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DIREITO ELEITORAL
COMPETÊNCIA
Causas que podem produzir reflexos no processo eleitoral são de competência da Justiça Eleitoral
DIREITO ADMINISTRATIVO
DESAPROPRIAÇÃO
Desistência da desapropriação
PODER DE POLÍCIA
Empresas brasileiras poderão desenvolver atividades de segurança privada,
ainda que tenham sócios estrangeiros
CONDOMÍNIO
Prazo prescricional para cobrança de cotas condominiais: 5 anos
Na vigência do Código Civil de 2002, é quinquenal o prazo prescricional para que o condomínio
geral ou edilício (vertical ou horizontal) exercite a pretensão de cobrança de taxa condominial
ordinária ou extraordinária, constante em instrumento público ou particular, a contar do dia
seguinte ao vencimento da prestação.
STJ. 2ª Seção. REsp 1.483.930-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 23/11/2016 (recurso
repetitivo) (Info 596).
Importante!!!
O cliente paga alguma tarifa bancária quando ele saca dinheiro de sua conta? Os bancos
adotam a seguinte prática contratual: o cliente pode fazer até quatro saques por mês sem
pagar nada. A partir do quinto saque, é cobrada uma tarifa bancária.
Esta prática bancária é válida? SIM.
É legítima a cobrança, pelas instituições financeiras, de tarifas relativas a saques quando estes
excederem o quantitativo de quatro realizações por mês.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.348.154-DF, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 13/12/2016 (Info 596).
DIREITO EMPRESARIAL
FALÊNCIA
Autor do pedido de falência não precisa provar insolvência patrimonial do devedor
O autor do pedido de falência não precisa demonstrar que existem indícios da insolvência ou
da insuficiência patrimonial do devedor, bastando que a situação se enquadre em uma das
hipóteses do art. 94 da Lei nº 11.101/2005.
Assim, independentemente de indícios ou provas de insuficiência patrimonial, é possível a
decretação da quebra do devedor que não paga, sem relevante razão de direito, no
vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja
soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência
(art. 94, I, da Lei nº 11.101/2005).
STJ. 3ª Turma. REsp 1.532.154-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 18/10/2016
(Info 596).
COMPETÊNCIA
Causas que podem produzir reflexos no processo eleitoral são de competência da Justiça Eleitoral
Importante!!!
O art. 5º, XXVI, da CF/88 e o art. 833, VIII, do CPC prevêem que é impenhorável a pequena
propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família.
Assim, para que o imóvel rural seja impenhorável, são necessários dois requisitos:
1) que seja enquadrado como pequena propriedade rural, nos termos definidos pela lei; e
2) que seja trabalhado pela família.
Quem tem o encargo de provar esses requisitos?
Requisito 1 (pequena propriedade rural): trata-se de ônus do executado (devedor).
Requisito 2 (propriedade trabalhada pela família): não é necessário que o executado faça
prova disso. Existe uma presunção juris tantum (relativa) de que a pequena propriedade
rural é trabalhada pela família. Tal presunção é relativa e admite prova em sentido
contrário. O ônus dessa prova, no entanto, é do exequente (credor).
Resumindo: no que concerne à proteção da pequena propriedade rural, incumbe ao executado
comprovar que a área é qualificada como pequena, nos termos legais; e ao exequente
demonstrar que não há exploração familiar da terra.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.408.152-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 1/12/2016 (Info 596).
DIREITO PENAL
DESACATO
Inconvencionalidade do crime de desacato
Importante!!!
O crime de desacato previsto no art. 331 do CP não mais subsiste em nosso ordenamento
jurídico por ser incompatível com o artigo 13 do Pacto de San José da Costa Rica.
A criminalização do desacato está na contramão do humanismo, porque ressalta a
preponderância do Estado - personificado em seus agentes - sobre o indivíduo.
A existência deste crime em nosso ordenamento jurídico é anacrônica, pois traduz
desigualdade entre funcionários e particulares, o que é inaceitável no Estado Democrático de
Direito preconizado pela CF/88 e pela Convenção Americana de Direitos Humanos.
STJ. 5ª Turma. REsp 1.640.084-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 15/12/2016 (Info 596).
LEI DE DROGAS
Inquéritos policiais e ações penais em cursos podem ser utilizados
para afastar o benefício do tráfico privilegiado
Importante!!!
É possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em curso para formação da
convicção de que o réu se dedica a atividades criminosas, de modo a afastar o benefício legal
previsto no art. 33, § 4º, da Lei n.º 11.343/2006.
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.431.091-SP, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 14/12/2016 (Info 596).
RECURSOS
É cabível RESE contra decisão que revoga medida cautelar diversa da prisão
Importante!!!
As hipóteses de cabimento de recurso em sentido estrito trazidas pelo art. 581 do CPP são:
exaustivas (taxativas);
admitem interpretação extensiva
não admitem interpretação analógica.
A decisão do juiz que revoga a medida cautelar diversa da prisão de comparecimento
periódico em juízo (art. 319, I, do CPP) pode ser impugnada por meio de RESE?
SIM, com base na intepretação extensiva do art. 581, V.
O inciso V expressamente permite RESE contra a decisão do juiz que revogar prisão
preventiva. Esta decisão é similar ao ato de revogar medida cautelar diversa da prisão. Logo,
permite-se a interpretação extensiva neste caso.
Em suma: é cabível recurso em sentido estrito contra decisão que revoga medida cautelar
diversa da prisão.
STJ. 6ª Turma. REsp 1628262/RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 13/12/2016 (Info 596).
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO ADUANEIRO
Não isenção de PIS/PASEP/COFINS sobre as receitas
conexas ao frete contratadas em separado do próprio frete