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jurisdição→é a solução do Estado dada pelo poder judiciário, decorre da soberania do Estado; é poder, dever, função e
atividade do Estado; são características da jurisdição: o caso concreto , a inércia, a unicidade, a
imparcialidade, a substitutividade, a definitividade, a criatividade, exercida mediante processo, o fato de
ser declaratória e não admitir controle externo
→características→caso concreto, que pode ser uma lide, um risco de lesão a direito ou situação relevante
→inércia, com a exceção de alguns procedimentos de jurisdição voluntária [herança jacente,
bens de ausente]
→uma, sendo poder único e indivisível
→imparcial
→substitutiva
→definitiva→obs→ação civil pública e ação popular julgada improcedente por falta de
prova não faz coisa julgada
→tutelas provisórias não fazem coisa julgada, exceto se julgada com base
em prescrição ou decadência
→declaratória do direito da parte, não cria, apenas reconhece direito já existente
→criatividade quanto à regra, ou seja, as decisões de mérito criam a regra do caso concreto,
bem como cria precedente
→exercida mediante processo
→não admite controle externo
→princípios→juiz natural→destina-se a garantir um julgamento isento, imparcial
→o órgão jurisdicional deve ter sido criado antes do fato a ser julgado
→para tanto, criam-se regras relativa a impedimento, suspeição, bem como a
vedação constitucional a tribunais de exceção
→obs→criação de vara especializada não fere o princípio do juiz natural quando
atingir todos os casos sobre o assunto
→territorialidade ou aderência ao território→cada juiz exerce competência sobre sua área
→razão de existir das precatórias e rogatórias
→exceções→o juiz pode praticar atos fora do seu
território, como no caso de citações por
correio, edital, endereço eletrônico, em
comarcas contínuas, a penhora online
→indelegabilidade→exceção→STF pode delegar a execução da decisão ao primeiro grau art. 102,
inciso I, alínea “m”
→na rescisória, o relator pode delegar a instrução ao juízo origem
→indeclinabilidade→o juiz não pode se recusar a julgar
→inevitabilidade→atua sobre as partes, independente de concordância
→exceção→a convenção de arbitragem pode afastar jurisdição
→inafastabilidade→garantia de acesso à justiça
→exceção→justiça desportiva
→reclamação por violação a súmula vinculante pressupõe recurso
administrativo ao superior hierárquico
→obs→habeas data exige prévio requerimento administrativo
→STF decidiu que ações previdenciárias exigem prévia negativa, atraso
superior a 45 dias na apreciação do pedido ou pedido manifestamente
contrário ao entendimento do STF
→jurisdição voluntária→visão antiga ou clássica→a doutrina administrativista entende que a jurisdição
voluntária não é jurisdição, sendo mera atividade
administrativa; é administração pública de interesses
privados pelo judiciário
→o argumento é, considerando o conceito de jurisdição. a
ausência de lide, de partes e de processo; consideram haver
interessados e procedimento, sendo que o juiz apenas
homologa, sem decidir
→visão nova→doutrina revisionista ou jurisdicionalista→é jurisdição
→a única diferença é o objeto; é
que na jurisdição contenciosa o
objeto é um conflito, a lide; já na
jurisdição voluntária, não há conflito,
mas apenas interesses comuns das
partes em situação jurídica que só se
aperfeiçoa com uma decisão judicial
→código→permite que o juiz instaure de ofício alguns procedimentos art. 719 e seguints
→permite julgamento por equidade, não exigindo legalidade estrita
→fazenda pública é intimada sempre que tiver interesse
→ministério público intervém nas hipóteses do art. 178
competência→é a medida ou limite da jurisdição a ser exercida, sendo fixada com base em critérios
→jurisdição nacional→disciplina da jurisdição do Estado brasileiro
→pode ser exclusiva ou concorrente
→jurisdição exclusiva→apenas o Estado brasileiro exerce jurisdição
→hipóteses→ação sobre imóveis no Brasil
→questões sucessórias, ou seja, inventário, partilha
ou testamento de bens no Brasil
→partilha de bens no Brasil em razão de divórcio,
separação, anulação de casamento e união estável
→jurisdição concorrente→o Brasil admite que outro Estado também decide
→neste caso, a sentença estrangeira só terá validade no Brasil
depois de homologada pelo STJ; por essa razão, não há
litispendência internacional, salvo se houver tratado
internacional
→hipóteses→qualquer ação contra réu domiciliado no Brasil,
não importando a nacionalidade
→ação que verse sobre obrigação a ser cumprida
no Brasil
→ação baseada em fato ou ato ocorrido no Brasil
→ação de alimentos→sendo o credor residente ou
domiciliado no Brasil
→tendo o réu renda, bens ou
vínculo no Brasil
→ações de consumo quando o consumidor for
residente ou domiciliado no Brasil
→quando as partes expressa ou tacitamente
escolherem o Brasil; expressamente por foro de
eleição; tacitamente por prorrogação, ou seja,
falta de alegação de incompetência
competência→é a medida ou o limite da jurisdição a ser exercida por cada órgão
→critérios→matéria, leva em consideração o direito material discutido
→pessoa ou parte
→hierarquia
→funcional, leva em consideração a função exercida pelo juiz em outra ação ou fase proc.
→distribuição, define o juízo quando há mais de um juízo com mesma competência; pode ser
livre ou por dependência, vinculada a outra ação; também fixa espécie de competência func.
→valor da causa
→territorial
→observação→critério fixa se a competência é absoluta ou relativa
→competência absoluta→matéria, pessoa, hierarquia, funcional, distribuição
→exceção→art. 516 par. único, o cumprimento de sentença pode ser requerido em
outro foro
→pode ser conhecida de ofício
→deve ser arguida em preliminar
→pode ser alegada a qualquer tempo
→gera nulidade dos atos decisórios, a ser declarada pelo juízo competente
→incompetência absoluta é causa de ação rescisória
→competência relativa→territorial, valor da causa
→critério territorial de competência absoluta→ações imobiliárias art. 47 CPC
→ação civil pública, lembrando que a
lei afirma ser funcional e absoluta
art. 2º Lei 7347
→critério valor da causa→juizado especial federal competência absoluta
→pode ser alterada pelas partes
→não pode ser conhecida de ofício, exceto antes da citação, quando o juiz pode
declarar ineficaz o foro de eleição abusivo art. 63, §3º
→deve ser arguida também em preliminar de contestação, sob pena de preclusão e
prorrogação da competência
→ministério público, como custus legis, pode arguir incompetência relativa,
art. 65, parágrafo único, trata-se de novidade
→regras de competência→regra geral→art. 46, art. 48 e art. 50
→domicílio do réu→ações pessoais e reais sobre móveis
→regras especiais→ações reais imobiliárias e possessórias→é foro do imóvel,
podendo ser no foro de
eleição ou de domicílio; são
regras de competência relativa
e concorrente, podendo o
autor escolher art. 47
→ações reais
imobiliárias baseadas em 6
direitos arrolados pela lei
[propriedade, vizinhança,
servidão, divisão, demarcação
e nunciação de obra nova] e
possessórias são de
competência do foro do
imóvel[art. 47]; trata-se de
regra de competência
absoluta, denominada de
funcional, mas que é
territorial e absoluta por força
de lei
→regras especiais de competência relativa→a competência em
relação a ação de separação, divórcio,
dissolução de união estável, anulação de
casamento, é do domicílio do guardião do
filho incapaz; não havendo, do último
domicílio conjugal; não havendo, do
domicílio do réu art. 53
→ação sobre
alimentos, competência do foro da
residência ou domicílio do alimentando
→ações contra pessoa
jurídica são de competência do foro da sede,
no foro da agência ou sucursal
→ações contra
sociedade ou associação sem personalidade,
o foro competente é o do local da atividade
principal
→ação que exija
cumprimento de obrigação é o do foro onde
deveria ter sido cumprida
→ações baseadas no
estatuto do idoso são de competência do foro
da residência do idoso; a doutrina considera
se regra de competência relativa que se
aplica às ações individuais, diferentemente
do art. 80 do estatuto do idoso que prevê
competência absoluta do domicílio do idoso
para as ações coletivas
→ações contra
tabeliões e registradores é da competência da
sede da serventia
→foro do local do fato
a ação contra administrador ou gestor de
negócio alheio, bem como a ação de
reparação de dano; sendo o dano decorrente
de delito ou acidente de veículo, a
competência será do domicílio do autor ou
do local do fato; sendo regras de
competência relativa, poderá o autor optar
pelo foro do domicílio do réu
→perpetuação da competência→art. 43
→a competência é determinada no momento da distribuição ou registro
da petição inicial, sendo irrelevantes alterações de fato e de direito
posteriores, salvo se suprimido o órgão jurisdicional ou se alterado
critério absoluto de competência
→observação→embora não previstas no art. 43, há outras situações que
deslocam a competência no curso do processo
→casos→art. 516, parágrafo único, opção do credor em
relação ao trâmite da fase de cumprimento de
sentença
→ingresso ou retirada da união ou ente federal do
processo
→reunião de processos em razão da conexão ou
continência art. 58
→modificação competência relativa→art. 54
→pode ser pela vontade das partes→por foro de eleição de forma
expressa em contrato escrito
→por prorrogação da
competência de forma tácita
→por fenômenos ou vínculos
entre as ações como nos casos
da conexão e da continência;
conexão é o vínculo entre ações por
mesma causa de pedir ou mesmo
pedido [art. 55]; há conexão entre
execuções baseadas no mesmo título
extrajudicial, entre execução de título
extrajudicial e ação de conhecimento
sobre o mesmo negócio jurídico
continência; as ações conexas serão
reunidas no juízo prevento, salvo se
uma delas já tiver sentença; mesmo
sem conexão, as ações serão reunidas
se houver risco de decisões
conflitantes; continência é o vínculo
ou relação entre ações que possuem
as mesmas partes, causa de pedir,
sendo o pedido de uma mais amplo,
contendo o da outra; se a ação
contida for posterior, será extinta sem
resolução do mérito
→competência justiça federal→art. 45 e art. 51
→ente federal autor→competência domicílio do réu
→ente federal réu→domicílio autor, local do ato ou fato, cumprimento da
obrigação, situação da coisa ou distrito federal
→exceções→competência justiça especializada [trabalhista, eleitoral, militar]
→competência justiça estadual→falência
→ações acidentárias
→insolvência civil
→ausência de vara federal na comarca
e ação tramita na estadual nos casos
ações previdenciárias contra INSS,
bem como a produção antecipada da
prova art. 381, §4º, sendo eventuais
recursos do TRF
→conflito de competência→art. 66
→formas→todos se consideram incompetentes
→todos se consideram competentes
→divergem sobre a reunião ou separação de processos, é o conflito por
conexão
ação→art. 17 ao art. 20
→teorias→teoria civilista ou imanentista→defendida por Savigny ; nega autonomia ao direito de ação
→a ação é considerada como o próprio direito material em juízo; a ação
está contida no direito material quando violado ou ameaçado
→é incapaz de explicar a improcedência da ação
→teoria concreta→apresentada por Wach, Bullow e Goldschimidt
→reconheceu a autonomia do direito de ação, isto é, reconheceram que a ação e direito
material são institutos diversos
→a ação é um direito exercido contra o Estado-juiz, diferentemente do direito material,
exercido contra o réu
→apesar do mérito em se reconhecer a autonomia do direito de ação, equivocaram-se ao
conceituar a ação, afirmando que o direito de ação seria o direito de se exigir do
Estado-juiz uma decisão favorável; esta conceituação faz o direito de ação depender
do direito material tutelado
→assim como a teoria civilista ou imanentista, é incapaz de explicar a improcedência
→teoria abstrata→defendida por Plozs e Degenkolb
→direito de ação é autônomo e abstrato
→conceituaram ação como um direito de exigir um provimento jurisdicional
→teoria eclética→é um tipo de teoria abstrata difundida por Liebman; é unânime no Brasil; é marcada no
art. 17 do código, cujo título é jurisdição e ação, pela presença da legitimidade e
interesse; o art. 485, inciso VI prevê extinção sem mérito por falta de interesse ou
legitimidade; também há extinção do processo sem resolução do mérito por falta de
pressupostos processuais
→direito de ação é autônomo, abstrato e condicionado
→direito de exigir provimento jurisdicional sobre o mérito quando preenchidas condições
ação→conceito→é o direito público subjetivo, autônomo, abstrato e condicionado de exigir um provimento
jurisdicional sobre o mérito; é direito público subjetivo por ser exercido contra o Estado-juiz
→condições da ação→são requisitos para a existência do direito de ação, isto é, para se obter provimento mérito
→falta→carência de ação e extinção sem análise do mérito art. 485, inciso VI
→no código anterior, havia, ainda, a possibilidade jurídica do pedido como condição da
ação; contudo, Liebman já afirmava que a possibilidade jurídica do pedido já estava contida no
interesse de agir; o código vigente corrigiu este ponto
→espécies→legitimidade→é uma autorização ou qualidade para se figurar como autor/réu
→espécies→ordinária→dada ao titular do direito
→originária
→sucessiva, dada ao sucessor do titular orig.
→extraordinária→ocorre quando a lei expressamente
autoriza alguém em nome próprio a defesa
de direito alheio
→é também denominada de substituição
processual; é que o substituto processual age
em nome próprio para defender direito do
substituído, titular do direito
→o substituído pode ingressar no
processo como assistente litisconsorcial
art. 18, parágrafo único
→pode ser→exclusiva→dada a apenas um sujeito
→concorrente→dada a dois ou mais sujeitos
→conjunta, quando todos devem agir
juntos, formando litisconsórcio necessário
→disjuntiva, quando é possível que se aja
tanto juntos quanto separados, ou seja, o
litisconsórcio é facultativo
→art. 5º Lei 7347/85
→interesse→exige necessidade, adequação e utilidade em relação à ação
→necessidade decorre de duas situações: da impossibilidade de
solução extrajudicial e da opção pela via judicial
→a adequação deve ser verificada juntamente com a utilidade por
significar o uso da ação correta e útil para o direito material; o STJ e
o art. 785 permitem ao credor com título executivo extrajudicial
optar por ação de conhecimento para obter título judicial
→verificação das condições→teoria da asserção→no começo, as condições são
analisadas com base nas assertivas da
petição inicial
→após a instrução da ação,
verificada a inverdade das assertivas,
julga-se a ação improcedente
→obs→sempre que possível, o juiz
resolverá o mérito sempre que a
decisão for favorável à parte a quem
aproveitaria eventual
pronunciamento sem resolução do
mérito [princípio primazia decisão
mérito]
ação→elementos→importância→ajudam a identificar a ação
→ajuda a identificar eventual relação com outras ações, verificando-se a presença de
conexão, continência, litispendência, coisa julgada
→determinam→competência e procedimento
→partes→autor e réu
→substituto processual→parte formal
→substituído→parte material
→causa de pedir→composta por fatos e fundamentos jurídicos
→adota-se a teoria da substanciação por se exigir os fatos e não se podendo alegar
apenas os fundamentos jurídicos
→pedido→imediato→é o provimento jurisdicional, tem natureza processual
→explica a ideia de que a ação é um direito público subjetivo endereçado ao
Estado-juiz
→mediato→é o bem da vida pretendido, tem natureza de direito material
decisão inaugural→são quatro possibilidades de decisão: designação de audiência de conciliação ou mediação com
citação do réu, ordem de emenda da petição inicial no prazo de 15 dias, indeferimento da petição inicial
→designação de audiência de conciliação ou mediação, com ordem de citação do réu [art. 334]; só
não há audiência caso ambas as partes manifestem desinteresse ou caso o objeto do processo não seja
admite autocomposição; o não comparecimento injustificado é ato atentatório à dignidade da justiça,
passível de multa de até dois por cento do valor da causa, revertida para o Estado ou para a União
→ordem de emenda da petição inicial no prazo de 15 dias, devendo o juiz indicar de modo preciso o
que deve ser corrigido ou completado art. 321
→indeferimento da petição inicial art. 330; cabe apelação, podendo o juiz se retratar no prazo de até
5 dias art. 331; o réu é citado para responder ao recurso caso não haja retratação do juiz
→improcedência liminar do pedido; nas causas em que não houver necessidade de produção de
provas, mesmo sem citar o réu, o juiz poderá julgar o pedido improcedente de plano se contrariar
súmula do STJ ou STF, entendimento firmado pelo STF ou STJ no julgamento de recursos repetitivos,
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou incidente de assunção de
competência, súmula do tribunal de justiça sobre direito local ou quando o juiz reconhecer prescrição
ou decadência [art. 332]; cabe apelação com prazo de retratação de cinco dias para o juiz; o réu é citado
para apresentar contrarrazões
providências preliminares e saneamento→findo o prazo para a contestação, o juiz adotará as seguintes posturas
→caso verifique a presença de vícios ou irregularidades sanáveis, o juiz
determinará sua correção em prazo nunca superior a trinta dias
→ordenará ao autor que especifique as provas que pretenda produzir se não as
tiver indicado e não ocorrer o efeito da revelia referente à presunção de
veracidade das alegações do autor, sendo lícito ao réu produzir de provas,
contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a
tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção
→dar prazo de 15 dias ao autor para réplica e produção de prova caso o réu
alegue fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor; esta
situação também deverá ocorrer caso o réu alegue alguma das matérias
preliminares previstas no art. 337
teoria geral da prova→conceito→prova→é todo elemento utilizado para levar a conhecimento do juiz a ocorrência de
um determinado fato
→princípios→atipicidade dos meios de prova→além das provas previstas pela lei, as partes têm o
direito de empregar outros meios, ainda que não
especificados por lei, desde que compatíveis com o
devido processo legal; é o caso da reconstituição de
fatos, da declaração por escrito de terceiros
→direito fundamental à produção provas
→inquisitivo ou inquisitório→o juiz tem amplos poderes quanto à iniciativa
probatória, podendo determinar de ofício a produção de
provas
→admissibilidade da prova emprestada [art. 372]; é indispensável que no processo de
origem tenha sido observado o contraditório contra a parte com quem se pretende utilizar
a prova
→dever de colaboração com o judiciário para descoberta da verdade, recai sobre as
partes e sobre terceiros [art. 378 e art. 379]; o Código parece ter reconhecido direito de
não produzir prova contra si mesmo, mas só se admite o direito de não produzir provas
apenas nos casos previstos em lei, como no caso de ser permitir o direito ao silêncio
[fatos criminosos ou torpes, fatos que possam ofender sigilo profissional, fatos que
possam causar desonra à parte ou a familiares próximos]; há um dever maior de ajudar
na busca pela verdade, talvez o maior exemplo seja o fato de o Código cominar confissão
quando não houver comparecimento da parte para prestar depoimento
→comunhão das provas→uma vez produzidas, as provas pertencem ao processo,
podendo ser utilizadas por ambas partes, inclusive contra o
sujeito que a tenha requerido
→livre convencimento motivado→não há hierarquia entre os meios de prova, mas o
juiz tem o dever de indicar os motivos de ordem
lógica pelos quais atribuiu a cada prova
→obs→há certos casos em que a lei exige prova por
meio específico, trata-se de resquício do
sistema prova legal ou tarifada
→proibição das provas obtidas por meio ilícito
→objeto da prova→são os fatos sobre os quais se funda a ação ou a defesa; em regra, recai sobre
fatos, mas, excepcionalmente, poderá recair sobre o direito
→prova sobre o direito→o juiz pode determinar que a prova recaia sobre o teor
ou a vigência da norma jurídica art. 376
→direito estrangeiro, direito estadual, direito municipal
direito consuetudinário, baseado em costumes
→em relação recursos, o feriado local deve ser provado
no ato de interposição do recurso, sob pena preclusão
consumativa art. 1003 §6º
→características do fato probando→pertinência, só se provam fatos relacionados
ao objeto litigioso
→relevância, só se provam fatos que sejam
aptos, ainda que em tese, a influenciar a
formação da convicção do juiz na decisão de
mérito
→controvérsia, em regra, a prova só recai
sobre fatos afirmados por uma das partes e
impugnados pela outra parte; contudo, em
certos casos é exigida produção de prova
ainda que o fato seja incontroverso, isto é,
não seja impugnado pela parte contrária
[quando o direito for indisponível, quando o
fato incontroverso não merecer credibilidade
ou quando a lei exigir um meio específico de
prova]
→determinação ou definição, a prova só pode
recair sobre fatos positivos ou negativos que
sejam definidos, precisos, em relação a
tempo e espaço
→presunções→conceito→é circunstância que dispensa a prova; é método de
raciocínio pelo qual se parte de fato conhecido e
provado e se conclui pela ocorrência de outro, ainda
que não demonstrado efetivamente
→espécies→dependem da origem de onde surge a presunção
→presunção legal→absoluta ou juris et de jure, não se
admite prova em contrário
→relativa ou juris tantum, admite prova
em contrário; são hipóteses legais de
inversão do ônus
→presunção judicial→também denominada de comum,
ordinária ou hominis
→prevista no art. 375, decorre da
experiência comum do juiz,
subministrada na observação do
que ordinariamente acontece
→independem de prova→art. 374
→fatos notórios
→fatos afirmados por uma das por uma das partes e
confessados pela outra parte
→fatos incontroversos
→fatos presumidos sobre os quais recaia alguma presun.
→ônus da prova→ônus é a necessidade de se adotar determinado comportamento
como condição para adquirir ou conservar certa vantagem para o
próprio sujeito onerado; não se confunde com dever, pois não há
crédito e débito, ou com obrigação, não há crédito e débito; ônus é
um imperativo do próprio interesse
→aspectos→subjetivo→é regra de comportamento probatório
dirigida às partes; indica o que cabe a
cada uma delas provar; é, na verdade,
interesse da parte que define o seu
comportamento probatório;
→objetivo→regra de julgamento a ser aplicada pelo
juiz sempre que o acervo probatório for
insuficiente para o acolhimento de uma
das versões apresentadas pelas partes;
perde aquele que não se desincumbiu do
ônus probatório
→regras→o autor tem ônus em relação aos fatos constitutivos de
seu direito
→o réu tem ônus em relação aos fatos impeditivos,
modificativos e extintivos do direito do autor
→inversão do ônus→tipos→convencional→decorre de negócio
jurídico entre as partes
art. 373 §§3 º e 4º
→legal→casos de presunção relativa
→art. 38 CDC
→judicial→é aquela decidida pelo juiz
de acordo com as
peculiaridades do caso
concreto; trata-se do sistema
da distribuição dinâmica do
ônus da prova [art. 6º, inciso
VIII CDC agora é o art. 373,
§1º]
→a inversão do ônus deve ser
feito no saneamento
→a inversão do ônus não
altera as regras sobre
adiantamento das custas com
a prova; quem pede a prova é
que deve arcar com as custas
→produção antecipada de prova→não tem mais natureza cautelar
→conceito→trata-se de ação autônoma
probatória com cabimento nas
hipóteses indicadas pela lei art. 381
→a prova se destina à parte e não ao
juiz
→hipóteses→havendo fundado receio de que
venha se tornar impossível a
verificação do fato na pendência da
ação
→quando a prova a ser produzida
puder viabilizar a autocomposição
→quando o prévio conhecimento dos
fatos puder evitar justificar ou evitar
o ajuizamento da ação
→quando houver interesse no
arrolamento de bens com a finalidade
exclusiva de documentação
→quando o requerente pretender
documentar a existência de fato ou
relação jurídica sem finalidade
contenciosa [justificação]
provas em espécie→ata notarial→art. 384
→é o instrumento público lavrado pelo tabelião pelo qual fica atestada e documentada
a existência, bem como o modo de existir de algum fato
→depoimento pessoal→art. 385
→conceito→é a prova consistente na oitiva em juízo de uma das partes, a
requerimento da outra, com a finalidade de se extrair confissão
→a parte deve ser intimada pessoalmente com a respectiva
advertência de que o seu não comparecimento ou recusa
injustificada gerará o efeito de confissão, exceto nos casos em que
a parte tenha direito ao silêncio [art. 388]
→não se confunde com o interrogatório judicial da parte que pode
ser determinado de ofício pelo juiz a qualquer tempo, mais de uma
vez, e que não gera pena de confissão
→confissão→art. 389
→é a admissão por uma das partes da veracidade de fatos contrários ao seu interesse ao
Adversário
→observação→a confissão tem caráter personalíssimo e não prejudica os litisconsortes
→nas ações sobre direitos reais imobiliários, a confissão de um dos cônjuges
não vale sem a do outro, salvo se o regime for o de separação total ou
absoluta
→não vale a confissão em relação a direito indisponível
→é ineficaz a confissão manifestada por incapaz
→a confissão é indivisível, não podendo a parte que a invocar aceitar na
parte favorável e recusar na parte prejudicial; na verdade, é o juiz que faz
a apreciação da confissão, não cabendo a parte aceitar ou não
→é irrevogável, irretratável, não admitindo arrependimento, mas poderá ser
anulada se for obtida mediante coação ou erro mediante o ajuizamento de
ação personalíssima proposta pelo confitente, mas se transmite aos seus
sucessores caso morra após o ajuizamento da ação
→exibição de documento ou coisa→pode ser proposta→em face do adversário, devendo o
requerimento conter os requisitos do art. 397,
sendo o adversário intimado para responder
em cinco dias e, não exibindo ou tendo
justificativa rejeitada, será presumido
verdadeiro o conteúdo do documento afirmado
pelo requerente
→em face de terceiro, que será citado para
responder em quinze dias; caso o pedido seja
julgado procedente, o requerido será condenado a
exibir documento em cartório no prazo de cinco
dias, sob pena de busca e apreensão, sem prejuízo
de multa, crime de desobediência e outras medidas,
indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias que possam assegurar a efetivação da
decisão
→prova documental→documento→conceito→é toda coisa capaz de por si mesma representar algum
fato, isto é, é a representação objetiva de um fato
→prova testemunhal→pessoas estranhas aos sujeitos do processo são chamadas a depor sobre o direito
litigioso
→não servem como testemunha→art. 447
→produção da prova testemunhal→art. 450
→prova pericial→art. 464 e art. 156 a art. 158
→inspeção judicial→art. 481
tutela provisória→o Código possibilita a concessão de um grande número de medidas de naturezas diferentes que
cabem em situações variadas; foi criado um nome capaz de abranger características comuns a este
gênero de conjunto de medidas de naturezas diferentes; o nome escolhido foi tutela provisória; é que é
uma característica comum de todas essas medidas a provisoriedade
→conceito→são medidas deferidas no curso do processo que cabem em duas situações: em caso de
urgência ou em caso evidência; tanto a tutela de urgência quanto a de evidência tem
relação com a duração do processo, sendo previstas para minorar a consequências
negativas da demora do processo
→há um poder geral do juiz em relação às tutelas provisórias, tendo liberdade de deferir a
medida mais adequada ao caso concreto
→observação→além de se fundamentarem na urgência ou na evidência, as tutelas provisórias podem
ser formuladas de forma cautelar ou antecipada
→a distinção entre tutela cautelar e tutela antecipada se faz mediante a análise da decisão
que concede a tutela provisória; se a decisão que concede a tutela provisória antecipa aquilo que
é pedido, no todo ou em parte, tratar-se-á de tutela antecipada ou satisfativa; caso a decisão que
concede a tutela antecipadas não se relacione com o que é pedido, isto é, não atende o pedido
inicial, não satisfazendo ao autor, e se destine a acautelar determinada situação de risco; por esta
razão, a tutela provisória cautelar pode apenas se fundamentar na urgência; já a tutela provisória
antecipada pode se fundamentar tanto na urgência quanto na evidência; apenas a tutela
provisória fundamentada na urgência pode ser incidental ou se iniciar em caráter antecedente ao
processo; a tutela de evidência só é possível em caráter incidental
→tutela provisória de urgência→é a situação na qual se não for determinada uma decisão pelo juiz,
haverá inutilidade do processo; ou seja, é quando a demora pode
prejudicar a utilidade do processo, o resultado final do processo; trata-se
de fórmula genérica dada ao juiz para examinar cada caso concreto
→tutela provisória de evidência→permite-se ao juiz deferir a tutela provisória para que ocorra a
inversão do ônus ocorrente pela demora do processo; é que, em
regra, a demora do processo traz ônus para o autor e acaba
beneficiando o réu; a ideia é reverter tal situação em razão da
evidência do direito do autor
→são situações que dispensam a urgência
→tem situações taxativamente previstas [art. 311], não havendo uma
previsão genérica como há em relação às tutelas provisórias de
urgência
→características→sumariedade da decisão→congnição são os elementos de que o juiz se vale para
proferir a sua decisão, podendo ser sumária ou exauriente,
levando-se em conta profundidade de análise dos elementos
contidos no processo; uma decisão dotada de sumariedade é
uma decisão desprovida de todos os elementos necessários
para que a decisão se torne definitiva; demonstra, inclusive,
a possibilidade de reversão da decisão conforme novos
elementos surjam ao longo do processo
→provisoriedade da decisão→não se sujeitam à preclusão ou à coisa julgada, não se
tornando definitivas
→revogação ou cessação de eficácia→revogação→ocorre quando, vindo aos autos
novos elementos ampliadores da
cognição do juiz, este entenda não se
tratar de situação passível de tutela
provisória e a revoga
→cessão de eficácia→são duas possibilidades, ou o
beneficiado não tomou alguma
providência determinada pela lei ou
houve a improcedência do pedido
→a apelação terá efeito
suspensivo em regra, mas não tem
efeito suspensivo caso a sentença
revogue ou altere a tutela provisória
art. 1012
→poder geral do juiz→era denominado antigamente como poder geral de cautela
→pode o julgador, havendo pedido da parte, deferir a tutela
provisória mais adequada ao caso concreto, mesmo não
correspondendo àquela que foi pedida; não há, neste caso, o rigor
da adstrição do pedido decorrente do pedido da inércia
→fungibilidade
→competência→mesmo absolutamente incompetente, o juiz poderá deferir a liminar, caso
não haja má-fé e haja urgência extrema caracterizada pelo prejuízo na
determinação da remessa sem o exame da medida, condicionada ao
referendo do juízo competente
→apesar de o Código exemplificar algumas tutelas provisórias, acabam por receber o
mesmo tratamento art. 301
tutelas de urgência→podem ser sob a forma de tutela cautelar e antecipada; é que a urgência é apta a fundamentar
tanto a cautelar quanto a tutela antecipada; a tutela de urgência é a única que pode ser concedida em
caráter antecedente e também a única apta a fundamentar o pedido de tutela provisória sob a forma de
cautelar
→requisitos→requerimento expresso, não podendo o juiz concedê-la de ofício; contudo, havendo o
requerimento, surje para o judiciário ampla liberdade, fundamentada no poder geral,
permitindo ao juiz que conceda a medida mais adequada, ainda que diversa daquela
requerida pela parte
→elementos que evidenciem a probabilidade do direito alegado, é a denominada fumaça
do bom direito; como a tutela é provisória e a cognição é sumária, não é necessário que o
juiz tenha certeza em relação ao que é afirmado nos autos
→perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, também denominado como
perigo na demora
→proporcionalidade análise entre os prejuízos do seu indeferimento e os prejuízos de
seu deferimento
→observação→apenas para tutela antecipada→não pode haver irreversibilidade do
provimento da liminar
→se a irreversibilidade decorre da natureza
do provimento, não será possível a
concessão; é o caso do divórcio
→sendo irreversível os efeitos da medida,
será possível a concessão, desde que haja
proporcionalidade; é o caso do pagamento
de cirurgia de plano de saúde
→apenas para tutela cautelar→
→tanto na tutela cautelar quanto na tutela antecipada de urgência, tutelas
provisórias de urgência, o juiz pode condicionar o deferimento da tutela
de urgência a uma caução real ou fidejussória; também poderá ocorrer
justificação prévia, caso não seja concedida liminarmente
→responsabilidade objetiva→trata-se de um caso de responsabilidade objetiva processual art. 302
tutela de evidência→somente pode ser requerida como tutela antecipada, dado seu caráter satisfativo
→não é possível ser requerida em caráter antecedente
→não se exige irreversibilidade do provimento
→requisitos→requerimento
→uma das hipóteses do art. 311→as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas
documentalmente e houver tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em súmula vinculante, podendo ser
deferida liminarmente
→se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova
documental adequado ao contrato de depósito, caso em que
será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado,
sob cominação de multa, podendo ser deferida
liminarmente
→a petição inicial for instruída com prova documental
suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que
o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável; é
necessário que o réu tenha tido oportunidade de produzir
alguma prova para gerar dúvida razoável em relação ao
direito do autor; crítica, o caso descrito poderá ser caso de
julgamento antecipado do mérito
→ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o
manifesto propósito protelatório da parte; é necessário que
o réu já tenha sido citado e esteja exercendo o seu direito de
defesa
procedimento tutela provisória caráter antecedente→apenas as tutelas provisórias de urgência podem ser requeridas
em caráter antecedente; não podem ser requeridas em caráter
antecedentes a tutela provisória de evidência
→pode ser tutela fundamentada na urgência de caráter cautelar ou de
caráter satisfativo
→observação→há procedimentos diversos em relação à tutela
provisória cautelar antecedente e à tutela provisória
antecipada antecedente
→procedimento tutela provisória cautelar→requerimento de pedido cautelar→requisitos→o autor deve
indicar os requisitos para o
deferimento da tutela de urgência
cautelar antecedente [a probabilidade
do direito alegado e a fumaça do bom
direito]
→indicação de
qual é o pedido principal a ser
formulado; por ser protetiva de algo,
para a concessão de tutela cautelar, é
necessário entenda o que se busca
proteger; o pedido apresentado não
pode ser diverso daquele indicado no
pedido de tutela cautelar antecedente
→deferimento do pedido determina, ainda, a citação do réu para
contestar em 5 dias, caso queira; trata-se, em verdade, de
impugnação ao pedido cautelar art. 306
→começa a fluir o prazo de 30 dias para a apresentação do
pedido principal a partir da efetivação da medida; não
formulado o pedido principal no prazo, cessará a eficácia da
medida, isto é, fica sem efeito a medida
→apresentado o pedido principal, permanece a liminar até que
outra decisão a revogue
→apresentado o pedido principal, é designada audiência de
conciliação com a intimação do réu
→procedimento tutela provisória antecipada→decisões do juiz→poderá deferir a liminar; após o
deferimento, o autor é intimado para, no
prazo de quinze dias ou outro prazo maior
fixado pelo juiz, para aditar o petição,
apresentando o pedido principal e toda
documentação necessária; também é feita a
citação do réu para que tome conhecimento
do processo e cumpra da medida satisfativa;
não correrá o prazo de contestação porque
não foi apresentado, ainda, o pedido
principal; aliás, o prazo para contestação só
flui a partir da realização da audiência de
conciliação; corre, entretanto, o prazo para
recorrer da decisão; não havendo agravo do
réu contra a decisão satisfativa, o juiz
extinguirá o processo e manterá a liminar
concedida, adquirindo estabilidade; a
estabilidade tem o prazo de dois anos para se
afastar, contados da ciência das partes da
extinção do processo; passados os dois anos,
a estabilidade se torna definitiva
→verificando a ausência de elementos para
o deferimento da medida postulada,
concederá ao requerente o prazo de cinco
dias para a emenda da inicial; terminado o
prazo, poderá haver o deferimento ou o
indeferimento e, neste caso, extinguirá o
processo sem resolução do mérito
→ação autônoma→qualquer das partes
pode ajuizar ação autônoma para discutir em
caráter definitivo o que foi decidido
sentença→art. 485 a 501
→conceito→sentença é o ato pelo qual o juiz, extinguindo com ou sem a análise do mérito, põe fim à fase
cognitiva do procedimento comum ou extingue a execução
→classificação→quanto à resolução do mérito→terminativas ou definitivas
→quanto à carga preponderante de eficácia→são os efeitos mais presentes na sentença
→meramente declaratórias, aquela na qual o
juiz certifica a existência ou inexistência de uma
situação jurídica ou a autenticidade ou falsidade de
um documento
→constitutiva ou desconstitutiva, aquela na
qual o juiz cria, modifica ou extingue situações
jurídicas
→condenatória, aquela na qual o juiz impõe ao
vencido o dever de cumprir uma prestação
→executivas lato senso, aquela que contém
mecanismo que possibilite a imediata satisfação do
vencedor sem a necessidade de colaboração do
vencido ou de fase de cumprimento de sentença
→mandamentais, aquelas na qual o juiz emite uma
ordem que só pode ser cumprida pelo próprio
destinatário, sob pena de algum elemento de
coerção
→elementos essenciais→relatório, dispensada no juizado especial
→fundamentação, art. 489, §1º
→dispositivo, é a síntese da decisão
→nulidade→falta de relatório ou de fundamentação é causa de nulidade
→inexistência jurídica→falta de dispositivo gera inexistência da sentença
→vícios em relação à congruência, correlação ou adstrição→extra petita→pedido diverso do formulado
→nula
→ulta petita→além do que foi formulado
→nula em relação ao excesso
→citra petita→juiz se omite sobre algum pedido ou
parcela de algum pedido formulado
→julgamento pode ser completado em
apelação ou pela propositura de nova
ação
coisa julgada→é a qualidade da decisão de mérito que se traduz na imutabilidade e indiscutibilidade de seu
dispositivo; surge com o trânsito em julgado da decisão
→fundamentos→segurança jurídica, previsibilidade, evitar a perpetuação dos litígios
→mecanismos de impugnação→ação rescisória→art. 966
→revisão criminal
→impugnação ao cumprimento de sentença fundamentada em ator
normativo inconstitucional art. 525, §§12 a 15
→relativização ou desconsideração da coisa julgada, quando a decisão
for injusta, isto é, quando ofender algum valor protegido pela
Constituição considerado mais relevante do que a segurança jurídica
[desapropriação indireta, investigação paternidade]
→espécies→coisa julgada formal→correspondente ao trânsito em julgado, sendo a imutabilidade dentro
do próprio processo em que proferida a decisão
→comum a qualquer sentença
→coisa julgada material→é a imutabilidade fora do processo em que foi proferida
→apenas as decisões de mérito são passíveis
→coisa julgada soberana→esgotado o prazo para a ação rescisória
→decisões de mérito que não transitam materialmente em julgado→relação jurídica de trato sucessivo e
se sujeitam a revisão caso haja mudança na
situação de fato ou de direito existente
quando da prolação da decisão
→decisões proferidas com cognição
sumária art. 304, §6º e art. 310
→sentenças proferidas em jurisdição
voluntária, especialmente caso sejam
relativas a relação jurídica de trata
continuado
→coisa julgada secundum eventum litis
ou probatione, são situações nas quais a
coisa julgada só se forma em determinada
situação [ações coletivas e a improcedência
por falta ou insuficiência de provas]
→limites da coisa julgada→subjetivo→vincula aqueles que foram partes do processo, não prejudicando
terceiros que dele não participaram art. 506; no entanto, havendo
substituição processual, a coisa julgada atingirá não somente o
substituto, mas também o substituído
→objetivo→art. 503, §1º e art. 504
→também pode fazer coisa julgada a resolução da questão
prejudicial decidida incidentalmente no processo, desde que: a) o
tema seja essencial para a solução do mérito; b) tenha havido
prévio e efetivo contraditório, não se aplicando caso ocorra
revelia; c) o juízo seja competente em razão da matéria e da
pessoa para decidir a questão como principal; e d)não tenha
havido qualquer restrição probatória ou de cognição capaz de
impedir o aprofundamento da análise da questão prejudicial
→não faz coisa julgada a verdade dos fatos, a motivação da sentença
[motivos], o relatório; apenas o que for decidido no dispositivo faz
coisa julgada
comunicação dos atos processuais→de que maneira o juiz comunica os atos processuais às partes
→citação→é o ato pelo qual são convocados ao processo o réu, o executado e o
interessado
→caso o réu não seja citado e o vício não seja corrigido até o fim do
processo, poderá ser declarado o vício mesmo após o fim do prazo para a
rescisória [nulidades absolutas têm um limite para ser alegadas; já as causas de
ineficácia ou inexistência não possuem limite para serem alegadas]
→o comparecimento espontâneo do réu supre a necessidade de citação e
partir deste prazo começará a correr o prazo para contestar ou embargar
→regras→a citação é pessoal; contudo, tratando-se de pessoa natural
absolutamente incapaz, a citação será feita na pessoa de seu
representante legal; tratando-se de pessoa natural relativamente
incapaz, a citação deverá ser bifronte, ao incapaz e ao
assistente
→citação à pessoa jurídica dirigida por carta é válida ainda que
seja recebida pelo funcionário incumbido do setor de
correspondência
→é válida a citação recebida por pessoa com procuração com
poderes específicos
→no caso de condomínio edilício e loteamento com controle de
acesso, a citação será válida com a entrega do mandado ou da
carta ao porteiro do condomínio ou loteamento; o porteiro
poderá recusar a carta de citação, desde que declare sob as
penas da lei que o morador está ausente
→restrição ao momento citação→art. 244
→pessoa participando de culto religioso
→pessoa que tenha perdido cônjuge ou
companheiro, parente em linha reta ou linha
colateral até o 2º grau nos 7 dias subsequente
→no dia do casamento e 3 dias subseq.
→doente, enquanto grave o seu estado
→efeitos da citação→art. 240
→mesmo que dada por juízo incompetente, a citação
válida produz os efeitos abaixo
→induz litispendência; duas ações serão iguais se
houver mesmas partes, causa de pedir e pedido;
vale o processo com a citação válida que ocorreu
primeiro
→torna litigiosa a coisa; é possível a alienação de
coisa litigiosa, mas não há alteração das partes;
pode até haver alteração da parte contrária, desde
que haja anuência; caso não seja aceito como parte,
o adquirente poderá agir como assistente
litisconsorcial; art. 109 alienação de coisa
litigiosa
→constitui o devedor em mora, válida para situações
em que não há vencimento para a constituição em
mora; obrigação extracontratual faz com que o
devedor esteja em mora desde a data do fato STJ 54
→observação→a interrupção da prescrição e da
decadência é feito pelo despacho de
citação; para interromper a
prescrição, a ação deve ser proposta
antes da consumação do prazo
prescricional; é que, apesar de ser o
despacho que interrompe a
prescrição, o efeito retroaja à
propositura da ação STJ 106
→criticar art. 245
→espécies de citação→citação pelo correio, por oficial de justiça, pelo
escrivão ou secretário em caso de comparecimento
do citando ao cartório, por edital e por meio eletron.
→citação pelo correio→é a forma preferencial de
citação das pessoas físicas, das
microempresas e das empresas de pequeno
porte; é entregue ao citando com aviso de
recebimento a ser assinado; não havendo
comprovação do recebimento e não
comparecer o réu ao processo, não valerá a
citação, devendo ser renovada; o aviso de
recebimento deve ser assinado pelo
destinatário; não havendo designação de
audiência de conciliação, o prazo de
contestação começa a correr da juntada aos
autos do aviso de recebimento cumprido
→é proibida a citação por
carta nas seguintes situações [art. 247]:
ações de estado, citação de incapaz [seja
qual for], citação de pessoa jurídica de
direito público, citação de pessoa que resida
em local não atendido pelo correio, quando o
autor requerer, justificadamente, a citação
por outra forma
→no Código anterior, não era
possível citação por carta em processo de
execução; o novo Código permite a citação
por carta no processo de execução
→citação por oficial→caso o citando more em outra
comarca, há necessidade de carta precatória;
não havendo designação de audiência de
conciliação, o prazo de contestação começa
a correr da juntada do cumprimento do
mandado
→citação com hora certa; não
se trata de categoria autônoma de citação; é
forma específica de citação por oficial de
justiça; é peculiar por pressupor os seguintes
requisitos, sem os quais não poderá ser
realizada: a) o oficial, por duas vezes
diferentes, tenha procurado o citando em seu
domicílio sem êxito, devendo descrevê-la
em suas duas tentativas e b) que o oficial
suspeite que o citando esteja se furtando para
evitar a citação, descrevendo as razões de
sua suspeita; o oficial deve designar horário
para no dia seguinte realizar a citação,
deixando a hora marcada com familiar,
vizinho ou conhecido do citando; não
comparecendo o citando, o oficial dará por
citado, gerando-se citação ficta; juiz aguarda
prazo de contestação; decorrido o prazo sem
contestação, o juiz nomeará curador
especial; feita a citação com hora certa e
juntado nos autos os documentos
respectivos, é enviada carta com aviso de
recebimento ao réu
→citação pelo escrivão ou secretário em caso de
comparecimento do citando ao cartório
→citação por edital→cabível em qualquer tipo de
processo, sendo outra forma de
citação ficta
→só é cabível quando
inviabilizadas as outras formas de
citação, sendo reservada por ser a
última alternativa
→hipóteses a) quando
desconhecido ou incerto o citando; b)
quando o réu está em local incerto,
ignorado ou inacessível; c) nos casos
expressos em lei [usucapião] art. 256
→sendo citação ficta, faz-se
necessária a nomeação de curador
especial; contudo, caso a citação
edital seja de eventuais terceiros
interessados, não será necessária a
nomeação de curador especial
→prazo duração edital, juiz fixa
prazo entre 20 e 60 dias; o prazo de
contestação começará a partir do
primeiro dia útil subsequente ao
vencimento do prazo do edital
→citação eletrônica→é a forma de citação
preferencial das pessoas jurídicas de direito
público e de direito privado, exceto
microempresas e empresas de pequeno porte
→intimação→
cooperação jurídica internacional→é cooperação jurídica e não meramente processual, incluindo cooperação entre
Estados para a consecução de um objetivo comum com reflexos jurídicos; é o
intercâmbio de medidas ou informações jurídicas entre autoridades administrativas
ou jurisdicionais
→fundamentos→tratados, convenções, protocolos
→subsidiariamente→princípio da reciprocidade
→disposições gerais→o brasil não coopera com atos incompatíveis com as suas
normas fundamentais ligadas a ordem pública
→autoridade central, definida em tratado
→princípios→art. 26
→respeito às garantias devido processo legal
→igualdade no tratamento entre nacionais e estrangeiros
→publicidade processual, salvo hipóteses de sigilo art. 189
→autoridade central
→espontaneidade na prestação da informação
→objeto de cooperação→art. 27 exemplifica e ressalva o que for proibido pela lei
→classificação→quanto à posição→ativa→Estado requer pedido de cooperação
→passiva→Estado recebe pedido de cooperação
→quanto à necessidade de atuação STJ→direta→não exige juízo de
delibação do STJ,
sendo solicitada por
autoridade
administrativa
estrangeira
→é o denominado
auxílio direto ou assistência
direta art. 28 a 34 [cooperação
passiva art. 29; auxilio direto
sem autorização judicial art.
32; art. 33 e 34 dependem de
autorização judicial e
autoridade central encaminha
à AGU para medida judicial e
se a autoridade central for o
ministério público federal, ele
próprio irá a juízo]; art. 36
depende de exequatur do STJ;
homologação sentença
estrangeira art. 963
→neste caso, sendo
necessário que o ato
pretendido no Brasil depender
de autorização judicial, será
requerida ao juízo federal de
primeira instância
→indireta→depende de juízo
de delibação do STJ, sendo
solicitada diretamente no STJ
por órgão jurisdicional
→quanto ao conteúdo→cooperação jurisdicional→postula um ato
jurisdicional do Estado cooperante
→cooperação jurídica→não envolve o judiciário,
apenas autoridades administrativas
→disposições comuns cooperação direta e indireta→cooperação ativa deve ser
acompanhada de tradução oficial do
pedido e de seus documentos
→proibição da cooperação que
ofende ordem pública, o judiciário
analisará
→havendo reciprocidade, presume-se
autentico o pedido de cooperação o
pedido de cooperação encaminhado
pela autoridade central