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Como desmascarar a astúcia do demônio em nossa vida?

O demônio utiliza artimanhas para aproximar-se dos filhos de Jesus

A Palavra de Deus, através do nosso primeiro Papa São Pedro, na primeira carta 5,8 nos diz o
seguinte: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão
que ruge, buscando a quem devorar”.
O diabo é mais perigoso em sua astúcia do que em sua fúria. Nós precisamos estar muito
atentos com respeito a ele, porque ele é mais perigoso em suas ciladas do que em sua força. Ainda
é mais perigoso quando trabalha em surdina do que quando nos enfrenta cara a cara.

Luta diária
O tempo em que vivemos é muito difícil! É um tempo de lutas que estão fora do alcance
humano. Não há armas no mundo criada por homens nem mulheres que possam destruir a fúria
do demônio, somente as armas espirituais, ou seja, os dons do Espírito Santo.
Estamos vivendo um tempo de batalha muito grande, e o inimigo de Deus tenta nos destruir de
todas as formas, mas quando temos o Espírito Santo em nós, o inimigo é impedido de tomar
controle da nossa personalidade.

São Paulo nos ensina: “Não sabeis, vós sois o templo onde habita o Espírito Santo de Deus”.
Nós somos morada e templo vivo da habitação do Espírito. É ele que nos dá a força para vencer
toda a sedução e todas as trapaças do inimigo, ainda sim ele tenta destruir os nossos
relacionamentos, nossa família e bagunçar a nossa vida, pois seu alvo é destruir o homem desde
Adão e Eva. O inimigo sabe que é só dessa maneira que ele pode ferir o coração de Deus, porque
a Palavra vem confirmar isso: “Eu vim para que não se perca nenhum dos meus”.

Vencendo o demônio
Deus não quer a perdição de ninguém, por isso temos de lutar contra as ciladas do demônio,
resistir a elas e conhecer suas estratégias. Para muitas pessoas, o demônio não existe, e manter
essa imagem é a principal arma dele para esconder sua verdadeira identidade e continuar agindo
sem sofrer nenhuma espécie de oposição.
O inimigo é um ser astuto, inteligente e perverso. Em muitos filmes que vemos, em todas as
espécies de mídias, a imagem com a qual ele nos é apresentado retrata uma criatura com chifres,
rabos, olhar feroz, dentes grandes e uma aparência horrível, que jamais alguém vai querer conviver
com ele. O demônio, no entanto, é enganador, e nunca irá se mostrar dessa maneira ou revelar a
sua verdadeira face.
Se aparecesse assim para cada um de nós, seria muito fácil identificá-lo, mas ele vai sempre
se mostrar com uma aparência atrativa e muito sedutora para nos destruir. Ele não usa de meios
drásticos, mas de sutilezas, já que sua arma principal é a astúcia.
Como sabemos, ele é enganador, astuto e falso. Temos de desmascará-lo e inibir sua atuação,
pois se somos de Jesus e estamos libertos, verdadeiramente pelo Seu Sangue, por Sua Paixão,
Morte e Ressurreição na cruz, podemos vencer o inimigo, porque ele já é derrotado, Jesus já o
derrotou na cruz, e a vitória de Cristo é a nossa vitória.

A vitória de Jesus Cristo


Temos de afirmar a vitória de Jesus, porque o demônio não gosta de quem toma possa da
vitória de Cristo, por isso ele tenta, de todas as maneiras, destruir a nossa vida pelo desânimo, pelo
medo e comodismo, pela insegurança, preguiça e por tantas armas que são peculiares na ação
cotidiana do inimigo contra os filhos de Deus.
O demônio não gosta daqueles que têm força, daqueles que lutam, que superam obstáculos e
vencem barreiras, portanto, para vencê-lo e desmascará-lo, precisamos orar e ficar atentos.

Vigiar
Precisamos vigiar, porque somos fracos e incapazes, e essa luta é desonesta, pois não vemos
o inimigo, não sabemos por onde ele irá atacar e em qual momento irá invadir a nossa vida, o nosso
ser e a nossa história.
Por isso, precisamos estar muito atentos e não deixar brechas. A força que nos foi dada, em
nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, reveste-nos da armadura de Deus para estarmos preparados
para essa batalha.
Ao fim dessa nossa reflexão, convido você a proclamar Efésios 6,10-20. Eu oro com essa
Palavra todos os dias e em vários momentos, porque sei que se não estivermos revestidos da
armadura de Deus, cairemos e não suportaremos tudo aquilo que precisamos passar para lutar e
fazer mostrar a presença do Deus vivo.
DEMONIO - Como o cristão pode afastar o demônio da sua vida?
A vida sacramental diária é o caminho para o cristão vencer o inimigo
Creio que existam pilastras que são importantes na vida de um cristão, para que tenha estrutura
para sobreviver diante de todos os ataques do inimigo e tenha a segurança de que Deus agirá; e o
milagre, a cura, a graça e a libertação acontecerão.
O tempo é o tempo de Deus e basta a perseverança. Então, o primeiro passo é a intimidade
com a vida de oração, acompanhada de jejum, do terço, da mortificação, da adoração e dos
combates espirituais.
A intimidade com Deus, também, depende do tempo de oração que temos com Ele. Pois, se
queremos ter um relacionamento com alguém, é preciso conviver com esse alguém. O tempo de
oração é muito importante.
O segundo passo é a Palavra de Deus, pois ela é uma das orações principais e devemos orar
com a Palavra de Deus para afastar o inimigo.
A Palavra de Deus revela a verdade e, o inimigo, se baseia na mentira. Porque ele construiu
seu império das trevas sobre a mentira. Paulo diz que ele é o pai da mentira, o sedutor e o
enganador.
A Palavra de Deus é luz
Nela nós saberemos por onde andar, porque a Palavra de Deus é luz, caminho e libertação
natural. Podemos encontrar a força de Deus na vida dos profetas, dos patriarcas, do povo que
peregrinava no antigo testamento, dos apóstolos e dos primeiros cristãos.
As Sagradas Escrituras têm a resposta para tudo aquilo que precisamos, pois, mesmo se
juntarem todas as bibliotecas do mundo, essas não podem trazer a resposta, o conhecimento e o
conteúdo que a Palavra de Deus nos apresenta.
Vida de oração
Precisamos ter uma vida no Espírito e na vivência dos carismas. Porque sem o batismo no
Espírito Santo não podemos fazer nada de bom. É preciso que, diariamente, invoquemos o Espírito
Santo, para que Ele abata a fúria de satanás que se instalou ao redor de nós, do nosso trabalho,
da nossa casa e da nossa família.
Onde se acende uma luz, tudo fica claro. É essa luz do Espírito que neutralizará toda a ação
do mal. O Espírito Santo nos convencerá do pecado, ou seja, nos mostrará a realidade e o caminho
por onde devemos seguir.
Oração
Não podemos viver nenhum dia sem uma escravidão total e absoluta ao Espírito Santo. Por
isso, desenvolvi essa oração de consagração ao Espírito Santo.
“Espírito Santo, alma da minha alma, eu Te adoro. Espírito Santo, vida da minha vida, eu Te
amo. Quero agora fazer uma aliança de amor Contigo e ela é indissolúvel. Quero ser fiel na alegria
e na tristeza; na saúde e na doença; amando-Te e respeitando-Te todo os dias da minha vida e
enquanto eu viver. Espírito Santo farei de tudo para que sejas conhecido, amado e adorado por
todos os homens e mulheres da face da terra. Eu Te amo Espírito Santo. Eu Te adoro Espírito
Santo e sou Teu escravo e quero ser possuído por Ti, para ser livre de toda a possessão do mal.”
Se puderem, faça essa oração e essa consagração ao Espírito Santo todos os dias da sua vida.
A oração, o sacramento, a Palavra de Deus e o Espírito Santo.
A graça da vida sacramental
Os sacramentos são como um termômetro, pois medem a nossa temperatura em Deus. Com
eles podemos vencer todas as investidas do demônio. Por isso, é importante os sacramentos, ou
seja, a confissão frequente e a Eucaristia diária, sem faltar aos domingos.
Então, percebam que para vencer o inimigo é necessário orar e viver em dia com os
sacramentos. Combata, mergulhe e faça o seu diário espiritual.
ARMAS ESPIRITUAIS - Eucaristia e confissão, armas espirituais contra a tentação
Devemos lançar mão das armas espirituais e lutar sem desanimar
Lutar com as armas espirituais que Deus nos oferece é o segredo para vencermos as
tentações. A oração é uma das maiores armas que o Senhor nos concede, por isso, convido você
a rezar: “Tua Palavra, Senhor, é mais penetrante que uma espada de dois gumes. Toca-nos, agora,
Senhor, para que Tua Palavra possa trazer a vitória sobre qualquer espírito mau que queira nos
enganar”.
Eu acho que todos devem saber o que os romanos faziam quando derrotavam um império ou
um general. O vencedor entrava de forma triunfante em Roma. Em meio àquela entrada triunfal, o
general era aplaudido e louvado, e o general derrotado era amarrado à carruagem do vencedor.
Isso era o máximo de humilhação para quem havia sido derrotado.
Se olharmos Colossenses, veremos que São Paulo usa esse mesmo fato para falar da derrota
do inimigo de Deus. Já foi dito várias vezes que o demônio já foi derrotado. Não precisamos temer
nada. É verdade que o maligno é como um leão que ruge à nossa volta, tentando achar uma brecha
e nos devorar. Mas por que ele continua a entrar nesse campo de batalha, uma vez que já foi
derrotado? A intenção dele é diminuir a força do reinado de Jesus.

O inimigo quer nos enfraquecer


Satanás continua a tentar enfraquecer aqueles filhos e filhas de Deus, que fazem parte do
Reino do Senhor. E a experiência de muitos é esta: “Por que, depois que comecei a seguir Jesus,
tenho mais tentações, sinto-me mais oprimido que antes e tenho mais crises?”.

Seguir Jesus é exigente


Muitas pessoas, muitos cristãos, uma vez que tomam a decisão de seguir o Senhor, pensam
que vão ter uma vida mais tranquila, mas a verdade é o contrário, pois o demônio não tem interesse
em atacar os que não são seguidores de Jesus. O interesse dele é colocar obstáculos na vida
daqueles que decidiram seguir o Senhor. Os cristãos são as pessoas mais atacadas. Até os santos
foram perseguidos!

O desânimo
Seguir Jesus, num momento de entusiasmo, é fácil, mas continuar O seguindo nos momentos
de sofrimento é difícil. No entanto, existe uma coisa, uma técnica que, frequentemente, o demônio
usa para nos atacar: o desânimo, o desencorajamento.

O louvor liberta
O inimigo de Deus virá tentá-lo quando você estiver se sentindo fraco, cheio de medos, com
raiva, ansioso e triste. Ele é como um rato dentro em um duto. Você não o vê. Ele age durante à
noite, esconde-se sem que ninguém o veja, mas se você derramar uma chaleira de água quente lá
onde ele está, ele vai ter de sair do buraco. Quanto mais louvamos a Deus, tanto mais o maligno
não consegue suportar isso e foge.
O desânimo não vem de Deus, sempre vem do inimigo, daquele que nos faz desistir de seguir
em frente.

Assumir a vitória de Deus


Não temos por que temer o diabo, pois ele já foi derrotado. Ele é que tem de ter medo de você
e de mim! A razão para isso é simples: nós somos filhos e filhas de Deus, herdeiros do Reino de
Altíssimo. O maligno tem muita raiva, porque aquilo que foi dado a ele uma vez, agora é dado para
nós. Ele tem raiva e ódio de nós por causa disso. Ele odeia a cada um de nós. E faz tudo para nos
enganar, para que voltemos desencorajados e desanimados. Ele tenta nos enganar de várias
maneiras.
É nosso papel lutar contra essas táticas que inimigo de Deus utiliza para nos desanimar. Outra
tática usada por ele é nos apresentar meias verdades, porque o demônio é um mentiroso,
enganador, trapaceiro. Ele nos apresenta algo que parece muito bom, quando, na verdade, é muito
ruim.

A tentação de não fazer a vontade de Deus


O maligno diz que, por causa dos nossos pecados, não conseguimos fazer nenhuma tentativa
para ser mais santo. Ele faz de tudo para que saiamos do caminho da vontade do Senhor. Muitas
vezes, nós pensamos que tentações são apenas relacionadas ao sexo, à raiva, a sentimentos de
ódio e vingança. Essas são grandes tentações. Mas temos de estar atentos a uma grande tentação,
que é não fazer a vontade de Deus. Ele ousou tentar Jesus a desobedecer ao Pai, quando O levou
ao alto do monte e mostrou-Lhe as cidades, dizendo-Lhe que elas pertenciam a Ele.

Lutar com as armas espirituais certas


Irmãos e irmãs, será uma luta até o fim de nossa vida, mas se nós usarmos as armas espirituais
certas não precisaremos ter medo nenhum. A primeira arma é a Eucaristia. O inimigo treme diante
do Corpo de Cristo, porque é sinal de humildade, enquanto ele luta para ter poder. Jesus Cristo
quis, por um momento, aniquilar a Si mesmo, entrando nas espécies do pão e do vinho para ficar
perto de nós. Uma outra arma forte contra o maligno é o sacramento da confissão, que é mais
poderoso do que a própria oração do exorcismo.
OS DONS DO ESPÍRITO SANTO TEM O PODER DE NOS SANTIFICAR

A presença dos dons do Espírito Santo na nossa vida de conversão e santidade


Nesse percurso do Caminho Espiritual ou Moradas que estamos percorrendo, além de ver
que Deus nos chama à santidade (Mt 5,48), refletimos como Ele mesmo investe na nossa
santificação. A iniciativa parte de Deus, e é Ele quem fornece os meios para sermos santos, mas
nada se realiza sem a colaboração ativa e consciente do ser humano. Santo
Agostinho sintetizou isso ao dizer que “Deus que te criou sem ti, não te salvará
sem ti”. Não porque Ele não tenha poder para realizar a salvação sem a ajuda
humana, mas porque isso violaria o princípio de liberdade dado ao homem de
aceitar ou não a voz d’Ele. Também porque, sem esforço não existe mérito, e
sem mérito não pode haver prêmio.
Justamente porque a colaboração ativa para a santificação pessoal requer esforço
e conversãoconstantes, foram dedicados os sete primeiros artigos desta série, para explicar qual a
parte da criatura nessa via de santificação. Nos últimos dois artigos, examinou-se como, ainda nas
Primeiras Moradas, Deus investe na nossa santificação por meio dos sacramentos e das virtudes
infusas. Agora, veremos como os dons do Espírito Santo são dados para promover o avanço na
vida espiritual.

Os dons do Espírito Santo que atuam nas primeiras moradas


Na prática, embora recebidos juntos, os dons do Espírito Santo se desenvolvem,
sequencialmente, um após o outro. Nas primeiras moradas, deve-se alimentar e desenvolver os
cinco primeiros dons: dom de temor, dom de ciência, dom de piedade, dom de fortaleza e dom de
conselho. O dom do entendimento será desenvolvido nas segundas e terceiras moradas; e o dom
de sabedoria, a partir das quartas moradas. Estes serão explicados (e vividos) nos seus respectivos
lugares.
Aqueles que têm uma vivência carismática da fé precisam ter clareza de que não se trata aqui
dos dons carismáticos do Espírito Santo ou “graça gratuita”, como se refere a eles Santo Tomás de
Aquino. Os dons carismáticos (graça gratuita) estão a serviço da Igreja e de sua construção, não
da santificação pessoal, como a graça santificante (ST I-IIQ111A01). Aqui, devido ao próprio
escopo dos artigos, tratamos dos sete dons do Espírito Santo, os dons da graça santificante que
tem por objetivo santificar os homens e mulheres.
Esses dons foram descritos, em Isaías, como aqueles que fariam do Messias, o Cristo
prometido, salvador de todos (Is 11,2-3). A Igreja, ao entender que o chamado de todo cristão é
santificar-se sendo outro Cristo, recorda-nos de que precisamos ser animados pelos mesmos dons.
Numa linha cronológica, foi Santo Agostinho quem primeiro lançou uma luz sobre o que seriam e
como atuariam esses dons na santificação do cristão, relacionando cada um deles às Bem-
Aventuranças (Mt 5,3-12). São Gregório de Nisa, em outra analogia, chamava-os de “escada de
Jacó”, em referência à passagem do sonho que Jacó teve sobre os anjos subindo aos céus (Gn
28,12).
Assim, se é o Espírito de Cristo (dons) que deve nos santificar, o caminho para se desenvolver
esses dons é, segundo o próprio Cristo, a aquisição das bem-aventuranças. Seguiremos esse
caminho aqui no nosso percurso espiritual.

O dom de temor e a felicidade dos pobres de espírito


O primeiro dom do Espírito Santo a ganhar força e se desenvolver para nossa santificação é
o dom do temor. Por isso, a Bíblia, em duas passagens (Pr 9,10 e Sl 110,10), coloca-o como o
início da caminhada que leva à sabedoria. Esse dom lembra que Deus é Todo-poderoso e nos faz
buscar a conversão, sob o risco de a própria salvação não se concretizar. Ele está relacionado à
pobreza de espírito, pois o dom explicita a nossa insignificância e a necessidade de buscar Deus,
buscar o espiritual. Também revela que se deve acabar com toda idolatria material e afetiva, pois
somente sendo “pobres” nessas coisas abre-se um verdadeiro espaço para Deus operar. Esse dom
ajuda a trabalhar a concupiscível e a desenvolver a virtude da temperança.

O dom de ciência e a felicidade dos que choram


Acolhendo e vivendo o primeiro dom, o segundo a se manifestar é o dom de ciência. Ao
contrário do que parece, a “ciência” aqui não é o conhecimento científico, mas o verdadeiro
conhecimento de si mesmo e do mundo. Deus age por meio desse dom, revelando como se perdeu
tempo, força e dedicação, correndo atrás de bens materiais, glórias e honrarias humanas. Quando
o Espírito recorda, por meio do dom de ciência, que se dedicou por anos em coisas que passam e
não passam, e que o eterno ficou esquecido ou em segundo plano, a alma chora. Aqui se encontra
a esposa do Cântico dos Cânticos quando diz “puseram-me a guardar as vinhas, mas não guardei
a minha própria vinha” (Ct 1,6). E é sob a inspiração do dom de ciência que também foi construído
todo o livro do Eclesiastes onde se sintetiza: “vaidade das vaidades, tudo é vaidade” (Ecl 1,2). Com
esse dom, percebe-se como o mundo nos engana constantemente. Chora-se o tempo perdido, a
falta do conhecimento e da dedicação ao caminho espiritual. Mas “felizes os que choram, pois serão
consolados”. Os que choram seus pecados e sua vida desperdiçada de modo sincero serão
consolados pelo próximo dom: a piedade.

O dom de piedade e a felicidade dos mansos


Por meio do dom de piedade, o Espírito Santo começa a construir um verdadeiro e terno amor
a Deus. Se o dom do temor faz ter um temor de servo, o dom de piedade dá um respeito de filhos.
Já não se obedece mais os mandamentos por medo da punição e do inferno, mas porque são
ferramentas construídas para o nosso bem e cuidado. De regras a serem obedecidas, compreende-
se que, na verdade, são como orientações de um pai amoroso para se chegar à felicidade plena.
Nas bem-aventuranças, o dom de piedade está relacionado aos mansos, pois as paixões começam
a ser dominadas, a paz interior da habitação de Deus começa a ser conquistada e a grande virtude
da paciência vai finalmente se manifestando. Vencendo o ódio e a soberba, possui-se a terra, ou
seja, o domínio sobre nossa parte mais carnal e os sentidos.

O dom de fortaleza, a fome e sede de justiça


A “justiça”, na Bíblia, é sempre um outro nome para “santidade”. Aqueles que têm fome e sede
de justiça têm, em primeiro lugar, um desejo intenso de santidade. Serão saciados segundo as
bem-aventuranças, pois Deus concede aos que se tornaram dóceis ou possuidores do dom de
piedade, o dom de fortaleza para continuar a caminhada com decisão. De fato, um dos principais
problemas daqueles que tentam levar a vida espiritual a sério é a falta de constância e
perseverança. O dom de fortaleza concede a força necessária para não se desistir nem esmorecer.
Ele também promove o domínio sobre o irascível e consolida a virtude da paciência. No entanto,
que continue claro, ele só se manifesta depois que promovemos o crescimento do dom de temor,
do dom de ciência e piedade.

O dom de conselho e os misericordiosos


O quinto dom do Espírito Santo a se manifestar no caminho de santificação chama-se dom
de conselho. Como o nome diz, ele traz a clareza interior (conselho) sobre o que contribui ou não
para nossa salvação. Afinal, entre duas obras queridas por Deus, qual devemos executar? Se o
filho ficou doente, o correto é conduzir a pregação no grupo de oração conforme foi combinado ou
permanecer ao lado do filho? Qual a verdadeira obra de misericórdia para o momento? Como não
existem respostas prontas e os casos, circunstâncias e envolvidos são sempre diferentes, somente
o dom de conselho pode revelar o verdadeiro desejo de Deus e colocar a virtude da prudência em
condições de atuar corretamente. Ele nos conduz a servir do próximo, mas da maneira correta, sem
prejuízo para nós mesmos e para os outros. Logo mais, veremos também como os dons de
conselho e fortaleza são fundamentais para abrirem a porta que leva às segundas moradas, e
porque tantos cristãos não conseguem sair dessas primeiras moradas por não desenvolverem
esses dons que recebem gratuitamente com a graça santificante.
Chegou a hora de rever os dons e as bem-aventuranças, de perceber onde realmente você
se encontra nessa escada que leva às segundas moradas. No próximo artigo, veremos, de uma
forma mais esquemática, tudo o que é essencial nessas primeiras moradas do castelo interior de
nossa alma para uma verdadeira progressão espiritual. Os artigos anteriores já trouxeram cada
item detalhadamente; agora, trata-se de conseguir uma perfeita visão de conjunto como um
verdadeiro mapa. Deus tem pressa com nossa santificação! São os santos que, verdadeiramente,
conduzem a propagação do Reino de Deus na Terra. Rezo para que o dom de fortaleza atue em
você, fazendo-o incansável nessa busca. A recompensa é inigualável, e o Senhor de todas as
coisas vive mais próximo do que percebemos.

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