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1º Ano de Direito
Por Contato Social entendemos a interação entre duas ou mais pessoas. Não
apenas interação sensitiva, física, mas o contato baseado na comunicação de
significados.
“Pense, fale, compre, beba. Leia, vote, não se esqueça. Use, seja, ouça, diga.
Tenha, more, gaste e viva. Pense, fale, compre, beba. Leia, vote, não se esqueça.
Use, seja, ouça, diga...Não senhor, Sim senhor (2x)”( PITTY)
Já notaram que quando um criminoso é preso, quase sempre existem
representantes dos Direitos Humanos para o defender? Por que eles defendem
um criminoso? Certamente você já deve ter feito esta pergunta!
Ao longo de nossa vida vamos aprendendo com os outros a ser nós mesmos.
Mas um “nós” muito semelhante com o “outro”. Parece contraditório, mas é isso
mesmo que ocorre. Vemos muito do que somos nos outros.
No poema, Mário Quintana, aponta para o fato de sermos “tão outros” que
evitamos olhar para nós mesmos para não enxergar tal realidade. Essa
característica ocorre devido ao processo de socialização nos fazer compartilhar
muitas coisas em comum com as demais pessoas.
José Augusto, em 1973, gravou a música “Eu sou assim” que parece ser uma
declaração de reconhecimento de que temos um perfil próprio, em outras
palavras “eu sou assim”.
“Eu não quero ser o bom mas o meu jeito é esseEu sou mesmo assim...Vejo
tanta coisa erradaE ninguém faz nada falam só de mimEu sou assim...Dizem
que eu não sou de nadaE que a minha estrada já está no fimQuerem destruir o
amor
Que eu consegui sofrendo e guardei prá mimEu sou assim...Vou seguindo o meu
caminho
Sem ligar prá tudo que eles vão falarPois o que me importa mesmo é a fé que eu
tenhoE não vou mudarEu sou assim...Eu Sou Assim(José Augusto)
Notem que a canção embora reconheça que temos uma personalidade, ignora
que ela está constantemente em construção.
A Socialização é um processo constante que se inicia com o primeiro contato
social e termina com o último que teremos em vida. Mas essa formação é
marcada por permanências. O que somos hoje é fruto de muitas coisas passadas
que permanecem.
As vezes achamos que nossos pais são anacrônicos, mas suas marcas e a de seu
tempo ainda influencia nossa personalidade, isso ocorre devido ao contato
social ainda existente. Podemos dizer que o novo e o velho se mistura em nós.
Elis Renina, em 1979, gravou uma música de composição de Belquior que trata
dessa aparente contradição, entre novo e velho; mudança e permanência.
“ [...]Já faz tempo Eu vi você na rua Cabelo ao vento Gente jovem reunida Na
parede da memória Essa lembrança É o quadro que dói mais...Minha dor é
perceber Que apesar de termos Feito tudo o que fizemos Ainda somos os
mesmos E vivemos Ainda somos os mesmos E vivemos Como os nossos
pais...Nossos ídolos Ainda são os mesmos E as aparências Não enganam não
Você diz que depois deles Não apareceu mais ninguém Você pode até dizer Que
eu tô por fora Ou então Que eu tô inventando...Mas é você Que ama o passado E
que não vê É você Que ama o passado E que não vê Que o novo sempre
vem...Hoje eu sei Que quem me deu a idéia De uma nova consciência E
juventude Tá em casa Guardado por Deus Contando vil metal...Minha dor é
perceber Que apesar de termos Feito tudo, tudo, Tudo o que fizemos Nós ainda
somos Os mesmos e vivemos Ainda somos Os mesmos e vivemos Ainda somos
Os mesmos e vivemos Como os nossos pais...”(Como Nossos Pais, Elis Regina)