A economia vem se modificando e se adaptando durante todo o decorrer da
história da humanidade, acompanhando diversas mudanças e formas de governo. A relação entre o direito e a economia dentro de um lapso temporal de desenvolvimento, tem um papel importante no que diz respeito ao domínio jurídico e o econômico de um país.
Os principais fundamentos da ordem econômica de um Estado Democrático de
direito, de acordo com os incisos do artigo 170 da Constituição Federal de 1988, tendo como base a livre iniciativa e a valorização do trabalho humano, são:
A Soberania Nacional: independência econômica, política e militar, ainda que
desenvolvendo sempre excelentes relações com o capital estrangeiro de forma regrada pela constituição e, jamais, promovendo qualquer tipo de xenofobia. Existem limites para essa soberania em relação aos seus cidadãos, promovendo a igualdade e o respeito à dignidade da pessoa humana. Esses limites se dividem em Necessários (relacionados à intransponibilidade da moral, da família, da religião, dos direitos individuais e da soberania externa) e Contingentes (que acompanham as variáveis do tempo, da época e dos costumes ou tipos de sociedade que se formam). Propriedade Privada e sua função social: trata-se de um princípio de ordem econômica de apropriação privada dos meios de produção e de ordem social garantidora de uma existência digna, conforme dita a justiça social. Todos têm direito a propriedade privada e a inviolabilidade desta. A função social está diretamente ligada com o trabalho humano e suas prerrogativas relacionadas à produção e ao consumo dos bens. Livre concorrência: O Estado atuará em favor da livre concorrência mediante a aplicação de sanções quando houver abusos, podendo trabalhar preventivamente com uma função fiscalizadora e regulatória. Alguns critérios especiais de tributação poderão ser adotados visando a prevenção de desequilíbrios na concorrência de mercado, garantindo assim a livre concorrência de acordo com o princípio de igualdade que a rege. Defesa do Consumidor: o princípio geral da ordem econômica de defesa do consumidor estabelece que o consumidor (pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza o produto ou serviço como destinatário final) quando vítima de um acidente de consumo, mesma que esta não tenha adquirido produto ou mesmo utilizado do serviço, tomando como exemplo pessoas na qual foram atingidas pelo mesmo fato, havendo disparidade de condições econômicas entre o consumidor e os grandes fornecedores dos bens ou prestações de serviços, o Direito irá equilibrar esta desigualdade material ou fática com a imposição de uma desigualdade jurídica em favor dos mais fracos nesta relação, isto é, os consumidores, sendo chamadas de regras protetivas imperativas, na qual não estarão sujeitas ao acordo de vontades entre as partes. Defesa do Meio Ambiente: Meio Ambiente é tudo aquilo que envolve todas as coisas vivas e não vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. È o conjunto de condições, leis, influências e infraestrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abrigam e regem a vida em todas as suas formas. O artigo 225 da CF estabelece: “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações”. Portanto, deve o Estado atribuir sanções elevadas para os que descumprem as medidas protetivas ao meio ambiente, seja pessoa física ou jurídica, com o fim de evitar uma degradação mais avançada através de impactos ambientais cada vez mais intensos. Redução das desigualdades regionais e sociais e busca do pleno emprego: é dever do Governo Nacional erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais. Devem-se criar oportunidades de emprego para que haja a valoração do trabalho humano, proporcionando dignidade de existência a todos os cidadãos. Outra forma de estimular a economia e reduzir as desigualdades regionais com o oferecimento de oportunidades é promover o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico. O turismo gerará oportunidades e de maneira digna com o acompanhamento do poder público na preservação ambiental e, além disso, proteger os menores da exploração sexual no caso de turismo deste tipo, com a adoção de políticas cada vez mais rígidas e protetivas. A redução das desigualdades sociais se dará através de adequações às atividades econômicas e a um equilíbrio na distribuição das riquezas, devendo haver uma forte cooperação entre os setores públicos e privados, por meio da contratação de trabalhadores de maneira formal.