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SINOP
2019
ELTON JONE TEZA
SINOP
2019
ELTON JONE TEZA
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
FIGURA 1 – Pontos-gatilho……………………………………………………………….13
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
5. METODOLOGIA.................................................................................................... 28
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30
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1 INTRODUÇÃO
Embora a cefaleia seja uma fisiopatologia complexa e muitas vezes não tenha
um diagnóstico preciso, que identifique sua causa, existem várias pesquisas em que
os autores sugerem que o quadro álgico seja desencadeado pela contração
muscular isométrica sustentada (por isso o nome cefaleia do tipo tensional). Isso
leva a uma redução do aporte sanguíneo, gerando consequentemente uma
deficiência de nutrientes e em seguida isquemia.
Na maioria dos casos, o aumento das contrações musculares é decorrente de
tensão emocional (relacionamentos, trabalho, questões financeiras, preocupações
do dia-a-dia), que geram o aumento dos níveis de catecolaminas circulantes, que por
sua vez acabam gerando mais contração de fibras musculares. Essas contrações
acabam alterando a postura, sendo que nem sempre o indivíduo percebe essa
alteração, e acaba por manter essa postura errada por um longo período, agravando
o quadro.
Devido ao incomodo e a dor, geralmente as pessoas procuram uma farmácia
e compram analgésicos e anti-inflamatórios, que até auxiliam no tratamento, mas
que muitas vezes acabam apenas maquiando a dor e não tratam a causa, fazendo
com que esses episódios se repitam de tempos em tempos, e acarretem prejuízos
tanto no que diz respeito à saúde física como também, emocional, social e todas as
outras áreas de nossa vida, já que em muitos dos casos os pacientes relatam sentir
uma dor incapacitante, que os deixa impossibilitados de trabalhar, socializar, etc.,
com vontade de se isolar.
Diante desse contexto e em vista dos resultados apresentados por diversos
autores, a terapia manual com suas diversas abordagens, se mostra uma eficiente
ferramenta para o tratamento da cefaleia do tipo tensional tendo em vista que suas
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Devido ao cotidiano agitado que temos hoje, nos deparamos com inúmeras
queixas de pessoas relatando episódios de enxaqueca (dor de cabeça, cefaleia) no
decorrer do dia ou durante todo o dia, e até episódios que duram dias. Isso devido
ao estresse excessivo da carga de trabalho, problemas pessoais, financeiros e
outros diversos motivos que geram algum tipo de tensão no indivíduo.
O grande problema é que diante dessa patologia, vemos que na maioria das
vezes as pessoas procuram se automedicar, ao invés de procurar um profissional
capacitado para diagnosticar o problema e encontrar a causa de todo esse
problema.
2. DOR E CEFALEIA
Indivíduos que são acometidos por essa patologia sofrem muito com as
limitações, sendo essa uma importante e frequente causa da de afastamento de
atividades diárias, sejam elas pessoais ou profissionais. De acordo com Braga, et al.
(2012, p. 139):
A cefaleia, por ser uma queixa muito frequente entre estudantes, também
está relacionada a dificuldades de aprendizado, com fracasso educacional,
absenteísmo escolar, em média de 2,8 dias/ano, maior vulnerabilidade a
comorbidades e prejuízo na qualidade de vida.
Por exemplo, a ATM é uma articulação muito utilizada em nosso dia a dia,
desde a alimentação e a comunicação, efetuamos movimentos nesse local, várias
vezes, o que gera grande estresse na musculatura envolvida, propiciando o
desenvolvimento de Desordens Temporomandibulares, que podem acarretar
quadros de cefaleias, dores musculares na região cervical e facial, além de
alterações posturais.
“Vários autores (Goldstein et al., 1984, Boyd, 1987; Zuñiga et al., 1995;
Torisu et al., 2001) investigaram a postura da cabeça e analisaram a
dinâmica mandibular, revelando que existe uma relação entre
posicionamento mandibular e postura da cabeça. Em 1994, Muto e
Kanazawa afirmaram que o movimento de elevação mandibular é
acompanhado por uma mudança na postura da cabeça, estabelecendo uma
relação entre a posição mandibular e posicionamento da cabeça, levando a
uma provável alteração nos músculos craniocervicais.”
Ainda com relação às DTMs, Okeson (2013, p. 133) nos diz que alguns
pontos gatilhos, dependendo do músculo acometido, podem produzir cefaleia
reflexa:
Uma característica ímpar dos pontos gatilhos é que eles são uma fonte de
profunda dor constante e, portanto, podem produzir efeitos excitatórios
centrais (Cap. 2). Se um ponto de gatilho excitar centralmente um grupo de
interneurônios aferentes convergentes, muitas vezes haverá como resultado
uma dor reflexa, em geral apresentando um padrão previsível de acordo
com a localização do ponto de gatilho envolvido (Figs. 8-2 a 8-4). Esta é
frequentemente relatada pelo paciente como uma cefaleia.
Figura 1 – pontos-gatilho.
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3. TERAPIA MANUAL
Vemos através da última citação que nem sempre o problema está localizado
no ponto onde o paciente relata dor, no caso em questão na cabeça. Pode e muitas
vezes são originados em outras regiões do corpo que apresentam algum tipo de
disfunção que acaba por acarretar cefaleia tensional como uma consequência dessa
disfunção. Segundo François (2014, p. 5): ''A doença não pode se desenvolver se a
estrutura está em harmonia, portanto, a desordem da estrutura produz a origem de
doenças. Esta relação de estrutura e função aplica-se a todos os elementos do
corpo.''
Vamos agora entender o que são essas técnicas e como elas funcionam.
Onde de acordo com Giona (2003) apud Dantas (2013, p.149):
3.1 MASSOTERAPIA
Fonte: A. Jellad et al. / Annals of Physical and Rehabilitation Medicine 52 (2009) p. 639.
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Os terapeutas manuais têm por algum tempo tratado a coluna cervical com
o objetivo de aliviar dor de cabeça (14), mas só é recentemente que os
investigadores avaliaram a efetividade de tal intervenção para as desordens
de dor de cabeça específicas. Por exemplo, Jull et al (15), em um estudo
randomizado controlado de qualidade metodológica alta, mostraram que a
terapia manual era uma forma efetiva de manejo para a CCG. Além disso,
Bronfort et al (16) revisaram as evidências para tratamentos físicos não
invasivos para cinco tipos de dor de cabeça inclusive "enxaqueca",
"tensional", "CCG", uma mistura de "enxaqueca e tensional", e dor de
cabeça "pós-traumática." Eles acharam evidência que tanto o exercício
cervical (treinamento de resistência de baixa-intensidade) e manipulação
espinhal eram efetivas dentro de curto e longo prazo para a CCG.
técnicas para correção de lesões da região sacral. Segundo Pires (2003, p. 57):
De acordo com o trabalho científico realizado por Giona (2003), o qual oito
pacientes do sexo feminino, idades de 19 a 29 anos e diagnóstico de ce-
faléia tensional foram submetidos a técnicas de terapia manual, sendo
estas: massagem de tecido conjuntivo buscando um relaxamento da
musculatura e estruturas conjuntivas paravertebrais; mobilização das
vértebras dorsais, com o intuito de relaxar a musculatura paravertebral;
pompage cervical; alongamento do trapézio superior em flexão lateral,
objetivando o relaxamento e alongamento do músculo; alongamento de
músculos posteriores do pescoço; pompage dos músculos suboccipitais
(inibição dos suboccipitais); alongamento de estruturas moles suboccipitais;
stretching dos extensores da cabeça. A utilização das duas primeiras
técnicas foi justificada pela autora devido à inserção de estruturas do dorso
em base de crânio e vértebras cervicais, almejando relaxamento e harmonia
de forças que agem no crânio.
Separação unilateral (Fig. 15.19 A). Use a mão oposta ao lado sobre o qual
você está trabalhando. Coloque seu polegar na boca do paciente sobre os
molares do fundo; os dedos ficam fora e em torno da mandíbula. A força é
no sentido caudal (para baixo).
De acordo com Dantas (2013, p. 149), em estudo realizado por Morelli &
Rebelatto, (2007) utilizou-se da tração cervical como método de tratamento
resultando no alívio da dor da cefaleia tensional:
Isso nos leva a olhar o paciente como um todo, não apenas analisando a
queixa principal e focando o no local da dor, mas realizando uma anamnese
minuciosa, procurando encontrar a causa, o motivo pelo qual o paciente se encontra
nessa condição, e assim determinar a técnica mais adequada para o tratamento de
cada paciente.
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5. METODOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
HALL, John E. (John Edward), 1946 - Tratado de Fisiologia Médica / John E. Hall. -
12.ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2011. Tradução de: Textbook of medical
physiology. ISBN 978-85-352-6803-4.
KUNAST, Deborly C. Dalzotto; KICH, Camila; MARTINS, Hilana Rickli Fiuza. Efeito
Da Reeducação Postural Global No Equilíbrio Postural Estático E Pressão
Plantar Em Mulheres Com Cefaléia Tensional. REVISTA INSPIRAR • movimento
& saúde Suplemento. Volume 14. Nº 3. ed. 43. JUL/AGO/SET de 2017.
PIRES RCCK, Barea LM, Striebel VLW, Perla AS, Brito CIB, Haussen DC, et al.
Terapia manual: uma alternativa para o tratamento coadjuvante das cefaléias
crônicas. Migrâneas & Cefaléias. 2003;6(3):69-91.