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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU.

CURSO: DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA.


DISCIPLINA: EDUCAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE.

REFERÊNCIA: O CLUBE DO IMPERADOR. Direção: Michael Rolffmann.


Produção: Emile Hirsch, Rob Morrow, Herris Yulin. Interpretes: Kevin Kline; Emile
Hirsch; Embeth Davidtz; Paul Dano; Jesse Eisenberg e outros. Roteiro: Neil Tolkin.
Trilha sonora: Lajos Koltai. País: Estados Unidos da América. Ano: 2002. Duração: 109
min. Color. Gênero: Drama.
RESUMO CRÍTICO
CURSISTA: Warley Portugal
TEMA: Transmissão da ética no processo educacional.
PALAVRAS-CHAVE: ética / caráter / educação / aluno / professor.

O Clube do Imperador é um filme que mostra a trajetória de um professor em uma


escola tradicional americana para rapazes. Os alunos da escola são filhos de pessoas
ricas e influentes em todas as áreas. O destaque do professor William Hundert se deve à
sua capacidade eloquente de prender a atenção de seus alunos. A alteração da rotina do
professor e seus alunos acontecem quando um novo aluno, Sedgewick Bell, é
matriculado e inicia seu primeiro dia de aula num confronto com a autoridade do
professor. O novo aluno tem um problema afetivo em relação ao seu pai, um senador de
grande importância. O caráter deste aluno rebelde é marcado pela irresponsabilidade e
displicência ante as suas obrigações escolares, o que é tomado como um desafio pelo
professor ao tentar conquistar a confiança e mudar o caráter deste aluno. A escola tem
um jogo anual chamado “Júlio Cesar”, esta competição era feita entre os melhores
alunos da escola e sua final contava com apenas os três melhores. O aluno Sedgewick
Bell acaba sendo um entre os três finalistas em função de uma trapaça do professor ao
aprova-lo apesar de ter ficado em quarto lugar por uma pequena diferença.
No momento em que adultera o resultado, o Professor abre mão de seu princípio
honesto na crença de que estaria estimulando a mudança no caráter de seu aluno.
Quando ocorre o concurso, o professor se decepciona ao descobrir que seu aluno, a
quem acreditou estar influenciando o caráter, estava trapaceando. Essa situação faz o
professor se questionar sobre suas próprias crenças em relação a sua capacidade
influência que tem sobre seus alunos.
O filme retrata ainda a decepção do professor ao constatar que nem entre seus colegas
há honestidade, ocasião em que depois de muitos anos dando aula naquela escola, ele
tem a oportunidade de ser diretor frustrada pela astúcia de um colega que ágil
soturnamente por vários anos.
Após esses anos que se passaram, o professor William e todos os seus ex-alunos são
convidados por Sedgewick Bell a reproduzirem em sua casa o mesmo concurso sob o
pretexto de recuperar sua honra. Entretanto, enquanto a competição se desdobrava o
professor nota que mais uma vez seu antigo aluno estava trapaceando ao dar respostas e
mais uma vez não consegue ser vitorioso. O professor percebe que não se tratava de
recuperar a honra à reprodução do antigo concurso, tratava-se apenas de uma fachada. O
verdadeiro objetivo de Bell era se anunciar como senador e contar com apoio de seus
antigos colegas.
O professor e seu aluno se desentendem numa discussão no banheiro em função da falta
de caráter e honestidade, Bell se exalta e confirma muito de sua personalidade sem
saber que seu filho também estava no banheiro e ouviu tudo antes de sair numa atitude
repulsiva ao pai.
No contato com o ex-aluno que foi vítima de sua manipulação de resultado o professor
William conta a verdade sobre o que houve e assume o próprio erro. Numa atitude de
perdão e apreço, o ex-aluno prejudicado coloca seu filho para estudar com seu antigo
professor, pois reconhecia nele a honestidade.
O filme apresenta vários pontos interessantes para uma reflexão. O modelo de escola
tradicional, com métodos rígidos, engessados e quem tem em seus alunos um agente
passivo no processo de aprendizagem, onde o professor é aquele que detém o
conhecimento e aos alunos cabe meramente ser um receptáculo. O professor, neste
cenário é o centralizador da ordem e disciplina, essas características se mostram frágeis
quando confrontadas com a quebra de padrão comportamental de um aluno. A
dificuldade de utilizar a natureza de uma situação ou de um aluno como forma de
avançar no ensino é evidente na reação do professor e se confunde com sua capacidade
de influenciar e ser influenciado. A suscetibilidade as influências que se têm uns com os
outros, sobre tudo com formadores de opinião e o quanto o caráter é influenciado pela
circunstancias e também pela convivência familiar. Levanta-se a questão relacionada
com a função da escola e, sobre quais são seus limites na formação do cidadão. Todos
estão propensos ao deslize, mesmo aqueles que têm um caráter reto podem se ver
envolvidos em situações comprometedoras como foi o caso do Professor William.
A estória aborda questões éticas e morais e sua relação de complexidade nas relações
humanas. A ética e moral podem ser transferidas, mas não implica que serão
assimilados pelo caráter. O caráter guarda relações de construção ao longo do
desenvolvimento por meio das experiências e modelos aprendidos. No filme é feito uma
citação: “O fim depende do inicio”, isso implica a importância da formação do
indivíduo, o tipo de educação influirá nos resultados futuros. Neste sentido,
compreender o processo ético enquanto conjunto de princípios positivos e que levam as
boas consequências , que influenciam a vida de uma pessoa é fundamental na formação
do cidadão.
A expectativa do professor de poder moldar o caráter do aluno é frustrante por
desconsiderar outras forças que operam anterior e paralelamente às suas atitudes e
ações. A responsabilidade do professor está relacionada com a promoção de estímulos e
facilitação do acesso ao conhecimento, porém, o que converge do aluno não é se não
consequência de forças que envolvem seus traços psíquicos e genéticos somados às suas
exposições aos meios em que se desenvolve.

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