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Gabriel Toledo Mirandez Limeira

Giovani Ruiz
Kevin Albuquerque

ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA LINGUAGEM


REFLECON 2

SÃO PAULO
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................p.1
2 DESENVOLVIMENTO ...............................................................................................p.1
3 CONCLUSÃO ..............................................................................................................p.3
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................p.4
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Introdução
Neste estudo, analisaremos as obras dos autores José Luiz Fiorin, Margarida Petter e Dino
Preti, que elaboram reflexões sobre os signos e seus desdobramentos, além de introduzir a ideia
de uma possível linguagem animal, e analisar as variações da linguagem em determinados grupos
sociais.
Desenvolvimento
Em “Teoria dos signos”, José Luiz Fiorin discorre sobre suas teorias, em que a língua
seria um instrumento que viabiliza um amplo entendimento do mundo, por meio dos signos.
Para Fiorin, o signo é o interposto entre o conceito e imagem. O autor utiliza algumas
ideias de Saussure, e propõe a teoria de que a importância da língua é dada pela existência da
relação entre conceitos e sons, permeando o conceito de valor. O valor de um signo está
intermediado por outro signo. Sendo assim, um signo é interpretável por outro signo, e
pertencente a um mesmo sistema, com sinônimos ou paráfrases. Entretanto, Hjelmslev propõe o
signo como a união de um plano de expressão a um plano de conteúdo, em que cada plano é
abordado por dois níveis: o de forma e substância.
Além disso, Saussure atribui arbitrariedade aos signos, pois não há uma correspondência
necessária entre som e sentido. Assim, a tal correspondência é estabelecida por uma convenção
social, de forma que os falantes de uma mesma língua atribuem um sentido a determinado som.
Com efeito, o autor apresenta as ideias de linguagem conotativa e denotativa, em que a
linguagem denotativa é utilizada com um caráter de mensagem utilitária, enquanto a linguagem
conotativa, possui um grau de subjetividade, sendo usada principalmente em poemas.
Adam Schaff, baseando-se no critério de intenção comunicativa, classifica os signos em
naturais ou artificiais. Os primeiros são designados para fenômenos da natureza e possuem
“expressões” com um “conteúdo”, como, por exemplo: a expressão fumaça sugere a existência do
conteúdo fogo. Já os signos artificiais são resultado de uma convenção, e possuem a finalidade
interpretante, ademais, são diferenciados em sinais e signos substantivos. Um ponto destacado
pelo autor é de que os símbolos usam elementos concretos para representar um elemento abstrato.
No mundo contemporâneo, os símbolos são utilizados como marcas para criar uma
identidade visual de organizações, que é traduzida por meio de elementos palpáveis, na tentativa
de representar um conceito abstrato, que se refere às propostas institucionais que ela possui.
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Já em “Linguagem, língua, linguística”, Margarida Petter, professora livre-docente do


Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo (USP), discute o que é linguagem e a
possível existência de linguagens animais. O texto segue duas linhas teóricas distintas: a de
Saussure e Chomsky.
Resumindo a história da linguagem como objeto de estudo, a autora aponta o grande
interesse de estudiosos ao longo de toda a história da humanidade pelo assunto, citando
civilizações como os hindus, que estudaram a língua por razões religiosas, gregos, que
“preocuparam-se em definir as relações entre conceito e a palavra” (Petter, 2004, p.12), e latinos,
com expoente sendo Varrão que se dedicou a gramática a definindo como ciência. Já na Idade
Média, acreditava-se que a estrutura gramatical era universal, ou seja, as regras seriam as mesmas
quaisquer fossem as línguas em que estiverem empregadas. Este pensamento só foi refutado
quando os livros sagrados tiveram de ser traduzidos para diversas línguas distintas para aumentar
sua abrangência, avivando o interesse pelas línguas vivas, suas transformações e peculiaridades.
Em seguida, a autora explica, com base na teoria de Saussure, a linguagem como um
sistema de signos, exemplificando a distinção entre língua, linguagem e fala, destacando que a
língua e a fala são complementares. Petter ainda cita Chomsky e sua teoria de que a linguagem é
uma capacidade inata e específica da espécie humana, portadora de técnicas e propriedades
essenciais para o uso e entendimento da linguagem.
Apesar disso, a autora aborda a discussão da existência ou não de uma linguagem animal,
utilizando como exemplo o sistema de comunicação das abelhas. Baseando-se em um estudo de
Karl Von Frisch, que diz que as abelhas possuem uma comunicação bem precisa transmitida por
meio de movimentos, Petter aponta as diferenças entre a comunicação das abelhas e a linguagem
humana, como a ausência de um aparelho comunicativo vocal.
Ao longo de seu trabalho, Petter também discorre sobre o trabalho do linguista, que seria
estudar toda e qualquer expressão linguística como merecedora de descrição e respeito, além de
citar como a gramática tradicional difundiu conceitos falhos sobre a linguagem ao não reconhecer
as diferenças entre a língua escrita e a língua falada, exemplificando que mesmo as formas
consideradas erradas são comumente utilizadas, até mesmo por pessoas cultas.
Outro autor abordado neste estudo é o linguista Dino Preti, que desenvolve ideias sobre o
caráter social da língua. Ele frisa que os signos ao nosso redor passam a tornar-se realidade no
momento em que elaboramos nossas próprias mensagens através do processo da imitação e da
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associação. Em seu trabalho, Preti apresenta a língua como o alicerce de toda a relação do
indivíduo para com a comunidade e consigo mesmo.
Com efeito, o linguista chama a atenção para a variação linguística entre determinados
grupos, determinados por certas características socioeconômicas. Entretanto, Dino frisa que tais
divisões admitem certa porosidade, uma vez que não se trata de critérios de divisão exatos, e dois
falantes de um mesmo estrato social podem diferenciar-se na forma e na estrutura de seus
discursos.
Quanto às variedades de língua, o linguista português J. G. Herculano de Carvalho divide-
as em dois grupos: variedades sincrônicas e diacrônicas. O primeiro grupo compreende as
variedades “cronologicamente simultâneas, observáveis num mesmo plano temporal” (Preti,
2003, p.19). Já as variedades diacrônicas referem-se àquelas “dispostas em vários planos de uma
só tradição história” (Preti, 2003, p.19), como por exemplo, a variação do pronome de tratamento
“você” na literatura brasileira, que em séculos passados existia na forma de “vossa mercê”.
Para Dino, as variações na língua anteriormente citadas contribuem para a formação de
três dialetos sociais: o culto, o popular, e o comum. O dialeto culto abrange um vocabulário mais
erudito e segue com mais rigor a norma padrão da língua, além de denotar prestígio a quem o
utiliza perante os demais indivíduos. Por outro lado, o dialeto popular apresenta algumas
incorreções de concordância e regência segundo a norma padrão, alterações na pronúncia, e é
frequentemente utilizado por pessoas com baixo grau de escolaridade e em ocasiões informais. A
interseção desses dois dialetos origina o dialeto comum, amplamente utilizado nas mais variadas
interações sociais entre os falantes da língua. Contudo, o autor faz uma ressalva para o fato de
que tais classificações são utilizadas quando quer-se referir a uma concepção social de gramática.
Um recorte que pode concretizar grande parte das teorias expostas por Preti são as
variações da escrita egípcia na Antiguidade. A escrita egípcia era dividida em três sistemas:
hieroglífico, hierático e demótico, sendo que cada um desses sistemas era utilizado em contextos
específicos, isto é, o contexto da comunidade egípcia alimentava as variações na língua.
Conclusão
Em vista das teorias apresentadas, depreende-se que os signos são tratados com elementos
fundamentais para instituir uma unidade de sentido a língua. Além disso, nota-se a linguagem
como um fator fundamental para o desenvolvimento das relações humanas, e percebe-se que tal
linguagem é fluida, apresentando variações de um indivíduo para outro.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FIORIN, José Luiz. “Teoria dos signos” In: FIORIN, J. Luiz (org). In: Introdução à linguística.
Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2779809/mod_label/intro/NEGR%C3%83O_EstruturaDaSenten
ca.pdf. Acesso em: 02/05/2019
PETTER, Margarida. “Linguagem, língua, linguística.”. In: Introdução à linguística. Disponível
em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2779809/mod_label/intro/NEGR%C3%83O_EstruturaDaSenten
ca.pdf . Acesso em: 02/05/2019
PRETI, Dino. Sociolinguística: os níveis de fala
MEREGE, Ana Lúcia. “A história da escrita: uma introdução”. Rio de Janeiro, 2011

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