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Curso de Resgate em Estruturas Colapsadas - Nível Leve

Lição 6
Manipulação Inicial do Paciente
em Estruturas Colapsadas

1. PRINCÍPIOS DE PRIMEIROS SOCORROS

Administrar PRIMEIROS SOCORROS é sinônimo de prover a ajuda necessária a uma pessoa


ferida ou subitamente doente, no próprio lugar dos fatos e prepará-la, com a equipe e materiais
disponíveis para uma evacuação resgate e traslado a uma facilidade médica.
Os PRIMEIROS SOCORROS podem consistir em uma simples ação de atender uma pequena
ferida ou tratar-se de uma complexa situação de vítimas em massa ou um caso extremamente
complicado de uma só pessoa.
Qualquer que seja a situação, os objetivos a obter na aplicação adequada dos PRIMEIROS
SOCORROS, são:

• Preservar a vida humana.


• Evitar que se agrave a lesão ou a enfermidade repentina.
• Obter o restabelecimento do paciente por meio de uma boa preparação, evacuação e
posterior traslado.

Em muitos países a lei não obriga a ajudar a outros em situações de emergência, entretanto,
prestar PRIMEIROS SOCORROS é uma das funções trabalhistas dos grupos de resgate, portanto
é uma obrigação legal responder às situações de emergência que sejam informadas aos grupos
de primeira resposta em situações de emergência.

Sempre que se auxilie a uma pessoa, deverá:


• Identificar-se como socorrista e obter a autorização da pessoa lesada antes de tocá-la. A
isto chamamos consentimento.
• Proceda sempre de acordo ao nível de seus conhecimentos. Seja prudente, cuidadoso e
competente.
• Assuma sua responsabilidade e não atue com negligência.
• Jamais abandone uma pessoa a quem tenha iniciado os procedimentos de PRIMEIROS
SOCORROS. Esta atitude é penada em muitas legislações e chamamos abandono.

O consentimento necessário para atender a uma pessoa ne3cessitada pode ser explícito
quando nos confirmam verbalmente ou por gestos que necessitam de nossa ajuda e também pode
ser implícito quando as circunstâncias não permitem falar com o paciente, ou não tem a
capacidade legal para decidí-lo, mas se assume, que pode fazê-lo.

Uma das mais fundamentais regras na aplicação dos PRIMEIROS SOCORROS, é emprestar toda
a ajuda necessária segundo as mais absolutas normas de segurança, tanto para o paciente como
para o socorrista. Deve existir um tempo prudencial e necessário para investigar a existência de
perigos e potenciais perigos. Verifique a existência de riscos da seguinte forma:

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• Na fonte de energia que causou as lesões. Pode ser um fato de trânsito. Uma queda.
Uma estrutura colapsada.
• Perigos secundários relacionados à fonte de energia. Movimentos de veículos não
assegurados. Ruptura de uma escada. Escombros instáveis em um colapso estrutural.
• Perigos próprios das ações de atenção ou resgate. Por exemplo acesso difícil às
vítimas; podemos ter lesões por carregar pacientes muito pesados.

No transcurso da administração dos PRIMEIROS SOCORROS, o resgatista e a pessoa


necessitada entram em um estreito contato que pode facilitar a transmissão de enfermidades e
infecções de todo tipo. Sempre deverá adotar as medidas de segurança denominadas
precauções universais para reduzir o risco de contágio.

No caso da atenção que deve brindar-se às múltiplas vítimas produto de colapso de estruturas,
deve se ter especial cuidado em não confundir esta situação com a atenção normal e comum. A
atenção de pacientes nestas condições, requer manter-se atento à possibilidade que se repita a
ação que produziu o colapso da estrutura (réplica), já seja um sismo, uma explosão ou o
desabamento por falta de segurança na armação da infra-estrutura.
Em caso da réplica, atuar com prudência. Sua primeira prioridade é proteger sua própria
segurança. Você é mais útil como resgatista que como vítima.

Os conhecimentos e a atuação dos membros que tenham o Curso de Busca e Resgate em


Estruturas Colapsadas Nível Leve, têm uma vantagem. A vantagem é que estes especialistas
aproveitam o que em atenção de pacientes se denomina “A hora de ouro”. Chamamos assim
porque se a vítima é atendida, estabilizada, transladada e recebida para cuidados médicos nessa
primeira hora posterior às lesões, suas possibilidades de sobreviver e recuperar-se
adequadamente, são muito altas.

MECANISMOS DAS LESÕES EM COLAPSOS ESTRUTURAIS


Cada lesão tem uma causa precisa. Por exemplo, em um colapso estrutural a lesão não se produz
porque a vítima estava dormindo ou em uma posição especial, mas sim porque foi golpeada por
um escombro na cabeça.
Assim que se chega ao lugar da emergência deve se fazer as seguintes perguntas:
• O que aconteceu para produzir este tipo de lesão?
• Quanta força afetou à vítima?
• Que partes do corpo estão lesadas?
As respostas a estas perguntas permitem determinar o mecanismo da lesão, uma das
informações mais úteis do resgatador. Em uma situação de emergência, se se pode identificar o
mecanismo da lesão, poderá predizer quais são as lesões prováveis e as poucos prováveis e isto
determinará a sua atuação e as ações de PRIMEIROS SOCORROS a serem desenvolvidas.

LESÕES COMUNS EM COLAPSOS ESTRUTURAIS


Podemos falar das lesões comuns nos casos de colapso estrutural, mas também devemos tomar
em conta as condições comuns de quantos pacientes são produto de lesões variadas e que em
muitas ocasiões produzem conseqüências lamentáveis. Assim mesmo existem situações
adicionais que se desencadeiam depois ou como conseqüência de um colapso estrutural, o que
definiremos como situações conexas.

• Lesões: As lesões são produto dos danos causados ao corpo por violência direta sobre as
malhas. No caso dos colapsos estruturais podem ser desde partidas até múltiplas fraturas
e esmagamentos.

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Por exemplo: Erosões, golpes, feridas, fraturas, hemorragias, luxações, entorses, síndrome
de esmagamento e compartimental.
• Condições: As condições são situações produto das lesões ocasionadas no organismo.
Dito de outra forma as condições são resultados das lesões. Por exemplo: Shock, dor,
mudanças no nível de consciência, mudanças na temperatura corporal, convulsões,
problemas cardíacos e respiratórios, mudanças na pressão arterial, vômitos por lesões de
crânio, desidratação, ativação de emergências médicas.
• Situações conexas: São situações que não estão diretamente ligadas ao colapso
estrutural mas que podem ser produzidas como um resultado indireto do colapso.
Por exemplo: Queimaduras, hipotermia, congelamento superficial e profundo, asfixia,
condição de atmosferas inseguras, linhas elétricas vivas, situações de inundação,
explosões, fugas de gás, picadas de insetos venenosos, situações de risco causadas pelo
calor, atenção de doentes mentais, histeria, ataque de pânico, ansiedade, depressão.

Logo depois de determinar todo o relacionado ao ambiente e à cena, conhecer os mecanismos das
lesões e conhecer as lesões que podemos encontrar em um colapso de estruturas, é importante saber
como atender as lesões e o quê fazer em cada uma das circunstâncias que se possam apresentar.

2. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DO PACIENTE

PROCEDIMENTO GERAL:
Ao chegar à cena, debe-se:
9 Informar à sua base.
9 Usar precauções universais.
9 Cuidar da sua própria segurança. (Isto inclui o uso de EPI e verificar se a cena está segura)
9 Verificar a segurança para o paciente.
9 Verificar se o paciente responde. (Se estiver consciente: identifique-se e continue)
9 Identificar e corrigir lesões e emergências médicas, que ameaçam a vida.
9 Estabilizar e vigiar o paciente, durante seu traslado ao centro assistencial.

APRESENTAÇÃO PESSOAL:
9 Identifique-se como pessoa treinada.
9 Pergunte ao paciente se você pode ajudá-lo. (Consentimento explícito ou implícito)

FONTES DE INFORMAÇÃO:
9 A cena por si mesmo.
9 O paciente. (Sim pode responder)
9 Qualquer familiar ou curiosos.
9 O mecanismo óbvio da lesão.
9 Qualquer deformidade notável ou lesão óbvia.
9 Qualquer sinal ou característica de certos tipos de lesões ou de enfermidades.

A. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA. É o processo ordenado que serve para detectar e controlar os


problemas que ameaçam a vida do paciente a curto prazo.

Os problemas em ordem de importância são:

CONSCIÊNCIA: Esta consciente? Se estiver, lhe pergunte se quer que o ajudem. (Consentimento)

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RESPIRAÇÃO: Está permeável a via aérea e existe uma respiraçÃo adequada?

CIRCULAÇÃO: Existe um pulso que indique que o coração do paciente está fazendo circular o
sangue? (Pulso carotídeo)

HEMORRAGIA: Existe um sangramento sério ou perdeu grande quantidade de sangue? Há indícios


de que está desenvolvendo um shock?

PASSOS PARA A AVALIAÇÃO PRIMÁRIA


9 Relatório de sua chegada ao lugar do incidente.
9 Logo depois de realizada a busca seguindo os procedimentos estabelecidos se localiza a vítima.
9 Verifique se o paciente responde. Palpar brandamente os ombros ou os pés do paciente e dizer
em voz alta: Posso lhe ajudar?
9 Se o paciente não responde, abrir a via aérea empurrando o maxilar inferior (Método de Empurre
Mandibular).
9 Verifique se a respiração é adequada, VER, OUVIR e SENTIR a troca de ar. Isto deve durar de 3
a 5 segundos.
9 Controle de hemorragias. Acima de tudo o sangramento que ameace a vida do paciente.

B. ATENÇÃO CRÍTICA POR TRAUMA. Antes de continuar com a avaliação secundária, é


importante imobilizar a região cervical imediatamente para acautelar outros danos. A
administração de oxigênio é necessária para acautelar o shock e lesão aos órgãos vitais.

COLAR CERVICAL
Recordar estes pontos:
• A imobilização deve levar a cabeça do paciente a uma posição em linha reta do nariz para
o umbigo.
• Se a cabeça não esta alinhada, sempre se deve tentar levar a cabeça a essa posição para
poder colocar o colar cervical.
• Se está consciente o paciente, detenha o movimento da cabeça a essa posição, se causa
dor e imobilize nessa posição.

Procedimento específico
ƒ Sujeitar a cabeça do paciente (fazer ênfase que o resgatador se coloca atrás do
paciente).
ƒ Colocar ambas as mãos abertas sustentando da base do crânio até os temporais
para imobilizar a cabeça.
ƒ Se o paciente está sentado ou em posição supina se colocam os polegares de
ambas as mãos nas maçãs do rosto do paciente com o olhar em posição horizontal.
ƒ Riscando uma linha vertical imaginária do nariz ao umbigo.

Revisão
ƒ Expor a parte do pescoço por um segundo resgatista.
ƒ Revisando logo a nuca à altura das cervicais verificando edema e qualquer
anormalidade.
ƒ Logo passar à parte anterior verificando separação de traquéia, estoma ou placas.

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Medição
ƒ Riscando uma linha imaginária no paciente à altura do bordo inferior da mandíbula
até a base do pescoço, utilizando a mão estendida e dedos unidos.
ƒ Tomando como referência esta medida utilizá-la nos diferentes colares, escolhendo
o adequado, que mais se aproxime da medida tomada.
ƒ O colar utilizado no Curso APH-B (Stiffneck) mede tomando como referência o bordo
inferior da parte plástica até o buraco onde se assegura a parte dobradiça deste,
todo este procedimento se realiza antes de fixá-lo ao paciente.

Colocação
ƒ Coloque a parte posterior do colarinho cuidadosamente, por debaixo do pescoço do
paciente.
ƒ Coloque agora a porção anterior por cima do pescoço.
ƒ Assegurar o colar (Velcro)

MACA RÍGIDA
ƒ Recordar que para fixar o paciente à maca rígida larga, utilizando ataduras, fitas,
cinturões, etc.
ƒ Ajustar no tórax por debaixo das costelas, as cristas ilíacas da pélvis, os quadris, as
extremidades inferiores por cima dos joelhos e por cima dos tornozelos.
ƒ Unir os pés.
ƒ Avaliar o pulso, motricidade e sensibilidade.
ƒ Acolchoe os espaços livres que ficam entre o paciente e a maca rígida larga, sem
que isto cause movimento.
ƒ Acolchoar por debaixo da cabeça em pacientes adultos e por debaixo dos ombros
em meninos e lactentes, o que permite compensar a relação do tamanho da cabeça
com relação ao corpo.
ƒ Todo movimento do paciente deve ser dirigido e realizado de uma vez pelo
resgatador que fixa a cabeça.
ƒ Cabeça: colocando uma fita sobre a frente e outra por debaixo do queixo, tomando
cuidado de não ajustá-la tanto que em caso de vômito, o paciente não possa abrir a
boca; neste caso se utilizaria fixação lateral.

C. OXIGENOTERAPIA

OXIGÊNIO: É um gás inodoro, incolor, imprescindível para a vida. Vinte e um por cento do ar é
oxigênio. O oxigênio utilizado em medicina tem uma concentração de cem por cento.

RISCOS NO USO DE OXIGÊNIO


9 Evitar chamas ou fumar em áreas com oxigênio. O oxigênio não é combustível, é um
comburente que favorece e mantém a combustão.
9 Evitar o contato de azeite ou graxas. Estes, com oxigênio a altas concentrações, são
explosivos.
9 Evitar quedas do cilindro. Um golpe que rompa a cabeça onde está a válvula pode fazer com
que o cilindro saia impulsionado como um míssil.

EQUIPAMENTO DE OXIGÊNIO (Componentes). Os equipamentos de oxigênio utilizados em


ambulâncias são similares entre si, variam em algumas partes e alguns acessórios, mas em
conclusão cumprem com um fim e se apóiam em um recipiente contendo o oxigênio e várias
equipes auxiliares para sua adequada aplicação.

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CILÍNDRO DE OXIGÊNIO COM SUA VÁLVULA. O oxigênio é armazenado em cilindros de aço


ou alumÍnio. Estritas normas internacionais regem a fabricação dos tubos destinados a uso
medicinal e indicam que devem estar pintados de cor verde.

Estes cilindros devem ter uma prova anual para detectar danos em sua estrutura, pois estão
submetidos a 2.000 libras de pressão por polegada quadrada. A válvula do cilindro está situada na
parte superior e tem um bracelete ou chave para fechar a saída do gás. Os cilindros mais
utilizados são os seguintes:
9 Cilindro D contém 350 litros. (Portáteis).
9 Cilindro E contém 625 litros. (Ambulâncias).
9 Cilindro M contém 3.000 litros. (Nível Hospitalar).

A duração da carga de um cilindro de oxigênio está determinada de acordo com a pressão


existente no cilindro (PSI) e os litros a administrar por minuto. Pode-se determinar por meio da
seguinte fórmula:

(PSI) – 200 X K = Duração em minutos

LPM

PSI: Pressão interna do cilindro em: Libra por Polegada Quadrada

LPM: Litros por minuto.

K: (Constante) Segundo as seguintes filas:

Cilindro tipo “D” 0.16

Cilindro tipo “E” 0.28

Cilindro tipo “M” 1.56

REGULADORES DE BAIXA PRESSÃO E FLUXÔMETROS. Os reguladores e fluxômetros


servem para:
9 Poder subministrar ao paciente a quantidade de oxigênio necessário, na fila de 2 a 20 litros
por minuto.
9 Reduzir a pressão a 40-70 PSI antes de administrar o oxigênio ao paciente. A pressão do
cilindro cheio está entre 2.000 e 2.200 PSI.

EQUIPAMENTO ACESSÓRIO PARA A VENTILAÇÃO


Independente do que propriamente poderíamos chamar a equipe de oxigênio, existem diferentes
acessórios de ventilação, cujo propósito específico se explica neste compartimento.

• CÂNULA OROFARÍNGEA: É um tubo de borracha ou plástico, de forma curva que se adapta


à superfície da língua. Colocado na boca, chega até a primeira porção da faringe. Existem
vários tamanhos, desde 0 para um recém-nascido até o número 7 para um adulto. O uso desta
cânula tem por objeto evitar que a língua do paciente obstrua a via aérea. Deve colocar-se
exclusivamente em pacientes que não respiram e que se encontram em estado de profunda
inconsciência. O procedimento para sua colocação é o seguinte:
o Colocar ao paciente inconsciente de barriga para cima, com inclinação da cabeça na
posição correta.

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o Escolher o tamanho da cânula adequado (medir a cânula da esquina dos lábios ao


lóbulo da orelha, em longitude, ou a medida do dedo mindinho do paciente).
o Cruzar o dedo polegar e indicador em forma de tesoura para abrir por uma esquina a
boca do paciente (é uma manobra perigosa, pode ser mordido).
o Colocar a cânula de maneira que o extremo fique contra o céu da boca do paciente.
o Inserir a cânula e deslizá-la contra o céu da boca do paciente, até chegar à úvula
(campainha), não empurrar a língua contra a garganta.
o Rodar 180 graus a cânula, até que o extremo aponte para baixo contra a garganta do
paciente.
o Colocar o paciente de maneira que sua cabeça fique inclinada.
o Examinar se o bordo da cânula está contra o lábio do paciente. Se a cânula for muito
larga ou muito curta, trocá-la por uma do tamanho correto.

• MÁSCARA PARA RCP: Máscara de borracha com um rebordo brando que se adapta à
superfície da cara. Tem um pequeno tubo no centro pelo qual se realizam as insuflações. Ao
tubo do centro pode se conectar uma válvula de uma só via que permite que o bombeiro
insufle ar pela boca da válvula e o ar exalado do paciente saia ao exterior. A máscara para
RCP evita o contato direto da boca do bombeiro com a do paciente e acautela contaminações.
SOLO SE APLICA EM PACIENTES INCONSCIENTES.

• AMBU (Resucitador Manual): Bolsa de borracha ou vinil, de consistência forte em forma


levemente alargada, com um orifício de entrada do ar em um extremo e no outro uma conexão
para adaptar máscaras faciais de rebordo brando com boa aderência e selo. Permite a
ventilação do paciente.

EQUIPAMENTO ACESSÓRIO PARA MINISTRAR OXIGÊNIO

• MÁSCARA SIMPLES: Tem dois buracos laterais e não contém reservatório. O ar do ambiente
entra pelos buracos e se mescla com o oxigênio. Isto limita a concentração de oxigênio que lhe
pode administrar ao paciente. Um fluxo de 6 a 10 litros por minuto produz uma concentração
de 40 a 60 por cento de oxigênio. É recomendado usar este acessório para o tratamento de
pacientes com problemas médicos somente.

• MÁSCARA COM RESERVATÓRIO: Apresenta dois buracos laterais, um dos quais tem uma
válvula de uma só via que acautela a entrada de ar à máscara. O outro buraco permite que o
ar exalado saia ao ambiente. Esta máscara contém um reservatório com uma válvula de uma
só via, a qual permite que o paciente inale oxigênio e acautela que o ar exalado passe ao
reservatório. A quantidade de oxigênio se deve ajustar para que o reservatório se mantenha
cheio enquanto respira o paciente.

Um fluxo de 10 a 15 litros por minuto, produz uma concentração de oxigênio de 80 a 90 por


cento. É o acessório recomendado para utilizar em pacientes com problemas traumáticos.

D. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA. É o processo ordenado e sistemático que serve para descobrir


lesões ou problemas médicos que, se não forem tratados, podem ameaçar a vida de um paciente.
Esta avaliaçãoo não deve demorar mais de 5 minutos e em pacientes considerados de alto risco se
deve realizar durante o transporte para o hospital, NÃO se pode demorar na cena.

ANTECEDENTES:
9 Identificar e corrigir os problemas que ameacem a vida.

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9 Identificar qualquer lesão e estabilizar o paciente.


9 Manter estável o paciente e vigiá-lo continuamente durante seu traslado para o centro hospitalar.

A CENA E O PACIENTE. Observar se a cena é segura para o resgatista e para o paciente, e se


for óbvio o mecanismo que produziu a lesão. Observar se o paciente tem sinais ou lesões óbvias.
Tome em conta que a informação se obtém em forma diferente em um paciente inconsciente que
em um consciente.

ETAPAS. As etapas da avaliação secundária são:


• EXAME DA CABEÇA AOS PÉS.
• AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS.
• ENTREVISTA.

EXAME DA CABEÇA AOS PÉS: A seqüência ordenada para realizar este exame é: Observar, palpar
(com ambas as mãos e com firmeza), comparar simetria, cheirar e ouvir (ruídos e aromas incomuns)
na seguinte ordem:
9 O couro cabeludo: feridas, deformações, hematomas.
9 O crânio: depressões e deformações.
9 A área facial: deformações, compare a simetria.
9 Os ouvidos e o nariz: com uma lanterna se revisa o interior, procurando corpos estranhos,
presença de sangue ou líquido cefalorraquidiano, na parte posterior das orelhas
9 As pupilas: compare se forem simétricas, use uma lanterna para verificar a resposta ao estímulo
luminoso.
9 A superfície interna e externa das pálpebras.
9 A boca: com uma lanterna procure corpos estranhos, ou fluidos.
9 A coluna cervical (pescoço) com cuidado por provável dano. Esteja atento à presença de estoma,
procure deformações, pontos dolorosos, sangramentos, separação da traquéia e se tiver colar
com placa de aviso médico. Começa-se de atrás para frente.
9 O tórax: compare simetria, deformações, sangramentos.
9 O abdômen: simetria, pontos dolorosos, sangramentos, rigidez.
9 A pélvis: simetria, pressione de acima para baixo e de fora para dentro pelos flancos, não deve
sentir dor.
9 Região genital: priapismo, sangramento, ou expulsão de urina.
9 Extremidades inferiores: uma por uma, deformações, sangramentos, simetria, força, sensibilidade,
e pulso.
9 Extremidades superiores: uma por uma, deformações, sangramentos, simetria, força,
sensibilidade, e pulsos.

3. SÍNDROMES DE ESMAGAMENTO E COMPARTIMENTAL

A. SÍNDROME DE ESMAGAMENTO
Qualquer traumatismo em que haja destruição de músculo pode desencadear este síndrome.
Deve seu nome a que geralmente se observa em pessoas que sofrem o esmagamento de uma ou
mais extremidades. Se uma pessoa tiver estado nessa condição deve considerar a possibilidade
de desencadeamento da síndrome. Caracteriza-se por:
ƒ Destruição ou necrose de fibras musculares estriadas (rabdomiolisis),
ƒ Diminuição do volume sangüíneo e do cálcio circulante (hipovolemia e
hipocalcemia),
ƒ Hipotensão (até o shock).
ƒ O potássio sai das células musculares destruídas e aumenta no sangue
(hipercalemia, arritmia), e

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ƒ Eliminação por urina da mioglobina, proteína dos músculos, (mioglobinuria,


insuficiência renal aguda).

Na síndrome de esmagamento há uma série de mudanças que são mortais se não forem tratadas
rápida e vigorosamente. Portanto, embora aparente o bom estado, o paciente deve receber
atenção médica imediata e hospitalização. As causas de morte são o shock hipovolémico, a
hiperpotasemia, a hipocalcemia, a acidosis metabólica e a falha renal aguda por mioglobinuria. A
correção do shock hipovolémico, ao recuperar a circulação em uma zona danificada que se
achava isquémica, pode desencadear o quadro.

TRATAMENTO:
O tratamento consiste na correção rápida da hipovolemia. Portanto se faz necessária a
participação de pessoal médico no local, que possa atender o caso devidamente. É
responsabilidade dos resgatistas, fazer saber aos médicos no local, da condição que apresenta o
paciente.

B. SÍNDROME COMPARTIMENTAL
Aumento de pressão em um compartimento delimitado por fascias, com dano dos elementos
anatômicos contidos e probabilidade de comprometimento sistêmico.

Está acostumado a produzir-se por compressão (gessos, crostas, suturas) ou por isquemia
secundária a lesões vasculares, peçonhas animais, esmagamentos, trombos, êmbolos, fraturas ou
hemorragias. Também por esforço muscular exagerado.

Sintomas: Dor intensa, debilidade.

Sinais: Edema, aumento da tensão, diminuição ou ausência de pulso arterial periférico,


diminuição da sensibilidade e da motricidade.
Tudo isto pode provocar isquemia grave e morte de malhas. Requer tirar qualquer elemento que
comprima a zona afetada e procurar assistência médica imediata.

A pressão normal dos compartimentos é de até 20 mm Hg; nesta síndrome pode superar os
40 mm do Hg. Compare-se este valor com a pressão arterial normal.
Tratamento sistêmico: Consiste em administrar Manitol e alcalinizar a urina para acautelar, em
caso de lesão muscular, a precipitação de mioglobina nos túbulos renais. O Manitol se aplica em
dose de 100 ml aos 20% antes de restabelecer o fluxo e logo 10 g cada hora por 6 a 24 horas.

Este procedimento é o recomendado, mas terá que ter em conta a legislação vigente do
tratamento pré-hospitalar do país no qual se esteja trabalhando.

Tratamento: Igual ao caso anterior, o tratamento se apóia na necessária participação de pessoal


médico no local, que possa atender o caso devidamente. É responsabilidade dos resgatistas, fazer
saber aos médicos no local, da condição que apresenta o paciente.

4. TRIAGEM

A. SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES E A SETORIZAÇÃO. O Sistema de Comando de


Incidentes (SCI), é reconhecido como um sistema que está documentado e se usa com êxito no
Manipulação efetivo e eficaz dos recursos disponíveis nas operações de emergência. É ativado
quando existe um incidente com múltiplas vítimas, que não é mais que um incidente que envolve a
mais de três pacientes.

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Para evitar mandos múltiplos e ações independentes, deverá existir uma única pessoa
responsável a quem lhe denomina COMANDANTE DE INCIDENTE, título que normalmente se
aplica ao encarregado da primeira unidade de emergência em chegar à cena e quem deverá
manter está responsabilidade até que seja relevado por uma autoridade superior. Em um incidente
com múltiplas vítimas normalmente se estabelecem cinco zonas ou setores como parte da
estrutura orgânica e atribuição dos recursos:

SETOR DO TRIAGEM. Onde se realiza a avaliação do paciente, atribuição de etiquetas ou fitas


de seda, mobilização de pacientes a uma zona de tratamento pré-hospitalar.

SETOR DE TRATAMENTO. Área de tratamento pré-hospitalar de pacientes.

SETOR DE TRANSPORTE. Lugar onde as ambulâncias recolhem aos pacientes e anotam os


dados e o destino de cada paciente.

SETOR DE ÁREA DE ESPERA. Lugar de reunião de unidades que respondem ao incidente e que
devem esperar para ser atribuídas no trabalho a desenvolver.

OFICIAL DE SEGURANÇA. Mantém a segurança na cena. É importante recordar que os


primeiros a chegar, logo depois de avaliar a situação, devem pedir reforços e assegurar a cena
para logo dedicar-se à seleção de vítimas enquanto chegam as unidades de apoio. Os primeiros
resgatistas aproveitam melhor seu tempo iniciando o processo de triagem.

B. TRIAGEM. É classificar com rapidez os feridos em função do benefício que presumivelmente


poderão obter da atenção médica e não só de acordo com a gravidade de suas lesões. As vítimas
podem ser categorizadas mediante o CÓDIGO DE CORES.

COR VERMELHA (PRIMEIRA PRIORIDADE): São pacientes que apresentam sintomas e sinais
que mostram um estado crítico.

COR AMARELA (SEGUNDA PRIORIDADE): São pacientes que apresentam sintomas e sinais
que permitem diferir a atenção.

COR VERDE (TERCEIRA PRIORIDADE): São pacientes que apresenta lesões leves ou sinais e
sintomas que não requerem atenção imediata.

COR NEGRA (MORTO): Significa morte clínica.

COR BRANCA: Alguns países estão começando a usar um sistema de cartões e fitas que
incorporam a cor branca e é usada para assinalar aos que se encontram mortos na cena.

C. O MÉTODO S.T.A.R.T. : Significa: (Simple Triage And Rapid Treatment) Simples Tratamento E
Rápido Transporte. Foi desenvolvido para o uso em incidente com múltiplas vítimas. Este permite
uma rápida identificação daquelas vítimas que estão em grande risco de uma morte rápida para
poder lhes ministrar as técnicas de estabilização do suporte vital. O método S.T.A.R.T. usa fitas de
cores e emprega três critérios para classificar às vítimas:

• FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA.
• GRAU DE PERFUSÃO.
• ESTADO MENTAL.

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5. APOIO PSICOLÓGICO NA CENA

INTRODUÇÃO. O pessoal de resposta às emergências é único que, profissionalmente, dedica seu


tempo e energia assistindo às pessoas durante momentos de estresse causado depois de
desastres como terremotos, furacões, desabamentos, desmoronamentos e inundações.

Na realização de tarefas relacionadas com esta assistência, entretanto, estão sendo expostos
repetidamente a situações traumáticas que produzem estresse.

Apesar de que seu treinamento os prepara para lutar com tais situações, a realidade é que têm um
risco de desenvolver síndromes de estresse pós-traumático. Em adição, também se encontrou que
o bem-estar psicológico do pessoal de resposta às emergências que trata com as situações de
emergência pode, de uma vez, afetar em forma significativa o resultado geral do trabalho.

Os resgatistas são pessoas treinadas que devem atuar, em todo momento, para proteger a
população no resguardo de seus bens e no salvamento de vidas em risco, em situações de
desastre ou emergência e estão expostos a uma série de tensores traumáticos, que a diferentes
prazos causam problemas de conduta, como irritabilidade, más relações interpessoais,
desmotivação, transtornos na alimentação, transtornos do sonho, etc.

O principal papel do assistente profissional em situações de desastre, além de salvar vistas, é


prover apoio em momentos de crise. Se se sofrer síndrome de fundição, não poderá ser capaz de
mostrar empatia e o apoio que dita lhe oferecer à pessoa angustiada pode não ser o adequado, e
inclusive intensificar os sentimentos de impotência das vítimas e pacientes.

Em situações nas que, adicional ao trabalho de resposta a emergência, o resgatista é membro da


família afetada por uma crise, significa que é afetado igualmente e precisa processar o incidente
também.

Se o resgatista prover apoio sem pôr atenção às suas necessidades, estabelece-se um padrão
que influirá na vida familiar.

Faz acreditar que pode dirigir qualquer situação, por complicada que seja, ou pior ainda, tratar de
ignorar que se está afetado no pessoal por um desastre, é um engano que pode conduzir
conseqüências lamentáveis. Qualquer membro de grupos de resgate, assistência e de ajuda de
toda índole que se prepare a emprestar atenção em um desastre e esteja afetada sua família,
deve ser retirado das funções de emergência.

Este “herói” não é capaz de estabelecer relações adequadas nos trabalhos de resgate, razão pela
qual tem que retirar-se antes de envolver-se muito, já que pode ter como resultado a perda de
controle, e pode ser afetado negativamente, tanto emocional quanto fisicamente.

De vez em quando os socorristas tendem a esquecer suas próprias necessidades. Na situação


específica de crise, põe um esforço enorme em apoiar à pessoa traumatizada, e pode descuidar
de suas próprias necessidades. Não é mais que até que a crise termina e a pessoa já não
necessita do apoio do resgatista, que este se sente cansado. Se como membro do grupo de
primeira resposta descuida suas próprias necessidades uma e outra vez, pode aparecer a
síndrome de fundição.

Rev. Mar - 08 MANIPULAÇÃO INICIAL DO PACIENTE EM ESTRUTURAS COLAPSADAS MR 6–12


Curso de Resgate em Estruturas Colapsadas - Nível Leve

BIBLIOGRAFIA

COHEN, R. E. (1991) Psiquiatria e Desastres. Em Pereiras A. (Ed) Manual de Psiquiatria. Segunda


Edição. Lima, Peru. Universidade Maior de São Marcos, Faculdade de Medicina.

Rev. Mar - 08 MANIPULAÇÃO INICIAL DO PACIENTE EM ESTRUTURAS COLAPSADAS MR 6–13

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