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SOCIOLOGIA GERAL E DO DIREITO

1º Ano de Direito

Conceito sociológico: Socialização


Cristiano das Neves Bodart e Roniel Sampaio Silva.

Para começo de conversa, vamos esclarecer o que é Socialização. Trata-se de um


processo pelo qual o indivíduo internaliza o coletivo, ou seja, através da
socialização é que as ideias e valores estabelecidos pela sociedade passam o
constituir o indivíduo. É pela apreensão destas ideias e valores que nós nos
adaptamos aos grupos que fazemos parte.

Assim, o individuo não nasce humano, ele aprende a ser humano.

Por Contato Social entendemos a interação entre duas ou mais pessoas. Não
apenas interação sensitiva, física, mas o contato baseado na comunicação de
significados.

O contato social influencia na formação da nossa personalidade. São pelas


experiências com as outras pessoas que vamos assimilando o comportamento
social. Nessas experiências vamos nos habilitando a viver na sociedade a qual
temos contato.
Na perspectiva de Emile Durkheim, a sociedade, por meio da socialização, vai
programando o indivíduo a ter um comportamento quase que padronizados.

“Pense, fale, compre, beba. Leia, vote, não se esqueça. Use, seja, ouça, diga.
Tenha, more, gaste e viva. Pense, fale, compre, beba. Leia, vote, não se esqueça.
Use, seja, ouça, diga...Não senhor, Sim senhor (2x)”( PITTY)
Já notaram que quando um criminoso é preso, quase sempre existem
representantes dos Direitos Humanos para o defender? Por que eles defendem
um criminoso? Certamente você já deve ter feito esta pergunta!

A compreensão dos representantes dos Direitos Humanos é que o infrator pode


está sendo vítima de sua história de vida.
Nos termos sociológicos, vítima do seu processo de socialização. Assim como
aprendemos a viver conforme as regras, outros indivíduos, dependendo de sua
história, são influenciados a não segui-las.

Muitos tentam mudar seu comportamento, mas as influências de suas


experiências sociais são tão marcantes que isso pode tornar difícil tal mudança.
Certamente se o indivíduo chegou a consciência da necessidade de mudar sua
vida, teve ele contato com novos horizontes.
Como já dizia o velho Max Weber: o indivíduo é livre para fazer escolhas, desde
que ele tenha consciência e condições de realização destas.

Muitas vezes os novos contatos sociais possibilitam um despertar para a


mudança de comportamento, o que sem sempre é possível devido as condições
socioeconômicas do indivíduo.

“Eu queria mudar, eu queria mudar, eu queria mudar, eu Queria mudar..O


meu mundo me ensinou a ser assim, fazer a correria os cana vinha atrás de
mim Aprendi a ser esperto aprendi a meter fita, no meio Da malandragem só
tem fumaça Cresci numa quebrada onde não pode dar mole, onde Amigo e
confiança com certeza não há! Eu queria mudar, eu queria mudar, eu queria
mudar, eu Queria mudar.. O meu mundo me ensinou a ser assim, fazer a
correria os cana vinha atrás de mim Pulei o muro da escola pra correr atrás
de pipa, Jogar conversa fora, biloca em fica, Matar gato de pedrada, Rasgar o
lixo do vizinho.. é muita ocorrência pra um Só menininho È divertido
aprontar, fazer o que é proibido, Pedra no telhado brincadeira de bandido,
Espingarda de madeira, mocinho e bandido, Vida loca desde cedo atrás dos
Inimigos, mais folgado da rua tipo mais aloprado, Jeitinho de marrento
carinha de folgado, odiava Escola, classe ou centro de ensino, da meu
xumbinho da meu Brinquedo de matar menino, muitas vezes minha mãe me
Chamou de capeta eu sou o tipo de cara que não vive Sem tentar, de tanto de
escutar um nome por ele eu atendo na Madruga é nós na fita puro veneno. Eu
queria mudar, eu queria mudar, eu queria mudar, eu Queria mudar.. Nenhum
som aqui”

Observamos que existe um trecho na música que diz “O meu mundo me


ensinou a ser assim [...]”
Notamos que o personagem identifica porque ele age de uma determinada
forma. Teria sido o mundo que o ensinou! É justamente a sociedade que nos
ensina a nos comportarmos de acordo com o meio social que vivemos. Desta
forma, podemos afirmar que a socialização pode ser entendida como um
aprendizado social constante, pelo qual aprendemos a língua, os símbolos, as
normas sociais, a usar objetos, a crer em determinadas coisas ou seres, a termos
determinados tipos de sentimentos e comportamento, até aquelas manias que
temos.

A letra ainda trata da história de vida do personagem a qual estaria atrelado ao


grupo onde foi educado.
O processo de socialização que tivemos na nossa infância influenciou
fortemente o que hoje somos. Éssa etapa chamamos de socialização primária.

É na socialização primária que a família ensina os significados básicos das


coisas através da linguagem.
Com idade mais avançada, na maturidade, aprendemos comportamentos mais
complexos. Esse segundo momento chamamos de socialização secundária.

Ao longo de nossa vida vamos aprendendo com os outros a ser nós mesmos.
Mas um “nós” muito semelhante com o “outro”. Parece contraditório, mas é isso
mesmo que ocorre. Vemos muito do que somos nos outros.

“Mas vocês não repararam, não?!Nos salões do sonho nunca há espelhos...Por


quê? Será porque somos tão nós mesmos Que dispensamos o vão testemunho
dos reflexos? Ou, então- e aqui começa um arrepio -Seremos acaso tão outros?
Tão outros mesmos que não suportaríamos a visão daquilo, Daquela coisa que
nos estivesse olhando fixamente do outro lado, Se espelhos houvesse! Ninguém
pode saber... Só o diria Mas nada diz, Por motivos que só ele conhece, O
misterioso Cenarista dos Sonhos!” [Mario Quintana; Velório sem defunto, de
1990]

No poema, Mário Quintana, aponta para o fato de sermos “tão outros” que
evitamos olhar para nós mesmos para não enxergar tal realidade. Essa
característica ocorre devido ao processo de socialização nos fazer compartilhar
muitas coisas em comum com as demais pessoas.

José Augusto, em 1973, gravou a música “Eu sou assim” que parece ser uma
declaração de reconhecimento de que temos um perfil próprio, em outras
palavras “eu sou assim”.

“Eu não quero ser o bom mas o meu jeito é esseEu sou mesmo assim...Vejo
tanta coisa erradaE ninguém faz nada falam só de mimEu sou assim...Dizem
que eu não sou de nadaE que a minha estrada já está no fimQuerem destruir o
amor

Que eu consegui sofrendo e guardei prá mimEu sou assim...Vou seguindo o meu
caminho
Sem ligar prá tudo que eles vão falarPois o que me importa mesmo é a fé que eu
tenhoE não vou mudarEu sou assim...Eu Sou Assim(José Augusto)

Notem que a canção embora reconheça que temos uma personalidade, ignora
que ela está constantemente em construção.
A Socialização é um processo constante que se inicia com o primeiro contato
social e termina com o último que teremos em vida. Mas essa formação é
marcada por permanências. O que somos hoje é fruto de muitas coisas passadas
que permanecem.

As vezes achamos que nossos pais são anacrônicos, mas suas marcas e a de seu
tempo ainda influencia nossa personalidade, isso ocorre devido ao contato
social ainda existente. Podemos dizer que o novo e o velho se mistura em nós.

Elis Renina, em 1979, gravou uma música de composição de Belquior que trata
dessa aparente contradição, entre novo e velho; mudança e permanência.

“ [...]Já faz tempo Eu vi você na rua Cabelo ao vento Gente jovem reunida Na
parede da memória Essa lembrança É o quadro que dói mais...Minha dor é
perceber Que apesar de termos Feito tudo o que fizemos Ainda somos os
mesmos E vivemos Ainda somos os mesmos E vivemos Como os nossos
pais...Nossos ídolos Ainda são os mesmos E as aparências Não enganam não
Você diz que depois deles Não apareceu mais ninguém Você pode até dizer Que
eu tô por fora Ou então Que eu tô inventando...Mas é você Que ama o passado E
que não vê É você Que ama o passado E que não vê Que o novo sempre
vem...Hoje eu sei Que quem me deu a idéia De uma nova consciência E
juventude Tá em casa Guardado por Deus Contando vil metal...Minha dor é
perceber Que apesar de termos Feito tudo, tudo, Tudo o que fizemos Nós ainda
somos Os mesmos e vivemos Ainda somos Os mesmos e vivemos Ainda somos
Os mesmos e vivemos Como os nossos pais...”(Como Nossos Pais, Elis Regina)

Já repararam que em muitos aspectos somos parecidos uns com os outros?


Por que isso ocorre?
Isso ocorre devido ao fato de a sociedade exercer certa pressão sobre os
indivíduos para que não venhamos agir de forma diferente, fora daquilo que
esperam de nós.
(iniciar bateia da música Admirável chip novo)
Mas se não agirmos conforme ela nos pressiona, por meio de suas normas, leis,
regras e valores, o que acontece? Possivelmente sofreremos sanções sociais para
voltarmos a andar na linha!

Como citar esse texto:


BODART, Cristiano das Neves; SILVA, Roniel Sampaio. Conceito Sociológico:
Socialização. Blog Café com Sociologia. 2015.

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