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Giovani Ruiz
Kevin Albuquerque
SÃO PAULO
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................p.1
2 DESENVOLVIMENTO ...............................................................................................p.1
3 CONCLUSÃO ..............................................................................................................p.3
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................p.4
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Introdução
Neste estudo, analisaremos as obras dos autores José Luiz Fiorin, Margarida Petter e Dino
Preti, que elaboram reflexões sobre os signos e seus desdobramentos, além de introduzir a ideia
de uma possível linguagem animal, e analisar as variações da linguagem em determinados grupos
sociais.
Desenvolvimento
Em “Teoria dos signos”, José Luiz Fiorin discorre sobre suas teorias, em que a língua
seria um instrumento que viabiliza um amplo entendimento do mundo, por meio dos signos.
Para Fiorin, o signo é o interposto entre o conceito e imagem. O autor utiliza algumas
ideias de Saussure, e propõe a teoria de que a importância da língua é dada pela existência da
relação entre conceitos e sons, permeando o conceito de valor. O valor de um signo está
intermediado por outro signo. Sendo assim, um signo é interpretável por outro signo, e
pertencente a um mesmo sistema, com sinônimos ou paráfrases. Entretanto, Hjelmslev propõe o
signo como a união de um plano de expressão a um plano de conteúdo, em que cada plano é
abordado por dois níveis: o de forma e substância.
Além disso, Saussure atribui arbitrariedade aos signos, pois não há uma correspondência
necessária entre som e sentido. Assim, a tal correspondência é estabelecida por uma convenção
social, de forma que os falantes de uma mesma língua atribuem um sentido a determinado som.
Com efeito, o autor apresenta as ideias de linguagem conotativa e denotativa, em que a
linguagem denotativa é utilizada com um caráter de mensagem utilitária, enquanto a linguagem
conotativa, possui um grau de subjetividade, sendo usada principalmente em poemas.
Adam Schaff, baseando-se no critério de intenção comunicativa, classifica os signos em
naturais ou artificiais. Os primeiros são designados para fenômenos da natureza e possuem
“expressões” com um “conteúdo”, como, por exemplo: a expressão fumaça sugere a existência do
conteúdo fogo. Já os signos artificiais são resultado de uma convenção, e possuem a finalidade
interpretante, ademais, são diferenciados em sinais e signos substantivos. Um ponto destacado
pelo autor é de que os símbolos usam elementos concretos para representar um elemento abstrato.
No mundo contemporâneo, os símbolos são utilizados como marcas para criar uma
identidade visual de organizações, que é traduzida por meio de elementos palpáveis, na tentativa
de representar um conceito abstrato, que se refere às propostas institucionais que ela possui.
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associação. Em seu trabalho, Preti apresenta a língua como o alicerce de toda a relação do
indivíduo para com a comunidade e consigo mesmo.
Com efeito, o linguista chama a atenção para a variação linguística entre determinados
grupos, determinados por certas características socioeconômicas. Entretanto, Dino frisa que tais
divisões admitem certa porosidade, uma vez que não se trata de critérios de divisão exatos, e dois
falantes de um mesmo estrato social podem diferenciar-se na forma e na estrutura de seus
discursos.
Quanto às variedades de língua, o linguista português J. G. Herculano de Carvalho divide-
as em dois grupos: variedades sincrônicas e diacrônicas. O primeiro grupo compreende as
variedades “cronologicamente simultâneas, observáveis num mesmo plano temporal” (Preti,
2003, p.19). Já as variedades diacrônicas referem-se àquelas “dispostas em vários planos de uma
só tradição história” (Preti, 2003, p.19), como por exemplo, a variação do pronome de tratamento
“você” na literatura brasileira, que em séculos passados existia na forma de “vossa mercê”.
Para Dino, as variações na língua anteriormente citadas contribuem para a formação de
três dialetos sociais: o culto, o popular, e o comum. O dialeto culto abrange um vocabulário mais
erudito e segue com mais rigor a norma padrão da língua, além de denotar prestígio a quem o
utiliza perante os demais indivíduos. Por outro lado, o dialeto popular apresenta algumas
incorreções de concordância e regência segundo a norma padrão, alterações na pronúncia, e é
frequentemente utilizado por pessoas com baixo grau de escolaridade e em ocasiões informais. A
interseção desses dois dialetos origina o dialeto comum, amplamente utilizado nas mais variadas
interações sociais entre os falantes da língua. Contudo, o autor faz uma ressalva para o fato de
que tais classificações são utilizadas quando quer-se referir a uma concepção social de gramática.
Um recorte que pode concretizar grande parte das teorias expostas por Preti são as
variações da escrita egípcia na Antiguidade. A escrita egípcia era dividida em três sistemas:
hieroglífico, hierático e demótico, sendo que cada um desses sistemas era utilizado em contextos
específicos, isto é, o contexto da comunidade egípcia alimentava as variações na língua.
Conclusão
Em vista das teorias apresentadas, depreende-se que os signos são tratados com elementos
fundamentais para instituir uma unidade de sentido a língua. Além disso, nota-se a linguagem
como um fator fundamental para o desenvolvimento das relações humanas, e percebe-se que tal
linguagem é fluida, apresentando variações de um indivíduo para outro.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIORIN, José Luiz. “Teoria dos signos” In: FIORIN, J. Luiz (org). In: Introdução à linguística.
Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2779809/mod_label/intro/NEGR%C3%83O_EstruturaDaSenten
ca.pdf. Acesso em: 02/05/2019
PETTER, Margarida. “Linguagem, língua, linguística.”. In: Introdução à linguística. Disponível
em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2779809/mod_label/intro/NEGR%C3%83O_EstruturaDaSenten
ca.pdf . Acesso em: 02/05/2019
PRETI, Dino. Sociolinguística: os níveis de fala
MEREGE, Ana Lúcia. “A história da escrita: uma introdução”. Rio de Janeiro, 2011