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PUC/SP
São Paulo
2008
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC/SP
São Paulo
2008
Banca Examinadora
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________________________________________
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Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta
Dissertação por processos de fotocopiadoras ou eletrônicos.
A autora.
RESUMO
Esta dissertação relata uma investigação cujo objetivo foi investigar se e como
alunos de uma 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental são sensibilizados e criam
estratégias para resolver situações que envolvem a percepção e generalização de
padrões em seqüências. Os trabalhos de: Mason (1996) Vale e Pimentel (2005),
Machado (2006) e Radford, Bardini e Sabena (2007) constituíram a principal fonte
das escolhas teóricas feitas. Para a coleta de dados elaborou-se e aplicou-se uma
seqüência didática, inspirada nas fases da Engenharia Didática, conforme Machado
(2002), sendo que a análise “a posteriori” foi multidimensional, pois englobou:
análise dos protocolos, de áudio e de vídeo. As atividades da seqüência foram
propostas a 33 alunos de uma escola pública da periferia de São Paulo. Concluiu-se
que os alunos da 5ª série/6º ano foram sensibilizados, pois se apropriaram dos
problemas propostos. Essa apropriação possibilitou aos alunos observar, analisar,
reconhecer e expressar de modo explícito ou implícito, seja pelo discurso oral ou
escrito, pelas ações, pelos gestos, pelos sinais ou pelos ritmos, a regularidade de
seqüências que apresentavam um padrão.
This work reports a research which aim was to investigate whether and how 5th
series/ 6th year of elementary school students are sensitized by and create strategies
to solve situations involving the perception and generalization of patterns. Mason
(1996), Vale & Pimentel (2005), Radford, Bardini & Sabena (2007) and Machado
(2006) works gave the main base for the research. For the investigation it was
created and applied a didactic sequence, inspired by stages of the methodology of
Didactic Engineering as reported by Machado (2002). The “a posteriori” analysis was
a multidimensional: analysis of the protocols, audio and video. The experiments
involved 33 students from a public school in the suburb of Sao Paulo. It was
concluded that pupils were sensitized by the subject, and had appropriate of the
considered problems. So, pupils showed capacity of to observe, to analyze, to
recognize and to express a sequence’ pattern, in addition to express the generality
symbolically, in explicit or implicit way, either by verbal or written speech, by actions,
by gestures, by signs or by rhythms.
Apresentação ................................................................................................. 13
Capítulo 1 ........................................................................................................ 16
JUSTIFICATIVA E OBJETIVO ..................................................................... 16
Capítulo 2 ........................................................................................................ 24
ESCOLHAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS ............................................... 24
Introdução ..................................................................................................... 24
Fundamentos Teóricos ..................................................................................... 24
Metodologia ................................................................................................... 44
Capítulo 3 ........................................................................................................ 47
EXPERIMENTAÇÃO .................................................................................... 47
Introdução ..................................................................................................... 47
Primeiras decisões .......................................................................................... 47
Critérios de seleção ....................................................................................... 47
Da Escola ................................................................................................. 47
Dos sujeitos da pesquisa ............................................................................. 49
Providências tomadas .................................................................................... 50
Contato com a direção da Escola .................................................................. 50
Contato com alunos e responsáveis ............................................................... 51
Seqüência didática .......................................................................................... 53
1ª sessão .................................................................................................... 57
• Análise a priori de cada item da atividade ............................................... 58
• Descrição da aplicação do instrumento .................................................. 62
• Descrição dos resultados e análise a posteriori ....................................... 64
Apresentação
uma resposta por meio de tentativa e erro ou esperam uma estratégia de resolução
Fiorentini, Miguel & Miorim (1993), Vale e Pimentel (2005), revelaram que a
problemas.
meus alunos mais novos que são os do terceiro ciclo do Ensino Fundamental.
14
generalização de padrões.
Para tanto, este trabalho foi dividido em quatro capítulos descritos da seguinte
forma:
Nacionais – PCN.
Por fim no quarto e último capítulo faço as considerações finais baseadas nas
matemática.
16
Capítulo 1
JUSTIFICATIVA E OBJETIVO
necessária para chegar a uma solução de um problema, e por essa razão, no geral,
buscam uma resposta por meio de tentativa e erro, o que muitas vezes torna inviável
pelas conversas informais com muitos colegas de profissão que sempre reclamam
professor.
de 2001, foi possível observar, pela análise dos itens apresentados, que os alunos
resolução de problemas.
conhecimento.
que envolvem as questões levantadas por mim durante a minha prática docente.
na década de 60, porém, após esse período, ela foi perdendo paulatinamente
indiscernível.
1
<http://www.pucsp.br/gpea>. Acesso em: 15 fev 2008.
18
educacional de muitos.
Fato também ressaltado por Miguel, Fiorentini e Miorim (1992), pois durante o
recebeu maior atenção. E para superar essa atitude de priorizar um dos campos, os
continuada, do professor.
níveis de ensino. E isso conduz o grupo a investigar o ensino da álgebra nos níveis
Assim, nessa direção, entre os projetos do GPEA que fazem parte do projeto
matemática transversal”.
segundo Silva (2006), ficou evidenciado, que apesar dos PCN indicarem o estudo
2
Disponível em: <http://www.pucsp.br/gpea>. Acesso em: 22 fev 2008.
20
Fundamental que as atividades algébricas devem ser ampliadas e, que por meio de
Ainda com relação ao início dos estudos da álgebra encontramos nos PCN do
3
(6º e 7º anos, antigas 5ª e 6ª séries)
21
De fato, como analisou Silva (2006), os PCN falam de desenvolver uma “pré-
como explorar as idéias da álgebra. Será que essas indicações dos PCN são mesmo
Algébrica, fazem uma crítica a esse respeito. Para eles, a álgebra e a aritmética
preceder a álgebra, e nem o contrário, visto que existem diversas experiências extra-
sentido mais amplo, expressando que o campo da álgebra consiste tanto na álgebra
escolar e superior, como inclui a Teoria Elementar dos Números, que por sua vez
inclui a Aritmética.
Vale dizer que vários autores, como Fiorentini, Miorim e Miguel (1993),
Da mesma forma, Lee (2001, apud Silva 2006) menciona que o pensamento
Capítulo 2
ESCOLHAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Introdução
algébrico.
Fundamentos Teóricos
no Brasil.
matemático.
linguagem e o pensamento.
linguagem, não uma relação de subordinação, mas sim uma relação de natureza
dialética, uma vez que, tanto no plano histórico quanto no pedagógico, a linguagem
aluno.
interessasse por investigar os alunos das séries mais novas, que no meu caso é a 5ª
série/6ºano.
Outra pesquisa que tratou da iniciação aos estudos da álgebra foi a realizada
por Carraher, Schliemann e Brizuela (2001), no artigo “Can young students operate
on unknown?”4.
Em sua pesquisa, com alunos de nove anos de idade, eles verificaram que as
aditivas.
4
“Os estudantes jovens podem operar com incógnitas?” (Tradução nossa)
28
entender que a incógnita substitui todos os possíveis valores que uma entidade pode
ter.
introdução tardia da álgebra no currículo da matemática, que não tem relação com
aritmética e sugerem que a aritmética deve estar ligada com o significado algébrico
Carraher, Schliemann e Brizuela (2001) afirmam que ainda existe muito a ser
feito, pois a iniciação da educação algébrica ainda não é um campo bem definido.
a minha pesquisa ao indicar que alunos mais jovens foram bem sucedidos ao
pública.
como seus alunos reagiriam quando defrontados por uma situação que envolvesse a
teórico em Devlin (2002, apud Machado, 2006), em que, para ele, os padrões
existem no mundo das idéias e dos pensamentos. Podem ser reais ou imaginários,
utilitários ou recreativos.
importante que levou Devlin a colocar como título de seu livro a frase: “Matemática: a
aluno tenha uma maior motivação, onde a descoberta tem um papel fundamental em
sua aprendizagem, assim como o ensino da álgebra possa se dar desde cedo no
currículo escolar.
Além de Devlin, outro apoio foi Mason et al (1985, apud Machado, 2006), que
um problema.
padrões desde a 6ª série/7º ano, em outros países, como nos Estados Unidos,
Fundamental.
perceber que os alunos da quinta série tiveram maturidade, e que assim, podem e
padrão, além de em alguns casos, expressar, verbalmente ou por escrito, uma regra
série/6º ano.
que envolvia padrão do tipo numérico e decidi incluí-la nas atividades que eu iria
Dessa forma, por essa pesquisa ter sido realizada com alunos de 5ª série,
Ensino Médio de uma escola pública, aplicando atividades cujo objetivo foi investigar
sua pesquisa.
...
5
Figura 1: Seqüência de triângulos
descritos.
6
Figura 2: girassol
eficiente possível, formando espirais que tanto curvam para a esquerda como para a
direita. Curiosamente, se contarmos essas espirais, quer para um lado, quer para
5
(Perez, 2006, p.20)
6
figura disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2002/icm203/numeros.htm>. Acesso em: 15
fev 2008.
7
Uma seqüência de números naturais em que cada termo é obtido, por recorrência, somando-
se os dois termos imediatamente anteriores, é chamada de seqüência de FIBONACCI:
0,1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89,144,...
33
quanto numéricas.
Perez também cita padrões visuais que tem como características o fato de
8
Figura 3: Divisão regular do plano III, xilografia, 1957 - 1958
aritméticas e geométricas.
regularidade, seja ela recursiva ou de repetição, na qual se possa identificar uma lei
8
Figura disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Regular_Division_of_the_Plane>. Acesso em: 15
Fev 2008.
34
prelo).
Para exemplificar:
...
...
Dessa forma, temos uma tipificação adequada dos padrões que podemos
padrões.
Por fim, Perez considera que o objetivo de sua pesquisa foi atingido, pois os
alunos do ensino médio, mesmo tendo alegado que nunca tinham trabalhado com
para a metodologia de pesquisa adotada por ela, pois a minha intenção era fazer
35
uma investigação com alunos da 5ª série/ 6º ano e pude perceber, pelo seu trabalho,
padrões numéricos ligados à idéia de algum tipo de regularidade, seja ela recursiva
atividades escolhidas, embora, a sua pesquisa tenha sido realizada com alunos do
(2005).
NCTM - (2000), que o pensamento algébrico diz respeito ao estudo das estruturas, à
quantitativas (Modelação),
Ponte, 2005).
problemas.
Assim, ele defende que uma das vias privilegiadas para promover esse
transversal do currículo.
37
ensino.
ciência dos padrões pode contribuir para uma nova visão dessa disciplina por parte
Davis e Hersh, 1981; Devlin, 2002; Sawyer, 1955; Steen, 1990, apud Vale e
Desse modo, para Goldenberg (1998, apud Vale e Pimentel, 2005) a procura
por invariantes deve ser o fulcro do ensino da matemática, pois como ciência dos
padrões, ela trata da procura da estrutura comum subjacente a coisas que em todo o
Assim, o termo padrão tem uma multiplicidade de sentidos que deve ser
poderoso da atividade matemática, uma vez que a sua procura é indispensável para
conjecturar e generalizar.
desenvolvimento curricular.
pesquisadoras citam Herbert e Brown (1997, apud Vale et al, no prelo) que indicam
aprendeu.
padrões, para que o aluno acostume com esse modo de pensar e facilite a
Para tanto, Vale e Pimentel citam Orton (1999, apud Vale et al, 2006) que, em
continuá-lo; e
permitem:
conceitos geométricos;
para outra;
- Generalizar;
envolvendo padrões.
Nas suas pesquisas, elas constataram que a maioria dos estudantes, perante
da matemática escolar permite aos alunos descobrir conexões entre vários tópicos,
descobertas.
41
pesquisa.
Além de Mason, Lee (1996), em seu artigo: “An initiation into algebraic culture
álgebra.
álgebra, certamente, facilita essa tarefa. Generalização é uma das coisas que
9
“Uma iniciação na cultura algébrica através de atividades de generalização” (Tradução nossa)
43
atividades cedo.
trabalho com padrões não somente foi possível, como houve elementos muito
problema.
um dado problema.
Enfim, tanto Mason como Lee fortaleceram ainda mais a relevância do tema
generalização de padrões.
44
Metodologia
regularidades em um padrão, optei por aplicar uma seqüência didática, inspirada nas
de aprendizagem.
experimentação, mas continua durante as outras, com leituras que possam auxiliar
variáveis pertinentes ao sistema sobre os quais o ensino pode atuar, as quais são
comportamentos.
- uma análise sobre qual o desafio da situação para o aluno, decorrente das
aprendizagem.
engenharia com uma certa população de alunos. Ela se inicia no momento em que
objeto da investigação.
prevista”.
feitos e pela validação. Essa validação se dá, internamente, pela confrontação entre
Capítulo 3
EXPERIMENTAÇÃO
Introdução
posteriori e conclusões.
Primeiras decisões
Critérios de seleção
Da Escola
A minha intenção foi, desde o início, realizar esta pesquisa em uma das
escolas públicas que trabalho, pois tem sido muito divulgado pela mídia e se
vezes, a escola receber um número elevado de alunos dentro de uma mesma sala
de aula.
matemática em geral.
Com essa intenção, dentre as escolas que trabalho, escolhi aquela que é
freqüentada por uma população com situação sócio-econômica mais carente. Essa
escola faz parte da rede pública municipal de São Paulo, localizada na periferia da
zona norte, no bairro Parque Novo Mundo, uma região afetada por problemas de
violência social.
Essa escola apresentou um dos mais baixos rendimentos na prova Brasil, que
município de São Paulo foi 179,21, a média das escolas no estado de São Paulo foi
nacional alcançada.
49
das escolas avaliadas no município de São Paulo foi 239,34, a média das escolas no
estado de São Paulo foi 243,47 e a média das escolas no Brasil foi 239,98.
longo da escala, mais habilidades terá acumulado. Portanto, é esperado que alunos
realidade justificam a escolha feita, uma vez que um dos propósitos do mestrado
à prática profissional.
mais novos.
pesquisa com uma das classes das quais sou responsável pelas aulas de
matemática.
Assim, a turma escolhida tinha aulas de matemática nas primeiras aulas, que
das aulas.
Logo, a classe escolhida foi uma quinta série com 35 alunos, de faixa etária
Providências tomadas
pesquisa.
51
trabalhos que possam trazer algum benefício à aprendizagem dos alunos da Escola.
Conforme já citei, escolhi uma das duas turmas de 5ª série/6º ano que
Assim, durante uma das aulas, após conversar com os alunos sobre a
da matemática, enviei uma carta a cada pai ou responsável, pedindo sua anuência
matemática, não sendo necessário horário extra e que manteria o anonimato dos
fictícios.
pensamento matemático.
52
Vale citar que alguns alunos ficaram preocupados se “valeria nota ou não” e
tive que enfatizar que eles não estariam sendo avaliados, pois eu agiria como uma
Seqüência didática
uma aula de 45 minutos cada uma. Optei por limitar a aplicação em 3 sessões, para
maior intervenção.
anteriores.
das atividades. Enquanto, a filmagem pode revelar atitudes, gestos e as formas dos
muitas das quais atuam simultaneamente, como a prática pedagógica, por exemplo,
54
direta.
de aula, Meira (1994, apud Sadalla e Larocca, 2004, p.423) apontou que essa
Por outro lado, um ambiente em que são introduzidos tantos elementos novos
Uma vez que como lembra Sadalla e Larocca (2004) em seus estudos, seria
psicologia sabem bem que a simples presença do observador na sala de aula, por
questão.
los. Para tanto, fiz uma análise a priori, considerando a escolha das variáveis
atividade.
Uma vez que, como afirma César (1998), vários estudos têm sido feitos
especial na matemática.
entre duplas de alunos é uma forma eficaz de promoção de atitudes positivas para a
Matemática.
Finalizo com a descrição dos resultados e uma análise a posteriori de cada sessão.
57
1ª Sessão
Para a 1ª sessão escolhi apresentar uma única atividade com quatro itens,
• Objetivo geral: Esta atividade tem por objetivo principal apresentar ao aluno
encontrar a resposta.
• A atividade:
2, 4, 6, 8, 10, ...
# Objetivo:
questão proposta.
# Variáveis:
# Estratégias previstas10:
10
As estratégias serão indicadas por Ei em ordem crescente de dificuldade.
59
# Objetivo:
termo requerido.
# Variáveis:
A escolha de uma posição ímpar, como o 37º termo, se deu para evitar não
# Estratégias previstas:
E1: O aluno escreve a seqüência até obter o 37º termo que é o 74.
número que representa essa posição, multiplicando 37 por 2 obtendo o número 74.
E3: O aluno faz uma tabela para relacionar a posição do termo e o número
Posição Termo
1 2
2 4
3 6
4 8
5 10
6 12
37 74
P 2xP
Essa estratégia em forma de tabela pode ser que seja utilizada, porém a
formalização, 2 x P.
# Objetivo:
# Estratégia prevista:
numérico.
62
2007, mas devido a problemas de organização da escola foi adiada para a próxima
entre si. Coloquei em cinco mesas, aleatoriamente, cinco gravadores com a intenção
mexeram nos gravadores, parando a gravação, o que dificultou o registro oral das
que não estavam ali para serem avaliados, que apenas observaria a forma como
Após solicitar que guardassem todo o material entreguei a cada dupla uma
caneta e duas folhas de sulfite, uma com as questões e a outra para respondê-las.
Avisei que forneceria quantas folhas fossem necessárias e que em caso de algum
tempo previsto.
nomes dos alunos envolvidos por nomes fictícios para preservar a identidade dos
mesmos.
inteiros, seria o 12, o que demonstra que foram capazes de perceber a regularidade
Machado, 2006).
Apenas a dupla D1 afirmou que o próximo número era o 13. Penso que os
elementos dessa dupla perceberam que a seqüência era crescente, porém parece
foi conseguido, foram analisados em conjunto, pois são questões dependentes entre
si.
Segundo Durkin & Shire (apud Munhoz, 1999), mesmo não tendo se
apropriado de certos vocábulos, os alunos não devem ser privados do contato com
palavras que possuem vários significados diferentes, pois o contato com palavras
apropriadamente.
67
Assim, me parece que a dificuldade com a palavra termo pode ser devido a
uma ambigüidade desta palavra, pois pode ter significados como “prazo”, “fim” ou na
número que ocupa esta posição na seqüência dada. 7 duplas responderam que era
o 74.
Depois de João discutir com Dora o significado da palavra termo, Dora afirma
11
Obstáculos cognitivos são considerados como blocos cognitivos (constructos cognitivos) que
impedem ou perturbam o estabelecimento de relações de articulação entre as representações
mentais do sujeito no processo de compreensão de um conceito ou no processo de realização de
uma atividade. (Goldin & Shteingold, 2001, apud Kaleff, 2007)
68
César: - Vamos reler, deve ser entre 12 e 37, quanto vai dar? 25, né (sic)?
38 e:
César: - não vai dar... não, não, não! [...]. Vem na seqüência de dois números,
Eva: - Sabe por que não vai dar? Porque 37 é ímpar e os números são pares.
Durante a análise a priori, esta dificuldade já tinha sido verificada nesse tipo
utilizadas foi a escolha de uma posição ímpar, como o 37º termo, justamente para
Mesmo assim, esta confusão entre número ordinal e cardinal, bem como sua
João: - Já sei, não vou contar, vou dividir 37 por 2, melhor que contar
nos dedos.
João: - Mas ai não ta (sic) certo, não dá inteiro. já sei, vou multiplicar 37
O caminho percorrido por esta dupla para chegar a uma conclusão, passa
pela confusão entre interpretar a posição do termo e o número que ocupava essa
André:
André: - [...] Qual o número? Dividido por 2?[...] Bom, eu fiz a conta até
o 37.
dos alunos, que estas dificuldades descritas foram empecilhos para a resolução da
Laura: - Não dá pra achar esse número não. Não existe não.
Nesse último diálogo, quando Ana diz “que já conseguiram”, ela está falando
do enunciado, pois uma outra variável considerada na análise a priori foi apresentar
uma pessoa que já teria encontrado a solução, com o objetivo de estimular o aluno a
posteriormente com entrevista, foi possível compreender que elas deram como
resposta 50, pois resolveram somar 13, sucessor do 12, com 37, apresentando uma
obter o 37º termo), prevista na análise a priori, ou uma variação sua (ao invés de
Assim, das dez duplas que utilizaram essa estratégia, 7 acertaram o elemento
12
Chama-se contrato didático o conjunto de comportamentos do professor que são esperados pelos alunos e o
conjunto de comportamentos do aluno que são esperados pelo professor (...). Esse conjunto é o conjunto de
regras que determinam, uma pequena parte explicitamente, mas sobretudo implicitamente, o que cada parceiro
da relação didática deverá gerir e aquilo que, de uma maneira ou de outra, ele terá de prestar conta perante o
outro. (Brousseau, 1986)
72
durante a gravação:
contagem nos dedos, talvez por não estarem acostumados a escrever o que estão
pensando, como estão raciocinando, pois como observado por Nacarato, durante o
Além do mais, como observado por Orton (1999, apud Vale et al, 2006), os
Vale salientar que quatro duplas, após encontrar o 74 como resposta, por
Esse ponto, como sugere Polya (1978) em seu livro “A arte de resolver
do problema.
Polya considera quatro fases que o aluno deve passar durante a resolução de
um problema:
o Execução do plano;
Gabriel:
Pedro explica para o colega: - Esse é o 1º, 2º, 3º [...] Vai contando [...] O
dar 37!
74
eram seqüências infinitas e 4 finitas. Uma seqüência era de números pares, a partir
no 3.
Dessa forma, concluo que as cinco duplas interpretaram que uma das
múltiplos de 3.
75
Como esperado pela análise a priori, não apareceu nenhuma seqüência que
vírgula, uma não tinha vírgula e a outra a vírgula aparece vez ou outra, o que
demonstra, segundo Mason et al (1985, apud Machado, 2006), que eles observaram
entre os termos.
• Conclusão parcial
genérico.
duplas, os alunos puderam trocar informações entre si, explicitando suas dúvidas,
defendendo suas idéias e decidindo pela solução que lhes pareciam a mais correta.
aos obtidos na pesquisa realizada por membros do GPEA (MACHADO et al, 2006)
em uma 5ª série de uma escola também pública, porém em uma região afastada da
escola escolhida.
conhecimentos matemáticos, o que parece indicar que essas dificuldades não são
partes de um problema local e que necessitam de maior atenção por parte dos
professores de matemática.
77
números ordinais.
Desse modo, estes pontos com certeza devem ser retomados, visando a
superação dessas dificuldades para que não sejam mais empecilhos na solução de
novos problemas.
2ª sessão
Institucionalização
dos conteúdos envolvidos e a correção dos possíveis erros que ocorreram na fase a-
conceito que ainda não está explícito para ele, sem sofrer nenhum tipo de controle
13
Quando o aluno se torna capaz de pôr em funcionamento e utilizar por si mesmo o saber que está
construindo, em situação não prevista em qualquer contexto de ensino e também na ausência de
qualquer indicação intencional. Uma tal situação é chamada de situação a-didática (Brousseau, 1986,
apud Freitas, 2002)
79
# Objetivo:
primeira sessão.
5 primeiros.
de Futebol) 14:
14
O Ranking foi atualizado em 04/12/2006 pela CBF
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ranking_da_CBF#O_Novo_Ranking_da_CBF
80
da seqüência apresentada.
dada, apresentarei algumas respostas dos alunos, como as das duplas 1 (próximo
número é o 13), da dupla 3 (12, 14, 16...) e da dupla 7, uma das duplas que
apresentado, uma vez que a maioria reconheceu que o próximo número é o 12.
Já as questões (b) e (c), que solicitam o 37º termo e como esse foi
rápida.
explorar essas estratégias e compreender melhor o raciocínio feito por eles. Utilizarei
as estratégias dadas pelas duplas: D5 (contou nos dedos, não chegando a solução
(finita: 3,6,9,12,15,18,21,24,27,30,33,36.).
da seqüência dada).
verbal ou escrita, capaz de gerar uma seqüência (no caso, são números pares, ou a
que representa uma regra geral, implícita ou explicitamente) e por fim a possibilidade
Esta sessão estava prevista para acontecer dia 11 de outubro de 2007, porém
às 7:05h.
daqueles que participaram da primeira sessão, sete estavam ausentes, isto é, dos
Avisei aos alunos que falaríamos sobre a pesquisa que eles estavam
uma cópia da tabela de classificação dos times de futebol brasileiro para cada dupla.
anterior, uma vez que não estavam participando exatamente os mesmos alunos.
brasileiros de futebol, aguardei alguns instantes para que eles pudessem observar a
tabela.
o que era CBF, algumas questões para chamar a atenção deles. Perguntei sobre a
escrita matemática. Interagindo com os alunos, ressaltei a posição que certos times
se encontravam na tabela.
Escrevi no quadro: “Quem é o 6º? O 18º? O 1º, o 3º, o 5º, o 15º, 24º, 27º, 31º,
33º, 34º, 35º?” O 35º era o Botafogo de São Paulo e eles disseram que Botafogo era
do Rio de Janeiro.
percebendo que realmente existiam dois times com o mesmo nome. Perguntei qual
dos dois times estava melhor no campeonato, eles responderam o Botafogo do Rio
símbolo no quadro.
comentaram sobre a leitura, indagando como se lia, por exemplo, 572º. Perguntei
até onde iam os números ordinais. Disseram que existiam infinitas posições.
no final da seqüência.
- É 12 porque é de 2 em 2!
Então, César disse que não, termo era qualquer valor, qualquer elemento
procurado. João disse que podia ser um número, uma figura, qualquer “coisa”
Quanto ao que significava 37º, Bruno respondeu que era o número que
“37x2”;
Pesquisador: - Algumas duplas disseram que não tinha o 37º termo, por
ocupa?
do correto.
em 2?
A seguir, indaguei sobre as estratégias para encontrar o 37º termo. Como eles
fizeram para encontrá-lo. Alguns alunos falaram que era só ir contando. Assim,
Bruno interrompeu:
encontrar o 74?
correspondente:
1x2=2
2x2=4
3x2=6
4x2=8
5 x 2 = 10
6 x 2 = 12
...
37 x 2 = 74
Por fim, perguntei qual forma seria a mais fácil, a mais rápida, a melhor?
Pesquisador: - Vocês querem dizer multiplicar por 2?- Apontei para o quadro.
(37x2), e eles disseram somar. No entanto, após a análise, percebi que eles sabiam
Comentei com eles que se nós soubéssemos esse caminho seria realmente
mais rápido, e para tanto deveríamos tentar descobrir caminhos mais rápidos.
Por último, foram expostas algumas seqüências criadas por eles. Indaguei se
Também perguntei:
seqüência?
No geral, foi possível perceber que eles gostaram, acharam diferente a forma
Perguntei o que acharam difícil, quais foram as dificuldades que eles tiveram
e eles responderam que o que foi difícil foi pensar “nesse tal 37º termo”.
• Conclusão parcial
Desse modo, considero que o objetivo da segunda sessão foi atingido, pois
bem como sua manipulação, ao encontrar o 37º termo, percebendo a sua utilidade
3ª sessão
Objetivo:
Atividade 2
# Objetivo
# Variáveis:
Adaptei uma atividade criada por Perez (2006) que a aplicou a alunos do
Ensino Médio. Embora os alunos não tivessem ainda trabalhado com seqüências
93
confusão do aluno entre a posição par (ou ímpar) com um número par e outro impar.
# Atividade 2:
5, 3, 5, 3, 5, 3, 5, 3, 5,...
disse ter encontrado o próximo número e que também foi capaz de encontrar
o 41º termo.
# Objetivo:
# Variáveis:
# Estratégias previstas:
# Objetivo:
dificultando que ele escreva todos os termos anteriores ao solicitado até encontrar o
termo requerido.
# Estratégias previstas:
número 5.
E2: O aluno faz a relação entre as posições pares e impares, observando que
desse modo o número que está na 41ª posição, uma posição impar, será o 5. O
Posições impares → 5
Posições pares → 3
96
Atividade 3
# Objetivo
# Variáveis:
# Atividade 3:
disse ter encontrado o próximo número e que também foi capaz de fazer
outras descobertas.
padrão implícito.
# Objetivo:
apresentadas.
# Variáveis:
Vou iniciar pela questão de menor dificuldade que é, indicar o termo seguinte
# Estratégias previstas:
posição, fazendo 5x7=35, no caso o quinto termo, que é o próximo, será o 35.
# Objetivo:
# Variáveis:
padrão percebido.
# Estratégias previstas:
E1: O aluno observa a seqüência e verifica que o número 23 não está entre o
E3: O aluno percebe que o 23 não é múltiplo de 7 e por isso não pertence à
seqüência.
99
# Objetivo:
# Variáveis:
# Estratégias previstas:
E4: O aluno faz uma tabela relacionando a posição do termo e o número que
Posição Termo
1 7
2 14
3 21
4 28
5 35
6 42
..... .....
12 84
p 7xp
posição e o termo, é bem pouco provável que o aluno de 5ª série/6º ano, nesse
# Objetivo:
# Estratégias previstas:
O aluno cria seqüência, com regularidade ou não, podendo ser cíclica ou não,
infinita ou finita.
102
mesma, solicitando a presença deles. É importante notar que entre as duas aulas
ocorreram feriados, o que acarretou que entre uma aula e a aula da 3ª sessão
curiosos, indagando o que eles iriam fazer e se seria “para a nota”. Respondi que
que era indispensável a ajuda deles para o sucesso dessa pesquisa, porém essas
uma forma que ficassem o mais distante possível uma das outras, de modo a evitar
que as duplas interferissem uma nas outras e também para facilitar a circulação da
tempo todo.
103
A observadora foi orientada para não intervir, mesmo que solicitada pelos
vídeo e áudio-gravadas.
da primeira sessão. Entretanto, como alguns alunos presentes nesse dia não tinham
duplas.
responder a mesma coisa que fizeram da outra vez. Respondi que as atividades
seriam semelhantes, mas não as mesmas, reiterando que não estavam sendo
avaliados.
Solicitei que utilizassem apenas uma caneta por dupla, que não precisariam
nem de lápis, nem de borracha, pois era muito importante eu observar como eles
apagar o que escrevessem, apenas fizessem um X sobre o que achavam que não
outras oportunidades como essa para que eles pudessem participar e mostrar suas
formas de pensar.
e também relacionada com suas presenças nas sessões anteriores, para melhor
compreender os protocolos.
Atividade 2
alternando os números 5 e 3.
Após verificar os protocolos das quatro duplas que não deram a resposta
Carol e Dora:
observação de Carol e a resposta dada, elas não levaram em conta que a seqüência
108
Benedito, observamos:
é o 7!
Essa dupla parece não ter observado a seqüência como um todo, notaram
Em outro protocolo, da dupla D5, Pedro e Daniel, pudemos observar que para
seqüência.
Como os alunos, por vezes, falavam mais baixo, a gravação ficou um pouco
Pedro: - Não!
e aqui dá 8!!!
Ainda insistem:
Pelo protocolo, assim como pelo vídeo e pelo áudio, ficam claras as várias
estratégia E1 (escreveram a seqüência até obter o 41º termo) ou uma variação dela,
questões).
questão, pois todas as duplas que utilizaram essa estratégia não chegaram à
alunos, à medida que se encontram mais distantes dos termos que lhes são
que em continuá-lo.
Assim, apenas duas duplas, ou seja, quatro alunos deram como resposta
para o 41º termo o número 5, acertando a questão, utilizando uma estratégia não
de dez em dez e deram como resposta o 5, não deixando muito claro o modo que
fizeram essa contagem, porém pela gravação foi possível entender como
procederam.
contar até o 41, se repetir mais duas vai parar aqui. 41 volta
o que, de acordo com Orton (1999, apud Vale et al, 2006), em seus estudos,
que Lee (1996) comenta sobre o trabalho com generalização de padrões ser
diante de um problema.
E que assim, o professor, ao propor este tipo de atividade, deve estar atento
manipulação dos números dados, como as duplas D1, Alberto e Benedito e D6,
Laura e Gabi:
113
Mais uma vez, parece que temos o efeito do contrato didático na forma como
às questões:
Esse comportamento por parte dos alunos revela que existem regras
vigentes, ainda que implícitas, completamente internalizadas por eles,
regras essas que, quando aplicadas, conduzem a uma grande quantidade
de erros dos alunos e a incoerências no tratamento desses erros pelos
professores. Retomando a análise de Chevallard (1988), vejamos algumas
dessas regras: [...] ● em matemática resolve-se um problema efetuando-se
operações. A tarefa é encontrar a boa operação e efetuá-la corretamente.
[...] (p. 51)
Enfim, pela análise dos resultados dos itens b e c, dos 19 alunos, 6 utilizaram,
como estratégia para obter o 41º termo, a contagem, mesmo não encontrando o
114
2006).
pelos alunos:
gravações foi possível verificar que a maioria usou a estratégia E1, percebendo que
O próximo é 35!
A estratégia usada por João estava prevista na análise a priori, E3, o aluno, ao
relação entre a posição e o termo que ocupa aquela posição, fazendo 5x7=35, no
utilizadas.
Esse objetivo parece ter sido atingido, pois todos os alunos responderam
verificando que o número 23 não está entre o 21 e o 28, e que, portanto, não
pertencia à seqüência.
João e César, D10, tiveram como estratégia E3, percebendo que o 23 não é
seqüência dada. Como podemos constatar pelo protocolo de Pedro e Daniel, D5:
Foi possível perceber também que a escolha da variável, número 84, motivou
contagem.
Isso pode ser verificado no protocolo de João e César, D10, que utilizaram
como estratégia E3, prevista na análise a priori, em que o aluno ao perceber que os
números são múltiplos de 7, divide 84 por 7, descobrindo que ele é divisível por 7 e
proposta. Assim, esses alunos vivenciaram situações que lhes permitiram observar,
fases essas estabelecidas por Mason et al (1985, apud Machado, 2006), como
aluno de criar sua própria seqüência, continuando-a a partir dos números dados,
padrões.
alunos, bem como a percepção e a compreensão que tiveram das atividades que
envolvem padrões.
geral, algo que continua mais e mais, sem parar. Esse fato foi abordado por Radford,
Esses autores afirmam que os caminhos para a álgebra são conseguidos não
apenas pelo uso do simbolismo alfanumérico, mas também através das várias
diversos recursos semióticos para passar do particular para o geral. Dessa forma, é
120
ritmos e gestos.
seqüências.
121
• Conclusão parcial
O objetivo dessa sessão foi atingido, pois conforme previsto pela análise a
conheciam.
primeira sessão.
Dessa forma, se deparar com uma seqüência numérica cíclica foi uma
seqüência.
123
Capítulo 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS
forma a explicar que termo ali significava elemento. Entretanto, notei que essa
124
(2006). Após observar esse fato me perguntei se teria sido mais adequado
acrescentar ao lado da palavra termo: o número que ocupa essa posição ao invés
da palavra elemento.
matemáticos cujos significados são desconhecidos pela maior parte dos alunos?
de uma sessão para outra. Na primeira sessão estavam mais tímidos, solicitando o
uma estratégia de resolução pronta, além disso, o tipo de atividade parece ter
não ficaram tão isolados com suas idéias e dificuldades, podendo explicitar seus
gravadas, foi possível notar que essa vantagem que o trabalho em dupla
que Lucia quis resolver sozinha a questão, enquanto disse a Mara que fosse
duplas, ou que desconheciam as vantagens desse tipo de trabalho. Isto é, eles não
em duplas.
pesquisa nas duas primeiras sessões e por último a câmera de vídeo na terceira
numa seqüência, continuar uma seqüência, prever termos numa seqüência, além de
Uma dificuldade mostrada pelo vídeo foi quanto ao registro escrito das
respostas das questões. Foi possível perceber, por exemplo, que apesar de ter o
papel, alguns alunos faziam as contas na própria carteira, não registrando por escrito
as respostas, e assim se não fosse pelo registro videográfico não se teria notado
esse fato, evidenciando-se que o pensamento matemático dos estudantes não pode
ser completamente captado apenas por prestar atenção à maneira como eles
Para esses autores, as expressões e ações corporais podem ser vistas como
sentido ao nosso mundo. Desse modo, as expressões e gestos dos alunos são
Por isso, devemos nos empenhar para entender esses outros sistemas
expressões e gestos não apenas ajudam o aluno a focalizar certas partes de seu
processo de generalização que segundo Mason et al (1985) é uma das forças vitais
complexa que os estudantes fazem deles. Parece que o valor cognitivo desses
como algo que se faz com papel e lápis. A conscientização de que fazer matemática
estudantes.
pelo uso da linguagem simbólica algébrica, como também pelas várias maneiras que
semióticos para passar do particular para o geral, sejam pelo discurso oral ou
Além disso, Fiorentini, Miguel e Miorim (1993) afirmam que não é necessário
estritamente simbólica.
Dessa forma, considero que o objetivo da minha pesquisa foi atingido, pois
pelos resultados obtidos após as análises, concluo que os alunos da 5ª série/6º ano
explícito ou implícito, seja pelo discurso oral ou escrito, pelas ações, pelos gestos,
professor deve valorizar os diversos recursos semióticos que os alunos utilizam para
devem ser pesquisadas e sugiro como uma das questões: Quais dessas expressões
matemática.
escolar, uma vez que como indicam Vale e Pimentel (2005), a generalização de
inclusive equacioná-los.
currículo escolar.
Portanto, uma das minhas metas é dar continuidade a esse trabalho não
planejamento de curso.
132
REFERÊNCIAS
FIORENTINI, D.; MIGUEL, A.; MIORIM, M.A. Álgebra ou geometria: para onde
pende o pêndulo? In: Pro-Posições, v. 3, n. 1 (7). Campinas: UNICAMP, p. 39-54,
1992.
MASON, J. et al. Routes to/ Roots of Algebra. United Kingdom: Open University
Press, 1985.
Anexos
ANEXO B – Atividade I
Atividade I
ANEXO C – Atividade II
Atividade II
Atividade III:
Solicitação de Autorização
__________________________ _______________________
Profª Lucimeire Omoti de Aquino Diretora da Escola
lousa
145
utilizam para resolver um problema não consistem apenas de registros escritos, mas
também pela maneira como se expressam pelas ações, fala, gestos, sinais e ritmos.