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Contratos típicos, atípicos e mistos

Contratos típicos ou nominados vs atípicos ou inominados: a diferença assenta no facto


de a lei consagrar ou não às figuras contratuais expressa disciplina e “nomem iuris”.

Contratos Mistos: identificam-se pela reunião num único contrato das características de
dois ou mais contratos, total ou parcialmente regulados na lei. Os contratos mistos
dizem-se nominados quando tenham expressa consagração legislativa ou se reconduzem
a determinado tipo, e inominados os restantes.

Previsão dos contratos mistos – art.º 405.º, n.º 2

Sub-espécies dos contratos mistos:

- contratos combinados – quando uma das partes fica adstrita a 2 ou mais


prestações principais, respeitantes a diversos tipos de contratos, e a contraparte se
vincula a uma prestação unitária. Ex: a locação de uma casa mobilada, e que o locador
se obriga a 2 prestações, uma quanto ao contrato de arrendamento e outra quanto ao
contrato de aluguer, em relação ao recheio da casa, satisfazendo o locatário uma só
prestação (o pagamento da renda);

- contratos acoplados ou de duplo tipo – o conteúdo total do negócio revela-se


como sendo, ao mesmo tempo, o de 2 contratos nominados. Ex: o contrato pelo qual
uma pessoa proporciona habitação a outra (arrendamento), com o encargo correspectivo
do desempenho das funções de porteiro (prestação de serviço);

- contratos mistos em sentido estrito – quando se utiliza um certo tipo de


contrato como meio ou instrumento para a consecução de finalidade diferente da que lhe
é própria. Ex: a chamada doação mista, em que através da compra e venda, se alcançam
objectivos respeitantes á doação (A vende a B por 200.000 euros o prédio X, que vale
500.000 euros, na intenção de beneficiá-lo gratuitamente com essa diferença.

Às vezes os componentes do contrato misto encontram-se de tal modo amalgamados


que se fundem organicamente numa figura nova e unitária. Ex: transporte marítimo de
pessoas, contrato turístico ou de organização de viagem.

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Quanto ao problema do regime jurídico dos contratos mistos há várias teorias (da
absorção, individualizando-se no contrato misto o elemento predominante, e a da
combinação, aplicando-se ao mesmo as normas dos diversos tipos contratuais a que se
ligam). Em face de um contrato misto, o intérprete deve, liminarmente, verificar se
existe ou não preceito legal que o contemple (e que, eventualmente, opte por uma dessas
teorias). Se não houver, levanta-se um problema de integração, operando os
correspondentes cânones gerais. Há-de averiguar-se da possibilidade de aplicação
analógica da disciplina de algum ou alguns contratos típicos, numa perspectiva de
ponderação da identidade de interesses. Desde que não seja admissível o recurso à
analogia, importará encontrar, no quadro da situação concreta, a disciplina mais
razoável, partindo das valorações e interesses envolvidos, da função económico-social
do negócio, da vontade real e hipotética das partes, subordinada à boa fé (art.º 239.º).
Em conclusão, esta atitude pode conduzir
tanto à aplicação dos preceitos do contrato típico apontado pelo elemento principal,
como à disciplina resultante da combinação das normas dos vários contratos típicos que
se reflectem no contrato misto, como ainda soluções diversas das postuladas pelas
teorias da absorção e da combinação.

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