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PSICOLOGIA DA RELIGIÃO

CONVERSÃO RELIGIOSA

unidade 5

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PSICOLOGIA DA RELIGIÃO - unidade 5
CONVERSÃO RELIGIOSA

SUMÁRIO

5 A Conversão Religiosa ........................................................................................................................ 03

5.1 Introdução ......................................................................................................................................... 03

5.2 Conversão .......................................................................................................................................... 03

5.3 Conceituação ..................................................................................................................................... 03

5.4 O que se entende por Conversão? ................................................................................................. 04

5.5 Padrões de Conversão ..................................................................................................................... 05

5.6 Adesão e Pertença Grupal ............................................................................................................... 05

5.6.1 Adesão ............................................................................................................................................. 05

5.6.2 Pertença Grupal ............................................................................................................................. 06

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................ 06

GLOSSÁRIO ............................................................................................................................................... 06

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CONVERSÃO RELIGIOSA

5. CONVERSÃO RELIGIOSA A conversão é uma experiência


religiosa em que a pessoa encontra
5.1 Introdução o que dá sentido e direcionamento
para sua vida.

5.3 Conceituação

Pode-se compreender o termo conversão


a partir de duas perspectivas. A primeira
delas, considera conversão um processo
de transformação interior, de mudança de
pensamento e novos sentimentos operado pela
ação de Deus na vida. Essa era a perspectiva
adotada no século XIX por teóricos como William
James, que defende a mudança de sentimentos
Você se lembra de quando se converteu? O que o e atos como o processo fundamental da
levou a isso e o que sentiu depois? Nesta unidade, conversão.
vamos nos deter no estudo da experiência
religiosa que impulsionou a Psicologia da religião, Assista ao vídeo: Para conhecer
e, por muito tempo, foi seu objeto de estudo: a melhor quem foi William
conversão religiosa. Tem-se falado que o Brasil James, veja o seguinte vídeo
vive uma onda conversionista, especialmente (https://www.youtube.com/
do catolicismo para o protestantismo. Qual watch?v=OwjJKqZPVMk).
é o sentido da conversão? O que a motiva?
Será que conversão e mudança de religião A segunda perspectiva considera o processo
necessariamente caminham juntas? Essas são de conversão a partir de uma perspectiva
algumas questões a serem discutidas ao longo sociológica, ou seja, se atém à mudança de
desta unidade. comportamento operada no contato com um
determinado grupo religioso. Esse conceito,
5.2 Conversão mais sociológico, emerge após a Segunda Guerra
Mundial. Relaciona-se ao contexto urbano e suas
demandas, o que alterou o vínculo entre pessoas
e entre elas e a religião.

Nesse sentido, conversão refere-se tanto ao fato


de alguém deixar de pertencer a uma organização
religiosa, quanto a assumir o sistema de sentido
do grupo ou instituição religiosa ao qual se
associou; refere-se à aquisição de novos padrões
de comunicação e conduta.

Os estudos sobre a conversão tiveram início nos


Estados Unidos e na Europa em fins de século
XIX e avançaram para primeiro quarto do século
François Louis Dejuinne - Batismo Clovis XX. Para os psicólogos norte-americanos e
europeus, a conversão deveria ser estudada
A imagem acima mostra a conversão dos mais por um prisma individual do que coletivo,
bárbaros ao cristianismo. Sabemos que muitos embora as relações interpessoais e de pertença
povos foram cristianizados e muitas pessoas se social e grupal também estejam presentes.
tornaram adeptas do cristianismo sem terem
experimentado processos de conversão.

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Na psicologia da religião, interessa a análise • Compromisso


das percepções, emoções e comportamento do • Consequências
sujeito. Diferentemente da teologia que aborda
o que deve acontecer no interior do sujeito, Conversão é uma adesão total, repentina
na psicologia, o foco está nas manifestações e frequentemente acompanhada de crise,
exteriores que sinalizam para o que ocorre no aos valores compartilhados com uma dada
interior de quem se converte. comunidade. “Quando se trata de uma conversão
religiosa, há que estar atento ao significado
Aprofunde seus conhecimentos: (doutrinal, comportamental, ético, místico) que
Vale a pena ler o texto de Reginaldo os próprios grupos religiosos dão à experiência
Prandi que relaciona o processo de conversão)” (VALLE, 2002, p.10).
de conversão ao processo de
transformação cultural. (http:// Na conversão estão presentes 4 dimensões:
www.scielo.br/pdf/ts/v20n2/08.
pdf). I. individual (psiquismo de cada um, grupo de
afiliação);
5.4 O que se entende por conversão?
II. contexto (sociocultural, político-econômico,
religioso);

III. circunstâncias diversas (idade, sexo, classe


social);

IV. momento existencial.

Edênio Valle (2002) aponta algumas razões para


a conversão:

• abalo de instituições (família, escola, Igreja);

• exposição ao pluralismo religioso;


Bartolomé Esteban Perez Murillo - (1618 - 1682)
B.E.Murillo, Conversion of St. Paul • exposição à mídia agressiva e necessidade
de sobrevivência (tentativa de sobreviver às
A conversão é uma experiência religiosa em situações sociais, econômicas e culturais do
que a pessoa encontra o que dá sentido e país).
direcionamento para sua vida. Ela encontra o
preenchimento do vazio e descobre, a partir A análise de Valle amplia a de Starbuck,
daí, novas possibilidades de gerenciar sua vida. pesquisador americano do início do século XX,
Muitas vezes, a mudança de religião acontece que, ao buscar motivadores para a conversão
como resultado dessa experiência religiosa. em estudo com 1011 homens e 254 mulheres,
se deparou com os seguintes motivos: pressão
A conversão geralmente é precedida por uma social, ideais morais, remorsos, medo da morte
crise que gera mudanças no comportamento ou do inferno, imitação a exemplos, resposta a
e nos valores da pessoa. Pode-se simplificar o ensinamentos, motivos altruísticos.
processo de conversão da seguinte forma:
Para Maurílio Penido (apud VALLE, 2002), há 2
• Contextos e circunstâncias macrossociais tipos de conversão – endógena e exógena. Na
• Crise primeira, a origem é interna e, na segunda, a
• Busca origem é externa.
• Encontro

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Tanto na conversão exógena, quanto na conversões, quanto por adesões.


endógena, percebem-se dois momentos: um é
de desagregação da identidade e o outro é da 5.6.1 Adesão
construção de nova constelação religiosa.
Na adesão, ao contrário da conversão, não há esse
5.5 Padrões de conversão processo de iluminação anterior e transformação
de vida a partir de uma experiência com Deus
Há vários padrões de conversão, alguns deles que trouxe sentido para a vida.
são:

I. Responsivo: resposta do convertido ao


apelo divino. Ele pode ser de 3 sub-tipos:

a) Salvacionista - mensagem de salvação faz


sentido para quem ouve;

b) Miraculoso - conversão como resultado da


contemplação ou experimentação de um
milagre;

c) Sanção - conversão pelo medo da morte ou


do inferno)

Aprofunde seus conhecimentos:


leia o artigo de STADTLER, Hulda.
Conversão ao pentecostalismo
e alterações cognitivas e de
identidade. Disponível em: http:// Na adesão, o que ocorre é a participação em
www.pucsp.br/rever/rv2_2002/t_ um grupo religioso, sem, necessariamente,
stadtl.htm ter vivenciado uma transformação interior e/
ou exterior. Reginaldo Prandi (apud VALLE,
II. Confirmativo: experiência de conversão vem 2013) destaca que, há alguns anos, quando
confirmar um sentimento ou ideia profunda que se mencionava a conversão, pressupunha-
a pessoa já possuía anteriormente. se mudança de religião e, com ela, rupturas
social e cultural e mudança de vida. No Brasil
III. De êxtase: experiência do sagrado assume contemporâneo, a associação entre mudança de
características fisiológicas de posse pelo divi- vida e mudança de religião já não é direta e o
no, provocando alterações psicossomáticas termo “conversão” parece não caber mais. Como
várias. A pessoa “sente” a presença de Deus afirma Valle (2013, p.28):
ou percebe essa presença de alguma manei-
ra. A extensão e o modo como se dão hoje
esses “trânsitos” de uma religião a outra
IV. De revelações: pessoa é feita receptora da religião e/ou dentro de uma mesma
mensagem celeste, mediante visões, escuta religião, têm seguramente a ver com as
de vozes e iluminações interiores. situações culturais, econômicas e sociais
de nosso país. É da contínua modificação
5.6 Adesão e Pertença Grupal dessas que provavelmente decorre
o fenômeno de conversões massivas
Temos visto um crescimento do número de mormente em regiões de recente
evangélicos na população brasileira. Esse migração.
crescimento tanto pode ser motivado por

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5.6.2 Pertença Grupal

Segundo Hervé Carrier (apud VALLE, 2002), pertença é uma atitude diante de determinada religião.
E, como tal envolve processos sensoriais, perceptivos e motivacionais. Ela se relaciona com papéis,
objetivos, crenças e valores grupais que circundam o objeto religioso ao qual os membros do grupo
se referem de maneira preferencial. Os processos mais presentes na pertença são imitação e
socialização.

I. Na imitação, algumas pessoas são escolhidas como referência ou modelo de conduta em um


grupo religioso.

II. Na socialização, por sua vez, ocorre identificação com o grupo e a busca por padrões caracterís-
ticos de determinada comunidade. Ela pode ser de dois tipos:

a) Socialização primária: processo lento de assimilação cultural. Refere-se às regras e valores de


sustentação mais do grupo e seu universo cultural do que a religião.

b) Socialização secundária: religião já não é o lugar central das culturas. Estabelecimento de rituais
e catequese para transmissão de conhecimentos e atitudes de pertença, pois se corre o risco de
perder a religião.

Conversão e pertença, ao contrário do que ocorre quando se aborda a adesão, não são termos
excludentes. A pertença é parte importante do processo de conversão e pode durar vários anos.

REFERÊNCIAS

FREITAS, Denis; HOLANDA, Adriano Furtado. Conversão religiosa: buscando significados na religião.
Gerais, Curitiba, v.7, jan_jun. 2014, p.93-105.

ROSA, Merval. Psicologia da religião. 3.ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1992.

VALLE, Edênio. Conversão e pertença: um conceito psicológico clássico ainda em aberto. In: GOMES,
Antonio Máspoli de Araújo. Psicologia social da conversão religiosa. São Paulo: Reflexão, 2013. p.17-
44.

______. Conversão: da noção teórica ao instrumento de pesquisa. Disponível em: http://www.pucsp.


br/rever/rv2_2002/t_valle.htm.

______. Psicologia e experiência religiosa. São Paulo: Loyola, 1998.

GLOSSÁRIO:

Ater: Significa estar atento.


Macrossocial: Aquilo que abrange grande parte da sociedade.
Prisma: Perspectiva.
Psicossomático: Alterações no corpo motivadas por fatores sociais e psicológicos.

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