Noquedizrespeitoaosbocaisdasbombas,sãoexecutadosdasseguintesformas:
Dentreasinúmerasnormasexistentes,destacam-seasnormasDIN(sistemamétrico)ea
normaANSI(sistemainglês).
170
6.6.1 NORMA
-ANSIB16.1:paraferro
-ANSIB16.5 :paraaço
-ANSIB16.24:parabronze
Edentrodecadanormasãodefinidasasdiversasclassesdepressãonominal(125#,150#,
etc),sendoqueasnormasabrangem,alémdosflanges,tambémcontraflanges,reduções,
flangescegos,etc,emdiversasvariantesdemateriais,execuções,acabamentos,etc.
AnormaDINéumanormatecnicamentemaissimples,comênfasenapartedimensional.
A principal diferença em relação à ANSI é que na norma DIN, cadatipo de flange e cada
classedepressãoapresentaumanormaprópria(dimensional),chegando-seamaisde40
normasdistintas.
Quanto a parte técnica, temos as normas DIN 2500, 2401, 2402, 2505, 2519, as quais
apresentam os mais diversos aspectos técnicos e são válidas para todas as normas
dimensionaismencionadas.
6.6.2 NOMENCLATURA
Ex.:Contra-flangetipoweldingneck,emCF8M,segundonormaANSIB16.5,300#RF.
DIN: Ex.:Contra-flangetipowelding-neck,emCF8MsegundonormaDIN2633,PN16.
6.6.3 FACEAMENTO
171
Os flanges DIN apresentam sempre um ressalto, sendo que os ANSI podem ser sem
ressalto(FF),oucomressalto(RF).
QuandodaconexãodeumflangeANSIdeferroouaço,comressalto(RF), aumflangede
bronze(FF),oressaltoRFdeveráserusinado.
6.6.4 PRESSÃONOMINAL
Ambasasnormasdefineminúmerasclassesdepressão,sendoestas,pressõesnominais.
Aspressõesdecrescemcomoaumentodatemperatura,conformeassinaladonas tabelas
4e5.
Éimportanteobservarqueasnormas:
ANSI -apressãonominalempsi,indicaapressãoadmissívelnoflangeaumatemperatura
bastantesuperioràambiente.
Atemperaturaambienteapressãoadmissívelémuitomaisaltaqueanominal.
6.6.5 SELEÇÃO
A)determinaçãodoflange
Nas tabelas1e2,estãoindicadososflangesmaisusuais,normalizadospelanormaANSIe
DINrespectivamente,emfunçãododiâmetronominal,classedepressão,materialetipode
flange.
(Notar que não existem contra-flanges Welding neck e slip on em ferro, definidos em
qualquernorma).
IMPORTANTE:
Inúmeros diâmetrosnominaisnãoestãodefinidosemváriasclassesdepressãonominal,e
conseqüentemente não existem. Neste caso, deve ser utilizado um flange de classe de
pressãosuperior,omaispróximodopretendido.
172
Nastabelas1e2bastaprocuraropróximopontonegrodefinidonacolunamaispróximaà
direita, dentrodamesmafamília.
Ex.:ETA50-20deCF8
Sucção:65mm,DIN2543,PN16
Recalque:50mm,DIN2545,PN40
(NotarqueapesardaETAserumabombadaclasse 10bar,seusflangesnestecaso,estão
definidosnasclasses16e40bar).
Demodoafacilitaraconsultaatabela2(DIN)nodiaadia,foielaboradaatabela3,limitada
aosdiâmetroseclassesdepressãousualmenteutilizados naKSB.
B)Verificaçãodapressãonominal
Nas tabelas 4 e 5, respectivamente para ANSI e DIN, deve ser verificada a pressão
admissívelnoflange,selecionado,emfunçãodatemperatura.
Ex.:CPKG50-315
Pressãofinal=12bar
0
Temperatura=100 C
Flanges:sucção80mm,ANSIB16.1125#FF
recalque50mm,ANSIB16.1250#RF
0
Notarqueseatemperaturafosseinferiora70 C,poderiaserutilizadoambososflangesem
125#FF.
Nocasoacima,devidoàpadronização,poderáserofertadoambososflangesem250#RF.
IMPORTANTE: Paragarantirumbomfuncionamentodabomba,nãopodemseraplicados
forças e/ou momentos da tubulação sobre os bocais da carcaça. Caso não possa ser
evitado,ofabricantedeveserconsultadosobreosvalores máximosadmissíveisdeforçase
momentosquepossamseraplicados.
6.6.6 TABELAS
173
6.6.6.1 ANSI - FLANGESECONTRA-FLANGES
-Flanges
-Flange -WeldingNeck -Flange
-Contraflange
DESCRIÇÃO -Slipon
- comrosca
-Flangecego -Com.rosca
-Flange cego
-Cego
NORMA
Pol. mm
½ 15
¾ 20
1 25
1¼ 32
1½ 40
2 50
2½ 65
3 80
3½ 90
4 100
5 125
6 150
8 200
10 250
12 300
14 350
16 400
18 450
20 500
24 600
30 750
36 900 OBS.:
42 1050 Osflangesslip-one
comroscanãodea-
48 1200 plicam a todos os
diâmetros das clas-
54 1350 ses 1500 e 2500 #.
60 1500
72 1800
84 2100
96 2400
Tabela1
174
6.6.6.2 DIN - FLANGESECONTRA-FLANGES
MATERIAL FERRO AÇO
CONTRAFLANGE C.F. CONTRAFLANGE
Descrição FLANGE FLANGE SLIP FLANGE CEGO
WELDINGNECK ON ROSCADO
Norma
DIN
Pressão
Nominal (PN)
10
15
20
25
32
40
50
65
80
100
125
150
(175)
200
250
300
350
400
(450)
500
600
700
800
900
1000
1200
1400
1600
1800
2000
2200
2400
2600
2800
3000
3200
3400
3600
3800
4000
Tabela2
175
6.6.6.3 DIN - FLANGESECONTRA-FLANGES - PRESSÕES E MEDIDAS USUAIS
(KSB)
Tabela3
176
0
6.6.6.4 ANSI - PRESSÃOADMISSÍVEL(BAR) X TEMPERATURAMÁXIMA( C )
NORMA B16.5
Pressão
150/10,5 300/21,0 400/28,1 600/42,1 900/63,2 1500/105,4 2500/175,7
Nominal
Material WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M WCB CF8 CF8M
-30/38 19,5 16,3 16,3 51,0 42,5 42,5 68,0 56,7 56,7 102,1 85,0 85,1 153,1 127,6 127,5 255,2 212,7 212,7 425,4 354,5 354,6
50 19,1 15,7 15,8 50,0 40,9 41,3 66,7 54,6 55,1 100,1 81,9 82,6 150,1 122,9 123,9 250,2 204,9 206,5 417,1 341,5 344,2
100 17,7 13,3 14,0 46,3 34,9 36,5 61,8 46,5 48,6 92,7 69,8 72,9 139,0 104,8 109,4 231,8 174,7 182,3 386,3 291,2 303,9
150 17,3 11,9 12,8 45,2 31,1 33,4 60,2 41,5 44,6 90,4 62,2 66,9 135,6 93,4 100,3 225,0 155,6 167,2 376,7 259,4 278,6
200 16,7 10,7 12,1 43,8 28,0 31,6 58,4 37,4 42,2 87,6 56,1 63,3 131,4 84,2 94,9 219,0 140,3 158,2 365,0 233,9 263,7
250 15,9 10,0 11,9 41,7 26,1 31,0 55,6 34,8 41,4 83,4 52,3 62,0 125,1 78,5 93,1 208,5 130,8 155,1 347,5 218,0 258,5
300 14,8 9,5 11,6 38,7 24,8 30,3 51,6 33,1 40,4 77,4 49,7 60,6 116,1 74,6 90,9 193,5 124,4 151,5 322,5 207,4 252,5
350 14,1 9,2 11,3 36,9 24,0 29,4 49,2 32,0 39,2 73,8 48,0 58,8 110,8 72,1 88,2 184,7 120,2 147,0 307,9 200,3 245,0
375 13,9 9,1 11,1 36,4 23,7 29,0 48,6 31,7 38,6 72,9 47,5 58,0 109,3 71,3 86,9 182,2 118,9 144,9 303,7 198,2 241,5
400 13,2 9,0 10,9 34,4 23,5 28,3 45,9 31,3 37,8 68,9 47,0 56,7 103,4 70,5 85,0 172,4 117,6 141,7 287,4 196,1 236,2
425 11,0 8,9 10,7 28,7 23,2 28,0 38,3 31,0 37,3 57,4 46,5 55,9 86,2 69,8 83,9 143,7 116,3 139,8 239,5 193,9 233,0
450 7,6 7,6 7,6 20,0 23,0 27,6 25,7 30,6 36,8 40,0 46,0 55,2 60,0 69,0 82,7 100,1 115,1 137,9 166,8 191,8 229,9
475 5,1 5,1 5,1 13,5 22,7 27,5 18,0 30,3 36,7 27,0 45,5 55,0 40,6 68,2 82,5 67,6 113,8 137,6 112,8 189,7 229,3
500 3,3 3,3 3,3 8,7 22,3 27,6 11,7 29,7 36,6 17,5 44,6 54,9 26,3 66,9 82,4 43,9 111,6 137,3 73,2 186,0 228,8
525 1,9 1,9 1,9 5,1 21,7 27,2 6,9 28,9 35,2 10,3 43,4 54,3 15,5 65,2 81,5 25,8 108,7 135,8 43,1 181,1 226,4
550 0,7 0,7 0,7 1,9 21,3 26,1 2,6 28,4 34,8 3,9 42,7 52,2 5,9 64,0 78,3 9,9 106,7 130,6 16,5 177,9 217,6
600 16,7 21,4 22,2 28,6 33,4 42,9 50,1 64,3 83,5 107,1 139,2 178,5
700 5,9 9,9 7,9 13,3 11,9 19,9 17,9 29,8 29,8 49,7 49,7 82,9
800 2,0 3,5 2,7 4,7 4,1 7,0 6,1 10,5 10,2 17,5 17,0 29,2
Diâmetro
Nominal 4-36 42-96 1-12 14-24 30-48 1-12 14-24 30-48 2-12
-30/65 3,1 1,7 12,3 10,5 10,5 28,1 21,1 21,1 56,3 15,8 35,2
90 2,7 1,7 11,6 9,5 8,0 26,0 19,7 17,6 14,7 32,7
110 2,4 1,7 10,9 9,1 7,0 25,0 19,0 15,8 14,4 31,3
120 2,0 1,7 10,5 8,8 5,9 23,9 18,3 14,0 13,7 29,9
135 1,7 1,7 10,2 8,4 4,5 22,8 17,6 12,3 13,3 28,8
150 9,8 7,7 3,5 21,8 16,9 10,5 12,6 27,4
Tabela4
Obs.:Outrosmateriais,videnormaANSIB16
177
0
6.6.6.5 DIN - PRESSÃOADMISSÍVEL(BAR) X TEMPERATURAMÁXIMA( C )
PRESSÃO TEMPERATURA °C
NOMINAL MATERIAL
(bar) 120 200 250 300 350 400
1 Geral 1 1 1 1
10 Geral 10 8 7 6
GG
GGG 16 13 11 10
BZ
16 CF
16
WCB 16 14 13 11 10 8
GG
BZ 25
CF
25 GGG 25 20 18 16
WCB 25 22 20 17 16 13
GG
GGG 40
BZ
40 CF
WCB 40 35 32 28 24 21
64 64 50 45 40 36 32
100 100 80 70 60 56 50
Tabela 5
Obs.:Outrosmateriais,videnormaDIN2401
178
6.7 DIFUSOR
Difusoressãousadosprincipalmenteembombasdemúltiplosestágioscomrotoresradiais,
assim comotambémembombasverticais comrotoressemi-axiaisouaxiais.Nesteúltimo
caso,odifusorassumetambémafunçãodecarcaça,sendoparteintegrantedamesma.
Difusores de bombas de múltiplos estágios são montados nos corpos de estágio sendo
fixadosaxialeradialmentevisandoinclusive,impedira ocorrênciadegirodosmesmos.
corpo
difusor
difusor corpodifusor
6.8 EIXO
O eixodeveserconstruídoemmaterialquesuporte as variaçõesdetemperatura,quando
para aplicações que envolvam líquidos quentes, bem como fadiga devido à cargas
aplicadasquesurgemduranteaoperação.
Tambémporquestõesdevidaútildoselomecânico,adeflexãodoeixonafacedacaixade
gaxetas não deve ser superior a limites definidos em normas e recomendações dos
fabricantesdeselosmecânicos.
179
O ponto mais importante a considerar no projeto de eixos é a velocidade crítica, que é a
rotação naqualumpequeno desbalanceamento noeixoounorotorsãoampliadosdetal
forma,sobaformadeumaforçacentrífuga,queprovocadeflexãoevibração.Amaisbaixa
velocidadecríticaéachamadadeprimeiracrítica,aseguintedesegundacríticaeassimpor
diante.
Quandoabombaoperaacimadaprimeiravelocidadecrítica,diz-sequeo eixoéflexívele
quandooperaabaixo,diz-sequeoeixoérígido.
Oeixotantopodeserprojetadoparatrabalharcomoflexívelourígido,desdequenoprimeiro
casoavelocidade críticasejade 60a75%davelocidadedetrabalhoenosegundo,deno
mínimo,20%acima.Geralmenteasbombastrabalhamabaixodavelocidadecrítica.
Eixossuportadosnosdoisextremos,quepossuemorotornocentro,temodiâmetromáximo
no local de montagem do rotor. Eixos de bombas com rotor em balanço tem o diâmetro
máximoentreosrolamentos.Apontadoeixoéprojetadapararesistiraomáximotorqueque
podeocorreremtrabalho.
eixo de umabomba
com rotor em balanço
eixo de umabomba
com rotor entremancais
180
Dependendodotipodeprojetodabomba,estespossuemeixosvedadosounãovedados.
Naseleçãodomaterialdoeixo,deveserconsideradoque,paralíquidoscorrosivos,oseixos
nãovedados devem serconstruídosem materiaisresistentesà corrosão;porém,os eixos
vedados podem ser fornecidos em aço carbono e luva protetora do eixo com material
resistenteacorrosão.
6.9 LUVAPROTETORADOEIXO
Aluvaprotetoradoeixotemafunçãodeprotegeroeixocontracorrosão,erosãoedesgaste,
causado pelo líquido bombeado. Além disso, deve proteger o eixo na região do
engaxetamento,contraodesgastecausadopelasgaxetas.
A luva protetora gira com o eixo e geralmente é fixada de forma axial, por chavetas ou
rosqueadasnoeixo.
181
6.10 ANÉISDEDESGASTE
Sãopeçasmontadassónacarcaça(estacionário),sónorotor(girante)ouemambos,eque
mediante pequena folgaoperacional,fazemaseparação entreregiões onde imperam as
pressões de descarga e sucção, impedindo assim um retorno exagerado de líquido da
descargaparaasucção.
Os anéis são peças de pequeno custo e que evitam o desgaste e a necessidade de
substituiçãodepeçasmaiscaras,comoporexemploorotoreacarcaça.
Bombasseriadasemserviçoslevesnãopossuemanéisdedesgaste.Aprópriacarcaçaeo
rotorpossuemsuperfíciesajustadasdetalformaqueafolgaentreestaspeçasépequena.
Quandoafolgaaumenta,pode-sereusinarorotorouacarcaçaecolocaranéis,refazendo
assimasfolgasoriginais.
Embombas de maior porte tanto a carcaçae/ourotorpodemser providoscomanéisde
desgaste. Os anéis são substituidosquandoa folgadiametral excede oslimitesdefinidos
nosmanuaisdeserviçodofabricante.Deve-seressaltarque,conformeseaumentaafolga
diametral dos anéis de desgaste, nota-se uma redução na eficiência da bomba, ou seja,
aumentaoretornodelíquidodadescargaparaasucçãodabomba,achamadarecirculação
hidráulica.
182
No bombeamento de líquidos com abrasivos em suspensão, as bombas poderão ser
dotadas de placas de desgaste com dispositivo de lavagem com líquido limpo de fonte
externa.
A montagem dos anéis de desgaste e sua fixação no local pode ser feita por pinos,
montagem por interferência, fixação por parafusos ou solda, dependendo do projeto da
bomba.Algumasnormasdeconstruçãoindicamque,alémdainterferência,énecessáriaa
fixação por solda; isto geralmente ocorre em aplicações com fluidos onde altas
temperaturasestãoenvolvidas,paraevitarqueadilataçãosolteoanel.
6.11 CAIXADESELAGEM
-gaxetas
-selomecânico.
6.12 GAXETAS
Podemosdefinirgaxetascomoummaterialdeformável,utilizadoparapreveniroucontrolar
apassagemdefluidosentreduassuperfíciesquepossuammovimentos,umaemrelaçãoa
outra
Gaxetas são construídas de fios trançados de fibras vegetais ( juta,rami,algodão),fibras
minerais (amianto) ou fibras sintéticas. De acordo com o fluido a ser bombeado,
temperatura,pressão,ataquequímico,etc,determina-seumououtrotipodegaxeta.
Parabombasdeserviçosgerais,acaixadegaxetasusualmentetemaformadeumacaixa
cilíndrica que acomoda um certo número deanéis de gaxeta em volta d o e i x o o u d a l u v a
protetoradoeixo.
Agaxetaécomprimidaparadaroajustedesejadonoeixoounaluvaprotetoradoeixopor
um aperta gaxetas que se desloca na direção axial. Vedações de eixo por gaxetas
necessitamdeumpequenovazamentoparagarantiralubrificaçãoearefrigeraçãonaárea
deatritodasgaxetascomoeixooucomaluvaprotetoradoeixo.
183
Geralmente entre os anéis de gaxetas, faz-se a utilização de um anel cadeado ou anel
lanterna.Suautilizaçãosefaznecessária,quandoporexemploolíquidobombeadocontiver
sólidosem suspensão, quepoderão seacumulareimpedir a livrepassagem de líquido e
impedindoalubrificação da gaxeta. Comisto,ocorreráodesgasteexcessivonoeixo e na
gaxetaporesmerilhamento.Estesistemaconsistenainjeçãodeumlíquido limponacaixa
de gaxetas. Este líquido chega até os anéis de gaxetas através de um anel perfurado
chamadodeanelcadeado.Estelíquidopodeseroprópriofluidobombeadoinjetadosobreo
anelcadeadopormeiodefuraçõesinternasoupormeiodeumaderivaçãoretiradadaboca
dedescargadabomba.
O anelcadeadopodetambémserutilizadoquandoapressão internanacaixadegaxetasé
inferior a atmosférica,impedindoassimaentradadearnabomba.
Aposiçãodoanelcadeadonoengaxetamentoédefinidaduranteoprojetodabombapelo
fabricante.
Ainjeçãodelíquidodefonteexternaésemprenecessárionasseguintescondições:
-aalturadesucçãoémaiorque4,5m;
2
-apressãodedescargaéinferiora0,7kgf/cm
-quandoolíquidobombeadocontiverareia,sólidosemsuspensãooumateriaisabrasivos;
-embombasdecondensadoquesuccionamdiretodocondensador.
Oengaxetamentoéumdispositivodereduçãodepressão.Oengaxetamentodeveser de
materialfacilmente moldável e plástico que possa ser convenientementeajustado, porém
deveresistiraocaloreaoatritocomoeixooualuvaprotetoradoeixo.
Atabeladapáginaseguinte mostraosdiversostiposdegaxetasesuasaplicações:
184
-amiantografitado;
-amiantotrançadocomfiosmetálicosantifricção,impregnadoegrafitado;
-amiantodealtaresistênciaeflexibilidade,impregnadocomcompostoespecialeacabado
comgrafite;
-amiantoimpregnadocomteflonelubrificado,nãografitado;
-teflonpurotrançadoemfilamentoselubrificado,nãografitado;
-grafitepuro.
2
A vedação do eixo por engaxetamento só pode ser feitapara pressões até 15 kgf/cm na
entradadacaixadegaxeta.Parapressõesmaiores,devemserutilizadosselosmecânicos.
Quandoolíquidobombeadoforinflamável,corrosivo,explosivo,tóxicoouquandoéexigido
quevazamentosnãosejampermitidos,énecessárioousodeselosmecânicos.
6.12.1 LIMITESDEAPLICAÇÃO
Líquidos corrosivosem
a mianto
teflonado 150 15 10 2-13 geral,ácidosfracos,
produtos químicos
Líquidosextremamente
teflon 200 10 10 0-14 corrosivos, ácidos
fortes
185
6.13 SELOMECÂNICO
Quandoolíquidobombeadonãopodevazarparaomeioexternodabomba,porummotivo
qualquer (líquido inflamável, tóxico, corrosivo, mau cheiroso ou quando não se deseja
vazamentos)utiliza-seumoutrosistemadeselagemchamadodeselomecânico.
Embora osselosmecânicospossamdiferiremváriosaspectosfísicos,todostemomesmo
princípio de funcionamento. As superfícies de selagem são localizadas em um plano
perpendicular ao eixo e usualmente consistem em duas partes adjacentes e altamente
polidas;umasuperfícieligadaaoeixoeaoutraàparteestacionáriadabomba.
Estassuperfíciesaltamentepolidassãomantidasemcontatocontínuopormolas,formando
um filme líquido entre as partes rotativas e estacionárias com muito pequena perdas por
atrito. O vazamento é praticamente nulo quando o selo é novo. Com o uso prolongado,
algumvazamentopodeocorrer,obrigandoasubstituiçãodosselos.
Osselosmecânicospodemserdedoistipos:
- Selosdemontageminterna:Nelesoanelrotativo,ligadoaoeixo,ficanointerior dacaixa
eemcontatocomolíquidobombeado.
- Selosdemontagemexterna:Oelementoligadoaoeixoseachanoladoexternodacaixa.
Emambosostiposdemontagem,aselagemserealizaemtrêslocais:
A) entre o anel estacionário e a carcaça. Para conseguir esta selagem, usa-se umajunta
comumouochamado“anelemO”(O’ring).
B)Entreoanelrotativoeoeixooualuva protetoradoeixo,quandousada.Empregam-se
O’rings,folesoucunhas.
C)Entreassuperfíciesdecontatocomelementosdeselagem.Apressãomantidaentreas
superfíciesasseguramomínimodesejáveldevazamento.
186
Quandoolíquidoabombearéinflamável,tóxico,portantonãodevendoescapardabomba,
ouquandoolíquidoécorrosivo,abrasivoouseencontraa temperaturasmuitoelevadasou
muitobaixas,utiliza-seselomecânicoduplo,noqualserealiza aselagemlíquidacomágua
limpa.
Existemselosmecânicosbalanceadosenãobalanceados.
Nos não balanceados, utilizados para fluidos com propriedades lubrificantes, iguais ou
2
melhores que os da gasolina e pressões de até 10 kgf/cm , a pressão de uma mola e a
pressãohidráulicaatuamnoselonosentidodejuntarassuperfíciesdecontato.
Selo mecânicodemolasmúltiplas
nãobalanceado
187
Os selos mecânicos balanceados são utilizados para condições mais severas, no qual a
forçadefechamento é atenuada pela existência de um degraunasedeestacionária.Por
outroladodevemos observar queosselosbalanceadosnãosãonormalmente aplicáveis
2
parapressõesinternasnacaixadeselagemmenoresque4kgf/cm,poisapressãointerna
de fechamento seriatãoreduzidaque poderia nãosersuficiente para prover o adequado
fechamentoeselagemdasfacesrotativaeestacionária.
pressãona
caixadeselagem
Selo mecânicodemolasmúltiplas
balanceado
6.13.1 SELOSPADRONIZADOS
São selos compactos de menor custo e aplicáveis a serviços leves. Normalmente são
fabricadoscomoumaunidadedeselagem.Assimsendo,seumdoscomponentesfalha,é
usualsubstituiroconjunto.Geralmentesãoselosutilizadosembombasmonobloco.
Exemplodeselomecânicodemontagemexterna
pressãona
caixadeselagem
188
6.13.2 SELOSMECÂNICOS/DISPOSITIVOSAUXILIARES
- Refrigeraçãodasedeestacionária :feitasimilarmenteaoesquemaanterior.
-Lubrificaçãodasfacesdeselagem: nestecasoolubrificanteatingeasfacesdeselagem
atravésdeorifíciosexistentesnasobrepostaenasedeestacionária.
-Lavagemlíquida(flushing):consistebasicamenteeminjetarumlíquidodeformaaatingir
asfacesdeselagem.Olíquidopodeserdaprópriadescargadabombaoudefonteexterna.
-Recirculaçãocomanelbombeador: éumsistemaemque,medianteautilizaçãodeum
anelbombeador,épossívelfazerarecirculaçãodolíquidocompassagemintermediáriapor
umpermutadorparapromoverseuresfriamento.
- Lavagemespecial(quenching): emcasosondeháformaçãodecristais,umaalternativa
válida é a injeção e posterior drenagem de um fluido, usualmente vapor d’água, mas
eventualmenteáguaouóleoparalavagem.
-Suspiroedreno: nocasodefluidosperigosososelopodeincorporarumaconexãopara
suspiro e outra para dreno independentemente de outros dispositivos auxiliares
eventualmenteutilizados.
- Filtroouseparadorciclone: quandoolíquidobombeadocontersólidosemsuspensãoe
deseja-se efetuaralavagemcomoprópriolíquidobombeado,torna-senecessárioousode
filtroouseparadortipociclone.
189
a
6.13.3 PLANOSDESELAGEMCONFORMENORMAAPI,6 EDIÇÃO
SIMBOLOGIA
190
6.13.4 DESCRIÇÃODOSPLANOSDESELAGEM
PLANO1 -Aselageméfeitainternamentecomoprópriolíquidobombeado,atravésdeuma
furaçãoquecomunicaatampadepressãocomacaixadeselagem.
PLANO 2 - A selagem é feita internamente com o próprio líquido bombeado, através de
buchadefundo.Asobrepostapossuiconexõesparaeventuaisconexõesfuturas.
PLANO11 -Aselageméfeitaexternamentecomoprópriofluidobombeado.
PLANO12 -Aselageméfeitaexternamentecomoprópriofluido bombeado, apóspassar
porumfiltro.
PLANO13 -Aselageméfeitainternamentecomoprópriolíquidobombeadosendoqueo
mesmoapósemergirdasobrepostaédirecionadoparaasucçãodabomba.
PLANO 21 - A selagem é feita externamente com o próprio líquido bombeado, após ser
resfriado.
PLANO 22 - A selagem é feita externamente com o próprio líquido bombeado, após ser
filtradoeresfriado.
PLANO23 - O líquidodeselageméoprópriolíquidobombeado,queébombeadoparafora
dacaixadeselagem,sendoqueapósresfriadoéinjetadonovamentenacaixadeselagem.
PLANO31 -Aselagem éfeitaexternamentecomoprópriolíquidobombeado,apóspassar
por um separador ciclônico. O líquido com partículas sólidas retorna para a sucção da
bomba.
PLANO32 -Aselageméfeitacomumlíquidolimpodefonteexterna.
PLANO41 -Aselagemprimária éfeitapelo própriolíquidobombeado,apóspassarporum
separador ciclônico e ser resfriado.O líquido compartículassólidasretornaparaasucção
dabomba.
PLANO51 -Aselagemprimáriaéfeitapeloprópriolíquidobombeado,aselagemauxiliaré
realizadaporumlíquidodefonteexternacompatívelcomolíquidobombeado.
PLANO52 -Aselagemprimáriaéfeitapeloprópriolíquidobombeado,aselagemauxiliaré
realizadaporumlíquidodefonteexternacompatívelcomo líquidobombeadoe acionado
peloanelbombeador.
PLANO53 -Aselagemprimáriaéfeitapeloprópriolíquidobombeado,aselagemauxiliaré
realizadaporumlíquidodefonteexternapressurizadocompatívelcomolíquidobombeado.
PLANO54 -Aselageméfeitacomumlíquidolimpodefonteexterna.
PLANO 61 - A sobreposta possui conexões plugadas para eventuais utilizações
(ventilações,dreno,quench).Esteplanoéauxiliarsendoutilizadocomumoutroplano.
PLANO62 -Asobrepostapossuiconexãoparaquench.Esteplanoéutilizadoemconjunto
comosdemaisplanos(exceto61).
191
6.14 SUPORTEDEMANCAL/CAVALETEDEMANCAL
Vantagem:maiorrobustezeacionamentoporpoliasecorreiasdiretamentenapontadeeixo
dabomba.
Bombasdemúltiplosestágiosoubombasbipartidaspossuemsuportesdemancaisnosdois
extremosdabomba.
suportedemancal
(bombaback-pull-out)
cavaletedemancal
192
6.15 MANCAIS
Os mancais temafunçãodesuportaropesodoconjuntogirante,forçasradiaiseaxiaisque
ocorremduranteaoperação.
Os mancais que suportam as forças radiais são chamados de mancais radiais e os que
suportamforçasaxiaissãochamadosdemancaisaxiais.
Bombas de construção horizontal possuem normalmente mancais de rolamento para
suportarforçasradiaiseaxiais.Osrolamentosmaisutilizadosembombascentrífugassão:
rolamentosde esferas
de umaouduascarreiras
(suporta forças radiais e axiais)
rolamentosdeesferasde
contatoangular. Montadoemtandem,são
capazes desuportar forças radiais
eaxiaisemumasódireção
rolamentosdeesferasdecontato
angular.Montado e m “ O ” o u “ X ” , , s ã o
capazes desuportar forças radiais
eaxiaisnas duas direções
193
rolamentosautocompensadores
de esferas (suportaforçasradiaiseaxiais)
Dependendodoprojetodabomba,osrolamentospodemserlubrificadosporgraxaouóleo.
Os projetos com lubrificação a graxa geralmente possuem no suporte ou cavalete de
mancalumbicoparacolocaçãodegraxa(engraxadeira).
Ossuportesoucavaletescomlubrificaçãoaóleo,possuemvedaçõesnapassagemdoeixo,
por exemplo, na tampa do suporte de mancal; um copo de ressuprimento automático (
constant level oil ) ouvareta de nível deóleoeumrespironapartesuperiordosuportede
mancal(geralmenteincorporadoavareta).
Mancal dedeslize
194
Bombasverticaispossuembuchasdemancaisquefuncionamcomoguiadoeixo.
BUCHA
TIPO LUBRIFICAÇÃO APLICAÇÃO
DEMANCAL
195
6.16 FORÇAS
Quando bombas centrífugas estão em operação, surgem forças radiais e axiais sobre o
rotoreconseqüentementesobretodooconjuntogirante.
Estas forçasdevemser devidamente compensadasoureduzidas,deforma a termosuma
vidaútilmaiordoequipamentoeprincipalmentedosmancaisdasbombas.
No caso de bombas com corpo espiral simples, as forças radiais são relativamente
pequenasnopontodemelhorrendimento,mascrescemuitíssimoemvazõesparciais(q<1
)ousobrevazões(q>1).
Amagnitude das forçasradiais (R), em bombas tipo voluta, dependemuitodavelocidade
específica(nq),conformemostraafiguraabaixo.
0,5 R=K. .g . H . D . B
onde:
0
0,4
R=forçaradial
K=coef.deforçaradial
0,5 =dens.do líq.bombeado
0,3 g=acel.dagravidade
H=alturatotal
0,7 D=diâmetrodorotor
0,2 B=largurada descarga
do rotor
1,2
0,1
q=1,0
0
0 10 20 30 40 50 60
VELOCIDADE ESPECÍFICA nq
196
Omeiomaisempregadoparaareduçãodaforçaradialembombascentrífugaséaalteração
docorpodabomba.
simplesespiral mista
circular duplaespiral
197
Nota-sequeamelhorformadereduziraforçaradial é o corpoespiralduplo ouseja,um
corpo espiralcomumasegundavolutaqueinicia-sea180grausdaprimeira.Nestecaso,a
forçaradialestapraticamenteconstanteentreavazãozeroatéavazãomáxima.
Nocasodebombascomdifusores,nãohágeraçãodeforçasradiaisestáticasseorotorfor
instaladoconcentricamentecomodifusor.
- Esforços radiais não estáticos: As forças radiais não estáticas podem ocorrer
superpostamente às forças radiais estáticas. Sua ocorrência deve-se a varias causas e
características.Acausamaisconhecidadestaforçaradialéafreqüênciadonúmerodepás
dorotorversusarotação.
Estas forças radiais existem com mais ou menos intensidade em todos os projetos de
bombas centrífugas. Este fenômeno existe especialmente em bombas com difusor
operandocomvazõesparciais.
6.16.2 FORÇAAXIAL
Rotoressemdispositivosdecompensaçãoaxialtemumaforçaaxialparaoladodasucção,
devidoàáreaepressãoexistentenoladodadescargadorotor.Vejafiguraabaixo.
FORÇAS
BALANCEADAS
FORÇASNÃO
BALANCEADAS
198
6.16.2.1 ROTORDEDUPLASUCÇÃO
Pressão Pressão
na na
descarga descarga
Pressão Pressão
na na
sucção sucção
6.16.2.2 FUROSDEALÍVIONOROTOR/ANÉISDEDESGASTE
Oaneldedesgastecolocadonoladodadescarga,possuiumdiâmetroigualoupróximoao
aneldedesgastenoladodasucçãoeorotorpossuifurosnocubodorotor.Atravésdestes
furoscria-seumaumapressãoentreaneldedesgasteecubodorotor,próximoapressãode
sucção,objetivandoumaequalizaçãodaspressõesemambososladosdorotor.
Estemétodopossuioincoveniente degerarturbulênciapeloretornodofluidopelosorifícios
emoposiçãoaofluxoprincipal. Pressão nadescarga
Furode alívio
ÁreaA ÁreaA
Pressão nasucção
199
Aforçaaxialresidualdeverásersuportadapelosmancais.
6.16.2.3 PALHETASTRASEIRAS
Este sistema consiste em palhetas alocadas na parte posterior do rotor que induzem ao
equilíbriodasforçasaxiais.
6.16.2.4 ARRANJODEROTORES
Estemétodoconsisteemposicionarrotoresdeformaopostas,comomostraafiguraabaixo,
onde o empuxo resultante dos rotores voltados para um lado é balanceado pelos rotores
voltadosparaooutrolado.
A desvantagemdestemétodoéqueofluxopassaapercorrerumcaminhomaiscomplexo,
influindodestaformanegativamentenovalordasperdas.
200
6.16.2.5 DISCOECONTRA-DISCO
No ato de ligar e desligar a bomba, este sistema de compensação tem uma fase de
instabilidadecomacriaçãodeumcontatoentreasduaspeças(discoecontra-disco),atéa
2
bombaatingirumapressãodecercade13kgf/cm ,ondeapartirdestapressãoestesistema
começaafuncionar.
Oconstantecontatoentrepeçasrotativas(disco)eestacionárias(contra-disco),causará
um desgaste entre estas peças na qual pode ser controlado através de um indicador de
posiçãocolocadonoladoopostoaoacionamento,ondeatravésdemarcaçõespreviamente
estabelecidas,controla-seodesgastedestaspeças.
6.16.2.6 TAMBOROUPISTÃODEEQUILÍBRIO
Ofuncionamentodestesistemaésimilaraododiscoecontradiscodeequilíbrio,excetoque
afolgaentreocomponenteestacionárioerotativo é axial.
201
Este sistema compensa o empuxo axial somente em um ponto de operação, portanto,
bombascom estetipode dispositivo necessitam deummancalaxialsuperdimensionado
para absorver a força axial residual e permitir a operação entre os limites da curva
característica.
IMPORTANTE: Os sistemasdecompensaçãodeempuxoaxialpormeiodediscoecontra-
disco deequilíbrio e tambordeequilíbriosópodemserutilizadosparaobombeamentode
líquidoslimpos,semsólidosemsuspensão.
buchaestranguladora
câmara de
equilíbrio
tambor deequilíbrio
6.16.2.7 COMBINAÇÃOPISTÃO/DISCODEEQUILÍBRIO
câmara de
equilíbrio
câmara
intermediária
202
203
International
FederalRepublicofGermany
Worldwide Europe*
NORMAS 6.17
MÓDULO 7
LÍQUIDOS VISCOSOS
205
ÍNDICE
7 Líquidosviscosos 209
7.1 Viscosidade 209
7.2 Bombeamento de líquidosviscosos 209
7.3 Limitaçõesparaousodográficodosfatoresdecorreção 212
7.3.1 Símbolosedefiniçõesusadosnacorreção 212
7.3.2 Fórmulasdecorreção 212
7.4 Perdadecargaparafluidosviscososemtubos retos 216
7.5 Gráficodecorreção de performanceparalíquidosviscosos 217
7.6 Determinaçãodaperformance debombas centrífugasp/líquidos
viscosos 218
7.7 Coeficiente Kvisparaoefeito da viscosidade emtubulaçõesretas 219
207
7 LÍQUIDOSVISCOSOS
7.1 VISCOSIDADE
Éapropriedadefísicadeumfluidoqueexprimesuaresistênciaaocisalhamentointerno,isto
é,aqualquerforçaquetendaaproduziroescoamentoentresuascamadas.
7.2 BOMBEAMENTODELÍQUIDOSVISCOSOS
Parafacilitaraescolhadeumabombacentrífuga,ficouconvencionadoquetodasascurvas
das bombas centrífugas devem ser levantadas utilizando-se como fluido água limpa, a
0
temperaturade20Ceviscosidadeiguala1centiPoise.
Asfigurasabaixorepresentamcurvasparaumabombacentrífugagirandoa1750rpmcom
águaéóleosdeváriasviscosidadesexpressasemStokes.
n=1750rpm n=1750rpm n=1750rpm
=44 80
120 140
=30
=18
=15
100 100 =1,8 60
=1,8
H(ft) n(CV) (%)
água
80 60 40
=15
=18 STOKES
=30
60 20 20
=44
500 1000 1500 2000 2500 500 1000 1500 2000 2500
500 1000 1500 2000 2500
Q(gpm) Q(gpm) Q=gpm
Osgráficosaseguirrepresentamavariaçãodasgrandezasemfunçãodaviscosidade,para
3
vazãoconstantede340m /h.
209
140 140
120 120
100 100
H(ft) N(CV)
80 80
H
60 60
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
=St =St
100
80
60
(%)
40
20
0 10 20 30 40 50
=St
Então,ascurvascaracterísticasdeveriamserteoricamentesemelhantes,mas,narealidade
em uma série de bombas geometricamente semelhantes, as menores dimensões têm
rendimentomaisbaixo,porqueaespessuradaspalhetas,asfolgas,arugosidaderelativae
as imperfeições são relativamente maiores para essas bombas do que para as maiores
dimensões,eporisso,ascurvassãoexatamentesemelhantes.
O efeito da viscosidade é acentuado nas bombas pequenas, de modo que as bombas
centrífugas deverãoterdimensões tanto maiores quanto maiores forem as viscosidades
doslíquidosabombear.
Asfigurasaseguirrepresentamocomportamentodetrêsbombassemelhantes.Osvalores
referentes à bombas com óleos de várias viscosidades são expressos sob a forma de
percentagem,comparandoseufuncionamentocomoequivalenteparaocasodaágua.
210
Pelafigura“A”,verificamosqueumabombacomrotorde300 mmdediâmetrobombeará
óleode1Stokeaumaalturamanométricaiguala90%daqualconseguiriaseolíquidofosse
água.Seorotortivesse200mm,bombeariaapenasaumalturaiguala80%.
100
90
=4
80
70
STOKES
60
50
25
0
0 15 20 25 30 45
Diâmetrodorotor(cm)
FiguraA
100
90
80
70
60 STOKES
50
25
0
0 15 20 30 45
Diâmetrodorotor(cm)
FiguraB
211
7.3 LIMITAÇÕESPARAOUSODOGRÁFICODOSFATORESDECORREÇÃO
-Usarsomenteasescalasindicadas.Nãoextrapolarvalores.
- Usar somente para bombas de projeto hidráulico convencional com rotores abertos ou
fechados.Nãouseparabombascomrotoresdefluxoaxialoumisto.
-UsarsomenteondeoNPSHéadequadoparaevitarcavitação.
-UsarsomenteparalíquidosNewtonianos.
7.3.1 SÍMBOLOSEDEFINIÇÕESUTILIZADOSNACORREÇÃO
3
-Qvis=vazãoviscosaemm/h-vazãoquandooperandocomlíquidoviscoso;
-Hvis=Alturaviscosa-alturaquandooperandocomlíquidoviscoso;
- vis=rendimentoviscosoem%-rendimentoquandooperandocomlíquidoviscoso;
-Pcvis = potência viscosa - CV - potência requerida pela bomba quando operando com
líquidoviscoso;
3
-Qw=vazãodaáguaemm/h-vazãoquandooperandocomágua;
-Hw=alturadeáguaemm-alturaquandooperandocomágua;
3
- =pesoespecífico(kgf/dm );
-fQ=fatordecorreçãoparavazão;
-fH=fatordecorreçãoparaalturamanométrica;
- f =fatordecorreçãopararendimento;
-Qót=vazãonopontodemelhorrendimento.
7.3.2 FÓRMULASDECORREÇÃO
Qvis=fQxQw
Hvis=fHxHw
vis = f x w
Estas fórmulas podem ser usadas com certa aproximação para o caso inverso, ou seja,
conhecidaascondiçõesviscosas,quaisseriamascondiçõesaquosas.
212
Consideremosdoiscasosqueocorremnaprática:
Caso1:
Exemplo:
3
Escolher uma bomba capaz de fornecer uma vazão de 170 m / h c o m H = 3 0 m , s e n d o a
0
viscosidade dolíquidoiguala30 E (grausEngler)epesoespecífico ( )iguala0,90na
temperaturadefuncionamento.
3
Entrando-senográfico2comQvis=170m /h,vai-seatéHvis=30m.
0
Depois segue-se até a reta de E = 30 e então na vertical até as curvas que indicam os
fatoresdecorreção.
213
Daicalculam-se:
3
Qw= 170/0,92 =184,7m/h e H w = 30/0,91 =32,96m
3
Nomanualdecurvasdebombasprocura-seumabombacomumavazãopara184,7m/he
32,96mdealturamanométrica,analisandosempreorendimento.
3
Seorendimento encontradonacurvaparavazãode170m/h,porexemplo, foi de 80%,
entãoorendimentodabombacomolíquidoviscososerá:
vis=0,6x80=48%.
Apotênciaconsumidapelomotordabombaquandooperandocomolíquidoviscoso,será:
170x30x0,9
P= =35,41CV
2,7x48
Caso2:
Dacurvaderendimentodabombacomágua,determina-seavazão(Q)correspondenteao
rendimentomáximo.Tem-seovalorde(1,0Q).
Emseguida,calculam-seasvazõesparatrêsvaloresdeQ,quepodemser:
(0,6Q),(0,8Q)e(1,2Q).Videfigura2.
Entra-senográfico,nalinhaabcissa0(zero),comavazãonominal(1,0Q);sobe-seatéH
correspondenteaumestágioparaestavazão.Nahorizontal,segue-seatéaretainclinada,
paraaviscosidadeemquestão.Emseguida,sobe-seatéascurvasdecorreção,paraobter
osvaloresdef ,fQ,efHparaosquatrovaloresdevazão.
Podemosentãotraçarporpontos,utilizandoaprópriacurvadabomba,curvas(HvisxQvis)
e ( vis x Qvis) e também potência (Pvis) para o caso doproduto viscoso, potência que,
comovimos,écalculadapelafórmula:
QvisxHvisx vis
Pvis= =CV
2,7x vis
214
Exemplo:
Dadasascurvascaracterísticasdeumabomba,obtidasemensaiocomágua,traçaracurva
paraocasodeóleodedensidadeiguala0,90eviscosidadede1000SSUnatemperaturade
bombeamento.
Nacurvacaracterísticadabomba,marcam-seosvaloresde HeQquecorrespondemao
3
rendimento máximo.DadooexemploQ=170m/heH=30m,calculam-seosvaloresde
Qvis,Hvise vismultiplicando-seosvaloresQ,He por0,6;0,8e1,2.Depoiscalculam-
se osvaloresdePvis.
Emseguidatraçam-se,comospontosobtidos,ascurvascaracterísticasparaabombacom
0
óleodeviscosidade30 E,e =0,9.
20
100
máx
H
80 (ft)
%
60
40 40
20
0
P 40 40
CV
20 20
0 0
0 100 200 220
Qm³/h
215
7.4 PERDADECARGAPARAFLUIDOSVISCOSOSEMTUBOSRETOS
2
Hp=Kvis(L/d)x(v/2g)
Onde:
Kvis=coeficienteporefeitodaviscosidadequandoossímbolosacimasãoseguidosdaletra
W,referem-seaágua;paralíquidosdiferentesusa-seF;
L=comprimentodatubulação(m);
d=diâmetrodatubulação(m);
v=velocidadedofluxo(m/s);
2
g=aceleraçãodagravidade=9,81m/s .
Hpvis=(KvisF/KvisW)xHpw
3
Exemplo: Vazão de 100m/hparaumfluidodeviscosidade200cStemumatubulaçãode
ferrofundidodediâmetro10”.
Pelatabeladeperdasdecarga,determinamos:Hpw=0,14mpor100mdetubo.
Nafigura3temosKvisF=0,08eKvisw=0,021.
Portanto:Hpvis=0,08/0,021x0,14=0,53mpor100metrosdetubulação.
216
7.5 GRÁFICODECORREÇÃODEPERFORMANCEPARALÍQUIDOSVISCOSOS
217
7.6 DETERMINAÇÃO DA PERFORMANCE DE BOMBAS CENTRÍFUGAS PARA
LÍQUIDOSVISCOSOS
218
7.7 COEFICIENTE KVIS PARA O EFEITO DAVISCOSIDADE EM TUBULAÇÕES
RETAS
219
TABELAS
221
1 TABELA1-PRESSÃODEVAPOREDENSIDADEDAÁGUA
223
2 TABELA2-PRESSÃODEVAPOR DEVÁRIOSLÍQUIDOS
224
3 TABELA3-DENSIDADEDEVÁRIOSLÍQUIDOSNAPRESSÃOATMOSFÉRICA
225
4 GRÁFICO PARACÁLCULODAPERDADECARGAEMFUNÇÃODODIÂMETRO
INTERNODATUBULAÇÃO,VELOCIDADEDOFLUXOEVAZÃO
PERDA DE CARGA
226
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Janeiro2008
8 BIBLIOGRAFIA
-ManualdeSeleçãoe AplicaçãodeBombasCentrífugas
KSBBombasHidráulicasS/A
a
3 Edição-Setembro/91
-ManuaisTécnicos
KSBBombasHidráulicasS/A
-BombaseInstalaçõesdeBombeamento
ArchibaldJosephMacyntire
a
EditoraGuanabara-2 Edição
-BombasIndustriais
EdsonEzequieldeMattoseReinaldodeFalco
EditoraTécnicaLtda-1989
-Bombas,VálvulaseAcessórios
RaúlPeragalloTorreira
EditoraLibris-1996
-CentrifugalPumpLexicon
KSBAktiengesellschaft-1990
- CentrifugalPumpDesign
KSBAktiengesellshaft
-ManualdeHidráulica
AzevedoNetto/G.A.Alvarez
a
EditoraEdgardBlücherLtda-7 Edição
228
H
sistema1
sistema2
Hgeomáx
2bombas
emparalelo
Hgeos
Hgeomín
Q=vxA
nq = n Q
3/4
H
H
(m)
41
35 51 56
61 66
68,5
71
71,5%
30 71
68,5
66
25
266
20 247
15
63,5
220
234
NPSHdisp NPSHreq
10
3
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 Q(m/h)
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ÍNDICE
GERAL
Módulo 01 - Princípios Básicos de Hidráulica
1 Introdução 07
1.1 Símbolos e Denominações 08
1.2 Fluido 10
1.2.1 Fluido Ideal 10
1.2.2 Fluido Incompressível 10
1.2.3 LíquidoPerfeito 10
1.3 Peso específico, massaespecífica, densidade 11
1.3.1 Pesoespecífico 11
1.3.2 Massa específica 11
1.3.3 Relaçãoentrepesoespecífico e massa específica 11
1.3.4 Densidade 12
1.4 Viscosidade 12
1.4.1 Lei deNewton 13
1.4.2 Viscosidadedinâmicaouabsoluta 13
1.4.3 Viscosidade cinemática 13
1.4.4 Outrasescalasdeviscosidade 14
1.5 Pressão 17
1.5.1 Lei dePascal 17
1.5.2 Teorema deStevin 17
1.5.3 Cargadepressão/Alturadecoluna delíquido 18
1.5.4 Influênciadopesoespecífico,narelaçãoentre 18
pressão e alturadacolunadelíquido
1.5.5 Escalasdepressão 19
1.5.6 Pressãoabsoluta 19
1.5.7 Pressãoatmosférica 19
1.5.8 Pressão manométrica 19
1.5.9 Relaçãoentrepressões 20
1.5.10 Escalasdereferênciapara mediçõesdepressão 20
1.5.11 Pressãodevapor 20
1.6 Escoamento 22
1.6.1 Regime permanente 22
1.6.2 Regime laminar 22
1.6.3 Regime turbulento 22
1.6.4 ExperiênciadeReynolds 22
1.6.5 LimitedonúmerodeReynoldspara tubos 23
1.7 Vazão e velocidade 24
1.7.1 Vazâo volumétrica 24
1.7.2 Vazão mássica 24
1.7.3 Vazão empeso 24
1.7.4 Relaçãoentrevazões 25
1.7.5 Velocidade 25
1.8 Equaçãodacontinuidade 26
1.9 Energia 27
1.9.1 Princípio daconservaçãodeenergia 27
1.9.2 Energia potêncial, de posiçãoougeométrica 27
1.9.3 Energia de pressão 27
1.9.4 Energia cinéticaoudevelocidade 27
Módulo 01 - Princípios Básicos de Hidráulica
2 Introdução 51
2.1 Altura estáticaeAlturadinâmica 52
2.1.1 Alturaestática 52
2.1.2 Alturageométrica 52
2.1.3 Cargadepressão 52
2.2 Altura dinâmica 52
2.2.1 Perdadecargatotal(Hp) 52
2.2.2 Cargadevelocidade 52
2.3 Altura total dosistema 54
2.4 Altura de sucção 54
2.4.1 Alturageométrica desucção 54
2.4.2 Cargadepressão nasucção 54
2.4.3 Perdasdecarga nasucção 54
2.4.4 Cargadevelocidadenasucção 54
2.5 Esquemastípicosde sucção 55
2.6 Sucçãopositivaoubomba“afogada” 56
2.7 Sucçãonegativa ou bomba “ não afogada ” 56
2.8 Alturadedescarga ( Hd ) 57
2.8.1 Alturageométrica dedescarga(Hgeod ) 57
2.8.2 Cargadepressão nadescarga 57
2.8.3 Perdasdecarga nadescarga(Hps ) 57
2.8.4 Cargadevelocidadenadescarga 57
2.9 Esquemastípicosde descarga 57
2.10 Altura manométrica total 59
2.11 CálculodaAlturamanométricadosistema na fasedeprojeto 59
2.12 Cálculodaalturamanométricadosistemana fasedeoperação 60
2.13 Curva característicadosistema 60
2.13.1 Levantamento dacurvado sistema 61
2.14 Associaçãodesistemas 62
2.14.1 Associaçãoemsérie 62
2.14.2 Esquemadeumaassociaçãoemsérie 63
2.14.3 Associaçãoemparalelo 64
2.14.4 Esquemadeumaassociaçãoemparalelo 64
2.14.5 Associaçãomista 65
2.15 Variação de níveisemreservatórios 66
2.16 Bombeamento simultâneop/2oumaisreservatóriosdistintos 67
2.17 Abastecimentoporgravidade 69
Módulo 03 - Hidráulica de Bombas Centrífugas
3 Introdução 75
3.1 Curvas característicasdasbombas 77
3.1.1 Obtenção dacurva característicadeumabomba 77
3.2 Tipos decurvascaracterísticasdas bombas 79
3.2.1 Curvatipoestávelou tipo rising 79
3.2.2 Curvatipoinstáveloutipo drooping 80
3.2.3 Curvatipoinclinadoacentuadooutipo steep 80
3.2.4 Curvatipoplanaoutipoflat 80
3.2.5 Curvatipoinstável 81
3.3 Curva depotênciaconsumidapela bomba 81
3.3.1 Tiposdecurvasdepotênciaconsumida 81
3.3.2 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo radial 82
3.3.3 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo axial 82
3.3.4 Curvadepotênciaconsumidadeumabombade fluxo mistoousemi-axial 82
3.4 Cálculodapotência consumida pelabomba 83
3.4.1 Potência hidráulica 83
3.4.2 Potência consumida pelabomba 83
3.5 Rendimento 83
3.5.1 Curvasderendimento 84
3.5.2 Curvasdeisorendimento 84
3.5.3 Exemplo decurvade isorendimento 85
3.6 Curva deNPSH(NetPositive Suction Head ) 86
3.7 Considerações finais 86
3.7.1 Exemplo deumacurvacaracterística completa 87
3.8 Pontodetrabalho 88
3.8.1 Fatores que modificam o pontodetrabalho 88
3.8.2 Alteraçãodopontodetrabalhoatuando no sistema 89
3.8.3 Alteraçãodopontodetrabalhoatuando na bomba 90
3.9 Efeitodamudança de rotaçãonascurvascaracterísticas 90
3.10 Efeitodavariaçãododiâmetrodorotornascurvascaracterísticas 92
3.10.1 Cálculo dodiâmetro dorotor 93
3.11 Formasdereduzirodiâmetrodorotor 95
3.12 Velocidadeespecíficaourotaçãoespecífica 97
3.12.1 Aplicação davelocidadeespecífica 97
3.13 Tipos derotores x velocidadeespecífica 98
Módulo 04 - Cavitação/NPSH
4 Introdução 103
4.1 Cavitação/NPSH 105
4.1.1 Pressãodevapor 105
4.1.2 O fenômenodacavitação 106
4.1.3 Conseqüências dacavitação 107
4.1.4 Exemplo deumrotor “ cavitado” 108
4.1.5 Cavitação, erosão, corrosão 109
4.2 NPSH ( Net Positive Suction Head ) 109
4.2.1 NPSH disponível 109
4.2.2 NPSH requerido 110
4.3 Linhasdereferênciaparamedições hidráulicas 111
4.4 RepresentaçãográficadoNPSHrequerido 113
4.5 Fatoresquemodificam o NPSH disponível 114
4.6 Fatoresquemodificam o NPSH requerido 114
4.6.1 Representação gráficadaredução doNPSHr deumrotorcomindutor 115
4.7 CálculodoNPSHrequeridopara bombasETA 116
4.8 Coeficiente de cavitação/NúmertodeThoma 116
4.9 Velocidadeespecíficadesucção 117
4.10 NPSH paraoutroslíquidos 117
4.10.1 ReduçãodoNPSHparabombasoperandocomhidrocarbonetos
eáguaaaltatemperatura 118
4.11 Recirculaçãohidráulica 119
4.11.1 Sistemaderecirculaçãocontínua 120
4.11.2 Válvuladevazãomínima 120
4.12 Materiais resistentes a cavitação 121
Módulo 05 - Associação de Bombas
5 Introdução 127
5.1 Associação em paralelo 129
5.1.1 Associaçãodeduasbombasiguaisemparalelo 129
5.1.2 Associaçãodebombasiguaiscomcurvaestável 130
5.1.3 Associaçãodebombascomcurvasdiferentes e estáveis 132
5.1.4 Associaçãodebombasiguaiscomvariação daalturageométrica/estática 133
5.1.5 Associaçãodebombasiguaiscomcurvasinstáveis 134
5.2 Escolha donúmerodebombas 136
5.3 Precauções a serem tomadasemassociaçõesdebombasemparalelo 137
5.3.1 Vazão excessiva 137
5.3.2 Vazão reduzida 138
5.4 Associaçãodebombasemsérie 139
5.5 Bombas de váriosestágios 142
5.6 Conclusões 142
Módulo 06 - B ombas: Classificação,Tipos, Características e
PeçasPrincipais
6 Introdução 149
6.1 Bombas 151
6.1.1 Formas deacionamento 151
6.2 Classificação das bombas 151
6.2.1 Bombascentrífugas 151
6.2.1.1 Classificação dabombascentrífugas 151
6.2.2 Bombasdedeslocamentopositivo 152
6.3 Bombas centrífugas-Classificação 154
6.3.1 Bomba centrífuga comrotor embalanço 155
6.3.2 Bomba centrífuga comrotor entre mancais 156
6.3.3 Bomba centrífuga tipo turbina(vertical) 157
6.4 Componentesdasbombascentrífugas e suasprincipaiscaracterísticas163
6.5 Rotor 165
6.5.1 Critériosparaa seleçãodetiposderotores 165
6.6 Corpo espiral (ou voluta) 169
6.6.1 Norma 171
6.6.2 Nomenclatura 171
6.6.3 Faceamento 171
6.6.4 Pressãonominal 172
6.6.5 Seleção 172
6.6.6 Tabelas 173
6.6.6.1 Tabela 1 - ANSI - Flangese contra-flanges 174
6.6.6.2 Tabela 2 - DIN-Flangesecontra-flanges 175
6.6.6.3 Tabela 3 - DIN-Flangesecontra-flanges(Pressõese medidas usuais(KSB) 176
0
6.6.6.4 Tabela 4 - ANSI-Pressão admissível (bar) x Temperatura ( C ) 177
0
6.6.6.5 Tabela 5 - DIN-Pressão admissível (bar) x Temperatura ( C ) 178
6.7 Difusor 179
6.8 Eixo 179
6.9 Luva protetoradoeixo 181
6.10 Aneisdedesgaste 182
6.11 Caixadeselagem 183
6.12 Gaxetas 183
6.12.1 Limitesdeaplicação 185
6.13 Selo mecânico 186
6.13.1 Selospadronizados 188
6.13.2 Selosmecânicos/Dispositivosauxiliares 189
6.13.3 a
Planosde selagem conforme norma API, 6 edição 190
6.13.4 Descrição dos planosdeselagem 191
6.14 Suportedemancal/Cavaletedemancal 192
6.15 Mancais 193
6.16 Forças 196
6.16.1 Forçaradial 196
6.16.2 Forçaaxial 198
6.16.2.1 Rotor de dupla sucção 199
6.16.2.2 Furosde alívionorotor/Anéisde desgaste 199
6.16.2.3 Palhetastraseiras 200
Módulo 06 - B ombas: Classificação,Tipos, Características e
PeçasPrincipais
6.16.2.4 Arranjoderotores 200
6.16.2.5 Disco e contra-disco 201
6.16.2.6 Tambor oupistãodequilíbrio 201
6.16.2.7 Combinaçãopistão/discodeequilíbrio 202
6.17 Normas 203
Módulo 07 - Liquidos Viscosos
7 Líquidosviscosos 209
7.1 Viscosidade 209
7.2 Bombeamento de líquidosviscosos 209
7.3 Limitaçõesparaousodográficodosfatoresdecorreção 212
7.3.1 Símbolosedefiniçõesusadosnacorreção 212
7.3.2 Fórmulasdecorreção 212
7.4 Perdadecargaparafluidosviscososemtubos retos 216
7.5 Gráficodecorreção de performanceparalíquidosviscosos 217
7.6 Determinaçãodaperformance debombas centrífugasp/líquidos
viscosos 218
7.7 Coeficiente Kvisparaoefeito da viscosidade emtubulaçõesretas 219
Tabelas