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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CÍVEL DA COMARCA DE

XXXX

Referente ao proc. nº XXXXXXXX

XXX, já devidamente qualificada nos autos da presente Ação de Revisão Contratual c.c.
Repetição de Indébito, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, dentro
do prazo legal, em atenção à respeitável decisão, por meio de seus advogados que ao final
subscrevem, com fundamento no artigo 525, inciso V do Código de Processo Civil, apresentar

IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA


com base nas razões de fato e de direito doravante declinadas.
I – Da Breve Síntese do Processado e do Direito
Versa a presente ação de Revisão Contratual c.c. Repetição de
Indébito movida por XXX, em que o ora Exequente firmou a cédula de crédito bancário em
favor do Executado, a fim de adquirir um veículo automotor, razão pela qual recebeu o valor
de R$. 28.500,00, ficando comprometido a pagar 48 prestações mensais e sucessivas de R$.
1.053,41.

Ocorre que, inobstante o teor do contratado pelas partes, apenas


houve o pagamento de 03 prestações no vencimento honradas com atraso por ausência de
recursos, estando em atraso desde a parcela vencida em 12/04/2010; Aduziu, ainda, que
existiu a cobrança abusiva e cobrança de juros capitalizados, devidamente contratados;

Decorrida a fase instrutória, foi proferida sentença no feito,


acolhendo parcialmente os pedidos, cujo dispositivo ora se transcreve.

“... 1. Declaro abusiva a cláusula 3.1. do contrato celebrado entre as partes (fl. 69), no
que se refere à capitalização diária de juros, e os juros (remuneratórios e moratórios) incidirão
mediante capitalização mensal;
2. Determino à ré que efetue o cálculo dos juros (remuneratórios) desde o início do
contrato, e apresente em juízo o valor total do contrato e o valor de cada uma das 48 parcelas
mensais com juros remuneratórios capitalizados apenas mensalmente;
3. Determino à ré que efetue o cálculo dos juros moratórios já pagos pelo autor, e o faça
com capitalização mensal de juros, e apresente nos autos, especificadamente, o valor que o autor
pagou em excesso, a título de juros moratórios;
4. No ato da apresentação planilha especificando os juros remuneratórios e moratórios
pagos em excesso pelo autor, a ré deverá apresentar o valor total pago em excesso, a título de
juros remuneratórios e moratórios;
5. O valor que o autor pagou em excesso (juros remuneratórios e moratórios) deverá ser
abatido no valor total do contrato, que deverá ser apresentado pela ré, conforme determinado
no item 2;
6. O saldo residual do contrato ainda não pago deverá ser dividido em 21 parcelas, iguais
e sucessivas, vencendo a primeira no prazo de 30 dias da apresentação do cálculo em juízo pela
ré, e as 20 parcelas subsequentes no mesmo dia dos meses subsequentes;

7. Enquanto a ré não cumprir os provimentos judiciais dos itens 2 a 6, a falta de


pagamento não será considerada mora do autor/devedor;
8. Condeno a ré no pagamento de honorários de sucumbência, que com
fundamento no art. 20, parágrafo 4º, do CPC, fixo em R$5.000,00 (cinco mil reais), já
atualizados e de ora em diante o valor será atualizado monetariamente de acordo
com a tabela do TJSP, incidindo juros moratórios de 1% ao mês;
9. Pela sucumbência recíproca, condeno o autor no pagamento de honorários de
sucumbência, que com fundamento no art. 20, parágrafo 4º, do CPC, fixo em R$2.000,00 (dois
mil reais), atualizados e com incidência de juros na mesma forma do item 8.
P.R.I
...”

Pois bem, seguindo, houve interposição de recurso de apelação pelo


Corréu XXX, sendo proferido acórdão reformando parcialmente a sentença, apenas para
permitir a capitalização de juros na Cédula de Crédito Bancária, quanto aos encargos do
inadimplemento, mesmo a comissão de permanência não sendo cobrados, os encargos
contratados para esse período não poderão ser superiores aos encargos da normalidade
acrescidos de juros moratórios e multa contratual”.

Ocorre, Excelência, que houve o substabelecimento sem reserva de


poderes pelos antigos patronos, de forma que apenas recebemos os dados referentes à
primeira instância do processo. O que ocasionou equívoco quanto a petição de juntada de
substabelecimento, sendo esta endereçada para a 1ª instância, sendo ignorado totalmente
as movimentações de segunda instância.

Dessa forma, o acórdão foi publicado em nome do antigo patrono


constituído, em revelia ao substabelecimento peticionado em XXX, motivo pelo qual foi
arguida a total nulidade de intimação, sendo requerida a devolução do prazo recursal.

Mesmo sendo esclarecido ao juízo as razões pelas quais o equívoco


ocorreu e com fundamento nas normas da corregedoria, já que não houve comunicação da
serventia sobre a inexistência de autos na primeira instância, o pedido foi indeferido em XXX,
razão que ensejou a oposição de agravo regimental, os quais tiveram negado provimento.

Em xxx, interpusemos Recurso Especial, sendo que em XXX o Resp foi


inadmitido.

Posteriormente, foi interposto Agravo de Recurso Especial, que não


foi conhecido em XXX,com fulcro no artigo 253, parágrafo único, I, do RISTJ.

Nesses termos, houve determinação judicial para que o ora


Impugnante quitasse o débito dos honorários de R$ 12.772,45, em 15 dias, e caso assim não
o fizesse, a atribuição de multa de 10% em cima do valor.

Diante disso e após análise minuciosa dos autos, tem-se que este
Executado concorda que existe um ir um valor em favor do Embargado, porém o valor é
menor do que o requerido. Isso porque o decisum condenou a Ré ao pagamento dos
honorários de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), valor esse já atualizado.
Nos termos do artigo 85, § 16 do cpc, que dispõe que, quando os
honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão a partir da data do
trânsito em julgado da decisão, o que apenas houve em xxx, sendo assim, portanto, o termo
inicial correto para atualização dos valores.

Assim, bem considerando que a decisão transitou em julgado em


04.05.2017, tem-se que o valor apontado pelo exequente não merece prosperar.
Atualizando o valor da condenação até a data do trânsito em julgado da decisão, temos
que o Embargado faria jus a quantia de R$ 5.073,90, conforme memória de cálculo
abaixo colacionada. Assim, a quantia de R$ 6.698,55 constitui excesso de execução, nos
termos aqui expostos.

PLANILHA DE DÉBITOS JUDICIAIS

Data de atualização dos valores: abril/2018


Indexador utilizado: TJ/SP (Tabela Tribunal Just SP-INPC)

Acréscimo de 0,00% referente a multa.


Honorários advocatícios de 0,00%.

JUROS JUROS
VALOR VALOR MULTA
ITEMDESCRIÇÃO DATA COMPENSATÓRIOS MORATÓRIOS TOTAL
SINGELOATUALIZADO 0,00%
0,00% a.m. 0,00% a.m.
honorários
1 4/5/2017 5.000,00 5.073,90 0,00 0,00 0,00 5.073,90
sucumbenciais
--------------------------------
Sub-Total R$ 5.073,90
--------------------------------
TOTAL GERAL R$ 5.073,90

Diante disso, o ordenamento jurídico pátrio consubstancia regra, de


que a execução quando pautada de excessos, deverá ser impugnada, situação que acontece
com o Impugnante.

Nesse sentido, preceitua o art. 525 do Código de Processo Civil:

“...
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o
prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova
intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 1o Na impugnação, o executado poderá alegar:
(...)
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
(...)
§ 4o Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia
superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende
correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo
...”

Diante disso, pelo todo o aqui exposto, a improcedência dos valores


aduzidos pela parte Impugnada, é à medida que se pede a rigor.

5. DOS PEDIDOS

Isto posto, e por tudo mais que destes autos consta requer a Vossa
Excelência, as seguintes prestações jurisdicionais:

a) Que seja recebida a presente impugnação de cumprimento de sentença, deferindo-


se o efeito suspensivo, suspendendo-se a presente execução;

b) Que seja determinado o excesso de execução, e consequentemente a retificações


dos valores apresentadas pela parte Impugnada, sendo que o valor realmente devido
pelo Impugnante é de R$ 5.073,90 (setenta e três reais e noventa centavos) e não
R$12.772,45 (doze mil, setecentos e setenta e dois reais e quarenta e cinco reais)
conforme pleiteado, por ser medida de pura justiça;

c) condenação do Impugnado nas custas processuais e honorárias advocatícios.

Termos em que,
EE. Deferimento.

São Paulo, 04 de maio de 2018

Vitória Régia S. de Sousa


OAB/SP 387.726

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