Sie sind auf Seite 1von 76

FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE

NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA


PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO E
NUTRICIONAL NO BRASIL

Profª Jamille Costa


ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO
DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

“A alimentação é fator primordial


na rotina diária da humanidade,
não apenas por ser necessidade
básica, mas principalmente
porque a sua obtenção tornou-se
um problema de saúde pública,
uma vez que o excesso ou falta
podem causar doenças”.

Abreu et al, 2001.


A alimentação é uma prática
biologicamente determinada, porém
socialmente condicionada.
Recompensar Necessidades
Sensoriais, Sociais, Psicológicas

Ingerir
Nutrientes

Satisfazer a Fome
FATORES DETERMINANTES PARA O
CONSUMO ALIMENTAR
• Fome
• Apetite Disponibilidade
• Sabor Custo
Renda

BIOLÓGICOS ECONÔMICOS

FÍSICOS SOCIAIS

• Acesso Educação e Cultura,


• Habilidades Família e amigos,
• Tempo Padrão de consumo
de refeições
PERFIL DA SAÚDE NO BRASIL

Transição Mortalidade por DCNT* supera doenças


Epidemiológica infecciosas.
Tripla carga de doenças
Transição
Mudanças na alimentação e redução da
Nutricional atividade física.
Transição Envelhecimento populacional acelerado
Demográfica e urbanização (influência das taxas de
natalidade e mortalidade)

Globalização Difusão rápida de hábitos e


padrões de comportamento
* Doenças Crônicas Não Transmissíveis
ESTÁGIOS DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA,
EPIDEMIOLÓGICA E NUTRICIONAL
Transição Demográfica Transição Epidemiológica Transição Nutricional
Alta Fertilidade/ Alta prevalência
Alta prevalência de doenças infecciosas
Mortalidade de desnutrição

Redução da Mortalidade, Redução de problemas Redução da Fome


mudanças na estrutura de idade relacionados à pobreza

Foco no planejamento familiar,


Foco na prevenção da
controle de doenças infecciosas fome/desnutrição

Fertilidade reduzida Predominância Predominância de DCNT


Envelhecimento de DCNT relacionadas à alimentação/dieta

Foco no envelhecimento Foco em políticas regulatórias


saudável mudanças comportamentais
atenção à saúde

Source: Popkin, Barry M. ( 2002) Public Health Nutrition 5:93-103.


TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA (T.D)

POPULAÇÃO MUNDIAL
Século I d.C. – 210 milhões
Ano 1000 – 284 milhões
1650 – 500 milhões
1800 – 1 bilhão
1930 – 2 bilhões
1960 – 3 bilhões
2011 – 7 bilhões
2015- 7,3 bilhões
Fonte: FNUAP, 2010; ONU, 2013; INED, 2015
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA (T.D)

POPULAÇÃO BRASILEIRA
2000-169 milhões habitantes;
2010- 190 milhões habitantes;
2011- 193 milhões habitantes;
2012- 199 milhões habitantes;
2016- 207,7 milhões habitantes;
Taxa de crescimento: 0,9%
Taxa de fecundidade: 1,7
Aracaju: 2,2 milhões
(Fonte: IBGE, 2000 e 2010)
1980 2010

IBGE, 2013
2050
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA (T.D)

HOJE 15%
32 MILHÕES
11%
21 MILHÕES
6◦ País mais velho
2020 do mundo.
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA (T.D)
Mudança nos países que terão mais de 32 milhões de
idosos no ano 2025
1950 1950 2025 2025
(classif.) (milhões) (classif.) (milhões)

CHINA 1 42 1 284

ÍNDIA 2 32 2 146

RÚSSIA 4 16 3 71

USA 3 18 4 67

JAPÃO 8 6 5 33

BRASIL 16 2 6 32
Fonte: Anais Estatísticos Mundiais de Saúde.
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Esperança de vida→
75,2 anos (Portal Brasil, 2016)

78,9 mulheres (2014)


71,6 homens (2014)

Taxa de fecundidade→
1,74

24.000 centenários

Fonte:PNAD 2008/PNAD 2011


TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA (T.D)

A CADA 3 ADULTOS QUE MORREM NO BRASIL 2 SÃO HOMENS.

ESSAS CAUSAS PODERIAM SER EVITADAS→ PROMOÇÃO E


PREVENÇÃO DA SAÚDE.
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - MS.
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA (T.D)

DISTRIBUIÇÃO (%) DOS ÓBITOS SEGUNDO SEXO E IDADE. BRASIL, 2010


Óbitos (%) Masc % Fem %
16,0

14,0 O homem vive cerca de 7,6 anos a menos que as


12,0
mulheres → TM > 50%

10,0

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0
<1 1a4 5 a 9 10 a 1415 a 1920 a 2930 a 3940 a 4950 a 5960 a 6970 a 79 > 80

Idade (anos)
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - MS.
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA (T.D)
ÓBITOS POR CAUSAS EXTERNAS NA POPULAÇÃO DE 20 A 59 ANOS.
BRASIL, 2010.

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - MS.


TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

ANTES HOJE
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Epidemiologia

Ciência da saúde que estuda na população a


ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes
dos eventos relacionados com a saúde.
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Mudança no padrão de saúde-doença

ANTES HOJE

TRIPLA
CARGA DE
DOENÇA
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT)

Conjunto de patologias influenciadas pelo ambiente,


portanto, passíveis de prevenção.

Essas doenças tem sido a principal causa


de incapacidades e mortes prematuras em países
economicamente desenvolvidos (MS, 2006).
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

31,3% Doenças do Aparelho


Circulatório

16,3% Câncer

5,2% Diabetes

5,8% Doenças respiratória


crônica
➢Periodicidade: anual desde 2006;
➢Público: > 18 anos das 26 capitais e DF;
➢Cerca de 53 mil entrevistas (por telefone);
➢ Metodologia: Censo 2010 (IBGE) - população mais escolarizada e
idosa;
➢ Parceria: MS e Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e
Saúde da USP
VIGITEL 11 ANOS
Aracaju= 26,1%

Palmas- 16,1%
Rio de Janeiro- 30,7%
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
VIGITEL, 2016
PNS, 2013
PNS, 2013
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Aracaju= 6,9%

Palmas- 4,5%
Rio de Janeiro- 8,2%
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
VIGITEL, 2016
PNS, 2013, 2013
PNS, 2013
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
VIGITEL, 2014
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
VIGITEL, 2014
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA
ENFRENTAMENTO DAS DCNT

Enfrentar e deter, nos próximos 10 anos, as DCNT.


PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA
ENFRENTAMENTO DAS DCNT

METAS:
✓ reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) por DCNT em
2% ao ano;
✓ reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes;
✓ deter o crescimento da obesidade em adultos;
✓ reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool e tabagismo;
✓ aumentar a prevalência de atividade física no lazer;
✓ aumentar o consumo de frutas e hortaliças;
✓ reduzir o consumo médio de sal;
✓ aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69a;
✓ aumentar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo
uterino em mulheres de 25 a 64 anos;
✓ tratar 100% das mulheres com lesões precursoras de câncer.
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA
ENFRENTAMENTO DAS DCNT

PRINCIPAIS EIXOS:
❑ Vigilância, informação, avaliação e monitoramento: PNS
❑ Promoção da saúde: PAC, PSE
▪ Promoção de ações de alimentação saudável no PSE;
▪ Aumento da oferta de alimentos saudáveis;
▪ Regulação da composição nutricional de alimentos processados;
▪ Redução dos preços dos alimentos saudáveis;
▪ Plano Intersetorial de Controle e Prevenção da Obesidade;
▪ Regulamentação da publicidade de alimentos.

❑ Tabagismo e álcool
❑ Cuidado integral: Linha de cuidado de DCNT, medicações gratuitas,
Câncer do colo do útero e de mama, Atenção às Urgências e
domiciliar.
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

“É um processo de modificações sequenciais no padrão de


nutrição e consumo, que acompanham mudanças
econômicas, sociais e demográficas, e do perfil de saúde das
populações".

(Popkin et al.1993)
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

X
Desnutrição Obesidade
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

Gráfico 1 – Evolução de indicadores antropométricos na população de 5 a 9 anos de


idade, por sexo – Brasil – períodos 1974-75, 1989 e 2008-2009.
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

Gráfico 2- Evolução de indicadores antropométricos na população de 10 a 19


anos de idade, por sexo – Brasil – períodos 1974-75, 1989 e 2008-2009
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

Gráfico 3 – Evolução de indicadores na população de 20+ anos de idade, por sexo


– Brasil – períodos 1974-75, 1989, 2002-2003 e 2008-2009
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
VIGITEL, 2016
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
VIGITEL, 2016
Obesidade
Transição nutricional

Atualmente 2.1 bilhões de


pessoas no mundo
apresentam excesso de
peso.

DCNT

No Brasil está prevalência já é de


68.3% na população com > 18 anos.
(IHME, 2014; BRASIL, 2014).
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
CONSUMO ALIMENTAR
Como será que a nossa alimentação
tem se comportado diante das longas
horas de trabalho, aumento da
oferta de fast food, da urbanização,
das grandes ofertas e propagandas
apelativas de alimentos não
saudáveis?
Transição Nutricional

1987 a 2009
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
CONSUMO ALIMENTAR


Aleitamento materno exclusivo em menores de 6 meses
2018

Fonte: MS/SAS/DAB/Núcleo de Tecnologia da Informação - NT


Alimentação de 6 a 23 meses
2018

126.744
Fonte: MS/SAS/DAB/Núcleo de Tecnologia da Informação - NT
CONSUMO DE ALIMENTOS
VIGITEL, 2016
CONSUMO DE ALIMENTOS
VIGITEL, 2016
CONSUMO DE ALIMENTOS
VIGITEL, 2014
EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DOS GRUPOS ALIMENTARES
NO TOTAL DE CALORIAS DA AQUISIÇÃO ALIMENTAR
DOMICILIAR
AUMENTO DE 7% NO PESO DA DESPESA COM ALIMENTAÇÃO
FORA DO DOMICÍLIO, NO PAÍS, ENTRE A POF 2002-2003 E A
POF 2008-2009.
ATIVIDADE FÍSICA
VIGITEL, 2016
ATIVIDADE FÍSICA
DEFICIÊNCIAS DE MICRONUTRIENTES

Anemia Ferropriva
Hipovitaminose A
DEFICIÊNCIA DE FERRO

Prevalência alta em
crianças lactentes,
pré-escolares e
escolares e gestantes;
PREVALÊNCIA DE ANEMIA EM CRIANÇAS DE 0
A 59 MESES SEGUNDO REGIÃO - PNDS, 2006.

Normal

Leve
Região Norte 10,5%
Moderado

Grave
Região Nordeste
25,5%

Região
Centro-Oeste
11,0%
Região
Sudeste
22,6%

Região
Sul
21,5%

Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher


2006. WHO. Iron Deficiency Anaemia Assessment, Prevention and Control.
A guide manangers programme. 2001; WHO. Indicators for assessing
Vitamin A Deficiency andtheir application in monitoring and evaluating
intervention programas. WHO/NUT/96.10.1996
PREVALÊNCIA DE ANEMIA EM MULHERES EM
IDADE FÉRTIL SEGUNDO REGIÃO - PNDS, 2006.

Região Norte
19,3%
Região
Nordeste Normal
39,1%
Leve
Moderado
Região Centro-
Oeste Grave
20,1%
Região
Sudeste
28,5%

Região
Sul
24,8
Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher 2006. WHO.
Iron Deficiency Anaemia Assessment, Prevention and Control. A guide manangers
programme. 2001; WHO. Indicators for assessing Vitamin A Deficiency andtheir
application in monitoring and evaluating intervention programas.
WHO/NUT/96.10.1996
PREVALÊNCIA DE HIPOVITAMINOSE A EM
CRIANÇAS SEGUNDO REGIÃO - PNDS, 2006.

Região Norte
10,7%
Região
Nordeste
Leve
19,0%
Moderado

Região Centro- Grave


Oeste
11,8%
Região
Sudeste
21,6%

Região
Sul
9,9%

Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher 2006. WHO. Iron Deficiency
Anaemia Assessment, Prevention and Control. A guide manangers programme. 2001; WHO. Indicators
for assessing Vitamin A Deficiency andtheir application in monitoring and evaluating intervention
programas. WHO/NUT/96.10.1996
PREVALÊNCIA DE HIPOVITAMINOSE A EM MULHERES
EM IDADE FÉRTIL SEGUNDO REGIÃO - PNDS, 2006.

Região Norte
11,2%
Região Nordeste
12,1%

Leve
Região Centro-
Oeste Moderado
12,8% Grav
Região
Sudeste e
14,0%

Região
Sul
8,0%

Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher


2006. WHO. Iron Deficiency Anaemia Assessment, Prevention and Control.
A guide manangers programme. 2001; WHO. Indicators for assessing
Vitamin A Deficiency andtheir application in monitoring and evaluating
intervention programas. WHO/NUT/96.10.1996

Das könnte Ihnen auch gefallen