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CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO  Artigo

966 e parágrafo único

Art. 966. Considera-se empresário


quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de
bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera


empresário quem exerce profissão
intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda com o
concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício
da profissão constituir elemento de
empresa.
a). Profissionalismo  A doutrina exige
três requisitos:
1o. Habitualidade: Não se considera
empresário (profissional) quem não produz
ou presta serviços de forma habitual;
2o. Pessoalidade: O empresário no
exercício de suas atividades deve contratar
empregados (produz e faz circular bens e
serviços)  O empresário na condição de
profissional exerce a atividade empresarial
pessoalmente, enquanto os empregados,
quando produzem ou circulam bens e
serviços, fazem em nome do empregador;

3o. Monopólio de informações  O


empresário é um profissional que tem o
dever de conhecer as características e
outros aspectos dos bens ou serviços
colocados no mercado (Oferta,
publicidade, da proteção à saúde e
segurança, condições de uso,
qualidades, riscos, defeitos, vício do
produto e serviço.  Exemplo: Arts. 12,
13, 14, 18 a 25, 30 a 45 do CDC – produtor,
fabricante, construtor, importador,
comerciante e fornecedores de produtos
e serviços).
b). Atividade (empresa)  Se o
empresário é quem exerce
profissionalmente uma atividade econômica
organizada

 Empresa é uma atividade  produção ou


circulação de bens ou serviços.

Linguagem do cotidiano (meios


jurídicos)  usa-se a expressão empresa
de forma equivocada, sendo que somente
deve ser usada o conceito de empresa se
for sinônimo de empreendimento
(Exemplo: A empresa “X” é muito
arriscada, pois o seu empreendimento (a
sua atividade) enfrenta riscos
excessivos do mercado)

 Princípio da preservação da empresa


(conservação da atividade e não do
empresário) – proteção aos interesse dos
consumidores, empregados e fisco.
Exemplos da utilização incorreta do termo
empresa: 1). A empresa faliu ou a
empresa importou as mercadorias 
termos errados

 A empresa como atividade não se


confunde com o sujeito de direito que
explora, o empresário. Quem faliu é o
empresário, assim como quem importou;

2). A empresa está pegando fogo ou a


empresa foi reformada  termos errados
 Estabelecimento comercial é que está
pegando fogo e que foi reformado

 não há que se confundir empresa


(atividade empresarial) com
estabelecimento comercial (local que a
atividade é desenvolvida).

c). Econômica  atividade empresarial é


econômica  pois tem como objetivo o
lucro – nenhuma atividade econômica se
mantém sem lucratividade no regime
capitalista.
d). Organizada  A empresa é uma
atividade organizada, pois explora a
produção ou circulação de bens ou
serviços, levando em consideração os
quatro fatores de produção: capital, mão-
de-obra, insumos e tecnologia.

Exemplo: Um vendedor de semi-jóias que


vende seus produtos diretamente aos
consumidores, em suas residências ou local
de trabalho, explora a atividade de forma
habitual (habitualidade), em nome próprio
(pessoalidade), com tecnologia e
conhecimentos próprios (monopólio de
informações), mas não é empresário,
porque não possui empregados, não
organiza mão-de-obra.

e). Produção de bens e serviços:

1). Produção de bens  fabricação de


produtos (toda atividade industrial é
empresária  Exs.: fábrica de
eletrodomésticos, montadoras de veículos,
confecção de roupas);
2). Produção de serviços  é a prestação
de serviços. (Ex. bancos, seguradora,
hospital, escola, estacionamento, provedor
de acesso a internet)

f). Circulação de bens e serviços:

1). Circulação de bens – atividade do


comércio: Produtor  comerciante 
consumidor – cadeia intermediação para
escoar a mercadoria (Empresário 
atacadista, varejista, comerciante de
insumos como o de mercadorias prontas –
Ex.: donos de supermercados,
concessionários de automóveis e lojas de
roupas).

2). Circulação de serviços - É intermediar


a prestação de serviços  Ex. Agência de
turismo  Não presta serviços de
transportes, traslados e hospedagem, mas,
ao organizar um pacote de viagem, faz
intermediação.
O Direito Comercial constitui área
especializada do conhecimento jurídico.

Exige-se do comercialista conhecimento


básico de economia, administração de
empresas, finanças e contabilidade, bem
como estar disposto a contribuir para
que o empresário alcance o objetivo
fundamental que o motiva na sua
empresa: lucro.

A autonomia do direito comercial é referida


na Constituição Federal, nas matérias de
competência privativa da União, onde
menciona o direito civil em separado do
direito comercial.

Art. 22. Compete privativamente à União


legislar sobre: I. direito civil, comercial,
penal, processual, eleitoral, agrário,
marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho.

Não compromete a autonomia do direito


comercial o fato do legislador brasileiro
tratar da matéria comercial no Código Civil
– Livro II – Parte Especial – Do direito da
Empresa (arts. 966 a 1.195). Em outras
palavras, a autonomia didática e
profissional não é determinada pela
unificação (codificação) legislativa. Além
disso, a teoria da empresa não acarreta a
superação da dicotomia do direito civil e
direito comercial – origem Código de
Napoleão (Civil e Comercial) – que deixa de
ser atos de comércio e passa a ser a
empresariedade, não suprimindo a
dicotomia entre o direito civil e o direito
comercial.

Exemplo: A demonstração de que a


autonomia do Direito Comercial não é
comprometida nem pela unificação
IV. ATIVIDADES ECONÔMICAS CIVIS

O Código Civil exclui quatro atividades


econômicas do direito comercial 
atividades econômicas civis:

1o). Atividades exploradas por quem não


se enquadram no conceito legal de
empresário: Se alguém presta serviços
diretamente, mas não organiza uma
empresa (não tem empregados, por
exemplo), mesmo que o faça
profissionalmente (com a finalidade de lucro
e habitualidade), ele não será empresário e
o seu regime será o civil. Exemplos:
Vendedores diversos que trabalham
sozinhos (semi-jóias, perfumes, roupas,
etc.). Prestadores de serviços que
trabalham em casa pela internete e que
realizam atividades econômicas de relevo –
Exemplos de estabelecimentos virtuais 
www.saraiva.com.br

B2B  business to business  em que os


internautas compradores são também
empresários e se destinam a comercializar
insumos  direito civil  regime contratual
cível;

B2C  business to consumer  em que os


internautas são consumidorees (art. 2o. do
CDC)  direito do consumidor;

C2C  consumer to consumer  em que


os negócios são feitos entre internautas
consumidores, cumprindo o empresário
titular do site apenas funções de
intermediação (Ex. leilões virtuais) direito do
consumidor e direito civil (regime contratual
cível).
2o). Profissional intelectual  Parágrafo
único do art. 966 CCB  Não se considera
empresário quem exerce profissão
intelectual de natureza científica, literária e
artística, mesmo que contrate empregados
para auxiliá-lo em seu trabalho (Ex.
profissionais liberais (advogados, médicos,
dentista, arquitetos) ou escritores e artistas
de qualquer expressão (artistas plásticos,
músicos, atores, etc.).

Exceção  “salvo de o exercício da


profissão constituir elemento empresa”
 O médico que atende seus clientes em
seu consultório, que contrata pelos menos
uma secretária e uma enfermeira, não é
empresário (mesmo que conte com os
auxílios de colaboradores). Numa fase
seguinte, cresce a sua atividade
contratando médicos, enfermeiras,
atendentes, contador, advogados,
nutricionista, seguranças, motorista,
administrador hospitalar, convertendo num
pequeno hospital (perdendo-se sua
individualidade na organização
empresarial), tornando-se aquele
profissional elemento empresa, mesmo que
continue clinicando em maior quantidade
naquele pequeno centro hospitalar.

3o). Empresário rural  As atividades


rurais são exploradas em dois níveis no
Brasil  A). Agroindústria ou
Agronegócio: Onde emprega-se
tecnologia avançada, mão-de-obra
assalariada, grande áreas de cultivos,
especialização de culturas; B). Agricultura
familiar  trabalha o dono da terra e seus
parentes, um ou outro empregado e as
áreas de cultivo são relativamente menores.
(Reforma Agrária  Não é solução para
nenhum problema econômico, como foi
para outros países da Europa, em que a
pequena propriedade rural tem importância
econômica, haja vista que no Brasil a
produção de alimentos é altamente
industrializada esse concentra em grandes
empresas rurais  Assim, a Reforma
agrária destina-se a solução de problemas
sociais (pobreza, desemprego no campo,
crescimento desordenado das cidades,
violência urbana, exclusão social, etc).
CÓDIGO CIVIL – TRATAMENTO
ESPECÍFICO – PARA QUEM EXERCE
ATIVIDADE RURAL  Art. 971 – O
empresário cuja atividade rural constitua
sua principal profissão, observadas as
formalidades de que tratam o art. 968 e
seus parágrafos, requerer inscrição no
Registro Público de Empresas Mercantis
da respectiva sede, caso em que, depois
de inscrito, ficará equiparado, para todos
os efeitos, ao empresário sujeito a
registro.

Se alguém que exerce a atividade rural


requerer sua inscrição no registro de
empresas (Junta Comercial), será
considerado empresário e submetido as
regras do Direito Comercial. Caso contrário,
seu regime será o Direito Civil.

4o). Cooperativas  As cooperativas


dedicam-se às mesmas atividades dos
empresários e atendem aos requisitos
legais  profissionalismo, atividade
econômica organizada e produção ou
circulação de bens ou serviços  mas por
expressa disposição do legislador não se
submetem ao direito comercial  Não estão
sujeitas à falência e não podem impetrar
concordata – Lei 5.764/71 e artigos 1.093 a
1.096 do Código Civil Brasileiro  Direito
Civil.

V. DA CAPACIDADE E DA PROIBIÇÃO
DE SER EMPRESÁRIO  Código Civil 
Capacidade (Arts. 972, 974 e 976) e
proibição (Art. 973).

Art. 972. Podem exercer a atividade de


empresário os que estiverem em pleno
gozo da capacidade civil e não forem
legalmente impedidos.

V.I) – DA CAPACIDADE DE SER


EMPRESÁRIO

Não tem capacidade para ser empresário 


Art. 3o. 4o. e 5o. do CCB  Menores de 18
(dezoito) anos não emancipados, ébrios
habituais, viciados em tóxicos, deficientes
mentais, excepcionais e os pródigos, e nos
termos da legislação própria, os índios.

Cessará a incapacidade: Art. 5o. A


menoridade cessa aos dezoito anos
completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da
vida civil. Parágrafo Único. Cessará, para
os menores, a incapacidade:

a). Pela emancipação  concessão dos


pais  menores entre 16 e 18 anos,
mediante instrumento público, devendo ser
inscrita no Registro Público de empresas
mercantis  Código Civil:

Art. 5o. (...) Parágrafo Único. (...): I. pela


concessão dos pais, ou de um deles na
falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de
homologação judicial, ou por sentença
de juiz, ouvido o tutor, se o menos tiver
dezesseis anos completos.

Art. 976. A prova da emancipação e da


autorização do incapaz, nos casos do
art. 974 e a de eventual revogação desta,
serão inscritas ou averbadas no Registro
Público de Empresas Mercantis.

b). por sentença judicial se o menor tiver


16 anos completos (CCB: Inciso I, do
parágrafo único do art. 5o.);

c).pelo casamento  homem e a mulher


com 16 anos pode se casar, exigindo
autorizando de ambos os pais ou de seus
representantes enquanto não atingir a
maioridade (18 anos)  Art. 1.517 e inciso
II, parágrafo único do art. 5o. do CCB.

d). pelo exercício de emprego público


efetivo  inciso III, parágrafo único do art.
5o. do CCB.

e). pela colação de grau em curso de


ensino superior  inciso IV, parágrafo
único do art. 5o. do CCB.

f). pelo estabelecimento civil ou


comercial e pela existência de relação de
emprego, desde que o menor de 16 anos
completo tenha economia própria 
inciso V, parágrafo único do art. 5o. do CCB.

O 974 do CCB prevê a possibilidade


excepcional do incapaz continuar a (não há
previsão para dar início a outro
empreendimento) exercer a atividade
empresarial, desde que autorizado pelo
poder judiciário (alvará), que deverá
também ser averbado no Registro Público
de Empresas Mercantis.

Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de


representante ou devidamente assistido,
continuar a empresa antes exercida por
ele enquanto capaz, por seus pais ou
pelo autor de herança.

§ 1o. Nos casos deste artigo, precederá


autorização judicial, após exame das
circunstâncias e dos riscos da empresa,
bem como da conveniência em continuá-
la, podendo a autorização ser revogado
pelo juiz, ouvido os pais, tutores ou
representantes legais do menor ou do
interdito, sem prejuízo dos direitos
adquiridos por terceiros.

§ Não ficam sujeitos ao resultado da


empresa os bens que o incapaz já
possuía, ao tempo da sucessão ou da
interdição, desde que estranhos ao
acervo daquela, devendo tais fatos
constas do alvará que conceder a
autorização.

Na hipótese do representante ou o assistido


estiver proibido de exercer a empresa,
nomeia-se, com aprovação do juiz, um
gerente. O juiz poderá, ao conceber a
autorização, determinar que o negócio
seja administrado por um gerente. (Art.
975 e parágrafos do CCB).

DOS PROIBIDOS DE EXERCER


EMPRESA
CF/88  Art. 5º, XIII. É livre o exercício de
qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer.

CCB  Art. 973. A pessoa legalmente


impedida de exercer atividade própria de
empresário, se exercer, responderá
pelas obrigações contraídas.

Os proibidos de exercer a empresa não são


incapazes, sendo a proibição decorrentes
de leis especiais vigentes em nosso
ordenamento jurídico:

a). Os falidos, enquanto não forem


legalmente habilitados

 Falência fraudulenta (crime falimentar 


pedido reabilitação)
 Se a falência não for fraudulenta, basta
ao falido obter a declaração de extinção das
obrigações.

b).Os funcionários públicos  Lei nº


8.112/90, art. 117, X:

c). Os magistrados  CF/88  Art. 95,


parágrafo único: Aos juízes é vedado: I.
exercer, ainda que em disponibilidade,
outro cargo ou função, salvo uma de
magistério.

d). condenados por crimes que vedam à


atividade empresarial  Lei nº 8.934, de
18.11.1994 - LRE - Art. 35. Não podem ser
arquivados: II. Os documentos de
constituição ou alteração de empresas
mercantis de qualquer espécie ou
modalidade em que figure como titular
ou administrador pessoa que esteja
condenada pela prática de crime cuja
pena vede o acesso à atividade
mercantil; Exemplo: Art. 188. Será punido
o devedor com a mesma pena do artigo
antecedente, quando com a falência
concorrer algum dos seguintes fatos: IX -
ser o leiloeiro ou corretor. (Pena de
reclusão de um a quatro anos - Art. 187
LF)

e). Auxiliares do comércio: corretores,


leiloeiros e despachantes aduaneiros;

f). Outros  Os militares da ativa


(aeronáutica, exército, marinha e dos
corpos policiais  Art. 204, CPM); os
médicos para o exercício simultâneo de
farmácia e os farmacêuticos, para o
exercício simultâneo de medicina; Os
cônsules, nos seus distritos, salvo os não
remunerados; devedores do INSS (Lei
8.212/91, art. 95, § 2º, d).

g). Deputados e senadores  CF/88 - Art.


54. Os deputados e senadores não
poderão: II. Desde a posse: a). ser
proprietários, controladores ou diretores
de empresa que goze de favor
decorrente de contrato com pessoa
jurídica de direito público, ou nela
exercer função remunerada".  Art. 55, I
 pena de mandato.

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