e-DOC 5B962EE8-e
MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL
QUARTA PROCURADORIA
EXCELENTÍSSIMA SENHORA PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE
CONTAS DO DISTRITO FEDERAL
URGENTE
Representação nº 11/2019-G4P1
O Ministério Público de Contas, no exercício de seu mister, com fulcro no art.
85 da Lei Orgânica do Distrito Federal – LODF, nos arts. 1º, XIV e 76 da Lei Complementar
nº 1/1994 e no art. 54, I2, do Regimento Interno do e. Tribunal de Contas do Distrito Federal,
vem oferecer a seguinte
REPRESENTAÇÃO,
com pedido cautelar
para que o c. Plenário determine a apuração dos fatos a seguir descritos.
ML4
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Resolução Nº 296, de 15 de setembro de 2016.
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MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL
QUARTA PROCURADORIA
I – DOS FATOS
Por meio do Ofício nº 87/2019 – GAB13, o i. Deputado Distrital Leandro Grass
noticiou possíveis vícios de inconstitucionalidade, ilegalidade e conveniência na Portaria nº
180/2019 da SEE/DF3, que promoveu alterações no Regimento Interno da Rede Pública de
Ensino do Distrito Federal, com aplicabilidade a partir do 2º semestre de 2019.
Segundo o arrazoado apresentado pelo Parlamentar, apesar de derivada da
competência regulamentar atribuída ao Secretário de Estado, a norma indicada não guardaria
concordância com a Constituição Federal, com o Estatuto da Criança e do Adolescente, com a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação e com a Lei de Gestão Democrática.
In casu, o Deputado se insurge contra as alterações regimentais promovidas no
art. 12, parágrafo único, no art. 308, IV, e nos arts. 310-A e 310-B da Portaria nº 15/2015, por
meio da Portaria nº 180/2019-SEE/DF. Por oportuno, o Parquet especializado entende pertine
transcrever o teor dos dispositivos combatidos:
“Art. 12. São deveres, obrigações e responsabilidades do Diretor e do Vice-Diretor, em
articulação com os órgãos colegiados:
(...)
Parágrafo único. A direção da unidade escolar poderá promover verificação de
segurança de rotina, com a escolha aleatória de, no mínimo, 5 (cinco) estudantes que
em ambiente reservado, lhes será oportunizada a exibição espontânea e
individualizada de seus pertences, com a presença de 2 (duas) testemunhas e, quando
necessário, da autoridade policial competente.
(...)
Art. 308. É vedado ao estudante:
IV - promover, na unidade escolar, qualquer tipo de campanha ou atividade comercial,
político-partidária ou religiosa;
(...)
Art. 310-A. O elogio constitui prática pedagógica que estimula a melhoria do
comportamento a ser concedido em reconhecimento à mudança de postura e
desenvolvimento do estudante, e acarreta no cômputo de pontuação positiva no
respectivo componente curricular, o qual poderá ser conferido exclusivamente pelo
professor, consoante as seguintes especificidades:
I - elogio individual (+ 0,5);
II - elogio coletivo para turma (+ 0,3).
Parágrafo único. Cabe ao professor o cômputo do ponto relativo ao elogio em seu
componente curricular, o qual valerá para a nota final do bimestre.
Art. 310-B. Em caso de inobservância das normas contidas neste Regimento e conforme
a gravidade e/ou reincidência, o estudante estará sujeito à atribuição de ponto
negativo no aspecto formativo do cálculo do componente curricular que acarretou a
prática do descumprimento, sendo que sua aplicação deve ocorrer nos limites máximos
a seguir:
I - advertência oral ou retirada de sala de aula (- 0,1);
II - advertência escrita (- 0,3);
3
DODF nº 102, de 31/5/2019, p. 15.
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III - suspensão de sala de aula de, no máximo, três dias (- 0,5).
IV - transferência , quando o ato for aconselhável para manutenção da ordem escolar
e melhor desenvolvimento integral do estudante.” (Grifos acrescidos).
No que pertine à possibilidade de revista pessoal, o Parlamentar, afora a
insegurança derivada da utilização de conceitos abertos e indeterminados, sustenta o aparente
conflito entre a regra regimental e a dignidade dos estudantes, assegurada pelos arts. 1º, III, e
5º, X, da CF/1988. Ainda no que pertine às regras constitucionais, sugere que a busca nos
pertences dos educandos não se coadunaria com o postulado da presunção de inocência (art.
5º, LVII, da CF/1988).
Além disso, ressalta a provável colisão entre a regra em comento e os direitos
insculpidos nos arts. 5º e 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Também restaria
vilipendiado, no sentir do Deputado, o art. 4º da Lei nº 4.751/2012.
Para o signatário do Ofício nº 87/2019 – GAB13, a norma não foi acompanhada
de dados capazes de justificar a restrição das garantias fundamentais dos educandos.
Ainda, ao permitir a escolha aleatória dos discentes para realização de inspeção pessoal, o ato
vergastado pode acabar reforçando preconceitos já arraigados na sociedade do Distrito
Federal. Nesse particular, apresenta aresto no sentido de que a exposição de estudantes à
situação vexatória pode implicar em responsabilização civil do Estado.
Aos olhos do integrante do Poder Legislativo local, o dispositivo que intenta
regular manifestações políticas e religiosas no ambiente escolar vai de encontro às garantias
individuais relacionadas à liberdade de manifestação e de pensamento à inviolabilidade de
consciência e de crença, contrastando, por conseguinte, com os direitos fundamentais previstos
no art. 5º, IV e VI, da Carta Maior.
Outrossim, segundo o manifestante, as disposições dos arts. 310-A e 310-B são
inconciliáveis com os arts. 2º e 4º da Lei nº 4.751/2012, que dispõe sobre o Sistema de Ensino
e a Gestão Democrática do Sistema de Ensino Público do Distrito Federal, mormente no que
pertine à autonomia para que cada unidade escolar formule e implemente seu projeto
político-pedagógico e à ideia de democratização das relações pedagógicas.
O panorama apresentado, no sentir do parlamentar, invocaria providências da c.
Corte de Contas.
Feito o breve introito acerca dos fatos, este Parquet especializado passa ao
exame da controvérsia.
Ab initio, esta Quarta Procuradoria destaca a inserção da matéria nas
competências desta c. Corte de Contas, ao abrigo do que dispõe o art. 1º, X, da Lei
Complementar nº 1/1994, sobretudo em razão de prática de atos de natureza administrativa com
base no mencionado ato infralegal.
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Além disso, o Ministério Público de Contas, nos termos do art. 54, I, do
RI/TCDF, possui competência para requerer ao e. TCDF medidas para salvaguarda dos
interesses da justiça, da Administração e do Erário. Entre os instrumentos para buscar o
enfrentamento de ilegalidades, irregularidades ou abusos, o Órgão Ministerial dispõe das
Representações, instrumento capaz de provocar a atuação do e. Tribunal de Contas do
Distrito Federal, a teor do art. 230, IV, da Resolução nº 296/2016.
Volvendo o exame aos aspectos intrínsecos da manifestação do Parlamentar,
forçoso concluir pela satisfação dos pressupostos especificados no art. 230, § 2º, do
RI/TCDF. Ora, existe a caracterização circunstanciada da situação irregular e a presença de
indícios de descumprimento de preceitos constitucionais e legais voltados para proteção
dos direitos das crianças, dos adolescentes e dos jovens – violação aos princípios da
legalidade, da dignidade da pessoa humana, da liberdade de pensamento e de crença e da
prioridade absoluta das crianças, adolescentes e jovens.
Superado este breve exame acerca da admissibilidade da peça, cabe salientar que
a matéria não é de fácil resolução, pois abriga discussão quanto à possível colisão entre
garantias individuais dos educados e o intento aparentemente legítimo da SEE/DF de buscar a
melhoria do ambiente escolar, com aplicação de medidas que, ao que tudo indica, pretendem
zelar pela incolumidade da comunidade escolar e pela laicidade do ambiente escolar.
Contudo, a situação apresentada possui uma peculiaridade. Mesmo inexistindo
direitos e garantias fundamentais absolutas no nosso sistema normativo, conforme remansosa
jurisprudência do e. STF4, no entendimento deste MPC/DF, a prioridade absoluta conferida
pelo art. 227 da CF/1988 aos direitos à educação, à cultura, à dignidade, ao respeito e à liberdade
das crianças, adolescentes e jovens deve orientar a resolução da quaestio.
Tal perspectiva, por óbvio, sobreleva a densidade normativa dos direitos à
intimidade, à liberdade de manifestação de pensamento e de crença dos educandos, o que,
conforme sustentou o Deputado, parece conduzir ao entendimento de que os arts. 12 e 308, IV,
da Portaria nº 15/2015, com redação dada pela Portaria nº 180/2019 da SEE/DF, não são
compatíveis com as regras constitucionais e legais aplicáveis à espécie.
Em adendo aos argumentos apresentados no Ofício nº 82/2019 – GAB 13, o
Parquet entende oportuno destacar que a SEE/DF poderia buscar mecanismos menos gravosos
para alcançar o desiderato dos dispositivos em comento. Exemplificativamente, em relação à
busca pessoal nos educandos, o Órgão poderia melhorar o sistema de monitoramento do
ambiente escolar, inclusive com utilização de detectores de metais. Por óbvio, trata-se de
medida adequada para o fim proposto pelo ato atacado e, sobretudo, mais harmônica com as
garantias constitucionais e legais dos discentes.
Diante da existência de forma menos gravosa, outro não pode ser o entendimento
senão reconhecer a pertinência dos argumentos apresentados pelo Deputado Distrital.
4
STF - Tribunal Pleno, MS 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 12/5/2000.
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A irregularidade do art. 308, IV, do ato regulamentar, parece mais flagrante,
mormente em razão dos princípios sob os quais foram erigidas as bases da educação no Brasil,
entre eles a liberdade de divulgação de pensamento e o pluralismo de ideias (art. 206, II e
III, da CF/1988), preceitos que, sem laivo de dúvida, buscam, no tocante à educação, dar
concretude aos princípios da liberdade de pensamento e de crença.
Insta destacar, nesse particular, que a natureza não confessional do Estado
Brasileiro, prevista no art. 19, I, da Carta Maior, não deve dar ensejo ao repúdio das crenças
pelo Poder Público. Inclusive, o c. STF já reconheceu a constitucionalidade do ensino religioso
em escolas públicas, observada a voluntariedade da matrícula5.
Tem-se aqui, aos olhos deste MPC/DF, a premissa que deve balizar a relação
entre o Estado e as crenças, em perfeita consonância com a necessidade de dar unidade à
liberdade religiosa e à laicidade do Estado, qual seja: a ausência de intromissão do Estado na
liberdade de manifestação religiosa dos cidadãos. Ou seja, partindo a iniciativa dos
estudantes, não parece haver motivo consistente para que a administração das escolas obste a
realização de manifestações nas escolas.
Além disso, mesmo que obiter dictum, já foi reconhecida a natureza cultural de
símbolos religiosos. Nesse viés, ressalta-se que, em conformidade com o art. 215 da
Constituição Federal, cabe ao Estado garantir a todos o pleno exercício dos direitos
culturais.
Na mesma esteira do dispositivo constitucional mencionado no parágrafo
anterior, o art. 1º da Lei nº 9.394/1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, dispõe que “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.” Por seu
turno, o art. 3º da LDB define como corolários do ensino a divulgação de cultura e o
pluralismo de ideias.
Com efeito, considerando que a Escola deve ser um ambiente plural para
divulgação e de promoção da diversidade política e cultural, sem qualquer predileção por
orientações específicas, no sentir deste MPC/DF, a vedação peremptória de qualquer tipo de
atividade político-partidária ou religiosa nas escolas pode representar afronta à Constituição
Federal e às diretrizes e bases da educação nacional.
Além disso, conforme arrazoou o Deputado Distrital, os termos utilizados na
Portaria (qualquer tipo, verificação de segurança de rotina, escolha aleatória e ambiente
reservado) são pouco elucidativos, não sendo improvável cogitar que a aplicação da norma
pode acabar culminando em tratamento abusivo e vexatório aos discentes, o que é
absolutamente incompatível com as funções precípuas de unidades destinadas à formação dos
cidadãos, com o é o caso das escolas.
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STF -Tribunal Pleno, ADI 4439, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 21/6/2018.
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Considerando as perspectivas apresentadas, mesmo que se reconheça a
constitucionalidade e a legalidade dos dispositivos, o Parquet especializado entende que as
novas regras devem ser aplicadas com temperamentos, de modo a evitar situações
caracterizadoras de excesso de poder e de desvio de finalidade.
Ademais, conforme sustentou o Parlamentar, verifica-se um aparente conflito
entre a imposição de regras para formação das notas dos educandos e o art. 4º da Lei nº
4.751/2012, que dispõe sobre o Sistema de Ensino e a Gestão Democrática do Sistema de
Ensino Público do Distrito Federal, in verbis:
“Art. 4º Cada unidade escolar formulará e implementará seu projeto político-
pedagógico, em consonância com as políticas educacionais vigentes e as normas e
diretrizes da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal.
Parágrafo único. Cabe à unidade escolar, considerada a sua identidade e de sua
comunidade escolar, articular o projeto político-pedagógico com os planos nacional e
distrital de educação.” (Grifos acrescidos).
Os fatos mencionados na presente peça podem representar violação aos
princípios da legalidade, da dignidade da pessoa humana, da liberdade de pensamento e
de crença e da prioridade absoluta das crianças, adolescentes e jovens, o que demanda
atuação do e. TCDF.
II – DA CONCESSÃO DA MEDIDA DE URGÊNCIA
Como cediço, a medida cautelar tem por objetivo conservar e assegurar os
elementos do processo, de modo a eliminar a ameaça de perigo ou o prejuízo iminente e
irreparável ao interesse tutelado, no caso, os direitos e garantias individuais dos estudantes
da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal.
Para a sua concessão no âmbito do e. TCDF, mister se faz o cumprimento
simultâneo dos requisitos autorizadores da adoção de drástica medida, quais sejam: o
periculum in mora e o fumus boni iuris.
A fumaça do bom direito, narrada nesta peça, consiste na aparente transgressão
de normas constitucionais e legais, notadamente os arts. 5º, IV, VI e X, 206, II e III, e 227 da
Constituição Federal, os arts. 1º e 3º da Lei nº 9.394/1996 e o art. 4º da Lei nº 4.751/2012.
Assim, na visão deste Órgão Ministerial, presente o fumus boni iuris para a
concessão da medida de urgência.
No que tange ao perigo da demora, também entende o Ministério Público sua
presença, considerando a possibilidade de aplicação iminente da norma questionada, a teor do
que dispõe o art. 5º do Portaria nº 180/2019: “Art. 5º As alterações previstas no Anexo Único
da presente Portaria entram em vigor a contar do 2º semestre letivo de 2019.”6
6
Conforme calendário acadêmico de 2019, o início do 2º semestre deste período letivo ocorrerá 29/07/2019.
Disponível em: http://www.se.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/11/Calend%C3%A1rio_ANUAL_2019.pdf.
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O cumprimento deste requisito, portanto, dispensa maiores digressões, sobretudo
em razão da proximidade do dia 29/7/2019.
Por essa razão, pleiteia o Parquet a concessão de medida cautelar, inaudita
altera pars, a fim de que a SEE/DF suspenda os efeitos dos arts. 12, parágrafo único, 308, IV,
e 310-A e 310-B da Portaria nº 15/2015, na redação dada pela Portaria nº 180/2019, até ulterior
deliberação Plenária acerca do mérito da exordial.
Alternativamente, caso o e. Plenário entenda de maneira diversa, requer-se a
concessão de prazo de 5 (cinco) dias à jurisdicionada, para que possa se manifestar
exclusivamente acerca da concessão da medida de urgência.
III – DO PEDIDO
Ante todo o exposto e considerando que esta c. Corte de Contas é competente
para apreciar a questão em comento, uma vez que a ela compete apurar denúncias sobre
irregularidade e ilegalidade de atos praticados pela Administração Pública, consoante o disposto
nos arts. 1º, § 3º e 76 da Lei Complementar nº 1/1994, bem como zelar pela correta aplicação
da Lei e dos recursos públicos, o Ministério Público de Contas requer ao c. Plenário que:
I – conheça da presente Representação e determine seu processamento em autos
específicos, uma vez que estão presentes os requisitos de admissibilidade
estabelecidos no art. 230, § 2º, do RITCDF;
II – conceda:
II.1. medida cautelar, inaudita altera pars, para suspender os efeitos
dos arts. 12, parágrafo único, 308, IV, e 310-A e 310-B da Portaria nº
15/2015, na redação dada pela Portaria nº 180/2019, até ulterior
deliberação Plenária acerca do mérito da exordial; ou
II.2. prazo de 5 (cinco) dias à Secretaria de Estado de Educação para que
possa se manifestar exclusivamente acerca da concessão da medida de
urgência requerida acima;
III – encaminhe o processo à Unidade Técnica para promover a instrução dos
autos e analisar a ocorrência de possíveis irregularidades na Portaria nº 180/2019
da SEE/DF.
Brasília, 2 de julho de 2019.
Marcos Felipe Pinheiro Lima
Procurador-Geral
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