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REDESENHO DA PAISAGEM COMO

ESTRATÉGIA PARA PRESERVAÇÃO


DE INSETOS BENÉFICOS

Ana Luisa Gangana de Castro


Doutoranda em Fitotecnia – Universidade Federal de Viçosa

1
Redesenho da paisagem agrícola

Fonte: embrapa.br
• Simplificação da paisagem
• Desenho da paisagem - estabilidade do sistema produtivo/ diversidade
• Necessidade de um redesenho da paisagem agrícola
MODIFICAÇÕES NA PAISAGEM BIODIVERSIDADE DO SISTEMA

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(GLIESSMAN, 2000)
Redesenho da paisagem agrícola
• Estimula a geração de benefícios vindos da biodiversidade:
autorregulação e estabilidade dos sistemas
• Diversidade: estabilidade, resiliência e sustentabilidade

Fonte: embrapa.br

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(ALTIERI e NICHOLS, 2010; ALTIERI, 2012)
Redesenho da paisagem agrícola

diversificação vegetal e de habitats

regulação da população de pragas

aumento da produtividade da cultura alvo

aumento da sustentabilidade dos sistemas

redução e racionalização do uso de insumos


Fonte: embrapa.br

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(MATTA, 2016; LIMA E CASTRO, 2017; LOKESH et al., 2017; )
Redesenho da paisagem agrícola
Tática que favorece os
Alimentos alternativos
inimigos naturais

Abrigo e microclima

Habitats para presas e


hospedeiros alternativos

Locais com menos perturbações


para acasalamento e oviposição

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(ALTIERI, 1999; LANDIS, 2000; HARO, 2011)
Redesenho da paisagem agrícola
• Redesenho é variável
• Benefícios do produtor
• Pode ocorrer tanto na área a ser cultivada, quanto em toda a extensão
da propriedade
• Otimiza o Controle Biológico Conservativo

Fonte: embrapa.br
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(BARBOSA et al., 2011; WOLTZ e LANDIS, 2014)
Redesenho da paisagem agrícola
Bom
desempenho

Escolha da
espécie vegetal
Interações com
insetos da
Interações com mesma espécie e
as plantas seus inimigos
Comportamento, hospedeiras naturais
biologia e
ecologia da
praga

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(COOK; KHAN; PICKETT, 2007)
Redesenho da paisagem agrícola
Escolha das espécies vegetais
• apresentar fácil trato agronômico
• ter boa sobrevivência no ambiente selecionado
• época de florescimento diferente da cultura principal
• aptidão para competir com plantas invasoras
• fornecer de recursos aos inimigos naturais
• não ser hospedeira das mesmas pragas que atacam a cultura de
interesse

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(BAGGEN et al., 1999 ; VENZON et al., 2005)
Manipulação do habitat em diferentes escalas espaciais para o
controle biológico conservativo em hortaliças orgânicas

Distrito Federal
Anos: 2012 e 2013
Avaliar o papel de diferentes áreas da paisagem na conservação de
insetos predadores e fitófagos
Armadilhas tipo Malaise
I – cultivo principal (tomate)
II – cultivos vizinhos ao cultivo principal
III – áreas de pousio
IV – áreas de vegetação natural (matas de galeria)
Foi avaliada a estrutura e a composição das comunidades dos insetos

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(TOGNI et al., 2017)
Manipulação do habitat em diferentes escalas espaciais para o
controle biológico conservativo em hortaliças orgânicas

• Áreas de pousio, agroflorestas e barreiras de vegetação contribuíram


para a conservação de diferentes espécies de predadores e de insetos
herbívoros não pragas ao longo do tempo
• Áreas de vegetação nativa contribuíram principalmente para a
conservação da biodiversidade de insetos herbívoros não praga
favorecem positivamente de forma qualitativa as comunidades
de inimigos naturais, o que indiretamente afeta de forma negativa a
ocorrência de pragas

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(TOGNI et al., 2017)
Manipulação do habitat em diferentes escalas espaciais para o
controle biológico conservativo em hortaliças orgânicas

Anos: 2014 e 2015


33 propriedades
Maior diversidade de habitats, maior diversidade vegetal e menor regime
de perturbação são mais favoráveis para a conservação e atuação local de
inimigos naturais da mosca-branca Bemisia tabaci (Hemiptera:
Aleyrodidae) em cultivos de tomate

Fonte: embrapa.br

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(TOGNI et al., 2017)
Manipulação do habitat em diferentes escalas espaciais para o
controle biológico conservativo em hortaliças orgânicas

• Propriedades mais diversificadas e com práticas de manejo menos


intensivas foram favoráveis à conservação dos inimigos naturais da
mosca-branca
• Maior mortalidade por controle biológico: predação fator chave de
mortalidade da mosca-branca
• Maior diversidade de predadores resultou em maior mortalidade do
inseto
a diversificação dentro e entre os cultivos pode afetar
positivamente a conservação de inimigos naturais, aumentando o efeito
do controle biológico sobre insetos-praga

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(TOGNI et al., 2017)
Manipulação do habitat em diferentes escalas espaciais para o
controle biológico conservativo em hortaliças orgânicas

Conclusão:
“A conservação e o manejo de inimigos naturais em hortaliças orgânicas
dependem da adoção de estratégias em diferentes escalas espaciais de
forma integrada. Para isso, o redesenho da propriedade com diferentes
habitats na paisagem como barreiras de vegetação, áreas de pousio e
presença de diversas culturas contribuem para a conservação das espécies
benéficas de insetos dentro da propriedade. Para que essas espécies atuem
no controle de pragas de maneira efetiva, devem ser utilizadas práticas de
manejo menos intensivas, além da diversificação local dos cultivos.
Todos esses fatores contribuem para maior sobrevivência das espécies de
inimigos naturais localmente, beneficiando diretamente a redução de
pragas nas lavouras.”

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(TOGNI et al., 2017)
Manipulação de habitat no controle de Myzus persicae
(Hemiptera: Aphididae) em tabaco orgânico no Sul do Brasil

• Santa Cruz do Sul, RS


• Comparar a ocorrência de pulgões em lavoura de tabaco com e sem
faixa de flores, e registrar predadores e parasitoides
• As faixas de flores consistiram em uma mistura das espécies
Fagopyrum esculentum Moench (Polygonaceae), Raphanus sativus L.
e Brassica napus L. (Brassicacae)

Fonte: agrolink.com

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(KLEIN, 2016)
Manipulação de habitat no controle de Myzus persicae
(Hemiptera: Aphididae) em tabaco orgânico no Sul do Brasil

Na primeira safra o número de pulgões amostrados foi


semelhante nas áreas com e sem faixas de flores
Na segunda safra na área com a presença da faixa de flores teve
diferença significativa quando comparada com área sem faixa, onde o
número de pulgões foi menor
Na segunda safra, seis espécies de inimigos naturais foram
registradas, duas pertencentes à Syrphidae, três a Coccinelidae e uma a
Braconidae.

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(KLEIN, 2016)
Técnicas de diversificação da vegetação aumentam a diversidade
de inimigos naturais na paisagem agrícola?
• Três propriedades orgânicas produtoras de hortaliças, no Distrito
Federal
• Três práticas foram avaliadas:
(a) uso de margaridão (Tithonia diversifolia), barreiras vegetadas e
bordaduras
(b) uso de plantas medicinais em consórcios ou policultivos: erva-doce
(Foeniculum vulgare), erva-cidreira (Melissa officinalis), milfolhas
(Achillea millefolium), hortelã (Mentha spicata)
(c) uso de espécies de crescimento espontâneo entre as linhas de cultivo
para cobertura do solo: picão (Bidens pilosa) e mentrasto (Ageratum
conyzoides).
• Insetos foram coletados diretamente sobre as plantas com auxílio de
potes de plástico e foram triados em laboratório

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(SOUZA et al., 2015)
Técnicas de diversificação da vegetação aumentam a diversidade
de inimigos naturais na paisagem agrícola?

• O margaridão, utilizado como barreira vegetada, apresentou uma


maior quantidade de espécies
• Entre as plantas de uso medicinal, destacou-se a erva-doce

Resultados sugerem que a introdução de plantas na paisagem


agrícola aumentam a diversidade de inimigos naturais de forma
complementar

Fonte: embrapa.br

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(SOUZA et al., 2015)
Técnicas de diversificação da vegetação aumentam a diversidade
de inimigos naturais na paisagem agrícola?

Conclusão:
“A diversificação de hábitat de forma planejada com a manutenção de
barreiras vegetadas, plantas espontâneas para cobertura do solo entre
linhas e manutenção de jardins de plantas medicinais altera a composição
de espécies locais de forma complementar, aumentando a diversidade de
insetos benéficos na paisagem agrícola. A predominância de grupos
distintos de inimigos naturais aumenta a diversidade funcional no
ambiente o que pode incrementar o controle biológico de pragas e outros
insetos.”

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(SOUZA et al., 2015)
Plantas espontâneas incrementam a população de besouros
predadores de solo em cultivos de pimenta-malagueta

• Oratórios, MG
• Estudar o papel da diversidade da vegetação sobre os predadores no
solo de plantios de pimenta-malagueta
• Armadilhas de queda
• Incidência da broca-dos-frutos (Symmetrischema dulce) e a produção
de pimenta na presença e na ausência de plantas espontâneas
• Parcela: pimenta-malagueta em monocultura ou parcelas com
manutenção de plantas espontâneas nas entrelinhas e nas bordas

19
(PEREZ et al., 2018)
Plantas espontâneas incrementam a população de besouros
predadores de solo em cultivos de pimenta-malagueta

A abundância de besouros predadores foi maior em plantios de


pimenta com plantas espontâneas
Não houve diferença na ocorrência da broca-dos-frutos entre os
sistemas de cultivo
A manutenção de plantas espontâneas não afetou a produção das
plantas de pimenta-malagueta

Fonte: embrapa.br

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(PEREZ et al., 2018)
Plantas espontâneas incrementam a população de besouros
predadores de solo em cultivos de pimenta-malagueta

Conclusão:
“A manutenção de plantas espontâneas nos cultivos de pimenta pode ser
empregada como estratégia de manejo visando ao incremento de
populações de besouros predadores no solo. Outras estratégias de manejo
de agroecossistema devem ser estudadas visando o favorecimento de
outros grupos de predadores de solo.”

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(PEREZ et al., 2018)
Redesenho da paisagem: uma estratégia para
controle biológico conservativo de pragas na
cultura do milho

Ana Luisa Gangana de Castro


Orientador: Prof. Dr. João Carlos Cardoso Galvão
Corientador: Pesq. Dr. Ivan Cruz

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Experimento de tese
Justificativa
• Avaliar e selecionar espécies vegetais que atuem no redesenho da
paisagem que:
melhor se adequem associadas ao cultivo do milho
forneçam recursos alternativos para a manutenção, reprodução e
sobrevivência de inimigos naturais nos agroecossistemas
realizando então o controle biológico conservativo de pragas

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Experimento de tese
Hipóteses e predições
• Áreas de cultivo de milho com plantios associados exercem
influência positiva sobre agentes de controle biológico
Lavouras de milho onde há plantios associados fornecem
mais recursos para manutenção, refúgio, habitat, locais de
acasalamento e oviposição, recursos alimentares, presas e
hospedeiros alternativos, quando se comparados com lavouras de
milho onde não há faixas de plantas associadas

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Experimento de tese
Hipóteses e predições
• Diferentes espécies de plantas associadas se comportam de maneira
diferenciada, influenciando a atividade de agentes de controle
biológico
Em áreas com plantios associados diferentes, a atividade de
agentes de controle biológico será diferenciada, pois em cada cultivo
há um conjunto de elementos que suportam e que provêm recursos,
para que a ação destes organismos seja realizada

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Experimento de tese
Hipóteses e predições
• A mudança de paisagem, realizada por plantios associados ao milho
exercem influência na flutuação de pragas de milho
Em locais onde há plantios associados à cultura do milho e
potencialmente atrativas, há uma maior abundância e diversidade
de inimigos naturais, que realizam o controle biológico das pragas
presentes na cultura. Assim a flutuação de pragas de milho se
comporta de maneira diferente de acordo com o plantio associado,
quando se comparado com o milho em monocultivo

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Experimento de tese
Objetivo geral
• Avaliar a influência de plantios associados sobre o controle biológico
conservativo de insetos-praga em lavouras de milho
Objetivos específicos
• Avaliar a influência de plantios associados sobre a diversidade de
inimigos naturais no milho
• Avaliar a flutuação de insetos-praga
• Avaliar a produção de espigas de milho

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Metodologia

28
Metodologia

29
Metodologia
• Monitoramento com armadilha adesiva "Sticky trap“
Dalbulus maidis e Frankliniella williamsi

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31
METODOLOGIA
• Monitoramento com armadilha “Mac Phail”
Euxesta eluta e Euxesta mazorca

32
33
Metodologia
• Ocorrência de pragas e inimigos naturais em espigas

34
35
Metodologia
• Produção de espigas

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Referências

ALTIERI, M. A. The ecological role of biodiversity in agroecosystems. Agriculture Ecosystems and Environment, v. 74, n.1/3 p.19-31, 1999.

ALTIERI, M. A. The scaling up of agroecology: spreading the hope for food sovereignty and resiliency. SOCLA, 2012. 20 p.

ALTIERI, M. A; NICHOLLS, C. Diseños agroecológicos para aumentar la biodiversidad de entomofauna benefica en agroecosistemas. Medellin: SOCLA,
2010.

BAGGEN, L.R.; GURR, G.M.; MEATS, A. Flowers in tri-trophic systems: mechanisms allowing selective exploitation by insect natural enemies for
conservation biological control. Entomologia Experimentalis et Applicata, Dordrecht, v.91, n.1, p.155-161, Apr.1999.

BARBOSA, F. S.; AGUIAR-MENEZES, E. L.; ARRUDA, L. N.; SANTOS, C. L. R.; PEREIRA, M. B. Potencial das flores na otimização do controle biológico
de pragas para uma agricultura sustentável. Revista Brasileira de Agroecologia, Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 101-110, 2011.

COOK, S. M.; KHAN, Z. R.; PICKETT, J. A. The use of push-pull strategies in integrated pest management. Annual Review of Entomology, Palo Alto, v. 52,
p. 375 400, 2007.

GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2000.

HARO, M.M. Controle biologico conservativo de pragas em cultivo protegido de tomate orgânico. Lavras: UFLA. Dissertação (Mestrado) – Universidade
Federal de Lavras, 2011.

KLEIN, J.T. Efeito da bordadura na ocorrência de pulgões (Hemiptera: Aphididae) e no recrutamento de inimigos naturais em cultivo orgânico de
tabaco (Nicotiana tabacum L.) 2016. 86 f. Tese (Doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia. Programa de Pós-
graduação em Fitotecnia, Porto Alegre, BR-RS, 2016

LANDIS, D. A. et al. Habitat management to conserve natural enemies of arthropod pests in agriculture. Annual Review of Entomology, v. 45, p. 175-201,
2000.

LIMA, F. R.; CASTRO, M.T. Ocorrência de insetos-praga e inimigos naturais em plantio consorciado de pimenta-de-cheiro com adubos verdes. Biodiversidade.
v.16, n.3, p. 40-48. 2017.

LOKESH, S.; MUTHUKRISHNAN, N.; GANAPATHY, N.; KANNAN BAPU, J.R.; SOMASUNDARAM, E. Ecological Engineering of Intercropping in
Blackgram Promotes Services of Coccinellids and Suppress Aphis gossypii (Glover). Int.J.Curr.Microbiol.App.Sci v. 6, n. 11, p. 1963-1972. 2017.

MATTA, D. H. Controle biológico conservativo : plantas herbáceas e a diversidade, abundância e distribuição de insetos predadores em algodoeiro
colorido. Jaboticabal, Tese (Doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2017.

PEREZ, A.L.; MARTINS, E.F., CHIGUACHI, J.A.M., BRAVIM, J.; RODRIGUES, L.B.; VENZON, M. Plantas espontâneas incrementam a população de
besouros predadores de solo em cultivos de pimenta-malagueta. Cadernos de Agroecologia v. 13, n. 1, Jul. 2018.

SOUZA, L. M.; HARTERREITEN-SOUZA, E. S., SANTOS, J. P.; C.R.; PIRES, C.S.S., SUJII, E.R. Técnicas de diversificação da vegetação aumentam a
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TOGNI, P.; SUJII, E.; PALLINI, A.; SOUZA, L.; SOUSA, A.; VENZON, M. Manipulação do habitat em diferentes escalas espaciais para o controle biológico
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VENZON, M., Rosado, M.C., Euzébio, D.E.; Pallini, A. 2005. Controle biológico conservativo 1-22p. In: Venzon, M., Paula Jr., T.J.P.; Pallini, A. (org.).

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Controle Alternativo de Pragas e Doenças. Visconde do Rio Branco: Suprema.

WOLTZ, J. M. ; LANDIS, D. A. Coccinellid response to landscape composition and configuration. Agricultural and Forest Entomology. v. 16, p. 341–349,
2014.
OBRIGADA.
analuisagangana@hotmail.com

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