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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS – CAMPUS SOROCABA

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA, TURISMO E HUMANIDADES


Curso de Licenciatura em Geografia

O PAPEL DO CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO


SOROCABA

2016

Abner Matheus de Souza – RA 634794

Giovanna Pereira da Costa – RA 635006

Laís Russon Francisco Gomes – RA 635111

Rebeca Figueiredo Gondim – RA 635286

Talita Soares - RA

O PAPEL DO CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO

Trabalho semestral apresentado em cumprimento


das exigências da disciplina de Estrutura e
Funcionamento da Educação Brasileira, do curso
de Licenciatura em Geografia, ministrada na
Universidade Federal de São Carlos, no Campus
Sorocaba.

Prof. Dr. Marcos Soares


SOROCABA

2016

SUMÁRIO

Introdução .................................................................................................................. 4
1. As barreiras na construção de um Currículo ................................................... 5
2. As intencionalidades por uma Base Nacional Comum Curricular .......... Error!
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3. O Currículo a serviço do Capital Humano ........................................................ 8
4. Currículo e identificação .................................................................................... 9
Referências bibliográficas ...................................................................................... 10
Introdução

Levantar a discussão do papel do Currículo dentro de um processo educacional


perpassa diversas frentes de intencionalidades. Conseguinte, os desdobramentos que
o envolve devem ser analisados cuidadosamente, para a possível identificação dos
agentes de transformação e das disputas que envolvem esses mesmo processos.

Mesmo que a teorização seja recente dentro do campo da Educação, o


Currículo sempre carregou um caráter de grande importância, como uma verdadeira
“alma” de um processo de escolarização. É nele que se baseiam desde as grandes
reformas que foram aprovadas até as mais recentes tentativas de “reestruturações”
propostas pelo o Estado. Mudanças essas, que envolvem a implementação de
avaliações em larga escala, políticas de perda de autonomia dos professores, ajustes
morais frente a reconfigurações econômicas, introdução de novos paradigmas
produtivos e também políticas de controle social.

Toda essa complexidade que envolve a construção de um Currículo reforça


cada vez mais a necessidade de desconstrução de uma ideia de neutralidade desse
instrumento, que tanto é levantada. Ele é por si só um alvo de disputa, sendo por parte
do Estado como da iniciativa privada. Esse trabalho visa desenvolver algumas
reflexões que englobam principalmente esse cenário de disputa que se constituiu em
torno do Currículo e que é constantemente reforçado.
1. As barreiras na construção de um Currículo

A Escola pública torna-se então um espaço disputado, alvo de discussões e


debates, é influenciada por um cenário político e econômico mundial, que reforça a
perspectiva neoliberal dentro da educação. Esse cenário conduz a uma série de
reformas institucionais na educação, que se aplicam a diversas ramificações e, o
currículo neste ponto, trata-se do conteúdo da educação.

É partir dele que as práticas em sala de aula são constituídas. Assim, sentimos
de forma mais dramática suas mudanças, se como falamos o currículo é “alma” da
educação, então as reformas ocorridas na educação dentro do Brasil são reformas
curriculares.

As concepções do currículo e da escola como campo em disputa não são novas.


Como já colocado, mesmo que a teorização seja recente, o currículo já vem sendo
pauta através outros ângulos a muito tempo. É preciso ter uma visão mais alargada,
pensar no seu processo de construção e suas intencionalidades para entender suas
contradições. A constituição de 1988 traz a educação como direito, a universalização
da educação é acesso a permanência nas escolas, disso, Os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) são implantados na década de 90 e vigentes até hoje, apresentam-
se como orientações para pratica das disciplinas educacionais e formam a base
nacional frente a uma nova realidade mundial.

O PCN, em geral, organiza-se de forma hierárquica, tramita em setores


determinados não atendendo as opiniões de professores e alunos da educação básica
por exemplo, “os PCNs foram de certa forma (nessa perspectiva democrática), uma
imposição política” (SOARES, 2011).

A criação de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no Brasil, é uma


exigência colocada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (1996;
2013) pelas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (Brasil,
2009) e pelo Plano Nacional de Educação (PNE) (Brasil, 2014) que traz na meta 7 a
importância de se criar uma base curricular.

A BNCC pensa o currículo sem levar em consideração sua grandiosidade. Tem


como discurso a educação como direito, aponta como sua finalidade orientar o
sistema educacional a elaborar suas propostas curriculares afim de atingir uma
educação de qualidade, mas não aponta para o fato de que o currículo não é só
conteúdo, não faz o debate sobre sujeitos ocultos do currículo e suas
intencionalidades.

Das intencionalidades, o currículo se institui como uma ferramenta de controle


social, não se trata apenas de um discurso técnico, de uma obra cientifica, mas se
concretiza como agente moderador de poder, agente de negócio para educação, o
Estado tem sua posição de privilégio na produção política, e, são as reformas
curriculares permitem ao Estado e setores determinados da sociedade conduzir
reformas maiores, há um relacionamento direto com as questões econômicas.

O que temos, é uma proposta de controle social e relações de poder que


constroem uma escola que efetivamente não cumpre com as necessidades básicas
do aluno, seja em estrutura física ou em conteúdo educacional, que representa a
imagem de uma escola pública abandonada na ideia do censo comum.

Além do Estado e ideologias dominantes, as empresas privadas se interessam


pela organização do currículo, vendem de sistemas apostilados, e grandes grupos
empresarias ganham espaço na escola pública. A exemplo, o espaço ganho dentro
do ensino superior que tem sido monopolizado por grupos privados, e o ensino
sucateado dentro da lógica mercadológica, que avança em parte por conta das
políticas assistencialistas dos últimos governos (Lula e Dilma) que colocam o filho do
trabalhador dentro da universidade porém, é dentro de universidades particulares
recebendo dinheiro público e não dão um ensino superior público e de qualidade.

Além disso, os matérias didáticos produzidos, são produtos que retiram toda
autonomia do professor e do aluno.

As propostas e práticas curriculares são influenciadas por políticas externas, e


os Efeitos de uma globalização e de políticas econômicas são sentidos através de
ações do Estado sobre a educação, o currículo não é só conteúdo, também é política
cultural,

Toda política curricular é, assim, uma política de constituição do


conhecimento escolar: um conhecimento construído simultaneamente para a
escola (em ações externas à escola) e pela escola (em suas práticas
institucionais cotidianas). Ao mesmo tempo, toda política curricular é uma
política cultural, pois o currículo é fruto de uma seleção da cultura e é um
campo conflituoso de produção de cultura, de embate entre sujeitos,
concepções de conhecimento, formas de entender e construir o mundo.
(LOPES, p. 111).

As relações de poder e controle se estabelecem, criam e recriam a cultura no


currículo, que norteiam o ajustamento dos indivíduos a modo de produção e
reprodução capitalista. O currículo oculto esconde os sujeitos que definem essas
relações.

Dentro de uma conjuntura capitalista, as lutas de classe ainda se estabelecem,


e a educação tonifica o discurso meritocrata, vale lembrar sobre o importante papel
da avaliação nesse quesito, que contribui para a construção de uma ideia de
“qualidade” substituindo a ideia de igualdade, servindo como termômetro de como
está ou não está o conteúdo, o currículo, e contribui para sua universalização.

Dado as relações de poder, outro ponto, as bases curriculares constroem


identidade. Além do que nos está posto, o currículo rege tempo e espaço, uma
mudança pode mudar toda uma identidade.

Se o currículo constrói uma identidade, qual seria essa identidade? Os textos se


constituem como uma política de silenciamento, se temos uma escola cujo o espaço
é movimento de contradições e o espaço público deve ser um espaço plural, onde se
enquadram as chamadas minorias (os negros, mulheres, morador das periferias e
etc.) dentro do currículo?

Nenhum currículo pode ser pensado se não dialogar com a pratica social do
aluno, não se pode separar vida do currículo, desse modo, sobre a Geografia, ela
deve levar o aluno a uma dimensão maior, “Escolher situações geográficas
significativas e não meros conteúdos tradicionalmente presentes no currículo e/ou nos
livros didáticos, provocando o estudante a enxergar a geografia na vida.” (GIROTTO,
2015), os conteúdos curriculares não devem ser pontos centrais mas meios de se
atingir os alunos.
2. O Currículo a serviço do Capital Humano
3. Currículo e identificação
Referências bibliográficas

GIROTTO, Eduardo Donizeti. Ensino de Geografia e Raciocínio Geográfico: as


contribuições de Pistrak para a superação da dicotomia curricular. Revista
Brasileira de Educação em Geografia. V. 5, nº 9, p. 71-86, jan./jun., 2015.

LOPES, Casimiro Alice. Politicas Curriculares: continuidade ou mudança de


rumos? Revista Brasileira de Educação. Rio de janeiro, nº 26, p. 109 – 183,
jun./jul./ago. 2004.

SOARES, Marcos de Oliveira. O novo paradigma produtivo e os parâmetros


curriculares nacionais de Geografia. São Paulo 2011. Tese de doutorado.
DG/FFLCH Universidade de São Paulo. p 104-161.

FAVACHO, André Picanço. O que há de novo nas disputas curriculares? Educ.


Soc., Campinas, v. 33, nº 120, p. 929-932, jul./set. 2012.

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