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1.

ELEMENTOS LITERÁRIOS DE 1 CORINTIOS


Dos 27 escritos do NT, 21 são cartas. A maioria delas contém dados sobre o
remetente e os destinatários, como também saudações. Além das cartas pessoais, a
antiguidade conhece outros estilos, e um destes é estilo epistolar.
Na antiguidade, tratados filosóficos eram colocados em forma de carta. Não são
cartas de fato; na verdade a carta era uma arte literária. Exemplos para isso são as cartas
de Sêneca ou de Cícero. Para essa forma literária foi se cristalizando o nome epístola. Ela
deriva da palavra grega epistole, que significa carta. No âmbito desse tipo de escritos
antigos, há tratados que, na sua extensão, são semelhantes às cartas maiores de Paulo
(Romanos, 1 e 2 Coríntios). Nelas há menções demais ao relacionamento pessoal entre o
autor e os leitores. Esses escritos estão por demais interligados com a história de vida
comum deles. As cartas de Paulo não são simuladas; elas são escritos reais de
aconselhamento. Aspectos que são evidentes nas cartas de Paulo, nas outras cartas do NT
necessitam de explicação em cada detalhe. Por fim, conclui-se que as epístolas diferem-
se das cartas pois emitem expressões e manifestos, além de discussões de questões e
interesses que vão além dos interesses pessoais. No entanto, não abandonam o estilo
formal que une os amores objetivos e os apelos subjetivos aos debates de cenas
abrangentes e abstratas. Apoia-se, como uma forma de simplificar, o coloquialismo como
sua forma de escrita, e as epístolas sempre defendem um ponto de vista ou um manifesto,
podendo ainda criar questões ideológicas.

SURGIMENTO E ATUALIDADE

Até mesmo o termo vem sento usado há muito tempo, presente inclusive na Bíblia com as Epístolas de São Paulo,
que eram destinadas às comunidades cristãs. Na literatura latina, encontramos essa forma de escrever nas epístolas de
Horácio, Varrão, Plínio, Ovídio, Sêneca e Cícero. Sua expansão e ampliação ocorreu, no entanto, com os Humanistas durante
o Renascimento, que usaram as epístolas como uma forma de comunicar a todos os acontecimentos do mundo, muito antes
do surgimento da imprensa jornalística. Dessa técnica surgiu a epistolografia, que nada mais é do que o uso da técnica para
composição da introdução de obras, como uma forma de apresentar uma personagem ou ainda justificar seus escritos,
eliminando sua função de correspondência. Atualmente, o gênero parece estar em constantes mudanças com a difusão dos
meios eletrônicos, mas seguindo sempre outros moldes e estilos, adaptando-se.

Natália Pétrin: disposto em < https://www.estudopratico.com.br/epistola-o-que-e-como-surgiu-e-suas-


caracteristicas/>

> 2. O MODELO DE I CORINTIOS

Como ponto de partida, indaga-se: deve-se tomar a opinião de Paulo como sendo
Palavra de Deus (7:25)? E no caso da exclusão de um membro? Como isto se aplica hoje
em dia quando há tantas igrejas, que basta apenas atravessar a rua (capítulo 5)? E como
ficam as mulheres? Devem ou não usar véu nos dias de hoje?
De acordo com a análise de Gordon D. Fee (2018, pg. 68), a estrutura de uma carta
contem em geral as seis partes seguintes:

1- o nome do escritor (ex. Paulo)


2- o nome do endereçado (ex. à Igreja de Deus em Corinto)
3- a saudação (ex. Graça a vós outros e paz da parte de nosso Deus e Pai…)
4- oração (ex. Sempre dou graças a Deus a respeito de vós…)
5- o corpo
6- a saudação final e despedida (ex. a graça do Senhor seja convosco)
2.1 O CONTEXTO HISTÓRICO

Sabe-se que pelos padrões da época Corinto era uma cidade relativamente nova.
Devido à sua localização estratégica cresceu muito comercialmente, e era uma cidade
bastante religiosa, com diversos templos de deuses espalhados pela cidade. Além disso,
era uma cidade com muita cultura e sobretudo rica. Com base na estrutura apresentada
acima, podemos ter notado as seguintes coisas:

1- Os crentes coríntios eram principalmente gentios, mas haviam alguns judeus


também (6:9-11; 8:10; 12:13). Gostavam de sabedoria e conhecimento (1:18 –
2:5; 4:10; 8:1-13; ). Eram orgulhosos e arrogantes (4:18; 5:2-6), até ao ponto de
julgarem Paulo (4:1-5; 9:1-18)
2- A atitude de Paulo variou entre a repreensão (4:8-21; 5:2; 6:1-8), o apelo (4:14-
17; 16:10-11) e a exortação (6:18-20; 16:12-14)
3- Vê-se em 1: 10-12 que Paulo foi informado por pessoas da família de Cloé. Em
5:1 também nos diz informações relatadas. Em 7:1 vemos que Paulo havia
recebido uma carta deles. Nota-se também que haviam alguns itens nessa carta,
conforme 7:25, 8:1, 12:1, 16:1 e 16:12.
4- Quanto às divisões lógicas da carta, vê-se que 7:1 é a primeira vez que Paulo
menciona a carta recebida. Neste caso, supõe-se que os capítulos 1 a 6 são
respostas daquilo que foi relatado a Paulo. As frases introdutórias e os assuntos
abordados dão base para propor as seguintes divisões:

 o problema das divisões na igreja (1:10 – 4:21)


 o problema do homem incestuoso (5:1-13)
 o problema dos processos jurídicos (6:1-11)
 o problema da fornicação (6:12-20)

A maior parte do conteúdo entre o capítulo 7 e o 16 é resposta à carta recebida, como


visto pela expressão usada por Paulo “Ora, quanto ao…”. Os itens que não são
introduzidos por esta expressão são três: 11:2-16, 11:17-34 e 15:1-58. Talvez os itens do
capítulo 11 também foram relatados a ele (ao invés de ter tomado conhecimento por meio
da carta recebida), mas foram incluídos aqui porque tudo, desde o capítulo 8 até o capítulo
14 trata da adoração de forma geral. O capítulo 15 fica difícil saber se é uma resposta ao
que foi relatado a ele, ou se é resposta à carta que mandaram. O versículo 12 não ajuda
muito neste sentido, pois Paulo pode estar citando um relato, ou a carta deles.
Seja como for, o restante da carta pode ser facilmente esboçado:

1- O comportamento dentro do casamento (7:1-24)


2- As virgens (7:25-40)
3- A comida sacrificada aos ídolos (8:1-11:1)
4- As cabeças cobertas das mulheres na igreja (11:2-16)
5- Os abusos na Ceia do Senhor (11:17-34)
6- Os dons espirituais (12-14)
7- A ressurreição dos crentes (15:1-58)
8- A coleta (16:1-11)
9- A volta de Apolo (16:12)
10- Exortações e saudações finais (16:13-24)
CENTRO DE ESTUDOS BET HAKAM
CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA
HERMENEUTICA BIBLICA
PROFESSOR: LUCIO CARLOS
ALUNO: ANTONIO ELIAS SILVA NETO

ELEMENTOS LITERÁRIOS DA 1ª EPISTOLA DE PAULO AOS CORINTIOS

SÃO LUIS – MA
2018

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