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Departamento Estadual de

Trânsito de São Paulo - DETRAN-SP

Agente Estadual de Trânsito

Língua Portuguesa
Ortografia. .............................................................................................................................................................................1
Acentuação gráfica. .............................................................................................................................................................8
Flexão nominal e verbal. ....................................................................................................................................................9
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. ......................................................................................... 14
Emprego de tempos, modos e aspectos verbais. Vozes do verbo. Classes de palavras: substantivo, adjetivo,
artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção: emprego e sentido que imprimem às
relações que estabelecem. .............................................................................................................................................. 17
Concordância nominal e verbal. .................................................................................................................................... 39
Regência nominal e verbal. ............................................................................................................................................. 42
Ocorrência de crase. ......................................................................................................................................................... 47
Sintaxe: coordenação e subordinação. ......................................................................................................................... 49
Pontuação. ......................................................................................................................................................................... 54
Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). .............................................................. 56
Compreensão de texto. .................................................................................................................................................... 61

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático


Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação).....................1
Expressões numéricas .........................................................................................................................................................6
múltiplos e divisores de números naturais; problemas ................................................................................................9
Frações e operações com frações ................................................................................................................................... 11
Números e grandezas proporcionais razões e proporções ....................................................................................... 13
Divisão em partes proporcionais ................................................................................................................................... 15
Regra de três ...................................................................................................................................................................... 18
Porcentagem e problemas ............................................................................................................................................... 21
Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas
informações das relações fornecidas e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas
relações ............................................................................................................................................................................... 22
Compreensão e elaboração da lógica das situações por meio de: raciocínio verbal, raciocínio matemático,
raciocínio sequencial, orientação espacial e temporal, formação de conceitos, discriminação de elementos . 37
Compreensão do processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a
conclusões determinadas ................................................................................................................................................ 57

Noções de Informática
Conceitos fundamentais de internet, intranet e redes de computadores. .................................................................1
Conceitos básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos de
informática. ........................................................................................................................................................................ 22
Conceitos e modos de utilização de aplicativos para edição de textos, planilhas e apresentações utilizando-se
a suíte de escritório Microsoft Office 2010 e LibreOffice 5 ou superior. ................................................................. 26

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Conceitos e modos de utilização de sistemas operacionais Windows 7. ................................................................ 81
Noções básicas de ferramentas e aplicativos de navegação (Google Chrome, Firefox e Internet Explorer) e
correio eletrônico (Webmail e Microsoft Outlook 2010). .......................................................................................... 92
Programas de correio eletrônico (Microsoft Outlook e Mozilla Thunderbird); Sítios de busca e pesquisa na
internet; Computação na nuvem (cloud computing). ...............................................................................................109
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ......................125
Noções básicas de segurança da informação e proteção: vírus, worms e outros tipos de malware. ..............133

Direito Constitucional
Dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil. ...............................................................................1
Dos Direitos e Garantias Fundamentais. ..........................................................................................................................2
Do controle de constitucionalidade no ordenamento brasileiro: modalidades; efeitos subjetivos e temporais
da declaração de constitucionalidade e inconstitucionalidade; ações do controle concentrado; súmula
vinculante; repercussão geral. ...........................................................................................................................................8
Da Organização do Estado: Da Organização Político-Administrativa; Da União; Dos Estados Federados; Dos
Municípios; Do Distrito Federal e dos Territórios; ..................................................................................................... 32
Da Administração Pública (Disposições Gerais; Dos Servidores Públicos). ........................................................... 38
Da Organização dos Poderes: Do Poder Legislativo;................................................................................................... 42
Do Poder Executivo; ...................................................................................................................................................................................... 49
Do Poder Judiciário (Disposições Gerais; Do Supremo Tribunal Federal; Do Superior Tribunal de Justiça; Dos
Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; Dos Tribunais e Juízes Eleitorais; Dos Tribunais e Juízes
dos Estados); ...................................................................................................................................................................... 52
Das Funções Essenciais à Justiça. ................................................................................................................................... 61
Das Finanças Públicas: normas gerais; orçamentos.................................................................................................... 63
Da Ordem Econômica e Financeira: dos Princípios Gerais da Atividade Econômica. ........................................... 67
Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. ............................................................................................................ 69

Direito Administrativo
Administração pública: princípios básicos. ....................................................................................................................1
Poderes administrativos: poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar, poder de polícia, uso e
abuso do poder. ...................................................................................................................................................................3
Serviços públicos: conceito, regime jurídico, princípios, titularidade e competência. Delegação: concessão,
permissão e autorização. ...................................................................................................................................................7
Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e
vinculação. ......................................................................................................................................................................... 11
Organização administrativa: administração direta e indireta; centralizada e descentralizada; autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, consórcios públicos (Lei nº 11.107/2005). . 15
Órgãos públicos: conceito, natureza e classificação. .................................................................................................. 27
Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. .......................................................................................... 30
CLT: empregado e empregador, anotações na CTPS, duração do trabalho, períodos de descanso, trabalho
noturno, teletrabalho, férias anuais, dano extrapatrimonial, contrato individual do trabalho, remuneração e
rescisão. .............................................................................................................................................................................. 32
Processo administrativo (Lei estadual nº 10.177/1998): artigos 1º ao 36. .......................................................... 47
Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo;
.............................................................................................................................................................................................. 50
Responsabilidade civil do Estado. ................................................................................................................................. 54
Lei nº 8.429/1992: disposições gerais; atos de improbidade administrativa. ...................................................... 60
Licitações e Contratos da Administração Pública - Lei nº 8.666/1993 (com alterações posteriores). ............ 64
Lei n.º 10.520/2002. ........................................................................................................................................................ 90

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Conhecimentos Específicos
Código de Trânsito Brasileiro: Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 com alterações até a data de publicação
do edital..................................................................................................................................................................................1
Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e suas alterações até a data de publicação do edital:
04/1998; ............................................................................................................................................................................. 75
14/1998; ............................................................................................................................................................................. 76
18/1998; ............................................................................................................................................................................. 79
168/2004;........................................................................................................................................................................... 79
254/2007;.........................................................................................................................................................................102
277/2008;.........................................................................................................................................................................103
292/2008;.........................................................................................................................................................................105
300/2008;.........................................................................................................................................................................108
303/2008; ........................................................................................................................................................................109
304/2008; ........................................................................................................................................................................111
349/2010; ........................................................................................................................................................................112
357/2010;.........................................................................................................................................................................314
358/2010; ........................................................................................................................................................................116
360/2010; ........................................................................................................................................................................129
432/2013;.........................................................................................................................................................................130
453/2013; ........................................................................................................................................................................132
466/2013; ........................................................................................................................................................................135
541/2015; ........................................................................................................................................................................139
561/2015; ........................................................................................................................................................................139
619/2016;.........................................................................................................................................................................144
623/2016; ........................................................................................................................................................................150
670/2017 e 723/2018. .................................................................................................................................................157

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LÍNGUA PORTUGUESA

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APOSTILAS OPÇÃO

2) Palavras terminadas em: -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.


Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio.

3) Em palavras derivadas de outras que já apresentam “G”.


Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
vertiginoso (de vertigem).
Ortografia.
Observação - também se emprega com a letra “G” os
seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada,
gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge,
ORTOGRAFIA rabugento, vagem.

Alfabeto Emprego do J
Para representar o fonema “j’ na forma escrita, a grafia
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. A – considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a
B–C–D–E–F–G–H–I–J–K–L–M–N–O–P–Q–R–S– origem da palavra, como por exemplo no caso da na palavra jipe
T – U – V – W – X – Y – Z. que origina-se do inglês jeep. Porém também se empregará o “J”
nas seguintes situações:
Observação: emprega-se também o “ç”, que representa o
fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras. 1) Em verbos terminados em -jar ou -jear. Exemplos:
Arranjar: arranjo, arranje, arranjem
Emprego das Letras e Fonemas Despejar: despejo, despeje, despejem
Viajar: viajo, viaje, viajem
Emprego das letras K, W e Y
Utilizam-se nos seguintes casos: 2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica.
1) Em antropônimos originários de outras línguas e seus Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji.
derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo;
Taylor, taylorista. 3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam “J”.
Exemplos: laranja –laranjeira / loja – lojista / lisonja –
2) Em topônimos originários de outras línguas e seus lisonjeador / nojo – nojeira / cereja – cerejeira / varejo –
derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. varejista / rijo – enrijecer / jeito – ajeitar.

3) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como Observação - também se emprega com a letra “J” os
unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade,
(Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt. jeito, jejum, laje, traje, pegajento.

Emprego do X Emprego do S
Se empregará o “X” nas seguintes situações: Utiliza-se “S” nos seguintes casos:
1) Após ditongos. 1) Palavras derivadas de outras que já apresentam “S” no
Exemplos: caixa, frouxo, peixe. radical. Exemplos: análise – analisar / catálise – catalisador /
Exceção: recauchutar e seus derivados. casa – casinha ou casebre / liso – alisar.

2) Após a sílaba inicial “en”. 2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca. ou origem. Exemplos: burguês – burguesa / inglês – inglesa /
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo chinês – chinesa / milanês – milanesa.
“en-”. Ex.: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro),
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –osa.
Exemplos: catarinense / palmeirense / gostoso – gostosa /
3) Após a sílaba inicial “me-”. amoroso – amorosa / gasoso – gasosa / teimoso – teimosa.
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão.
Exceção: mecha. 4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa.
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa,
4) Se empregará o “X” em vocábulos de origem indígena ou sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose.
africana e em palavras inglesas aportuguesadas.
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu, 5) Após ditongos.
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea.
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara,
xale, xingar, etc. 6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus
derivados.
Emprego do Ch Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse,
Se empregará o “Ch” nos seguintes vocábulos: bochecha, puséssemos, quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera,
bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, quiséssemos, repus, repusera, repusesse, repuséssemos.
cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila,
pechincha, salsicha, tchau, etc. 7) Em nomes próprios personativos.
Exemplos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa,
Emprego do G Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás.
Se empregará o “G” em:
1) Substantivos terminados em: -agem, -igem, -ugem. Observação - também se emprega com a letra “S” os
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem. seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa,
Exceção: pajem. cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena,

Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO

mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, 6) Emprega-se Ss: nos substantivos derivados de verbos
querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, terminados em -gredir, -mitir, -ceder e -cutir.
visita, etc. Exemplos: agredir – agressão / demitir – demissão / ceder –
cessão / discutir – discussão/ progredir – progressão /
Emprego do Z transmitir – transmissão / exceder – excesso / repercutir –
Se empregará o “Z” nos seguintes casos: repercussão.
1) Palavras derivadas de outras que já apresentam Z no
radical. 7) Emprega-se o Xc e o Xs: em dígrafos que soam como Ss.
Exemplos: deslize – deslizar / razão – razoável / vazio – Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional,
esvaziar / raiz – enraizar /cruz – cruzeiro. exsudar.

2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos Atenção - não se esqueça que uso da letra X apresenta
a partir de adjetivos. algumas variações. Observe:
Exemplos: inválido – invalidez / limpo – limpeza / macio – 1) O “X” pode representar os seguintes fonemas:
maciez / rígido – rigidez / frio – frieza / nobre – nobreza / pobre “ch” - xarope, vexame;
– pobreza / surdo – surdez. “cs” - axila, nexo;
“z” - exame, exílio;
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar “ss” - máximo, próximo;
substantivos. “s” - texto, extenso.
Exemplos: civilizar – civilização / hospitalizar –
hospitalização / colonizar – colonização / realizar – realização. 2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
Exemplos: excelente, excitar.
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita.
Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, Emprego do E
avezita. Se empregará o “E” nas seguintes situações:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, Exemplos: magoar - magoe, magoes / continuar- continue,
buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, continues.
proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes,
6) Em vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no anterior).
contraste entre o S e o Z. Exemplos: Exemplos: antebraço, antecipar.
Cozer (cozinhar) e coser (costurar);
Prezar (ter em consideração) e presar (prender); 3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria,
Traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior). empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.

Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Emprego do I


Como por exemplo: exame, exato, exausto, exemplo, existir, Se empregará o “I” nas seguintes situações:
exótico, inexorável. 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir.
Exemplos:
Emprego do Fonema S Cair- cai
Existem diversas formas para a representação do fonema “S” Doer- dói
no qual podem ser: s, ç, x e dos dígrafos sc, sç, ss, xc, xs. Assim Influir- influi
vajamos algumas situações:
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra).
1) Emprega-se o S: nos substantivos derivados de verbos Exemplos: anticristo, antitetânico.
terminados em -andir, -ender, -verter e -pelir.
Exemplos: expandir – expansão / pretender – pretensão / 3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar,
verter – versão / expelir – expulsão / estender – extensão / digladiar, penicilina, privilégio, etc.
suspender – suspensão / converter – conversão / repelir –
repulsão. Emprego do O/U
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado
2) Emprega-se Ç: nos substantivos derivados dos verbos ter de algumas palavras. Veja os exemplos: comprimento
e torcer. (extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir
Exemplos: ater – atenção / torcer – torção / deter – detenção som) e suar (transpirar).
/ distorcer – distorção / manter – manutenção / contorcer – - Grafam-se com a letra “O”: bolacha, bússola, costume,
contorção. moleque.
- Grafam-se com a letra “U”: camundongo, jabuti, Manuel,
3) Emprega-se o X: em casos que a letra X soa como Ss. tábua.
Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta,
sintaxe, texto, trouxe. Emprego do H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor
4) Emprega-se Sc: nos termos eruditos. fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da
Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo,
discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie.
miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. Assim vejamos o seu emprego:

5) Emprega-se Sç: na conjugação de alguns verbos. 1) Inicial, quando etimológico.


Exemplos: nascer - nasço, nasça / crescer - cresço, cresça / Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio.
Descer - desço, desça.

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO

2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh. “e era natural que o futuro IDEALIZADO então fosse o da
Exemplos: flecha, telha, companhia. cidade perfeita.” (1º §) O vocábulo em destaque no trecho
acima grafa-se com a letra Z, em conformidade com a norma
3) Final e inicial, em certas interjeições. de emprego do sufixo–izar.
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
Das opções abaixo, aquela em que um dos vocábulos está
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo INCORRETAMENTE grafado por não se enquadrar nessa
elemento, se etimológico. norma é:
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. (A) alcoolizado / barbarizar / burocratizar.
(B) catalizar / abalizado / amenizar.
Observações: (C) catequizar / cauterizado / climatizar.
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note (D) contemporizado / corporizar / cretinizar
que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou (E) esterilizar / estigmatizado / estilizar.
baianinha ele não é utilizado.
02. (Pref. De Biguaçu/SC – Professor III – Inglês/2016)
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra De acordo com a Língua Portuguesa culta, assinale a
“h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos alternativa cujas palavras seguem as regras de ortografia:
sempre são grafados com h, como por exemplo: herbívoro, (A) Preciso contratar um eletrecista e um encanador para
hispânico, hibernal. o final da tarde.
(B) O trabalho voluntário continua sendo feito
Questões prazerosamente pelos alunos.
(C) Ainda não foram atendidas as reinvindicações dos
01. (FIOCRUZ – Assistente Técnico de Gestão em Saúde professores em greve.
– FIOCRUZ/2016) (D) Na lista de compras, é preciso descriminar melhor os
produtos em falta.
O FUTURO NO PASSADO (E) Passou bastante desapercebido o caso envolvendo um
juiz federal.
1 Poucas previsões para o futuro feitas no passado se
realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e 03. (PC/PA – Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016)
era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-
perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de
particular e só recentemente começou-se a experimentar certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas
carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando a leituras diversas, a depender do observador e do observado.
seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é
trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a
convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E
impossibilidade da coexistência de desiguais. revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em
2 A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de outras palavras, mostra características comportamentais
guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato,
poupam civis, mas não trouxe a democratização da em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite
prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como
prometiam ultrapassar os limites da imaginação. fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo.
Ultrapassaram, mas para o território da banalidade E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por
espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, conseguinte, tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e
mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.
revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de
prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de
nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-
a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis,
como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada. 100% objetivos. Basta juntar essas características
Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o
terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é
contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de
Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global. algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum
3 Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o
pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente pensamento e determinou a conduta.
falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só
espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de
Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do
nuclear fria. criminoso comum, que entendia o que fazia.
4 É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime,
passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro
chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas lado, é na maneira como o delito foi praticado que se
procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E encontram características 100% seguras da mente de quem o
quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica
sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra revela-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento
do leigo. em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.) feitas revela muito da pessoa que as fez.
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82.

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APOSTILAS OPÇÃO

Tal como ocorre com “interpretaÇÃO ” e “dissimulaÇÃO”, 7) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos,
grafa-se com “ç” o sufixo de ambas as palavras arroladas em: políticos ou nacionalistas.
(A) apreenção do menor - sanção legal. Exemplos: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado,
(B) detenção do infrator - ascenção ao posto. Nação, Pátria, União, etc.
(C) presunção de culpa - coerção penal.
(D) interceção do juiz - contenção do distúrbio. Observação: esses nomes escrevem-se com inicial
(E) submição à lei - indução ao crime. minúscula quando são empregados em sentido geral ou
indeterminado.
04. (UFAM – Auxiliar em Administração – COMVEST- Exemplo: Todos amam sua pátria.
UFAM/2016) Foi na minha última viagem ao Perú que entrei
em uma baiúca muito agradável. Apesar de simples, era bem Emprego Facultativo da Letra Maiúscula
frequentada. Isso podia ser constatado pelas assinaturas (ou 1) No início dos versos que não abrem período, é facultativo
simples rúbricas) dispostas em quadros afixados nas paredes o uso da letra maiúscula, como por exemplo:
do estabelecimento, algumas delas de pessoas famosas. Insisti
com o garçom para também colocar a minha assinatura, “Aqui, sim, no meu cantinho,
registrando ali a minha presença. No final, o ônus foi pesado: a vendo rir-me o candeeiro,
conta veio muito salgada. Tudo seria perfeito se o tempo ali gozo o bem de estar sozinho
passado, por algum milagre, tivesse sido gratuíto. e esquecer o mundo inteiro.”

Assinale a alternativa que apresenta palavra em que a 2) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
acentuação está CORRETA, de acordo com a Reforma Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade / Igreja do
Ortográfica em vigor: Rosário ou igreja do Rosário / Edifício Azevedo ou edifício
(A) gratuíto Azevedo.
(B) Perú
(C) ônus Inicial Minúscula
(D) rúbricas Utiliza-se inicial minúscula nos seguintes casos:
(E) baiúca 1) Em todos os vocábulos correntes da língua portuguesa.
Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
05. (Pref. De Quixadá/CE – Agente de Combate às
Endemias – Serctam/2016) Marque a opção em 2) Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta,
que TODOS os vocábulos se completam com a letra “s”: usa-se letra minúscula.
(A) pesqui__a, ga__olina, ali__erce. Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas:
(B) e__ótico, talve__, ala__ão. ouro, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
(C) atrá__, preten__ão, atra__o.
(D) bati__ar, bu__ina, pra__o. 3) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
(E) valori__ar, avestru__, Mastru__. Exemplos: janeiro, julho, dezembro, etc. / segunda, sexta,
domingo, etc. / primavera, verão, outono, inverno.
Gabarito
4) Nos pontos cardeais.
01.B / 02.B / 03.C / 04.C / 05.C Exemplos: “Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.”
/ “Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste,
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas sudoeste.”

Inicial Maiúscula Observação: quando empregados em sua forma absoluta,


Utiliza-se inicial maiúscula nos seguintes casos: os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.
1) No começo de um período, verso ou citação direta. Exemplos: Nordeste (região do Brasil) / Ocidente (europeu)
/Oriente (asiático).
Disse o Padre Antônio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer
lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.” Emprego Facultativo da Letra Minúscula
1) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
“Auriverde pendão de minha terra, Exemplos:
Que a brisa do Brasil beija e balança, Crime e Castigo ou Crime e castigo
Estandarte que à luz do sol encerra Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
As promessas divinas da Esperança…” Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
(Castro Alves)
2) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em
2) Nos antropônimos, reais ou fictícios. nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. Exemplos:
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
3) Nos topônimos, reais ou fictícios. Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor
reitor
4) Nos nomes mitológicos. Santa Maria ou santa Maria
Exemplos: Dionísio, Netuno.
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e
5) Nos nomes de festas e festividades. disciplinas.
Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadã. Exemplos:
Português ou português
6) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas
Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.ª. modernas

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APOSTILAS OPÇÃO

História do Brasil ou história do Brasil Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns
Arquitetura ou arquitetura dias para cá. Tratam-me com inquietante delicadeza. Já
captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de
Questões asas de borboleta, quase nada. A impressão de que há algo
estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um
01. (Câmara de Maringá/PR – Assistente Legislativo vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o
– Instituto) engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e
que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a
Longe é um lugar que existe? amizade, mas a inimizade morria ali.
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de
Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez surgir em
disse: "Não entendo muito bem o que você falou, mas o que meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até
menos entendo é o fato de estar indo a uma festa." pessoas distantes. E as próximas?
— Claro que estou indo à festa. — respondi. — O que há de Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem
tão difícil de se compreender nisso? motivo. Durante o telefonema fico aguardando o assunto que
Enfim, sem nunca atingir o fim, imaginando-se uma estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um
Gaivota sobrevoando o mar, viajar é sentir-se ainda mais número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com
pássaro livre tocado pelas lufadas de vento, contraponto, de acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem
uma ave mirrada de asas partidas numa gaiola lacrada, transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o
sobrevivendo apenas de alpiste da melhor qualidade e água maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos
filtrada. Ou ainda, pássaros presos na ambivalência à espera e me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um
existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me
viver presos em suas próprias armadilhas... cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca
Fica sob sua escolha e risco, a liberdade para voar os ventos na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal
ascendentes; que pássaro quer ser; que lugares quer chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite.
sobrevoar; que viagem ao inusitado mais lhe compraz. Por [...]
mais e mais, qual a serventia dessas asas enormes, herança Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é
genética de seus pais e que lhe confere enorme envergadura? este? Que vão pedir em troca de tanta gentileza?
Diga para quê serve? Ao primeiro sinal de perigo, debique e Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.
pouse na cerca mais próxima. Ora, não venha com desculpas Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco,
esfarrapadas e vamos dona Gaivota, espante a preguiça, bata desço pelas escadas porque alguém segura o elevador lá em
as asas e saia do ninho! Não tenha medo de voar. Pois, como é cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de
de conhecimento dos "Mestres dos ares e da Terra", longe é um entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam
lugar que não existe para quem voa rente ao céu e viaja léguas meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher,
e mais léguas de distância com a mochila nas costas, olhar no saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando
horizonte e os pés socados em terra firme. a vida entre bólidos3 , um caminhão joga-me água suja de uma
Longe é a porta de entrada do lugar que não existe? Não poça, o elevador continua preso lá em cima, subo a pé, entro no
deve ser, não; pois as Gaivotas sacodem a poeira das asas, apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a
limpam os resquícios de alimentos dos bicos e batem o toc-toc sonhar com gentilezas.
lá.
<http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/6031227> Vocabulário:
1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São
O uso do termo “Gaivota” sempre com letra maiúscula ao Paulo
longo do texto se deve ao fato de que 2 funcionário que coordena agendamentos entre outras
(A) o autor busca, com isso, fazer uma conexão mais coisas nos restaurantes
próxima entre o leitor e o animal. 3 carros muito velozes
(B) o autor quis dar destaque ao termo, apesar de não
haver importância da referência ao animal para o texto. Em “nas ruas dos Jardins1" (4º§), a palavra em destaque
(C) há uma mudança no texto, em que, no início, as foi escrita com letra maiúscula por se tratar de:
personagens eram duas pessoas e, a partir do segundo (A) um erro de grafia.
parágrafo, é uma gaivota. (B) um destaque do autor
(D) o texto faz uma reflexão sobre a ação humana de viajar, (C) um substantivo próprio.
porém comparando os seres humanos com gaivotas. (D) um substantivo coletivo.
(E) o autor utiliza o termo “Gaivota” como símbolo de
imponência, o que se relaciona à forma como os seres Gabarito
humanos são tratados no texto.
01.D / 02.C
02. (MGS – Todos os Cargos de Nível Fundamental
Completo – IBFC/2017) Palavras ou Expressões que geram dificuldades

Estranhas Gentilezas Algumas palavras ou expressões costumam apresentar


(Ivan Angelo) dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar
ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você
Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente
pessoas nas grandes cidades não têm o hábito da gentileza. incorporar tais palavras certas em situações apropriadas.
Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos A anos: Daqui a um ano iremos à Europa. (a indica tempo
ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de futuro)
espera, nos embates familiares, e depois economizam com a Há anos: Não o vejo há meses. (há indica tempo passado)
gente. Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há
necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo.

Língua Portuguesa 5
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APOSTILAS OPÇÃO

Acerca de: Falávamos acerca de uma solução melhor. (a Descrição: A descrição sobre o jogador foi perfeita.
respeito de) (descrever)
Há cerca de: Há cerca de dias resolvemos este caso. (faz Discrição: Você foi muito discreto. (reservado)
tempo)
Entrega em domicílio: Fiz a entrega em domicílio. (lugar)
Ao encontro de: Sua atitude vai ao encontro da verdade. Entrega a domicílio: Enviou as compras a domicílio. (com
(estar a favor de) verbos de movimento)
De encontro a: Minhas opiniões vão de encontro às suas.
(oposição, choque) Espectador: Os espectadores se fartaram da apresentação.
(aquele que vê, assiste)
A fim de: Vou a fim de visitá-la. (finalidade) Expectador: O expectador aguardava o momento da
Afim: Somos almas afins. (igual, semelhante) chamada. (que espera alguma coisa)

Ao invés de: Ao invés de falar começou a chorar. (oposição, Estada: A estada dela aqui foi gratificante. (tempo em algum
ao contrário de) lugar)
Em vez de: Em vez de acompanhar-me, ficou só. (no lugar Estadia: A estadia do carro foi prolongada por mais
de) algumas semanas. (prazo concedido para carga e descarga)

A par: Estamos a par das boas notícias. (bem informado, Fosforescente: Este material é fosforescente. (que brilha
ciente) no escuro)
Ao par: O dólar e o euro estão ao par. (de igualdade ou Fluorescente: A luz branca do carro era fluorescente.
equivalência entre valores financeiros – câmbio) (determinado tipo de luminosidade)

Aprender: O menino aprendeu a lição. (tomar Haja: É preciso que não haja descuido. (verbo haver – 1ª
conhecimento de) pessoa singular do presente do subjuntivo)
Apreender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino. Aja: Aja com cuidado, Carlinhos. (verbo agir – 1ª pessoa
(prender) singular do presente do subjuntivo)

Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços Houve: Houve um grande incêndio no centro de São
funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos Paulo. (verbo haver - 3ª pessoa do singular do pretérito
supermercados. Vamos comemorar, pessoal! perfeito)
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos Ouve: A mãe disse: ninguém me ouve. (verbo ouvir - 3ª
(sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) pessoa singular do presente do indicativo)
da gasolina.
Mal: Dormi mal. (oposto de bem)
Bebedor: Tornei-me um grande bebedor de vinho. (pessoa Mau: Você é um mau exemplo. (oposto de bom)
que bebe)
Bebedouro: Este bebedouro está funcionando bem. Mas: Telefonei-lhe mas ela não atendeu. (ideia contrária)
(aparelho que fornece água) Mais: Há mais flores perfumadas no campo. (opõe-se a
menos)
Bem-Vindo: Você é sempre bem-vindo aqui, jovem.
(adjetivo composto) Nem um: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la.
Benvindo: Benvindo é meu colega de classe. (nome (equivale a nem um sequer)
próprio) Nenhum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso.
(oposto de algum)
Câmara: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal.
(local de trabalho) Onde: Onde fica a farmácia mais próxima? (lugar em que se
Câmera: Comprei uma câmera japonesa. (aparelho que está)
fotografa) Aonde: Aonde vão com tanta pressa? (ideia de movimento)

Champanha/Champanhe (do francês): O Por ora: Por ora chega de trabalhar. (por este momento)
champanha/champanhe está bem gelado. Por hora: Você deve cobrar por hora. (cada sessenta
minutos)
Cessão: Foi confirmada a cessão do terreno. (ato de doar)
Sessão: A sessão do filme durou duas horas. (intervalo de Senão: Não fazia coisa nenhuma senão criticar. (caso
tempo) contrário)
Seção/Secção: Visitei hoje a seção de esportes. (repartição Se não: Se não houver homens honestos, o país não sairá
pública, departamento) desta situação crítica. (se por acaso não)

Demais: Vocês falam demais, caras! (advérbio de Tampouco: Não compareceu, tampouco apresentou
intensidade) qualquer justificativa. (Também não)
Demais: Chamaram mais dez candidatos, os demais devem Tão pouco: Encontramo-nos tão pouco esta semana.
aguardar. (equivale a “os outros”) (intensidade)
De mais: Não vejo nada de mais em sua decisão. (opõe-se a
“de menos”) Trás ou Atrás: O menino estava atrás da árvore. (lugar)
Traz: Ele traz consigo muita felicidade. (verbo trazer)
Descriminar: O réu foi descriminado; pra sorte dele.
(inocentar, absolver de crime) Vultoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. (volumoso)
Discriminar: Era impossível discriminar os caracteres do Vultuoso: Sua face está vultuosa e deformada. (congestão
documento. (diferençar, distinguir, separar) no rosto)

Língua Portuguesa 6
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APOSTILAS OPÇÃO

Questão 1. Por que (pergunta);


2. Porque (resposta);
01. (TCM/RJ – Técnico de Controle Externo – 3. Por quê (fim de frase: motivo);
IBFC/2016) Analise as afirmativas abaixo, dê valores 4. O Porquê (substantivo).
Verdadeiro (V) ou Falso (F) quanto ao emprego do acento
circunflexo estabelecido pelo Novo Acordo Ortográfico. Questões
( ) O acento permanece na grafia de 'pôde' (o verbo
conjugado no passado) para diferenciá-la de 'pode' (o verbo 01. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VUNESP)
conjugado no presente). Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até
( ) O acento circunflexo de 'pôr' (verbo) cai e a palavra terá sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
a mesma grafia de 'por' (preposição), diferenciando-se pelo ........................ praticar atividade física..........................benefícios
contexto de uso. para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas
( ) a queda do acento na conjugação da terceira pessoa do terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para
plural do presente do indicativo dos verbos crer, dar, ler, ter, .......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
vir e seus derivados. avanço da idade.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de (Ciência Hoje, março de 2012)
cima para baixo.
(A) V F F As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
(B) F V F pectivamente, com:
(C) F F V (A) porque … trás … previnir
(D) F V V (B) porque … traz … previnir
(C) porquê … tras … previnir
02. (Detran/CE – Vistoriador – UCE-CEV/2018) Na frase (D) por que … traz … prevenir
“... as penalidades são as previstas pelo bom senso...”, a palavra (E) por quê … tráz … prevenir
destacada é homônima de censo. Assinale a opção em que o
emprego dos homônimos destacados está adequado. 02. Pref. de Salvador/BA - Técnico de Nível Médio II –
(A) O reitor da faculdade solicitou que todos os FGV/2017)
funcionários participassem do censo anual para verificar
quem realmente está na ativa. Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir certos
(B) Foi pedido para que todos os motoristas respondessem sons agudos – como unhas arranhando um quadro-negro?
ao senso, a fim de se obter o número real de carros no pátio da
universidade. Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa
(C) Os infratores são penalizados com a “multa moral” por audição. A cóclea (parte interna do ouvido) tem uma
não demonstrarem censo crítico. membrana que vibra de acordo com as frequências sonoras
(D) Se o infrator tiver censo, saberá o que dizer na hora da que ali chegam. A parte mais próxima ao exterior está ligada à
punição. audição de sons agudos; a região mediana é responsável pela
Gabarito audição de sons de frequência média; e a porção mais final, por
01.A / 02.A sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e frágeis,
são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos,
Emprego do Porquê perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando
frequências muito agudas chegam a essa parte da membrana,
Orações Interrogativas Exemplo:
as células podem ser danificadas, pois, quanto mais alta a
(pode ser substituído Por que devemos nos frequência, mais energia tem seu movimento ondulatório. Isso,
por: por qual motivo, por preocupar com o meio em parte, explica nossa aversão a determinados sons agudos,
qual razão) ambiente? mas não a todos. Afinal, geralmente não sentimos calafrios ou
Por
Que uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com notas
Exemplo: agudas.
Equivalendo a “pelo Os motivos por que não Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão
qual” respondeu são
tem um número limitado e pequeno de frequências –
desconhecidos.
formando um som mais “limpo”. Já no espectro de som
Exemplos: proveniente de unhas arranhando um quadro-negro (ou de
Você ainda tem coragem de atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um
Por Final de frases e seguidos
perguntar por quê? número infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com
Quê de pontuação
Você não vai? Por quê? muitas frequências e aquelas presentes na parte inicial da
Não sei por quê! cóclea, por serem mais frágeis, são lesadas com mais
facilidade. Daí a sensação de aversão a esse sons agudos e
Exemplos:
A situação agravou-se porque
“crus”.
Conjunção que indica Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282.
ninguém reclamou.
explicação ou causa
Ninguém mais o espera,
Porque porque ele sempre se atrasa. Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado
está equivocada.
Conjunção de Finalidade Exemplos: (A) Por que sentimos calafrios?
– equivale a “para que”, Não julgues porque não te (B) A razão porque sentimos calafrios é conhecida.
“a fim de que”. julguem.
(C) Qual o porquê de sentirmos calafrios?
Exemplos: (D) Sentimos calafrios porque precisamos defender nossa
Função de substantivo – audição.
Não é fácil encontrar o
vem acompanhado de (E) Sentimos calafrios por quê?
Porquê porquê de toda confusão.
artigo ou pronome
Dê-me um porquê de sua
saída. Gabarito
01.D / 02.B

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APOSTILAS OPÇÃO

Regras Fundamentais
Acentuação gráfica. Palavras oxítonas - acentuam-se todas as oxítonas
terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s):
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s).
ACENTUAÇÃO
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
Acentuação Tônica
Monossílabos tônicos - terminados em “a”, “e”, “o”,
Implica na intensidade com que são pronunciadas as seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há
sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais
acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como Formas verbais - terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas seguidas de lo, la, los, las. Ex.: respeitá-lo – percebê-lo – compô-
de átonas. lo
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
como oxítona, paroxítona e proparoxítonas, independente de Paroxítonas - acentuam-se as palavras paroxítonas
levar acento gráfico: terminadas em:
- i, is
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a táxi – lápis – júri
última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel - us, um, uns
vírus – álbuns – fórum
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se - l, n, r, x, ps
evidencia na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
retrato – passível - ã, ãs, ão, ãos
ímã – ímãs – órfão – órgãos
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que essa
tímpano – médico – ônibus palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará
Como podemos observar, mediante todos os exemplos mais fácil a memorização!
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente, no - ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de
qual são os chamados de monossílabos, que quando “s”. Ex.: água – pônei – mágoa – jóquei
pronunciados apresentam certa diferenciação quanto à
intensidade. Regras Especiais
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
observar no exemplo a seguir: abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de
acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor.” paroxítonas.
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
Os monossílabos em destaque classificam-se como palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
tônicos; os demais, como átonos (que, em e de). acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento.
Ex.:
Acentos Gráficos Antes Agora
assembléia assembleia
Acento agudo (´) – colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e idéia ideia
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam jibóia jiboia
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, apóia (verbo apoiar) apoia
parabéns.
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos,
Acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” acompanhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca
e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado. Ex.: tâmara – – baú – país – Luís
Atlântico – pêssego – supôs
Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e
Acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com “u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles ditongo. Ex.:
Trema)¨( – de acordo com a nova regra, foi totalmente Antes Agora
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras bocaiúva bocaiuva
derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de feiúra feiura
Müller)
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando
Til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con-
nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz

Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem


seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha.

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APOSTILAS OPÇÃO

Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem 02. Indique a alternativa em que todas as palavras devem
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba receber acento.
(A) virus, torax, ma.
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, (B) caju, paleto, miosotis.
com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” (C) refem, rainha, orgão.
não serão mais acentuadas. Ex.: (D) papeis, ideia, latex.
(E) lotus, juiz, virus.
Antes Agora
apazigúe (apaziguar) apazigue 03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente,
argúi (arguir) argui aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo
mesmo motivo que:
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. (A) túnel
Ex.: (B) voluntário
Antes Agora (C) até
crêem creem (D) insólito
vôo voo (E) rótulos

- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos 04. Analise atentamente a presença ou a ausência de
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa em
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. que não há erro:
(A) ruím - termômetro - táxi – talvez.
Repare: (B) flôres - econômia - biquíni - globo.
1) O menino crê em você (C) bambu - através - sozinho - juiz
Os meninos creem em você. (D) econômico - gíz - juízes - cajú.
2) Elza lê bem! (E) portuguêses - princesa - faísca.
Todas leem bem!
3) Espero que ele dê o recado à sala. 05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
Esperamos que os dados deem efeito! (A) saúde
4) Rubens vê tudo! (B) cooperar
Eles veem tudo! (C) ruim
(D) creem
Cuidado! Há o verbo vir: (E) pouco
Ele vem à tarde!
Eles vêm à tarde! Gabarito
1.B / 2.A / 3.B / 4.C / 5.E
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do
plural de:
ele tem – eles têm
ele vem – eles vêm (verbo vir)
Flexão nominal e verbal.

A regra prevalece também para os verbos conter, obter,


reter, deter, abster. FLEXÃO NOMINAL E VERBAL
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm FLEXÃO NOMINAL
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm Flexão de número
Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de modo geral,
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes admitem a flexão de número: singular e plural.
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes Ex.: animal – animais.
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções,
como: Palavras Simples
Pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do 1) Na maioria das vezes, acrescenta-se S.
indicativo). Ex.: ponte – pontes / bonito – bonitos.
Pode (terceira pessoa do singular do presente do
indicativo). Ex.: 2) Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES.
Ela pode fazer isso agora. Ex.: éter – éteres / avestruz – avestruzes.
Elvis não pôde participar porque sua mãe não deixou. Observação: o pronome qualquer faz o plural no meio:
quaisquer.
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
preposição por. Ex.: 3) Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES.
Faço isso por você. Ex.: ananás – ananases.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? Observação: as paroxítonas e as proparoxítonas são
invariáveis. Ex.: o pires − os pires / o ônibus − os ônibus.
Questões
4) Palavras terminadas em IL:
01. “Cadáver” é paroxítona, pois: a) átono: trocam IL por EIS. Ex.: fóssil – fósseis.
(A) Tem a última sílaba como tônica. b) tônico: trocam L por S. Ex.: funil – funis.
(B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
(C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. 5) Palavras terminadas em EL:
(D) Não tem sílaba tônica. a) átono: plural em EIS. Ex.: nível – níveis.

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APOSTILAS OPÇÃO

b) tônico: plural em ÉIS. Ex.: carretel – carretéis. 2) Variação só do primeiro elemento: neste caso quando
há preposição no composto, mesmo que oculto. Ex.:
6) Palavras terminadas em X são invariáveis. pé-de-moleque − pés-de-moleque
Ex.: o clímax − os clímax. cavalo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor)

7) Há palavras cuja sílaba tônica avança. 3) A palavra também irá variar quando o segundo
Ex.: júnior – juniores / caráter – caracteres. substantivo determina o primeiro (fim ou semelhança). Ex.:
Observação: a palavra caracteres é plural tanto de banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã)
caractere quanto de caráter. navio-escola − navios-escola (a finalidade é a escola)

8) Palavras terminadas em ÃO, ÃOS, ÃES e ÕES. Observações:


Fazem o plural, por isso veja alguns muito importantes: - Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos,
a) Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões. porém é uma situação polêmica.
b) Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. Ex.: mangas-espada (preferível) ou mangas-espadas.

Observação: os paroxítonos, como os dois últimos, - Quando apenas o último elemento varia:
sempre fazem o plural em ÃOS. a) Quando os elementos são adjetivos. Ex.: hispano-
americano − hispano-americanos.
c) Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães. Observação: a exceção é surdo-mudo, em que os dois
d) Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, adjetivos se flexionam: surdos-mudos.
anões/anãos b) Nos compostos em que aparecem os adjetivos GRÃO,
e) Em ões ou ães: charlatões/charlatães, GRÃ e BEL. Ex.: grão-duque − grão-duques / grã-cruz − grã-
guardiões/guardiães, cirugiões/cirurgiães. cruzes / bel-prazer − bel-prazeres.
f) Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, c) Quando o composto é formado por verbo ou qualquer
ermitões/ermitãos/ermitães. elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais
substantivo ou adjetivo. Ex.: arranha-céu − arranha-céus /
9) Plural dos diminutivos com a letra Z sempre-viva − sempre-vivas / super-homem − super-homens.
Coloca-se a palavra no plural, corta-se o S e acrescenta-se d) Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos
zinhos (ou zinhas). Exemplo: (representam sons). Ex.: reco-reco − reco-recos / pingue-
Coraçãozinho → corações → coraçõe → coraçõezinhos. pongue − pingue-pongues / bem-te-vi − bem-te-vis.
Azulzinha → azuis → azui → azuizinhas.
Observações:
10) Plural com metafonia (ô → ó) - Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma
Algumas palavras, quando vão ao plural, abrem o timbre alteração nos elementos, ou seja, não serem iguais.
da vogal o; outras, não. Veja a seguir. - Se forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois
no plural. Ex.: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas.
Com metafonia singular (ô) e plural (ó)
coro - coros 4) Quando nenhum elemento varia.
corvo - corvos - Quando há verbo mais palavra invariável. Ex.: o cola-tudo
destroço - destroços − os cola-tudo.
forno - fornos - Quando há dois verbos de sentido oposto. Ex.: o perde-
fosso - fossos ganha − os perde-ganha.
poço - poços - Nas frases substantivas (frases que se transformam em
rogo - rogos substantivos). Ex.: O maria-vai-com-as-outras − os maria-vai-
com-as-outras.
Sem metafonia singular (ô) e plural (ô)
adorno - adornos Observações:
bolso - bolsos - São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha,
endosso - endossos sem-teto e sem-terra.
esgoto - esgotos Ex.: Os sem-terra apreciavam os arco-íris.
estojo - estojos
gosto - gostos - Admitem mais de um plural:
pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos
11) Casos especiais: padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos
aval − avales e avais terra-nova − terras-novas ou terra-novas
cal − cales e cais salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos
cós − coses e cós xeque-mate − xeques-mates ou xeques-mate
fel − feles e féis
mal e cônsul − males e cônsules - Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras.
o bem-me-quer − os bem-me-queres
Palavras Compostas o joão-ninguém − os joões-ninguém
Quanto a variação das palavras compostas: o lugar-tenente − os lugar-tenentes
o mapa-múndi − os mapas-múndi
1) Variação de dois elementos: neste caso os compostos
são formados por substantivo mais palavra variável (adjetivo, Flexão de gênero
substantivo, numeral, pronome). Ex.:
amor-perfeito − amores-perfeitos Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase
couve-flor − couves-flores admitem a flexão de gênero: masculino e feminino. Ex.:
segunda-feira − segundas-feiras Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário.
Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação.

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APOSTILAS OPÇÃO

A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras. Grau do adjetivo


1) Normal ou positivo: João é forte.
1) Com a troca de o ou e por a. Ex.: lobo – loba / mestre –
mestra. 2) Comparativo:
a) De superioridade: João é mais forte que André. (ou do
2) Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, que);
muitas vezes com alterações do radical. Veja alguns femininos b) De inferioridade: João é menos forte que André. (ou do
importantes: que);
ateu − ateia c) De igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como);
bispo − episcopisa
conde − condessa 3) Superlativo:
duque − duquesa a) Absoluto
frade − freira Sintético: João é fortíssimo.
ilhéu − ilhoa Analítico: João é muito forte. (bastante forte, forte demais
judeu − judia etc.)
marajá − marani
monje − monja b) Relativo:
pigmeu − pigmeia De superioridade: João é o mais forte da turma.
De inferioridade: João é o menos forte da turma.
Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou
seja, possuem uma única forma para masculino e feminino. E Observações:
podem ser divididos em: a) O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento
a) Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo
designar os dois sexos. Ex.: a pessoa, o cônjuge, a testemunha. ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante,
b) Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, demasiadamente, enorme etc.
podendo então ser masculinos ou femininos. Ex.: o estudante
− a estudante, o cientista − a cientista, o patriota − a patriota. b) As palavras maior, menor, melhor e pior constituem
c) Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os sempre graus de superioridade. Ex.:
animais. Ex.: O jacaré, a cobra, o polvo. O carro é menor que o ônibus. (menor - mais pequeno =
comparativo de superioridade.)
Observações: Ele é o pior do grupo. (pior - mais mau = superlativo
- O feminino de elefante é elefanta, e não elefoa. Aliá é relativo de superioridade.)
correto, mas designa apenas uma espécie de elefanta.
- Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado c) Alguns superlativos absolutos sintéticos também podem
epiceno. É algo discutível. apresentar dúvidas.
- Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas acre − acérrimo
costumam trocar. Veja alguns que convém gravar. amargo − amaríssimo
Masculinos - Femininos amigo − amicíssimo
champanha - aguardente antigo − antiquíssimo
dó - alface cruel − crudelíssimo
eclipse - cal doce − dulcíssimo
formicida - cataplasma fácil − facílimo
grama (peso) - grafite feroz − ferocíssimo
milhar - libido fiel − fidelíssimo
plasma - omoplata geral − generalíssimo
soprano - musse humilde − humílimo
suéter - preá magro − macérrimo
telefonema negro − nigérrimo
pobre − paupérrimo
- Existem substantivos que admitem os dois gêneros. Ex.: sagrado − sacratíssimo
diabetes (ou diabete), laringe, usucapião etc. sério − seriíssimo
soberbo – superbíssimo
Flexão de grau
Questões
Por razões meramente didáticas, incluo, aqui, o grau entre
os processos de flexão. 1) Assinale a alternativa que apresenta erro de plural.
a) o balãozinho – os balõezinhos, o júnior – os juniores
Grau do substantivo b) o lápis – os lápis, o projetil − os projéteis
1) Normal ou positivo: sem nenhuma alteração. Ex.: c) o arroz – os arrozes, o éter – os éteres
chapéu. d) o mel – os meles, o gol – os goles

2) Aumentativo: 2) Está mal flexionada em número a palavra:


a) Sintético: chapelão; a) o paul − os pauis
b) Analítico: chapéu grande, chapéu enorme etc. b) o látex − os látex
c) a gravidez − as gravidezes
3) Diminutivo: d) o caráter − os caráteres
a) Sintético: chapeuzinho;
b) Analítico: chapéu pequeno, chapéu reduzido etc. 3) Assinale o item em que todas as palavras são
Obs.: Um grau é sintético quando formado por sufixo; masculinas.
analítico, por meio de outras palavras. a) dinamite, pijama, eclipse

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APOSTILAS OPÇÃO

b) grafite, formicida, omoplata b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal.


c) grama (peso), dó, telefonema - Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar.
d) suéter, faringe, clã Ex.: O poste foi derrubado pelo carro.

4) Marque a opção em que todas as palavras são femininas. - Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se.
a) agravante, aguardente, libido Ex.: Derrubou-se o poste.
b) milhar, alface, musse
c) cataplasma, lança-perfume, champanha Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou
d) cal, soprano, laringe partícula apassivadora) na sétima lição: concordância verbal.

Respostas c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece


1.B/ 2.D /3.C /4.A um pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machucou.

FLEXÃO VERBAL Formação do Imperativo


1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo
1) Número: singular ou plural menos a letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo.
Ex.: ando, andas, anda → singular Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber
andamos, andais, andam → plural Bebo → beba
bebes → bebe (tu) bebas
2) Pessoas: são três. bebe beba → beba (você)
a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes bebemos bebamos → bebamos (nós)
eu (singular) e nós (plural). bebeis → bebei (vós) bebais
Ex.: escreverei, escreveremos. bebem bebam → bebam (vocês)
Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam.
b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos
pronomes tu (singular) e vós (plural). 2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra
Ex.: escreverás, escrevereis. não.
Ex.: beba
c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde bebas → não bebas (tu)
aos pronomes ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural). beba → não beba (você)
Ex.: escreverá, escreverão. bebamos → não bebamos (nós)
bebais → não bebais (vós)
3) Modos: são três. bebam → não bebam (vocês)
a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não
indubitável. Ex.: vendo. bebais, não bebam.

b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira Observações:


duvidosa, hipotética. Ex.: que eu venda. a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular,
eu; a terceira pessoa é você.
c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma
ordem. Ex.: venda! b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do
presente do indicativo. Eis o seu imperativo:
4) Tempos: são três. - Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam.
a) Presente: falo - Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não
sejam.
b) Pretérito:
- Perfeito: falei c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode
- Imperfeito: falava mudar. Se começamos a tratar a pessoa por você, não podemos
- Mais-que-perfeito: falara passar para tu, e vice-versa.
Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu)
Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o Peça agora a sua comida. (tratamento: você)
imperfeito, uma ação que se prolongava num determinado
ponto do passado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo
relação a outra ação, também passada. Ex.: afirmativo, perder também a letra e que aparece antes da
Eu cantei aquela música. (perfeito) desinência s.
Eu cantava aquela música. (imperfeito) Ex.: faze (tu) ou faz (tu)
Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito) dize (tu) ou diz (tu)

c) Futuro: e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego


- Do presente: estudaremos do imperativo. É assunto muito cobrado em concursos
- Do pretérito: estudaríamos públicos.

Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos Tempos Primitivos e Tempos Derivados
simples, temos apenas o presente, o pretérito imperfeito e o 1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira
futuro (sem divisão). Os tempos compostos serão estudados pessoa do singular sai todo o presente do subjuntivo.
mais adiante. Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc.
dizes
5) Vozes: são três. diz
a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal. Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que
Ex.: O carro derrubou o poste. não apresentam a desinência o na primeira pessoa do singular.

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APOSTILAS OPÇÃO

Ex.: eu sou → que eu seja. 2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente
eu sei → que eu saiba. o verbo ter.
Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc.
2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda tiveste → retiveste, mantiveste etc.
pessoa do singular saem:
3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem
a) o mais-que-perfeito. integralmente o verbo vir.
Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos, Ex.: vierem → intervierem, provierem etc.
coubéreis, couberam. vim → intervim, convim etc.

b) o imperfeito do subjuntivo. 4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o


Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse, verbo ver.
coubéssemos, coubésseis, coubessem. Ex.: vi → revi, previ etc.
víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc.
c) o futuro do subjuntivo.
Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos, Observações:
couberdes, couberem. - Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado
segue a conjugação do seu primitivo. Basta conjugar o verbo
3) Do infinitivo impessoal derivam: primitivo e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão
origem a verbos derivados. Por exemplo, dizer, haver e fazer.
a) o imperfeito do indicativo. Para eles, vale a mesma regra explicada acima.
Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam. Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente
se fala por aí).
b) o futuro do presente.
Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis, - Requerer e prover não seguem integralmente os verbos
caberão. querer e ver. Eles serão mostrados mais adiante.

c) o futuro do pretérito. 5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu,


Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos, cremos, crestes, creram.
caberíeis, caberiam.
6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo
d) o infinitivo pessoal. fechado em todos os tempos, inclusive o presente do
Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, indicativo. Ex.: A bomba estoura. (e não estóra, como
caberem. normalmente se diz).

e) o gerúndio. 7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir,


Ex.: caber → cabendo. expelir, repelir:
a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos,
f) o particípio. aderimos, aderem.
Ex.: caber → cabido.
b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos,
Tempos Compostos adirais, adiram.
Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter
ou haver) mais o particípio do verbo que se quer conjugar. Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na
primeira pessoa do singular do presente do indicativo e em
1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais todas do presente do subjuntivo.
particípio do verbo principal.
Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do 8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar:
indicativo tenha falado ou haja falado → perfeito composto do a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo,
subjuntivo. enxáguas, enxágua.

2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue,
mais particípio do principal. enxágues, enxágue.
Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do
indicativo. 9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi,
tivesse falado → mais-que-perfeito composto do arguimos, arguis, argúem.
subjuntivo.
10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do
3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar. subjuntivo: apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos,
Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é apazigueis, apazigúem.
futuro do presente).
11) Mobiliar:
Verbos Irregulares Comuns em Concursos a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília,
É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. mobiliamos, mobiliais, mobíliam.
Eles estão conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos
mais problemáticos. b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie,
1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem mobiliemos, mobilieis, mobíliem.
integralmente o verbo pôr.
Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc. 12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule,
pus → compus, repus, expus etc. polimos, polis, pulem.

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APOSTILAS OPÇÃO

13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros 4) Assinale a frase com erro de flexão verbal.
terminados em ear) a) Eu já reouve meu relógio.
a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia, b) Isso não condizeria com meus ideais.
passeamos, passeais, passeiam. c) Enquanto depúnhamos, ele procurava novas provas.
b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie, d) Quando contiverdes as emoções, sereis felizes.
passeemos, passeeis, passeiem.
5) Assinale a opção que apresenta um verbo que não é
Observações: defectivo.
- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o a) polir, abolir
ditongo ei nas formas risotônicas, mas apenas nos dois b) adequar, falir
presentes. c) acontecer, doer
- Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto. d) precaver, reaver
Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia.
Respostas
14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares. 1.D / 2.D / 3.B / 4.A / 5.B
Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam.

Observações: Pronomes: emprego,


- Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas risotônicas. formas de tratamento e
- Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, colocação.
apesar de terminarem em iar, apresentam o ditongo ei.
Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais,
medeiam, medeie, medeies, medeie, mediemos, medieis, PRONOMES DE TRATAMENTO
medeiem.
Os pronomes de tratamento são expressões usadas para as
15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do pessoas com quem se fala. Pronomes de 2ª pessoa,
presente do indicativo e, consequentemente, em todo o empregados com verbo na 3ª pessoa. Estes pronomes são
presente do subjuntivo. formas de reverência a pessoas pelas suas qualidades ou
Ex.: requeiro, requeres, requer cargos que ocupam.
requeira, requeiras, requeira
requeri, requereste, requereu - Abade, prior, superior, visitador de ordem religiosa -
Paternidade - Revmo. Dom (Padre);
16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito - Abadessa - Caridade - Revma. Madre;
perfeito, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no - Almirante - Excelência - Exmo. Sr. Almirante;
futuro do subjuntivo e no particípio; nos demais tempos, - Arcebispo - Excelência e Reverendíssima - Exmo. e
acompanha o verbo ver. Revmo. Dom;
Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; - Arquiduque - Alteza - A Sua Alteza Arquiduque;
provesse, provesses, provesse etc. - Bispo - Excelência e Reverendíssima - Exmo. E Revmo.
provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, Dom;
proverás, proverá etc. - Brigadeiro - Excelência - Exmo. Sr. Brigadeiro;
- Cardeal - Eminência e Reverendíssima - Emmo. E Revmo.
17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, Cardeal Dom;
colorir, ressarcir, demolir, acontecer, doer são verbos - Cônego - Reverendíssima - Revmo. Sr. Côn.;
defectivos. Estude o que falamos sobre eles na lição anterior, - Cônsul - Senhoria (Vossa Senhoria) - Ilmo. Sr. Cônsul;
no item sobre a classificação dos verbos. Ex.: Reaver, no - Coronel - Senhoria - Ilmo. Sr. Cel.;
presente do indicativo: reavemos, reaveis. - Deputado - Excelência - Exmo. Sr. Deputado;
-Desembargador - Excelência - Exmo. Sr. Desembargador;
Questões - Duque - Alteza (Sereníssimo Senhor) - A Sua Alteza
Duque;
1) Marque o erro de flexão verbal. - Embaixador - Excelência - Exmo. Sr. General;
a) Teus amigos só veem problemas na empresa. - Frade - Reverendíssima - Revmo. Sr. Fr.;
b) Eles vêm cedo para o trabalho. - Freira - Reverendíssima - Revma. Ir.;
c) Se nós virmos a solução, a brincadeira perderá a graça. - General - Excelência - Exmo. Sr. General;
d) Viemos agora tentar um acordo. -Governador de Estado - Excelência - Exmo. Sr.
Governador;
2) Assinale a única forma verbal correta. - Imperador - Majestade (Senhor) - A Sua Majestade
a) Tudo que ele contradizer deve ser analisado. Imperador;
b) Se o guarda retesse o trânsito, haveria enorme - Irmã (Madre, Sóror) - Reverendíssima - Rema. Ir.
engarrafamento. (Madre, Sóror);
c) Carlos preveu uma desgraça. - Juiz - Excelência (Meritíssimo Juiz) - Exmo. Sr. Dr.;
d) Eu não intervinha no seu trabalho. - Major - Senhoria - Ilmo. Sr. Major;
- Marechal - Excelência - Emo. Sr. Marechal;
3) Aponte a frase sem erro no que toca à flexão verbal. - Ministro - Excelência - Exmo. Sr. Ministro;
a) Os funcionários reporam a mercadoria. - Monsenhor - Reverendíssima - Revmo. Sr. Mons.;
b) Se ele manter a calma, poderá ser aprovado. - Padre - Reverendíssima - Revmo. Sr. Padre;
c) Quando eu revesse o processo, acharia o erro. - Papa - Santidade (Santíssimo Padre), Beatitude - A Sua
d) Àquela altura, já tínhamos intervindo na conversa. Santidade Papa (Ao Beatíssimo Padre);
- Patriarca - Excelência, Reverendíssima e Beatitude -
Exmo. E Revmo. Dom (Ao Beatíssimo Padre);

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APOSTILAS OPÇÃO

- Prefeito - Excelência - Exmo. Sr. Prefeito; Vossa Santidade V. S. Papa


- Presidente de Estado - Excelência - Exmo. Sr.
Presidente; Vossa Eminência V. Em.ª Cardeais, arcebispos e
- Príncipe, Princesa - Alteza (Sereníssimo Senhor, Reverendíssima Revm.ª bispos
Sereníssima Senhor) - A Sua Alteza Príncipe (ou Princesa); Abades, superiores de
- Rei, Rainha - Majestade (Senhor, Senhora) - A Sua Vossa conventos, outras
Majestade Rei (ou Rainha); V. Revmª
Reverendíssima autoridades eclesiásticas
- Reitor (de Universidade) - Magnificência (Magnífico e sacerdotes em geral
Reitor) - Exmo. Sr. Reitor;
- Reitor (de Seminário) - Reverendíssimo - Revmo. Sr. Pe.; 3. Autoridades Monárquicas
- Secretário de Estado - Excelência - Exmo. Sr. Secretário;
- Senador - Excelência - Exmo. Sr. Senador; Pronome de tratamento Abreviatura Usado para
- Tenente Coronel - Senhoria - Ilmo. Sr. Ten. Cel.; Vossa Majestade V. M. Reis e Imperadores
- Vereador - Excelência - Ilmo. Sr. Vereador;
Vossa Alteza V. A. Príncipes
- Demais autoridades, oficiais e particulares, chefes de
seção, presidentes de bancos, órgãos de segundo escalão
do governo - Senhoria - Ilmo. Sr.; 4. Outros Títulos
Pronome de tratamento Abreviatura Usado para
Abreviatura das Formas de Tratamento
Vossa Senhoria V. S.ª Dom
A forma por extenso demonstra maior respeito, Doutor Dr. Doutor
geralmente é a mais utilizada, principalmente em Comendador Com. Comendador
correspondência dirigida ao Presidente da República.
No entanto, qualquer forma de tratamento pode ser escrita Professor Prof. Professor
por extenso. http://www.pucrs.br/manua

Pronomes de Tratamento mais usados nas Redações Na Correspondência Pública, costuma-se usar V.Sª para
Oficiais pessoa de categoria igual ou inferior, e V. Exª para pessoa de
categoria superior.
1- Autoridades de Estado Consultor geral, Chefe de Estado, Chefe de gabinetes
Legislativo e demais autoridades recebem como pronome de
Civis tratamento Vossa Senhoria. Como vocativo - quando se dirige
Pronome de a autoridade (forma adequada ao Cargo): Usa-se “Senhor”.
Abreviatura Usado para Todos os tratamentos podem aparecer na forma oblíqua,
tratamento
após dirigir-se a uma autoridade. Podemos, sem temor de erro,
Presidente da República, dizer: “Formulamos-lhe”, “pedimos-lhe”, vemos na sua
Senadores da República, pessoa”, em vez de formulamos a V. Sª., ou a V.Exª., etc.
Ministro de Estado,
Vossa Governadores, Deputados Questões
V. Ex.ª
Excelência Federais e Estaduais, Prefeitos,
Embaixadores, Vereadores, 01. (ANP - Técnico em Regulação de Petróleo –
Cônsules, Chefes das Casas CESGRANRIO/2016) O pronome de tratamento está
Civis e Casas Militares empregado de acordo com a norma-padrão em:
Vossa (A) Vossa Excelência, que é assim tratado por ser
V. Mag.ª. Reitores de Universidade presidente desta empresa, deveria proporcionar cursos de
Magnificência
aperfeiçoamento aos seus funcionários interessados no
Diretores de Autarquias mercado digital.
Vossa
V. S.ª Federais, Estaduais e (B) As medidas para a prevenção de doenças cardíacas
Senhoria
Municipais foram acatadas por Sua Excelência, o Ministro da Saúde, com
muita propriedade.
Judiciárias (C) Senhor Bispo, solicitamos que Vossa Senhoria
Pronome de apresente os dados relativos ao encontro internacional da
Abreviatura Usado para juventude, realizado no Brasil em 2014.
tratamento
(D) Os funcionários da Universidade não aceitaram a
Desembargador da Justiça, posição de Sua Eminência, o Reitor, sobre o período destinado
Vossa Excelência V. Ex.ª
curador, promotor às férias escolares.
Meritíssimo Juiz M. Juiz Juízes de Direito (E) Sua Excelência Reverendíssima, o padre, pediu que os
coordenadores das atividades da paróquia comparecessem
Militares pontualmente à reunião.
Pronome de 02. (BAHIAGÁS - Analista de Processos
Abreviatura Usado para
tratamento Organizacionais - IESES/2016) Assinale a sequência correta
Oficiais generais (até das pessoas para as quais são usados os seguintes pronomes
Vossa Excelência V. Ex.ª de tratamento: Vossa Majestade; Vossa Excelência; Vossa
coronéis)
Reverendíssima; Vossa Magnificência; Vossa Santidade.
Vossa Senhoria V. S.A. Outras patentes militares
(A) Reis e rainhas; religiosos em geral, sem cargo
específico; bispos e arcebispos; reitores de universidades; o
2. Autoridades Eclesiásticas Papa.
Pronome de (B) Papa; cidadãos especiais; reitores de universidades;
Abreviatura Usado para altas autoridades e detentores de cargo eletivo; reis e rainhas.
tratamento

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Príncipes, princesas, duques e arquiduques; cidadãos lhes, nos e vos.


comuns; bispos e arcebispos; reitores de universidade; O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na
religiosos em geral, sem cargo específico; o Papa. oração em relação ao verbo:
(D) Reis e rainhas; altas autoridades e detentores de 1. Próclise: pronome antes do verbo;
mandato eletivo; religiosos em geral, sem cargos específicos; 2. Ênclise: pronome depois do verbo;
reitores de universidade; o Papa. 3. Mesóclise: pronome no meio do verbo.
(E) Reitores de universidades; bispos e arcebispos;
religiosos em geral sem cargos específicos; reis e rainhas; o Próclise
Papa. A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
- Palavras com sentido negativo: Nada me faz querer sair
03. (IF/BA - Auxiliar em Administração - dessa cama. / Não se trata de nenhuma novidade.
FUNRIO/2016) Nas comunicações oficiais a serem mantidas - Advérbios: Nesta casa se fala alemão. / Naquele dia me
com uma instituição de ensino cujo cargo máximo é o de falaram que a professora não veio.
Reitor, deve-se atribuir a ele a seguinte forma de tratamento:
(A) Sua Senhoria. - Pronomes relativos: A aluna que me mostrou a tarefa não
(B) Vossa Reitoria. veio hoje. / Não vou deixar de estudar os conteúdos que me
(C) Sua Eminência. falaram.
(D) Vossa Reverência.
(E) Vossa Magnificência. - Pronomes indefinidos: Quem me disse isso? / Todos se
comoveram durante o discurso de despedida.
04. (TJ-MT - Analista Judiciário - UFMT/2016) Leia
abaixo partes de um ofício encaminhado ao reitor de uma - Pronomes demonstrativos: Isso me deixa muito feliz! /
universidade pelo coordenador de atividades de ensino Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
direcionadas a cidades do interior.
- Preposição seguida de gerúndio: Em se tratando de
Temos o prazer de encaminhar a Vossa Excelência o qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa
Relatório de Atividades da Universidade do Estado de escolar.
XXXXXXX relativo ao ano de 2015.
Tomamos a liberdade de chamar vossa atenção para o - Conjunção subordinativa: Vamos estabelecer critérios,
programa de interiorização desenvolvido pela universidade, conforme lhe avisaram.
que cumpre, assim, na plenitude, a finalidade primeira de uma
instituição universitária de caráter estadual. Ênclise
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
Atenciosamente, aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A
ênclise vai acontecer quando:
Sobre aspectos da redação desse ofício, analise as
afirmativas. - O verbo estiver no imperativo afirmativo: Amem-se uns
I - Por tratar-se de ofício ao reitor de uma universidade, o aos outros. / Sigam-me e não terão derrotas.
pronome no trecho vossa atenção está correto.
II - O espaçamento entre as linhas deve ser simples e entre - O verbo iniciar a oração: Diga-lhe que está tudo bem. /
parágrafos deve haver uma linha em branco, corretamente Chamaram-me para ser sócio.
observado no ofício acima.
III - A finalização do ofício deve vir centralizada, logo acima - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da
do nome do remetente, assim o Atenciosamente está em local preposição “a”: Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
impróprio. / Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
IV - A forma Atenciosamente não cabe, pois quem envia é
coordenador e o destinatário é pessoa de respeito pelo cargo, - O verbo estiver no gerúndio: Não quis saber o que
deveria ser Respeitosamente. aconteceu, fazendo-se de despreocupada. Despediu-se,
V - O pronome de tratamento correto para reitores é Vossa beijando-me a face.
Magnificência, assim o usado no ofício está incorreto.
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo: Se passar no
Estão corretas as afirmativas vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante. / Se
(A) I, III e IV, apenas. não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
(B) II, IV e V, apenas.
(C) I, II, III e V, apenas. Mesóclise
(D) II, III, IV e V, apenas. A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no
futuro do presente ou no futuro do pretérito:
Gabarito A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se
01.B / 02.D / 03. E / 04.B realizará).
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS proposta a você).
ÁTONOS
Questões
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi1, a
colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais 01. Considerada a norma culta escrita, há correta
oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se substituição de estrutura nominal por pronome em:
referem. (A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes antecipadamente.

1 http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do Artigo


verbo fabricar se extraiu-lhe.
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. É a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os
de conhecê-las. artigos podem ser:
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. Definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de
um ser já conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma
02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do
“Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo médio.”
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser Indefinidos: um, uma, uns, umas; Trata-se de um ser
(A) Basta apresenta-lo. desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando
(B) Basta apresentar-lhe. um caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima)
(C) Basta apresenta-lhe.
(D) Basta apresentá-la. Usa-se o artigo definido:
(E) Basta apresentá-lo. - com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados
foram punidos.
03. Em qual período, o pronome átono que substitui o - com nomes próprios geográficos de estado, país, oceano,
sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o
norma-padrão? oceano Pacífico. Ex.: Conheço o Canadá mas não conheço
(A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – Brasília.
conhecia-o - depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos
(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça os vinte atletas participarão do campeonato.
Mauá – tinha encontrado-o. - com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais
(C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro lindas flores da floricultura.
no Museu – relatá-las-ão. - com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo
(D) Quem explicou às crianças as histórias de seus tem dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e
antepassados? – explicou-lhes. simpático.
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia - antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da
de um museu virtual – Lhes vinham perguntando. primavera vem o verão.
- com expressões de peso e medida: O álcool custa um real
04. De acordo com a norma-padrão e as questões o litro. (=cada litro)
gramaticais que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o
Escola”, é correto afirmar que Não se usa o artigo definido:
(A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que - antes de pronomes de tratamento iniciados por
acompanha. possessivos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria. Ex.: Vossa
(B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para Alteza estará presente ao debate?
antes do verbo que acompanha. - antes de nomes de meses: O campeonato aconteceu em
(C) a ê nclise em “Frustrei-me” é facultativa. maio de 2002.
(D) a inclusã o do advé rbio Nã o, no inı́cio da oraçã o - alguns nomes de países, como Espanha, França,
“Frustrei-me”, tornaria a pró clise obrigató ria. Inglaterra, Itália podem ser construídos sem o artigo,
(E) a ê nclise em “Frustrei-me” é obrigató ria. principalmente quando regidos de preposição. Ex.: “Viveu
muito tempo em Espanha.”
Respostas - antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos
01.D/02.E/03.C/04.D quatro, amigos de João Luís e Laurinha.
- antes de palavras que designam matéria de estudo,
empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar,
ensinar. Ex.: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês.
Emprego de tempos, modos
e aspectos verbais.Vozes do O uso do artigo é facultativo:
- antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência
verbo.Classes de palavras: é irritante.
substantivo, adjetivo, artigo, - antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou
numeral, pronome, verbo, Luciana / a Luciana?
- “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (Para a
advérbio, preposição, frente: exige a preposição)
conjunção: emprego e sentido
que imprimem às relações que Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao
/ de + o, a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela.
estabelecem.
Usa-se o artigo indefinido:
- para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns
oito anos.
CLASSES DE PALAVRAS - antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em
pares: Usava umas calças largas e umas botas longas.
Em Classes de Palavras, estudaremos artigo, substantivo, - em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é
adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, uma meiguice só.
interjeição e conjunção. E dentro de cada uma, abordaremos - para comparar alguém com um personagem célebre: Luís
seu emprego e quando houver, sua flexão. August é um Rui Barbosa.

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APOSTILAS OPÇÃO

O artigo indefinido não é usado: Com relação à quantidade de artigos no trecho, há


- em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte, (A) cinco.
gente, quantidade. Ex.: Reservou para todos boa parte do lucro. (B) três.
- com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente. Ex.: (C) quatro.
Não há suficiente espaço para todos. (D) dois.
- com substantivo que denota espécie. Ex.: Cão que ladra
não morde. 04. (Prefeitura Tanguá/RJ - Técnico de Enfermagem -
MS Concursos/2017) Considere as afirmações sobre artigo e
Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e numeral e assinale a alternativa correta:
em + um, uma = num, numa, dum, duma. I - Algumas palavras que atendem o substantivo, como um,
em “um dia”, podem modificar-lhe o sentido. Podemos
O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra entender a expressão como “um dia qualquer” e também como
transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do “um único dia.” Na primeira situação, a palavra um é artigo; na
ler e do escrever. segunda, um é numeral.
II - Artigo é a palavra que antecede o substantivo,
Questões definindo-o ou indefinindo-o. Numeral é a palavra que
expressa quantidade exata de pessoas ou coisas, ou lugar que
01. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão elas ocupam numa determinada sequência.
Contábil - FGV/2018) A frase abaixo em que o emprego do III - Os numerais classificam-se em: cardinais (designam
artigo mostra inadequação é: uma quantidade de seres); ordinais (indicam série, ordem,
(A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já posição); multiplicativos (expressam aumento proporcional a
foram novas; um múltiplo da unidade); fracionários (denotam diminuição
(B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas proporcional a divisões, frações da unidade).
novas; IV - O numeral pode referir-se a um substantivo ou
(C) Todos os bons pensamentos estão presentes no substituí-lo; no primeiro caso, é numeral substantivo; no
mundo, só falta aplicá-los; segundo, numeral adjetivo.
(D) Em toda a separação existe uma imagem da morte;
(E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas (A) Apenas II, III e IV estão corretas.
sofrimento de amor dura toda a vida. (B) Apenas I, III e IV estão corretas.
(C) Apenas I, II e III estão corretas.
02. (IF/AP – Auxiliar em Administração – (D) Apenas I, II e IV estão corretas.
FUNIVERSA/2016)
Gabarito

01.D / 02.E / 03.C / 04.C

Substantivo

É a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de


pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou
mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, respeito,
criança.

Classificação
- Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie. Ex.:
menina, piano, estrela, rio, animal, árvore.
- Próprios: referem-se a um ser em particular. Ex.: Brasil,
América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia.
- Concretos: são aqueles que têm existência própria; são
independentes; reais ou imaginários. Ex.: mãe, mar, água, anjo,
alma, Deus, vento, saci.
- Abstrato: são os que não têm existência própria; depende
sempre de um ser para existir. Designam qualidades,
Internet: <http://educacaoepraxis.blogspot.com.br>.
sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé,
beijo, abraço, juventude, covardia. Ex.: É necessário alguém ser
No segundo quadrinho, correspondem, respectivamente, a
ou estar triste para a tristeza manifestar-se.
substantivo, pronome, artigo e advérbio:
(A) “guerra”, “o”, “a” e “por que”.
Formação
(B) “mundo”, “a”, “o” e “lá”.
- Simples: são aqueles formados por apenas um radical:
(C) “quando”, “por que”, “e” e “lá”.
chuva, tempo, sol, guarda.
(D) “por que”, “não”, “a” e “quando”.
- Compostos: são os que são formados por mais de dois
(E) “guerra”, “quando”, “a” e “não”.
radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia.
- Primitivos: são os que não derivam de outras palavras;
03. (SESAP/RN - Técnico em Enfermagem -
vieram primeiro, deram origem a outras palavras. Ex.: ferro,
COMPERVE/2018)
Pedro, mês, queijo.
- Derivados: são formados de outra palavra já existente;
Nas décadas subsequentes, vários estudos
vieram depois. Ex.: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão.
correlacionaram os hábitos dos pacientes como fatores de
- Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no
risco para doenças cardiovasculares. Sedentarismo,
singular, designam um conjunto de seres de uma mesma
tabagismo, obesidade, entre outros, aumentam drasticamente
espécie. Ex.:
as chances de enfarte.

Língua Portuguesa 18
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APOSTILAS OPÇÃO

Álbum de fotografias Colmeia de abelhas R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter,
de bispos em caracteres / sênior, seniores.
Alcateia de lobos Concílio
assembleia - IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal,
de textos jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções:
Antologia Conclave de cardeais
escolhidos
mal, males / cônsul, cônsules / real, réis.
Arquipélago ilhas Cordilheira de montanhas
- ÃO – aos substantivos terminados em ão, acrescenta S:
cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos.
Reflexão do Substantivo
Os substantivos apresentam variações ou flexões de gênero Trocam-se:
(masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau - ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões
(aumentativo/diminutivo). / mamão, mamões.
- ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão,
Gênero (masculino/feminino)
alemães / cão, cães.
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e
- il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis /
feminino. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a,
pernil, pernis.
ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra.
- por eis (paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis /
projétil, projéteis.
Formação do Feminino
- m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs /
O feminino se realiza de três modos:
atum, atuns.
- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha /
- zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão,
mestre, mestra / leão, leoa;
balões. 2º elimina-se o S + zinhos.
- Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um
Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos.
sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos.
consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora. Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos.
- Utilizando-se uma palavra feminina com radical
diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro,
Alguns substantivos terminados em X são invariáveis
ovelha / cavalo, égua.
(valor fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix,
as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax.
Substantivos Uniformes
- Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero,
Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma
quer se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea
no plural:
/ a cobra macho ou fêmea.
aldeão, aldeões, aldeãos;
- Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam
verão, verões, verãos;
indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A
anão, anões, anãos;
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou
guardião, guardiões, guardiães;
feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a
corrimão, corrimãos, corrimões;
pianista. ancião, anciões, anciães, anciãos;
- Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos.
para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a
testemunha (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher).
Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e
aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó) / imposto (ô),
Alguns substantivos que mudam de sentido, quando se
impostos (ó).
troca o gênero:
o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar);
Substantivos que mudam de sentido quando usados no
o capital (dinheiro) - a capital (cidade);
plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens.
o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo);
(Patrimônio); Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram
o guia (acompanhante) - a guia (documentação).
maravilhosas. (Descanso).
São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o
Substantivos empregados somente no plural: Arredores,
champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete,
belas-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias,
o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, férias, olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames,
o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o viveres, idos, afazeres, algemas.
formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o
plasma, o estigma.
Plural dos Substantivos Compostos
São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a
Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural:
análise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença),
a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês,
- palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol
a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama,
= girassóis / autopeça = autopeças.
a Xerox, a aguardente.
- verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha-
céu = arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa =
Número (plural/singular)
guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição =
Acrescentam-se:
vale-refeições.
- S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: - elemento invariável + palavra variável: sempre-viva =
povo, povos / feira, feiras / série, séries. sempre-vivas / abaixo-assinado = abaixo-assinados / recém-
- S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens / nascido = recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / auto-
abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes,
escola = auto-escolas.
abdômenes, hífenes.
- palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico-
- ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz,
tico = os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres.
cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em

Língua Portuguesa 19
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APOSTILAS OPÇÃO

- substantivo composto de três ou mais elementos não de diminuição (diminuto, pequeno, minúscula, casa pequena,
ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres / peça minúscula, saia diminuta).
o bem-te-vi = os bem-te-vis / o sem-terra = os sem-terra / o
fora-da-lei = os fora-da-lei / o João-ninguém = os joões-ninguém - Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns
/ o ponto-e-vírgula = os ponto e vírgulas / o bumba meu boi = substantivos exprimem também desprezo, crítica, indiferença
os bumba meu bois. em relação a certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo,
- quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel: narigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco.
grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer - Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho,
= bel-prazeres. Toninho, mãezinha.
- Em consequência do dinamismo da língua, alguns
Somente o primeiro elemento vai para o plural: substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram
um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha
- substantivo + preposição + substantivo: água de colônia (calendário).
= águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça / - As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em
pão-de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz. sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo
- quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão
ideia de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredo / (sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú
pombo-correio = pombos-correio / salário-família = salários- (hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho.
família / banana-maçã = bananas-maçã / vale-refeição = vales- - As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas
refeição (vale = ter valor de, substantivo+especificador) consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país =
paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza =
Os dois elementos ficam invariáveis quando houver: belezinha.
- Há ainda aumentativos e diminutivos formados por
- verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado,
cola-tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora minicalculadora.
- os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai
= os entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-e-traz / o vai-e-volta Questões
= os vai-e-volta.
01. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da
Os dois elementos, vão para o plural: mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”:
(A) vulcão, abaixo-assinado;
- substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis / (B) irmão, salário-família;
abelha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós / (C) questão, manga-rosa;
tenente-coronel = tenentes-coronéis / redator-chefe = (D) bênção, papel-moeda;
redatores-chefes. (E) razão, guarda-chuva.
- substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-
perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte = 02. Assinale a alternativa em que está correta a formação
carros-fortes / obra-prima = obras-primas / cachorro-quente do plural:
= cachorros-quentes. (A) cadáver – cadáveis;
- adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta- (B) gavião – gaviães;
metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas / (C) fuzil – fuzíveis;
- numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = (D) mal – maus;
segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras. (E) atlas – os atlas.

Composto com a palavra guarda só vai para o plural se 03. A palavra livro é um substantivo
for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda- (A) próprio, concreto, primitivo e simples.
florestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis / (B) comum, abstrato, derivado e composto.
guarda-marinha = guardas-marinha. (C) comum, abstrato, primitivo e simples.
(D) comum, concreto, primitivo e simples.
Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas
/ os Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os 04. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são
Silvas. masculinos:
(A) enigma – idioma – cal;
Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs / (B) pianista – presidente – planta;
DVDs / ONGs / PMs / Ufirs. (C) champanha – dó(pena) – telefonema;
(D) estudante – cal – alface;
Grau (aumentativo/diminutivo) (E) edema – diabete – alface.
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir
intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é 05. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm
que damos o nome de grau do substantivo. Os graus um significado; e no feminino têm outro, diferente. Marque a
aumentativos e diminutivos são formados por dois processos: alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao
seu significado:
- Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou (A) O capital = dinheiro;
diminutivo: peixe – peixão; peixe-peixinho; sufixo inho ou A capital = cidade principal;
isinho. (B) O grama = unidade de medida;
A grama = vegetação rasteira;
- Analítico: formado com palavras de aumento: grande, (C) O rádio = aparelho transmissor;
enorme, imensa, gigantesca (obra imensa / lucro enorme / A rádio = estação geradora;
carro grande / prédio gigantesco); e formado com as palavras (D) O cabeça = o chefe;
A cabeça = parte do corpo;

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APOSTILAS OPÇÃO

(E) A cura = o médico. - quando os dois elementos formadores são adjetivos, só o


O cura = ato de curar. segundo vai para o plural: questões político-partidárias, olhos
castanho-claros, senadores democrata-cristãos.
Gabarito - composto formado de adjetivo + substantivo referindo-se
a cores, o adjetivo cor e o substantivo permanecem invariáveis,
01.C / 02.E / 03.D / 04.C / 05.E não vão para o plural: terno azul-petróleo = ternos azul-
petróleo (adjetivo azul, substantivo petróleo); saia amarelo-
Adjetivo canário = saias amarelo-canário (adjetivo, amarelo;
substantivo canário).
É a palavra variável em gênero, número e grau que - as locuções adjetivas formadas de cor + de + substantivo,
modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, ficam invariáveis: papel cor-de-rosa = papéis cor-de-rosa /
estado, ou modo de ser: laranjeira florida; céu azul; mau tempo. olho cor-de-mel = olhos cor-de-mel.
Os adjetivos classificam-se em: - são invariáveis os adjetivos raios ultravioleta / alegrias
- simples: apresentam um único radical, uma única palavra sem-par, piadas sem-sal.
em sua estrutura: alegre, medroso, simpático.
- compostos: apresentam mais de um radical, mais de duas Grau
palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras; sapatos
marrom-escuros. O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades
- primitivos: são os que vieram primeiro; dão origem a dos seres. O adjetivo apresenta duas variações de grau:
outras palavras: atual, livre, triste, amarelo, brando. comparativo e superlativo.
- derivados: são aqueles formados por derivação, vieram
depois dos primitivos: amarelado, ilegal, infeliz, O grau comparativo é usado para comparar uma
desconfortável. qualidade entre dois ou mais seres, ou duas ou mais
- pátrios: indicam procedência ou nacionalidade, referem- qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade, de
se a cidades, estados, países. Amapá: amapaense; Amazonas: superioridade e de inferioridade:
amazonense ou baré; Anápolis: anapolino; Angra dos Reis:
angrense; Aracajú: aracajuano ou aracajuense; Bahia: baiano. - de igualdade: iguala duas coisas ou duas pessoas: Sou
tão alto quão / quanto / como você. (As duas pessoas têm a
Pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos, como: mesma altura)
afro-brasileiro; Anglo-americano, franco-italiano, sino-
japonês (China e Japão); Américo-francês; luso-brasileira; - de superioridade: iguala duas pessoas / coisas sendo que
nipo-argentina (Japão e Argentina); teuto-argentinos uma é mais do que a outra: Minha amiga Manu é mais
(alemão). elegante do que / que eu. (Das duas, a Manu é mais) Podem
ser:
Locução Adjetiva: é a expressão que tem o mesmo valor Analítico: mais bom / mais mau / mais grande / mais
de um adjetivo. É formada por preposição + um substantivo. pequeno: O salário é mais pequeno do que / que justo (salário
Vejamos algumas locuções adjetivas: pequeno e justo). Quando comparamos duas qualidades de um
mesmo ser, podemos usar as formas: mais grande, mais mau,
Angelical de anjo Etário de idade mais bom, mais pequeno.
Abdominal de abdômen Fabril de fábrica Sintético: bom, melhor / mau, pior / grande, maior /
Apícola de abelha Filatélico de selos pequeno, menor: Esta sala é melhor do que / que aquela.
Aquilino de águia Urbano da cidade
- de inferioridade: um elemento é menor do que outro:
Flexões do Adjetivo Somos menos passivos do que / que tolerantes.
Como palavra variável, sofre flexões de gênero, número e
grau: O grau superlativo apresenta característica intensificada.
Pode ser absoluto ou relativo:
Gênero
- Absoluto: atribuída a um só ser; de forma absoluta. Pode
- uniformes: têm forma única para o masculino e o ser:
feminino. Funcionário incompetente = funcionária Analítico: advérbio de intensidade muito, intensamente,
incompetente. bastante, extremamente, excepcionalmente + adjetivo (Nicola é
- biformes: troca-se a vogal “o” pela vogal “a” ou com o extremamente simpático).
acréscimo da vogal “a” no final da palavra: ator famoso = atriz Sintético: adjetivo + issimo, imo, ílimo, érrimo (Minha
famosa / jogador brasileiro = jogadora brasileira. comadre Mariinha é agradabilíssima).

Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas - o sufixo -érrimo é restrito aos adjetivos latinos
no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa cívico- terminados em r; pauper (pobre) = paupérrimo; macer
religiosa / são – sã. (magro) = macérrimo;
Às vezes, os adjetivos são empregados como substantivos - forma popular: radical do adjetivo português + íssimo
ou como advérbios: Agia como um ingênuo. (adjetivo como (pobríssimo);
substantivo: acompanha um artigo). A cerveja que desce - adjetivos terminados em vel + bilíssimo: amável =
redondo. (adjetivo como advérbio: redondamente). amabilíssimo;
- adjetivos terminados em eio formam o superlativo
Número apenas com i: feio = feíssimo / cheio = cheíssimo.
- os adjetivos terminados em io forma o superlativo em
O plural dos adjetivos simples flexiona de acordo com o iíssimo: sério = seriíssimo / necessário = necessariíssimo /
substantivo a que se referem: menino chorão = meninos frio = friíssimo.
chorões / garota sensível = garotas sensíveis.

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APOSTILAS OPÇÃO

Usa-se também, no superlativo: locução com igual estrutura que NÃO corresponde ao adjetivo
abaixo destacado é:
- prefixos: maxinflação / hipermercado / (A) Os turistas ficaram inertes durante a ação policial /
ultrassonografia / supersimpática. sem ação;
- expressões: suja à beça / pra lá de sério / duro que nem (B) O turista incauto ficou assustado com a ação policial /
sola / podre de rico / linda de morrer / magro de dar pena. sem cautela;
- adjetivos repetidos: fofinho, fofinho (=fofíssimo) / (C) O vocalista da banda saiu ileso do acidente / sem
linda, linda (=lindíssima). ferimento;
- diminutivo ou aumentativo: cheinha / pequenininha / (D) O presidente da Coreia passou incógnito pela França /
grandalhão / gostosão / bonitão. sem ser percebido;
- linguagem informal, sufixo érrimo, em vez de íssimo: (E) O novo livro do autor estava ainda inédito / sem editor.
chiquérrimo, chiquetérrimo, elegantérrimo.
04. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão
- Relativo: ressalta a qualidade de um ser entre muitos, Contábil - FGV/2018) Na escrita, pode-se optar
com a mesma qualidade. Pode ser: frequentemente entre uma construção de substantivo +
De Superioridade: Wilma é a mais prendada de todas as locução adjetiva ou substantivo + adjetivo (esportes da água =
suas amigas. (Ela é a mais de todas) esportes aquáticos).
De Inferioridade: Paulo César é o menos tímido dos filhos.
O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído
Questões por um adjetivo é:
(A) A indústria causou a poluição do rio;
01. (COMPESA - Analista de Gestão - Advogado - (B) As águas do rio ficaram poluídas;
FGV/2016) A substituição da oração adjetiva por um adjetivo (C) As margens do rio estão cheias de lama;
de valor equivalente está feita de forma inadequada em: (D) Os turistas se encantam com a imagem do rio;
(A) “Quando você elimina o impossível, o que sobra, por (E) Os peixes do rio são bem saborosos.
mais improvável que pareça, só pode ser a verdade”. / restante
(B) “Sábio é aquele que conhece os limites da própria 05. (Pref. Paulínia/SP - Engenheiro Agrônomo -
ignorância”. / consciente dos limites da própria ignorância. FGV/2016) “O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao
(C) “A única coisa que vem sem esforço é a idade”. / menos crer na fábula, e pouco apreço dá às demonstrações
indiferente científicas.” (Machado de Assis)
(D) “Adoro a humanidade. O que não suporto são as
pessoas”. / insuportável No fragmento acima, os dois adjetivos sublinhados
(E) “Com o tempo não vamos ficando sozinhos apenas possuem, respectivamente, os valores de
pelos que se foram: vamos ficando sozinhos uns dos outros”. / (A) qualidade e estado.
falecidos (B) estado e relação.
(C) relação e característica.
02. (SEPOG/RO - Técnico em Tecnologia da Informação (D) característica e qualidade.
e Comunicação - FGV/2018) Temos uma notícia triste: o (E) qualidade e relação.
coração não é o órgão do amor! Ao contrário do que dizem, não
é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que serve ele, Gabarito
afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é
superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de 01.C / 02.A / 03.E / 04.A / 05.E
bombear sangue para todas as células de nosso corpo”, explica
Sérgio Jardim, cardiologista do Hospital do Coração. Numeral
O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e
tem dois sistemas de bombeamento independentes. Com essas Os numerais exprimem quantidade, posição em uma série,
“bombas” ele recebe o sangue das veias e lança para as multiplicação e divisão. Daí a sua classificação,
artérias. Para isso contrai e relaxa, diminuindo e aumentando respectivamente, em:
de tamanho. E o que tem a ver com o amor? “Ele realmente
bate mais rápido quando uma pessoa está apaixonada. O corpo - Cardinal - indica número, quantidade: um, dois, três,
libera adrenalina, aumentando os batimentos cardíacos e a quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze,
pressão arterial”. catorze ou quatorze, quinze, dezesseis, vinte..., trinta..., cem...,
(O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6) duzentos..., oitocentos..., novecentos..., mil.

Nas frases “ele é superimportante” e “Ele realmente bate - Ordinal - indica ordem ou posição: primeiro, segundo,
mais rápido quando uma pessoa está apaixonada”, há dois terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo,
exemplos de variação de grau. décimo primeiro, vigésimo..., trigésimo..., quingentésimo...,
sexcentésimo..., septingentésimo..., octingentésimo...,
Sobre essas variações, assinale a afirmativa correta. nongentésimo..., milésimo.
(A) Apenas na primeira frase há uma variação de grau de
adjetivo. - Fracionário - indica uma fração ou divisão: meia, metade,
(B) Nas duas ocorrências ocorre o superlativo de adjetivos. terço, quarto, décimo, onze avos, doze avos, vinte avos..., trinta
(C) Apenas na segunda ocorrência ocorre o grau avos..., centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., milésimo.
comparativo do adjetivo.
(D) Na primeira ocorrência, a variação de grau ocorre por - Multiplicativo - indica a multiplicação de um número:
meio de um sufixo. dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo,
(E) Apenas na primeira frase há variação de grau. nônuplo, décuplo, undécuplo, duodécuplo, cêntuplo.

03. (Banestes - Técnico Bancário - FGV/2018) O Os numerais que indicam conjunto de elementos de
adjetivo ilimitado corresponde à locução “sem limites”; a quantidade exata são os coletivos:

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APOSTILAS OPÇÃO

BIMESTRE: período de dois meses II (segundo), Canto X (décimo), Luís IX (nono); os cardinais
CENTENÁRIO: período de cem anos para os demais: Papa Bento XVI (dezesseis), Século XXI (vinte
DECÁLOGO: conjunto de dez leis e um).
DECÚRIA: período de dez anos - se o numeral vier antes do substantivo, usa-se o ordinal.
DEZENA: conjunto de dez coisas O XX século foi de descobertas científicas. (vigésimo século)
LUSTRO: período de cinco anos - com referência ao primeiro dia do mês, usa-se o numeral
MILÊNIO: período de mil anos ordinal: O pagamento do pessoal será sempre no dia primeiro.
MILHAR: conjunto de mil coisas
- na enumeração de leis, decretos, artigos, circulares,
NOVENA: período de nove dias
portarias e outros textos oficiais, emprega-se o numeral
QUARENTENA: período de quarenta dias
ordinal até o nono: O diretor leu pausadamente a portaria 8ª
QUINQUÊNIO: período de cinco anos
RESMA: quinhentas folhas de papel (portaria oitava); emprega-se o numeral cardinal, a partir de
SEMESTRE: período de seis meses dez: O artigo 16 não foi justificado. (artigo dezesseis)
TRIÊNIO: período de três anos - enumeração de casa, páginas, folhas, textos,
TRINCA: conjunto de três coisas apartamentos, quartos, poltronas, emprega-se o numeral
cardinal: Reservei a poltrona vinte e oito. / O texto quatro está
Algarismos na página sessenta e cinco.
Arábicos e Romanos, respectivamente: 1-I, 2-II, 3-III, 4-IV, - se o numeral vier antes do substantivo, emprega-se o
5-V, 6-VI, 7-VII, 8-VIII, 9-IX, 10-X, 11-XI, 12-XII, 13-XIII, 14-XIV, ordinal. Paulo César é adepto da 7ª Arte. (sétima)
15-XV, 16-XVI, 17-XVII, 18-XVIII, 19-XIX, 20-XX, 30-XXX, 40- - não se usa o numeral um antes de mil: Mil e duzentos
XL, 50-L, 60-LX, 70-LXX, 80-LXXX, 90-XC, 100-C, 200-CC, 300- reais é muito para mim.
CCC, 400-CD, 500-D, 600-DC, 700-DCC, 800-DCCC, 900-CM, - o artigo e o numeral, antes dos substantivos milhão,
1.000-M. milhar e bilhão, devem concordar no masculino:
- emprega-se, na escrita das horas, o símbolo de cada
Flexão dos Numerais unidade após o numeral que a indica, sem espaço ou ponto:
Gênero 10h20min – dez horas, vinte minutos.
- os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de
duzentos apresentam flexão de gênero: Um menino e uma Questões
menina foram os vencedores. / Comprei duzentos gramas de
presunto e duzentas rosquinhas. 01. Marque o emprego incorreto do numeral:
- os numerais ordinais variam em gênero: Marcela foi a (A) século III (três)
nona colocada no vestibular. (B) página 102 (cento e dois)
- os numerais multiplicativos, quando usados com o valor (C) 80º (octogésimo)
de substantivos, são variáveis: A minha nota é o triplo da sua. (D) capítulo XI (onze)
(Triplo – valor de substantivo) (E) X tomo (décimo)
- quando usados com valor de adjetivo, apresentam flexão
de gênero: Eu fiz duas apostas triplas na loto fácil. (Triplas 02. Indique o item em que os numerais estão corretamente
valor de adjetivo) empregados:
- os numerais fracionários concordam com os cardinais (A) Ao Papa Paulo seis sucedeu João Paulo primeiro.
que indicam o número das partes: Dois terços dos alunos foram (B) após o parágrafo nono, virá o parágrafo dez.
contemplados. (C) depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro.
- o fracionário meio concorda em gênero e número com o (D) antes do artigo décimo vem o artigo nono.
substantivo no qual se refere: O início do concurso será meio- (E) o artigo vigésimo segundo foi revogado.
dia e meia. (Hora) / Usou apenas meias palavras.
03. (Pref. Chapecó/SC - Procurador Municipal -
Número IOBV/2016) Quanto à classificação dos numerais, os que
- os numerais cardinais milhão, bilhão, trilhão, e outros, indicam o aumento proporcional de quantidade, podendo ter
variam em número: Venderam um milhão de ingressos para a valor de adjetivo ou substantivo são os numerais:
festa do peão. / Somos 180 milhões de brasileiros. (A) Multiplicativos.
- os numerais ordinais variam em número: As segundas (B) Ordinais.
colocadas disputarão o campeonato. (C) Cardinais.
- os numerais multiplicativos são invariáveis quando (D) Fracionários.
usados com valor de substantivo: Minha dívida é o dobro da
sua. (Valor de substantivo – invariável) 04. (Pref. Barra de Guabiraba/PE - IDHTEC/2016)
- os numerais multiplicativos variam quando usados como Assinale a alternativa em que o numeral está escrito por
adjetivos: Fizemos duas apostas triplas. (Valor de adjetivo – extenso corretamente, de acordo com a sua aplicação na frase:
variável) (A) Os moradores do bairro Matão, em Sumaré (SP),
- os numerais fracionários variam em número, temem que suas casas desabem após uma cratera se abrir na
concordando com os cardinais que indicam números das Avenida Papa Pio X. (décima)
partes. (B) O acidente ocorreu nessa terça-feira, na BR-401
- Um quarto de litro equivale a 250 ml; três quartos (quatrocentas e uma)
equivalem a 750 ml. (C) A 22ª edição do Guia impresso traz uma matéria e teve
a sua página Classitêxtil reformulada. (vigésima segunda)
Grau (D) Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem
Na linguagem coloquial é comum a flexão de grau dos ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em
numerais: Já lhe disse isso mil vezes. / Aquele quarentão é um erro, mediante artifício, ardil. (centésimo setésimo primeiro)
“gato”! / Morri com cincão para a “vaquinha”, lá da escola. (E) A Semana de Arte Moderna aconteceu no início do
século XX. (século ducentésimo)
Emprego dos Numerais
- para designar séculos, reis, papas, capítulos, cantos (na
poesia épica), empregam-se: os ordinais até décimo: João Paulo

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APOSTILAS OPÇÃO

05. (MPE/SP - Oficial de Promotoria I - VUNESP/2016) lo, la, los, las: se vierem depois de: eis / nos / vos - Eis a
prova do suborno. (= Ei-la); O tempo nos dirá. (= no-lo dirá).
O SBT fará uma homenagem digna da história de seu (eis, nos, vos perdem o S)
proprietário e principal apresentador: no próximo dia 12 no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m,
[12.12.2015] colocará no ar um especial com 2h30 de duração ão, õe: Deram-na como vencedora; Põe-nos sobre a mesa.
em homenagem a Silvio Santos. É o dia de seu aniversário de lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
85 anos. terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia
(http://tvefamosos.uol.com.br/noticias) do contrato. (o S permanece)
nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
As informações textuais permitem afirmar que, em perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido.
12.12.2015, Sílvio Santos completou seu me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos
(A) octogenário quinquagésimo aniversário. transitivos diretos (TD), têm sentido possessivo, equivalendo
(B) octogésimo quinto aniversário. a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos roubaram-lhe a
(C) octingentésimo quinto aniversário. esperança. (sua, dele, dela possessivo)
(D) otogésimo quinto aniversário.
(E) oitavo quinto aniversário. Os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o
nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação
Gabarito mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados.
(pronome recíproco, nós mesmos). Nunca diga: Eu se apavorei.
01.A / 02.B / 03.A / 04.C / 05.B / Eu jà se arrumei; Eu me apavorei. / Eu me arrumei. (certos)
- Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos
Pronome por mim e ti após preposição: O segredo ficará somente entre
mim e ti.
É a palavra que acompanha ou substitui o nome, - É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu,
relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. As três quando funcionarem como sujeito: Todos pediram para eu
pessoas do discurso são: relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no
1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou infinitivo). Lembre-se de que mim não fala, não escreve, não
emissor; compra, não anda.
2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se - As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas
fala ou receptor; como complemento de verbos transitivos diretos ao passo
3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos
quem se fala ou referente. de verbos transitivos indiretos: Dona Cecília, querida amiga,
chamou-a. (verbo transitivo direto, VTD); Minha saudosa
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento, comadre, Nircléia, obedeceu-lhe. (verbo transitivo
possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e indireto,VTI)
relativos.
- É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo
Pronomes Pessoais a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve
Os pronomes pessoais dividem-se em: fazer caridade com os mais necessitados.
- Retos - exercem a função de sujeito da oração. - Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes
- Oblíquos - exercem a função de complemento do verbo que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu- 1ª
(objeto direto / objeto indireto). São: tônicos com preposição pessoa- sujeito / me- pronome pessoal reflexivo)
ou átonos sem preposição. - Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser
empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e
Pessoas do Retos Oblíquos funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa,
Discurso Átonos Tônicos cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com
Singular 1ª pessoa eu me mim,
elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares.
2ª pessoa tu te comigo
3ª pessoa ele/ela se, o, a, ti, contigo
(Nicole- sujeito, 3ª pessoa / levantou- verbo, 3ª pessoa /
lhe si, ele, se- complemento, 3ª pessoa / levou- verbo, 3ª pessoa /
consigo consigo- complemento, 3ª pessoa).
Plural 1ª pessoa nós nos nós, - Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de
2ª pessoa vós vos conosco Objeto Indireto) juntam-se a o, a, os, as (formas de Objeto
3ª pessoa eles/elas se, os, as, vós, Direto), assim:
lhes convosco me+o (mo). Ex.: Recebi a carta e agradeci ao jovem, que ma
si, eles, trouxe.
consigo
nos+o (no-lo). Ex.: Venderíamos a casa, se no-la exigissem.
te+o: (to). Ex.: Dei-te os meus melhores dias. Dei-tos.
- Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª
lhe+o: (lho). Ex.: Ofereci-lhe flores. Ofereci-lhas.
pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo
vos+o: (vo-lo). E.: Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo.
do teatro.
- As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os
No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to,
pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem.
lho, no-lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais
- Colocados depois do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª
sofisticados.
pessoa apresentam as formas:
o, a, os, as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral: Pronomes de Tratamento
Encontrei-a sozinha. Vejo-os diariamente. São usados no trato com as pessoas. Dependendo da
o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z,
pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o
assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo,
tratamento será familiar ou cerimonioso.
consequentemente, as terminações R, S, Z. Preciso pagar ao
verdureiro. (= pagá-lo); Fiz os exercícios a lápis. (= Fi-los a
lápis)

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APOSTILAS OPÇÃO

Vossa Alteza - V.A. - príncipes, duques; negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada
Vossa Eminência - V.Ema - cardeais; em sua, mão. (usa-se: no ombro; na mão)
Vossa Excelência - V.Ex.a - altas autoridades, presidente,
oficiais; Pronomes Demonstrativos
Vossa Magnificência - V.Mag.a - reitores de universidades; Indicam a posição dos seres designados em relação às
Vossa Majestade - V.M. - reis, imperadores; pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo.
Vossa Santidade - V.S. - Papa; Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis.
Vossa Senhoria -V.Sa - tratamento cerimonioso.
- São também pronomes de tratamento: o senhor, a este, esta, isto, estes, estas
senhora, a senhorita, dona, você. Ex.:
- Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Não gostei deste livro aqui.
Neste ano, tenho realizado bons negócios.
Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de química.
Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente
O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual,
dois fechos: mas esta é mais oprimida.
Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive esse, essa, esses, essas
para o presidente da República. Ex.:
Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia Não gostei desse livro que está em tuas mãos.
ou de hierarquia inferior. Nesse último ano, realizei bons negócios.
Gostava de química. Essa afirmação me deixou surpresa.
- A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas
quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não Ex.:
compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa) Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe.
Tenho boas recordações de 1960, pois naquele ano realizei
- A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando
bons negócios.
se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou para O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual,
um congresso. (falando a respeito do cardeal) mas esta é mais oprimida que aquele.
- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria,
Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª - para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e
pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este
verbo sejam usados na 3ª pessoa. Vossa Excelência sabe que (e variações) para o que foi referido em último lugar. Ex.: Pais
seus ministros o apoiarão. e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e
orgulhosos, estas, elegantes e risonhas.
Pronomes Possessivos - dependendo do contexto os demonstrativos também
São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas servem como palavras de função intensificadora ou
da fala. depreciativa. Ex.: Júlia fez o exercício com aquela calma!
(=expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma
Masculino Feminino tranqueira! (=expressão depreciativa)
Singular Plural Singular Plural - as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de
meu meus minha minhas
então ou nesse momento. Ex.: A festa estava desanimada; nisso,
teu teus tua tuas
a orquestra tocou um samba e todos caíram na dança.
seu seus sua suas
nosso nossos nossa nossas
- os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um
vosso vossos vossa vossas elemento anteriormente expresso. Ex.: Ninguém ligou para o
seu seus sua suas incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo.

Emprego dos Pronomes Possessivos Pronomes Indefinidos


São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de
- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo
provocar, às vezes, a ambiguidade da frase. Ex.: João Luís disse César seria o vencedor. Alguns desses pronomes são variáveis
que Laurinha estava trabalhando em seu consultório. O em gênero e número; outros são invariáveis.
pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir-se Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco,
tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No certo, vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer.
caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade. Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem,
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações nada, cada, mais, menos, demais.
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus
trinta anos. Emprego dos Pronomes Indefinidos
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma - O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um
alteração fonética da palavra senhor. substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.)
concorda com o mais próximo. Ex.: Trouxe-me seus livros e - Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos
anotações. quando colocados antes dos substantivos, e adjetivos quando
- Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da
te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no
passos. (os seus passos) dia certo. (depois do substantivo=adjetivo).
- Deve-se observar as correlações entre os pronomes - Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a
pessoais e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário, qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser;
apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns; indetermina, generaliza).
Peço a Deus pela tua felicidade; Abraça-te o teu amigo que te - Outrem significa outra pessoa. Ex.: Nunca se sabe o
preza.” pensamento de outrem.
- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando - Qualquer, plural quaisquer. Ex.: Fazemos quaisquer
se trata de parte do corpo. Ex.: Um cavaleiro todo vestido de negócios.

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APOSTILAS OPÇÃO

Locuções Pronominais Indefinidas: são locuções Questões


pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equivalem
ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que 01. (CRP 2º Região/PE - Psicólogo Orientador - Fiscal -
seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou Quadrix/2018)
outro / tal qual (=certo).

Pronomes Relativos
São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma
palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da
oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que
é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebe-se que o
pronome relativo que, substitui na 2ª oração, o carro, por isso
a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que por
o, a, os, as, qual / quais.
Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e
invariáveis.
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja,
cujas, quanto, quantos;
Invariáveis: que, quem, quando, como, onde.

Emprego dos Pronomes Relativos

- O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de


relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à
pessoa ou coisa, no plural ou no singular. Ex.: Este é o CD novo
que acabei de comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus. Em "Mas ele não tinha muitas chances", as palavras
- O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome classificam-se, morfologicamente, na ordem em que aparecem,
demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Não entendi o que você quis como
dizer. (o que = aquilo que). (A) preposição, pronome, advérbio, ação, nome e adjetivo.
- O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre (B) conjunção, pronome, advérbio, verbo, pronome e
precedido de preposição. Ex.: Marco Aurélio é o advogado a substantivo.
quem eu me referi. (C) interjeição, pronome, nome, verbo, artigo e adjetivo.
- O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, (D) conector, nome, adjetivo, verbo, pronome e nome.
de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e (E) conjunção, substantivo, advérbio, verbo, advérbio e
o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos) adjetivo.
- O pronome relativo pode vir sem antecedente claro,
explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e 02. (IF/PA - Auxiliar em Administração -
não vem precedido de preposição. Ex.: Quem casa quer casa; FUNRIO/2016) O emprego do pronome relativo está de
Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade; Estas são as acordo com as normas da língua-padrão em:
pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer. (A) Finalmente aprovaram o decreto que lutamos tanto
- Só se usa o relativo cujo quando o consequente é por ele.
diferente do antecedente. Ex.: O escritor cujo livro te falei é (B) Nas próximas férias, minha meta é fazer tudo que tenho
paulista. direito.
- O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois (C) Eu aprovaria o texto daquele parecer que o relator
de si. apresentou ontem.
- O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: (D) Existe um escritor brasileiro que todos os brasileiros
em que, no qual. Ex.: Desconheço o lugar onde vende tudo nos orgulhamos.
mais barato. (= lugar em que) (E) Na política, às vezes acontecem traições onde mostram
- Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados muita sordidez.
depois de tudo, todos, tanto. Ex.: Naquele momento, a querida
comadre Naldete, falou tudo quanto sabia. 03. (Eletrobras/Eletrosul - Técnico de Segurança do
Trabalho - FCC/2016)
Pronomes Interrogativos
São os pronomes em frases interrogativas diretas ou Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a
indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual, energia solar
quanto:
- Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade? Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo.
(interrogativa direta, COM o ponto de interrogação) Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi exatamente por
- Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma das
(interrogativa indireta, SEM a interrogação) maiores usinas de energia solar do mundo.
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas
renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra
por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar e
poluir menos. Uma aposta no futuro.
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do
papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que
deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas
são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. É
perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o

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APOSTILAS OPÇÃO

calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar corredores - pessoa (primeira, segunda e terceira);
de brisa. - modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a nominais: gerúndio, infinitivo e particípio);
energia solar”. Disponível
em:http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-
- tempo (presente, passado e futuro);
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html) - e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva).

Considere as seguintes passagens do texto: De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados
I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi em três conjugações:
construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia 1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular.
solar do mundo. (1º parágrafo) 2ª conjugação – er: beber, correr, entreter.
II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por 3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.
mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo)
III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor,
fora. (3º parágrafo) compor, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua
IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça origem latina poer.
sombra no outro. (3º parágrafo)
Elementos Estruturais do Verbo
O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o As formas verbais apresentam três elementos em sua
qual” APENAS em estrutura: radical, vogal temática e tema.
(A) I e II. Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o
(B) II e III. significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da
(C) I, II e IV. 1ª conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses
(D) I e IV. verbos, nota-se que há uma parte que não muda, e que nela
(E) III e IV. está o significado real do verbo.
cont é o radical do verbo contar;
04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo - esper é o radical do verbo esperar;
IDHTEC/2016) brinc é o radical do verbo brincar.

Se tirarmos as terminações ar, er, ir do infinitivo dos


verbos, teremos o radical desses verbos. Também podemos
antepor prefixos ao radical: desnutrir / reconduzir.

Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual


conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª
conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i.

Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal


temática. Ex.: contar - cont (radical) + a (vogal temática) =
tema. Se não houver a vogal temática, o tema será apenas o
radical (contei = cont ei).
O emprego do pronome “aquela” na charge: Desinências: são elementos que se juntam ao radical, ou
(A) Dá uma conotação irônica à frase. ao tema, para indicar as flexões de modo e tempo, desinências
(B) Representa uma forma indireta de se dirigir ao casal. modo temporais e desinências número pessoais.
(C) Permite situar no espaço aquilo a que se refere.
(D) Indica posse do falante. Contávamos
(E) Evita a repetição do verbo. Cont = radical
a = vogal temática
05. (Pref. Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala - va = desinência modo temporal
FEPESE/2016) Analise a frase abaixo: mos = desinência número pessoal
“O professor discutiu............mesmos a respeito da Flexões Verbais
desavença entre .........e ........ . Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar
o número e a pessoa.
Assinale a alternativa que completa corretamente as - eu estudo – 1ª pessoa do singular;
lacunas do texto. - nós estudamos – 1ª pessoa do plural;
(A) com nós - eu - ti - tu estudas – 2ª pessoa do singular;
(B) conosco - eu - tu - vós estudais – 2ª pessoa do plural;
(C) conosco - mim - ti - ele estuda – 3ª pessoa do singular;
(D) conosco - mim - tu - eles estudam – 3ª pessoa do plural.
(E) com nós - mim - ti
- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma
Gabarito diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja,
tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens.
01.B / 02.C / 03.B / 04.C / 05.E - O pronome vós aparece somente em textos literários ou
bíblicos.
Verbo - Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª
pessoa, é o mais usado no Brasil.
É a palavra que indica ação, movimento, fenômenos da
natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se em:
- número (singular e plural);
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APOSTILAS OPÇÃO

Flexão de tempo e de modo: os tempos situam o fato ou a 3ª Conjugação: -IR


ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos,
possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, partistes, partiram.
pretérito e futuro. Pretérito Imperfeito: partia, partias, partia, partíamos,
O modo indica as diversas atitudes do falante com relação partíeis, partiam.
ao fato que enuncia. São três os modos: Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira,
- Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, partíramos, partíreis, partiram.
precisão. O fato é ou foi uma realidade. Apresenta presente, Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá, partiremos,
pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do partireis, partirão.
presente e futuro do pretérito. Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria,
- Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de partiríamos, partiríeis, partiriam.
dúvida, exprime uma possibilidade. O subjuntivo expressa
uma incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta Emprego dos Tempos do Subjuntivo
presente, pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência, - Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou
Lourdes; Se tivesse dinheiro compraria um carro zero; duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição. Ex.:
Quando o vir, dê lembranças minhas. Duvido de que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos
- Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, um políticos.
desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um - Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma
pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e condição ou hipótese. Ex.: Se recebesse o prêmio, voltaria à
imperativo negativo. universidade.
- Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético,
Emprego dos Tempos do Indicativo pode ou não acontecer. Quando você fizer o trabalho, será
- Presente do Indicativo: para enunciar um fato generosamente gratificado.
momentâneo. Ex.: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que
ocorre com frequência. Ex.: Eu almoço todos os dias na casa de
1ª Conjugação –AR
minha mãe. Na indicação de ações ou estados permanentes,
Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que
verdades universais. Ex.: A água é incolor, inodora, insípida.
nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem.
- Pretérito Imperfeito: para expressar um fato passado,
Pretérito Imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se
não concluído. Ex.: Nós comíamos pastel na feira; Eu cantava
ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles
muito bem.
dançassem.
- Pretérito Perfeito: é usado na indicação de um fato
Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando ele
passado concluído. Ex.: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi...
dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes,
- Pretérito Mais-Que-Perfeito: expressa um fato passado
quando eles dançarem.
anterior a outro acontecimento passado. Ex.: Nós cantáramos
no congresso de música.
- Futuro do Presente: na indicação de um fato realizado 2ª Conjugação -ER
num instante posterior ao que se fala. Ex.: Cantarei domingo Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que
no coro da igreja matriz. nós comamos, que vós comais, que eles comam.
- Futuro do Pretérito: para expressar um acontecimento Pretérito Imperfeito: se eu comesse, se tu comesses, se ele
posterior a um outro acontecimento passado. Ex.: Compraria comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles
um carro se tivesse dinheiro comessem.
Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele
1ª Conjugação: -AR comer, quando nós comermos, quando vós comerdes,
Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, quando eles comerem.
dançam.
Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos, 3ª conjugação – IR
dançastes, dançaram. Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que
Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava, nós partamos, que vós partais, que eles partam.
dançávamos, dançáveis, dançavam. Pretérito Imperfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele
Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara, dançaras, dançara, partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles
dançáramos, dançáreis, dançaram. partissem.
Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará, Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele
dançaremos, dançareis, dançarão. partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes,
Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, quando eles partirem.
dançaríamos, dançaríeis, dançariam.
Emprego do Imperativo
2ª Conjugação: -ER Imperativo Afirmativo
Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem. - Não apresenta a primeira pessoa do singular.
- É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do
Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos,
subjuntivo.
comestes, comeram.
- O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o “s”.
Pretérito Imperfeito: comia, comias, comia, comíamos,
- O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo.
comíeis, comiam.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras, comera,
Presente do Indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós
comêramos, comêreis, comeram.
amamos, vós amais, eles amam.
Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá, Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele
comeremos, comereis, comerão. ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria, Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos
comeríamos, comeríeis, comeriam. nós, amai vós, amem vocês.

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APOSTILAS OPÇÃO

Imperativo Negativo período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação


- É formado através do presente do subjuntivo sem a verbal. Exs.:
primeira pessoa do singular. Na esperança de sermos atendidos, muito lhe
- Não retira os “s” do tu e do vós. agradecemos.
Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem
Presente do Subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele futebol.
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas
amemos nós, não ameis vós, não amem vocês. crianças.

Além dos três modos citados (Indicativo, Subjuntivo e - Com os verbos causativos "deixar", "mandar" e
Imperativo), os verbos apresentam ainda as formas nominais: "fazer" e seus sinônimos que não formam locução verbal
infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio e particípio. com o infinitivo que os segue. Ex.: Deixei-os sair cedo hoje.
- Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e
Infinitivo Impessoal2 sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão.
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, Ex.: Vi-os entrar atrasados. Ouvi-as dizer que não iriam à
isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, festa.
não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável.
Assim, considera-se apenas o processo verbal. Ex.: Amar é Infinitivo Pessoal
sofrer. É o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na
Podendo ter valor e função de substantivo. Ex.: Viver é 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências,
lutar. (= vida é luta); É indispensável combater a corrupção. (= assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-
combate à) se da seguinte maneira:
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente 2ª pessoa do singular: radical + ES. Ex.: teres (tu)
(forma simples) ou no passado (forma composta). Ex.: É 1ª pessoa do plural: radical + mos. Ex.: termos (nós)
preciso ler este livro; Era preciso ter lido este livro. 2ª pessoa do plural: radical + dês. Ex.: terdes (vós)
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª 3ª pessoa do plural: radical + em. Ex.: terem (eles)
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa
pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo colocação.
contexto da frase). Ex.: Para ler melhor, eu uso estes óculos.
(1ª pessoa); Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa) Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso
significa que ele atribui um agente ao processo verbal,
O infinitivo impessoal é usado: flexionando-se.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
- Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se
referir a um sujeito determinado. Ex. Querer é poder. - Quando o sujeito da oração estiver claramente
Fumar prejudica a saúde. É proibido colar cartazes neste expresso. Exs.:
muro. Se tu não perceberes isto...
- Quando tem valor de Imperativo. Ex. Soldados, Convém vocês irem primeiro.
marchar! (= Marchai!) Esquerda, volver! O bom é sempre lembrarmos (sujeito desinencial, sujeito
- Quando é regido de preposição (geralmente implícito = nós) desta regra.
precedido da preposição “de”) e funciona como
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da - Quando tiver sujeito diferente daquele da oração
oração anterior. Ex.: Eles não têm o direito de gritar assim. principal. Exs.:
As meninas foram impedidas de participar do jogo. Eu os O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos
convenci a aceitar. estudarem bastante para a prova.
Perdoo-te por me traíres.
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade.
"tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) O guarda fez sinal para os motoristas pararem.
deve ser flexionado. Exs.:
Eram pessoas difíceis de serem contentadas. - Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na
Aqueles remédios são ruins de serem tomados. terceira pessoa do plural). Exs.:
Os jogos que você me emprestou são agradáveis de serem Faço isso para não me acharem inútil.
jogados. Temos de agir assim para nos promoverem.
Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua
- Nas locuções verbais. Ex.: Queremos acordar bem cedo conduta.
amanhã. Eles não podiam reclamar do colégio. Vamos pensar
no seu caso. - Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade
- Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da de ação. Exs.:
oração anterior. Ex. Eles foram condenados a pagar pesadas Vi os alunos abraçarem-se alegremente.
multas. Devemos sorrir ao invés de chorar. Tenho ainda alguns Fizemos os adversários cumprimentarem-se com
livros por (para) publicar. gentileza.
Mandei as meninas olharem-se no espelho.
Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não,
preceder ou estiver distante do verbo da oração principal
(verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do

2 https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf69.php

Língua Portuguesa 29
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APOSTILAS OPÇÃO

Gerúndio (C) Ambos estão na terceira pessoa do singular do presente


Pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Ex.: Saindo de do modo indicativo.
casa, encontrei alguns amigos. (Função de advérbio); Nas ruas, (D) Ambos estão no presente do modo indicativo, embora
havia crianças vendendo doces. (Função adjetivo) o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; terceira pessoa do plural.
na forma composta, uma ação concluída. Ex.: Trabalhando, (E) Ambos estão no presente do modo subjuntivo, embora
aprenderás o valor do dinheiro; Tendo trabalhado, aprendeu o o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na
valor do dinheiro. terceira pessoa do plural.

Particípio 02. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018)


Quando não é empregado na formação dos tempos
compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma O drama dos viciados em dívidas
ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Ex.:
Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o Apesar dos sinais de recuperação da economia, o número
particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro
temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo passado – o equivalente a 40% da população adulta. O número
(adjetivo verbal). Ex.: Ela foi a aluna escolhida para é alto porque o hábito de manter as contas em dia não é apenas
representar a escola. uma questão financeira decorrente do estado geral da
economia – pode ser uma questão comportamental. Por isso,
1ª Conjugação –AR há grupos especializados que promovem reuniões semanais
Infinitivo Impessoal: dançar. com devedores, com a finalidade de trocar experiências sobre
Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, consumo impulsivo e propensão a viver no vermelho. Uma
dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles. dessas organizações é o Devedores Anônimos (DA), que
Gerúndio: dançando. funciona nos mesmos moldes do Alcoólicos Anônimos (AA).
Particípio: dançado. Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém
do problema. As pessoas de maior renda são justamente as que
2ª Conjugação –ER têm maior resistência em admitir a compulsão. Pior. É comum
Infinitivo Impessoal: comer. que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas
tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar
Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele,
comermos nós, comerdes vós, comerem eles. gastos para se encaixar na nova realidade. Pedir um
empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento
Gerúndio: comendo.
recorrente entre os endividados.
Particípio: comido.
Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo.
Uma vez que o devedor reconhece o problema, a próxima
3ª Conjugação –IR etapa é se planejar.
Infinitivo Impessoal: partir. (Felipe Machado e Tatiana Babadobulos, Veja, 04.04.2018. Adaptado)
Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele,
partirmos nós, partirdes vós, partirem eles. Assinale a alternativa em que os verbos estão conjugados
Gerúndio: partindo. de acordo com a norma-padrão, em substituição aos trechos
Particípio: partido. destacados na passagem – É comum que, diante dos apuros,
como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo
Questões padrão de vida.
(A) Poderia acontecer que ... mantêm
01. (UNEMAT - Psicólogo - 2018) (B) Pôde acontecer que ... mantessem
(C) Podia acontecer que ... mantivessem
(D) Pôde acontecer que ... manteram
(E) Podia acontecer que ... mantiveram

03. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018) A vida


de Dorinha Duval foi, ____ . O processo ainda não havia ido a
Júri quando a tese da defesa foi mudada. Não seria mais
Disponível violenta emoção, mas legítima defesa. Ela não teria atirado no
https://www.facebook.com/tirasamandinho/photos/a.488361671209144.11396 marido por ter sido ___ e chamada de velha, mas ______ o marido
3. passou a agredi-la. De fato, o exame pericial de corpo de delito
488356901209621/1568398126538821/?type=3&theater.
Acesso em: fev.2018.
realizado em Dorinha constatou a existência de _______ em seu
corpo. A versão da legítima defesa era ______ .
Na tirinha, Fê conversa com Camilo sobre o que ela (Luiza Nagib Eluf, A paixão no banco dos réus. Adaptado)
considera ser machismo na cerimônia de casamento, enquanto
Pudim diz a Armandinho que tudo aquilo que a garota As expressões verbais empregadas em tempo que exprime
questiona é algo natural. a ideia de hipótese são:
Nas falas atribuídas à menina, o verbo ter aparece em Tem (A) seria e teria.
casamentos [...] (quadro 1) e em [...] essas coisas têm (B) foi e seria.
significados! (quadro 2). (C) teria e ter sido.
(D) foi e constatou.
Em relação a esses empregos do verbo ter, assinale a (E) ter sido e passou.
alternativa correta.
(A) Em ambos, o verbo é impessoal. 04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo -
(B) Ambos estão na terceira pessoa do plural do presente IDHTEC/2016) Morto em 2015, o pai afirma que Jules Bianchi
do modo indicativo. não __________culpa pelo acidente. Em entrevista, Philippe
Bianchi afirma que a verdade nunca vai aparecer, pois os

Língua Portuguesa 30
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APOSTILAS OPÇÃO

pilotos __________ medo de falar. "Um piloto não vai dizer nada Locução verbal com verbo principal no gerúndio
se existir uma câmera, mas quando não existem câmeras, Ex.: Estou escrevendo
todos __________ até mim e me dizem. Jules Bianchi bateu com verbo auxiliar flexionado: estou
seu carro em um trator durante um GP, aquaplanou e não verbo principal no gerúndio: escrevendo
conseguiu __________para evitar o choque.
(http://espn.uol.com.br/noticia/603278_pai-diz-que-pilotos-da-f-1- Locução verbal com verbo principal no infinitivo
temmedo-de-falar-a-verdade-sobre-o-acidente-fatal-de-bianchi)
Ex.: Quero sair
verbo auxiliar flexionado: quero
Complete com a sequência de verbos que está no tempo,
verbo principal no infinitivo: sair
modo e pessoa corretos:
(A) Tem – tem – vem - freiar
Locução verbal com verbo principal no particípio
(B) Tem – tiveram – vieram - frear
Ex.: Tinha decidido
(C) Teve – tinham – vinham – frenar
verbo auxiliar flexionado: tinha
(D) Teve – tem – veem – freiar
verbo principal no particípio: decidido
(E) Teve – têm – vêm – frear
Em todos os exemplos a ideia central é expressa pelo verbo
05. (Prefeitura Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala -
principal, os verbos auxiliares apenas indicam flexões de
FEPESE/2016) Assinale a alternativa em que está correta a
tempo, modo, pessoa, número e voz. Sem os verbos principais,
correlação entre os tempos e os modos verbais nas frases
os auxiliares não teriam sentido algum.
abaixo.
(A) A entonação correta ao falarmos colabora com o
Questões
entendimento que o outro tem do assunto tratado e reforçaria
a nossa persuasão.
01. (CISSUL/MG - Condutor Socorrista - IBGP/2017)
(B) Para falar bem em público, organize as ideias de acordo
com o tempo que você terá e, antes de falar, ensaie sua
apresentação.
(C) A capacidade de os adolescentes virem a falar em
público, teria dependido dos bons ensinamentos da escola.
(D) Quem vier a comparar a fala dos jovens de hoje com os
da geração passada, haveria de concluir que os jovens de hoje
leem muito menos.
(E) O contato visual também é importante ao falar em
público. Passa empatia e envolveria o outro.

Gabarito

01.D / 02.C / 03.A / 04.E / 05.B Assinale a alternativa que contém uma locução verbal
extraída do cartum.
Locução Verbal (A) Não terão.
(B) Como andar.
Uma locução verbal3 é a combinação de um verbo (C) Vai chegar.
auxiliar e um verbo principal. Esses dois verbos, aparecendo (D) Todos terão.
juntos na oração, transmitem apenas uma ação verbal,
desempenhando o papel de um único verbo. Exemplo: 02. (CRQ 4ª REGIÃO/SP - Fiscal - QUADRIX)
- estive pensando
- quero sair
- pode ocorrer
- tem investigado
- tinha decidido

Função dos verbos auxiliares nas locuções verbais


Apenas o verbo auxiliar é flexionado. Verbo auxiliar é o
que perdendo significado próprio, é utilizado para auxiliar na
conjugação de outro, o verbo principal. Assim, o tempo, o
modo, o número, a pessoa e o aspecto da ação verbal são
indicados pelo verbo auxiliar.

Os auxiliares mais comuns são: “Ter, Haver, Ser e Estar”.


Contudo, outros verbos também atuam como verbos auxiliares
nas locuções verbais, como os verbos poder, dever, querer,
começar a, deixar de, voltar a, continuar a, entre outros.

Função dos verbos principais nas locuções verbais


Nas locuções verbais o verbo auxiliar aparece conjugado e
o principal numa das formas nominais: no gerúndio, no
infinitivo ou no particípio.

3 https://www.conjugacao.com.br/locucao-verbal/

Língua Portuguesa 31
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APOSTILAS OPÇÃO

Qual forma verbal substituiria, sem causar alteração de Comparativo de:


sentido, a locução verbal "vou ter", que aparece no primeiro Igualdade - tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz
quadrinho? quanto / como você.
(A) "terei". Superioridade - Analítico: mais do que. Ex.: Raquel é mais
(B) "teria". elegante do que eu.
(C) "tivera". - Sintético: melhor, pior que. Ex.:
(D) "tenha". Amanhã será melhor do que hoje.
(E) "tinha". Inferioridade - menos do que: Falei menos do que devia.

03. (Pref. João Pessoa/PB - Professor Língua Superlativo Absoluto:


Portuguesa - FGV) Uma locução verbal é o conjunto formado Analítico - mais, muito, pouco,menos: O candidato
por um verbo auxiliar + um verbo principal, este último defendeu-se muito mal.
sempre em forma nominal. Nas frases a seguir as formas Sintético - íssimo, érrimo: Localizei-o rapídíssimo.
verbais sublinhadas constituem uma locução verbal, à exceção
de uma. Assinale-a. Emprego do Advérbio
(A) Todos podem entrar assim que chegarem. - Na linguagem coloquial, familiar, é comum o emprego do
(B) Se os grevistas querem trabalhar menos, não vou sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo
atendê-los. sintético: agorinha, cedinho, pertinho, devagarinho,
(C) Deixem entrar todos os atrasados. depressinha, rapidinho (bem rápido). Exs.: Rapidinho chegou
(D) Elas não sabem cozinhar como antigamente. a casa; Moro pertinho da universidade.
(E) A plantação foi-se expandindo para os lados - Frequentemente empregamos adjetivos com valor de
advérbio: A cerveja que desce redondo. (redondamente)
Gabarito - Bastante - antes de adjetivo, é advérbio, portanto, não vai
para o plural; equivale a muito / a: Aquelas jovens são bastante
01.C / 02.A / 03.C simpáticas e gentis.
- Bastante - antes de substantivo, é adjetivo, portanto vai
Advérbio para o plural, equivale a muitos / as: Contei bastantes estrelas
no céu.
É a palavra invariável que modifica um verbo (Chegou - Não confunda mal (advérbio, oposto de bem) com mau
cedo), um outro advérbio (Falou muito bem), um adjetivo (adjetivo, oposto de bom): Mal cheguei a casa, encontrei-a de
(Estava muito bonita). mau humor.
- Antes de verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal:
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio Ficamos mais bem informados depois do noticiário notumo.
pode ser de: - Em frase negativa o advérbio já equivale a mais: Já não se
Tempo: ainda, agora, antigamente, antes, amiúde fazem professores como antigamente. (=não se fazem mais)
(=sempre), amanhã, breve, brevemente, cedo, diariamente, - Na locução adverbial a olhos vistos (=claramente), o
depois, depressa, hoje, imediatamente, já, lentamente, logo, particípio permanece no masculino plural: Minha irmã Zuleide
novamente, outrora. emagrecia a olhos vistos.
Lugar: aqui, acolá, atrás, acima, adiante, ali, abaixo, além, - Dois ou mais advérbios terminados em mente, apenas no
algures (=em algum lugar), aquém, alhures (= em outro lugar), último permanece mente: Educada e pacientemente, falei a
dentro, defronte, fora, longe, perto. todos.
Modo: assim, bem, depressa, aliás (= de outro modo ), - A repetição de um mesmo advérbio assume o valor
devagar, mal, melhor, pior, e a maior parte dos advérbios que superlativo: Levantei cedo, cedo.
termina em mente: calmamente, suavemente, rapidamente,
tristemente. Palavras e Locuções Denotativas: São palavras
Afirmação: certamente, decerto, deveras, efetivamente, semelhantes a advérbios e que não possuem classificação
realmente, sim, seguramente. especial. Não se enquadram em nenhuma das dez classes de
Negação: absolutamente, de modo algum, de jeito palavras. São chamadas de denotativas e exprimem:
nenhum, nem, não, tampouco (=também não). Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem. Ex.: Ainda
Intensidade: apenas, assaz, bastante, bem, demais, mais, bem que você veio.
meio, menos, muito, quase, quanto, tão, tanto, pouco. Designação, Indicação: eis. Ex.: Eis aqui o herói da turma.
Dúvida: acaso, eventuamente, por ventura, quiçá, Exclusão: exclusive, menos, exceto, fora, salvo, senão,
possivelmente, talvez. sequer: Ex.: Não me disse sequer uma palavra de amor.
Inclusão: inclusive, também, mesmo, ainda, até, além disso,
Locuçoes Adverbiais: são duas ou mais palavras que têm de mais a mais. Ex.: Também há flores no céu.
o valor de advérbio: às cegas, às claras, às toa, às pressas, às Limitação: só, apenas, somente, unicamente. Ex.: Só Deus é
escondidas, à noite, à tarde, às vezes, ao acaso, de repente, de perfeito.
chofre, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de Realce: cá, lá, é que, sobretudo, mesmo. Ex.: Sei lá o que ele
medo, com certeza, por perto, por um triz, de vez em quando, quis dizer!
sem dúvida, de forma alguma, em vão, por certo, à esquerda, à Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes. Ex.: Irei à
direta, a pé, a esmo, por ali, a distância. Bahia na próxima semana, ou melhor, no próximo mês.
- De repente o dia se fez noite. Explicação: por exemplo, a saber. Ex.: Você, por exemplo,
- Por um triz eu não me denunciei. tem bom caráter.
- Sem dúvida você é o melhor.
Questões
Graus dos Advérbios: o advérbio não vai para o plural, são
palavras invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau: 01. Assinale a frase em que meio funciona como advérbio:
comparativo e superlativo. (A) Só quero meio quilo.
(B) Achei-o meio triste.
(C) Descobri o meio de acertar.

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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Parou no meio da rua. entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Exs.: Não dê
(E) Comprou um metro e meio. atenção a fofocas; Perante todos disse, sim.

02. Só não há advérbio em: As preposições acidentais são palavras de outras classes
(A) Não o quero. que atuam eventualmente como preposições. São: como (=na
(B) Ali está o material. qualidade de), conforme (=de acordo com), consoante, exceto,
(C) Tudo está correto. mediante, salvo, visto, segundo, senão, tirante. Ex.: Agia
(D) Talvez ele fale. conforme sua vontade. (= de acordo com)
(E) Já cheguei.
- O artigo definido a que vem sempre acompanhado de um
03. Qual das frases abaixo possui advérbio de modo? substantivo, é flexionado: a casa, as casas, a árvore, as árvores,
(A) Realmente ela errou. a estrela, as estrelas. A preposição a nunca vai para o plural e
(B) Antigamente era mais pacato o mundo. não estabelece concordância com o substantivo. Ex.: Fiz todo o
(C) Lá está teu primo. percurso a pé. (não há concordância com o substantivo
(D) Ela fala bem. masculino pé)
(E) Estava bem cansado. - As preposições essenciais são sempre seguidas dos
pronomes pessoais oblíquos: Despediu-se de mim
04. Classifique a locução adverbial que aparece em rapidamente. Não vá sem mim.
"Machucou-se com a lâmina".
(A) modo Locuções Prepositivas: é o conjunto de duas ou mais
(B) instrumento palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra
(C) causa é sempre uma preposição. Veja quais são: abaixo de, acerca de,
(D) concessão acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, dentro de,
(E) fim embaixo de, em cima de, em frente a, em redor de, graças a,
junto a, junto de, perto de, por causa de, por cima de, por trás
05. (PC/SP - Investigador de Polícia - VUNESP/2018) de, a fim de, além de, antes de, a par de, a partir de, apesar de,
Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as através de, defronte de, em favor de, em lugar de, em vez de,
ideias do fundador são institucionalizadas e defendidas por (=no lugar de), ao invés de (=ao contrário de), para com, até a.
discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não - Não confunda locução prepositiva com locução adverbial.
responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque Na locução adverbial, nunca há uma preposição no final, e sim
o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. no começo: Vimos de perto o fenômeno do “tsunami”.
Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia (locução adverbial); O acidente ocorreu perto de meu atelier.
as bases do comportamento. Como a tecnologia de então não (locução prepositiva)
lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a - Uma preposição ou locução prepositiva pode vir com
psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por outra preposição: Abola passou por entre as pernas do
suas ideias, revisando sua obra ao longo da vida. Ele chegou a goleiro. Mas é inadequado dizer: Proibido para menores de até
afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades 18 anos; Financiamento em até 24 meses.
ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais
surpreendentes. Portanto, não podemos imaginar que Combinações e Contrações
respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que Combinação: ocorre quando não há perda de fonemas:
formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que a+o, os= ao, aos / a+onde = aonde.
farão o edifício de nossas hipóteses colapsar”. Provavelmente, Contração: ocorre quando a preposição perde fonemas:
é sua frase menos citada. Por razões óbvias. de+a, o, as, os, esta, este, isto = da, do, das, dos, desta, deste,
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado) disto.
- em+ um, uma, uns, umas, isto, isso, aquilo, aquele, aquela,
Nos trechos – … Talvez porque o autor das ideias não esteja aqueles, aquelas = num, numa, nuns, numas, nisto, nisso,
mais aqui… – ; – … nunca se apaixonou por suas ideias… – ; – A naquilo, naquele, naquela, naqueles.
Biologia é realmente um campo de possibilidades ilimitadas… - de+ entre, aquele, aquela, aquilo = dentre, daquele,
– e – Provavelmente, é sua frase menos citada. –, os advérbios daquela, daquilo.
destacados expressam, correta e respectivamente, - para+ a = pra.
circunstância de: A contração da preposição a com os artigos ou pronomes
(A) lugar; tempo; modo; afirmação. demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo recebe o nome de
(B) lugar; tempo; afirmação; dúvida. crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim:
(C) lugar; negação; modo; intensidade. à, às, àquele, àquela, àquilo.
(D) afirmação; negação; afirmação; afirmação.
(E) afirmação; negação; modo; dúvida. Valores das Preposições

Gabarito A
(movimento=direção): Foram a Lucélia comemorar os
01.B / 02.C / 03.D / 04.B / 05.B Anos Dourados.
Modo: Partiu às pressas.
Preposição Tempo: Iremos nos ver ao entardecer.
Apreposição a indica deslocamento rápido: Vamos à praia.
É a palavra invariável que liga um termo dependente a um (ideia de passear)
termo principal, estabelecendo uma relação entre ambos. As
preposições podem ser: essenciais ou acidentais. Ante
(diante de): Parou ante mim sem dizer nada, tanta era a
As preposições essenciais atuam exclusivamente como emoção.
preposições. São: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, Tempo (substituída por antes de): Preciso chegar ao
encontro antes das quatro horas.

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APOSTILAS OPÇÃO

Após (depois de): Após alguns momentos desabou num Sobre


choro arrependido. (em cima de, com contato): Colocou as taças de cristal
sobre a toalha rendada.
Até Assunto: Conversávamos sobre política financeira.
(aproximação): Correu até mim.
Tempo: Certamente teremos o resultado do exame até a Trás (situação posterior; é preposição fora de uso. É
semana que vem. substituída por atrás de, depois de): Por trás desta carinha
Atenção: Se a preposição até equivaler a inclusive, será vê-se muita falsidade.
palavra de inclusão e não preposição. Os sonhadores amam
até quem os despreza. (inclusive) Questões

Com (companhia): Rir de alguém é falta de caridade; 01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018)
deve-se rir com alguém.
Causa: A cidade foi destruída com o temporal.
Instrumento: Feriu-se com as próprias armas.
Modo: Marfinha, minha comadre, veste-se sempre com
elegância.

Contra
(oposição, hostilidade): Revoltou-se contra a decisão do
tribunal.
Direção a um limite: Bateu contra o muro e caiu.

De (origem): Descendi de pais trabalhadores e honestos.


Lugar: Os corruptos vieram da capital.
Causa: O bebê chorava de fome.
Posse: Dizem que o dinheiro do povo sumiu.
Assunto: Falávamos do casamento da Mariele.
Matéria: Era uma casa de sapé.
A preposição de não deve contrair-se com o artigo, que
precede o sujeito de um verbo. É tempo de os alunos
estudarem. (e não: dos alunos estudarem)

Desde
(afastamento de um ponto no espaço): Essa neblina vem
desde São Paulo. No 3º quadrinho, nas três ocorrências, o sentido da
Tempo: Desde o ano passado quero mudar de casa. preposição “sem” e o das expressões que ela forma são,
respectivamente, de
Em (A) negação e causa.
(lugar): Moramos em Lucélia há alguns anos. (B) adição e condição.
Matéria: As queridas amigas Nilceia e Nadélgia moram em (C) ausência e modo.
Curitiba. (D) falta e consequência.
Especialidade: Minha amiga Cidinha formou-se em Letras. (E) exceção e intensidade.
Tempo: Tudo aconteceu em doze horas.
02. (Pref. Itaquitinga/PE - Técnico em Enfermagem -
Entre (posição entre dois limites): Convém colocar o vidro IDHTEC/2016)
entre dois suportes.
MAMÃ NEGRA (Canto de esperança)
Para
Direção: Não lhe interessava mais ir para a Europa. Tua presença, minha Mãe - drama vivo duma Raça, Drama
Tempo: Pretendo vê-lo lá para o final da semana. de carne e sangue Que a Vida escreveu com a pena dos séculos!
Finalidade: Lute sempre para viver com dignidade. Pelo teu regaço, minha Mãe, Outras gentes embaladas à voz da
A preposição para indica permanência definitiva. Vou ternura ninadas do teu leite alimentadas de bondade e poesia
para o litoral. (ideia de morar) de música ritmo e graça... santos poetas e sábios... Outras
gentes... não teus filhos, que estes nascendo alimárias
Perante (posição anterior): Permaneceu calado perante semoventes, coisas várias, mais são filhos da desgraça: a
todos. enxada é o seu brinquedo trabalho escravo - folguedo... Pelos
teus olhos, minha Mãe Vejo oceanos de dor Claridades de sol-
Por (percurso, espaço, lugar): Caminhava por ruas posto, paisagens Roxas paisagens Mas vejo (Oh! se vejo!...) mas
desconhecidas. vejo também que a luz roubada aos teus [olhos, ora esplende
Causa: Por ser muito caro, não compramos um pendrive demoniacamente tentadora - como a Certeza... cintilantemente
novo. firme - como a Esperança... em nós outros, teus filhos, gerando,
Espaço: Por cima dela havia um raio de luz. formando, anunciando -o dia da humanidade.
(Viriato da Cruz. Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império)
Sem (ausência): Eu vou sem lenço sem documento.
Em qual das alternativas o acento grave foi mal
Sob (debaixo de / situação): Prefiro cavalgar sob o luar. empregado, pois não houve crase?
Viveu, sob pressão dos pais. (A) “Milena Nogueira foi pela primeira vez à quadra da
escola de samba Império Serrano, na Zona Norte do Rio.”

Língua Portuguesa 34
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APOSTILAS OPÇÃO

(B) "Os relatos dos casos mostram repetidas violações dos Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na
direitos à moradia, a um trabalho digno, à integridade cultural, internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e
a vida e ao território." escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos
(C) “O corpo de Lucilene foi encontrado próximo à ponte ou deformados que circulam por aí e que não podem ser
do Moa no dia 11 de maio.” desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou
(D) “Fifa afirma que Blatter e Valcke enriqueceram às revista é processado se publicar sem autorização do autor um
custas da entidade.” texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em
(E) “Doriva saiu e Milton Cruz fez às vezes de técnico até a caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de
chegada de Edgardo Bauza no fim do ano passado.” falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a
desmentir e dar espaço ao contraditório.
03. (TJ/AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do
Avaliador - FGV/2018) cão em nome da liberdade de expressão, que é mais expressão
de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira
Além do celular e da carteira, cuidado com as figurinhas liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)
da Copa
Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018 O segmento do texto em que o emprego da preposição EM
indica valor semântico diferente dos demais é:
A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo (A) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas
uma temperatura muito alta. Preocupados que os mais afoitos crônicas”;
pelos cromos possam até roubá-los, muitos jornaleiros estão (B) A maioria dos abusos, se praticados em outros meios”;
levando seus estoques para casa quando termina o expediente. (C) “... seriam crimes já especificados em lei”;
Pode parecer piada, mas há até boatos sobre quadrilhas de (D) “...a comunicação virtual está em sua pré-história”;
roubo de figurinha espalhados por mensagens de celular. (E) “...ainda que em citação longa e sem aspas”.

No texto aparecem três ocorrências da preposição DE. Gabarito


1. “troca-troca de figurinhas”;
2. “roubo de figurinha”; 01.C / 02.E / 03.E / 04.C / 05.D
3. “mensagens de celular”.
Conjunções
Sobre o emprego dessa preposição nesses casos, é correto
afirmar que: Exercem a função de conectar as palavras dentro de uma
(A) os termos precedidos da preposição DE indicam oração. Desta forma, elas estabelecem uma relação de
pacientes dos vocábulos anteriores; coordenação ou subordinação e são classificadas em:
(B) os termos precedidos da preposição DE indicam Conjunções Coordenativas e Conjunções Subordinativas.
agentes dos termos anteriores;
(C) os termos “de figurinha” e “de celular” são Conjunções Coordenativas
complementos dos termos anteriores;
(D) os termos “de figurinhas” e “de celular” são adjuntos 1. Aditivas (Adição)
dos vocábulos precedentes; E
(E) os termos “de figurinhas” e “de figurinha” são Nem
complementos dos vocábulos precedentes. Não só... Mas também
Mas ainda
04. Assinale a alternativa em que a preposição destacada
Senão
estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase matriz:
Criaram-se a pão e água.
Exemplos:
(A) Desejo todo o bem a você.
Viajamos e descansamos.
(B) A julgar por esses dados, tudo está perdido.
Eu não só estudo, mas também trabalho.
(C) Feriram-me a pauladas.
(D) Andou a colher alguns frutos do mar.
2. Adversativas (posição contrária)
(E) Ao entardecer, estarei aí.
Mas
05. (TJ/AL - Técnico Judiciário - FGV/2018)
Porém
Ressentimento e Covardia Todavia
Entretanto
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os No entanto
usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma
legislação específica que coíba não somente os usos mas os Exemplos:
abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A Ela era explorada, mas não se queixava.
maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam Os alunos estudaram, no entanto não conseguiram as
crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune notas necessárias.
injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos
direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação 3. Alternativas (alternância)
indébita.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da Ou, ou
informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição Ora, ora
dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me Quer, quer
valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré- Já, já
história.

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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos: As coisas não são como parecem.


Ou você vem agora, ou não haverá mais ingressos. Farei tudo, conforme foi pedido.
Ora chovia, ora fazia sol.
9. Consecutivas (Consequência) – Que (precedido dos
4. Conclusivas (conclusão) termos: tal, tão, tanto...) / De forma que
Logo Exemplos:
Portanto A menina chorou tanto, que não conseguiu ir para a escola.
Por conseguinte Ontem estive viajando, de forma que não consegui
Pois (após o verbo) participar da reunião.

Exemplos: 10. Concessivas (Concessão) – Embora / Conquanto /


O caminho é perigoso; vá, pois, com cuidado! Ainda que / Mesmo que / Por mais que
Estamos nos esforçando, logo seremos recompensados. Exemplos:
Todos gostaram, embora estivesse mal feito.
5. Explicativas (explicação) Por mais que gritasse, ninguém o socorreu.
Que
Porque Questões
Porquanto
Pois (antes do verbo) 01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018)

Exemplos:
Não leia no escuro, que faz mal à vista.
Compre estas mercadorias, pois já estamos ficando sem.

Conjunções Subordinativas

Ligam uma oração principal a uma oração subordinativa,


com verbo flexionado.

1. Integrantes: iniciam a oração subordinada substantiva


– Que / Se / Como

Exemplos:
Todos perceberam que você estava atrasado.
Aposto como você estava nervosa.

2. Temporais (Tempo) – Quando / Enquanto / Logo que /


Assim que / Desde que Na fala do personagem no segundo quadrinho “Apesar da
Exemplos: aparência, sou um homem ultramoderno!”, a expressão
Logo que chegaram, a festa acabou. destacada estabelece entre as informações relação de sentido
Quando eu disse a verdade, ninguém acreditou. de
(A) comparação.
3. Finais (Finalidade) – Para que / A fim de que (B) finalidade.
Exemplo: (C) consequência.
Foi embora logo, a fim de que ninguém o perturbasse. (D) conclusão.
(E) concessão.
4. Proporcionais (Proporcionalidade) – À proporção que
/ À medida que / Quanto mais ... mais / Quanto menos... menos 02. (Prefeitura Trindade/GO - Auxiliar Administrativo
Exemplos: - FUNRIO/2016)
À medida que se vive, mais se aprende.
Quanto mais se preocupa, mais se aborrece. OMS recomenda ingerir menos de cinco gramas de sal
por dia
5. Causais (Causa) – Porque / Como / Visto que / Uma vez
que Se você tem o hábito de pegar no saleiro e polvilhar a
Exemplo: Como estivesse doente, não pôde sair. comida com umas pitadas de sal, é melhor pensar duas vezes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou esta
6. Condicionais (Condição) – Se / Caso / Desde que quinta-feira que um adulto consuma por dia menos de dois
Exemplos: gramas de sódio – ou seja, menos de cinco gramas de sal – para
Comprarei o livro, desde que esteja disponível. reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças
Se chover, não poderemos ir. cardiovasculares.
Pela primeira vez, a OMS faz recomendações também para
as crianças com mais de dois anos de idade, para que as
7. Comparativas (Comparação) – Como / Que / Do que / doenças relacionadas com a alimentação não se tornem
Quanto / Que nem crônicas na idade adulta. Neste caso, a OMS diz que os valores
Exemplos: devem ainda ser mais baixos do que os dois gramas de sódio,
Os filhos comeram como leões. devendo ser adaptados tendo em conta o tamanho, a idade e
A luz é mais veloz do que o som. as necessidades energéticas.
Teresa Firmino Adaptado de publico.pt/ciencia
8. Conformativas (Conformidade) – Como / Conforme /
Segundo
Exemplos:

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APOSTILAS OPÇÃO

Em para reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças Na construção “A polícia mata muitos, e mais ainda mata a
cardiovasculares, a palavra para expressa o seguinte economia”, a conjunção em destaque estabelece, entre as
significado: orações,
(A) oposição (A) uma relação de adição.
(B) finalidade (B) uma relação de oposição.
(C) causalidade (C) uma relação de conclusão.
(D) comparação (D) uma relação de explicação.
(E) temporalidade (E) uma relação de consequência.
03. (SEDUC/PA - Professor Classe I - Português - 05. (COPASA - Analista de Saneamento - Administrador
CONSULPLAN/2018) - FUMARC/2018)

Coisas & Pessoas Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque


sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda.
Desde pequeno, tive tendência para personificar as coisas. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos
Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre gritava:
por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação
“Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!”. Mas eu ouvia o
mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim, era um velho não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo
que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda hoje, quando objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.
leio que alguém se viu perseguido pelo clamor público, vejo
com estes olhos o Sr. Clamor Público, magro, arquejante, de Sobre os itens lexicais destacados no fragmento, estão
preto, brandindo um guarda-chuva, com um gogó corretas as afirmativas, EXCETO:
protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da (A) A conjunção “nem” liga dois itens (indústria / sistema)
perseguição. E já estava devidamente grandezinho, pois devia indicando oposição entre eles.
contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de (B) A conjunção “porque” introduz uma relação de
colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da ponte
causalidade entre as partes do período de que faz a ligação.
Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os
presidentes Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que (C) O conectivo “se” poderia ser substituído por “caso” e
fomos alojados os do meu grupo num casarão que creio fosse indica condicionalidade.
a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina. (D) O pronome “algum” transfere sua indefinitude ao
Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre substantivo que acompanha, “transtorno”.
as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os
alegres incômodos e duvidosos encantos, um vulto junto à Gabarito
minha cama, senti-me estremunhado e olhei atônito para um
tipo de chiru, ali parado, de bigodes caídos, pala pendente e 01.E / 02.B / 03.D / 04.B / 05.A
chapéu descido sobre os olhos. Diante da minha muda
interrogação, ele resolveu explicar-se, com a devida calma:
– Pois é! Não vê que eu sou o sereno… VOZES DOS VERBOS
E eis que, por milésimo de segundo, ou talvez mais, julguei
que se tratasse do sereno noturno em pessoa. [...] Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para
(Mário Quintana. Caderno H. 5. ed. São Paulo: Globo, 1989, p. 153-154.) indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação.
São três as vozes verbais:
Após a leitura do texto e considerando seu conteúdo, pode- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação
se afirmar quanto ao emprego da conjunção em relação à expressa pelo verbo. Ex.:
titulação do texto que o sentido produzido indica Ele fez o trabalho.
(A) compensação de um elemento em relação ao outro. (ele - sujeito agente) (fez - ação) (o trabalho - objeto
(B) acrescentamento de um elemento em relação ao outro. paciente)
(C) sobreposição do último elemento em detrimento do Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação
primeiro. expressa pelo verbo. Ex.:
(D) estabelecimento de uma relação de um elemento para O trabalho foi feito por ele.
com o outro. (O trabalho - sujeito paciente) (foi feito - ação) (por ele -
agente da passiva)
04. (IF/PE - Técnico em Enfermagem - 2016) Reflexiva: há dois tipos de voz reflexiva:
a) Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva,
Crônica da cidade do Rio de Janeiro quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Ex.:
- Carla machucou-se.
No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o - Marcos cortou-se com a faca.
Cristo Redentor estende os braços. Debaixo desses braços os - Roberto matou-se.
netos dos escravos encontram amparo. b) Reflexiva Recíproca: será chamada de reflexiva
Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um
apontando seu fulgor, diz, muito tristemente: pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o
- Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar primeiro. Ex.:
Ele daí. - Paula e Renato amam-se.
- Não se preocupe – tranquiliza uma vizinha. – Não se - Os jovens agrediram-se durante a festa.
preocupe: Ele volta. - Os ônibus chocaram-se violentamente.
A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na
cidade violenta soam tiros e também tambores: os atabaques, Formação da Voz Passiva
ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses
africanos. Cristo sozinho não basta. A voz passiva pode ser formada por dois processos:
(GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM Pocket,
2009.)
Voz Passiva Analítica: constrói-se da seguinte maneira
(Verbo Ser + particípio do verbo principal).
Ex.: A escola será pintada / O trabalho é feito por ele.

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APOSTILAS OPÇÃO

O agente da passiva geralmente é acompanhado da - Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido
preposição por, mas pode ocorrer a construção com a cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o
preposição de. Ex.: A casa ficou cercada de soldados. sujeito é paciente.
Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja Chamo-me Luís.
explícito na frase. Ex.: A exposição será aberta amanhã. Batizei-me na Igreja do Carmo.
A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar Ser, pois Operou-se de hérnia.
o particípio é invariável. Vacinaram-se contra a gripe.

Observe a transformação das frases seguintes: Questões


a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do 01. (Copebrás/PE - Analista Administrador - FCC)
indicativo)
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) A velhinha contrabandista
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
Todos os dias uma velhinha atravessava a ponte entre dois
Nas frases com locuções verbais, o verbo Ser assume o países, de bicicleta e carregando uma bolsa. E todos os dias era
mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe revistada pelos guardas da fronteira, à procura de
a transformação da frase seguinte: O vento ia levando as contrabando. Os guardas tinham certeza que a velhinha era
folhas. (gerúndio); As folhas iam sendo levadas pelo vento. contrabandista, mas revistavam a velhinha, revistavam a sua
(gerúndio) bolsa e nunca encontravam nada. Todos os dias a mesma coisa:
É menos frequente a construção da voz passiva analítica nada. Até que um dia um dos guardas decidiu seguir a velhinha,
com outros verbos que podem eventualmente funcionar como para flagrá-la vendendo a muamba, ficar sabendo o que ela
auxiliares: A moça ficou marcada pela doença. contrabandeava e, principalmente, como. E seguiu a velhinha
até o seu próspero comércio de bicicletas e bolsas.
Voz Passiva Sintética: a voz passiva sintética ou Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo
pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do descobrir qual. Significa que quem se concentra no mal
pronome apassivador “se”: Abriram-se as inscrições para o aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de
concurso; Destruiu-se o velho prédio da escola. O agente não aparente, ou que muita atenção ao detalhe atrapalha a
costuma vir expresso na voz passiva sintética. percepção do todo, ou que o hábito de só pensar o óbvio é a
pior forma de distração.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva (VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva,
2008, p. 41)
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar
substancialmente o sentido da frase.
Transpondo-se para a voz passiva a frase Um dos
guardas seguia a velhinha para que a flagrasse como
Gutenberg inventou a imprensa. (Voz Ativa)
contrabandista, as formas verbais resultantes deverão
Gutenberg – sujeito da Ativa
ser
a imprensa – Objeto Direto
(A) era seguida − fosse flagrada
(B) tinha seguido − vir a flagrá-la
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)
(C) tinha sido seguida − se flagrasse
A imprensa – Sujeito da Passiva
(D) estava seguindo − se tivesse flagrado
por Gutenberg – Agente da Passiva4
(E) teria seguido − tivesse sido flagrada
- Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
02. (ELETROBRÁS - Técnico de Segurança do Trabalho
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo
- FCC)
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Exemplos:
Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
energia solar
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
mestres.
Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é
Eu o acompanharei.
extremo. Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi
Ele será acompanhado por mim.
exatamente por causa da temperatura que foi construída em
Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar do mundo.
- Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes
haverá complemento agente na passiva: Prejudicaram-me; Fui
energéticas renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles
prejudicado.
têm de sobra por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem
é diversificar e poluir menos. Uma aposta no futuro.
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos,
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do
são chamados neutros: O vinho é bom; Aqui chove muito.
papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que
- Há formas passivas com sentido ativo:
deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As
É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
outro. É perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
isolam o calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar
corredores de brisa.
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido (Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a
passivo: energia solar”. Disponível em:
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)

4 CEGALA, Domingos. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

Os revestimentos das paredes isolam o calor. (3º (D) Realizou-se a análise pesquisadores dos Estados
parágrafo) Unidos e da China.
(E) Pesquisadores dos Estados Unidos e da China
Essa oração está corretamente reescrita na voz passiva em: realizaram a análise.
(A) Isola o calor os revestimentos das paredes.
(B) O calor é isolado pelos revestimentos das paredes. Gabarito
(C) Isolam-se o calor ao ser revestido as paredes.
(D) O calor é que isola os revestimentos das paredes. 01.A / 02.B / 03.D / 04.A / 05.E
(E) Os revestimentos das paredes são isolado do calor.

03. (Pref. Caucaia/CE - Agente de Suporte a Concordância nominal e


Fiscalização - CETREDE) O período “Fazem-se unhas” é verbal.
sintaticamente igual a
(A) faz-se unhas.
(B) precisa-se de empregados. CONCORDÂNCIA NOMINAL
(C) trabalha-se muito.
(D) compram-se livros. Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos
(E) unhas são feitas. demais termos da oração para que concordem em gênero e
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o
04. (Pref. Carpina - Assistente Administrativo - artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos
CONPASS) Identifique a alternativa que apresenta o verbo na também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
voz reflexiva:
(A) Os pais contemplam-se nos filhos. Regra geral: o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome
(B) Desejo comprar um livro. concordam em gênero e número com o substantivo.
(C) As cidades serão enfeitadas. A pequena criança é uma gracinha. / O garoto que encontrei
(D) Abrir-se-ão novas escolas. era muito gentil e simpático.
(E) As despesas foram pagas por mim.
Casos especiais: veremos alguns casos que fogem à regra
05. (TRT 2ª Região/SP - Técnico Judiciário - FCC/2018) geral mostrada acima.
Comer um ovo por dia pode ajudar a evitar problemas
cardíacos comuns, de acordo com um novo estudo científico a) Um adjetivo após vários substantivos
publicado no jornal Heart. 1- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o
A análise foi realizada por pesquisadores dos Estados plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
Unidos e da China, que avaliaram a existência de uma relação Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. / Irmão
entre o consumo de ovos e o menor risco de desenvolvimento e primo recém-chegados estiveram aqui.
de problemas coronários, problemas cardiovasculares, doença
arterial coronariana, acidentes vasculares cerebrais 2- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o
isquêmicos ou hemorrágicos. plural masculino ou concorda com o substantivo mais
Coletados entre os anos de 2004 e 2008 (com participantes próximo.
acompanhados por 8 ou 9 anos depois disso), os dados usados Ela tem pai e mãe louros. / Ela tem pai e mãe loura.
eram de mais de 500 mil pessoas que residem em diferentes
regiões da China e têm idades entre 30 e 79 anos. Dessa base, 3- Adjetivo funciona como predicativo: vai
13,1% dos participantes disseram consumir cerca de um ovo obrigatoriamente para o plural.
por dia (0,76), enquanto 9,1% afirmaram nunca ou quase O homem e o menino estavam perdidos. / O homem e sua
nunca comer o alimento (0,29 ovo por dia). esposa estiveram hospedados aqui.
A conclusão dos pesquisadores foi de que o consumo b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
moderado de ovos, um por dia, em média, apresentou um nível 1- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais
significativamente mais baixo de desenvolvimento de doenças próximo.
cardiovasculares, sem que a ingestão do alimento Comi delicioso almoço e sobremesa. / Provei deliciosa fruta
apresentasse efeitos que coloquem a saúde em risco. e suco.
No estudo, o alimento reduziu em 26% o risco de 2- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
hemorragia cerebral e em 28% o risco de morte por essa concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
condição. Já o risco de morte por doença cardiovascular foi Estavam feridos o pai e os filhos. / Estava ferido o pai e os
diminuído em 18% devido ao consumo do ovo. No caso de filhos.
pessoas que comem, em média, 5 ovos por semana, o risco de
doença cardíaca isquêmica foi reduzido em 12%, em relação c) Um substantivo e mais de um adjetivo
às pessoas que afirmaram consumir ovos raramente. 1- antecede todos os adjetivos com um artigo. Falava
(Texto adaptado. Disponível em: exame.abril.com.br)
fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
2- coloca o substantivo no plural. Falava fluentemente as
A análise foi realizada por pesquisadores dos Estados línguas inglesa e espanhola.
Unidos e da China... (2o parágrafo)
d) Pronomes de tratamento
A frase indicada acima fica com a forma verbal correta na
Sempre concordam com a 3ª pessoa. Vossa Santidade
voz ativa correspondente em:
esteve no Brasil.
(A) Pesquisadores dos Estados Unidos e da China realizam
a análise.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
(B) Foi pesquisadores dos Estados Unidos e da China que
Concordam com o substantivo a que se referem.
realizaram a análise.
As cartas estão anexas. / A bebida está inclusa.
(C) É que pesquisadores dos Estados Unidos e da China
realizaram a análise.

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APOSTILAS OPÇÃO

f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) (B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam
Após essas expressões o substantivo fica sempre no encontros semanais com os diversos interessados no assunto.
singular e o adjetivo no plural. (C) Alguma solução é necessária, e logo!
Renato advogou um e outro caso fáceis. / Pusemos numa e (D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a
noutra bandeja rasas o peixe. ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido
não pode prosperar.
g) É bom, é necessario, é proibido (E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D.
Essas expressões não variam se o sujeito não vier João VI ter também elevado sua colônia americana à condição
precedido de artigo ou outro determinante. de Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. obter certa autonomia econômica.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada
é proibida. 02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de
gênero, número ou pessoa):
h) Muito, pouco, caro (A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer
1- Como adjetivos: seguem a regra geral. a diferença.”
Comi muitas frutas durante a viagem. / Pouco arroz é (B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
suficiente para mim. (C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às
cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.
2- Como advérbios: são invariáveis. (D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de
Comi muito durante a viagem. / Pouco lutei, por isso perdi longe...
a batalha. (E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais
compreensivo.
i) Mesmo, bastante
1- Como advérbios: invariáveis 03. A concordância nominal está INCORRETA em:
Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. (A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o
envolvimento da empresa.
2- Como pronomes: seguem a regra geral. (B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
Seus argumentos foram bastantes para me convencer. desnecessária.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. (C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da
empresa e a campanha.
j) Menos, alerta (D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
Em todas as ocasiões são invariáveis. desnecessárias.
Preciso de menos comida para perder peso. / Estamos alerta
para com suas chamadas. 04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos
parênteses.
k) Tal Qual
“Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o (A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/
consequente. necessária)
As garotas são vaidosas tais qual a tia. / Os pais vieram (B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas)
fantasiados tais quais os filhos. (C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/
bastantes)
l) Possível (D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios)
Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou (E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino.
“pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. (meio/ meia)
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da 05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em:
cidade. (A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos.
(B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre
m) Meio o assunto.
1- Como advérbio: invariável. (C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e
Estou meio (um pouco) insegura. criança viciadas.
(D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de
2- Como numeral: segue a regra geral. parentes.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
Respostas
n) Só 01.D / 02.D / 03.B / 04. a) necessária b) alerta c)
1- apenas, somente (advérbio): invariável. bastantes d) vazia e) meio / 05. C
Só consegui comprar uma passagem.
CONCORDÂNCIA VERBAL
2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas. Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos
referindo à relação de dependência estabelecida entre um
Questões termo e outro mediante um contexto oracional.

01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou Casos Referentes a Sujeito Simples
nominal: 1) Sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em
(A) Será descontada em folha sua contribuição sindical. número e pessoa: O aluno chegou atrasado.

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APOSTILAS OPÇÃO

2) O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo do - Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
singular, o verbo permanece na terceira pessoa do determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os
singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
Observação: no caso de o coletivo aparecer seguido de
adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular 11) Quando o sujeito estiver representado por pronomes
ou poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira
gritos. / Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. pessoa do singular ou do plural: Vossas
Majestades gostaram das homenagens. Vossas Excelência agiu
3) Quando o sujeito é representado por expressões com inteligência.
partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a
metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode 12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo
concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos
substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar. que os determinam:
/ A maioria dos alunos resolveram ficar. - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo
ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo Cubas é uma criação de Machado de Assis.
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas. permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência
mundial.
5) Em casos em que o sujeito é representado pela - Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele
expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos
de um candidato se inscreveu no concurso de piadas. é uma potência mundial.
Observação: no caso da referida expressão aparecer
repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade, Casos Referentes a Sujeito Composto
o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando
de doação de alimentos. / Mais de um formando se relacionado a dois pressupostos básicos:
abraçaram durante as solenidades de formatura. - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
6) O sujeito for composto da expressão “um dos que”, o - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na
verbo permanecerá no plural: Paulo é um dos que mais 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. / Tu e ele são primos.
trabalhar.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer
7) Quanto aos relativos à concordância com locuções anteposto (antes) ao verbo, este permanecerá no plural: O pai
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, e seus dois filhos compareceram ao evento.
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário
nos atermos a duas questões básicas: 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto (depois) ao
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou
o verbo poderá com ele concordar, como poderá também permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus
concordar com o pronome pessoal: Alguns dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
no singular, o verbo também permanecerá no singular: Algum mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular:
de nós o receberá. Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do
mundo.

8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo
singular ou poderá concordar com o antecedente desse poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu
Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é
fruto de meu esforço.
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que Questões
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós
que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo. 01. A concordância realizou-se adequadamente em qual
alternativa?
10) No caso de o sujeito aparecer representado por (A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior
expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará potência econômica do planeta, mas há quem aposte que a
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa China, em breve, o ultrapassará.
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da (B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos
diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão. que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
Observações: (C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de comê-las sem receio!
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na
Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários. janela do hotel!
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no
singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da
diretoria.

Língua Portuguesa 41
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APOSTILAS OPÇÃO

02. Uma pergunta de dificuldades para obter a energia necessária a sua


sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças.
Frequentemente cabe aos detentores de cargos de (E) A maioria dos organismos mais complexos possui um
responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a
consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para mudanças ambientais, como alterações na temperatura.
amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador e
político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a 04. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
decisão: - Quem sofrerá? a concordância verbal está correta em:
Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a (A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois
se considerar. acabou os créditos.
(Salvador Nicola, inédito) (B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis
que executa diversos serviços para os clientes.
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no (C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis
singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: para os passageiros que chegavam à cidade.
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de (D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. lembranças que seu tio lhe deixou.
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre (E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de
o peso de suas mais graves decisões. táxi para bater um papo com o motorista.
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer)
tomar decisões sem medir suas consequências. Respostas
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... 01.C / 02.C / 03.E / 04.C
(costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas.
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade,
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
humana. Regência nominal e verbal.
03. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando
a constatação do satélite Kepler de que existem muitos REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
planetas com características físicas semelhantes ao nosso,
reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que Regência Verbal
a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no
Universo. A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos
persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa
em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de
Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, conhecermos as diversas significações que um verbo pode
o que, se não permite estimar o número de civilizações extra assumir com a simples mudança ou retirada de uma
terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas preposição.
expectativas. Observe:
Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar,
inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos contentar.
complexos leva necessariamente à consciência e à A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado
inteligência? ou prazer", satisfazer.
Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais
matemático do que biológico: complexidade engendra Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de
complexidade, levando a uma corrida armamentista entre "agradar a alguém".
espécies cujo subproduto é a inteligência.
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para Saiba que:
eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e O conhecimento do uso adequado das preposições é um
coincidências que alguns animais transformaram a capacidade dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e
de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se também nominal). As preposições são capazes de modificar
rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes exemplos:
as chances de não chegarmos a nada parecido com a Cheguei ao metrô.
inteligência. Cheguei no metrô.
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 2012.)
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo
A frase em que as regras de concordância estão caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração
plenamente respeitadas é: "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o
(A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua,
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na verbos, e a regência culta.
natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se
valerem de criatividade e planejamento. Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de
(C) Desde que observe cuidados básicos, como obter acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é
energia por meio de alimentos, os organismos simples podem um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes
preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade. formas em frases distintas.
(D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio

Língua Portuguesa 42
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APOSTILAS OPÇÃO

Verbos Intransitivos Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.


Os verbos intransitivos não possuem complemento. É Eles desobedeceram às leis do trânsito.
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. c) Responder - tem complemento introduzido pela
a) Chegar, Ir; preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais quem" ou "ao que" se responde.
de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para Respondi ao meu patrão.
indicar destino ou direção são: a, para. Respondemos às perguntas.
Fui ao teatro. Respondeu-lhe à altura.
Adjunto Adverbial de Lugar Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
Ricardo foi para a Espanha. analítica. Veja: O questionário foi respondido corretamente. /
Adjunto Adverbial de Lugar Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.

b) Comparecer; d) Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos


O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido introduzidos pela preposição "com".
por em ou a. Antipatizo com aquela apresentadora.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último Simpatizo com os que condenam os políticos que governam
jogo. para uma minoria privilegiada.

Verbos Transitivos Diretos Verbos Transitivos Diretos e Indiretos


Os verbos transitivos diretos são complementados por Os verbos transitivos diretos e indiretos são
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses destaque, nesse grupo:
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem Agradecer, Perdoar e Pagar
assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais São verbos que apresentam objeto direto
terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.
verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, Veja os exemplos:
quando complementos verbais, objetos indiretos. Agradeço aos ouvintes a audiência.
São verbos transitivos diretos: abandonar, abençoar, Objeto Indireto Objeto Direto
aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar,
alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.
condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, Objeto Direto Objeto Indireto
estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, Paguei o débito ao cobrador.
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar, dentre Objeto Direto Objeto Indireto
outros.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com
o verbo amar: particular cuidado. Observe:
Amo aquele rapaz. / Amo-o. Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Amo aquela moça. / Amo-a. Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Amam aquele rapaz. / Amam-no. Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
adnominais). Informar
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
Verbos Transitivos Indiretos preços)
Os verbos transitivos indiretos são complementados por
objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma - Na utilização de pronomes como complementos, veja as
preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os construções:
pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
podem atuar como objetos indiretos são o "lhe", o "lhes", para Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre
substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, eles)
as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os
objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os
pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
lugar dos pronomes átonos lhe, lhes.
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: Comparar
a) Consistir - tem complemento introduzido pela Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
preposição "em". preposições "a" ou "com" para introduzir o complemento
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para indireto.
todos. Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma
criança.
b) Obedecer e Desobedecer - possuem seus complementos
introduzidos pela preposição "a".

Língua Portuguesa 43
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APOSTILAS OPÇÃO

Pedir Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)


Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
forma de oração subordinada substantiva) e indireto de Assistir
pessoa. - Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar
Pedi-lhe favores. assistência a, auxiliar. Por Exemplo:
Objeto Indireto Objeto Direto As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
Pedi-lhe que mantivesse em silêncio. - Assistir é transitivo indireto no sentido de ver,
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva presenciar, estar presente, caber, pertencer.
Objetiva Direta

Exemplos:
Saiba que:
Assistimos ao documentário.
1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem
Não assisti às últimas sessões.
cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No
Essa lei assiste ao inquilino.
entanto, é considerada correta quando a
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é
palavra licença estiver subentendida.
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de
lugar introduzido pela preposição "em".
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Assistimos numa conturbada cidade.
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma
Chamar
oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar,
(para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
solicitar a atenção ou a presença de.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-
2) A construção "dizer para", também muito usada
la.
popularmente, é igualmente considerada incorreta.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
Preferir
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto
predicativo preposicionado ou não.
indireto introduzido pela preposição "a". Por Exemplo:
A torcida chamou o jogador mercenário.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
Prefiro trem a ônibus.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um
milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente
Custar
no próprio verbo (pre).
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor
ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.
Mudança de Transitividade versus Mudança de
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
Significado
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou
Há verbos que, de acordo com a mudança de
transitivo indireto.
transitividade, apresentam mudança de significado. O
conhecimento das diferentes regências desses verbos é um
Muito custa viver tão longe da família.
recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
correta interpretação de passagens escritas, oferece Intransitivo Reduzida de Infinitivo
possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os
principais, estão: Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude.
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva -
Agradar Subjetiva Reduzida de Infinitivo
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos,
acariciar. Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por
quando o revê. pessoa. Observe o exemplo abaixo:
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Custei para entender o problema.
Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo. Forma correta: Custou-me entender o problema.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado
a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido Implicar
pela preposição "a". - Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
O cantor não agradou aos presentes. a) dar a entender, fazer supor, pressupor
O cantor não lhes agradou. Suas atitudes implicavam um firme propósito.
b) Ter como consequência, trazer como consequência,
Aspirar acarretar, provocar
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar Liberdade de escolha implica amadurecimento político de
(o ar), inalar. um povo.
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter - Como transitivo direto e indireto, significa comprometer,
como ambição. envolver
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
elas) Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Obs.: como o objeto direto do verbo "aspirar" não é pessoa, indireto e rege com preposição "com".
mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas "lhe" e Implicava com quem não trabalhasse arduamente.
"lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja o
exemplo:

Língua Portuguesa 44
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APOSTILAS OPÇÃO

Proceder Proeminência sobre


- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter Capacidade de, para
cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, Impaciência com
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de Respeito a, com, para com, por
adjunto adverbial de modo.
As afirmações da testemunha procediam, não havia como Adjetivos
refutá-las. Acessível a
Você procede muito mal. Diferente de
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a Necessário a
preposição" de") e fazer, executar (rege complemento Acostumado a, com
introduzido pela preposição "a") é transitivo indireto. Entendido em
O avião procede de Maceió. Nocivo a
Procedeu-se aos exames. Afável com, para com
O delegado procederá ao inquérito. Equivalente a
Paralelo a
Querer Agradável a
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter Escasso de
vontade de, cobiçar. Parco em, de
Querem melhor atendimento. Alheio a, de
Queremos um país melhor. Essencial a, para
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, Passível de
estimar, amar. Análogo a
Quero muito aos meus amigos. Fácil de
Ele quer bem à linda menina. Preferível a
Despede-se o filho que muito lhe quer. Ansioso de, para, por
Fanático por
Visar Prejudicial a
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, Apto a, para
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Favorável a
O homem visou o alvo. Prestes a
O gerente não quis visar o cheque. Ávido de
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Generoso com
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição "a". Propício a
O ensino deve sempre visar ao progresso social. Benéfico a
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar Grato a, por
público. Próximo a
Capaz de, para
Regência Nominal Hábil em
Relacionado com
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, Compatível com
adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa Habituado a
relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo Relativo a
da regência nominal, é preciso levar em conta que vários Contemporâneo a, de
nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de Idêntico a
que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses Satisfeito com, de, em, por
casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o Contíguo a
exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos Impróprio para
regem complementos introduzidos pela preposição "a". Veja: Semelhante a
Obedecer a algo/ a alguém. Contrário a
Obediente a algo/ a alguém. Indeciso em
Sensível a
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da Curioso de, por
preposição ou preposições que os regem. Observe-os Insensível a
atentamente e procure, sempre que possível, associar esses Sito em
nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. Descontente com
Liberal com
Substantivos Suspeito de
Admiração a, por Desejoso de
Devoção a, para, com, por Natural de
Medo a, de Vazio de
Aversão a, para, por
Doutor em Advérbios
Obediência a - Longe de;
Atentado a, contra - Perto de.
Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir
Bacharel em o regime dos adjetivos de que são formados: paralela à;
Horror a paralelamente a; relativa a; relativamente a.5

5 www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

Língua Portuguesa 45
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões Considerando as regras de regência da norma-padrão da


língua portuguesa, a frase do primeiro quadrinho está
01. (Administrador - FCC) corretamente reescrita, e sem alteração de sentido, em:
... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras (A) Ter amigos ajuda contra o combate pela depressão.
ciências ... (B) Ter amigos ajuda o combate sob a depressão.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o (C) Ter amigos ajuda do combate com a depressão.
grifado acima está empregado em: (D) Ter amigos ajuda ao combate na depressão.
(A) ...astros que ficam tão distantes... (E) Ter amigos ajuda no combate à depressão.
(B) ...que a astronomia é uma das ciências...
(C) ...que nos proporcionou um espírito... 06. (Escrevente TJ SP - VUNESP) Assinale a alternativa
(D) ...cuja importância ninguém ignora... em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de
(E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro... junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à
pontuação.
02. (Agente de Apoio Administrativo - FCC) (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
...pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
do sueco. notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de outros.
complementos que o grifado acima está empregado em: (B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam
(A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
(B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
(C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia... exemplo!, do que em outros.
(D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro... (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam
(E) O delegado apenas olhou-a espantado com o rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
atrevimento. avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
exemplo, do que em outros.
03. (Agente de Defensoria Pública - FCC) (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o
desiguais... avanço seja mais notável em alguns países - o Brasil é um
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o exemplo - do que em outros.
grifado acima está empregado em: (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
(A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
extremos de sutileza. notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
(B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos outros.
troncos mais robustos.
(C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, 07. (Papiloscopista Policial - VUNESP) Assinale a
não raro, quem... alternativa correta quanto à regência dos termos em destaque.
(D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
serra de Tunuí... responsabilidade pelo problema.
(E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter se
gentio, mestre e colaborador... perdido.
(C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de
04. (Agente Técnico - FCC) um índio na porta do prédio.
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da perdido de sua família.
frase acima se encontra em: (E) A família toda se organizou para realizar a procura à
(A) A palavra direito, em português, vem de directum, do garotinha.
verbo latino dirigere...
(B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das 08. (Analista de Sistemas - VUNESP) Assinale a
sociedades... alternativa que completa, correta e respectivamente, as
(C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
justiça. Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
(D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
da justiça... corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
(E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a
sentimento de justiça. mídia pode exercer sobre os jovens.
(A) dos … na
05. Leia a tira a seguir. (B) nos … entre a
(C) aos … para a
(D) sobre os … pela
(E) pelos … sob a

09. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças


Públicas - VUNESP) Considerando a norma-padrão da língua,
assinale a alternativa em que os trechos destacados estão
corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
(A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de
dez mil tomadas.
(B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar A criança começou a falar.


logotipos e negociar. Ela não tem nada a dizer.
(D) O taxista levou o autor a indagar no número de
tomadas do edifício. Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
(E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
reparasse a um prédio na marginal.
3) Diante da maioria dos pronomes e das expressões de
10. (Assistente de Informática II - VUNESP) Assinale a tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e
alternativa que substitui a expressão destacada na frase, dona:
conforme as regras de regência da norma-padrão da língua e Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
sem alteração de sentido. Entreguei a todos os documentos necessários.
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
direitos dos trabalhadores domésticos.
(A) da Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes
(B) na podem ser identificados pelo método: troque a palavra
(C) pela feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a
(D) sob a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
E) sobre a Refiro-me à mesma pessoa.
(Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Respostas Informei o ocorrido à senhora.
1.D / 2.D / 3.A / 4.A / 5.E / 6.D / 7.A / 8.C / 9.A / 10.C (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo.
(Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)
Ocorrência de crase. 4) Diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos
Daqui a uma semana começa o campeonato.
CRASE
Casos em que a crase SEMPRE ocorre
É de grande importância a crase da preposição “a” com o
artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes 1) Diante de palavras femininas:
aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
quais). Sempre vamos à praia no verão.
Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
crase. O uso apropriado do acento grave depende da
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental 2) Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
também, para o entendimento da crase, dominar a regência (mesmo que a expressão moda de fique subentendida:
dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”. O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
artigo ou pronome.6 Observe:
Vou a + a igreja. 3) Na indicação de horas:
Vou à igreja. Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”, Foram dormir à meia-noite.
exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo
“a” que está determinando o substantivo feminino igreja. 4) Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de
Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, que participam palavras femininas. Por exemplo:
a união delas é indicada pelo acento grave. Observe outros
exemplos: à tarde às ocultas às pressas à medida que
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna. à noite às claras às escondidas à força

No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer à vontade à beça à larga à escuta
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”. à esquerda às turras às vezes à chave
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes à direita à procura à deriva à toa
já especificados.
à luz à sombra de à frente de à proporção que
Casos em que a crase NÃO ocorre
à semelhança de às ordens à beira de

1) Diante de substantivos masculinos:


Andamos a cavalo. Crase diante de Nomes de Lugar
Fomos a pé.
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do
2) Diante de verbos no infinitivo: artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo de modo que

6 www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint76.php

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APOSTILAS OPÇÃO

diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a Crase com a Palavra Distância
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não - Se a palavra distância estiver especificada ou
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está
“em”. A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse determinada)
nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A
exemplo: palavra está especificada.)

Vou à França. (Vim da[ de+a] França. Estou na[ em+a] - Se a palavra distância não estiver especificada, a crase
França.) não pode ocorrer. Por exemplo:
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) Os militares ficaram a distância.
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) Gostava de fotografar a distância.
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Ensinou a distância.
Alegre.)
Observação: por motivo de clareza, para evitar
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Gostava de fotografar à distância.
Ex.: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. Ensinou à distância.
Vou à praia. = Volto da praia. Dizem que aquele médico cura à distância.

- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
ocorrerá crase. Veja:
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, 1) Diante de nomes próprios femininos: é facultativo o uso
pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”. da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
Paula é muito bonita; ou A Paula é muito bonita.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos (Aquele (s), Laura é minha amiga; ou A Laura é minha amiga.
Aquela (s), Aquilo)
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
regente exigir a preposição “a”. Por exemplo: feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos
escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Refiro-me a + aquele atentado.
Entreguei o cartão a Paula; ou Entreguei o cartão à Paula.
Entreguei o cartão a Roberto; ou Entreguei o cartão ao
Preposição Pronome Roberto.

2) Diante de pronome possessivo feminino: é facultativo o


Refiro-me àquele atentado.
uso da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo Minha avó tem setenta anos; ou A minha avó tem setenta
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige anos.
preposição, portanto, ocorre a crase. Minha irmã está esperando por você; ou A minha irmã está
esperando por você.
Observe este outro exemplo:
Aluguei aquela casa. Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. frases abaixo das seguintes formas:
Cedi o lugar a minha avó; ou Cedi o lugar à minha avó.
Crase com os Pronomes Relativos (A Qual, As Quais) Cedi o lugar a meu avô; ou Cedi o lugar ao meu avô.
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e
as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses 3) Depois da preposição até:
pronomes exigir a preposição a, haverá crase.
Fui até a praia; ou Fui até à praia.
É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos
Acompanhe-o até a porta; ou Acompanhe-o até à porta.
utilizando a substituição do termo regido feminino por um A palestra vai até as cinco horas da tarde; ou A palestra vai
termo regido masculino. Por exemplo: até às cinco horas da tarde.

A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. Questões


O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade
01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas
crase. Veja outros exemplos: consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades e
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. questões de saúde pública como programas de esclarecimento
e prevenção, de tratamento para dependentes e de
Crase com o Pronome Demonstrativo (a) reintegração desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” de um médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um
também pode ser detectada através da substituição do termo drogado da nossa própria família?
regente feminino por um termo regido masculino. Veja: (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 2012)
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país. As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
As orações são semelhantes às de antes. respectivamente, com:
Os exemplos são semelhantes aos de antes. (A) aos … à … a … a
(B) aos … a … à … a

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) a … a … à … à 05. O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP)


(D) à … à … à … à também desenvolve atividades lúdicas de apoio______
(E) a … a … a … a ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em
02. Leia o texto a seguir. liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu vida digna.
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do (www.metropolitana.com.br. 2012)
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o Assinale a alternativa que preenche, correta e
que fez. respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de Janeiro: Globo, padrão da língua portuguesa.
1997,) (A) à … à … à
(B) a … a … à
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na (C) a … à … à
ordem dada: (D) à … à ... a
(A) à – a – a (E) a … à … a
(B) a – a – à
(C) à – a – à Gabarito
(D) à – à – a 1.B / 2.A / 3.B / 4.A / 5.D
(E) a – à – à

03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas Sintaxe: coordenação e


já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
(A) à - àqueles - a - há
subordinação.
(B) a - àqueles - a - há
(C) a - aqueles - à - a Período
(D) à - àqueles - a - a
(E) a - aqueles - à - há Toda frase com uma ou mais orações constitui um período,
que se encerra com ponto de exclamação, interrogação ou
04. Leia o texto a seguir. reticências.
O período de uma oração pode ser: simples quando só traz
Comunicação uma oração, também conhecida como oração absoluta; ou
composto quando traz mais de uma oração. Exemplo:
O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração absoluta.)
autor ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma Quero que você aprenda. (Período composto.)
queda de popularidade em termos de venda. Ou, quando
teatrólogo, em termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw. Existe uma maneira prática de saber quantas orações há
E, entre nós, o suave fantasma de Cecília Meireles recém está num período, e para isso basta contar os verbos ou locuções
se materializando, tantos anos depois. verbais. Num período haverá tantas orações quantos forem os
Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para a verbos ou as locuções verbais neles existentes. Exemplos:
solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro
que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
e efervescente. Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se. Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
Sua comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por oração)
afinidades. É como, na vida, se faz um amigo. Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas
E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada locuções verbais, duas orações)
formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho - para que
sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente Há três tipos de período composto: por coordenação, por
reproduzidos uns dos outros. subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo
Mas acontece que há também autores xerox, que nos tempo (também chamada de período misto).
invadem com aqueles seus best-sellers...
Será tudo isto uma causa ou um efeito? Período Composto por Coordenação – Orações
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já Coordenadas
foi civilizado.
Considere, por exemplo, este período composto:
(Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1. ed.,
2005.) Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os
tempos de infância.
Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação 1ª oração: Passeamos pela praia
festiva e efervescente. 2ª oração: brincamos
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se 3ª oração: recordamos os tempos de infância
o segmento grifado for substituído por: As três orações que compõem esse período têm sentido
(A) leitura apressada e sem profundidade. próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência
(B) cada um de nós neste formigueiro. sintática: elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma
(C) exemplo de obras publicadas recentemente. relação de sentido, mas, como já dissemos, uma não depende
(D) uma comunicação festiva e virtual. da outra sintaticamente.
(E) respeito de autores reconhecidos pelo público. As orações independentes de um período são chamadas de
orações coordenadas (OC), e o período formado só de
orações coordenadas é chamado de período composto por
coordenação.

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APOSTILAS OPÇÃO

As orações coordenadas são classificadas em assindéticas Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
e sindéticas. conjunção que estabelece uma relação de alternância ou
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando escolha com referência à oração anterior, ou seja, por uma
não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo: conjunção coordenativa alternativa.
Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
OCA OCA OCA Cale-se agora ou nunca mais fale.
Ora colocava a luca, ora a retirava.
“Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
Assis) - Orações coordenadas sindéticas explicativas: que,
“A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.” porque, pois, porquanto.
(Antônio Olavo Pereira) Vamos andar depressa / que estamos atrasados.
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” OCA OCS Explicativa
(Coelho Neto) Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação à
- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa
vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo: explicativa.
O homem saiu do carro / e entrou na casa.
OCA OCS Não comprei o carro, porque estava muito caro.
Cumprimente-a, pois hoje é o seu aniversário.
As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
acordo com o sentido expresso pelas conjunções Questões
coordenativas que as introduzem. E podem ser:
01. Relacione as orações coordenadas por meio de
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não conjunções:
só... mas também, não só... mas ainda. (A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões
Saí da escola / e fui à lanchonete. surgiram.
OCA OCS Aditiva (B) Não durma sem cobertor. A noite está fria.
(C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los.
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com 02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o
referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção marulhar das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de:
coordenativa aditiva. (A) causa
(B) explicação
O menino comprou pães e um leite. (C) conclusão
As crianças não gritavam e nem choravam. (D) proporção
Os celulares não somente instruem mas também (E) comparação
divertem.
03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, sublinhada pode indicar uma ideia de:
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. (A) concessão
(B) oposição
Estudei bastante / mas não passei no teste. (C) condição
OCA OCS Adversativa (D) lugar
(E) consequência
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou 04. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem,
seja, por uma conjunção coordenativa adversativa. entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.
1. Correu demais, ... caiu.
O aluno é estudioso, porém, suas notas são baixas. 2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles) 3. A matéria perece, ... a alma é imortal.
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, detalhes.
por isso, pois, logo. 5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.

Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão. (A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto
OCA OCS Conclusiva (B) por isso, porque, mas, portanto, que
(C) logo, porém, pois, porque, mas
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma (D) porém, pois, logo, todavia, porque
conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato (E) entretanto, que, porque, pois, portanto
enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção
coordenativa conclusiva. 05. Reúna as três orações em um período composto por
coordenação, usando conjunções adequadas.
Vives mentindo; logo, não mereces fé.
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar. Os dias já eram quentes.
A água do mar ainda estava fria.
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou... ou, As praias permaneciam desertas.
ora... ora, seja... seja, quer... quer.

Seja mais educado / ou retire-se da reunião!


OCA OCS Alternativa

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Respostas - Concessivas: expressam ideia ou fato contrário ao da


oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
01. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais
surgiram. que, mesmo que.
Não durma sem cobertor, pois a noite está fria. Ela saiu à noite / embora estivesse doente.
Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los. OP OSA Concessiva
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que
02. E\03. C\04. B ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente.
Embora não possuísse informações seguras, ainda
05. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda assim arriscou uma opinião.
estava fria, por isso as praias permaneciam desertas. Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo
quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos
Período Composto por Subordinação critiquem.
Observe os termos destacados em cada uma destas Por mais que gritasse, não me ouviram.
orações:
Vi uma cena triste. (adjunto adnominal) - Conformativas: expressam a conformidade de um fato
Todos querem sua participação. (objeto direto) com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado.
causa) OP OSA Conformativa

Veja, agora, como podemos transformar esses termos em O homem age conforme pensa.
orações com a mesma função sintática: Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi.
Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas.
com função de adjunto adnominal) O jornal, como sabemos, é um grande veículo de
Todos querem / que você participe. (oração subordinada informação.
com função de objeto direto)
Não pude sair / porque estava chovendo. (oração - Temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ao
subordinada com função de adjunto adverbial de causa) que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando,
assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal
Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma (=assim que).
certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto, Ele saiu da sala / assim que eu cheguei.
subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo OP OSA Temporal
menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a
subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele Formiga, quando quer se perder, cria asas.
é classificado como período composto por subordinação. “Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
As orações subordinadas são classificadas de acordo com a esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti)
função que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas. “Quando os tiranos caem, os povos se levantam.”
(Marquês de Maricá)
Orações Subordinadas Adverbiais (OSA) Enquanto foi rico, todos o procuravam.
São aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da
oração principal (OP). São classificadas de acordo com a - Finais: expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
conjunção subordinativa que as introduz: enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de
que, porque (=para que), que.
- Causais: expressam a causa do fato enunciado na oração Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar.
principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, OP OSA Final
visto que.
Não fui à escola / porque fiquei doente. “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
OP OSA Causal (Marquês de Maricá)
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.
O tambor soa porque é oco. “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que =
Como não me atendessem, repreendi-os severamente. para que)
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. “Instara muito comigo não deixasse de frequentar as
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
Sousa) para que não deixasse)

- Condicionais: expressam hipóteses ou condição para a - Consecutivas: expressam a consequência do que foi
ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que. (= porque), pois que, visto que.
Irei à sua casa / se não chover. A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
OP OSA Condicional OP OSA Consecutiva

Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
ofensores. “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.”
Se o conhecesses, não o condenarias. (José J. Veiga)
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.
de Andrade) As notícias de casa eram boas, de maneira que pude
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência prolongar minha viagem.
tenha êxito.
- Comparativas: expressam ideia de comparação com
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,

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APOSTILAS OPÇÃO

tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado - Depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir,
com menos ou mais). ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e
Ela é bonita / como a mãe. seguidos das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos
OP OSA Comparativa participem da reunião.

A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é
ferro.” (Marquês de Maricá) necessária.)
Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro. Parece que a situação melhorou.
Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram. Aconteceu que não o encontrei em casa.
Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à Importa que saibas isso bem.
luz daquele olhar.
Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam - Oração Subordinada Substantiva Completiva
claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está Nominal: É aquela que exerce a função de complemento
subentendido o verbo ser (como a mãe é). nominal de um termo da oração principal. Observe: Estou
convencido de sua inocência. (complemento nominal)
- Proporcionais: expressam uma ideia que se relaciona Estou convencido / de que ele é inocente.
proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. OP OSS Completiva Nominal
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que,
quanto mais, quanto menos. Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão
Quanto mais reclamava / menos atenção recebia. dele.)
OSA Proporcional OP Estava ansioso por que voltasses.
Sê grato a quem te ensina.
À medida que se vive, mais se aprende. “Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão
À proporção que avançávamos, as casas iam rareando. cedo.” (Graciliano Ramos)
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
diminuindo. - Oração Subordinada Substantiva Predicativa: é
aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração
Orações Subordinadas Substantivas principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O
As orações subordinadas substantivas (OSS) são importante é sua felicidade. (predicativo)
aquelas que, num período, exercem funções sintáticas O importante é / que você seja feliz.
próprias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas OP OSS Predicativa
conjunções integrantes que e se. Elas podem ser: Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.)
Minha esperança era que ele desistisse.
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: é Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.
aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração Não sou quem você pensa.
principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
O grupo quer / que você ajude. - Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela
OP OSS Objetiva Direta que exerce a função de aposto de um termo da oração
principal. Observe: Ele tinha um sonho a união de todos em
O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O benefício do país. (aposto)
mestre exigia a presença de todos.) Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício
Mariana esperou que o marido voltasse. do país.
Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. OP OSS Apositiva
O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: é coisa: a sua felicidade)
aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
oração principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto:
indireto) de que virias a morrer...” (Osmã Lins)
Necessito / de que você me ajude. “Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum
OP OSS Objetiva Indireta motivo oculto?” (Machado de Assis)
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de
Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua dois-pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à
viagem.) oração principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho
Aconselha-o a que trabalhe mais. recuperasse a saúde, tornou-se realidade.
Daremos o prêmio a quem o merecer.
Lembre-se de que a vida é breve. Observação: Além das conjunções integrantes que e se, as
orações substantivas podem ser introduzidas por outros
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: é aquela conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Não sei quando ele chegou.
Observe :É importante sua colaboração. (sujeito) Diga-me como resolver esse problema.
É importante / que você colabore.
OP OSS Subjetiva Orações Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a
A oração subjetiva geralmente vem: função de adjunto adnominal de algum termo da oração
- Depois de um verbo de ligação + predicativo, em principal. Observe como podemos transformar um adjunto
construções do tipo é bom ,é útil ,é certo ,é conveniente, etc. adnominal em oração subordinada adjetiva:
Ex.: É certo que ele voltará amanhã. Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)
- Depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta- Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada
se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade. adjetiva)

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APOSTILAS OPÇÃO

As orações subordinadas adjetivas são sempre Precisando de ajuda, telefone-me.


introduzidas por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, Se precisar de ajuda, / telefone-me.
etc.) e podem ser classificadas em: OSA Condicional
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: são restritivas condicional, reduzida de gerúndio.
quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que
se referem. Exemplo: Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o
OP OSA Restritiva vestiário.
OSA Temporal
Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal,
o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não reduzida de particípio.
aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º
lugar. Exemplo: Observações:
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de
Pedra que rola não cria limo. desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas
Os animais que se alimentam de carne chamam-se fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de
carnívoros. desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa
Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas cidade.
escreveram. - O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem
“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal.
Mariano) Exemplos:
Preciso terminar este exercício.
- Subordinadas Adjetivas Explicativas: são explicativas Ele está jantando na sala.
quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se Essa casa foi construída por meu pai.
referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem - Uma oração coordenada também pode vir sob a forma
restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo: reduzida. Exemplo:
O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.
novo livro. O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração
OP OSA Explicativa OP coordenada sindética aditiva)
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de
Deus, que é nosso pai, nos salvará. gerúndio.
Valério, que nasceu rico, acabou na miséria. Qual é a diferença entre as orações coordenadas
Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho. explicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas
Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado. podem ser iniciadas por que e porquê? Às vezes não é fácil
Observação: As explicativas são isoladas por pausas, que estabelecer a diferença entre explicativas e causais, mas como
na escrita se indicam por vírgulas.7 o próprio nome indica, as causais sempre trazem a causa de
algo que se revela na oração principal, que traz o efeito.
Orações Reduzidas Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a
Observe que as orações subordinadas eram sempre oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,
introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
apresentavam o verbo na forma do indicativo ou do Essa noção de causa e efeito não existe no período
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há composto por coordenação. Exemplo:
outras que se apresentam com o verbo numa das formas Rosa chorou porque levou uma surra. Está claro que a
nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos: oração iniciada pela conjunção é causal, visto que a surra foi
sem dúvida a causa do choro, que é efeito.
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O
(infinitivo) período agora é composto por coordenação, pois a oração
Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio) iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. revelou na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e
(particípio) efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é
causa de ela ter chorado.
As orações subordinadas que apresentam o verbo numa
das formas nominais são chamadas de reduzidas. Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, OP OSA Comparativa OSA Condicional
devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo:
colocamos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao Questões
sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo ou
subjuntivo, conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma 01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que
classificação da oração desenvolvida. estava para ser mãe”, a oração destacada é:
(A) subordinada substantiva objetiva indireta
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. (B) subordinada substantiva completiva nominal
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de (C) subordinada substantiva predicativa
inglês. (D) coordenada sindética conclusiva
OSA Temporal (E) coordenada sindética explicativa
Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial
temporal, reduzida de infinitivo.

7 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há Ponto e Vírgula
reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na
realidade.” A oração sublinhada é: 1) Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
(A) adverbial conformativa importância.
(B) adjetiva Ex.: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo
(C) adverbial consecutiva pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida;
(D) adverbial proporcional os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...”
(E) adverbial causal (Vieira)
2) Separa partes de frases que já estão separadas por
03. “Esses produtos podem ser encontrados nos vírgulas.
supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com Ex.: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros
características adaptadas às dificuldades para mastigar e para montanhas, frio e cobertor.
engolir dos mais velhos, e preparados para se encaixar em seus
hábitos de consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter 3) Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos,
sua forma verbal reduzida adequadamente desenvolvida em decreto de lei, etc. Ex.:
(A) para se encaixarem. - Ir ao supermercado;
(B) para seu encaixotamento. - Pegar as crianças na escola;
(C) para que se encaixassem. - Caminhada na praia;
(D) para que se encaixem. - Reunião com amigos.
(E) para que se encaixariam.
Dois Pontos
04. A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir
oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das 1) Antes de uma citação.
orações seguintes? Ex.: Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:...
(A) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
(B) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. 2) Antes de um aposto.
(C) O aluno fez-se passar por doutor. Ex.: Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
(D) Precisa-se de operários. tarde e calor à noite.
(E) Não sei se o vinho está bom.
3) Antes de uma explicação ou esclarecimento.
05. “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” A Ex.: Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa,
oração sublinhada é: vivendo a rotina de sempre.
(A) subordinada substantiva completiva nominal
(B) subordinada substantiva objetiva indireta 4) Em frases de estilo direto. Ex.:
(C) subordinada substantiva predicativa Maria perguntou:
(D) subordinada substantiva subjetiva - Por que você não toma uma decisão?
(E) subordinada substantiva objetiva direta
Ponto de Exclamação
Respostas
01.B \ 02.A \ 03.D \ 04.E \ 05.B 1) Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,
súplica, etc.
Ex.: - Sim! Claro que eu quero me casar com você!

Pontuação. 2) Depois de interjeições ou vocativos.


Ex.: - João! Há quanto tempo!

PONTUAÇÃO Ponto de Interrogação

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar “Então? Que é isso? Desertaram ambos?”
(Artur Azevedo)
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as
principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo Reticências
uso da língua portuguesa.8
1) Indica que palavras foram suprimidas.
Ponto
Ex.: Comprei lápis, canetas, cadernos...
1) Indica o término do discurso ou de parte dele.
2) Indica interrupção violenta da frase.
Ex.: Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em
Ex.: Não... quero dizer... é verdade... Ah!
que se encontra. / Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga
e leite. 3) Indica interrupções de hesitação ou dúvida
Ex.: Este mal... pega doutor?
2) Usa-se nas abreviações.
Ex.: V.Exª (Vossa Exelencia) , Sr. (Senhor), S.A (Sociedade 4) Indica que o sentido vai além do que foi dito
Anonima). Ex.: Deixa, depois, o coração falar...

8 http://tudodeconcursosevestibulares.blogspot.com/2013/04/pontuacao-
resumo-com-questoes.html

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APOSTILAS OPÇÃO

Vírgula procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo


que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
Não se usa Vírgula (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
Separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam- embora, experimentasse a sensação de violar uma intimidade,
se diretamente entre si: procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
1) Entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala foram advertidos. 02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a
sujeito predicado ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as
lacunas da frase abaixo:
2) Entre o verbo e seus objetos. “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas
O trabalho custou sacrifício aos realizadores. devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o
V.T.D.I .O.D .O.I. trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
(A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
3) Entre nome e complemento nominal; entre nome e (B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
adjunto adnominal. (C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores (D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
despertou reações entre os empresários. (E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
adj. adnominal nome adj. adn. Compl. nominal
03. Os sinais de pontuação estão empregados
Usa-se a Vírgula corretamente em:
1) Para marcar intercalação: (A) Duas explicações, do treinamento para consultores
a) Do adjunto adverbial: O café, em razão da sua iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a
abundância, vem caindo de preço. construção de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar
b) Da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão das metas de vendas associadas aos dois temas.
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. (B) Duas explicações do treinamento para consultores
c) Das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem construção de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar
abrir mão dos lucros altos. das metas de vendas associadas aos dois temas.
(C) Duas explicações do treinamento para consultores
2) Para marcar inversão: iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a
a) Do adjunto adverbial (colocado no início da oração): construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. das metas de vendas associadas aos dois temas.
b) Dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos (D) Duas explicações do treinamento para consultores
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a
c) Do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio construção de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar
de 1982. das metas de vendas associadas aos dois temas.
(E) Duas explicações, do treinamento para consultores
3) Para separar entre si elementos coordenados (dispostos iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a
em enumeração): Era um garoto de 15 anos, alto, magro. / A construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar
ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. das metas, de vendas associadas aos dois temas.

4) Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós queremos 04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da
comer pizza; e vocês, churrasco. revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto
à regência nominal e à pontuação.
5) Para isolar: (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
a) O aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
possui um trânsito caótico. notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
b) O vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam
Questões rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
01. Assinale a alternativa em que a pontuação está exemplo!, do que em outros.
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam
língua portuguesa. rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, exemplo, do que em outros.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, avanço seja mais notável em alguns países - o Brasil é um
embora experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, exemplo - do que em outros.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, outros.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e,
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade,

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05. Assinale a alternativa em que a frase mantém-se escapando aos nossos olhos.
correta após o acréscimo das vírgulas. O porquê de escaparem? É simples, haja vista que nesse
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na momento essa habilidade antes mencionada entra em ação e,
pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrônica em meio a esse ínterim, conhecimentos de toda ordem
ao grupo ou acione o código na internet. parecem se relacionar, sejam eles de ordem ortográfica,
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o semântica, sintática e, sobretudo, aqueles indispensáveis a
código foi acionado. todo bom redator: o conhecimento de mundo.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados,
recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a Dada essa manifestação, é impossível não abordar um
criança foi encontrada. procedimento, tão útil quanto necessário: a reescrita textual.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega Acredite que, por meio dele, você, enquanto emissor,
primeiro às, areias do Guarujá. encontrará os grãos pesados entre um grão qualquer, pedra ou
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone indigesto, um grão imastigável, de quebrar dente. Vale dizer,
de quem a encontrou e informar um ponto de referência contudo, que essa reescrita não deve se dar somente no âmbito
de corrigir aqueles possíveis erros... digamos assim...
Respostas gramaticais. Importantes eles? Sim, sem dúvida alguma, mas
1.C / 2.C / 3.B / 4.D / 5.E não são tudo. Cumpre afirmar que a reescrita deve ir além, haja
vista que nos permite reconhecer aquelas “falhas” que
certamente seriam reconhecidas por outra pessoa, sobretudo
Redação (confronto e em se tratando do “teor”, da “essência” discursiva.
Tendo em vista que a coesão representa um dos principais
reconhecimento de frases aspectos na produção textual, muitas vezes, mediante a leitura
corretas e incorretas). daquilo que escrevemos, constatamos que os parágrafos não
se encontram assim tão harmoniosamente ligados como
deveriam. Às vezes, uma conjunção ali, um advérbio acolá e um
pronome adiante não se encontram bem distribuídos. Outras
REESCRITURA DE FRASES
vezes, percebemos uma quebra de simetria (revelada pela falta
de paralelismo), em que uma ideia poderia ter sido expressa
Antes de discorrermos acerca de um assunto tão
de outra forma.
importante, convidamos você, caro (a) candidato (a), a se
Assim, de modo a constatar como esse aspecto assimétrico
enlevar mediante as palavras do grandioso mestre de nossas
se manifesta na prática, analise o seguinte enunciado:
letras, João Cabral de Melo Neto, que, por meio de uma
metalinguagem, cumpre bem seu trabalho de lidar com as
“A leitura é importante, necessária, útil e traz benefícios a
palavras e deixar claro para nós, leitores, quão grandioso e
todo emissor que deseja aprimorar ainda mais a competência
magnífico é o exercício da escrita. Voltemo-nos a elas,
discursiva.”
portanto:
Inferimos que com o uso de “traz benefícios” houve uma
Catar feijão
quebra de simetria dos adjetivos explicitados (importante,
necessária, útil...). Não que isso seja considerado uma falha de
1.
grande extensão, mas a ideia ficaria mais clara se outro
Catar feijão se limita com escrever:
adjetivo tivesse sido utilizado, justamente para acompanhar o
joga-se os grãos na água do alguidar
raciocínio antes firmado, como por exemplo:
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
“A leitura é importante, necessária, útil e benéfica a todo
Certo, toda palavra boiará no papel,
emissor que deseja aprimorar ainda mais a competência
água congelada, por chumbo seu verbo:
discursiva.”
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
Outro aspecto, não menos importante, materializa-se pela
“abundância” de orações intercaladas, as quais corroboram
2.
para a extensão da ideia, fazendo com que o interlocutor perca
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o “fio da meada” e passe a não entender mais o que se afirmava
o de que entre os grãos pesados entre
no início da oração. Dessa forma, para que fique um pouco
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
mais claro, analisemos o parágrafo que segue, revelando ser
um grão imastigável, de quebrar dente.
um bom exemplo da ocorrência em questão:
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
“A leitura, esse importante instrumento – o qual o torna mais
obstrui a leitura fluviante, flutual,
culto, mais apto a expressar seus pensamentos –, pois amplia
açula a atenção, isca-a como o risco.
significativamente seu vocabulário, contribui para o
Poema intitulado “Catar feijão”, parte constituinte do livro “Educação pela
aperfeiçoamento da escrita.”
pedra”, publicado em 1965.
Tudo aquilo que se afirma acerca da eficácia da leitura,
A comparação ora estabelecida parece casar perfeitamente ainda que relevante, tornou extensa e cansativa a ideia
diante daquele momento em que as ideias são elencadas. No abordada. Dessa forma, retificando a oração, poderíamos
entanto, é preciso ser hábil para escolher palavra por palavra, obter como essencial somente estes dizeres, os quais seguem
de modo a fazer com que o discurso (as orações, os períodos, expressos:
os parágrafos) torne-se claro e preciso, atendendo às
expectativas de nosso interlocutor. “A leitura contribui para o aperfeiçoamento da escrita.”
Dessa forma, como aqueles grãos que boiam fora,
desnecessários por sinal, algumas palavras também parecem Mediante os pressupostos aqui elencados, acreditamos ter
não se encaixar, pois por um motivo ou outro acabam contribuído de forma significativa para que você aprimore

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APOSTILAS OPÇÃO

ainda mais suas habilidades no que tange à construção textual. - implicar em – a regência é direta (sem em).
E que, por meio da reescrita de suas ideias, possa ser hábil em - ir de encontro a – chocar-se com.
jogar fora o leve, o oco, assim mesmo como ressalta nosso - ir ao encontro de – concordar com.
grande mestre, e reelabore seu discurso pautando-se na - se não, senão – quando se pode substituir por caso não,
concretude das palavras, tornando-as claras, precisas, separado; quando não se pode, junto.
objetivas.9 - todo mundo – todos.
Dicas Para Uma Boa Escrita - todo o mundo – o mundo inteiro.
- não pagamento = hífen somente quando o segundo termo
Expressões Uso Recomendado for substantivo.
Condenáveis - este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a
A nível de / Ao nível Em nível, No nível tempo presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está
Face a / Frente a Ante, Diante, Em face de, Em vista de, tratando).
Perante - esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte
Onde (Quando não Em que, Na qual, Nas quais, No qual,
(tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do
exprime lugar) Nos quais
Sob um ponto de vista De um ponto de vista presente, ou distante ao já mencionado e a ênfase).

Sob um prisma Por (ou através de) um prisma Erros Comuns


Em função de Em virtude de, Por causa de, Em - Hoje ao receber alguns presentes no qual completo vinte
consequência de, Por, Em razão de
anos tenho muitas novidades para contar.
Uso inadequado do pronome relativo. Ele provoca falta de
Expressões Não Recomendadas coesão, pois não consegue perceber a que antecedente ele se
- a partir de (a não ser com valor temporal). refere, portanto nada conecta e produz relação absurda.
Opção: com base em, tomando-se por base, valendo-se
de... - Ainda brincava de boneca quando conheci Davi, piloto de
cart, moreno, 20 anos, com olhos cor de mel. “Tudo começou
- através de (para exprimir “meio” ou instrumento). naquele baile de quinze anos”, “... é aos dezoito anos que se
Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, começa a procurar o caminho do amanhã e encontrar as
segundo... perspectivas que nos acompanham para sempre na estrada da
vida”.
- devido a. Você pode ter conhecimento do vocabulário e das regras
Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por causa gramaticais e, assim, construir um texto sem erros. Entretanto,
de. se você reproduz sem nenhuma crítica ou reflexão expressões
gastas, vulgarizadas pelo uso contínuo. A boa qualidade do
- dito. texto fica comprometida.
Opção: citado, mencionado.
- Tema: Para você, as experiências genéticas de clonagem
- enquanto. põem em xeque todos os conceitos humanos sobre Deus e a
Opção: ao passo que. vida? “Bem a clonagem não é tudo, mas na vida tudo tem o seu
valor e os homens a todo momento necessitam de descobrir
- inclusive (a não ser quando significa incluindo-se). todos os mistérios da vida que nos cercam a todo instante”.
Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também. É de extrema importância seguir o que foi proposto no
tema. Antes de começar o texto leia atentamente todos os
- no sentido de, com vistas a. elementos que o examinador apresentou. Esquematize as
Opção: a fim de, para, com a finalidade de, tendo em ideias e perceba se não há falta de correspondência entre o
vista. tema proposto e o texto criado.

- pois (no início da oração). - “Uma biópsia do tumor retirado do fígado do meu primo
Opção: já que, porque, uma vez que, visto que. (...) mostrou que ele não era maligno”.
Esta frase está ambígua. Não se sabe se o pronome ele
- principalmente. refere-se ao fígado ou ao primo. Para se evitar a ambiguidade,
Opção: especialmente, sobretudo, em especial, em deve-se observar se a relação entre cada palavra do texto está
particular. correta.

Expressões Que Demandam Atenção - “Ele me tratava como uma criança, mas eu era apenas uma
- acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se. criança”.
- aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e Problema com o uso do conectivo “mas”. O conectivo mas
estar, aceito. indica uma circunstância de oposição, de ideia contrária a.
- acendido, aceso (formas similares) – idem. Portanto, a relação adversativa introduzida pelo “mas” no
- à custa de – e não às custas de. fragmento acima produz uma ideia absurda.
- à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que,
conforme. - “Entretanto, como já diziam os sábios: depois da
- na medida em que – tendo em vista que, uma vez que. tempestade sempre vem a bonança. Após longo suplício, meu
- a meu ver – e não ao meu ver. coração apaziguava as tormentas e a sensatez me mostrava que
- a ponto de – e não ao ponto de. só estaríamos separadas carnalmente”.
- a posteriori, a priori – não tem valor temporal. Não utilize provérbios ou ditos populares. Eles
- em termos de – modismo; evitar. empobrecem a redação e fazem parecer que o autor não tem
- enquanto que – o que é redundância. criatividade ao lançar mão de formas já gastas pelo uso
- entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a. frequente.

9 http://portugues.uol.com.br/redacao/reescrita-textual.html

Língua Portuguesa 57
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APOSTILAS OPÇÃO

- “Todos os deputados são corruptos”. nos entrar, viu-a, mandou-me.


Evite pensamentos radicais. É recomendável não
generalizar e evitar, assim, posições extremistas. - “Aluga-se” casas.
O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-
- “Bem, acho que - você sabe - não é fácil dizer essas coisas. se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se
Olhe, acho que ele não vai concordar com a decisão que você terrenos. / Procuram-se empregados.
tomou, quero dizer, os fatos levam você a isso, mas você sabe -
todos sabem - ele pensa diferente. É bom a gente pensar como - Chegou “em” São Paulo.
vai fazer para, enfim, para ele entender a decisão”. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São
O ato de escrever é diferente do ato de falar. O texto escrito Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.
não deve apresentar marcas de oralidade.
- Todos somos “cidadões”.
- “Mal cheiro”, “mau-humorado”. O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de
Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.
cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau
humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar. - A última “seção” de cinema.
Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a
- “Fazem” cinco anos. tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de
Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de
/ Fazia dois séculos. / Fez 15 dias. pancadas, sessão do Congresso.

- “Houveram” muitos acidentes. - Vendeu “uma” grama de ouro.


Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro,
acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos vitamina C de dois gramas.
iguais.
- “Porisso”.
- Para “mim” fazer. Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.
Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu
fazer, para eu dizer, para eu trazer. - Não viu “qualquer” risco.
Deve-se usar “nenhum”, e não “qualquer.
- Entre “eu” e você. Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo.
Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Nunca promoveu nenhuma confusão .
/ Entre eles e ti.
- A feira “inicia” amanhã.
- “Há” dez anos “atrás”. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se
Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez (inaugura-se) amanhã.
anos ou dez anos atrás.
- O peixe tem muito “espinho”.
- “Entrar dentro”. Peixe tem espinha.
Problema de redundância. O certo seria: entrar em. Veja outras confusões desse tipo: O “fuzil” (fusível)
Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de queimou. / Casa “germinada” (geminada), “ciclo” (círculo)
ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, vicioso, “cabeçário” (cabeçalho).
viúva do falecido.
- Não sabiam« aonde »ele estava.
- Vai assistir “o” jogo hoje. O certo: Não sabiam onde ele estava.
Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei
missa, à sessão. aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?
Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou)
à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. - “Obrigado”, disse a moça.
/ Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu Obrigado concorda com a pessoa: “Obrigada”, disse a moça.
à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.

- Preferia ir “do que” ficar. - Ela era “meia” louca.


Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio
preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer amiga.
sem glória.
- “Fica” você comigo.
- Não há regra sem “excessão”. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo
O certo é exceção. é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. /
Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma Chegue aqui.
correta: “paralizar” (paralisar), “beneficiente” (beneficente),
“xuxu” (chuchu), “previlégio” (privilégio), “vultuoso” - A questão não tem nada« haver »com você.
(vultoso), “cincoenta” (cinquenta), “zuar” (zoar), “frustado” A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver.
(frustrado), “calcáreo” (calcário), “advinhar” (adivinhar), Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.
“benvindo” (bem-vindo), “ascenção” (ascensão), “pixar”
(pichar), “impecilho” (empecilho), “envólucro” (invólucro). - Vou “emprestar” dele.
Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou
- Comprei “ele” para você. pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao
Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. meu irmão.
Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou- Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas

Língua Portuguesa 58
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APOSTILAS OPÇÃO

malas. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas


econômico-financeiras, partidos social-democratas.
- Ele foi um dos que “chegou” antes.
Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos - Andou por “todo” país.
que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país
Era um dos que sempre vibravam com a vitória. (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi
demitida.
- “Cerca de 18” pessoas o saudaram. Cerca de indica Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada
arredondamento e não pode aparecer com números exatos: homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem
Cerca de 20 pessoas o saudaram. inimigos.

- Tinha “chego” atrasado. - “Todos” amigos o elogiavam.


“Chego” não existe. O certo: Tinha chegado atrasado. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. /
Era difícil apontar todas as contradições do texto.
- Queria namorar “com” o colega.
O com não existe: Queria namorar o colega. - Ela “mesmo” arrumou a sala.
“Mesmo” é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala.
- O processo deu entrada “junto ao” STF. / As vítimas mesmas recorreram à polícia .
Processo dá entrada no STF
- Chamei-o e “o mesmo” não atendeu.
- As pessoas “esperavam-o”. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou
Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários
os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam- públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão
no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos. dos servidores (e não “dos mesmos”).

- Vocês “fariam-lhe” um favor? - Vou sair “essa” noite.


Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) É este que designa o tempo no qual se está o objeto
depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está),
condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe- este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o
iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca século 20).
“imporá-se”). / Os amigos nos darão (e não “darão-nos”) um
presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo “formado-me”). - A temperatura chegou a 0 “graus”. Zero indica singular
sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.
- Chegou “a” duas horas e partirá daqui “há” cinco minutos.
Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime - Comeu frango “ao invés de” peixe.
distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de
Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) peixe.
cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de
de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias. entrar, saiu.

- Estávamos “em” quatro à mesa. - Se eu “ver” você por aí...


O “em” não existe: Estávamos quatro à mesa / .Éramos seis. O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu
/ Ficamos cinco na sala . vier (de vir); se eu tiver (de ter); se ele puser (de pôr); se ele
fizer (de fazer); se nós dissermos (de dizer).
- Sentou “na” mesa para comer.
Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o - Evite que a bomba “expluda”. Explodir só tem as pessoas
certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à em que depois do “d” vêm “e” e “i”: Explode, explodiram, etc.
máquina, ao computador. Portanto, não escreva nem fale “exploda” ou “expluda”,

- Ficou contente “por causa que” ninguém se feriu. - Disse o que “quiz”.
A locução não existe. Use porque: Ficou contente porque Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr:
ninguém se feriu. Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse,
puseram, puséssemos.
- O time empatou “em” 2 a 2.
A preposição é “por”: O time empatou por 2 a 2. Repare que - O homem “possue” muitos bens.
ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só
têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que
- Não queria que “receiassem” a sua companhia. admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.
O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia.
Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só - A tese “onde”.
existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora.
receiem, passeias, enfeiam). / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos,
use em que: A tese em que ele defende essa ideia. / O livro em
- Eles “tem” razão. que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que ...
No plural, têm é com acento. Tem é a forma do singular. O
mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; - Já “foi comunicado” da decisão.
ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. Uma decisão é comunicada, mas ninguém “é comunicado”
de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado)
- Acordos “políticos-partidários”. Nos adjetivos compostos, da decisão. Outra forma errada: A diretoria “comunicou” os
só o último elemento varia: acordos político-partidários. empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria

Língua Portuguesa 59
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APOSTILAS OPÇÃO

comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi mesmas coisas boas, como se fosse a primeira vez, muitas
comunicada aos empregados. vezes.
Divertir-se com as mesmas coisas boas, muitas vezes, como
- A modelo “pousou” o dia todo. se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima memória.
Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, E por aí vai...
etc. Em outras palavras, a inversão de termos dentro de uma
frase pode não alterar seu sentido. No entanto, não é sempre
- Espero que “viagem” hoje. assim que ocorre, pois, às vezes, alguns vocábulos (adjetivos,
Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma pronomes, advérbios, palavras denotativas etc.), quando
verbal é viajem (de viajar). deslocados, a alteração de sentido fica visível. Veja que o
Evite também “comprimentar” alguém: de cumprimento deslocamento, ou seja, a inversão dos termos pode gerar
(saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é alteração de sentido:
extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido – João é um alto funcionário.
(concretizado). – João é um funcionário alto.
– Qualquer mulher merece respeito.
- O pai “sequer” foi avisado. – Maria é uma mulher qualquer.
Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi – Pedro já fez a prova.
avisado. / Partiu sem sequer nos avisar. – Pedro fez a prova já.
– Até aquela aluna o elogiou.
- O fato passou “desapercebido”. – Aquela aluna o elogiou até.
Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Percebeu que houve flagrante mudança de sentido nestas
Desapercebido significa desprevenido. duplas? Portanto, a inversão dos termos na frase pode ou não
alterar o sentido dela.10
- “Haja visto” seu empenho...
A expressão é “haja vista” e não varia: Haja vista seu Questões
empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.
01. (TJ/AL - Analista Judiciário - FGV/2018) “Hoje, fala-
- A moça “que ele gosta”. se muito sobre intolerância religiosa”; essa frase apresenta
Quem gosta, gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta reescritura inadequada em:

- É hora “dele” chegar. (A) Fala-se muito, hoje, sobre intolerância religiosa;
Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou (B) Sobre intolerância religiosa, hoje fala-se muito;
pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele (C) Hoje muito é falado sobre intolerância religiosa;
chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado. / Depois de esses (D) Muito é falado, hoje, sobre intolerância religiosa;
fatos terem ocorrido. (E) Fala-se hoje muito sobre intolerância religiosa.

- A festa começa às 8 “hrs.”. 02. (MPE/RJ - Técnico Administrativo - FUJB) “Nos


As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural últimos dez anos tivemos oito planos de estabilização”; essa
nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não “kms.”), 5 m, 10 kg. frase do texto foi reescrita de diversos modos nas alternativas
a seguir. A alternativa em que a reescritura modificou o
- “Dado” os índices das pesquisas... sentido original da frase é:
A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas... (A) Tivemos, no último decênio, oito planos de
/ Dado o resultado... / Dadas as suas ideias... estabilização.
(B) Oito planos de estabilização foi o que tivemos nos
- Ficou “sobre” a mira do assaltante. últimos dez anos.
Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do (C) Tivemos oito planos de estabilização nos últimos dez
assaltante. / Escondeu-se sob a cama. anos.
Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre (D) Na última década tivemos oito planos de estabilização.
o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o (E) Os últimos oito planos de estabilização foram
piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz realizados em dez anos.
alguma coisa e alguém vai para trás.
03. (TRT 4ª Região - Analista Judiciário - FCC) A frase
- “Ao meu ver”. Não existe artigo nessas expressões: A meu correta é:
ver, a seu ver, a nosso ver. (A) Ele acabou sendo malquisto porque sistematicamente
obstrói as votações; se antevir o que lhe espera na próxima
Mudança de Posição dos Vocábulos sessão, certamente mudará de atitude.
A mudança de posição de certos vocábulos ou termos da (B) Ele diz que sua invejável capacidade de aurir forças
oração pode mudar o sentido da frase ou não. quando tudo parece perdido se deve ao fato de ter provido de
Uma simples frase como esta: família muito humilde.
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas (C) Confirmo o que havia dito a semanas atrás: se me
vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez. aprazer tornar a vê-la depois de tanto tempo e dissabores, lá
(Friedrich Nietzsche) estarei; senão, não contem comigo.
Pode ser invertida de diversas formas, sem alteração de (D) Sob o pretexto de pôr fim ao litígio, fizeram-nos entrar
sentido. em acordo; agora, ou o encerram eles, ou o fazemos nós,
Veja algumas: recorrendo à força da lei.
Divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas, como (E) A maneira porque se comporta não é a mais adequada,
se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima memória. mas tudo isso são sinais da idade provecta: que lhe seja dado o
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se com as direito e a alegria de conduzir-se à seu bel prazer.

10 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2011.

Língua Portuguesa 60
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APOSTILAS OPÇÃO

04. (SEFIN/RO - Contador - FGV/2018) Um dos Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo,
conselhos para uma boa escrita é que as frases de um texto asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do
tenham a mesma organização sintática numa enumeração. texto.
No fragmento “Se hoje é possível existir redes sociais; se é Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um
possível que pessoas se organizem em grupos...”, para que as tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que
duas frases tenham a mesma organização, a mudança o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a
adequada seria: compressão da coesão e coerência.
(A) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam
redes sociais”. Coesão
(B) a primeira frase deveria ser “Se é possível a existência
de redes sociais”. É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais
(C) a segunda frase deveria ser “se é possível a organização elementos de coesão são os conectivos e vocábulos
de pessoas em grupos”. gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou
(D) a segunda frase deveria ser “se é possível que pessoas partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos
sejam organizadas em grupos”. adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente,
(E) a segunda frase deveria ser “se é possível pessoas evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta
organizando-se em grupos”. de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto,
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras
Gabarito que formam a oração e as orações que formam o período e,
01.E / 02.E / 03.D / 04.A finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num
texto coeso.
Compreensão de texto. Coerência

A coerência está diretamente ligada à possibilidade de


COMPREENSÃO DO TEXTO estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da
Há duas operações diferentes no entendimento de um texto. coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto
A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os
cada parte mantém com as outras no interior do texto. No argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o e motivações.
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior Tipos de Composição
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma
operação de compreensão. pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos
E assim teremos: característicos, de pormenores individualizantes. Requer
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se
reconhecimento. o uso de palavras específicas, exatas.
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais
preparando para a leitura interpretativa. Durante a ou imaginários. São seus elementos constitutivos:
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente,
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, narração envolve:
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha - Quem? Personagem;
adequada. - Quê? Fatos, enredo;
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. - Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global - Onde? O lugar da ocorrência;
proposto pelo autor. - Como? O modo como se desenvolveram os
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias acontecimentos;
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto - Por quê? A causa dos acontecimentos;
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a
conclusão do texto. Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é
menores, tendo em vista os diversos enfoques. estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor,
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e será o desempenho.
resumida.

Língua Portuguesa 61
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APOSTILAS OPÇÃO

Sentidos Próprio e Figurado - Supõe-se que não há anomalias linguísticas.


- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso modificadores do código linguístico.
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os - Supõe-se pertinência ao contexto.
exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria - Abstrai-se iconias.
é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um - Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc.
sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: - Não se concebe a existência de locuções e frases feitas.
“parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o - Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na se o uso expressivo, cerimonial.
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo.
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável,
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele
enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias,
sentido preferencial, o que comumente ocorre. alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos,
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem editoriais, etc.
que se obtém pela decifração da metáfora. Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O
mas nunca mais que esporadicamente. que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de perplexo diante de um oximoro.
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido anteriores a ele.
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o Sentido Preferencial
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que Para compreender o sentido preferencial é preciso
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido palavra no dicionário, dizemos que ela está
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma resultado médio, o que não impede que pela necessidade
constante do pensamento antigo, cuja índole era momentânea consideremos o significado preferencial para
hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal dado indivíduo.
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas Algumas regularidades podem ser observadas nos
teorias modernas. significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos,
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com
retóricos a serviço de sua concepção estética. cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o
Sentido Imediato “primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido
mais usado se impor sobre o menos usado.
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata Para certos termos é difícil estabelecer o sentido
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de
ingênua ou leitura de máquina de ler. manga? O de fruto ou de uma parte da roupa?
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais Questões
como:
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar -
- O discurso é lógico. MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete:
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para “Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de:
respectivamente, identidade lógica e atribuição.
- Os significados são os encontrados no dicionário. (A) Adequação vocabular.
- Existe concordância entre termos sintáticos. (B) Falta de coesão.
- Abstrai-se a conotação. (C) Incoerência.

Língua Portuguesa 62
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(D) Coesão. (qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar


(E) Coerência. o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com
02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: que a pomba come seu grão de milho.
Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das
e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, pombas e também o lance magnífico em que o gavião se
continuará inalterado, em: despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
(A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar
história e de nossa realidade. com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador.
(B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente
de nossa história e de nossa realidade. o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate,
(C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro
sujeitos de nossa história e de nossa realidade. homem.
(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999)
nossa história e de nossa realidade.
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no
nossa história e de nossa realidade. texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em
outro homem. –, é empregado com sentido:
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária -
VUNESP) (A) próprio, equivalendo a inspiração.
(B) próprio, equivalendo a conquistador.
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira (C) figurado, equivalendo a ave de rapina.
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um (D) figurado, equivalendo a alimento.
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir (E) figurado, equivalendo a predador.
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais Gabarito
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do 01.D / 02.E / 03.D / 04.E
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois Anotações
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são
ocupadas por países pobres.
O estudo de Robert Levine associa a administração do
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos,
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte
público?
(Veja, 2009.)

Há emprego do sentido figurado das palavras em:


(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados...
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar.
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações
sociais...
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo...
(E) ... não se pode confiar no serviço público?

04. (UNESP - Assistente Administrativo -


VUNESP/2016)

O gavião

Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco


voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata
pombas.
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros

Língua Portuguesa 63
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO
LÓGICO-MATEMÁTICO

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APOSTILAS OPÇÃO

Números inteiros e Operações com Números Inteiros


racionais: operações (adição,
subtração, multiplicação, Adição de Números Inteiros: para melhor entendimento
desta operação, associaremos aos números inteiros positivos
divisão, potenciação) a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de
perder.
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS – Z Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado,
do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...}, o mas o sinal (–) antes do número negativo NUNCA pode ser
conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este dispensado.
conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen = número em
alemão). Subtração de Números Inteiros: a subtração é
empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma
delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a
uma delas para atingir a outra.

N ᑕ Z – O conjunto dos números Naturais está contido no A subtração é a operação inversa da adição.
Conjunto do Números Inteiros. Observe que em uma subtração o sinal do resultado é
sempre do maior número!!!
Subconjuntos notáveis: 3+5=8
- O conjunto dos números inteiros não nulos: 3 – 5 = -2
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4, ...};
Z* = Z – {0} Exemplificando:
1) Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou
- O conjunto dos números inteiros não negativos: de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da temperatura?
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, ...} Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) –
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N (+3) = +3

- O conjunto dos números inteiros positivos: 2) Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o
Z*+ = {1, 2, 3, 4, ...} dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de 3 graus.
Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
- O conjunto dos números inteiros não positivos: Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) =
Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0} +3
Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6)
- O conjunto dos números inteiros negativos: – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1} Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
Módulo (+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
O módulo de um número inteiro é a distância ou (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira.
Representa-se o módulo por | |. ATENÇÃO: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0 adicionar o primeiro com o oposto do segundo.
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9 Fique Atento!!!
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é Todos parênteses, colchetes, chaves, números, entre
sempre positivo. outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal
invertido, ou seja, é dado o seu oposto.
Números opostos ou simétricos
Dois números inteiros são ditos opostos um do outro Multiplicação de Números Inteiros: a multiplicação
quando apresentam soma zero; assim, os pontos que os funciona como uma forma simplificada de uma adição quando
representam distam igualmente da origem. os números são repetidos. Poderíamos analisar tal situação
Exemplo: O oposto do número 4 é -4, e o oposto de -4 é 4, como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma
pois 4 + (-4) = (-4) + 4 = 0 quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes
Particularmente o oposto de zero é o próprio zero. consecutivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode
ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2
+ 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 1


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Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) 3) Potência de Potência: Conserva-se a base e
+ (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60 multiplicam-se os expoentes. Ex.: [(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10

Divisão de Números Inteiros: divisão exata de números 4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. Ex.: (-
inteiros. 8)1 = -8 e (+70)1 = +70
Veja o cálculo:
(– 20): (+ 5) = q  (+ 5) . q = (– 20)  q = (– 4) 5) Potência de expoente zero e base diferente de zero:
Logo: (– 20): (+ 5) = - 4 É igual a 1. Ex.: (+3)0 = 1 e (–53)0 = 1

Considerando os exemplos dados, concluímos que, para Radiciação de Números Inteiros: a raiz n-ésima (de
efetuar a divisão exata de um número inteiro por outro ordem n) de um número inteiro a é a operação que resulta em
número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do outro número inteiro não negativo b que elevado à potência n
dividendo pelo módulo do divisor. fornece o número a. O número n é o índice da raiz enquanto
que o número a é o radicando (que fica sob o sinal do radical).
Fique Atento!!!
* (+7): (–2) ou (–19): (–5) são divisões que não podem
ser realizadas em Z, pois o resultado não é um número
inteiro.
* No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é
associativa e não tem a propriedade da existência do
elemento neutro.
* Não existe divisão por zero. - A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é a
* Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente operação que resulta em outro número inteiro não negativo
de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro que elevado ao quadrado coincide com o número a.
por zero é igual a zero.
Exemplo: a) 0: (–10) = 0 b) 0: (+6) = 0 c) 0: (–1) = 0 ATENÇÃO: Não existe a raiz quadrada de um número
inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
Regra de Sinais aplicado a Multiplicação e Divisão
Fique Atento!!!
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais
didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas
aparecimento de: √9 = ±3 , mas isto é errado.
O certo é: √9 = +3

Potenciação de Números Inteiros: a potência an do Observação: não existe um número inteiro não negativo
número inteiro a, é definida como um produto de n fatores que multiplicado por ele mesmo resulte em um número
iguais. O número a é denominado a base e o número n é o negativo.
expoente. an = a x a x a x a x ... x a, a é multiplicado por a n vezes
- A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
operação que resulta em outro número inteiro que elevado ao
cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos
cálculos somente aos números não negativos. Exemplos:
3
(𝐼) √8 = 2, 𝑝𝑜𝑖𝑠 23 = 8
3
Exemplos: (𝐼𝐼) √−8 = −2, 𝑝𝑜𝑖𝑠 (−2)3 = 8
33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125 Fique Atento!!!
(-7)² = (-7) x (-7) = 49 Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de
(+9)² = (+9) x (+9) = 81 números inteiros, concluímos que:
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
Fique Atento!!! inteiro negativo.
- Toda potência de base positiva é um número inteiro (2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz
positivo. Exemplo: (+3)2 = (+3). (+3) = +9 de qualquer número inteiro.

- Toda potência de base negativa e expoente par é um


número inteiro positivo. Exemplo: (– 8)2 = (–8). (–8) = +64 Propriedades da Adição e da Multiplicação dos
números Inteiros
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é Para todo a, b e c ∈ 𝑍
um número inteiro negativo. Exemplo: (–5)3 = (–5). (–5) . 1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
(–5) = –125 2) Comutativa da adição: a + b = b +a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
Propriedades da Potenciação 4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva- 5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
se a base e somam-se os expoentes. Ex.: (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 6) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
= (–7)9 7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição:
2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva- a.(b +c ) = ab + ac
se a base e subtraem-se os expoentes. Ex.: (-13)8 : (-13)6 = (- 9) Distributiva da multiplicação relativamente à
13)8 – 6 = (-13)2 subtração: a .(b –c) = ab –ac

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 2


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APOSTILAS OPÇÃO

10) Elemento inverso da multiplicação: Para todo inteiro z 05. SAP/SP – Agente de Segurança Penitenciária – MS
diferente de zero, existe um inverso CONCURSOS/2017) Dentre as alternativas, qual faz a
z –1 = 1/z em Z, tal que, z x z–1 = z x (1/z) = 1 afirmação verdadeira?
11) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de (A) A subtração de dois números inteiros sempre resultará
um número natural por outro número natural, continua como em um número inteiro.
resultado um número natural. (B) A subtração de dois números naturais sempre
resultará em um número natural.
Referências (C) A divisão de dois números naturais sempre resultará
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e
em um número natural.
Funções (D) A divisão de dois números inteiros sempre resultará
em um número inteiro.
Questões
Comentários
01. (Fundação Casa – Analista Administrativo –
VUNESP) Para zelar pelos jovens internados e orientá-los a 01. Resposta: A.
respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos 50-20=30 atitudes negativas
recursos utilizados em atividades educativas, bem como da 20.4=80
preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando 30.(-1)=-30
“atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no entendimento 80-30=50
dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse
suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4) 02. Resposta: B.
pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. Se Em 1918 ele desfilou uma vez, logo 100 – 1 = 99. Somando
um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes 1918 + 99 = 2017.
anotadas, o total de pontos atribuídos foi
(A) 50. 03. Resposta: D.
(B) 45. Maior inteiro menor que 8 é o 7
(C) 42. Menor inteiro maior que - 8 é o - 7.
(D) 36. Portanto: 7(- 7) = - 49
(E) 32.
04. Resposta: E.
02. (CGE/RO – Auditor de Controle Interno – Se multiplicarmos o número de mesas por lugares que
FUNRIO/2018) O jornal “O Globo” noticiou assim, em cada uma tem, teremos: 18. 6 = 108 lugares.
10/02/2018, em sua página eletrônica, o desfile 108 lugares – 110 pessoas = -2, isto significa que todas as
comemorativo do centenário de fundação do tradicional bloco mesas foram preenchidas e 2 pessoas não sentaram.
carnavalesco “Cordão da Bola Preta”.
Se o tradicional bloco desfilou pela primeira vez em 1918 05. Resposta: A.
e, de lá para cá, desfilou todos os anos, apenas uma vez por ano, (a) A subtração de dois números inteiros sempre resultará
então o centésimo desfile do Cordão da Bola Preta realizou-se em um número inteiro. – V
ou se realizará no ano de: (b) A subtração de dois números naturais sempre resultará
(A) 2016. em um número natural. – somente se o primeiro for maior que
(B) 2017. o segundo - F
(C) 2018. (c) A divisão de dois números naturais sempre resultará
(D) 2019. em um número natural. – somente se o dividendo for maior
(E) 2020. que o divisor - F
(d) A divisão de dois números inteiros sempre resultará
03. (BNDES - Técnico Administrativo – CESGRANRIO) em um número inteiro. – somente se o dividendo for maior que
Multiplicando-se o maior número inteiro menor do que 8 pelo o divisor - F
menor número inteiro maior do que - 8, o resultado
encontrado será CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q
(A) - 72 𝑚
(B) - 63 Um número racional é o que pode ser escrito na forma ,
𝑛
(C) - 56 onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser
(D) - 49 diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar
(E) – 42 a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser
04. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – Cachoeira obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão
Dourada – MPE-GO/2017) Para o jantar comemorativo do pela qual, o conjunto de todos os números racionais é
aniversário de certa empresa, a equipe do restaurante reconhecido pela letra Q. Assim, é comum encontrarmos na
preparou 18 mesas com 6 lugares cada uma e, na hora do literatura a notação:
jantar, 110 pessoas compareceram. É correto afirmar que: m : m e n em Z, n ≠0}
(A) se todos sentaram em mesas completas, uma ficou Q={
vazia; n
(B) se 17 mesas foram completamente ocupadas, uma
ficou com apenas 2 pessoas;
(C) se 17 mesas foram completamente ocupadas, uma ficou
com apenas 4 pessoas;
(D) todas as pessoas puderam ser acomodadas em menos
de 17 mesas;
(E) duas pessoas não puderam sentar.

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 3


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APOSTILAS OPÇÃO

N ᑕ Z ᑕ Q – O conjunto dos números Naturais e Inteiros b) Seja a dízima 3, 1919...


estão contidos no Conjunto do Números Racionais. O período que se repete é o 19, logo dois noves no
denominador (99). Observe também que o 3 é a parte inteira,
Subconjuntos notáveis: logo ele vem na frente, formando uma fração mista:
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos: 19
3 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜
- Q* = conjunto dos racionais não nulos; 99
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos; 316
→ (3.99 + 19) = 316, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos; 99
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos; 316
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos. Assim, a geratriz de 3,1919... é a fração .
99

Representação Decimal das Frações Neste caso para transformarmos uma dízima periódica
𝒎
Tomemos um número racional , tal que m não seja simples em fração, basta utilizarmos o dígito 9 no
𝒏
múltiplo de n. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efetuar denominador para cada dígito que tiver o período da
a divisão do numerador pelo denominador. dízima.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
1º) O número decimal obtido possui, após a vírgula, um c) Seja a dízima 0,2777...
número finito de algarismos (decimais exatos): Agora, para cada algarismo do anteperíodo se coloca um
3 algarismo zero, no denominador, e para cada algarismo do
= 0,6 período se mantém o algarismo 9 no denominador.
5
No caso do numerador, faz-se a seguinte conta:
2º) O número decimal obtido possui, após a vírgula,
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se (Parte inteira com anteperíodo e período) - (parte inteira
periodicamente (Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas): com anteperíodo)
1
= 0,3030 …
33

Existem frações muito simples que são representadas por


formas decimais infinitas, com uma característica especial
(existência de um período):

Uma forma decimal infinita com período de UM dígito


pode ser associada a uma soma com infinitos termos desse
tipo:
1 1 1 1
0, 𝑎𝑎𝑎𝑎. . . = 𝑎. 1
+ 𝑎. 2
+ 𝑎. 3
+ 𝑎. …
(10) (10) (10) (10)4

Aproveitando, vejamos um exemplo:


1 1 1 1 d) Seja a dízima 1, 23434...
0,444. . . = 4. 1
+ 4. 2
+ 4. 3
+ 4. … O número 234 é a junção do anteperíodo com o período.
(10) (10) (10) (10)4
Neste caso temos uma dízima periódica composta, pois existe
uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso
Representação Fracionária dos Números Decimais
temos um anteperíodo (2) e o período (34). Ao subtrairmos
Estando o número racional escrito na forma decimal, e
deste número o anteperíodo (234-2), obtemos como
transformando-o na forma de fração, vejamos os dois casos:
numerador o 232. O denominador é formado pelo dígito 9 –
1º) Transformamos o número em uma fração cujo
que corresponde ao período, neste caso 99(dois noves) – e
numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador
pelo dígito 0 – que corresponde a tantos dígitos que tiverem o
é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quanto
anteperíodo, neste caso 0(um zero).
forem as casas decimais após a virgula do número dado:
7
0,7 =
10

7
0,007 =
1000

2º) Devemos achar a fração geratriz (aquela que dá 232


origem a dízima periódica) da dízima dada; para tanto, vamos 1 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝑎:
990
apresentar o procedimento através de alguns exemplos: 1222
(1.990 + 232) = 1222, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
990
a) Seja a dízima 0, 444...
Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo Simplificando por 2, obtemos 𝑥 =
611
, a fração geratriz da
495
4), então vamos colocar um 9 no denominador e repetir no
dízima 1, 23434...
numerador o período.
Módulo ou valor absoluto: é a distância do ponto que
representa esse número ao ponto de abscissa zero.

4
Assim, a geratriz de 0,444... é a fração .
9

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 4


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APOSTILAS OPÇÃO

𝑎 𝑐 𝑎 𝑑
: = .
𝑏 𝑑 𝑏 𝑐

Potenciação de Números Racionais: a potência bn do


número racional b é um produto de n fatores iguais. O número
b é denominado a base e o número n é o expoente.
bn = b × b × b × b × ... × b, (b aparece n vezes)
Exemplos:
3 2 3 3 9
𝑎) ( ) = . =
7 7 7 49
Logo, o módulo de:
5 5 3 3 3 3 3 27
− é . 𝑏) (− ) = (− ) . (− ) . (− ) = −
7 7 7 7 7 7 343
5 5
𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟: |− | =
7 7 Propriedades da Potenciação
5 5
1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1.
Números Opostos: dizemos que − 𝑒 são números 3 0
7 7
racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto do ( ) =1
7
5 5
outro. As distâncias dos pontos − é ao ponto zero da reta
7 7
são iguais. 2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.
3 1 3
( ) =
Inverso de um Número Racional 7 7
a −n b n 5 −2 7 2
( ) ,a ≠ 0 = ( ) ,b ≠ 0 → ( ) = ( ) 3) Toda potência com expoente negativo de um número
b a 7 5 racional, diferente de zero é igual a outra potência que tem a
base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao
Representação geométrica dos Números Racionais
oposto do expoente anterior.
3 −2 7 2 49
( ) =( ) =
7 3 9

4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal


da base.
Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem 3 3 3 3 3 27
infinitos números racionais. (− ) = (− ) . (− ) . (− ) = −
7 7 7 7 343
Operações com Números Racionais 5) Toda potência com expoente par é um número positivo.
3 2 3 3 9
Soma (Adição) de Números Racionais: como todo ( ) = . =
7 7 7 49
número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de
uma fração, definimos a adição entre os números racionais a/b 6) Produto de potências de mesma base: reduzir a uma só
e, c/d, da mesma forma que a soma de frações, através de: potência de mesma base, conservamos as bases e somamos os
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 + 𝑏𝑐 expoentes.
+ =
𝑏 𝑑 𝑏𝑑 3 2 3 3 3 2+3 3 5
( ) .( ) = ( ) =( )
Subtração de Números Racionais: a subtração de dois 7 7 7 7
números racionais p e q é a própria operação de adição do
𝑎 7) Divisão de potências de mesma base: reduzir a uma só
número p com o oposto de q, isto é: p – q = p + (–q), onde p = e potência de mesma base, conservamos a base e subtraímos os
𝑏
𝑐
q= . expoentes.
𝑑
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 − 𝑏𝑐 3 5 3 3 3 5−3 3 2
− = ( ) :( ) =( ) =( )
𝑏 𝑑 𝑏𝑑 7 7 7 7

Multiplicação (Produto) de Números Racionais: como 8) Potência de Potência: reduzir a uma potência (de
todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na mesma base) de um só expoente, conservamos a base e
forma de uma fração, definimos o produto de dois números multiplicamos os expoentes.
racionais a/b e, c/d, da mesma forma que o produto de 3 2
3
3 2.3 3 6
frações, através de: [( ) ] = ( ) = ( )
𝑎 𝑐 𝑎𝑐 7 7 7
. =
𝑏 𝑑 𝑏𝑑
Radiciação de Números Racionais: se um número
O produto dos números racionais a/b e c/d também pode representa um produto de dois ou mais fatores iguais, então
ser indicado por a/b × c/d ou a/b . c/d. Para realizar a cada fator é chamado raiz do número.
multiplicação de números racionais, devemos obedecer à
mesma regra de sinais que vale em toda a Matemática. Exemplos:
𝟏 1 1 1 2
1) √ , representa o produto . ou ( ) .
Divisão (Quociente) de Números Racionais: a divisão 𝟐𝟓 5 5 5
1 1
de dois números racionais p e q é a própria operação de Logo, é a raiz quadrada de .
5 25
multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q = p ×
𝑎 𝑐 𝑑
q-1 onde p = , q = e q-1= ;
𝑏 𝑑 𝑐

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2) 0,216 representa o produto 0,6. 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, Comentários


0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se: 3√0,216 = 0,6.
01. Resposta: D.
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o Ele recebeu 120 de mesada, deste guardou 1/6 na
número zero ou um número racional positivo. poupança, logo:
120
= 20
Fique Atento!!! 6
Os números racionais negativos não têm raiz quadrada Então ele guardou na poupança 20 e sobrou 120 – 20 =
em Q. 100.
Desses 100, gastou 2/5 com figurinhas:
Referências 2
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
100. = 40
5
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 1 – Conjuntos e Funções Ele gastou 40,00 com figurinhas e sobrou 100 – 40 = 60,
https://educacao.uol.com.br
http://mat.ufrgs.br que ele gastou com a excursão.

Questões 02. Resposta: B.


Quantia que eu tinha: x
01. (SAP/SP – Oficial Administrativo – MS Gastei na farmácia: 2/5 x, logo sobrou em meu bolso 3/5x
3𝑥 1 3𝑥
CONCURSOS/2018) Um menino ganhou sua mesada de Compadre pagou 1/3 do que eu tinha no bolso: . =
5 3 15
R$120,00, guardou 1/6 na poupança, do restante usou 2/5
para comprar figurinhas e gastou o que sobrou numa excursão Fiquei com a quantia total de:
da escola. Quanto gastou nessa excursão? 3𝑥 3𝑥 9𝑥 + 3𝑥 12𝑥
+ = =
(A) 32 5 15 15 15
(B) 40 Gastei metade deste valor em alimentos:
(C) 52 12𝑥
(D) 60 15 = 12𝑥 . 1 = 12𝑥
(E) 68 2 15 2 30
Logo o que sobrou(metade) corresponde a 420,00:
02. (IPSM - Analista de Gestão Municipal – 12𝑥 12600
Contabilidade – VUNESP/2018) Saí de casa com = 420 → 12𝑥 = 12600 → 𝑥 = → 𝑥 = 1050
30 12
determinada quantia no bolso. Gastei, na farmácia, 2/5 da
quantia que tinha. Em seguida, encontrei um compadre que me Como o compadre pagou 3x/15, basta substituirmos o
pagou uma dívida antiga que correspondia exatamente à terça valor de x por 1050 e acharmos o valor:
parte do que eu tinha no bolso. Continuei meu caminho e gastei 3.1050
a metade do que tinha em alimentos que doei para uma casa = 210
15
de apoio a necessitados. Depois disso, restavam-me 420 reais.
O valor que o compadre me pagou é, em reais, igual a
(A) 105. 03. Resposta: A.
(B) 210. Basta dividirmos 9/40 = 0,225.
(C) 315.
(D) 420. 04. Resposta: A.
(E) 525. Simplificando temos:
36/2 = 18
03. (Pref. Santo Expedito/SP – Motorista – Prime 100/2 = 50
Concursos/2017) Qual a alternativa que equivale a 9/40 em Logo temos 18/50
forma decimal
(A) 0,225 05. Resposta: E.
(B) 225 X = envelopes
3
(C) 0,0225 𝐴= 𝑥
(D) 0,22 8

5 4 4
04. (Pref. Santo Expedito/SP – Motorista – Prime 𝐵 = 𝑥. = 𝑥
Concursos/2017) Ao simplificar a fração 36/100, dividindo o 8 5 8
numerador e o denominador por 2, obtemos:
Sobrou 75
(A) 18/50
Logo o número de envelopes total é
(B) 9/25
3𝑥 4𝑥 3𝑥 + 4𝑥 + 600
(C) 12/50 𝑥= + + 75 → 𝑥 = →
(D) 9/50 8 8 8

8x = 7x + 600 → 8x – 7x = 600 → x = 600


05. (Câmara de Dois Córregos/SP – Oficial de
O número total de envelopes é 600.
Atendimento e Administração – VUNESP/2018) Uma
empresa comprou um lote de envelopes e destinou 3/ 8 deles
ao setor A. Dos envelopes restantes, 4/ 5 foram destinados ao
setor B, e ainda restaram 75 envelopes. O número total de Expressões numéricas
envelopes do lote era
(A) 760.
(B) 720.
(C) 700. Expressões numéricas são todas sentenças matemáticas
(D) 640. formadas por números, suas operações (adições, subtrações,
(E) 600. multiplicações, divisões, potenciações e radiciações) e também

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por símbolos chamados de sinais de associação, que podem – 62 : (– 2) + 6 = efetue a potência.


aparecer em uma única expressão. 31 + 6 = 37

Para resolvermos devemos estar atentos a alguns C) [(5² - 6.2²).3 + (13 – 7)² : 3] : 5
procedimentos: [(25 – 6.4).3 + 6² : 3] : 5 =
[(25 – 24).3 + 36 : 3 ] : 5 =
1º) Nas expressões que aparecem as operações numéricas, [1.3 + 12] : 5 =
devemos resolver as potenciações e/ou radiciações [3 + 12 ] : 5 =
primeiramente, na ordem que elas aparecem e somente depois 15 : 5 = 3
as multiplicações e/ou divisões (na ordem que aparecem) e
por último as adições e subtrações também na ordem que 𝟑
D) [(𝟏𝟎 − √𝟏𝟐𝟓)𝟐 + (𝟑 + 𝟐𝟑 : 𝟒)]𝟐
aparecem. [(10 - 5)2 + (3 + 8 : 4)]2
Exemplos: [5² + (3+2)]2
A) 10 + 12 – 6 + 7→ primeiro resolvemos a adição e [25 + 5]2
subtração em qualquer ordem 302
22 – 6 + 7 900
16 + 7
23 Expressões Numéricas com Frações
A ordem das operações para se resolver uma expressão
numérica com fração, são as mesmas para expressões
B) 15 x 2 – 30 ÷ 3 + 7 → primeiro resolveremos a numéricas com números reais. Você também precisará
multiplicação e a divisão, em qualquer ordem. dominar as principais operações com frações: adição,
30 – 10 + 7 → Agora resolveremos a adição e subtração, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação.
também em qualquer ordem. Um ponto que deve ser levado em conta é o m.m.c (mínimo
27 múltiplo comum) entre os denominadores das frações, através
da fatoração numérica.
2º) Quando aparecem os sinais de associações os mesmos
tem uma ordem a ser seguida. Primeiro, resolvemos os Exemplos:
parênteses ( ), quando acabarem os cálculos dentro dos 1) Qual o valor da expressão abaixo?
parênteses, resolvemos os colchetes [ ]; e quando não houver 1 3 1 3
( ) + .
mais o que calcular dentro dos colchetes { }, resolvemos as 2 2 4
chaves.
A) 7/16
→ Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, B) 13/24
colchetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o C) 1/2
colchete ou chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os D) 21/24
números internos com o seus sinais originais. Resolvendo temos:

→ Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, 1º passo resolver as operações entre parênteses, depois a
colchetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o multiplicação:
colchete ou chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os
números internos com o seus sinais invertidos. 1 3
+ , 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑟 é 𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜,
8 8
Exemplos:
A) {100 – 413 x (20 – 5 x 4) + 25} : 5 → Inicialmente 4 1
𝑒𝑓𝑒𝑡𝑢𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑎𝑑𝑖çã𝑜: , 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟:
devemos resolver os parênteses, mas como dentro dos 8 2
parênteses há subtração e multiplicação, vamos resolver a
multiplicação primeiro, em seguida, resolvemos a subtração. Resposta: C
{100 – 413 x (20 – 5 x 4) + 25} : 5
{100 – 413 x (20 – 20) + 25} : 5 9 2 2 4
2) O resultado da expressão 3. − {[( ) + 2] : √ }, em
{100 – 413 x 0 + 25} : 5 4 3 9
Eliminado os parênteses, vamos resolver as chaves, sua forma mais simples é:
efetuando as operações seguindo a ordem. A) 6/37
{100 – 413 x 0 + 25} : 5 B) 37/12
{100 – 0 + 25} : 5 C) 27/4
{100 + 25} : 5 D) 22/6
125 : 5 Resolvendo:
25 Vamos resolver a multiplicação do início, a potenciação
que está entre parênteses e a radiciação do final:
B) – 62 : (– 5 + 3) – [– 2 . (– 1 + 3 – 1)² – 16 : (– 1 + 3)²] → 27 4 2
− {[ + 2] : },
elimine os parênteses. 4 9 3
– 62 : (– 2) – [– 2 . (2 – 1)² – 16 : 2²] → continue eliminando
os parênteses. Na sequência vamos resolver a operação entre colchetes:
– 62 : (– 2) – [– 2 . 1 – 16 : 2²] → resolva as potências dentro
do colchetes. 27 4 + 18 2
− {[ ] : } , 𝑜 𝑚𝑚𝑐 é 9,
– 62 : (– 2) – [– 2 . 1 – 16 : 4] → resolva as operações de 4 9 3
multiplicação e divisão nos colchetes. 27 22 2
𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎 𝑣𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑢𝑎𝑟 𝑎 𝑠𝑜𝑚𝑎: − {[ ] : }
– 62 : (– 2) – [– 2 – 4] = 4 9 3
– 62 : (– 2) – [– 6] = elimine o colchete.

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27 22 3 05. (UFSCAR – Assistente em Administração –


𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠ã𝑜, 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠: − { . },
4 9 2 UFSCAR/2017) Considerando as expressões matemáticas
apresentadas a seguir, qual das seguintes igualdades é
Lembrando que na divisão com frações conservamos a 1ª verdadeira?
fração e multiplicamos pelo inverso da 2ª, podemos também (A) -22 × 3-1 + 1 ÷ 3 = -1
simplificar o resultado: (B) 3 - 3 ÷ 3 + 3 × 3 - 3 = 6
27 11 (C) 48 ÷ 2 ÷ 2 × 3 = 4
− { }.
4 3 (D) (-17 + 26) ÷ 9 × 2 = 1/2
(E) 7 + 2 × 3 - 5 × (-2) = 17
27 11
− , 𝑓𝑎𝑧𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑚𝑚𝑐(4,3) = 12,
4 3 Respostas

3.27 − 4.11 81 − 44 37 01. Resposta: A.


= =
12 12 12 Resolvendo as expressões temos:
(a) 2 + [(5 - 3) + 4] x 2 + 3 ⇾ 2 + [2 + 4] x 2 + 3
Resposta: B. 2 + [6] x 2 + 3 ⇾ 2 + 12 + 3 = 17
(b) 13 - [5 x (2 - 1) + 4 x 2] ⇾ 13 - [5 x (1) + 8]
Referências
http://quimsigaud.tripod.com/expnumericas
13 - [5 + 8] ⇾ 13 -13 = 0
(c) 6 + 4 x 2 x (5 - 1) – 7 ⇾ 6 + 8 x (4) - 7
Questões 6 + 32 – 7 ⇾ 31
Colocando em ordem crescente: 0 < 17 < 31, que é b < a < c
01. (Pref. Tramandaí/RS – Auxiliar Administrativo –
OBJETIVA) Dadas as três expressões numéricas abaixo, é 02. Resposta: E.
CORRETO afirmar que: Vamos resolver cada expressão separadamente:
(a) 2 + [(5 - 3) + 4] x 2 + 3 1 1 1 1 1 16 + 8 + 4 + 2 + 1 31
𝐴= + + + + = =
(b) 13 - [5 x (2 - 1) + 4 x 2] 2 4 8 16 32 32 32
(c) 6 + 4 x 2 x (5 - 1) - 7
1 1 1 1 1
𝐵= + + + +
(A) b < a < c 3 9 27 81 243
(B) a < b < c
81 + 27 + 9 + 3 + 1 121
(C) c < a < b =
(D) c < b < a 243 243

31 121 243.31 + 32.121


02. (MANAUSPREV – Analista Previdenciário – A+B = + =
32 243 7776
Administrativa – FCC) Considere as expressões numéricas,
abaixo. 7533 + 3872 11405
A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e B = 1/3 = = 1,466 ≅ 1,5
7776 7776
+ 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243

O valor, aproximado, da soma entre A e B é 03. Resposta: A.


(A) 2 Resolvendo cada termo em partes temos:
(B) 3 10010 = 1
(C) 1
1 3 2 3+3 2
(D) 2,5 ( + ) =( ) = (1)2 = 1
(E) 1,5 2 6 6
3
03. (Pref. Tanguá/RJ – Agente Administrativo – MS 11/3 = √1 = 1
CONCURSOS/2017) Com base nas operações e propriedades 1001/2 = √100 = 10
dos números reais, resolva a expressão abaixo: Montando a expressão temos: 1 + 1 + 1. 10 ⇾ 2 + 10 = 12
1 3 2 1 1
x = 10010 + ( + ) + 13 .1002 04. Resposta: E.
2 6
Resolvendo por partes temos:
(121 – 100) ÷ (30 – 9) ÷ 3 ⇾ (21) ÷ (21) ÷ 3 ⇾ 1 ÷ 3 ou
Qual é o valor correto de x? 1/3
(A) 12
(B) 10 05. Resposta: A.
(C) 1002 (a) -4 x 1/3 + 1/3 = -1 ⇾ -4/3 + 1/3 = -1 ⇾ -3/3 = -1 ⇾ -1
(D) 102 = -1 (V)
(b) 3 – 1 + 9 – 3 = 6 ⇾ 2 + 6 = 6 ⇾ 8 = 6 (F)
04. (UNESP – Assistente Administrativo – (c) 24 ÷ 2 x 3 = 4 ⇾ 12 x 3 = 4 ⇾ 36 = 4 (F)
VUNESP/2017) Considere a seguinte expressão numérica: (d) 7 + 6 + 10 = 17 ⇾ 23 = 17 (F)
(112 – 102 ) ÷ (3·2·5 – 32 ) ÷ 3
O resultado correto é
(A) 5/3
(B) 4/3
(C) 1
(D) 2/3
(E) 1/3

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 8


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Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando


Múltiplos e divisores de é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo.
Exemplos:
números naturais; problemas a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4
+ 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18).
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8
Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30. + 0 + 5 + 3 + 0 = 16).
Podemos dizer então que:
“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5) Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando
que multiplicado por 6 dá como resultado 30.” o último algarismo do número, multiplicado por 2, subtraído
Um número natural a é divisível por um número natural b, do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo
não-nulo, se existir um número natural c, tal que c . b = a. de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a
quantidade de algarismos a serem analisados quanto à
Conjunto dos múltiplos de um número natural: É divisibilidade por 7.
obtido multiplicando-se esse número pela sucessão dos Exemplo: 41909 é divisível por 7 conforme podemos
números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,... conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 = 413
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo, → 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7.
multiplicamos por 7 cada um dos números da sucessão dos
naturais: Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando
7x0=0 seus três últimos algarismos forem 000 ou formarem um
7x1=7 número divisível por 8.
7 x 2 = 14 Exemplos:
7 x 3 = 21 a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos
⋮ algarismos são 000.
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos
O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o algarismos formam o número 24, que é divisível por 8.
conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7, 14, 21, ...}.
Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando
Observações: a soma dos valores absolutos de seus algarismos formam um
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo. número divisível por 9.
- Todo número natural é múltiplo de 1. Exemplos:
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 =
múltiplos. 27 é divisível por 9.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural. b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 =
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números 14 não é divisível por 9.
pares, e a fórmula geral desses números é 2k (k N). Os demais
são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10
números é 2k + 1 (k N). quando seu algarismo da unidade termina em zero.
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z. Exemplo:
563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11
número é ou não divisível por outro, sem efetuarmos a divisão. quando a diferença entre a soma dos algarismos de posição
ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um
Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando número divisível por 11 ou quando essas somas forem iguais.
termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando ele é par. Exemplo:
Exemplo: - 43813:
9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par. 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos
algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 = 15.)
Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando 4 3 8 1 3
a soma dos valores absolutos de seus algarismos é divisível por 2º 4º  Algarismos de posição par.(Soma dos
3. algarismos de posição par:3 + 1 = 4)
Exemplo:
65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é 15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é
divisível por 3. divisível por 11.
Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12
seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.
por 4. Exemplo:
Exemplos: ) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 ( 7 + 8 + 3
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00. + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é
divisível por 4. Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15
quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.
Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando Exemplo:
termina em 0 ou 5. a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 ( 6 + 5 +
Exemplos: 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5.

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Fatoração numérica (C) 9


Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores (D) 8
primos. Para decompormos um número natural em fatores (E) 10
primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo,
após pegamos o quociente e dividimos o pelo seu menor Respostas
divisor, e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O
produto de todos os fatores primos representa o número 01. Resposta: A.
fatorado. Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
Exemplo: 40 = 23 . 51 ; pela regra temos que devemos adicionar 1 a
cada expoente:
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2 ; então pegamos os resultados e
multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de 40.

02. Resposta: D.
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é:
Divisores de um número natural MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e
Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma o produto entre eles 96, logo:
fatorada: 4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) =
12 = 22 . 31 24, fatorando o número 24 temos:
O número de divisores naturais é igual ao produto dos 24 = 23 .3 , para determinarmos o número de divisores,
expoentes dos fatores primos acrescidos de 1. pela regra, somamos 1 a cada expoente e multiplicamos o
Logo o número de divisores de 12 são: resultado:
22 . 3⏟1 → (2 + 1) .(1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais
⏟ (3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8
(2+1) (1+1)
03. Resposta: D.
Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao
cada fator da decomposição e seu respectivo expoente natural mesmo tempo, e por isso deverá ser par também, e a soma dos
que varia de zero até o expoente com o qual o fator se seus algarismos deve ser um múltiplo de 3.
apresenta na decomposição do número natural. Logo os finais devem ser 4 e 6:
Exemplo: 354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8
12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos: números.
20 . 30=1
20 . 31=3 MDC
21 . 30=2
21 . 31=2.3=6 O máximo divisor comum(MDC) de dois ou mais números
22 . 31=4.3=12 é o maior número que é divisor comum de todos os números
22 . 30=4 dados. Consideremos:
O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28 - o número 18 e os seus divisores naturais:
D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}.
Observação
Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, basta - o número 24 e os seus divisores naturais:
multiplicarmos o resultado por 2 (dois divisores, um negativo e D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}.
o outro positivo).
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros. Podemos descrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:
D+ (18) ∩ D+ (24) = {1, 2, 3, 6}.
Questões
Observando os divisores comuns, podemos identificar o
01. O número de divisores positivos do número 40 é: maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: MDC (18,
(A) 8 24) = 6.
(B) 6
(C) 4 Outra técnica para o cálculo do MDC:
(D) 2 Decomposição em fatores primos
(E) 20 Para obtermos o MDC de dois ou mais números por esse
processo, procedemos da seguinte maneira:
02. O máximo divisor comum entre dois números naturais
é 4 e o produto dos mesmos 96. O número de divisores - Decompomos cada número dado em fatores primos.
positivos do mínimo múltiplo comum desses números é: - O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada um
(A) 2 deles elevado ao seu menor expoente.
(B) 4 Exemplo:
(C) 6
(D) 8
(E) 10

03. Considere um número divisível por 6, composto por 3


algarismos distintos e pertencentes ao conjunto
A={3,4,5,6,7}.A quantidade de números que podem ser
formados sob tais condições é:
(A) 6
(B) 7

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APOSTILAS OPÇÃO

MMC 03. Na linha 1 de um sistema de Metrô, os trens partem 2,4


em 2,4 minutos. Na linha 2 desse mesmo sistema, os trens
O mínimo múltiplo comum(MMC) de dois ou mais partem de 1,8 em 1,8 minutos. Se dois trens partem,
números é o menor número positivo que é múltiplo comum de simultaneamente das linhas 1 e 2 às 13 horas, o próximo
todos os números dados. Consideremos: horário desse dia em que partirão dois trens simultaneamente
dessas duas linhas será às 13 horas,
- O número 6 e os seus múltiplos positivos: (A) 10 minutos e 48 segundos.
M*+ (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...} (B) 7 minutos e 12 segundos.
(C) 6 minutos e 30 segundos.
- O número 8 e os seus múltiplos positivos: (D) 7 minutos e 20 segundos.
M*+ (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, ...} (E) 6 minutos e 48 segundos.

Podemos descrever, agora, os múltiplos positivos comuns: Respostas


M*+ (6) M*+ (8) = {24, 48, 72, ...}
01. Resposta: D.
Observando os múltiplos comuns, podemos identificar o Fazendo o mdc entre os números teremos:
mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja: MMC (6, 60 = 2².3.5
8) = 24 72 = 2³.3³
48 = 24.3
Outra técnica para o cálculo do MMC: Mdc(60,72,48) = 2².3 = 12
60/12 = 5
Decomposição isolada em fatores primos 72/12 = 6
Para obter o MMC de dois ou mais números por esse 48/12 = 4
processo, procedemos da seguinte maneira: Somando a quantidade de envelopes por provas teremos:
- Decompomos cada número dado em fatores primos. 5 + 6 + 4 = 15 envelopes ao todo.
- O MMC é o produto dos fatores comuns e não-comuns,
cada um deles elevado ao seu maior expoente. 02. Resposta: C.
Exemplo: Devemos achar o mmc (40,60,80)

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo: 𝑚𝑚𝑐(40,60,80) = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 5 = 240

MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B 03. Resposta: B.


Como os trens passam de 2,4 e 1,8 minutos, vamos achar o
Questões mmc(18,24) e dividir por 10, assim acharemos os minutos

01. Um professor quer guardar 60 provas amarelas, 72


provas verdes e 48 provas roxas, entre vários envelopes, de
modo que cada envelope receba a mesma quantidade e o
menor número possível de cada prova. Qual a quantidade de
envelopes, que o professor precisará, para guardar as provas?
(A) 4; Mmc(18,24)=72
(B) 6; Portanto, será 7,2 minutos
(C) 12; 1 minuto---60s
(D) 15. 0,2--------x
x = 12 segundos
02. O policiamento em uma praça da cidade é realizado por Portanto se encontrarão depois de 7 minutos e 12
um grupo de policiais, divididos da seguinte maneira: segundos

Grupo Intervalo de passagem


Policiais a pé 40 em 40 minutos Frações e operações com
Policiais de moto 60 em 60 minutos
frações
Policiais em viaturas 80 em 80 minutos

Toda vez que o grupo completo se encontra, troca Quando um todo ou uma unidade é dividido em partes
informações sobre as ocorrências. O tempo mínimo em iguais, uma dessas partes ou a reunião de várias formam o que
minutos, entre dois encontros desse grupo completo será: chamamos de uma fração do todo. Para se representar uma
(A) 160 fração são, portanto, necessários dois números inteiros:
(B) 200 a) O primeiro, para indicar em quantas partes iguais foi
(C) 240 dividida a unidade (ou todo) e que dá nome a cada parte e, por
(D) 150 essa razão, chama-se denominador da fração;
(E) 180 b) O segundo, que indica o número de partes que foram
reunidas ou tomadas da unidade e, por isso, chama-se
numerador da fração. O numerador e o denominador
constituem o que chamamos de termos da fração.

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APOSTILAS OPÇÃO

Observe a figura abaixo: 2- Se o denominador é 1, a fração é igual ao denominador:


25/1 = 25; 325/1 = 325

- Quando o denominador é zero, a fração não tem sentido,


pois a divisão por zero é impossível.
- Quando o numerador e denominador são iguais, o
resultado da divisão é sempre 1.

- Números mistos: Números compostos de uma parte


inteira e outra fracionária. Podemos transformar uma fração
imprópria na forma mista e vice e versa.
Exemplos:

25 4
A primeira nota dó é 14/14 ou 1 inteiro, pois representa a 𝑨) =3 ⇒
fração cheia; a ré é 12/14 e assim sucessivamente. 7 7

Nomenclaturas das Frações 4 25


𝑩) 3 = ⇒
7 7
Numerador → Indica
quantas partes
- Frações equivalentes: Duas ou mais frações que
tomamos do total
apresentam a mesma parte da unidade.
que foi dividida a
Exemplo:
unidade.
4: 4 1 4: 2 2 2: 2 1
= ; 𝑜𝑢 = ; 𝑜𝑢 =
Denominador → 8: 4 2 8: 2 4 4: 2 2
Indica quantas partes 4 2 1
iguais foi dividida a As frações , e são equivalentes.
8 4 2
unidade.
-Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o
No figura, lê-se: três oitavos. denominador são primos entre si.
Exemplo: 5/11 ; 17/29; 5/3
-Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços,
quartos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos. Comparação e simplificação de frações
-Frações com denominadores potências de 10:
décimos, centésimos, milésimos, décimos de milésimos, Comparação:
centésimos de milésimos etc. - Quando duas frações tem o mesmo denominador, a
- Denominadores diferentes dos citados maior será aquela que possuir o maior numerador.
anteriormente: Enuncia-se o numerador e, em seguida, o Exemplo: 5/7 >3/7
denominador seguido da palavra “avos”.
- Quando os denominadores são diferentes, devemos
Exemplos: reduzi-lo ao mesmo denominador.
8
𝑙ê − 𝑠𝑒 ∶ 𝑜𝑖𝑡𝑜 𝑣𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜 𝑎𝑣𝑜𝑠; Exemplo: 7/6 e 3/7
25 1º - Fazer o mmc dos denominadores → mmc(6,7) = 42
7.7 3.6 49 18
2 𝑒 → 𝑒
𝑙ê − 𝑠𝑒 ∶ 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡é𝑠𝑖𝑚𝑜𝑠; 42 42 42 42
100 2º - Compararmos as frações:
49/42 > 18/42.
Tipos de Frações
Simplificação: É dividir os termos por um mesmo número
- Frações Próprias: Numerador é menor que o até obtermos termos menores que os iniciais. Com isso
denominador. formamos frações equivalentes a primeira.
1 5 3
Exemplos: ; ; ; … Exemplo:
6 8 4
4: 4 1
=
- Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao 8: 4 2
denominador.
6 8 4
Exemplos: ; ; ; … Operações com frações
5 5 3

- Adição e Subtração
- Frações aparentes: Numerador é múltiplo do Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador
denominador. As mesmas pertencem também ao grupo das e soma-se ou subtrai-se os numeradores.
frações impróprias.
6 8 4
Exemplos: ; ; ; …
1 4 2

- Frações particulares: Para formamos uma fração de


uma grandeza, dividimos esta pelo denominador e
multiplicamos pelo numerador.
Exemplos:
1 – Se o numerador é igual a zero, a fração é igual a zero: Com denominadores diferentes: Reduz-se ao mesmo
0/7 = 0; 0/5=0 denominador através do mmc entre os denominadores.

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O processo é valido tanto para adição quanto para filho havia comido e o 4º filho comeu 3 / 2 do que o 3º filho
subtração. havia comido. Eles compraram a menor quantidade de tortas
inteiras necessárias para atender a todos. Assim, é possível
calcular corretamente que a fração de uma torta que sobrou
foi
(A) 5 / 6.
(B) 5 / 9.
(C) 7 / 8.
(D) 2 / 3.
(E) 5 / 24.

Respostas

01. Resposta: A.
Vamos chamar de x a mesada.
Como ele gastou a terça parte 1/3 de 3/5 da mesada que
equivale a 23,00. Podemos escrever da seguinte maneira:
Multiplicação e Divisão 1 3 𝑥
. 𝑥 = = 23 → 𝑥 = 23.5 → 𝑥 = 115
3 5 5
- Multiplicação: É produto dos numerados dados e dos
denominadores dados. Logo a metade de 115 = 115/2 = 57,50
Exemplo:
02. Resposta: A.
1
. 200000 = 40000
5

03. Resposta: E.
Podemos ainda simplificar a fração resultante: Vamos chamar a quantidade de tortas de (x). Assim:
288: 2 144 𝟐 𝟐
= * Dona Amélia: . 𝟏 =
𝟑 𝟑
10: 2 5
𝟑 𝟐
- Divisão: O quociente de uma fração é igual a primeira * 1º filho: . =𝟏
𝟐 𝟑
fração multiplicados pelo inverso da segunda fração.
Exemplo: * 2º filho:
𝟑
.𝟏 =
𝟑
𝟐 𝟐

𝟑 𝟑 𝟗
* 3º filho: . =
𝟐 𝟐 𝟒

Simplificando a fração resultante: 𝟑 𝟗 𝟐𝟕


168: 8 21 * 4º filho: . =
𝟐 𝟒 𝟖
=
24: 8 3
𝟐 𝟑 𝟗 𝟐𝟕
+𝟏+ + +
Referência 𝟑 𝟐 𝟒 𝟖
CABRAL, Luiz Claudio; NUNES, Mauro César – Matemática básica explicada passo
a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 𝟏𝟔 + 𝟐𝟒 + 𝟑𝟔 + 𝟓𝟒 + 𝟖𝟏 𝟐𝟏𝟏 𝟐𝟒 𝟏𝟗 𝟏𝟗
= =𝟖. + =𝟖+
𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒
Questões
Ou seja, eles comeram 8 tortas, mais 19/24 de uma torta.
01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – Por fim, a fração de uma torta que sobrou foi:
Matemática – GR Consultoria e Assessoria) João gastou R$
𝟐𝟒 𝟏𝟗 𝟓
23,00, equivalente a terça parte de 3/5 de sua mesada. Desse 𝟐𝟒

𝟐𝟒
=
𝟐𝟒
modo, a metade do valor da mesada de João é igual a:
(A) R$ 57,50;
(B) R$ 115,00; Números e grandezas
(C) R$ 172,50;
(D) R$ 68,50;
proporcionais: razões e
proporções
02. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista
Administrativo – Administração – AOCP) Uma revista
1
perdeu dos seus 200.000 leitores. RAZÃO
5
Quantos leitores essa revista perdeu?
É o quociente entre dois números (quantidades, medidas,
(A) 40.000.
grandezas).
(B) 50.000.
Sendo a e b dois números a sua razão, chama-se razão de a
(C) 75.000.
para b:
(D) 95.000.
(E) 100.000. 𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
𝑏
03. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC)
Dona Amélia e seus quatro filhos foram a uma doceria comer
tortas. Dona Amélia comeu 2 / 3 de uma torta. O 1º filho comeu
3 / 2 do que sua mãe havia comido. O 2º filho comeu 3 / 2 do
que o 1º filho havia comido. O 3º filho comeu 3 / 2 do que o 2º

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 13


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Onde: 𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos


consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
consequente.
Exemplo: 𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
Em um vestibular para o curso de marketing, participaram = → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑
3600 candidatos para 150 vagas. A razão entre o número de
vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de 5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1 consequente.
= = 𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑
Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.
- Problema envolvendo razão e proporção
- Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza, Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram
essas devem ser expressas na mesma unidade. aprovadas 1800. A razão do número de candidatos aprovados
para o total de candidatos participantes do concurso é:
- Razões Especiais A) 2/3
Escala → Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias B) 3/5
muito grandes de forma reduzida, então utilizamos a escala, C) 5/10
que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas D) 2/7
na mesma unidade). E) 6/7
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 Resolução:

Velocidade média → É a razão entre a distância percorrida


e o tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h, Resposta “B”
m/s, entre outras.
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 Referências
𝑉=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
Estatística Descritiva
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
Densidade → É a razão entre a massa de um corpo e o seu http://educacao.globo.com
volume. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre outras.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 Questões
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
01. André, Bruno, Carlos e Diego são irmãos e suas idades
PROPORÇÃO formam, na ordem apresentada, uma proporção. Considere
que André tem 3 anos, Diego tem 18 anos e Bruno é 3 anos
É uma igualdade entre duas razões. mais novo que Carlos. Assim, a soma das idades, destes quatro
irmãos, é igual a
𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões e , à setença de igualdade = chama- (A) 30
𝑏 𝑑 𝑏 𝑑
se proporção. (B) 32;
Onde: (C) 34;
(D) 36.

02. Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da


universidade na qual estudou. Para a biblioteca de
matemática, ele doará três quartos dos livros, para a biblioteca
- Propriedades da Proporção de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de
1 - Propriedade Fundamental química, 36 livros. O número de livros doados para a biblioteca
O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto de física será
é, a . d = b . c (A) 16.
Exemplo: (B) 22.
45 9 (C) 20.
Na proporção = ,(lê-se: “45 esta para 30 , assim como
30 6 (D) 24.
9 esta para 6.), aplicando a propriedade fundamental , temos: (E)18.
45.6 = 30.9 = 270
03. Foram construídos dois reservatórios de água. A razão
2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2
(ou para o segundo termo), assim como a soma dos dois para 5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo). absoluto da diferença entre as capacidades desses dois
𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 reservatórios, em litros, é igual a
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑 (A) 8000.
(B) 6000.
3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o (C) 4000.
primeiro (ou para o segundo termo), assim como a diferença (D) 6500.
entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto (E) 9000.
termo).

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 14


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Comentários Divisão Diretamente Proporcional

01. Resposta: D. - Divisão em duas partes diretamente proporcionais


Pelo enunciado temos que: Para decompor um número M em duas partes A e B
A=3 diretamente proporcionais a p e q, montamos um sistema com
B=C–3 duas equações e duas incógnitas, de modo que a soma das
C partes seja A + B = M, mas
D = 18 𝐴 𝐵
=
Como eles são proporcionais podemos dizer que: 𝑝 𝑞
𝐴 𝐶 3 𝐶 A solução segue das propriedades das proporções:
= → = → 𝐶 2 − 3𝐶 = 3.18 → 𝐶 2 − 3𝐶 − 54 = 0
𝐵 𝐷 𝐶 − 3 18 𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀
= = = =𝑲
𝑝 𝑞 𝑝+𝑞 𝑝+𝑞
Vamos resolver a equação do 2º grau:
O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = K.q
𝑥=
2𝑎
Exemplos:
−(−3) ± √(−3)2 − 4.1. (−54) 3 ± √225 1) Para decompor o número 200 em duas partes A e B
→ → diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos o sistema de
2.1 2
modo que A + B = 200, cuja solução segue de:
3 ± 15
→ 𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 200
2 = = = = 𝟒𝟎
2 3 5 5
3 + 15 18 3 − 15 −12
𝑥1 = = = 9 ∴ 𝑥2 = = = −6 Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 40.2 = 80 e
2 2 2 2
B=40.3 = 120
Como não existe idade negativa, então vamos considerar
somente o 9. Logo C = 9 2) Determinar números A e B diretamente proporcionais a
B=C–3=9–3=6 8 e 3, sabendo-se que a diferença entre eles é 40. Para resolver
Somando teremos: 3 + 6 + 9 + 18 = 36 este problema basta tomar A – B = 40 e escrever:

02. Resposta: E. 𝐴 𝐵 𝐴 − 𝐵 40
= = = =𝟖
X = total de livros 8 3 5 5
Matemática = ¾ x, restou ¼ de x
Física = 1/3.1/4 = 1/12 Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 8.8 = 64 e B =
Química = 36 livros 8.3 = 24
Logo o número de livros é: 3/4x + 1/12x + 36 = x
Fazendo o mmc dos denominadores (4,12) = 12 - Divisão em várias partes diretamente proporcionais
Logo: Para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn
9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥 diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um
→ 10𝑥 + 432 = 12𝑥 sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2
12
+ ... + xn= M e p1 + p2 + ... + pn = P.
→ 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 → 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
432 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛
𝑥= → 𝑥 = 216 A solução segue das propriedades das proporções:
2
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑀
= =⋯= = = =𝑲
Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos: 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 + 𝑝2 + ⋯ 𝑝𝑛 𝑃
1 216 Observa-se que partimos do mesmo princípio da divisão
. 216 = = 18
12 12 em duas partes proporcionais.

03. Resposta: B. Exemplos:


Primeiro:2k 1) Para decompor o número 240 em três partes A, B e C
Segundo:5k diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um
2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2 sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que A + B + C = 240
Primeiro: 2.2 = 4 e 2 + 4 + 6 = P. Assim:
Segundo5.2=10
Diferença: 10 – 4 = 6 m³ 𝐴 𝐵 𝐶 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 240
1m³------1000L = = = = = 𝟐𝟎
2 4 6 𝑃 12
6--------x
x = 6000 l Logo: A = 20.2 = 40; B = 20.4 = 80 e C = 20.6 =120

2) Determinar números A, B e C diretamente


Divisão em partes proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 480
proporcionais A solução segue das propriedades das proporções:

𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 480
= = = = = −𝟔𝟎
Uma forma de divisão no qual determinam-se 2 4 6 2.2 + 3.4 − 4.6 −8
valores(a,b,c,..) que, divididos por quocientes(x,y,z..)
previamente determinados, mantêm-se uma razão que não Logo: A = - 60.2 = -120 ; B = - 60.4 = - 240 e C = - 60.6 = -
tem variação. 360.

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APOSTILAS OPÇÃO

Também existem proporções com números negativos. A solução é A = K/p1 → A = 240/2 = 120, B = K/p2 → B =
Divisão Inversamente Proporcional 240/4 = 60 e C = K/p3 → C = 240/6 = 40

- Divisão em duas partes inversamente proporcionais 2-Para obter números A, B e C inversamente proporcionais
Para decompor um número M em duas partes A e B a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 10, devemos montar as
inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este proporções:
número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a
1/p e 1/q, que são, respectivamente, os inversos de p e q. 𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 120
= = = = =
Assim basta montar o sistema com duas equações e duas 1/2 1/4 1/6 2/2 + 3/4 − 4/6 13/12 13
incógnitas tal que A + B = M. Desse modo:
logo A = 60/13, B = 30/13 e C = 20/13
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞 Existem proporções com números fracionários!
= = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞
Divisão em partes direta e inversamente
O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = proporcionais
K/q.
- Divisão em duas partes direta e inversamente
Exemplos: proporcionais
1) Para decompor o número 120 em duas partes A e B Para decompor um número M em duas partes A e B
inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se montar o sistema diretamente proporcionais a, c e d e inversamente
tal que A + B = 120, de modo que: proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em
duas partes A e B diretamente proporcionais a c/q e d/q, basta
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 120 120.6 montar um sistema com duas equações e duas incógnitas de
= = = = = 144 forma que A + B = M e além disso:
1/2 1/3 1/2 + 1/3 5/6 5

Assim A = K/p → A = 144/2 = 72 e B = K/q → B = 144/3 = 𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞


= = = = =𝑲
48 𝑐/𝑝 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐. 𝑞 + 𝑝. 𝑑

2 - Determinar números A e B inversamente proporcionais


a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre eles é 10. Para O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B =
resolver este problema, tomamos A – B = 10. Assim: K.d/q.

𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 10 Exemplos:
= = = = 240
1/6 1/8 1/6 − 1/8 1/24 1) Para decompor o número 58 em duas partes A e B
diretamente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente
Assim A = K/p → A = 240/6 = 40 e B = K/q → B = 240/8 = proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções:
30
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 58
= = = = 70
- Divisão em várias partes inversamente 2/5 3/7 2/5 + 3/7 29/35
proporcionais
Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn Assim A = K.c/p = (2/5).70 = 28 e B = K.d/q = (3/7).70 = 30
inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor
este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente 2) Para obter números A e B diretamente proporcionais a
proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. 4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, diferença entre eles é 21. Para resolver este problema basta
assume que x1 + x2 + ... + xn= M e além disso escrever que A – B = 21 resolver as proporções:
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 21
= =⋯= = = = = 72
1/𝑝1 1/𝑝2 1/𝑝𝑛 4/6 3/8 4/6 − 3/8 7/24

Cuja solução segue das propriedades das proporções: Assim A = K.c/p = (4/6).72 = 48 e B = K.d/q = (3/8).72 = 27
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 Divisão em n partes direta e inversamente
= =⋯= =
1 1 1 1 1 1 proporcionais
+ +⋯
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn
diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente
𝑀 proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M
= =𝑲
1 1 1 em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1/q1,
+ + ⋯+
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 p2/q2, ..., pn/qn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas
Exemplos: exige que x1 + x2 + ... + xn = M e além disso
1-Para decompor o número 220 em três partes A, B e C
inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que A + B + C 𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑝𝑛 /𝑞𝑛
= 220. Desse modo:
A solução segue das propriedades das proporções:
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 220
= = = = = 240 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥𝑛 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
1/2 1/4 1/6 1/2 + 1/4 + 1/6 11/12
= =⋯= 𝑝 =𝑝 𝑝 𝑝 =𝑲
𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑛 1
+ 2 +⋯+ 𝑛
𝑞𝑛 𝑞1 𝑞2 𝑞𝑛

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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos: 3) Em uma seção há duas funcionárias, uma com 20 anos


1) Para decompor o número 115 em três partes A, B e C de idade e a outra com 30. Um total de 150 processos foi
diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente dividido entre elas, em quantidades inversamente
proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com 3 proporcionais às suas respectivas idades. Qual o número de
equações e 3 incógnitas de forma de A + B + C = 115 e tal que: processos recebido pela mais jovem?
A) 90
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 115 B) 80
= = = = = 100
1/4 2/5 3/6 1/4 + 2/5 + 3/6 23/20 C) 60
D) 50
Logo A = K.p1/q1 = (1/4)100 = 25, B = K.p2/q2 = (2/5)100 = E) 30
40 e C = K.p3/q3 = (3/6)100 = 50
Estamos trabalhando aqui com divisão em duas partes
2) Determinar números A, B e C diretamente inversamente proporcionais, para a resolução da mesma
proporcionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4 temos que:
e 5, de modo que 2A + 3B - 4C = 10.
A montagem do problema fica na forma: 𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 100
= = = = =
1/2 10/4 2/5 2/2 + 30/4 − 8/5 69/10 69 O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B =
K/q.
A solução é A = K.p1/q1 = 50/69, B = K.p2/q2 = 250/69 e C
= K.p3/q3 = 40/69 Vamos chamar as funcionárias de p e q respectivamente:
p = 20 anos (funcionária de menor idade)
Problemas envolvendo Divisão Proporcional q = 30 anos
1) As famílias de duas irmãs, Alda e Berta, vivem na mesma Como será dividido os processos entre as duas, logo cada
casa e a divisão de despesas mensais é proporcional ao uma ficará com A e B partes que totalizam 150:
número de pessoas de cada família. Na família de Alda são três A + B = 150 processos
pessoas e na de Berta, cinco. Se a despesa, num certo mês foi 𝐴 𝐵 150 150
= = =
de R$ 1.280,00, quanto pagou, em reais, a família de Alda? 1 1 1
+
1 1
+
1
A) 320,00 𝑝 𝑞 20 30 20 30
B) 410,00
C) 450,00 150.20.30 90000
= = = 𝟏𝟖𝟎𝟎
D) 480,00 20 + 30 50
E) 520,00
A = k/p → A = 1800 / 20 → A = 90 processos.
Resolução: Questões
Alda: A = 3 pessoas
Berta: B = 5 pessoas 01. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática –
A + B = 1280 IMA) Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser repartida entre
𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 1280 três herdeiros, em partes proporcionais a suas idades que são
+ = = = 160 de 5, 8 e 12 anos. O mais velho receberá o valor de:
3 5 3+5 8
(A) R$ 420.000,00
A = K.p = 160.3 = 480 (B) R$ 250.000,00
Resposta D (C) R$ 360.000,00
(D) R$ 400.000,00
2) Dois ajudantes foram incumbidos de auxiliar no (E) R$ 350.000,00
transporte de 21 caixas que continham equipamentos
elétricos. Para executar essa tarefa, eles dividiram o total de 02. (TRF 3ª – Técnico Judiciário – FCC) Quatro
caixas entre si, na razão inversa de suas respectivas idades. Se funcionários dividirão, em partes diretamente proporcionais
ao mais jovem, que tinha 24 anos, coube transportar 12 caixas, aos anos dedicados para a empresa, um bônus de R$36.000,00.
então, a idade do ajudante mais velho, em anos era? Sabe-se que dentre esses quatro funcionários um deles já
A) 32 possui 2 anos trabalhados, outro possui 7 anos trabalhados,
B) 34 outro possui 6 anos trabalhados e o outro terá direito, nessa
C) 35 divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa maneira, o número de
D) 36 anos dedicados para a empresa, desse último funcionário
E) 38 citado, é igual a
(A) 5.
Resolução: (B) 7.
v = idade do mais velho (C) 2.
Temos que a quantidade de caixas carregadas pelo mais (D) 3.
novo: (E) 4.
Qn = 12
Pela regra geral da divisão temos: 03. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo
Qn = k.1/24 → 12 = k/24 → k = 288 – FCC) Uma prefeitura destinou a quantia de 54 milhões de
A quantidade de caixas carregadas pelo mais velho é: 21 – reais para a construção de três escolas de educação infantil. A
12 = 9 área a ser construída em cada escola é, respectivamente, 1.500
Pela regra geral da divisão temos: m², 1.200 m² e 900 m² e a quantia destinada à cada escola é
Qv = k.1/v → 9 = 288/v → v = 32 anos diretamente proporcional a área a ser construída.
Resposta A Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola
com 1.500 m² é, em reais, igual a

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APOSTILAS OPÇÃO

(A) 22,5 milhões. Quanto MAIOR for o grau de


(B) 13,5 milhões. dificuldade de um serviço,
Tempo x grau
(C) 15 milhões. Direta MAIS tempo será necessário
de dificuldade
(D) 27 milhões. para realizar determinado
(E) 21,75 milhões. serviço

Respostas Exemplos:
1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros
01. Resposta: C. de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
5x + 8x + 12x = 750.000 O problema envolve duas grandezas: distância e litros de
25x = 750.000 álcool.
x = 30.000 Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
O mais velho receberá: 1230000=360000 consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
02. Resposta: D. mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000 correspondem em uma mesma linha:
15x = 30000
x = 2000 Distância (km) Litros de álcool
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se 180 ---- 15
dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000 210 ---- x

03. Resposta: A. Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”),


1500x + 1200x + 900x = 54000000 vamos colocar uma flecha:
3600x = 54000000
x = 15000
Escola de 1500 m²: 1500.15000 = 22500000 = 22,5
milhões.
Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de
álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros
de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que
Regra de três estamos montando, indicamos esse fato colocando uma flecha
na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna
“litros de álcool”:
REGRA DE TRÊS SIMPLES

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente


ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através
de um processo prático, chamado regra de três simples.
Vejamos a tabela abaixo: Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:

Grandezas Relação Descrição 180 15


=
Nº de MAIS funcionários 210 𝑥
funcionário x Direta contratados demanda MAIS → 𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
serviço serviço produzido 180: 30 15 1806 15
= =
Nº de MAIS funcionários 210: 30 𝑥 2107 𝑥
funcionário x Inversa contratados exigem MENOS
tempo tempo de trabalho → 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠)
105
Nº de MAIS eficiência (dos → 6𝑥 = 7.156𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
funcionário x Inversa funcionários) exige MENOS 6
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.
eficiência funcionários contratados
Nº de Quanto MAIOR o grau de
2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu
funcionário x dificuldade de um serviço,
Direta gastaria 7 h para fazer certo percurso. Aumentando a
grau MAIS funcionários deverão
velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse
dificuldade ser contratados
percurso?
MAIS serviço a ser produzido
Serviço x
Direta exige MAIS tempo para
tempo Indicando por x o número de horas e colocando as
realiza-lo
grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as
Quanto MAIOR for a grandezas de espécies diferentes que se correspondem em
Serviço x
Direta eficiência dos funcionários, uma mesma linha, temos:
eficiência
MAIS serviço será produzido
Quanto MAIOR for o grau de Velocidade (km/h) Tempo (h)
Serviço x grau dificuldade de um serviço, 50 ---- 7
Inversa
de dificuldade MENOS serviços serão 80 ---- x
produzidos
Quanto MAIOR for a Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos
eficiência dos funcionários, colocar uma flecha:
Tempo x
Inversa MENOS tempo será
eficiência
necessário para realizar um
determinado serviço

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APOSTILAS OPÇÃO

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica De acordo com essas informações, o número de casos
reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade registrados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014,
e tempo são inversamente proporcionais. No nosso teve um aumento em relação ao número de casos registrados
esquema, esse fato é indicado colocando-se na coluna em 2007, aproximadamente, de
“velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da (A) 70%.
coluna “tempo”: (B) 65%.
(C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.

02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo –


Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das VUNESP) Um título foi pago com 10% de desconto sobre o
flechas. Assim, temos: valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é
7 80 7 808 correto afirmar que o valor total desse título era de
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥 (A) R$ 345,00.
𝑥 50 𝑥 50
(B) R$ 346,50.
35 (C) R$ 350,00.
𝑥= → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 (D) R$ 358,50.
8
(E) R$ 360,00.
Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 minutos),
então o percurso será feito em 4 horas e 22 minutos 03. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.
aproximadamente. IMARUÍ) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte e
sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre
3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um o valor de custo do tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o
competidor, imprimindo a velocidade média de 180 km/h, faz carro em questão?
o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300 (A) R$24.300,00
km/h, que tempo teria gasto no percurso? (B) R$29.700,00
(C) R$30.000,00
Vamos representar pela letra x o tempo procurado. (D)R$33.000,00
Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade (E) R$36.000,00
(180 km/h e 300 km/h) com dois valores da grandeza tempo
(20 s e x s). Respostas
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os
outros três. 01. Resposta: E.
Utilizaremos uma regra de três simples:
ano %
11442 ------- 100
17136 ------- x
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto 11442.x = 17136 . 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8%
para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as grandezas (aproximado)
são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300 149,8% – 100% = 49,8%
são inversamente proporcionais aos números 20 e x. Aproximando o valor, teremos 50%
Daí temos:
3600 02. Resposta: C.
180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 =
300 Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$
𝑥 = 12 315,00 equivale a 90% (100% - 10%).
Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em Utilizaremos uma regra de três simples:
300 km/h, teria gasto 12 segundos para realizar o percurso. $ %
315 ------- 90
Questões x ------- 100
90.x = 315 . 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00
01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de
maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte 03. Resposta: C.
informação sobre o número de casos de dengue na cidade de Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é
Campinas. 90% do valor total.
Valor %
27000 ------ 90
X ------- 100

27000 909 27000 9


= 10 → = → 9.x = 27000.10 → 9x = 270000
𝑥 100 𝑥 10
→ x = 30000.

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

O processo usado para resolver problemas que envolvem


mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais, é chamado regra de três composta.

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 19


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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos: As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente


1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em proporcionais. No nosso esquema isso será indicado
quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam colocando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo
300 dessas peças? sentido da flecha da coluna “pessoas”:
Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as
grandezas de mesma espécie em uma só coluna e as grandezas
de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma
linha. Na coluna em que aparece a variável x (“dias”),
coloquemos uma flecha:

Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x. Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210
= 105 pessoas.
As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais. Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.
No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
Referências
“peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição –
“dias”: Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

Questões

01. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO


ADMINISTRATIVO – FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m²
de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores
As grandezas máquinas e dias são inversamente trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as mesmas
proporcionais (duplicando o número de máquinas, o número proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será um dia, trabalhando por dia, o tempo de
indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma flecha no (A) 8 horas e 15 minutos.
sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”: (B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos.
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

02. (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma


Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por
4 dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a
contém o x, que é , com o produto das outras razões, obtidas 4800 m². Se essa equipe fosse constituída por 15 operários,
x trabalhando 10 horas por dia, durante 80 dias, faria o
calçamento de uma área igual a:
 6 160 
segundo a orientação das flechas  . : (A) 4500 m²
 8 300  (B) 5000 m²
(C) 5200 m²
(D) 6000 m²
(E) 6200 m²

Simplificando as proporções obtemos: 03. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Dez


4 2 4.5 funcionários de uma repartição trabalham 8 horas por dia,
= → 2𝑥 = 4.5 → 𝑥 = → 𝑥 = 10 durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um
𝑥 5 2
funcionário doente foi afastado por tempo indeterminado e
Resposta: Em 10 dias. outro se aposentou, o total de dias que os funcionários
restantes levarão para atender o mesmo número de pessoas,
2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para trabalhando uma hora a mais por dia, no mesmo ritmo de
pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4 meses de trabalho, será:
serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos (A) 29.
empregados ainda devem ser contratados para que a obra seja (B) 30.
concluída no tempo previsto? (C) 33.
(D) 28.
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x. (E) 31.
As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente
proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tempo fica Respostas
reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado
colocando-se na coluna “tempo” uma flecha no sentido 01. Resposta: D.
contrário ao da flecha da coluna “pessoas”: Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta o x.
M² varredores horas
6000--------------18-------------- 5
7500--------------15--------------- x
Quanto mais a área, mais horas (diretamente
proporcionais)

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 20


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APOSTILAS OPÇÃO

Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente 18


= 0,60(. 100%) = 60%
proporcionais) 30
5 6000 15
= ∙ - Lucro e Prejuízo
𝑥 7500 18
É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
6000 ∙ 15 ∙ 𝑥 = 5 ∙ 7500 ∙ 18 Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja
90000𝑥 = 675000 negativa, temos prejuízo(P).
𝑥 = 7,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
horas e 30 minutos.
Podemos ainda escrever:
02. Resposta: D. C + L = V ou L = V - C
Operários horas dias área P = C – V ou V = C - P
20-----------------8-------------60-------4800
15----------------10------------80-------- x A forma percentual é:
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:

4800 20 8 60
= ∙ ∙
𝑥 15 10 80
20 ∙ 8 ∙ 60 ∙ 𝑥 = 4800 ∙ 15 ∙ 10 ∙ 80
9600𝑥 = 57600000
𝑥 = 6000𝑚² Exemplo:
Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00.
03. Resposta: B. Determinar:
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas por dia, b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.
passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de
9 horas, nesta condições temos: Resolução:
Funcionários horas dias Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100
10---------------8--------------27 → Lucro = R$ 25,00
8----------------9-------------- x
Quanto menos funcionários, mais dias devem ser 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
trabalhados (inversamente proporcionais). 𝑎) . 100% ≅ 33,33%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜
Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser
trabalhados (inversamente proporcionais). 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
Funcionários horas dias 𝑏) . 100% = 25%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎
8---------------9-------------- 27
10----------------8----------------x - Aumento e Desconto Percentuais
27 8 9
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
= ∙ → x.8.9 = 27.10.8 → 72x = 2160 → x = 30 dias. por (𝟏 +
𝒑
).V .
𝑥 10 8 𝟏𝟎𝟎
Logo:
𝒑
VA = (𝟏 + ).V
𝟏𝟎𝟎
Porcentagem e problemas
Exemplo:
1 - Aumentar um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo
por 1,20, pois:
Razões de denominador 100 que são chamadas de 20
razões centesimais ou taxas percentuais ou simplesmente de (1 + ).V = (1+0,20).V = 1,20.V
100
porcentagem. Servem para representar de uma
maneira prática o "quanto" de um "todo" se está B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
𝒑
referenciando. por (𝟏 − ).V.
𝟏𝟎𝟎
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do Logo:
símbolo % (Lê-se: “por cento”). V D = (𝟏 −
𝒑
).V
𝟏𝟎𝟎
𝒙
𝒙% = Exemplo:
𝟏𝟎𝟎
Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por
Exemplo: 0,60, pois:
40
Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são (1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V
100
moças. Qual é a taxa percentual de rapazes na classe?
Resolução: A razão entre o número de rapazes e o total de 𝒑 𝒑
18 A esse valor final de (𝟏 + ) ou (𝟏 − ), é o que
alunos é . Devemos expressar essa razão na forma 𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
30 chamamos de fator de multiplicação, muito útil para
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que: resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um
acréscimo ou decréscimo no valor do produto.
18 𝑥
= ⟹ 𝑥 = 60
30 100 - Aumentos e Descontos Sucessivos
São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente.
E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos
divido 18 por 30, obtendo: uso dos fatores de multiplicação.

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 21


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APOSTILAS OPÇÃO

Vejamos alguns exemplos: O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e
1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um representa 100%. Logo se receber um desconto de 25%,
único aumento de...? significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1 , como são dois de Então Marcos pagou R$ 67,50.
100
10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21 Analisando o fator de
multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos 02. Resposta: B.
15 30
significam um único aumento de 21%. * Dep. Contabilidade: . 20 = = 3 → 3 (estagiários)
100 10
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a
21% e não a 20%. * Dep. R.H.:
20
. 10 =
200
= 2 → 2 (estagiários)
100 100

2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um


𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
único desconto de: ∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
𝑝 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6
Utilizando VD = (1 − ).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . .
100
Analisando o fator de multiplicação 0,64, observamos que 03. Resposta: D.
esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim 15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50
o valor pago com o desconto. Para sabermos o valor que
representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36%
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a
Estrutura lógica de relações
36% e não a 40%. arbitrárias entre pessoas,
lugares, objetos ou eventos
Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e fictícios; deduzir novas
Estatística Descritiva
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único informações das relações
http://www.porcentagem.org
http://www.infoescola.com
fornecidas e avaliar as
condições usadas para
Questões estabelecer a estrutura
01. Marcos comprou um produto e pagou R$ 108,00, já
daquelas relações
inclusos 20% de juros. Se tivesse comprado o produto, com
25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de:
(A) R$ 67,50 ESTRUTURAS LÓGICAS
(B) R$ 90,00
(C) R$ 75,00 Em uma primeira aproximação, a lógica pode ser
(D) R$ 72,50 entendida como a ciência que estuda os princípios e o métodos
que permitem estabelecer as condições de validade e
02. O departamento de Contabilidade de uma empresa tem invalidade dos argumentos. Um argumento é uma parte do
20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O discurso no qual localizamos um conjunto de uma ou mais
departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários, sentenças denominadas premissas e uma sentença
sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários denominada conclusão.
desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a Em diversas provas de concursos são empregados toda
(A) 1/5. sorte de argumentos com os mais variados conteúdos: político,
(B) 1/6. religioso, moral e etc. Pode-se pensar na lógica como o estudo
(C) 2/5. da validade dos argumentos, focalizando a atenção não no
(D) 2/9. conteúdo, mas sim na sua forma ou na sua estrutura.
(E) 3/5.
Conceito de proposição
03. Quando calculamos 15% de 1.130, obtemos, como Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou
resultado símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de
(A) 150 sentido completo. Assim, as proposições transmitem
(B) 159,50; pensamentos, isto é, afirmam, declaram fatos ou exprimem
(C) 165,60; juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou
(D) 169,50. entes.
Elas devem possuir além disso:
Comentários - um sujeito e um predicado;
- e por último, deve sempre ser possível atribuir um valor
01. Resposta: A. lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).
Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma
preço original, temos que: proposição.
100% + 20% = 120% Vejamos alguns exemplos:
Precisamos encontrar o preço original (100%) da A) Terra é o maior planeta do sistema Solar
mercadoria para podermos aplicarmos o desconto. B) Brasília é a capital do Brasil.
Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos: C) Todos os músicos são românticos.
R$ %
108 ---- 120 A todas as frases podemos atribuir um valor lógico (V ou
X ----- 100 F).
120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x =
90,00

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TOME NOTA!!! Exemplos:


Uma forma de identificarmos se uma frase simples é ou O ceu é azul ou cinza.
não considerada frase lógica, ou sentença, ou ainda Se hoje é sábado, então vou a praia.
proposição, é pela presença de:
- sujeito simples: "Carlos é médico"; Observação: os termos em destaque são alguns dos
- sujeito composto: "Rui e Nathan são irmãos"; conectivos (termos de ligação) que utilizamos em lógica
- sujeito inexistente: "Choveu" matemática.
- verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito,
e estar sujeita à apreciação de julgamento de ser verdadeira 3) Sentença aberta: quando não se pode atribuir um
(V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a
proposição. proposição!), portanto, não é considerada frase lógica. São
consideradas sentenças abertas:
Atenção: orações que não tem sujeito, NÃO são a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou
consideradas proposições lógicas. ontem? – Fez Sol ontem?
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
Princípios fundamentais da lógica c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue
A Lógica matemática adota como regra fundamental três a televisão.
princípios1 (ou axiomas): d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas,
paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira” (expressão
paradoxal) – O cavalo do meu vizinho morreu (expressão
I – PRINCÍPIO DA IDENTIDADE: uma proposição ambígua) – 2 + 3 + 7
verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa.
4) Proposição (sentença) fechada: quando a proposição
II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma admitir um único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso,
proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou
tempo. sentença lógica.

III – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda Observe os exemplos:


proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre
um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso. Frase Sujeito Verbo Conclusão
Maria é Maria É (ser) É uma frase
baiana (simples) lógica
Se esses princípios acimas não puderem ser aplicados, Lia e Maria Lia e Maria Têm (ter) É uma frase
NÃO podemos classificar uma frase como proposição. têm dois (composto) lógica
irmãos
Valores lógicos das proposições Ventou Inexistente Ventou É uma frase
Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade, hoje (ventar) lógica
se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se a proposição Um lindo Um lindo Frase sem NÂO é uma
é falsa (F). livro de livro verbo frase lógica
Consideremos as seguintes proposições e os seus literatura
respectivos valores lógicos: Manobrar Frase sem Manobrar NÂO é uma
a) Brasília é a capital do Brasil. (V) esse carro sujeito frase lógica
b) Terra é o maior planeta do sistema Solar. (F) Existe vida Vida Existir É uma frase
em Marte lógica
A maioria das proposições são proposições contingenciais,
ou seja, dependem do contexto para sua análise. Assim, por Sentenças representadas por variáveis
exemplo, se considerarmos a proposição simples: a) x + 4 > 5;
b) Se x > 1, então x + 5 < 7;
“Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do c) x = 3 se, e somente se, x + y = 15.
ponto de vista da religião espírita) ou falsa (do ponto de vista
da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos, seu valor Observação: Os termos “atômicos” e “moleculares”
lógico é único — ou verdadeiro ou falso. referem-se à quantidade de verbos presentes na frase.
Consideremos uma frase com apenas um verbo, então ela será
Classificação das proposições dita atômica, pois se refere a apenas um único átomo (1 verbo
As proposições podem ser classificadas em: = 1 átomo); consideremos, agora, uma frase com mais de um
1) Proposições simples (ou atômicas): são formadas por verbo, então ela será dita molecular, pois se refere a mais de
um única oração, sem conectivos, ou seja, elementos de um átomo (mais de um átomo = uma molécula).
ligação. Representamos por letras minusculas: p, q, r,... .
Questões
Exemplos:
O céu é azul. 01. (Pref. Tanguá/RJ- Fiscal de Tributos – MS
Hoje é sábado. CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é
classificada como uma proposição simples?
2) Proposições compostas (ou moleculares): possuem (A) Será que vou ser aprovado no concurso?
elementos de ligação (conectivos) que ligam as orações, (B) Ele é goleiro do Bangu.
podendo ser duas, três, e assim por diante. Representamos por (C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista.
letras maiusculas: P, Q, R, ... . (D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos.

1 Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.

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02. (IF/PA- Auxiliar de Assuntos Educacionais – IF/PA) Em se tratando de uma proposição composta, a
Qual sentença a seguir é considerada uma proposição? determinação de seu valor lógico, conhecidos os valores
(A) O copo de plástico. lógicos das proposições simples componentes, se faz com base
(B) Feliz Natal! no seguinte princípio, vamos relembrar:
(C) Pegue suas coisas.
(D) Onde está o livro?
(E) Francisco não tomou o remédio. O valor lógico de qualquer proposição composta
depende UNICAMENTE dos valores lógicos das
03. (Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir: proposições simples componentes, ficando por eles
• “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” UNIVOCAMENTE determinados.
• A expressão x + y é positiva.
• O valor de √4 + 3 = 7.
• Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. Para determinarmos esses valores recorremos a um
• O que é isto? dispositivo prático que é o objeto do nosso estudo: A tabela
Há exatamente: verdade. Em que figuram todos os possíveis valores lógicos da
(A) uma proposição; proposição composta (sua solução) correspondente a todas as
(B) duas proposições; possíveis atribuições de valores lógicos às proposições
(C) três proposições; simples componentes.
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições. Número de linhas de uma Tabela Verdade
O número de linhas de uma proposição composta depende
Respostas do número de proposições simples que a integram, sendo dado
pelo seguinte teorema:
01. Resposta: D.
Analisando as alternativas temos: “A tabela verdade de uma proposição composta com n*
(A) Frases interrogativas não são consideradas proposições simples componentes contém 2n linhas.” (*
proposições. Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”)
(B) O sujeito aqui é indeterminado, logo não podemos Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois para
definir quem é ele. a primeira proposição “p” e de um em um para a segunda
(C) Trata-se de uma proposição composta proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV,
(D) É uma frase declarativa onde podemos identificar o VF, FV e FF, em cada linha, são todos os arranjos binários com
sujeito da frase e atribuir a mesma um valor lógico. repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a
Análise Combinatória.
02. Resposta: E.
Analisando as alternativas temos: Construção da tabela verdade de uma proposição
(A) Não é uma oração composta de sujeito e predicado. composta
(B) É uma frase imperativa/exclamativa, logo não é Para sua construção começamos contando o número de
proposição. proposições simples que a integram. Se há n proposições
(C) É uma frase que expressa ordem, logo não é proposição. simples componentes, então temos 2n linhas. Feito isso,
(D) É uma frase interrogativa. atribuimos a 1ª proposição simples “p1” 2n / 2 = 2n -1 valores
(E) Composta de sujeito e predicado, é uma frase V , seguidos de 2n – 1 valores F, e assim por diante.
declarativa e podemos atribuir a ela valores lógicos.
Exemplos
03. Resposta: B. 1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e
Analisemos cada alternativa: 2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição 2 valores V e 2
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos
podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma que os valores se alternam de 1 em 1 (ou seja metade dos
sentença lógica. valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir parte dela corresponde a árvore de possibilidades e a segunda
valores lógicos, logo não é sentença lógica. a tabela propriamente dita.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois
podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado
que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também
podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando
a quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um
valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir
valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.

CONCEITO DE TABELA VERDADE

Sabemos que tabela verdade é toda tabela que atribui, (Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)
previamente, os possíveis valores lógicos que as proposições
simples podem assumir, como sendo verdadeiras (V) ou 2) Neste caso temos 3 proposições simples, fazendo os
falsas (F), e, por consequência, permite definir a solução de cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4, temos para
uma determinada fórmula (proposição composta). a 1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em
De acordo com o Princípio do Terceiro Excluído, toda 4 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam de 2
proposição simples “p” é verdadeira ou falsa, ou seja, possui o em 2 (metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos
valor lógico V (verdade) ou o valor lógico F (falsidade). valores que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 24


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Exemplos
Proposição Negação: ~p
(afirmações): p
Carlos é médico Carlos NÃO é médico
Juliana é carioca Juliana NÃO é carioca
Nicolas está de férias Nicolas NÃO está de férias
Norberto foi NÃO É VERDADE QUE
trabalhar Norberto foi trabalhar

A primeira parte da tabela todas as afirmações são


verdadeiras, logo ao negarmos temos passam a ter como valor
lógico a falsidade.

- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos


(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html) considerar as seguintes proposições primitivas, p:” Netuno é o
planeta mais distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao
Vejamos alguns exemplos: negarmos “p”, vamos obter a seguinte proposição ~p: “Netuno
NÂO é o planeta mais distante do Sol” e negando novamente a
01. (FCC) Com relação à proposição: “Se ando e bebo, proposição “~p” teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno
então caio, mas não durmo ou não bebo”. O número de linhas NÃO é o planeta mais distante do Sol”, sendo seu valor lógico
da tabela-verdade da proposição composta anterior é igual a: verdadeiro (V). Logo a dupla negação equivale a termos de
(A) 2; valores lógicos a sua proposição primitiva.
(B) 4;
(C) 8; p ≡ ~(~p)
(D) 16;
(E) 32. Observação: O termo “equivalente” está associado aos
“valores lógicos” de duas fórmulas lógicas, sendo iguais pela
Vamos contar o número de verbos para termos a natureza de seus valores lógicos.
quantidade de proposições simples e distintas contidas na Exemplo:
proposição composta. Temos os verbos “andar’, “beber”, “cair” 1. Saturno é um planeta do sistema solar.
e “dormir”. Aplicando a fórmula do número de linhas temos: 2. Sete é um número real maior que cinco.
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D. Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das
proposições “Saturno é um planeta do sistema solar” e “Sete é
02. (Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições um número rela maior que cinco”, que são ambos verdadeiros
simples e distintas, então o número de linhas da tabela- (V), conclui-se que essas proposições são equivalentes, em
verdade da proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a: termos de valores lógicos, entre si.
(A) 2;
(B) 4; 2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de
(C) 8; conjunção de duas proposições p e q a proposição
(D) 16; representada por “p e q”, cujo valor lógico é verdade (V)
(E) 32. quando as proposições, p e q, são ambas verdadeiras e
falsidade (F) nos demais casos.
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”).
acima, então teremos: Pela tabela verdade temos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Estudo dos Operadores e Operações Lógicas


Quando efetuamos certas operações sobre proposições
chamadas operações lógicas, efetuamos cálculos
proposicionais, semelhantes a aritmética sobre números, de
forma a determinarmos os valores das proposições. Exemplos
(a)
1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma p: A neve é branca. (V)
proposição representada por “não p” cujo valor lógico é q: 3 < 5. (V)
verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V
verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de
p. (b)
Pela tabela verdade temos: p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ F = F

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
Simbolicamente temos: q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
~V = F ; ~F = V V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F
V(~p) = ~V(p)

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 25


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(d) Para entender melhor vamos analisar o exemplo.


p: A neve é azul. (F) p: Nathan é médico ou professor. (Ambas podem ser
q: 7 é número ímpar. (V) verdadeiras, ele pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, uma
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ V = F condição não exclui a outra – disjunção inclusiva).
Podemos escrever:
- O valor lógico de uma proposição simples “p” é indicado Nathan é médico ^ Nathan é professor
por V(p). Assim, exprime-se que “p” é verdadeira (V),
escrevendo: q: Mario é carioca ou paulista (aqui temos que se Mario é
V(p) = V carioca implica que ele não pode ser paulista, as duas coisas
não podem acontecer ao mesmo tempo – disjunção exclusiva).
- Analogamente, exprime-se que “p” é falsa (F), Reescrevendo:
escrevendo: Mario é carioca v Mario é paulista.
V(p) = F
Exemplos
- As proposições compostas, representadas, por exemplo, a) Plínio pula ou Lucas corre, mas não ambos.
pelas letras maiúsculas “P”, “Q”, “R”, “S” e “T”, terão seus b) Ou Plínio pula ou Lucas corre.
respectivos valores lógicos representados por:
V(P), V(Q), V(R), V(S) e V(T). 5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se
proposição condicional ou apenas condicional representada
3) Disjunção inclusiva – soma lógica – disjunção por “se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em
simples (v): chama-se de disjunção inclusiva de duas que p é verdade e q é falsa e a verdade (V) nos demais
proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo casos.
valor lógico é verdade (V) quando pelo menos uma das
proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente
ambas são falsas. para q; q é condição necessária para p).
Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”). p é o antecedente e q o consequente e “→” é chamado de
Pela tabela verdade temos: símbolo de implicação.
Pela tabela verdade temos:

Exemplos
Exemplos
(a)
(a)
p: A neve é branca. (V)
p: A neve é branca. (V)
q: 3 < 5. (V)
q: 3 < 5. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V
(b)
(b)
p: A neve é azul. (F)
p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F)
q: 6 < 5. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → F = V
(c)
(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F
(d)
(d)
p: A neve é azul. (F)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V
4) Disjunção exclusiva ( v ): chama-se disjunção
6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se
exclusiva de duas proposições p e q, cujo valor lógico é
proposição bicondicional ou apenas bicondicional
verdade (V) somente quando p é verdadeira ou q é
representada por “p se e somente se q”, cujo valor lógico é
verdadeira, mas não quando p e q são ambas verdadeiras
verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou falsas
e a falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou
e a falsidade (F) nos demais casos.
ambas falsas.
Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e
Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q,
suficiente para q; q é condição necessária e suficiente para p).
MAS NÃO AMBOS”).
Pela tabela verdade temos:
Pela tabela verdade temos:

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Exemplos - O uso de parêntesis


(a) A necessidade de usar parêntesis na simbolização das
p: A neve é branca. (V) proposições se deve a evitar qualquer tipo de ambiguidade,
q: 3 < 5. (V) assim na proposição, por exemplo, p ^ q v r, nos dá a seguinte
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V proposições:

(b) (I) (p ^ q) v r - Conectivo principal é da disjunção.


p: A neve é azul. (F) (II) p ^ (q v r) - Conectivo principal é da conjunção.
q: 6 < 5. (F)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ F = V As quais apresentam significados diferentes, pois os
conectivos principais de cada proposição composta dá valores
(c) lógicos diferentes como conclusão.
p: Pelé é jogador de futebol. (V) Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar,
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F) colocando parêntesis as seguintes proposições:
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ F = F a) ((p ^ q) → r) v s
b) p ^ ((q → r) v s)
(d) c) (p ^ (q → r)) v s
p: A neve é azul. (F) d) p ^ (q → (r v s))
q: 7 é número ímpar. (V) e) (p ^ q) → (r v s)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ V = F
Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado.
Transformação da linguagem corrente para a Porém existem muitos casos que os parêntesis são suprimidos,
simbólica a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que,
Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer. Para
isso vamos aqui detalhar de forma a sermos capazes de isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a
resolver questões deste tipo. algumas convenções, das quais duas são particularmente
importantes:
Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”,
“q” e “r” representadas por: 1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é:
p: Luciana estuda. (I) ~ (negação)
q: João bebe. (II) ^, v (conjunção ou disjunção têm a mesma
r: Carlos dança. precedência, operando-se o que ocorrer primeiro, da esquerda
para direita).
Sejam, agora, as seguintes proposições compostas (III) → (condicional)
denotadas por: “P ”, “Q ”, “R ”, “S ”, “T ”, “U ”, “V ” e “X ” (IV) ↔ (bicondicional)
representadas por: Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”.
P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não Logo: Os símbolos → e ↔ têm preferência sobre ^ e v.
estuda.
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, Exemplo
João não bebe. p → q ↔ s ^ r , é uma bicondicional e nunca uma
condicional ou uma conjunção. Para convertê-la numa
O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos condicional há que se usar parêntesis:
(modificadores e conectivos) e as proposições. Depois p →( q ↔ s ^ r )
reescrevermos de forma simbólica, vajamos: E para convertê-la em uma conjunção:
(p → q ↔ s) ^ r

2ª) Quando um mesmo conectivo aparece


sucessivamente repetido, suprimem-se os parêntesis,
Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r fazendo-se a associação a partir da esquerda.

Continuando: Segundo estas duas convenções, as duas seguintes


proposições se escrevem:
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana
estuda. Proposição Nova forma de escrever
a proposição
((~(~(p ^ q))) v (~p)) ~~ (p ^ q) v ~p
((~p) → (q → (~(p v r)))) ~p→ (q → ~(p v r))

- Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos):


“¬” (cantoneira) para negação (~).
Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).
“●” e “&” para conjunção (^).
“‫( ”ﬤ‬ferradura) para a condicional (→).
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
João não bebe.
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que
(p v r) ↔ ~q
facilitará na resolução de diversas questões
Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”,
“É mentira que” e “É uma falácia que”, quando iniciam as
frases negam, por completo, as frases subsequentes.

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lógicos da proposição que correspondem a todas possíveis


atribuições de p e q de modo que:

P(V V) = V, P(V F) = F, P(F V) = V, P(F F) = V

(Fonte: http://www laifi.com.) A proposição P(p,q) associa a cada um dos elementos do


conjunto U – {VV, VF, FV, FF} com um ÚNICO elemento do
Exemplo conjunto {V,F}, isto é, P(p,q) outra coisa não é que uma função
Vamos construir a tabela verdade da proposição: de U em {V,F}
P(p,q) = ~ (p ^ ~q)
P(p,q): U → {V,F} , cuja representação gráfica por um
1ª Resolução) Vamos formar o par de colunas diagrama sagital é a seguinte:
correspondentes as duas proposições simples p e q. Em
seguida a coluna para ~q , depois a coluna para p ^ ~q e a
útima contento toda a proposição ~ (p ^ ~q), atribuindo todos
os valores lógicos possíveis de acordo com os operadores
lógicos.

p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V 3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade
anterior as duas primeiras da esquerda relativas às
2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas proposições simples componentes p e q. Obtermos então a
correspondentes a proposições simples p e q , depois traçar seguinte tabela verdade simplificada:
colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos
conectivos que compõem a proposição composta. ~ (p ^ ~ q)
p q ~ (p ^ ~ q) V V F F V
V V F V V V F
V F V F F F V
F V V F F V F
F F 4 1 3 2 1

Depois completamos, em uma determinada ordem as Referências


CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
colunas escrevendo em cada uma delas os valores lógicos.
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
p q ~ (p ^ ~ q) ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
V V V V Nobel – 2002.
V F V F
F V F V ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES
F F F F
1 1 Propriedades da Conjunção: Sendo as proposições p, q e
r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também
p q ~ (p ^ ~ q) simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e
F(falsidade), temos as seguintes propriedades:
V V V F V
V F V V F
1) Idempotente: p ^ p ⇔ p (o símbolo “⇔” representa
F V F F V
equivalência).
F F F V F A tabela verdade de p ^ p e p, são idênticas, ou seja, a
1 2 1 bicondicional p ^ p ↔ p é tautológica.

p q ~ (p ^ ~ q) p p^p p^p↔p
V V V F F V V V V
V F V V V F F F V
F V F F F V
F F F F V F 2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p
1 3 2 1 A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a
bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica.
p q ~ (p ^ ~ q)
V V V V F F V p q p^q q^p p^q↔q^p
V F F V V V F V V V V V
F V V F F F V V F F F V
F F V F F V F F V F F V
4 1 3 2 1 F F F F V

Observe que vamos preenchendo a tabela com os valores 3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r)


lógicos (V e F), depois resolvemos os operadores lógicos A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas,
(modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^ r) é tautológica.

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p q r p^q (p ^ q) ^ r q^r p ^ (q ^ r) Estas propriedades exprimem que t e w são


V V V V V V V respectivamente elemento absorvente e elemento neutro da
V V F V F F F disjunção.
V F V F F F F
V F F F F F F Propriedades da Conjunção e Disjunção: Sejam p, q e r
F V V F F V F proposições simples quaisquer.
F V F F F F F 1) Distributiva:
F F V F F F F - p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
- p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)
F F F F F F F
A tabela verdade das proposições p ^ (q v r) e (p v q) ^ (p
4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p ^ w ⇔ w
v r) são idênticas, e observamos que a bicondicional p ^ (q v r)
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou
↔ (p ^ q) v (p ^ r) é tautológica.
seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w são tautológicas.
p q r qvr p ^ (q v p^q p^ (p ^ q) v (p ^
p t w p^t p^w p^t↔p p^w↔w
r) r r)
V V F V F V V
V V V V V V V V
F V F F F V V
V V F V V V F V
V F V V V F V V
Estas propriedades exprimem que t e w são
V F F F F F F F
respectivamente elemento neutro e elemento absorvente da
conjunção. F V V V F F F F
F V F V F F F F
Propriedades da Disjunção: Sendo as proposições p, q e F F V V F F F F
r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também F F F F F F F F
simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e
F(falsidade), temos as seguintes propriedades: Analogamente temos ainda que a tabela verdade das
proposições p v (q ^ r) e (p v q) ^ (p v r) são idênticas e sua
1) Idempotente: p v p ⇔ p bicondicional p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r) é tautológica.
A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a
bicondicional p v p ↔ p é tautológica. A equivalência p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r), exprime que a
conjunção é distributiva em relação à disjunção e a
p pvp pvp↔p equivalência p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r), exprime que a
V V V disjunção é distributiva em relação à conjunção.
F F V Exemplo:
“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à
2) Comutativa: p v q ⇔ q v p seguinte proposição:
A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a “Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge
bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica. viaja”.

p q pvq qvp pvq↔qvp 2) Absorção:


- p ^ (p v q) ⇔ p
V V V V V
- p v (p ^ q) ⇔ p
V F V V V
F V V V V
A tabela verdade das proposições p ^ (p v q) e p, ou seja, a
F F F F V bicondicional p ^ (p v q) ↔ p é tautológica.
3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r) p q pvq p ^ (p v q) p ^ (p v q) ↔ p
A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou
V V V V V
seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v r) é tautológica.
V F V V V
F V V F V
p q r pvq (p v q) v r qvr p v (q v r)
F F F F V
V V V V V V V
V V F V V V V
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das
V F V V V V V
proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou seja a bicondicional
V F F V V F V p v (p ^ q) ↔ p é tautológica.
F V V V V V V
F V F V V V V p q p^q p v (p ^ q) p v (p ^ q) ↔ p
F F V F V V V V V V V V
F F F F F F F V F F V V
F V F F V
4) Identidade: p v t ⇔ t e p v w ⇔ p F F F F V
A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou
seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p são tautológicas. Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
p t w pvt pvw pvt↔t pvw↔p lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
V V F V V V V Nobel – 2002.
F V F V F V V

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Questões Simbolizando-se P por A∧B, a negação da proposição P


será a proposição R: “Mário não dá suporte às salas de
01. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos treinamento nem executa scripts de atualização do banco de
9,10,11 e 16 – CESPE) dados.”, cuja tabela-verdade é a apresentada abaixo.

( )Certo ( )Errado

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela- Respostas


verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V
e F correspondem, respectivamente, aos valores lógicos 01. Resposta: Certo.
verdadeiro e falso. P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
Com base nessas informações e utilizando os conectivos
lógicos usuais, julgue o item subsecutivo. R Q P [P v (Q ↔ R) ]
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição
V V V V V V V V
lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal
é igual a V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
( ) Certo ( ) Errado F V F F F V F F
F F V V V F V F
02. (BRDE-Analista de Sistemas, Desenvolvimento de F F F F V F V F
Sistemas – FUNDATEC) Qual operação lógica descreve a
tabela verdade da função Z abaixo cujo operandos são A e B?
02. Resposta: D.
Considere que V significa Verdadeiro, e F, Falso.
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q
e Z = condicional.

03. Resposta: E.
(A) Ou. Como já foi visto, a disjunção só é falsa quando as duas
(B) E. proposições são falsas.
(C) Ou exclusivo.
(D) Implicação (se...então). 04. Resposta: Errado.
(E) Bicondicional (se e somente se). Temos que montar a tabela verdade de P = A∧B, assim
03. (EBSERH – Técnico em Citopatologia – INSTITUTO
A B P = A∧B
AOCP) Considerando a proposição composta ( p ∨ r ) , é
V V V
correto afirmar que
V F F
(A) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
(B) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa. F V F
(C) para que a proposição composta seja verdadeira é F F F
necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras. Assim a negação de P será:
(D) para que a proposição composta seja verdadeira é ~P = R
necessário que ambas, p e r sejam falsas. F
(E) para que a proposição composta seja falsa é necessário V
que ambas, p e r sejam falsas. V
V
04. (CRM/DF – Assistente Administrativo –
QUADRIX/2018) Considerando que Mário seja assistente de EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
tecnologia da informação de determinado Conselho Regional
de Medicina (CRM) e a seguinte proposição a respeito das Definição: Duas ou mais proposições compostas são
atividades de Mário no referido órgão: P: “Mário dá suporte às equivalentes, mesmo possuindo fórmulas (ou estruturas
salas de treinamento e executa scripts de atualização do banco lógicas) diferentes, quando apresentarem a mesma solução em
de dados.”, julgue o item a seguir. suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P e Q são ambas TAUTOLOGIAS, ou
então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 30


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Exemplo: 2 - Reflexiva (equivalência por reflexão)


Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são p→p⇔p→p
equivalentes.
Vamos montar a tabela verdade para sabermos se elas são p p p → p p → p
equivalentes.
p q ~p → q p v q V V V V V V V V

V V F V V V V V F F F V F F V F

V F F V F V V F 3 – Transitiva
F V V V V F V V Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
F F V F F F F F P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .

Equivalências notáveis:
Observamos que as proposições compostas “~p → q” e “p
∨ q” são equivalentes. 1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)
a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
~p → q ≡ p ∨ q ou ~p → q ⇔ p ∨ q, onde “≡” e “⇔” são os
símbolos que representam a equivalência entre proposições.
p q r p ^ (q v r) (p ^ q) v (p ^ r)
Equivalências fundamentais V V V V V V V V V V V V V V V

1 – Simetria (equivalência por simetria) V V F V V V V F V V V V V F F


a) p ^ q ⇔ q ^ p
V F V V V F V V V F F V V V V
p q p ^ q q ^ p
V F F V F F F F V F F F V F F
V V V V V V V V
F V V F F V V V F F V F F F V
V F V F F F F V
F V F F F V V F F F V F F F F
F V F F V V F F
F F V F F F V V F F F F F F V
F F F F F F F F
F F F F F F F F F F F F F F F

b) p v q ⇔ q v p
b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
p q p v q q v p
p q r p v (q ^ r) (p v q) ^ (p v r)
V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V
V F V V F F V V V V F V V V F F V V V V V V F
F V F V V V V F V F V V V F F V V V F V V V V

F F F F F F F F V F F V V F F F V V F V V V F

F V V F V V V V F V V V F V V
c) p ∨ q ⇔ q ∨ p
F V F F F V F F F V V F F F F
p q p v q q v p
F F V F F F F V F F F F F V V
V V V F V V F V
F F F F F F F F F F F F F F F
V F V V F F V V

F V F V V V V F 2 - Associação (equivalência pela associativa)


a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
F F F F F F F F
p q r p ^ (q ^ r) (p ^ q) ^ (p ^ r)

d) p ↔ q ⇔ q ↔ p V V V V V V V V V V V V V V V

p q p ↔ q q ↔ p V V F V F V F F V V V F V F F

V V V V V V V V V F V V F F F V V F F F V V V

V F V F F F F V V F F V F F F F V F F F V F F

F V F F V V F F F V V F F V V V F F V F F F V

F V F F F V F F F F V F F F F
F F F V F F V F
F F V F F F F V F F F F F F V

F F F F F F F F F F F F F F F

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 31


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b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r) 3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)


p q r p v (q v r) (p v q) v (p v r) p q p → ~q q → ~p
V V V V V V V V V V V V V V V V V V F F V F F
V V F V V V V F V V V V V V F V F V V V F V F
V F V V V F V V V V F V V V V
F V F V F V V V
V F F V V F F F V V F V V V F
F F F V V F V V
F V V F V V V V F V V V F V V

F V F F V V V F F V V V F F F
Exemplo:
p → ~q: Se André é professor, então não é pobre.
F F V F V F V V F F F V F V V q → ~p: Se André é pobre, então não é professor.

F F F F F F F F F F F F F F F 4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q
p q p → q ~p v q
3 – Idempotência
V V V V V F V V
a) p ⇔ (p ∧ p)
V F V F F F F F
p p p ^ p
F V F V V V V V
V V V V V
F F F V F V V F
F F F F F

Exemplo:
b) p ⇔ (p ∨ p) p → q: Se estudo então passo no concurso.
p p p v p ~p v q: Não estudo ou passo no concurso.

V V V V V 5 - Pela bicondicional
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
F F F F F
p q p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra V V V V V V V V V V V V
condicional equivalente à primeira, apenas invertendo-se e
negando-se as proposições simples que as compõem. V F V F F V F F F F V V

1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p) F V F F V F V V F V F F


p q p → q ~q → ~p F F F V F F V F V F V F
V V V V V F V F
b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q), aplicando-se a
V F V F F V F F contrapositiva às partes

F V F V V F V V p q p ↔ q (~q → ~p) ^ (~p → ~q)

F F F V F V V V V V V V V F V F V F V F

V F V F F V F F F F V V

Exemplo: F V F F V F V V F V F F
p → q: Se André é professor, então é pobre.
F F F V F V V V V V V V
~q → ~p: Se André não é pobre, então não é professor.

2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p) c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)


p q ~p → q ~q → p p q p ↔ q (p ^ q) v (~p ^ ~q)

V V F V V F V V V V V V V V V V V F F F

V F F V F V V V V F V F F V F F F F F V

F V V V V F V F F V F F V F F V F V F F

F F V F F V F F F F F V F F F F V V V V

Exemplo:
~p → q: Se André não é professor, então é pobre.
~q → p: Se André não é pobre, então é professor.

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 32


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6 - Pela exportação-importação Equivalência “NENHUM” e “TODO”


[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)] 1 – NENHUM A é B ⇔ TODO A é não B.
p q r [(p ^ q) → r] [p → (q → r)] Exemplo:
Nenhum médico é tenista ⇔ Todo médico é não tenista (=
V V V V V V V V V V V V V Todo médico não é tenista).

V V F V V V F F V F V F F 2 – TODO A é B ⇔ NENHUM A é não B.


V F V V F F V V V V F V V
Exemplo:
Toda música é bela ⇔ Nenhuma música é não bela (=
V F F V F F V F V V F V F Nenhuma música é bela).

F V V F F V V V F V V V V Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
F V F F F V V F F V V F F Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
F F V F F F V V F V F V V lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

F F F F F F V F F V F V F Questões

Proposições Associadas a uma Condicional (se, então) 01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV) Considere a
Chama-se proposições associadas a p → q as três sentença:
proposições condicionadas que contêm p e q: “Corro e não fico cansado”.
– Proposições recíprocas: p → q: q → p Uma sentença logicamente equivalente à negação da
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q sentença dada é:
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p (A) Se corro então fico cansado.
(B) Se não corro então não fico cansado.
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições: (C) Não corro e fico cansado.
(D) Corro e fico cansado.
(E) Não corro ou não fico cansado.

02. (TCE/RN – Conhecimentos Gerais para o cargo 4 –


CESPE) Em campanha de incentivo à regularização da
documentação de imóveis, um cartório estampou um cartaz
Note que: com os seguintes dizeres: “O comprador que não escritura e
não registra o imóvel não se torna dono desse imóvel”.
A partir dessa situação hipotética e considerando que a
proposição P: “Se o comprador não escritura o imóvel, então
ele não o registra” seja verdadeira, julgue o item seguinte.
A proposição P é logicamente equivalente à proposição “O
comprador escritura o imóvel, ou não o registra”.
( ) Certo ( ) Errado

Comentários

01. Resposta: A.
A negação de P→Q é P ^ ~ Q
A equivalência de P-->Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P

02. Resposta: Certo.


Relembrando temos que: Se p então q = Não p ou q. (p → q
Observamos ainda que a condicional p → q e a sua
= ~p v q)
recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO
EQUIVALENTES.
IMPLICAÇÃO LÓGICA
Exemplos:
p → q: Se T é equilátero, então T é isósceles. (V)
Uma proposição P(p,q,r,...) implica logicamente ou apenas
q → p: Se T é isósceles, então T é equilátero. (F)
implica uma proposição Q(p,q,r,...) se Q(p,q,r,...) é verdadeira
(V) todas as vezes que P(p,q,r,...) é verdadeira (V), ou seja, a
Exemplo:
proposição P implica a proposição Q, quando a condicional P
Vamos determinar:
→ Q for uma tautologia.
a) A contrapositiva de p → q
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”,
b) A contrapositiva da recíproca de p → q
simbolicamente temos:
c) A contrapositiva da contrária de p → q
P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).
Resolução:
a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p
A não ocorrência de VF na tabela verdade de P → Q, ou
A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q
ainda que o valor lógico da condicional P → Q será sempre V,
ou então que P → Q é uma tautologia.
b) A recíproca de p → q é q → p
A contrapositiva q → q é ~p → ~q
Observação: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente
distintos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um
c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 33


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APOSTILAS OPÇÃO

conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação Então:


lógica que pode ou não existir entre duas proposições. p^q⇒pvq
p^q⇒p→q
Exemplo:
A tabela verdade da condicional (p ^ q) → (p ↔ q) será: A tabela acima também demonstram as importantes
Regras de Inferência:
Adição – p ⇒ p v q e q ⇒ p v q
p q p^q p↔q (p ^ q) → (p ↔ q)
Simplificação – p ^ q ⇒ p e p ^ q ⇒ q
V V V V V
2 – A tabela verdade das proposições p ↔ q, p → q e q →
V F F F V p, é:
L p q p↔q p→q q→p
F V F F V
1ª V V V V V
F F F V V
2ª V F F F V
Portanto, (p ^ q) → (p ↔ q) é uma tautologia, por isso (p ^
q) ⇒ (p ↔q). 3ª F V F V F

4ª F F V V V
Em particular:
- Toda proposição implica uma Tautologia: p ⇒ p v ~p
A proposição “p ↔ q” é verdadeira (V) na 1ª e 4ª linha e as
p p v ~p
proposições “p → q” e “q → p” também são verdadeiras. Logo a
V V primeira proposição IMPLICA cada uma das outras duas
proposições. Então:
F V
p↔q⇒p→q e p↔q⇒q→p
- Somente uma contradição implica uma contradição: p ^ 3 - Dada a proposição: (p v q) ^ ~p sua tabela verdade é:
~p ⇒ p v ~p → p ^ ~p

p ~p p ^ ~p p v ~p → p ^ ~p

V F F F

F V F F
Esta proposição é verdadeira somente na 3ª linha e nesta
linha a proposição “q” também verdadeira, logo subsiste a
Propriedades da Implicação Lógica
IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada Regra do Silogismo
A implicação lógica goza das propriedades reflexiva e
disjuntivo.
transitiva:
(p v q) ^ ~p ⇒ q
Reflexiva: P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
É válido também: (p v q) ^ ~q ⇒ p
Uma proposição complexa implica ela mesma.
Transitiva: Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
4 – A tabela verdade da proposição (p → q) ^ p é:
Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R.

Exemplificação e Regras de Inferência


Inferência é o ato de derivar conclusões lógicas de
proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em
outras palavras :é a obtenção de novas proposições a partir de
proposições verdadeiras já existentes. Vejamos as regras de
inferência obtidas da implicação lógica: A proposição é verdadeira somente na 1ª linha, e nesta
linha a proposição “q” também é verdadeira, logo subsiste a
1 – A tabela verdade das proposições p ^ q, p v q , p ↔ q IMPLICAÇÃO LÓGICA, também denominada Regra de Modus
é: ponens.

(p → q) ^ p ⇒ q

5 – A tabela verdade das proposições (p → q) ^ ~q e ~p


é:

A proposição “p ^ q” é verdadeira (V) somente na 1ª linha,


e também nesta linha as proposições “p v q” e “p → q” também
são. Logo a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras
duas proposições.

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 34


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APOSTILAS OPÇÃO

A proposição (p → q) ^ ~q é verdadeira somente na 4º Corro ou faço ginástica


linha e nesta a proposição “~p” também é verdadeira, logo V F
subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada de Regra Modus
tollens. Acordo cedo ou não corro
(p → q) ^ ~q ⇒ ~p V F

Observe que “~p” implica “p → q”, isto é: ~p ⇒ p → q Portanto ele:


Comeu muito
Recapitulando as Regras de Inferência aplicadas a Não fez ginástica
Implicação Lógica: Correu, e;
Acordou cedo
Adição p⇒pvq
02. Resposta D
q⇒pvq
Na expressão temos ~p v q  p → q  ~q → ~p. Temos
Simplificação p^q⇒p duas possibilidades de equivalência p → q: Se André não é
p^q⇒q artista , então Bernardo não é engenheiro. Porém não temos
essa opção ~q → ~p: Se Bernardo é engenheiro, então André
Silogismo disjuntivo (p v q) ^ ~p ⇒ q é artista. Logo reposta letra d).
(p v q) ^ ~q ⇒ p
03. Resposta: A.
Modus ponens (p → q) ^ p ⇒ q Na expressão temos ~p v q  p → q p → q: Se Pedro é
pedreiro, então Paulo é paulista. Letra a).
Modus tollens (p → q) ^ ~q ⇒ ~p
NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
Referência
Para se negar uma proposição composta é necessário que
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: se entenda que irá gerar uma outra proposição composta
Nobel – 2002.
equivalente a negação de sua primitiva.
De modo geral temos que:
Questões
Sejam “♦” e “♪” conectivos lógicos quaisquer.
01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – Temos ~ (p ♦ q) ⇔ (p ♪ q).
FGV) Renato falou a verdade quando disse: Obs.: O símbolo “⇔” representa equivalência entre as
• Corro ou faço ginástica. proposições.
• Acordo cedo ou não corro.
• Como pouco ou não faço ginástica. Tem-se que: “p ♪ q” é equivalente à negação de “p ♦ q” e
Certo dia, Renato comeu muito. ainda “p ♦ q” é uma proposição oposta à “p ♪ q”.

É correto concluir que, nesse dia, Renato:


(A) correu e fez ginástica;
(B) não fez ginástica e não correu;
(C) correu e não acordou cedo;
(D) acordou cedo e correu;
(E) não fez ginástica e não acordou cedo.

02. Dizer que “André é artista ou Bernardo não é


engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
(A) André é artista se e somente Bernardo não é Vejamos:
engenheiro. – Negação de uma disjunção exclusiva
(B) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro. Por definição, ao negar-se uma DISJUNÇÃO EXCLUSIVA,
(C) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro. gera-se uma BICONDICIONAL.
(D) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista. ~ (p v q) ⇔ (p ↔ q) ⇔ (p → q) ^ (q → p)
(E) André não é artista e Bernardo é engenheiro.

03. Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista,” é


do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que:
(A) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
(B) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
(C) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
(D) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
(E) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.

Resposta

01. Resposta: D.
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta
por uma das proposições simples como verdadeira, logo:
“Renato comeu muito”
Como pouco ou não faço ginástica
F V

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 35


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APOSTILAS OPÇÃO

proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição


resultante será equivalente à sua proposição primitiva.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES MATEMÁTICAS


Considere os seguintes símbolos matemáticos: igual (“=”);
diferente (“≠”); maior que (“>”); menor que (“<”); maior ou
igual a (“≥”) e menor ou igual (“≤”). Estes símbolos, associados
a números ou variáveis, formam as chamadas expressões
aritméticas ou algébricas.
Exemplo:
- Negação de uma condicional a) 5 + 6 = 11
Ao negar-se uma condicional, conserva-se o valor lógico b) 5 > 1
de sua 1ª parte, troca-se o conectivo CONDICIONAL pelo c) 3 + 5 ≥ 8
conectivo CONJUNÇÃO e nega-se sua 2ª parte.
Para negarmos uma sentença matemática basta negarmos
~ (p → q) ⇔ (p ^ ~q) ⇔ ~~ p ^ ~q os símbolos matemáticos, assim estaremos negando toda
sentença, vejamos:

Sentença Negação Sentença


Matemática ou obtida
algébrica

5 + 6 = 11 ~ (5 + 6 = 11) 5 + 6 ≠ 11

5–3≠4 ~ (5 – 3 ≠ 4) 5–3=4
- Negação de uma bicondicional
Ao negarmos uma bicondicional do tipo “p ↔ q” estaremos 5>1 ~ (5 > 1) 5≤1
negando a sua formula equivalente dada por “(p → q) ∧ (q →
p)”, assim, negaremos uma conjunção cujas partes são duas 7< 10 ~ (7< 10) 7≥ 10
condicionais: “(p → q)” e “(q → p)”. Aplicando-se a negação de
uma conjunção a essa bicondicional, teremos: 3+5≥8 ~ (3 + 5 ≥ 8) 3+5<8
~ (p ↔ q) ⇔ ~ [(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]
y+5≤7 ~ (y + 5 ≤ 7) y+5>7

É comum a banca, através de uma assertiva, “induzir” os


candidatos a cometerem um erro muito comum, que é a
negação dessa assertiva pelo resultado, utilizando-se da
operação matemática em questão para a obtenção desse
resultado, e não, como deve ser, pela negação dos símbolos
matemáticos.
Exemplo:
Negar a expressão “4 + 7 = 16” não é dada pela expressão
“4 + 7 = 11”, e sim por “4 + 7 ≠ 16”

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS – LEIS DE


MORGAN

As Leis de Morgan demonstram que:


- Negar que duas dadas proposições são ao mesmo tempo
verdadeiras equivale a afirmar que pelo menos uma é falsa
- Negar que uma pelo menos de duas proposições é
verdadeira equivale a afirmar que ambas são falsas.
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÂO transforma:
CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO e
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

Vejamos:
DUPLA NEGAÇÃO (TEORIA DA INVOLUÇÃO) – Negação de uma conjunção (Leis de Morgan)
– De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p) Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o
conectivo CONJUNÇÃO pelo conectivo DISJUNÇÃO.
~ (p ^ q) ⇔ (~p v ~q)

- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª
parte da condicional, troca-se o conectivo CONDICIONAL pela
DISJUNÇÃO e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 36


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APOSTILAS OPÇÃO

- Negação de uma disjunção (Lei de Morgan) Respostas


Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o
conectivo DISJUNÇÃO pelo conectivo-CONJUNÇÃO. 01. Resposta: A.
~ (p v q) ⇔ (~p ^ ~q) Negação do ''ou'': nega-se as duas partes e troca o
conectivo ''ou'' pelo ''e''.

02. Resposta: D.
Pedro está cansado ou desatento.
O conectivo ou vira e, dai basta negar as proposições.
Pedro não está cansado e nem está desatento, ou seja,
Pedro está descansado e atento.

03. Resposta: A.
Quebrando a sentença em P e Q:
P: Vou à academia todos os dias da semana
Exemplo: Conectivo: ∧ (e)
Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos Q: Corro três dias na semana
que se trata de uma CONJUNÇÂO, pela Lei de Morgan temos Aplicando a lei de Morgan: ~(P∧ Q) ≡ ~P ∨ ~Q
que uma CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO, ~P: Não vou à academia todos os dias da semana
negando-se as partes, então teremos: Conectivo: ∨ (ou)
“Não é inteligente ou não estuda” ~Q: Não corro três dias na semana
Logo: Não vou à academia todos os dias da semana ou não
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
corro três dias na semana.
Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Compreensão e elaboração
Questões da lógica das situações por
meio de: raciocínio verbal,
01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – raciocínio matemático,
FGV) Considere a afirmação:
“Mato a cobra e mostro o pau” raciocínio sequencial,
A negação lógica dessa afirmação é: orientação espacial e
(A) não mato a cobra ou não mostro o pau; temporal, formação de
(B) não mato a cobra e não mostro o pau;
(C) não mato a cobra e mostro o pau; conceitos, discriminação de
(D) mato a cobra e não mostro o pau; elementos
(E) mato a cobra ou não mostro o pau.

02. (CODEMIG – Advogado Societário – FGV) Em uma OBS.: Caro(a) candidato(a), raciocínio verbal consiste
empresa, o diretor de um departamento percebeu que Pedro, em entender o processo de transformação da linguagem
um dos funcionários, tinha cometido alguns erros em seu corrente para a linguagem simbólica, e está presente
trabalho e comentou: embutido a partir do tópico anterior, raciocínio
“Pedro está cansado ou desatento.” matemático está em todo nosso material, neste momento
A negação lógica dessa afirmação é: iremos ver as sequências lógicas, a orientação espacial e
(A) Pedro está descansado ou desatento. temporal (o que aborda o estudo do tempo) também
(B) Pedro está descansado ou atento. estudaremos a partir do tópico anterior a formação de
(C) Pedro está cansado e desatento. conceitos e a discriminação dos elementos.
(D) Pedro está descansado e atento.
(E) Se Pedro está descansado então está desatento. PROPOSIÇÕES FUNCIONAIS OU QUANTIFICADAS
(LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM OU LÓGICA DOS
03 (TJ/AP-Técnico Judiciário / Área Judiciária e PREDICADOS)
Administrativa- FCC) Vou à academia todos os dias da
semana e corro três dias na semana. Uma afirmação que Vimos que as proposições podem ter valores V ou F, as
corresponde à negação lógica da afirmação anterior é sentenças fechadas como por exemplo:
(A) Não vou à academia todos os dias da semana ou não
corro três dias na semana. a) O Brasil é o maior país da América do Sul - V
(B) Vou à academia quase todos os dias da semana e corro b) O Brasil está localizado no continente Europeu – F
dois dias na semana.
(C) Nunca vou à academia durante a semana e nunca corro Porém existem expressões que não podemos atribuir esses
durante a semana. valores lógicos, pois se encontram em função de uma variável,
(D) Não vou à academia todos os dias da semana e não e são denominadas sentenças abertas.
corro três dias na semana.
(E) Se vou todos os dias à academia, então corro três dias Exemplos:
na semana.
a) x > 15
b) Em 2018, ele será presidente do Brasil novamente.

Observe que as variáveis “x” e “ele”, analisando os valores


lógicos temos que:

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 37


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APOSTILAS OPÇÃO

a) x > 15
Se x assumir os valores maiores que 15 (16,17, 18, ...)
temos que a sentença é verdadeira.
Se assumir valores menores ou iguais a 15 (15,14, 13, ...)
temos que a sentença é falsa. Exemplos:
(Ǝx) (x > 0) (x + 4 = 11)
b) Em 2018, ele será presidente do Brasil novamente. Quantificador: Ǝ- existencial
Se ele for substituído, por exemplo, por Collor, teremos Condição de existência: x > 0
uma expressão verdadeira (pois Fernando Collor já foi Predicado: x + 4 = 11
presidente do Brasil, podendo o ser novamente). Lemos: Existe um valor para x, com x maior que zero, tal
Se for substituído por Marina, termos uma expressão falsa que x mais 4 é igual a 11.
(pois Marina nunca foi presidente do Brasil não podendo o ser Valor Lógico: V (verdade)
novamente).
(ᗄx) (x ϵ Z) (x + 3 > 18)
Sentenças que contêm variáveis são chamadas de Quantificador: ᗄ - universal
sentenças funcionais. Estas sentenças não são proposições Condição de existência: x ϵ Z
lógicas, pois seu valor lógico (V ou F) é discutível em função do Predicado: x + 3 > 18
valor de uma variável. Lemos: Para qualquer valor de x, com x pertencente ao
conjunto dos inteiros, tem-se que x, mais 3 é maior que 18.
Podemos transformar as sentenças abertas em Valor Lógico: F (falso)
proposições lógicas por meio de duas etapas: atribuir valores
às variáveis ou utilizar quantificadores.
O “domínio de discurso”, também chamado de “universo
QUANTIFICADORES de discurso” ou “domínio de quantificação”, é uma
ferramenta analítica usada na lógica dedutiva,
Quantificadores são elementos que, quando associados especialmente na lógica de predicados. Indica o conjunto
às sentenças abertas, permitem que as mesmas sejam relevante de valores, os quais os quantificadores se
avaliadas como verdadeiras ou falsas, ou seja, passam a ser referem. O termo “universo de discurso” geralmente se
qualificadas como sentenças fechadas. refere à “condição de existência” das variáveis (ou
Temos que: termos usados) numa função específica.

QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = VARIÁVEL APARENTE E VARIÁVEL LIVRE


SENTENÇA FECHADA Quando um quantificador incide sobre uma variável, está
diz-se aparente ou muda, caso contrário, diz-se variável
TIPOS DE QUANTIFICADORES livre.
Vejamos:
- Quantificador universal: usado para transformar
sentenças (proposições) abertas em proposições fechadas, é A letra “x” é nas sentenças abertas “2x + 2 = 18”; “x > 5” é
indicado pelo símbolo “∀” (lê-se: “qualquer que seja”, “para considerada variável livre, mas é considerada aparente nas
todo”, “para cada”). proposições: (ᗄx) (x > 5) e (Ǝx) (2x + 2 = 18).
Exemplos:
PRINCÍPIO DE SUBSTITUIÇÃO DAS VARIÁVEIS
1) (∀x)(x + 5 = 9) – Lê-se: Qualquer que seja x, temos que x APARENTES – Todas às vezes que uma variável aparente
+ 5 = 9 (falsa) é substituída, em todos os lugares que ocupa uma
2) (∀y)(y ≠ 8)(y – 1 ≠ 7) - Lê-se: Para cada valor de y, com expressão, por outra variável que não figure na mesma
y diferente de 8, tem-se que y – 1 ≠ 7 (verdadeira). expressão, obtém-se uma expressão equivalente.

- Quantificador existencial: é indicado pelo símbolo “∃” Ou seja, qualquer que seja a sentença aberta p(x) em um
(lê-se: “existe”, “existe pelo menos um” e “existe um”). conjunto A substituem as equivalências?
Exemplos: (ᗄ x ϵ A) (p(x)) ⇔ (ᗄ y ϵA) (p(y))
(Ǝ x ϵ A) (p(x)) ⇔ (Ǝ y ϵA) (p(y))
1) (∃x)(x + 5 = 9) – Lê-se: Existe um número x, tal que x +
5 = 9 (verdadeira). Exemplos:
2) (∃y)(y – 3 > 11) - Lê-se: Existe um número y, tal que y –
(ᗄ Fulano) (Fulano é mortal) ⇔ (ᗄ x) (x é mortal)
2 > 11 (falsa).
(Ǝ Fulano) (Fulano foi à Lua) ⇔ (Ǝ x) (x foi à Lua)
Observação: Temos ainda um quantificador existencial
QUANTIFICADOR DE EXISTÊNCIA E UNICIDADE
simbolizado por “∃!”, que significa: “existe um único”, “existe
Consideremos no conjunto dos números reais (R) a
um e um só” e “existe só um”.
sentença aberta “x2 = 16”, por ser: 42 = 16, (-4)2 = 16 e 4 ≠ -4.
REPRESENTAÇÃO
Podemos concluir: (Ǝ x, y ϵ R) (x2 = 16 ^ y2 = 16 ^ x ≠ y).
Uma proposição quantificada é caracterizada pela
presença de um quantificador (universal ou existencial) e pelo
Ao contrário, para a sentença aberta “x3 = 27” em R
predicado, de modo geral.
teremos as duas proposições:
1ª) (Ǝ x ϵ R) (x3 = 27)
2ª) x3 = 27 ^ y3 = 27 ⇒ x = y

A primeira proposição diz que existe pelo menos um x ϵ


R tal que x3 = 27 (x = 3), é uma afirmação de existência.
Observe que não existe outra forma de obtermos o resultado,

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 38


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APOSTILAS OPÇÃO

uma vez que não podemos colocar número negativo elevado a Exemplos:
expoente ímpar e obter resultado positivo (propriedade da 1- A negação da proposição: [(∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) (x.y = 1)] é:
potência). (A) (∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y = 1];
A segunda proposição diz que não pode existir mais de (B) (∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
um x ϵ R tal que x3 = 27; é uma afirmação de unicidade. (C) (∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
A conjunção das duas proposições diz que existe x ϵ R e um (D) (∀x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
só tal que x3 = 27. Para indicarmos este fato, vamos escrever (E) (∃x ∈ R) (∃ y ∈ R) [x.y ≠ 1].
da seguinte forma:
(Ǝ! x ϵ R) (x3 = 27) Resolução:
Como sabemos para negarmos temos 3 passos
Muitas proposições encerram afirmações de existência e importantes, logo:
unicidade. Por exemplo no universo R: ~ [(∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) (x.y = 1)] ⇔ [(∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) (x.y ≠
a ≠ 0 ⇒ (ᗄ b) (Ǝ! x) (ax = b) 1)]
Resposta: C
Exemplos:
(Ǝ! x ϵ N) (x2 – 9 = 0) 2 - Seja p(x) uma proposição com uma variável “x” em um
(Ǝ! x ϵ Z) (-1 < x < 1) universo de discurso. Qual dos itens a seguir define a negação
(Ǝ! x ϵ R) (|x| = 0) dos quantificadores?
I. ~[(∀x) (p(x))] ⇔ (∃x) (~ p(x));
Todas as proposições acima são verdadeiras. II. ~[(∃x) (p(x))] ⇔ (∃x) (~ p(x));
III. ~[(∃x) (p(x))] ⇔ (∀x) (~ p(x));
NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES QUANTIFICADAS OU (A) apenas I;
FUNCIONAIS (B) apenas I e III;
(C) apenas III;
1º - Seja uma sentença quantificada do tipo (∀x)(A(x)). Sua (D) apenas II;
negação será dada da seguinte forma: substitui-se o (E) apenas II e III.
quantificador universal pelo existencial e nega-se o
predicado A(x), obtendo-se (∃x)(~A(x)). Resolução:
Exemplo: Como sabemos para negarmos temos 3 passos
(∀x) (x + 7 = 25), negando a sentença ~(∀x) (x + 7 = 25), importantes, logo:
temos: (∃x) (x + 7 ≠ 25) No item I, ele trocou o quantificador pelo existencial e
negou o predicado – Verdadeiro
2º - Seja uma sentença quantificada do tipo (∃x)(B(x)). Sua No item II, ele NÃO trocou o quantificador, somente
negação será dada da seguinte forma: substitui-se o negando o predicado – Falso
quantificador existencial pelo universal e nega-se o No item III, trocou os quantificadores e negou o predicado
predicado B(x), obtendo-se (∀x)(~B(x)). – Verdadeiro
Exemplo: Resposta: B.

(∃x) (x + 7 = 25), negando a sentença ~(∃x) (x + 7 = 25), Referências


ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
temos: (∀x) (x + 7 ≠ 25). Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
Em resumo temos que: lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Quantificador Universal passa para Existencial e vice Questões


1º e versa:
passo (∀x) ⇨ (∃x)
(∃x) ⇨ (∀x) 01. (Petrobras – Técnico(a) de Informática Júnior –
CESGRANRIO) Determinado técnico de atletismo considera
2º Conserva-se a condição de existência da variável, caso seus atletas como bons ou maus, em função de serem fumantes
passo exista. ou não. Analise as proposições que se seguem no contexto da
lógica dos predicados.
3º I - Nenhum fumante é bom atleta.
Nega-se o predicado.
passo
II - Todos os fumantes são maus atletas.
III - Pelo menos um fumante é mau atleta.
RELAÇÕES ENTRE AS LINGUAGENS CATEGÓRICAS E IV - Todos os fumantes são bons atletas.
QUANTIFICADAS As proposições que formam um par tal que uma é a
negação da outra são:
Representação Nomenclaturas
Representação (A) I e II
de uma dos termos dos
simbólica (B) I e III
proposição predicados
quantificada (C) II e III
categórica
(D) II e IV
ALGUM p(x) = (E) III e IV
paulistano é (∃x) (p(x) ^ q(x)) paulistano
corintiano. q(x) = corintiano 02. (EMSERH – Agente de Portaria – FUNCAB) Considere
que as seguintes afirmações são verdadeiras:
NENHUM p(x) = bancário “Algum maranhense é pescador.”
~(∃x) (p(x) ^ “Todo maranhense é trabalhador.”
bancário é q(x) = altruísta
q(x))
altruísta.
Assim pode-se afirmar, do ponto de vista lógico, que:
TODO professor é (∀x) (p(x) → p(x) = professor (A) Algum maranhense não pescador não é trabalhador.
atencioso. q(x)) q(x) = atencioso (B) Algum maranhense trabalhador é pescador.

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 39


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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Todo maranhense pescador não é trabalhador. Números Primos: Naturais que possuem apenas dois
(D) Algum maranhense pescador não é trabalhador divisores naturais.
(E) Todo maranhense trabalhador é pescador.
2 3 5 7 11 13 17
Respostas
Quadrados Perfeitos: Números naturais cujas raízes são
01. Resposta: E. naturais.
Sabemos que a negação do quantificador “Todos” é “Pelo
menos um” (vice - versa) e que ao negarmos qualquer 1 4 9 16 25 36 49
proposição significa trocar seu sentido, temos que:
III - Pelo menos um fumante é mau atleta. Sequência de Letras
IV - Todos os fumantes são bons atletas. As sequências de letras podem estar associadas a uma
Formam um par tal que uma é a negação da outra. série de números ou não. Em geral, devemos escrever todo o
alfabeto (observando se deve, ou não, contar com k, y e w) e
02. Resposta: B. circular as letras dadas para entender a lógica proposta.
(A) ERRADA → Todo maranhense é trabalhador
(B) CORRETA. ACFJOU
(C) ERRADA → Todo maranhense pescador é trabalhador
(D) ERRADA → Todo Maranhense pescador é trabalhador Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses
(E) ERRADA → Existe maranhense trabalhador que não é números estão em progressão.
pescador.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU
LÓGICA SEQUENCIAL
B1 2F H4 8L N16 32R T64
Foi pelo processo do raciocínio que ocorreu o
desenvolvimento do método matemático, este considerado Nesse caso, associou-se letras e números (potências de 2),
instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de alternando a ordem. As letras saltam 1, 3, 1, 3, 1, 3 e 1 posições.
dados empíricos. Logo, resumidamente o raciocínio pode ser
considerado também um dos integrantes dos mecanismos dos ABCDEFGHIJKLMNOPQRST
processos cognitivos superiores da formação de conceitos e da
solução de problemas. Sequência de Pessoas
Na série a seguir, temos sempre um homem seguido de
Sequências Lógicas duas mulheres, ou seja, aqueles que estão em uma posição
múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º,...) serão mulheres e a posição
As sequências podem ser formadas por números, letras, dos braços sempre alterna, ficando para cima em uma posição
pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer múltipla de dois (2º, 4º, 6º, 8º,...). Sendo assim, a sequência se
uma sequência, o importante é que existem pelo menos três repete a cada seis termos, tornando possível determinar quem
elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto estará em qualquer posição.
algumas séries necessitam de mais elementos para definir sua
lógica.

Sequência de Números

Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um Sequência de Figuras


mesmo número. Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto
na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer rotações,
como nos exemplos a seguir.

Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente


um mesmo número.

Sequência de Fibonacci
Incremento em Progressão: O valor somado é que está em O matemático Leonardo Pisa, conhecido como Fibonacci,
progressão. propôs no século XIII, a sequência numérica: (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13,
21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei de formação
simples: cada elemento, a partir do terceiro, é obtido
somando-se os dois anteriores. Veja: 1 + 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2
= 5 e assim por diante. Desde o século XIII, muitos
matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao
Série de Fibonacci: Cada termo é igual à soma dos dois estudo da sequência que foi proposta, e foram encontradas
anteriores. inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento de modelos
explicativos de fenômenos naturais.
1 1 2 3 5 8 13 Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de
Fibonacci e entenda porque ela é conhecida como uma das
maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados de lado
1, podemos obter um retângulo de lados 2 e 1. Se adicionarmos

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 40


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APOSTILAS OPÇÃO

a esse retângulo um quadrado de lado 2, obtemos um novo Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor lado
retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora um quadrado de lado for igual a 𝜃 é chamado retângulo áureo como o caso da
3, obtemos um retângulo 5 x 3. Observe a figura a seguir e veja fachada do Partenon.
que os lados dos quadrados que adicionamos para determinar
os retângulos formam a sequência de Fibonacci. As figuras a seguir possuem números que representam
uma sequência lógica. Veja os exemplos:

Exemplo 1

Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de


circunferência inscrito em cada quadrado, encontraremos A sequência numérica proposta envolve multiplicações
uma espiral formada pela concordância de arcos cujos raios por 4.
são os elementos da sequência de Fibonacci. 6 x 4 = 24
24 x 4 = 96
96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536

Exemplo 2

O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre


arquiteto grego Fidias. A fachada principal do edifício, hoje em A diferença entre os números vai aumentando 1 unidade.
ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado 13 – 10 = 3
igual à altura. Essa forma sempre foi considerada satisfatória 17 – 13 = 4
do ponto de vista estético por suas proporções sendo chamada 22 – 17 = 5
retângulo áureo ou retângulo de ouro. 28 – 22 = 6
35 – 28 = 7

Exemplo 3

Como os dois retângulos indicados na figura são


𝑦 𝑎
semelhantes temos: = (1).
𝑎 𝑏

Como: b = y – a (2).
Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0. Multiplicar os números sempre por 3.
Resolvendo a equação: 1x3=3
3x3=9
𝑎(1±√5 1−√5 9 x 3 = 27
𝑦= em que ( < 0) não convém.
2 2 27 x 3 = 81
81 x 3 = 243
𝑦 (1+√5
Logo: = = 1,61803398875 243 x 3 = 729
𝑎 2
729 x 3 = 2187
Esse número é conhecido como número de ouro e pode ser
representado por:

1 + √5
𝜃=
2

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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo 4 (D) 63
(E) 61

03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000, 990,


970, 940, 900, 850, ...
(A) 800
(B) 790
(C) 780
(D) 770

04. Na sequência lógica de números representados nos


hexágonos, da figura abaixo, observa-se a ausência de um deles
que pode ser:
A diferença entre os números vai aumentando 2 unidades.
24 – 22 = 2
28 – 24 = 4
34 – 28 = 6
42 – 34 = 8
52 – 42 = 10
64 – 52 = 12
78 – 64 = 14

Questões (A) 76
(B) 10
01. Observe atentamente a disposição das cartas em cada (C) 20
linha do esquema seguinte: (D) 78

05. Uma criança brincando com uma caixa de palitos de


fósforo constrói uma sequência de quadrados conforme
indicado abaixo:

.............
1° 2° 3°

Quantos palitos ele utilizou para construir a 7ª figura?


(A) 20 palitos
(B) 25 palitos
(C) 28 palitos
(D) 22 palitos

A carta que está oculta é: 06. Ana fez diversas planificações de um cubo e escreveu
em cada um, números de 1 a 6. Ao montar o cubo, ela deseja
que a soma dos números marcados nas faces opostas seja 7. A
única alternativa cuja figura representa a planificação desse
cubo tal como deseja Ana é:

02. Considere que a sequência de figuras foi construída


segundo um certo critério. 07. As figuras da sequência dada são formadas por partes
iguais de um círculo.

Se tal critério for mantido, para obter as figuras Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16
subsequentes, o total de pontos da figura de número 15 deverá círculos completos na:
ser: (A) 36ª figura
(A) 69 (B) 48ª figura
(B) 67 (C) 72ª figura
(C) 65 (D) 80ª figura
(E) 96ª figura

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08. Analise a sequência a seguir: 13. Observe que na sucessão seguinte os números foram
colocados obedecendo a uma lei de formação.

Admitindo-se que a regra de formação das figuras


seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura
que ocuparia a 277ª posição dessa sequência é: Os números X e Y, obtidos segundo essa lei, são tais que X
+ Y é igual a:
(A) 40
(B) 42
(C) 44
(D) 46
(E) 48
09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual é o 14. A figura abaixo representa algumas letras dispostas em
próximo número? forma de triângulo, segundo determinado critério.
(A) 20
(B) 21
(C) 100
(D) 200

10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo


número?
(A) 4
(B) 20
(C) 31 Considerando que na ordem alfabética usada são excluídas
(D) 21 as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui corretamente o
ponto de interrogação é:
11. Os dois pares de palavras abaixo foram formados (A) P
segundo determinado critério. (B) O
(C) N
LACRAÇÃO → cal (D) M
AMOSTRA → soma (E) L
LAVRAR → ?
15. Considere que a sequência seguinte é formada pela
Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá ocupar o sucessão natural dos números inteiros e positivos, sem que os
lugar do ponto de interrogação é: algarismos sejam separados.
(A) alar
(B) rala 1234567891011121314151617181920...
(C) ralar
(D) larva O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa
(E) arval sequência é:
(A) 9
12. Observe que as figuras abaixo foram dispostas, linha a (B) 8
linha, segundo determinado padrão. (C) 6
(D) 3
(E) 1

16. Em cada linha abaixo, as três figuras foram desenhadas


de acordo com determinado padrão.

Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui


corretamente o ponto de interrogação é:

Segundo esse mesmo padrão, a figura que deve substituir


(A) (B) (C) (D) (E) o ponto de interrogação é:

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21. Na série de Fibonacci, cada termo a partir do terceiro é


igual à soma de seus dois termos precedentes. Sabendo-se que
os dois primeiros termos, por definição, são 0 e 1, o sexto
(A) (B) (C) termo da série é:
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) (E) (D) 5
(E) 6
17. Observe que, na sucessão de figuras abaixo, os
números que foram colocados nos dois primeiros triângulos 22. Nosso código secreto usa o alfabeto A B C D E F G H I J L
obedecem a um mesmo critério. M N O P Q R S T U V X Z. Do seguinte modo: cada letra é
substituída pela letra que ocupa a quarta posição depois dela.
Então, o “A” vira “E”, o “B” vira “F”, o “C” vira “G” e assim por
diante. O código é “circular”, de modo que o “U” vira “A” e assim
por diante. Recebi uma mensagem em código que dizia: BSA HI
EDAP. Decifrei o código e li:
(A) FAZ AS DUAS;
(B) DIA DO LOBO;
Para que o mesmo critério seja mantido no triângulo da (C) RIO ME QUER;
direita, o número que deverá substituir o ponto de (D) VIM DA LOJA;
interrogação é: (E) VOU DE AZUL.
(A) 32
(B) 36 23. A sentença “Social está para laicos assim como 231678
(C) 38 está para...” é melhor completada por:
(D) 42 (A) 326187;
(E) 46 (B) 876132;
(C) 286731;
18. Considere a seguinte sequência infinita de números: 3, (D) 827361;
12, 27, __, 75, 108,... O número que preenche adequadamente a (E) 218763.
quarta posição dessa sequência é:
(A) 36, 24. A sentença “Salta está para Atlas assim como 25435 está
(B) 40, para...” é melhor completada pelo seguinte número:
(C) 42, (A) 53452;
(D) 44, (B) 23455;
(E) 48 (C) 34552;
(D) 43525;
1 1 1 1
19. Observando a sequência (1, , , , , ...) o próximo (E) 53542.
2 6 12 20
numero será: 25. Repare que com um número de 5 algarismos,
1
(A) respeitada a ordem dada, podem-se criar 4 números de dois
24
algarismos. Por exemplo: de 34.712, podem-se criar o 34, o 47,
(B)
1 o 71 e o 12. Procura-se um número de 5 algarismos formado
30 pelos algarismos 4, 5, 6, 7 e 8, sem repetição. Veja abaixo
1 alguns números desse tipo e, ao lado de cada um deles, a
(C) quantidade de números de dois algarismos que esse número
36
tem em comum com o número procurado.
1
(D)
40
Número Quantidade de números de 2
20. Considere a sequência abaixo: dado algarismos em comum
48.765 1
BBB BXB XXB 86.547 0
XBX XBX XBX 87.465 2
BBB BXB BXX
48.675 1
O padrão que completa a sequência é:
O número procurado é:
(A) (B) (C) (A) 87456
XXX XXB XXX (B) 68745
XXX XBX XXX (C) 56874
XXX BXX XXB (D) 58746
(E) 46875
(D) (E)
XXX XXX 26. Considere que os símbolos  e  que aparecem no
XBX XBX quadro seguinte, substituem as operações que devem ser
XXX BXX efetuadas em cada linha, a fim de se obter o resultado
correspondente, que se encontra na coluna da extrema direita.

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 44


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36  4  5 = 14 31. Os termos da sucessão seguinte foram obtidos


48  6  9 = 17 considerando uma lei de formação (0, 1, 3, 4, 12, 13, ...).
Segundo essa lei, o décimo terceiro termo dessa sequência é
54  9  7 = ?
um número:
(A) Menor que 200.
Para que o resultado da terceira linha seja o correto, o (B) Compreendido entre 200 e 400.
ponto de interrogação deverá ser substituído pelo número: (C) Compreendido entre 500 e 700.
(A) 16 (D) Compreendido entre 700 e 1.000.
(B) 15 (E) Maior que 1.000.
(C) 14
(D) 13 Para responder às questões de números 32 e 33, você deve
(E) 12 observar que, em cada um dos dois primeiros pares de
palavras dadas, a palavra da direita foi obtida da palavra da
27. Segundo determinado critério, foi construída a esquerda segundo determinado critério. Você deve descobrir
sucessão seguinte, em que cada termo é composto de um esse critério e usá-lo para encontrar a palavra que deve ser
número seguido de uma letra: A1 – E2 – B3 – F4 – C5 – G6 – .... colocada no lugar do ponto de interrogação.
Considerando que no alfabeto usado são excluídas as letras K,
Y e W, então, de acordo com o critério estabelecido, a letra que 32. Ardoroso → rodo
deverá anteceder o número 12 é: Dinamizar → mina
(A) J Maratona → ?
(B) L (A) mana
(C) M (B) toma
(D) N (C) tona
(E) O (D) tora
(E) rato
28. Os nomes de quatro animais – MARÁ, PERU, TATU e
URSO – devem ser escritos nas linhas da tabela abaixo, de 33. Arborizado → azar
modo que cada uma das suas respectivas letras ocupe um Asteróide → dias
quadrinho e, na diagonal sombreada, possa ser lido o nome de
Articular → ?
um novo animal.
(A) luar
(B) arar
(C) lira
(D) luta
(E) rara

34. Preste atenção nesta sequência lógica e identifique


Excluídas do alfabeto as letras K, W e Y e fazendo cada letra quais os números que estão faltando: 1, 1, 2, __, 5, 8, __,21, 34,
restante corresponder ordenadamente aos números inteiros 55, __, 144, __...
de 1 a 23 (ou seja, A = 1, B = 2, C = 3,..., Z = 23), a soma dos
números que correspondem às letras que compõem o nome do 35. Uma lesma encontra-se no fundo de um poço seco de
animal é: 10 metros de profundidade e quer sair de lá. Durante o dia, ela
(A) 37 consegue subir 2 metros pela parede; mas à noite, enquanto
(B) 39 dorme, escorrega 1 metro. Depois de quantos dias ela
(C) 45 consegue chegar à saída do poço?
(D) 49
(E) 51 36. Quantas vezes você usa o algarismo 9 para numerar as
páginas de um livro de 100 páginas?
Nas questões 29 e 30, observe que há uma relação entre o
primeiro e o segundo grupos de letras. A mesma relação 37. Quantos quadrados existem na figura abaixo?
deverá existir entre o terceiro grupo e um dos cinco grupos
que aparecem nas alternativas, ou seja, aquele que substitui
corretamente o ponto de interrogação. Considere que a ordem
alfabética adotada é a oficial e exclui as letras K, W e Y.

29. CASA: LATA: LOBO: ?


(A) SOCO
(B) TOCO
(C) TOMO 38. Retire três palitos e obtenha apenas três quadrados.
(D) VOLO
(E) VOTO

30. ABCA: DEFD: HIJH: ?


(A) IJLI
(B) JLMJ
(C) LMNL
(D) FGHF
(E) EFGE

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 45


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39. Qual será o próximo símbolo da sequência abaixo? 45. Mova um palito e obtenha um quadrado perfeito.

46. Qual o valor da pedra que deve ser colocada em cima


de todas estas para completar a sequência abaixo?
40. Reposicione dois palitos e obtenha uma figura com
cinco quadrados iguais.

41. Observe as multiplicações a seguir: 47. Mova três palitos nesta figura para obter cinco
12.345.679 × 18 = 222.222.222 triângulos.
12.345.679 × 27 = 333.333.333
... ...
12.345.679 × 54 = 666.666.666

Para obter 999.999.999 devemos multiplicar 12.345.679


por quanto?

42. Esta casinha está de frente para a estrada de terra. 48. Tente dispor 6 moedas em 3 fileiras de modo que em
Mova dois palitos e faça com que fique de frente para a estrada cada fileira fiquem apenas 3 moedas.
asfaltada.

49. Reposicione três palitos e obtenha cinco quadrados.

43. Remova dois palitos e deixe a figura com dois


quadrados.

50. Mude a posição de quatro palitos e obtenha cinco


triângulos.

44. As cartas de um baralho foram agrupadas em pares,


segundo uma relação lógica. Qual é a carta que está faltando,
sabendo que K vale 13, Q vale 12, J vale 11 e A vale 1?

Respostas

01. Resposta: A.
A diferença entre os números estampados nas cartas 1 e 2,
em cada linha, tem como resultado o valor da 3ª carta e, além
disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta, dentro das
opções dadas só pode ser a da opção (A).

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 46


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02. Resposta: D. 08. Resposta: B.


Observe que, tomando o eixo vertical como eixo de A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim,
simetria, tem-se: continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de
Na figura 1: 01 ponto de cada lado → 02 pontos no total. número 277 ocupa, então, a mesma posição das figuras que
Na figura 2: 02 pontos de cada lado → 04 pontos no total. representam número 5n + 2, com n ∈ N. Ou seja, a 277ª figura
Na figura 3: 03 pontos de cada lado → 06 pontos no total. corresponde à 2ª figura, que é representada pela letra “B”.
Na figura 4: 04 pontos de cada lado → 08 pontos no total.
Na figura n: n pontos de cada lado → 2.n pontos no total. 09. Resposta: D.
A regularidade que obedece a sequência acima não se dá
Em particular: por padrões numéricos e sim pela letra que inicia cada
Na figura 15: 15 pontos de cada lado → 30 pontos no total. número. “Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito,
Dezenove, ... Enfim, o próximo só pode iniciar também com
Agora, tomando o eixo horizontal como eixo de simetria, “D”: Duzentos.
tem-se:
Na figura 1: 02 pontos acima e abaixo → 04 pontos no total. 10. Resposta: C.
Na figura 2: 03 pontos acima e abaixo → 06 pontos no total. Esta sequência é regida pela inicial de cada número. Três,
Na figura 3: 04 pontos acima e abaixo → 08 pontos no total. Treze, Trinta,... O próximo só pode ser o número Trinta e um,
Na figura 4: 05 pontos acima e abaixo → 10 pontos no total. pois ele inicia com a letra “T”.
Na figura n: (n+1) pontos acima e abaixo → 2.(n+1) pontos
no total. 11. Resposta: E.
Na 1ª linha, a palavra CAL foi retirada das 3 primeiras
Em particular: letras da palavra LACRAÇÃO, mas na ordem invertida. Da
Na figura 15: 16 pontos acima e abaixo → 32 pontos no mesma forma, na 2ª linha, a palavra SOMA é retirada da
total. Incluindo o ponto central, que ainda não foi considerado, palavra AMOSTRA, pelas 4 primeiras letras invertidas. Com
temos para total de pontos da figura 15: Total de pontos = 30 isso, da palavra LAVRAR, ao se retirarem as 5 primeiras letras,
+ 32 + 1 = 63 pontos. na ordem invertida, obtém-se ARVAL.

03. Resposta: B. 12. Resposta: C.


Nessa sequência, observamos que a diferença: entre 1000 Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas por
e 990 é 10, entre 990 e 970 é 20, entre o 970 e 940 é 30, entre quadrado, triângulo e círculo. Na 3ª linha já há cabeças com
940 e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre 850 e o círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura que está
próximo número é 60, dessa forma concluímos que o próximo faltando é um quadrado. As mãos das figuras estão levantadas,
número é 790, pois: 850 – 790 = 60. em linha reta ou abaixadas. Assim, a figura que falta deve ter
as mãos levantadas (é o que ocorre em todas as alternativas).
04. Resposta: D. As figuras apresentam as 2 pernas ou abaixadas, ou 1 perna
Nessa sequência lógica, observamos que a diferença: entre levantada para a esquerda ou 1 levantada para a direita. Nesse
24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre 34 e 28 é 6, entre 42 e 34 é caso, a figura que está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna
8, entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto entre o levantada para a esquerda. Logo, a figura tem a cabeça
próximo número e 64 é 14, dessa forma concluímos que o quadrada, as mãos levantadas e a perna erguida para a
próximo número é 78, pois: 76 – 64 = 14. esquerda.

05. Resposta: D. 13. Resposta: A.


Observe a tabela: Existem duas leis distintas para a formação: uma para a
Figuras 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª parte superior e outra para a parte inferior. Na parte superior,
N° de Palitos 4 7 10 13 16 19 22 tem-se que: do 1º termo para o 2º termo, ocorreu uma
multiplicação por 2; já do 2º termo para o 3º, houve uma
Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de subtração de 3 unidades. Com isso, X é igual a 5 multiplicado
palitos das três primeiras figuras. Feito isto, basta perceber por 2, ou seja, X = 10. Na parte inferior, tem-se: do 1º termo
que cada figura a partir da segunda tem a quantidade de para o 2º termo ocorreu uma multiplicação por 3; já do 2º
palitos da figura anterior acrescida de 3 palitos. Desta forma, termo para o 3º, houve uma subtração de 2 unidades. Assim, Y
fica fácil preencher o restante da tabela e determinar a é igual a 10 multiplicado por 3, isto é, Y = 30. Logo, X + Y = 10 +
quantidade de palitos da 7ª figura. 30 = 40.

06. Resposta: A. 14. Resposta: A.


Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter a A sequência do alfabeto inicia-se na extremidade direita do
planificação de um lado, pois o 4 estaria do lado oposto ao 6, triângulo, pela letra “A”; aumenta a direita para a esquerda;
somando 10 unidades. Na figura apresentada na letra “C”, da continua pela 3ª e 5ª linhas; e volta para as linhas pares na
mesma forma, o 5 estaria em face oposta ao 3, somando 8, não ordem inversa – pela 4ª linha até a 2ª linha. Na 2ª linha, então,
formando um lado. Na figura da letra “D”, o 2 estaria em face as letras são, da direita para a esquerda, “M”, “N”, “O”, e a letra
oposta ao 4, não determinando um lado. Já na figura que substitui corretamente o ponto de interrogação é a letra
apresentada na letra “E”, o 1 não estaria em face oposta ao “P”.
número 6, impossibilitando, portanto, a obtenção de um lado.
Logo, podemos concluir que a planificação apresentada na 15. Resposta: B.
letra “A” é a única para representar um lado. A sequência de números apresentada representa a lista
dos números naturais. Mas essa lista contém todos os
07. Resposta: B. algarismos dos números, sem ocorrer a separação. Por
Como na 3ª figura completou-se um círculo, para exemplo: 101112 representam os números 10, 11 e 12. Com
completar 16 círculos é suficiente multiplicar 3 por 16: 3. 16 = isso, do número 1 até o número 9 existem 9 algarismos. Do
48. Portanto, na 48ª figura existirão 16 círculos. número 10 até o número 99 existem: 2 x 90 = 180 algarismos.
Do número 100 até o número 124 existem: 3 x 25 = 75

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 47


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algarismos. E do número 124 até o número 128 existem mais 22. Resposta: E.
12 algarismos. Somando todos os valores, tem-se: 9 + 180 + 75 A questão nos informa que ao se escrever alguma
+ 12 = 276 algarismos. Logo, conclui-se que o algarismo que mensagem, cada letra será substituída pela letra que ocupa a
ocupa a 276ª posição é o número 8, que aparece no número quarta posição, além disso, nos informa que o código é
128. “circular”, de modo que a letra “U” vira “A”. Para decifrarmos,
temos que perceber a posição do emissor e do receptor. O
16. Resposta: D. emissor ao escrever a mensagem conta quatro letras à frente
Na 1ª linha, internamente, a 1ª figura possui 2 “orelhas”, a para representar a letra que realmente deseja, enquanto que o
2ª figura possui 1 “orelha” no lado esquerdo e a 3ª figura receptor, deve fazer o contrário, contar quatro letras atrás
possui 1 “orelha” no lado direito. Esse fato acontece, também, para decifrar cada letra do código. No caso, nos foi dada a frase
na 2ª linha, mas na parte de cima e na parte de baixo, para ser decifrada, vê-se, pois, que, na questão, ocupamos a
internamente em relação às figuras. Assim, na 3ª linha posição de receptores. Vejamos a mensagem: BSA HI EDAP.
ocorrerá essa regra, mas em ordem inversa: é a 3ª figura da 3ª Cada letra da mensagem representa a quarta letra anterior de
linha que terá 2 “orelhas” internas, uma em cima e outra em modo que:
baixo. Como as 2 primeiras figuras da 3ª linha não possuem VxzaB: B na verdade é V;
“orelhas” externas, a 3ª figura também não terá orelhas OpqrS: S na verdade é O;
externas. Portanto, a figura que deve substituir o ponto de UvxzA: A na verdade é U;
interrogação é a 4ª. DefgH: H na verdade é D;
EfghI: I na verdade é E;
17. Resposta: B. AbcdE: E na verdade é A;
No 1º triângulo, o número que está no interior do triângulo ZabcD: D na verdade é Z;
dividido pelo número que está abaixo é igual à diferença entre UvxaA: A na verdade é U;
o número que está à direita e o número que está à esquerda do LmnoP: P na verdade é L;
triângulo: 40 : 5 = 21 - 13 = 8.
A mesma regra acontece no 2º triângulo: 42 ÷ 7 = 23 - 17 23. Resposta: B.
= 6. A questão nos traz duas palavras que têm relação uma com
Assim, a mesma regra deve existir no 3º triângulo: a outra e, em seguida, nos traz uma sequência numérica. É
? ÷ 3 = 19 – 7 perguntado qual sequência numérica tem a mesma ralação
? ÷ 3 = 12 com a sequência numérica fornecida, de maneira que, a relação
? = 12 x 3 = 36. entre as palavras e a sequência numérica é a mesma.
Observando as duas palavras dadas, podemos perceber
18. Resposta: E. facilmente que têm cada uma 6 letras e que as letras de uma se
Verifique os intervalos entre os números que foram repete na outra em uma ordem diferente. Tal ordem, nada
fornecidos. Dado os números 3, 12, 27, __, 75, 108, obteve-se os mais é, do que a primeira palavra de trás para frente, de
seguintes 9, 15, __, __, 33 intervalos. Observe que 3x3, 3x5, 3x7, maneira que SOCIAL vira LAICOS. Fazendo o mesmo com a
3x9, 3x11. Logo 3x7 = 21 e 3x 9 = 27. Então: 21 + 27 = 48. sequência numérica fornecida, temos: 231678 viram 876132,
sendo esta a resposta.
19. Resposta: B.
Observe que o numerador é fixo, mas o denominador é 24. Resposta: A.
formado pela sequência: A questão nos traz duas palavras que têm relação uma com
a outra, e em seguida, nos traz uma sequência numérica. Foi
Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto perguntado qual a sequência numérica que tem relação com a
1 1x2=2 2x3=6 3x4= 4x5= 5x6= já dada de maneira que a relação entre as palavras e a
12 20 30 sequência numérica é a mesma. Observando as duas palavras
dadas podemos perceber facilmente que tem cada uma 6 letras
20. Resposta: D. e que as letras de uma se repete na outra em uma ordem
O que de início devemos observar nesta questão é a diferente. Essa ordem diferente nada mais é, do que a primeira
quantidade de B e de X em cada figura. Vejamos: palavra de trás para frente, de maneira que SALTA vira ATLAS.
Fazendo o mesmo com a sequência numérica fornecida temos:
BBB BXB XXB 25435 vira 53452, sendo esta a resposta.
XBX XBX XBX
BBB BXB BXX 25. Resposta: E.
7B e 2X 5B e 4X 3B e 6X Pelo número 86.547, tem-se que 86, 65, 54 e 47 não
acontecem no número procurado. Do número 48.675, as
Vê-se, que os “B” estão diminuindo de 2 em 2 e que os “X” opções 48, 86 e 67 não estão em nenhum dos números
estão aumentando de 2 em 2; notem também que os “B” estão apresentados nas alternativas. Portanto, nesse número a
sendo retirados um na parte de cima e um na parte de baixo e coincidência se dá no número 75. Como o único número
os “X” da mesma forma, só que não estão sendo retirados, apresentado nas alternativas que possui a sequência 75 é
estão, sim, sendo colocados. Logo a 4ª figura é: 46.875, tem-se, então, o número procurado.

XXX 26. Resposta: D.


XBX O primeiro símbolo representa a divisão e o 2º símbolo
XXX representa a soma. Portanto, na 1ª linha, tem-se: 36  4 + 5 =
1B e 8X 9 + 5 = 14. Na 2ª linha, tem-se: 48  6 + 9 = 8 + 9 = 17. Com isso,
na 3ª linha, ter-se-á: 54  9 + 7 = 6 + 7 = 13. Logo, podemos
21. Resposta: D. concluir então que o ponto de interrogação deverá ser
Montando a série de Fibonacci temos: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, substituído pelo número 13.
21, 34... A resposta da questão é a alternativa “D”, pois como a
questão nos diz, cada termo a partir do terceiro é igual à soma
de seus dois termos precedentes. 2 + 3 = 5

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27. Resposta: A. invertida. As letras “a” e “s” são as 2 primeiras letras da


As letras que acompanham os números ímpares formam a palavra “asteroides”. Com isso, para a palavras “articular”,
sequência normal do alfabeto. Já a sequência que acompanha considerando as letras “i” e “u”, que estão na ordem invertida,
os números pares inicia-se pela letra “E”, e continua de acordo e as 2 primeiras letras, obtém-se a palavra “luar”.
com a sequência normal do alfabeto: 2ª letra: E, 4ª letra: F, 6ª
letra: G, 8ª letra: H, 10ª letra: I e 12ª letra: J. 34. O nome da sequência é Sequência de Fibonacci. O
número que vem é sempre a soma dos dois números
28. Resposta: D. imediatamente atrás dele. A sequência correta é: 1, 1, 2, 3, 5, 8,
Escrevendo os nomes dos animais apresentados na lista – 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233...
MARÁ, PERU, TATU e URSO, na seguinte ordem: PERU, MARÁ,
TATU e URSO, obtém-se na tabela: 35.
Dia Subida Descida
P E R U 1º 2m 1m
M A R A 2º 3m 2m
T A T U 3º 4m 3m
U R S O 4º 5m 4m
5º 6m 5m
O nome do animal é PATO. Considerando a ordem do
6º 7m 6m
alfabeto, tem-se: P = 15, A = 1, T = 19 e 0 = 14. Somando esses
valores, obtém-se: 15 + 1 + 19 + 14 = 49. 7º 8m 7m
8º 9m 8m
29. Resposta: B. 9º 10m ----
Na 1ª e na 2ª sequências, as vogais são as mesmas: letra
“A”. Portanto, as vogais da 4ª sequência de letras deverão ser
Portanto, depois de 9 dias ela chegará na saída do poço.
as mesmas da 3ª sequência de letras: “O”. A 3ª letra da 2ª
sequência é a próxima letra do alfabeto depois da 3ª letra da
36. 09 – 19 – 29 – 39 – 49 – 59 – 69 – 79 – 89 – 90 – 91 –
1ª sequência de letras. Portanto, na 4ª sequência de letras, a 3ª
92 – 93 – 94 – 95 – 96 – 97 – 98 – 99. Portanto, são necessários
letra é a próxima letra depois de “B”, ou seja, a letra “C”. Em
20 algarismos.
relação à primeira letra, tem-se uma diferença de 7 letras entre
a 1ª letra da 1ª sequência e a 1ª letra da 2ª sequência. Portanto,
37.
entre a 1ª letra da 3ª sequência e a 1ª letra da 4ª sequência,
deve ocorrer o mesmo fato. Com isso, a 1ª letra da 4ª sequência
é a letra “T”. Logo, a 4ª sequência de letras é: T, O, C, O, ou seja,
TOCO. = 16

30. Resposta: C.
Na 1ª sequência de letras, ocorrem as 3 primeiras letras do
alfabeto e, em seguida, volta-se para a 1ª letra da sequência. Na = 09
2ª sequência, continua-se da 3ª letra da sequência anterior,
formando-se DEF, voltando-se novamente, para a 1ª letra
desta sequência: D. Com isto, na 3ª sequência, têm-se as letras
HIJ, voltando-se para a 1ª letra desta sequência: H. Com isto, a
4ª sequência iniciará pela letra L, continuando por M e N, = 04
voltando para a letra L. Logo, a 4ª sequência da letra é: LMNL.

31. Resposta: E.
Do 1º termo para o 2º termo, ocorreu um acréscimo de 1
unidade. Do 2º termo para o 3º termo, ocorreu a multiplicação
do termo anterior por 3. E assim por diante, até que para o 7º
termo temos 13 . 3 = 39. 8º termo = 39 + 1 = 40. 9º termo = 40 =01
. 3 = 120. 10º termo = 120 + 1 = 121. 11º termo = 121 . 3 = 363.
12º termo = 363 + 1 = 364. 13º termo = 364 . 3 = 1.092. Portanto, há 16 + 9 + 4 + 1 = 30 quadrados.
Portanto, podemos concluir que o 13º termo da sequência é
um número maior que 1.000. 38.

32. Resposta: D.
Da palavra “ardoroso”, retiram-se as sílabas “do” e “ro” e
inverteu-se a ordem, definindo-se a palavra “rodo”. Da mesma
forma, da palavra “dinamizar”, retiram-se as sílabas “na” e
“mi”, definindo-se a palavra “mina”. Com isso, podemos
concluir que da palavra “maratona”. Deve-se retirar as sílabas
“ra” e “to”, criando-se a palavra “tora”.
39. Os símbolos são como números em frente ao espelho.
33. Resposta: A. Assim, o próximo símbolo será 88.
Na primeira sequência, a palavra “azar” é obtida pelas
letras “a” e “z” em sequência, mas em ordem invertida. Já as
letras “a” e “r” são as 2 primeiras letras da palavra
“arborizado”. A palavra “dias” foi obtida da mesma forma: As
letras “d” e “i” são obtidas em sequência, mas em ordem

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 49


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40. 47.

48.

41.
12.345.679 × (2×9) = 222.222.222
12.345.679 × (3×9) = 333.333.333
... ...
12.345.679 × (6×9) = 666.666.666
Portanto, para obter 999.999.999 devemos multiplicar
12.345.679 por (9x9) = 81 49.

42.

50.
43.

44. Sendo A = 1, J = 11, Q = 12 e K = 13, a soma de cada par CALENDÁRIOS


de cartas é igual a 14 e o naipe de paus sempre forma par com
o naipe de espadas. Portanto, a carta que está faltando é o 6 de Pode-se dizer que Calendário visa atender diversas
espadas. necessidades tanto civis quanto religiosas para orientações
espaciais e temporais, além disso, temos as divisões do ano:
45. Um ano possui 365 dias (modo padronizado, lembre-se
que temos o ano bissexto) divididos em semanas de 7 dias,
assim um ano possui 52 semanas mais 1 dia, com isso lembre-
se que se uma determinado ano começa em uma terça-feira no
ano seguinte começará em uma quarta-feira (se não for
bissexto).
O primeiro dia da semana é o domingo e encerra-se no
sábado (sétimo dia da semana).
O ano é dividido em 12 meses:
Janeiro: 31 dias.
Fevereiro: 28 dias (em ano bissexto possui 29 dias).
Março: 31 dias.
Abril: 30 dias.
46. Observe que: Maio: 31 dias.
Junho: 30 dias.
3 6 18 72 360 2160 15120 Julho: 31 dias.
x2 x3 x4 x5 x6 x7 Agosto: 31 dias.
Setembro: 30 dias.
Portanto, a próxima pedra terá que ter o valor: 15.120 x 8 Outubro: 31 dias.
= 120.960 Novembro: 30 dias.
Dezembro: 31 dias.
Lembre-se: 1 dia possui 24 horas, 1 hora possui 60
minutos e 1 minuto possui 60 segundos.

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Um ano bissexto é o nome dado ao ano que possui 366 dias Dia da semana Arma secreta fornecida
(52 semanas mais 2 dias). O ano bissexto foi criado para pelo jogo
ajustar o calendário pois um ano não possui exatamente 365 2ªs, 4ªs e 6ªs feiras Bomba colorida
dias e sim 365 dias e 6 horas aproximadamente, e se não 3ªs feiras Doce listrado
houvesse este ajuste as datas não cairiam nas mesmas épocas 5ªs feiras Bala de goma
e estações naturais (primavera, verão, outono e inverno). Domingos Rosquinha gigante

Regras do ano bissexto. Considerando que o dia 1º de janeiro de 2014 foi uma 4ª
feira e que tanto 2014 quanto 2015 são anos de 365 dias, o
Ocorre de 4 em 4 anos. total de bombas coloridas que um jogador terá recebido no
De 100 em 100 anos não é bissexto. biênio formado pelos anos de 2014 e 2015 é igual a
De 400 em 400 anos é bissexto. (A) 312.
A ordem prevalece das últimas para as primeiras. (B) 313.
Por exemplo, 1600 foi um ano bissexto pois é múltiplo de (C) 156.
400, 1500 não foi um ano bissexto pois é múltiplo de 100, 2008 (D) 157.
foi um ano bissexto pois é múltiplo de 4. (E) 43.
Respostas
Concluindo: 01. Resposta: D.
- 1 ano tem 365 a 366(bissexto) dias; Vamos enumerar os dias para que possamos ter a
- 1 ano está dividido em 12 meses; verdadeira noção do dia que estamos e do dia que queremos.
- 1 mês tem de 30 a 31 dias, exceto fevereiro; Temos a informação que Depois de amanhã é segunda e que
- 1 dia tem 24 horas. precisamos saber o dia de ontem, no esquema abaixo temos
uma maneira de visualizar melhor o que queremos:
Questões
Ontem Hoje Amanhã Depois de Amanhã
01 . (IBGE - CESGRANRIO) Depois de amanhã é segunda- Segunda
feira, então, ontem foi
(A) terça-feira. Seguindo a sequência dos dias da semana, temos que
(B) quarta-feira. enumera-los agora para trás:
(C) quinta-feira.
(D) sexta-feira. Ontem Hoje Amanhã Depois de Amanhã
(E) sábado Sexta Sábado Domingo Segunda

02. (TRT 18 – Técnico Judiciário – Área Administrativa


- FCC) A audiência do Sr. José estava marcada para uma
segunda-feira. Como ele deixou de apresentar ao tribunal uma
Com isso concluímos que ontem é sexta-feira.
série de documentos, o juiz determinou que ela fosse
remarcada para exatos 100 dias após a data original. A nova
02. Resposta: D.
data da audiência do Sr. José cairá em uma
Vamos dividir os 100 dias pela quantidade de dias da
(A) quinta-feira.
semana(7) ⇾ 100 dias /7 = 14 semanas + 2 dias. Obtemos 14
(B) terça-feira.
semanas e 2 dias (resto da divisão). Como após uma semana é
(C) sexta-feira.
segunda de novo, então após 14 semanas cairá em uma
(D) quarta-feira.
segunda, só que como tenho +2 dias, logo:
(E) segunda-feira.
Segunda-feira + 2 dias = quarta-feira.
03. (IF/RO – Administrador – Makiyama) A Terra leva,
03. Resposta: A.
aproximadamente, 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46
Se nos basearmos no calendário fiscal(4-4-5) chegamos à
segundos para dar uma volta completa em torno do Sol. Por
conclusão que a única alternativa certa é a que contém
isso, nosso calendário, o gregoriano, tem 365 dias divididos em
Fevereiro. Pois os meses de Janeiro e Fevereiro tem sempre 4
12 meses. Assim, a cada 4 anos, um dia é acrescentado ao mês
domingos os demais nada podemos dizer pois variam de
de fevereiro para compensar as horas que “sobram” e, então,
acordo com o ano.
tem-se um ano bissexto. Em um ano não bissexto, três meses
consecutivos possuem exatamente 4 domingos cada um. Logo,
04. Resposta: B.
podemos afirmar que:
Sabe-se que a cada ano todos os dias da semana
(A) Um desses meses é fevereiro.
apresentam 52 dias iguais. O dia da semana em que o ano se
(B) Dois desses devem ter 30 dias.
inicia aparece por 53 vezes. Logo, se 2014 iniciou numa
(C) Um desses meses deve ser julho ou agosto.
quarta-feira em 2014 teremos 53 quartas feiras, 52 segundas
(D) Um desses meses deve ser novembro ou dezembro.
feiras e 52 sextas feiras.
(E) Dois desses meses devem ter 31 dias.
O ano de 2015 se iniciará numa quinta-feira. Logo, teremos
52 quartas feiras, 52 segundas feiras e 52 sextas feiras.
04. (TRT/2ª Região – Técnico Judiciário – Área
Resumindo, teremos: 53 + (5x52) = 53 + 260 = 313.
Administrativa - FCC) Um jogo eletrônico fornece, uma vez
por dia, uma arma secreta que pode ser usada pelo jogador
DIAGRAMAS LÓGICOS
para aumentar suas chances de vitória. A arma é recebida
mesmo nos dias em que o jogo não é acionado, podendo ficar
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários
acumulada. A tabela mostra a arma que é fornecida em cada
problemas. Uma situação em que esses diagramas poderão ser
dia da semana.
usados, será na determinação da quantidade de elementos que
apresentam uma determinada característica.

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 51


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Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro,


18 que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando- Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são
se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber: leitores de nenhum dos três jornais.
Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
carro ou ainda quantas dirigem somente motos. Vamos Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
representam os motoristas de motos e motoristas de carros. Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersecção Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
e depois completaremos os outros espaços. Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os
seguintes elementos:

Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo


esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B. A
partir dos valores reais, é que poderemos responder as
perguntas feitas.

Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas


leem apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas não leem
o jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda
que 700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 +
25 + 40 + 115 + 65 + 70 + 150.

Diagrama de Euler
a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas. Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn,
b) Dirigem somente carros 33 motoristas. mas não precisa conter todas as zonas (onde uma zona é
c) Dirigem somente motos 8 motoristas. definida como a área de intersecção entre dois ou mais
contornos). Assim, um diagrama de Euler pode definir um
No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência universo de discurso, isto é, ele pode definir um sistema no
quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a qual certas intersecções não são possíveis ou consideradas.
seguinte tabela: Assim, um diagrama de Venn contendo os atributos para
Jornais Leitores Animal, Mineral e quatro patas teria que conter intersecções
A 300 onde alguns estão em ambos animal, mineral e de quatro patas.
B 250 Um diagrama de Venn, consequentemente, mostra todas as
C 200 possíveis combinações ou conjunções.
AeB 70
AeC 65
BeC 105
A, B e C 40
Nenhum 150

Para termos os valores reais da pesquisa, vamos


inicialmente montar os diagramas que representam cada
conjunto. A colocação dos valores começará pela intersecção Diagramas de Euler consistem em curvas simples fechadas
dos três conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e (geralmente círculos) no plano que mostra os conjuntos. Os
por último às regiões que representam cada conjunto tamanhos e formas das curvas não são importantes: a
individualmente. Representaremos esses conjuntos dentro de significância do diagrama está na forma como eles se
um retângulo que indicará o conjunto universo da pesquisa. sobrepõem. As relações espaciais entre as regiões delimitadas
por cada curva (sobreposição, contenção ou nenhuma)
correspondem relações teóricas (subconjunto interseção e
disjunção). Cada curva de Euler divide o plano em duas regiões
ou zonas estão: o interior, que representa simbolicamente os
elementos do conjunto, e o exterior, o que representa todos os
elementos que não são membros do conjunto. Curvas cujos
interiores não se cruzam representam conjuntos disjuntos.

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 52


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APOSTILAS OPÇÃO

Duas curvas cujos interiores se interceptam representam modo, espaços internos comuns a dois ou mais conjuntos
conjuntos que têm elementos comuns, a zona dentro de ambas representam a sua intersecção, ao passo que a totalidade dos
as curvas representa o conjunto de elementos comuns a ambos espaços pertencentes a um ou outro conjunto indistintamente
os conjuntos (intersecção dos conjuntos). Uma curva que está representa sua união.
contido completamente dentro da zona interior de outro John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,
representa um subconjunto do mesmo. ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores de
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva de Leibniz e Euler. E, na década de 1960, eles foram incorporados
diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve conter todas ao currículo escolar de matemática. Embora seja simples
as possíveis zonas de sobreposição entre as suas curvas, construir diagramas de Venn para dois ou três conjuntos,
representando todas as combinações de inclusão / exclusão de surgem dificuldades quando se tenta usá-los para um número
seus conjuntos constituintes, mas em um diagrama de Euler maior. Algumas construções possíveis são devidas ao próprio
algumas zonas podem estar faltando. Essa falta foi o que John Venn e a outros matemáticos como Anthony W. F.
motivou Venn a desenvolver seus diagramas. Existia a Edwards, Branko Grünbaum e Phillip Smith. Além disso,
necessidade de criar diagramas em que pudessem ser encontram-se em uso outros diagramas similares aos de Venn,
observadas, por meio de suposição, quaisquer relações entre entre os quais os de Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.
as zonas não apenas as que são “verdadeiras”.
Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) são Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo:
largamente utilizados para ensinar a teoria dos conjuntos no suponha-se que o conjunto A representa os animais bípedes e
campo da matemática ou lógica matemática no campo da o conjunto B representa os animais capazes de voar. A área
lógica. Eles também podem ser utilizados para representar onde os dois círculos se sobrepõem, designada por intersecção
relacionamentos complexos com mais clareza, já que A e B ou intersecção A-B, conteria todas as criaturas que ao
representa apenas as relações válidas. Em estudos mais mesmo tempo podem voar e têm apenas duas pernas motoras.
aplicados esses diagramas podem ser utilizados para provar /
analisar silogismos que são argumentos lógicos para que se
possa deduzir uma conclusão.

Diagramas de Venn
Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados
em matemática para simbolizar graficamente propriedades,
Considere-se agora que cada espécie viva está
axiomas e problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os
representada por um ponto situado em alguma parte do
respetivos diagramas consistem de curvas fechadas simples
diagrama. Os humanos e os pinguins seriam marcados dentro
desenhadas sobre um plano, de forma a simbolizar os
do círculo A, na parte dele que não se sobrepõe com o círculo
conjuntos e permitir a representação das relações de pertença
B, já que ambos são bípedes mas não podem voar. Os
entre conjuntos e seus elementos (por exemplo, 4 {3,4,5}, mas
mosquitos, que voam mas têm seis pernas, seriam
4 ∉ {1,2,3,12}) e relações de continência (inclusão) entre os
representados dentro do círculo B e fora da sobreposição. Os
conjuntos (por exemplo, {1, 3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas
canários, por sua vez, seriam representados na intersecção A-
curvas que não se tocam e estão uma no espaço interno da
B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer animal que não
outra simbolizam conjuntos que possuem continência; ao
fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou serpentes,
passo que o ponto interno a uma curva representa um
seria marcado por pontos fora dos dois círculos.
elemento pertencente ao conjunto.
Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro
Os diagramas de Venn são construídos com coleções de
áreas distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte de
curvas fechadas contidas em um plano. O interior dessas
cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há
curvas representa, simbolicamente, a coleção de elementos do
sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas
conjunto. De acordo com Clarence Irving Lewis, o “princípio
estão em um círculo ou no outro):
desses diagramas é que classes (ou conjuntos) sejam
- Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem
representadas por regiões, com tal relação entre si que todas
sobreposição).
as relações lógicas possíveis entre as classes possam ser
- Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem
indicadas no mesmo diagrama. Isto é, o diagrama deixa espaço
sobreposição).
para qualquer relação possível entre as classes, e a relação
- Animais que possuem duas pernas e voam
dada ou existente pode então ser definida indicando se alguma
(sobreposição).
região em específico é vazia ou não-vazia”. Pode-se escrever
- Animais que não possuem duas pernas e não voam
uma definição mais formal do seguinte modo: Seja C = (C1, C2,
(branco - fora).
... Cn) uma coleção de curvas fechadas simples desenhadas em
um plano. C é uma família independente se a região formada
Essas configurações são representadas, respectivamente,
por cada uma das interseções X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o
pelas operações de conjuntos: diferença de A para B, diferença
interior ou o exterior de Ci, é não-vazia, em outras palavras, se
de B para A, intersecção entre A e B, e conjunto complementar
todas as curvas se intersectam de todas as maneiras possíveis.
de A e B. Cada uma delas pode ser representada como as
Se, além disso, cada uma dessas regiões é conexa e há apenas
seguintes áreas (mais escuras) no diagrama:
um número finito de pontos de interseção entre as curvas,
então C é um diagrama de Venn para n conjuntos.
Nos casos mais simples, os diagramas são representados
por círculos que se encobrem parcialmente. As partes
referidas em um enunciado específico são marcadas com uma
cor diferente. Eventualmente, os círculos são representados
como completamente inseridos dentro de um retângulo, que
representa o conjunto universo daquele particular contexto (já Diferença de A para B: A\B
se buscou a existência de um conjunto universo que pudesse
abranger todos os conjuntos possíveis, mas Bertrand Russell
mostrou que tal tarefa era impossível). A ideia de conjunto
universo é normalmente atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo

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animais que possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete


áreas distintas, que podem combinar-se de 256 (28) maneiras
diferentes, algumas delas ilustradas nas imagens seguintes.

Diferença de B para A: B\A

Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções


possíveis entre A, B e C.

Intersecção de dois conjuntos: AB

União de três conjuntos: ABC

Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)

Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de 16


formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar sobre os
animais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das
características); tal conjunto seria representado pela união de
A e B. Já os animais que voam e não possuem duas patas mais
os que não voam e possuem duas patas, seriam representados
pela diferença simétrica entre A e B. Estes exemplos são
mostrados nas imagens a seguir, que incluem também outros
dois casos. Intersecção de três conjuntos: ABC

União de dois conjuntos: AB

A \ (B U C)

Diferença Simétrica de dois conjuntos: AB

(B U C) \ A

PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
Complementar de A em U: AC = U \ A
- Todo A é B
- Nenhum A é B
- Algum A é B e
- Algum A não é B

Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A é


um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está contido em B.
Complementar de B em U: BC = U \ B Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo
B é A. Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os
Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou- conjuntos A e B são disjuntos, isto é ,não tem elementos em
se sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alargando o comum. Atenção: dizer que Nenhum A é B é logicamente
exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos equivalente a dizer que Nenhum B é A.

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Por convenção universal em Lógica, proposições da forma Nenhum A é B. É falsa.


Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e
elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando 2).
dizemos que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B. Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa
Entretanto, no sentido lógico de algum, está perfeitamente (em 3 e 4) – é indeterminada.
correto afirmar que “alguns de meus colegas estão me
elogiando”, mesmo que todos eles estejam. Dizer que Algum A 4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as
é B é logicamente equivalente a dizer que Algum B é A. três representações possíveis:
Também, as seguintes expressões são equivalentes: Algum A é
B = Pelo menos um A é B = Existe um A que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o
conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao
conjunto B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é B
= Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a
Algum B não é A. Nas proposições categóricas, usam-se
também as variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais
como é ,são ,está ,foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B.
- Todo A é B = Todo A não é não B.
- Algum A é B = Algum A não é não B. Todo A é B. É falsa.
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B. Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e
- Todo A é não B = Todo A não é B. 2 – é indeterminada).
- Algum A é não B = Algum A não é B. Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e
- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B. 2 – é ideterminada).
- Nenhum A é B = Todo A é não B.
- Todo A é B = Nenhum A é não B. Questões
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e vice- 01. Represente por diagrama de Venn-Euler
versa). (A) Algum A é B
(B) Algum A não é B
Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas (C) Todo A é B
Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das (D) Nenhum A é B
proposições categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum A é B,
Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a 02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC)
verdade ou a falsidade de algumas ou de todas as outras. Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:
1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as (A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição
duas representações possíveis: necessariamente verdadeira.
(B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira.
(C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
verdadeira ou falsa.
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira
ou falsa.
Nenhum A é B. É falsa. (E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
Algum A é B. É verdadeira. necessariamente verdadeira.
Algum A não é B. É falsa.
03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam
instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e 60
tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos
desta Filarmônica tocam:
(A) instrumentos de sopro ou de corda?
2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos (B) somente um dos dois tipos de instrumento?
somente a representação: (C) instrumentos diferentes dos dois citados?
Todo A é B. É falsa.
Algum A é B. É falsa. 04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que
Algum A não é B. É verdadeira. “Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro que:
(A) algum A não é G;
(B) algum A é G.
3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as (C) nenhum A é G;
quatro representações possíveis: (D) algum G é A;
(E) nenhum G é A;

05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol mas


não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei mas não
praticam futebol. O total dos que praticam vôlei é 15. Ao todo,
existem 17 alunos que não praticam futebol. O número de
alunos da classe é:
(A) 30.
(B) 35.
(C) 37.

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(D) 42. 04. Esta questão traz, no enunciado, duas proposições


(E) 44. categóricas:
- Alguns A são R
Respostas - Nenhum G é R
Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas
01. por círculos para ajudar-nos a obter a resposta correta. Vamos
(A) iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é dada por
dois círculos separados, sem nenhum ponto em comum.

(B)
Como já foi visto, não há uma representação gráfica única
para a proposição categórica do Alguns A são R, mas
geralmente a representação em que os dois círculos se
(C) interceptam (mostrada abaixo) tem sido suficiente para
resolver qualquer questão.

(D)
Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições
categóricas para analisarmos qual é a alternativa correta.
Como a questão não informa sobre a relação entre os
conjuntos A e G, então teremos diversas maneiras de
representar graficamente os três conjuntos (A, G e R). A
02. Resposta: B
alternativa correta vai ser aquela que é verdadeira para
quaisquer dessas representações. Para facilitar a solução da
questão não faremos todas as representações gráficas
possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou algumas)
representação(ões) de cada vez e passamos a analisar qual é a
A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões), se
instrutivo” implica a total dissociação entre os diagramas. E tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então já
estamos com a situação inversa. A opção “B” é perfeitamente achamos a resposta correta, senão, desenhamos mais outra
correta. Percebam como todos os elementos do diagrama representação gráfica possível e passamos a testar somente as
“livro” estão inseridos no diagrama “instrutivo”. Resta alternativas que foram verdadeiras. Tomemos agora o
necessariamente perfeito que algum livro é instrutivo. seguinte desenho, em que fazemos duas representações, uma
em que o conjunto A intercepta parcialmente o conjunto G, e
03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos outra em que não há intersecção entre eles.
de corda e S dos que tocam instrumentos de sopro. Chamemos
de F o conjunto dos músicos da Filarmônica. Ao resolver este
tipo de problema faça o diagrama, assim você poderá
visualizar o problema e sempre comece a preencher os dados
de dentro para fora. Teste das alternativas:
Passo 1: 60 tocam os dois instrumentos, portanto, após Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando os
fazermos o diagrama, este número vai no meio. desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa é
Passo 2: verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só representações há elementos em A que não estão em G.
tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100 Passemos para o teste da próxima alternativa.
b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180 Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os
Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos acima: desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
que está mais à direita, esta alternativa não é verdadeira, isto
é, tem elementos em A que não estão em G. Pelo mesmo motivo
a alternativa “D” não é correta. Passemos para a próxima.
Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando os
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
Com o diagrama completamente preenchido, fica fácil que está mais à esquerda, esta alternativa não é verdadeira,
achara as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica isto é, tem elementos em A que estão em G. Pelo mesmo motivo
tocam: a alternativa “E” não é correta. Portanto, a resposta é a
a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do alternativa “A”.
problema: 100 + 60 + 180 = 340
b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 + 180 =
280
c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340 =
160

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05. Resposta: E.

n = 20 + 7 + 8 + 9 Todas as PREMISSAS tem uma CONCLUSÃO. Os exemplos


n = 44 acima são considerados silogismos.
Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão
Q, indica-se por:
Compreensão do processo P1, P2, ..., Pn |----- Q
lógico que, a partir de um Argumentos Válidos
conjunto de hipóteses, conduz, Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo)
de forma válida, a conclusões quando a conclusão é VERDADEIRA (V), sempre que as
premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que
determinadas um argumento é válido quando a conclusão é uma
consequência obrigatória das verdades de suas premissas. Ou
seja:
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
A verdade das premissas é incompatível com a falsidade da
No estudo da Lógica Matemática, a dedução formal é a conclusão.
principal ferramenta para o raciocínio válido de um
argumento. Ela avalia de forma genérica as conclusões que a Um argumento válido é denominado tautologia quando
argumentação pode tomar, quais dessas conclusões são assumir, somente, valorações verdadeiras,
válidas e quais são inválidas (falaciosas). Ainda na Lógica independentemente de valorações assumidas por suas
Matemática, estudam-se as formas válidas de inferência de estruturas lógicas.
uma linguagem formal ou proposicional constituindo-se,
assim, a teoria da argumentação. Argumentos Inválidos
Um argumento é um conjunto finito de premissas – Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou
proposições –, sendo uma delas a consequência das demais. mal construído), quando as verdades das premissas são
Tal premissa (proposição), que é o resultado dedutivo ou insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
consequência lógica das demais, é chamada conclusão. Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências
Um argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q, em geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como
que os Pis (P1, P2, P3...) e Q são fórmulas simples ou conclusão uma contradição (F).
compostas. Nesse argumento, as fórmulas Pis (P1, P2, P3...) são Um argumento não válido diz-se um SOFISMA.
chamadas premissas e a fórmula Q é chamada conclusão.

Conceitos - A verdade e a falsidade são propriedades das


Premissas (proposições): são afirmações que podem ser proposições.
verdadeiras ou falsas. Com base nelas que os argumentos são - Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes
compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja aos argumentos.
aceito. - Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou
falsa, mas nunca válida e inválida.
Inferência: é o processo a partir de uma ou mais - Não é possível ter uma conclusão falsa se as
premissas se chegar a novas proposições. Quando a inferência premissas são verdadeiras.
é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita, - A validade de um argumento depende exclusivamente
podendo ela ser utilizada em outras inferências. da relação existente entre as premissas e conclusões.

Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da


inferência e que esta alicerçada nas premissas. Para separa as
Critérios de Validade de um argumento
premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo,
Pelo teorema temos:
...”, “portanto, ...”, “por isso, ...”, entre outras.
Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e
Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro.
somente se a condicional:
(P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica.
Falácia: é um argumento inválido, sem fundamento ou
tecnicamente falho na capacidade de provar aquilo que
Métodos para testar a validade dos argumentos
enuncia.
Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência),
atribuirmos valores lógicos as premissas de um argumento
Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições,
para determinarmos uma conclusão verdadeira.
dispostas de tal maneira que a conclusão é verdadeira e deriva
Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam
logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a
estruturas categóricas (frases formadas pelas palavras ou
conclusão é a terceira premissa.
quantificadores: todo, algum e nenhum).
O argumento é uma fórmula constituída de premissas e
conclusões (dois elementos fundamentais da argumentação)
conforme dito no início temos:

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 57


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Os métodos consistem em: Se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, logo, a 2ª


1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na parte também deverá ser verdadeira, já que uma verdade
dedução dos valores lógicos das premissas de um implica outra verdade. Assim, concluímos que “Marta vai à
argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que, festa” (4º passo).
geralmente, será representado pelo valor lógico de uma P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
premissa formada por uma proposição simples. Lembramos
que, para que um argumento seja válido, partiremos do
pressuposto que todas as premissas que compõem esse
argumento são, na totalidade, verdadeiras.
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como
auxílio a tabela-verdade dos conectivos.
Sabendo-se que “Marta vai à festa” é uma proposição
simples verdadeira, então a 2ª parte da condicional da
premissa P1 será falsa (5º passo). Lembramos que, sempre
que confirmarmos como falsa a 2ª parte de uma condicional,
devemos confirmar também como falsa a 1ª parte (6º passo),
já que F → F: V.

Exemplos
01. Seja um argumento formado pelas seguintes
premissas: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. Se
Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. Nem Rita foi à
festa, nem Paula ficou em casa. Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos,
Sejam as seguintes premissas: podemos obter as seguintes conclusões: “Ana não vai à festa”;
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. “Marta vai à festa”; “Paula não fica em casa” e “Rita não foi
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. à festa”.
P3: Nem Rita foi à festa, nem Paula ficou em casa.
Inicialmente, reescreveremos a última premissa “P3” na 02. Seja um argumento formado pelas seguintes
forma de uma conjunção, já que a forma “nem A, nem B” pode premissas: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
ser também representada por “não A e não B”. Portanto, Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista. Paulo é porteiro se, e
teremos: somente se, Saulo não é síndico.
Então, sejam as premissas: Sejam as seguintes premissas:
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista.
P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa. P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico.
Lembramos que, para que esse argumento seja válido, Lembramos que, para que esse argumento seja válido,
todas as premissas que o compõem deverão ser todas as premissas que o compõem deverão ser,
necessariamente verdadeiras. necessariamente, verdadeiras.
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa: (V) P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista: (V)
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa: (V) P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista: (V)
P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa: (V) P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico:
(V)
Nesse caso, não há um “ponto de referência”, ou seja, não Caso o argumento não possua uma proposição simples
temos uma proposição simples que faça parte desse (ponto de referência inicial) ou uma conjunção ou uma
argumento; logo, tomaremos como verdade a conjunção da disjunção exclusiva, então as deduções serão iniciadas pela
premissa “P3”, já que uma conjunção é considerada verdadeira bicondicional, caso exista.
somente quando suas partes forem verdadeiras. Assim, Sendo P3 uma bicondicional, e sabendo-se que toda
teremos a confirmação dos seguintes valores lógicos bicondicional assume valoração verdadeira somente
verdadeiros: “Rita não foi à festa” (1º passo) e “Paula não ficou quando suas partes são verdadeiras ou falsas,
em casa” (2º passo). simultaneamente, então consideraremos as duas partes da
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. bicondicional como sendo verdadeiras (1º e 2º passos), por
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. dedução.
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.

Ao confirmar a proposição simples “Paula não fica em casa” Confirmando-se a proposição simples “Saulo não é síndico”
como verdadeira, estaremos confirmando, também, como como verdadeira, então a 1ª parte da disjunção em P2 será
verdadeira a 1ª parte da condicional da premissa “P2” (3º valorada como falsa (3º passo). Se uma das partes de uma
passo). disjunção for falsa, a outra parte “Eduardo é eletricista” deverá
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. ser necessariamente verdadeira, para que toda a disjunção
assuma valoração verdadeira (4º passo).
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.

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Representando inicialmente as proposições primitivas


“leio”, “entendo” e “compreendo”, respectivamente, por “p”,
“q” e “r”, teremos a seguinte fórmula argumentativa:
P1: p → q
P2: q → ~r
Ao confirmar como verdadeira a proposição simples C: r
“Eduardo é eletricista”, então a 2ª parte da condicional em P1 [(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou
será falsa (5º passo). Se a 2ª parte de uma condicional for
valorada como falsa, então a 1ª parte também deverá ser
considerada falsa (6º passo), para que seu valor lógico seja
considerado verdadeiro (F → F: V).
Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo
a passo):
P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r

V V V V V V V F V

V V F V V V V V F
Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos,
podemos obter as seguintes conclusões: “Pedro não é pintor”; V F V V F F F F V
“Eduardo é eletricista”; “Saulo não é síndico” e “Paulo é
porteiro”. V F F V F F F V F

Caso o argumento não possua uma proposição simples “ponto F V V F V V V F V


de referência inicial”, devem-se iniciar as deduções pela
conjunção, e, caso não exista tal conjunção, pela disjunção F V F F V V V V F
exclusiva ou pela bicondicional, caso existam.
F F V F V F F F V
2) Método da Tabela – Verdade: para resolvermos temos
que levar em considerações dois casos. F F F F V F F V F
1º caso: quando o argumento é representado por uma
fórmula argumentativa. 1º 2º 1º 1º 1º 1º

Exemplo:
A → B ~A = ~B P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as
proposições, as premissas e as conclusões afim de chegarmos V V V V V V V F F V
a validade do argumento.
V V F V V V V V V F

V F V V F F F V F V

V F F V F F F V V F

F V V F V V V F F V

F V F F V V V V V F
(Fonte: http://www.marilia.unesp.br)

F F V F V F F V F V
O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão
é falsa está sinalizada na tabela acima pelo asterisco. Observe
F F F F V F F V V F
também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a
conclusão é verdadeira. Chegamos através dessa análise que o
argumento não é valido. 1º 2º 1º 1º 3º 1º 1º

2o caso: quando o argumento é representado por uma


sequência lógica de premissas, sendo a última sua conclusão, e P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
é questionada a sua validade.
Exemplo: V V V V V V F V F F V
“Se leio, então entendo. Se entendo, então não
compreendo. Logo, compreendo.” V V F V V V V V V V F
P1: Se leio, então entendo.
P2: Se entendo, então não compreendo. V F V V F F F F V F V
C: Compreendo.
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte V F F V F F F F V V F
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
P1 ∧ P2 → C

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 59


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F V V F V V F V F F V 2º caso:

F V F F V V V V V V F

F F V F V F V F V F V
3.4 - Método da absorção (ABS)
F F F F V F V F V V F

1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 1º
3.5 – Modus Ponens (MP)

P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r

V V V V V V F V F F V V
3.6 – Modus Tollens (MT)
V V F V V V V V V V F F

V F V V F F F F V F V V

V F F V F F F F V V V F 3.7 – Dilema construtivo (DC)

F V V F V V F V F F V V

F V F F V V V V V V F F

F F V F V F V F V F V V 3.8 – Dilema destrutivo (DD)

F F F F V F V F V V F F

1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 5º 1º

3.9 – Silogismo disjuntivo (SD)


Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma
1º caso:
contingência (possui valores verdadeiros e falsos), logo, esse
argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de
sofisma embora tenha premissas e conclusões verdadeiras.

Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade


em alguns casos torna-se muito trabalhoso, principalmente 2º caso:
quando o número de proposições simples que compõe o
argumento é muito grande, então vamos aqui ver outros
métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos.

3.1 - Método da adição (AD)


3.10 – Silogismo hipotético (SH)

3.2 - Método da adição (SIMP)


1º caso:
3.11 – Exportação e importação.

1º caso: Exportação

2º caso:

2º caso: Importação

3.3 - Método da conjunção (CONJ)


1º caso:

Produto lógico de condicionais: este produto consiste na


dedução de uma condicional conclusiva – que será a
conclusão do argumento –, decorrente ou resultante de
várias outras premissas formadas por, apenas,
condicionais.
Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições
simples iguais que se localizam em partes opostas das

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 60


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condicionais que formam a premissa do argumento, P1: Se Ana viaja, então Beto não trabalha.
resultando em uma condicional denominada condicional P2: Se Carlos não estuda, então Beto não trabalha.
conclusiva. Vejamos o exemplo: P3: Se Carlos estuda, Ana viaja.
Denotando as proposições simples teremos:
p: Ana trabalha
q: Beto estuda
r: Carlos viaja
Montando o produto lógico teremos:

Conclusão: “Beto não estuda”.


Nós podemos aplicar a soma lógica em três casos:
3º caso - aplicam-se os procedimentos do 2o caso em,
1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas
apenas, uma parte das premissas do argumento.
proposições simples que aparecem apenas uma vez no
Exemplo
conjunto das premissas do argumento.
Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é palmeirense.
Exemplo
Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-paulino.
Dado o argumento: Se chove, então faz frio. Se neva, então
Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. Se Nivaldo é
chove. Se faz frio, então há nuvens no céu .Se há nuvens no
corintiano, então Márcio não é palmeirense.
céu ,então o dia está claro.
Então as premissas que formam esse argumento são:
Temos então o argumento formado pelas seguintes
P1: Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é
premissas:
palmeirense.
P1: Se chove, então faz frio.
P2: Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-
P2: Se neva, então chove.
paulino.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu.
P3: Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro.
P4: Se Nivaldo é corintiano, então Márcio não é
palmeirense.
Vamos denotar as proposições simples:
Denotando as proposições temos:
p: chover
p: Nivaldo é corintiano
q: fazer frio
q: Márcio é palmeirense
r: nevar
r: Pedro é são paulino
s: existir nuvens no céu
Efetuando a soma lógica:
t: o dia está claro
Montando o produto lógico teremos:

Vamos aplicar o produto lógico nas 3 primeiras premissas


Conclusão: “Se neva, então o dia está claro”.
(P1,P2,P3) teremos:
Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está
claro” só apareceram uma vez no conjunto de premissas do
argumento anterior.

2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por,


Conclusão: “Márcio é palmeirense”.
apenas, uma proposição simples que aparece em ambas as
partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da Referências
outra. As demais proposições simples são eliminadas pelo
processo natural do produto lógico. ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte, necessariamente lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
VERDADEIRA.
Questões
Tome Nota:
Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de 01. (DPU – Agente Administrativo – CESPE) Considere
equivalência da contrapositiva (contraposição) de uma que as seguintes proposições sejam verdadeiras.
condicional, para que ocorram os devidos reajustes entre as • Quando chove, Maria não vai ao cinema.
proposições simples de uma determinada condicional que • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
resulte no produto lógico desejado. • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
(p → q) ~q → ~p • Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.
Exemplo Tendo como referência as proposições apresentadas,
Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. julgue o item subsecutivo.
Se Carlos não viaja, então Beto não estuda. Se Carlos viaja, Ana Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
trabalha. ( ) Certo ( ) Errado
Temos então o argumento formado pelas seguintes
premissas:

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02. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 – 02. Resposta: Errado.


CESPE) Mariana é uma estudante que tem grande apreço pela Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil. estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é P1 ∧ P2 → C
aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na Organizando e resolvendo, temos:
faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1
chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada C: Mariana é aprovada em Química Geral
nessa disciplina. Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C
A partir das informações apresentadas nessa situação Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e
hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas. as premissas serem verdadeiras, para sabermos se o
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana argumento é válido:
aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo Testando C para falso:
de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de (A → B) ∧ (B →C)
Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral”; c: (A →B) ∧ (B → F)
“Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm
que o argumento formado pelas premissas p e q e pela que ser F:
conclusão c é um argumento válido. (A → B) ∧ (B → F)
( ) Certo ( ) Errado (A → F) ∧ (F → F)
(F → F) ∧ (V)
03. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso
Júnior – Informática – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma que o “A” seja falso:
fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então (A → F) ∧ (V)
Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então (F → F) ∧ (V)
Tristeza é uma bruxa. (V) ∧ (V)
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo (V)
(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo. Então, é possível que o conjunto de premissas seja
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos
centauro. leva a concluir que esse argumento não é válido.
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada 03. Resposta: B.
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo. Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza
não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como
Respostas conclusão o valor lógico (V), então:
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo
01. Resposta: Errado. (F) → V
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um
premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as centauro (F) → V
premissas: (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma
A = Chove bruxa(F) → V
B = Maria vai ao cinema (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
C = Cláudio fica em casa Logo:
D = Faz frio Temos que:
E = Fernando está estudando Esmeralda não é fada(V)
F = É noite Bongrado não é elfo (V)
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) Monarca não é um centauro (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional: Então concluímos que:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª
falsa, utilizando isso temos: SILOGISMO
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então
Fernando estava estudando. // B → ~E O silogismo é a dedução feita a partir de duas proposições
Iniciando temos: denominadas premissas, de modo a originar uma terceira
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → proposição logicamente implicada, denominada conclusão.
~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando Exemplo:
chove tem que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema Tenho um Escort ou tenho um Focus, não tenho um Escort.
(V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que ╞ Tenho um Focus.
Maria vai ao cinema tem que ser V.
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C Observação: o símbolo “╞” é chamado de traço de
→ ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando asserção ;É usado entre as premissas e a conclusão .Esse
Cláudio sai de casa tem que ser F. silogismo também pode ser representado como:
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove
(V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está Tenho um Escort ou tenho um Focus.
estudando pode ser V ou F. Não tenho um Escort.
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V Logo, tenho um Focus.
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria
foi ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou Chamado de P a proposição: “Tenho um Escort”, escreve-
F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à se: P: Tenho um Escort.
conclusão (V ou F). Chamado de C a proposição: “Tenho um Focus”, escreve-

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 62


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se: C: Tenho um Focus. argumento final: quando se chega a um argumento falso, tem-
se uma falácia; quando se chega a um argumento verdadeiro,
Das proposições P e C resulta a proposição “Tenho um tem-se um silogismo.
Escort ou tenho um Focus”. Denotamos: P + C: Tenho um
Escort ou tenho um Focus. Silogismos Derivados
Com a negativa da proposição P, tem-se a premissa “Não Silogismos derivados são estruturas argumentativas que
tenho um Escort”. Escreve-se: ~P: Não tenho um Escort (é o não seguem a forma rigorosa do silogismo típico, mas que
mesmo que dizer: “não possuo um carro denominado Escort”). mesmo assim são formas válidas.
Reescrevendo o argumento, obteremos:
Entimema: trata-se de um argumento em que uma ou
P + C, ~P ╞ C mais proposições estão omitidas, porém. Por exemplo: todo
metal é corpo, logo o chumbo é corpo. Neste caso, fica
ou subentendida a premissa “todo chumbo é metal”. Passando
para a forma silogística:
P+C
~P Todo metal é corpo.
Logo, C Todo chumbo é metal.
___________________
Silogismo Categórico de Forma Típica Todo chumbo é corpo.

Chamaremos de silogismo categórico de forma típica ao Mais um exemplo: Todo quadrúpede tem 4 patas. Logo, um
argumento formado por duas premissas e uma conclusão, de cavalo é um quadrúpede. No dia a dia, usamos muitas formas
modo que todas as premissas envolvidas são categóricas de como essa, pois as premissas faltantes são óbvias ou implícitas
forma típica (A, E, I, O). Teremos também três termos: e repeti-las pode cansar os ouvintes. Contudo, é comum haver
- Termo menor: sujeito da conclusão. confusão justamente por causa de premissas faltantes.
- Termo maior: predicado da conclusão.
- Termo médio: é o termo que aparece uma vez em cada Epiquerema: é um argumento onde uma ou ambas as
premissa e não aparece na conclusão. premissas apresentam a prova ou razão de ser do sujeito.
Geralmente é acompanhada do termo porque ou algum
Chamaremos de premissa maior a que contém o termo equivalente. Por exemplo:
maior, e premissa menor a que contém o termo menor.
Exemplo O demente é irresponsável, porque não é livre.
Ora, Pedro é demente, porque o exame médico revelou ser
Todas as mulheres são bonitas. portador de paralisia geral progressiva.
Todas as princesas são mulheres. Logo, Pedro é irresponsável.
________________________
Todas as princesas são bonitas. No epiquerema sempre existe, pelo menos, uma
proposição composta, sendo que uma das proposições simples
Termo menor: as princesas. é razão ou explicação da outra.
Termo maior: bonitas.
Termo médio: mulheres. Polissilogismo: é uma espécie de argumento que
contempla vários silogismos, onde a conclusão de um serve de
Premissa menor: Todas as princesas são mulheres. premissa menor para o próximo. Por exemplo:
Premissa maior: Todas as mulheres são bonitas.
Quem age de acordo com sua vontade é livre.
Regras do Silogismo Ora, o racional age de acordo com sua vontade.
Para que um silogismo seja válido, sua estrutura deve Logo, o racional é livre.
respeitar regras. Tais regras, em número de oito, permitem
verificar a correção ou incorreção do silogismo. As quatro Ora, quem é livre é responsável.
primeiras regras são relativas aos termos e as quatro últimas Logo, o racional é responsável.
são relativas às premissas. São elas:
- Todo silogismo contém somente 3 termos: maior, médio Ora, quem é responsável é capaz de direitos.
e menor; Logo, o racional é capaz de direitos.
- Os termos da conclusão não podem ter extensão maior
que os termos das premissas; Silogismo Expositório: não é propriamente um silogismo,
- O termo médio não pode entrar na conclusão; mas um esclarecimento ou exposição da ligação entre dois
- O termo médio deve ser universal ao menos uma vez; termos, caracteriza-se por apresentar, como termo médio, um
- De duas premissas negativas, nada se conclui; termo singular. Por exemplo:
- De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão
negativa; Aristóteles é discípulo de Platão.
- A conclusão segue sempre a premissa mais fraca; Ora, Aristóteles é filósofo.
- De duas premissas particulares, nada se conclui. Logo, algum filósofo é discípulo de Platão.

Estas regras reduzem-se às três regras que Aristóteles Silogismo Informe: caracteriza-se pela possibilidade de
definiu. O que se entende por “parte mais fraca” são as sua estrutura expositiva poder ser transformada na forma
seguintes situações: entre uma premissa universal e uma silogística típica. Por exemplo: “a defesa pretende provar que
particular, a “parte mais fraca” é a particular; entre uma o réu não é responsável do crime por ele cometido. Esta
premissa afirmativa e outra negativa, a “parte mais fraca” é a alegação é gratuita. Acabamos de provar, por testemunhos
negativa. Atenção: Para determinar se um argumento é uma irrecusáveis, que, ao perpetrar o crime, o réu tinha o uso
falácia ou silogismo, deve-se analisar o resultado, ou perfeito da razão e nem podia fugir às graves

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 63


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responsabilidades deste ato”. Este argumento pode ser considerada verdadeira se as duas proposições simples forem
formalizado assim: verdadeiras.

Todo aquele que perpetra um crime quando no uso da Exclusiva: “só a espécie humana é racional”. A partícula
razão é responsável por seus atos. “só” oculta as duas proposições simples que compõem a
Ora, o réu perpetrou um crime no uso da razão. composta, são elas: “a espécie humana é racional” e “nenhuma
Logo, o réu é responsável por seus atos. outra espécie é racional”. O termo apenas também é
considerado exclusivo. A proposição será considerada
Sorites: é semelhante ao polissilogismo, mas neste caso verdadeira se as duas proposições simples forem verdadeiras.
ocorre que o predicado da primeira proposição se torna
sujeito na proposição seguinte, seguindo assim até que na O silogismo hipotético apresenta três variações, conforme
conclusão se unem o sujeito da primeira proposição com o o conetivo utilizado na premissa maior:
predicado da última. Por exemplo:
Condicional: a partícula de ligação das proposições
A Grécia é governada por Atenas. simples é se... então.
Atenas é governada por mim.
Eu sou governado por minha mulher. Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve.
Minha mulher é governada por meu filho, criança de 10 A temperatura da água é de 100°C.
anos. Logo, a água ferve.
Logo, a Grécia é governada por esta criança de 10 anos.
Esse silogismo apresenta duas figuras legítimas:
Silogismo Hipotético: contém proposições hipotéticas ou
compostas, isto é, apresentam duas ou mais proposições - Ponendo Ponens (do latim afirmando o afirmado): ao
simples unidas entre si por uma cópula não verbal, isto é, por afirmar a condição (antecedente), prova-se o condicionado
partículas. As proposições compostas podem ser divididas em: (consequência).

- Claramente Compostas: são aquelas proposições em Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve.
que a composição entre duas ou mais proposições simples são A temperatura da água é de 100°C.
indicadas pelas partículas: e, ou, se ... então. Logo, a água ferve.

Copulativa ou Conjuntiva: “a lua se move e a terra não se - Tollendo Tollens (do latim negando o negado): ao
move”. Nesse exemplo, duas proposições simples são unidas destruir o condicionado (consequência), destrói-se a condição
pela partícula e ou qualquer elemento equivalente a essa (antecedente).
conjunção. Dentro do cálculo proposicional será considerada
verdadeira a proposição que tiver as duas proposições simples Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve.
verdadeiras e será simbolizada como: p ∧ q. Ora, a água não ferve.
Logo, a água não atingiu a temperatura de 100°C.
Disjuntivas: “a sociedade tem um chefe ou tem desordem”.
Caracteriza-se por duas proposições simples unidas pela Disjuntivo: a premissa maior, do silogismo hipotético,
partícula “ou” ou equivalente. Dentro do cálculo proposicional, possui a partícula de ligação “ou”.
a proposição composta será considerada verdadeira se uma ou
as duas proposições simples forem verdadeiras e será Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.
simbolizada como: p ∨ q. Ora, a sociedade não tem chefe.
Logo, a sociedade tem desordem.
Condicional: “se vinte é número ímpar, então vinte não é
divisível por dois”. Aqui, duas proposições simples são unidas Esse silogismo também apresenta duas figuras legítimas:
pela partícula se... então. Dentro do cálculo proposicional, essa
proposição, será considerada verdadeira se sua consequência - Ponendo Tollens: afirmando uma das proposições
for boa ou verdadeira, simbolicamente: p → q. simples da premissa maior na premissa menor, nega-se a
conclusão.
- Ocultamente Compostas: são duas ou mais proposições
simples que formam uma proposição composta com as Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.
partículas de ligação: salvo, enquanto, só. Ora, a sociedade tem um chefe.
Logo, a sociedade não tem desordem.
Exceptiva: “todos corpos, salvo o éter, são ponderáveis”. A
proposição composta é formada por três proposições simples, - Tollendo Ponens: negando uma das proposições simples
sendo que a partícula salvo oculta as suas composições. As três da premissa maior na premissa menor, afirma a conclusão.
proposições simples componentes são: “todos os corpos são
ponderáveis”, “o éter é um corpo” e “o éter não é ponderável”. Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.
Também são exceptivos termos como fora, exceto, etc. Essa Ora, a sociedade não tem um chefe.
proposição composta será verdadeira se todas as proposições Logo, a sociedade tem desordem.
simples forem verdadeiras.
Conjuntivo: a partícula de ligação das proposições
Reduplicativa: “a arte, enquanto arte, é infalível”. Nessa simples, na proposição composta, é “e”. Nesse silogismo, a
proposição temos duas proposições simples ocultas pela premissa maior deve ser composta por duas proposições
partícula enquanto. As duas proposições simples simples que possuem o mesmo sujeito e não podem ser
componentes da composta são: “a arte possui uma verdadeiras ao mesmo tempo, ou seja, os predicados devem
indeterminação X” e “tudo aquilo que cai sobre essa ser contraditórios. Possui somente uma figura legítima, o
indeterminação X é infalível”. O termo realmente também é Ponendo Tollens, afirmando uma das proposições simples da
considerado reduplicativo. A proposição composta será premissa maior na premissa menor, nega-se a outra

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 64


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proposição na conclusão. Assinale:


(A) se somente o conjunto I for um silogismo.
Ninguém pode ser, simultaneamente, mestre e discípulo. (B) se somente o conjunto II for um silogismo.
Ora, Pedro é mestre. (C) se somente o conjunto III for um silogismo.
Logo, Pedro não é discípulo. (D) se somente os conjuntos I e III forem silogismos.
(E) se somente os conjuntos II e III forem silogismos.
Dilema: o dilema é um conjunto de proposições onde, a
primeira, é uma disjunção tal que, afirmando qualquer uma Respostas
das proposições simples na premissa menor, resulta sempre a
mesma conclusão. Por exemplo: 01. Resposta “E”.
Se dizes o que é justo, os homens te odiarão. Parte inferior do formulário
Se dizes o que é injusto, os deuses te odiarão. A letra “D” parece certa, mas observe que certa seria se a
Portanto, de qualquer modo, serás odiado. segunda premissa fosse invertida: “Todos os que gostam de
física são matemáticos”. A letra “E” é correta. Existem algumas
Questões proposições que podem ser negadas.
Algum → negação: Nenhum.
01. (CESGRANRIO - CAPES - Analista de Sistemas) Nenhum → negação: Algum.
Silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma Todo → negação: Algum não.
padronizada ,é constituído por três proposições: as duas Algum não → negação: Todo.
primeiras denominam-se premissas e a terceira, conclusão .As
premissas são juízos que precedem a conclusão .Em um Nessa questão basta negar todas as proposições com suas
silogismo, a conclusão é consequência necessária das equivalências supracitadas, ou basta fazer conjuntos (ou
premissas. Assinale a alternativa que corresponde a um balões):
silogismo.
(A) (A) Há dois grupos “matemáticos” e “aqueles que gostam
Premissa 1: Marcelo é matemático. de física”. Há uma intersecção entre eles, com matemáticos que
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física. gostam e matemáticos que não gostam de física. Marcelo pode
Conclusão: Marcelo gosta de física. estar tanto em um como em outro grupo.
(B) Mesmo raciocínio. Marcelo pode gostar ou não de
(B) física.
Premissa 1: Marcelo é matemático. (C) Há intersecção entre “matemáticos” e “gostam de
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física. física”. Mário pode estar no grupo “matemáticos que gostam
Conclusão: Marcelo não gosta de física. de física” e o outro grupo, “aqueles que gostam de física e não
são matemáticos”.
(C) (D) O grupo “matemáticos” está dentro de “os que gostam
Premissa 1: Mário gosta de física. de física”. Porém, Mario tanto pode ser matemático como
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física. pertencer a outro grupo que também goste de física.
Conclusão: Mário é matemático. (E) Não há intersecção entre os grupos “os que gostam de
física” e “matemáticos”. Mário gosta de física, logo, ele não
(D) pode ser matemático. (Alternativa correta)
Premissa 1: Mário gosta de física.
Premissa 2: Todos os matemáticos gostam de física. 02. Resposta “A”.
Conclusão: Mário é matemático. I - Todos os mamíferos são homeotérmicos. Todas as
baleias são mamíferos. Conclusão: todas as baleias são
(E) homeotérmicos. Está certa... essa questão fica clara se
Premissa 1: Mário gosta de física. desenharmos um conjunto.... assim fica da seguinte forma: o
Premissa 2: Nenhum matemático gosta de física. conjunto dos mamíferos está contido no conjunto dos
Conclusão: Mário não é matemático. homeotérmicos... e o conjunto das baleias está contido dentro
do conjunto dos mamíferos, consequentemente está dentro do
02. (FGV - MEC - Documentador) O silogismo é uma conjunto dos homeotérmicos, por isso podemos afirmar que
forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma padronizada, é todas as baleias são homeotérmicos.
constituído por três proposições: as duas primeiras
denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As premissas
são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a
conclusão é consequência necessária das premissas. São dados
três conjuntos formados por duas premissas verdadeiras e
uma conclusão não necessariamente verdadeira.

I-
Premissa 1: Todos os mamíferos são homeotérmicos.
Premissa 2: Todas as baleias são mamíferas.
Conclusão: Todas as baleias são homeotérmicas.
II- II - Todos os peixes são pecilotérmicos. Todos os tubarões
Premissa 1: Todos os peixes são pecilotérmicos. são pecilotérmicos. Conclusão: todos os tubarões são peixes.
Premissa 2: Todos os tubarões são pecilotérmicos. Não podemos afirmar tal coisa... pode ser que alguns ou até
Conclusão: Todos os tubarões são peixes. todos sejam, mas a questão não dá informações suficientes
III- para isso... em um conjunto teríamos o conjunto dos
Premissa 1: Todos os primatas são mamíferos. pecilotérmicos e dentro dele 2 conjuntos... dos peixes e dos
Premissa 2: Todos os mamíferos são vertebrados. tubarões... eles podem ter alguma intersecção ou nenhuma,
Conclusão: Todos os vertebrados são primatas. por isso não podemos afirmar.

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APOSTILAS OPÇÃO

Tipos de falácias
Abaixo temos as mais comuns falácias lógicas
argumentativas. Alguns tipos de falácias são chamadas de
apelos. Os mesmo possuem a intenção de neutralizar o senso
crítico do interlocutor para que uma mensagem errônea seja
aceita de forma irrefletida.

- Falso dilema: apresentar apenas duas opções, quando,


na verdade, existem mais.
III - Todos os primatas são mamíferos. Todos os mamíferos
Exemplos:
são vertebrados. Conclusão: todos os vertebrados são
Brasil: ame-o ou deixe-o.
primatas. Mais uma vez não podemos afirmar, pois a questão
Você não suporta seu marido? Separe-se!
não dá informações para concluirmos tal coisa... o conjunto dos
Ou eu colo na prova ou eu serei reprovado.
primatas está contido no conjunto dos mamíferos e os
mamíferos contidos no conjunto dos vertebrados, então pode
ser que tenha primatas que não sejam primatas ou que não
sejam mamíferos....

ARGUMENTOS FALACIOSOS
- Pergunta complexa: apresentar duas proposições
Uma falácia (ou sofisma) é uma espécie de mentira, é um conectadas como se fossem uma única proposição, tratando-se
argumento logicamente inconsistente, inválido. São de assuntos que não tenham relação, pressupondo-se que já se
argumentos que se destinam à persuasão e podem parecer tenha dado uma resposta a uma pergunta anterior.
convincentes para grande parte do público apesar de Exemplos:
conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa Você não é a favor do aborto e da liberdade feminina?
disso. Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Você é a favor da pena de morte e da luta contra
Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, impunidade?
íntima, psicológica, mas não validade lógica. É importante
conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na - Composição: concluir que uma propriedade
própria argumentação e para analisar a argumentação alheia. compartilhada por um número de elementos em particular,
também é compartilhada por um conjunto desses elementos;
ou que as propriedades de uma parte do objeto devem ser as
mesmas nele inteiro.
Exemplo:
Essa bicicleta é feita inteiramente de componentes de
baixa densidade, logo é muito leve.

- Divisão (oposto da composição): assumir que a


propriedade de um elemento deve aplicar-se às suas partes; ou
que uma propriedade de um conjunto de elementos é
As falácias podem ser classificadas como: compartilhada por todos.
Exemplos:
Formais: são erros de raciocínio que resultam Você deve ser rico, pois estuda em um colégio de ricos.
exclusivamente da sua forma lógica, isto é, da sua estrutura Formigas podem destruir uma árvore. Logo, essa formiga
interna. também pode.
Não formais: são erros de raciocínio que não resultam
exclusivamente da forma lógica, mas do conteúdo. Isto é, da - Petição por princípio: ocorre quando as premissas são
sua relação com a realidade e com o contexto em que se pelo menos tão questionáveis quanto as conclusões atingidas.
inserem. Exemplo:
Não posso acreditar nisso, porque é mentira.

- Causa Falsa ou falsa causa: uma relação real ou


percebida entre duas coisas significa que uma é a causa da
outra.
Uma variação dessa falácia é a “cum hoc ergo propter hoc”
(com isto, logo por causa disto), na qual alguém supõe que,
pelo fato de duas coisas estarem acontecendo juntas, uma é a
causa da outra. Este erro consiste em ignorar a possibilidade
de que possa haver uma causa em comum para ambas, ou,

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 66


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APOSTILAS OPÇÃO

como mostrado no exemplo abaixo, que as duas coisas em sexos. Em um shopping center, imagine o que aconteceria se
questão não tenham absolutamente nenhuma relação de os banheiros fossem unissex: tanto homens quanto mulheres
causa, e a sua aparente conexão é só uma coincidência. se sentiriam desconfortáveis. Você não acha que tenho razão?
Exemplo:
Os fabricantes de bebida gaseificada apontam pesquisas
que mostram que, dos cinco países onde a bebida é mais
vendida, três estão na lista dos dez países mais saudáveis do
mundo, logo, bebida gaseificada é saudável.

- Causa complexa: supervalorizar uma causa que faz parte


de um sistema, ou seja, é a identificação de apenas parte das
causas de um evento.
Exemplo:
O acidente não teria ocorrido se não fosse a má localização
da árvore.

- Regra geral: ocorre quando uma regra geral é aplicada a


um caso particular onde a regra não deveria ser aplicada.
Exemplo:
Cristãos geralmente não gostam de ateus. Você é um
cristão, então você não deve gostar de ateus.

- Ataque à Pessoa (apelo): atacar ou desmoralizar a


pessoa e não seus argumentos. Pensa-se que, ao se atacar a
pessoa, pode-se enfraquecer ou anular sua argumentação.
Exemplos:
Se foi um burguês quem disse isso, certamente é engodo.
Se foi um político que disse isso, certamente é desonesto.

- Falsa indução: é o oposto da Regra Geral. Ocorre quando


uma regra específica é atribuída ao caso genérico.
Exemplos:
Minha namorada me traiu. Logo, as mulheres tendem à
traição.

- Espantalho: consiste em criar ideias reprováveis ou


fracas, atribuindo-as à posição oposta.
Exemplos:
Depois de Felipe dizer que o governo deveria investir mais
em saúde e educação, Jader respondeu dizendo estar surpreso
que Felipe odeie tanto o Brasil, a ponto de querer deixar o - Apelo à ignorância: concluir que algo é verdadeiro por
nosso país completamente indefeso, sem verba militar. não ter sido provado que é falso, ou que algo é falso por não ter
sido provado que é verdadeiro.
- Falácia da falácia: consiste em argumentar que uma Exemplo:
proposição é falsa porque foi apresentada como a conclusão de Existe vida em outro planeta, pois nunca provaram o
um argumento falacioso. Lembre-se que um argumento contrário.
falacioso pode chegar a conclusões verdadeiras.
Exemplo:
Percebendo que Lia cometeu uma falácia ao defender que
devemos comer alimentos saudáveis porque eles são
populares, Alice resolveu ignorar a posição de Lia por
completo e comer hambúrguer todos os dias.

- Falácia da diversão: introdução de material irrelevante


ao ponto em discussão, em geral com o objetivo de desviar o
argumento para outra conclusão, muitas vezes mais fácil de ser
combatido. - Apelo a força: ameaçar com consequências
Exemplo: desagradáveis se não for aceita ou acatada a proposição
Não acho que homens e mulheres devam ganhar o mesmo apresentada.
salário por funções iguais. Sou contra a igualdade entre os

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Exemplos: nenhuma relação intrínseca com a veracidade e validade das


Você deve se enquadrar nas novas normas do setor. Ou suas colocações.
quer perder o emprego? Exemplos:
Acredite em Deus, senão queimará eternamente no - As maiores organizações de defesa dos direitos dos
Inferno. animais afirmam que uma dieta vegetariana é a mais saudável.
Logo, uma dieta vegetariana é a mais saudável.

- Apelo à emoção: tenta-se manipular uma resposta Comunicação eficiente de argumentos


emocional no lugar de um argumento válido ou convincente. Ao formular argumentos, é possível distinguir alguns
Apelos à emoção são relacionados a medo, inveja, ódio, elementos explícitos, que aparecem claramente, e
pena, orgulho, entre outros. implícitos, que não estão descritos claramente no texto, mas
É importante dizer que às vezes um argumento logicamente podem ser subentendidos. Os elementos implícitos precisam
coerente pode inspirar emoção, ou ter um aspecto emocional, ser decodificados pelo pensador crítico. São considerados
mas o problema e a falácia acontecem quando a emoção é usada elementos implícitos de um argumento:
no lugar de um argumento lógico. Ou, para tornar menos claro
o fato de que não existe nenhuma relação racional e convincente - Premissas subjacentes: são ideias necessárias para
para justificar a posição de alguém. compreendermos adequadamente o significado das
Exemplos: comunicações e cuja descoberta exige uma análise daquilo em
O papai fica triste quando você faz isso, não faça mais isso. que o autor baseou seu raciocínio.
Me dê dinheiro, pois estou com fome. Exemplo:
Dizem que o pessoal da ANATEL é muito competente, mas
Luiz Carlos não tem se saído bem. (Para esse argumento ser
coerente, a premissa subjacente é que Luiz Carlos seja
funcionário da ANATEL)

- Pressupostos semânticos: são ideias não expressas


explicitamente mas, de alguma forma, contidas no próprio
significado das palavras.
Exemplo:
Desde que casei, nunca mais morei sozinha. (Pela definição
é possível que a pessoa morava sozinha antes e que depois que
- Apelo popular: sustentar uma proposição por ser casou ela não mora mais sozinha).
defendida pela população ou parte dela. Sugere que quanto
mais pessoas defendem uma ideia mais verdadeira ou correta - Ideias subentendidas: referem-se àquelas não faladas
ela é. Incluem-se aqui os boatos, o “ouvi falar”, o “dizem”, o explicitamente que, por uma questão de costumes sobre o uso
“sabe-se que”. linguagem, fazem parte íntegra das afirmativas em questão.
Exemplo: Exemplo:
A maioria das pessoas acredita em alienígenas, portanto Eu não acredito que você, uma pessoa honesta e sensata,
eles existem. se filiou ao sindicato. (Aqui fica subentendida que o autor é
contra sindicalização)
- Apelo circunstancial: utilizar os interesses do
interlocutor para que ele aceite o argumento sem refletir. - Significado social: algumas palavras e expressões são
Exemplo: utilizadas de forma diferente do conceito formal (aquele do
Você não quer ganhar mais? Então vamos votar na chapa dicionário), o que pode revelar um significado social mais
verde. amplo dotado de regionalismos, gírias e senso comum. Nesse
sentido, é importante diferenciar denotação de conotação.
- Apelo à autoridade: usa-se sua posição como figura ou Exemplo:
instituição de autoridade no lugar de um argumento válido. (A Os donos soltaram os cachorros para proteger a fazenda.
popular “carteirada”.) (Sentido denotativo = soltar o que estava preso.)
É importante mencionar que, no que diz respeito a esta Eles soltaram os cachorros quando perceberam que foram
falácia, as autoridades de cada campo podem muito bem ter trapaceados. (Sentido conotativo = ficar bravo, ...).
argumentos válidos, e que não se deve desconsiderar a
experiência e expertise do outro. - Intertextualidade: entende-se a criação de um texto a
Para formar um argumento, no entanto, deve-se defender partir de outro pré-existente. A intertextualidade pode
seus próprios méritos, ou seja, deve-se saber por que a pessoa apresentar funções diferentes, as quais dependem muito dos
em posição de autoridade tem aquela posição. No entanto, é textos/contextos em que ela é inserida, ou seja, dependendo
claro, é perfeitamente possível que a opinião de uma pessoa ou da situação. Exemplos de obras intertextuais incluem: alusão,
instituição de autoridade esteja errada; assim sendo, a versão, plágio, tradução, pastiche e paródia. Evidentemente, o
autoridade de que tal pessoa ou instituição goza não tem fenômeno da intertextualidade está ligado ao “conhecimento

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do mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao


produtor e ao receptor de textos. O diálogo pode ocorrer ou
não em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo
única e exclusivamente a textos literários.
Exemplo:

Referências
http://ahduvido.com.br/30-falacias-mais-comum-utilizadas-em-debates-
e-discussoes
http://falacia.wikidot.com
http://blog.qualconcurso.com.br/2015/07/argumentos-falaciosos-e-
apelativos.html

Questão

1. (FUNPRESP-JUD-Analista. CESPE) À luz da teoria da


argumentação, julgue o item subsequente.

Os sofismas são considerados argumentos válidos; as


falácias, argumentos inválidos.
( ) Certo ( ) Errado

Resposta

1. Resposta. ERRADO.
Sofismo é um raciocínio ou falácia se chama a uma
refutação aparente, refutação sofística e também a um
silogismo aparente, ou silogismo sofístico, mediante os quais
se quer defender algo falso e confundir o contraditor, sendo
então um argumento falso.
Falácia é um raciocínio errado com aparência de
verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma falácia é um
argumento logicamente inconsistente, sem fundamento,
inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que
alega.

Anotações

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático 69


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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

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fazer a conexão entre os computadores, HTTP, para mostrar


conteúdos e serviços de rede, SMTP, para serviços de e-mail e
FTP, para transferência de arquivos. O que diferencia ambas é
a forma de acesso.

Intranet

Conceitos fundamentais de
internet, intranet e redes de
computadores.

INTERNET, INTRANET E EXTRANET1

Muitas são as palavras usadas hoje em dia para se referir A intranet é uma rede interna, fechada e exclusiva, com
aos diferentes tipos de rede. A mais usada é internet, mas acesso somente para os funcionários de uma determinada
temos também LAN, intranet e extranet. empresa e muitas vezes liberado somente no ambiente de
A internet é uma rede de comunicação de computadores trabalho e em computadores registrados na rede. Essa
ligados coletivamente através de servidores de acesso. Dessa restrição do ambiente de trabalho não é necessária, já que as
forma, você consegue acessar qualquer informação intranets não são necessariamente LANs, mas sim redes
compartilhada nessa rede. Os sites e programas que você construídas sobre a internet. Em outras palavras,
acessa são informações que estão localizadas em tecnicamente é possível acessar intranets de qualquer
computadores remotos ligados nessa grande rede. computador ligado à internet, caso a mesma também esteja
ligada à internet.
Conhecendo as Redes e as LANs A grande questão é que as intranets são redes restritas e
fechadas a membros de um grupo ou funcionários de uma
Mas, além da Internet, temos outros sistemas de rede, empresa. Uma intranet é uma versão particular da internet,
voltados para diferentes fins. A mais conhecida é a LAN, que que pode ou não estar conectada a esta. Essa rede pode servir
significa Local Area Network, ou Rede de Área Local. para troca de informação, mensagens instantâneas (os
Basicamente é uma rede de computadores conectados famosos chats), fóruns, ou sistemas de gerenciamento de sites
localmente. Se você conecta dois ou mais computadores para ou serviços online. Uma intranet pode conectar empregados
formar uma rede entre si, isso é uma LAN. de uma empresa que trabalham em escritórios diferentes ou
pode facilitar a logística de pedidos justamente por interligar
diferentes departamentos de uma mesma empresa em uma
mesma rede.
As empresas estão cada vez mais necessitando de
centralização das informações, métodos de comunicação
interna para reduzir custos. A intranet possibilita tudo o que a
própria internet dispõe. Porém a principal diferença entre
ambas é que a intranet é restrita a um certo público. Há
restrição de acesso, por exemplo, por uma empresa, ou seja,
todos os colaboradores da empresa podem acessar a intranet
com um nome de usuário e senha devidamente especificados
pela coordenação da empresa.
A intranet ainda possibilita a utilização de mais protocolos
de comunicação, não somente o HTTP usado pela internet.
Geralmente o acesso à intranet é feito em um servidor local em
Ela pode servir para compartilhar um mesmo acesso à uma rede local chamada de LAN sigla da língua inglesa que
internet ou ainda para servir de base para um jogo significa Local Area Network (rede de acesso local) instalada
multiusuário. O maior uso das LANs são nas famosas LAN na própria empresa.
Houses, ou lojas que oferecem computadores ligados em rede,
seja para compartilhar conteúdos comuns, jogos ou acesso à Extranet2
internet.

Redes Aplicadas aos Negócios

Mas essas redes podem servir para uso comercial e


empresarial. Quando é assim, elas recebem o nome de Intranet
e Extranet. Mas não é só o nome que difere, mas também o uso,
função e acesso.
Basicamente, tanto a intranet quanto a extranet são
sistemas de rede construídas sobre o modelo da internet,
usando os mesmos recursos como Protocolos TCP/IP, para

1 https://www.tecmundo.com.br/conexao/1955-o-que-e-intranet-e- 2 https://informaticaeadministracao.wordpress.com/2014/04/22/internet-

extranet-.htm x-extranet-x-intranet/

Noções de Informática 1
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Quando alguma informação dessa intranet é aberta a redes Internet para a comunidade acadêmica e de pesquisa,
clientes ou fornecedores dessa empresa, essa rede passa a ser utilizará protocolo com todas as camadas do modelo OSI.
chamada de extranet. Se sua empresa tem uma intranet e seu (C) Uma intranet é uma rede de propriedade privada,
fornecedor também e ambas essas redes privadas construída sobre a arquitetura TCP/IP, que disponibiliza os
compartilham uma rede entre si, para facilitar pedidos, mesmos serviços de comunicação da Internet.
pagamentos e o que mais precisarem, essa rede compartilhada (D) Uma rede Internet local utiliza apenas o protocolo IP.
é conhecida como extranet. Ainda, se sua empresa abre uma (E) Intranet utiliza protocolos diferentes daqueles
parte de sua rede para contato com o cliente, ou permite uma utilizados na Internet.
interface de acesso dos fornecedores essa rede com ele é
chamada de extranet. 03. (DPE/SP - Agente de Defensoria - FCC) A rede que
Tecnicamente, os sistemas que permitem isso são os tem como principal característica a possibilidade de acesso via
mesmos da intranet, com a diferença que aqui é necessário um internet, ou seja, de qualquer lugar do mundo é possível
acesso à internet. A diferença básica entre intranet e extranet acessar dados de determinada empresa, é
está em quem gerencia a rede. O funcionamento é o mesmo e
a arquitetura da rede é a mesma. Só que em uma intranet, (A) Intranet.
quem gerencia é só uma empresa, enquanto que em uma (B) Networking.
extranet, os gerentes são as várias empresas que (C) LAN.
compartilham a rede. (D) DWAN.
A extranet seria uma extensão da intranet. Funciona (E) Extranet.
igualmente como a intranet, porém sua principal característica
é a possibilidade de acesso via internet, ou seja, de qualquer 04. (TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - FCC) Rede
lugar do mundo você pode acessar os dados de sua empresa. A que tem como principal característica a possibilidade de
ideia de uma extranet é melhorar a comunicação entre os acesso exclusivo de uma empresa, utilizando recursos da
funcionários e parceiros além de acumular uma base de Internet:
conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar novas
soluções. (A) Intranet.
Algumas pessoas consideram a extranet como uma (B) Networking.
“intranet que saiu da empresa”. É uma intranet que se estende (C) MAN.
aos clientes e fornecedores, e que pode ser acessada de fora da (D) DWAN.
empresa, contudo permanece restrita ao público de interesse (E) Extranet.
da organização.
Gabarito
Comparativo entre as Tecnologias3
01.C / 02.C / 03.E / 04.A

REDES DE COMPUTADORES4

A quantidade de informações que podem trafegar por um


único computador é realmente imensa, imagine, então, quando
são vários computadores reunidos... Uma rede de
computadores é uma estrutura física e lógica que permite a
conexão entre vários computadores com a finalidade de
trocarem informações entre si.
Uma rede de computadores é um conjunto de
Questões computadores, ligados por um sistema de comunicação, para
permitir a troca de informações e o compartilhamento de
01. (TER/SC - Analista Judiciário - Arquitetura - recursos dos mais diversos fins”.
EXATUS) É um conglomerado de redes locais, interconectadas Para que haja uma rede de computadores, é necessário que
e espalhadas pelo mundo inteiro, através do protocolo de existam, pelo menos, dois computadores e certos
internet facilitando o fluxo de informações espalhadas por equipamentos capazes de conectá-los (fios, cabos, entre
todo o globo terrestre. outros).

(A) Intranet.
(B) LAN.
(C) Internet.
(D) Extranet.

02. (TER/MT - Analista Judiciário - CESPE) No que


concerne à Internet, intranet e extranet, assinale a opção
correta.
Exemplo de uma rede

(A) Uma rede extranet possui a mesma definição de uma


Internet, sendo utilizada por aqueles usuários que estejam no No exemplo da imagem acima, temos vários computadores
exterior, em localidade sem acesso à intranet que utilizavam interligados, e um deles está fisicamente conectado a uma
no país de origem. impressora. Uma das vantagens da rede é que essa impressora
(B) A Internet 2, iniciativa norte-americana para o poderá ser usada por todos os computadores dessa rede, em
desenvolvimento de tecnologias e aplicações avançadas de uma ação conhecida como compartilhamento. Compartilhar

3 4 Fonte: Informática para concursos – Teoria e questões – Autor João Antonio


https://www.oficinadanet.com.br/artigo/1276/internet_intranet_e_extranet_o_q
ue_sao_e_quais_as_diferencas

Noções de Informática 2
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significa permitir que outros computadores usem um - Atenuação: é uma consequência de a transmissão ser feita
determinado recurso, como a impressora citada no exemplo por meios físicos (fios, fibra óptica, ar etc.). A atenuação
anterior, que pertence, fisicamente, somente a um micro, mas consiste na perda gradual da potência do sinal ao longo do
poderá ser usada por todos os demais. meio de transmissão. Exemplo: quando gritamos, a “força” do
nosso grito vai diminuindo à medida que o sinal sonoro se
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES afasta de nós. Isso acontece também com a energia elétrica nos
fios e com a luz nas fibras ópticas.
Quanto à extensão - Ruído Térmico: causado pela agitação dos elétrons em um
Há várias classificações diferentes a respeito da extensão condutor elétrico (fio). Esse tipo de ruído é constante em toda
da rede, a seguir veremos os três principais. a extensão do condutor e é inevitável.
- LAN (Local Area Network – Rede Local): uma rede de - Ruído de Intermodulação: causado pela presença de dois
computadores de extensão pequena, normalmente dentro de ou mais sinais de frequências diferentes em um mesmo
um único prédio ou prédios vizinhos. Alguns autores afirmam condutor (um fio pode ser usado para transmitir diversos
que uma rede local se estende por, no máximo, 1 km. sinais diferentes em frequências variadas). Nesse tipo de
- MAN (Metropolitan Area Network – Rede Metropolitana): ruído, uma transmissão em uma determinada frequência
uma rede de computadores em um espaço geográfico maior poderá induzir (e ser induzida) por um sinal transmitido em
que o da LAN, mas ainda limitado. Ex.: rede de computadores uma frequência próxima.
no campus de uma universidade. Alguns autores definem o - Ruído de Cross-Talk: a famosa “linha cruzada” dos
limite máximo de 10 km para uma MAN. sistemas telefônicos. Esse ruído é causado pela indução
- WAN (Wide Area Network – Rede Extensa ou Rede eletromagnética que um condutor exerce sobre outro
Geograficamente distribuída): uma rede de computadores que condutor próximo. Ou seja, vários fios dispostos lado a lado
não apresenta uma limitação geográfica. Exemplo: as redes de por uma longa extensão são mais suscetíveis a ruídos dessa
computadores dos grandes bancos e das operadoras de cartão natureza, pois um fio vai gerar um campo elétrico que irá
de crédito, que se estendem pelo país todo, quando não pelo induzir seus sinais em um condutor próximo (é exatamente
mundo! como os fios das companhias telefônicas estão organizados).
- Ruído Impulsivo: é um ruído de grande amplitude
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO (potência) que não é contínuo e surge sem previsão.
A função de um sistema de comunicação é permitir a Normalmente quanto há um distúrbio na rede elétrica, ou
transmissão de dados entre dois componentes em uma rede, quando se liga um equipamento que consome grande potência
seja um sinal de telefonia, um arquivo de computador ou (chuveiro elétrico, ar condicionado etc.), um pulso isolado de
mesmo um programa de televisão. Vamos estudar agora os grande amplitude é gerado nos computadores (mais forte que
principais conceitos que envolvem o envio (transmissão) de o sinal que normalmente transita pela rede). É bastante difícil
sinais em um sistema de comunicação (rede). prevenir esse tipo de ruído. O ruído impulsivo não causa dano
às transmissões analógicas (telefonia, por exemplo), mas é
Classificações da transmissão muito prejudicial às transmissões digitais (redes de
Podemos classificar as transmissões de dados entre computadores, por exemplo).
equipamentos por alguns critérios: Obs: A qualidade de transmissão de uma linha (um meio
Quanto ao tipo de transmissão físico de transmissão, como um fio) é medida por uma razão
- Analógica: os sinais são transmitidos de forma analógica, entre a amplitude (força) do sinal e a amplitude do ruído (é a
ou seja, através de pulsos elétricos irregulares e contínuos, que chamada razão sinal/ruído). Quando o ruído é muito alto
podem assumir qualquer valor entre o mínimo e o máximo (representando um percentual alto em relação ao sinal em si),
possíveis (é assim que são transmitidos, por exemplo, os sinais a transmissão é classificada como de qualidade ruim.
das linhas telefônicas convencionais).
- Digital: nesse modo de transmissão, os sinais são MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO
transferidos através de pulsos regulares (ou seja, com valores Para que haja transmissão de dados entre quaisquer dois
definidos) de energia elétrica. A diferença entre analógico e componentes (computadores, por exemplo), é necessário que
digital já foi mostrada com mais detalhes no início deste livro haja meios por onde os sinais de dados (eletricidade, som, luz)
(na parte de hardware). possam passar.

Quanto ao sentido da transmissão Cabo de par trançado


- Simplex: é uma transmissão que só acontece em um Conhecido também como simplesmente “par trançado”
sentido (de A para B). Um exemplo seria a transmissão de TV, (twisted pair), esse cabo é amplamente usado em redes de
em que a emissora envia sinais e nossos aparelhos só comunicação de diversos tipos, tais como redes de
conseguem captá-los (ou seja, a partir de nossos televisores, computadores e redes telefônicas. Consiste em um (ou mais)
não podemos enviar dados para a emissora). par de fios trançados entre si (cada par tem seus dois fios
- Half-Duplex: a transmissão acontece nos dois sentidos dispostos como uma trança), para evitar o ruído de cross-talk.
(de A para B e de B para A), mas apenas em um sentido por vez.
Ou seja, enquanto o “A” fala, o “B” não consegue falar, só
escutar, e vice-versa. Um exemplo seria como funciona um
walkie-talkie (ou o sistema de rádio da Nextel). Essa é a forma
mais comum de transmissão nas redes locais de
computadores.
- Full-Duplex: transmissão realizada nos dois sentidos
simultaneamente. Os sinais podem trafegar, ao mesmo tempo, Cabo par trançado
nos sentidos de A para B e de B para A. O melhor exemplo é o Os cabos atualmente usados não possuem
sistema telefônico. necessariamente apenas um par, há cabos usados em redes de
computadores que usam até quatro pares de fios trançados.
Problemas em uma transmissão
Nos sistemas de comunicação e redes de computadores
podem ocorrer diversos problemas, de ordem física:

Noções de Informática 3
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resumo: cada um dos oito fios do cabo será conectado (por


pressão) a um pino metálico localizado no conector RJ-45. E é
através desses pinos (que farão contato com os fios) que a
energia elétrica será conduzida de um componente da rede a
outro pelo cabo.
Cabo par trançado de quatro pares

Os cabos de par trançado podem ser classificados em dois


tipos: UTP e STP.

UTP – o cabo não blindado


O cabo UTP (Unshielded Twisted Pair – ou “Par trançado Conector RJ-45
não blindado”) apresenta-se como sendo a opção mais barata
para os projetos da atualidade, e, por isso, a mais usada. Nesses Cabo coaxial
cabos, as tranças não estão protegidas de interferências O cabo coaxial é formado por um condutor metálico central
externas. A anterior mostra um exemplo desse tipo de cabo. (que representa o polo positivo), envolto por uma malha
Ele é mais susceptível a ruídos externos, provenientes, por metálica (polo negativo), que são, é claro, separados por um
exemplo, de fontes eletromagnéticas fortes nas proximidades dielétrico (um isolante, como polietileno ou teflon).
dos cabos.
Os cabos UTP são classificados por categorias, que indicam
sua finalidade de uso (abaixo estão listados os mais comuns):
- Categoria 1: usado apenas em telefonia (são os cabos que
chegam até nossos telefones partindo da companhia
telefônica) Cabo coaxial
- Categoria 5: usado em redes de velocidades altas (100
Mbps) – como as atuais Ethernet –, mas suporta as redes de Entre as características dos cabos coaxiais, podemos citar
velocidades menores (10 Mbps). a sua baixa susceptibilidade a ruídos externos, sendo mais
- Categoria 5e (5 enhanced – ou “melhorado”): admite indicado que os cabos STP para ambientes “hostis” às
velocidades de transmissão muito maiores (até 1.000 Mbps) e comunicações. Há diversos tipos e medidas de cabos coaxiais
é usado na terceira geração das redes Ethernet (chamada de usados em várias finalidades de comunicação. Havia
Gigabit Ethernet). praticamente dois tipos de cabos coaxiais usados em redes de
- Categorias 6 e 7: usados em redes de velocidades de até computadores: o cabo fino (thin cable) e o cabo grosso (thick
1.000 Mbps (Gigabit Ethernet). cable) – este último, muito antigo e sem uso atualmente.
Os cabos coaxiais são normalmente conectados a plugues
STP – o cabo blindado (conectores) do tipo BNC, ainda usados hoje em equipamentos
O cabo STP (Shielded Twisted Pair – “Par trançado de vídeo profissionais (onde o cabo coaxial ainda é
blindado”) é caracterizado por apresentar uma proteção amplamente usado).
(normalmente uma capa de material metálico – eu acho que é
simplesmente “papel laminado”) que protege um par da
indução de outros. Esse tipo de cabo é mais caro que o cabo
UTP, e é menos flexível que este; portanto, em certos casos em
que o “design” do projeto exige que o cabo seja bastante
“dobrado”, o STP não será adequado.
Sua proteção também garante mais imunidade a ruídos Conectores BNC

gerados por fontes externas, o que o torna recomendado para


ambientes hostis, em que a emissão de ondas eletromagnéticas Atualmente os cabos coaxiais foram completamente
fortes é constante (fábricas, plataformas de petróleo, trios substituídos pelos cabos de par trançado no uso de redes de
elétricos etc.). computadores.

Fibra óptica
Cabo usado para realizar a transmissão de pulsos
luminosos (luz) em vez de sinais elétricos (como os cabos
citados anteriormente). Ligado a uma extremidade de um cabo
desses há um emissor de luz (que pode ser um LED – Diodo
Emissor de Luz – ou um emissor de raio laser), à outra ponta
do cabo, estará conectado um sensor, que detectará o sinal
Cabo STP – note a blindagem metálica.
luminoso que transitou pela fibra.
O fio de fibra óptica é formado por um núcleo de vidro (o
Obs: Tanto no caso dos UTP como nos STP, para que o cabo
Core) por onde o sinal luminoso é transferido. Esse núcleo é
consiga “se conectar” a um equipamento qualquer, é
envolto por uma camada de plástico que impede a passagem
necessária a presença de um conector (um pequeno
dos pulsos de luz (fazendo com que os raios reflitam sempre e
dispositivo que z a ligação dos fios presentes nos pares do cabo
não saiam do core). Essa camada é conhecida como bainha, ou
com o equipamento que se ligará à rede). Atualmente, o
casca (cladding). Externa à camada plástica, há a capa do fio,
conector mais usado em redes de computadores é o RJ-45,
visível a todos nós.
feito de acrílico. Esse conector é bastante parecido com aquele
conector usado nas linhas telefônicas (chamado RJ-11), mas é
um pouco maior que este.
O conector RJ-45 é um pequeno cubo de acrílico com oito
pinos metálicos em sua extremidade (onde as pontas dos fios
do cabo UTP ou STP serão presas e com quem será realizado o
contato elétrico para permitir a passagem dos sinais). Em
Noções de Informática 4
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não tem condições de fazer outra coisa a não ser “mandar para
todo mundo” os sinais elétricos que por ele trafegam.
Baixo custo de implantação e manutenção: devido aos
equipamentos necessários (basicamente placas de rede e
cabos). Essa característica é muito “relativa” porque hoje em
dia, as redes barra, montadas fisicamente, não existem mais.
As redes montadas fisicamente em barramento usavam
cabos coaxiais, ou seja, só era possível criar redes realmente
Fibra óptica barra com cabos coaxiais. Como esse meio físico já está
aposentado há uma longa data, não são mais vistas por aí redes
Um cabo de fibra óptica apresenta, normalmente, um par barramento (pelo menos, não fisicamente).
de fibras (dois fios): um para transmitir os sinais em um Mesmo se uma das estações falhar, a rede continua
sentido e o outro fio para transmitir sinais luminosos no funcionando normalmente: pois os computadores (na
sentido oposto (necessariamente, já que uma única fibra não verdade, as placas de rede, ou interfaces de rede) se
poderá transmitir sinais nos dois sentidos). Mas, o mais comportam de forma passiva, ou seja, o sinal elétrico é apenas
comum, atualmente, é acumular vários fios de fibra óptica recebido pela placa em cada computador, e não retransmitido
dentro de um mesmo cabo grosso, como mostrado na figura a por esta.
seguir. Também é fácil entender a razão dessa característica: o
computador “A” envia algo através da rede barramento; a
transmissão elétrica é enviada para todos (broadcast); o
computador “B” estava desligado (opa!). Isso impede a
mensagem de chegar aos demais, se estes estão ligados
normalmente ao condutor central? Claro que não!
Quanto mais computadores estiverem ligados à rede, pior
será o desempenho (velocidade) da mesma (devido à grande
Cabo fibra óptica
quantidade de colisões). Para explicar melhor essa
característica, vamos estudar mais adiante a ideia de colisão
As fibras ópticas podem ser basicamente divididas em de pacotes em uma rede.
fibras monomodo (single mode) e fibras multimodo (multi
mode) – essa diferença se dá basicamente na espessura do Topologia em anel
núcleo (core) de vidro. Na topologia em anel, os computadores são ligados entre si
Uma fibra monomodo possui um core mais fino, que em um caminho fechado (ou cíclico, como dizem alguns
permite que a luz trafegue praticamente em linha reta. Sua autores).
principal característica é que a atenuação do sinal luminoso é
menor, permitindo que haja mais comprimento útil de fio.
Uma fibra multimodo apresenta um core (núcleo) mais
espesso, fazendo com que a luz “ricocheteie” nos limites do
núcleo. São fibras mais baratas de fabricar e,
consequentemente, de adquirir, mas o comprimento máximo
do segmento deste tipo de fibra é bem menor que o da fibra
monomodo.
Topologia anel
TOPOLOGIAS DE REDE
Serve para definir como os computadores vão se ligar Nesta topologia, as regras mudam bastante em relação à
entre si. Em uma rede LAN (pelo menos nas mais simples), topologia barramento devido à própria forma como os sinais
normalmente escolhe-se uma única topologia (forma) para elétricos vão se propagar entre os micros. As principais
que os micros (também chamados de estações) fiquem ligados. características da topologia anel são:
As topologias mais comuns são: barramento (barra); anel A mensagem enviada por um dos computadores atravessa
e estrela. todo o anel, ou seja, quando um emissor envia um sinal, esse
sinal passa por todos os computadores até o destinatário, que
Topologia em barra (barramento) o copia e depois o reenvia, para que atravesse o restante do
Em uma rede ligada em barra, todos os computadores anel, em direção ao emissor. A mensagem volta para o emissor
estão ligados a um mesmo condutor central (um cabo, para que ele saiba, quando receber o pacote enviado por ele
normalmente) compartilhado (ou seja, os micros usam o mesmo, que a mensagem chegou a todos os micros da rede.
mesmo cabo, mas não simultaneamente). Pois, se voltou a ele, atravessou todo o anel (todas as estações
ligadas a ele).
Se um dos computadores falhar, toda a rede vai parar: note
que todo o anel é usado para a transmissão da mensagem em
questão. E para que o computador emissor receba seu próprio
pacote, ele deve passar (e ser retransmitido) por todos os
computadores que formam aquele anel, dando às placas de
rede desses computadores uma responsabilidade a mais:
Topologia barramento receber; verificar se é para si; retransmitir.
Logo, se as placas de rede têm de retransmitir os sinais que
Devido à sua forma “limitante”, a topologia barramento recebem, elas apresentam um comportamento ativo.
apresenta algumas características interessantes, e muito fáceis
de entender: Topologia em estrela
A rede funciona por difusão (broadcast): ou seja, uma Nesta topologia, os computadores estão ligados através de
mensagem enviada por um computador acaba, eletricamente, um equipamento concentrador dos cabos, o núcleo da rede,
chegando a todos os computadores da rede. Isso é ponto um equipamento que pode ser capaz de identificar o
pacífico. O condutor central é um FIO! Um cabo! Ou seja, ele

Noções de Informática 5
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transmissor da mensagem de destiná-la diretamente para


quem deve receber.
Se uma rede está realmente funcionando como estrela e se
o equipamento central tiver capacidade para tanto, dois ou
mais computadores podem transmitir seus sinais ao mesmo
tempo (o que não acontece nas redes barra e anel)

Rede estrela física trabalhando em estrela lógica

Essa montagem é possível quando o nó central é, por


exemplo, um equipamento chamado switch (comutador). Os
switches têm a capacidade de ler os sinais (pacotes) que por
ele trafegam e, com isso, enviá-los exatamente para o micro de
destino.
Topologia estrela
Topologia lógica em barramento
As principais características a respeito da topologia em Mas as redes estrela física também podem assumir outra
estrela são: configuração lógica, como barramento (a mais comum). Para
Em uma rede estrela de verdade, é comum que um tanto, basta que o equipamento central não saiba ler o sinal
computador transmita um sinal (pacote) e este seja (pacote) que passa por ele. A mensagem impreterivelmente
transmitido especificamente para quem deve recebê-lo. será retransmitida a todos os segmentos ligados àquele nó
Eventualmente, as redes estrela podem trabalhar por central (broadcast), já que ele não sabe filtrar nada.
difusão, especialmente quando o equipamento central (nó Nesse caso, a mensagem chegará a todos os micros que,
central, como é usado em geral) não souber quem é o consequentemente, a rejeitarão (à exceção do micro de
destinatário (ou não tiver capacidade de ler a mensagem que destino, que a aceitará). Nota-se o funcionamento exato de
está passando por si). uma rede barramento.
Todas as mensagens passam pelo nó central
(concentrador)
Mas vamos aprofundar isso: o concentrador (ou nó
central) é um equipamento que recebe os cabos vindos de
todos os computadores da rede e serve como um local para
encaixá-lo, realizando, assim, a ligação física efetiva entre os
micros.
Há basicamente dois equipamentos que assumem o papel Rede física estrela, lógica barra.
de concentrador: o hub e o switch. Esses dois equipamentos
são semelhantes fisicamente, mas bem distintos na forma O equipamento responsável por essa forma de trabalho
como trabalham. chama-se hub. Um hub é um concentrador de cabos. Um hub
Uma falha em uma estação (micro) não afeta a rede, pois as não possui nenhum tipo de “filtro” ou “seletividade” para
interfaces (placas) de rede também funcionam de forma enviar os sinais aos micros que realmente devem recebê-los.
passiva. Um hub simplesmente faz a cópia de todos os sinais que recebe
Facilidade na implantação e manutenção: é fácil ampliar, e as envia na íntegra para todos os micros, portanto um hub
melhorar, instalar e detectar defeitos em uma rede fisicamente funciona como aquele condutor central na rede barra física.
em estrela. Por isso essa topologia atualmente é a mais usada. É simples assim: energia elétrica entra em uma das portas
Atualmente, quando se fala em “essa rede é anel” ou “essa do hub e é replicada para todas as outras, como um T (um
rede é barra”, na verdade, refere-se à topologia lógica, porque, benjamin) desses de tomada elétrica.
em sua grande maioria, as redes atualmente são estrela física.
E, na verdade, a topologia física que mais facilmente admite Topologia lógica em anel
funcionamento em outros modos (ou seja, topologias lógicas) Essa é mais rara hoje em dia. Mas quando havia redes em
é a estrela. anel, elas funcionavam exatamente assim: fisicamente em
estrela.
Topologia física versus topologia lógica
Vamos analisar agora as variantes lógicas de uma rede
estrela física. Começando, claro, com a própria rede estrela
funcionando em estrela.

Topologia lógica em estrela


Quando o equipamento central (o concentrador) é capaz
de ler os sinais que trafegam por ele e interpretar suas
Rede física estrela, lógica anel.
informações a ponto de saber direcioná-los para o destino
específico, a rede física estrela funcionará como estrela lógica.
É fácil entender a imagem anterior:
É possível ver o envio de uma mensagem do micro “A” para o
1. O micro “A” envia seu sinal na rede, objetivando o micro
micro “B” na figura a seguir.
“B”; o sinal vai até o equipamento central específico para fazer
o anel; este, por sua vez, envia o sinal ao próximo micro da
sequência (a fim de dar continuidade ao anel).
2. O micro seguinte lê o pacote, vê que não é para si e o
retransmite de volta ao nó central; este, novamente, envia ao
próximo micro.

Noções de Informática 6
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APOSTILAS OPÇÃO

3. Esse terceiro micro lê o pacote, verifica que esse pacote - 10Base5: uma rede que usa cabo coaxial grosso e
não lhe pertence e o retransmite ao concentrador dessa rede; velocidade de 10 Mbps (a distância máxima entre uma estação
outra vez, o concentrador envia o pacote ao micro seguinte e outra, nesse tipo de cabo, é de 500 metros). Uma rede nesse
(que, no caso, já é o micro “B”). padrão também usa topologia física de barramento. Esse é o
4. O micro “B” recebe a mensagem e a lê, verificando que padrão Ethernet mais antigo de todos.
ela é mesmo direcionada a ele; o micro “B” a assimila - 10BaseT: uma rede de 10 Mbps que usa cabos de par
(armazena e processa o pacote) e retransmite-o ao nó central trançado categoria 3 ou superior (T é justamente de trançado).
para que dê continuidade ao processo de transmissão no anel; A distância máxima entre a estação e o hub é de 100 metros
e este, para finalizar, envia o pacote de volta ao micro “A” (que (limite do cabo). Por usar cabos UTP, a topologia física desta
é o próximo micro), fazendo, assim a transmissão ser rede é estrela (utiliza hub ou switch como nó central).
encerrada. - 10BaseF: uma definição que especifica qualquer rede
Ethernet de 10 Mbps que utiliza fibra óptica como meio de
ARQUITETURAS DE REDE transmissão (duas fibras – uma para transmitir, outra para
Baseando-se nas três topologias vistas, várias empresas de receber). Há vários subpadrões com diferenças sutis entre eles
tecnologia criaram seus próprios conceitos e definições a (10BaseFX, 10BaseFB, 10BaseFP). A distância entre as
respeito de redes de computadores. A esses conjuntos de estações é uma das características que variam de acordo com
conceitos e características, damos o nome de arquitetura de esses subpadrões. A topologia física dos padrões 10BaseF é
rede. estrela.
Para que uma arquitetura de rede possa ser - 100BaseTX: uma rede Fast Ethernet (100 Mbps) que usa
comercialmente usada, é necessário um processo de cabos de par trançado categoria 5. Nesse padrão, o cabo UTP
padronização por parte de algum órgão, instituto ou empresa usa apenas dois dos quatro pares. A distância máxima entre a
desse gênero (como se passasse pelo selo do INMETRO para estação e o Hub é de 100 metros (limitação do cabo).
ser considerado seguro e pronto para o mercado). Na verdade, Apresenta topologia física em estrela. Esse padrão é muito
tudo relacionado à informática nasce em alguma empresa e utilizado atualmente, com hubs (ou switches) como nós
deve passar pelo “crivo” da comunidade científico-comercial a centrais da rede.
fim de ser aceita como “usável”. IEEE, ISO, EITA, ITU são alguns - 100BaseFX: uma rede Fast Ethernet (100 Mbps) que usa
dos órgãos que definem padrões aceitos mundialmente. dois cabos fibra óptica (um para transmitir e um para receber).
Em primeiro lugar, vamos analisar algumas arquiteturas A distância máxima entre as estações é de 2.000 metros. A
utilizadas (atualmente e antigamente) em redes locais (LANs). topologia física deste padrão Ethernet é estrela.
- 1000BaseT: uma rede Gigabit Ethernet (1.000 Mbps, que
Ethernet (IEEE 802.3) é o equivalente a 1 Gbps) que utiliza cabos de par trançado
A arquitetura de rede conhecida como Ethernet, definida UTP categoria 5, 5e ou 6. Por usarem cabos que já são
pelo padrão 802.3 do IEEE (Instituto de Engenheiros Elétricos amplamente difundidos em redes Fast Ethernet, a “migração”
e Eletrônicos) é, sem dúvida, a mais utilizada atualmente. para esse padrão de 1.000 Mbps é mais fácil (a maioria das
Consiste em ligar computadores em uma topologia de redes de computadores montadas atualmente já é neste
barramento (lógica), permitindo, assim, o acesso de todos eles formato). A distância máxima entre estação e hub é de 100
ao meio de transmissão. (Lembre-se de que “barramento” é metros (que é o limite do cabo). A topologia física deste
um caminho necessariamente compartilhado) padrão, claro, é estrela!
As redes Ethernet já foram montadas fisicamente em
barramento, ou seja, com cabos coaxiais e conectores BNC, Token Ring (IEEE 802.5)
mas, atualmente, é mais comum encontrar essas redes A Arquitetura Token Ring foi desenvolvida pela IBM para
montadas fisicamente em estrela, fazendo uso de cabos de par ligar computadores em anel e hoje é regulamentada pela
trançado e hubs ou switches. Em suma, uma rede Ethernet norma 802.5 do IEEE. A Arquitetura Token Ring já foi muito
pode apresentar sua topologia física como barramento ou mais utilizada, mas hoje perdeu completamente seu espaço
estrela, mas sua topologia lógica (funcionamento) será sempre para as redes Ethernet. A taxa de transferência máxima de uma
barramento. rede Token Ring é de 16 Mbps (um pouco mais que o Ethernet
Também é possível encontrar variações da Ethernet com original, mas com certeza bem menos que o Fast e o Gigabit
fibra óptica, o que traz a possibilidade de aumento da distância Ethernet).
entre as estações envolvidas. Na arquitetura Token Ring, as placas de rede dos
As redes no padrão Ethernet originalmente (pelos idos da computadores têm comportamento ativo, ou seja, elas
década de 1980 até o início da década de 1990) se conectavam funcionam como o que chamamos de repetidores. Para que
a uma velocidade de 10 Mbps (megabits por segundo) e hoje uma mensagem atravesse todo o anel, ela deverá passar por
já permitem taxas de transmissão bem superiores. As redes todas as estações, que, por sua vez, irão receber os sinais
Ethernet de segunda geração (também conhecidas como Fast elétricos e retransmiti-los para os demais computadores (na
Ethernet) transmitem dados a uma taxa de 100 Mbps. O verdade, é a placa de rede Token Ring que faz isso). É preciso
padrão mais novo de Ethernet transmite dados a 1.000 Mbps lembrar também que a mensagem chega ao destino e retorna
(o equivalente a 1 Gbps – gigabit por segundo), por isso é para a origem. A mensagem atravessa todo o anel.
conhecido como Gigabit Ethernet.
Existe uma forma para determinar as características de
uma rede Ethernet usando apenas uma sigla. Na verdade, essa
sigla define um padrão, regulamentado pelos órgãos
competentes na área de comunicação de dados. Eu chamo
simplesmente de VbaseC (onde V é Velocidade e C é o tipo do
cabo usado na rede).
- 10Base2: uma rede no padrão Ethernet montada com
cabo coaxial fino e que usa a velocidade de 10 Mbps (a
Transmissão Token Ring de “A” para “B”
distância máxima entre uma estação e outra é de 185 metros).
Por usar cabo coaxial, a topologia física desse padrão é
barramento. Ele é bastante antigo e não é mais usado. É bastante simples o funcionamento da rede Token Ring:
1. Um micro envia dos dados pelo anel.

Noções de Informática 7
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2. A mensagem (pacote) atravessa todos os computadores Subpadrões 802.11


do anel, sendo passada adiante por estes se não forem o Dentro do padrão IEEE 802.11, há diversos subpadrões
destinatário da mensagem. desenvolvidos e incentivados por várias empresas, entre eles
3. O micro destino recebe o pacote (copia-o para si) e o podemos destacar quatro que são diferentes na frequência que
passa adiante. utilizam para transferir os dados e na taxa máxima de
4. A mensagem retorna ao computador que a enviou, com transferência.
isso, este poderá transmitir seu próximo pacote ou liberar a 802.11b: o padrão mais antigo. Os equipamentos que
rede para ser usada para a transmissão de outro pacote, vindo trabalham neste padrão usam uma frequência de 2,4 GHz e
de outra estação. transmitem dados a 11 Mbps (pouco mais que a velocidade da
arquitetura Ethernet original).
Wi-Fi (IEEE 802.11) – Redes LAN sem fio 802.11g: atualmente, é o padrão de rede Wi-Fi mais usado.
Como o nome já diz, esta arquitetura de rede não utiliza Também utiliza a faixa de frequência dos 2,4 GHz (o que
cabos de cobre nem fibra óptica. Os sinais são transmitidos garante a perfeita comunicação entre equipamentos “b” e “g”).
entre os computadores através de ondas eletromagnéticas. Transmite dados a 54 Mbps. É claro que para transmitir a 54
Wi-Fi é, portanto, uma arquitetura que especifica o Mbps, é necessário que todos os equipamentos envolvidos
funcionamento de uma WLAN (Wireless LAN, ou LAN sem fio). sejam do padrão “g”.
Note que WLAN é um termo genérico, pois significa qualquer 802.11a: é um padrão pouco usado no Brasil que utiliza a
“rede local sem fio”, porém Wi-Fi é o termo que designa essa faixa de frequência de 5 GHz para transmitir a 54 Mbps. Devido
tecnologia, também conhecida como 802.11. (Porque essa à diferença de frequência, equipamentos nesse padrão não
arquitetura de redes foi padronizada segundo a norma 802.11 conseguem se comunicar com os outros padrões citados.
do IEEE.) 802.11n: realiza transmissões da ordem de 300 Mbps (três
Na verdade, Wi-Fi significa Wireless Fidelity (ou vezes mais que o Fast Ethernet), usando as duas faixas de
Fidelidade sem fio) e é um “título” dado a todos os frequência possíveis (2,4 GHz e 5 GHz) para que os
equipamentos (e programas) que “seguem à risca” a cartilha equipamentos “n” possam se comunicar com outros de todos
proposta pelo padrão IEEE 802.11. Portanto, se um os padrões.
equipamento mereceu o título de Wi-Fi, é sinal de que ele é Alguns fabricantes criaram equipamentos “n” com
perfeitamente compatível (ou seja, está em concordância) com velocidades de até 600 Mbps, mas que só funcionam se todos
os padrões descritos para redes locais sem fio. os equipamentos envolvidos (placas de rede e pontos de
As redes no padrão 802.11 usam uma topologia lógica de acesso) forem da mesma marca.
barramento (portanto, trabalham por difusão) e controlam o
acesso dos computadores através de um sistema semelhante ARQUITETURAS PARA MANS E WANS
ao CSMA/CD das redes Ethernet. Nas redes 802.11, o método Há também tecnologias (arquiteturas) importantes de ser
de acesso ao meio é chamado CSMA/CA (Carrier Sense with estudadas em redes metropolitanas (MAN) e redes de longo
Multiple Access and Collision Avoidance – algo como Sensor de alcance (WAN). Essas arquiteturas permitem a comunicação
Portadora com Acesso Múltiplo Evitando Colisões). entre computadores distantes entre si alguns (ou muitos)
quilômetros.
São utilizadas por várias empresas, desde pequenas que
queiram ligar suas filiais em uma mesma cidade até gigantes
de telecomunicações que queiram expandir seu “domínio” e
oferecer uma estrutura mais ampla para seus assinantes.
Eis algumas tecnologias importantes que devemos
conhecer. (Não que apareçam assim nas provas o tempo todo,
mas é possível que sejam citadas em uma ou outra)

Funcionamento da Rede IEE 802.11 em modo Infraestrutura ATM


ATM (Asynchronous Transfer Mode – Modo de
Nessa rede, os computadores são dotados de placas de Transferência Assíncrono) é uma tecnologia de comunicação
rede especiais, criadas apenas para essa finalidade. São placas de dados que permite a construção de redes LAN, MAN e WAN.
de rede que possuem antenas para transmitir e receber os O ATM é uma arquitetura de rede orientada a conexão, ou seja,
sinais das outras placas em vez de conectores como o RJ-45. antes de mandar o primeiro pacote de dados, o emissor
Uma rede Wi-Fi pode ser montada basicamente de duas verifica se a conexão entre ele e o receptor foi estabelecida
maneiras: (essa conexão é chamada “circuito virtual”).
Modo Infraestrutura: os micros são ligados entre si por A principal proposta desta arquitetura é permitir o tráfego
meio de um equipamento central (algumas vezes chamado de de vários tipos de dados: voz, vídeo, serviços de rede etc. Pode-
hub sem fio). Esse equipamento recebe as transmissões de se atingir 155 Mbps (em cabos de cobre ou fibra óptica) ou até
uma estação e as passa para todos (difusão). Esse 622 Mbps (usando exclusivamente a fibra óptica).
equipamento é chamado de Ponto de Acesso (Access Point); Uma das principais características da rede ATM é a forma
Modo Ad-Hoc: os micros são ligados diretamente uns aos como ela transfere os dados. Diferentemente de várias outras
outros (placa de rede direto para placa de rede), ou seja, sem a redes, que usam blocos de dados enormes (e com tamanhos
presença de um ponto de acesso. variados), a rede ATM divide os dados a serem transmitidos
em pacotes muito pequenos (conhecidos como células). Uma
célula ATM tem exatamente 53 Bytes, dos quais 5 são para
cabeçalho (informações de endereçamento e caminho para a
entrega dos dados) e 48 são de dados propriamente ditos
(payload).
Esta é a principal característica que se pode cobrar sobre o
ATM: o tamanho de sua célula.
Rede Wi-Fi em modo Ad-Hoc Por causa do nome de seus pacotes (células), o ATM é
conhecido como Cell Relay (algo como “chaveamento de
células”).

Noções de Informática 8
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Essa tecnologia está sendo amplamente usada nas EQUIPAMENTOS USADOS NAS REDES
operadoras de telecomunicações, como as empresas Para que ocorra a comunicação entre computadores é
telefônicas, para a interligação entre suas centrais regionais e necessário o uso de alguns equipamentos, que serão
até mesmo em alguns serviços de ADSL (Internet Banda Larga) explicados a seguir.
para usuários finais.
Placa de rede (ou adaptador de rede)
Frame Relay É o equipamento que deve existir em cada computador
Frame Relay é uma tecnologia para ligação de para que eles possam se conectar a uma rede local (LAN). A
computadores em WAN descendente da antiga tecnologia placa de rede (ou NIC – Network Interface Card, – Placa de
X.25. No Frame Relay, os dados são separados em unidades Interface de Rede, ou ainda Adaptador de Rede) é um
conhecidas como frames (quadros) que são enviados através periférico normalmente instalado no interior do gabinete do
de linhas que transmitem sinais analógicos. computador, diretamente em um dos slots da placa-mãe
Essa tecnologia é usada (ainda) por empresas de (normalmente um slot PCI).
telecomunicações (como as operadoras telefônicas) para Também é possível que a placa de rede já seja fabricada na
permitir a ligação com centrais e usuários longe dos centros, própria placa-mãe (prática, aliás, muito comum hoje em dia)
onde tecnologias como ATM ou ADSL não podem chegar – tanto nos notebooks quanto nos micros de mesa (desktops).
como em áreas rurais, por exemplo. Uma placa de rede é fabricada para se comunicar com um
As operadoras que fornecem o serviço de Frame Relay o tipo específico de arquitetura, ou seja, com um determinado
vendem em várias velocidades, desde 56 Kbps a 1,5 Mbps tipo de protocolo, cabeamento também específico entre outras
(para usuários finais) até as taxas de transmissão mais altas, coisas. Logo, há vários tipos de placas de rede disponíveis no
usadas para grandes clientes e interligação entre centrais da mercado, pois há vários tipos de arquiteturas de redes. (As
própria operadora (até 100 Mbps). Mas essa tecnologia está duas mais usadas são a Ethernet e a Wi-Fi.)
caindo em desuso graças ao ATM e a outras tecnologias novas Um computador pode ter mais de uma placa de rede de
para WAN. mesma arquitetura. Um exemplo bem simples são os
notebooks vendidos atualmente: todos eles saem das fábricas
WiMAX (IEEE 802.16) com duas placas on-board – uma placa Ethernet e outra placa
WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave Wi-Fi
Access ou Interoperabilidade Mundial para Acesso por Micro- Veja dois exemplos de placas de rede conectáveis ao
ondas) é uma tecnologia de transmissão de dados para redes barramento PCI das placas-mãe dos micros desktop (micros
de computadores de área metropolitana (MAN) sem fio. Daí o de mesa).
nome de WMAN (Wireless MAN – MAN sem fio).
O padrão 802.16 foi totalmente homologado em 2002 e
hoje já é realidade em algumas cidades do mundo (incluindo
algumas aqui no Brasil, a exemplo de Belo Horizonte e Rio de
Janeiro).
Através do WiMAX, uma antena é colocada em um
determinado ponto da cidade e esta cria uma área de cerca de Placa de rede Ethernet (conector RJ45)
50 km de raio. A velocidade praticada por essa tecnologia
chega a 70 Mbps (pouco mais que as redes Wi-Fi “a” e “g” e
menos que a “n”).
O WiMAX usa uma faixa de frequência de 2,3 a 2,5 GHz e,
em alguns países, de 3,3 GHz. Futuras aplicações dessa
tecnologia darão conta de uso de outras faixas de frequência
(algumas superiores a 10 GHz).
WiMAX é uma tecnologia para redes MAN
(metropolitanas) e um uso interessante para essa tecnologia é
o fornecimento de Internet em banda larga para locais onde as Placa de rede Wi-Fi (possui antena) – Assim como a Ethernet ela deve ser
encaixada no barramento PCI da placa mãe.
operadoras telefônicas e de TV a cabo não podem ir para
fornecer alta velocidade no acesso à Internet.
Em um micro portátil, praticamente todas as placas são
instaladas na própria placa-mãe, ou seja, são todas on-board.
IEEE 802 – redes de computadores
Em alguns casos, pode-se comprar placas especiais de
O IEEE (Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos) é
expansão que encaixam na interface PCMCIA (CARD BUS) –
um órgão que “dita as regras” acerca de quase todos os
que hoje é menos comum – ou pequenos adaptadores que são
equipamentos de informática e telecomunicações atualmente,
plugados em qualquer porta USB, como o visto a seguir.
como já sabemos. Algumas poucas são exceções ao “jugo” do
IEEE.
Como vimos exaustivamente, o IEEE também escreveu
padrões (documentos de padronização) para quase todos os
tipos de tecnologias de redes de computadores atualmente
vigentes. Esse conjunto de normas (feito especialmente para
determinar os padrões relacionados com as redes de
computadores) é chamado de Projeto 802.
O Projeto IEEE 802 é dividido em diversos WG (Working
Adaptador Wi-Fi USB
Groups – Grupos de Trabalho) e cada um desses grupos atua
em um cenário diferente dentro do vasto mundo das redes de
Endereço MAC (endereço físico)
computadores.
Cada placa de rede que é fabricada recebe um número
único, que a diferencia de qualquer outra placa. Esse número é
conhecido como MAC Address (Endereço MAC) ou Endereço
Físico.

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APOSTILAS OPÇÃO

O endereço MAC é uma espécie de “número de chassi” da limitado e pouco inteligente. (Ele só funciona através de
placa de rede, pois cada fabricante coloca o endereço no broadcast – ou seja, transmitindo para todos os demais
momento da montagem da placa e esse endereço não será micros). o hub Ethernet não faz nenhum tipo de filtro ou
usado por nenhuma outra placa de rede no mundo. seleção sobre os dados que passam por ele. O hub sequer
O endereço MAC é formado por 48 bits (48 “zeros e uns”). entende o que passa por ele. Os dados que são transmitidos
Isso significa que o endereço MAC é, na verdade: passam pelo hub e, então, são imediatamente enviados a todos
10000110000110111101111000100111110000100011 os demais computadores.
0110
Mas normalmente, o endereço MAC de uma placa de rede
é representado (e visto por nós, humanos) como um conjunto
de seis duplas de dígitos hexadecimais. Eis o mesmo endereço
MAC, desta vez em hexadecimal:
86:1B:DE:27:C2:36
Como os endereços MAC são gravados nas memórias ROM
das placas de rede, eles não podem ser alterados e estão, para
Hub funcionando como broadcast
sempre, associados àquela placa de rede em si (àquele exato
equipamento).
O endereço MAC é composto por 48 bits, dos quais, os 24 O hub não tem como trabalhar de outra forma, a não ser
iniciais representam a identificação do fabricante. Ou seja, por broadcast, porque, internamente, ele é só um barramento
duas placas de fabricantes diferentes já apresentam, de (fios). Esse barramento conduz os sinais elétricos para todas
imediato, os conjuntos de 24 primeiros bits diferentes. as demais estações (porque, caro leitor, é isso que um “fio” faz,
Se duas placas são de fabricantes diferentes, elas já têm o não é?).
início dos seus endereços MAC diferentes. E se duas placas são
do mesmo fabricante, ele vai ter condições de controlar que Ponte
não fará duas placas com o mesmo final. É um equipamento criado, originalmente, para interligar
segmentos de rede de arquiteturas diferentes e permitir que
Repetidor eles se comuniquem normalmente. A ponte (bridge) é
É um equipamento usado para regenerar o sinal elétrico instalada entre um segmento de rede Ethernet e um segmento
(ou mesmo o luminoso) para que este possa ser transportado de rede Token Ring, por exemplo, e permite que os quadros
por uma distância maior. (quadros de dados) passem de uma para a outra, caso seja
Os cabos usados nas conexões de rede convencionais necessário.
possuem uma limitação de distância (cada tipo de cabo tem a Devido à heterogeneidade de algumas redes locais, que
sua), o que causa a atenuação (enfraquecimento) do sinal. Por podem apresentar variadas arquiteturas, como pedaços que
isso, usamos repetidores para regenerar (gerar novamente) o usam Ethernet e outros que usam Token Ring, por exemplo, é
sinal que se perderia pelo cabo. necessário ligar esses “pedaços” para que se comuniquem. Mas
Há repetidores para qualquer tipo de rede, mesmo para há um “empecilho” para essa “união”.
aquelas que não usam fios e, para essas, é apenas um ponto Tomando o exemplo anterior, em que analisamos uma
com antenas que retransmitem o sinal recebido. rede formada por uma parte dos computadores ligados a um
Atualmente, não é muito comum encontrar um segmento Ethernet e os demais ligados a um anel na rede
equipamento repetidor (apenas repetidor) no mercado. O Token Ring, a ligação direta entre esses dois segmentos
mais comum é encontrar equipamentos diversos que “mutuamente estrangeiros” não é possível.
acumulam a função de repetidores (como os hubs e switches Regras diferentes, protocolos de acesso diferentes. Em
atuais, que também servem como repetidores, regenerando os suma, linguagens diferentes. Esses dois segmentos não
sinais que por ele passam). conseguem se comunicar diretamente sem o intermédio de um
“intérprete”.

Exemplo do funcionamento de um Repetidor

Ponte fazendo a ligação entre uma rede Ethernet e um rede anel


O repetidor é um equipamento que pertence à camada 1
(chamada de camada física) do modelo OSI.
A ponte servirá como tradutora dos quadros Ethernet, por
exemplo, para quadros Token Ring e vice-versa. Isso permite
Hub
que os quadros no formato Ethernet sejam convertidos em
Um hub é um equipamento que serve como “centro” de
quadros que podem ser entendidos e retransmitidos na rede
uma rede Ethernet. Um hub é um equipamento simplório, que
Token Ring.
recebe os fios vindos dos micros (cabos de par trançado) e os
Uma ponte pode ser usada, em alguns casos, para ligar dois
conecta (conectores RJ-45) em sua estrutura.
segmentos de rede de mesma arquitetura (especialmente
Ethernet).
Se uma ponte for colocada em um ponto estratégico da
rede, ela consegue analisar quais quadros devem passar por
ela (para o outro lado) e quais não devem.
Com esse tipo de filtro, quadros vindos de um setor de uma
Hub empresa, por exemplo, e endereçados para aquele mesmo
setor não atravessariam toda a rede, mas seriam “bloqueados”
Internamente o hub é apenas um barramento (uma pela ponte que saberia que eles não deviam passar.
conexão em topologia barra), o que explica seu funcionamento

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APOSTILAS OPÇÃO

O uso da ponte ligando partes de uma mesma arquitetura possui processador e memória para realizar tais operações (ou
de rede, portanto, a transforma num dispositivo segmentador, seja, ele não é somente “uma caixa com um conjunto de fios”
mas não requer nenhum uso de sua função tradutora. Com a como o hub).
rede Ethernet dividida em segmentos bem definidos pela Depois de ler o endereço MAC, o switch é capaz de enviar
ponte, o número de colisões na rede diminui bruscamente, aquele quadro exatamente para o segmento em que o micro
visto que agora o broadcast não atingirá necessariamente toda cujo MAC é igual àquele está localizado, não é?”
a rede. O switch lê o quadro e, identificando o endereço MAC do
destino, envia o quadro para o segmento exato. Para isso, é
necessário que o switch saiba previamente os endereços MAC
dos micros ligados a ele.

Ponto de acesso (Access Point)


Como já foi visto rapidamente, para que uma rede de
computadores Wi-Fi seja montada em modo conhecido como
infraestrutura, é necessária a presença de um equipamento
Um quadro enviado para um computador que pertence ao que centraliza todas as comunicações desta rede. Esse
mesmo seguimento não precisa passar pela ponte. equipamento é conhecido como ponto de acesso Wi-Fi ou
Quando uma ponte é colocada em uma rede Ethernet para simplesmente ponto de acesso. (Alguns livros não traduzem o
separar a rede, chamamos cada “parte” resultante de termo do inglês, portanto se referem a ele como AP – Access
Segmento de Rede, ou Domínio de Colisão. Portanto. Point.)
Um domínio de colisão é, portanto, uma área da rede de
computadores onde quadros (ou pacotes) colidem, se duas
estações tentarem acesso ao meio simultaneamente.
Se o micro “A” mandar um quadro para o micro “B” (eles
estão no mesmo segmento, que chamaremos de segmento 1) e
o micro “C” mandar um quadro para o micro “D” (ambos no Ponto de acesso Wi-Fi
outro segmento – o segmento 2), os dois quadros serão
transmitidos perfeitamente (e ao mesmo tempo) porque eles Cabe ao ponto de acesso (e das placas de rede Wi-Fi) tratar
não irão colidir. de questões como evitar as colisões (CSMA/CA), criptografar e
O quadro enviado por “A” não passará para o segmento 2 descriptografar os quadros que se encontram em redes que
(porque a ponte o cortará) e o quadro transmitido por “C” não usam segurança (WEP ou WPA), entre outras tarefas.
passará para o segmento 1 (pelo mesmo motivo). O ponto de acesso é, assim como ponte, placa de rede e
switch, um equipamento da camada 2 (camada de enlace).
Switch
É que um equipamento externamente semelhante a um Roteador
hub (várias conexões para vários micros), mas que Roteador (ou router) é o nome dado a um equipamento
internamente possui a capacidade de chaveamento ou capaz de rotear! Rotear significa definir a rota. Um roteador é
comutação (switching), ou seja, consegue enviar um pacote um equipamento que, em suma, define a rota a ser percorrida
(um quadro, mais precisamente) exatamente para o segmento pelos pacotes da origem ao destino.
de destino. O roteador é um equipamento descrito como pertencente
Cada cabo (e micro) ligado ao switch está, à camada 3 (camada de redes) – ou seja, ele é mais
necessariamente, em um segmento diferente, e não em um “especializado” que o switch, a ponte e o ponto de acesso.
único barramento, como acontece no caso do hub. “Tudo bem, mas em que consiste essa ‘especialização’? No
Em outras palavras, o switch divide a rede em diversos que ele se diferencia dos equipamentos já vistos?”
segmentos, mais ou menos como a ponte. (A ponte só faz a É simples, o roteador não serve para interligar
segmentação da rede Ethernet em dois segmentos.) Além computadores ou segmentos dentro de uma mesma rede. O
disso, a ponte faz o seu serviço por meio de software roteador serve para interligar redes distintas! Ou seja, ele não
(programa) e o switch realiza essa segmentação diretamente liga dois ou três micros em uma rede; liga duas ou três redes
no hardware (seus circuitos foram construídos para isso). em uma estrutura conhecida como inter-redes (ou Inter-net).

Roteador

A figura a seguir mostra um exemplo de Inter-net (ou


Inter-Networking, que traduzindo seria “estrutura de ligação
Switch entre redes”).

Devido às capacidades de chaveamento do switch, seu uso


em uma rede Ethernet faz as colisões diminuírem bastante
(em matéria de quantidade).
Há diversos switches para várias tecnologias de redes de
computadores diferentes, como Ethernet, ATM entre outras.
Vamos focar, claro, nos switches Ethernet, que são os mais
comuns atualmente. (Devido ao fato de que essa tecnologia é a
mais usada nos nossos dias.) Exemplo de um roteador ligando três redes distintas
O switch, como já foi dito, tem condições de ler os quadros
que por ele trafegam. Essa leitura é possível porque o switch

Noções de Informática 11
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APOSTILAS OPÇÃO

Algo interessante aqui é: o endereço MAC não é o mais Os equipamentos físicos que merecem pertencer à camada 2
importante nas comunicações entre redes. O endereço MAC de são a placa de rede, a ponte, o ponto de acesso e o switch.
cada placa de rede é imprescindível nas comunicações que se Os protocolos CSMA/CD, CSMA/CA e as diversas
processam em uma única rede. (Quando uma placa de rede tecnologias de rede (Ethernet, FDDI, Token Ring, ATM, IEEE
quer se comunicar com outra na mesma rede.) Em redes 802.11 etc.) também são descritos como pertencentes a essa
diferentes, surge uma nova forma de localização e camada, pois regulam, justamente, a comunicação entre
identificação de origem e destino: o endereço lógico. computadores dentro de uma única rede. Ou seja, na camada 2
O endereço MAC é chamado de endereço físico, pois está não existem apenas componentes físicos, mas lógicos
contido em cada placa de rede em sua memória ROM. Esse (protocolos) também.
endereço é usado nas comunicações que acontecem dentro de Quando uma comunicação é realizada entre duas redes
uma única rede (sem ter de passar pelo roteador). Mas, quando diferentes, ela necessita de um equipamento roteador e
há necessidade de comunicação com computadores em outras passará a ser efetuada usando os endereços lógicos (que
redes (ou seja, a mensagem tem de passar pelo roteador da conheceremos como endereços IP). Isso já é responsabilidade
rede), o endereço MAC perde, em muito, a sua importância, da camada 3 (camada de rede), na qual estão inseridos o
pois o roteador lê, a prioridade de um endereço de maior roteador e o endereço IP.
abrangência, chamado de endereço lógico (que, na Internet, é Qualquer equipamento que seja responsável por
chamado de endereço IP). estabelecer, realizar e encerrar a comunicação entre duas
O roteador lê endereços MAC, pois ele vai precisar disso estações dentro de uma mesma rede (um mesmo “enlace”),
para enviar os pacotes na forma de quadros na rede de destino. sendo capaz, para isso, de ler e interpretar os endereços MAC
A questão do roteador é que, para o desempenho de sua presentes nos quadros é, sem dúvidas, pertencente à camada
função, o endereço IP é mais importante que o endereço MAC. 2 (camada de enlace).
E é conhecendo o endereço IP do micro de destino que se E tem mais... Não são só equipamentos, não! Protocolos de
descobre o seu endereço MAC. acesso ao meio e arquiteturas de LANs, MANs e WANs também
são considerados itens da camada 2!
MODELO DE CAMADAS ISO/OSI Falou-se em quadros (frames), falou-se em camada de
O modelo OSI é composto por sete camadas diferentes e é enlace (camada 2). Falou-se em endereços físicos (endereços
um marco da padronização de redes de computadores. Na que estão presentes nas próprias interfaces de rede – as placas
prática, ele não é seguido à risca pelas empresas que de rede), como os endereços MAC, falou-se em camada 2
atualmente trabalham com tecnologias de redes, mas é a partir também!
desse modelo que novos modelos são criados. Por esse motivo,
o modelo OSI é chamado Modelo de Referência ISO/OSI. Camada 3 – camada de rede
As sete camadas do modelo de redes OSI são: É a camada em que se localizam os equipamentos e
protocolos responsáveis por interligar diversas redes. Os
Camada 1 – camada física equipamentos (e protocolos) que criam e mantêm um
Descreve os equipamentos físicos usados na transmissão ambiente inter-redes (inter-net), como o roteador, por
dos sinais brutos (elétricos, luminosos ou eletromagnéticos) e exemplo, são pertencentes à camada 3. Vamos a um
os meios de transmissão. São integrantes desta camada os comparativo entre a camada 2 e a camada 3.
cabos (UTP, fibra óptica, coaxial), os repetidores, os conectores Quando a comunicação se dá dentro de uma única rede,
(RJ-45, BNC), as ondas de RF, as ondas infravermelhas e os como vimos, as estações (computadores) envolvidas
hubs. reconhecem-se mutuamente pelos seus endereços MAC
A preocupação desta camada não é com o significado dos (endereços físicos). Toda a comunicação é feita por meio de
dados transmitidos (pacotes, mensagens), mas sim com a pequenos pedaços de informação chamados quadros (frames)
forma física de sua transmissão (voltagem correta para devidamente identificados com o endereço MAC da origem e o
determinar os bits 0 e 1 elétricos, corrente elétrica, frequência endereço MAC do destino.
de transmissão, duração do bit), ou seja, a forma “bruta” dos Tudo isso é ambiente “de camada 2”. Todos os envolvidos
sinais que transmitem dados. (placas de rede, switches, pontes, CSMA/CD, passagem de
O hub pertence à camada 1 porque ele não consegue token etc.) são pertencentes à camada 2.
entender nada além de sinais elétricos. Nesse sentido, o hub é Porém, quando a comunicação “extrapola” uma rede,
tão “inteligente” quanto um fio, afinal, ele é somente um “transborda” para outras redes (ou seja, quando uma
conjunto de fios mesmo! mensagem tem de sair da rede em que o micro de origem está
Se qualquer equipamento da camada 1 (hubs, fios, para chegar a outra rede, onde o destino se encontra), é
repetidores) pudesse “dizer o que está vendo”, diria que por necessário que “entrem em ação” equipamentos e protocolos
ele estão passando somente vários diferentes, capazes de “se virar” (ter “jogo de cintura”) para
001001010100101010101. propiciar a comunicação nesse ambiente.
Para começo de conversa, em uma comunicação inter-
Camada 2 – camada de enlace (ou enlace de dados) redes (entre redes distintas), não se usa, a priori, o endereço
Esta camada é responsável por “reunir” os sinais brutos MAC (endereço físico), mas outro endereço, válido para a
(zeros e uns) e “entendê-los” como quadros, identificando suas estrutura de Internet inteira, chamado endereço IP (é o mais
origens e destinos (endereços MAC) e corrigindo possíveis usado hoje).
erros ocorridos durante a transmissão pelos meios físicos.
Como os dispositivos da camada 1 são apenas “fios” (ou Roteadores leem endereços IP e é por isso que podem
seja, transmitem sinais brutos, sem nenhum grau de encaminhar (rotear) um pacote entre uma rede e outra.
“inteligência”), torna-se responsabilidade dos dispositivos da Portanto, os roteadores (e todos os protocolos, como o IP) são
camada 2 detectarem (e, se possível, corrigirem) as besteiras descritos na camada 3 (camada de redes) porque possibilitam
que a camada 1 venha a cometer. a comunicação entre redes distintas.
Como vemos, qualquer dispositivo que consiga entender Na camada 3 chamamos de pacotes mesmo! Mas isso é
os quadros e ler os endereços MAC, permitindo, assim, a meio “burocrático”. Vamos ver mais adiante a ideia de PDU e
comunicação dentro de uma única rede (ou seja, qualquer entender isso melhor!
comunicação que não “atravesse” um roteador) está A principal diferença é que um quadro pode ser
automaticamente classificado como pertencente à camada 2. transportado apenas por um único enlace físico (uma única

Noções de Informática 12
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APOSTILAS OPÇÃO

rede), pois o endereço que dá identificação de origem e destino destino, a mesma camada naquele micro possa unir os pacotes
para os quadros (endereço MAC) só tem “competência” dentro enviados em ordem correta, resultando, assim, na montagem
de uma única rede. Um pacote pode ser enviado entre redes perfeita da mensagem original.
diferentes, porque usa, como identificador, um endereço que Essa camada “separadora”, “conferente” e “juntadora” é a
atua em um “cenário” mais abrangente, envolvendo diversas camada de transporte. A camada 4 não se responsabiliza por
redes diferentes (esse endereço é o endereço IP – ou endereço mandar os pacotes de roteador em roteador, tampouco é
lógico). responsabilidade dela mexer com os quadros, enviando-os
Então, resumindo: falou-se em “camada 3”, então pense, entre as estações numa rede. Esses são trabalhos das camadas
imediatamente, em equipamentos e protocolos (regras) para a inferiores.
comunicação entre redes distintas. Falou em endereço IP, em A camada de transporte é responsável pela comunicação
vez de endereço MAC, é camada 3. Qualquer equipamento fim a fim (origem-destino). Ela é responsável pela perfeita
(roteador, por exemplo) que consiga ler endereços IP pertence troca de mensagens entre o emissor (que as separa em
à camada 3. pedaços, atribuindo uma ordem a eles) e o receptor (que
recebe tais pedaços e os junta ordenadamente). É a camada de
Camada 4 – camada de transporte transporte que também detecta e corrige possíveis erros em
Até agora, vimos camadas muito próximas ao hardware, ou pacotes. Também é a camada de transporte que detecta se
seja, muito próximas à comunicação entre as máquinas, os algum pacote estiver faltando.
roteadores (camada 3) e as placas em uma única rede (camada Na camada de transporte não existem equipamentos.
2); ou ainda a comunicação pura no fio (camada 1). (Quer dizer que historicamente não há equipamentos –
Chegou a hora de analisar a comunicação sob outra óptica dispositivos físicos – que mereçam ser classificados como
(e é essa a diferença entre as camadas – apenas a óptica sob a pertencentes a essa camada.) Mas há protocolos. Os mais
qual se veem as mensagens durante a comunicação – mas isso importantes são o TCP e o UDP (usados na Internet isso
é assunto para mais adiante). Enfim, chegou a hora de analisar quando analisamos o modelo de camadas usado na Internet –
a comunicação sob a óptica da mensagem e não da troca de que não é o OSI), mas também há outros, como o SPX, para as
pacotes e/ou quadros. redes Novell Netware.
Uma mensagem é qualquer bloco fechado de informações
que se deseja transmitir, como um e-mail, um arquivo PDF, Camada 5 – camada de sessão
uma foto, uma página da Internet, uma música em MP3, Esta camada não saiu do papel (hoje em dia, são usados
qualquer arquivo que se deseja transmitir pela estrutura das modelos que não utilizam essa camada), mas, como ela está
redes. Já havíamos visto isso! descrita no OSI, precisa ser explicada.
Dependendo da estrutura das redes envolvidas, a Segundo o modelo OSI, dois computadores que desejam se
mensagem (inteira) não pode ser transmitida sem que antes comunicar precisam, antes de qualquer outra coisa,
seja dividida em pequenos pedaços (os pacotes – quando estabelecer, entre eles, um “acordo de transação”, ou seja,
analisados sob a óptica da camada 3 – ou quadros – quando antes de transmitirem entre si o primeiro pacote, os micros
vistos na camada 2). envolvidos devem iniciar um “cenário”, um “ambiente”, um
Não importa qual o tamanho do pacote ou quais as “momento” oficial de comunicação ininterrupta. Esse
características do quadro daquela tecnologia de rede em si, as momento é chamado de sessão.
mensagens originalmente escritas em bom português serão Fazendo uma comparação bem oportuna: quando vamos
transmitidas, pelos fios, da maneira como sempre foram... ligar (pelo telefone mesmo) para alguém conhecido a fim de
001001010010101001010101 (pulsos físicos que significam contar uma novidade, é necessário que haja, antes da primeira
“0” e “1”). palavra trocada entre os dois envolvidos, o estabelecimento da
Então, uma mensagem escrita em português segue um conexão telefônica, não é? Essa ligação é uma sessão telefônica
longo caminho desde o momento em que é digitada pelo que só será interrompida quando o “ligador” desligar seu
usuário até o momento em que começa a trafegar pelos fios. E telefone.
a participação da camada 4 é vital para o funcionamento Sessão é, portanto, uma relação ininterrupta de
desses processos. comunicação. Uma transação. Um procedimento que tem
A camada 4 (camada de transporte) tem como início e fim.
responsabilidade oferecer meios de controle da transmissão: A camada de sessão determina as regras e “burocracias”
métodos e técnicas que permitam a perfeita conversa entre para o estabelecimento de tais sessões. Em suma, a função
origem e destino, de modo que a mensagem inteira que saiu dessa camada é gerenciar o estabelecimento de sessões de
consiga chegar perfeitamente, mesmo que isso leve centenas comunicação. Ou seja, todas as regras, exigências e
de pacotes que passarão por dezenas de redes distintas. determinações presentes na camada de sessão (até mesmo
Uma mensagem (e-mail, por exemplo) é uma entidade quanto ao seu simples objetivo) são apenas “teoria”, já que ela
única. Ninguém envia ½ e-mail. (Embora alguns digam que “2 nunca foi posta em prática.
mails = 1 inteiro” – hehehe – piada infame, desculpe... Só tem A camada de sessão está descrita e especificada no modelo
graça quando ela é “ouvida”, não “lida”...) de camadas ISO/OSI, e somente aí! Portanto, como o modelo
Voltando ao assunto: sempre enviamos um e-mail OSI é apenas teoria (não é usado, na prática, em lugar algum),
(inteiro), não importa seu tamanho ou a quantidade de anexos a camada de sessão também é apenas teoria.
que ele possui (essa característica influencia diretamente no
tamanho do e-mail). Então, se eu envio um e-mail, quero que Camada 6 – camada de apresentação
esse e-mail, inteiro, chegue ao destino, não é mesmo? Esta camada, assim como a de sessão, é descrita apenas no
Mas para que isso ocorra, esse e-mail tem de ser dividido modelo OSI e em mais nenhum modelo de camadas prático!
em diversos pedaços para atravessar a Internet (pacotes) e, Portanto, é perfeitamente possível deduzir que essa camada
em cada rede por onde ele passar, deverá adequar-se à também é “teoria” – apenas utopia.
tecnologia daquela rede sendo colocado em quadros. A que se propõe a camada de apresentação? Basicamente
Pois bem. Como sabemos que a mensagem será dividida, é conversão! A camada de apresentação tem a árdua tarefa de se
interessante ter uma camada que faça a divisão de maneira comunicar com a camada de aplicação (que está intimamente
adequada (separe as mensagens) no emissor, atribua-lhe ligada aos usuários). Da camada de aplicação (camada 7),
números de controle (como “pacote 1 de 15”, “pacote 2 de 15”, provêm os mais variados tipos de informação (e-mail, páginas,
“pacote 3 de 15” etc.) e, quando estes chegarem ao micro de arquivos PDF, arquivos MP3) que precisam ser transformados

Noções de Informática 13
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(digamos “traduzidos”) para um formato geral, um formato O nome TCP/IP é formado pelo nome dos dois mais
que isentasse a camada de transporte de problemas para importantes protocolos deste conjunto: o TCP (Transmission
separar os pacotes. Control Protocol – Protocolo de Controle da Transmissão –
Esse processo de transformar as mensagens de formato pertencente à camada de transporte) e o IP (Internet Protocol
variado em um formato genérico único, que servirá para – Protocolo de Inter-redes – localizado na camada de rede).
facilitar todo o processo de transmissão que se segue, inclui Apesar de ser semelhante ao ISO/OSI, o modelo TCP/IP
procedimentos como criptografia (reescrita embaralhada das não é derivado deste e, portanto, camadas homônimas nos
informações) e compactação. dois modelos podem, sim, apresentar objetivos e
A camada de apresentação traduz as mensagens vindas da características diferentes entre si, o que torna o estudo do
camada de aplicação para um formato genérico antes de serem modelo TCP/IP relativamente desligado do estudo do OSI.
transmitidas. Além disso, criptografia e compactação também
são tarefas desempenhadas por essa camada. Eis os modelos TCP/IP de cinco e quatro camadas:

Camada 7 – camada de aplicação


O mais alto nível da pilha OSI é a camada de aplicação, que
entra em contato diretamente com o mundo exterior, ou seja,
nós, os usuários.
Nessa camada são descritos protocolos que realizam
diretamente as tarefas a que temos acesso, como e-mails,
navegação na Web, transferência de arquivos, bate-papo etc.
Esses protocolos são chamados protocolos de aplicação.
Os próprios serviços que podemos desempenhar (como o
envio e recebimento de mensagens de e-mail e a navegação em Modelo de camadas TCP/IP
páginas Web) são descritos como pertencentes a essa camada.
Então, é fácil lembrar: os protocolos e serviços (tarefas) a Note três características semelhantes nos dois modelos em
que os usuários têm acesso são componentes da camada de relação ao modelo OSI:
aplicação. Essa camada recebe a mensagem pura, escrita a. As camadas de apresentação e sessão sumiram! As
diretamente pelo usuário, e manda para as camadas mais funções que, no modelo OSI, são responsabilidade dessas duas
baixas (claro que, diretamente, para a camada de camadas foram assimiladas pela camada de aplicação.
apresentação). Portanto, lembre-se de que nas comunicações da Internet, o
estabelecimento de sessões e a tradução da mensagem (como
criptografia e compactação) são responsabilidade da camada
de aplicação.
b. A camada de redes (camada 3 no OSI) passou a se
chamar Camada de Inter-Redes. Isso é bom porque explicita o
objetivo dessa camada: a ligação entre redes distintas.
c. A camada de enlace (camada 2 no OSI) passou a ser
chamada de Camada de Interface de Redes.
A principal diferença entre os modelos é que os defensores
de quatro camadas apenas “interpretam” que as camadas 1 e 2
são uma só. Ou seja, esses autores definem que não há a
camada física e a camada de interface de redes, mas apenas
uma que acumula a função das duas.
Modelo OSI Essa “possibilidade” de interpretação em duas formas tão
distintas se deve ao fato de, na verdade, o modelo TCP/IP só
definir a existência e o funcionamento de componentes nas
três camadas superiores.
O TCP/IP é um conjunto de protocolos (e protocolos são
programas). Em um modelo de camadas que se baseia na
estrutura de um conjunto de protocolos, ou seja, em um
conjunto de programas, a definição ou exigência quanto a
componentes físicos (camadas física e de interface de rede)
não seriam muito adequadas.
O modelo TCP/IP só estabelece padrões e definições nas
três camadas superiores. Isso quer dizer que o modelo de
Relação modelo OSI camadas TCP/IP “não se importa” com o que existe nas
camadas física (1) e de interface de rede (2).
Modelo de camadas TCP/IP Com isso, chegamos a uma característica forte e
TCP/IP é o nome dado a um conjunto de protocolos (ou importante na Internet: não importa quais são as estruturas
“pilha” de protocolos). Sua importância é incontestável. A físicas de rede que ligam os computadores em uma rede. Se
Internet baseia sua comunicação nessa pilha de protocolos. Ou essa rede possuir os mesmos protocolos das camadas
seja, todos os computadores da Internet (hoje, cerca de 1 superiores (inter-redes, transporte e aplicação), ela poderá se
bilhão) “falam” os protocolos contidos na pilha TCP/IP. ligar à Internet.
É fácil entender também que, para se tornar padrão, o
funcionamento da Internet (incluindo seu conjunto de As camadas do modelo TCP/IP
protocolos) precisou ser padronizado, esquematizado, - Camada 5 – Aplicação: nesta camada estão os protocolos
normatizado. de mais alto nível, aqueles que realizam tarefas diretamente
O modelo de camadas TCP/IP. Que, inclusive, foi proposto em contato com os usuários: FTP, SMTP, HTTP, POP, IMAP,
e aprovado antes do OSI. (O OSI foi uma tentativa de “unificar” DNS, TELNET, NNTP etc.
todos os modelos de camadas até então existentes.)

Noções de Informática 14
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Esses protocolos estão intimamente ligados às diversas nossa matemática) convertemos os números para uma
tarefas (serviços) que podemos utilizar na Internet. notação decimal.
(Normalmente, cada protocolo está associado a um serviço Cada octeto é representado por um número decimal, que
diferente.) poderá variar entre 0 (que em binário seria 00000000) e 255
- Camada 4 – Transporte: estão localizados, nesta camada, (que é 11111111). Então, podemos dizer por dedução, que o
os protocolos responsáveis pela comunicação fim a fim entre endereço IP é um endereço numérico binário representado de
as máquinas envolvidas. Os protocolos da camada de forma decimal por quatro números, separados por pontos, que
transporte são: TCP e UDP. podem, cada um, assumir qualquer valor entre 0 e 255.
Os protocolos da camada de aplicação precisam dos Um computador que vai se ligar à Internet, ou mesmo
protocolos da camada de transporte. Algumas aplicações apenas a uma rede local que usa TCP/IP como pilha de
(programas) usam o UDP, mas a grande maioria dos protocolos, precisa ter endereço IP. Se um computador não
protocolos localizados na camada 5 usa o TCP como protocolo possuir endereço IP, não poderá enviar nem receber pacotes.
de transporte. Estará, portanto, ilhado. Não conseguirá se conectar à rede.
- Camada 3 – Rede (ou Inter-Redes): apresenta protocolos
que realizam processos de roteamento e tradução de Parâmetros IP
endereços para que a conexão entre os dois computadores seja Para que um computador ligado a uma rede que usa
efetuada. Fazem parte desta camada os protocolos IP, ICMP, TCP/IP seja capaz de se conectar a uma rede a fim de trocar
IGMP, ARP e RARP. informações com outros computadores, é necessário que ele
Desses vários protocolos, o mais importante conheça duas informações básicas:
(considerando todas as camadas da pilha) é, sem dúvidas, o IP. a. Seu próprio endereço IP;
Todos os protocolos das camadas superiores precisam do IP, b. A máscara de sub-rede da rede da qual ele faz parte.
que é o responsável direto pelo endereçamento dos micros e Essas duas informações permitem que o micro se ligue a
pelo roteamento dos pacotes através da estrutura das redes. outros em uma só rede. Se você quiser que o micro se ligue na
Sem IP, não há comunicação. Internet (ou seja, com várias redes distintas), ele deverá
- Camada 2 – Enlace (ou Interface de Rede): o modelo conhecer uma terceira informação:
TCP/IP não se “mete” com ela, porque não se “importa” com o c. O endereço IP do gateway padrão (ou seja, do roteador)
tipo da arquitetura da rede (ou seja, para o TCP/IP, não há da sua rede.
necessidade de saber se a rede é Ethernet ou Token Ring.). O Essas informações são genericamente conhecidas como
termo mais “polido” para esse caso é “o modelo TCP/IP não parâmetros IP e são necessárias para que qualquer
especifica padrões de equipamentos nem protocolos para a computador se ligue à Internet.
camada de enlace”.
- Camada 1 – Física: o modelo TCP/IP também não
especifica padrões para a camada física. (Me diz se esse texto
não ficou bonito.). Em outras palavras: a rede pode ser
montada com qualquer tipo de cabo, fio, fibra etc., o TCP/IP
não se “importa” com isso.

Endereço IP
Endereço IP é o endereço numérico que identifica qualquer
conexão feita a uma estrutura de inter-redes baseada em
TCP/IP. Ou seja, endereço IP é o endereço usado na camada 3
(inter-redes) do modelo de camadas TCP/IP.
O IP não identifica uma máquina. Se um computador, por Parâmetros IP no Windows Vista
exemplo, possuir duas placas de rede ligadas simultaneamente
a uma mesma rede, cada uma delas possuirá um endereço IP Endereço IP do próprio micro
associado. Portanto, a máquina em si teria dois endereços IP. Quanto ao endereço IP do próprio computador, não há o
Como a Internet que conhecemos é baseada no modelo de que discutir, não é? Quero dizer: se você não soubesse qual é o
camadas TCP/IP, e, consequentemente, em seus protocolos, seu nome, quando alguém gritasse por você, não atenderia
então o endereço IP é a forma oficial de endereçamento na porque não identificaria o chamado, não é?
Internet.
O endereço IP é um número binário (aliás, como tudo na Endereço IP do gateway padrão
comunicação digital) formado por 32 bits. Em suma, um É apenas o endereço IP do roteador daquela rede. Todo
endereço IP é exatamente assim: computador precisa saber qual é o endereço do roteador que
11001000111110010000110111101100 o serve. Isso é necessário porque quando um computador
Os endereços IP não são representados no seu formato perceber que vai transmitir um pacote para outra rede (não
puro. Usa-se uma forma de notação em que se divide o para a rede da qual ele faz parte), ele enviará o pacote àquele
endereço IP em 4 grupos de 8 bits (1 byte cada, ou, como que poderá enviá-lo a outras redes: o roteador.
costumamos chamar, 1 octeto.) Para que um micro consiga se comunicar na Internet, ele
11001000.11111001.00001101.11101100 tem de saber o endereço IP do seu roteador (gateway padrão
Esses pontos não existem nos endereços IP de verdade. São ou “portão padrão”). Caso um micro não saiba essa
simplesmente para demonstrar a separação.) informação, mas saiba seu próprio IP e a máscara de sub-rede,
Depois de separarmos os grupos de octetos, convertemos ele conseguirá se comunicar internamente (com outros micros
esses octetos para números decimais, resultando em algo na mesma rede), mas não na Internet.
assim:
200.249.13.108 Máscara de sub-rede
Essa forma de “representação” é chamada notação decimal A máscara de sub-rede também é, a exemplo do endereço
separada por pontos. IP, uma informação binária de 32 bits (32 “zeros” e “uns”). A
Através de um processo simples de conversão de binário máscara de sub-rede também pode ser representada como um
(zeros e uns) para decimal (base numérica que usamos em conjunto de quatro octetos decimais separados por pontos,
como o próprio endereço IP.

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Porém, existe uma coisa muito peculiar na máscara de sub- representam a rede. Por sua vez, os octetos do endereço IP que
rede: ela é formada por 32 bits, sendo que inicia com um bloco coincidirem com os octetos 0 da máscara representam o micro
ininterrupto de 1 (uns) seguido de um bloco ininterrupto de 0 (o indivíduo).
(zeros). Sem alternância.
Ou seja, isto aqui é uma máscara:
11111111111111111111000000000000
E isto aqui não é uma máscara (mas poderia ser um
endereço IP de algum micro): Analisando o IP 192.168.214.123 na máscara 255.255.255.0 – Classe C
11001100111100010101011101011110
A máscara de sub-rede, quando apresentada em sua forma Então, de uma maneira bem “rústica” e “acústica”, o nosso
pura (binária), é representada como uma sequência de uns computador mostrado na figura pode ser identificado como o
seguida de uma sequência de zeros, como vimos, e isso limita micro 123, pertencente à rede cujo “prefixo” é 192.168.214. Ou
o formato decimal da máscara para alguns valores. seja, em uma máscara classe C, os três primeiros octetos
Só podem ser octetos em uma máscara em decimal os representam o ID da rede e apenas o último octeto representa
números: o ID do micro.
255 – porque é 11111111 em binário; Se outro micro qualquer possuir a mesma máscara e os
0 – porque é 00000000; mesmos três primeiros octetos, esse outro micro pertence à
Então, a máscara mesma rede que o micro do nosso exemplo. Vamos ver?
11111111111111111111111100000000 192.168.214.123
11111111.11111111.11111111.00000000 192.168.214.30
dividida fica 192.168.214.249
11111111.11111111.11111111.00000000 255.255.255.0 (máscara de sub-rede)
E isso significa Todos esses micros acima fazem parte da mesma rede. E
255.255.255.0 lembre-se de que todos os micros da mesma rede têm de ter a
mesma máscara de sub-rede definida. Observe que os octetos
ID da rede e ID do host do ID da rede são sempre os mesmos para todos os micros
Um endereço IP não serve apenas para identificar uma naquela rede, o que obriga que, de um micro para outro, só
estação em si (ou uma conexão à Internet). Inerente ao varie o último octeto.
endereço IP, existe uma informação que identifica a rede da Ao que eu pergunto: quantos micros são possíveis em uma
qual aquela estação faz parte. rede qualquer cuja máscara de sub-rede é 255.255.255.0
É que o endereço IP pode ser visto como um “nome (classe C)?
completo” ou pelo menos daqueles nomes que se encontram “256 micros! Pois como só quem varia de um micro para o
em passagens de ônibus e avião: Carvalho/João ou outro é apenas o último octeto, e ele pode variar de 0 (zero) a
Silva/Eduardo. 255. São 256 combinações possíveis!”
Então, o endereço 200.234.44.112 não serve para Mais ou menos, dois endereços são proibidos – o primeiro
identificar somente um micro. Nesse endereço há a e o último!
identificação de duas coisas: do micro em si (ID do host, ou ID Endereço IP da rede e endereço IP de broadcast
da estação) e da rede (ID da rede). Resta saber qual é o ID da Quando a estrutura de endereçamento de uma rede (ou
rede e qual é o ID do host dentro do endereço IP. (Atenção – é seja, sua máscara de sub-rede e seu prefixo) é definida, dois
ID mesmo! ID vem de Identificador) endereços nunca (nunca mesmo) poderão ser usados para
Que tal se perguntássemos assim: no endereço identificar um micro.
200.234.44.112, quais octetos representam a rede e quais O primeiro endereço possível de se construir (usando os
octetos representam o micro em si? Seria o mesmo que dados do nosso exemplo, seria 192.168.214.0) não é usado
perguntar: no nome João Antonio César Carvalho, quais os para identificar micros porque é usado para identificar a rede
nomes que representam a família e quais os nomes que em si. É um endereço hipotético que não tem função para a
representam o indivíduo? Difícil saber. comunicação na rede, mas que a representa.
A máscara faz isso, caro leitor! A máscara atua como a / Portanto, o micro 192.168.214.123 não pertence à rede
(barra) em Carvalho/João Antonio, permitindo que se possa 192.168.214. Dizemos que ele pertence à rede 192.168.214.0!
determinar quem é família (Carvalho) e quem é indivíduo Logo, o primeiro endereço em uma rede é o endereço da rede
(João Antonio). Só que a máscara faz isso com endereços IP. em si.
Vamos aplicar uma máscara em um endereço IP usando a O outro endereço que não pode ser usado para identificar
notação de decimais separados por pontos. Para isso, porém, é micros na rede é o último possível, ou seja, 192.168.214.255,
bom que se saiba que só será possível fazer os cálculos com tomando como base o nosso exemplo. O último endereço é
três máscaras apenas (aquelas que usam os octetos chamado endereço de broadcast e serve para enviar uma
completamente preenchidos ou por 1, ou por 0). Seriam elas: mensagem a todas as estações daquela rede (ou seja, a todas
- 255.0.0.0 (máscara dos endereços Classe A); as estações que comecem seus IPs por 192.168.214).
- 255.255.0.0 (máscara dos endereços Classe B); Portanto, em uma rede classe C (esse termo “classe C”
- 255.255.255.0 (máscara dos endereços Classe C); significa que a rede usa a máscara 255.255.255.0), podemos
Para todas as demais máscaras de sub-rede possíveis, o ter até 254 computadores conectados porque podemos dar até
cálculo que vamos aprender agora só será possível se 254 endereços IP (256 combinações possíveis menos 2
convertermos as máscaras e os endereços IP para binário. proibidos).

Analisando a máscara classe C Analisando a máscara classe B


Então, vamos lá. Endereço IP 192.168.214.123 e máscara Uma máscara de sub-rede de classe B tem os dois
de sub-rede 255.255.255.0. O que posso fazer com esses primeiros octetos representando a rede e os dois últimos
dados? Analise-os verticalmente (um em cima do outro). octetos representando o micro (ou seja, 255.255.0.0).
- 192.168.214.123 203.140.3.129 (endereço IP do micro que analisaremos)
- 255.255.255.0 255.255.0.0 (máscara de sub-rede classe B)
Aqueles octetos do endereço IP que coincidirem, em
posição, com os octetos 255 da máscara são os que

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Podemos dizer que esse é o micro “3.129” (“três ponto menos os dois endereços proibidos (o primeiro – que é o
cento e vinte e nove” e não “três mil cento e vinte e nove”, como endereço da rede – e o último – que é o do broadcast).
você poderia ler) dentro da rede cujo prefixo é “203.140”. Portanto, uma rede classe A pode ter até 16.777.214 micros.”
Para auxiliar segue abaixo uma tabela com base no
primeiro octeto para identificar classe de rede.

Exemplo Classe B

O primeiro endereço é sempre aquele que representa a


rede. Portanto, a rede cujo prefixo é 203.140 e cuja máscara é
255.255.0.0 é chamada de rede 203.140.0.0. (Logo se percebe
que esse endereço não pode ser usado para micros, pois é o Protocolos de transporte
primeiro.) Mas cadê o último? A camada de transporte do modelo TCP/IP é composta,
Seria 203.140.255.255, porque os dois octetos finais originalmente, por apenas dois protocolos, cuja
variam de micro para micro?” responsabilidade, como citado anteriormente, é estabelecer
É exatamente isso! O último endereço (que vai servir como uma conexão fim a fim entre os dois hosts (computadores)
endereço de broadcast) de uma rede classe B tem os dois envolvidos na comunicação.
últimos octetos como sendo 255. Os protocolos da camada de transporte não se preocupam
Note que, usando a máscara 255.255.0.0, os endereços como a mensagem vai trafegar pela Internet (o IP se preocupa
pertencem à mesma rede (e são válidos para serem usados em com isso) nem tampouco com a transmissão da mensagem
micros, pois não são nem o primeiro nem o último endereços dentro de uma mesma rede (o protocolo da camada de
da rede). interface de rede faz isso). Em vez desses dois motivos de
203.140.3.129 preocupação, os protocolos de transporte simplesmente se
203.140.188.2 preocupam com a “quebra” da mensagem em vários
203.140.0.255 segmentos (na origem) e a reunificação de tais segmentos no
203.140.1.0 destino.
203.140.123.122 É responsabilidade dos protocolos da camada de
Quantos micros são possíveis em uma rede com essa transporte criar mecanismos (incluir informações no
máscara de sub-rede? cabeçalho dos segmentos) que permitam que a reunificação
Como os dois primeiros octetos serão sempre os mesmos aconteça de forma perfeita e, com isso, que a mensagem
em todos os micros da rede, então somente os dois últimos chegue ao seu destino inteira (ou quase).
octetos podem variar de micro para micro. Como cada octeto é Os protocolos que formam essa camada são:
independente um do outro e pode variar 256 vezes, isso vai - TCP
dar 256 x 256 possibilidades de combinação, ou seja, 65.536 - UDP
combinações. Ah! Claro... Sem o ‘0.0’ e o ‘255.255’, são 65.534
endereços para computadores possíveis.em a uma rede classe Protocolo TCP
B. Vamos analisar uma rede classe A O protocolo TCP (Transmission Control Protocol –
Protocolo de Controle de Transmissão) é um protocolo de
Analisando a máscara classe A transporte orientado a conexão. Seu funcionamento é bem
A máscara de sub-rede classe A é aquela (dentre as três que simples e ao mesmo tempo bem estruturado para garantir a
vimos) que permite as maiores redes de computadores, pois transmissão dos pacotes entre os computadores envolvidos na
apenas o primeiro octeto representa o ID da rede e os outros comunicação.
três octetos representam o ID do host (ou seja, 255.0.0.0). Em poucas palavras, quer dizer que o protocolo TCP faz
105.3.7.45 (Endereço IP do micro que estamos analisando) com que o emissor só comece a transmitir seus dados se tiver
255.0.0.0 (Máscara de sub-rede classe A) certeza de que o receptor está pronto para ouvi-los. Ou seja,
Sem dúvidas, podemos concluir que este seria o micro toda a transmissão se orienta pelo estabelecimento de uma
“3.7.45” dentro da rede “105”. conexão prévia entre os dois envolvidos. Não há transmissão
sem que haja uma conexão estabelecida entre eles.
Por ser orientado a conexão, o TCP traz uma série de
características que são consequência disso:
É confiável: garante a entrega de todos os dados no destino
Exemplo Classe A sem defeito ou perda.
Garante a sequência dos segmentos: os segmentos que
O primeiro endereço (que será usado como “endereço da saem do emissor são numerados e reunidos na mesma ordem
rede”) é 105.0.0.0 e que o último endereço (que será usado no micro de destino.
como endereço de broadcast) é 105.255.255.255. Reconhecimento: o receptor envia um segmento de
Veja alguns computadores pertencentes à mesma rede confirmação (reconhecimento) para cada segmento de dados
classe A do nosso exemplo: que receber, informando ao emissor que ele já poderá
105.3.7.45 transmitir o próximo segmento da sequência.
105.2.234.255 Retransmissão: se um segmento se perder (por causa de
105.23.0.0 problemas de transmissão nas demais camadas), o TCP do
105.214.249.254 receptor solicitará ao TCP do emissor o reenvio do segmento
faltoso.
Em uma rede classe A, apenas o primeiro octeto representa Detecção de duplicidade: o TCP reconhece se um segmento
a rede; portanto, apenas ele ficará fixo (idêntico) em todos os chegou em duplicidade no receptor e automaticamente
micros da rede. Os três octetos finais podem variar. Como são descarta o segmento duplicado.
três números que podem ir de 0 a 255, são 256 x 256 x 256 Controle de fluxo: o emissor não vai enviar mais segmentos
possibilidades. Ou seja, 16.777.216 combinações possíveis.” do que a quantidade que o receptor for capaz de processar

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(mesmo porque o emissor só transmitirá quando o receptor remetente e servidor de correio, mas também entre servidor
informar que ele pode fazê-lo). de envio e servidor de recebimento.
Controle de congestionamento: o TCP ajusta-se
automaticamente às quedas de desempenho da rede POP
provocadas por congestionamento (nos roteadores e POP (Post Office Protocol – Protocolo de Agência de
servidores, por exemplo). Correio) é usado para realizar o recebimento das mensagens
Estabelece sessões: o TCP trabalha por meio do de correio eletrônico. Com esse protocolo, as mensagens
estabelecimento de sessões de comunicação, em que várias armazenadas na caixa postal do usuário são trazidas para o
transmissões são feitas em bloco e consideradas parte de uma computador do usuário e retiradas do servidor (a rigor, visto
sessão só. que se pode selecionar que as mensagens fiquem em cópia no
Troca informações de estado (status): os dois hosts ligados servidor de e-mails). Esse protocolo usa a porta 110 do
em TCP trocam entre si constantemente informações de protocolo TCP. Atualmente encontra-se em sua terceira
apresentam o status da conexão entre eles. versão, daí o nome POP3.
Baixa velocidade: devido à grande quantidade de
informações, recursos e itens que garantem a integridade das IMAP
transmissões via TCP, é fácil deduzir que o protocolo TCP não IMAP (Internet Message Access Protocol – Protocolo de
é tão rápido quanto seu “irmão inconsequente” Acesso a Mensagens na Internet) é usado em opção ao POP
porque facilita o acesso aos dados nas caixas postais sem a
Protocolo UDP necessidade de “baixá-los” para o computador cliente. Através
O protocolo UDP (User Datagram Protocol – Protocolo de do IMAP, é possível realizar um acesso on-line aos dados na
Datagrama de Usuário) é um protocolo de transporte sem caixa postal localizada no servidor sem que isso signifique
conexão que fornece uma entrega rápida, mas não confiável, trazer as mensagens ao micro do usuário.
dos pacotes. Esse protocolo é uma opção em relação ao TCP e É uma opção interessante para aqueles que pegam suas
usado em menos casos. mensagens de e-mail de vários computadores diferentes. Todo
Por ser um protocolo não confiável, ele não fornece o acesso é feito através de aplicações que acessam a caixa postal,
controle de fluxo necessário, nem tampouco exige uma leem seu conteúdo e o mostram ao usuário. As caixas postais
confirmação do receptor, o que pode fazer com que a perda de dos “webmails” (Gmail, Yahoo, Hotmail entre outros) usam o
um pacote aconteça sem a devida correção. Por isso ele é usado IMAP, pois os usuários têm acesso através de uma página Web,
em aplicações nas quais a velocidade é mais importante que a que mostra as mensagens e dá direitos de lê-las, apagá-las,
integridade dos dados (como vídeos e música pela Internet). respondê-las e tudo mais. O protocolo IMAP usa a porta 143.
Pelo fato de não exigir confirmação do receptor quanto à
chegada dos pacotes, o protocolo UDP não sobrecarrega a rede HTTP
tanto quanto o TCP (afinal, cada confirmação de recebimento HTTP (Hyper Text Transfer Protocol – Protocolo de
é um pacote sendo transmitido, não é?), mas também por Transferência de Hiper Texto) é o protocolo usado para
causa disso, não é confiável. realizar a transferência das páginas Web para nossos
O serviço de DNS, por exemplo, que veremos depois, usa computadores. O HTTP é usado para trazer o conteúdo das
UDP como protocolo de transporte, porque deseja velocidade. páginas (documentos feitos com a linguagem HTML) para
O protocolo TFTP (FTP Trivial) também usa UDP. Serviços que nossos programas navegadores (Browsers). O protocolo HTTP
permitem ouvir músicas e assistir a vídeos diretamente pela utiliza a porta 80 do protocolo de transporte TCP.
Internet também foram desenvolvidos para usar o UDP em vez Há uma variação do HTTP, que se chama HTTPS (HTTP
do TCP. Seguro), e é usado para realizar o acesso a páginas com
transferência criptografada de dados (através de um algoritmo
Resumo TCP versus UDP de criptografia chamado SSL). Esse protocolo é comumente
Segue um pequeno resumo que poderá ajudar quando usado nos acessos aos sites de bancos e lojas virtuais onde se
esses conceitos forem exigidos em uma prova qualquer: informam números de cartão de crédito, por exemplo.
O HTTPS é, na verdade, a junção do HTTP, usado para
transferir páginas, com o SSL (Secure Socket Layer), um
protocolo de segurança, criado para fornecer criptografia aos
protocolos que naturalmente não fazem uso dela.
O protocolo HTTPS não é 100% seguro, ou seja, ele não
evita completamente a ameaça de interceptação das
mensagens entre usuário e site, mas oferece um nível de
segurança que minimiza bastante esse risco. O protocolo
Protocolos de aplicação HTTPS é usado sobre a porta 443.
São os protocolos descritos da última camada do modelo,
que entram em contato com o usuário, permitindo que este FTP
possa se comunicar com os demais componentes do seu FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência
computador e enviar suas mensagens pela rede até outros de Arquivos) é usado para realizar a transferência de arquivos
computadores. Os protocolos dessa camada estão associados entre dois computadores através da Internet. O protocolo FTP
diretamente aos principais serviços usados pelo usuário na exige o estabelecimento de uma sessão (com o uso de login e
rede: e-mail, Web, bate-papo etc. Os principais protocolos de senha).
aplicação são: O protocolo FTP utiliza duas portas no protocolo TCP: a
porta 21 (da qual muitos se lembram) é usada para os
SMTP comandos da conexão, como os que solicitam a listagem de
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol – Protocolo de diretórios, a cópia de arquivos e o apagamento deles etc.,
Transferência Simples de Correio) é o protocolo usado para o porém, a transferência dos dados propriamente ditos acontece
envio de mensagens de correio eletrônico (e-mail). Esse pela porta TCP 20. Portanto, para a conclusão da transferência
protocolo usa a porta 25 do protocolo TCP. de um arquivo pelo FTP, são usadas duas conexões (sockets)
Esse protocolo é usado no ato do envio do correio diferentes.
eletrônico. Não só no envio que acontece entre usuário

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Um parente próximo do protocolo FTP é o TFTP (FTP fornece as informações IP necessárias para as estações
Trivial), que realiza a transferência de arquivos através do poderem se ligar na rede.
protocolo UDP e não do TCP, como seu irmão mais conhecido, Funciona de forma semelhante ao RARP: uma estação, ao
o que permite uma transferência de arquivos com mais se conectar à rede, envia uma solicitação a todos os micros da
velocidade e sem uma série de recursos que o FTP oferece. O rede (essa mensagem é chamada de DHCP Discover – ou
TFTP usa a porta 69. Descobrimento DHCP). Na verdade, sem muito romantismo, é
Além de transferir arquivos, o protocolo FTP permite que um pacote simplesmente enviado ao endereço de broadcast da
o usuário realize uma gama enorme de operações com o micro rede.
a que se conectou. O FTP permite que pastas e arquivos sejam A mensagem poderá chegar a vários servidores DHCP
criados, excluídos, renomeados, movidos e copiados no (computadores com capacidade de fornecer as informações IP
servidor. Ou seja, basicamente tudo aquilo que se pode fazer às demais estações), visto que nessa rede pode haver vários
no seu micro por meio do Windows Explorer é possível fazer servidores. Os servidores DHCP então enviam um pacote
em um servidor remoto por meio de FTP. chamado DHCP Offer (ou Oferecimento DHCP), que contém um
Claro que vale lembrar que o micro a ser controlado deve endereço IP disponível para aquele micro.
ter um programa aplicativo servidor de FTP atuando e que o Sim, aquele micro que gritou pedindo um endereço IP
login e a senha do usuário deem a ele o direito de fazer tais poderá receber vários como resposta. É aí que ele faz a seleção!
operações. Esse micro escolhe um dos IP oferecidos e responde ao
servidor que ofereceu endereço IP escolhido com uma
Telnet mensagem chamada DHCP Request (Solicitação DHCP) que
TELNET (Terminal Emulator – Emulador de Terminal) é visa requisitar a confirmação da configuração que aquele
um protocolo que realiza a conexão entre dois computadores servidor havia oferecido.
para que um deles “finja” ser terminal do outro. Isso significa Por fim, o servidor responde ao micro requisitante com
que qualquer comando executado no computador “terminal” uma mensagem DHCP Ack (Confirmação Positiva DCHP), e o
será realizado, na verdade, no computador-alvo: o servidor. vínculo está estabelecido. (Ou seja, aquele micro, daquele
Esse sistema era muito utilizado nos primórdios das redes momento em diante, passa a ser conhecido pelo endereço IP
de computadores, quando não se tinha dinheiro para fazer que o servidor lhe forneceu.)
redes com computadores individuais interligados. A estrutura
de “rede” normalmente consistia em um único computador SNMP
central (o “console” ou “mainframe”), e os demais SNMP (Simple Network Management Protocol – Protocolo
“computadores” eram apenas teclados e monitores ligados a de Gerenciamento Simples de Rede) é um protocolo que
esses (chamados terminais ou “terminais burros”). Todos os permite o gerenciamento da situação dos nós da rede. O SNMP
comandos executados nos terminais são realizados na CPU e não está preso ao conjunto TCP/IP, e pode ser usado para
na RAM do console. controlar qualquer tipo de equipamento de rede como
Ou seja, um terminal não é um micro. Um terminal é apenas roteadores, servidores, estações, pontos de acesso etc. desde
um “braço” de um computador. Não tem RAM, CPU, HD etc. Um que estes possuam suporte a esse protocolo.
terminal é apenas um teclado e um monitor. Através do SNMP, podemos enviar comandos a vários tipos
Na verdade, os dois computadores envolvidos pela de equipamentos de redes para que eles se desliguem, ou
conexão do Telnet são microcomputadores, como os nossos; reiniciem, ou realizem essa ou aquela tarefa. É um protocolo
apenas um deles “finge” ser um terminal (o cliente), enquanto que permite o “controle remoto” de vários dispositivos da
o outro “finge” ser um console central (o servidor). Todos os rede.
comandos digitados no teclado do “terminal” são realizados,
na verdade, pela CPU e pela memória do computador central. RTP e RTCP
O Telnet utiliza a porta 23 do protocolo TCP. O RTP (Real Time Protocol – Protocolo de Tempo Real) e o
RTCP (Real-Time Control Protocol – Protocolo de Controle em
NNTP Tempo Real) são usados para serviços que transferem grandes
NNTP (Network News Transfer Protocol – Protocolo de fluxos de dados em tempo real (ou seja, enquanto remetente e
Transferência de Notícias em Rede) é usado no serviço destinatário estão realmente se comunicando).
conhecido como News (Notícias), que reúne vários usuários Alguns dos serviços que fazem uso desses dois protocolos
em torno de newsgroups (grupos de notícias). Esse serviço é são a transferência de música e vídeo pela Internet e o VoIP
bastante semelhante a um serviço conhecido como Fórum (Voz sobre IP) – que é a “telefonia” pela Internet.
(como o do site www.forumconcurseiros.com, que todos Os protocolos da pilha TCP/IP são os mais usados da
vocês, concurseiros, conhecem). O protocolo NNTP utiliza a atualidade porque, é óbvio, são os protocolos usados na
porta 119 do protocolo TCP. Internet (a maior conexão entre redes do mundo). Esse padrão
foi estabelecido como sendo o padrão de protocolos usados
DNS nesse ambiente ainda quando a Internet era apenas uma
DNS (Domain Name Service – Serviço de Nome de pequena conexão entre universidades americanas.
Domínio) é um serviço usado para realizar a tradução dos Mas outros protocolos existem e são citados em concursos
nomes de domínios (URLs) em endereços IP. Ou seja, quando públicos. Esses protocolos serão mostrados agora.
digitamos, em nosso navegador, “www.euvoupassar.com.br”, Outros protocolos conhecidos
esse endereço é enviado para um servidor que trabalha com o Dentre os protocolos não pertencentes ao conjunto
protocolo DNS, e que, por sua vez, devolve ao computador que TCP/IP, podemos citar alguns poucos que já interessaram aos
requisitou o endereço IP associado ao domínio desejado. O órgãos “fazedores” de provas:
serviço de DNS utiliza a porta 53 no protocolo UDP! Netbeui: Protocolo criado pela IBM para redes locais de
É o DNS que estabelece a estrutura hierárquica e computadores. Esse protocolo admite até 255 computadores
organizada dos domínios como conhecemos atualmente na em uma rede. Mas sua característica mais forte é que ele não é
Internet (veremos mais adiante, no capítulo de Internet). roteável.
Ser roteável significa que um protocolo pode ser lido por
DHCP roteadores, e, portanto, pode ser usado em estruturas inter-
DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol – Protocolo redes (ou seja, em ligações entre redes). Já que essa não é uma
de Configuração Dinâmica de Estação) é um protocolo que das características do Netbeui, podemos concluir que ele não

Noções de Informática 19
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APOSTILAS OPÇÃO

pode ser usado em Inter-redes (consequentemente, na própria que, como o software é aberto, você pode incluí-lo dentro de
Internet). outros aplicativos, desde que respeitando os termos da GPL).
Onde usamos o Netbeui? Nas “redes Windows”. Ou seja, 2- O proxy funciona como um cache de páginas e arquivos,
nas redes locais em que só se utiliza o sistema operacional armazenando informações já acessadas. Quando alguém
Windows. O sistema Windows tem como principal protocolo acessa uma página que já foi carregada, o proxy envia os dados
de redes locais o Netbeui. Mas uma rede de computadores que guardou no cache, sem precisar acessar a mesma página
locais com Windows pode utilizar o Netbeui repetidamente. Isso acaba economizando bastante banda,
concomitantemente ao TCP/IP, o que permite que a referida tornando o acesso mais rápido.
LAN possa se conectar com a Internet (por causa do TCP/IP, 3- Uma terceira vantagem de usar um proxy é que ele loga
não do Netbeui). todos os acessos realizados através dele. Você pode visualizar
IPX/SPX: É um conjunto de protocolos (assim como o os acessos posteriormente usando o Sarg, um gerador de
TCP/IP) usado em redes de computadores Netware, da relatórios que transforma as longas listas de acessos dos logs
empresa Novell. As redes Netware são, na verdade, redes de em arquivos html bem organizados.
computadores cujo servidor utiliza um sistema operacional
chamado Netware, desenvolvido pela empresa Novell.
As redes Novell eram muito comuns, mas com o advento
do Windows NT e seus sucessores, bem como do Linux como
sistema operacional de servidores, o sistema Netware e a
própria Novell vêm, gradativamente, perdendo espaço.
O IPX é um protocolo roteável localizado na camada de
rede e é equivalente ao IP na pilha TCP/IP. O SPX é um
protocolo da camada de transporte, equivalente ao TCP na
pilha TCP/IP.
Proxy Reverso
Proxy Cache e Reverso5 Um proxy reverso é um servidor de rede geralmente
Ele possui várias funções que, se trabalhadas junto com o instalado para ficar na frente de um servidor Web. Todas as
firewall, podem trazer ótimos resultados em relação ao conexões originadas externamente são endereçadas para um
compartilhamento, controle e segurança de acesso à internet. dos servidores Web através de um roteamento feito pelo
servidor proxy, que pode tratar ele mesmo a requisição ou,
Proxy Cache encaminhar a requisição toda ou parcialmente a um servidor
Proxy é um servidor que atende a requisições repassando Web que tratará a requisição.
os dados do cliente à frente: um usuário (cliente) conecta-se a Um proxy reverso repassa o tráfego de rede recebido para
um servidor proxy, requisitando algum serviço, como um um conjunto de servidores, tornando-o a única interface para
arquivo, conexão, página web, ou outro recurso disponível no as requisições externas. Por exemplo, um proxy reverso pode
outro servidor. ser usado para balancear a carga de um cluster de servidores
Quando acessamos uma página, fazemos uma requisição Web. O que é exatamente o oposto de um proxy convencional
ao servidor WEB que armazena o conteúdo. Após a solicitação que age como um despachante para o tráfego de saída de uma
ser processada, a nossa máquina começa a fazer download da rede, representando as requisições dos clientes internos para
página solicitada. O cache nada mais é do que um um depósito os servidores externos a rede a qual o servidor proxy atende.
dos sites acessados pela rede. Proxy Reverso nada mais é do que um servidor “burro” que
Uma máquina da rede solicita acessar um site, obviamente apenas recebe requisições e delega as mesmas ou então faz
com o proxy instalado em um servidor. Esta requisição algo simples, como devolver uma página pré-processada, mas
primeiramente passará pelo proxy, que por sua vez, verificará ele é “burro” não sabe executar aquela requisição por
no diretório de cache se tal página está armazenada. Estando, completo, ele é um proxy não é o servidor de verdade.
ele devolve a página armazenada para o cliente local, caso
contrário, irá buscar esta página , fará o download, entregará a
solicitação para o usuário e guardará a página em cache.
Existe um limite dado pelo administrador da Rede para
que ele não armazene tudo.
Delimitando o tamanho, o servidor trabalha sozinho. Ele
guarda as informações mais recentes e, quando o diretório
estiver cheio, ele apagará os documentos mais antigos, ou seja,
aqueles que raramente são acessados, deixando, assim, os sites
mais visitados.
Outra função interessante são suas politicas de controle de
acesso,conhecidas por ACL (Acces Control List).
Elas permitem especificar endereços de origem ou destino,
domínio, horários, usuários, portas ou métodos de conexão ao
proxy, que serão utilizados para permitir ou negar acessos.
A vantagem disso tudo, é que, uma empresa que quer ter
controle sob o que seus empregados estão acessando, e na
realidade, o que eles podem ou não acessar.
Em resumo, algumas vantagens são: Em poucas palavras, o Proxy Reverso é o servidor que irá
1- É possível impor restrições de acesso com base no receber as requisições para aplicações de clientes da internet
horário, login, endereço IP da máquina e outras informações, e entregá-las a rede local ou uma DMZ.
além de bloquear páginas com conteúdo indesejado. É por isso Algumas de suas vantagens são:
que quase todos os softwares de filtro de conteúdo envolvem - Segurança – Se você tem uma camada antes de chegar ao
o uso de algum tipo de proxy, muitas vezes o próprio Squid (já seu servidor, você pode incluir um firewall ou algo do gênero

5 Fonte: http://www.diegomacedo.com.br/proxy-cache-e-reverso/

Noções de Informática 20
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para verificar se tal requisição é ou não segura o suficiente (A) LAN (Local Área Network)
para chegar ao ser web server. Outro benefício é que o seu (B) MAN (Metropolitan Área Network)
proxy reverso é isolado do seu web server, assegurando que a (C) WAN (Wide Área Network)
requisição não sabe para onde ela vai a seguir; (D) IMAP (Interactive Mail Access Protocol)
- Balanceamento de Carga – Um proxy reverso é
inteligente o suficiente para fazer o que chamamos de 03. (INSS - Técnico do Seguro Social – FCC) Disciplina:
Balanceamento de Carga. Imagine que você possui diversos Noções de Informática | Assuntos: Redes de Computadores;
web servers rodando a mesma aplicação e você deseja Pedro trabalha em uma pequena imobiliária cujo escritório
distribuir as requisições para aquele servidor web que não possui cinco computadores ligados em uma rede com
está ocupado. Um proxy reverso fica responsável por essa topologia estrela. Os computadores nessa rede são ligados por
delegação. Ou seja uma requisição chega ao Proxy Reverso e cabos de par trançado a um switch (concentrador) que filtra e
ele sabe para qual servidor enviar ela; encaminha pacotes entre os computadores da rede, como
- Cache – Você pode colocar um cache no seu proxy mostra a figura abaixo.
reverso, para que, caso a requisição que ele devolva não
necessite de nenhum processamento no web server, o próprio
proxy já devolva a resposta, aumentando a performance da sua
aplicação;
- Criptografia SSL – A criptografia SSL pode ser delegada
ao próprio servidor proxy, ao invés dos servidores Web. Neste
caso, o servidor proxy pode ser dotado de aceleradores
criptográficos de alta performance;
- Compressão – Um servidor proxy pode otimizar e
comprimir o conteúdo tornando o acesso mais rápido;
Certo dia, Pedro percebeu que não conseguia mais se
comunicar com nenhum outro computador da rede. Vários são
Questões
os motivos que podem ter causado esse problema, EXCETO:
(A) O cabo de rede de um dos demais computadores da
01. (TJ-BA - Técnico Judiciário - Prova: FGV) A
rede pode ter se rompido.
implementação física de uma rede de computadores é feita
(B) A placa de rede do computador de Pedro pode estar
com o auxílio de equipamentos de interconexão. Cada um
danificada.
desses equipamentos possui características que determinam
(C) A porta do switch onde o cabo de rede do computador
quando é adequado utilizá-lo na elaboração de um projeto de
de Pedro está conectado pode estar danificada.
uma rede de computadores.
(D) O cabo de rede que liga o computador de Pedro ao
Relacione cada um dos dispositivos de rede com as
switch pode ter se rompido
características apresentadas a seguir.
(E) Modificações nas configurações do computador de
Pedro podem ter tornado as configurações de rede incorretas.
1. Hub
2. Switch
04. (TRE-GO - Técnico Judiciário - CESPE) Disciplina:
3. Bridge (ponte)
Redes de Computadores
4. Roteador
Julgue o item a seguir, a respeito de meios físicos de
transmissão usados em redes de computadores.
( ) filtra e encaminha pacotes entre segmentos de redes
Em cabeamento de par trançado, os enlaces do tipo half-
locais, operando na camada de enlace (camada 2) do modelo
duplex são utilizados para transmitir e receber dados
OSI;
simultaneamente.
( ) ao receber o pacote de dados de uma porta, ele distribui
( )Certo ( )Errado
por todas as outras - opera na camada de física (camada 1) do
modelo OSI;
05. (Câmara de Chapecó/SC - Analista de Informática -
( ) o pacote de dados é enviado unicamente para o
OBJETIVA/2014) Sobre o switch, equipamento essencial para
destinatário de acordo com o endereço MAC (media access
o funcionamento da conectividade de uma rede de
control) - opera na camada de enlace (camada 2) do modelo
computadores, analisar os itens abaixo:
OSI;
I - Os switches são semelhantes a hubs pelo fato de ambos
( ) o pacote de dados é enviado unicamente para o
basearem a conexão por intermédio de bits.
destinatário de acordo com o endereço de rede (IP) - opera na
II - Os switches normalmente operam na camada 4 do
camada de rede (camada 3) do modelo OSI.
modelo OSI.
III - Os quadros recebidos em um switch, em vez de serem
A relação correta, de cima para baixo, é:
propagados para todas as portas, são enviados apenas para a
porta correspondente ao destino.
(A) 1, 2, 3 e 4;
(B) 1, 2, 4 e 3;
Está (ão) CORRETO(S):
(C) 2, 1, 3 e 4;
(A) Somente os itens I e II.
(D) 2, 1, 4 e 3;
(B) Somente os itens I e III.
(E) 4, 3, 1 e 2.
(C) Somente o item II.
(D) Somente o item III.
02. (PM-SC - Soldado da Polícia Militar – IOBV)
Disciplina: Noções de Informática | Assuntos: Redes de
Gabarito
Computadores;
01. C\02. C\03. A\04. Errado. \05. D.
Sobre a estrutura física das redes de computadores em
relação a sua abrangência, podemos afirmar que a _________ é
um conjunto de computadores ligados a grandes distâncias.
Seu sinal é reforçado sempre para que não haja perda nos
dados durante a transmissão dos mesmos.

Noções de Informática 21
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APOSTILAS OPÇÃO

elementares baseadas neste tipo de tomada de decisões


Conceitos básicos e modos simples.
Armazenar dados consiste em manter um dado em um
de utilização de tecnologias, certo local enquanto ele for necessário, de tal forma que ele
ferramentas, aplicativos e possa ser recuperado quando o sistema precisar dele.
procedimentos de Mover dados é executado através do fluxo da corrente
elétrica ao longo de condutores que ligam os pontos de origem
informática. e destino e não depende de elementos ativos.
E controlar dados que são igualmente executados através
de pulsos de corrente, ou "sinais", propagados em condutores
CONCEITOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA elétricos (estes pulsos são interpretados pelos componentes
ativos, fazendo-os atuar ou não dependendo da presença ou
A palavra informática é derivada do francês informatique, ausência dos sinais). Portanto estas duas funções, transporte
vocábulo criado por Philippe Dreyfus, em 1962, a partir do (mover dados) e controle, para serem executadas só
radical do verbo francês informer, por analogia com dependem da existência de condutores elétricos (fios, cabos,
mathématique, électronique, etc. filetes metálicos nas placas de circuito impresso, etc.) não
Em português, podemos considerar a união das palavras exigindo o concurso de componentes ativos.
informação + automática, ou seja, a informação sendo
processada de forma automática. Sistema Binário
Existem ainda pontos de vista que consideram
"informática" a união dos conceitos "informação" e Os computadores utilizam internamente o sistema binário
"matemática". (sistema numérico posicional de base 2). A característica mais
O conceito de Informática, apesar de ser amplo, em termos notável deste sistema numérico é a utilização exclusiva dos
gerais, pode ser definido como a ciência cujo objetivo é o algarismos "1" e "0", os chamados "dígitos binários".
tratamento da informação, estudando seus meios de Através do sistema binário, todas as quantidades e todos
armazenamento, transmissão e processamento em meios os valores de quaisquer variáveis poderão ser expressos
digitais, tendo como seu principal instrumento realizador, o usando uma combinação de um determinado número de
equipamento eletrônico chamado computador (dispositivo dígitos binários, ou seja, usando apenas os algarismos "1" e "0".
que trata estas informações de maneira automática, O uso do sistema binário pelos computadores decorre do
armazenando e processando essas informações). fato dessas máquinas se basearem em circuitos elétricos ou
O termo computação tem origem no vocábulo latim eletrônicos. Isto porque a grande maioria dos componentes de
computatio, que permite abordar a noção de cômputo circuitos elétricos podem assumir apenas um dentre dois
enquanto conta ou cálculo, mas é geralmente usada como estados. Por exemplo: interruptores podem estar fechados ou
sinónimo de informática. Sendo assim, podemos dizer que a abertos, capacitores carregados ou descarregados, lâmpadas
computação reúne os saberes científicos e os métodos. acesas ou apagadas, circuitos energizados ou desenergizados
A informática hoje em dia se aplica a diversas áreas de e assim por diante. Isto facilita extremamente a representação
atividade social, como por exemplo, aplicações multimídia, de grandezas expressas no sistema binário usando estes
jogos, investigação, telecomunicações, robótica de fabricação, componentes.
controle de processos industriais, gestão de negócios, etc., Toda e qualquer grandeza do mundo real, desde as cores e
além de produzir um custo mais baixo nos setores de produção posições dos pontos que formam a imagem da Mona Lisa, os
é o incremento da produção de mercadorias nas grandes compassos, timbres e notas musicais que compõem a Aria da
indústrias. Quarta Corda, o conjunto de caracteres que consubstanciam a
Com o surgimento das redes mundiais (internet - a rede Divina Comédia até a sucessão ordenada de aminoácidos que
das redes), a informação é vista cada vez mais como um formam o DNA dos seres vivos, em suma: toda e qualquer
elemento de criação e de intercâmbio cultural altamente criação humana ou da natureza, seja ela qual for, pode ser
participativo. codificada e representada (com maior ou menor precisão) sob
a forma de um conjunto de números. E estes números podem
Componentes básicos de um computador6. ser expressos no sistema binário. É por isso que o computador
é uma máquina tão versátil e se presta a atividades como
A função de um computador é processar dados. Para calcular, escrever, desenhar, reproduzir músicas ou vídeo.
processá-los é preciso movê-los até a unidade central de
processamento, armazenar resultados intermediários e finais Medição de volume de dados dos computadores
em locais onde eles possam ser encontrados mais tarde e
controlar estas funções de transporte, armazenamento e -Bits e bytes
processamento.
Portanto, tudo que um computador faz pode ser
classificado como uma destas quatro ações elementares:
processar, armazenar, mover dados e controlar estas
atividades.
Por mais complexas que pareçam as ações executadas por
um computador, nada mais são que combinações destas
quatro funções básicas.
Processar dados consiste basicamente em tomar decisões
lógicas. Por exemplo: "compare dois valores e tome um curso
de ação se o primeiro for maior, um curso diferente se ambos
forem iguais ou ainda um terceiro curso se o primeiro for Os computadores interpretam impulsos elétricos, que
menor". Todo e qualquer processamento de dados, por mais recebem o nome de bit (binary digit), cujo conjunto de 8 deles
complexo que seja, nada mais é que uma combinação de ações

6 Fonte Análise De Sistemas Vol. 3 Por Flavia Reisswitz

Noções de Informática 22
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APOSTILAS OPÇÃO

reunidos formam um byte. Estes impulsos podem ser positivos Os sistemas operacionais, de modo geral, consideram por
ou negativos, representados por 0 e 1. exemplo 1 kilobyte equivalente a 1024 bytes, o mesmo com
Sendo o bit representado por dois tipos de valores e o byte megabytes, gigabytes, etc. Já fabricantes de discos rígidos e/ou
representando 8 bits, dois (bit) elevado a 8 (byte) = 256 de dispositivos SSD, por exemplo, consideram 1 kilobyte
números binários, número suficiente para que possamos lidar a 1000 bytes, e assim por diante. Esse é o motivo do sistema
com a máquina. operacional mostrar uma quantidade menor de capacidade de
Os bytes representam letras, acentos, caracteres, armazenamento em relação ao dispositivo.
comandos enviados por dispositivos de entrada de dados, Uma possível solução para esse impasse está nas
instruções, etc. terminologias e abreviações que a International
A tabela ASCII ou American Standard Code for Information Electrotechnical Commission (IEC) criou para indicar as
Interchange (Código Americano Padrão para o Intercâmbio de medições baseadas em 1024 bytes, que são as seguintes:
Informações) abrange um conjunto de valores que
representam caracteres e códigos de controle armazenados ou 1 kibibyte (ou KiB) = 1024 bytes
utilizados em computadores. 1 mebibyte (ou MiB) = 1024 kibibytes
No que se refere aos bits e bytes, tem-se as seguintes 1 gibibyte (ou GiB) = 1024 mebibytes
medidas: 1 tebibyte (ou TiB) = 1024 gibibytes
1 pebibyte (ou PiB) = 1024 tebibytes
1 Byte = 8 bits 1 exbibyte (ou EiB) = 1024 pebibytes
1 kilobyte (KB ou Kbytes) = 1024 bytes 1 zebibyte (ou ZiB) = 1024 exbibytes
1 megabyte (MB ou Mbytes) = 1024 kilobytes 1 yobibyte (ou YiB) = 1024 zebibytes
1 gigabyte (GB ou Gbytes) = 1024 megabytes
1 terabyte (TB ou Tbytes) = 1024 gigabytes Nas medições baseadas em bits: kibibit, mebibit, gibibit,
1 petabyte (PB ou Pbytes) = 1024 terabytes tebibit e assim por diante.
1 exabyte (EB ou Ebytes) = 1024 petabytes Este sistema de medidas elaborado pela IEC é tido como o
1 zettabyte (ZB ou Zbytes) = 1024 exabytes correto, deixando os prefixos quilo, mega, giga, tera, peta, exa,
1 yottabyte (YB ou Ybytes) = 1024 zettabytes zetta e yotta (que são oriundos do Sistema Internacional de
Unidades) representando 1000 bytes e seus múltiplos (isto é,
É também por meio dos bytes que se determina o potências de 10). Assim, as denominações da IEC equivalem às
comprimento da palavra de um computador, ou seja, a representações de 1024 bytes e seus múltiplos (potências de
quantidade de bits que o dispositivo utiliza na composição das 2). Em resumo, essas medições ficam assim:
instruções internas, como por exemplo:
O comprimento da palavra em um computador é 1 Kilobyte = 1000 bytes 1 kibibyte = 1024 bytes
determinado por meio dos bytes ou seja, quantos bits são 1 Megabyte = 1000 kilobytes 1 mebibyte = 1024 kibibytes
utilizados na composição das instruções internas: 1 Gigabyte = 1000 megabytes 1 gibibyte = 1024 mebibytes
8 bits => palavra de 1 byte
16 bits => palavra de 2 bytes 1 Terabyte = 1000 gigabytes 1 tebibyte = 1024 gibibytes
32 bits => palavra de 4 bytes 1 Petabyte = 1000 terabytes 1 pebibyte = 1024 tebibytes
1 Exabyte = 1000 petabytes 1 exbibyte = 1024 pebibytes
Quando é feita entre dispositivos, a transmissão de dados 1 Zettabyte = 1000 exabytes 1 zebibyte = 1024 exbibytes
geralmente usa medições relacionadas a bits e não a bytes, 1 Yottabyte = 1000 zettabytes 1 yobibyte = 1024 zebibytes
também existindo os seguintes termos:
1 kilobit (Kb ou Kbit) = 1024 bits
Sistema computacional7
1 megabit (Mb ou Mbit) = 1024 Kilobits
1 gigabit (Gb ou Gbit) = 1024 Megabits
Um sistema computacional consiste num conjunto de
1 terabit (Tb ou Tbit) = 1024 Gigabits
dispositivos eletrônicos (hardware) capazes de processar
informações de acordo com um programa (software). O
Obs.: quando a medição é baseada em bytes, a letra 'b' da
software mais importante é o sistema operacional, porque ele
sigla é maiúscula (GB, MB). Quando a medição é feita em bits, o
fornece as bases para a execução das aplicações, às quais o
'b' da sigla fica em minúsculo (Gb, Mb).
usuário deseja executar. Exemplos de sistemas operacionais
são o Windows, o Macintosh e o Linux, dentre outros. Um dos
Em relação à transmissões, a medição mais comum é dada
mais utilizados por usuários domésticos hoje é o Windows,
em bits por segundo (Kb/s, Mb/s)
produzido pela Microsoft.
1 Kb/s = 1 kilobit por segundo
Um sistema computacional pode ser composto de rede de
1 Mb/s = 1 megabit por segundo
computadores, servidores e cluster, dependendo da situação e
1 Gb/s = 1 gigabit por segundo
das necessidades.
Um sistema computacional (ou baseado em computador) é
Também é comum o uso de Kbps, Mbps ou Gbps para
aquele que automatiza ou apoia a realização de atividades
expressar a quantidade de bits transferidos, com a terminação
humanas através do processamento de informações.
"ps" se referindo a "per second (por segundo)". No entanto,
Um sistema baseado em computador é caracterizado por
"ps" é uma sigla para picossegundo, de acordo com o Sistema
alguns elementos fundamentais.
Internacional de Unidades, assim, o uso de "/s" é mais
- Hardware
adequado para expressar bits transferidos por segundo.
- Software
- Informações
- Outras medidas
- Usuários
Se você adquirir, por exemplo, um HD de 500 GB, vai
- Procedimentos ou Tarefas
perceber que o sistema operacional do computador mostrará
- Documentação
uma capacidade menor que essa em relação ao dispositivo.

7 Fonte: ANÁLISE DE SISTEMAS VOL. 3 POR FLAVIA REISSWITZ

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O hardware corresponde às partes eletrônicas e mecânicas impressão, de manipulações de informações em um banco de


(rígidas) que possibilitam a existência do software, o dados, etc.
armazenamento de informações e a interação com o usuário. Chamam-se Clientes os computadores que acessam este
A CPU, as memórias primária e secundária, os periféricos, os serviço e as redes que os utilizam são do tipo Cliente-Servidor.
componentes de redes de computadores, são exemplos de Um servidor não precisa necessariamente ser um
elementos de hardware. Um único computador pode computador completo, pode se resumir a uma máquina que
possibilitar a existência de diversos sistemas e um sistema não seja necessariamente um computador, a um software, etc.
pode requisitar diversos computadores. Assim como em relação a computadores interligados em
O software é a parte abstrata do sistema computacional rede, a comunicação entre clientes e servidores é feita através
que funciona num hardware a partir de instruções codificadas de protocolos, ou seja, regras do modo como se dará a
numa linguagem de programação. Estas instruções permitem comunicação entre as partes.
o processamento e armazenamento de informações na forma
de dados codificados e podem ser controladas pelo usuário. Observação:
Este controle, bem como a troca de informações entre o Conceitualmente todos eles realizam funções internas
usuário e o sistema é feita através da interface de usuário, idênticas, mas em escalas diferentes.
composta por hardware e software.
c) Microcomputadores: Pequeno Porte
Classificação dos computadores
Os microcomputadores de pequeno porte são destinados
Quanto aos tipos de computadores podemos classifica-los ao uso pessoal ou a pequenos grupos (PC – Personal Computer
em: ou Computador Pessoal). Podemos dividi-lo em Desktops
(computadores de mesa) ou portáteis, como notebooks ou
a) Mainframes: Grande Porte laptops, tablets, smartphones, PDAs, etc. Estas maquinas
utilizam os mais variados sistemas operacionais, em relação
aos Desktops, os principais deles são o Microsoft Windows, as
distribuições baseadas em Linux (Debian, Ubuntu, Fedora e o
MacOs X) e em relação aos portáteis, os mais utilizados são o
Google, Android, o IOS e o MS Windows.
A arquitetura dos microcomputadores é baseada em
processadores x86 (32 bits), X64 (64 bits) e PowerPCs.
No qual os mais utilizados serão abordados abaixo:

Os mainframes são responsáveis por processar um volume Desktops


gigantesco de informações, possuem grande poder de Os microcomputadores mais utilizados ainda são os
processamento, podendo oferecer serviços a milhares de desktops, pois atendem a várias aplicações.
usuários por rede ou terminais conectados diretamente. O Na maioria das vezes, é composto por:
nome remete ao gabinete principal que abrigava a unidade • Gabinete
central de processamento dos primeiros computadores. São • Monitor
utilizados em ambientes comerciais e grandes empresas, como • Mouse
Bancos, operadoras de energia e telefonia, empresas de • Teclado
aviação, etc.
Necessitam de ambiente especial, tanto pelo tamanho Todos os componentes são interligados por cabo ou ainda
quanto pela necessidade de refrigeração especial. por transmissão via ondas de rádio (RF- Radiofrequência) e
bluetooth, no caso dos periféricos sem fio, que possuem seus
b) Minicomputador: Médio Porte respectivos receptores normalmente no padrão USB.
(Workstation/Servidor)
All in one
Minicomputadores apresentam porte intermediário entre
o mainframe e um microcomputador. Direcionado à empresas
de médio porte, ainda são utilizados principalmente em
servidores e workstations mas, com a evolução dos
microcomputadores, estão perdendo espaço cada vez mais.

- Workstation
São microcomputadores semelhantes a desktops, só que
Estação de trabalho (do inglês Workstation) são os sem gabinete, com placas, processador, drives, portas de
computadores situados entre o computador pessoal e o comunicação todos embutidos no monitor. Estruturalmente a
computador de grande porte. Algumas destas máquinas foram disposição das peças se assemelha mais a um notebook, com
criadas para aplicações de requisitos gráficos acima da média, tudo embutido em uma única estrutura, só que, ao contrário
sendo referidas como Estação gráfica ou Estação gráfica de dos portáteis, teclado e mouse são conectados externamente.
trabalho (Graphical workstation).
Nettop
- Servidor

Consiste em um sistema de computação centralizado


fornecedora de serviços a uma rede de computadores, serviços
estes que podem ser de armazenamento de arquivos, de
páginas de um determinado site, de armazenamento, de envio
e de recebimento de correio eletrônico, de controle de fila de
São desktops em miniatura, muito compactos, que
executam tarefas mais simples, que não exigem muito
Noções de Informática 24
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processamento, como navegar na internet, executar mídias, mercado com a popularização dos Tablets e o surgimento dos
etc. Possuem baixo consumo de energia e são mais baratos que ultrabooks.
um desktop convencional.
Tablet
NUCs Dispositivo portátil, fino, em forma de prancheta com uma
tela sensível ao toque como dispositivo de entrada
(touchscreen), possuindo as mesmas funcionalidades de
outros portáteis, guardadas as devidas proporções. Podemos
citar como exemplo o Ipad, da Apple, que utiliza o sistema
operacional IoS e o Samsung Galaxy Tab que, como a grande
maioria dos dispositivos, utiliza o sistema operacional da
Google, o Android.
Intel NUC.
Smartphones
Os NUCs da Intel são igualmente compactos, mas possuem Etimologicamente, “smart” do inglês “esperto” e phone,
processamento superior, semelhante aos mais avançados telefone, consiste em um celular com funções avançadas,
processadores de desktops, como a 5ª geração do processador graças a seus sistemas operacionais completos que possuem
Intel Core i5-5250U. aplicativos (APPs), que executam as mais diversas
funcionalidades. Podem possuir hardware mais básico, com
Computadores Portáteis redes de dados para acesso à internet e intercomunicação com
Computador portátil é todo aquele que é facilmente computadores pessoais. Podem também possuir hardware
transportado, possuindo todo o conjunto de periféricos avançado, com processamento 3d para jogos avançados e
padrão necessários para seu funcionamento integrados ao possibilidade de filmar em 4k, telas 2k e até mesmo sensores
equipamento e possui uma fonte de energia, como uma bateria de batimentos cardíacos. Os principais sistemas operacionais
por exemplo, que necessita periodicamente ser recarregada. presentes nos smartphones são o IOS da Apple (iPhone), o
Sua principal vantagem perante os outros tipos de Android da Google (Samsung Galaxy S5) e o Windows (Lumia).
computadores é em relação à sua mobilidade, acompanhando
o usuário em qualquer lugar. PDA – personal digital assistant
As desvantagens em relação aos desktops são o custo
elevado em relação à desempenhos inferiores e a pouca O Personal Digital Assistant ou assistente pessoal digital
flexibilidade em relação ao hardware do equipamento, exceto pode ser considerado um pequeno computador, que cumpre
pelos periféricos, onde não podemos fazer muitos “upgrades” as funções de agenda e instrumento complementar de
(atualizações), como podemos fazer em um desktop, por informática, com interconexão a computadores e acesso a rede
exemplo uma placa gráfica de um notebook é embutida na sem fios. A maioria utiliza o sistema operacional Windows
placa mãe ou no processador (APU - Accelerated Processing Mobile (baseado no Windows CE da Microsoft).
Unit), não sendo possível altera-la. Sendo assim, usuários de
aplicações gráficas, tanto para manipulação de vídeos quanto Hardware
jogos, para citar alguns exemplos, devem escolher notebooks
já com placa gráfica dedicada. Apesar de limitado também em O hardware abrange a parte física, ou seja, todos os
relação a seu monitor embutido, os portáteis em geral tem componentes presentes em um computador, sejam eles
saídas para conexão em televisores e monitores diversos, internos (placas, drives) ou externos (periféricos). De forma
podendo utilizar o mesmo como monitor principal, extensão geral, um microcomputador é composto por:
do monitor, etc.
O recurso Wireless ou Wi-fi, presente em praticamente - Gabinete;
todos os portáteis, torna simples o acesso à internet em - Fonte de Energia;
diversos ambientes, como aeroportos, restaurantes, etc., além - Placa Mãe;
de interligar diversos dispositivos diferentes em um mesmo - Disco Rígido (HD - Hard Drive ou Winchester);
ambiente. - Drive CD/DVD;
Um portátil deve ser pensado, principalmente, por pessoas - Periféricos.
que precisam de espaço ou mobilidade.
Software
Notebook
O notebook, também denominado laptop ou computador Software é todo programa instalado no computador,
portátil, é projetado para ser facilmente transportado para inclusive o sistema operacional. O sistema operacional é o
diferentes lugares. Geralmente, é composto por uma tela de principal programa instalado no computador, é ele que
cristal líquido (LED), teclado, um touchpad, dispositivo controla todas as funções e processos dos outros programas
sensível ao toque que faz o papel de mouse, drive gravador de que foram instalados após ele. Podemos citar como exemplo
cd/dvd, disco rígido/HD (em alguns casos até com SSD-Solid de software: sistema operacional Windows, processador de
State Disk, muito mais rápidos que os HDs convencionais), texto (Word), software para elaboração de planilhas
portas para conectividade via rede local e portas USB, além de eletrônicas (Excel), software para elaboração de slides e
conectores VGA (RGB) e/ou HDMI para conectar-se monitores apresentações (PowerPoint), software para gerenciamento de
e/ou tvs. banco de dados (Access), software para edição e tratamento de
imagens (Photoshop), software antivírus etc. Um software
Netbooks pode ser desenvolvido ou personalizado sob demanda,
São versões menores e mais baratas dos notebooks visando atender as necessidades e particularidades de uma
convencionais, com hardware limitado e baixa performance. empresa ou instituição por exemplo.
Não possuíam drive de cd/dvd, são mais leves e tinham maior Existem diversas nomenclaturas utilizadas para
autonomia em relação à bateria, além de possuírem as mesmas caracterizar um software: programa, sistema, aplicação etc.
funcionalidades padrão de um notebook. Começaram a perder

Noções de Informática 25
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões Gabarito

01. (Pref. de Itapema/SC - Técnico Contábil - 01. C \ 02. E \ 03. E \ 03. A.


CONCURSOS/2016). O computador é uma máquina com uma
grande capacidade para processamento de informações, tanto
em volume de dados quanto na velocidade das operações que Conceitos e modos de
realiza sobre esses dados. Basicamente, o computador é utilização de aplicativos para
organizado em três funções, as quais são: entrada de dados,
processamento de dados e saída de dados. edição de textos, planilhas e
De acordo com o texto, marque a alternativa que preenche apresentações utilizando-se a
as lacunas corretamente. suíte de escritório Microsoft
____________ é o nome que se dá para a parte física do
computador. É tudo que você pode tocar (mouse, teclado, Office 2010 e LibreOffice 5 ou
componentes em geral). superior.
____________ é o nome que se dá a toda parte lógica do
computador.
WORD 2010 8
(A) Software - Programas
(B) Hardware - Drivers Tela inicial Word
(C) Hardware – Software
(D) Software - Hardware

02. (FUNPRESP/EXE - Nível Superior - IADES). Em


relação aos conceitos de informática básica, assinale a
alternativa correta.
(A) Uma memória de 1 megabyte possui 1.000.000 bytes.
(B) O barramento de endereço é responsável pelo
transporte de dados.
(C) Um monitor com tela touch é considerado dispositivo
de saída de dados.
(D) A memória cache é a principal memória de um
computador.
(E) Para conectar o computador a uma rede de dados,
deve-se utilizar uma placa de rede, podendo ser sem fio ou por
cabo.

03. (BRDE - Analista de Sistemas - AOCP). Sobre Barra de ferramentas de acesso rápido: Permite acessar
Processadores, analise as assertivas e assinale a alternativa opções do Word de forma ágil. Ao clicar na seta ao lado direito
que aponta a(s) correta(s). desta barra é possível personalizá-la, adicionando atalhos
I. A CPU é o 'cérebro' do computador, sua função é executar conforme sua necessidade.
programas armazenados na memória principal, buscando suas Salvar: Permite gravar o documento no computador, se for
instruções, examinando-as e então executando-as uma após a a primeira vez a será iniciada a tela de salvar como, para que
outra. você nomeie o arquivo e escolha o local onde o mesmo será
II. Barramentos podem ser externos à CPU, conectando-a à armazenado. Caso o documento já tenha sido salvo esta opção
memória e aos dispositivos E/S, mas também podem ser apenas grava as alterações. O atalho usado para salvar é CTRL
internos à CPU. + B.
III. A CPU é composta por várias partes distintas. A unidade Desfazer: Desfaz a última ação realizada, por exemplo: se
de controle é responsável por buscar instruções na memória você apagou algo sem querer é possível recuperar desfazendo
principal e determinar seu tipo. a ação por meio deste atalho ou através do atalho CTRL + Z.
IV. A unidade de aritmética e lógica efetua operações como Note na imagem acima que o item 1.2 está colorido e o item 1.3
adição AND (E) booleano para executar as instruções. está sem cor, quando o item está colorido significa que é
possível usar este atalho, quando não está colorido a função
(A) Apenas I. está desabilitada é não é possível usá-la. A seta ao lado da
(B) Apenas I, II e III. opção permite selecionar qual ação deve ser desfeita.
(C) Apenas I, III e IV. Refazer: Repete uma ação executada recentemente,
(D) Apenas II, III e IV. quando o atalho desfazer é acionado é possível acionar o botão
(E) I, II, III e IV. refazer para deixar o documento como antes. O atalho da
opção refazer é CTRL + R.
04. (SEFAZ/PB - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais - Personalizar barra de ferramentas de acesso rápido:
FCC). O BIOS de um microcomputador é basicamente: Permite adicionar atalhos na barra de ferramentas de acesso
(A) um sistema de controle de rotinas de entrada e saída. rápido.
(B) uma memória de massa. Título do documento: Local onde é exibido o nome e o tipo
(C) um slot de memória regravável. do arquivo.
(D) um chip de memória de acesso randômico. Botões de controle de janela: Permite minimizar,
(E) um sistema operacional de interface gráfica. maximizar ou fechar o documento.
Minimizar: Reduz a janela a um botão na barra de tarefas.
Maximizar: Amplia a janela até ocupar toda a área de

8 Partes do texto extraído do site https://support.office.com/pt-br/

article/Tarefas-b%C3%A1sicas-no-Word-2010-eeff6556-2d15-47d2a04a-
7ed74e99a484?ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR

Noções de Informática 26
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APOSTILAS OPÇÃO

trabalho, ao clicar novamente o tamanho da janela retornara


ao tamanho original.
Fecha a janela atual. Caso o arquivo tenha sido alterado e
não salvo uma caixa de diálogo será exibida para lembrar o
usuário de salvar o arquivo.
Ajuda: Permite acesso a ajuda do office, que pode ser
acessada através do botão F1. É possível consultar as dúvidas
digitando o assunto na caixa de pesquisa e clicar em pesquisar,
a ajuda pode ser localizada Online (abre o site da Microsoft
através do navegador padrão do computador) ou Offline
(pesquisa nos arquivos de ajuda que são instalados junto com
o Word 2010).
Barra de rolagem vertical: Permite navegar entre as Localização do menu “Arquivo”
páginas do documento, através das setas ou da barra.
Zoom: Permite ampliar ou reduzir o tamanho da área de
visualização do documento, aumentar ou diminuir o zoom não
interfere na impressão para aumentar o tamanho da letra de
um texto devemos aumentar o tamanho da fonte.
Modo de exibição de texto: Permite selecionar diferentes
modos de visualização do documento.
Idioma: Permite selecionar o idioma padrão do
documento, o idioma selecionar afeta como o corretor
ortográfico irá funcionar.
Contador de palavras: Conta o número de palavras em uma
seleção ou no texto todo.
Número de página do documento: Permite visualizar o
número de páginas que o documento tem e em qual página o
usuário está no momento. Clicando neste item é possível
acessar a opção ir para que permite localizar páginas.
Barra de rolagem horizontal: Quando o tamanho da janela
é reduzido ou o zoom é aumentado e a página não pode ser
toda exibida na tela a barra se torna visível para que seja
possível percorrer o documento na horizontal.
Itens do menu “Arquivo”

Local de edição do documento: É onde o documento é


Novo
criado, no Word é possível inserir texto, imagens, formas,
Ao selecionar a opção “Novo”, serão demonstrados os
gráficos...
modelos disponíveis para a criação de um novo arquivo, que
pode ser um documento em branco ou um modelo do Word,
Abas de opções de formatação do documento: Através das
que permite criar um tipo específico de documento, como um
opções disponíveis em cada aba é possível formatar o
plano de negócios ou um currículo.
documento, existem sete abas que estão visíveis o tempo todo
no Word:
Salvar
Abas com opções para formatação de textos do Word.
O Word 2010 oferece duas opções para guardar um
arquivo, essas opções são “Salvar” e “Salvar como”. Cada uma
Página inicial: Opções de formatação do texto.
delas tem uma função diferente, a opção “salvar” deve ser
Inserir: Opções para inserção de imagens, gráficos,
utilizada quando o documento utilizado já foi salvo pelo menos
símbolos, caixas de texto, tabelas...
uma vez, o que permite que ao fecharmos o arquivo tudo o que
Layout da Página: Opções de formatação de página e
foi alterado no mesmo não seja perdido. A opção “Salvar como”
organização dos objetos do documento.
é utilizada quando há a necessidade de salvar uma cópia do
Referências: Opções para configuração de sumário,
arquivo com um nome diferente, para que as alterações
legenda, citações...
realizadas não fiquem gravadas no arquivo original.
Correspondências: Opções para configuração de mala
direta.
Imprimir
Revisão: Opções de revisão de texto, idioma, proteção e
Permite que seja realizada a impressão do documento,
bloqueio do arquivo...
selecionando o número de cópias a impressora e configurar as
Exibição: Opções de configuração de exibição do
opções de impressão.
documento.

Menu arquivo: acessa opções de manipulação de


documentos

As opções de manipulação de documentos do Word 2010


estão localizadas no menu “Arquivo”

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As propriedades de um documento são detalhes de um


arquivo que o descrevem ou identificam. As propriedades
incluem detalhes como título, nome do autor, assunto e
palavras chave que identificam o tópico ou o conteúdo do
documento.

Estrutura básica dos documentos

Os Editores de texto, assim como é o Microsoft Word 2010,


são programas de computadores elaborados para edição e
formatação de textos, essas formatações são em cabeçalhos e
rodapés, fontes, parágrafos, tabelas, trabalhos com textos em
colunas, numerações de páginas, referências como índices,
notas de rodapé e inserção de objetos.
Seu formato de gravação é DOCX e os documentos além das
características básicas citadas acima possuem a seguinte
estrutura:
• Cabeçalho;
• Rodapé;
• Seção;
• Parágrafos;
• Linhas;
• Paginas;
Tela de configuração de impressão do Word2010
• Números de Páginas;
Impressora – neste item o usuário escolhe a impressora • Margens;
para o envio do documento a ser impresso.
Propriedades da impressora – o usuário define as Aba página inicial
configurações da impressora, exemplo: Se na impressão será A aba página inicial permite que você adicione texto,
utilizado somente o cartucho de tinta preto. formate a fonte e o parágrafo, configure estilos de formatação
Configurações – permite que o usuário configure as e permite localizar substituir ou selecionar determinadas
páginas a serem impressas, como por exemplo, impressão partes do texto.
total do documento, imprimir apenas páginas pares ou
ímpares, imprimir um trecho do texto selecionado ou páginas Área de transferência
intercaladas. Auxilia nos procedimentos de Copiar, Recortar, Colar e na
Páginas: permite definir quais páginas serão impressa, se utilização do pincel de formatação.
forem páginas intercaladas essas devem ser separadas por
vírgula (por exemplo, para impressão das páginas 1 e 5, ficaria
1,5) ou então para impressão de intervalos, ou seja, para
impressão das páginas de 2 a 6 ficaria 2-6, é possível imprimir
páginas intercaladas e intervalos um exemplo seria 2,5,6-9
nesse caso serão impressas as páginas, 2, 5, 6, 7, 8 e 9.
Imprimir em um lado: permite-nos selecionar se a
impressão irá ocorrer somente de um lado, ou dos dois lados Opções da Área de Transferência
da página.
Agrupado: é a opção onde definimos como a impressora Colar: Permite adicionar ao documento uma imagem ou
vai agrupar as páginas impressas, por exemplo: Em um texto copiado do navegador de internet, de uma planilha do
documento onde temos três páginas e queremos que sejam Excel, de uma apresentação do Power Point ou mesmo do
impressas três cópias do mesmo, ao utilizar o modo agrupado próprio Word.
a impressora irá imprimir todas as páginas da primeira cópia, A tecla de atalho utilizada é a combinação (CTRL + V)
em seguida todas as páginas da segunda cópia e em seguida Recortar: Remove a seleção, adicionando-a na área de
todas as páginas da terceira cópia. Se for selecionada a opção transferência, para que o conteúdo seja colado em outro local,
desagrupado a impressão seria primeiro as 3 páginas nº 1, em seja ele no mesmo documento ou em outro. A tecla de atalho
seguida as 3 páginas nº 2 e depois as 3 páginas nº 3. utilizada é a combinação (CTRL + X)
Orientação da Página – Permite que as páginas sejam Copiar: Copia a seleção, adicionando-a na área de
impressas em configurações e paisagem ou retrato. transferência, para que o conteúdo seja colado em outro local,
Tamanho do Papel – Seleciona tamanhos de papel padrão seja ele no mesmo documento ou em outro. A tecla de atalho
para impressão como, por exemplo, A3, A4, Ofício, é possível utilizada é a combinação (CTRL + C)
incluir um tamanho personalizado se necessário. Pincel de Formatação: Permite que a formatação de um
Configurações de Margem de Impressão – Essas texto por exemplo, seja copiada, ao visualizar determinada
configurações podem ser feitas previamente a impressão ou se formatação você pode selecioná-la, clicar no pincel de
o usuário preferir é possível inseri-las no momento da formatação, neste momento o cursor do mouse vai ficar no
impressão. formato de um pincel, agora todo o texto que você selecionar
Quantidade por página – Esta opção cria miniaturas de receberá a mesma formatação da seleção que foi feita
páginas onde é possível que sejam impressas várias páginas anteriormente. A tecla de atalho utilizada é a combinação
por folha, se o papel utilizado for o papel A4, é possível (CTRL + Shift + C) para copiar e (CTRL + Shift + V) para colar.
imprimir até 16 páginas por folha.
Fonte
Propriedades As fontes são definidas a partir de seu estilo, tipo e
Ainda na opção informações é possível visualizar as tamanho, o Word, trabalha com as chamadas fontes True Type
propriedades do documento. gravadas sob o formato .ttf, o local de armazenamento das

Noções de Informática 28
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fontes é no diretório Fonts dentro da pasta Windows, essas 158


não ficam só disponíveis para o Word, mas sim para todos os Efeitos de texto: Permite adicionar efeitos ao texto como
programas do computador. sombra, reflexo ou brilho. Ao clicar na seta ao lado do atalho
Na barra de ferramentas padrão da aba página inicial do de efeitos temos algumas opções disponíveis para aplicar no
Word, estão disponíveis em forma de ícones todas as opções texto selecionado.
para formatações de texto, como veremos a seguir: Cor do Realce do texto: Faz com que o texto selecionado
fique como se tivesse sido selecionado por um marcador de
texto.
Cor da fonte: Muda a cor do texto selecionado. Podemos
escolher uma cor sugerida ou clicar em mais cores para
visualizar mais opções de cores, ou ainda utilizar a opção
Grupo de opções para formatação de fonte gradiente que permite escolher uma combinação de cor para a
fonte.
Nome da Fonte: Os nomes das fontes estão relacionados Formatação de Parágrafos, são utilizadas para alinhar o
diretamente com seus estilos, por padrão o Word 2010 o Word texto, criar recuos e espaçamentos entre parágrafos, conforme
sugere a utilização das fontes Calibri e Cambria, também existe a necessidade do usuário.
uma área onde ficam armazenas as fontes que foram usadas Texto alinhado à Esquerda – Alinha todo o texto
recentemente, como no exemplo a seguir: selecionado a esquerda da página.
Tamanho da Fonte: ao lado da caixa onde fica definido o Texto Centralizado – Centraliza o texto no meio da
nome da fonte utilizada temos a caixa de seleção dos tamanhos página.
das fontes, exemplo: 8, 9, 10, 11 e assim por diante, se Texto alinhado a Direita – Faz com que o texto
necessário, o usuário também pode digitar um valor numérico selecionado fique alinhado a direita da página.
nesta caixa e pressionar a tecla Enter para fixar o tamanho Texto alinhado Justificado – Alinha todo o texto de forma
desejado, ainda podemos utilizar os ícones aumentar ou justificada, ou seja, o texto selecionado fica alinhado
diminuir o tamanho do texto. Há a possibilidade de utilizar perfeitamente tanto a esquerda, quanto a direita.
também as teclas de atalho (Ctrl + Shift + >) para aumentar o Marcadores e Numeração - é uma ferramenta
tamanho da fonte ou (Ctrl + Shift + <) para diminuir o tamanho fundamental para elaboração de textos seja um texto
da fonte. profissional, doméstico ou acadêmico. O Word disponibiliza
três tipos de marcadores que são:
Marcadores (são exibidos em forma de símbolos)
Numeração (são exibidos em forma de números e até
mesmo letas)
Legenda dos atalhos para fonte Lista de vários Níveis (são exibidos níveis para o
marcador exemplo, 1.1 ou 2.1.3)
Maiúsculas e Minúsculas: Altera todo o texto selecionado
de acordo com as opções a seguir: Espaçamento
Texto Formatado
utilizado
MICROSOFT WORD 2010
Espaçamento de 1,0 pt
Os Editores de texto, assim como é
o Microsoft Word 2010, são
programas de computadores 1,0 pt
elaborados para edição e
formatação de textos.
Opções do menu Maiúsculas e Minúsculas
MICROSOFT WORD 2010
Espaçamento de 1,5 pt
Limpar Formatação: Limpa toda a formatação do texto.
Os Editores de texto, assim como é
Deixando-o com a formatação do estilo Normal.
o Microsoft Word 2010, são
Negrito: Torna o traço da escrita mais grosso que o comum.
programas de computadores 1,5 pt
Pode ser aplicado ao selecionar um texto ou palavra e clicar no
elaborados para edição e
atalho do grupo de opções fonte ou usando a combinação (Ctrl
formatação de textos.
+ N). Ex:
MICROSOFT WORD 2010
Itálico: Deixa a fonte levemente inclinada à direita. Pode
Espaçamento de 2,0 pt
ser aplicado ao selecionar um texto ou palavra e clicar no
Os Editores de texto, assim como é
atalho do grupo de opções fonte ou usando a combinação (Ctrl
o Microsoft Word 2010, são
+ I). Ex:
programas de computadores 2,0 pt
Sublinhado: Sublinha o texto, frase ou palavra selecionada,
elaborados para edição e
inserindo uma linha abaixo da mesma. Pode ser aplicado ao
formatação de textos.
selecionar um texto ou palavra e clicar no atalho do grupo de
opções fonte ou usando a combinação (Ctrl + S). Ex:
Sombreamento nos parágrafos – Realça todo o
Tachado: Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
parágrafo, diferenciando do item Cor do Realce do Texto.
Ex:
Bordas – as bordas inferiores são utilizadas para criar
Exemplo de texto tachado.
linhas em volta do texto selecionado, basta selecionar o texto
Subscrito: Cria letras ou números pequenos abaixo do
desejado e escolher as bordas desejadas:
texto.
Tem como atalho a combinação de teclas (Ctrl + =). Ex:
Aba inserir
H2O
As ferramentas dessa área são utilizadas para inserção de
Sobrescrito: Cria letras ou números pequenos acima do
objetos nas páginas do documentos, estas, são divididas pelas
texto. Tem como atalho a combinação de teclas (Ctrl + Shift +
seguintes categorias:
+) . Ex :
Página – Insere ao documento objetos como folha de rosto,

Noções de Informática 29
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página em branco ou quebra de página (envia o texto ou cursor demonstrado na imagem localizada no item estrutura básica
para a próxima página). dos documentos.
Tabelas – Cria no documento tabelas com o número de Número de Página – Insere uma sequência numérica às
colunas e linhas especificado pelo usuário, nesse MENU, páginas, sendo no cabeçalho ou no rodapé e na esquerda ou
também são disponibilizadas ferramentas como “desenhar direita.
tabela” (permite que o usuário fique livre para desenhar sua Textos – Caixa de Texto (insere uma caixa de texto
tabela), “Planilha do Excel” (importa uma planilha do Excel préformatada), Partes Rápidas (insere trechos de textos
para dentro do Documento do Word) e “Tabelas Rápidas” (Cria reutilizáveis configurados pelo usuário), WordArt (inclui um
modelos de tabelas pré-definidos como calendários, matrizes, texto decorativo ao documento) e Letras Capitular (cria uma
etc.). letra maiúscula grande no início do parágrafo).
No Word 2010, sempre que inserimos algum objeto que Campos pré-definidos (Linha de Assinatura e Data e
possua configurações adicionais, ou seja que não estão Hora) – A Linha de Assinatura insere um campo automático
disponíveis nos sete menus iniciais, submenus são adicionados que necessita de prévia configuração com a especificação para
para auxiliar na formatação do objeto, quando inserimos uma uma pessoa assinar o documento, caso o usuário possua uma
tabela por exemplo, as abas Design e Layout ficam disponíveis, assinatura digital, então poderá utilizá-la, o campo Data e Hora
pois são abas que só aparecem quando estamos formatando insere em diversos formatos a data e/ou hora do computador.
uma tabela. Símbolos – utilizado para inserção de fórmulas
matemáticas (já existentes no computador ou criadas pelo
Ferramentas de Tabela aba Design usuário) ou símbolos não disponíveis no teclado.
1-Opção ferramentas de tabela, traz as abas Design e Layout da Página
Layout que são usadas para a formatação de tabelas. Nessa área ficam dispostas as opções de formatações
2-Aba Design: Permite configurar cores, estilos de borda e gerais de Layout da página ou do documento a ser trabalhado,
sombreamento de uma tabela. como configurações de margens, orientações da página,
3-Aba Layout: Permite configurar a disposição do texto ou colunas e tamanhos:
imagem dentro da tabela, configurar o tamanho das colunas e Margens – permite que o usuário atribua configure as
linhas e trabalhar com os dados da tabela. margens superior, inferior, direita e esquerda da página, o
Word 2010 já traz em sua configuração padrão margens
Ilustrações – Permite a inserção de Imagens (arquivos de préconfiguradas, porém, mas é possível incluir suas próprias
imagens do computador), ClipArt (arquivos de mídia, como configurações, clicando em “Margens Personalizadas”.
ilustrações, fotografias, sons, animações ou filmes, que são Orientação – Altera o layout da página para retrato ou
fornecidos no Microsoft Office), Formas (Formas paisagem.
geométricas), SmartArts (Diagramas), Gráficos (Importa do
Excel gráficos para ilustração de dados), Instantaneo(insere
uma imagem de um programa que esteja minimizado na barra
de tarefas).
Ao inserir uma imagem temos acesso as opções de
formatação de imagem, que vem através de uma nova aba.
Através dela é possivel fazer ajustes na imagem, definir estilos,
organizar ela no texto e definir seu tamanho.

Tamanho – Permite que o usuário escolher um tamanho


de papel para o documento, assim como em todas as outras
configurações existem tamanhos padrões, mas é possível
personaliza-los.
Ferramentas de Imagem: Aba Formatar Colunas – divide o texto da página em uma ou mais
colunas. Essa opção é muito utilizada para diagramações de
Ao inserir formas também temos acesso a uma nova aba livros, apostilas, revistas, etc.
Formatar que faz parte da opção ferramentas de Desenho. Quebra de Página – Adiciona Página, seção ou quebras de
Onde é possível escolher outras formas, colorir, definir textos coluna ao documento.
para as formas, organiza-la no documento e configurar seu
tamanho. Aba Referências
Link – Utilizado para criar ligações com alguma página da
WEB ou para ativar algum cliente de e-mail ativo no A aba de Referencias possui um amplo conjunto de
computador. ferramentas a serem utilizadas no documento, como por
Também podemos criar uma referência cruzada, ela exemplo, índices, notas de rodapé, legendas, etc.
permite criar vínculos com outras partes do mesmo Sumário – Ferramenta para elaboração do Índice principal
documento. Por exemplo, você pode usar uma referência do documento, este pode ser criado a partir de Estilos pré-
cruzada para criar vínculo com uma imagem que aparece em estabelecidos ou por meio de inserção de itens manualmente.
algum lugar no documento. A referência cruzada aparece como Nota de Rodapé – Utilizada para referenciar algo do texto
um link que leva o leitor até o item referenciado. no rodapé da página, essas são numeradas automaticamente.
Notas de Fim – Semelhante a Nota de Rodapé, porém não
Cabeçalho e Rodapé – Edita o cabeçalho e o rodapé do aparece no rodapé e sim no final do texto.
documento, aplicando sua configuração a todas as páginas. Citação Bibliográfica – Permite que sejam inseridas
Sendo que o cabeçalho está localizado na parte de cima do informações como autor, título, ano, cidade e editora na
documento e o rodapé na parte de baixo, conforme citação.

Noções de Informática 30
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APOSTILAS OPÇÃO

Legenda – Utilizada para criar legendas de tabelas e


figuras, pode ser utilizado como índice de ilustrações e tabelas.
Índice - É uma lista de palavras encontradas no
documento, juntamente com o número das página em que as
palavras aparecem.

Revisão
A guia revisão nos traz ferramentas de ortografia e
gramática, Contador de palavras, Comentários e etc. Todas as
funcionalidades desta guia servem para a realização uma Opções par correção gramatical.
revisão geral no documento com a finalidade de realizar
buscas de erros no texto. Comentários
A opção de Ortografia e gramatica serve para auxiliar a Permite que um comentário seja adicionado em uma
correção do documento, onde é possível corrigir palavras seleção.
escritas de forma errada ou corrigir a forma como
determinados símbolos foram inseridos.

Exemplo de texto com comentário.


PRINCIPAIS TECLAS DE ATALHO DO WORD
CTRL + Insere uma quebra de página (pulando
ENTER para a seguinte).
CTRL + D (ou Abre a tela de formatação de fontes.
ALT + K)
CTRL + K Insere um elemento externo (como uma
imagem) no texto.
Verificação ortográfica e gramatical
CTRL + Z Desfaz as últimas ações.
CTRL + Transforma todas as letras do texto
O Word identifica erros de ortografia e gramatica através
SHIFT + A selecionado em maiúsculas ou desfaz a
de sublinhados, o sublinhado vermelho abaixo de uma palavra
operação.
no Word indica possíveis erros de ortografia, é uma palavra
CTRL + Transforma todas as letras do texto
não reconhecida, onde o usuário pode optar por corrigi-la ou
SHIFT + K selecionado em minúsculas (caixa baixa)
adicionar esta palavra ao dicionário. Basta clicar com o botão
ou desfaz a operação;
direito do mouse sobre a palavra para ver as sugestões. Faz
parte das opções de ortografia e gramática a sugestão de SHIFT + F1 Revela qual é a formatação do texto atual.
escrita da pala, que na imagem abaixo sugere que a palavra CTRL + G; Alinha o parágrafo, respectivamente, à
seja escrita com letra maiúscula, podemos ignora o aviso do CTRL + Q; direita, à esquerda, central e de forma
Word, assim o sublinhado desaparece desta palavra, podemos CTRL + E; justificada.
ignorar tudo, para que não apareça o sublinhado todo o CTRL + J
documento onde a palavra está escrita ou adicionar ao CTRL + 1; Define o espaçamento entre linhas em
dicionário para que a palavra não seja reconhecida como CTRL + 2; espaço simples, duplo ou 1,5,
errada novamente em nenhum documento do Word escrito CTRL +5 respectivamente.
neste computador, porém o usuário deve tomar cuidado pois CTRL + Aumenta ou diminui o zoom do texto na
ao adicionar uma palavra escrita de forma errado no ROLAGEM tela.
dicionário a correção ortográfica não irá sugerir correção para DO MOUSE
a mesma em nenhum momento. ALT + CTRL Divide a janela de exibição do documento
+S em duas.
CTRL + V + Cola o texto da área de transferência sem
CTRL + T formatação da origem.
CTRL + Aumenta ou diminui a fonte de um texto
SHIFT + < ou selecionado;
>
CTRL + Aplica as marcações de itens (bullets).
SHIFT + L
CTRL+ Copia o estilo do texto;
SHIFT + C
Opções de correção ortográfica.
F4 Repete a última ação.
O sublinhado verde abaixo de uma palavra indica possíveis F5 Abre a caixa de inserção. Permite
erros gramaticais. adicionar páginas em branco, paginação,
comentários e notas de rodapé, entre
outros.
CTRL + Vai para o início ou para o fim do
Home; CTRL documento.
+ End

Noções de Informática 31
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APOSTILAS OPÇÃO

Ativar ou desativar o controle de alterações

Você pode personalizar a barra de status para adicionar


um indicador que avise quando o controle de alterações está
ativado ou não. Quando o recurso Controlar Alterações está
ativado, você pode ver todas as alterações feitas em um
documento. Quando estiver desativado, você pode fazer
alterações em um documento sem marcar o que mudou.

Ativar o controle de alterações


Na guia Revisão, no grupo Controle, clique na imagem de
Controlar Alterações.
(A)O documento contém 1 página e está formatado com 2
Para adicionar um indicador de controle de alterações na
colunas.
barra de status, clique com o botão direito do mouse na barra (B)A primeira página está sendo exibida em modo de
de status e clique em Controlar Alterações. Clique no indicador impressão e a segunda página, em modo de layout web.
Controlar Alterações na barra de status para ativar ou (C)O documento contém 2 páginas, sendo a primeira em
desativar o controle de alterações. orientação paisagem e a segunda, em orientação retrato.
(D)O documento contém 1 página, sendo que o primeiro
Desativar o controle de alterações quadro é dedicado a anotações do autor do texto.
Quando você desativa o controle de alterações, pode (E)O documento está 40% preenchido.
revisar o documento sem marcar as alterações. A desativação
do recurso Controle de Alterações não remove as alterações já
Gabarito
controladas.
Na guia Revisão, no grupo Controle, clique na imagem de
01. C./02. B.\03. C.
Controlar Alterações.
Para adicionar um indicador de controle de alterações na
EXCEL 2010
barra de status, clique com o botão direito do mouse na barra
de status e clique em Controlar Alterações. Clique no indicador Excel é um programa de planilhas do sistema Microsoft
Controlar Alterações na barra de status para ativar ou Office, desenvolvido para formatar pastas de trabalho (um
desativar o controle de alterações. conjunto de planilhas) para analisar dados e tomar decisões de
negócios mais bem informadas9.
Questões A indicação do Excel é para pessoas e empresas que
desejam manter controles contábeis, orçamentos, controles de
01. No Microsoft Word 2010, em sua configuração padrão, cobranças e vendas, fluxo de caixa, relatórios, planejamentos,
as configurações de parágrafo e estilo são encontradas na guia: acompanhamentos gerais (pontos eletrônicos, estoques,
(A)Inserir.
clientes, etc.), calendários, e muito mais.
(B)Layout da Página.
(C)Página Inicial.
Tela inicial do Excel
(D) Exibição.
(E) Revisão.
É composta por várias ferramentas, ao longo deste capítulo
abordaremos cada uma dessas ferramentas e seus respectivos
02. (Pref. de Trindade/GO - Monitor de Educação atalhos.
Infantil - FUNRIO). A questão, a seguir, refere-se ao software
Microsof Word 2010, instalação padrão em português.
Considere os seguintes padrões de digitação de palavras:

Para alterar a digitação de uma palavra do padrão I para o


padrão II e, em seguida, para o padrão III, é necessário
selecionar a palavra e acionar, duas vezes seguidas, o seguinte
conjunto de teclas:
(A)CTRL + F2 Tela Inicial do Microsoft Excel
(B)SHIFT + F3
(C)CTRL + TAB Estrutura geral das planilhas
(D)CTRL + ALT + A
(E)CTRL + Caps Lock As planilhas do Excel são formadas por três conceitos
básicos linha, coluna e célula.
03. Assinale a alternativa correta, sobre o documento a Abaixo, podemos visualizar que ao lado esquerdo da figura
seguir, criado no Microsoft Word 2010, em sua configuração existe uma sequência numérica, que vai de 1 a 1.048.576,
original, com o cursor posicionado na segunda página. então, cada um desses números representa uma linha da
planilha:

9 Base - Introdução ao Excel 2010 - https://support.office.com/pt-

br/article/Introdução-ao-Excel-2010-d8708ff8-2fbd-4d1e-8bbb-5de3556210f7

Noções de Informática 32
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APOSTILAS OPÇÃO

Intervalo de células A1: C3

Pasta de Trabalho do Excel


Linhas de uma Planilha do Excel
Para criar uma nova pasta de trabalho, no Excel
As colunas ficam dispostas na parte superior e sempre seguiremos os passos a seguir:
estarão indicadas por letras (A, B, C, D... X, Y, Z, AA, AB, AC...) 1 – Clique no MENU Arquivo em seguida clique em Novo,
que vão de A até XFD, isso corresponde a 16.384 colunas, como como no exemplo abaixo:
segue abaixo na ilustração: 2 – Selecione um dos Modelos Disponíveis desejados, como
estamos criando uma Nova Pasta de Trabalho em Branco,
selecionaremos tal documento como mostra na ilustração a
seguir:

Controles de alunos, cartão de ponto, calendários, folhas de


despesas, controles de finanças (individual, acadêmico,
Colunas de uma Planilha do Excel familiar, doméstico, empresarial e pequenas empresas),
controles de faltas (funcionário, alunos, etc), folhas de
As células são as unidades de uma planilha dedicadas à orçamentos, balanços, calendários, etc.
inserção e armazenamento de dados, como mostram na Abaixo seguem alguns exemplos de modelos disponíveis,
imagem abaixo. ainda é válido lembrar que ao adentrar em cada diretórios
disponível nos “Modelos prontos do Office” temos disponíveis
dezenas de modelos.
Ao criar uma nova pasta de trabalho são inseridas por
padrão três planilhas do Excel, estas planilhas estão
localizadas na parte inferior esquerdo como mostra a figura
seguinte.
Célula A1

A interseção de uma linha com uma coluna forma uma


célula, sempre que a célula estiver exibida com uma borda
destacada em negrito, significa que essa célula está ativa, ou
seja, selecionada para inserção de dados, como apresentado Planilhas de uma Pasta do Trabalho do Excel
abaixo.
Para manipular informações dessas planilhas, basta clicar
com o “botão direito” do mouse sobre a planilha desejada e
escolher a opção desejada:

A célula ativa é B1

É importante ressaltar que as células das planilhas do


Excel são indicadas pelo chamado endereçamento da célula,
ele é formado pela letra(s) da coluna seguido do número da
linha, o endereçamento da célula está ilustrado abaixo.

Propriedades das Planilhas


Indicação de endereçamento da célula D6
Função de cada item deste MENU:
Em muitos casos, existe também a possibilidade do usuário - Inserir – Insere uma Nova Planilha a pasta de trabalho;
trabalhar com um intervalo de células, isso quer dizer que será - Excluir - Remove a Planilha selecionada da pasta de
selecionada uma região da planilha a ser trabalhada, calculada trabalho;
ou modificada, sua representação é dada a partir do - Renomear – Ao clicar nessa opção o campo do nome da
endereçamento da primeira célula seguido de dois pontos (:) e planilha fica em estado de alteração, proporcionando ao
o endereço da última célula, na imagem a seguir, temos uma usuário a alteração do nome da Planilha selecionada;
ilustração de seleção do intervalo A1:C3 - Mover ou Copiar – Possibilita ao usuário a Copia da
Planilha Selecionada para uma nova planilha, ou até mesmo o
usuário pode mover a planilha selecionada a outra pasta de
trabalho:
- Exibir Código – Abre o Editor de Visual Basic do Excel e
Macros;
- Proteger Planilha – Este MENU, tem um papel

Noções de Informática 33
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APOSTILAS OPÇÃO

fundamental para a segurança da planilha eletrônica, ao


selecioná-lo o usuário pode restringir informações como por
exemplo, alterar um determinado valor, ou impossibilitar que
algum dado seja excluído, para utilizar esta proteção basta
selecionar quais informações o usuário que não possui a senha
pode ter acesso, incluir a senha e pressionar o botão “OK”, se
necessário for alterar alguma configuração bloqueada, basta
clicar com o botão direito do mouse sobre a planilha protegida
e escolher a opção “Desproteger Planilha” digite a senha de
acesso que imediatamente a planilha entra em modo de edição,
para protegê-la novamente, repita o procedimento de
proteção da mesma.
- Cor da Guia – Ao selecionar esta opção, o usuário tem a
possibilidade de inserir cores nas abas indicativas das
planilhas como mostra o exemplo abaixo:
- Ocultar – Oculta a planilha selecionada, para reverter a
opção, clique novamente sobre as planilhas e selecione a opção Exemplos de Constantes e Variáveis (Fórmulas)
reexibir.
Quando se faz necessário inserir mais planilhas dentro da • Preenchimento automático de dados
pasta de trabalho, basta clicar no botão Inserir planilhas, ou
utilize as teclas de atalho Shift + F11 que um nova planilha será
inserida, veja no exemplo abaixo:

O Excel disponibiliza uma ferramenta de preenchimento


automático de dados chamada “Alça de Preenchimento” sua
Inserindo nova Planilha localização é no canto inferior direito da célula ativa. Seu
funcionamento é simples, o Excel identifica os valores
Várias Planilhas Inseridas digitados, caso seja coincidente, ao clicar sobre a alça e arrastá-
la os valores vão auto completados seguindo sua sequencia.
• Elaboração das Planilhas São aceitos para números, letras, datas, etc. Para utilizá-lo
selecione uma fileira desejada clique sobre a alça de
A elaboração de Planilha de dados é dada a partir de preenchimento, segura e arraste, como no exemplo abaixo:
valores armazenados nas células, estes dados poderão ser
utilizados em dois formatos, numéricos e textuais. O Excel
aceita dois tipos de dados em sua planilha que são
denominados constantes e variáveis (fórmulas).

• Valores Constantes
Entrada de dados iniciais a serem auto completados.
São os tipos de dados inseridos diretamente nas células,
eles podem ser inseridos nos formatos: numérico, data e hora
Veja outro exemplo, quando a alça de preenchimento é
e textos, lembrando que esses valores nunca serão obtidos
utilizada para números, é criada uma sequencia numérica
através de cálculos na célula ou provenientes de vínculos de
comparada ao intervalo do numero anterior, se temos 2
outras planilhas.
números em uma coluna, por exemplo, 1 na célula B1 e 2 na
célula B2 sua continuação será 3, 4, 5 e assim por diante, na
• Valores Variáveis (Fórmulas)
figura abaixo temos 2 ilustração, sendo uma sequencial e outra
com intervalos de de 3 em 3.
Estes valores são obtidos através de formulas ou vínculos
e são alterados quando outros valores da planilha são
modificados.
Sempre que iniciar uma formula do Excel utilize o sinal de
igual “=” vejamos na ilustração abaixo a inserção desses
valores:

• Observações do auto preenchimento

O auto preenchimento ocorre quando:


- No caso de existir apenas um número então o mesmo é
copiado, como um texto;
- Se existem dois números ou mais, o Excel cria a
sequencia;
- Para as opções de meses, datas, dias da semana e texto
com números, basta inserir apenas um item que iniciará uma
sequencia ao selecionar a célula e puxar a alça.

Noções de Informática 34
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APOSTILAS OPÇÃO

Mesclas e Centralizar Células – esta ferramenta é


utilizada para unir uma ou mais células transformando as
linhas e/ou colunas selecionadas em apenas uma. Caso haja
valores em todas as células selecionadas, apenas o primeiro
valor será mantido na célula mesclada.

• Observações do Item Mesclar e Centralizar

- Mesclar e Centralizar – Une as células selecionadas a uma


célula maior e centraliza o conteúdo na nova célula. Este
recurso geralmente é utilizado para criar rótulos que ocupam
várias colunas.
- Mesclar através – Mesclar cada linha das células
selecionadas em uma célula maior.
Colar Especial
- Mesclar Células – Mesclar as células selecionada em uma
única célula, essa função não mante o conteúdo centralizado.
Colar
- Desfazer Mesclagem – Dividir a célula unida em várias
células novas, ou seja, as células voltam a sua posição inicial.
- Tudo: Cola todo o conteúdo e a formatação das células dos
dados copiados.
• Barra de Ferramentas Padrão
- Formula: Cola somente as fórmulas dos dados copiados
conforme inseridas na barra de fórmulas.
Na figura abaixo temos a apresentação da barra de
- Valores: Cola somente os valores dos dados copiados
ferramentas do Excel 2010, serão apresentados os botões com
conforme exibidos nas células.
suas respectivas funções, todos divididos por suas regiões.
- Formatos: Cola a formatação da célula dos dados
Existem grandes semelhanças entre a Aba MENU Iniciar do
copiados.
EXCEL com a do Microsoft Word.
- Comentários: Cola somente os comentários anexados à
célula copiada.
- Validação: Cola regras de validação de dados das células
copiadas para a área de colagem.
- Todos usando tema da origem: Cola todo o conteúdo na
Barra de Ferramentas Principal formatação do tema do documento que é aplicado aos dados
copiados.
Área de Transferência - Tudo, exceto bordas: Cola todo o conteúdo e a formatação
das células aplicados à célula copiada, exceto bordas.
- Recortar – Indicado pelo ícone, sua função é recortar o - Larguras da coluna: Cola a largura de uma coluna copiada
conteúdo selecionado e disponibilizá-lo na área de ou intervalo de colunas em outra coluna ou intervalo de
transferência, sua teclas de atalho são CTRL+X. colunas.
- Copiar – No Excel, existem duas formas de copiar - Fórmulas e formatos de números: Cola somente fórmulas
conteúdos, uma delas é a cópia convencional (também dada e todas as opções de formatação de número das células
pela tecla de atalho CRTL+C) da área selecionada, deixando o copiadas.
conteúdo disponível na Área de Transferência, a outra opção é - Valores e formatos de números: Cola somente valores e
Copiar como imagem, esse processo faz com que o objeto todas as opções de formatação de número das células
selecionado, mesmo que seja numérico ou texto, vá para a Área copiadas.
de Transferência como imagem ambos estão indicado pelo
ícone copiar como mostra a figura abaixo: Operação - Especifica qual operação matemática, se houver,
- Pincel de formatação – Copia a formatação de uma célula você deseja aplicar aos dados copiados10
selecionada de um local para aplica-lo em outro, sua
representação é pelo ícone: - Nenhuma: Especifica que nenhuma operação matemática
- Colar – Uma particularidade das ferramentas do Excel será aplicada aos dados copiados.
está em sua opção Colar, nela o usuário encontra várias - Adição: Especifica que os dados copiados serão
funções, lembrando que para que este item funcione, é adicionados aos dados na célula de destino ou no intervalo das
necessário que exista algum conteúdo previamente recortado células.
ou copiado na área de transferência, veremos cada uma delas: - Subtração: Especifica que os dados copiados serão
Além do ícone Colar, temos outra opção que se assemelha subtraídos dos dados na célula de destino ou no intervalo das
aos ícones, “Colar Especial”, sua diferença é pequena, note que células.
a tela que não possui ícones e traz algumas funções extras, ela - Multiplicação: Especifica que os dados copiados serão
esta disponível no MENU colar – Colar Especial, ou então clique multiplicados com os dados na célula de destino ou no
com o botão direito do mouse sobre a célula desejada e intervalo das células.
selecione a opção Colar Especial, selecione a opção desejada e - Divisão: Especifica que os dados copiados serão divididos
clique no botão “Ok”, tais procedimentos farão a exibição da pelos dados na célula de destino ou no intervalo das células.
janela a seguir: - Ignorar em Branco: Evita substituir valores na sua área de
colagem quando houver células em branco na área de cópia
quando você selecionar essa caixa de seleção.
- Transpor: Altera colunas de dados copiados para linhas e
vice-versa quando você selecionar essa caixa de seleção.
- Colar Vínculo: Vincula os dados colados na planilha ativa
aos dados copiados.

10 Fonte: Colar Especial ao copiar do Excel - http://office.microsoft.com/pt-

br/help/colar-especial-ao-copiar-do-excel-HP010096693.aspx

Noções de Informática 35
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APOSTILAS OPÇÃO

Formatações Uma característica do Separador de Milhares é sua


formatação, quando selecionada a formatação da célula é
Possibilita ao usuário escolher como os dados inseridos alterada pra Contábil e mesmo que a formatação já esteja
nas células serão exibidos, o valor inserido permanece com seu posicionada em Contábil, o símbolo moeda é removido.
conteúdo original, mas sua apresentação é diferenciada. As
formatações de números do Excel ficam disponíveis na Barra
de Ferramentas, área Números, ou então pode ser acionada
através das teclas de atalho CRTL + 1, aba Números.

Formatações de Números e Textos


Separador de Milhares
Sempre que um dado é inserido no Excel, o mesmo possui
a formatação Geral, sem formato específico, a seguir alguns Já os ícones para acréscimo e decréscimo de casas
exemplos: decimais, mantem a formatação original, acrescentando ou
diminuindo as casa decimais conforme solicitado, cada clique
sobre o ícone adiciona ou remove uma casa.
Veja que no exemplo abaixo, existem valores que
originalmente possuem três casas decimais, porém, quando
sua formatação esta para duas ou menos casas decimais ocorre
um arredondamento para do valor para mais, o mesmo
acontece com a função ARRED que veremos a seguir no tópico
Fórmulas.

Exemplos de Formatações

Note que algumas formações são parecidas, porém, sua


exibição é diferenciada, é o caso das formatações Número e
Moeda, ambos possuem o símbolo R$, porém o alinhamento da
moeda o símbolo acompanha o valor, já no contábil o
alinhamento é justificado e o símbolo fica alinhado a esquerda.
É importante ressaltar que ao utilizar a formatação o
numero original será multiplicado por 100. Acréscimo de decréscimo de casas decimais

• Gráficos
Um gráfico é uma representação visual de seus dados.
Usando elementos como colunas (em um gráfico de colunas)
ou linhas (em um gráfico de linhas), um gráfico exibe uma série
de dados numéricos em um formato gráfico11.
O Excel, disponibiliza os gráficos em diversos formatos,
facilitando a interpretação dos dados relacionados. Os tipos de
Casas decimais e Separador de Milhares gráficos disponíveis estão contido na aba Inserir da Barra de
Ferramentas:
Três funções que completam as formatações de números
são separadores de milhares e aumentar e diminuir casas Tipos de Gráficos
decimais.
Tipo Característica
Gráficos de colunas apresentam
valores comparados através de
retângulos na vertical.
Gráficos de linhas exibem dados
contínuos ao longo do tempo,
ideais para mostrar tendências
em dados a intervalos iguais.
Separadores de milhares e aumentar e diminuir casas decimais.

11 Criar gráficos com seus dados em uma planilha -

https://support.office.com/pt-br/article/In%C3%ADcio-r%C3%A1pido-crie-
gr%C3%A1ficos-com-seus-dados-45af7d1b-4a45-4355-9698-01126488e689

Noções de Informática 36
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APOSTILAS OPÇÃO

Gráficos de pizza mostram o


tamanho de itens em uma série
de dados, de modo proporcional
à soma dos itens. Os pontos de
dados em um gráfico de pizza
são exibidos como um
percentual de toda a pizza.
Gráficos de barras apresentam a
relação de cada item com o todo,
exibindo os dados em três eixos.
MÉDIA – Obtém a média entre os valores selecionados,
Gráficos de área enfatizam a exemplo:
magnitude da mudança no =MÉDIA(B1:B4) – O valor da média é apresentado a partir
decorrer do tempo e podem ser da soma entre os valores B1 e B4 dividido por 4. Essa função
usados para chamar atenção vai verificar a quantidade de valores, soma-los e efetua a
para o valor total ao longo de divisão pela quantidade de valores dispostos no intervalo.
uma tendência.
Um gráfico de dispersão possui MAIOR – Retorna o maior valor k-ésimo (O k-ésimo
dois eixos de valores, corresponde à grandeza de um valor, por exemplo, no
mostrando um conjunto de conjunto numérico: 1, 2, 7, 8 e 13, o segundo maior valor do
dados numéricos ao longo do conjunto 8, logo, o k-ésimo é 2, por equivaler ao segundo, já o
eixo horizontal e outro ao longo terceiro maior valor é o 7, seu k-ésimo então é 3, e assim por
do eixo vertical, indicado para diante.) de um conjunto de dados, ou seja, seleciona um valor
exibição e comparação de de acordo com a sua posição relativa.
valores numéricos, como dados =MAIOR(G17:G21;4) – O valor retornado será o 4 maior da
científicos, estatísticos e de matriz selecionada, em nosso caso, o quarto maior valor é 2.
engenharia.

• Fórmulas e Funções

As formulas e funções do Excel são equações pré-dispostas


para resolução de cálculos, mesmo que complexos.

MENOR – o menor valor k-ésimo do conjunto, por exemplo:


=MENOR(G17:G21;3) – Retornará o 3º menor número do
conjunto selecionado, como no exemplo abaixo o numero
retornado será o 7.

Exemplo da fórmula utilizada

Funções – vejamos a seguir as principais funções para


cálculos do Excel.
SOMA – Efetua a soma todos os números que você
Observações para MAIOR e MENOR: Ambas as funções
especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um
podem ser aplicadas para grandes intervalos, caso a grandeza
intervalo, uma referencia da célula, uma matriz, uma
solicitada seja repetida dentro da matriz o número a ser
constante, uma formula ou o resultado de outra função. Por exibido será mantido, por exemplo, veja a figura abaixo:
exemplo, SOMA(A1:A5) soma todos os números contidos nas A fórmula =MAIOR(C2:E4;3) deve exibir o terceiro maior
células de A1 a A5. Um outro exemplo: SOMA(A1, A3, A5) soma numero da matriz, sendo que o primeiro é 9, o segundo o 7,
os números contidos nas células A1, A3 e A5.12 veja que ele se repete nas células D2 e E4, nesse caso o terceiro
7 é preservado e exibido.
Exemplos: MÁXIMO – Obtém o maior número da matriz selecionada.
=MÁXIMO(G17:G21) – O valor exibido será o maior da área
selecionada, no exemplo abaixo o retornado será o 76.

12 Ajuda do Excel - http://office.microsoft.com/pt-br/excel-help/funcoes-do-

excel-por-categoria-HP010342656.aspx

Noções de Informática 37
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APOSTILAS OPÇÃO

MÍNIMO – Obtém o menor número da matriz selecionada. permite que os dados sejam classificados por ordem alfabética
=MIN(G17:G21) – O valor exibido será o menor da área (A a Z ou Z a A), numérica (ordem crescente e decrescente)
selecionada, no exemplo abaixo o retornado será o 12. datas e horas (das mais antigas para as mais atuais), ainda é
permitido que sejam classificados listas por formatos
(exemplo nomes grandes, médios e pequenos), cor da fonte ou
célula e ícones de célula.
O Item de Menu Classificar e Filtrar fica disponível na Barra
de Ferramentas padrão do Excel, para utilizá-lo basta
selecionar a mostra de dados (linha ou coluna) a ser
classificada, seja ela em formato de texto, numérico, datas e
horas, clique sobre o botão Classificar e Filtrar e selecione
para ordem crescente ou e utilize o botão para ordem
SE – Além de ser conhecida como Função SE, outras decrescente, no exemplo a seguir a Coluna selecionada
nomenclaturas são atribuídas a essa função, como função de (Computadores) deve ser organizada de forma crescente, de
comparação e função condicional. Utilizada para retornar acordo com seu número de computadores:
valores a partir de comparações de valores, com retornos de
valores verdadeiros e falsos. Atenção, pois essa é uma
das funções mais solicitadas em avaliações relacionadas a
Excel. Sua estrutura nunca é modificada, sua forma geral é
=SE(teste, verdadeiro, falso), veja no exemplo abaixo a
fórmula esta verificando “se o valor contido na célula D2 é
menor que 6”, a resposta foi Aprovado, pois, o valor é maior
que 6, sendo assim a condição é considerada como falsa:

Note que a coluna seleciona para a classificação foi a


Computadores, mas, todas as outras células acompanharam a
solicitação de classificação:
CONT.NUM – Retorna a quantidade de células com valores
de um determinado intervalo.
=CONT.NÚM(E3:E10) – Em nosso exemplo, retornará a
quantidade de idades do intervalo E3 até E10, veja no exemplo
abaixo que não foi inserido valor algum para a idade do Aluno
5, portanto, o mesmo não entrou na contagem:
Existe outra possibilidade de classificação, que é a

CONCATENAR – Significa unir, ligar, juntar então a função Como ilustrado na figura acima, o usuário fica livre para
CONCATENAR faz a junção dos valores, abaixo temos as selecionar os valores desejados com as melhores formas de
colunas nomes e sobrenomes, vejamos um exemplo para ordenações.
concatenar o nome “Alexandre” com o Sobrenome “Santos”,
para isso utilizaremos =CONCATENAR(B4;C4). • Configuração de página e impressão

Vejamos as opções de impressão do Excel 2010. Nesta área,


podemos determinar o número de cópias, as propriedades da
impressora, quais planilhas serão impressas e como será o
agrupamento das páginas durante a impressão, se a orientação
do papel será retrato ou paisagem, se o papel será A4 ou outro,
configuramos as margens e o dimensionamento da planilha.

• Classificação e Filtros de Dados

A Ferramenta “Classificar e Filtrar” é de grande


importância para a classificação e analise dos dados, ela

Noções de Informática 38
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(A) =SOMA(B1:B4)
(B) =SOMA(B2:B4)
(C) =SOMA(B2:D6)
(E) =SOMA(B2:C4)
(D) =SOMA(B2:D2)

03. (CBTU-METROREC - Analista de Gestão –


Advogado- CONSULPLAN) Considere a planilha produzida
com a ferramenta Microsoft Office Excel 2007 (configuração
padrão).

• Atalhos de teclado no Excel 2010


De acordo com as informações apresentadas, marque V
para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
Acesso do teclado à faixa fita
( ) Se na célula A7 for aplicada a fórmula =SOMA(B4:E4),
Se você for iniciante na faixa, as informações nesta seção
o resultado será 210.
podem ajudar você a entender o modelo de atalho do teclado
( ) Para obter a média dos valores no ano de 2003, pode-
da faixa. A faixa oferece novos atalhos, chamados Dicas de
se inserir a fórmula =MÉDIA(D2:D6) na célula B7.
TeclaPara exibir as Dicas de Tecla apareçam, pressione ALT.
( ) Se na célula C7 for inserida a fórmula
=MÁXIMO(B5;D5;C6;D6), o resultado será 800.
( ) Ao aplicar na célula D7 a função
=SE(B3>E6;”NÃO”;”SIM”), o resultado obtido será “NÃO”.

A sequência está correta em


(A) V, V, V, F
(B) V, V, F, V
(C) F, F, F, V
Para exibir uma guia sobre a fixa, pressione a tecla para a (D) F, V, F, F
guia, por exemplo, pressione a letra N para a Inserir ou M para (E) N.D.A
a guia Fórmulas. Isso faz com que todas as marcas de Dica de
Tecla para os botões da guia apareçam. Em seguida, pressione 04. (PRODEST-ES - Analista Organizacional - Área
a tecla para o comando desejado. Administrativa- VUNESP) Observe as planilhas do MS-Excel
2010, a seguir, na sua configuração padrão. As planilhas
Questões apresentam a mesma tabela em dois momentos: antes e depois
da classificação de dados no intervalo de células A9:D15.
01. (FUNDUNESP - Técnico Administrativo- VUNESP).
Observe o ícone a seguir, retirado do MS-Excel 2010, em sua
configuração padrão.

Assinale a alternativa que contém o nome do ícone.


(A) Escala.
(B) Diminuir Casas Decimais.
Antes da classificação.
(C) Porcentagem.
(D) Separador de Milhares.
(E) Aumentar Casas Decimais.

02. A figura a seguir apresenta uma tabela extraída do


Excel 2010, em sua configuração padrão:

Após a classificação.

Considerando que a ordem utilizada foi “do maior para o


menor valor”, assinale a alternativa que contém as colunas
utilizadas na classificação.
(A) Valor e Frete.
(B) Frete e Valor.
(C) Valor e Qtde.
Assinale a alternativa que contém a fórmula que, quando (D) Frete e Qtde.
inserida na célula B5, resulta no mesmo valor apresentado na (E) Qtde e Frete.
figura.

Noções de Informática 39
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APOSTILAS OPÇÃO

05. (Banco da Amazônia - Técnico Científico - Medicina powerpoint:


do Trabalho- CESGRANRIO) Ao editar uma planilha no MS
Excel, o usuário inseriu os valores 2 e 5 nas células B2 e B3. Em
seguida, selecionou essas duas células, obtendo o resultado
ilustrado na Figura abaixo:

As principais áreas exibidas na janela do Powerpoint.


Logo depois, o usuário puxou o canto inferior direito da
área selecionada - marcado pelo ponto -, segurando o mouse 1. Painel Slide é a área maior no centro da tela. Os slides
com o botão da esquerda apertado, esticando a área até a serão criados ou editados diretamente nesse espaço.
célula B5 (inclusive). 2. Os espaços reservados são as caixas com as bordas
pontilhadas dentro do Painel Slide. São locais destinados à
Ao soltar o botão do mouse, ocorreu que a(o) digitação dos textos, mas que também podem conter imagens,
(A) célula B4 passou a conter o valor 8, a célula B5 passou gráficos, tabelas, vídeos, etc. Necessariamente estes espaços
a conter o valor 11, e as células B2 e B3 permaneceram não precisam ser utilizados, podendo ser apagados para
inalteradas. utilização de todo o espaço do Painel Slide quando houver
(B célula B4 passou a conter o valor 2, a célula B5 pas- u a necessidade.
conter o valor 5, e as células B2 e B3 permaneceram 3. O painel Miniaturas exibe miniaturas dos slides de sua
inalteradas apresentação, possibilitando uma navegação mais simples
(C) célula B4 e a B5 passaram, ambas, a conter o valor 5, e entre eles, além de possibilitar uma identificação mais rápida
a célula B2 e a B3 permaneceram inalteradas. de um determinado quadro que compõe a apresentação. Na
(D) conteúdo das células não sofreu qualquer alteração. guia Tópicos, localizada logo acima do Painel Miniatura, é
(E) conteúdo das células B2 e B3 foi movido para as células possível visualizar, alterar e formatar os textos dos slides de
B4 e B5, respectivamente, e as células B2 e B3 passaram a ficar forma rápida e eficaz. Essa guia é bastante útil quando há a
vazias. necessidade de salvar o conteúdo da apresentação para um
documento Word, por exemplo.
Gabarito 4. O Painel Anotações é o local onde você digita
observações, lembretes, dicas etc. Este recurso irá auxiliar a
01. D\02. B\03. D\04. D\05. A pessoa que irá conduzir a apresentação.
Na imagem a seguir, iremos descrever as demais áreas
POWERPOINT – 2010 visualizadas na janela inicial do PowerPoint, e a seguir
analisaremos cada uma delas.
O PowerPoint um programa utilizado na criação, edição e
exibição de apresentações gráficas e slides. Com este
aplicativo, é possível criar de forma rápida e prática
apresentações dinâmicas, essenciais em diversas situações
como reuniões corporativas, palestras, convenções, cursos,
aulas e eventos diversos, cujo objetivo é informar de maneira
prática e dinâmica sobre um determinado tema.
Um slide ou apresentação gráfica é uma sequência de
quadros, que incorpora recursos como textos, imagens, sons, e
vídeos, e são animados de diferentes maneiras.
Na versão 2010, o PowerPoint mantém a interface
apresentada na versão 2007, onde os menus foram Funções disponíveis na Área de trabalho do PowerPoint
substituídos pela “faixa de opções”, com diversas guias, onde
são encontrados mais facilmente os comandos necessários Menu Controles – Ao clicar neste ícone, aparecerão
para a criação e edição das apresentações. Uma das mudanças funções como Restaurar, Minimizar e Fechar.
desta versão foi a substituição do ícone do Windows, que ficava
no canto superior esquerdo no PowerPoint 2007, pela guia Barra de Ferramentas de Acesso Rápido – Facilita a
Arquivo. A guia Arquivo dá acesso a uma área completamente execução de ações mais utilizadas ou que são repetitivas na
nova, chamada de Backstage, que facilita a execução de tarefas criação ou edição de uma apresentação. Por padrão, as funções
como salvar, imprimir e compartilhar documentos. Na área de que são exibidas nesta barra são as seguintes: Salvar, Desfazer
impressão, por exemplo, o backstage exibe a prévia do e Refazer. É possível personalizar estas opções clicando na
documento em uma grande área e, conforme ajustes são feitos caixa de listagem como é mostrado na figura.
pelo usuário, está prévia muda. Esse recurso facilita bastante
na hora de imprimir, pois a visualização do documento fica na
mesma tela que as opções de impressão e não é necessário
navegar por menus auxiliares.

Conhecendo a área de trabalho do powerpoint


Ao abrirmos o PowerPoint, uma apresentação é criada
automaticamente, como a demonstra a figura 5. Destacamos, a
seguir, as quatro principais áreas de uma apresentação

Noções de Informática 40
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APOSTILAS OPÇÃO

Guia Exibição, destaque para o grupo Mostrar, item Régua Além disso,
quando você movimenta os controles deslizantes existentes na régua, o texto
selecionado reorganiza-se dinamicamente no novo espaçamento.

Barras de rolagem – Permite a você navegar pela


apresentação, uma vez que a página é maior que a tela,
Caixa de listagem da Barra de Ferramentas de Acesso clicando com o mouse sobre as setas, ou arrastando o botão de
Rápido
rolagem
Abaixo da barra de rolagem, existem botões para tornar
Barra de Título – Mostra o título e a versão do programa, essa navegação mais rápida: Slide anterior e Próximo slide.
assim como o nome do documento (arquivo) que sendo
trabalhado no momento. Barra de Status – Localizada na margem inferior esquerda
da tela, mostra informações sobre a apresentação, tais como
slide atual, total de slides e tema utilizado.

Barra de títulos
Barra de Status
Controles da janela – Controla as ações da janela, como
Minimizar, Maximizar (ficar do tamanho da tela), e Fechar a Modos de exibição – Frequentemente, é preciso alterar a
janela. visualização da apresentação do PowerPoint. Para isso,
utilizamos as opções de exibição que se encontram à direita da
barra de status:

Modos de exibição
Controle das Janelas
O modo de exibição Normal é o principal modo de edição,
Botão Ajuda – Acessa a ajuda do Office. no qual você cria e edita a apresentação. Nesse modo de
Faixa de opções – Local onde onde estão os principais exibição, também são visualizados os painéis Miniaturas e
comandos do PowerPoint, separados por guias: Arquivo, Anotações.
Página Inicial, Inserir, Design, Transições, Animações, O modo de exibição Classificação de Slides mostra os slides
Apresentação de Slides, Revisão e Exibição. em forma de miniaturas, lado a lado. Nesse modo de exibição,
organizar a sequência de slides à medida que você cria a
apresentação fica bem mais fácil.
Nesse modo, também é possível adicionar seções e
Faixa de opções classificar os slides em diferentes categorias.
O Modo de Exibição Leitura normalmente é utilizado para
Réguas – As réguas horizontais e verticais são usadas para exibir uma apresentação em uma janela com controles simples
medir e posicionar objetos na apresentação. Ela só é que facilitem sua revisão, pois um menu com comandos mais
visualizada no modo de exibição Normal. utilizados – Próximo, Anterior, Visualização de Impressão e
Caso a régua não esteja sendo visualizada, clique na guia Imprimir, entre outros – fica disponível no canto inferior
Exibição e ative a caixa de verificação Régua, no grupo Mostrar. direito da janela, ao lado dos botões dos modos de exibição.
O modo de exibição de Apresentação de Slides é utilizado
para exibir a apresentação ao público alvo, pois gráficos,
filmes, efeitos animados e efeitos de transição são visualizados
em tempo real.
Para sair desse modo de exibição basta pressionar a tecla
ESC.
Zoom – Aumenta ou diminui a visualização do painel slide.
Há três formas de utilizar esse controle:
1. Clicar sobre o valor da porcentagem de zoom atual para
abrir a caixa de diálogo Zoom e escolher o valor desejado.
2. Clicar sobre os botões Reduzir ou Ampliar que reduzirá
ou ampliará o zoom de 10 em 10%.
3. Clicar no botão Zoom e arrastá-lo até a posição desejada.
Ajustar Slide à Janela atual – Reajusta o slide à janela
depois de se alterar o zoom.

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APOSTILAS OPÇÃO

Obtendo ajuda itens recentes que por padrão oferece uma lista dos 25 últimos
Você precisa de ajuda? É só clicar no botão Ajuda, arquivos abertos (configurável no comando opções). Temos a
localizado no canto superior direito, ou pressionar a tecla F1. possibilidade de fixar ( ) qualquer um dos arquivos para
sempre ser exibido na lista de Documentos recentes ( ). No
Faixa de opções item Novo temos acesso a opções que permite abrir uma nova
A faixa de opções mostra os comandos mais utilizados Apresentação em branco, escolher entre os modelos de
agrupados por temas, para que você não precise procurá-los Arquivos oferecidos pelo Microsoft PowerPoint 2010.
em vários menus, assim facilitando o trabalho. Ao abrir uma apresentação no Microsoft Office PowerPoint
Há três componentes básicos na faixa de opções. É bom 2010 criados no Microsoft Office PowerPoint 2003, no
saber como cada um se chama para compreender como utilizá- PowerPoint 2002 ou no PowerPoint 2000, o Modo de
lo. compatibilidade é ativado e você vê Modo de
1 - Guias – Há nove guias básicas na parte superior. Cada compatibilidade na barra de título da janela do documento. O
uma representa uma área de atividade e, em cada uma delas, Modo de compatibilidade garante que nenhum recurso novo
os comandos são reunidos por grupos. Por exemplo, a guia ou aperfeiçoado no Office PowerPoint 2007 esteja disponível
Página Inicial contém todos os comandos que você utiliza com quando estiver trabalhando com um documento, de modo que
mais frequência e os botões Recortar, Copiar e Colar, que estão os usuários que estiverem usando versões mais antigas do
no grupo Área de transferência. PowerPoint tenham recursos de edição completos.
2 - Grupos – Cada guia tem vários grupos que mostram os A Faixa de Opções no PowerPoint. Cada programa tem uma
itens relacionados em conjunto. Faixa de Opções diferente, mas os seus elementos são os
3 - Comandos – Um comando é um botão, uma caixa para mesmos: guias, grupos e comandos.
inserir informações ou um menu. O comando Imprimir: Exibe as opções de configuração:
Salvar e Enviar:
Confira, a seguir, cada uma das guias, seus grupos e
Comandos: Nova distribuição dos recursos:
Existem três elementos principais na Faixa de Opções:
Guia arquivo - As guias situam-se na parte superior da Faixa de Opções.
A guia Arquivo permite acessar comando como abrir, Cada uma delas representa uma área de atividade.
s a l v a r , salvar como, fechar, sair entre outros. Observe na - Os grupos são conjuntos de comandos relacionados
figura abaixo: exibidos juntos nas guias. Os grupos reúnem todos o s
comandos de que você provavelmente p r e c i s a r á p a r a um
tipo de tarefa.
- Os comandos são organizados em grupos. Um comando
pode ser um botão, um menu ou uma caixa na qual você digita
informações.
A Faixa de Opções se adaptará de acordo com o que você
está fazendo, para mostrar os comandos de que provavelmente
precisará para a tarefa em questão. Por exemplo, se você
estiver trabalhando com uma tabela no PowerPoint, a Faixa de
Opções mostrará os comandos de que você precisa para
trabalhar com tabelas. De outro modo, esses comandos não
serão visíveis.

Outros recurso que tornam os programas baseados na


Faixa de Opções fáceis de usar é a Barra de Ferramentas de
Acesso Rápido, localizada na barra de título.

O comando Salvar (CTRL+B) permite salvar as alterações Guia início - grupo área de transferência:
feitas em um arquivo existente. Caso seja a primeira vez que o Recortar (CTRL+X): Move o conteúdo selecionado para a
arquivo esteja sendo salvo ou estiver sendo visualizado no Área de Transferência. O termo excluir, retirar ou apagar pode
modo somente de leitura, abrirá a caixa de diálogo salvar ser utilizado para representar a ação do recortar.
como. O comando Salvar como permite criar o novo arquivo Copiar (CTRL+C): Duplica a seleção para a Área de
em edição, ou seja, dar um nome para o arquivo, escolher o local Transferência.
que será salvo e o formato. Por padrão o PowerPoint 2010 Colar (CTRL+V): Insere o último item enviado para a Área
sugere PPTX ou PPSX, porém pode ser salvo nos formatos PDF, de transferência no local onde estiver o cursor, ou ponto de
PPT, inserção. Colar Especial (CTRL+ALT+V): Permite colar um
PPS e ODP (Office Impressa) entre outros formatos. texto ou objeto, já enviado para a Área de transferência, sem
No item Abrir, carrega uma janela que permite localizar e formatação,
abrir/criar um arquivo existente. A pasta sugerida para iniciar Ou no formato RTF e até mesmo no formato HTML.
a busca do arquivo é a pasta Meus Documentos e os arquivos Pincel (CTRL+SHIFT+C – cópia e CTRL+SHIFT+V - cola):
exibidos são os arquivos compatíveis com o PowerPoint, este Copia a formatação de um texto ou objeto selecionado e o
tipo de filtro facilita a tentativa de localização do arquivo aplica a um texto ou objeto clicado. Para manter este comando
desejado. ativado devemos dar um clique duplo e para desativar este
O comando Fechar fecha a apresentação atual/ativo e o recurso podemos pressionar a tecla ESC ou clicar novamente
comando Sair fecha todos os documentos abertos e encerra o no botão Pincel.
programa. Área de transferência do Office (CTRL+CC): Exibe o
O comando Informações dá detalhes sobre o arquivo – Painel de tarefa ―Área de transferência. Mantém até 24
estatísticas – e acesso rápido à opções de compartilhamento, itens recortados e/ou copiados.
proteção e compatibilidade – em relação às versões anteriores.
O comando Recente exibe uma lista dos arquivos executados
pelo programa. Imediatamente à esquerda temos a lista de

Noções de Informática 42
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APOSTILAS OPÇÃO

Grupo slides padrão entre linhas é o múltiplo ou 1,15.


Novo Slide: Cria um novo slide abaixo do slide selecionado. Direção do texto: Permite alterar a orientação do texto
Pelo recurso do botão permite mudar o layout do para vertical, empilhado, ou girá-la para a direção desejada.
slide – Alinhar Texto: Permite alterar a maneira como o texto é
Slide com título e subtítulo, com imagens, gráficos, vídeos alinhado na caixa de texto.
etc. Converter em Elemento Gráfico SmartArt: Permite
Layout: Permite mudar o formato do slide. Ex: Slides com converter um texto em um elemento gráfico SmartArt para
Figuras, tabelas, gráficos e etc. comunicar informações visualmente. Os elementos gráficos
Redefinir: Permite voltar às configurações padrão de Sarar variam desde lista gráficas e diagramas de processos até
posição, tamanho e formatação de espaços reservados ao slide. gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e
Seção: Permite organizar os slides por seções. organogramas.
Tipo de Fonte: Permite alterar o tipo de fonte. Uma das Colunas: Permite dividir o texto em colunas.
novidades da versão 2007 é que as mudanças ocorrem Parágrafo: Permite alterar a formatação do par ágrafo
simultaneamente, permitindo a escolha da fonte sem aplicar o selecionado. Observe as figuras abaixo:
efeito.
Tamanho de Fonte: Permite aumentar ou diminuir o Obs.: Caso deseje alterar a formatação padrão do
tamanho da fonte no padrão oferecido. Utilizando as teclas de PowerPoint 2007, altere para a formatação do parágrafo
atalho CTRL+SHIFT+< e CTRL+ SHIFT+> é possível, desejada e clique no botão “Padrão...”, localizado no canto
respectivamente, diminuir e aumentar o tamanho da fonte inferior da janela.
obedecendo ao padrão oferecido. Já, a combinação de teclas
CTRL+ [e CTRL+] permitem, respectivamente, diminuir e Grupo Desenho
aumentar o tamanho da fonte ponto a ponto. Autoformas: Permite inserir caixas de texto e formas
Permitem, respectivamente, aumentar e diminuir o prontas como retângulos, setas, linhas, símbolos de
tamanho da fonte. fluxograma e textos explicativos.
Limpar Formatação: Limpa toda formatação do texto ou Organizar: Permite organizar objetos no slide alterando a
objeto selecionado, deixando o texto ou objeto na formatação ordem, a posição e a rotação. Permite agrupar vários objetos
padrão. de modo que sejam tratados como um único objeto.
Negrito (CTRL+N ou CTRL+SHIFT+N): Aplica o efeito de Estilos rápidos: Permite escolher um estilo visual para a
texto negrito ao texto selecionado. Dica: Não é necessário Forma ou linha.
selecionar texto para aplicar formatação, o cursor, ou ponto de Preenchimento da forma: Permite preencher a forma
inserção deve estar localizado entre a palavra. selecionada com uma cor sólida, gradação, imagem ou textura.
Itálico (CTRL+I ou CTRL+SHIFT+I): Aplica o efeito de texto Contorno da forma: Permite especificar a cor, a largura e
itálico ao texto selecionado. o estilo de linha do contorno da forma selecionada.
Sublinhado (CTRL+S ou CTRL+SHIFT+S): Aplica o efeito Efeitos da forma: Permite aplicar um efeito visual à forma
de texto sublinhado. Podemos alterar o tipo e a cor do selecionada, como sombra, brilho, reflexo ou rotação 3D.
sublinhado clicando na pequena seta ao lado do botão.
Tachado: Aplica o efeito de texto tachado no texto Grupo edição
selecionado. Ex. Palavras de um texto. Localizar (CTRL+L), Substituir (CTRL+U) e Substituir
Sombra: Aplica efeito de sombreamento no texto fonte:
selecionado.
Espaçamento entre caracteres: Amplia ou reduz o
espaçamento entre os caracteres.
Maiúsculas e Minúsculas (SHIFT+F3): Permite alternar
entre os recursos: Primeira letra da sentença em maiúsculas,
Todas em Maiúsculas, todas em minúsculas, A Primeira Letra
De Cada Palavra Em Maiúscula e iNVERTER (Maius/Minus).
Cor de Fonte: Permite alterar a cor de fonte do texto
selecionado.
Fonte (CTRL+D): Permite alterar a formatação do texto
selecionado. Observe as figuras abaixo: Selecionar:
- Selecionar tudo: Seleciona todos os elementos da
Grupo parágrafo apresentação.
- Selecionar objetos: Mudar para o cursor de seleção a fim
Marcadores: Permite inserir marcas aos parágrafos ou a de poder selecionar e movimentar tinta e outros objetos no
uma lista. documento
Numeração: Permite numerar os parágrafos e criar - Painel de Seleção: Exibe o Painel de Seleção para ajudar a
subníveis. selecionar objetos individuais e para alterar a ordem e a
Formatar marcadores e numeração: Permite alterar a visibilidade desses objetos.
maneira como os parágrafos serão numerados ou marcados.
Diminuir Recuo: Diminui o recuo deslocando o parágrafo Guia inserir - grupo tabelas:
à esquerda. Tabela: Permite inserir uma tabela. Sugere uma tabela de
Aumentar Recuo: Aumenta o recuo deslocando o 10 colunas com 8 linhas. É possível, através deste comando,
parágrafo à direita. desenhar a tabela. O recurso permite também a inserção de
Alinhamento à esquerda (CTRL+Q ou CTRL+F): Alinha o uma planilha do Excel, além de fornecer algumas tabelas já
parágrafo à esquerda. formatas.
Alinhamento centralizado (CTRL+E): Centraliza o
parágrafo. Alinhamento à direta: Alinha o parágrafo à direita. Grupo imagens
Alinhamento justificado (CTRL+J): Justifica o texto. Imagem: Permite inserir, no documento em edição, uma
Espaçamento entre linhas: Aumenta ou diminui o espaço imagem ou foto do arquivo. Abre uma caixa de diálogo que
existente entre as linhas de um parágrafo. Espaçamento exibe a pasta Minhas imagens.

Noções de Informática 43
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APOSTILAS OPÇÃO

Clip-art: Abre o painel de tarefas que permite inserir, no Grupo símbolo


documento em edição, clip-arts. Equação: Abre o editor de equações. Permite inserir
Instantâneo: Permite inserir uma imagem de qualquer matemáticas ou desenvolver suas próprias equações usando
programa que não esteja minimizado na barra de tarefas. uma biblioteca de símbolos matemáticos.
Clique em Recorte de tela para inserir uma imagem de
qualquer parte da tela.
Álbum de Fotografias: Permite criar uma nova
apresentação com base em um conjunto de imagens. Cada
imagem será colocada em um slide individual.

Grupo ilustrações
Formas: Permite inserir formas no documento em edição. Símbolo: Insere símbolos que não constam no teclado,
Observem as figuras abaixo: como símbolos de copyright, símbolo de marca registrada,
Sarar: É uma representação visual de suas informações marcas de parágrafo e caracteres Unicode.
que você pode criar com rapidez e facilidade, escolhendo entre
vários layouts diferentes, para comunicar suas mensagens ou ©€£≦™±≠≤≥÷×∞≧αβπΩ ∑
ideias com eficiência.
Grupo mídia
Vídeo: Permite inserir um vídeo na apresentação.
Áudio: Permite inserir um arquivo de áudio na
apresentação.

Guia design - grupo configurar página


Configurar Página: Abre a caixa de diálogo Configurar
Página que permite definir as dimensões do slide, modos de
orientação e configurações de Anotações, folhetos e tópicos.
Orientação do Slide: Permite mudar o modo de
orientação do slide (Retrato e Paisagem).

Grupo temas
Gráfico: Permite inserir um gráfico a partir de uma Design do Slide: Permite mudar, a partir de modelos, o
planilha do Excel incorporada no documento Word. Se o design geral dos slides.
documento estiver no modo de compatibilidade o gráfico será Cores: Permite mudar o esquema de cores da
gerado pela ferramenta Microsoft Graph. No caso de um apresentação.
gráfico que esteja vinculado a uma pasta de trabalho à qual Fontes: Permite mudar o esquema de fontes da
você tem acesso, é possível especificar que ele verifique apresentação. Padrão: Calibri para títulos e corpo.
automaticamente se há alterações na pasta de trabalho Efeitos: Permite alterar o esquema de efeitos da
vinculada sempre que o gráfico for aberto. apresentação.
Grupo links Grupo plano de fundo
Hiperlink: Permite inserir um hiperlink (ponteiro ou Estilos de Plano de Fundo: Permite escolher o Plano de
ancora) no documento em edição. Um hiperlink permite abrir fundo para este tema.
páginas da Internet, endereços de e-mails, direcionar para Ocultar Gráficos de Plano de Fundo: Exibe ou oculta os
programas e outros arquivos do computador, além de gráficos de plano de fundo para o tema selecionado.
direcionar para qualquer parte do documento. Trabalhando Guia Transições - Grupo Visualização
com o recurso Indicador fica fácil criar links que, ao serem Visualizar: Permite visualizar a transição aplicada ao slide
executados, direcionam para a parte do documento indicada. atual.
Ação: Permite adicionar uma ação ao objeto selecionado
para especificar o que deve acontecer quando você clicar nele Grupo transição para este slide
ou passar o mouse sobre ele. Esquema de transição: Permite escolher um efeito
especial a ser aplicado durante a transição entre os slides
Grupo texto anterior e atual
Caixa de Texto: Permite inserir uma caixa de texto, Pré- Opções de efeito: Permite alterar uma variação da
Formatadas, no documento em edição. transição selecionada. As variações permitem alterar
Cabeçalho e rodapé: Permite editar o cabeçalho ou propriedades de um efeito de transição, como a direção ou
rodapé do documento. As informações do cabeçalho ou rodapé cor.
serão exibidas na parte superior ou inferior de cada página
impressa. Grupo intervalo
WordArt: Permite inserir um texto decorativo a partir de Som de Transição: Permite selecionar um som a ser
Formatações e estilos pré-definidos. tocado durante a transição entre os slides anterior e atual.
Data e Hora: Permite inserir Data e Hora no local onde Velocidade da Transição: Permite escolher a velocidade
estiver o cursor. Oferece alguns formatos de datas e horas Pré- da transição entre os slides anterior e atual.
definidas. Aplicar a Todos: Permite definir a transição entre todos
Número do slide: Permite inserir o número do slide na os slides da apresentação de modo que corresponda à
posição real dentro da apresentação. transição configurada para o slide atual.
Objetos: Permite inserir um objeto no documento em Avançar Slide:
edição. Gráficos, Imagens, Slides, Documentos, Arquivos em
- Ao clicar com o mouse: Permite definir a mudança de um
geral entre outros.
slide para outro ao clicar o mouse.
- Após: Permite definir um tempo específico para a
mudança de um slide para outro.

Noções de Informática 44
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APOSTILAS OPÇÃO

Guia animações - grupo visualização Apresentações de Slides.


Visualizar: Permite visualizar as animações aplicadas ao Usar Intervalos: Permite reproduzir intervalos do slide e
slide atual. da animação durante a apresentação de slides.
Mostrar Controles de Mídia: Permite exibir os controles
Grupo animação de reprodução ao mover o ponteiro do mouse sobre clipes de
Animar: Permite atribuir animações aos objetos áudio e vídeo durante a apresentação do slide.
selecionados no slide. Podem ser atribuídos aos textos,
imagens, tabelas e outros objetos. Guia revisão - grupo revisão de texto
Opções de efeito: Permite alterar uma variação da Verificar Ortografia (F7): Inicia a verificação ortográfica
animação selecionada. As variações permitem alterar na apresentação.
propriedades de um efeito de animação, como a direção ou cor. Pesquisar (ALT+CLIQUE): Abre o painel de tarefas
Pesquisar para fazer uma pesquisa em materiais de
Grupo animação avançada referências como dicionários, enciclopédias e serviços de
Adicionar Animação: Permite escolher um efeito de traduções.
animação para adicionar aos objetos selecionados. Dicionário de Sinônimos: Sugere outras palavras com
Painel de Animação: Abre o Painel de Tarefas Animação significado semelhante ao da palavra selecionada.
Personalizada em objetos individuais no slide.
Disparar: Permite definir uma condição especial para uma Grupo comentários
animação. É possível definir a animação para iniciar depois de Mostrar Marcações: Exibe ou oculta os comentários ou
clicar em uma forma ou quando a reprodução da mídia marcações atribuídas à apresentação.
alcançar um indicador. Novo comentário: Permite adicionar um comentário ao
Pincel de Animação: Permite copiar a animação aplicada trecho selecionado.
a um texto ou objeto e aplica-la a outro objeto selecionado. Editar comentário: Permite editar um comentário.
Excluir Comentário: Permite excluir um comentário. É
Grupo intervalo possível apagar todas as marcações atribuídas à apresentação
Intervalo de Tempo da animação: Permite escolher pelos recursos do botão.
quando uma animação iniciará a execução. Anterior: Navega para o comentário anterior.
Duração: Permite definir um tempo para a animação. Próximo: Navega para o próximo comentário.
Atraso: Permite definir quanto tempo a animação será
executada após algum tempo determinado. Guia exibição
Reordenar Animação: Permite definir se a animação será Grupo modos de exibição de apresentação
executada Antes ou Depois de um tempo determinado. Normal: Exibe a apresentação no modo normal.
Classificação de Slides: Permitir exibir a apresentação no
Guia apresentação de slides modo de classificação de slides para facilitar a reorganização
Grupo iniciar apresentações de slides dos slides.
Do começo: Inicia a apresentação a partir do primeiro Anotações: Permite exibir a página de anotações para
slide. editar as anotações do orador como ficarão quando forem
Do Slide atual: Iniciar a apresentação a partir do slide impressas.
atual. Modo de Exibição de Leitura: Permite exibir a
Transmitir Apresentação de Slides: Permite transmitir apresentação como uma apresentação de slides que cabe na
a apresentação para visualizadores remotos que possam janela.
assisti- lá em um navegador da Web.
Apresentação de Slides Personalizada: Permite criar ou Grupo modos de exibição
executar uma apresentação de slides personalizada. Uma Slide Mestre: Permite abrir o modo de exibição de slide
apresentação de slide personalizada exibirá somente os slides mestre para alterar o design e o layout dos slides mestres.
selecionados. Esse recurso permite que você tenha vários Folheto Mestre: Permite abrir o modo de exibição
conjuntos de slides diferentes (por exemplo, uma sucessão de de folheto mestre para alterar o design e o layout dos folhetos
slides de 30 minutos e outra de 60 minutos) na mesma impressos.
apresentação. Anotações Mestras: Permite abrir o modo anotações
mestras.
Grupo configurar
Configurar Apresentação de Slides: Abre a caixa de Grupo mostrar/ocultar
diálogo Configurar Apresentação que permite alterar as Régua: Exibe ou oculta as réguas, usadas para medir e
configurações avançadas como, por exemplo, o modo alinhar objetos no documento.
quiosque. Linhas de Grade (SHIFT+F9): Exibe ou oculta as linhas de
Ocultar Slide: Permite ocultar o slide atual. grade que podem ser usadas para alinhar os objetos do
Testar Intervalos: Permite iniciar uma apresentação de documento.
slides em tela inteira na qual é possível testar a apresentação. Guias: Permite exibir guias de desenho ajustáveis às quais
O período de tempo gasto em cada slide é registrado e permite seja possível alinhar objetos no slide.
salvar esses intervalos para executar a apresentação
automaticamente no futuro. Grupo janela
Gravar Apresentação de Slides: Gravar uma trilha de Nova Janela: Permite abrir uma nova janela com uma
narração usando o microfone conectado ao computador. A exibição do documento atual.
narração pode ser executada junto com a apresentação de Organizar todas: Permite organizar as janelas abertas no
slides em tela inteira. Permite gravar gestos do apontador laser programa lado a lado na tela.
ou intervalos de slide e animação para reprodução durante a Em cascata: Permite organizar as janelas abertas no
apresentação de slides. programa em cascata na tela.
Executar Narrações: Permite reproduzir narrações de Mover Divisão: Permite mover os divisores que separam
áudio e gestos de apontador laser durante a apresentação de as diversões seções da janela. Depois de clicar neste botão, use
slides. É possível gravar narrações e gestos usando Gravar as teclas de direção para movimentar os divisores e pressione

Noções de Informática 45
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APOSTILAS OPÇÃO

ENTER para retornar ao documento. 4. (Prefeitura de Suzano – SP - Auxiliar de Atividades


Alternar janelas: Permite alternar entre as janelas Escolares – VUNESP/2015). Na apresentação 1 do MS-
abertas. PowerPoint 2010, em sua configuração original, um slide foi
recortado para ser colado na apresentação 2. A opção,
Grupo macros encontrada no grupo Área de Transferência da guia Página
Exibir Macros (ALT+F8): Exibe a lista de macros, na qual Inicial, permite colar o slide citado na apresentação 2
você pode executar, criar ou excluir uma macro. (A) como um slide mestre.
(B) como uma imagem
Usar atalhos de teclado para criar uma apresentação (C) como um folheto.
As informações desta seção podem ajudar você a entender (D) mantendo a formatação original.
o modelo de atalho de teclado da faixa de opções. A faixa de (E) usando o tema do destino
opções do PowerPoint vem com novos atalhos, chamados
Dicas de Tecla. 5. (Prefeitura de Suzano – SP - Agente Escolar –
Para mostrar os rótulos de Dica de Tecla da faixa de opções, VUNESP/2015). Um usuário, editando uma apresentação por
pressione Alt. meio do MS-PowerPoint 2010, em sua configuração padrão,
Para exibir uma guia na faixa de opções, pressione a tecla deseja aplicar uma formatação em várias partes de vários
da guia — por exemplo, pressione F para abrir a guia Arquivo; slides. Para maior produtividade, escolhe repetir as ações de
H para abrir a guia Página Inicial; N para abrir a guia Inserir e alteração de tamanho de fonte usando um atalho por teclado
assim por diante. que permite repetir a ação anterior.
Assinale a alternativa que contém o atalho por teclado que
permite, no MS-PowerPoint 2010, repetir a ação anterior,
conforme o enunciado.
(A) F1
(B) F2
(C) F3
(D) F4
(E) F5
Todos os rótulos de Dica de Tecla dos recursos da guia Respostas
aparecerão, portanto, basta pressionar a tecla do recurso 1. E\2. B.\3. D \04. D\5. D
desejado.
WRITER (EDITOR DE TEXTOS)13
Questões
Writer é o componente de processamento de textos do
1. (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II - Adaptada) LibreOffice. Além dos recursos usuais de um processador de
No PowerPoint 2010, a inserção de um novo comentário pode textos (verificação ortográfica, dicionário de sinônimos,
ser feita na guia hifenização, autocorreção, localizar e substituir, geração
(A) Geral. automática de sumários e índices, mala direta e outros), o
(B) Inserir. Writer fornece essas características importantes:
(C) Animações. - Modelos e estilos
(D) Apresentação de slides. - Métodos de layout de página, incluindo quadros, colunas
(E) Revisão. e tabelas
- Incorporação ou vinculação de gráficos, planilhas e
2. (TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário – outros objetos
VUNESP/2015). No MSPowerPoint 2010, um usuário deseja - Ferramentas de desenho incluídas
efetuar a verificação da ortografia do conteúdo presente em - Documentos mestre para agrupar uma coleção de
seus slides. Uma das formas para realizar tal tarefa é acessar o documentos em um único documento
botão Verificar Ortografia, que, na configuração padrão do MS- - Controle de alterações durante as revisões
PowerPoint 2010, é acessível por meio da aba - Integração de banco de dados, incluindo bancos de dados
(A) Exibição bibliográficos
(B) Revisão. - Exportação para PDF, incluindo marcadores
(C) Inserir. - E muito mais
(D) Início.
(E) Animações. Com o LibreOffice Writer você pode:
- produzir documentos de texto contendo figuras, tabelas
3. (TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário – ou gráficos. Você pode então salvar o documento em uma
VUNESP/2015). No MS-PowerPoint 2010, a finalidade da variedade de formatos, incluindo o padrão OpenDocument
função Ocultar Slide, acionável por meio do botão de mesmo (ODF), o formato .doc do Microsoft Word ou HTML. Você
nome, é fazer com que o slide selecionado também pode exportar seu documento para o formato
(A) tenha bloqueadas tentativas de alteração de seu Portable Document Format (PDF)
conteúdo. - criar documentos básicos, como memorandos, faxes,
(B) seja designado como o último a ser exibido na cartas, currículos e malas diretas, bem como documentos
apresentação de slides. longos, complexos ou divididos em várias partes, acrescidos de
(C) tenha sua resolução reduzida até o mínimo suportado bibliografia, tabelas de referência e índices.
pelo computador em uso. - utilizar recursos úteis como um verificador ortográfico,
(D) não seja exibido no modo de apresentação de slides. um dicionário de sinônimos, a Autocorreção, e a hifenização
(E) tenha sua velocidade de transição entre slides fixada no bem como uma variedade de modelos para quase todas as
valor médio.

13 Fonte:
https://help.libreoffice.org/Writer/Welcome_to_the_Writer_Help/pt-BR

Noções de Informática 46
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APOSTILAS OPÇÃO

finalidades. Você também pode criar seu próprios modelos localizado em um texto, todos os itens de menu necessários à
utilizando os assistentes. edição do texto estarão disponíveis. Se houver figuras
- acessar diversas opções para criar documentos. Utilize a selecionadas em um documento, você verá todos os itens de
janela Estilos e formatação para criar, atribuir e modificar menu que podem ser utilizados para a edição de figuras.
estilos para parágrafos, caracteres individuais, quadros e
páginas. Além disso, o Navegador lhe ajudará a mover-se Arquivo
rapidamente pelos documentos, permitirá ver o documento Esses comandos se aplicam ao documento atual, abre um
em uma exibição de estrutura de tópicos e acompanhar os novo documento ou fecha o aplicativo.
objetos inseridos no documento.
Você também pode criar vários índices e sumários em Editar
documentos de texto. Você pode definir a estrutura e a Este menu contém comandos para editar o conteúdo do
aparência dos índices e sumários de acordo com suas documento atual.
necessidades. Os hiperlinks e marcadores ativos permitem
saltar diretamente para os itens correspondentes no texto. Exibir
- a realização da função de cálculo integrada que o ajudará Este menu contém comandos para controlar a exibição do
a executar cálculos sofisticados ou vínculos lógicos. Você pode documento na tela.
facilmente criar uma tabela em um documento de texto para
executar cálculos. Inserir
- criar desenhos, figuras, legendas e outros tipos de O menu Inserir contém os comandos necessários para
desenhos diretamente em documentos de texto. inserir novos elementos no seu documento. Isso inclui seções,
- inserir figuras de diferentes formatos em seu documento notas de rodapé, anotações, caracteres especiais, figuras e
de texto, incluindo figuras em formato JPG ou GIF. Além disso, objetos de outros aplicativos.
a Galeria fornece uma coleção de cliparts e a Galeria do
Fontwork permite criar efeitos de fontes notáveis. Formatar
- configurá-la de acordo com as suas preferências, Contém comandos para formatar o layout e o conteúdo de
incluindo a personalização de ícones e de menus. Você pode seu documento.
posicionar várias janelas de programas, como por exemplo,
Estilos e formatação ou Navegador, como janelas flutuantes Estilos
em qualquer ponto da tela. Você também pode encaixar Contém comandos para definir, criar, editar, atualizar,
algumas janelas na borda do espaço de trabalho. carregar e gerenciar os estilos em um documento de texto.
- utilizando o recurso arrastar e soltar lhe permite
trabalhar de forma rápida e eficiente com documentos de texto Tabela
no LibreOffice. Por exemplo, você pode arrastar e soltar Mostra comandos para inserir, editar e excluir uma tabela
objetos, como figuras da Galeria, de um local para o outro no dentro de um documento de texto.
mesmo documento ou entre documentos abertos do
LibreOffice. Ferramentas
- utilizar sistema de Ajuda on-line como uma referência Contém ferramentas de verificação ortográfica, uma
completa para os aplicativos do LibreOffice incluindo as galeria de objetos artísticos que podem ser adicionados ao
instruções para tarefas simples e complexas. documento, bem como ferramentas para configurar menus e
definir preferências do programa.

Janela
Contém comandos para manipulação e exibição de janelas
de documentos.

Ajuda
O menu da Ajuda permite iniciar e controlar o sistema de
Ajuda do LibreOffice.

CALC14

Os editores de planilha têm uma peculiaridade quanto a


seus arquivos, pois estes não são tratados como arquivos
únicos e isolados. Na verdade, dentro de um arquivo de um
Tela Inicial do Libre Office 5 editor de planilhas eletrônicas podem existir várias outras
planilhas. Daí que vem o conceito de pasta de trabalho.
Menu Dentro de uma pasta de trabalho podemos adicionar,
mover, copiar, remover, renomear, mudar a cor da guia e até
ocultar uma planilha inteira.
A janela contendo o documento que você deseja trabalhar Reconhecemos as planilhas dentro de uma pasta de
deve estar selecionada para que seja possível utilizar os trabalho como sendo pequenas guias na parte inferior
comandos de menu. Da mesma forma, será necessário esquerda da janela. Como já dito, pode haver várias delas.
selecionar um objeto no documento para poder utilizar os
comandos de menu associados ao objeto.
Os menus são contextuais, o que significa que os itens de
menu disponíveis são aqueles que são relevantes ao trabalho
que está sendo realizado no momento. Se o cursor estiver

14 Fonte: Guia de Introdução às Funções do LibreOffice Calc -

https://wiki.documentfoundation.org/images/9/95/Guia_de_Introdu%C3%A7%
C3%A3o_%C3%A0s_Fun%C3%A7%C3%B5es_do_LibreOffice_Calc.pdf

Noções de Informática 47
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APOSTILAS OPÇÃO

Editando o conteúdo de uma célula


O primeiro passo para editar um conteúdo de célula é fazer
com que seja colocada no modo de edição. Como você já deve
ter percebido, o comportamento natural do cursor na planilha
está definido para movimentação. No momento em que
desejamos editar um conteúdo, devemos indicar para a
planilha que ela deverá colocar a célula selecionada em modo
de edição.

Para isso, podemos utilizar os seguintes caminhos:


– simplesmente digitar o texto desejado – numa digitação
normal, a planilha identificará que a digitação de um texto
qualquer indica um novo conteúdo de célula;
– clicando duas vezes com o cursor do mouse sobre a célula
– nesse caso, a célula passará a ser editada mantendo o
conteúdo anterior disponível, caso o mesmo exista;
– teclando a tecla de função F2 – a tecla F2 também abre a
célula corrente para edição; 4. selecione o nome da função e clique no botão Próximo
– clicando sobre a linha de entrada – a linha de entrada, >>;
além de exibir o conteúdo de uma célula, serve, também, para 5. preencha os argumentos solicitados para a função;
modificação.

Na figura acima, o usuário está editando a célula A1 e


digitando o conteúdo na linha de entrada.
Note que, ao iniciar a edição, a barra de fórmulas foi
alterada, passando a incluir os botões de Cancelar (X) e Aceitar
(V). Ao final de uma edição deveremos confirmar ou cancelar
o conteúdo editado. Para aceitar, tecle em Enter ou no botão
Aceitar (V). Para Cancelar, tecle em Esc ou clique no botão
Cancelar (X).

Assistente de funções
Funções são procedimentos baseados em operações e
operandos que, manipulados, retornam um determinado
resultado. Funções podem simplesmente representar a
implementação de operadores, como a função Soma, que
veremos adiante, ou, de forma mais complexa, realizar cálculos 6. clique OK. A fórmula será inserida na célula e o resultado
de nível avançado. será contabilizado.

Operadores
As tabelas abaixo apresentam os símbolos de operadores
utilizados pelo LibreOffice Calc. Os operadores podem ser
utilizados em fórmulas independentemente do uso de funções.

Realce de valor
Para inserir uma função através do assistente, siga os Destaca os conteúdos das células através da diferenciação
seguintes passos: da cor da fonte. Para acioná-la, vá até o menu Exibir > Realce
1. selecione a célula onde será inserida a função; de valor ou clique na combinação de teclas Ctrl+F8. Textos são
2. selecione uma das opções abaixo: apresentados em preto, números em azul e fórmulas em verde.
(a) vá até o menu Inserir > Função ou Essa configuração de cores é padrão para qualquer instalação
(b) teclar Ctrl + F2 ou do LibreOffice. Na figura abaixo, é possível identificar as três
(c) clique sobre o botão Assistente de funções, na Barra de categorias. No exemplo, o conteúdo da célula B30 é a fórmula
fórmulas. =1+1.
3. será aberta a tela do Assistente de funções. Selecione,
então, uma categoria de função na caixa Categoria;

Noções de Informática 48
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APOSTILAS OPÇÃO

verificamos em qual fórmula o conteúdo selecionado funciona


como um operando.
Para removermos os rastros de uma célula, basta
posicionarmos sobre ela e clicarmos no item Remover
precedentes ou no item Remover dependentes. Para
removermos os rastros de todas as fórmulas, basta clicarmos
em Remover todos os rastros.
Os rastros de precedentes e dependentes são apresentados
na cor azul se os operandos estiverem corretos. No exemplo
abaixo, temos, na célula C6, a fórmula =B4/D4 e, na célula E8,
a fórmula =C6+F6.
Note que a célula B32, que contém uma data, é identificada
Sobre ambas foi aplicado o rastreamento de precedentes.
em azul. De fato, o armazenamento de datas na planilha é feito
Note, no entanto, que o rastreamento de precedentes da célula
através de uma sequência numérica. Uma formatação de data
E8 em relação à célula C6 está indicado em vermelho. A razão
é aplicada apenas para a apresentação do valor.
é que o resultado da fórmula em C6 está gerando o erro
apresentado na célula E8, por isso, esse operando está
Séries de preenchimento
destacado para identificar a origem do problema.
Uma Série de preenchimento é uma forma fácil de fazer um
preenchimento automático em uma área da planilha a partir
de um valor inicial.
Inicialmente, digite o valor inicial em uma célula. Com a
célula selecionada, coloque o ponteiro do mouse sobre o ponto
preto no canto inferior direito, chamado Alça de
preenchimento, até que este se transforme em uma pequena
cruz.

Se aplicarmos, sobre a célula E8, apenas o rastreamento de


erros (menu Ferramentas > Detetive > Rastrear erro)
Arraste com o botão do mouse pressionado até a última identificaremos todas as células que possuem relação com o
célula da sequência desejada, como no passo 1 apresentado na erro na fórmula da célula.
tabela abaixo. Solte o botão do mouse e a área selecionada será
preenchida com a sequência numérica correspondente (passo
2).
Se a direção da sua seleção for horizontal para a esquerda
ou vertical para cima, o Calc fará o preenchimento com
decremento 1. Se a direção da sua seleção for horizontal para
a direita ou vertical para baixo, o Calc fará o preenchimento
com incremento 1.

Atingir meta
O recurso Atingir meta do LibreOffice Calc serve para
descobrirmos um valor de uma variável em uma fórmula, a
partir de um resultado fornecido. Pode ter muita utilidade
Se deseja criar uma sequência de preenchimento sem principalmente em cálculos matemáticos e financeiros.
incremento algum, faça o mesmo procedimento, no entanto, ao Tomemos o seguinte exemplo:
clicar e arrastar com a alça de preenchimento, mantenha a
tecla Ctrl pressionada.

Fixação de referências de célula


Ao utilizarmos séries de preenchimento a partir de
fórmulas com referências de célula, podemos fixar a referência
a um endereço através da combinação de teclas Shift+F4. Essa
combinação alterna entre a fixação de linhas e colunas através Onde as células possuem o seguinte conteúdo:
da inclusão de um símbolo $ antes da linha ou da coluna a ser A2 – Número
fixada. O endereço de célula que possuir o $ não será A3 – ="Raiz Quadrada de " & B2 & ":"
incrementado quando o usuário selecionar o intervalo a ser B2 – 16 (um número qualquer)
preenchido através da alça de preenchimento. B3 – =RAIZ(B2)

Detetive Ou seja, temos uma fórmula que calcula a raiz quadrada de


Para descobrirmos visualmente os operandos que compõe um determinado número. Digamos, no entanto, que a nossa
a fórmula em uma célula, utilizamos as funções do Detetive, necessidade seja descobrir um número a partir da sua raiz
disponíveis no menu Ferramentas > Detetive. quadrada. Sem reescrever a fórmula ou alterar qualquer célula
Em Rastrear precedentes, verificamos os operandos de da planilha, podemos descobrir o resultado que queremos.
uma fórmula selecionada. Em Rastrear dependentes, Para isso, usaremos a função Ferramentas > Atingir meta.
Clicando sobre o menu, será aberto o seguinte diálogo:

Noções de Informática 49
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APOSTILAS OPÇÃO

O formato da função é:

=BDCONTAR(INTERVALO_DE_PESQUISA;NOME_DA_COL
UNA_DA_CONTAGEM; CRITÉRIOS)

Se considerarmos a planilha de Despesas já apresentada,


podemos utilizar a função BDCONTAR para responder
questões como: quantas vezes no período foi gasto mais do que
Funções de Banco de Dados 50,00 reais em Combustível?

BDSOMA Nesse caso, os critérios seriam:


A função BDSOMA tem como objetivo somar valores
correspondentes dentro de um intervalo aos critérios
fornecidos pelo usuário. A sintaxe da função é:

=BDSOMA(INTERVALO_DE_PESQUISA;
NOME_DA_COLUNA_DA_SOMA; CRITÉRIOS)
A fórmula BDCONTAR seria, então:
Onde:
=BDCONTAR(A4:C19;"Valor";F6:H7)
INTERVALO_DE_PESQUISA é o intervalo onde será feita a
avaliação dos critérios e onde está, também, a coluna dos
Cujo resultado é 2, correspondente aos gastos de 50,00 e
valores a serem somados.
150,00 reais em combustível.
NOME_DA_COLUNA_DA_SOMA é o nome da coluna, dentro
do intervalo, que deverá ser somada a partir dos critérios.
Funções de Data e Hora
CRITÉRIOS é um intervalo de células com a mesma
ANO
estrutura do INTERVALO_DE_PESQUISA, contendo os
Retorna o ano de uma data fornecida. O formato da função
argumentos para identificar os valores a serem somados.
é:
Por exemplo, considere a planilha de Despesas abaixo:
=ANO(DATA)
Data é uma data qualquer entre “aspas duplas” ou um
endereço de uma célula que contenha uma data.
=ANO("19/12/1970") O resultado da fórmula acima com a
função ANO será 1970.

AGORA
A função AGORA() retorna a data e a hora atual do sistema.
Se, por exemplo, hoje é o dia 08/09/2010 e, no momento,
são 09:25:10, a função =AGORA() retornará 08/09/10 09:25.
Podemos utilizar a função BDSOMA para responder Toda vez que o arquivo é aberto ou que o usuário clica em F9
questões como: qual a soma dos gastos realizados na despesa (função Recalcular) a função AGORA é recalculada. O resultado
Aluguel e no dia 16/05? da função pode ser formatado através do menu Formatar >
O primeiro passo é construirmos a estrutura dos critérios, Células.
que será similar ao intervalo de avaliação original:
DIA
Retorna o dia de uma data fornecida. O formato da função
é:
=DIA(DATA)
Data é uma data qualquer entre “aspas duplas” ou um
endereço de uma célula que contenha uma data.
=DIA("19/12/1970") O resultado da fórmula acima com a
Note que somente a despesa Aluguel e a data 16/05 foram função DIA será 19.
inseridas nos critérios. A coluna Valor do critério não possuirá
preenchimento. DIATRABALHOTOTAL
Depois, basta criar a função BDSOMA, indicando a coluna Em versões do antigo OpenOffice.org, o nome da função
Valor como a coluna a ser somada: DIATRABALHOTOTAL era DIASÚTEISTOTAIS. A partir da
versão 3.1 passou a ser utilizada a nova nomenclatura,
=BDSOMA(A1:C7;”Valor”;F6:H8) também utilizada no LibreOffice. O formato da função, no
entanto, continuou o mesmo.
O resultado da função será 550,00 que é a soma do valor =DIATRABALHOTOTAL(DATA_INICIAL; DATA_FINAL;
da despesa Aluguel (500,00) com o valor gasto no dia 16/05 FERIADOS)
(50,00). Onde:
Como você pode notar, a função BDSOMA assemelha-se • DATA_INICIAL é a data a partir do qual os dias úteis serão
muito à função SOMASE. A diferença é que a função BDSOMA contados;
permite a inclusão de mais do que um único argumento nos • DATA_FINAL é a data até onde os dias úteis serão
critérios da fórmula. contados.
• FERIADOS é um intervalo de células onde serão indicadas
BDCONTAR as datas que não devem ser contabilizadas na contagem. Ou
Outra função de banco de dados muito útil é a BDCONTAR. seja, a função DIATRABALHOTOTAL conta os dias úteis entre
A função é similar a função BDSOMA, com a diferença de que, a data inicial e final, descontados os sábados, os domingos e os
agora, é feita a contagem da quantidade de registros que feriados indicados pelo usuário.
obedecem ao critério desejado.

Noções de Informática 50
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APOSTILAS OPÇÃO

Um exemplo interessante da função permite encontrarmos assinatura do contrato, teríamos a data de pagamento definida
os dias de trabalho em cada mês do ano. Note que, pela seguinte fórmula FIMMÊS:
inicialmente, definimos três intervalos. O intervalo de feriados, =FIMMÊS(C5;1)
que é preenchido conforme as datas que identificaremos
previamente, o intervalo de datas de início, que corresponde Considerando a data em C5 igual a 22/06/10, o resultado
ao primeiro dia de cada mês e o intervalo dos últimos dias de da função será 31/07/10.
cada mês, calculado a partir da fórmula
HOJE
=FIMMÊS(DATA_INICIAL;0) A função HOJE() retorna a data atual do sistema.
Se, por exemplo, hoje é o dia 08/09/2010, a função
A coluna Dias úteis é, por fim, obtida pelo cálculo da função =HOJE() retornará 08/09/10.
DIATRABALHOTOTAL com os argumentos definidos para cada Toda vez que o arquivo é aberto ou que o usuário clica em
mês do ano. Ao final, podemos somar os resultados que F9 (função Recalcular) a função HOJE é recalculada. O
teremos o número total de dias trabalhados no ano. resultado da função pode ser formatado através do menu
Formatar > Células.

MÊS
Retorna o mês de uma data fornecida. O formato da função
é:
=MÊS(DATA)

Onde Data é uma data qualquer entre “aspas duplas” ou um


endereço de uma célula que contenha uma data.
=MÊS("19/12/1970")
O resultado da fórmula acima com a função MÊS será 12.
DOMINGODEPÁSCOA
Retorna a data do domingo de páscoa a partir de um ANO Funções Estatísticas
inserido como argumento. O formato da função é:
=DOMINGODEPÁSCOA(ANO) DESVPAD
=DOMINGODEPÁSCOA(1989) resulta em 26/03/89. A função DESVPAD é bastante utilizada em cálculos
estatísticos e calcula o desvio padrão de uma amostra. Possui
ÉANOBISSEXTO o formato:
A função ÉANOBISSEXTO apresenta como resultado o
valor VERDADEIRO (1), se o ano da data inserida como =DESVPAD(ARGUMENTOS)
argumento for um ano bissexto, ou FALSO (0), se o ano da data
inserida como argumento não for um ano bissexto. Onde ARGUMENTOS é uma lista de valores numéricos,
=ÉANOBISSEXTO (DATA) células ou intervalos de células que representa a amostra a ser
Por exemplo: calculada.
=ÉANOBISSEXTO(C5) retorna valor 0 quando a célula C5 No exemplo abaixo, calculamos o valor da função DESVPAD
possuir a data 01/01/1990. sobre as notas obtidas pelos alunos.
=ÉANOBISSEXTO(C5) retorna valor 1 quando a célula C5 O resultado final da função é 1,75.
possuir a data 01/01/1996.

FIMMÊS
A função FIMMÊS possui a seguinte sintaxe:

=FIMMÊS(DATA_REFERÊNCIA; MESES)

Retorna a data do último dia do mês indicado pelo número


de MESES a partir da DATA_REFERÊNCIA.
MESES pode ser um número negativo, se quisermos a data
final N meses antes da DATA_REFERÊNCIA, ou um número
positivo, se quisermos a data final N meses depois da
DATA_REFERÊNCIA.
Por exemplo, se quisermos saber a data final do mês de
fevereiro de 2008, podemos utilizar: MAIOR
=FIMMÊS("01/02/2008";0) A função MAIOR retorna o maior valor na enésima posição
Cujo resultado é: 29/02/08 de um intervalo de células definido.
=MAIOR(INTERVALO; POSIÇÃO)
Se quisermos saber a data do final do mês seis meses
depois da data atual, usamos: INTERVALO é um intervalo de células válido e POSIÇÃO é
=FIMMÊS(HOJE();6) a posição do valor desejado em uma ordenação decrescente.
A função HOJE() retorna a data do dia atual e 6 representa No exemplo abaixo, obtemos os valores das três maiores notas
o número de meses após a data de hoje. usando a função MAIOR:
Outro exemplo possível é descobrirmos a data de
pagamento conforme a definição a seguir: “... o pagamento será
efetuado no último dia do mês subsequente à assinatura do
contrato”. Supondo que a célula C5 contenha a data de

Noções de Informática 51
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APOSTILAS OPÇÃO

Nos casos onde há ocorrências de zero no intervalo de


células que devem ser evitados na contabilização, usamos a
função CONT.SE com a função MENOR. Abaixo, nosso intervalo
de células é o intervalo L3:L20.
=MENOR(L3:L20;CONT.SE(L3:L20;0)+1)
Com a função CONT.SE, obtemos o número total de zeros
existentes no intervalo. Somando uma unidade, temos a
posição do menor valor do intervalo.

MÍNIMO
Retorna o valor mínimo encontrado dentro de um ou mais
É interessante salientar a diferença entre a função MAIOR intervalos de células definidos como argumentos da função.
e a função MÁXIMO. A função MAIOR permite a flexibilidade de Possui o formato:
definirmos a posição na ordem de classificação do intervalo =MÍNIMO(ARGUMENTOS)
enquanto a função MÁXIMO retorna apenas o maior valor do No exemplo abaixo, calculamos a nota mínima do intervalo
intervalo. de notas da primeira avaliação. O resultado será, para o
intervalo de B11:B19, a nota 4,1.
MÁXIMO
Retorna o valor máximo encontrado dentro de um ou mais
intervalos de células definidos como argumentos da função.
Possui o formato:

=MÁXIMO(ARGUMENTOS)

No exemplo abaixo, calculamos a nota máxima do intervalo


de notas da primeira avaliação. O resultado será, para o
intervalo de B11:B19, a nota 9,5. Funções de Informações
ÉERROS
Retorna VERDADEIRO caso o argumento avaliado seja um
erro ou retorna FALSO caso o argumento avaliado seja um
resultado válido. Seu formato é:
=ÉERROS(ARGUMENTO)
Por exemplo, podemos avaliar o resultado de uma divisão.
Imaginando um cálculo como 1/0, sabemos, antecipadamente,
que o resultado será o erro #DIV/0! (divisão por 0). Podemos
utilizar esse cálculo como argumento na função ÉERROS e
MÉDIA verificar o resultado VERDADEIRO para a operação:
A função MÉDIA calcula a média de um intervalo de =ÉERROS(1/0) resulta em VERDADEIRO.
valores. A estrutura da função MÉDIA é: Da mesma forma =ÉERROS(1/1) resulta em FALSO, pois
=MÉDIA (INTERVALO_DE_VALORES) 1/1 é uma operação válida.
Vale destacar que o argumento da função também poderá
O intervalo de valores pode ser composto por intervalo de ser uma referência de célula onde a operação ou valor a ser
células ou números. No exemplo abaixo, veja que a média das avaliado está inserido.
notas dos alunos é obtida pela fórmula =MÉDIA(B11:B19),
cujo resultado será 7,32. É.NÃO.DISP
A função É.NÃO.DISP() possui a seguinte estrutura:
=É.NÃO.DISP(VALOR)
Onde VALOR é um resultado de uma fórmula ou um
endereço de célula que contém o valor a ser avaliado. Se
VALOR contém o código de erro “#N/DISP”, então a função
É.NÃO.DISP retorna VERDADEIRO. Se VALOR contém um
resultado diferente do código de erro “#N/DISP”, então a
função É.NÃO.DISP retorna FALSO.
A função É.NÃO.DISP é muito utilizada para a avaliação dos
MENOR A função MENOR retorna o menor valor na
resultados de fórmulas com as funções PROCV. No caso, um
enésima posição de um intervalo de células definido.
resultado “#N/DISP” da função PROCV identifica que o
=MENOR(INTERVALO; POSIÇÃO) INTERVALO é um intervalo
argumento procurado não foi encontrado. Logo, podemos
de células válido e POSIÇÃO é a posição do valor desejado em
desenvolver uma avaliação da seguinte maneira, considerando
uma ordenação crescente. No exemplo abaixo, descobrirmos
o exemplo abaixo, onde fornecemos uma matrícula na célula
os três melhores tempos de resposta (medidos em segundos)
amarela e obtemos a respectiva nota na célula azul (através da
de uma lista de testes:
função PROCV):

Noções de Informática 52
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APOSTILAS OPÇÃO

=SE(É.NÃO.DISP(PROCV(H8;A10:D18;3;0));"Valor não ARRED


encontrado";PROCV(H8;A10:D18;3;0)) Arredonda um número para o valor mais próximo até uma
quantidade de dígitos definida pelo usuário.
No exemplo, se o conteúdo de H8 (célula da Matrícula, em =ARRED(NÚMERO; QUANTIDADE_DE_DIGITOS)
amarelo) não é encontrado pela função PROCV na primeira Essa função apresenta como resultado o NÚMERO
coluna do intervalo de A10:D18, então é retornado o valor fornecido como primeiro argumento arredondado com a
“#N/DISP”. Por consequência, a função É.NÃO.DISP retorna QUANTIDADE_DE_DÍGITOS colocada no segundo argumento,
VERDADEIRO e, então, a função SE define o resultado final como em:
como “Valor não encontrado”. =ARRED(2,348;2) cujo resultado é 2,35. Em alguns casos, é
necessário mudar o formato da célula para ver todas as
Caso o conteúdo de H8 seja encontrado pela função PROCV decimais. Por exemplo:
na primeira coluna do intervalo de A10:D18, então é retornado =ARRED(-32,4834;3) retorna -32,483 (com a formatação
o valor indicado pela coluna de índice 3 (terceiro argumento mostrando mais casas decimais). Se a
do PROCV). Por consequência, a função É.NÃO.DISP retorna QUANTIDADE_DE_DÍGITOS for omitida ou for zero, a função
FALSO e, então, a função SE define o esultado final como o arredonda para o inteiro mais próximo:
próprio resultado da função PROCV. =ARRED(2,348;0) retorna 2.
Se a QUANTIDADE_DE_DÍGITOS for negativa, a função
Funções Lógicas arredonda para a dezena, centena ou milhar, etc... mais
SE próximo.
Esta é uma função bastante interessante pois permite ao =ARRED(835,65;-2) retorna 800.
usuário da planilha construir expressões condicionais,
avaliando e apresentando diferentes resultados conforme uma ARREDONDAR.PARA.BAIXO
cláusula avaliada. Arredonda um número para baixo até uma quantidade de
A estrutura da função SE é: dígitos nas casas decimais definida pelo usuário.
=SE (CONDIÇÃO; VALOR_SE_CONDIÇÃO_VERDADEIRA; =ARREDONDAR.PARA.BAIXO(NÚMERO;
VALOR_SE_CONDIÇÃO_FALSA) QUANTIDADE_DE_DIGITOS)
Por exemplo:
O primeiro argumento é a condição. Normalmente, =ARREDONDAR.PARA.BAIXO(1,234;2) retorna 1,23.
avaliamos o conteúdo de uma célula em relação a um dado
parâmetro, como, por exemplo C4<100 ou A1=”APROVADO”. Se a QUANTIDADE_DE_DÍGITOS for omitida ou for zero, a
Caso a condição seja verdadeira, o segundo argumento é função arredonda para o inteiro mais baixo:
apresentado como resultado da função. =ARREDONDAR.PARA.BAIXO(45,67;0) retorna 45.
Caso a condição seja falsa, o terceiro argumento é Se a QUANTIDADE_DE_DÍGITOS for negativa, a função
apresentado como resultado. arredonda para a dezena, centena ou milhar, etc... mais baixa.
No exemplo abaixo, avaliamos o valor da nota do aluno e, =ARREDONDAR.PARA.BAIXO(975,65;-2) retorna 900.
caso esteja acima da média, apresentamos o resultado
“Aprovado”. Senão, apresentamos o resultado “Recuperação”. ARREDONDAR.PARA.CIMA
Arredonda um número para cima até uma quantidade de
dígitos nas casas decimais definida pelo usuário.
=ARREDONDAR.PARA.CIMA(NÚMERO;
QUANTIDADE_DE_DIGITOS)

Por exemplo:
=ARREDONDAR.PARA.CIMA(1,2345;1) retorna 1,3.
Se a QUANTIDADE_DE_DÍGITOS for omitida ou for zero, a
função arredonda para o inteiro mais alto:
=ARREDONDAR.PARA.CIMA(45,67;0) retorna 46.

Se a QUANTIDADE_DE_DÍGITOS for negativa, a função


arredonda para a dezena, centena ou milhar, etc... mais alta.
Funções Matemáticas
=ARREDONDAR.PARA.CIMA(975,65;-2) retorna 1000.
ABS
CONT.NÚM
Retorna como resultado o valor absoluto do número
A função CONT.NÚM conta quantos valores numéricos
fornecido.
estão entre os ARGUMENTOS da função.
=ABS(NÚMERO)
Entende-se como valores numéricos: números, datas e
fórmulas cujo resultado seja um número.
Exemplos:
Células vazias ou células com conteúdo de texto não são
=ABS(120) resulta em 120.
contadas na função CONT.NÚM.
=ABS(-92,22) resulta em 92,22.
O formato da função é:
=CONT.NÚM(ARGUMENTOS)
ALEATÓRIO A função ALEATÓRIO retorna um número
Observe no exemplo abaixo que nem todos os alunos
qualquer entre 0 e 1 como resultado. A função não possui
fizeram a primeira avaliação. Podemos usar a função
parâmetros e é utilizada na forma
CONT.NÚM para contar as notas do intervalo B11:B19 e
=ALEATÓRIO()
identificar quantos alunos de fato fizeram a prova.
É importante salientar que qualquer modificação indireta
O resultado da função =CONT.NÚM(B11:B19) será 7 pois,
na célula pode resultar no novo cálculo da função aleatório
as duas células, correspondentes aos alunos que não fizeram a
como, por exemplo, uma mudança de formatação ou a função
prova, estão vazias.
Ferramentas > Recalcular (F9).

Noções de Informática 53
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APOSTILAS OPÇÃO

No exemplo abaixo, o usuário deverá preencher o espaço


amarelo com cinco códigos de produto.
Para contar quantas células já foram preenchidas,
utilizamos a função CONT.VALORES e o intervalo de G5:G9.
O resultado da função, no exemplo abaixo, será 3.

CONT.SE
A função CONT.SE tem como objetivo contar quantos
valores obedecem a um determinado critério. A estrutura é
bastante simples:
=CONT.SE (INTERVALO; CONDIÇÃO)
Os valores dentro do intervalo são avaliados um a um de
acordo com a condição. O valor é contado somente se a
condição for verdadeira.
No exemplo abaixo, contamos quantos alunos estão com
notas acima da média estabelecida.
Note que usamos uma concatenação de texto para
expressar adequadamente o critério, indicado no segundo CONTAR.VAZIO
argumento com a expressão “>”&B6. Ou seja, concatenamos o CONTAR.VAZIO conta quantas células do intervalo
sinal de > com o conteúdo da célula B5. indicado em ARGUMENTOS estão vazias, isto é, sem conteúdo
algum.
=CONTAR.VAZIO(ARGUMENTOS)

No nosso exemplo anterior, da função CONT.VALORES,


calculamos quantas células do intervalo amarelo já haviam
sido preenchidas. Podemos encontrar a informação
complementar (quantas células faltam ser preenchidas)
através da função CONTAR.VAZIO.

O resultado da função CONT.SE acima é de 7 alunos.


Quando o critério ou condição for de igualdade, não
precisamos usar a concatenação de texto, por exemplo:
=CONT.SE(B10:B18;B6)

Em sua construção mais comum, a função CONT.SE


permite apenas um argumento como critério de contagem. No
entanto, em casos específicos, é possível utilizar mais de um
argumento através do uso de expressões regulares em
fórmulas.
O exemplo abaixo ilustra essa situação. A partir da tabela
abaixo, desejamos obter a quantidade de cadastros de pessoas No exemplo, a função CONTAR.VAZIO pode ser utilizada
que são dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. sobre o intervalo de G5:G9. O resultado da função na célula
H15 será de 2.

SINAL
A função SINAL identifica se um número fornecido como
argumento é positivo ou negativo.
=SINAL(ARGUMENTO)

Uma abordagem óbvia e simples seria a soma de CONT.SE: Se o número for positivo, o resultado da função será o
=CONT.SE(F3:F8;"RS")+CONT.SE(F3:F8;"SC") número 1. Se for negativo, o resultado da função será -1. Caso
o número testado seja 0, o resultado da função será 0.
Uma abordagem elegante poderia utilizar expressões Um exemplo do uso da função SINAL é na operação de
regulares: valores contábeis. Na figura abaixo, a coluna Operação contém
=CONT.SE(F3:F8;"RS|SC") a fórmula SINAL para todos os valores da coluna Transações.
Conforme o tipo de transação (entrada ou saída), o resultado
Onde o símbolo | (pipe) entre as siglas RS e SC representa da operação é 1 (valores positivos) ou -1 (valores negativos).
a operação OU lógica. Logo, estamos contando apenas os
valores do intervalo de F3 até F8 que são iguais a RS ou a SC.

CONT.VALORES
A função CONT.VALORES permite contar células
preenchidas com valores de texto, número ou fórmula dentro
de um intervalo.
O formato da função CONT.VALORES é:
=CONT.VALORES(ARGUMENTOS)
Noções de Informática 54
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APOSTILAS OPÇÃO

intervalo de células E2:E5 para número, adequando o formato


de célula ao tipo de conteúdo utilizado.

SUBTOTAL
Quando quisermos contabilizar um resultado a partir de
um intervalo de células com autofiltro, por exemplo, usamos a
função SUBTOTAL com o seguinte formato:
=SUBTOTAL (CÓDIGO_DA_FUNÇÃO;
INTERVALO_DE_DADOS)

Onde o CÓDIGO_DA_FUNÇÃO define que função será


utilizada para calcular o subtotal. A tabela abaixo define os
códigos que podemos utilizar na função:

A partir dos resultados da coluna Operação, é possível


contabilizar os totais de entradas e saídas através de fórmulas
SOMASE, respectivamente nas células D2 [fórmula
=SOMASE(D6:D17;1;C6:C17)] e D3 [fórmula
=ABS(SOMASE(D6:D17;-1;C6:C17))].
Na fórmula da célula D3 utilizamos, também, a função ABS,
que retorna o valor absoluto de um dado número.
A função SUBTOTAL calcula, então, apenas os valores de
SOMASE células visíveis, desconsiderando os valores em células
A função SOMASE é útil para cálculos que envolvam ocultas. Por isso, torna-se uma função interessante para ser
valores totais a partir de um determinado critério. O formato utilizada com autofiltros. Considere o exemplo da planilha
da função é: abaixo:
=SOMASE(INTERVALO_DE_AVALIAÇÃO; CRITÉRIO;
INTERVALO_DE_SOMA)

Os valores do intervalo de avaliação são avaliados


conforme o critério. Caso estejam de acordo com o critério
indicado, o valor correspondente no intervalo de soma é
somado ao resultado.

O resultado da fórmula SOMASE acima é de R$ 70,00.


A função SOMASE possui uma diferença significativa em Ao aplicar o auto filtro na coluna A selecionando o critério
relação à sua correspondente no Microsoft Excel. No Calc, o “Padaria”, obteremos apenas a exibição das linhas 12, 13, 14 e
formato do CRITÉRIO deve ser equivalente ao formato dos 20.
conteúdos as células no INTERVALO_DE_AVALIAÇÃO. Ou seja,
se os conteúdos do INTERVALO_DE_AVALIAÇÃO são textos,
então o CRITÉRIO também deverá ser um texto.
Na figura abaixo essa situação pode ser observada. Os
valores correspondentes à categoria (coluna E), apesar de
serem números, foram formatados como texto e a célula que
contabiliza a soma de valores (I3), contém a função
=SOMASE(E2:E5;323;F2:F5), onde o valor 323 foi inserido
como número.

Posicionando o cursor na célula 22 e clicando no botão ∑


da barra de fórmulas, a função SUBTOTAL é inserida na célula
22 com a função SOMA (código 9) e o intervalo D5:D21).

O resultado para a função, devido à diferença de formatos,


é zero. Para resolver a questão devemos ajustar o formato do

Noções de Informática 55
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APOSTILAS OPÇÃO

Se o valor é igual a 0 somente valores exatamente iguais ao


critério serão encontrados.
Por exemplo, na tabela abaixo:

Note que, por padrão, o botão ∑ insere a função SOMA na


célula selecionada. A função SUBTOTAL só é utilizada quando
o Calc identifica que a área imediatamente acima da célula
selecionada possui um autofiltro aplicado.
A função SUBTOTAL também é criada automaticamente
quando o usuário faz o cálculo de subtotais através do menu
Dados > Subtotais. Nesse caso, a operação indicada pelo código
da função corresponde à escolha do usuário na lista Utilizar
função.

A fórmula =CORRESP(“Abril”;A2:A13;0) retorna o valor 4,


que é a posição correspondente ao critério “Abril” dentro do
intervalo de A2:A13.
Para desabilitarmos a procura por aproximação na função
CORRESP, utilizamos o terceiro parâmetro (opcional) com o
valor FALSO ou 0. Nesse caso, a função só retornará valores
exatos e, caso o valor não exista, o resultado será #N/DISP
(Valor não disponível). O resultado #N/DISP pode ser
manipulado pela função É.NÃO.DISP()

DESLOC
Retorna o valor do deslocamento de um intervalo por um
Funções de Planilha determinado número de linhas e colunas a partir de um ponto
de referência especificado.
CORRESP
A função CORRESP responde a seguinte pergunta: qual a =DESLOC(CÉL_REFERÊNCIA; LINHAS; COLUNAS;
posição do elemento X num dado vetor de elementos? Por ALTURA; LARGURA)
exemplo: qual a posição do elemento Maçã no vetor abaixo?
A referência retornada pode ser uma única célula ou um
intervalo de células. Você pode especificar o número de linhas
e de colunas a serem retornadas de forma a referenciar um
intervalo.
Um exemplo interessante é o da planilha abaixo, onde
usaremos a função DESLOC combinada com a função
CORRESP, vista anteriormente, e a função SOMA.

A resposta é o número 3. Numa planilha do Calc teríamos:

Onde =CORRESP("Maçã";D4:D7;0) tem como resultado o Imagine que temos um grupo de pessoas divididas em
número 3. Classe (Categorias) e Sexo e desejamos saber quantas pessoas
A função CORRESP possui a seguinte estrutura: existem em uma determinada categoria. Se a categoria
=CORRESP(CRITÉRIO; INTERVALO; TIPO) desejada é a “Categoria 3” o primeiro passo é descobrir onde
ela está posicionada com a função CORRESP:
Onde o resultado da função é a posição, dentro do =CORRESP("Categoria 3";A2:A9; 0)
INTERVALO, da célula cujo conteúdo é igual ao CRITÉRIO.
TIPO é um argumento opcional que pode receber os Cujo resultado é a posição 5.
valores -1, 0 e 1. Se o seu valor é igual a 1, a primeira coluna do Com essa informação, podemos utilizar a função DESLOC a
INTERVALO está em ordem crescente. Se o valor é igual a -1, a partir da primeira célula preenchida para localizarmos o
primeira coluna do INTERVALO está em ordem decrescente.

Noções de Informática 56
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APOSTILAS OPÇÃO

intervalo de células que contenha os dois valores respectivos Outro exemplo do que pode ser feito com a função ESTILO
aos sexos (F/M) da “Categoria 3”. é muito similar à estrutura de uma formatação condicional
DESLOC(A1;CORRESP("Categoria 3";A2:A9; 0);2;2;1) quando considerado o valor de alguma outra célula que não a
Onde: célula onde estará a fórmula. Ou seja, testaremos um valor de
A1 = CÉL_REFERÊNCIA do início da definição do intervalo; uma célula de referência com a função SE e concatenaremos o
CORRESP("Categoria 3";A2:A9; 0) = valor 5, que é o resultado condicional com a função ESTILO.
número de linhas a partir do qual será feito o deslocamento. Os resultados condicionais serão obtidos dos conteúdos
2 = deslocamento de 2 colunas, identificando que a coluna das células da coluna D (D2, D3 e D4), que funcionarão como
será posicionada sobre a coluna da Contagem. uma espécie de legenda para a planilha. Da mesma forma, as
2 = altura de 2 linhas a partir da posição do deslocamento. células da coluna E (E2, E3 e E4) serão utilizadas para que
Essa altura seleciona os números 5 e 4 da “Categoria 3”. sejam criados os estilos de célula Atenção, Normal e Verificar
1 = largura de apenas uma coluna. (consulte a Ajuda do LibreOffice para saber como é possível
criar um estilo novo a partir de uma célula).
Ou seja, você pode imaginar que o primeiro parâmetro é a
base para o início do deslocamento, o segundo e o terceiro
parâmetros funcionam como o deslocamento propriamente
dito e o quarto e o quinto parâmetros servem para a
delimitação do tamanho do intervalo.

Na célula B6, onde vamos calcular o resultado a partir da


avaliação do valor de B2, teremos a seguinte fórmula:

=SE(B2<=40;D2&T(ESTILO("Verificar"));SE(B2<=70;D3&
T(ESTILO("Atenção"));D4&T(ESTILO("Normal"))))
Nosso resultado até o momento será, então, o intervalo de
C6:C7. Finalizaremos o nosso cálculo com a operação final da
SOMA aplicada a esse intervalo:
=SOMA(DESLOC(A1;CORRESP("Categoria 3";A2:A9;
0);2;2;1))

O resultado da soma das contagens da “Categoria 3” será,


por fim, 9, que é a soma de 5 pessoas do sexo feminino e 4
pessoas do sexo masculino..

ESTILO Note que a combinação da função ESTILO com a função SE


A função ESTILO aplica ou substitui um estilo de célula a poderá ampliar as possibilidades de uso da formatação
célula corrente, durante um determinado período de tempo condicional. Enquanto a formatação condicional considera
opcional. apenas três condições, a função SE pode ampliar esse número.
=ESTILO (NOME_DO_ESTILO_1; TEMPO; Note, no entanto, que essa alternativa só é válida quando a
NOME_DO_ESTILO_2) avaliação é feita a partir de uma fórmula que avalia o valor de
NOME_DO_ESTILO_1 é o estilo aplicado à célula. O nome do uma outra célula e não da célula corrente.
estilo deve ser inserido na fórmula entre aspas duplas;
TEMPO é o intervalo em segundos após o qual o ESTILO_1 ÍNDICE
será substituído pelo ESTILO_2. Esse parâmetro é opcional, ou A função ÍNDICE permite encontrar um valor dentro de um
seja, se não for indicado, não haverá substituição. O tempo é intervalo a partir das referências de linha e coluna desejadas.
calculado sempre que o arquivo for aberto ou que a função F9 Sua estrutura mais comum é:
(Recalcular) for acionada; =ÍNDICE(INTERVALO_DE_PESQUISA; LINHA; COLUNA)
NOME_DO_ESTILO_2 também é um argumento opcional e
representa o estilo que será aplicado á célula em substituição Observe o exemplo abaixo:
ao ESTILO_1. O nome do estilo deverá ser inserido entre aspas
duplas e, caso seja omitido, será considerado o estilo Padrão.

No exemplo abaixo, a função ESTILO substitui o estilo


“Amarelo” por “Vermelho” após 120 segundos.
=ESTILO (“Amarelo”;120, “Vermelho”)
Note que a função ESTILO é uma função de formatação e
não de resultado. Por isso, seu resultado é sempre 0. Para que Se desejarmos obter uma distância entre duas cidades
esse resultado não influencie no seu cálculo, você poderá usar podemos utilizar a função ÍNDICE.
as seguintes estruturas a seguir. Bastaria utilizarmos como INTERVALO_DE_PESQUISA o
intervalo C11:E13 e os índices das cidades desejadas, por
Exemplo da função ESTILO com conteúdos de texto: exemplo:
="Texto da célula."&TEXTO(ESTILO("Padrão");"#") =ÍNDICE(C11:E13;1;3)

Exemplo da função ESTILO com conteúdos numéricos: retornará a distância entre Brasília (correspondente à
=4543,22 + ESTILO("Padrão") linha 1) e São Paulo (correspondente à coluna 3). O resultado
final da função é 178.

Noções de Informática 57
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APOSTILAS OPÇÃO

Note ainda que você poderá descobrir os índices relativos


às cidades através da função CORRESP. Ou seja, em vez de PROC
indicar explicitamente os índices de linha e coluna dentro das O resultado da função PROC é o conteúdo da célula do
fórmulas, podemos usar a função CORRESP para descobri-los intervalo do resultado, correspondente ao conteúdo localizado
de forma mais intuitiva. no intervalo de pesquisa.
Utilizando a célula D3 com o nome da cidade de origem, O formato da função é:
podemos procurar o conteúdo de D3 no intervalo B11:B13, =PROCV(ARGUMENTO_DE_PESQUISA;
que nos indicará a linha correta para a função ÍNDICE. INTERVALO_DE_PESQUISA; INTERVALO_DO_RESULTADO)
O resultado da função é o conteúdo da célula do
INTERVALO_DO_RESULTADO localizada na mesma posição da
célula que contém o ARGUMENTO_DE_PESQUISA no
INTERVALO_DE_PESQUISA. É importante salientar que os dois
intervalos não precisam ser adjacentes.

Veja o exemplo abaixo:

Utilizando a célula D4 com o nome da cidade de destino,


podemos procurar o conteúdo de D4 no intervalo C10:E10, que
nos indicará a coluna correta para a função ÍNDICE.
PROCV A função PROCV é uma função de procura muito
útil. Com ela podemos fazer uma busca de um determinado
valor dentro de um intervalo e retornar como resultado um
valor de uma coluna adjacente. A estrutura da função PROCV é
a seguinte:
=PROCV (VALOR_PROCURADO;
INTERVALO_DE_PESQUISA; ÍNDICE_DA_COLUNA; ORDEM)

O valor procurado é pesquisado dentro da primeira coluna


do intervalo de pesquisa. Quando o valor é encontrado, o
resultado correspondente, indicado pelo índice da coluna, é
Depois, basta referenciar os valores na função ÍNDICE da apresentado. A ordem é um argumento opcional que pode
célula D6 que nos dará o resultado final: assumir o valor verdadeiro ou falso. Caso tenha o valor falso, a
pesquisa será realizada sempre considerando valores exatos.
Por exemplo, podemos fazer uma procura por dados de uma
pessoa a partir do seu nome ou do seu número de cadastro. No
exemplo abaixo, temos uma tabela com dados de alunos e suas
respectivas notas.

LINHA
A função LINHA não possui argumentos e devolve como
resultado o número da linha do endereço da célula corrente.
Um dos usos mais comuns da função LINHA é o de retornar Para fazer uma busca pelo desempenho dos alunos na
uma ordenação numérica sequencial com base na numeração disciplina, podemos usar a função PROCV. Procurando pelo
das linhas. Veja o exemplo abaixo. Note que devido aos campos campo de matrícula na primeira coluna do intervalo, podemos
da parte superior da planilha, a ordenação da coluna Número achar os demais dados do aluno. Se desejarmos como
é feita através da fórmula =LINHA()-7, onde o número sete é a resultado o nome do aluno cuja matrícula é 126-4, teríamos a
diferença exata para que a numeração inicie em 1 na célula B8. seguinte fórmula: =PROCV(H9;A10:D18;2;FALSO). O
resultado seria o nome Éverton Brenner Oliveira. Para chegar
a esse resultado, a função procurou pela matrícula 126-4 na
primeira coluna do intervalo A10:D18. Ao encontrar o registro
pesquisado, a função verificou qual o índice da coluna do
intervalo A10:D18. O índice, cujo valor é 2, indica a segunda
coluna do intervalo. A intersecção entre a linha indicada pelo
número de matrícula e o índice da coluna do intervalo indicam
o resultado final da fórmula.
Para evitar a pesquisa por aproximação, inserimos o
quarto argumento com o valor FALSO.
Dessa forma, somente os valores existentes no intervalo
retornarão resultados válidos.
Dicas:
– sempre utilizar intervalos ordenados pela primeira
Caso uma linha seja adicionada no meio do intervalo de coluna;
registros, basta copiar a fórmula =LINHA()-7 para que a – usar, na primeira coluna, valores únicos e não nulos.
numeração seja inserida corretamente na nova linha.

Noções de Informática 58
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APOSTILAS OPÇÃO

Combinações úteis agora, colocaremos o intervalo de E3:E19 dentro do


SE + É.NÃO.DISP + PROCV parâmetro verdadeiro da função SE mais interna.
Leia sobre a combinação SE + É.NÃO.DISP + PROCV na {=SOMA(SE(C3:C19=13423;(SE(DIA(D3:D19)>15;E3:E19;
página 24, função É.NÃO.DISP 0))))}

SOMA e SE em fórmulas matriciais Ou seja, faremos a avaliação das contas iguais à 13423 e
A combinação das funções SOMA e SE em fórmulas dos dias maiores que 15. Somente os valores que
matriciais permite contabilizações que podem considerar corresponderem a esses critérios dentro do intervalo E3:E19
vários critérios ao mesmo tempo. Em outras palavras, é como serão contabilizados na soma. O resultado será, então, 120.
se pudéssemos utilizar as funções SOMASE e CONT.SE com Essa construção funciona como uma função SOMASE com
vários critérios, em vez de apenas um. vários critérios.
Os exemplos abaixo são bastante ilustrativos. Considere a
seguinte tabela de despesas em um dado mês: IMPRESS - LIBREOFFICE

O LibreOffice.org Impress é um programa de apresentação


de slides ou transparências similar em capacidades ao
Microsoft PowerPoint. Além das capacidades comuns de
preparo de apresentações, ele é capaz de exportá-las no
formato Adobe Flash (SWF) isto a partir da versão 2.0,
permitindo que ela seja visualizada em qualquer computador
com o Flash Player instalado. O Impress, porém, sofre da falta
de modelos de apresentações prontos sendo necessário o uso
de modelos criados por terceiros.

O que é uma apresentação?


É um arquivo em que são exibidos textos, gráficos,
imagens, sons e animações, que podem ser combinados com
efeitos especiais de exibição na tela do computador ou em
forma de slides e transparências, possibilitando, entre outras
tarefas:

✔ a criação de gráficos (imagens);


Fórmula para contagem
Uma contabilização útil seria, por exemplo, saber quantas ✔ a criação de slides de aparência profissional com a
operações foram realizadas na conta atribuição um número de efeitos dinâmicos aos slides,
13423 a partir do dia 15. Note que, como falamos, a função incluindo animação e efeitos de transição.
CONT.SE não resolve o problema pois não permite ✔ A criação de apresentações contendo um sem número de
considerarmos os dois critérios ao mesmo tempo. slides com variados formatos de páginas;
A solução, portanto, é utilizarmos a combinação matricial ✔ a exibição dos slides na tela ou sua publicação sob a
das funções SOMA e SE, tendo a SOMA como função mais forma de folhetos;
externa, seguida de dois SEs concatenados. No SE mais interno, ✔ Fazer a apresentação de uma forma manual ou
utilizamos 1 para verdadeiro e 0 para falso: automática
✔apresentar uma ideia ou um material didático;
{=SOMA(SE(C3:C19=13423;(SE(DIA(D3:D19)>15;1;0))))} ✔divulgar um evento ou um produto. Utilizando esse
programa é possível criar:
Essa será uma fórmula matricial. Fórmulas matriciais têm
como característica básica o processamento de intervalos de Utilizando esse programa é possível criar:
mais de uma célula para a obtenção de um resultado. No nosso ✔Apresentação - Conjunto de slides, folhetos, anotações do
exemplo, obteremos, primeiro, todas as contas iguais a 13423.
apresentador e estruturas de tópicos, agrupados em um
Depois, dentro desse conjunto, todos os dias a partir do dia 15.
arquivo.
Para os valores que obedecerem a ambos os critérios,
✔Slide - É a página individual da apresentação. Pode conter
atribuiremos o valor 1. Ao final, somamos esses valores para
obtermos o número de 9 operações realizadas na conta 13423 títulos, textos, elementos gráficos, desenhos (clipart) e etc.
a partir do dia 15. ✔Folheto - É uma pequena versão impressa dos slides, para
Para definir a fórmula como matricial, edite-a no distribuir entre os ouvintes.
Assistente de funções e marque a opção Matricial no canto ✔Anotações do apresentador - Consiste em folhas com slide
inferior esquerdo do diálogo. Outra forma de indicar que a em tamanho reduzido e suas anotações.
fórmula é matricial é teclar Ctrl+Shift+Enter ao final da ✔Estrutura de Tópicos - É o sumário da apresentação, aí
digitação da fórmula. Ambos os procedimentos adicionarão aparecem apenas os títulos e os textos principais de cada slide.
chaves no início e no final da fórmula.
{=SOMA(SE(C3:C19=13423;(SE(DIA(D3:D19)>15;1;0))))} Criando uma apresentação
Abrir documentos
Note que as chaves não são digitadas. A atribuição Abrir um documento existente
matricial deve ser feita através de um dos dois métodos Adote um dos seguintes procedimentos:
descritos acima. Escolha Arquivo - Abrir
Clique no ícone Abrir na barra de ferramentas padrão
Fórmula para soma Pressione Ctrl+O
Imagine, agora, que nosso objetivo seja o de obter a soma Você verá a caixa de diálogo Abrir.
de gastos realizados na conta 13423 a partir do dia 15. A Selecione o arquivo desejado e clique em Abrir.
fórmula que utilizaremos é similar à anterior. No entanto,

Noções de Informática 59
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APOSTILAS OPÇÃO

Restringir arquivos a exibir


Para restringir a exibição de arquivos na caixa de diálogo Descrição de Barras:
Abrir a um certo tipo, selecione o Tipo de arquivo que deseja
na lista. Selecione Todos os arquivos para mostrar todos os Barra de Título: Mostra o nome do aplicativo e os botões
arquivos. para minimizar, maximizar/restaurar e fechar o aplicativo;

Abrir um documento em branco

Clique no ícone Novo na barra de ferramentas padrão ou Menu de Opções: Apresenta os nomes dos menus para
selecione Arquivo - Novo. Isto abre um documento do tipo acesso às listas de comandos e funções do LibreOffice.org
especificado. Apresentação;
Se você clicar na seta ao lado do ícone Novo, um submenu
aparecerá para você selecionar outro tipo de documento.
Barra de Ferramentas Padrão: Apresenta os botões para
acessar os comandos básicos do LibreOffice.org
Apresentação, tais como: abrir, salvar, cortar, copiar, colar etc;

Barra de Ferramentas de Formatação: São barras que


mudam conforme a ferramenta que está sendo usada.

Barra de Ferramentas de Formatação de Slides:

Caixas de diálogo do sistema ou do LibreOffice


Na maioria dos sistemas operacionais, você pode escolher
entre utilizar as caixas de diálogo do sistema ou do LibreOffice.
Escolha Ferramentas - Opções - LibreOffice - Geral para
alternar o tipo das caixas de diálogo de abrir e de salvar.
As caixas de diálogo do LibreOffice tem suporte para fazer
downloads e uploads utilizando conexões https seguras.
Abrir arquivos de um servidor internet
Você também pode inserir um URL na caixa Nome do
arquivo da caixa de diálogo Abrir. Ele deve iniciar com file:///
ou ftp:// ou http://.
Se utilizar as caixas de diálogo do LibreOffice, você poderá
Barra de figura: Quando você seleciona uma figura, a barra
utilizar o prefixo https:// para uma conexão segura, e poderá
Figura é aberta. Use essa barra encaixável para definir as
salvar seu documento em um servidor internet.
opções de cor, contraste e brilho do(s) objeto(s) gráfico(s)
selecionado(s).
Barra de Formatação de Texto: Apresenta os botões para
acessar os comandos de edição de texto, tais como: tipo e
tamanho de letras, estilos de parágrafos, etc.

Noções de Informática 60
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APOSTILAS OPÇÃO

Barra de Ferramentas para Desenho: Apresenta os botões PROPRIEDADES: Exibe as propriedades do arquivo atual,
para acessar os comandos de arranjo gráfico, tais como: inclusive estatísticas, como contagem de palavras e a data da
inserção de figuras e desenhos, etc. criação do arquivo.

Barra de menus:

O menu ARQUIVO:
NOVO: Permite a criação de um novo documento, cujo tipo
(texto, planilha, apresentação, desenho, base de dados) deverá
ser selecionado a partir de um sub-menu.
ABRIR (Ctrl+O): Esta opção permite que sejam abertos,
para edição, documentos criados anteriormente.
DOCUMENTOS RECENTES: Armazena o nome dos dez
últimos documentos que foram abertos pelo usuário. Ao clicar
sobre o nome de um dos documentos ele será automaticamente
aberto para edição.
ASSISTENTES: Assistentes são rotinas (scripts) que
facilitam a criação de documentos baseados em modelos, tais
como cartas, fax, páginas WEB e outros documentos que
possuam um padrão de formatação.
Antes de salvar um documento com um novo nome
O LibreOffice.Org já traz uma grande quantidade de utilizando Arquivo - Salvar como, você deveria alterar as
modelos para agilizar o trabalho de criação de documentos, propriedades do documento (Arquivo - Propriedades); caso
mas você poderá também criar novos modelos a partir do sub- contrário, as propriedades existentes serão adotadas e poderão
menu Modelos. causar conflitos.
FECHAR / SALVAR (Ctrl+S) / SALVAR COMO (Ctrl+Shift+S) /
SALVAR TUDO: Comandos básicos para salvar e/ou fechar A caixa de diálogo Propriedades contém as seguintes
um arquivo. páginas de guia:

RECARREGAR: Esta opção permite que o usuário re-abra Geral: Contém informações básicas sobre o arquivo atual.
um arquivo que já estava sendo editado, sem que as alterações
efetuadas sejam salvas. Todos as alterações efetuadas após o Descrição: Contém informações descritivas sobre o
último salvamento serão perdidas. documento.

VERSÕES: Salva e organiza várias versões do documento Propriedades personalizadas: Permite que você atribua
atual no mesmo arquivo. Você também pode abrir, excluir e campos de informações personalizados ao seu documento.
comparar versões anteriores.
Internet: Define as opções de atualização e
EXPORTAR: Salva o arquivo atual no formato PDF e/ou redirecionamento para uma página HTML.
documento HTML, JPEG, SVM/WMF/PICT/MET, BMP, GIF, EPS,
PNG, PBM, PPM, PGM. ASSINATURAS DIGITAIS: Esta opção permite que seja
incluída no documento em edição uma ou mais assinaturas
Se você selecionar "Macromedia Flash (SWF)" como digitais.
formato de arquivo, o documento atual do Impress ou do Draw
será exportado no formato Macromedia Flash. MODELOS: Permite organizar e editar os modelos
(documentos que contêm estilos de formatação
Se escolher "Documento HTML" como o formato de específicos, figuras, tabelas, objetos e outras informações,
arquivo, será exibido o Assistente de exportação de formato que podem ser utilizados como base para criar outros
HTML. Esse Assistente guiará você durante todo o processo de documentos), bem como salvar o arquivo atual como um
exportação e oferecerá a opção de salvar as figuras da modelo.
apresentação no formato GIF ou JPG.

EXPORTAR COMO PDF: Salva o arquivo atual no formato


PDF
Gerenciar Modelos
ENVIAR: Esta opção permite que o documento seja Abre a caixa de diálogo Gerenciador de modelos, que
encaminhado por meio das opções abaixo ou que se crie outros permite organizar modelos e definir modelos padrão.
documentos a partir dele. A opção é composta de 2 partes
distintas: O menu EDITAR:
Enviar como e-mail;
DESFAZER (Crtl+Z): Esta opção permite que sejam
Esta opção permite que o arquivo que está sendo editado
desfeitas alterações realizadas no documento, antes que ele
seja enviado por e-mail, no formato padrão do LibreOffice.Org.
sejasalvo.
Ao ser selecionada será iniciado o gerenciador padrão de e-
mail do usuário (como o Outlook Express, por exemplo).
RESTAURAR (Crtl+Y): Esta opção permite que o usuário
Enviar como anexo de arquivo PDF; possa repetir indefinidamente o seu último comando até que
Esta opção funciona exatamente como na opção anterior seja alcançada a situação mais atual do documento.
com a diferença que o arquivo a ser enviado será exportado
para o formato PDF. CORTAR (Crtl+X): Remove e copia a seleção para a área de
transferência.

Noções de Informática 61
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APOSTILAS OPÇÃO

COPIAR (Crtl+C): Copia a seleção para a área de Ângulo


transferência. É o ângulo (entre 0 e 359 graus) em torno do qual você
deseja girar o objeto duplicado. Valores positivos giram o
Toda vez que você efetuar uma cópia, o conteúdo existente da objeto duplicado no sentido horário; valores negativos, no
área de transferência é substituído. sentido anti-horário.

COLAR (Crtl+V): Insere o conteúdo da área de Ampliação:


transferência na posição do cursor e substitui o texto ou os Determina se o objeto duplicado terá o mesmo tamanho
do objeto original ou se será uma cópia reduzida ou ampliada
objetos selecionados. Clique na seta ao lado do ícone para
do objeto.
selecionar o formato. (Crtl + V)
Largura
Insira o quanto você deseja ampliar ou reduzir a largura do
COLAR ESPECIAL (Crtl+Shift+V): Insere o conteúdo da área
objeto duplicado.
de transferência no arquivo atual em um formato que você
Altura
pode especificar.
Insira o quanto você deseja ampliar ou reduzir a altura do
objeto duplicado.
SELECIONAR TUDO (Crtl+A): Seleciona todo o conteúdo do
arquivo, quadro ou objeto de texto atual.
Cores:
Define as cores para o objeto selecionado e para o objeto
LOCALIZAR E SUBSTITUIR (Crtl+F): Procura ou substitui
duplicado. Se você fizer mais de uma cópia, essas cores
textos ou formatos no documento atual.
definirão o início e o fim de um gradiente de cores.
Início
Para localizar: Em 'Procurar por' digite a palavra (ou frase)
Escolha uma cor para o objeto selecionado.
que deseja encontrar, e clique em Localizar ou Localizar todos
Fim
para fazer uma busca completa.
Escolha uma cor para o objeto duplicado. Se você fizer
mais de uma cópia, a cor será aplicada à última cópia.
Para Substituir: Em 'Substituir por' digite a palavra (ou
frase) que irá substituir a palavra original e clique em
Padrão:
Substituir ou Substituir todos para substituir todas as palavras
Retorna os valores visíveis na caixa de diálogo aos valores
encontradas;
de instalação padrão.
DUPLICAR (Shift+F3): Faz uma ou mais cópias de um objeto
selecionado. PONTOS (F8): Esta opção permite que o usuário ATIVE ou
DESATIVE a opção de “Editar Pontos do Objeto” que está
selecionado no momento.

PONTO DE COLAGEM: Inserem ou modificam as


propriedades de um ponto de colagem. Um ponto de colagem é
um ponto de conexão ao qual pode ser anexado uma linha
conectora, ou seja, novos pontos, assim como os mesmo
independentes. Por padrão, o LibreOffice.org coloca
automaticamente um ponto de conexão no centro de cada lado
do retângulo que limita cada objeto criado.

CAMPOS: Esta opção permite que o usuário possa modificar


Campos pré-definidos pelo LibreOffice.Org que foram
previamente inseridos no slide.

EXCLUIR SLIDE: Exclui o slide ou a página atual.


Número de cópias:
Valores da seleção ; VÍNCULOS: Esta opção permite que o usuário a edite as
Insere os valores de largura e de altura do objeto propriedades de cada link (vínculo) no documento atual,
selecionado nas caixas Eixo X e Eixo Y respectivamente, bem incluindo o caminho para o arquivo de origem. Este comando
como a cor de preenchimento do objeto na caixa Iniciar. não estará disponível se o documento atual não contiver links
O ângulo de rotação do objeto selecionado não é para outros arquivos.
inserido.
PLUG-IN: Plug-ins, de uma forma geral, são pequenos
Colocação: programas que adicionam novas funcionalidades às aplicações
Define a posição e a rotação de um objeto duplicado em que os utilizam. Um exemplo são os filtros de importação que
relação ao objeto selecionado. permitem que o LibreOffice.Org possa trabalhar com arquivos
Eixo X gerados por outros produtos tais como o ®Microsoft Office ou
É a distância horizontal entre o centro do objeto o ®Adobe Acrobat.
selecionado e o centro do objeto duplicado. Valores positivos
deslocam o objeto duplicado para a direita; valores negativos Também são chamados Plug-ins as extensões que fornecem
deslocam o objeto duplicado para a esquerda. funções adicionais aos navegadores da Web tais como o
Eixo Y Netscape, Opera, Firefox, Internet Explorer, etc.
É a distância vertical entre o centro do objeto selecionado Esta opção permite habilitar/desabilitar Plug-ins contidos
e o centro do objeto duplicado. Valores positivos deslocam o no documento que está sendo editado.
objeto duplicado para cima; valores negativos deslocam o
objeto duplicado para baixo.

Noções de Informática 62
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APOSTILAS OPÇÃO

MAPA DE IMAGEM: Permite que você anexe URLs a áreas Personalizada e transição de slides. Clique em outro título
específicas, denominadas pontos de acesso, em uma figura ou para abrir outra página.
em um grupo de figuras. Um Mapa de Imagem é um grupo com
um ou mais pontos de acesso. PAINEL DE SLIDES: Ativa e desativa o Painel Slide.

OBJETO: Esta opção permite que seja editado um objeto Você pode usar o Painel Slide para adicionar, renomear,
(imagem, gráfico, som, vídeo, fórmula, etc) selecionado no excluir e organizar slides ou páginas no Impress e no Draw.
arquivo inserido com o comando Inserir - Objeto.
Editar BARRA DE STATUS: Esta opção permite que o usuário
Permite que você edite no seu arquivo um objeto habilite ou desabilite a apresentação da Barra de Status.
selecionado inserido com o comando Inserir - Objeto.

Abrir A Barra de status exibe informações sobre o documento


Abre o objeto OLE selecionado com o programa em que o atual, como a seleção atual.
objeto foi criado.
Se as alterações no documento ainda não tiverem sido
HYPERLINK: Esta opção permite que o usuário possa editar salvas no disco rígido, será exibido um "*" no campo na barra
um “hyperlink” bastando selecionar o texto que possui um e de status. Isso também se aplica a documentos novos, que
escolher uma ou mais das opções apresentadas na Caixa de ainda não foram salvos.
Diálogo a seguir.
RÉGUA: Exibe ou oculta réguas no alto e na lateral esquerda
O menu EXIBIR: da área de trabalho.

Este menu contém comandos para controlar a exibição do


documento na tela.

NORMAL: Alterna para a exibição normal na qual é


possível criar e editar slides.

ESTRUTURA DE TÓPICOS: Alterna para a exibição de


estrutura de tópicos na qual é possível reordenar slides e editar
os títulos e cabeçalhos dos slides.

A barra Formatação de texto oferece os seguintes ícones


para títulos de slide: Promover, Rebaixar, Mover para cima e
Mover para baixo. Caso deseje reordenar os títulos de slide Pode-se usar as réguas como auxílio para posicionar
com o teclado, certifique-se de que o cursor esteja no início objetos na área de trabalho, para definir recuos de parágrafos
do título e pressione Tab para rebaixar o título um nível na ou para arrastar guias para a página.
hierarquia. Para mover o título para um nível acima, pressione
Shift+Tab. As seções das réguas que cobrem a área do slide são
O nível superior da estrutura de tópicos corresponde ao brancas.
título principal do slide, e os níveis inferiores, aos outros
títulos. Ao selecionar um objeto, as dimensões dele são
exibidas nas réguas em forma de linhas duplas cinzas. Para
CLASSIFICADOR DE SLIDES: Exibe miniaturas dos slides. redimensionar o objeto com mais precisão, arraste uma das
linhas duplas para uma nova posição na régua.
Obs: Para remover temporariamente um slide da
apresentação, vá para o Classificador de slides, clique no slide Quando você seleciona um objeto de texto em um slide,
com o botão direito do mouse e escolha Mostrar/Ocultar slide. são exibidos recuos e guias na régua horizontal. Para
O nome do slide oculto se torna cinza. Para mostrar o slide, alterar a configuração do recuo ou da guia para o objeto
clique nele com o botão direito do mouse e escolha de texto, arraste o marcador de recuo ou de guia para uma
Mostrar/Ocultar slide. nova posição na régua.

MESTRE: Você também pode arrastar a linha-guia de uma régua


para que ela lhe auxilie enquanto alinha os objetos no slide.
Slide Mestre Para inserir uma linha-guia com o uso de uma régua, arraste a
Alterna para a exibição de slide mestre, onde é possível borda da régua para dentro do slide.
adicionar elementos que deverão aparecer em todos os slides
da apresentação que utilizam o mesmo slide mestre. Para especificar as unidades de medida de uma régua,
clique com o botão direito na régua e, em seguida, escolha
Notas mestre uma nova unidade na lista.
Exibe as notas mestre, na qual é possível definir a
formatação padrão para as notas. Para alterar a origem (ponto 0) das réguas, arraste a
interseção das duas réguas no canto superior esquerdo para
Elementos do slide mestre dentro da área de trabalho. As guias vertical e horizontal
Adicione ao slide mestre espaços reservados para serão exibidas. Continue a arrastar até que as guias estejam no
cabeçalho, rodapé, data e número do slide. local onde você deseja a nova origem e libere. Para redefinir os
valores padrão das origens das réguas, clique duas vezes na
COR/ESCALA DE CINZA: Mostra os slides em cores, em interseção.
escala de cinza ou em preto e branco.

Noções de Informática 63
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APOSTILAS OPÇÃO

Para alterar as margens de um slide, arraste a borda das Variável:


áreas brancas das réguas. O documento será exibido de acordo com o tamanho
selecionado pelo usuário. Por exemplo, se selecionado 200%, o
documento será apresentado com um tamanho 2 vezes maior
GRADE: Esta opção permite que o usuário defina as que o real.
propriedades de apresentação da Grade (cruzamento de linhas
horizontais e verticais no Painel Principal) que pode servir para O menu INSERIR:
alinhar objetos.
Exibir Grade: exibe ou oculta as linhas que formam a grade; Este menu contém os comandos usados para inserir
Alinhar à Grade: alinha automaticamente os objetos em novos elementos no documento, por exemplo, figuras,
relação as linhas que formam a grade; objetos, caracteres especiais e outros arquivos.
Grade para a frente: apresenta as linhas que formam a SLIDE: Insere um slide depois do slide selecionado
grade na frente dos objetos que estão alinhados. atualmente. Você também pode inserir um novo slide, clicando
com o botão direito em
GUIAS: Esta opção permite que o usuário defina as Um slide e selecionar Novo Slide.
propriedades de apresentação de linhas chamadas de Guias
que pode servir para alinhar objetos no slide. As opções são: DUPLICAR SLIDE: Insere uma cópia do slide atual após o
Exibir Guias: exibe ou oculta as linhas de Guias; slide atual.
Alinhar às Guias: alinha automaticamente os objetos em
relação as linhas de Guias; EXPANDIR SLIDE: Cria um novo slide a partir de cada ponto
Guias para a frente: apresenta as linha de Guias na frente superior da estrutura de tópicos (o texto que está um nível
dos objetos que estão alinhados. abaixo do título na hierarquia da estrutura de tópicos) no slide
selecionado. O texto da estrutura de tópicos se torna o título do
novo slide. Os pontos da estrutura de tópicos que estão abaixo
NAVEGADOR (Crtl+Shift+F5): Abre uma janela que do nível superior no slide original subirão um nível no novo
permite navegar entre os slides da apresentação. slide.

CABEÇALHO E RODAPÉ: Adiciona ou altera o texto em Você só poderá usar o comando Expandir Slide se o layout
espaços reservados na parte superior ou inferior dos slides e do slide tiver um objeto de título principal e um objeto de
dos slides mestre. estrutura de tópicos.
Para preservar o slide original, é necessário que você
Aba Slide: esteja na exibição normal quando escolher esse comando.

Incluir no slide: Especifica os elementos que serão incluídos SLIDE DE RESUMO: Cria um novo slide a partir de cada
nos slides. ponto superior da estrutura de tópicos (o texto que está um
nível abaixo do título na hierarquia da estrutura de tópicos) no
Rodapé/Texto do rodapé: Adiciona à parte inferior do slide slide selecionado. O texto da estrutura de tópicos se tornará o
o texto inserido na caixa Texto do rodapé. título do novo slide.

Número da página: Adiciona o número do slide. NÚMERO DA PÁGINA: Adiciona o número do slide ou da
página. (Mesmo processo do
Cabeçalho e rodapé)
ZOOM: Reduz ou amplia a exibição de tela do
LibreOffice.org. DATA E HORA: Adiciona a data e a hora ao slide. (Mesmo
processo do Cabeçalho e rodapé)
O fator de zoom atual é exibido como um valor de
porcentagem na barra de status. CAMPOS: Conjunto pré-definido de Campos que podem ser
inseridos no documento para apresentar informações
Fator de zoom existentes no Sistema. Além do conjunto mostrado vários
Define o fator de zoom no qual o documento atual será outros tipos de Campos podem ser inseridos.
exibido e todos os documentos do mesmo tipo que você
abrir desde então. Data/hora atual armazenada no Sistema
Data/Hora (Fixa)
que não mais será atualizada.
Ideal: Data/hora atual armazenada no Sistema,
Data/Hora
O LibreOffice.Org calcula o tamanho a ser exibido em atualizada cada vez que o arquivo for
(variável):
função da largura da página carregado.
Conteúdo do Campo Título
Ajustar largura e altura/Zoom da página: especificado pelo usuário nas
Autor:
A página completa é apresentada na tela. Propriedades do documento. (Arquivo-
Propriedades)
Ajustar largura/Zoom até a largura da página: Número da página onde o campo for
Exibe a largura completa da página do documento. Neste inserido. Em cada nova página o valor
caso as bordas superior e Número da Página:
do Campo será automaticamente
Inferior da página podem não estar visíveis atualizado pelo LibreOffice.Org.
Nome do arquivo: Nome do arquivo que está sendo editado.
◦100%:
Exibe o documento no tamanho real. CARACTERE ESPECIAL: Insere caracteres especiais a partir
das fontes instaladas.

Noções de Informática 64
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APOSTILAS OPÇÃO

Basta selecionar o caractere a ser inserido no texto e Contagem de Repetições: Define quantas vezes a animação
pressionar a tecla OK. O caractere escolhido será incluído no será executada. Se desejar que a animação seja executada
local onde se encontra posicionado o cursor. continuamente, escolha Máx.

MARCA DE FORMATAÇÃO: Esta opção permite que o Imagem: Adiciona ou remove objetos da animação.
usuário inclua no slide caracteres especiais para formatar
melhor um texto contido no slide. Podem ser selecionados: Aplicar Objeto: Adiciona o(s) objeto(s) selecionado(s) como
uma imagem única.
Espaço não separável (Crtl+Shift+Espace): espaço em
branco que não permite a separação de sílabas, ou quebra da
Aplicar Objetos Individualmente: Adiciona uma imagem
palavra onde inserido.
para cada objeto selecionado. Se você selecionar um objeto
agrupado, será criada uma imagem para cada objeto do grupo.
Hífen incondicional: hífen que será sempre mostrado no
texto, independente de sua posição;
Você também pode selecionar uma animação (como um GIF
animado) e clicar neste ícone a fim de abri-la para edição.
Hífen opcional: hífen que poderá desaparecer do texto
Quando terminar de editar a animação, clique em Criar para
dependendo de sua posição.
inserir uma nova animação no slide.

HYPERLINK: Exibe uma Caixa de Diálogo com as Excluir Imagem Atual e Excluir Todas as Imagens:
configurações de cada tipo possível de hyperlinks. Número: Número total de imagens da animação.
Grupo de animação: Define as propriedades do objeto da
IMAGEM ANIMADA: Cria uma animação personalizada no animação.
slide atual. Só é possível usar objetos existentes para criar uma
animação. Objeto de grupo Objeto de bitmap
Pode-se copiar e colar animações no Writer.
Junta imagens em um
Caixa de diálogo Animação:
único objeto para que possam
ser movidos como um grupo. Combina imagens em uma
Também é possível editar única imagem.
objetos individuais clicando
duas vezes no grupo do slide.

FIGURA: Insere figuras na apresentação.

Do Arquivo: Insere uma figura de um arquivo do


computador.

Digitalizar: Insere no documento uma imagem digitalizada.


Mas para isso acontecer, o driver do scanner precisa estar
instalado.

Selecionar Origem: Seleciona o scanner desejado.


Solicitar: Digitaliza uma imagem e, em seguida, insere o
resultado no documento.
A caixa de diálogo de digitalização é fornecida pelo
fabricante do scanner.

TABELA: Insere uma tabela em seu documento, é só


informar o número de colunas e de linhas na caixa de diálogo.
Mostra uma prévia dos objetos na animação. Para ver a
animação, pressione o botão Reproduzir. FILME E SOM: Insere um arquivo de vídeo ou de som no
documento.
Botões: Navega entre as imagens na OBJETO: Insere um objeto em seu documento.
seqüência de animação.
Objeto OLE: Insere um objeto OLE no documento atual. O
Número da Imagem: Indica a posição da imagem atual na objeto OLE é inserido como um vínculo ou como um objeto
seqüência de animação. Se desejar exibir outra imagem, insira incorporado.
o número ou clique nas setas para cima e para baixo.
Plug-In: Insere um plug-in no documento atual.
Duração: Insira o número de segundos para exibição da
imagem atual. Essa opção só estará disponível se você tiver Um plug-in consiste em um componente de software que
selecionado a opção Objeto de bitmap no campo Grupo de amplia a capacidade de um navegador da Web.
animação.
Som: Insere um arquivo de som no documento atual.

Noções de Informática 65
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APOSTILAS OPÇÃO

Vídeo: Insere um arquivo de vídeo no documento atual. O menu FORMATAR:

Miniaplicativo: Insere um miniaplicativo escrito na


linguagem de programação Java (também conhecido como
“miniaplicativo Java”) no documento atual.

Fórmula: Insere uma fórmula no documento atual. Para


obter mais informações, abra a Ajuda do LibreOffice.org
Math.

GRÁFICO: Insere gráficos gerados com o auxílio do


LibreOffice.Org Calc.

QUADRO FLUTUANTE: Insere um quadro flutuante no


documento atual.

Os quadros flutuantes são usados em documentos HTML


para exibir o conteúdo de outro arquivo.

Contém comandos para formatar o layout e o conteúdo do


documento. FORMATAÇÃO PADRÃO: Remove formatação
direta da seleção. A formatação direta é a formatação que você
aplica sem o uso de estilos, como definição de tipo de letra em
negrito, clicando no ícone Negrito.
Nome: Nome do quadro flutuante. O nome não pode conter
espaços, caracteres especiais ou começar com um caractere de CARACTERE: Muda a fonte e a formatação de fonte dos
sublinhado ( _ ). caracteres selecionados.

Conteúdo: Insira o caminho e o nome do arquivo que A aba Fonte: Aqui você especifica a formatação (tipo e
deseja exibir no quadro flutuante. tamanho) e a fonte que você deseja aplicar.
Pode também clicar no botão “...” e localizar o arquivo a ser
exibido. Por exemplo, pode inserir: É possível fazer essas alterações mais rapidamente através
http://www.sun.com file:///c|/Readme.txt da barra de ferramentas:

Barra de rolagem: Adicionar ou remover uma barra de


rolagem do quadro flutuante selecionado.

Ativar Exibe a barra de rolagem do quadro


flutuante.
Desativar Oculta a barra de rolagem do quadro
flutuante.
Marque esta opção se o quadro
Automático flutuante ativo no momento puder ter
uma barra de rolagem quando
necessário.
Borda: Exibe ou oculta a borda do quadro flutuante.

Espaçamento do conteúdo: Defina a quantidade de Negrito


espaço a ser deixada entre a borda do quadro flutuante e o Itálico
conteúdo dele, desde que os documentos dentro e fora do Sublinhado
quadro flutuante sejam documentos HTML. Sombra

ARQUIVO: Insere um arquivo no slide ativo. É possível A aba Efeitos da fonte: Aqui você especifica os efeitos de
inserir arquivos do LibreOffice.org Draw, Impress, texto de um fonte que deseja usar.
documento HTML, um arquivo de texto, etc.
As alterações são aplicadas à seleção atual, à palavra inteira
Se você tiver uma conexão ativa com a internet, também que contém o cursor ou ao novo texto digitado.
poderá inserir o texto de uma página da Web inserindo o seu
URL na caixa Nome do arquivo. Você pode alterar a cor da fonte, adicionar/remover ao
texto selecionado, sobrelinha, tachado (Se você salvar o
documento no formato do MS Word, todos os estilos de tracejado
serão convertidos em um estilo de linha simples.), sublinhado
(Para aplicar o sublinhado somente às palavras, marque a caixa
Palavras individuais.) e também relevo, assim como contorno e
sombra.

Obs: Se você aplicar o sublinhado a um texto em


sobrescrito, o sublinhado será elevado ao nível do sobrescrito.

Noções de Informática 66
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APOSTILAS OPÇÃO

Se o sobrescrito estiver dentro de uma palavra que contém


texto normal, o sublinhado não será alterado. MARCADORES E NUMERAÇÕES: Adiciona marcadores ou
numeração ao parágrafo atual e permite que você edite o
Palavras individuais: Aplica o efeito selecionado somente a formato da numeração ou dos marcadores.
palavras e ignora os espaços.
A aba Marcadores: Exibe os diferentes estilos de
A aba Posição: Especifica a posição, a escala, a rotação e o marcadores que você pode aplicar.
espaçamento dos caracteres. A aba Tipo de numeração: Exibe os diferentes estilos de
numeração que você pode aplicar.
As alterações são aplicadas à seleção atual, à palavra inteira A aba Figuras: Exibe os diferentes estilos que você pode
que contém o cursor ou ao novo texto digitado. aplicar a uma lista hierárquica.
A aba Posição: Define as opções de alinhamento, recuo e
Em Posição você define as opções de subscrito e sobrescrito espaçamento para a lista numerada ou com marcadores.
de um caractere:
Sobrescrito: Reduz o tamanho da fonte do texto A aba Personalizar: Define as opções de formatação para as
selecionado e o posiciona acima da linha de base. listas numeradas ou com marcadores. Se preferir, você pode
Normal: Remove a formatação de sobrescrito ou subscrito. aplicar a formatação aos níveis individuais na hierarquia da
Subscrito: Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado lista.
e o posiciona abaixo da linha de base.
Também é possível adicionar ou remover marcadores mais
Elevar/rebaixar em: Insira em quanto deseja elevar ou
rapidamente através do ícone na barra de ferramentas.
rebaixar o texto selecionado em relação à linha de base. Cem
por cento é igual à altura da fonte.
PÁGINA: Define a orientação da página, as margens da
Tamanho da Fonte Rel.: Insira o valor correspondente a
página, o plano de fundo e outras opções de layout.
quanto você deseja reduzir o tamanho da fonte do texto
selecionado.
A aba Página:
Automático: Define automaticamente em quanto o texto
selecionado será rebaixado ou elevado em relação à linha base.

Em Dimensionamento você define a porcentagem de


largura da fonte para alongar ou compactar horizontalmente o
texto selecionado.

Em Espaçamento você especifica o espaçamento entre os


caracteres do texto selecionado. Para espaçamento expandido
ou condensado, insira a quantidade que deseja expandir ou
condensar o texto.

Padrão: utiliza o espaçamento entre caracteres


especificado no tipo de fonte;
Expandido: aumenta o espaçamento entre caracteres;
Condensado: diminui o espaçamento entre caracteres;
Kerning de pares: Ajusta automaticamente o espaçamento Formato do Papel: Aqui você seleciona formato de papel ao
entre caracteres para combinações de letras específicas. qual a impressora dê suporte. Você também pode criar um
tamanho de papel personalizado, selecionando Usuário e
A opção Kerning somente estará disponível para certos tipos inserindo as dimensões de tamanho nas caixas Largura e
de fontes e requer que a impressora ofereça suporte para essa Altura.
opção.
Para orientação da página vertical, selecione Retrato, e para
horizontal selecione Paisagem.
PARÁGRAFO: Modifica o formato do parágrafo atual, por
exemplo, alinhamento e recuo. Para modificar a fonte do Em Bandeja de papel você seleciona a fonte de papel da
parágrafo atual, selecione todo o parágrafo, escolha Formatar - impressora.
Caractere e, em seguida, clique na guia Fonte. Se o arquivo utilizar mais de um formato de papel, você
poderá selecionar uma bandeja diferente para cada formato.
Recuos e espaçamento: Define as opções de recuo e
espaçamento para o parágrafo. Margens: Aqui você especifica a distância entre a margem
Alinhamento: Define o alinhamento do parágrafo em de uma página impressa e a área imprimível.
relação às margens da página.
Alinhado à esquerda, Centralizado, Alinhado à direita ou Formato: Aqui você especifica o formato de numeração da
Justificado. página.

É possível fazer essas alterações mais rapidamente através Marque a caixa de seleção Ajustar objeto ao formato do
da barra de ferramentas: papel para preservar a organização dos objetos de desenho
mesmo após a alteração do formato do papel.

A aba Plano de fundo: Define um plano de fundo para uma


única página ou para todas as páginas do arquivo ativo.
Tabulações: Define a posição de uma parada de tabulação
em um parágrafo.

Noções de Informática 67
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APOSTILAS OPÇÃO

Tipos de Preenchimento: Em Inclinação você inclina o objeto selecionado ao longo de


Nenhuma: Não aplica um preenchimento ao objeto um eixo que você deve especificar inserindo o ângulo do eixo
selecionado. Se o objeto contiver um preenchimento, esse de inclinação.
preenchimento será removido.
LINHA: Define as opções de formatação para a linha
Cor: Preenche o objeto selecionado com a cor que você selecionada ou para a linha que deseja desenhar. Você também
marca na lista. pode adicionar pontas de seta a uma linha ou alterar os
símbolos do gráfico.
Gradiente: Preenche o objeto selecionado com o gradiente
que você marca na lista.

Hachuras: Preenche o objeto selecionado com o padrão de


preenchimento que você marcar na lista. Para aplicar uma cor
de plano de fundo ao padrão de preenchimento, selecione a
caixa Cor de plano de fundo e, em seguida, clique em uma cor na
lista.

Bitmap: Preenche o objeto selecionado com o padrão de


bitmap que você marcar na lista. Para adicionar um bitmap à
lista, abra essa caixa de diálogo no LibreOffice.org Draw, clique
na guia Bitmaps e, em seguida, clique em Importar.

ALTERAR CAIXA: Altera o uso de maiúsculas e minúsculas


nos caracteres selecionados ou, se o cursor estiver em uma
palavra, altera o uso de maiúsculas e minúsculas de todos os A aba Linhas: Edite ou crie estilos de linhas tracejados ou
caracteres nela. pontilhados.

POSIÇÃO E TAMANHO (F4): Redimensiona, move, gira ou Em Propriedades de linha, você seleciona o estilo, cor,
inclina o objeto selecionado. largura, transparência da linha.

A aba Posição e tamanho: Redimensiona ou move o objeto Em Estilos de seta, você pode adicionar pontas de setas a
selecionado. uma extremidade da linha selecionada ou a ambas.

Em Posição você especifica a localização do objeto Para adicionar um estilo de seta personalizado à lista,
selecionado que você deseja mover na página. Inserindo a selecione a seta do documento e, em seguida, clique na guia
distância horizontal (Posição X) e vertical (Posição Y) em Estilos de Seta desta caixa de diálogo.
relação ao ponto base selecionado.
Centro: Posiciona o centro da(s) ponta(s) da(s) seta(s)
Em Tamanho você especifica o valor pelo qual você deseja na(s) extremidade(s) da linha selecionada.
redimensionar o objeto selecionado, em relação ao ponto base
selecionado, de forma análoga ao item anterior. Selecione a Sincronizar finais: Atualiza automaticamente as
caixa Manter proporções para manter as proporções quando configurações de ambas as pontas da seta quando você insere
você redimensiona o objeto selecionado. uma outra largura, seleciona um outro estilo da ponta da seta
ou centraliza uma ponta da seta.
Em Proteger você seleciona o que deseja manter sem
alterações. Em Estilos de canto, você seleciona um estilo de canto para
a linha.
Em Adaptar você redimensiona o texto em um objeto de
desenho em relação às bordas do objeto. A aba Estilos de linhas: Edite ou crie estilos de linhas
tracejados ou pontilhados.
A aba Rotação: Gira o objeto selecionado.

Em Ponto dinâmico o objeto selecionado é girado em torno


do ponto dinâmico que você especifica. O ponto dinâmico
padrão está no centro do objeto.

Obs: Se você definir um ponto dinâmico muito fora dos


limites do objeto, o objeto pode ser girado para fora da página.

Em Ângulo de rotação, para girar o objeto selecionado,


especifique o número de graus desejados ou clique na grade de
rotação.

A aba Inclinação e raio do canto: Inclina o objeto


selecionado ou arredonda os cantos de um objeto retangular.

Em Raio do Canto você pode arredondar os cantos (apenas)


de um objeto retangular. Inserindo em Raio, o raio do círculo
que você deseja utilizar para arredondar os cantos. Em Propriedades, você seleciona um Estilo de linha, a
combinação (Tipo) de traços e/ou pontos desejada, o Número

Noções de Informática 68
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APOSTILAS OPÇÃO

de vezes que um ponto ou traço aparece na sequência, o Gradiente: Preenche o objeto selecionado com o gradiente
Comprimento e o Espaçamento dos traços. que você marca na lista.

Para ajustar automaticamente as entradas em função do Hachuras: Preenche o objeto selecionado com o padrão de
comprimento da linha selecione Ajustar à largura da linha. preenchimento que você marcar na lista. Para aplicar uma cor
de plano de fundo ao padrão de preenchimento, selecione a
Adicionar: Cria um novo estilo de linha usando as caixa Cor de plano de fundo e, em seguida, clique em uma cor na
configurações atuais. lista.

Modificar: Atualiza o estilo de linha selecionado usando as Bitmap: Preenche o objeto selecionado com o padrão de
configurações atuais. Para alterar o nome do estilo de linha bitmap que você marcar na lista.
selecionado, insira um novo nome quando solicitado.
A aba Sombra: Adiciona uma sombra ao objeto de desenho
Carregar estilos de linha: Importa uma lista de estilos de selecionado e define as propriedades da sombra.
linhas.

Salvar estilos de linha: Salva a lista atual de estilos de linhas,


de forma que você possa carregá-la novamente mais tarde.

A aba Estilos de setas: Edita ou cria estilos de setas.

Posição: Clique onde você deseja projetar a sombra.

Distância: Insira a distância que você deseja que a sombra


se desloque do objeto selecionado.
Também seleciona uma Cor e Transparência para a sombra.

Se você clicar no ícone Utilizar sombra quando não houver


um objeto selecionado, a sombra será adicionada ao próximo
objeto que você desenhar.
A aba Transparência: Define as opções de transparência do
preenchimento que você aplicar ao objeto selecionado.
Em Modo de transparência você especifica o tipo de
transparência que você deseja aplicar:
Em Organizar estilos das setas: Permite que você organize
a lista atual de estilos de seta. Onde:
Sem transparência: Desativa a transparência da cor. Esta é
a configuração padrão.
Título: Exibe o nome do estilo de seta selecionado.
Transparência: Ativa a transparência da cor. Selecione esta
Estilo de seta: Você escolhe um símbolo de estilo de seta
opção e insira um número na caixa, onde 0% é totalmente
predefinido na caixa de listagem.
opaco e 100% é totalmente transparente.
Os outros botões funcionam de formam análoga ao
Gradiente: Aplica um gradiente de transparência à cor de
explicado no item anterior.
preenchimento atual. Selecione esta opção e defina as
propriedades do gradiente.
ÁREA: Define as propriedades de preenchimento do objeto
de desenho selecionado.
Tipo: Selecione o tipo de gradiente de transparência que
você deseja aplicar: Linear, Axial, Radial, Elipsóide, Quadrático
A aba Área: Define as opções de preenchimento do objeto
e Quadrado.
de desenho selecionado.
Centro X: Insira o deslocamento horizontal para o
gradiente. Centro Y: Insira o deslocamento vertical para o
Em Preenchimento você escolhe o tipo de preenchimento
gradiente. Ângulo: Insira o ângulo de rotação para o gradiente.
que deseja aplicar ao objeto de desenho selecionado.
Borda: Insira a intensidade com que deseja ajustar a área
transparente do gradiente. O valor padrão é 0%.
Tipos de preenchimento:
Valor inicial: Insira um valor de transparência para o início
Nenhuma: Não aplica um preenchimento ao objeto
do gradiente, onde 0% é totalmente opaco e 100% é totalmente
selecionado. Se o objeto contiver um preenchimento, esse
transparente.
preenchimento será removido.
Valor final: Insira um valor de transparência para o fim do
gradiente, onde 0% é totalmente opaco e 100% é totalmente
Cor: Preenche o objeto selecionado com a cor que você
transparente.
marca na lista.

Noções de Informática 69
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APOSTILAS OPÇÃO

Gradientes: Selecione o tipo de gradiente que você deseja


A aba Cores: Permite selecionar uma cor da tabela de cores, aplicar e, em seguida, clique em OK.
editar uma cor existente ou definir novas cores.
Para editar ou criar algum gradiente, utilize a coluna da
direita, onde:

Tipo: Lista os gradientes disponíveis.

Centro X: Define o deslocamento horizontal do gradiente,


onde 0% corresponde à localização horizontal atual da cor do
ponto final do gradiente. A cor do ponto final é a cor selecionada
na caixa Para.

Centro Y: Define o deslocamento vertical do gradiente, onde


0% corresponde à localização vertical atual da cor do ponto
final do gradiente. A cor do ponto final é a cor selecionada na
caixa Para.

Ângulo: Define um ângulo de rotação para o gradiente


selecionado.
Nome: Especifica o nome de uma cor selecionada. Você
também pode digitar um nome neste campo ao definir uma Borda: Define o valor para o ajuste da área da cor do ponto
nova cor. final do gradiente. A cor do ponto final é a cor selecionada na
caixa Para.
Cor: Contém uma lista das cores disponíveis. Para
selecionar uma cor, escolha-a na lista. De: Define uma cor para o ponto inicial do gradiente.
Definea a intensidade da cor na caixa De, onde 0% corresponde
Tabela: Para modificar, selecione o modelo de cores: à cor preta e 100 % à cor selecionada.
vermelho-verde-azul (RGB, red-green-blue) ou Ciano-
Magenta-Amarelo-Preto (CMYK, Cyan-Magenta- Yellow-Black). Para: Define uma cor para o ponto final do gradiente. Defina
a intensidade da cor na caixa Para, onde 0% corresponde à cor
Se selecionar o modelo RGB, as iniciais das três cores preta, 100 % à cor selecionada.
aparecerão e você poderá definir a cor de 0 a 255 com o botão A aba Hachuras: Define as propriedades de um padrão de
giratório. preenchimento ou salva e carrega listas de padrão de
R (Red) Vermelho G (Green) Verde B (Blue) Azul preenchimento.
Se selecionar CMYK, as iniciais das quatro cores aparecerão
e você poderá definir a cor de 0 a 255 com o botão giratório.

Adicionar: Adiciona uma nova cor.


Modificar: Altera a cor atual. Note que a cor é substituída
sem uma confirmação.
Editar: Permite que você defina suas próprias cores,
utilizando o gráfico bidimensional e o gráfico de gradiente
numérico.
Excluir: Exclui o(s) elemento(s) selecionado(s) após a
confirmação.

Carregar Lista de Cores: Acessa a caixa de diálogo Abrir,


que permite que você selecione uma paleta de cores.
Lista de preenchimento: Lista os padrões de
A aba Gradientes: Define as propriedades de um gradiente preenchimento disponíveis. Clique no padrão de
ou salva e carregua as listas de gradientes. preenchimento que você deseja aplicar e, em seguida, clique em
OK.

Noções de Informática 70
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APOSTILAS OPÇÃO

Espaçamento: Define a quantidade de espaço que você O bitmap é adicionado ao final da lista de bitmaps
deseja deixar entre as linhas de sombreamento. disponíveis.
Excluir: Exclui o(s) elemento(s) selecionado(s) após a
Ângulo: Define o ângulo de rotação para as linhas de confirmação.
sombreamento ou clique em uma posição da grade de ângulos.
TEXTO: Define as propriedades de layout e de ancoramento
Campo de opção do ângulo: Clique em uma posição na do texto no objeto de texto ou de desenho selecionado.
grade para definir o ângulo de rotação para as linhas de
sombreamento.

Tipo de linha: Define o tipo de linhas de sombreamento que


você deseja usar.

Cor da linha: Define a cor das linhas de sombreamento.

Adicionar: Adiciona um padrão de preenchimento à lista


atual. Especifique as propriedades do seu padrão de
preenchimento e, em seguida, clique neste botão.

Modificar: Aplica as propriedades de preenchimento atuais


ao padrão de preenchimento selecionado. Caso deseje, salve o
padrão com um nome diferente.
A aba Bitmap: Define um bitmap que você deseja usar como
padrão de preenchimento ou cria seu próprio padrão de pixel. Esse comando só fica disponível quando você seleciona um
objeto de desenho de texto.

A aba Texto: Define as propriedades de layout e


ancoramento do texto no objeto de desenho ou texto
selecionado.

O texto é posicionado em relação às bordas do objeto de


desenho ou texto.

Em Texto temos as seguintes caixas:

Ajustar largura ao texto: Expande a largura do objeto até a


do texto se o objeto for menor que o texto.

Ajustar altura ao texto: Expande o texto de forma que se


ajuste à altura do objeto de desenho ou de texto.

Você também pode importar bitmaps e salvar ou carregar Ajustar ao quadro: Redimensiona o texto de forma que se
listas de bitmaps. ajuste à área do objeto de desenho ou de texto.
Padrão de Bitmap: Selecione um bitmap da lista e, em
seguida, clique em OK para aplicar o padrão ao objeto Ajustar ao contorno: Adapta o fluxo de texto de forma que
selecionado. corresponda aos contornos do objeto de desenho selecionado.

Caso deseje editar um bitmap: Quebra de texto automática na forma: Quebra o texto que
você adiciona após clicar duas vezes em uma forma
Editor de Padrão: Utilize este editor para criar um padrão personalizada para ajustá-lo a ela.
simples de bitmaps, de de 8x8 pixels e de duas cores.
Redimensionar a forma para ajustar ao texto:
Tabela: A tabela de padrões de bitmaps serve como base Redimensiona uma forma personalizada para encaixar o texto
para suas próprias variações no padrão de pixels. Você também inserido após clicar duas vezes nela.
pode alterar os padrões de pixel ou adicionar os seus próprios.
Em Espaçamento entre bordas: Você especifica a
Cor do primeiro plano: Selecione uma cor de primeiro quantidade de espaço a ser deixada entre as bordas do objeto
plano e, em seguida, clique na grade para adicionar um pixel ao de desenho ou de texto e as bordas do texto.
padrão.
Esquerda: Quantidade de espaço a ser deixada entre a
Cor do plano de fundo: Selecione uma cor de plano de fundo borda esquerda do objeto de desenho ou de texto e a borda
para o padrão de bitmap. esquerda do texto.

Adicionar: Adiciona à lista atual um bitmap que você criou Direita: Quantidade de espaço a ser deixada entre a borda
no Editor de padrão. direita do objeto de desenho ou de texto e a borda direita do
Modificar: Substitui um bitmap que você criou no Editor de texto.
padrões pelo padrão de bitmap atual. Caso deseje, salve o
padrão com um nome diferente. Superior: Quantidade de espaço a ser deixada entre a borda
Importar: Localize o bitmap que você deseja importar e, em superior do objeto de desenho ou de texto e a borda superior
seguida, clique em Abrir. do texto.

Noções de Informática 71
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APOSTILAS OPÇÃO

Inferior: Quantidade de espaço a ser deixada entre a borda manualmente o período de atraso, desmarque esta caixa de
inferior do objeto de desenho ou de texto e a borda inferior do seleção e, em seguida, insira um valor na caixa.
texto.
RECORTAR IMAGEM: Você altera o tamanho ou corta a
Em Âncora de texto: Você define o tipo e a posição da imagem selecionada, simplesmente informando os dados na
âncora. caixa de diálogo.

Campo gráfico: Clique no local onde você deseja posicionar MODELOS DE SLIDES: Apresenta modelos de layout para o
a âncora para o texto. slide atual.

Largura inteira: Ancora o texto na largura inteira do objeto Selecione um design de slide exibe os designs de slide que
de desenho ou de texto. você pode aplicar em seu slide. Selecione um design e clique em
OK para aplicá-lo ao slide atual.
A aba Animação de texto: Adiciona um efeito de animação
ao texto no objeto de desenho selecionado. A caixa Trocar página de plano de fundo aplica o plano de
fundo do design de slide selecionado a todos os slides do
documento.

A caixa Exclui slides de plano de fundo não utilizados exclui


do documento os planos de fundo de slides e os layouts de
apresentações não mencionados.

Carregar...: Exibe a caixa de diálogo Carregar design de


slides, na qual é possível selecionar designs de slides adicionais.

Selecione uma categoria de design e, em seguida, o modelo


que você deseja aplicar.

Categorias: Exibe as categorias disponíveis de design de


slide.
Modelos: Exibe os modelos para a categoria de design
selecionada.
Em Efeitos de animação de texto: Você seleciona o efeito Mais>>: Mostra ou oculta a visualização e as propriedades
que você deseja aplicar. de um modelo selecionado.

Efeitos: Selecione o efeito de animação que você deseja LAYOUT DE SLIDE: Abre o painel Layout de slide no painel
aplicar ao texto no objeto de desenho selecionado. Para Tarefas ao lado direito da apresentação, no Painel Tarefas.
remover um efeito de animação, selecione Sem efeitos.
ESTILOS E FORMATAÇÃO (F11): Lista os estilos disponíveis
Direção: Selecione uma das setas. em uma janela flutuante.
A janela Estilos e formatação no LibreOffice.org Impress
Para a Esquerda: Rola o texto da direita para a esquerda. tem comportamento diferente de outros programas do
Para a Direita: Rola o texto da esquerda para a direita. Para LibreOffice.org. Por exemplo, é possível criar, editar e aplicar
Cima: Rola o texto de baixo para cima. Estilos de figuras, mas é possível apenas editar Estilos de
Para Baixo: Rola o texto de cima para baixo. apresentações.

Em Propriedades: Se você editar um estilo, as alterações serão aplicadas


automaticamente a todos os elementos do documento
Iniciar do Interior: O texto ficará visível e dentro do objeto formatados com esse estilo. Se desejar assegurar que os estilos
de desenho quando o efeito for aplicado. de determinado slide não sejam atualizados, crie uma nova
página mestre para o slide.
Texto visível ao sai: O texto permanecerá visível após a
aplicação do efeito.
Estilos de Figuras: Exibe estilos para a formatação de
Ciclos de animação: Defina as opções de repetição para o elementos gráficos, incluindo objetos de texto.
efeito de animação.
Contínuo: Reproduz o efeito de animação continuamente. Estilos de Apresentação: Os estilos usados nos AutoLayouts
Para especificar o número de vezes a reproduzir o efeito, do LibreOffice.org Impress.
desmarque esta caixa de seleção e insira um número na caixa. Só é possível modificar os Estilos de apresentações.
Incremento: Especifique o valor de incremento para a
rolagem do texto. Modo de formato de preenchimento: Aplica o estilo
Pixels: Mede o valor de incremento em pixels. Insira o selecionado a um objeto do slide.
número de incrementos pelo qual o texto deve ser rolado. Clique no ícone de lata de tinta e, em seguida, clique em um
objeto do slide para aplicar o estilo. Clique novamente no ícone
Atraso: Especifique o intervalo de tempo que deverá de lata de tinta para sair desse modo.
ocorrer para a repetição do efeito.
Automático: O LibreOffice.org determina automaticamente Novo Estilo a partir da Seleção: Cria um novo estilo usando
quanto tempo aguardar para repetir o efeito. Para atribuir os atributos de formato de um objeto selecionado.

Noções de Informática 72
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APOSTILAS OPÇÃO

Atualizar Estilo: Atualiza o estilo selecionado na janela A verificação ortográfica tem início na posição atual do
Estilos e formatação com a formatação atual do objeto cursor e se estende até o fim do documento ou da seleção. Você
selecionado. pode então escolher continuar a verificação ortográfica a partir
do início do documento.
AGRUPAR: Agrupa objetos selecionados em grupos.
O verificador ortográfico procura palavras com erros de
Agrupar (Crtl+Shift+G): Agrupa os objetos selecionados de grafia e dá a opção de adicionar uma palavra desconhecida a
forma que possam ser movidos como um único objeto. um dicionário de usuário. Quando a primeira palavra com erro
ortográfico é encontrada, a caixa de diálogo Verificação
As propriedade de objetos individuais são mantidas mesmo ortográfica é aberta.
depois que você agrupa os objetos. É possível aninhar grupos,
isto é, pode-se ter um grupo dentro de um grupo. Não consta do dicionário: A palavra com erro ortográfico é
exibida com realce na frase. Edite a palavra ou a frase, ou clique
Desfazer Agrupamento (Crtl+Alt+Shift+G): Decompõe o numa das sugestões na caixa de texto abaixo.
grupo selecionado em objetos distintos.
Sugestões: Lista palavras sugeridas para a substituição da
Para separar os grupos aninhados dentro de um grupo, palavra com erro ortográfico na caixa Palavra. Selecione a
você precisa repetir este comando em cada subgrupo. palavra que você deseja usar e, em seguida, clique em
Substituir.
Entrar no grupo: Abre o grupo selecionado para que você
possa editar os objetos individuais. Se o grupo selecionado Idioma do dicionário: Especifica o idioma que será usado na
contiver um grupo aninhado, você poderá repetir este verificação ortográfica.
comando nos subgrupos. Este comando não desagrupa os
objetos permanentemente. Opções: Abre a caixa de diálogo, onde você pode selecionar
dicionários definidos pelo usuário e definir as regras para a
Para selecionar um objeto individual em um grupo, correção ortográfica.
mantenha pressionada a tecla Ctrl e, em seguida, clique no
objeto. Adicionar: Adiciona ao dicionário definido pelo usuário o
texto que se encontra na caixa
Sair do grupo: Sai do grupo, de modo que você não possa Palavra.
mais editar os objetos individuais nele. Se você estiver em um
grupo aninhado, somente esse grupo aninhado será fechado. Ignorar uma vez: Ignora a palavra desconhecida e continua
com a verificação ortográfica.
O menu FERRAMENTAS:
O rótulo desse botão será alterado para Continuar se você
deixar a caixa de diálogo Verificação ortográfica aberta quando
retornar ao documento. Para retomar a verificação a partir da
posição atual do cursor, clique em Continuar.

Ignorar sempre: Ignora todas as ocorrências da palavra


desconhecida no documento inteiro e continua com a
verificação ortográfica.

Alterar: Substitui a palavra desconhecida pela sugestão


atual ou pelo texto digitado na caixa Palavra.

Alterar tudo: Substitui todas as ocorrências da palavra


desconhecida pela sugestão atual ou pelo texto digitado na
Contém ferramentas de ortografia, uma galeria de objetos caixa Palavra.
artísticos que podem ser adicionados ao documento, bem como
ferramentas para configurar menus e definir preferências de Desfazer: Clique para desfazer a última etapa da sessão de
programa. verificação ortográfica. Clique novamente para desfazer a
etapa anterior à última, e assim por diante.
ORTOGRAFIA (F7): Verifica se há erros de grafia no
documento atual ou na seleção. O LibreOffice.org inclui IDIOMA: Abre um submenu em que você pode escolher
cabeçalhos, rodapés, entradas de índice e notas de rodapé na comandos específicos do idioma.
verificação ortográfica.
Dicionário de Sinônimos (Crtl+F7): Substitui a palavra
atual por um sinônimo ou um termo relacionado.

Variações: Lista a palavra atual e a sugestão de substituição.


Palavra: Exibe a seleção atual ou a palavra que contém o
cursor.

Significado: Selecione o significado que corresponde ao


contexto da palavra atual e, em seguida, selecione uma palavra
na lista Sinônimo.
Substituir: Exibe uma substituição sugerida para a palavra
atual. Você também pode digitar uma nova palavra nessa caixa
ou clicar em uma palavra na lista Sinônimo.

Noções de Informática 73
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APOSTILAS OPÇÃO

Sinônimo: Lista as palavras associadas à categoria Conta-gotas: Exibe a cor na imagem selecionada que está
selecionada na lista Significado. Selecione a palavra que deseja logo abaixo da posição atual do ponteiro do mouse. Estes
usar como substituição e, em seguida, clique em OK. Pesquisar: recursos somente funcionam se a ferramenta conta-gotas
Procura no dicionário de correlatos a melhor opção para a estiver selecionada.
palavra selecionada na lista Sinônimo.
Idioma: Especifica o idioma a ser utilizado no dicionário de Substituir: Substitui as cores de origem selecionadas na
sinônimos. imagem atual pelas cores que você especificou nas caixas
Seleção: Selecione o idioma que você deseja utilizar para o Substituir por.
dicionário de correlatos e, em seguida, clique em OK.
Cores: Lista as cores de origem e as cores de substituição.
Hifenização: Ativa e desativa a hifenização.
Caixa de seleção de cor de origem: Marque esta caixa de
GALERIA: Abre a Galeria, onde você poderá selecionar seleção para substituir a Cor de origem atual pela cor que você
figuras e sons para inserir em seu documento. especificou na caixa Substituir por.

Cor de origem: Exibe a cor na imagem selecionada que você


deseja substituir. Para definir a cor de origem, clique aqui,
clique no conta-gotas e, em seguida, clique na cor na imagem
selecionada.

Tolerância: Define a tolerância para substituir uma cor de


Você pode exibir o conteúdo da Galeria como ícones ou origem da imagem de origem.
ícones com títulos e informações de caminho. Para substituir cores que são similares às cores
selecionadas, insira um valor menor. Para substituir uma
Para mais zoom ou menos zoom em um único objeto na sequência de cores maior do que você selecionou, insira um
Galeria, clique no objeto duas vezes ou selecione o objeto e valor menor. Para substituir uma sequência de cores maior,
pressione a barra de espaços. insira um valor maior.
Os temas serão listados no lado esquerdo da Galeria. Clique Substituir por: Lista as cores de substituição disponíveis.
em um tema para visualizar os objetos associados a ele. Para modificar a lista atual de cores, desmarque a imagem,
selecione Formatar-Área e, em seguida, clique na Cores.
Para inserir um objeto na Galeria, selecione o objeto e
arraste-o até o documento. Transparência: Substitui as áreas transparentes da imagem
atual pela cor que você selecionou.
Adição de um Novo Arquivo à Galeria: Para adicionar um Selecione a cor para substituir as áreas transparentes da
arquivo à Galeria, clique com o botão direito do mouse em um imagem atual.
tema, selecione Propriedades, clique na guia Arquivos e clique
em Adicionar. Você poderá também clicar em um objeto no PLAYER DE MÍDIA: Abre a janela do Media Player, em que
documento atual, pressionar o botão do mouse sobre ele e você pode visualizar arquivos de filme e som e inseri-los no
arrastá-lo até a janela Galeria. documento atual.
Novo tema: Adiciona um novo tema à Galeria e permite que
você escolha os arquivos a serem incluídos nele.

Para acessar os seguintes comandos, clique com o botão


direito em um tema da Galeria:

CONTA-GOTAS: Abre a caixa de diálogo de conta-gotas, na


qual você pode substituir cores em figuras de metarquivo e de
bitmap.

O Media Player oferece suporte a diversos formatos de


mídia. Você também pode inserir arquivos de mídia do Media
Player no seu documento.

Abrir: Abre um arquivo de filme ou de som para ser


visualizado.

Aplicar: Insere o arquivo de filme ou de som como um


objeto de mídia no documento atual.
Você pode substituir até quatro cores diferentes ao mesmo
tempo.

Noções de Informática 74
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APOSTILAS OPÇÃO

É inserido apenas um link ao arquivo de mídia no É aberta uma caixa de diálogo de arquivo em que você pode
documento atual. selecionar os pacotes que deseja adicionar. Para copiá-los e
registrá-los, clique em Abrir.

Para Ativar/Desativar, selecione o pacote que deseja.

Botões Reproduzir, Pausar e Parar. FILTROS XML: Abre a caixa de diálogo Configurações do
filtro XML, onde você pode criar, editar, excluir e testar filtros
para importar e exportar arquivos XML.

Volume e botão Mudo. Alguns filtros só ficam disponíveis como componentes


opcionais durante a instalação do LibreOffice.org. Para instalar
um filtro opcional, execute o programa de instalação do
LibreOffice.org, selecione Modificar e, em seguida, escolha o
Zoom: Ajusta o tamanho da reprodução
filtro desejado na lista de módulos.
do filme.
O termo filtro XML é utilizado a seguir como um atalho para
MACROS: Permite gravar, organizar e edite macros.
a descrição mais exata como um filtro baseado em XSLT.
Macros são pequenos programas, contendo uma lógica,
Termo Descrição
utilizados para incluir funcionalidades ou facilidades em
documentos do LibreOffice.Org que podem ser atribuídas a itens XML Extensible Markup Language
de menu, ícones, controles de caixa de diálogo e eventos. XSL Extensible Stylesheet Language
LibreOffice.Org oferece suporte às seguintes linguagens de script: Extensible Stylesheet Language
LibreOffice.Org Basic, JavaScript e BeanShell (Java). XSLT Transformation. Os arquivos XSLT também são
chamados de folhas de estilo XSLT.
Gravar macro: Grava uma nova macro.
Executar macro: Abre a caixa de diálogo em que você pode Lista de filtros: As listas mostram o nome e o tipo dos filtros
iniciar uma macro. instalados.
Organizar macros: Abre um submenu que contém links ✗ Para selecionar um filtro, clique nele.
para caixas de diálogo onde você pode organizar as macros e ✗ Para selecionar vários filtros, clique nas teclas Shift ou
scripts. Ctrl.
Assinatura digital: Adiciona assinaturas digitais às macros ✗ Clique duas vezes em um nome para editar o filtro.
ou remove assinaturas digitiais delas. Você também pode usar
a caixa de diálogo para exibir certificados. Novo: Abre uma caixa de diálogo com o nome de um novo
Organizar caixas de diálogo: Abre a página da guia Caixas de filtro.
diálogo do Organizador de macros. Editar: Abre uma caixa de diálogo com o nome do arquivo
selecionado.
GERENCIADOR DE EXTENSÃO: O Gerenciador de pacotes Testar XSLTs: Abre uma caixa de diálogo com o nome do
adiciona, remove, desativa, ativa e exporta extensões (pacotes) arquivo selecionado.
do LibreOffice.org. Excluir: Exclui o arquivo selecionado depois de você
confirmar o procedimento na caixa de diálogo seguinte.
Salvar como Pacote: Exibe uma caixa de diálogo Salvar
como para salvar o arquivo selecionado como um pacote de
filtros XSLT (*.jar).
Abrir Pacote: Exibe uma caixa de diálogo Abrir para abrir
um filtro de um pacote de filtros XSLT (*.jar).
Ajuda: Exibe a página de ajuda desta caixa de diálogo.
Fechar: Fecha a caixa de diálogo.

OPÇÕES DA AUTOCORREÇÃO: Define as opções para a


substituição automática de texto à medida que você digita.

As configurações de Autocorreção serão aplicadas quando


você pressionar a Barra de Espaços após ter inserido uma
A disponibilidade de um pacote depende do local a que você palavra.
o adiciona. Os pacotes que você adicionar a "Pacotes do
LibreOffice.org" estarão disponíveis para todos os usuários. A aba Substituir: Edita tabela de substituição para corrigir
automaticamente ou substituir palavras ou abreviações no
É necessário que você tenha direitos de administrador para documento.
poder gerenciar pacotes de instalação compartilhados.
A aba Exceções: Especifica as abreviações ou combinações
Os pacotes que adicionar à pasta "Meus pacotes" só de letra que você não quer que o LibreOffice.org corrija
poderão ser utilizados e gerenciados por você mesmo. automaticamente.

Adicionar: Selecione um nó de nível superior na caixa de A aba Opções: Selecione as opções para corrigir erros
listagem e clique em Adicionar para adicionar novos pacotes a automaticamente ao digitar e, em seguida, clique em OK.
esse local.
A aba Aspas personalizadas: Especifique as opções de
AutoCorreção para as aspas no documento.

Noções de Informática 75
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APOSTILAS OPÇÃO

PERSONALIZAR: Personaliza menus, teclas de atalho, Carregar/Salvar: Especifica configurações de


barras de ferramentas e atribuições de macros do Carregamento/Salvamento.
LibreOffice.org para eventos. Configurações de Idioma: Define as propriedades para
idiomas adicionais.
Pode-se personalizar teclas de atalho e atribuições de LibreOffice.org Impress: Define várias configurações para
macro para o aplicativo atual ou para todos os aplicativos do documentos de apresentação recém-criados, como o conteúdo
LibreOffice.org. a ser exibido, a unidade de medida utilizada, se e como o
alinhamento de grade é realizado e se notas ou folhetos são
Você também pode salvar e carregar as configurações sempre impressos.
personalizadas dos menus, das teclas de atalho e das barras de Gráficos: Define as configurações gerais dos gráficos.
ferramentas. Internet: Especifica as configurações da Internet.

A aba Menu: Personaliza e salva os layouts de menu atuais O menu APRESENTAÇÃO DE SLIDES:
ou cria novos menus. Você não pode personalizar menus de
contexto. Contém comandos e opções para executar uma
apresentação.
A aba Teclado: Atribui ou edita as teclas de atalho para os
comandos do LibreOffice.org ou para as macros do APRESENTAÇÃO DE SLIDES (F5):
LibreOffice.org Basic. Inicia a apresentação de slides.

A aba Barras de ferramentas: Permite a personalização das


barras de ferramentas do LibreOffice.org.

A aba Eventos: Atribui macros a eventos de programa. A


macro atribuída é executada automaticamente toda vez que
ocorre o evento selecionado.

OPÇÕES: Este comando abre uma caixa de diálogo para


configuração personalizada do programa.

CONFIGURAÇÕES DA APRESENTAÇÃO DE SLIDES:


Define as configurações da apresentação de slides, inclusive
com que slide iniciar, o tipo de apresentação, o modo como os
slides avançam e as opções de ponteiro.

Intervalo: Especifica os slides a serem incluídos na


apresentação.

Todos os slides: Inclui todos os slides da apresentação de


slides.

De: Define o número do slide inicial.

Apresentação de Slides Personalizada: Executa uma


apresentação de slides na ordem definida em Apresentação de
slides - Exibição de slides personalizada.

Tipo: Define o tipo de apresentação de slides.

Padrão: Um slide é exibido na tela inteira.


Janela: A apresentação de slides é executada na janela do
programa LibreOffice.org.
Todas as suas configurações serão salvas automaticamente. Automático: Reinicia a apresentação de slides após o
Para abrir uma entrada, clique duas vezes nela ou clique no intervalo especificado. Um slide de pausa é exibido entre
sinal de mais. Para comprimi- la, clique no sinal de menos ou o slide final e o slide inicial. Pressione a tecla Esc para parar a
clique duas vezes nela. apresentação.
Mostrar logotipo: Exibe o logotipo do LibreOffice.org no
Você verá somente as entradas que se aplicam ao slide de pausa. O logotipo não pode ser trocado.
documento atual. Se ele for um documento de texto, você verá
a entrada do LibreOffice.org Writer, e assim por diante para Opções:
todos os módulos do LibreOffice.org. LibreOffice.org Impress e Mudar slides manualmente: Quando essa caixa está
LibreOffice.org Draw são tratados da mesma maneira nessa selecionada, os slides nunca são alterados automaticamente.
caixa de diálogo, e as entradas comuns estão sempre visíveis.
Ponteiro do mouse visível: Mostra o ponteiro do mouse
LibreOffice.org: Utilize esta caixa de diálogo para criar durante uma apresentação de slides.
configurações gerais para trabalhar com o LibreOffice.org. As
informações cobrem tópicos como dados do usuário, Ponteiro do mouse como caneta: Transforma o ponteiro do
salvamento, impressão, caminhos para importar arquivos e mouse em uma caneta para desenhar sobre os slides durante a
diretórios e padrões de cores. apresentação.

Noções de Informática 76
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APOSTILAS OPÇÃO

As informações escritas com a caneta não serão salvas A caixa de diálogo contém as seguintes categorias de listas
quando você sair da apresentação de slides. Não é possível de efeitos:
alterar a cor da caneta.
Entrada, Ênfase, Sair (Efeitos de saída), Caminhos de
Navegador visível: Exibe o Navegador durante a movimento.
apresentação de slides.
Velocidade: Especifica a velocidade ou a duração do efeito
Permitir animações: Executa animações durante a de animação selecionado.
apresentação de slides. Se esta opção não estiver selecionada,
apenas o primeiro quadro de uma animação será exibido. Visualização automática: Selecione esta opção para
visualizar no slide efeitos novos ou editados.
Mudar slides ao clicar no plano de fundo: Avança para o
slide seguinte quando você clica no plano de fundo de um slide. Alterar: Abre a caixa de diálogo Animação personalizada
Apresentação sempre por cima: A janela LibreOffice.org para alterar o efeito de animação da entrada selecionada na
permanece no alto durante a apresentação. Nenhum outro lista Animação.
programa exibirá sua janela na frente da apresentação.
Remover: Remove da lista Animação os efeitos de animação
CRONOMETAR: Inicia uma apresentação de slides com um selecionados.
timer no canto inferior esquerdo.
Iniciar: Exibe a propriedade de início do efeito de animação
selecionado. Sendo elas:
INTERAÇÃO: Define como o objeto selecionado se Ao clicar - a animação é interrompida nesse efeito até o
comportará quando ele for clicado durante uma apresentação próximo clique do mouse.
de slides. Com anterior - a animação é executa imediatamente.
Após anterior - a animação é executada assim que a
anterior termina.

Propriedade: Seleciona as propriedades adicionais da


animação. Clique no botão “...” para abrir a caixa de diálogo
Opções de efeito, em que você pode selecionar e aplicar
propriedades.

Velocidade: Especifica a velocidade ou a duração do efeito


de animação selecionado.
Ação pelo clique do mouse: Especifica a ação que será
executada quando você clicar no objeto selecionado durante Alterar ordem: Clique em um dos botões para mover o
uma apresentação de slides. efeito de animação selecionado para cima ou para baixo na
lista.
Você pode desde ir ou voltar à algum slide quanto abrir
documentos, executar programas e sons, basta especificar a Reproduzir: Reproduz o efeito de animação selecionado na
ação e, se for o caso, localizar o arquivo no computador. visualização.

ANIMAÇÃO PERSONALIZADA: Atribui um efeito ao objeto Apresentação de slides: Inicia a apresentação de slides a
selecionado que será executado durante a apresentação de partir do slide atual.
slides.
Visualização automática: Selecione esta opção para
visualizar no slide efeitos novos ou editados ao serem
atribuídos.

TRANSIÇÃO DE SLIDES: Define o efeito especial que será


executado quando um slide for exibido durante uma
apresentação de slides.

Adicionar: Abre a caixa de diálogo Animação personalizada


para adicionar um efeito de animação para o objeto
selecionado no slide.

Noções de Informática 77
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APOSTILAS OPÇÃO

Para aplicar o mesmo efeito de transição a mais de um slide,


alterne para Classificador de slides, selecione os slides e escolha
Apresentação de slides-Transição de slides.

Aplicar aos slides selecionados: Define o efeito de transição


que deseja usar no slide.

Velocidade: Define a velocidade da transição de slides.

Som: Lista os sons que podem ser tocados durante a


transição de slides. Selecione um arquivo de som na lista ou Nome: Exibe o nome da apresentação de slides
clique no ícone Procurar para localizar um arquivo de som. personalizada. Se desejar, você poderá inserir um novo nome.

Repetir até o próximo: Selecione esta opção para Slides existentes: Lista todos os slides na ordem em que
reproduzir o som ininterruptamente até o próximo som iniciar. eles aparecem no documento atual.

Avançar slide: Especifica como obter o próximo slide. Slides selecionados: Lista todos os slides da apresentação
de slides personalizada. Se desejar, você poderá alterar a
Ao clique do mouse: Selecione esta opção para avançar até ordem da lista, arrastando os slides para cima ou para baixo.
o próximo slide com um clique do mouse.
>>: Adiciona o slide selecionado a lista da direita.
Automaticamente após: Selecione esta opção para avançar <<: Remove o slide selecionado da lista da direita
até o próximo slide após um número específico de segundos.
Digite o número de segundos na caixa de número. Editar: Adiciona, remove ou reordena os slides e altera o
nome da apresentação de slides personalizada.
Aplicar a todos os slides: Aplica a transição de slides
selecionada a todos os slides no documento de apresentação Excluir: Exclui o(s) elemento(s) selecionado(s) sem
atual. solicitar uma confirmação.

Reproduzir: Mostra a transição de slides atual como uma Copiar: Cria uma cópia da apresentação de slides
visualização. personalizada que você selecionou. Para modificar o nome da
apresentação, clique em Editar.
Apresentação do slide: Inicia a apresentação de slides a
partir do slide atual. Iniciar: Executa a apresentação de slides. Para executar
uma apresentação personalizada, certifique-se de que a opção
Visualização automática: Selecione esta opção para ver as Utilizar Apresentação de Slides Personalizada esteja
transições de slides automaticamente no documento. selecionada.

EXIBIR SLIDE: Exibe o slide selecionado para que não seja Fechar: Fecha a caixa de diálogo e salva todas as alterações.
exibido durante uma apresentação de slides.
O menu JANELA:
OCULTAR SLIDE: Oculta o slide selecionado para que não
seja exibido durante uma apresentação de slides.

O título de um slide oculto possui o plano de fundo cinza.

APRESENTAÇÃO DE SLIDES PERSONALIZADA: Define uma


apresentação de slides personalizada usando slides contidos na
apresentação atual. Você poderá selecionar os slides que
atendem às necessidades do seu público. Você poderá criar Contém comandos para manipular e exibir janelas de
quantas apresentações de slides desejar. documentos.

NOVA JANELA: Abre uma nova janela que exibe os


conteúdos da janela atual. Você pode agora ver diferentes
partes do mesmo documento ao mesmo tempo.
As alterações feitas em uma janela do documento serão
automaticamente aplicadas a todas as janelas abertas para
aquele documento.

FECHAR JANELA (Ctrl+W): Fecha a janela atual. Escolha


Janela - Fechar ou pressione Ctrl+F4. Na visualização de página
dos programas LibreOffice.org Writer e Calc, você pode fechar
a janela atual por meio de um clique no botão Fechar
visualização.

Caso tenham sido abertas exibições adicionais do


documento atual por meio de Janela - Nova janela, esse
Nova: Cria uma apresentação de slides personalizada. comando fechará apenas a exibição atual.

Noções de Informática 78
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APOSTILAS OPÇÃO

LISTA DE DOCUMENTOS: Lista os documentos abertos no 03. (TJ/BA - Analista Judiciário - FGV). Considere uma
momento atual. Selecione o nome de um documento na lista planilha do LibreOffice Calc, contendo os dados sobre um
para alternar para esse documento. campeonato de futebol, ilustrada a seguir.

O menu AJUDA:

Sabe-se que o primeiro critério de classificação na tabela é


o número de pontos, e que o número de vitórias é um critério
de desempate, do maior para o menor nos dois casos.
Para mostrar os times do primeiro para o último
classificado, de cima para baixo, deve-se, no Calc, selecionar a
O menu da Ajuda permite iniciar e controlar o sistema de região A2 até C7, usar a combinação de menus “Dados
Ajuda de LibreOffice.org. Classificar” e, na tela que detalha a ordenação, usar como
Chaves de Classificação 1, 2 e 3, respectivamente:
AJUDA DO LIBREOFFICE.ORG (F1): Abre a página principal (A) Coluna B (decrescente), Coluna C (crescente),
da Ajuda do LibreOffice.org do aplicativo atual. Você pode (indefinido);
percorrer as páginas da Ajuda e procurar por termos do índice (B) (indefinido); Coluna B (decrescente), Coluna C
ou por outro texto. (decrescente);
(C) Coluna B (decrescente), Coluna C (decrescente),
O QUE É ISTO?: Ativa as dicas de ajuda adicionais sobre o (indefinido);
ponteiro do mouse até o próximo clique. (D) Coluna B (crescente), Coluna C (decrescente),
(indefinido);
SUPORTE: Mostra informações de como obter suporte. (E) (indefinido); Coluna C (decrescente), Coluna B
(decrescente).
REGISTRO: Conecta ao site do LibreOffice.org na Web, onde
você pode registrar sua cópia LibreOffice.org. 04. (AL/GO - Analista Legislativo – CS/UFG). Observe a
planilha de notas a seguir. Uma escola de samba é sempre
SOBRE O LIBREOFFICE.ORG: Exibe informações gerais do avaliada por quatro jurados para cada critério. Após a
programa, como o número da versão e os direitos autorais. atribuição das quatro notas de um critério, a menor nota não é
computada no total de pontos desse critério.
Questões

01. (SSP/AM - Assistente Operacional - FGV). Analise o


trecho de uma planilha LibreOffice Calc mostrado a seguir.

Com base nesta planilha elaborada no LibreOffice Calc 4.4,


Sabendo-se que a célula C1 foi selecionada, copiada e as fórmulas das células F2 (nota de descarte) e G2 (total do
colada sobre as células C2 e C3, é correto concluir que a critério por agremiação) são, respectivamente:
fórmula da célula C1 é: (A) =MENOR(B2:E2;1) e =SOMA(B2:E2)
(A) =A1*B1 (B) =MENOR(B2;E2;1) e =SOMA(B2;E2)
(B) =A$1*$B$1 (C) =MENOR(B2;E2;1) e =SOMA(B2;E2)-F2
(C) =A1*B$1 (D) =MENOR(B2:E2;1) e =SOMA(B2:E2)-F2
(D) =A$1*B1
(E) =A$1*B$1 05. (UFES - Técnico em Contabilidade - UFES). Uma nova
planilha foi criada, utilizando-se o LibreOffice Calc. Nas
02. (UFRJ - Auxiliar em Administração - PR-4 colunas A e B foram inseridas informações (nome e sexo) de
Concursos). Usando o LibreOffce Calc, um servidor da UFRJ funcionários de uma empresa fictícia. O resultado é mostrado
pretende aplicar uma formatação de uma única vez nas células na figura 1 abaixo. O LibreOffice Calc oferece algumas
C4, F8, G3. Para aplicar a formatação desejada, esse servidor funcionalidades para manipulação de planilhas como, por
precisa selecionar as referidas células que não estão dispostas exemplo, as descritas a seguir.
de forma contínua. Indique a alternativa que contém a tecla I. Classificar Dados. Exemplo: selecione as colunas A e B,
que ele deverá manter pressionada, e em seguida clicar com o clique no menu “Dados", em seguida na opção “Classificar" e,
botão esquerdo do mouse para selecionar essas células. finalmente, clique OK.
(A) TAB II. Autofiltro. Exemplo: selecione as colunas A e B, clique no
(B) ALT menu “Dados", em seguida abra o submenu “Filtro" e clique na
(C) SHIFT opção “Autofiltro".
(D) CTRL III. Filtragem. Exemplo: após criação do Autofiltro, clique
(E) ENTER sobre o botão que aparece no canto inferior direito da célula
B1, desmarque o valor “Masculino" e clique em OK.

Noções de Informática 79
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APOSTILAS OPÇÃO

IV. Ocultar Linhas. Exemplo: para as linhas 3, 5, 7 e 9, uma 09. (SSP/AM - Assistente Operacional - FGV). João abriu
de cada vez, posicione o ponteiro do mouse sobre a junção do um novo documento no LibreOffice Writer, instalado de modo
cabeçalho da linha com a linha seguinte, clique e arraste para padronizado, e digitou uma sequência de teclas de tal forma
diminuir sua altura, soltando assim que a mensagem “Ocultar" que a parte superior esquerda da região do texto na tela
for exibida. exibida mostrou-se como na figura abaixo.

O texto digitado por João foi:


(A) o termo “Primeiras palavras”;
(B) o termo “Primeiras.palavras” seguido da tecla “Enter”;
(C) o termo “Primeiras.palavras”;
(D) o termo “Primeiras palavras” seguido da tecla “Enter”;
Figura 1 Figura 2 (E) a tecla “Enter” seguida do termo “Primeiras.palavras”.

Dentre os recursos e exemplos descritos anteriormente, os 10. (UFRJ - Assistente em Administração - PR-4
que precisam ser usados para, a partir da figura 1, ter como Concursos). A imagem a seguir contém objetos exibidos na
resultado a figura 2, acima, são barra de ferramenta de formatação do LibreOffice Writer. O
(A) II e III apenas objeto identificado pelo número “1” é usado para:
(B) I, II e III apenas.
(C) I e IV apenas.
(D) II e IV apenas.
(E) I, II, III e IV.

06. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo (A) aplicar um estilo no texto selecionado.
- CESGRANRIO) Nas suítes Microsoft Office e Libre, a geração (B) alterar somente a fonte do texto selecionado.
de gráficos pode ser feita, respectivamente, pelos aplicativos (C) alterar somente o alinhamento do texto selecionado
(A) Writer e Word (D) alterar somente o tamanho da fonte do texto
(B) Excel e Word selecionado
(C) Excel e Calc (E) alterar somente o espaçamento entre linhas do texto
(D) Calc e Math selecionado.
(E) Base e Access
11. (TJ/BA - Técnico Judiciário - FGV) Na suite
07. (MF - Assistente Técnico-administrativo - ESAF) O LibreOffice, o componente Impress destina-se:
BrOffice é uma suíte para escritório gratuita e de código (A) à edição de fórmulas matemáticas para documentos;
aberto. Um dos aplicativos da suíte é o Calc, que é um (B) ao gerenciamento de uma ou mais impressoras;
programa de planilha eletrônica e assemelha-se ao Excel da (C) à edição de imagens e arquivos congêneres;
Microsoft. O Calc é destinado à criação de planilhas e tabelas, (D) à utilização de algoritmos de programação linear em
permitindo ao usuário a inserção de equações matemáticas e planilhas;
auxiliando na elaboração de gráficos de acordo com os dados (E) à edição de apresentações de slides.
presentes na planilha. O Calc utiliza como padrão o formato:
(A) XLS. 12. (UNESP - Bibliotecário - VUNESP)
(B) ODF. Observe a imagem a seguir, retirada do LibreOffice
(C) XLSX. Impress 4.2.2, em sua configuração padrão.
(D) PDF.
(E) DOC.

08. (SSP/AM - Assistente Operacional - FGV). João


digitou uma lista com os nomes dos seus alunos, com as
respectivas notas, numa tabela em um documento criado no
LibreOffice Writer. Há próximo de 60 nomes na lista, e João
gostaria de:
I. ordenar a lista em ordem alfabética;
II. mostrar a média da turma ao final da lista;
III. ajustar a tabela completa numa única página para
impressão;
IV. preparar um arquivo HTML desse material para
publicação no site;
V. preparar um arquivo PDF para enviar para a Secretaria
da escola.
As ações que podem ser fácil e rapidamente realizadas por
meio de recursos disponíveis na interface do próprio Writer
são:
(A) somente I e II; Considerando a imagem, assinale a alternativa correta em
(B) somente I e III; relação ao slide 1.
(C) somente III e V; (A) Possui uma configuração para não ser impresso.
(D) somente I, III, IV e V; (B) Está formatado com estilo retrato.
(E) I, II, III, IV e V. (C) Contém uma caixa de texto no centro.

Noções de Informática 80
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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Está sem título. - Fazer logoff do Windows ou alternar para outra conta de
(E) Está marcado como oculto. usuário

Gabarito Barra de tarefas.

01. D\02. D\03. C\04. D\05. A\06. C\07. B\08. E\


09. D\10. A\11. E\12. E Barra de Tarefas

A barra de tarefas é aquela barra longa horizontal na parte


Conceitos e modos de inferior da tela. Diferentemente da área de trabalho, que pode
utilização de sistemas ficar obscurecida devido às várias janelas abertas, a barra de
tarefas está quase sempre visível. Ela possui três seções
operacionais Windows 7. principais:
• O botão Iniciar, que abre o menu Iniciar.
• A seção intermediária, que mostra quais programas e
WINDOWS 715. arquivos estão abertos e permite que você alterne
rapidamente entre eles.
O Windows 7 é um sistema operacional produzido pela • A área de notificação, que inclui um relógio e ícones
Microsoft. (pequenas imagens) que comunicam o status de determinados
Um sistema operacional é um conjunto de programas que programas e das configurações do computador.
fornecem uma interface para o usuário e se comunicam com o Como é provável que você use a seção intermediária da
hardware da máquina evitando que os programas construídos barra de tarefas com mais frequência, vamos abordá-la
dentro do sistema operacional tenham de realizar esta tarefa. primeiro.

Características do Windows Controle das janelas.


- Interface amigável e intuitiva: Utilizando recursos Se você abrir mais de um programa ou arquivo ao mesmo
gráficos. tempo, as janelas rapidamente começarão a se acumular na
- Multitarefa: Permite a utilização de mais de um programa área de trabalho. Como as janelas costumam encobrir umas às
por vez. outras ou ocupar a tela inteira, às vezes fica difícil ver o que
- Multiusuário: Permite a criação de múltiplas contas está por baixo ou lembrar do que já foi aberto.
(perfis) de usuários. É aí que a barra de tarefas entra em ação. Sempre que você
- Sistema Aberto para Programação abre um programa, uma pasta ou um arquivo, o Windows cria
- Plug-n-Play: Reconhece automaticamente periféricos e um botão na barra de tarefas correspondente a esse item. Esse
dispositivos conectados ao computador. botão exibe um ícone que representa o programa aberto. Na
figura abaixo, dois programas estão abertos (a Calculadora e o
Menu iniciar. Campo Minado) e cada um tem seu próprio botão na barra de
O menu Iniciar é o portão de entrada para programas, tarefas.
pastas e configurações do computador. Ele se chama menu,
pois oferece uma lista de opções, exatamente como o menu de Personalizar a barra de tarefas.
um restaurante. E como a palavra "iniciar" já diz, é o local onde Existem muitas formas de personalizar a barra de tarefas
você iniciará ou abrirá itens. de acordo com as suas preferências. Por exemplo, você pode
mover a barra de tarefas inteira para a esquerda, para a direita
ou para a borda superior da tela. Também pode alargar a barra
de tarefas, fazer com que o Windows a oculte
automaticamente quando não estiver em uso e adicionar
barras de ferramentas a ela.

Listas de Atalhos na barra de tarefas.


As Listas de Atalhos na barra de tarefas fornecem acesso
rápido a tudo que você usa com mais frequência.

Menu Iniciar.

Use o menu Iniciar para fazer as seguintes atividades


comuns:
- Iniciar programas
- Abrir pastas usadas com frequência
- Pesquisar arquivos, pastas e programas Fixando um item a uma Lista de Atalhos na barra de tarefas.
- Ajustar configurações do computador
- Obter ajuda com o sistema operacional Windows Para exibir a Lista de Atalhos de um programa.
- Desligar o computador Clique com o botão direito do mouse no botão do programa
na barra de tarefas.

15 Fonte: http://windows.microsoft.com/pt-br/windows

Noções de Informática 81
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Para abrir um item de uma Lista de Atalhos.


Abra a Lista de Atalhos do programa e clique no item.

Para fixar um item em uma Lista de Atalhos.


Abra a Lista de Atalhos do programa, aponte para o item,
clique no ícone do pino e clique em Incluir nesta lista. A Lixeira vazia (à esquerda) e cheia (à direita).

Para desafixar um item. Se tiver certeza de que não precisará mais dos itens
Abra a Lista de Atalhos do programa, aponte para o item, excluídos, poderá esvaziar a Lixeira. Ao fazer isso, excluirá
clique no ícone do pino e clique em Tirar desta lista. permanentemente os itens e recuperará o espaço em disco por
eles ocupados.
Área de Trabalho (Desktop)
GERENCIAMENTO DE JANELAS.

Sempre que você abre um programa, um arquivo ou uma


pasta, ele aparece na tela em uma caixa ou moldura
chamada janela (daí o nome atribuído ao sistema operacional
Windows, que significa Janelas em inglês). Como as janelas
estão em toda parte no Windows, é importante saber como
movê-las, alterar seu tamanho ou simplesmente fazê-las
desaparecer.

Partes de uma janela.


Embora o conteúdo de cada janela seja diferente, todas as
janelas têm algumas coisas em comum. Em primeiro lugar, elas
A área de trabalho é a principal área exibida na tela quando sempre aparecem na área de trabalho, a principal área da tela.
você liga o computador e faz logon no Windows. Ela serve de Além disso, a maioria das janelas possuem as mesmas partes
superfície para o seu trabalho, como se fosse o tampo de uma básicas.
mesa real. Quando você abre programas ou pastas, eles são
exibidos na área de trabalho. Nela, também é possível colocar
itens, como arquivos e pastas, e organizá-los como quiser.
A área de trabalho é definida às vezes de forma mais
abrangente para incluir a barra de tarefas. A barra de
tarefas fica na parte inferior da tela. Ela mostra quais
programas estão em execução e permite que você alterne
entre eles. Ela também contém o botão Iniciar, que pode ser
usado para acessar programas, pastas e configurações do
computador.

Adicionar e remover ícones da área de trabalho


Você pode escolher os ícones que serão exibidos na área de
trabalho, adicionando ou removendo um ícone a qualquer
momento. Algumas pessoas preferem uma área de trabalho
limpa, organizada, com poucos ícones (ou nenhum). Outras
preferem colocar dezenas de ícones na área de trabalho para
ter acesso rápido a programas, pastas e arquivos usados com Partes de uma janela típica.
frequência.
Se quiser obter acesso fácil da área de trabalho a seus - Barra de título. Exibe o nome do documento e do
programas ou arquivos favoritos, crie atalhos para eles. Um programa (ou o nome da pasta, se você estiver trabalhando em
atalho é um ícone que representa um link para um item, em uma pasta).
vez do item em si. Quando você clica em um atalho, o item é - Botões Minimizar, Maximizar e Fechar. Estes botões
aberto. Se você excluir um atalho, somente ele será removido, permitem ocultar a janela, alargá-la para preencher a tela
e não o item original. É possível identificar atalhos pela seta no inteira e fechá-la, respectivamente (mais detalhes sobre eles
ícone correspondente. em breve).
- Barra de menus. Contém itens nos quais você pode clicar
para fazer escolhas em um programa.
- Barra de rolagem. Permite rolar o conteúdo da janela
para ver informações que estão fora de visão no momento.
- Bordas e cantos. É possível arrastá-los com o ponteiro do
mouse para alterar o tamanho da janela.
Outras janelas podem ter botões, caixas ou barras
Um ícone de arquivo (à esquerda) e um ícone de atalho (à direita). adicionais, mas normalmente também têm as partes básicas.

Lixeira
Quando você exclui um arquivo ou pasta, eles na verdade
não são excluídos imediatamente; eles vão para a Lixeira. Isso
é bom porque, se você mudar de ideia e precisar de um arquivo
excluído, poderá obtê-lo de volta.

Noções de Informática 82
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APOSTILAS OPÇÃO

descreve como reconhecer e usar controles que você


encontrará com frequência ao usar o Windows.

Usando menus.
A maioria dos programas contém dezenas ou até centenas
de comandos (ações) que você usa para trabalhar. Muitos
desses comandos estão organizados em menus. Como no
cardápio de um restaurante, um menu de programa mostra
uma lista de opções. Para manter a tela organizada, os menus
ficam ocultos até que você clique em seus títulos na barra de
menus, localizada imediatamente abaixo da barra de título.
Colocar o cursor sobre o botão de uma janela na barra de tarefas exibe uma Para escolher um dos comandos listados em um menu,
visualização da janela. clique nele. Às vezes, aparece uma caixa de diálogo na qual é
possível selecionar mais opções. Se um comando não estiver
Usando Alt+Tab. Você pode alternar para a janela disponível ou não puder ser clicado, ele será exibido em cinza.
anterior pressionando Alt+Tab, ou percorrer todas as janelas Alguns itens de menu não são comandos. Na realidade, eles
abertas e a área de trabalho mantendo pressionada a tecla Alt abrem outros menus. Na figura a seguir, um submenu é aberto
e pressionando repetidamente a tecla Tab. Solte Alt para quando você aponta para "Novo".
mostrar a janela selecionada.
Usando o Aero Flip 3D. O Aero Flip 3D organiza as janelas
em uma pilha tridimensional para permitir que você as
percorra rapidamente. Para usar o Flip 3D:
Mantenha pressionada a tecla de logotipo do Windows e Alguns comandos de menu abrem submenu.
pressione Tab para abrir o Flip 3D.
Enquanto mantém pressionada a tecla de logotipo do Se você não vir o comando que deseja, verifique outro
Windows, pressione Tab repetidamente ou gire a roda do menu. Mova o ponteiro do mouse pela barra de menus e eles
mouse para percorrer as janelas abertas. Você também pode se abrirão automaticamente, sem que você precise clicar na
pressionar Seta para a Direita ou Seta para Baixo para avançar barra de menus outra vez. Para fechar um menu sem
uma janela, ou pressionar Seta para a Esquerda ou Seta para selecionar nenhum comando, clique na barra de menus ou em
Cima para retroceder uma janela. alguma outra parte da janela.
Solte a tecla de logotipo do Windows para exibir a primeira Nem sempre é fácil reconhecer menus, porque nem todos
janela da pilha ou clique em qualquer parte da janela na pilha os controles de menu se parecem ou são exibidos em uma
para exibir essa janela. barra de menus. Como identificá-los então? Quando você vir
uma seta ao lado de uma palavra ou imagem, é provável que
seja um controle de menu. Veja alguns exemplos:

Exemplos de controles de menu.

Usando barras de rolagem


Aero Flip 3D.
Quando um documento, uma página da Web ou uma
imagem excede o tamanho da janela, barras de rolagem
Caixas de diálogo.
aparecem para permitir que você veja as informações que
Uma caixa de diálogo é um tipo especial de janela que faz
estão fora de visão no momento. A figura a seguir mostra as
uma pergunta, fornece informações ou permite que você
partes de uma barra de rolagem.
selecione opções para executar uma tarefa. Você verá caixas de
diálogo com frequência quando um programa ou o Windows
precisar de uma resposta sua antes de continuar.

Uma caixa de diálogo aparecerá se você sair de um programa sem salvar o


trabalho.

Ao contrário das janelas comuns, a maioria das caixas de


diálogo não podem ser maximizadas, minimizadas ou Barras de rolagem horizontal e vertical.
redimensionadas, mas podem ser movidas.
Para usar a barra de rolagem:
Usando menus, botões, barras e caixas. - Clique nas setas de rolagem para cima ou para baixo para
Menus, botões, barras de rolagem e caixas de seleção são percorrer o conteúdo da janela em pequenas etapas. Mantenha
exemplos de controles que funcionam com o mouse ou o botão do mouse pressionado para rolar continuamente.
teclado. Esses controles permitem selecionar comandos,
alterar configurações ou trabalhar com janelas. Esta seção

Noções de Informática 83
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APOSTILAS OPÇÃO

- Para rolar uma página para cima ou para baixo, clique em


uma área vazia de uma barra de rolagem acima ou abaixo da
caixa de rolagem.
- Arraste uma caixa de rolagem para cima, para baixo, para
a esquerda ou para a direita para rolar a janela nessa direção.
Clique em uma caixa de seleção vazia para selecionar esta opção.
Se o mouse tiver uma roda de rolagem, você poderá usá-la
para percorrer documentos e páginas da Web. Para rolar para
Para usar caixas de seleção:
baixo, role a roda para trás (em direção a você). Para rolar para
- Clique em um quadrado vazio para selecionar ou "ativar"
cima, role a roda para frente (em direção contrária a você).
esta opção. Uma marca de seleção aparecerá no quadrado,
indicando que a opção foi selecionada.
Usando botões de comando.
- Para desativar uma opção, desmarque (remova) sua
Um botão de comando executa um comando (uma ação)
marca de seleção clicando nela.
quando você clica nele. Você os verá com mais frequência em
- Opções que não podem ser selecionadas ou desmarcadas
caixas de diálogo, que são pequenas janelas contendo opções
no momento são mostradas em cinza.
para concluir uma tarefa. Por exemplo, se você fechar uma
imagem do Paint sem salvá-la primeiro, verá uma caixa de
Caixas de texto.
diálogo como esta:
Uma caixa de texto permite digitar informações, como
senha ou termo de pesquisa. A figura a seguir mostra uma
caixa de diálogo contendo uma caixa de texto. Digitamos
"urso" na caixa de texto.

Caixa de diálogo com três botões.

Para fechar a imagem, primeiro clique no botão Salvar ou


Não Salvar. Clique em Salvar para salvar a imagem e as Exemplo de uma caixa de texto em uma caixa de diálogo.
alterações; clique em Não Salvar para excluir a imagem e
descartar as alterações. Se clicar em Cancelar, a caixa de Uma linha vertical intermitente chamada cursor indica
diálogo será descartada e você retornará ao programa. onde aparecerá o texto que você digitar. No exemplo, você
Pressionar a tecla Enter é o mesmo que clicar em um botão pode ver o cursor após o "o" de "urso". É possível mover
de comando que esteja selecionado. facilmente o cursor clicando na nova posição. Por exemplo,
Fora das caixas de diálogo, a aparência dos botões de para adicionar uma palavra antes de "urso", primeiro mova o
comando varia; por isso, às vezes é difícil saber o que é ou não cursor e clique antes do "u".
um botão. Por exemplo, os botões de comando costumam ser Se você não vir um cursor na caixa de texto, significa que a
exibidos como pequenos ícones (imagens) sem texto ou caixa de texto não está pronta para digitação. Primeiro clique
moldura retangular. na caixa e só depois comece a digitar.
A maneira mais confiável de determinar se um item é um Caixas de texto que exigem senhas geralmente ocultam a
botão de comando é colocar o ponteiro do mouse sobre ele. Se senha quando você a digita, para o caso de alguém estar
ele "acender" e surgir um contorno retangular em torno dele, olhando para sua tela.
trata-se de um botão. A maioria dos botões também exibe
algum texto descrevendo sua função quando você aponta para
eles.
Caixas de texto que exigem senhas geralmente ocultam a senha.
Botões de opção
Os botões de opção permitem escolher entre duas ou mais Listas suspensas.
opções. Normalmente aparecem em caixas de diálogo. A figura Listas suspensas são semelhantes a menus. Entretanto, em
a seguir mostra dois botões de opção. A opção "Cor" está vez de clicar em um comando, você escolhe uma opção.
selecionada Quando estão fechadas, as listas suspensas mostram somente
a opção selecionada no momento. As outras opções
disponíveis ficam ocultas até que você clique no controle,
como mostra a figura abaixo:

O clique em um botão seleciona esta opção.

Para selecionar uma opção, clique em um dos botões. É


possível selecionar apenas uma opção.

Caixas de seleção Uma lista suspensa fechada (à esquerda) e aberta (à direita).


As caixas de seleção permitem selecionar uma ou mais
opções independentes. Ao contrário dos botões de opção, que Para abrir uma lista suspensa, clique nela. Para escolher
restringem sua escolha a uma opção, as caixas de seleção uma opção na lista, clique na opção.
permitem que você escolha várias opções ao mesmo tempo.
Caixa de listagem.
Uma caixa de listagem exibe uma lista de opções para você
escolher. Ao contrário da lista suspensa, as opções (todas ou
algumas) já estão visíveis, sem que seja necessário abrir a lista.

Noções de Informática 84
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APOSTILAS OPÇÃO

Atalhos de teclado gerais.


F1 - Exibir a Ajuda.
Ctrl+C - Copiar o item selecionado.
Ctrl+X - Recortar o item selecionado.
Ctrl+V - Colar o item selecionado.
Ctrl+Z - Desfazer uma ação.
Ctrl+Y - Refazer uma ação.
Delete - Excluir o item selecionado e movê-lo para a
Lixeira.
Caixa de listagem. Shift+Delete - Excluir o item selecionado sem movê-lo para
a Lixeira primeiro.
Para escolher uma opção na lista, clique nela. Se a opção F2 - Renomear o item selecionado.
desejada não estiver visível, use a barra de rolagem para rolar Ctrl+Seta para a Direita - Mover o cursor para o início da
a lista para cima ou para baixo. Se a caixa de listagem tiver uma próxima palavra.
caixa de texto acima dela, você poderá digitar o nome ou valor Ctrl+Seta para a Esquerda - Mover o cursor para o início da
da opção. palavra anterior.
Ctrl+Seta para Baixo - Mover o cursor para o início do
Usando guias. próximo parágrafo.
Em algumas caixas de diálogo, as opções são divididas em Ctrl+Seta para Cima - Mover o cursor para o início do
duas ou mais guias. Somente uma guia (ou um conjunto de parágrafo anterior.
opções) pode ser visualizada por vez. Ctrl+Shift com uma tecla de direção - Selecionar um bloco
de texto.
Shift com qualquer tecla de direção - Selecionar mais de um
item em uma janela ou na área de trabalho ou selecionar o
texto dentro de um documento.
Guias. Ctrl com qualquer tecla de direção+Barra de Espaços -
Selecionar vários itens individuais em uma janela ou na área
A guia selecionada no momento aparece na frente das de trabalho.
outras guias. Para alternar para outra guia, clique nela. Ctrl+A - Selecionar todos os itens de um documento ou
janela.
Teclas de atalho do sistema operacional16. F3 - Procurar um arquivo ou uma pasta.
Os atalhos de teclado são combinações de duas ou mais Alt+Enter - Exibir as propriedades do item selecionado.
teclas que, quando pressionadas, podem ser usadas para Alt+F4 - Fechar o item ativo ou sair do programa ativo.
executar uma tarefa que normalmente exigiria um mouse ou Alt+Barra de Espaços - Abrir o menu de atalho para a janela
um dispositivo apontador. Os atalhos de teclado podem ativa.
facilitar a interação com o computador, permitindo que você Ctrl+F4 - Fechar o documento ativo (em programas que
poupe tempo e esforço ao trabalhar com o Windows e outros permitem vários documentos abertos simultaneamente).
programas. Alt+Tab - Alternar entre itens abertos.
A maioria dos programas também contém teclas de Ctrl+Alt+Tab - Usar as teclas de direção para alternar entre
aceleração que facilitam o trabalho com menus e outros itens abertos.
comandos. Verifique se os menus dos programas possuem Ctrl+Roda de rolagem do mouse - Alterar o tamanho dos
teclas de aceleração. Normalmente, quando há uma letra ícones na área de trabalho.
sublinhada no menu, pressionar a tecla Alt juntamente com a Tecla do logotipo do Windows +Tab - Percorrer programas
letra sublinhada equivale a clicar no item de menu na barra de tarefas usando o Aero Flip 3-D.
correspondente. Ctrl + tecla do logotipo do Windows +Tab - Usar as teclas
Pressionar a tecla Alt em alguns programas, como o Paint de seta para percorrer os programas na barra de tarefas
e o WordPad, mostra comandos rotulados com teclas utilizando o Aero Flip 3-D.
adicionais que você pode pressionar para usar os comandos. Alt+Esc - Percorrer os itens na ordem em que foram
Você também pode criar novos atalhos de teclado para abertos.
abrir programas. Para obter mais informações, consulte Criar F6 - Percorrer os elementos da tela em uma janela ou na
atalhos de teclado para abrir programas. área de trabalho.
F4 - Exibir a lista da barra de endereços no Windows
Atalhos de teclado para Facilidade de Acesso. Explorer.
Shift Direita por oito segundos - Ativar e desativar as Shift+F10 - Exibir o menu de atalho para o item
Teclas de Filtro. selecionado.
Alt Esquerda+Shift Esquerda+PrtScn (ou PrtScn) - Ativar Ctrl+Esc - Abrir o menu Iniciar.
ou desativar o Alto Contraste. Alt+letra - sublinhada Exibir o menu correspondente.
Alt Esquerda+Shift Esquerda+Num Lock - Ativar ou Alt+letra - sublinhada Executar o comando do menu (ou
desativar as Teclas do Mouse. outro comando sublinhado).
Shift cinco vezes - Ativar ou desativar as Teclas de F10 - Ativar a barra de menus no programa ativo.
Aderência. Seta para a Direita - Abrir o próximo menu à direita ou
Num Lock por cinco segundos - Ativar ou desativar as abrir um submenu.
Teclas de Alternância. Seta para a Esquerda - Abrir o próximo menu à esquerda
Tecla do logotipo do Windows - Imagem da tecla de ou fechar um submenu.
logotipo do Windows +U - Abrir a Central de Facilidade de F5 - Atualizar a janela ativa.
Acesso. Alt+Seta para Cima - Exibir a pasta um nível acima no
Windows Explorer.
Esc - Cancelar a tarefa atual.

16 Fonte: http://windows.microsoft.com/pt-br/

Noções de Informática 85
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APOSTILAS OPÇÃO

Ctrl+Shift+Esc - Abrir o Gerenciador de Tarefas.


Shift - quando inserir um CD Evitar que o CD seja executado
automaticamente.

Observação:
Ctrl+Alt+Break e Ctrl+Alt+End estão disponíveis em todas
as sessões da Área de Trabalho Remota, mesmo quando você
configura o computador remoto para reconhecer atalhos de
teclado do Windows.

Atalhos

Criar Ou Excluir Um Atalho.


Um atalho é um link para um item (como um arquivo, uma
pasta ou um programa) no computador. Você pode criar
atalhos e colocá-los em um local conveniente, como na área de
trabalho ou no painel de navegação (o painel à esquerda) de
uma pasta, para que possa acessar com facilidade o item
associado ao atalho. É possível diferenciar um atalho do
arquivo original pela seta que aparece no ícone. r
Os resultados da pesquisa aparecem assim que você começar a digitar na
caixa de pesquisa.

Usar a caixa de pesquisa em uma pasta ou biblioteca


Muitas vezes, ao procurar um arquivo, você já sabe que ele
está armazenado em alguma pasta ou biblioteca específica,
como Documentos ou Imagens. Procurar um arquivo pode
significar procurar em centenas de arquivos e subpastas. Para
poupar tempo e esforço, use a caixa de pesquisa na parte
superior da janela aberta.
Um ícone de arquivo típico e o ícone de atalho relacionado.

Para criar um atalho.


Abra o local que contém o item para o qual você deseja
criar um atalho.
Clique com o botão direito do mouse no item e clique em
Criar atalho. O novo atalho será exibido no mesmo local do
A caixa de pesquisa em uma pasta ou biblioteca.
item original.
Arraste o novo atalho para o local desejado. A caixa de pesquisa filtra o modo de exibição atual com
Dicas base no texto que você digita. A pesquisa procura por texto no
Se o atalho estiver associado a uma pasta, será possível nome e no conteúdo do arquivo; e nas propriedades do
arrastá-lo para a seção Favoritos do painel de navegação de arquivo, como em tags. Em uma biblioteca, a pesquisa inclui
uma pasta. todas as pastas contidas na biblioteca, bem como em subpastas
Também é possível criar um atalho arrastando o ícone do dentro dessas pastas.
lado esquerdo da barra de endereço (localizado na parte Para pesquisar um arquivo ou uma pasta usando a caixa de
superior de qualquer janela de pasta) para um local, como a pesquisa:
Área de trabalho. Essa é uma maneira rápida de criar um Digite uma palavra ou parte de uma palavra na caixa de
atalho para a pasta aberta no momento. pesquisa.
À medida que você digita, o conteúdo da pasta ou
Para excluir um atalho. biblioteca é filtrado para refletir cada caractere sucessivo
Clique com o botão direito do mouse no atalho a ser digitado. Ao ver o arquivo desejado, basta parar de digitar.
excluído, clique em Excluir e em Sim. É necessário ter Por exemplo, imagine que sua Biblioteca de Documentos
permissão do administrador. Se você for solicitado a informar seja semelhante a:
uma senha de administrador ou sua confirmação, digite a
senha ou forneça a confirmação. Expandir uma pesquisa além de uma biblioteca ou
pasta específica.
PESQUISA Se você não puder encontrar o que está procurando em um
arquivo ou pasta específico, poderá expandir sua pesquisa
O Windows oferece várias maneiras de localizar arquivos para incluir locais diferentes.
e pastas. Não existe um método mais eficiente de pesquisa; 1. Digite uma palavra na caixa de pesquisa.
você pode usar diferentes métodos para situações específicas. Role para a parte inferior da lista de resultados da
pesquisa. Em Pesquisar novamente em, siga um destes
Usar a caixa de pesquisa no menu Iniciar. procedimentos:
Você pode usar a caixa de pesquisa no menu Iniciar para - Clique em Bibliotecas para pesquisar em cada biblioteca.
localizar arquivos, pastas, programas e mensagens de e-mail - Clique em Computador para pesquisar no computador
armazenados no computador. inteiro. Essa é a maneira para pesquisar arquivos que não
Para localizar itens usando o menu Iniciar: estão indexados (como arquivos de sistema ou de programas).
- Clique no botão Iniciar e digite uma palavra ou parte dela No entanto, lembre-se de que a pesquisa será mais lenta.
na caixa de pesquisa. - Clique em Personalizado para pesquisar em locais
específicos.

Noções de Informática 86
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APOSTILAS OPÇÃO

- Clique em Internet para uma pesquisa online usando o - Saída ou fonte de papel. Também chamada de destino de
navegador da Web padrão e o provedor de pesquisa padrão. saída ou bandeja de papel. Selecione uma bandeja de papel.
Isso é principalmente útil se você carregar cada bandeja com
GERENCIAMENTO DE IMPRESSÃO um tamanho de papel diferente.
- Impressão em frente e verso. Também chamada de
Imprimindo no Windows impressão duplex ou dos dois lados. Selecione essa opção para
O Windows conta com diversos métodos de impressão. O imprimir nos dois lados de uma folha.
método escolhido depende do que você quer imprimir. Abaixo - Imprimir em cores. Escolha entre impressão preto e
encontra-se uma lista das tarefas de impressão mais comuns: branco e colorida.
- Imprimir um documento ou e-mail.
- Imprimir suas fotos. Gerenciando documentos esperando a impressão.
- Imprimir a tela do computador. Quando você imprime um documento, ele segue para a fila
de impressão, onde é possível exibir, pausar e cancelar a
Escolhendo opções de impressão. impressão, além de outras tarefas de gerenciamento. A fila de
Frente e verso ou somente um lado. Monocromático ou impressão mostra o que está sendo impresso e o que está
colorido. Orientação paisagem ou retrato. Essas são apenas aguardando para ser impresso. Ela também fornece
algumas das opções disponíveis ao imprimir. informações úteis como o status da impressão, quem está
A maioria das opções encontra-se na caixa de diálogo imprimindo o que e quantas páginas ainda faltam.
Imprimir, que você pode acessar no menu Arquivo em quase
todos os programas.

A fila de impressão.

Solucionando problemas de impressão.


Assim como com qualquer tecnologia, nem sempre as
impressoras agem conforme o esperado. Se o seu modelo não
funcionar ao conectá-lo ao computador ou se as páginas
impressas ficarem manchadas ou estranhas, você terá que
descobrir o que está errado.
A solução de um problema pode ser tão simples quanto a
substituição de um toner. Porém, algumas vezes, pode ser
necessário fazer download e instalar um novo driver.
Independentemente disso, a melhor fonte de ajuda é o
manual que acompanha a impressora ou o site da Web do
A caixa de diálogo Imprimir no WordPad. fabricante.

As opções disponíveis e também como elas são INSTALANDO E REMOVENDO PROGRAMAS.


selecionadas no Windows dependem do modelo da
impressora e do programa utilizado. Para obter informações Você pode fazer muito com os programas e recursos
específicas, consulte a documentação que acompanha a incluídos no Windows, mas talvez queira instalar outros
impressora ou o software. (Para acessar algumas opções, programas.
talvez você precise clicar em um link ou botão chamado A maneira como você adiciona um programa depende de
"Preferências", "Propriedades" ou "Opções Avançadas" na onde estão localizados os arquivos de instalação do programa.
caixa de diálogo Imprimir.) Normalmente, os programas são instalados de um CD ou DVD,
Aqui está uma lista das opções de impressão mais comuns da Internet ou de uma rede.
e o que elas significam:
- Seleção da impressora. A lista de impressoras Para instalar um programa de um CD ou DVD.
disponíveis. Em alguns casos, também é possível enviar Insira o disco no computador e siga as instruções na
documentos como fax ou salvá-los como documentos XPS. tela. Se você for solicitado a informar uma senha de
- Intervalo de páginas. Use vírgulas ou hifens para administrador ou sua confirmação, digite a senha ou forneça a
selecionar páginas ou um intervalo específico de páginas. Por confirmação.
exemplo, digite 1, 4, 20-23 para imprimir as páginas 1, 4, 20, Muitos programas instalados de CDs ou DVDs abrem um
21, 22 e 23. assistente de instalação do programa automaticamente.
- A opção Seleção imprime apenas o texto ou os elementos Nesses casos, a caixa de diálogo Reprodução Automática será
gráficos selecionados em um documento. Página Atual exibida e você poderá optar por executar o assistente.
imprime apenas a página atualmente exibida. Se um programa não iniciar a instalação automaticamente,
- Número de cópias. Imprima mais de uma cópia do consulte as informações que o acompanham. Elas
documento, imagem ou arquivo. Marque a caixa de seleção provavelmente fornecerão instruções para instalar o
Agrupar para imprimir todo o documento antes de passar para programa manualmente. Se não conseguir acessar as
a próxima cópia. informações, você poderá navegar pelo disco e abrir o arquivo
- Orientação da página. Também chamada de layout da de instalação do programa, normalmente chamado
página. Escolha entre uma página na vertical (Retrato) ou uma de Setup.exe ou Install.exe.
página na horizontal (Paisagem).
- Tamanho do papel. Selecione tamanhos de papel Para instalar um programa da Internet.
diferentes. No navegador da Web, clique no link do programa.
Siga um destes procedimentos:

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APOSTILAS OPÇÃO

- Para instalar o programa imediatamente, clique


em Abrir ou Executar e siga as instruções na tela. Se você for
solicitado a informar uma senha de administrador ou sua
confirmação, digite a senha ou forneça a confirmação.
- Para instalar o programa mais tarde, clique em Salvar e
baixe o arquivo de instalação para o computador. Quando
estiver pronto para instalar o programa, clique duas vezes no
arquivo e siga as instruções na tela. Essa é uma opção mais
segura, pois você pode verificar se há vírus no arquivo de
instalação antes de continuar.

Observação:
Ao baixar e instalar programas da Internet, assegure-se de
que confia no fornecedor do programa e no site que o está
oferecendo.
Use a caixa de pesquisa para localizar as tarefas rapidamente.

Para instalar um programa da rede.


Há dois modos de localizar itens no Painel de Controle:
Se você conectar o computador a um domínio (como uma
Use a Pesquisa. Para localizar as configurações nas quais
rede corporativa interna) que tenha programas que podem ser
está interessado ou uma tarefa que você deseja realizar, digite
adicionados, será possível instalá-los usando o Painel de
uma palavra ou uma frase na caixa de pesquisa. Por exemplo,
Controle.
digite "som" para localizar as configurações específicas da
Para abrir o Obter Programas, clique no botão Iniciar,
placa de som, sons do sistema e o ícone de volume na barra de
clique no Painel de Controle, clique em Programas, clique em
tarefas.
Programas e Recursos e, no painel esquerdo, clique
Procurar. Você pode explorar o Painel de Controle clicando
em Instalar um programa da rede.
em diferentes categorias (por exemplo, Sistema e Segurança,
Clique em um programa na lista e clique em Instalar.
Programas ou Facilidade de Acesso) e exibindo as tarefas
Siga as instruções na tela. Se você for solicitado a informar
comuns listadas em cada categoria. Ou em Exibir por, clique
uma senha de administrador ou sua confirmação, digite a
em Ícones grandes ou Ícones pequenos para exibir uma lista
senha ou forneça a confirmação.
de todos os itens do Painel de Controle.
Desinstalar ou alterar um programa.
CONFIGURAÇÃO DE DISPOSITIVOS
Você pode desinstalar um programa do computador caso
não o use mais ou para liberar espaço no disco rígido. É
O Windows pode localizar e fazer download de dois tipos
possível usar Programas e Recursos para desinstalar
de atualizações para dispositivos conectados ao computador:
programas ou alterar a configuração de um programa,
adicionando ou removendo certas opções.
Drivers
Um driver é um software que permite que o computador
Para desinstalar ou alterar um programa.
se comunique com dispositivos de hardware. Sem drivers, os
Para abrir Programas e Recursos, clique no botão Iniciar,
dispositivos que você conecta ao computador, por exemplo,
em Painel de Controle, em Programas e em Programas e
um mouse ou uma unidade de disco rígido externa, não
Recursos.
funcionam corretamente. O Windows pode verificar
Selecione um programa e clique em Desinstalar. Alguns
automaticamente se existem drivers disponíveis para os novos
programas incluem a opção de alterar ou reparar o programa,
dispositivos que você conectar ao computador.
além de desinstalá-lo, mas muitos oferecem apenas a opção de
Pode ser que drivers atualizados sejam disponibilizados
desinstalação. Para alterar um programa, clique
posteriormente para hardwares já conectados ao computador,
em Alterar ou Reparar. Se você for solicitado a informar uma
mas esses drivers não serão instalados automaticamente. Para
senha de administrador ou sua confirmação, digite a senha ou
instalar essas atualizações opcionais, vá para o Windows
forneça a confirmação.
Update, no Painel de Controle, verifique se há atualizações de
driver disponíveis e as instale em seu computador.
Observações:
Se o programa que você deseja desinstalar não estiver
Informações
listado, talvez não tenha sido escrito para esta versão do
O Windows pode fazer download de ícones de alta
Windows. Para desinstalar o programa, consulte as
resolução para vários dispositivos de hardware que você
informações que o acompanham.
conecta ao computador, junto com informações detalhadas
O sistema operacional inclui ferramentas, aplicativos e
sobre eles, como nome, fabricante e número de modelo do
jogos, além dos programas processadores de texto e
produto, e até mesmo informações detalhadas sobre os
comunicações. A Microsoft lista mais de 40 programas e
recursos de sincronização de um dispositivo. Esses detalhes
recursos para o Windows 7 Home, mas alguns são mais úteis
podem simplificar a distinção de dispositivos semelhantes
para a maioria dos computadores que outros.
conectados ao computador, como celulares diferentes.
Configuração no painel de controle.
Você pode usar o Painel de Controle para alterar as
configurações do Windows. Essas configurações controlam
quase tudo a respeito do visual e do funcionamento do
Windows, e você pode usá-las para configurar o Windows da
melhor forma para você.
Para abrir o Painel de Controle, clique no botão Iniciar e
em Painel de Controle.

Noções de Informática 88
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atualizações opcionais podem incluir drivers atualizados que


sejam disponibilizados para hardwares ou dispositivos já
instalados. O Windows não irá fazer download e instalar
atualizações opcionais automaticamente, mas você será
notificado quando elas estiverem disponíveis.
Para obter todas as atualizações disponíveis para os seus
dispositivos, verifique periodicamente o Windows Update
para obter todas as atualizações disponíveis, incluindo
atualizações opcionais. Você pode verificar as atualizações
disponíveis e selecioná-las na lista de atualizações que o
Windows encontrar para o seu computador. Veja como fazer
isso:
1. Para abrir o Windows Update, clique no botão Iniciar. Na
Dispositivos e Impressoras, no Painel de Controle, oferece uma rápida caixa de pesquisa, digite Update e, na lista de resultados, clique
visualização dos dispositivos conectados ao seu computador.
em Windows Update.
2. No painel esquerdo, clique em Procurar atualizações e
Para fazer com que o Windows faça download de
aguarde enquanto o Windows procura as atualizações mais
drivers e ícones recomendados automaticamente.
recentes para o seu computador.
3. Se houver atualizações disponíveis, clique no link na
Você pode verificar o Windows Update a qualquer
caixa do Windows Update para ver mais informações sobre
momento para ver se ele localizou novos drivers e ícones para
cada atualização. Cada tipo de atualização pode incluir drivers.
o seu hardware, especialmente se tiver instalado um novo
4. Na página Escolha as atualizações que deseja instalar,
dispositivo recentemente. Se quiser que o Windows Update
procure por atualizações para os seus dispositivos de
verifique automaticamente os drivers e ícones mais recentes,
hardware, marque a caixa de seleção de cada driver que você
faça o seguinte:
desejar instalar e clique em OK. Pode ser que não haja
Para abrir Dispositivos e Impressoras, clique no
atualizações de driver disponíveis.
botão Iniciar e, no menu Iniciar, clique em Dispositivos e
5. Na página do Windows Update, clique em Instalar
Impressoras.
atualizações. Se você for solicitado a informar uma senha de
Clique com o botão direito do mouse no nome do
administrador ou sua confirmação, digite a senha ou forneça a
computador e clique em Configurações de instalação do
confirmação.
dispositivo.
Clique em Sim, fazer automaticamente (recomendado) e
Se o Windows não localizar um driver para o seu
clique em Salvar alterações. Se você for solicitado a informar
dispositivo.
uma senha de administrador ou sua confirmação, digite a
O melhor é deixar que o Windows instale drivers
senha ou forneça a confirmação.
automaticamente. Às vezes, pode ser que o Windows não
Se Sim já estiver selecionado, clique em Cancelar para
encontre um driver para o seu dispositivo. Se isso acontecer,
fechar a caixa de diálogo.
você pode visitar o site do fabricante para obter um driver ou
atualização para o dispositivo ou tentar instalar o software
fornecido com o dispositivo.

Se o Windows não conseguir localizar informações


sobre o dispositivo no Device Stage.
O Device Stage é um novo recurso desta versão do
Windows que mostra detalhes sobre um dispositivo e as
Se você permitir que o Windows faça download de drivers e informações
tarefas que podem ser realizadas com ele. Quando você
sobre os seus dispositivos automaticamente, será mais provável que o seu conecta um dispositivo que é compatível com o Device Stage
hardware funcione corretamente. ao computador, o Device Stage é aberto automaticamente. Às
vezes, pode ser que o Device Stage abra, mas não mostre
Para ativar e configurar o Windows Update algumas ou todas as tarefas e informações sobre o dispositivo.
Para obter todas as atualizações importantes e Veja a seguir algumas razões para isto acontecer e o que fazer:
recomendadas para o seu computador e seus dispositivos, - Pode ser que o Device Stage precise da sua permissão
verifique se o Windows Update está ativado e configurado para fazer o download de informações sobre o
corretamente. dispositivo. Verifique se há uma mensagem no Device Stage
avisando que existem informações atualizadas disponíveis e
siga as instruções.
- Pode ser que o seu computador não esteja conectado à
Internet. O Device Stage não pode fazer o download de
informações sobre o seu dispositivo se você estiver offline.
Tente conectar o dispositivo depois, quando você estiver
online.
- Pode ser que o Device Stage esteja tentando fazer o
Windows Update permite que você decida quais atualizações devem ser
baixadas e instaladas automaticamente. download de informações sobre o dispositivo.Aguarde alguns
minutos para ver se o Device Stage conseguirá encontrar as
Para instalar drivers e outras atualizações opcionais informações, especialmente se esta for a primeira vez que você
do Windows Update estiver conectando o dispositivo ao computador. O Device
Mesmo que o Windows Update esteja configurado para Stage continuará tentando fazer download das informações
fazer download e instalar automaticamente todas as sobre o dispositivo, mesmo se o local de armazenamento das
atualizações importantes e recomendadas, pode ser que você informações estiver ocupado. Se você não quiser esperar, tente
ainda não esteja obtendo todos os drivers atualizados conectar o dispositivo novamente depois.
disponíveis para os seus dispositivos. Por exemplo, as

Noções de Informática 89
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APOSTILAS OPÇÃO

APLICATIVOS DO SISTEMA OPERACIONAL O Paint é um recurso do Windows que pode ser usado para
desenhar, colorir ou editar imagens. Você pode usar o Paint
Produtividade. como um bloco de desenho digital para criar imagens simples,
O Windows 7 Home possui alguns dos programas padrões projetos criativos ou adicionar texto e designs a outras
do Windows que estão presentes desde o Windows 3.1, como imagens, como aquelas obtidas com sua câmera digital.
a Calculadora e o Paint. Ele também inclui um novo e
melhorado WordPad, o programa processador de texto padrão As partes do Paint
do Windows, agora completo com corretor ortográfico e Para abrir o Paint, clique no botão Iniciar, em Todos os
opções de formatação de sinônimos. A Microsoft também Programas, em Acessórios e em Paint.
inclui um programa chamado Sticky Notes, que permite que Ao iniciar o Paint, você verá uma janela vazia. As
"cole" notas no desktop para lembrá-lo de prazos ou coisas a ferramentas de desenho e pintura estão localizadas na faixa de
fazer, e pequenos programas para ajudar a melhorar sua opções na parte superior da janela. A ilustração a seguir
produtividade, como o Shake and Peek, que usa gestos do mostra as diferentes partes da janela do Paint:
mouse para minimizar e maximizar janelas.

Comunicações.
Ficar online com o Windows 7 Home é mais fácil. A
Microsoft inclui um programa chamado Windows Connect
Now, um guia na tela, passo a passo para ajustar sua rede de
trabalho em casa, seja por uma conexão sem ou com fio. O
Windows 7 Home possui o Internet Explorer da Microsoft, mas
não tem um programa de e-mail automaticamente instalado.
Você pode, no entanto, adicionar o Windows Live Essentials de
graça, que inclui o Messenger, Live Photo Gallery e Windows
Live Mail, sendo esse o substituto do Outlook Express no
Windows 7.

Entretenimento.
O WIndows 7 Home vem com o Windows Media Center,
que inclui o Windows Media Player 12, Windows Movie Maker
e Windows Internet TV. O último permite que transmita séries A janela do Paint.
de TV de uma variedade de provedores de mídia, incluindo
Netflix, usando sua conexão de internet (é necessário pagar Trabalhando com ferramentas
por assinaturas dos serviços). O Windows 7 possui jogos A faixa de opções do Paint inclui diversas ferramentas de
também, do clássico Solitaire à nova versão online multiplayer desenho úteis. Você pode usá-las para criar desenhos à mão
de Checkers, Backgammon e Spades. Os jogos online requerem livre e adicionar várias formas às imagens.
uma conta Windows Live.
Desenhar uma linha
Segurança. Algumas ferramentas e formas, como o Lápis, o Pincel, a
O Windows 7 Home também possui programas de Linha e a Curva, permitem criar variadas linhas retas, curvas e
segurança embutidos. Fique mais confortável sabendo que seu sinuosas. O que você desenha é determinado pela maneira
computador possui um firewall embutido (Windows Firewall) como você move o mouse ao desenhar. É possível usar a
e escaneador de vírus (Windows Defender) para protegê-lo do ferramenta Linha para desenhar uma linha reta, por exemplo.
uso geral da internet. Os pais podem utilizar o Windows 1. Na guia Início, no grupo Formas, clique na Linha.
Parental Control para restringir certos comportamentos ou 2. No grupo Cores, clique em Cor 1 e depois na cor a ser
sites e manter o computador seguro para seus filhos. A usada.
Microsoft também oferece um conjunto de segurança grátis 3. Para desenhar, arraste o ponteiro pela área de desenho.
chamado Windows Security Essentials para o Windows 7, que
é mais abrangente que o Windows Defender. Desenhar uma linha sinuosa
Seus desenhos não precisam ser compostos apenas de
WORDPAD. linhas retas. O Lápis e os Pincéis podem ser usados para criar
WordPad é um programa de edição de texto que pode ser formas livres completamente aleatórias.
usado para criar e editar documentos. Diferente do Bloco de 1. Na guia Início, no grupo Ferramentas, clique na
Notas, os documentos do WordPad podem incluir formatação ferramenta Lápis.
complexa e elementos gráficos e é possível vincular ou 2. No grupo Cores, clique em Cor 1 e depois na cor a ser
incorporar objetos, como imagens ou outros documentos. usada.
3. Para desenhar, arraste o ponteiro pela área de desenho
e faça uma linha sinuosa.

Desenhar uma forma.


O Paint permite desenhar diversas formas diferentes. Por
exemplo, você pode desenhar formas já definidas, como
retângulos, círculos, quadrados, triângulos e setas. Mas
também é possível criar formas personalizadas usando a
ferramenta Polígono para desenhar um polígono, que é uma
forma que pode ter um número infinito de lados.
1. Na guia Início, no grupo Formas, clique em uma forma
pronta, como no Retângulo.
Guia De Introdução Ao Paint 2. Para adicionar uma forma pronta, arraste o ponteiro
pela área de desenho para criar a forma.

Noções de Informática 90
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APOSTILAS OPÇÃO

3. Para alterar o estilo do contorno, no grupo Formas, Windows pode usar para ajudar a sugerir configurações que
clique em Contorno e clique em um dos estilos de contorno. poderão lhe ser úteis.
Caso não queira que sua forma tenha um contorno, clique Para abrir a Central de Facilidade de Acesso, clique no
em Sem contorno. botão Iniciar, em Painel de Controle, Facilidade de Acesso e
4. No grupo Cores, clique em Cor 1 e em uma cor a ser Central de Facilidade de Acesso.
usada no contorno. Use o computador sem tela. O Windows é fornecido com
5. No grupo Cores, clique em Cor 2 e depois na cor a ser um leitor básico de tela chamado Narrator, que lê em voz alta
usada no preenchimento da forma. o texto mostrado na tela. O Windows também tem
6. Para alterar o estilo do preenchimento, no grupo configurações para fornecer descrições de áudio sobre vídeos
Formas, clique em Preenchimento e em um dos estilos de e controlar a maneira como as caixas de diálogo são mostradas.
preenchimento. Além disso, muitos outros programas e hardware são
Caso não queira que sua forma tenha um preenchimento, compatíveis com o Windows e estão disponíveis para ajudar
clique em Sem preenchimento. indivíduos cegos, incluindo leitores de tela, dispositivos de
saída em Braile e muitos outros produtos úteis.
Adicionar texto Torne o computador mais fácil de ver. Há várias
Você pode adicionar texto à sua imagem. A ferramenta configurações disponíveis para facilitar a visualização das
Texto permite que você adicione uma mensagem ou um título informações na tela. Por exemplo, a tela pode ser ampliada, as
simples. cores podem ser ajustadas para facilitar a visualização e a
1. Na guia Início, no grupo Ferramentas, clique na leitura da tela, e animações e imagens de plano de fundo
ferramenta Texto. desnecessárias podem ser removidas.
2. Arraste o ponteiro na área de desenho onde você deseja Use o computador sem mouse ou teclado. O Windows
adicionar texto. inclui um teclado virtual que você pode usar para digitar. Você
3. Em Ferramentas de Texto, na guia Texto, clique no tipo, também pode usar o Reconhecimento de Fala para controlar o
tamanho e estilo de fonte no grupo Fonte. computador com comandos de voz, além de ditar texto para
4. No grupo Cores, clique em Cor 1 e depois em uma cor. programas.
Essa será a cor do texto. Facilite o uso do mouse. Você pode alterar o tamanho e a
5. Digite o texto a ser adicionado. cor do ponteiro do mouse e usar o teclado para controlar o
mouse.
Apagar parte da imagem Facilite o uso do teclado. Você pode ajustar a maneira
Se você cometer um erro ou simplesmente precisar alterar como o Windows responde à entrada do mouse ou do teclado
parte de uma imagem, use a borracha. Por padrão, a borracha para facilitar o pressionamento de combinações de teclas e a
altera para branco qualquer área que você apagar, mas é digitação, e para ignorar teclas pressionadas por engano.
possível alterar a cor dela. Por exemplo, se você definir a cor Use textos e alternativas visuais aos sons. O Windows pode
do segundo plano como amarelo, qualquer item apagado se substituir dois tipos de informações de áudio por itens visuais
tornará amarelo. equivalentes. É possível substituir os sons do sistema por
1. Na guia Início, no grupo Ferramentas, clique na alertas visuais e exibir legendas de texto para o diálogo falado
ferramenta Borracha. em programas de multimídia.
2. No grupo Cores, clique em Cor 2 e depois na cor a ser Facilite a concentração em tarefas de leitura e digitação. Há
usada para apagar. Para apagar com branco, não é preciso várias configurações que podem ajudar a facilitar a
selecionar uma cor. concentração na leitura e na digitação. Você pode usar o
3. Arraste o ponteiro sobre a área que deseja apagar. Narrator para ler as informações da tela, ajustar a maneira
como o teclado responde a determinados pressionamentos de
Salvando uma imagem tecla e controlar se determinados elementos visuais serão
Salve a imagem com frequência para evitar que você perca exibidos.
acidentalmente seu trabalho. Para salvar, clique no botão Paint
e depois em Salvar. Serão salvas todas as alterações feitas na Tecnologias assistenciais.
imagem desde a última vez em que ela foi salva. Além da Central de Facilidade de Acesso, o Windows conta
Ao salvar uma nova imagem pela primeira vez, você com três programas que podem facilitar a interação com seu
precisará dar um nome de arquivo a ela. Siga estas etapas: computador.
1. Clique no botão Paint e depois em Salvar. - Lupa. A Lupa é um programa que amplia a tela do
2. Na caixa Salvar como tipo, selecione o formato de computador, facilitando a leitura.
arquivo desejado. - Narrator. O Narrator é um programa que lê em voz alta o
3. Na caixa Nome do arquivo, digite o nome do arquivo e texto exibido na tela.
clique em Salvar. - Teclado Virtual. O Teclado Virtual é um programa que
permite o uso do mouse ou de outro dispositivo para interagir
FERRAMENTAS DE ACESSIBILIDADE. com um teclado exibido na tela.

O Windows oferece vários programas e configurações que Fala.


podem tornar o computador mais fácil e mais confortável de O reconhecimento de fala do Windows agora funciona
usar. Produtos adicionais de tecnologia assistencial podem ser melhor – e com mais programas. Assim, em vez de usar o
adicionados ao computador, se você precisar de outros teclado, basta dizer ao computador o que fazer. Inicie um e-
recursos de acessibilidade. mail falando o nome do destinatário, navegue na Web sem
teclado ou dite os documentos.
Central de Facilidade de Acesso.
A Central de Facilidade de Acesso é um local central que Lupa.
você pode usar para definir as configurações de acessibilidade A Lupa é uma ajuda para as pessoas com visão deficiente,
e os programas disponíveis no Windows. Na Central de mas todos aproveitarão sua capacidade de ampliar texto e
Facilidade de Acesso, você obterá acesso rápido para definir as imagens difíceis de ver. O modo de tela inteira amplia toda a
configurações e os programas de acessibilidade incluídos no área de trabalho e o modo de lente amplia determinadas áreas.
Windows. Há também um link para um questionário que o

Noções de Informática 91
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APOSTILAS OPÇÃO

Na janela Lupa, é possível clicar em botões e inserir texto como 05. (UFAC - Auxiliar em Administração - MS
você faria normalmente. CONCURSOS). Para abrir a janela do Executar do Microsoft
Windows devemos pressionar qual combinação de teclas:
Teclado Virtual. (A) Windows + A
O Teclado Virtual permite a você "teclar sem teclado" (B) Windows + E
podendo escolher um dos vários métodos de entrada (C) Windows + M
diferentes: modo de clique, modo de foco e modo de (D) Windows + P
digitalização. Com o Windows Touch e o hardware certo, (E) Windows + R
também é possível inserir texto, tocando diretamente a tela. E
a previsão de texto agiliza as coisas: digite as primeiras letras Respostas
de uma palavra, e o Windows a completará para você. 01. A\ 02. D\03. C\04. E\05. E
A previsão de texto no Teclado Virtual não está incluída no
Windows 7 Home Basic.
Noções básicas de
Questões ferramentas e aplicativos de
01. (Prefeitura de Duque de Caxias - Auxiliar
navegação (Google Chrome,
Administrativo - CONSULPLAN). Nos sistemas operacionais Firefox e Internet Explorer) e
da Microsoft, Configuração Padrão – Idioma Português Brasil, correio eletrônico (Webmail e
as teclas de atalho também são importantes aliadas para
agilizar as tarefas a serem executadas no computador. Nos
Microsoft Outlook 2010).
teclados existe uma tecla chamada “tecla Windows”, onde
aparece o símbolo padrão da Microsoft. A combinação dessa
tecla com algumas outras abrem/executam algumas funções, GOOGLE CHROME
que para serem acessadas pelos caminhos normais poderiam
levar mais tempo, como a Pesquisa e o Comando Executar. As • Visão geral17
teclas que são acionadas em conjunto com a “tecla Windows” O Google Chrome é um navegador da web rápido, simples
para acessar o Comando Pesquisar e o Comando Executar no e seguro, desenvolvido para a web moderna. É iniciado quando
Windows 7 são, respectivamente: você clica duas vezes em seu ícone.
(A) <Janela Windows> + <F>; <Janela Windows> + <R>. O Google Chrome é adaptado ao mecanismo V8, um
(B) <Janela Windows> + <R>; <Janela Windows> + <D>. mecanismo poderoso de JavaScript desenvolvido para
(C) <Janela Windows> + <D>; <Janela Windows> + <M>. executar aplicativos complexos da web com bastante rapidez.
(D) <Janela Windows> + <M>; <Janela Windows> + <F>. Você pode digitar pesquisas e endereços da web na barra
combinada de pesquisas e endereços do Google Chrome,
02. (EMBASA - Agente Administrativo – IBFC). Nos chamada Omnibox.
últimos anos, o Sistema Operacional Windows tem evoluído o
seu software, adotando a cada versão um nome diferente.
Assinale, das alternativas abaixo, a única que NÃO identifica
corretamente um desses nomes adotados para o Sistema
Operacional Windows.
(A) Windows XP
(B) Windows 7
(C) Windows Vista
(D) Windows Vision

03- (MF – Assistente Técnico-administrativo – ESAF). O


Omnibox do Google Chrome
sistema operacional Windows 7 da Microsoft está disponível
em 5 versões. A mais simples delas é a: A omnibox fornece sugestões para pesquisas e endereços
(A) Home Premium. da web enquanto você digita, bem como uma funcionalidade
(B) Home Basic.
de preenchimento automático para ajudar a obter aquilo que
(C) Starter.
você procura com apenas alguns toques de tecla.
(D) Beginner.
O Google Chrome conta com a tecnologia de mecanismo de
(E) Home zero
renderização de código aberto WebKit e carrega páginas da
web rapidamente.
04. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo
- Gerenciamento de guias eficiente
- CESGRANRIO). Os sistemas operacionais Windows, como o
As guias dinâmicas do Google Chrome são fáceis de
Windows 2008 e o Windows 7, trazem em suas versões, como
arrastar, soltar e reorganizar. Graças à arquitetura de
padrão, um programa cujo objetivo é gerenciar arquivos,
processos múltiplos, é possível abrir centenas de guias sem
pastas e programas.
deixar o Chrome mais lento.
Esse programa é denominado: Você também pode fixar suas guias favoritas (como e-mail)
(A) BDE Administrator na barra de guias, para que apareçam no mesmo lugar toda vez
(B) File Control que você iniciar o Google Chrome.
(C) Flash Player
- Tab para pesquisa
(D) Internet Explorer
Por que acessar primeiro o YouTube.com para depois
(E) Windows Explorer
procurar um vídeo? Basta digitar youtube.com na omnibox e
pressionar a tecla tab para pesquisar diretamente no YouTube.
Você também pode configurar palavras-chave
personalizadas para seus sites favoritos.

17 Fonte: https://www.google.com/chrome/browser/features.html#speed

Noções de Informática 92
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navegação no modo de navegação anônima são excluídos


depois que todas as janelas anônimas abertas são fechadas.

- Abrindo uma janela anônima


- Leitor de PDF integrado
No canto superior direito da janela do navegador, clique no
O Google Chrome tem um leitor de PDF integrado.
botão relativo ao usuário atual. Pode aparecer seu nome, e-
Portanto, é possível carregar PDFs em instantes, sem a
mail ou um ícone como este.
necessidade de instalar qualquer software ou plug-in. É fácil
redimensionar, salvar e imprimir PDFs com apenas um clique.

- Comece exatamente de onde parou


Quando você fechar o Google Chrome, ele irá lembrar das
guias que você abriu, para que você possa retomar exatamente
de onde parou.

• Navegação segura
O Google Chrome mostrará uma mensagem de aviso antes
de você visitar um site suspeito que possa conter malware ou
phishing.

- Selecione Anonimato.
Você também pode pressionar Ctrl + Shift + N (Windows,
Linux e Chrome OS).
Quando você estiver navegando no modo de navegação
anônima, poderá ver o ícone do modo de navegação anônima
no canto da página. A navegação em modo anônimo é útil
principalmente quando você precisa navegar na web de forma
privada, sem a necessidade de alterar suas configurações de
Com a tecnologia Navegação segura ativada no Google privacidade novamente entre as sessões de navegação. Por
Chrome, caso encontre um site suspeito de conter phishing ou exemplo, você pode ter uma sessão normal e uma sessão em
malware durante sua navegação na web, você receberá uma modo anônimo em janelas separadas ao mesmo tempo.
página de aviso, como a página acima.
- Preferências de privacidade
Um ataque de phishing acontece quando alguém se passa
Você pode controlar todas as suas preferências de
por outra pessoa para persuadir você a compartilhar
privacidade no menu do Google Chrome. Basta selecionar
informações pessoais ou sigilosas, especialmente usando um
"Configurações", clicar em "Mostrar configurações avançadas"
site da web falso. Por sua vez, um malware é um software
e ajustar a seção "Privacidade".
instalado na sua máquina, normalmente sem seu
conhecimento, que é projetado para danificar seu computador
ou roubar informações da sua máquina.

- Validação de autenticidade
A tecnologia de validação de autenticidade ajuda a impedir
que um malware se instale em seu computador ou use aquilo
que acontece em uma guia do navegador para afetar o que
acontece na outra. O processo de validação de autenticidade
adiciona uma camada complementar de segurança contra
páginas da web maliciosas que tentam instalar programas em
seu computador, monitorar suas atividades na web ou roubar
informações confidenciais de seu disco rígido.
- Como limpar dados de navegação
- Atualizações automáticas Com o Google Chrome, você pode limpar seus dados de
Para garantir que você tenha a mais recente atualização de navegação a qualquer momento, de forma que essas
segurança, o Google Chrome verifica regularmente se há informações não fiquem armazenadas em seu navegador,
atualizações, de modo a assegurar que o navegador esteja incluindo os históricos de navegação e de downloads, cookies,
sempre atualizado. A verificação de atualização garante que senhas salvas e dados de formulários salvos.
sua versão do Google Chrome seja automaticamente
atualizada com os últimos recursos de segurança e correções, - Excluir cache e outros dados do navegador
sem que seja necessária qualquer ação de sua parte. Você tem controle total sobre seus dados de navegação.
Esses dados incluem coisas como seu histórico de navegação e
• Privacidade de download e dados de formulários salvos. Use a caixa de
- Modo de navegação anônima diálogo "Limpar dados de navegação" para excluir todos os
Quando não quiser que suas visitas a websites ou seus dados ou apenas uma parte deles, coletados durante um
downloads sejam gravados em seus históricos de navegação e período específico.
download, você poderá navegar no modo de navegação
anônima. Além disso, todos os cookies criados durante a

Noções de Informática 93
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- Excluir todos os seus dados - Extensões


Clique no menu do Google Chrome, na barra de Extensões são ferramentas personalizadas que permitem
ferramentas do navegador. fazer mais com o Google Chrome, como, por exemplo,
Selecione Mais ferramentas. controlar suas músicas, fazer capturas de tela e compartilhar
Selecione Limpar dados de navegação. sites com amigos, não importa onde você esteja na web.
Na caixa de diálogo exibida, marque as caixas de seleção
referentes aos tipos de informação que você deseja remover. - Temas
Use o menu localizado na parte superior para selecionar a É fácil deixar o Google Chrome mais atraente. Você pode
quantidade de dados que deseja excluir. Selecione desde o instalar temas criados pelos principais artistas da Chrome
começo para excluir tudo. Web Store ou pode criar seu próprio tema no
Clique em Limpar dados de navegação. mychrometheme.com e compartilhá-lo com amigos.

- Personalização
O login no Google Chrome leva seus favoritos, aplicativos,
histórico e outras configurações para todos os seus
dispositivos. Tudo o que você atualiza em um dispositivo é
atualizado instantaneamente nos outros, e seus dados do
Chrome ficam seguros se alguma coisa acontece com seu
computador. Acesse o menu de chave inglesa e selecione
“Fazer login no Chrome…”

- Aplicativos
Adicione um aplicativo em um computador. Acesse-o em
todos os seus computadores.

- Excluir itens específicos de seus dados de navegação.


Em vez de excluir categorias inteiras de seus dados de
navegação, você pode escolher itens específicos para exclusão.

- Personalizar preferências de privacidade por website


Nas configurações de conteúdo do Google Chrome é
possível controlar, site por site, as preferências de privacidade
para cookies, imagens, JavaScript e plug-ins. Por exemplo, você
pode definir regras de cookies para permitir automaticamente
cookies de uma lista específica de sites nos quais você confia e
gerenciar manualmente o bloqueio e a configuração para - Preenchimento automático
todos os outros sites. Preencha formulários mais rapidamente em todos os seus
computadores.
- Como desativar a personalização de anúncios
Os anunciantes personalizam seus anúncios, para que você
veja anúncios de seu interesse. As empresas de publicidade
que são membros da Network Advertising Initiative (NAI, na
sigla em inglês) e de outras atividades
autorreguladoras permitem que você desative essa
personalização. No Google Chrome, você pode manter seu
status de desativação no navegador permanentemente,
mesmo quando todos os cookies são limpos, instalando - Temas
a extensão "Manter minhas desativações" do Google Chrome. Adicione cores a seu Google Chrome e leve-as com você.

- Aplicativos
Os aplicativos da Chrome Web Store utilizam novas e
poderosas tecnologias da web para oferecer a você as
melhores experiências de produtividade, educação e jogos,
sempre com apenas um clique na página "Nova guia".

- Como adicionar novos usuários - Senhas


E se você compartilhar um computador com outras Recupere suas senhas salvas sempre que precisar.
pessoas? Você não quer que seus favoritos, aplicativos e
extensões se misturem com os de todas as outras pessoas,
assim como não quer que suas coisas do Chrome sejam
sincronizadas com todos os dispositivos.
Agora, é possível adicionar novos usuários ao Google
Chrome. A adição de novos usuários permite que cada um
tenha sua própria experiência com o Google Chrome e faça
login no navegador para sincronizar suas coisas.
Basta ir para "Opções" ("Preferências" no Mac), clicar em
"Coisas pessoais" e em "Adicionar novo usuário".

Noções de Informática 94
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- Extensões aplicativo. Caso você não veja o favorito do aplicativo, clique


Use seus recursos personalizados em todos os com o botão direito do mouse na barra de favoritos e clique em
computadores. Mostrar atalho para aplicativos.
Se você instalou aplicativos do Google Chrome em outro
computador, pode Fazer login no Google Chrome e ativar a
sincronização para adicionar automaticamente esses
aplicativos à página "Aplicativos do Google Chrome" no
computador que está usando.
- Favoritos Para modificar a forma com que o aplicativo deve ser
Acesse rapidamente seus sites favoritos, onde quer que aberto, clique com o botão direito do mouse no ícone do
você esteja. aplicativo e selecione "Abrir como guia normal", "Abrir como
guia fixada", "Abrir como janela" ou "Abrir tela cheia". Para
realizar configurações adicionais, clique com o botão direito
do mouse no aplicativo e selecione "Opções".
Para desinstalar um aplicativo do Google Chrome, clique
com o botão direito do mouse no aplicativo e selecione
Remover do Google Chrome.

• Página "Nova guia"18 Barra de favoritos


Por padrão, suas páginas da Web favoritas são exibidas no
topo da página "Nova guia".
Reabrir uma guia fechada recentemente
Se, acidentalmente, você fechou uma guia e precisa reabri-
la rapidamente, use o atalho do teclado Crtl+Shift+T ou siga
estas etapas:
Clique no menu do Google Chrome na barra de
ferramentas do navegador.
Selecione Guias recentes.
Selecione a guia desejada na lista em "Recentemente
fechadas".
Repita essas etapas para recuperar mais guias fechadas
recentemente.
Se você está conectado ao Google Chrome, pode acessar
todo o seu histórico e abrir guias de outros dispositivos que
estejam conectados ao Google Chrome. Para fazer isso, clique
em Guias recentes > Mais.
Pesquisa
Comece a digitar sua consulta de pesquisa na caixa de - Como funciona a pesquisa na barra de endereço
pesquisa e você verá sua consulta na omnibox (barra de Quando começa a escrever na barra de endereço, o Chrome
endereço localizada na parte superior da janela do navegador). apresenta expressões ou URLs sugeridos. Se estiver a utilizar
Você também pode digitar um URL para navegar em uma um computador, também é possível ver ícones após as
página da Web. sugestões:
Obs: Você também pode pesquisar diretamente na
Ícone Descrição
omnibox.
Seu provedor de pesquisa padrão tem a opção Os sites adicionados aos marcadores
de personalizar a página "Nova guia". Se o Google for seu
provedor de pesquisa padrão, você verá um logotipo e uma
caixa de pesquisa como em www.google.com.br. Se seu Pesquisas populares que incluem as
provedor de pesquisa padrão não for o Google, você poderá ver palavras que está a escrever
um layout diferente na página "Nova guia".
Os sites do histórico de navegação
Mais visitados
Miniaturas dos websites que você visita com frequência
aparecem abaixo da caixa de pesquisa. Basta clicar em uma Quando clica numa sugestão, o Chrome abre a página
miniatura para visitar o site. selecionada.
Para remover um site visitado com frequência, passe o
mouse sobre a miniatura e clique no ícone X, no canto superior - Sugestões para facilitar a pesquisa
direito da miniatura. Se pretender pesquisar de forma mais rápida e fácil, siga
algumas das sugestões de pesquisa disponíveis abaixo.
Aplicativos - Pesquisar palavras ou imagens
Windows, Mac e Linux Realce uma palavra, uma expressão ou uma imagem e
Os ícones dos aplicativos que você instalou pela Chrome clique com o botão direito do mouse na mesma no
Web Store podem ser acessados clicando no favorito computador. Num Mac, clique com a tecla Control pressionada.
Aplicativos na barra de favoritos. Na página "Aplicativos do Clique na opção para pesquisar através do motor de
Google Chrome", basta clicar em um ícone para abrir o pesquisa predefinido. Por exemplo, pode ser apresentado algo

18 Fonte: https://support.google.com/chrome/topic/14678?hl=pt-
BR&ref_topic=3434340

Noções de Informática 95
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como "Pesquisar «pinguim imperador» no Google" ou a outra metade do monitor, de forma que as duas janelas
"Pesquisar esta imagem no Bing". aparecem lado a lado.

- Colar e pesquisar • Abrir separadores, janelas e ficheiros


Realce uma palavra ou uma expressão e copie-a. - Abrir um novo separador
Clique com o botão direito do mouse na barra de endereço Clique no ícone junto ao último separador, que abre
no ecrã. Num Mac, clique na barra de endereço com a tecla a página Novo separador.
Control premida. Para abrir um link num novo separador,
Clique em Colar e pesquisar. prima Ctrl (Windows e Linux) no teclado ao clicar no link. Os
separadores relacionados são agrupados.
- Pesquisar por voz Pretende que a mesma página Web seja aberta em vários
Pode iniciar uma pesquisa ou outros comandos de voz no separadores? Clique com o botão direito do mouse no
Chrome ao dizer "Ok Google" numa página da Pesquisa Google separador que contém a página Web em questão e
ou numa página novo separador. Quando diz "Ok Google", o selecione Duplicar.
Chrome envia uma gravação de áudio da sua pesquisa por voz Experimente estes atalhos de teclado: Ctrl+T (Windows e
para o Google. Linux);
- Abrir uma nova janela
- Pesquisar ao realçar e arrastar Experimente estes atalhos de teclado: Ctrl+N (Windows e
Realce uma palavra ou uma expressão e arraste-a para a Linux);
barra de endereço. O Chrome apresenta automaticamente os
resultados da pesquisa para o texto realçado. • Fechar guias, janelas e o Google Chrome
- Fechar guias e janelas
• Organizar guias Guias: clique no ícone x da guia ou use os atalhos do
É possível reorganizar as guias com facilidade na parte teclado Ctrl+W (Windows e Linux) e para fechar a guia.
superior da janela do navegador ou em uma nova janela. Janelas: clique no ícone x no canto da janela ou use os
atalhos do teclado Alt+F4 (Windows e Linux) para fechar uma
- Reordenar as guias janela. Se você fechar a última guia em uma janela, a janela
Clique em uma guia e arraste-a para uma posição diferente também será automaticamente fechada.
na parte superior da janela do navegador. Se você acidentalmente fechar uma guia ou uma janela,
pode facilmente recuperá-la usando o atalho do teclado
Crtl+Shift+T. Ou, como alternativa, ou siga as etapas abaixo:
Clique no menu do Google Chrome na barra de
ferramentas do navegador.
- Mover uma guia para uma nova janela Selecione Guias recentes.
Clique na guia e arraste-a para fora da barra de endereço e Selecione a guia desejada na lista em "Recentemente
para uma nova janela. A guia deve abrir automaticamente. fechadas".
Também é possível empurrar a guia para uma janela própria Repita essas etapas para recuperar mais guias fechadas
nova. recentemente.
- Fixar uma guia em um lugar
Para que uma determinada guia não se mova, clique nela - Fechar o Google Chrome
com o botão direito do mouse (ou pressione Ctrl e clique em Clique no menu do Google Chrome na barra de
um Mac) e selecione Fixar guia. ferramentas do navegador e selecione Sair para fechar todas
as guias e janelas abertas.
Se você estiver usando o Google Chrome em um Mac,
também poderá configurar o navegador para mostrar um
aviso antes de fechar o navegador. Por padrão, esse aviso está
Uma guia fixada aparecerá do lado esquerdo da janela do desativado. Siga estas etapas para ativá-lo:
navegador. Diferentemente das outras guias, ela será menor Clique em Chrome na barra de menus superior.
em tamanho e mostrará apenas o ícone do site. Selecione Avisar antes de encerrar.

- Redimensionar a janela do navegador - Forçar o fechamento de uma página da Web ou de um


Para redimensionar rapidamente a janela do navegador, aplicativo
arraste a janela ou a guia para uma posição de encaixe no Clique no menu do Google Chrome na barra de
monitor ou no navegador do computador. Quando o ícone de ferramentas do navegador.
encaixe aparecer, solte o mouse sobre o ícone para que a guia Selecione Ferramentas.
se encaixe no lugar. Selecione Gerenciador de tarefas.
Veja as diferentes posições de encaixe: Selecione a página da web que deseja fechar.
- Parte superior do monitor: a guia aparece maximizada em Clique em Encerrar processo.
uma nova janela, quando liberada. Se você encerrar um processo no Windows, no Linux ou no
- Parte inferior do monitor: a guia aparece em uma nova Chrome OS, verá a mensagem "Ele está morto, Jim!" nas guias
janela que preenche a metade inferior do monitor. afetadas. Em um Mac, aparecerá a mensagem "Ah, não!".
- Lados direito e esquerdo do monitor: a guia é aberta em
uma nova janela, que preenche o lado direito ou esquerdo do • Principais atalhos de teclado e/ou mouse
monitor.
- Parte inferior da janela do navegador: a guia aparece em - Atalho / o que faz
uma nova janela, abaixo da janela do navegador já existente. Ctrl+N / Abre uma nova janela.
As duas janelas dividem o monitor ao meio. Ctrl+T / Abre um novo separador.
- Lados direito e esquerdo da janela do navegador: a guia é Ctrl+Shift+N / Abre uma nova janela no modo de
aberta em uma nova janela, que preenche o lado direito ou navegação anónima.
esquerdo do monitor. A janela do navegador já existente toma

Noções de Informática 96
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Pressionar Ctrl+O e, em seguida, selecionar o ficheiro / (D) Orkut.


Abre um ficheiro do computador no Google Chrome. (E) Google Maps.
Pressionar Ctrl e clicar num link. Em alternativa, clicar
num link com o botão do meio do mouse (ou a roda do mouse) 02. (FUNDEP (Gestão de Concursos) - Auxiliar de
/ Abre o link num separador novo em segundo plano. Serviços Gerais e Copeiro - Prefeitura de São Lourenço -
Pressionar Ctrl+Shift e clicar num link. Em alternativa, MG /2016) Assinale a alternativa que apresenta o site que
Pressionar Shift e clicar num link com o botão do meio do permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos
mouse (ou a roda do mouse) / Abre o link num separador novo em formato digital, fundado em 2005.
e muda para o separador recém-aberto. (A) Google
Pressionar Shift e clicar num link / Abre o link numa janela (B) Uber
nova. (C) Youtube
Ctrl+Shift+T / Abre novamente o último separador (D) Yahoo
fechado. O Google Chrome memoriza os últimos 10
separadores fechados. Respostas
Arrastar um link para um separador / Abre o link no 01. C\02. C
separador.
Arrastar um link para uma área em branco na faixa de MOZILLA FIREFOX19
separadores / Abre o link num separador novo.
Arrastar um separador para fora da faixa de separadores / • Definir ou alterar a sua página inicial
Abre o separador numa janela nova.
Arrastar um separador da faixa de separadores para uma Escolha a página que deve ser aberta quando você inicia o
janela existente / Abre o separador na janela existente. Firefox ou clique no botão Início.
Pressionar Esc enquanto arrasta um separador / Repõe o - Abra uma aba com a página da Web que você quer usar
separador na sua posição original. como página inicial.
Ctrl+1 a Ctrl+8 / Muda para o separador com a posição - Arraste e solte a aba no botão Início
correspondente ao número na faixa de separadores. - Clique em Sim para defini-la como sua página inicial.
Ctrl+9 / Muda para o último separador.
Ctrl+Tab ou Ctrl+PgDown / Muda para o separador
seguinte.
Ctrl+Shift+Tab ou Ctrl+PgUp / Muda para o separador
anterior.
Alt+F4 ou Ctrl + Shift + W / Fecha a janela atual.
Ctrl+W ou Ctrl+F4 / Fecha o separador ou a janela de
contexto atual.
Clicar num separador com o botão do meio do mouse (ou a • Restaurar a página inicial padrão
roda do mouse) / Fecha o separador em que clicou.
Clicar com o botão direito do mouse ou clicar e manter Para reverter as configurações da página inicial, siga os
premida a seta de Retrocesso ou Avanço da barra de seguintes passos:
ferramentas do navegador / Apresenta o histórico de - Clique no botão Menu, depois em Opções - Vá para o
navegação no separador. painel Geral.
Pressionar Retrocesso ou Alt e a seta para a esquerda - Clique em Restaurar o padrão.
simultaneamente / Vai para a página anterior do histórico de - Clique em OK para fechar a janela de Opções.
navegação do separador.
Pressionar Shift+Retrocesso ou Alt e a seta para a direita
simultaneamente / Vai para a página seguinte do histórico de
navegação do separador.
Pressionar Ctrl e clicar na seta de Retrocesso, na seta de
Avanço ou no botão Ir da barra de ferramentas. Em alternativa,
clicar num dos botões com o botão do meio do mouse (ou a
roda do mouse) / Abre o destino do botão num novo separador
em segundo plano.
Fazer duplo clique na área em branco da faixa de
separadores / Maximiza ou minimiza a janela.
Alt+Home / Abre a página inicial na janela atual.

Questões • Buscar na Web

01. (COVEST-COPSET - Bibliotecário Documentalista – Escolha o seu mecanismo de pesquisa favorito para a barra
UFPE) O Google é um dos mecanismos de busca da Internet de pesquisa do Firefox.
mais utilizados no mundo e possui uma lista extensa e - Para escolher, basta clicar no ícone à esquerda da barra
diversificada de produtos e serviços. Entre as opções abaixo, de pesquisa.
qual não faz parte dos produtos e serviços oferecidos pelo
Google? • Marcar um site como favorito
(A) Google Acadêmico.
(B) youtube. Salve seus sites favoritos.
(C) Flickr. Para criar um favorito, clique na estrela na barra de
ferramentas. A estrela ficará azul e um favorito da página em

19 Fonte: https://support.mozilla.org/pt-BR/products/firefox/ basic-

browsing-firefox

Noções de Informática 97
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APOSTILAS OPÇÃO

que você está será criado na pasta de favoritos Não Alguns complementos colocam um botão na barra de
organizados. ferramentas após a instalação. Você pode remover ou movê-
Arraste uma aba diretamente para a sua barra de los para o menu se quiser.
ferramentas favoritos para salvá-la lá.
• Mantenha seu Firefox sincronizado
• Encontre tudo com a Barra Inteligente
Acesse seus favoritos, histórico, senhas e muito mais a
Comece a digitar na barra de endereços e você verá uma partir de qualquer dispositivo.
lista de páginas do seu histórico de navegação e favoritos. - Primeiro crie uma conta Firefox:
Quando visualizar a página desejada, basta clicar nela. Clique no botão de menu e depois em Entrar no Sync e
Você também pode fazer uma pesquisa na web a partir siga as instruções para criar sua conta.
daqui. - Em seguida, basta entrar para conectar um outro
dispositivo.
• Navegação privativa
Como Criar um favorito
O recurso de navegação privativa do Firefox permite-lhe Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na Barra
navegar na Internet sem guardar qualquer informação no seu de ferramentas. A estrela ficará azul e seu favorito será
computador sobre quais os sites e páginas você visitou. adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto!
Clique no botão de menu e depois em Nova janela
privativa. Aprenda mais sobre como a Navegação privativa
funciona.

• Personalizar o menu ou a barra de ferramentas

Você pode alterar os itens que aparecem no menu ou na


barra de ferramentas.
Clique no botão de menu e depois em Personalizar.
Uma aba especial será aberta permitindo arrastar e soltar Dica: Quer adicionar todas as abas de uma só vez? Clique
itens no menu e na barra de ferramentas. com o botão direito do mouse em qualquer aba e selecione
Adicionar todas as abas.... Dê um nome a pasta e escolha onde
quer guardá-la. Clique Adicionar favoritos para finalizar.

Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um favorito?


Para editar os detalhes do seu favorito, clique novamente
na estrela e a caixa Propriedades do favorito aparecerá.

Quando terminar, clique no botão verde Sair da


personalização.

• Adicionar funcionalidades ao Firefox com


complementos

Complementos são como aplicativos que você pode


instalar para fazer o Firefox trabalhar do seu jeito. Na janela Propriedades do favorito você pode modificar
- Clique no botão de menu e selecione Complementos para qualquer um dos seguintes detalhes:
abrir a aba do gerenciador de complementos. Nome: O nome que o Firefox exibe para os favoritos em
- No gerenciador de complementos, selecione o painel menus.
Adicionar. Pasta: Escolha em que pasta guardar seu favorito
- Para ver mais informações sobre um complemento ou selecionando uma do menu deslizante (por exemplo, o Menu
tema, clique nele. Você pode, em seguida, clicar no botão verde Favoritos ou a Barra dos favoritos). Nesse menu, você também
Add to Firefox para instalá-lo. pode clicar em Selecionar... para exibir uma lista de todas as
- Você também pode pesquisar por complementos pastas de favoritos.
específicos usando a caixa de busca na parte superior. Você Tags: Você pode usar tags para ajudá-lo a pesquisar e
pode então instalar qualquer complemento que encontrar, organizar seus favoritos.
usando o botão Instalar. Quando você terminar suas modificações, clique em
- O Firefox irá baixar o complemento e pedir para você Concluir para fechar a caixa.
confirmar a instalação.
- Clique no botão Reiniciar agora se ele aparecer. Suas abas Onde posso encontrar meus favoritos?
serão salvas e restauradas após reiniciar. A forma mais fácil de encontrar um site para o qual você
criou um favorito é digitar seu nome na Barra de Endereços.
Enquanto você digita, uma lista de sites que já você visitou,
adicionou aos favoritos ou colocou tags aparecerá. Sites com

Noções de Informática 98
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APOSTILAS OPÇÃO

favoritos terão uma estrela amarela ao seu lado. Apenas clique primeiro será necessário exportar e salvar os favoritos como
em um deles e você será levado até lá instantaneamente. um arquivo em formato HTML. Visite a página de ajuda de seu
outro navegador se precisar de ajuda.

• Abas fixas

As abas fixas permitem-lhe manter seus aplicativos web


favoritos como Facebook, Gmail e Twitter, abertos e a apenas
um clique de distância. Abas fixas são pequenas, não podem
ser fechadas acidentalmente e abrem de forma automática ao
Como eu organizo os meus favoritos?
iniciar o Firefox. Este artigo mostra as funções das abas fixas e
Na Biblioteca, você pode ver e organizar todos os seus
como usá-las.
favoritos.
Clique no botão favoritos em seguida clique em Exibir
Por que devo usar abas fixas?
todos os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
A internet está cheia de sites que usamos mais como
Por padrão, os favoritos que você cria estarão localizados
programas do que como páginas estáticas. Sites populares
na pasta “Não organizados”. Selecione-a na barra lateral da
como Facebook e Gmail são assim - usados para cumprir
janela “Biblioteca” para exibir os favoritos que você adicionou.
tarefas (ou evitar o cumprimento), se atualizam sozinhos e o
Dê um clique duplo em um favorito para abri-lo.
notificam quando são alterados. Abas fixas permitem fixar
Enquanto a janela da Biblioteca está aberta, você também
qualquer site no lado esquerdo da barra de abas, para que
pode arrastar favoritos para outras pastas como a “Menu
esteja sempre disponível.
Favoritos”, que exibe seus favoritos no menu aberto pelo botão
Favoritos. Se você adicionar favoritos à pasta “Barra de
Como fazer para criar uma aba fixa?
favoritos”, eles aparecerão nela (embaixo da Barra de
O jeito mais fácil de ver como abas fixa podem ser úteis é
navegação).
criar uma.
Clique com o botão direito na aba que deseja fixar e
selecione Fixar aba no menu.

Como remover uma aba fixa?


Transformar uma aba fixa em uma aba normal é simples.
Clique com o botão direito na aba fixa e selecione Desafixar
aba no menu.

Como abas fixas são diferentes de abas normais?


Abas fixas são pequenas - apenas mostram o ícone do site,
não o título - e ficam no lado esquerdo da barra de abas.
Abas fixas não têm um botão para fechar, assim não podem
ser fechadas acidentalmente.
Você ainda pode fechá-las clicando com o botão direito
nelas e selecionando Fechar abano menu.
Como eu ativo a Barra de favoritos? Abas fixas o notificam com um destaque azul quando são
Se você gostaria de usar a Barra de Favoritos, faça o alteradas.
seginte: Se você tem o Gmail como um aba fixa, por exemplo, e está
1. Clique no botão e escolhe Personalizar. usando outra aba quando recebe um e-mail, sua aba do Gmail
2. Clique na lista Exibir/ocultar barras e no final selecione irá brilhar.
Barra dos favoritos. Todas as abas fixas que você tem quando fecha o Firefox
3. Clique no botão verde Sair da personalização. irão abrir como abas fixas quando abrir o Firefox novamente.
Links para outros sites abrem numa nova aba, para que sua
• Importe favoritos e outros dados de outros aba fixa não mude.
navegadores Muitos aplicativos web, como o Facebook, já fazem isso,
mas uma aba fixa sempre se comportará dessa forma, mesmo
O Firefox permite que você importe facilmente seus quando o site não for configurado para isso.
favoritos e outras informações de outros navegadores
instalados em seu computador. Abas fixas em grupos de abas
Para importar os favoritos e outras informações: Grupos de abas (também conhecidos como Panorama) são
Clique no botão favoritos em seguida clique em Exibir uma ótima forma de organizar e agrupar suas abas. Na janela
todos os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. de grupos de abas, suas abas fixas são representadas pelo
Na janela Biblioteca, clique no botão Importar e fazer ícone do site no lado direito de cada grupo de abas.
backup dos favoritos e escolha Importar dados de outro
navegador.... O assistente de importação abrirá. • Nova aba - mostre, esconda, e personalize os sites
Nota: Se o botão Importar dados de outro navegador... mais acessados
estiver desativado (cinza), pode ser que você esteja em modo
de Navegação Privativa. Desative este recurso e tente Quando você abre uma nova aba, o comportamento padrão
novamente. do Firefox é mostrar seus sites mais visitados ou sugeridos.
Selecione o navegador que contém os favoritos ou outras Aprenda a customizar esta página para suas necessidades
informações que você deseja utilizar no Firefox, e avance para fixando-as ou removendo sites, reorganizando o seu layout ou
a próxima página para efetivar sua escolha e completar a desligando completamente a página de novas abas se você
importação. desejar.
Se o Assistente de Importação não listar seu outro
navegador, ainda é possível importar os favoritos dele, mas

Noções de Informática 99
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Como eu organizo meus sites na nova página de abas? Sugestões Patrocinados


Você pode facilmente fixar, deletar e reorganizar sites para Qualquer Sugestão incluída por conta de uma relação
customizar sua página de nova aba da maneira que desejar. comercial com a Mozilla foram claramente designadas por
Patrocinadores:
Fixar um site
Apenas clique no ícone de fixar na parte superior esquerda Quais dados estão sendo coletados e por quê?
do site pra fixá-lo nessa posição da página. Apenas informações sobre Diretório de Sugestões
Aprimoradas em uma nova página do usuário estão sendo
Adicionar um site coletados para ajudar a oferecer os locais mais interessantes
Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e para novos usuários do Firefox e melhorar recomendações
arrastar os favoritos para a página nova aba. para os usuários do Firefox já existentes. Toda a informação é
- Clique no botão favoritos em seguida clique em Exibir agregada e não inclui uma maneira de distinguir entre
todos os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. usuários únicos.
- Arraste um marcador para a posição que você quer. Estamos coletando dados para certificar se as Sugestões
estão sendo entregues para nossos usuários e parceiros de
Remover um site publicidade, e se estão coletando os dados que precisamos
Clique em “X” na parte superior direita do site para deletá- para determinar isso.
lo da página.
Se você, acidentalmente, remover um site, você pode Para onde vão os meus dados / Onde são compartilhados?
desfazer isto clicando em Desfazer no topo da página. Se Os dados são transmitidos diretamente para Mozilla e
muitos sites foram removidos clique em Restaurar Tudo. apenas dados agregados são armazenado nos servidores da
Mozilla. Tanto para Diretório de Sugestões, quanto para
Reorganizar os sites Sugestões Aprimoradas a Mozilla compartilha números
Clique e arraste o site para a posição que você deseja. Ele agregados com os parceiros sobre o número de impressões,
será “fixado” a esta nova posição. cliques, e esconde seu próprio conteúdo recebido.

Como eu desativo a página de nova aba? Como faço para Ativar / Desativar?
Se você não quer ver seus sites mais acessados quando cria Você pode desativar Sugestões abrindo uma nova aba e
uma nova aba, você pode escondê-la facilmente. clicando no ícone da engrenagem no canto superior direito
Para ocultar a página de nova aba, clique no ícone de página. Selecione {Clássico} para mostrar apenas o Histórico
engrenagem no canto superior direito da página e escolha Em de Sugestões, ou {Em branco}, para desativar as Sugestões.
branco no menu.
Você também pode desabilitar completamente se quiseres
previnir que outras pessoas possam reexibir suas abas:
- Na Barra de endereços, digite about:config e pressione
Enter.
- O aviso “As modificações destas configurações avançadas
pode prejudicar a estabilidade, a segurança e o desempenho
deste aplicativo” da página about:config poderá aparecer.
Clique em Serei cuidadoso, prometo! para continuar.
- Digite browser.newtab.url na caixa de pesquisa acima
Localizar:
- Dê um clique duplo em browser.newtab.url para mudar a Questões
url de about:newtab para about:blank - Clique em OK e feche a
aba about:config. 01. (CRC-RO - Assistente Administrativo -
FUNCAB/2015). Um usuário do Mozilla Firefox, em
• O que são Sugestões? português, V 37.0, ao encontrar uma página que procurava,
deseja salvar essa página no seu computador usando o próprio
Quando você abre uma aba no Firefox, você pode ver várias Mozilla. Para isso, ele deve acessar o ícone:
miniaturas de diferentes sites. Eles são chamados Sugestões.
Eles incluem sites visitados recentemente ou (A)
frequentemente, juntamente com informações da Mozilla e
conteúdo patrocinado. Diretório de Sugestões (B)
Inicialmente os usuários do novo Firefox recebem um
conjunto de sugestões de sites. Depois eles são substituídas
por Histórico de Sugestões. (C)

Histórico de Sugestões (D)


Histórico de Sugestões são escolhidos com base nos sites
recentemente e frequentemente visitados em seu histórico de (E)
navegação.

Sugestões aprimoradas 02. (Prefeitura de Carlos Barbosa - RS - Agente


Para usuários com sugestões existentes (Histórico de Administrativo - OBJETIVA/2015). Destaca-se abaixo o
Sugestões) em uma nova página, o Firefox substitui a imagem menu de opções disponíveis no navegador Mozilla Firefox em
padrão por uma imagem melhor. A Sugestão Aprimorada é sua última versão. O menu que permite bloquear janelas de
exibida apenas para sites que aparecem na nova página do pop-up está na opção:
usuário com base em seu histórico de navegação. A melhor
imagem é fornecida pelo site ou parceiro e pode incluir um
logotipo mais uma imagem de rolagem.

Noções de Informática 100


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Sites fixos
Outro dos recursos de Internet Explorer 11 é a
possibilidade de anexar à sua barra de tarefas sites fixos.
Significa que você vai poder selecionar seus portais favoritos e
(A) Geral. acessá-los facilmente sem executar os serviços de busca do IE
(B) Conteúdo. 11. Para que endereços possam ficar visíveis, apenas segure
(C) Privacidade. um clique sobre a aba da página visitada e arraste a seleção
(D) Segurança. para a sua barra de tarefas. Pronto.

03. (MPCM - Técnico em Informática - Diferenças entre o browser para Windows 8 e 7


Desenvolvimento - CETAP/2015). Considerando a utilização O Internet Explorer 11 foi desenvolvido para atender as
do navegador Mozilla Firefox, qual das ações a seguir voce necessidades de quem utiliza o Windows 8 ou 8.1 não apenas
tomaria para tornar a sua navegação mais segura? em desktops, mas também em plataformas móveis. Dessa
(A) Marcar a opção de ativar a telemetria do Firefox. forma, algumas diferenças se mostram existentes entre a
(B) Assinalar a opção de “Limpar dados pessoais ao sair do versão do browser para o Windows 8 e Windows 7. Confira
Firefox”, disponivel na caixa “Privacidade”, que e acessivel no abaixo alguns dos principais pontos não abarcados pelo IE 11:
menu “Ferramentas → Opções” do navegador. A barra de pesquisas é exibida na altura superior do
(C) Assinalar a opção de completar automaticamente os navegador;
formulários usados. A nova forma de visão de abas não está disponível para o
(D) Marcar a opção de memorizarohistoricode navegação. Windows 7;
(E) Reiniciar o Firefox para retornar a configuração inicial Extensões de vídeo premium não são suportadas pelo IE11
ao fechar o programa. para o Windows 7;
Protocolo SPDY não suportado pelo Windows 7;
04. (UFRJ - Assistente em Administração - PR4 - As melhorias do modo protegido de segurança não foram
Concursos). Janelas pop-up, ou simplesmente pop-ups, são incorporadas pelo Windows 7.
janelas que aparecem automaticamente sem serem Apesar de não contar com todos os recursos oferecidos por
solicitadas. O Mozilla Firefox permite você controlar pop-ups, sua versão para o Windows 8 e 8.1, o Internet Explorer para o
que já são bloqueados por padrão. O desbloqueio desta opção Windows 7 não apresenta desfalques fatais. Uma navegação
é feita por meio do painel: segura é possível por meio dos sistemas tradicionais de
(A) de controle do sistema operacional detecção de malwares – acesse o botão configurações, clique
(B) avançado na janela de Preferências em “Segurança” e administre os mecanismos de prevenção a
(C) de configurações Geral na janela de Preferências ameaças da forma que melhor lhe satisfazem.
(D) configurações de Conteúdo na janela de Preferências
(E) configurações de Segurança na janela de Preferências Noções básicas sobre navegação21
Mãos à obra. Para abrir o Internet Explorer 11, toque ou
05. (IF-SC - Técnico de Laboratório - Eletroeletrônica - clique no bloco Internet Explorer na tela Inicial. Ou no atalho
IF-SC/2014). Abaixo estão alguns exemplos de programas de da área de trabalho.
computador. Marque V de verdadeiro para os que são
navegadores de Internet e F de falso para os que não são:
( ) Mozilla Firefox
( ) Skype
( ) Calc
( ) Google Chrome
( ) Internet Explorer
( ) Writer
( ) Opera

Assinale a afirmativa que estiver na ordem CORRETA.


(A) V, F, F, V, V, F, V
(B) F, V, V, F, F, V, F
(C) F, F, V, V, F, F, V
(D) V, V, V, F, F, V, V
(E) V, V, F, F, F, V, V

Respostas
01 . C\02. B\03. B\04. D\05. A

INTERNET EXPLORER20

O mais recente navegador da Microsoft, incialmente


Tela do IE 11 no Windows 7
lançado apenas ao Windows 8 e 8.1, agora atende também os
usuários do Windows 7. O Internet Explorer 11 passou de sua
versão preview para sua edição final: adicione sites fixos à sua 1. Voltar e Avançar: Auxilia na navegação, permitindo
barra de ferramentas, coloque a velocidade melhorada de voltar para sites visualizados antes do atual ou depois usando
navegação do browser à prova e tenha acesso também a o botão avançar.
ferramentas para o desenvolvimento de aplicações online.

20 Fonte: http://www.baixaki.com.br/download/internetexplorer-11-para- 21 Fonte: http://windows.microsoft.com/pt-br/windows-8/ browse-web-

windows-7.htm internet-explorer-tutorial

Noções de Informática 101


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2. Barra de endereços
A barra de endereços é o seu ponto de partida para navegar
pela Internet. Ela combina barra de endereços e caixa de
pesquisa para que você possa navegar, pesquisar ou receber
sugestões em um só local. Ela permanece fora do caminho
quando não está em uso para dar mais espaço para os sites.
Para que a barra de endereços apareça, passe o dedo de baixo
para cima na tela ou clique na barra na parte inferior da tela se
estiver usando um mouse. Há três maneiras de utilizá-la:

IE 11 com três sites sendo visualizados, cada um separado em uma guia


diferente

Abrindo e alternando as guias


Abra uma nova guia tocando ou clicando no botão Nova
guia. Em seguida, insira uma URL ou um termo de pesquisa ou
Barra de endereços IE 11 selecione um de seus sites favoritos ou mais visitados.
Para navegar. Insira uma URL na barra de endereços para Alterne várias guias abertas tocando ou clicando nelas na
ir diretamente para um site. Ou toque, ou clique, na barra de barra de guias. Você pode ter até 100 guias abertas em uma só
endereços para ver os sites que mais visita (os sites mais janela. Feche as guias tocando ou clicando em Fechar no canto
frequentes). de cada guia.
Para pesquisar. Insira um termo na barra de endereços e
toque ou clique em Ir para pesquisar a Internet com o Usando várias janelas de navegação
mecanismo de pesquisa padrão. Também é possível abrir várias janelas no Internet
Para obter sugestões. Não sabe para onde deseja ir? Digite Explorer 11 e exibir duas delas lado a lado. Para abrir uma
uma palavra na barra de endereços para ver sugestões de sites, nova janela, pressione e segure o bloco Internet Explorer (ou
aplicativos e pesquisa enquanto digita. Basta tocar ou clicar em clique nele com o botão direito do mouse) na tela Inicial e, em
uma das sugestões acima da barra de endereços. seguida, toque ou clique em Abrir nova janela.
Duas janelas podem ser exibidas lado a lado na tela. Abra
uma janela e arraste-a de cima para baixo, para o lado direito
ou esquerdo da tela. Em seguida, arraste a outra janela a partir
do lado esquerdo da tela.
Obs: Você pode manter a barra de endereços e as guias
encaixadas na parte inferior da tela para abrir sites e fazer
pesquisas rapidamente. Abra o botão Configurações, toque ou
clique em Opções e, em Aparência, altere Sempre mostrar a
barra de endereços e as guias para Ativado.

4- Ferramentas: Acesso a opções de impressão, segurança


e configurações do IE.

Sugestão de sites

3- Guias: Multitarefas com guias e janelas.


Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em uma
só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir, fechar e
alternar os sites. A barra de guias mostra todas as guias ou
janelas que estão abertas no Internet Explorer.

Ferramentas com opções do IE 11

Opções de configurações do IE 11:


- Imprimir:
Acesso a configurações de impressão.
A opção imprimir abre uma tela para selecionar a
impressora que será utilizada na impressão, sem a opção de
visualizar antes como ficara. Nesta tela também é possível

Noções de Informática 102


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configurar o tamanho do papel, qualidade de impressão, - Arquivo


números de cópias, etc. Dá acesso as opções de exibição e visualização do
navegador.

- Zoom
Permite configurar o tamanho que aparece as informações
da página.

- Segurança
Configurações de segurança para navegação.
Interagir em redes sociais, fazer compras, estudar,
compartilhar e trabalhar: você provavelmente faz tudo isso
diariamente na Internet, o que pode disponibilizar suas
informações pessoais para outras pessoas. O Internet Explorer
ajuda você a se proteger melhor com uma segurança reforçada
e mais controle sobre sua privacidade. Estas são algumas das
maneiras pelas quais você pode proteger melhor a sua
privacidade durante a navegação:
Tela de configuração da impressão

A opção visualizar impressão permite verificar como ficará


a impressão antes de enviar o arquivo para a impressora.
Geralmente quando imprimimos um arquivo da internet sai
uma página praticamente em branco ou a impressão não cabe
em uma única página. Para evitar isto é só acessar a opção de
visualizar impressão e configurar a página conforme as
necessidades.

Opções de segurança

Use a Navegação InPrivate. Os navegadores armazenam


informações como o seu histórico de pesquisa para ajudar a
melhorar sua experiência. Quando você usa uma guia
InPrivate, pode navegar normalmente, mas os dados como
senhas, o histórico de pesquisa e o histórico de páginas da
Internet são excluídos quando o navegador é fechado. Para
abrir uma nova guia InPrivate, passe o dedo de baixo para cima
na tela (ou clique nela) para mostrar os comandos de
aplicativos, ou toque ou clique no botão Ferramentas de guia
Botão Ferramentas de guia e em Nova guia InPrivate.
Visualização de impressão Use a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do Not
Track para ajudar a proteger sua privacidade. O rastreamento
Na imagem acima a impressão foi configurada no 1- modo referese à maneira como os sites, os provedores de conteúdo
paisagem e selecionada a opção 2- reduzir para caber (faz terceiros, os anunciantes, etc. aprendem a forma como você
com que todo o conteúdo da impressão caiba em uma página) interage com eles. Isso pode incluir o rastreamento das
e mesmo assim quando clicar no botão 3- imprimir termos páginas que você visita, os links em que você clica e os
impressas duas páginas, uma com o conteúdo e outra apenas produtos que você adquire ou analisa. No Internet Explorer,
com um cabeçalho e rodapé. Neste caso a solução para o você pode usar a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do
problema é imprimir apenas a página 1. Para isto ao clicar na Not Track para ajudar a limitar as informações que podem ser
opções imprimir selecione a opção páginas e adicione o coletadas por terceiros sobre a sua navegação e para expressar
número da página a direita. suas preferências de privacidade para os sites que visita.
A opção de configurar página permite configurar a página
para impressão. - Opções da Internet
Aqui é onde ficam a principais configurações do Internet
Explorer.

Configurar página

Noções de Informática 103


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APOSTILAS OPÇÃO

Insira a URL de um site que gostaria de definir como home


page ou toque ou clique em Adicionar site atual se estiver em
um site que gostaria de transformar em home page.

Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da


Internet
Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure pelo
ícone Modo de exibição de leitura Ícone Modo de exibição de
leitura na barra de endereços. O Modo de exibição de leitura
retira quaisquer itens desnecessários, como anúncios, para
que as matérias sejam destacadas. Toque ou clique no ícone
para abrir a página no modo de exibição de leitura. Quando
quiser retornar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone
novamente.

Para personalizar as configurações do modo de


exibição de leitura
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em
Configurações. (Se você estiver usando um mouse, aponte para
o canto inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para
cima e clique em Configurações.)
Toque ou clique em Opções e, em Modo de exibição de
leitura, escolha um estilo de fonte e um tamanho de texto.

Para salvar páginas na Lista de Leitura


Quando você tiver um artigo ou outro conteúdo que deseje
ler mais tarde, basta compartilhá-lo com sua Lista de Leitura
Guia geral é possível configurar a página inicial, controlar o que irá
aparecer ao abrir o navegador, controlar o histórico e aparências.
em vez de enviá-lo por email para você mesmo ou de deixar
mais guias de navegação abertas. A Lista de Leitura é a sua
Guia segurança permite configurar os níveis de segurança. biblioteca pessoal de conteúdo. Você pode adicionar artigos,
Guia privacidades dá o controle sobre cookies e pop-ups vídeos ou outros tipos de conteúdo a ela diretamente do
Guia conteúdo permite configurar o uso de certificados, Internet Explorer, sem sair da página em que você está.
preenchimento automático e Feeds. Passe o dedo desde a borda direita da tela e toque em
Guia conexão permite gerenciar com qual conexão será Compartilhar. (Se usar um mouse, aponte para o canto
realizado o acesso à internet. superior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para baixo
Guia programas permite configurar os programas que e clique em Compartilhar.)
funcionam em conjunto com o IE e seus complementos. Toque ou clique em Lista de Leitura e, em seguida, em
Guia avançadas – Traz opções mais complexas de Adicionar. O link para o conteúdo será armazenado na Lista de
configurações do IE Leitura.
No Internet Explorer 11 é possível acessar o menu clássico
5. Favoritos: Salvar um site como favorito é uma forma pressionando a tecla ALT.
simples de memorizar os sites de que você gosta e que deseja
visitar sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Questões
Windows 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua
conta da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido 01- (UFRB – Contador – FUNRIO) A navegação privativa,
importados automaticamente.) também chamada de anônima ou oculta, é um recurso
Vá até um site que deseja adicionar. presente nos navegadores de Internet que permite que você
Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir os navegue na Internet sem guardar informações sobre os sites e
comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique no botão páginas que você visitou. No Microsoft Internet Explorer 11,
Favoritos para mostrar a barra de favoritos. uma sessão de navegação privativa pode ser identificada com
Toque ou clique em Adicionar a favoritos e, em seguida, qual indicação no lado esquerdo da barra de endereços?
toque ou clique em Adicionar. (A) A palavra Anonymous.
(B) A imagem de um espião.
Obs: Você pode alternar rapidamente os favoritos e as (C) A palavra Hidden.
guias tocando ou clicando no botão Favoritos Botão Favoritos (D) Uma tarja na cor roxa.
ou no botão Guias Botão Guias nos comandos de aplicativos. (E) A palavra InPrivate.
6. Página inicial: As home pages são os sites que se abrem
sempre que você inicia uma nova sessão de navegação no 02- (SEDS-TO - Assistente Socioeducativo - Técnico em
Internet Explorer. Você pode escolher vários sites, como seus Enfermagem – FUNCAB) Um usuário da última versão do
sites de notícias ou blogs favoritos, a serem carregados na navegador MS Internet Explorer em português quer acessar a
abertura do navegador. Dessa maneira, os sites que você visita funcionalidade que auxilia na localização de uma palavra
com mais frequência estarão prontos e esperando por você. dentro de uma página. Nesse caso, ele deve digitar a tecla de
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em atalho:
Configurações. (A) F1
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o canto (B) CTRL + A
inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para cima e (C) CTRL + F
clique em Configurações.) (D) CTRL + J
Toque ou clique em Opções e, em Home pages, toque ou
clique em Gerenciar.

Noções de Informática 104


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APOSTILAS OPÇÃO

03. (Prefeitura de Paulista – PE – Digitador – UPENET) um boleto bancário. Na tentativa de realizar a impressão do
Considerando que a figura a seguir ilustre uma janela do documento, foram efetuadas diversas impressões que ficaram
Internet Explorer 11 durante uma sessão de uso em um desconfiguradas, ocupando mais de uma página. Para evitar o
computador com sistema operacional Windows 7, assinale a desperdício de papel, o usuário pode realizar um processo de
alternativa que contém a afirmação CORRETA. visualização prévia do documento que proporciona a noção
real de como o documento será efetivamente impresso. Este
recurso pode ser acessado, executando como procedimento:
clicar no botão:
(A) Preferências, selecionar Segurança e clicar em
Visualização de Impressão.
(B) Ferramentas / configurações / selecionar Imprimir e
clicar em Visualização de Impressão.
(C) Preferências, selecionar Configurar Impressão e clicar
em Visualização de Impressão.
(D) Ferramentas / configurações, selecionar Configurar
Impressão e clicar em Visualização de Impressão.

Respostas
01- E\02. C\03. C\04. A\05. B

CORREIO ELETRÔNICO

O correio eletrônico (e-Mail) é o serviço básico de


(A) O botão 1 permite ativar a atualização da página atual. comunicação na rede. Ele é muito rápido, envia e recebe
(B) O botão 2 interrompe a carga em andamento. mensagens em questão de minutos.
(C) O botão 3 permite o acesso ao histórico das páginas Enviar dados via correio eletrônico é muito fácil. Tudo o
encerradas. que você precisa é ter acesso a rede, dispor de um programa
(D) Os botões 2 e 4 possuem a mesma função. de correio eletrônico e conhecer o endereço da pessoa com
(E) O botão 5 permite acesso ao Favoritos. quem deseja se comunicar.
São serviços de redes de computadores desenvolvidos
04. (CBTU-METROREC - Técnico de Gestão – para a composição, envio, recebimento e gerenciamento de
Administração – CONSULPLAN) Considere a imagem do site mensagens eletrônicas (e-Mails), essas mensagens são
de busca BING carregada no navegador Internet Explorer 11 trafegadas pela rede através de protocolos, como POP, IMAP e
(configuração padrão). SMTP. O protocolo POP (Post Office Protocol) é utilizado para
efetuar acesso remoto a uma caixa de correio eletrônico e a
transferência para o computador (software de cliente de e-
Mail) então a manipulação das mensagens (alteração,
exclusão, armazenamento) é feita no computador que recebeu
as mensagens, o protocolo IMAP (Internet Message Access
Protocol) permite que leitura e manipulação de mensagens do
servidor sem que haja a transferência dessas mensagens para
o computador, SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é
utilizado apenas para o envio de mensagem a outros
servidores de e-Mail.

Endereços de Correio Eletrônico22

Um endereço de correio eletrônico, como um endereço


postal, possui todos os dados de identificação necessários para
enviar uma mensagem a alguém. Ele é composto de uma parte
relacionada ao destinatário da mensagem (o que vem antes do
caractere @ e de uma parte relacionada com a localização do
O procedimento para definir este site como página inicial destinatário, o que vem após o caractere @.
do navegador é: clicar no botão Ferramentas, clicar em Opções
da Internet e na janela que é exibida selecionar a guia: Criação de um endereço eletrônico:
(A) Geral, no campo Home Page clicar no botão Usar Atual Formato: nomedousuário@nomedodomínio
e clicar no botão Ok para confirmar o procedimento. Exemplo: antonio.mesquita@genamaz.org.br
(B) Geral, no campo Página Inicial clicar no botão Usar
padrão e clicar no botão Ok para confirmar o procedimento. Assim como você possui o seu endereço residencial, você
(C)Conteúdo, no campo Home Page clicar no botão Nova também terá seu endereço eletrônico.
Guia e clicar no botão Ok para confirmar o procedimento. O símbolo @ é lido como "arroba" em português e "at" em
(D) Conteúdo, no campo Página Inicial clicar no botão inglês.
Definir como Inicial e clicar no botão Ok para confirmar o Aconselhamos, para reduzir a possibilidade de homônimos
procedimento. (nomes de usuário em duplicidade), formar o nome de usuário
com prenome.sobrenome. O nome do domínio é fornecido pelo
05. (CBTU – METROREC - Técnico de Enfermagem do provedor de acesso à Internet.
Trabalho – CONSULPLAN) Um usuário está utilizando o
navegador Internet Explorer 11 para realizar a impressão de

22http://www.virtual.ufc.br/cursouca/modulo_web2/parada_01/para_saber

_mais/sobrecorreio.htm

Noções de Informática 105


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APOSTILAS OPÇÃO

Atividades do correio eletrônico Funcionamento dos Clientes de E-Mail


O cliente de e-Mail envia uma solicitação ao servidor de e-
- Pedir arquivos; Mail de seu provedor (ISP), para esta requisição é utilizado o
- Solicitar informações; protocolo SMTP, o Servidor envia a mensagem através da
- Mandar mensagens; internet para outro servidor que contém a caixa postal do
- Fazer leitura de informações; destinatário, então é feito o download das mensagens para o
- Fazer download de arquivos, etc. cliente de e-Mail realizando o processo inverso, mas agora
utilizando o protocolo POP.
Como enviar mensagens no e-Mail

Cada programa de e-Mail possui uma maneira própria de


encaminhar as mensagens e o usuário deve verificar suas
orientações e regulamentos. Para que o e-Mail seja enviado é
importante preencher os seguintes dados:
- To: É o endereço para qual será enviada a mensagem;
- Cc: Vem do inglês Carbon Copy (cópia carbonada). Nesse
espaço você coloca o endereço de uma pessoa que receberá
uma cópia do e-Mail;
- Bcc: Vem do inglês Blind Carbon Copy (cópia cega).
Utilizado quando o usuário deseja encaminhar um e-Mail e
anexa um destinatário que não deve aparecer na mensagem
para as outras pessoas;
- Subject: É o assunto de sua mensagem e pode ou não ser
preenchido.

Clientes de e-Mail WebMail


Têm a mesma função dos clientes de e-Mail que ficam
São softwares (programas de computador) que instalados no computador, mas ficam armazenados
possibilitam que os usuários de computador redijam, diretamente em servidores de e-Mail e seu acesso é via
personalizem, armazenem e gerenciem mensagens, browser (navegador de internet), dentre os principais Web
proporciona acesso a servidores de envio e recebimento de e- Mails gratuitos temos GMail, HotMail, Yahoo, Bol e Ig, todos
Mail. Dentre os vários clientes de e-Mail disponíveis no seguros, eficazes e rápidos, possuem grandes espaços para
mercado os principais são: armazenamentos de mensagens, mas daremos uma atenção
especial a dois deles:
- Outlook Express: Desenvolvido pela empresa Microsoft, GMail: Fornecido pela empresa Google, além das funções
este software é leve e eficaz utilizado para gerenciamento de básicas de envio e recebimento de e-Mail, existem agenda de
contatos, composição, envio e recebimento de e-Mail e compromissos e tarefas, mensageiro, drive virtual, também
acompanha alguns programas da empresa como Internet existe integração a todas as ferramentas providas pela Google.
Explorer (a partir da versão 4) e sistemas operacionais HotMail ou Live: Semelhante ao GMail, mas não
Windows nas versões 98, ME, 2000 e XP. disponibiliza a integração com as ferramentas do Google.
O Windows Mail e Outlook Express foram descontinuados
no Windows 723 e a nova aplicação de e-Mail é o Windows Live Outlook.com24
Mail. Então, antes de instalar o Windows 7 é recomendado O Outlook.com é um serviço de e-Mail pessoal gratuito
exportar suas mensagens, contatos e configurações de conta baseado na Web que é fácil de usar. Ele tem muitos dos
para facilitar a importação no Windows Live Mail após instalar mesmos excelentes recursos do Outlook Express, juntamente
o Windows 7. com alguns novos. Você pode manter o seu endereço de e-Mail
- Windows Live Mail: Também produzido pela Microsoft, é atual, enviar fotos e arquivos por e-Mail e manter a sua caixa
um software baseado no Outlook Express com aprimoramentos de entrada em ordem. Você também pode ver seus e-Mails em
como a capacidade de litura de RSS e ATOM (formatos de qualquer computador, tablet ou telefone conectado. Siga as
leitura e escrita de informações na Web) e requer para seu etapas abaixo e o complemento Mail Migration transferirá seus
funcionamento a instalação do Internet Explorer 7 ou superior e-Mails e contatos do Outlook Express.
também utilizado para gerenciamento de contatos,
composição, envio e recebimento de e-Mail. Windows Live Mail
- Microsoft Outlook: É um software integrado ao Microsoft Com o Windows Live Mail é possível gerenciar várias contas
Office, diferente do Outlook Express ou Live Mail voltados de e-Mail, calendários e seus contatos mesmo quando estiver
apenas ao gerenciamento de contatos, composição, envio e off-line.
recebimento de mensagens, o MS Outlook disponibiliza um Para adicionar suas contas de e-Mail ao Windows Live Mail.
completo calendário com agenda de compromissos, seu Basta digitar o endereço de e-Mail e a senha e, em seguida,
gerenciador de contatos é mais completo que as versões Live seguir algumas etapas. Após suas contas de e-Mail serem
e Express e possui campos de tarefas com simulador de post- adicionadas, organize suas conversas.
it (pequenos papeis coloridos autoadesivos).
- Mozilla Thunderbird: É um software muito parecido com Questões
o MS Outlook, porém é desenvolvido pela empresa Mozilla
Foundation, criadora do Mozilla Firefox. 01. (TRE/AC - Técnico Judiciário - FCC) O Correio
eletrônico tem como objetivo principal:
(A) Serviço de criação de documentos e geração banco de
dados.

23https://support.microsoft.com/pt-br/help/977838 24 http://windows.microsoft.com/pt-br/windows/outlook-
express#tabs=windows-7

Noções de Informática 106


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APOSTILAS OPÇÃO

(B) Serviço de gerenciamento de correspondências Faixa de opções expandida


eletrônicas e planilhas de Cálculo. Apresentada pela primeira vez no Microsoft Office Outlook
(C) Serviço de endereçamento de sites e geração de Banco 2007, a faixa de opções faz parte da interface do usuário do
de Dados. Microsoft Office Fluent, tendo sido criada para ajudar a
(D) Serviço de gerenciamento de documentos e criação de localizar rapidamente os comandos necessários para executar
planilhas de cálculo. uma tarefa. Os comandos são organizados em grupos lógicos
(E) Serviço de entrega e recebimento de mensagens reunidos em guias. No Outlook 2010, a faixa de opções
eletrônicas. substituiu os menus antigos da janela principal do Outlook, e
você pode ainda personalizá-la para incluir guias que
02. (CEPS/UFPA - Assistente Administrativo - UFPA) combinem melhor com seu estilo de trabalho.
São aplicativos de correio eletrônico:
(A) Mozilla Firefox, Windows Explorer. Mais espaço para gerenciar sua conta
(B) Microsoft Excel, Google Chrome. Muitas configurações do Outlook que não estão
(C) Eudora, Microsoft powerpoint. relacionadas diretamente à criação e ao gerenciamento de
(D) Mozilla Thunderbird, Microsoft Outlook Express. itens do Outlook, como comandos de impressão e opções de
(E) Netscape Communicator, MS Access. gerenciamento de contas, agora estão no Modo de exibição
Backstage do Microsoft Office. Clique em Arquivo para
03. (UFR/RJ - Auxiliar em Administração - UFR/RJ) gerenciar suas contas, configurar regras e Respostas
Correio eletrônico ou e-Mail é o mesmo que um(a) Automáticas e descobrir outras opções não evidentes.
(A) link para envio de mensagens.
(B) home page particular para recebimento e exclusão de Veja mais de suas mensagens
mensagens. Um modo de exibição de conversa aprimorado agora está
(C) endereço eletrônico particular na rede para envio e disponível quando você trabalha com suas mensagens. Esse
recebimento de mensagens. modo de exibição melhora o controle e o gerenciamento de
(D) site individual para conectar a internet e receber mensagens relacionadas, independentemente da pasta que
mensagens. contém as mensagens. Você pode ver todo o rumo da conversa,
(E) browser para conectar a internet e enviar mensagens. incluindo as suas respostas, encontrar as respostas mais
recentes, identificar com facilidade a mensagem mais
04. (FCC - Técnico Judiciário - TER/RN) Em relação a importante e facilmente categorizar ou ignorar uma conversa
correio eletrônico, é correto afirmar: completa.
(A) Endereços de correio eletrônico no padrão
nome@xxx.xxx.com.br, estão restritos a destinatários do
território brasileiro, apenas.
(B) Exceto o campo assunto, cada campo de cabeçalho do
correio eletrônico tem seu tamanho máximo limitado a dez
caracteres.
(C) O web Mail é um aplicativo que permite o envio e a
recepção de mensagens de correio eletrônico, desde que não
exista anexos nessas mensagens.
(D) Todo programa de correio eletrônico disponibiliza
funcionalidades que permitem encaminhar uma mensagem
recebida a um ou a vários endereços de correio eletrônico.
(E) Todo programa de correio eletrônico possui
mecanismos que detectam e bloqueiam mensagens infectadas
por vírus de computador.

Gabarito

01. E \ 02. D \ 03. C \ 04. D


Conversas na lista de mensagens da caixa de entrada
Microsoft Outlook 2010
Processe e arquive suas mensagens de forma mais
O Microsoft Outlook 2010 inclui novos recursos que rápida
ajudam você a permanecer conectado com pessoas e gerenciar Etapas Rápidas Transforme com apenas um clique seus
melhor o seu tempo e as suas informações. comandos e procedimentos usados com mais frequência. Você
pode personalizar as Etapas Rápidas padrão e criar botões que
combinem suas ações frequentes. A galeria de Etapas Rápidas
inclui botões para arquivar e sinalizar em um clique, enviar
mensagens para sua equipe e outros comandos comuns.
Resposta para Reunião: Agendar uma reunião é tão fácil
quanto responder à mensagem. Ao ler uma mensagem, você
pode agendar uma reunião com todos os destinatários usando
o novo comando Resposta para Reunião. Com apenas um
clique, todos os destinatários da mensagem são adicionados a
uma nova solicitação de reunião.

Aperfeiçoamentos da Pesquisa Instantânea: O Outlook


2007 introduziu a Pesquisa Instantânea. No Outlook 2010, é
mais fácil restringir os resultados de pesquisa usando
Tela inicial do Outlook 2010 critérios, como remetente, palavras-chave de assunto e outras

Noções de Informática 107


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APOSTILAS OPÇÃO

informações, como a presença de anexos. A guia contextual cria uma solicitação de reunião. Os agendamentos dos
Ferramentas de Pesquisa inclui um conjunto de filtros que participantes são analisados e a melhor hora é sugerida, com
destacam sua pesquisa de modo eficiente para isolar os itens base na disponibilidade de cada um.
desejados. Grupos de Calendários: Veja rapidamente os calendários
das pessoas com quem você trabalha com mais frequência.
Reduza o ruído em sua Caixa de Entrada Selecione os membros uma vez e use o Grupo de Calendários
sempre que quiser ver esses mesmos calendários. Os Grupos
Ignorar Conversa: Se uma conversa não for mais de Calendários também podem incluir recursos, como salas de
importante, você poderá evitar que respostas adicionais conferência. Essa é uma ótima maneira de encontrar salas de
apareçam em sua Caixa de Entrada. O comando Ignorar move conferência disponíveis em seu prédio.
a Conversa toda e qualquer mensagem futura que chegue na Modo de Exibição de Agendamento: Quer você use os
Conversa para a pasta Itens Excluídos. novos Grupos de Calendários, quer selecione manualmente
vários calendários para analisar, o novo Modo de Exibição de
Limpar Conversas: Quando uma mensagem contém todas Agendamento pode ajudar a tomar decisões sobre organizar
as mensagens anteriores da Conversa, você pode clicar em reuniões. Calendários individuais, de recursos ou do Grupo de
Limpar para eliminar as outras mensagens redundantes. Por Calendários são mostrados em um modo de exibição
exemplo, conforme as pessoas respondem a uma Conversa, a horizontal para descobrir rapidamente a melhor hora para a
resposta fica no início e as mensagens anteriores da Conversa reunião.
ficam no fim. Em vez de analisar cada mensagem, mantenha Visualização Rápida: Quando você recebe uma
apenas a mais recente que inclui a conversa toda. solicitação de reunião, a Visualização Rápida ajuda a entender
melhor os efeitos de uma solicitação de reunião em seu
Trabalhe com mensagens de forma mais inteligente e calendário. Ao criar ou responder a uma solicitação de reunião,
eficaz uma captura instantânea do calendário é exibida na solicitação
de reunião. Você pode analisar instantaneamente todos os
Dicas de Email: O Outlook 2010 inclui Dicas de Email, que conflitos ou itens adjacentes de seu calendário sem sequer sair
ajudam a evitar enganos comuns, mas possivelmente caros ou da solicitação de reunião.
constrangedores. Os alertas de Dicas de Email podem ser
disparados por ações que incluem clicar em Responder a Trabalhe com todas as contas no Outlook
Todos para uma grande lista de destinatários, enviar Várias contas do Exchange: O Outlook 2010 oferece
informações confidenciais para alguém de fora da organização suporte a várias contas do Exchange em um só perfil do
ou enviar uma mensagem para alguém definido como ausência Outlook.
temporária. Aperfeiçoamentos de IMAP: A exclusão de mensagens
em uma conta de email IMAP é semelhante a outros tipos de
conta de email. Quando as mensagens são excluídas, elas são
movidas para uma pasta Itens Excluídos. Não é mais
necessário marcar as mensagens para exclusão e limpeza.

Não perca o controle de suas tarefas


Barra de Tarefas Pendentes: A Barra de Tarefas
Alerta de dica de email para um destinatário definido como ausência Pendentes foi aperfeiçoada com base nas solicitações dos
temporária clientes. No Outlook 2010, há melhor acesso aos
compromissos e eventos de dia inteiro. Aperfeiçoamentos
Assuntos esquecidos: Quando você clica em Enviar em adicionais incluem indicadores visuais para conflitos e
uma mensagem sem assunto, um aviso é exibido para solicitações de reunião não respondidas, separadores de dias
confirmar se realmente não haverá assunto. e um prático redimensionamento do tipo arrastar e soltar para
Melhorias na Lista de Preenchimento Automático: ver o que você quiser e quando quiser.
Agora está mais fácil remover um nome das sugestões da Lista
de Preenchimento Automático e, ao usar uma conta do Salve suas informações
Microsoft Exchange Server, a Lista de Preenchimento Novo nome de arquivo de dados: Quando você salva
Automático fica disponível de qualquer computador em que o informações do Outlook em seu computador, um arquivo de
Outlook é usado com a sua conta do Exchange. dados é usado. Nas versões anteriores do Outlook, esses
Assinaturas de roaming: As assinaturas personalizadas arquivos eram chamados de arquivos de Pastas Pessoais (.pst)
que você criar para suas mensagens estarão disponíveis em e de arquivos de Pasta Offline (.ost). Agora, eles são chamados
qualquer computador que você usar. de Arquivo de Dados do Outlook (.pst) e de Arquivos de Dados
Redimensionar fotos anexadas: Está disponível uma do Outlook Offline (.ost).
opção para redimensionar imagens grandes anexadas. Acesso mais fácil aos seus Arquivos de Dados do
Incluir captura de tela: É fácil compartilhar o que você vê Outlook (.pst e .ost): Todas as versões anteriores do Outlook
na tela com o novo comando Incluir captura de tela. Selecione salvavam seus arquivos de dados em Arquivos de Pastas
toda a tela do computador ou parte dela e inclua o instantâneo Pessoais (.pst) e em Arquivos de Pastas Offline (.ost) em uma
em uma mensagem. pasta oculta de seu computador. No Outlook 2010, qualquer
Mais verificações ortográficas: A verificação ortográfica novo arquivo de dados que você criar será salvo, por padrão,
funciona em mais locais. Isso inclui linhas do assunto de na pasta Documentos\ Meus Arquivos do Outlook. Isso facilita
mensagens, tarefas e solicitações de reunião. o backup dos dados do Outlook, bem como a localização e a
Informações de entrega expandidas: Quando você usa cópia do arquivo de dados para um novo computador.
uma conta do Microsoft Exchange Server, é possível analisar
informações detalhadas de entrega de mensagens enviadas e Permaneça conectado
recebidas. Outlook Social Connector: O novo OSC (Outlook Social
Obtenha o melhor calendário Connector) conecta você às suas redes sociais e corporativas,
Sugestões de Reunião: Introduzidas no Outlook 2007, as incluindo o Microsoft SharePoint, Windows Live e outros sites
Sugestões de Reunião agora são apresentadas quando você de terceiros conhecidos. É possível obter mais informações e

Noções de Informática 108


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APOSTILAS OPÇÃO

manter contato com as pessoas de sua rede sem sair do


Outlook. 02. (Prefeitura de Paulista-PE – Digitador –
Contatos Rápidos: Obtenha acesso mais rápido aos seus UPENET/2014) Na configuração padrão, os arquivos de
contatos, incluindo mensagens instantâneas e indicadores de dados do Outlook são armazenados com a extensão
presença, com o recurso Contatos Rápidos sem sair do modo (A) .dat.
de exibição de email. Com a nova caixa Localizar um Contato (B) .oab.
da faixa de opções, você pode começar a digitar o nome da (C) .ost.
pessoa que está procurando e obter resultados instantâneos, (D) .pab.
incluindo várias maneiras de conectar-se à pessoa; por (E) .pst.
exemplo, por mensagens instantâneas, telefone, email e
agendamento de reunião. Quando a integração do Microsoft 03. (CRQ - 1ª Região (PE) - Assistente Administrativo -
Office Communicator está habilitada, você pode pesquisar sua IDHTEC/2015). Referente ao Outlook é INCORRETO afirmar:
GAL (Lista de Endereços Global) e seus Contatos e ver fotos, (A) Para: nesse campo deve ser informado o endereço
cargo e disponibilidade, além de nomes, enquanto digita. eletrônico a ser enviado o e-mail.
Catálogo de Endereços Hierárquico: Você pode (B) Cc (cópia carbono): nesse campo o usuário deve
selecionar destinatários de mensagens, solicitações de reunião informar os endereços eletrônicos para onde deseja enviar
e atribuições de tarefa navegando em um modo de exibição em cópia da mensagem, ou seja, utiliza-se esse campo para enviar
árvore da organização no Catálogo de Endereços do Outlook. a mensagem para mais de uma pessoa. Onde se deve digitar os
endereços adicionais de e-mail e separá-los com ponto e
Aperfeiçoamentos de Unificação de Mensagens vírgula.
Transcrições da caixa postal: A Visualização da Caixa (C) Cco (cópia carbono oculta): serve para o usuário
Postal fornece uma transcrição de fala em texto das mensagens mandar mensagens para várias pessoas sem que elas fiquem
deixadas em sua caixa postal. sabendo para quem ele enviou a mensagem.
Caixa postal segura: A caixa postal segura ajuda a (D) Assunto: o usuário deve informar o assunto que a
proteger e limitar a caixa postal somente aos destinatários mensagem trata.
escolhidos. (E) Formatação: serve para formatar o texto da mensagem
que irá enviar como mudar a cor do texto, a fonte, o tamanho
Aperfeiçoamentos adicionais da letra, fazer a correção ortográfica, definir negrito,
Controle de zoom do modo de exibição: Diminua ou sublinhado.
aumente o zoom de seus modos de exibição de email e
calendário com o novo controle deslizante de zoom na parte 04. (TRE-MA - Técnico Judiciário - Operação de
inferior da janela. Computadores - IESES/2015). Analise as afirmativas abaixo
Termômetro de Cota: No novo Modo de exibição com relação ao correio eletrônico.
Backstage, suas informações de conta incluem uma I. O e-mail surgiu antes que a Internet.
representação visual de quanto espaço resta em sua caixa de II. O Outlook é um aplicativo de e-mail da Microsoft.
correio. III. Os protocolos POP3, IMAP e SMTP são utilizados para
Painel de Navegação: Todos os comandos e modos de recebimento e envio de e-mails.
exibição que anteriormente ficavam no Painel de Navegação IV. Para enviar um e-mail é obrigatório informar o campo
foram movidos para a faixa de opções. A ordem das pastas assunto.
também foi alterada para facilitar a localização das pastas Assinale a alternativa que indica o total de afirmativas
comuns padrão, especialmente Caixa de Entrada e Itens corretas.
Excluídos. Alguns cabeçalhos e ícones foram removidos para (A) 2 corretas.
melhorar a aparência do Painel de Navegação. (B) 3 corretas.
Extensibilidade: O Outlook 2010 oferece recursos que (C) 4 corretas.
foram solicitados pelos desenvolvedores que permitem a (D) 1 correta.
personalização da interface do usuário do Outlook de forma
específica ao aplicativo. Além da capacidade de programação Respostas
aperfeiçoada da interface do usuário, o modelo de objeto do 01. A\02. E\03. B\04. B
Outlook oferece suporte para recursos novos e expandidos no
produto, como Conversas e Itens Móveis.
Opções de linha de comando: Opções adicionais de linha Programas de correio
de comando foram adicionadas para fins de implantação e eletrônico (Microsoft Outlook
solução de problemas.
Suporte a 64 bits: O Outlook 2010 está disponível nas e Mozilla Thunderbird); Sítios
versões de 32 e de 64 bits. de busca e pesquisa na
internet; Computação na
Questões
nuvem (cloud computing).
01. (EPE - Assistente Administrativo –
CESGRANRIO/2010) Qual o procedimento para escrever um
e-mail usando o OUTLOOK? *Prezado candidato, o assunto Microsoft Outlook foi
(A) Selecione o grupo e-mail na lateral esquerda, e depois abordado no tópico anterior: Noções básicas de ferramentas e
selecione Novo na parte superior. aplicativos de navegação (Google Chrome, Firefox e Internet
(B) Selecione o grupo Contato na lateral esquerda, e depois Explorer) e correio eletrônico (Webmail e Microsoft Outlook
selecione Novo na parte superior. 2010).
(C) Clique em Ferramentas e depois em Configurações de
conta e clique em Novo.

(D) Clique em Ferramentas e depois em Enviar/Receber.


(E) Clique em Ir e depois em e-mail.

Noções de Informática 109


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MOZILLA THUNDERBIRD25 Tags


TagSe você usa o Gmail já sabe como as tags funcionam.
Programa livre, da empresa Mozilla. Pode ser baixado do Você marca uma mensagem com palavras ou frases para
endereço www.mozilla.com/thunderbird. Este é um excelente conseguir achá-lo com mais facilidade. É possível agrupar
programa de correio eletrônico, pois oferece uma série de mensagens pelas suas tags e também usá-los como parâmetros
recursos que vão além do simples “enviar/receber”. de pastas de pesquisa e modos de visualização.
O Thunderbird é um leitor de e-mail e news da Mozilla
Foundation (mesma criadora do Firefox), que tem funções
como bloqueio de imagens e filtro anti-spam embutido. Do
mesmo modo que o Firefox tem como objetivo tornar a
navegação melhor, o Thunderbird tem como objetivo
melhorar a leitura de e-mails e notícias. Os usuários
normalmente usam os dois juntos.

Proteção contra fraudes (anti-phishing)


PhishingO Thunderbird protege você dos emails falsos
conhecidos como scams ou phishing. Eles tentam enganar você
para conseguir senhas e outras informações. O Thunderbird
alertará quando detectar uma mensagem ou link suspeitos.

Repleto de recursos
O Thunderbird vem com suporte POP/IMAP, leitor RSS,
Mozilla Thunderbird suporte para mensagens formatadas (HTML), localizar rápido,
catálogo de endereços, controles de privacidade, filtros de
Hotmail e Gmail no desktop mensagens (regras), ferramentas de importação, pesquisa e a
Com o Thunderbird você baixa ou apenas acessa seus capacidade de gerenciar múltiplas contas de email e
emails do Hotmail, Gmail, Yahoo, iG, UOL, Oi Mail, iBest, Terra, newsgroup.
BOL ou qualquer outro provedor com suporte a
SMTP/POP3/IMAP. Sólido e seguro
Facebook Chat, Google Talk, Twitter, IRC O Thunderbird oferece recursos necessários a empresas,
As novas versões possuem suporte a bate-papo. Cadastre tais como S/MIME, assinaturas digitais, criptografia de
suas contas e converse pelo Thunderbird! mensagens, suporte a certificados e dispositivos de segurança.
A melhor de barrar spam
SpamO Thunderbird oferece a ferramenta mais efetiva de Gerencie múltiplas contas de email com o
detecção de spam. Nossas ferramentas analisam seu email e Thunderbird.
identificam aqueles que provavelmente são indesejados. Você O Thunderbird pode cuidar de todas as suas contas IMAP
pode ter seus spans excluídos automaticamente ou pode ou POP, o tipo mais usado pelos provedores.
movê-los para outra pasta, caso queira ler as mensagens. As contas de email podem ser configuradas como você
quiser:
- Você pode receber as mensagens de todas as contas numa
única caixa de entrada ou separá-las em contas independentes.
- Cada conta tem a sua própria assinatura e formatação
(HTML ou texto sem formatação).
- Uma conta pode ter várias identidades (o nome e email
que aparecem como remetente).
- Tudo isso é definido em Ferramentas > Configurar
Mensagens do seu jeito contas.
Visualize suas mensagens do jeito que você quiser. Escolha
entre três layouts para visualização de mensagens. Personalize Leitor integrado de RSS
a barra de ferramentas. Agrupe por vários critérios. Use os O Thunderbird armazena as inscrições RSS numa conta
modos de visualização, pastas de pesquisa ou os marcadores especial. Para criar uma use o menu Arquivo > Novo > Outras
para achar mensagens rapidamente. contas. No assistente selecione Conta de RSS.

Funcionalidades ilimitadas Agora que você tem a conta RSS é só inscrever os


O Thunderbird permite que você adicione novo recursos a endereços RSS nela. Clique na conta com o botão direito e
medida que você precisar através de extensões. As extensões selecione Inscrições RSS. Na janela do gerenciador você
são ferramentas poderosas que auxiliam você a criar um também pode excluir as inscrições RSS.
cliente de email de acordo com suas necessidades.

25 Fonte: http://br.mozdev.org/thunderbird/

Noções de Informática 110


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APOSTILAS OPÇÃO

Configurando contas de email26 No campo Receber mensagens por este servidor coloque o
Vamos agora a algumas explicações sobre servidores de servidor pop3 fornecido pelo administrador da sua rede.
email, para que você possa configurar suas mensagens Se houver o campo Enviar mensagens por este servidor
corretamente. SMTP, preencha com o servidor smtp fornecido pelo
Embora praticamente todas as contas de email passam ser administrador da sua rede.
acessadas via webmail (via navegador, como o Mozilla ou o Clique em Avançar.
Firefox, entrando em uma página), nem todas podem ser Em Nome de usuário preencha o seu ID do email. Exemplo:
acessadas com um cliente de mensagens como o Thunderbird. aluno.
Para que isto seja possível, é necessário que o responsável Se houver o campo Nome de usuário do servidor SMTP,
pelo gerenciamento das contas disponibilize dois servidores: repita o valor do passo anterior.
o pop3 e o smtp. Clique em Avançar.
Em Nome da conta preencha um nome qualquer. Exemplo:
POP3 Minha conta de email!.
O pop3 é o servidor que permite a você baixar os emails Clique em Avançar.
para o seu computador. Clique em Concluir.

SMTP Ambiente e comandos básicos


Já o smtp é o servidor que lhe permite enviar os emails Acesso às Ferramentas
para outras pessoas. Existem basicamente duas maneiras de se acessar as
ferramentas do Thunderbird:
IMAP 1) Menu:
O imap é outro tipo de servidor, semelhante ao pop3. O
Hotmail, por exemplo, usa servidor imap. A diferença é que o
POP3 oferece a possibilidade de manter cópias das mensagens
no servidor. Com o IMAP, a caixa de entrada do programa 2) Barra de Ferramentas:
cliente de e-mail é "sincronizada" com a existente no servidor;
se uma mensagem é removida em qualquer um dos dois, as
mudanças são refletidas no outro. Você pode abrir contas de e-
mail deste tipo (IMAP) em seu Thunderbird, mas perde Todas as opções existentes na Barra de Ferramentas
algumas das principais vantagens, como poder ler suas também podem ser acessadas via menu. Entretanto, o acesso à
mensagens offline(desconectado da internet). Por isso, Barra de Ferramentas é mais rápido, e portanto, deve ser
recomenda-se que você use apenas servidores pop3 em seu preferencial.
cliente de email.
Acesso às Pastas
Ok, mas porque isso é tão importante? O acesso as pastas é feito do lado esquerdo do
1) Se sua conta de email não possui o serviço pop3, você Thunderbird. Aqui você pode verificar as seguintes pastas:
não conseguirá usar o 1) Mensagens recebidas (pasta "Entrada" ).
Thunderbird; 2) Mensagens que ainda não foram enviadas, mas já foram
2) Você precisará saber quais são estes dois servidores (o escritas (pasta "Saída", que é como a caixa de correio onde
pop3 e o smtp) para configurar você coloca as cartas a serem enviadas).
o seu Thunderbird corretamente. 3) Mensagens que você começou a escrever, mas ainda não
terminou, deixando a finalização para mais tarde (pasta
Como eu descubro os servidores pop3 e smtp da minha "Rascunhos").
conta de email? 4) Mensagens que já foram de fato enviadas (pasta
Você precisa entrar em contato com o administrador da "Enviadas").
sua conta de email (se seu email for do tipo "gov.br" por 5) Mensagens excluídas ("Lixeira").
exemplo, procure o administrador da rede) para que ele lhe
passe esses dados.
Uma vez em posse desses dados, você pode passar para o
passo seguinte, onde é feita uma descrição genérica de
configuração. Além disso, disponibilizamos as configurações
para as contas de emails mais comuns. Caso tenha alguma
dúvida, poste no fórum, sua dúvida pode ser a mesma de outro
participante!
Lembre-se que você pode acessar quantas contas quiser,
ao mesmo tempo, usando o Thunderbird. Para isto, basta
seguir o procedimento descrito a seguir para cada uma delas.

Configurando uma conta qualquer de email


Área de mensagens
Abra o assistente de contas pelo menu Arquivo > Novo >
É na área de mensagens você lê os emails, organiza, etc.
Conta.
Note que, no canto inferior direito, você pode ver quantas
Selecione Conta de email.
Clique em Avançar. mensagens há na pasta aberta no momento ("Total"), e
Preencha o seu nome e o email (por exemplo: quantas mensagens ainda não foram lidas ("Não lidas"). Isto
aluno@gdf.gov.br). será explicado em detalhes mais à frente
Clique em Avançar.
Selecione POP.

26 Fonte:
ftp://ftp.feis.unesp.br/softwarelivre/Apostilas/Thunderbird/Apostila-
thunderbird.pdf

Noções de Informática 111


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APOSTILAS OPÇÃO

Não, você também pode configurar o Thunderbird para


verificar automaticamente.

Lendo emails
Agora que você baixou suas mensagens, basta dar um
clique único com o mouse para ler seu conteúdo. Se quiser,
pode ver a mensagem fora do Thunderbird, em outra janela
(caso a mensagem contenha muito texto, por exemplo), e
esteja difícil de ler.
Leitura dentro do Thunderbird:

Se a configuração descrita na lição anterior for feita


corretamente, agora você já pode acessar os seus emails pelo
Thunderbird.
Para isto, clique em Arquivo> Receber das Contas > Todas
as contas.
Ou então apenas clique no ícone "Receber", no canto
esquerdo do programa.
Se você tiver mais de uma conta, e quiser receber, em um
determinado momento, apenas as mensagens de uma delas,
basta clicar em Arquivo> Receber das Contas
E escolha a conta desejada. A mesma mensagem, fora do Thunderbird:
Para ver suas mensagens, basta clicar, à esquerda, em
Pastas Locais> Entrada. Pronto, você já pode ver suas
mensagens no Thunderbird!
Na área de pastas, na pasta "Entrada", é mostrada entre
parênteses a quantidade de mensagens não lidas.
Na barra inferior da área de mensagens, você pode
observar o status do recebimento. Ao lado do indicador de
recebimento, você pode observar a quantidade de mensagens
"Não lidas", assim como o total de mensagens em uma
determinada pasta (indicado por "Total"). Isto pode ser
observado na figura abaixo:

Assim como no Mozilla Firefox, você pode aumentar ou


diminuir o tamanho da letra, dando um "zoom" na mensagem,
para facilitar a leitura. Isto pode ser feito pressionando no
teclado as teclas "CTRL" e "+" (as duas ao mesmo tempo) ou
"CTRL" e "-" (as duas ao mesmo tempo), respectivamente.
No Thunderbird, existem diversas maneiras de se escrever
emails.
1) Criando uma nova mensagem, vazia
Você pode criar uma nova, vazia, clicando em
Arquivo>Novo>Mensagem ou clicando em "Nova msg", na
Barra de Ferramentas:

Configure o Thunderbird para verificar e receber


novas mensagens.
A configuração é definida em cada conta: Toda mensagem no Mozilla Thunderbird tem o mesmo
Abra a janela Ferramentas > Configurar contas. formato. O remetente (campo "De"), o destinatário (campo
Em uma das contas no painel a esquerda, selecione "Para"), o assunto e o corpo da mensagem (que é a mensagem
Receber. em si).
Marque a opção Verificar por novas mensagens a cada __ Na mensagem abaixo, o corpo da mensagem é a parte que
minutos. diz:
Marque a opção Receber novas mensagens "Alô, Maria,
automaticamente.
Boa sorte no curso de Thunderbird".
Situação problema: Você deseja que suas contas sejam
verificadas a cada 5 minutos. A única maneira de fazer isso é :
Clicar em:
Arquivo > Receber das contas > Receber todas as contas
A cada 5 minutos.
Esta afirmação está correta?

Noções de Informática 112


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APOSTILAS OPÇÃO

Criando um novo contato


Para criar um novo contato, clique em "Novo Contato" na
Barra de Ferramentas do
2) Encaminhar uma mensagem recebida. Catálogo de Endereços. A seguir, preencha os dados
Se você gostou de uma mensagem, e quer passá-la para desejados.
outra pessoa, pode clicar em "Encaminhar" na Barra de Exemplo:
Ferramentas. A seguir, basta colocar no campo "Para" o
destinatário desejado

3) Responder uma mensagem recebida.


Você pode responder a uma mensagem recebida, clicando
no campo "Responder" da Barra de Ferramentas.
No corpo da mensagem, você verá "fulano de tal escreveu"
(onde fulano de tal é a pessoa que lhe enviou a mensagem) e o
texto original, entre barras azuis. Basta, então, colocar os
comentários que desejar a respeito da mensagem recebida.

Clicando na aba endereços, você tem outras opções. É isso mesmo, o Mozilla
Thunderbird pode funcionar de fato como uma agenda telefônica!

Criando nova mensagem usando um contato já


existente
Por fim, para enviar a mensagem, clique em "Enviar agora". Uma vez adicionado o contato (ou contatos) desejados, é
Mais à frente, você aprenderá como criar "Rascunhos". simples enviar uma mensagem para o contato adicionado.
Antes de serem efetivamente enviadas, as mensagens Usando uma das maneiras descritas na seção "Escrevendo
ficam na pasta "Saída", esperando a conexão com o servidor emails" (clicando em "Nova Msg" na Barra de Ferramentas, por
(se você mandar enviar e estiver desconectado da Internet, por exemplo), basta começar a escrever o nome, ou o email da
exemplo, as mensagens ficam guardadas esperando a pessoa, que o Thunderbird fornece uma lista de opções,
conexão). Depois de enviadas, ficam guardadas na pasta autocompletando o endereço (você não precisa digitar tudo).
"Enviadas"
Situação problema: Você quer enviar uma nova mensagem,
vazia a princípio. Quais são as possíveis maneiras de se fazer
isso?
Clicar Arquivo>Novo>Mensagem, no Menu
Clicar em "Nova msg", na Barra de Ferramentas.

O Thunderbird, como qualquer outro gerenciador de


mensagens, possui um Catálogo de Endereços, para facilitar o
envio de mensagens para destinatários freqüentes. Para
acessar o Catálogo de Endereços, clique em "Catálogo" na
Barra de Ferramentas, ou no Menu, clique em
Ferramentas>Catálogo de Endereços.
Você verá a seguinte janela:

Noções de Informática 113


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APOSTILAS OPÇÃO

Situação Problema: Você possui um destinatário freqüente Digite sua mensagem no painel de mensagens
de mensagens (um irmão, por exemplo). Para facilitar o envio
de mensagens para este destinatário, adicionando-o aos seus
contatos, você pode:
Clicar no ícone "Catálogo" na Barra de Ferramentas do
Thunderbird.

Procedimentos básicos
Assim que você terminar de configurar sua conta de e-
mail você estará apto a enviar e receber mensagens no
Thunderbird. Veja como:

Enviando uma nova mensagem


Clique no botão Nova msg no barra de ferramentas. A
janela de edição de mensagem será aberta.

Dica: Você pode personalizar a aparência da sua


mensagem utilizando as funções de processamento de texto do
Thunderbird na barra de formatação que fica acima do painel
de mensagem. É possível até mesmo adicionar emoticons!
Clique no botão Enviar agora

No campo Para: digite o endereço de e-mail para onde a


mensagem será enviada.

Nota: O Thunderbird salva uma cópia de todas as suas


mensagens enviadas na pasta Enviados
Recebendo mensagens
O Thunderbird verifica se há novas mensagens toda vez
que você o abre. Ele também irá verificar a cada 10 minutos
depois isso.
Nota: O Thunderbird salva automaticamente endereços de Se você quiser verificar novas mensagens manualmente,
e-mail para os quais você enviou mensagens anteriormente no clique no botão Get Messages na barra de ferramentas.
catálogo de endereços. Depois disso, o Thunderbird irá sugerir
endereços de e-mail conhecidos à medida que você digitá-los.
Pressione Tab assim que o endereço correto for sugerido e ele
será inserido como destinatário da mensagem.
No campo Assunto: digite o assunto da mensagem.

Personalizando como mensagens são enviadas e recebidas


Faça o Thunderbird se comportar do jeito que você quer!
O Thunderbird pode ser configurado de muitas formas
facilmente.
Para modificar a frequência que o Thunderbird verifica se
há novas mensagens, vá atéFerramentas > Account Settings >
Servidor e altere o valor do campo Verificar novas mensagens
a cada... ... minutos.
O conteúdo de uma mensagem que está sendo escrita é
salvo automaticamente a cada 5 minutos, mas você pode
aumentar ou diminuir esse tempo indo até Ferramentas >
Opções > Edição > Geral e alterando o valor do campo Salvar
automaticamente a cada... ...minutos.

Noções de Informática 114


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APOSTILAS OPÇÃO

Escolha seu próprio som de alerta utilizado nas Hotmail: 25 MB


notificações de novas mensagens emFerrramentas > Opções > Gmail: 25 MB
Geral. Yahoo: 25MB
O Thunderbird exibe mensagens não lidas em negrito, Tipos de arquivos geralmente restritos:
trocando o estilo para normal assim que você clica na "ade", "adp", "bat", "chm", "cmd", "com", "cpl", "exe", "hta",
mensagem. Mas o que acontece se você abrir uma mensagem "ins", "isp", "jse", "lib", "mde", "msc", "msp", "mst", "pif", "scr",
e decidir lê-la depois? Navegue até Ferramentas > Opções > "sct", "shb", "sys", "vb", "vbe", "vbs", "vxd", "wsc", "wsf", "wsh"
Avançado > Leitura e exibição e altere o valor do campo Ao Recebendo anexos
exibir por... ...segundos. O indicador de anexos é um clipe de papel. Ele aparecerá
ao lado de qualquer mensagem enviada ou recebida que tenha
ANEXOS um anexo.
Os anexos são arquivos enviados juntamente com uma
mensagem de e-mail. Quase qualquer tipo de arquivo pode ser
enviado por e-mail, incluindo vídeos, músicas, fotos e
documentos. No entanto, algumas restrições são colocadas em visualizando anexos:
anexos, tais como o tamanho e extensões de arquivos Abra a mensagem que contém anexo(s).
permitidos. Um resumo dos anexos aparece na parte inferior da
Como adicionar anexos a uma mensagem mensagem.
Escreva uma nova mensagem. Use o botão Savar para salvar o anexo.
Clique em Anexar. O menu estendido oferece as seguintes opções:
Abrir - Abre o arquivo com o aplicativo padrão associado
ao tipo de arquivo..
Savar como... - Salva o arquivo em um local de sua escolha.
Desanexar - Salva o arquivo em um local de sua escolha
antes de pedir para retirar o arquivo do e-mail.
Apagar - Solicita que apague o anexo do e-mail.

Para manipular todos os anexos associados a uma


mensagem, vá para Mensagem | Anexos e selecione uma das
Encontre o arquivo que deseja anexar. seguintes opções:
Abrir todos...
Salvar todos
Desanexar todos......
Apagar todos..

Questões

01. (TRE-AC – Técnico Judiciário - Área Administrativa


– FCC/Adaptada)
O Correio eletrônico tem como objetivo principal:
(A) Serviço de criação de documentos e geração banco de
dados.
(B) Serviço de gerenciamento de correspondências
eletrônicas e planilhas de Cálculo.
(C) Serviço de endereçamento de sites e geração de Banco
de Dados.
(D) Serviço de gerenciamento de documentos e criação de
Selecione o arquivo desejado e clique em Abrir. planilhas de cálculo.
Repita até que todos os arquivos desejados sejam (E) Serviço de entrega e recebimento de mensagens
adicionados. eletrônicas.
Alternativamente, arraste e solte arquivos do seu desktop,
gerenciador de arquivos e de vários outros aplicativos para o 02. (TRE-SE – Técnico Judiciário - Operação de
canto superior direito da nova mensagem. Computador – FCC/Adaptada)
Restrições de arquivos Em relação ao correio eletrônico:
A maioria dos provedores de e-mail (incluindo Hotmail, (A) a anexação de arquivos somente pode ser feita se suas
Gmail e Yahoo) restringem o tipo e o tamanho dos anexos. extensões forem conhecidas pelo software de correio
Restrições de tipo de arquivo impedem que conteúdo eletrônico.
malicioso seja repassado. Limitações de tamanho evitam que (B) contas de e-mail são configuradas somente pela conta
grandes anexos sejam enviados, amarrando os servidores de "Administrador" do servidor de correio.
correio e os aplicativos cliente.
Restrições quanto ao tamanho do arquivo entre os
provedores de e-mail comuns:

Noções de Informática 115


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APOSTILAS OPÇÃO

(C) desde que convertidos para arquivo com extensão .txt, - Percorrem a Internet. Devido ao volume de informação
os catálogos de endereço podem ser importados por qualquer existente na mesma, cada máquina de busca só consegue
software de correio eletrônico. percorrer uma parte da Internet.
(D) via de regra, os aplicativos de e-mail permitem que o - Mantêm um índice das palavras encontradas nos diversos
próprio usuário configure sua conta de e-mail. site, com a URL dos mesmos e outras informações pertinentes.
(E) em geral, os softwares de e-mail procedem o - Permitem aos usuários procurar por palavras ou
cadastramento automático de cada novo endereço de e-mail combinações encontradas no seu índice.
recebido. Apesar de todas as máquinas de busca cumprirem essas
três tarefas, o que difere umas das outras é o modo como a
Respostas tarefa é executada. É por isso que uma mesma busca em
01. E\02. D máquinas de busca diferentes normalmente produz resultados
diferentes.
FERRAMENTAS DE BUSCA27 A seguir será apresentada uma descrição mais detalhada
de como são executadas as tarefas acima.
A Internet se transformou em um vasto repositório de
informações. Podemos encontrar sites sobre qualquer Percorrendo a Internet
assunto, de futebol a religião. O difícil, porém é conseguir
encontrar a informação certa no momento desejado. Desta Para que uma máquina de busca possa dizer onde um
forma, para auxiliar na busca de conteúdo dentro da Internet documento HTML está, ela deve antes de tudo achar o mesmo.
foram criadas as ferramentas de busca. Para fazer o serviço de “varrer” as páginas da Internet, a
As ferramentas de busca são sites especiais da Web que máquina de busca emprega um tipo especial de agente de
têm por função ajudar as pessoas na busca por informação software, chamado spider ou crawler.
armazenada em outros sites. Elas têm um papel importante Esse tipo de agente tem por função percorrer páginas da
dentro do ambiente da WWW. Mais de um em cada quatro Web obtendo informações relevantes para a formação e
usuários da Internet nos Estados Unidos, algo em torno de 33 expansão do banco de dados interno da máquina de busca
milhões de pessoas, fazem buscas em máquinas de busca em (índice de páginas). Além de percorrer páginas da Web que
um dia típico (Pew). não estejam no banco de dados interno para a expansão deste,
As ferramentas de busca podem ser divididas da seguinte eles periodicamente voltam a páginas antigas para verificar se
forma (UC Berkeley): ainda estão ativas ou ficaram obsoletas.
- Diretórios por assunto. Os pontos de início usuais desse tipo de agente são as
- Máquinas de busca. páginas mais populares da Web. A partir dessas páginas ele vai
- Meta máquinas de busca. percorrendo outras, conforme a estratégia de varredura do
mesmo. Para cada página o agente monta uma lista de palavras
Os diretórios são organizados em hierarquias de assuntos. e outras informações pertinentes. Por exemplo, o agente do
São produzidos de forma manual, e por isto abrangem uma Google (http://www.google.com/) também leva em
parte muito pequena da Web. O mais conhecido dos diretórios consideração a localização da palavra dentro da página como
é o Yahoo! (http://www.yahoo.com.br/) com uma informação relevante.
aproximadamente 2 milhões de páginas categorizadas (UC Apesar de esse processo ser executado em todas as
Berkeley). Esse tipo de ferramenta de busca não será visto máquinas de busca, ele pode variar nos seguintes aspectos:
aqui. - Escopo do agente de busca – Todas as máquinas de busca
A máquina de busca é uma ferramenta onde o usuário cobrem uma parte diferente da Web.
entra com uma ou mais palavras-chave e a máquina retorna - Profundidade do agente – Uma vez entrando em um site,
páginas que tenham palavras que casem com a palavra-chave. cada agente pode ter uma restrição de profundidade diferente.
Diferentemente dos diretórios por assunto, nas máquinas de - Frequência de atualização – O agente retorna ao site para
busca todo o processo é feito de forma automática, o que verificar se houve alguma alteração relevante no mesmo.
possibilita a abrangência de uma parcela muito maior da Web. Apesar de a maioria dos spiders das máquinas de busca
Enquanto um diretório de busca grande como o Yahoo! varrerem somente o documento HTML, que não fornece
(http://www.yahoo.com.br/) tem 2 milhões de páginas da nenhuma descrição formal sobre a que o documento
Web categorizadas, máquinas de busca como o Google realmente diz respeito, algumas dessas máquinas de busca
(http://www.google.com/) conseguem abranger 1.5 bilhões possuem também a capacidade de interpretar meta tags
de páginas da Web (UC Berkeley). (Raggett et al., 1999a) colocadas dentro da página.
Assim como na máquina de busca, na meta máquina de Meta tags permitem ao dono do documento especificar
busca o usuário também entra com uma ou mais palavras- palavras-chave e conceitos com os quais o documento está
chave e a máquina retorna páginas que tenham palavras que relacionado, de maneira que o mesmo seja indexado de forma
casem com a palavra-chave, porém o que difere a máquina de mais eficiente. Isso pode ser útil, especialmente em casos em
busca da meta máquina de busca é como a procura pelas que as palavras no documento podem ter duplo sentido. Com
páginas é feita internamente. Na primeira existe um banco de a utilização dessas tags o dono do documento pode guiar a
dados indexado pelas palavras encontradas nas diversas máquina de busca na escolha de qual dos possíveis
páginas, enquanto na última não existe esse banco de dados, significados é o correto.
sendo utilizadas para a procura outras máquinas de busca. Atualmente a utilização dessas meta tags pode ser
encarada como a única forma de descrição formal dentro da
Máquina de busca genérica página HTML. Apesar de ser uma descrição formal, a
capacidade das meta tags (Raggett et al., 1999a) em
Existe uma gama enorme de máquinas de busca, cada qual representar o conteúdo da página é extremamente pobre em
com sua forma diferente de fazer o serviço de busca, porém comparação com a capacidade da descrição formal de uma
todas executam as seguintes tarefas básicas: ontologia.

27 Fonte: http://www2.dbd.puc-

rio.br/pergamum/tesesabertas/0024134_02_cap_03.pdf

Noções de Informática 116


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APOSTILAS OPÇÃO

Após esse primeiro momento em que os spiders recolhem


informações de um conjunto de páginas, passa-se para um
segundo momento em que essas são organizadas de modo a
facilitar a sua procura.

Mantendo um índice

Uma vez que os spiders retornaram informações sobre as


páginas, a máquina de busca deve armazenar essas
informações de modo a utilizá-las para responder posteriores
perguntas dos usuários. Esse processo chama-se indexação.
Esse processo pode variar de uma máquina de busca para
outra da seguinte forma:
- Características da indexação – Caso a indexação seja feita
de forma automática, ela pode variar em sua sofisticação de
forma a melhorar a precisão da resposta. Documentos podem
ser indexados por frequência de palavras e frases, pode-se
atribuir pesos para as posições onde aparecem as palavras
(por ex.: uma palavra no título da página tem maior peso que Todos os 3 passos acima citados podem ser feitos de forma
uma palavra no texto), ou até por uma análise mais detalhada independente pela máquina de busca, pois enquanto os
do documento (Invention Machine Corp., 2000). A utilização agentes estão recolhendo novas informações na Internet, há
das meta tags supracitadas também podem ser usadas nessa páginas já percorridas sendo indexadas para o banco de dados,
fase. e ao mesmo tempo a máquina de busca está respondendo a
- Velocidade de indexação – O processo de indexação pedidos dos usuários.
consome tempo. Por exemplo, o Altavista
(www.altavista.com.br) demora em média 6 semanas até uma Meta máquina de busca
URL achada pelo spider ser listada em sua base de dados
indexada e, portanto, ser passível de ser encontrada (Müller, Outro tipo de ferramenta de busca na Internet é a meta
1999). máquina de busca. Do ponto de vista do usuário ela tem a
Ao final desse processo teremos uma base de dados mesma interface da máquina de busca convencional, porém
indexada com as informações dos diversos sites percorridos ela difere do modo como a busca é executada dentro da
pelos spiders na Web. ferramenta.
Essa ferramenta não possui qualquer banco de dados
Construindo a busca próprio com Web sites indexados. Para responder uma busca,
ela utiliza diversas máquinas de busca convencionais
Após os passos anteriores, a máquina de busca é capaz de existentes.
receber pedidos de busca. Quando um pedido é requerido, a O funcionamento da meta máquina pode ser dividido em 2
máquina de busca procura no índice entradas que casem com passos principais a serem executados pela mesma:
o pedido de busca e ordena as respostas pelo o que acredita - Enviar a busca do usuário às máquinas de busca
ser mais relevante. convencionais – Uma vez que o usuário entra com o pedido de
A forma de execução dessa tarefa dentro de uma máquina busca, este é enviado para várias máquinas de busca
de busca pode variar nos seguintes aspectos: convencionais. Nesse passo é necessário que sejam feitas
- Flexibilidade de formulação da questão pesquisada – A conversões entre o pedido de busca feito na sintaxe da meta
questão a ser pesquisada pode ser desde uma só palavra a até máquina para a sintaxe da máquina convencional onde será
uma combinação de palavras. Para fazer essa combinação um executada realmente a busca. Por exemplo, se a sintaxe da
ou mais operadores lógicos podem ser utilizados. Entre os meta máquina para E lógico for “+” e de uma máquina
operadores mais utilizados nós temos: AND, OR, NOT, “ ” (as convencional for “AND”, recebendo a busca “futebol + Brasil”
palavras entre “ ” são tratadas como frases que devem estar esta deve ser convertida para “futebol AND Brasil” a fim de ser
presentes no documento). enviada a essa máquina de busca convencional.
- A forma de determinar a relevância das páginas que - Integrar as respostas das diversas máquinas de busca
compõem a resposta ao usuário – Cada máquina utiliza uma convencionais – Após a execução das buscas nas diversas
técnica diferente para descobrir a relevância de cada página máquinas convencionais, a meta máquina precisa integrar as
que casa com a pesquisa requerida. Uma técnica comumente diversas respostas retornadas por estas. Para isso são
utilizada para determinar a relevância do documento é a utilizados conversores específicos para cada resposta
associação de um peso à página devido à frequência / proveniente de uma máquina convencional diferente. Esses
localização da palavra procurada dentro da mesma. Técnicas conversores são também chamados de wrappers.
mais avançadas podem ser utilizadas. Por exemplo, o Google A implementação do wrapper é a principal dificuldade na
(http://www.google.com/) utiliza uma técnica chamada implementação desse tipo de ferramenta. Isso porque para
PageRankTM. Nessa técnica leva-se em consideração na cada uma das máquinas convencionais há um wrapper
formação do peso de relevância de cada página a quantidade diferente. Caso a máquina de busca convencional mude o
de links de outras páginas que apontam para ela. layout HTML de sua resposta, todo o wrapper desta terá que
A figura 8 apresenta um diagrama de uma máquina de ser refeito.
busca genérica. Outro problema que dificulta a implementação dos
conversores é que cada um desses tem que converter a
resposta em uma resposta canônica padrão da meta máquina
de busca para que seja feita a integração das respostas. Como
ele está lidando com um documento HTML que é estruturado
orientado a layout a extração da informação relevante fica
muito vinculada ao layout do HTML da resposta.

Noções de Informática 117


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Apesar de existirem técnicas que diminuem um pouco o e máquina para a execução da tarefa de comparação de preços
problema da implementação dos wrappers (Kushmerick et al., e atributos de produtos que são vendidos pela Web.
1997), esses ainda apresentam grandes dificuldades. Pesquisa realizada por R. B. Doorenbos, O. Etzioni, e D. S.
A figura 9 ilustra o funcionamento de uma meta máquina Weld (Doorenbos et al., 1997) mostra que, através da
de busca genérica. utilização dessa ferramenta, o tempo gasto para realizar a
tarefa de pesquisar o melhor preço de um produto é muito
menor do que através da comparação site a site.
Podemos dividir os shopbot em 3 categorias diferentes
conforme os serviços prestados (Fensel, 2001):
- Agentes de compra passivos que procuram informações
de produtos baseados no pedido explícito do usuário.
Podemos citar como exemplo o Miner
(http://www.miner.com.br) que foi desenvolvido pela UFMG.
- Agentes de compra ativos que tentam antecipar os
desejos do usuário propondo sugestões. Eles procuram por
produtos que podem ser de interesse do usuário tendo por
base um perfil do mesmo.
- Agentes de compra que tentam antecipar os desejos do
usuário não somente levando em consideração o mesmo, mas
também levando em consideração outros usuários.
Para exemplificar o funcionamento de um agente de
compra passivo, considere um shopbot especializado no
domínio de comparação de livros. Nesta ferramenta o usuário
inicia a busca determinando as características do livro que
procura. Diferentemente das máquinas de busca e das meta
máquinas que possuem um campo único e genérico para a
Meta máquina de busca genérica. busca, nos shopbots há um conjunto de campos para indicar as
características específicas do produto. No caso de livro
Um detalhe interessante desse tipo de arquitetura é que há características como título, ISBN, autor e preço são possíveis
um retardo maior na resposta para o usuário do que na busca campos de procura. Após receber o pedido, o shopbot percorre
direta em uma máquina convencional. Isto acontece, pois além um conjunto predefinido de lojas online fazendo o pedido de
de esperar o resultado de várias pesquisas em máquinas de busca do livro com as características requisitadas. Após
busca distintas, ainda há a tarefa de converter e integrar as receber a resposta de cada loja on-line, é feita a integração das
respostas em uma única para o usuário. respostas de cada loja em uma única resposta que é
apresentada ao usuário.
Softbots A figura 10 ilustra o funcionamento do shopbot passivo
acima explicado.
Softbots (robôs de software) são agentes inteligentes que
usam ferramentas de software e serviços como representantes
de pessoas (Etzioni, 1996). Em muitos casos os softbots
utilizam-se das mesmas ferramentas que um usuário humano
pode utilizar, por exemplo, ferramentas para enviar e-mail,
máquinas de busca, etc.
Meta máquinas de busca podem ser vistas como estando
dentro dessa categoria, pois fazem uso de máquinas de busca
como representantes do usuário (ao invés do usuário ter que
ir a cada máquina de busca a meta máquina faz esse serviço
por ele).
Um outro tipo de softbot é o shopbot que será visto logo
abaixo.
Podemos ver pela descrição acima que o agente de compra
Shopbots passivo tem uma arquitetura muito parecida com a meta
máquina de busca, porém algumas diferenças importantes
Shopbot (Fensel, 2001; Doorenbos et al., 1997; Etzioni, existem:
1996), ou agente de compra, é um tipo especial de ferramenta - Enquanto a meta máquina de busca tem como domínio
de busca voltada para pesquisas em um nicho específico da todas as páginas da Web, o shopbot tem como domínio lojas
Web. on-line.
Eles são agentes que buscam em vários vendedores on-line - Enquanto o wrapper da meta máquina de busca tem que
informações sobre preços e outros atributos de bens de converter uma lista de sites retornada por cada uma das
consumo e serviços de forma a facilitar a comparação de máquinas de busca em uma lista canônica padrão, o wrapper
atributos na hora da decisão de compra. Os shopbots têm uma do shopbot tem que converter a descrição de um produto
precisão muito maior que uma máquina de busca genérica, retornada por cada uma das lojas on-line. Como a quantidade
pois estão concentrados em um nicho especifico da Web (lojas e a complexidade semântica dos atributos da descrição de um
virtuais de um determinado produto). produto é maior que a complexidade de uma lista de sites, o
Eles conseguem uma extensa cobertura de produtos em wrapper do shopbot tende a ser mais complexo que o da meta
poucos segundos, cobertura essa muito maior que um máquina de busca.
comprador humano paciente e determinado poderia alcançar, Diferentemente do agente de compra passivo, o agente de
mesmos após horas de busca manual. compra ativo pode buscar por informações de produtos que
Através do uso desse tipo de ferramenta consegue-se podem ser do interesse do seu usuário. Para executar esse tipo
estabelecer uma interface muito mais amigável entre usuário de serviço é necessário que ele tenha o conhecimento sobre as

Noções de Informática 118


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preferências do usuário. A arquitetura mostrada na figura 10 nada tem a ver com a estrutura da informação nela contida, é
também é válida para esse tipo de agente, sendo somente como se o documento não tivesse estrutura.
diferente a capacidade do mediador. O mediador deve ter uma - Dado um documento HTML qualquer, um agente de
implementação mais complexa, porém os wrappers software não tem a menor idéia da semântica da informação
continuam sendo os mesmos. nele contida. Por exemplo, considere que dois documentos
HTML descrevam CDs do Roberto Carlos. Nesses dois
Wrappers e a Web documentos o nome do cantor está descrito de forma diferente
(por ex.: cantor e interprete). Mesmo que o agente consiga de
Os shopbots, assim como todas as ferramentas de busca alguma forma obter a estrutura do documento ele não
que lidam com conversores (wrappers), têm limitações devido conseguirá entender que o termo cantor é exatamente a
às características impostas pelo ambiente Web. Essas mesma coisa que o termo interprete para o contexto de CDs.
limitações têm forte relação com a linguagem HTML, que é a Para poder extrair informação útil de um documento
linguagem utilizada neste ambiente. A figura 11 apresenta HTML, os agentes de software têm que utilizar conversores
como essas ferramentas estão organizadas na Web ( Etzioni, (wrappers) específicos para cada tipo de documento.
1996). As técnicas atuais para extração de informação de
documentos HTML utilizadas pelos wrappers (Kushmerick et
al., 1997) estão fortemente vinculadas ao layout do documento
para obtenção da informação. Qualquer mudança neste layout
exige que a forma de extração tenha que ser revista.
Outro problema cada vez mais enfrentado pelos wrappers
na hora da extração da informação é que nem sempre ela está
em HTML. Apesar de o documento HTML não ter estrutura e
nem informação semântica associadas, através da utilização de
certas heurísticas, como por exemplo, Wrapper Induction
(Kushmerick et al., 1997), é possível conseguir extrair a
estrutura da informação. Se a mesma informação fosse
fornecida através de uma imagem ou som embutido no
documento HTML, a extração desta seria muito mais difícil de
Níveis de organização da informação na Web. ser realizada.
A questão de informações embutidas em imagens era um
Para publicar informação com o fim de ter uma
problema relativamente pequeno no início da Web. Isto
distribuição global, é necessário utilizar uma linguagem
acontecia devido às pequenas taxas de transmissão entre
universal, um tipo de língua mãe que todos os computadores
servidores e usuários existentes na época, que tornava
tem o potencial entender. A língua para publicação de
proibitiva a inclusão de muitas imagens e recurso extras no
documentos usada pela Web é o HTML (Hyper Text Markup
site, pois este perderia capacidade de interatividade com o
Language) (Raggett et al., 1999b).
usuário. Dessa forma poucos eram os sites, e no nosso caso as
O HTML tem as seguintes características principais:
lojas on-line, que utilizavam esse tipo de recurso para passar
- Permite publicação de documentos com título, texto,
informações. A tendência porém é que isso não venha a ser um
tabelas, listas, fotos, etc.
grande impeditivo no futuro devido ao aumento das taxas de
- Recupera informação via links.
transmissão dentre servidor e usuário.
- Permite criação de formulários que possibilitam a
Devido às dificuldades supracitadas para o
realização de transações com serviços remotos. Por exemplo,
desenvolvimento de agentes que utilizam documentos HTML,
possibilita a compra de produtos, busca por informação, etc.
é que devemos utilizar uma outra abordagem para descrever
- Permite incluir video-clips, som, e outras aplicações
informações para serem consumidas por agentes de software.
diretamente nos documentos.
Conforme visto acima dois requisitos são fundamentais:
Um mesmo documento HTML deve poder ser visualizado
- Fornecer informações em um formato estruturado.
igualmente em duas máquinas diferentes, em sistemas
- Fornecer uma descrição formal da semântica da
operacionais diferentes, e em browsers diferentes. A idéia
informação.
central da linguagem HTML é que ela possa ser uma linguagem
Os dois requisitos acima são preenchidos com o uso de
universal.
ontologias.
A HTML foi inventada essencialmente para ser uma
linguagem de apresentação. Documentos escritos em HTML
Questões
foram idealizados para serem interpretados pelos browsers.
Estes têm por função apresentar a informação presente no
01. (PGE-BA – Assistente de Procuradoria – FCC/2013)
documento da forma indicada pelas marcações HTML.
Se um funcionário necessitar fazer uma busca especial usando
Normalmente essa apresentação é feita de forma gráfica.
uma frase exata (ex. "concursos públicos em 2013"), um
O browser sabe somente fazer a apresentação do
idioma específico (ex. "português") e, ainda, que a busca traga
documento. Todas as informações presentes no documento
como resultado somente links de um determinado tipo de
que não sejam marcações HTML não são entendidas pelo
arquivo (ex. "PDF"), ele deve clicar no ícone específico de
mesmo.
opções e, na janela que abrir, deverá escolher
Pelo fato de ser uma linguagem de apresentação, o
(A) Busca configurada.
documento HTML é somente compreensível por seres
(B) Configurações da pesquisa.
humanos, pois a HTML foi desenvolvida para ter estes como
(C) Histórico da internet.
seus principais consumidores.
(D) Ajuda avançada.
Dessa forma, a criação de agentes de software que utilizam
(E) Pesquisa avançada.
informação proveniente desse tipo de documento esbarra em
dois problemas:
- Apesar de a informação contida no documento ter uma
estrutura intrínseca, esta não é utilizada na estruturação do
documento. Dessa forma para um agente de software se todos
os documentos têm uma mesma estrutura e esta estrutura

Noções de Informática 119


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APOSTILAS OPÇÃO

02. (PC-RO – Médico Legista – FUNCAB/2012) Ano: Evolução das Máquinas


2012Banca: Órgão: Prova: É importante entender a evolução da computação para se
ter a contextualização do ambiente que se fala hoje de
São sites que utilizam mecanismos de busca e pesquisa de computação em nuvem. Olhando para a evolução do hardware,
informações na web: desde a primeira geração até a quarta e atual, mostra como nós
(A) shockwave, ask, yahoo e hot bot. chegamos até aqui.
(B) google, yahoo, hot bot e shockwave. A primeira geração é de 1943, quando os computadores
(C) yahoo, ask, hot bot e google. Mark I e Colossus foram desenvolvidos, eles foram construídos
(D) hot bot, shockwave, google e ask. usando circuitos hard-wired e tubos a vácuo ambos usados
(E) ask, google, yahoo e shockwave. durante a guerra.
A segunda geração é de 1946, ocasião em que foi
Gabarito construído o famoso ENIAC. Esse foi o primeiro computador
01. E.\ 02 C reprogramável e capaz de resolver um grande leque de
problemas computacionais. Foi construído com tubos
COMPUTAÇÃO EM NUVEM.28 termiônicos e teve aplicabilidade durante a guerra. Mas o que
marcou a segunda geração foram os computadores com
O que é a nuvem? transistores, o que dominou o final dos anos 50 e início dos 60.
O termo nuvem tem sido usado historicamente como uma Apesar de usarem transistores e circuitos impressos, eles
metáfora para a internet. Seu uso foi originalmente derivado eram caros e pesados.
de sua descrição em diagramas de rede como um A terceira geração foi consagrada pelos circuitos
delineamento de uma nuvem, usados para representar integrados e microchips e foi nesta era que começou a
transportes de dados através backbones de rede até um outro miniaturização dos computadores e eles puderam ser
ponto final do outro lado da nuvem. Esse conceito é datado do portados para pequenos negócios.
início do ano de 1961 quando o Professor John McCarthy A quarta geração é a que estamos vivendo neste momento,
sugeriu que a computação de compartilhamento de tempo que utilizamos um microprocessador que põe a capacidade de
poderia levar a um futuro onde o poder computacional e até processamento computacional em um único chip de circuito
aplicações específicas seriam vendidas através de um modelo integrado.
de negócios utilitário. O hardware, entretanto, é somente parte desse processo
Essa ideia era muito popular no final de década de 60. revolucionário. Dele fazem parte, também, o software, redes e
Entretanto, no meio da década de 70 ela foi abandonada regras/protocolos de comunicação.
quando se tornou claro que as tecnologias da informação da A padronização de um único protocolo para a Internet
época não estavam aptas a sustentar um modelo desses de aumentou significativamente o crescimento de usuários on-
computação futurística. line. Isso motivou muitos tecnólogos a fazerem melhorias nas
Entretanto, com a virada do milênio, esse conceito foi atuais formas de comunicação e criação de outras em alguns
revitalizado e foi neste momento de revitalização que a casos. Hoje falamos de IPv6 a fim de mitigarmos preocupações
computação em nuvem começou a emergir nos círculos de de endereçamento na rede e incrementar o uso da
tecnologia. comunicação na internet. Com o tempo, foi-se abstraindo os
conceitos e criou-se uma interface comum de acesso à Internet
O surgimento da computação em nuvem. que se usou de facilidade de hardware e software: o uso de web
Computação utilitária pode ser definida como o browser.
provisionamento de recursos computacionais e de
armazenamento como um serviço que pode ser medido, Com isso, começava a popularização do uso da rede e a
similar àqueles providos pelas empresas de públicas que disseminação em massa de conhecimentos para a
prestam esses tipos de serviços. E é claro que isso não é uma humanidade, mesmo que de forma não intencional era o
nova idéia nem mesmo algo com um nível alto de inovação ou começo da “migração” do modelo tradicional para um modelo
outro mesmo quebra de paradigma. Esse conceito novo de de nuvem. O uso de tecnologias como virtualização de
computação tem crescido e ganhado popularidade, tanto que servidores, processamento de vetores, multiprocessamento
empresas têm estendido o modelo de computação em nuvem simétrico e processamento paralelo massivo impulsionaram
provendo servidores virtuais em que departamentos de TI e ainda mais a mudança.
usuários podem requerer acesso sob demanda.
Algumas empresas que estão entrando agora no ramo da Definição de Cloud Computing
computação utilitária usam principalmente para necessidades Cloud computing é um modelo que habilita de forma
não críticas; mas isso está mudando rapidamente, já que simplificada o acesso on-demand a uma rede, a qual possui um
questões de segurança e confiabilidade estão sendo resolvidas. pool de recursos computacionais configuráveis (por exemplo,
Algumas pessoas pensam que computação em nuvem é o redes, servidores, storages, aplicações e serviços) que podem
próximo grande boom do mundo de TI. Outros acreditam que ser rapidamente provisionados, configurados e liberados com
é somente outra variação de computação utilitária que foi um esforço de gerenciamento mínimo e automatizado. Esse
repaginada na década passada como uma nova tendência. modelo de cloud provê alta disponibilidade e é composto de
Entretanto, não é somente a buzzword “computação em cinco características essenciais, três modelos de serviços e
nuvem” que está causando confusão entre as massas. quatro modelos de implantação.
Atualmente, com poucos players de mercado praticando esta 5. Características Essenciais
forma de tecnologia e mesmo analistas de diferentes On-demand self-service: um consumidor pode
companhias definindo o termo diferentemente, o significado unilateralmente provisionar recursos computacionais, como
do termo tem se tornado nebuloso. servidor dns ou storage, de acordo com sua necessidade, sem
a obrigatoriedade de interação humana com o provedor de
serviço.

28 Fonte: http://www4.serpro.gov.br/wcge2010/artigos/Artigo-
Fundamentos%20de%20Computacao%20Nuvem%20para%20Governos.pdf –
Fundamentos de Computação Nuvem para Governos – Adriano Matins

Noções de Informática 120


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APOSTILAS OPÇÃO

Acesso a rede: acesso a rede permitida por diferentes Infraestructure as a Service – IaaS (Infraestrutura
mecanismos e heterogeneidade de plataformas clientes: como serviço)
Mobiles, laptops e Pdas. Característica provida para o cliente que provisiona,
Pool de Recursos: os recursos computacionais de um processamento, storage, rede e outros recursos
provedor são agrupados, a fim de servirem múltiplos computacionais fudamentais onde o cliente está apto a
consumidores num modelo multiuso, com recursos físicos e implantar e rodar qualquer software, o que pode incluir
virtuais diferentes, provisionados e reprovisionados de acordo sistemas operacionais e aplicações. O cliente não gerencia ou
com a demanda do cliente. Há um senso de localização controla os recursos por trás dessa infraestrutura; contudo,
independente; o cliente não sabe exatamente onde estão tem controle sobre o sistema operacional, storage, aplicações
localizados os recursos aprovisionados e nem tem o controle e e possibilidade de controle limitada a alguns tipos de
conhecimento desse local. Os recursos normalmente são: componentes de rede como, por exemplo, firewall.
processador, memória, banda de rede e máquinas virtuais. IaaS oferece recursos computacionais como
Rápida elasticidade: capacidade de rapidamente e processamento ou armazenamento, os quais podem ser
elasticamente provisionar recursos, e em alguns casos obtidos como se fossem um serviço. Exemplos são a Amazon
automaticamente, para rapidamente aumentar os seus Web Services com seu Elastic Compute Cloud (EC2) para
recursos e logo após o término voltar ao estado inicial. Para o processamento e Simple Storage Service (S3) para
usuário final, esta capacidade de crescer e provisionar mais armazenamento e Joyent o qual provê uma infraestrutura sob
recursos parece ser ilimitada e pode ser conseguida em demanda escalável para rodar web sites aplicações web de
qualquer quantidade e a qualquer tempo. interface ricas. Provedores de PaaS and SaaS podem recorrer
Serviço mensurado: automaticamente, sistemas em cloud a ofertas de IaaS baseadas em interfaces padronizadas.
controlam e otimizam recursos levando em conta a capacidade Ao invés de vender infraestrutura de hardware,
de medir em algum nível de abstração apropriado pelo cada provedores de IaaS oferecem infraestrutura virtualizada como
tipo de serviço (p.ex: storage, processamento, banda de rede e um serviço.
usuários ativos). Recursos usados podem ser monitorados, Foster et al (2008) denomina o nível de hardware puro,
controlados e reportados com transparência, tanto para o como computação, armazenamento e recursos de rede como
provedor quanto o consumidos dos serviços usados. camada de fábrica. Virtualizando, recursos de hardware que
são abstraídos e encapsulados e conseqüentemente ser
Modelos de serviços expostos à próxima camada e aos usuários finais através da
A Computação em Nuvem está ligada a três áreas da TI: padronização de interfaces como recursos unificados na forma
infraestrutura, plataforma e software. O que muitas vezes de IaaS.
pode ser referenciado como formas, segmentos, estilos, tipos,
níveis ou camadas de computação em nuvem.
Ao invés de se falar em diferentes funcionalidades
providas, é melhor pensar em diferentes camadas, porque
infraestrutura, plataforma e software logicamente construídas
e subsequentemente interligados dão um caráter mais
arquitetural e de integração entre os níveis.
Como a entrega dos recursos de TI ou capacidades como
um serviço é uma característica importante de Cloud
Computing, as três camadas de arquitetura de Cloud
Arquitetura de nuvem relacionada com os Serviços de Nuvem
Computing são:
1. Infraestrutura como serviço (IaaS);
Já antes do advento da computação em nuvem, a
2. Plataforma como Serviço (PaaS);
infraestrutura já tinha sido colocada à disposição como um
3. Software como Serviço (SaaS).
serviço por um bom tempo. Ela era referenciada como
computação utilitária, o que é usada por muitos para denotar
a camada de infraestrutura de computação em nuvem.
Entretanto, comparada aos recentes modelos de
computação utilitária, IaaS denota sua evolução em direção ao
suporte integrado dos três layers (IaaS, PaaS e SaaS) na nuvem.
Para as recentes ofertas de mercado de computação
utilitária, ficou claro que para seus provedores terem sucesso,
eles precisarão fornecer uma interface fácil de acessar,
entender, programar e usar, como, por exemplo, uma API que
habilita a fácil integração com a infraestrutura de clientes
potenciais e desenvolvedores de aplicações SaaS. Os centros
de dados de provedores de computação utilitária serão
utilizados suficientemente somente se tiverem abaixo de si
massas críticas de dados de clientes e provedores de SaaS.
Como uma conseqüência de requisitos para o fácil e
abstrato acesso à camada física da nuvem, virtualização da
camada física e plataformas programáveis para
desenvolvedores emergem como principais características das
nuvens.

Platform as a Service – PaaS (Plataforma como serviço)


Característica provida pela nuvem que possibilita ao
usuário portar dentro da nuvem aplicações produzidas pelo
As três camadas de computação em nuvem: SaaS, PaaS, and IaaS cliente ou de terceiros, usando linguagens de programação e
ferramentas suportadas pela nuvem. O cliente não gerencia ou
mesmo controla os ativos que compõem essa infraestrutura;

Noções de Informática 121


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APOSTILAS OPÇÃO

entretanto, tem controle sobre a aplicação implantada dentro Nuvem Pública: a infraestrutura de cloud está disponível
da nuvem e configurações de ambiente dentro da mesma. para o público geral ou um grupo de indústrias, ou é de
Plataformas são camadas de abstração entre aplicações de propriedade de uma organização que vende os serviços da
software (SaaS) e a infraestrutura virtualizada. As ofertas de nuvem.
PaaS são alvo dos desenvolvedores de software que podem Nuvem Híbrida: a infraestrutura de cloud é composição de
escrever suas aplicações de acordo com as especificações de uma ou mais nuvens (privada, comunitária ou pública) que se
uma plataforma em particular sem a necessidade de se mantêm como entidades únicas; entretanto, são ligadas pela
preocuparem com a camada subjacente de infraestrutura de padronização ou propriedade tecnológica, que permite
hardware. (IaaS). portabilidade de aplicações e de dados.
Os desenvolvedores fazem o upload de seus códigos para a
plataforma, o que deve aumentar o alerta pela monitoração e Implicações para TI
gerenciamento automático quando o uso da aplicação cresce. Com este novo modelo, muitas implicações para uma
As funcionalidades providas pelo PaaS podem cobrir todas as empresa de TI podem surgir. Tais implicações derivam desta
fases de desenvolvimento de software ou talvez especializada nova maneira de comunicação e estão direcionando mudanças
em uma dada área como o gerenciamento de conteúdo na interatividade dos negócios. Hoje, os negócios precisam de
A camada PaaS da nuvem tem como base a padronização respostas na velocidade da internet com novos serviços,
de interface da camada IaaS que virtualiza o acesso a recursos funcionalidades diferentes e a quase obrigatoriedade de estar
disponíveis, provê interfaces padronizadas e plataforma de à frente de seu tempo e principalmente dos concorrentes.
desenvolvimento para a camada SaaS. Apesar disso, muitas corporações ainda não estão aptas a
responder nesta velocidade e possuem o modelo tradicional
Software as a Service – SaaS (Software como serviço) de aquisições para compras de ativos de infraestrutura, o que
Serviço disponibilizado aos clientes que permite o uso de lhes traz implicações negativas e compromete a agilidade de
aplicações no provedor que rodam dentro da infraestrutura de provisionamento. Muitas vezes, o equipamento está
nuvem. As aplicações estão acessíveis a qualquer cliente disponível; entretanto, há um processo burocrático de
através de vários tipos de dispositivos, como uma interface preparação e disponibilidade para uso; os recursos precisam
web. O consumidor não gerencia ou controla o que há por estar prontos para uso com o aval técnico positivo. O que
baixo da infraestrutura como rede, servidores, sistemas acontece é que se tem muitos processos que envolvem pessoal
operacionais, storage ou até mesmo algumas aplicações do storage, rede, segurança e algumas outras facilidades.
específicas. Normalmente essas dificuldades estão relacionadas a:
SaaS é software de um provedor que é possuído, Planejamento de Capacidade: Para a maioria das
entregável e gerenciável por este de forma remota e negociado organizações, não existe um planejamento de capacidade
de forma pay-per-use. SaaS é a camada mais visível em cloud consistente, com planos de provisionamento de dados,
computing para usuários finais, porque são as aplicações de serviços onde deve-se por tal equipamento ou mesmo como
software que são acessadas e usadas será o crescimento de tal aplicação. Isso é um impeditivo
Da perspectiva dos usuários, obter um software como grande para implantação de um modelo baseado em cloud
serviço é mais motivador pelas vantagens de custo ao modelo computing.
de pagamento baseado em utilitário. Equilíbrio das forças que o mercado demanda versus a
Os usuários mais comuns do SaaS normalmente não têm utilização de ativos: A TI deve estar em sinergia em controlar
conhecimento nem controle sobre a camada abaixo, seja ela a seus gastos e ser responsável pelo negócio. A assertiva de que
imediatamente abaixo à plataforma como serviço ou os mais um servidor resolve o problema não colabora para o
hardwares da infraestrutura como serviço. Entretanto, essas processo de construção desse novo modelo.
camadas abaixo são de grande relevância para o provedor de A empresa sempre quer algo rápido e consistente. O
SaaS, porque elas são a base da infraestrutura, podendo ser pessoal da área de negócio sempre vem com demandas para a
vendidas e terceirizadas. área de TI que não têm orçamento aprovado, esperando que a
Como exemplo típico, cita-se que uma aplicação pode ser TI consiga dar um jeito de produzir de qualquer maneira. As
desenvolvida em uma plataforma qualquer e rodar em questões relacionadas com segurança da informação são um
infraestrutura de terceiros. Ter-se uma plataforma e elo que deve ser bem fortalecido, principalmente por se tratar
infraestrutura como serviço é um atrativo para os provedores de uma nova área de negócio e tecnologia que tem muitos
de SaaS, pois pode aliviá-los de pesadas licenças de software e processos e lacunas não preenchidas, sendo passíveis de
custos de investimentos em infraestrutura, além da construções muitas vezes não muitos sólidas e prejudiciais à
flexibilidade. Isso também possibilita a corporação a focar em empresa, exigindo cautela nos detalhes de serviços que serão
suas competências principais, que estão intimamente prestados e nas transações executadas.
relacionadas ao negócio da empresa. Outras implicações é que empresas dispostas a entrar
De acordo com os analistas de mercado, o crescimento pela nesse nicho e modificar a forma de orientação dentro do seu
inserção dentro do modelo de SaaS pelas empresas e a alta data center devem estar atentas à infraestrutura de TI, que
pressão de reduzir custos de TI são os maiores drivers pela alta deverá maximizar o gerenciamento e eficiência. E se gerenciar
demanda e crescimento do SaaS, também pelo crescimento uma quantidade em massa de um data center não é uma das
por Cloud Computing nos próximos anos. competências principais da empresa, ela deve delegar isso a
uma empresa que:
Modelos de Nuvens Tem superioridade Econômica: Os grandes provedores de
Nuvem Privada: a infraestrutura de cloud é operada por aplicações e serviços de TI, que compram tantos servidores,
uma organização e pode ser gerida pela própria organização storages e outros muitos equipamentos de data center e que
ou por empresa terceira. têm um enorme poder de negociação quando se fala de preço
Nuvem comunitária: a infraestrutura de cloud é de hardware, licença de software e contratos de suporte.
compartilhada por algumas organizações e abrange uma Melhores Práticas: As maiores corporações têm investido
comunidade específica que tem os mesmo valores. (missão, não apenas em melhores processos, mas também investiram
requisitos de segurança, políticas e considerações de na construção de ferramentas de gerenciamento e
conformidade). Pode ser administrada pelas organizações ou administração que permitem a elas espalhar aplicações
por empresa terceira. através de milhares de servidores de forma rápida.

Noções de Informática 122


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APOSTILAS OPÇÃO

Expertise em gerenciamento de capacidade dinâmica: Para níveis: software, hardware e middleware de forma global e
grandes empresas, a produtividade de seus ativos é esquecer a maneira transacional de integrar partições,
fundamental, assim como o custo de seus serviços é sistemas em clustering, grids, barramentos e outros. O data
diretamente proporcional às despesas correntes do centro de center será um objeto atômico, não divisível para o mundo
dados. Quanto maior a produtividade que se pode tirar de cada externo.
metro quadrado de espaço, maior é a rentabilidade de um
serviço. Por isso, é necessário uma monitoração de perto do Modelos Tecnológicos
consumo de recursos por cada aplicação dentro da Alguns modelos tecnológicos devem ser padronizados
infraestrutura disponibilizada. para começo de construção de uma estrutura em nuvem. Os
principais serão destacados nas subseções seguintes.
Forças de influência
Quando se olha para um data center contemporâneo e Modelo de Arquitetura
moderno, não há como negar que eles são muito diferentes dos Neste modelo, deve ser definido de que forma será a
data centers dos de 10 ou 5 anos atrás. Certamente muitos o integração entre as aplicações, serviços e outras nuvens
hardware existentes são de diferentes fabricantes, muitos têm externas. Deve-se mapear e fazer o projeto da infraestrutura
heterogeneidade de servidores, como plataformas baixas e comoditizada de hardware e software com definições macros
mainframes e aplicações. Nesta diversidade, provavelmente de software e container dos softwares virtualizadores. Nesse
algum nível de organização deve-se ter notado ao longo do momento, também terá que materializar a questão da
tempo. Entretanto, essa organização, para muitas empresas, é disponibilidade e performance da solução através da topologia
sinônimo de caos, pois somente alguns profissionais têm o de rede e ligação dos servidores, questões de segurança como
modus operandi em mente, e não é suficientemente políticas de dados dentro e fora do ambiente produtivo. Enfim,
sustentável para um data center dentro do paradigma de cloud este modelo será um arcabouço da solução com várias
computing. definições alto nível desde políticas escritas até garantia de
Algumas forças sustentam esse novo conceito e são elas segurança dos dados.
que vão diferenciar a tradicional maneira de hosting do novo
modelo preconizado dentro de cloud: Modelo de Grid Computing
Comoditização: É lamentável que para muitos o termo Computação em grade (do inglês Grid Computing) é um
commodity tenha uma conotação diferente; ela é a evolução de modelo computacional capaz de alcançar uma alta taxa de
produtos feitos a mão, um sinal de avanço de produção e processamento, dividindo as tarefas entre diversas máquinas,
existência de mercados com liquidez – para encurtar, podendo ser em rede local ou rede de longa distância, que
progresso econômico. Comoditização depende de uma vasta formam uma máquina virtual. Esses processos podem ser
rede integrada de infraestrutura de compradores, executados no momento em que as máquinas não estão sendo
distribuidores, fornecedores e montadores. Quando se vê uma utilizadas pelo usuário, assim evitando o desperdício de
commodity, pode-se ver por trás uma rede complexa para processamento da máquina utilizada.
sustentar a produção, o que inclui produzi-la, distribuí-la, Nos anos 90, uma nova infraestrutura de computação
apoiá-la e entregá-la. O processo de comoditização em um distribuída foi proposta, visando auxiliar atividades de
mercado maduro gradualmente leva o foco da competição pesquisa e desenvolvimento científico. Vários modelos desta
entre organizações da funcionalidade para a qualidade, infraestrutura foram especificados; dentre eles, a Tecnologia
serviços complementares e, por último, o preço. em Grade, em analogia às redes elétricas (“power grids”) se
Fazendo um paralelo com o data center dentro do modelo propõe a apresentar-se ao usuário como um computador
de cloud computing, pode-se entender que ele será a rede e as virtual, mascarando toda a infraestrutura distribuída, assim
demandas estão atreladas à sua atomicidade. Para o mundo como a rede elétrica para uma pessoa que utiliza uma tomada,
externo, ele é uma única manufatura que possibilitará com sem saber como a energia chega a ela. Seu objetivo era casar
transparência a execução de uma tarefa para produzir algum tecnologias heterogêneas (e muitas vezes geograficamente
produto ou serviço através da padronização especializada por dispersas), formando um sistema robusto, dinâmico e
função. escalável, onde se pudesse compartilhar processamento,
Virtualização: Em computação, virtualização é um termo espaço de armazenamento, dados, aplicações, dispositivos,
genérico utilizado para se referir à abstração dos recursos do entre outros.
computador. Uma definição seria: uma técnica para mascarar Pesquisadores da área acreditam que a tecnologia de
as características físicas dos recursos do computador de forma grades computacionais seja a evolução dos sistemas
que outros sistemas, aplicações ou usuários finais possam computacionais atuais, não sendo apenas um fenômeno
interagir com tais recursos. Atrelado a esse conceito pode-se tecnológico, mas também social, pois, num futuro próximo,
quebrar em mais duas forças: Miniaturização e Massificação. A reuniria recursos e pessoas de várias localidades, com várias
primeira permite que em um servidor possa ter inúmeros atividades diferentes, numa mesma infraestrutura,
sistemas operacionais virtualizados e massificados, ou seja, possibilitando sua interação de uma forma antes impossível.
em várias outros equipamentos, referente ao segundo termo.
Portanto, o grau de abstração de uma solução de cloud Modelo de Cluster
computing depende também de quanto seu ambiente está Um cluster é formado por um conjunto de computadores,
virtualizado. que utiliza um tipo especial de sistema operacional
Independência de Aplicações e Sistemas Operacionais: A classificado como sistema distribuído. Muitas vezes é
arquitetura que o ambiente de cloud provê hoje tem que estar construído a partir de computadores convencionais (personal
habilitada para aceitar qualquer tipo de aplicação que o cliente computers), os quais são ligados em rede e comunicam-se
deseja hospedar, já que ele não precisará acessar diretamente através do sistema, trabalhando como se fossem uma única
o hardware ou outros elementos internos da estrutura. máquina de grande porte. Há diversos tipos de cluster. Um tipo
Liberdade de instalação de software ou hardware: famoso é o cluster da classe Beowulf, constituído por diversos
Provisionamento tem que ser automático e sem burocracia. nós escravos gerenciados por um só computador.
Não existe o processo de área e transações que é aplicado no Quando se fala de cluster de um HD (Hard Disk), refere-se
modelo tradicional vigente nas empresas. ao cruzamento de uma trilha com um setor formatado. Um
Integração: Integração é fundamental nessa nova HDD (hard disk drive) possui vários clusters que serão usados
abordagem, pois terá a necessidade de integrar nos vários para armazenar dados de um determinado arquivo. Com essa

Noções de Informática 123


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APOSTILAS OPÇÃO

divisão em trilhas e setores, é possível criar um nuvem torna-se inviável para as massas acessarem os serviços
endereçamento que visa facilitar o acesso a dados não com a qualidade desejada.
contíguos, assim como o endereçamento de uma planilha de Além disso, padrões técnicos são necessários para que se
cálculos. tenha todo o arcabouço de computação em nuvem
Existem vários tipos de cluster; no entanto, há alguns que funcionando. Entretanto, eles não estão totalmente definidos,
são mais conhecidos, os quais são descritos a seguir: publicamente revistos ou ratificados por um órgão de
Cluster de Alto Desempenho: Também conhecido como supervisão. Não existe essa padronização nem da academia
cluster de alta performance, ele funciona permitindo que nem do mercado. Até mesmo consórcios formados por
ocorra uma grande carga de processamento com um volume grandes corporações necessitam transpor esses tipos de
alto de gigaflops em computadores comuns e utilizando obstáculos e terem uma solução factível para que possam
sistema operacional gratuito, o que diminui seu custo. evoluir e gerar novos produtos que contribuam de alguma
Cluster de Alta Disponibilidade: São clusters cujos forma para a nuvem, sem essa definição precisa, ainda espera-
sistemas conseguem permanecer ativos por um longo período se entregas em ritmo não tão acelerado.
de tempo e em plena condição de uso; sendo assim, pode-se Ao lado desses desafios discutidos anteriormente, a
dizer que eles nunca param seu funcionamento. Além disso, confiabilidade da computação em nuvem tem sido um ponto
conseguem detectar erros se protegendo de possíveis falhas. controverso nos encontros de tecnologia pelo mundo afora.
Cluster para Balanceamento de Carga: Esse tipo de cluster Dada a disponibilidade pública do ambiente de nuvem,
tem como função controlar a distribuição equilibrada do problemas que ocorrem na nuvem tendem a receber muita
processamento. Requer um monitoramento constante na sua exposição pública; por isso, gerência e monitoração desse
comunicação e em seus mecanismos de redundância, pois, se ambiente de TI são essenciais.
ocorrer alguma falha, haverá uma interrupção no seu Em outubro de 2008, o Google publicou um artigo online
funcionamento. que discute as lições aprendidas no armazenamento de
milhões de clientes corporativos no modelo de computação em
Modelo de Armazenamento nuvem.
A abstração usada para armazenar dados em sistemas A métrica de disponibilidade do Google foi a média de
computacionais é o arquivo. Para que esses arquivos sejam uptime por usuário baseado nas taxas de erro do lado do
acessados, modificados e que sejam criados outros arquivos, é servidor. Eles acreditavam que essa métrica de confiabilidade
necessária uma estrutura que permita tais operações. Essa permitia uma verdadeira comparação com outras soluções. As
estrutura recebe o nome de sistema de arquivos. medidas eram feitas para todas as requisições ao servidor para
A motivação básica dos sistemas distribuídos é o cada usuário, a cada momento do dia, onde até mesmo um
compartilhamento de recursos e, no âmbito dos sistemas de pequeno milissegundo de delay era registrado. O Google
arquivos, o recurso a ser compartilhado são os dados sob a analisou os dados coletados do ano anterior e descobriu que
forma de arquivos. sua aplicação Gmail está disponível mais de 99,9% do tempo.
Um Sistema de arquivos distribuído, ou SAD, é um sistema E alguém pode perguntar como 99,9% de métrica de
de arquivos no qual os arquivos nele armazenados estão confiabilidade pode se comparar ao modelo convencional
espalhados em hardwares diferentes, interconectados através usado para email das corporações. De acordo com uma
de uma rede. Eles têm vários aspectos semelhantes aos dos pesquisa da empresa Radicati Group, companhias com
sistemas de arquivos centralizados, além de operações de soluções de email convencionais têm normalmente de 30 a 60
manipulação de arquivos, preocupações com redundância, minutos de parada não programada e mais de 36 a 90 minutos
consistência, dentre outros atributos desejados de um sistema de parada programada por mês, comparados aos 10 a 15
de arquivos. minutos do gmail. Baseado nessas análises o Gmail é duas
O SAD deve prover transparência nos seguintes contextos: vezes mais confiável que a solução GroupWise da Novell e
- De acesso: aplicações que acessam os arquivos do SAD quatro vezes mais confiável que a solução da Microsoft, o
não devem estar cientes da localização física deles. Exchange, e ambas soluções requerem uma infraestrutura
- De localização: todas as aplicações devem ter sempre a montada específica para suas soluções de email, centralizada e
mesma visão do espaço de arquivos. com regras próprias de ambientes.
- De mobilidade: com a movimentação dos arquivos, nem Baseado nesses dados, Google estava suficientemente
programas do cliente e nem tabelas de administração confiante para anunciar publicamente em outubro de 2008
precisam ser modificadas, de modo a refletir essa que 99,9% de nível de serviço oferecido aos clientes
movimentação. empresariais Premier também se estenderiam ao Google
- De desempenho: programas clientes devem executar Calendar, Google Docs, Google Sites e Google Talk. Como
satisfatoriamente, independente de variação de carga do milhões de negócios usam as Apps Google, ele fez uma série de
serviço de arquivos. compromissos para aperfeiçoar a comunicação com seus
- De escalabilidade: o serviço pode ser expandido por clientes durante qualquer interrupção e fazer com que todas
crescimento horizontal, e não vertical, de modo a se adequar à as questões estejam visíveis e transparentes através de grupos
carga demandada e à capacidade da rede disponível. abertos.
Uma vez que o próprio Google roda suas aplicações dentro
Desafios para a nuvem das plataformas Apps Google, o compromisso que eles fizeram
Os maiores desafios para as empresas serão o tem sustentabilidade, pois as usam em suas operações do dia
armazenamento de dados seguro, acesso rápido à internet e a dia. O Google lidera a indústria na evolução do modelo de
padronização. Armazenar grandes volumes de dados está computação em nuvem para se tornar uma parte do que está
diretamente relacionado à privacidade, identidade, sendo chamado de Web 3.0, a próxima geração de Internet.
preferências de aplicações centralizadas em locais específicos,
levanta muitas preocupações sobre a proteção dos dados.
Essas preocupações são pertinentes ao framework legal que
deve ser implementado para um ambiente de computação em
nuvem.
Outra preocupação é a banda larga. Computação em
nuvem é impraticável sem uma conexão de alta velocidade,
caso tenha-se problema de alta velocidade, a computação em

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de atributos, que podem variar de acordo com o sistema de


Conceitos de organização e arquivos utilizado. Os atributos mais usuais são:
de gerenciamento de
informações, arquivos, pastas
e programas.

GERENCIAMENTO DE ARQUIVOS E PASTAS.

Representação e armazenamento de informação.


Organização lógica e física de arquivos. Métodos de acesso.29
Um arquivo é um item que contém informações, por
exemplo, texto, imagens ou música. Quando aberto, um
Figura 1: Arquivos organizados em diretórios dentro de um dispositivo.
arquivo pode ser muito parecido com um documento de texto
ou com uma imagem que você poderia encontrar na mesa de
Nome: string de caracteres que identifica o arquivo para o
alguém ou em um arquivo convencional Em seu computador,
usuário, como “foto1.jpg”, “relatório.pdf”, “hello.c”, etc.;
os arquivos são representados por ícones; isso facilita o
Tipo: indicação do formato dos dados contidos no arquivo,
reconhecimento de um tipo de arquivo bastando olhar para o
como áudio, vídeo, imagem, texto, etc. Muitos sistemas
respectivo ícone.
operacionais usam parte do nome do arquivo para identificar
o tipo de seu conteúdo, na forma de uma extensão: “.doc”,
Arquivos
“.jpg”, “.mp3”, etc.;
Tamanho: indicação do tamanho do conteúdo do arquivo,
Desde os primórdios da computação, percebeu-se a
em bytes ou registros;
necessidade de armazenar informações para uso posterior,
Datas: para fins de gerência, é importante manter as datas
como programas e dados. Hoje, parte importante do uso de um
mais importantes relacionadas ao arquivo, como suas datas de
computador consiste em recuperar e apresentar informações
criação, de último acesso e de última modificação do conteúdo;
previamente armazenadas, como documentos, fotografias,
Proprietário: em sistemas multiusuários, cada arquivo tem
músicas e vídeos. O próprio sistema operacional também
um proprietário, que deve estar corretamente identificado;
precisa manter informações armazenadas para uso posterior,
Permissões de acesso: indicam que usuários têm acesso
como programas, bibliotecas e configurações. Geralmente
àquele arquivo e que formas de acesso são permitidas (leitura,
essas informações devem ser armazenadas em um dispositivo
escrita, remoção, etc.);
não-volátil, que preserve seu conteúdo mesmo quando o
Localização: indicação do dispositivo físico onde o arquivo
computador estiver desligado. Para simplificar o
se encontra e da posição do arquivo dentro do mesmo;
armazenamento e busca de informações, surgiu o conceito de
Outros atributos: vários outros atributos podem ser
arquivo, que será discutido a seguir.
associados a um arquivo, por exemplo para indicar se é um
arquivo de sistema, se está visível aos usuários, se tem
O conceito de arquivo
conteúdo binário ou textual, etc. Cada sistema de arquivos
Um arquivo é basicamente um conjunto de dados
normalmente define seus próprios atributos específicos, além
armazenados em um dispositivo físico não-volátil, com um
dos atributos usuais.
nome ou outra referência que permita sua localização
Nem sempre os atributos oferecidos por um sistema de
posterior. Do ponto de vista do usuário e das aplicações, o
arquivos são suficientes para exprimir todas as informações a
arquivo é a unidade básica de armazenamento de informação
respeito de um arquivo. Nesse caso, a “solução” encontrada
em um dispositivo não-volátil, pois para eles não há forma
pelos usuários é usar o nome do arquivo para exprimir a
mais simples de armazenamento persistente de dados.
informação desejada. Por exemplo, em muitos sistemas a parte
Arquivos são extremamente versáteis em conteúdo e
final do nome do arquivo (sua extensão) é usada para
capacidade: podem conter desde um texto ASCII com alguns
identificar o formato de seu conteúdo. Outra situação
bytes até sequências de vídeo com dezenas de gigabytes, ou
frequente é usar parte do nome do arquivo para identificar
mesmo mais.
diferentes versões do mesmo conteúdo: relat-v1.txt, relat-
Como um dispositivo de armazenamento pode conter
v2.txt, etc.
milhões de arquivos, estes são organizados em estruturas
hierárquicas denominadas diretórios (conforme ilustrado na
Operações
Figura 1 e discutido mais detalhadamente na Seção 3.1). A
As aplicações e o sistema operacional usam arquivos para
organização física e lógica dos arquivos e diretórios dentro de
armazenar e recuperar dados. O uso dos arquivos é feito
um dispositivo é denominada sistema de arquivos. Um sistema
através de um conjunto de operações, geralmente
de arquivos pode ser visto como uma imensa estrutura de
implementadas sob a forma de chamadas de sistema e funções
dados armazenada de forma persistente em um dispositivo
de bibliotecas. As operações básicas envolvendo arquivos são:
físico. Existe um grande número de sistemas de arquivos,
Criar: a criação de um novo arquivo implica em alocar
dentre os quais podem ser citados o NTFS (nos sistemas
espaço para ele no dispositivo de armazenamento e definir
Windows), Ext2/Ext3/Ext4 (Linux), HPFS (MacOS), FFS
seus atributos (nome, localização, proprietário, permissões de
(Solaris) e FAT (usado em pendrives USB, máquinas
acesso, etc.);
fotográficas digitais e leitores MP3). A organização dos
Abrir: antes que uma aplicação possa ler ou escrever dados
sistemas de arquivos será discutida na Seção 4.
em um arquivo, ela deve solicitar ao sistema operacional a
“abertura” desse arquivo. O sistema irá então verificar se o
Atributos
arquivo existe, verificar se as permissões associadas ao
Conforme apresentado, um arquivo é uma unidade de
arquivo permitem aquele acesso, localizar seu conteúdo no
armazenamento de informações que podem ser dados, código
dispositivo de armazenamento e criar uma referência para ele
executável, etc. Cada arquivo é caracterizado por um conjunto
na memória da aplicação;

29 Fonte: http://dainf.ct.utfpr.edu.br/~maziero/lib/exe/fetch.php/

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Ler: permite transferir dados presentes no arquivo para Nos sistemas operacionais cujo núcleo não suporta
uma área de memória da aplicação; arquivos estruturados como registros, essa funcionalidade
Escrever: permite transferir dados na memória da pode ser facilmente obtida através de bibliotecas específicas
aplicação para o arquivo no dispositivo físico; os novos dados ou do suporte de execução de algumas linguagens de
podem ser adicionados no final do arquivo ou sobrescrever programação. Por exemplo, a biblioteca Berkeley DB
dados já existentes; disponível em plataformas UNIX oferece suporte à indexação
Mudar atributos: para modificar outras características do de registros sobre arquivos UNIX convencionais.
arquivo, como nome, localização, proprietário, permissões,
etc. Arquivos de texto
Fechar: ao concluir o uso do arquivo, a aplicação deve Um tipo de arquivo de uso muito frequente é o arquivo de
informar ao sistema operacional que o mesmo não é mais texto puro (ou plain text). Esse tipo de arquivo é muito usado
necessário, a fim de liberar as estruturas de gerência do para armazenar informações textuais simples, como códigos-
arquivo na memória do núcleo; fonte de programas, arquivos de configuração, páginas HTML,
Remover: para eliminar o arquivo do dispositivo, dados em XML, etc. Um arquivo de texto é formado por linhas
descartando seus dados e liberando o espaço ocupado por ele. de caracteres ASCII de tamanho variável, separadas por
Além dessas operações básicas, outras operações podem caracteres de controle. Nos sistemas UNIX, as linhas são
ser definidas, como truncar, copiar, mover ou renomear separadas por um caractere New Line (ASCII 10 ou “\n”). Já
arquivos. Todavia, essas operações geralmente podem ser nos sistemas DOS/Windows, as linhas de um arquivo de texto
construídas usando as operações básicas. são separadas por dois caracteres: o caractere Carriage Return
(ASCII 13 ou “\r”) seguido do caractere New Line. Por
Formatos exemplo, considere o seguinte programa em C armazenado em
Em sua forma mais simples, um arquivo contém um arquivo hello.c (os caracteres “” indicam espaços em
basicamente uma sequência de bytes, que pode estar branco):
estruturada de diversas formas para representar diferentes
tipos de informação. O formato ou estrutura interna de um
arquivo pode ser definido – e reconhecido – pelo núcleo do
sistema operacional ou somente pelas aplicações. O núcleo do
sistema geralmente reconhece apenas alguns poucos formatos
de arquivos, como binários executáveis e bibliotecas. Os O arquivo de texto hello.c seria armazenado da seguinte
demais formatos de arquivos são vistos pelo núcleo apenas forma em um ambiente UNIX:
como sequências de bytes sem um significado específico,
cabendo às aplicações interpretá-los.
Os arquivos de dados convencionais são estruturados
pelas aplicações para armazenar os mais diversos tipos de
informações, como imagens, sons e documentos. Uma
aplicação pode definir um formato próprio de armazenamento
ou seguir formatos padronizados. Por exemplo, há um grande
número de formatos públicos padronizados para o
armazenamento de imagens, como JPEG, GIF, PNG e TIFF, mas Por outro lado, o mesmo arquivo hello.c seria armazenado
também existem formatos de arquivos proprietários, da seguinte forma em um sistema DOS/Windows:
definidos por algumas aplicações específicas, como o formato
PSD (do editor Adobe Photoshop) e o formato XCF (do editor
gráfico GIMP). A adoção de um formato proprietário ou
exclusivo dificulta a ampla utilização das informações
armazenadas, pois somente aplicações que reconheçam
aquele formato conseguem ler corretamente as informações
contidas no arquivo.
Essa diferença na forma de representação da separação
Arquivos de registros entre linhas pode provocar problemas em arquivos de texto
Alguns núcleos de sistemas operacionais oferecem transferidos entre sistemas Windows e UNIX, caso não seja
arquivos com estruturas internas que vão além da simples feita a devida conversão.
sequência de bytes. Por exemplo, o sistema OpenVMS [Rice,
2000] proporciona arquivos baseados em registros, cujo Arquivos executáveis
conteúdo é visto pelas aplicações como uma sequência linear Um arquivo executável é dividido internamente em várias
de registros de tamanho fixo ou variável, e também arquivos seções, para conter código, tabelas de símbolos (variáveis e
indexados, nos quais podem ser armazenados pares funções), listas de dependências (bibliotecas necessárias) e
{chave/valor}, de forma similar a um banco de dados outras informações de configuração. A organização interna de
relacional. A Figura 2 ilustra a estrutura interna desses dois um arquivo executável ou biblioteca depende do sistema
tipos de arquivos. operacional para o qual foi definido. Os formatos de
executáveis mais populares atualmente são [Levine, 2000]:
ELF (Executable and Linking Format): formato de de
arquivo usado para programas executáveis e bibliotecas na
maior parte das plataformas UNIX modernas. É composto por
um cabeçalho e várias seções de dados, contendo código
executável, tabelas de símbolos e informações de relocação de
código.
PE (Portable Executable): é o formato usado para
Figura 2: Arquivos estruturados: registros em sequência e registros executáveis e bibliotecas na plataforma Windows. Consiste
indexados.
basicamente em uma adaptação do antigo formato COFF usado
em plataformas UNIX.

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A Figura 3 ilustra a estrutura interna de um arquivo de cada arquivo (file type), e outro atributo com 4 bytes para
executável no formato ELF, usado tipicamente em sistemas indicar a aplicação que o criou (creator application). Os tipos
UNIX (Linux, Solaris, etc.). Esse arquivo é dividido em seções, de arquivos e aplicações são definidos em uma tabela mantida
que representam trechos de código e dados sujeitos a ligação pelo fabricante do sistema. Assim, quando o usuário solicitar a
dinâmica e relocação; as seções são agrupadas em segmentos, abertura de um determinado arquivo, o sistema irá escolher a
de forma a facilitar a carga em memória do código e o aplicação que o criou, se ela estiver presente. Caso contrário,
lançamento do processo. pode indicar ao usuário uma relação de aplicações aptas a
abrir aquele tipo de arquivo.
Recentemente, a necessidade de transferir arquivos
através de e-mail e de páginas Web levou à definição de um
padrão de tipagem de arquivos conhecido como Tipos MIME
(da sigla Multipurpose Internet Mail Extensions) [Freed and
Borenstein, 1996]. O padrão MIME define tipos de arquivos
através de uma notação uniformizada na forma “tipo/subtipo”.
Alguns exemplos de tipos de arquivos definidos segundo o
padrão MIME são apresentados na Tabela 2.
O padrão MIME é usado para identificar arquivos
transferidos como anexos de e-mail e conteúdos recuperados
de páginas Web. Alguns sistemas operacionais, como o BeOS e
o MacOS X, definem atributos de acordo com esse padrão para
identificar o conteúdo de cada arquivo dentro do sistema de
arquivos.

Figura 3: Estrutura interna de um arquivo executável em formato ELF


[Levine, 2000].

Além de executáveis e bibliotecas, o núcleo de um sistema


operacional costuma reconhecer alguns tipos de arquivos não
convencionais, como diretórios, atalhos (links), dispositivos
físicos e estruturas de comunicação do núcleo, como sockets,
pipes e filas de mensagens (vide Seção 1.5).

Identificação de conteúdo
Um problema importante relacionado aos formatos de Arquivos especiais
arquivos é a correta identificação de seu conteúdo pelos O conceito de arquivo é ao mesmo tempo simples e
usuários e aplicações. Já que um arquivo de dados pode ser poderoso, o que motivou sua utilização de forma quase
visto como uma simples sequência de bytes, como é possível universal. Além do armazenamento de código e dados,
saber que tipo de informação essa sequência representa? Uma arquivos também podem ser usados como:
solução simples para esse problema consiste em indicar o tipo Abstração de dispositivos de baixo nível: os sistemas UNIX
do conteúdo como parte do nome do arquivo: um arquivo costumam mapear as interfaces de acesso de vários
“praia.jpg” provavelmente contém uma imagem em formato dispositivos físicos em arquivos dentro do diretório /dev (de
JPEG, enquanto um arquivo “entrevista.mp3” contém áudio em devices), como por exemplo:
formato MP3. Essa estratégia, amplamente utilizada em /dev/ttyS0: porta de comunicação serial COM1;
muitos sistemas operacionais, foi introduzida nos anos 1980 /dev/audio: placa de som;
pelo sistema operacional DOS. Naquele sistema, os arquivos /dev/sda1: primeira partição do primeiro disco SCSI (ou
eram nomeados segundo uma abordagem denominada “8.3”, SATA).
ou seja, 8 caracteres seguidos de um ponto (“.”) e mais 3 Abstração de interfaces do núcleo: em sistemas UNIX, os
caracteres de extensão, para definir o tipo do arquivo. diretórios /proc e /sys permitem consultar e/ou modificar
Outra abordagem, frequentemente usada em sistemas informações internas do núcleo do sistema operacional, dos
UNIX, é o uso de alguns bytes no início de cada arquivo para a processos em execução e dos drivers de dispositivos. Por
definição de seu tipo. Esses bytes iniciais são denominados exemplo, alguns arquivos oferecidos pelo Linux:
“números mágicos” (magic numbers), e são usados em muitos /proc/cpuinfo: informações sobre os processadores
tipos de arquivos, como exemplificado na Tabela 1: disponíveis no sistema;
/proc/3754/maps: disposição das áreas de memória
alocadas para o processo cujo identificador (PID) é 3754 ;
/sys/block/sda/queue/scheduler: definição da política de
escalonamento de disco (vide Seção ??) a ser usada no acesso
ao disco /dev/sda.
Canais de comunicação: na família de protocolos de rede
TCP/IP, a metáfora de arquivo é usada como interface para os
Nos sistema UNIX, o utilitário file permite identificar o tipo canais de comunicação: uma conexão TCP é apresentada aos
de arquivo através da análise de seus bytes iniciais e do dois processos envolvidos como um arquivo, sobre o qual eles
restante de sua estrutura interna, sem levar em conta o nome podem escrever (enviar) e ler (receber) dados entre si. Vários
do arquivo. Por isso, constitui uma ferramenta importante mecanismos de comunicação local entre processos de um
para identificar arquivos desconhecidos ou com extensão sistema também usam a metáfora do arquivo, como é o caso
errada. dos pipes em UNIX.
Além do uso de extensões no nome do arquivo e de Em alguns sistemas operacionais experimentais, como o
números mágicos, alguns sistemas operacionais definem Plan 9 [Pike et al., 1993, Pike et al., 1995] e o Inferno [Dorward
atributos adicionais no sistema de arquivos para indicar o et al., 1997], todos os recursos e entidades físicas e lógicas do
conteúdo de cada arquivo. Por exemplo, o sistema operacional sistema são mapeadas sob a forma de arquivos: processos,
MacOS 9 definia um atributo com 4 bytes para identificar o tipo threads, conexões de rede, usuários, sessões de usuários,

Noções de Informática 127


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janelas gráficas, áreas de memória alocadas, etc. Assim, para Por outro lado, cada sistema operacional tem sua própria
finalizar um determinado processo, encerrar uma conexão de convenção para a representação de arquivos abertos. Por
rede ou desconectar um usuário, basta remover o arquivo exemplo, em sistemas Windows os arquivos abertos por um
correspondente. processo são representados pelo núcleo por referências de
Embora o foco deste texto esteja concentrado em arquivos arquivos (filehandles), que são estruturas de dados criadas
convencionais, que visam o armazenamento de informações pelo núcleo para representar cada arquivo aberto. Por outro
(bytes ou registros), muitos dos conceitos aqui expostos são lado, em sistemas UNIX os arquivos abertos por um processo
igualmente aplicáveis aos arquivos não-convencionais são representados por descritores de arquivos (file
descritos nesta seção. descriptors). Um descritor de arquivo aberto é um número
inteiro não-negativo, usado como índice em uma tabela que
Uso de arquivos relaciona os arquivos abertos por aquele processo, mantida
Arquivos são usados por processos para ler e escrever pelo núcleo. Dessa forma, cabe às bibliotecas e ao suporte de
dados de forma não-volátil. Para usar arquivos, um processo execução de cada linguagem de programação mapear a
tem à sua disposição uma interface de acesso, que depende da representação de arquivo aberto fornecida pelo núcleo do
linguagem utilizada e do sistema operacional subjacente. Essa sistema operacional subjacente na referência de arquivo
interface normalmente é composta por uma representação aberto usada por aquela linguagem. Esse mapeamento é
lógica de cada arquivo usado pelo processo (uma referência ao necessário para garantir que as aplicações que usam arquivos
arquivo) e por um conjunto de funções (ou métodos) para (ou seja, quase todas elas) sejam portáveis entre sistemas
realizar operações sobre esses arquivos. Através dessa operacionais distintos.
interface, os processos podem localizar arquivos no disco, ler
e modificar seu conteúdo, entre outras operações. Formas de acesso
Na sequência desta seção serão discutidos aspectos Uma vez aberto um arquivo, a aplicação pode ler os dados
relativos ao uso de arquivos, como a abertura do arquivo, as contidos nele, modificá-los ou escrever novos dados. Há várias
formas de acesso aos seus dados, o controle de acesso e formas de se ler ou escrever dados em um arquivo, que
problemas associados ao compartilhamento de arquivos entre dependem da estrutura interna do mesmo. Considerando
vários processos. apenas arquivos simples, vistos como uma sequência de bytes,
duas formas de acesso são usuais: o acesso sequencial e o
Abertura de um arquivo acesso direto (ou acesso aleatório).
Para poder ler ou escrever dados em um arquivo, cada No acesso sequencial, os dados são sempre lidos e/ou
aplicação precisa antes “abri-lo”. A abertura de um arquivo escritos em sequência, do início ao final do arquivo. Para cada
consiste basicamente em preparar as estruturas de memória arquivo aberto por uma aplicação é definido um ponteiro de
necessárias para acessar os dados do arquivo em questão. acesso, que inicialmente aponta para a primeira posição do
Assim, para abrir um arquivo, o núcleo do sistema operacional arquivo. A cada leitura ou escrita, esse ponteiro é
deve realizar as seguintes operações: incrementado e passa a indicar a posição da próxima: Formas
1. Localizar o arquivo no dispositivo físico, usando seu leitura ou escrita. Quando esse ponteiro atinge o final do
nome e caminho de acesso (vide Seção 3.2); arquivo, as leituras não são mais permitidas, mas as escritas
2. Verificar se a aplicação tem permissão para usar aquele ainda o são, permitindo acrescentar dados ao final do mesmo.
arquivo da forma desejada (leitura e/ou escrita); A chegada do ponteiro ao final do arquivo é normalmente
3. Criar uma estrutura na memória do núcleo para sinalizada ao processo através de um flag de fim de arquivo
representar o arquivo aberto; (EoF - End-of-File).
4. Inserir uma referência a essa estrutura na lista de A Figura 4 traz um exemplo de acesso sequencial em
arquivos abertos mantida pelo sistema, para fins de gerência; leitura a um arquivo, mostrando a evolução do ponteiro do
arquivo durante uma sequência de leituras. A primeira leitura
Devolver à aplicação uma referência a essa estrutura, para no arquivo traz a string “Qui scribit bis”, a segunda leitura traz
ser usada nos acessos subsequentes ao arquivo recém-aberto. “legit. ”, e assim sucessivamente. O acesso sequencial é
Concluída a abertura do arquivo, o processo solicitante implementado em praticamente todos os sistemas
recebe do núcleo uma referência para o arquivo recém-aberto, operacionais de mercado e constitui a forma mais usual de
que deve ser informada pelo processo em suas operações acesso a arquivos, usada pela maioria das aplicações.
subsequentes envolvendo aquele arquivo. Assim que o
processo tiver terminado de usar um arquivo, ele deve
solicitar ao núcleo o fechamento do arquivo, que implica em
concluir as operações de escrita eventualmente pendentes e
remover da memória do núcleo as estruturas de gerência Figura 4: Leituras sequenciais em um arquivo de texto.
criadas durante sua abertura. Normalmente, os arquivos
abertos são automaticamente fechados quando do Por outro lado, no método de acesso direto (ou aleatório),
encerramento do processo, mas pode ser necessário fechá-los pode-se indicar a posição no arquivo onde cada leitura ou
antes disso, caso seja um processo com vida longa, como um escrita deve ocorrer, sem a necessidade de um ponteiro.
daemon servidor de páginas Web, ou que abra muitos Assim, caso se conheça previamente a posição de um
arquivos, como um compilador. determinado dado no arquivo, não há necessidade de
As referências a arquivos abertos usadas pelas aplicações percorrê-lo sequencialmente até encontrar o dado desejado.
dependem da linguagem de programação utilizada para Essa forma de acesso é muito importante em gerenciadores de
construí-las. Por exemplo, em um programa escrito na bancos de dados e aplicações congêneres, que precisam
linguagem C, cada arquivo aberto é representado por uma acessar rapidamente as posições do arquivo correspondentes
variável dinâmica do tipo FILE*, que é denominada um ao registros desejados em uma operação.
ponteiro de arquivo (file pointer). Essa variável dinâmica é Na prática, a maioria dos sistemas operacionais usa o
alocada no momento da abertura do arquivo e serve como uma acesso sequencial como modo básico de operação, mas oferece
referência ao mesmo nas operações de acesso subsequentes. operações para mudar a posição do ponteiro do arquivo caso
Já em Java, as referências a arquivos abertos são objetos necessário, o que permite então o acesso direto a qualquer
instanciados a partir da classe File. Na linguagem Python registro do arquivo. Nos sistemas POSIX, o reposicionamento
existem os file objects, criados a partir da chamada open.

Noções de Informática 128


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do ponteiro do arquivo é efetuado através das chamadas lseek um pode acessá-lo. Um exemplo conceitual de listas de
e fseek. controle de acesso a arquivos seria:
Uma forma particular de acesso direto ao conteúdo de um
arquivo é o mapeamento em memória do mesmo, que faz uso
dos mecanismos de memória virtual (paginação). Nessa
modalidade de acesso, um arquivo é associado a um vetor de
bytes (ou de registros) de mesmo tamanho na memória
No entanto, essa abordagem se mostra pouco prática caso
principal, de forma que cada posição do vetor corresponda à
o sistema tenha muitos usuários e/ou arquivos, pois as listas
sua posição equivalente no arquivo. Quando uma posição
podem ficar muito extensas e difíceis de gerenciar. O UNIX usa
específica do vetor ainda não acessada é lida, é gerada uma
uma abordagem bem mais simplificada para controle de
falta de página. Nesse momento, o mecanismo de paginação da
acesso, que considera basicamente três tipos de usuários e três
memória virtual intercepta o acesso à memória, lê o conteúdo
tipos de permissões:
correspondente no arquivo e o deposita no vetor, de forma
Usuários: o proprietário do arquivo (User), um grupo de
transparente à aplicação. Escritas no vetor são transferidas
usuários associado ao arquivo (Group) e os demais usuários
para o arquivo por um procedimento similar. Caso o arquivo
(Others).
seja muito grande, pode-se mapear em memória apenas partes
Permissões: ler (Read), escrever (Write) e executar
dele. A Figura 5 ilustra essa forma de acesso.
(eXecute).
Finalmente, alguns sistemas operacionais oferecem
Dessa forma, no UNIX são necessários apenas 9 bits para
também a possibilidade de acesso indexado aos dados de um
definir as permissões de acesso a cada arquivo ou diretório.
arquivo, como é o caso do OpenVMS [Rice, 2000]. Esse sistema
Por exemplo, considerando a seguinte listagem de diretório
implementa arquivos cuja estrutura interna pode ser vista
em um sistema UNIX (editada para facilitar sua leitura):
como um conjunto de pares chave/valor. Os dados do arquivo
são armazenados e recuperados de acordo com suas chaves
correspondentes, como em um banco de dados relacional.
Como o próprio núcleo do sistema implementa os mecanismos
de acesso e indexação do arquivo, o armazenamento e busca
de dados nesse tipo de arquivo costuma ser muito rápido,
dispensando bancos de dados para a construção de aplicações
mais simples. Nessa listagem, o arquivo hello-unix.c (linha 4) pode ser
acessado em leitura e escrita por seu proprietário (o usuário
maziero, com permissões rw-), em leitura pelos usuários do
grupo prof (permissões r--) e em leitura pelos demais usuários
do sistema (permissões r--). Já o arquivo hello-unix (linha 3)
pode ser acessado em leitura, escrita e execução por seu
proprietário (permissões rwx), em leitura e execução pelos
usuários do grupo prof (permissões r-x) e não pode ser
acessado pelos demais usuários (permissões ---). No caso de
diretórios, a permissão de leitura autoriza a listagem do
diretório, a permissão de escrita autoriza sua modificação
(criação, remoção ou renomeação de arquivos ou sub-
diretórios) e a permissão de execução autoriza usar aquele
diretório como diretório de trabalho ou parte de um caminho.
No mundo Windows, o sistema de arquivos NTFS
implementa um controle de acesso bem mais flexível que o do
UNIX, que define permissões aos proprietários de forma
similar, mas no qual permissões complementares a usuários
individuais podem ser associadas a qualquer arquivo.
Figura 5: Arquivo mapeado em memória. É importante destacar que o controle de acesso é
normalmente realizado somente durante a abertura do
Controle de acesso arquivo, para a criação de sua referência em memória. Isso
Como arquivos são entidades que sobrevivem à existência significa que, uma vez aberto um arquivo por um processo,
do processo que as criou, é importante definir claramente o este terá acesso ao arquivo enquanto o mantiver aberto,
proprietário de cada arquivo e que operações ele e outros mesmo que as permissões do arquivo sejam alteradas para
usuários do sistema podem efetuar sobre o mesmo. A forma impedir esse acesso. O controle contínuo de acesso aos
mais usual de controle de acesso a arquivos consiste em arquivos é pouco frequentemente implementado em sistemas
associar os seguintes atributos a cada arquivo e diretório do operacionais, porque verificar as permissões de acesso a cada
sistema de arquivos: operação de leitura ou escrita em um arquivo teria um impacto
Proprietário: identifica o usuário dono do arquivo, negativo significativo sobre o desempenho do sistema.
geralmente aquele que o criou; muitos sistemas permitem
definir também um grupo proprietário do arquivo, ou seja, um Veja a seguir alguns ícones de arquivo comuns:
grupo de usuários com acesso diferenciado sobre o mesmo;
Permissões de acesso: define que operações cada usuário
do sistema pode efetuar sobre o arquivo.
Existem muitas formas de se definir permissões de acesso
a recursos em um sistema computacional; no caso de arquivos,
a mais difundida emprega listas de controle de acesso (ACL -
Access Control Lists) associadas a cada arquivo. Uma lista de
controle de acesso é basicamente uma lista indicando que
usuários estão autorizados a acessar o arquivo, e como cada
Ícones de alguns tipos de arquivo

Noções de Informática 129


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APOSTILAS OPÇÃO

Uma pasta é um contêiner que pode ser usado para bibliotecas para organizar e acessar arquivos,
armazenar arquivos. Se você tivesse centenas de arquivos em independentemente de onde eles estejam armazenados.
papel em sua mesa, seria quase impossível encontrar um
arquivo específico quando você dele precisasse. É por isso que
as pessoas costumam armazenar os arquivos em papel em
pastas dentro de um arquivo convencional. As pastas no
computador funcionam exatamente da mesma forma. Veja a
seguir alguns ícones de pasta comuns:

Painel de navegação, mostrando a biblioteca de imagens com três pastas


Uma pasta vazia (à esquerda); uma pasta contendo arquivos (à direita) incluídas

As pastas também podem ser armazenadas em outras Uma biblioteca reúne arquivos de diferentes locais e os
pastas. Uma pasta dentro de uma pasta é chamada subpasta. exibe em uma única coleção, sem os mover de onde estão
Você pode criar quantas subpastas quiser, e cada uma pode armazenados.
armazenar qualquer quantidade de arquivos e subpastas Seguem algumas ações que podem ser executadas com
adicionais. bibliotecas:
Criar uma nova biblioteca. Existem quatro bibliotecas
Usando bibliotecas para acessar arquivos e pastas padrão (Documentos, Músicas, Imagens e Vídeos), mas você
Quando se trata de se organizar, não é necessário começar pode criar novas bibliotecas para outras coleções.
do zero. Você pode usar bibliotecas, um novo recurso desta Organizar itens por pasta, data e outras propriedades. Os
versão do Windows, para acessar arquivos e pastas e organizá- itens em uma biblioteca podem ser organizados de diferentes
los de diferentes maneiras. Esta é uma lista das quatro maneiras, usando o menu Organizar por, localizado no painel
bibliotecas padrão e para que elas são usadas normalmente: de bibliotecas (acima da lista de arquivos) de qualquer
• Biblioteca Documentos. Use essa biblioteca para biblioteca aberta. Por exemplo, você pode organizar sua
organizar documentos de processamento de texto, planilhas, biblioteca de músicas por artista para encontrar rapidamente
apresentações e outros arquivos relacionados a texto. Para uma música de um determinado artista.
obter mais informações, consulte Gerenciando seus contatos. Incluir ou remover uma pasta. As bibliotecas reúnem
Por padrão, os arquivos movidos, copiados ou salvos na conteúdo a partir das pastas incluídas ou dos locais de
biblioteca Documentos são armazenados na pasta Meus bibliotecas.
Documentos. Alterar o local de salvamento padrão. O local de
• Biblioteca Imagens. Use esta biblioteca para organizar salvamento padrão determina onde um item é armazenado
suas imagens digitais, sejam elas obtidas da câmera, do quando é copiado, movido ou salvo na biblioteca.
scanner ou de emails recebidos de outras pessoas. Por padrão,
os arquivos movidos, copiados ou salvos na biblioteca Imagens Compreendendo as partes de uma janela
são armazenados na pasta Minhas Imagens. Quando você abre uma pasta ou biblioteca, ela é exibida em
• Biblioteca Músicas. Use esta biblioteca para organizar uma janela. As várias partes dessa janela foram projetadas
suas músicas digitais, como as que você cópia de um CD de para facilitar a navegação no Windows e o trabalho com
áudio ou as baixadas da Internet. Por padrão, os arquivos arquivos, pastas e bibliotecas. Veja a seguir uma janela típica e
movidos, copiados ou salvos na biblioteca Músicas são cada uma de suas partes:
armazenados na pasta Minhas Músicas.
• Biblioteca Vídeos. Use esta biblioteca para organizar e
arrumar seus vídeos, como clipes da câmera digital ou da
câmera de vídeo, ou arquivos de vídeo baixados da Internet.
Por padrão, os arquivos movidos, copiados ou salvos na
biblioteca Vídeos são armazenados na pasta Meus Vídeos.
Para abrir as bibliotecas Documentos, Imagens ou Músicas,
clique no botão Iniciar, em seguida, em Documentos, Imagens
ou Músicas.

É possível abrir bibliotecas comuns a partir do menu Iniciar

Trabalhando com bibliotecas


Nas versões anteriores do Windows, o gerenciamento de
arquivos significava organizá-los em pastas e subpastas Painel de navegação
diferentes. Nesta versão do Windows, você pode usar também
Noções de Informática 130
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APOSTILAS OPÇÃO

1. Painel de navegação: Use para acessar bibliotecas, distintos: Ícones grandes, Lista, um modo de exibição chamado
pastas, pesquisas salvas ou até mesmo todo o disco rígido. Use Detalhes, que mostra várias colunas de informações sobre o
a seção Favoritos para abrir as pastas e pesquisas mais arquivo, um modo de exibição de ícones menores chamado
utilizadas. Na seção Bibliotecas, é possível acessar suas Lado a lado e um modo de exibição chamado Conteúdo, que
bibliotecas. Você também pode usar a pasta Computador para mostra parte do conteúdo de dentro do arquivo.
pesquisar pastas e subpastas. Para obter mais informações, Se você clicar na seta no lado direito do botão Modos de
consulte Trabalhando com o painel de navegação. Exibição, terá mais opções. Mova o controle deslizante para
2. Botões Voltar e Avançar: Use os para navegar para outras cima ou para baixo para ajustar o tamanho dos ícones das
pastas ou bibliotecas que você já tenha aberto, sem fechar, na pastas e dos arquivos. Você poderá ver os ícones alterando de
janela atual. Esses botões funcionam juntamente com a barra tamanho enquanto move o controle deslizante.
de endereços. Depois de usar a barra de endereços para alterar
pastas, por exemplo, você pode usar o botão Voltar para
retornar à pasta anterior.
3. Barra de ferramentas: Use para executar tarefas comuns,
como alterar a aparência de arquivos e pastas, copiar arquivos
em um CD ou iniciar uma apresentação de slides de imagens
digitais. Os botões da barra de ferramentas mudam para
mostrar apenas as tarefas que são relevantes. Por exemplo, se
você clicar em um arquivo de imagem, a barra de ferramentas
mostrará botões diferentes daqueles que mostraria se você
clicasse em um arquivo de música.
4. Barra de endereços: Use para navegar para uma pasta ou
biblioteca diferente ou voltar à anterior. Para obter mais
informações, consulte Navegar usando a barra de endereços.
5. Painel de biblioteca: é exibido apenas quando você está
em uma biblioteca (como na biblioteca Documentos). Use o As opções do botão Modos de Exibição
painel de biblioteca para personalizar a biblioteca ou Em bibliotecas, você pode ir além, organizando seus
organizar os arquivos por propriedades distintas. Para obter arquivos de diversas maneiras. Por exemplo, digamos que
mais informações, consulte Trabalhando com bibliotecas. você deseja organizar os arquivos na biblioteca Músicas por
6. Cabeçalhos de coluna: Use para alterar a forma como os gênero (como Jazz e Clássico):
itens na lista de arquivos são organizados. Por exemplo, você Clique no botão Iniciar e, em seguida, clique em Músicas.
pode clicar no lado esquerdo do cabeçalho da coluna para No painel da biblioteca (acima da lista de arquivos), clique
alterar a ordem em que os arquivos e as pastas são exibidos ou no menu próximo a Organizar por e em Gênero.
pode clicar no lado direito para filtrar os arquivos de maneiras
diversas. (Observe que os cabeçalhos de coluna só estão Localizando arquivos
disponíveis no modo de exibição Detalhes. Para aprender Dependendo da quantidade de arquivos que você tem e de
como alternar para o modo de exibição Detalhes, consulte como eles estão organizados, localizar um arquivo pode
'Exibindo e organizando arquivos e pastas' mais adiante neste significar procurar dentre centenas de arquivos e subpastas;
tópico). uma tarefa nada simples. Para poupar tempo e esforço, use a
7. Lista de arquivos: É aqui que o conteúdo da pasta ou caixa de pesquisa para localizar o arquivo.
biblioteca atual é exibido. Se você usou a caixa de pesquisa
para localizar um arquivo, somente os arquivos que
correspondam a sua exibição atual (incluindo arquivos em
subpastas) serão exibidos.
8. A caixa de pesquisa: Digite uma palavra ou frase na caixa
de pesquisa para procurar um item na pasta ou biblioteca
atual. A pesquisa inicia assim que você começa a digitar.
Portanto, quando você digitar B, por exemplo, todos os
arquivos cujos nomes iniciarem com a letra B aparecerão na
A caixa de pesquisa
lista de arquivos. Para obter mais informações, consulte
Localizar um arquivo ou uma pasta. A caixa de pesquisa está localizada na parte superior de
9. Painel de detalhes: Use o para ver as propriedades mais cada janela. Para localizar um arquivo, abra a pasta ou
comuns associadas ao arquivo selecionado. Propriedades do biblioteca mais provável como ponto de partida para sua
arquivo são informações sobre um arquivo, tais como o autor, pesquisa, clique na caixa de pesquisa e comece a digitar. A
a data da última alteração e qualquer marca descritiva que caixa de pesquisa filtra o modo de exibição atual com base no
você possa ter adicionado ao arquivo. Para obter mais texto que você digita. Os arquivos serão exibidos como
informações, consulte Adicionar marcas e outras propriedades resultados da pesquisa se o termo de pesquisa corresponder
a arquivos. ao nome do arquivo, a marcas e a outras propriedades do
arquivo ou até mesmo à parte do texto de um documento.
Exibindo e organizando arquivos e pastas Se você estiver pesquisando um arquivo com base em uma
Quando você abre uma pasta ou biblioteca, pode alterar a propriedade (como o tipo do arquivo), poderá refinar a
aparência dos arquivos na janela. Por exemplo, talvez você pesquisa antes de começar a digitar. Basta clicar na caixa de
prefira ícones maiores (ou menores) ou uma exibição que lhe pesquisa e depois em uma das propriedades exibidas abaixo
permita ver tipos diferentes de informações sobre cada dessa caixa. Isso adicionará um filtro de pesquisa (como
arquivo. Para fazer esses tipos de alterações, use o botão "tipo") ao seu texto de pesquisa, fornecendo assim resultados
Modos de Exibição na barra de ferramentas. mais precisos.
Toda vez que você clica no lado esquerdo do botão Modos Caso não esteja visualizando o arquivo que está
de Exibição, ele altera a maneira como seus arquivos e pastas procurando, você poderá alterar todo o escopo de uma
são exibidos, alternando entre cinco modos de exibição pesquisa clicando em uma das opções na parte inferior dos
resultados da pesquisa. Por exemplo, caso pesquise um

Noções de Informática 131


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arquivo na biblioteca Documentos, mas não consiga encontrá- computador fique congestionado com arquivos indesejados.
lo, você poderá clicar em Bibliotecas para expandir a pesquisa Para excluir um arquivo, abra a respectiva pasta ou biblioteca
às demais bibliotecas. Para obter mais informações, consulte e selecione o arquivo. Pressione Delete no teclado e, na caixa
Localizar um arquivo ou uma pasta. de diálogo Excluir Arquivo, clique em Sim.
Quando você exclui um arquivo, ele é armazenado
Copiando e movendo arquivos e pastas temporariamente na Lixeira. Pense nela como uma rede de
De vez em quando, você pode querer alterar o local onde segurança que lhe permite recuperar pastas ou arquivos
os arquivos ficam armazenados no computador. Por exemplo, excluídos por engano. De vez em quando, você deve esvaziar a
talvez você queira mover os arquivos para outra pasta ou Lixeira para recuperar o espaço usado pelos arquivos
copiá-los para uma mídia removível (como CDs ou cartões de indesejados no disco rígido.
memória) a fim de compartilhar com outra pessoa. Os arquivos e as pastas devem ter um nome. O nome é dado
A maioria das pessoas copiam e movem arquivos usando no momento da criação. A Regra para nomenclatura de
um método chamado arrastar e soltar. Comece abrindo a pasta arquivos e pastas varia para cada Sistema Operacional. No
que contém o arquivo ou a pasta que deseja mover. Depois, em Windows, que vamos estudar neste material, os nomes podem
uma janela diferente, abra a pasta para onde deseja mover o conter até 256 caracteres (letras, números, espaço em branco,
item. Posicione as janelas lado a lado na área de trabalho para símbolos), com exceção destes / \ | > < * ? : “ que são
ver o conteúdo de ambas. reservados pelo Windows.
Em seguida, arraste a pasta ou o arquivo da primeira pasta
para a segunda. Isso é tudo. Abrindo um arquivo existente
Para abrir um arquivo, clique duas vezes nele. Em geral, o
arquivo é aberto no programa que você usou para criá-lo ou
alterá-lo. Por exemplo, um arquivo de texto será aberto no seu
programa de processamento de texto.
Mas nem sempre é o caso. O clique duplo em um arquivo
de imagem, por exemplo, costuma abrir um visualizador de
imagens. Para alterar a imagem, você precisa usar um
programa diferente. Clique com o botão direito do mouse no
arquivo, clique em Abrir com e no nome do programa que
deseja usar.

Questões
Para copiar ou mover um arquivo, arraste-o de uma janela para outra
01. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo
- CESGRANRIO) Os sistemas operacionais Windows, como o
Ao usar o método arrastar e soltar, note que algumas vezes
Windows 2008 e o Windows 7, trazem em suas versões, como
o arquivo ou a pasta é copiado e, outras vezes, ele é movido. Se
padrão, um programa cujo objetivo é gerenciar arquivos,
você estiver arrastando um item entre duas pastas que estão
pastas e programas.
no mesmo disco rígido, os itens serão movidos para que duas
Esse programa é denominado
cópias do mesmo arquivo ou pasta não sejam criadas no
(A) BDE Administrator
mesmo local. Se você estiver arrastando o item para um pasta
(B) File Control
que esteja em outro local (como um local de rede) ou para uma
(C) Flash Player
mídia removível (como um CD), o item será copiado.
(D) Internet Explorer
(E) Windows Explorer
Obs: A maneira mais fácil de organizar duas janelas na área
de trabalho é usar Ajustar.
02. (Prefeitura de Palmas - Agente Administrativo
Se você copiar ou mover um arquivo ou pasta para uma
Educacional – COPESE) No sistema operacional Windows há
biblioteca, ele será armazenado no local de salvamento padrão
um organizador de disco que possibilita trabalhar com os
da biblioteca.
arquivos, fazendo, por exemplo, cópia, exclusão e mudança de
Outra forma de copiar ou mover um arquivo é arrastando-
local dos mesmos. Este organizador é chamado de:
o da lista de arquivos para uma pasta ou biblioteca no painel
(A) Windows Defender
de navegação. Com isso, não será necessário abrir duas janelas
(B) Lixeira
distintas.
(C) Windows Explorer
(D) Desktop
Criando e excluindo arquivos
O modo mais comum de criar novos arquivos é usando um
03. (CODENI-RJ - Analista de Sistemas - MS CONCURSOS
programa. Por exemplo, você pode criar um documento de
/ Adaptada) Qual forma os sistemas operacionais denominam
texto em um programa de processamento de texto ou um
os grupos de dados para que seja possível individualizar
arquivo de filme em um programa de edição de vídeos.
grupos diferentes de informações?
Alguns programas criam um arquivo no momento em que
(A) Arquivos.
são abertos. Quando você abre o WordPad, por exemplo, ele
(B) Pastas.
inicia com uma página em branco. Isso representa um arquivo
(C) Programa.
vazio (e não salvo). Comece a digitar e quando estiver pronto
(D) Área de trabalho.
para salvar o trabalho, clique no botão Salvar no WordPad. Na
caixa de diálogo exibida, digite um nome de arquivo que o
04. (MPE-RS - Secretário de Diligências - CESPE /
ajudará a localizar o arquivo novamente no futuro e clique em
Adaptada) O sistema operacional Windows utiliza um sistema
Salvar.
de armazenamento por meio de interfaces gráficas de usuário
Por padrão, a maioria dos programas salva arquivos em
baseado em
pastas comuns, como Meus Documentos e Minhas Imagens, o
(A) arquivos e pastas, contendo nestas últimas apenas
que facilita a localização dos arquivos na próxima vez.
tipos específicos de arquivos.
Quando você não precisar mais de um arquivo, poderá
removê-lo do computador para ganhar espaço e impedir que o

Noções de Informática 132


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(B) arquivos e pastas, contendo nestas últimas diferentes importantes são a irretratabilidade (não repúdio) e a
tipos de arquivos e outras pastas adicionais. autenticidade.
(C) arquivos e pastas, contendo necessariamente nestas
últimas outras pastas adicionais com diferentes tipos de - Ameaças à segurança
arquivos. As ameaças à segurança da informação são relacionadas
(D) arquivos, contendo diferentes tipos de pastas, tipos diretamente à perda de uma de suas 03 (três) características,
específicos de arquivos e outras pastas adicionais. quais sejam:
(E) arquivos, contendo diferentes tipos de pastas e outros - Perda de Confiabilidade - Perda de Integridade - Perda de
tipos específicos de arquivos com pastas adicionais. Disponibilidade.
Invasões na Internet
05. (Banco do Brasil - Escriturário - CESGRANRIO / Todo sistema de computação requer um suporte para
Adaptada) Nos sistemas operacionais como o Windows, as proteção de arquivos. Este suporte é um conjunto de regras
informações estão contidas em arquivos de vários formatos, que garantem que a informação não seja lida, ou modificada
que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de por quem não tem permissão, como por exemplo por.
mídias removíveis do computador, organizados em - Crackers - agentes maliciosos
(A) telas. - Hackers - não são agentes maliciosos - motivo ilegalidade:
(B) imagens. notoriedade, auto estima, vingança, dinheiro.
(C) janelas. A segurança é necessária mais especificamente para os
(D) pastas. assuntos gerais, enquanto que os mecanismos de proteção são
(E) programas. utilizados para salvar as informações a serem protegidas.
A segurança é analisada de várias formas. Os principais
Gabarito problemas causados com a falta de segurança são a perda de
01. E\02. C\03. A\04. B\05. D dados e as invasões de intrusos. A perda de dados na maioria
das vezes é causada por:
- Fatores naturais (ex.: incêndio, enchente);
Noções básicas de - Erros de hardware ou de software (ex.: falhas no
processamento);
segurança da informação e - Erros humanos (ex.: entrada incorreta de dados);
proteção: vírus, worms e Para evitar a perda destes dados é necessário manter um
outros tipos de malware. backup confiável, guardado longe destes dados originais.
Para que vírus sejam identificados, os anti-virus devem
estar cada vez mais atualizados, pois novos vírus surgem
rapidamente, e com a mesma velocidade dos anti-virus.
SEGURANÇA30
Níveis de segurança
A Segurança da Informação se refere à proteção existente
- Segurança Fisica – trata de ameaças a exemplo de
nas informações de uma determinada empresa ou pessoa.
relâmpago, alagamento, etc.
Aplica-se tanto a informações corporativas quanto às pessoas.
- Segurança Lógica – trata de ameaças a exemplo das
Entendese por informação todo e qualquer conteúdo ou dado
ocasionadas por virus, violação de senha.
que tenha valor para alguma organização ou pessoa.
Políticas de Segurança
Ela pode estar disponível para uso restrito ou ao público
Uma política de segurança consiste num conjunto de
para consulta ou aquisição.
regras que devem ser seguidas por quem se utiliza dos
O conceito de segurança informática ou segurança de
recursos de uma organização (RFC 2196 (The Site Security
computadores se aplica a todos os aspectos de proteção de
Handbook)).
informações e de dados e está intimamente relacionado com o
Filosofias de qualquer política de segurança:
de segurança da informação, incluindo não apenas a segurança
- Filosofia Proibitiva (tudo que não é expressamente
dos dados/informação, mas também a dos sistemas em si.
permitido é proibido);
- Filosofia Permissiva (tudo que não é proibido é
- Fatores que afetam a segurança da informação.
permitido).
A segurança de uma determinada informação pode ser
Para diminuir os problemas com senhas, a regra básica é a
afetada por fatores comportamentais e de uso de quem se
conscientização dos colaboradores quanto ao uso e
utiliza dela, pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca ou por
manutenção das mesmas.
pessoa mal intencionadas que tem o objetivo e furtar, destruir
O bem mais importante que as empresas possuem, são as
ou modificar tal informação, conforme segue:
informações gerenciais, sendo muito importantes para a
Confidencialidade (somente pessoas devidamente
tomada de decisões. Com o crescimento da Internet e o uso de
autorizadas pela empresa devem ter acesso à informação),
dispositivos móveis nas empresas é inevitável a ocorrência de
Integridade (somente alterações, supressões e adições
problemas de segurança, e para isso é preciso muito
autorizadas pela empresa devem ser realizadas nas
planejamento e trabalho da equipe técnica de informática. É
informações), Disponibilidade (a informação deve estar
importante criar normas rígidas e treinar toda a equipe
disponível para as pessoas autorizadas sempre que necessário
interna e externa.
ou demandado). Estes fatores representam os principais
atributos e/ou princípios da segurança da informação, que 31Tipos de Vírus32
atualmente, orientam a análise, o planejamento e a
implementação da segurança para um determinado grupo de
Vírus de computador são pequenos programas capazes de
informações que se deseja proteger. Outros atributos
causar grandes transtornos a indivíduos, empresas e outras
instituições: podem apagar dados, capturar informações,

30 Fonte: http://www.inf.pucpcaldas.br/extensao/cereadd/ 32 Fonte: http://cfjl.com.br/blogs2/26-tecnologia-da- informacao/1898-

apostilas/windows7v1.pdf oquesaovirusecomoagem
31 Fonte: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/ seguran%C3%A7a-de-

informa%C3%A7%C3%A3o

Noções de Informática 133


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alterar ou impedir o funcionamento do sistema operacional e pode tentar explorar falhas de segurança de outros
assim por diante. É comum pessoas chamarem de vírus todo e computadores da rede para infectá-los.
qualquer programa com fins maliciosos. Mas, há vários tipos
de “pragas digitais”, sendo os vírus apenas uma categoria - Outros tipos de malwares
delas. Existem ainda outros softwares parecidos, como cavalos Como você já sabe, os vírus não são os únicos malwares
de troia, worms, hijackers, spywares e ransomwares. O que é que existem. A definição do que a praga é ou não é depende,
um malware? essencialmente, de suas ações e formas de propagação. Eis os
Malicious e software tem o significado de “programa tipos mais comuns:
malicioso”. Portanto, malware nada mais é do que um nome
criado para quando necessitamos fazer alusão a um software - Cavalo de troia (trojan)
malicioso, seja ele um vírus, um worm, um spyware, etc. São um tipo de malware que permitem alguma maneira de
É importante frisar que a palavra “computador” é utilizada acesso remoto ao computador após a infecção. Esse tipo de
neste texto considerando os vários tipos de dispositivos praga pode ter outras funcionalidades, como capturar dados
computacionais que existem: desktops, servidores, do usuário para transmiti-los a outra máquina.
smartphones, tablets e assim por diante. Para conseguir ingressar no computador, o cavalo de troia
É válido destacar também que os malwares não se limitam geralmente se passa por outro programa ou arquivo. O usuário
a uma única plataforma. Há quem pense, por exemplo, que só pode, por exemplo, fazer um download pensando se tratar de
há pragas digitais para Windows, mas isso não é verdade. O uma ferramenta para um determinado fim quando, na
que acontece é que a família de sistemas operacionais da verdade, se trata de um trojan.
Microsoft é mais popular e, portanto, mais visada. Como não Esse tipo de malware não é desenvolvido para se replicar.
existe software 100% seguro, malwares também podem ser Quando isso acontece, geralmente trata-se de uma ação
desenvolvidos para atacar qualquer outra plataforma, afinal, conjunta com um vírus.
sempre há alguém disposto a descobrir e explorar suas
deficiências. O que é vírus de computador? - Worm (verme)
Como você já sabe, um vírus é um programa com fins Os worms (ou vermes, nome pouco usado) podem ser
maliciosos, capaz de causar transtornos com os mais diversos interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que os
tipos de ações: há vírus que apagam ou alteram arquivos dos demais. A principal diferença está na forma de propagação: os
usuários, que prejudicam o funcionamento do sistema worms podem se espalhar rapidamente para outros
operacional danificando ou alterando suas funcionalidades, computadores - seja pela internet, seja por meio de uma rede
que causam excesso de tráfego em redes, entre outros. local - de maneira automática.
Os vírus, tal como qualquer outro tipo de malware, podem Explicação: para agir, o vírus precisa contar com o “apoio”
ser criados de várias formas. Os primeiros foram do usuário. Isso ocorre, por exemplo, quando uma pessoa
desenvolvidos em linguagens de programação como C e baixa um anexo contaminado de um e-mail e o executa. Os
Assembly. Hoje, é possível encontrar inclusive ferramentas worms, por sua vez, podem infectar o computador de maneira
que auxiliam na sua criação. totalmente discreta, explorando falhas em aplicativos ou no
próprio sistema operacional. É claro que um worm também
- Como os vírus agem? pode contar com a ação de um usuário para se propagar, pois
Os vírus recebem esse nome porque possuem geralmente esse tipo de malware é criado para contaminar o
características de propagação que lembram os vírus reais, isto máximo de computadores possível, fazendo com que qualquer
é, biológicos: quando um vírus contamina um computador, meio que permita isso seja aceitável.
além de executar a ação para o qual foi programado, tenta
também se espalhar para outras máquinas, tal como fazem os - Spyware
vírus biológicos nos organismos que invadem. São programas que “espionam” as atividades dos usuários
Antigamente, os vírus tinham um raio de ação muito ou capturam informações sobre eles. Para contaminar um
limitado: se propagavam, por exemplo, toda vez que um computador, os spywares geralmente são “embutidos” em
disquete contaminado era lido no computador. Com o softwares de procedência duvidosa, quase sempre oferecidos
surgimento da internet, no entanto, essa situação mudou como freeware ou shareware.
drasticamente, para pior. Os dados capturados são posteriormente transmitidos
Isso acontece porque, com a internet, os vírus podem se pela internet. Estas informações podem ser desde hábitos de
espalhar de maneira muito mais rápida e contaminar um navegação do usuário até senhas.
número muito mais expressivo de computadores. Para isso,
podem explorar vários meios, entre eles: - Keylogger
- Falhas de segurança (bugs): sistemas operacionais e São pequenos aplicativos que podem vir embutidos em
outros programas não são softwares perfeitos e podem conter vírus, spywares ou softwares de procedência duvidosa. Sua
falhas. Estas, quando descobertas por pessoas com fins função é a de capturar tudo o que é digitado pelo usuário. É
maliciosos, podem ser exploradas por vírus, permitindo a uma das formas utilizadas para a captura de senhas.
contaminação do sistema, muitas vezes sem o usuário
perceber; - Hijacker
- E-mails: essa é uma das práticas mais exploradas. O São programas ou scripts que “sequestram” navegadores
usuário recebe mensagens que tentam convencê-lo a executar de internet. As principais vítimas eram as versões mais antigas
um arquivo anexado ou presente em um link. Se o usuário o do Internet Explorer. Um hijacker pode, por exemplo, alterar a
fizer sem perceber que está sendo enganado, certamente terá página inicial do browser e impedir o usuário de mudá-la,
seu computador contaminado; exibir propagandas em janelas novas, instalar barras de
- Downloads: o usuário pode baixar um arquivo de um ferramentas e impedir o acesso a determinados sites (páginas
determinado site sem perceber que este pode estar infectado. de empresas de antivírus, por exemplo). Felizmente, os
navegadores atuais contam com mais recursos de segurança,
Os vírus também podem se propagar através de uma limitando consideravelmente a ação desse tipo de praga
combinação de meios. Por exemplo, uma pessoa em um digital. Rootkit
escritório pode executar o anexo de um e-mail e, com isso, Esse é um dos tipos de malwares mais perigosos. Podem
contaminar o seu computador. Em seguida, este mesmo vírus ser utilizados para várias finalidades, como capturar dados do

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usuário. Até aí, nenhuma novidade. O que torna os rootkits tão - configure-o para verificar todo e qualquer formato de
ameaçadores é a capacidade que possuem para dificultar a sua arquivo (qualquer tipo de extensão de arquivo);
detecção por antivírus ou outros softwares de segurança. Em - se for possível, crie o disquete de verificação e utilize-o
outras palavras, os rootkits conseguem se “camuflar” no esporadicamente, ou quando seu computador estiver
sistema. Para isso, desenvolvedores de rootkits podem fazer apresentando um comportamento anormal (mais lento,
uso de várias técnicas avançadas, como infiltrar o malware em gravando ou lendo o disco rígido fora de hora, etc);
processos ativos na memória, por exemplo. Algumas versões de antivírus são gratuitas para uso
Além de difícil detecção, os rootkits também são de difícil pessoal e podem ser obtidas pela Internet. Mas antes de obter
remoção. Felizmente, sua complexidade de desenvolvimento um antivírus pela Internet, verifique sua procedência e
faz com que não sejam muito numerosos. certifique-se que o fabricante é confiável.
O mercado conta com antivírus pagos e gratuitos (estes,
- Ransomware geralmente com menos recursos). Alguns programas, na
É um tipo de malware com uma “proposta” mais ousada: verdade, consistem em pacotes de segurança, já que incluem
uma vez ativo, a praga pode bloquear ou limitar (ou permitir firewall e outras ferramentas que complementam a proteção
que seu criador o faça remotamente) o acesso a arquivos, oferecida pelo antivírus. Eis uma lista com as soluções mais
pastas, aplicativos, unidades de armazenamento inteiras ou conhecidas:
até mesmo impedir o uso do sistema operacional. Para liberar - AVG: mais conhecida por suas versões gratuitas, mas
estes recursos, o ransomware costuma mostrar mensagens também possui edições paga com mais recursos -
exigindo pagamentos. É como se o computador tivesse sido www.avg.com; - Avast: conta com versões pagas e gratuitas -
sequestrado. www.avast. com;
Para convencer o usuário a desembolsar o valor exigido, a - Microsoft Security Essentials: gratuito para usuários
mensagem pode conter ameaças ou chantagens, dizendo, por domésticos de licenças legítimas do Windows -
exemplo, que dados importantes serão apagados ou que www.microsoft. com/security_essentials;
imagens particulares da pessoa serão publicadas na internet - Norton: popular antivírus da Symantec. Possui versões de
caso o pagamento não seja efetuado. testes, mas não gratuitas - www.norton.com;
O usuário que tiver seu computador infectado por um - Panda: possui versões de testes, mas não gratuitas - www.
ransomware não deve ceder à pressão e pagar, mesmo porque, pandasecurity.com;
não raramente, nada acontece quando isso é feito. O ideal é que - Kaspersky: possui versões de testes, mas não gratuitas -
a pessoa utilize um software de segurança (antivírus) para www.kaspersky.com;
tentar remover a praga ou, se não tiver sucesso, procure - Avira AntiVir: mais conhecida por suas versões gratuitas,
alguém de confiança para fazê-lo. mas também possui edições pagas com mais recursos - www.
avira.com;
- Falsos antivírus - NOD32: possui versões de testes, mas não gratuitas -
Não é novidade para ninguém que o meio mais utilizado www.
como proteção contra vírus e outros malwares são os eset.com;
antivírus. Cientes disso, “delinquentes virtuais” passaram a - McAfee: uma das soluções mais tradicionais do mercado.
explorar essa característica a seu favor: criaram falsos Possui versões de testes, mas não gratuitas -
antivírus. www.mcafee.com;
A propagação desse tipo de software é feita de várias - F-Secure: pouco conhecida no Brasil, mas bastante
maneiras. Nas mais comuns, sites de conteúdo duvidoso utilizada em outros países. Possui versões de testes, mas não
exibem propagandas que se passam por alertas de segurança. gratuitas - www.f-secure.com;
Se o usuário clicar na mensagem, será convidado a baixar um - BitDefender: conta com versões pagas e gratuitas - www.
programa ou acessar uma página que supostamente faz bitdefender.com.
varreduras em seu computador.
A suposta ferramenta, que inclusive costuma ter interface Firewall
que lembra os antivírus mais conhecidos do mercado, simula O firewall é um sistema que visa proteger o computador de
uma varredura que aponta a existência de um ou mais ameaças vindas da internet.
malwares no computador e se oferece para limpar o sistema Existem 2 tipos de ameaças: Os vírus e os malwares.
mediante pagamento. Mas tudo não passa de simulação. Vírus atacam e danificam arquivos do seu sistema. São
A dica mais recomendada, neste caso, é a de utilizar combatidos pelo antivírus.
sempre antivírus de empresas de segurança reconhecidas. Malwares são programas que visam roubar suas
informações e o Firewall é a primeira linha de defesa.
Antivírus O Windows conta com um firewall. É importante manter-
Os antivírus são programas que procuram detectar e, lo ativado.
então, anular ou remover os vírus de computador. Atualmente, Para verificar se está ativado:
novas funcionalidades têm sido adicionadas aos programas Vá em Painel de Controle -> Sistema e Segurança ->
antivírus, de modo que alguns procuram detectar e remover Verificar o status do Firewall.
cavalos de tróia e outros tipos de códigos maliciosos, barrar Se estiver tudo certo, deve estar igual a figura abaixo:
programas hostis e verificar e-mails.
Atualizações
Como faço bom uso do meu antivírus? O Windows apresenta muitas falhas em seu sistema. Falhas
As dicas para o bom uso do antivírus são simples: imperceptíveis que os usuários comuns não se dão conta,
- mantenha o antivírus e suas assinaturas sempre porem, não passam despercebidas pelos Hackers que
atualizados; exploram estas falhas para danificar o sistema de outras
- configure-o para verificar automaticamente arquivos pessoas.
anexados aos e-mails e arquivos obtidos pela Internet; Em virtude disso, a Microsoft esta continuamente lançando
- configure-o para verificar automaticamente mídias atualizações que servem para corrigir estas falhas.
removíveis (CDs, DVDs, pendrives, disquetes, discos para Zip, É muito importante manter o sistema atualizado e uma
etc); vantagem do Windows é que ele se atualiza automaticamente,
basta uma conexão com a internet.

Noções de Informática 135


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APOSTILAS OPÇÃO

Segurança na Internet - nome da AC que emitiu o certificado; - número de série do


Computadores domésticos são utilizados para realizar certificado digital; - assinatura digital da AC.
inúmeras tarefas, tais como:
- transações financeiras, sejam elas bancárias ou mesmo Assinatura digital
compra de produtos e serviços; A assinatura digital é uma modalidade de assinatura
- comunicação através de e-mails, por exemplo; eletrônica, resultado de uma operação matemática que utiliza
- armazenamento de dados, sejam eles pessoais ou algoritmos de criptografia assimétrica e permite aferir, com
comerciais, etc. segurança, a origem e a integridade do documento.
É importante que você se preocupe com a segurança de seu A assinatura digital fica de tal modo vinculada ao
computador, pois você, provavelmente, não gostaria que: documento eletrônico “subscrito” que, ante a menor alteração
- suas senhas e números de cartões de crédito fossem neste, a assinatura se torna inválida. A técnica permite não só
furtados e utilizados por terceiros; verificar a autoria do documento, como estabelece também
- sua conta de acesso a Internet fosse utilizada por alguém uma “imutabilidade lógica” de seu conteúdo, pois qualquer
não autorizado; alteração do documento, como por exemplo a inserção de mais
- seus dados pessoais, ou até mesmo comerciais, fossem um espaço entre duas palavras, invalida a assinatura.
alterados, destruídos ou visualizados por terceiros; Necessário distinguir assinatura digital da assinatura
- seu computador deixasse de funcionar, por ter sido digitalizada. A assinatura digitalizada é a reprodução da
comprometido e arquivos essenciais do sistema terem sido assinatura autógrafa como imagem por um equipamento tipo
apagados, etc. scanner. Ela não garante a autoria e integridade do documento
eletrônico, porquanto não existe uma associação inequívoca
Por que alguém iria querer invadir meu computador? entre o subscritor e o texto digitalizado, uma vez que ela pode
A resposta para esta pergunta não é simples. Os motivos ser facilmente copiada e inserida em outro documento. Os
pelos quais alguém tentaria invadir seu computador são atributos da assinatura digital são:
inúmeros. Alguns destes motivos podem ser: a) ser única para cada documento, mesmo que seja o
- utilizar seu computador em alguma atividade ilícita, para mesmo signatário;
esconder a real identidade e localização do invasor; b) comprovar a autoria do documento eletrônico;
- utilizar seu computador para lançar ataques contra c) possibilitar a verificação da integridade do documento,
outros computadores; ou seja, sempre que houver qualquer alteração, o destinatário
- utilizar seu disco rígido como repositório de dados; terá como percebê-la;
- destruir informações (vandalismo); d) assegurar ao destinatário o “não repúdio” do
- disseminar mensagens alarmantes e falsas; documento eletrônico, uma vez que, a princípio, o emitente é a
- ler e enviar e-mails em seu nome; única pessoa que tem acesso à chave privada que gerou a
- propagar vírus de computador; assinatura.
- furtar números de cartões de crédito e senhas bancárias;
- furtar a senha da conta de seu provedor, para acessar a A assinatura digital garante ao destinatário que o
Internet se fazendo passar por você; documento não foi alterado ao ser enviado (integridade) e
- furtar dados do seu computador, como por exemplo, ainda comprova a autoria do emitente (autenticidade), enfim,
informações do seu Imposto de Renda. confere maior grau de segurança, pois os documentos
eletrônicos não assinados digitalmente têm as características
Certificado digital de alterabilidade e fácil falsificação.33
O certificado digital é um documento eletrônico assinado
digitalmente por uma autoridade certificadora, e que contém Criptografia34
diversos dados sobre o emissor e o seu titular. A função A criptografi a utiliza um outro conceito que é o de modifi
precípua do certificado digital é a de vincular uma pessoa ou car a mensagem de forma que somente o destinatário possa
uma entidade a uma chave pública. entendê-la.
Para adquirir um certificado digital, o interessado deve Para que isso aconteça, a mensagem é embaralhada de
dirigir-se a uma Autoridade de Registro, onde será identificado certa maneira, usando alguma técnica combinada entre o
mediante a apresentação de documentos pessoais (dentre emissor e o receptor, de forma que o segundo, e apenas ele,
outros: cédula de identidade ou passaporte, se estrangeiro; saiba arrumar, retornar ao texto original e à mensagem que o
CPF; título de eleitor; comprovante de residência e PIS/PASEP, primeiro embaralhou.
se for o caso). É importante salientar que é indispensável a Assim, a interceptação da mensagem em trânsito não
presença física do futuro titular do certificado, uma vez que permite, em princípio, que seu conteúdo seja revelado.
este documento eletrônico será a sua “carteira de identidade”
no mundo virtual. Dicas de proteção35
A emissão de certificado para pessoa jurídica requer a Muita gente pensa que basta ter um antivírus no
apresentação dos seguintes documentos: registro comercial, computador e estará livre de malwares. De fato, esse tipo de
no caso de empresa individual; ato constitutivo, estatuto ou software tem um papel importante, mas nem mesmo a melhor
contrato social; CNPJ e documentos pessoais da pessoa física solução consegue ser 100% eficiente. A arma mais poderosa,
responsável. portanto, é a prevenção. Eis algumas dicas simples, mas
As principais informações que constam em um certificado essenciais para isso:
digital são: - Aplique as atualizações do sistema operacional e sempre
- chave pública do titular; use versões mais recentes dos programas instalados nele;
- nome e endereço de e-mail; - Tome cuidado com anexos e link em e-mails, mesmo
- período de validade do certificado; quando a mensagem vier de pessoas conhecidas;

33 Fonte: http://www.trt4.jus.br/content-portlet/downlo br%2FpopUpVisualizar.php%3Fid%3D45691%26urlArquivo%3D..%2Fa


ad/68/certificado_digital_ins.pdf rquivo%2Fdocumento%2F45691.pdf&usg=AFQjCNEZKjJxkdXsj6jZO1-
34 Fonte: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc = dZVa6I3IajQ&sig2=wrPdMTWe1WkernZ_lvYA-Q&bvm=bv.137132246,d.Y2I
s&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiP0J6riIjQAh 35 Fonte: http://cfjl.com.br/blogs2/26-tecnologia-da- informacao/1898-

VGlJAKHagzDxUQFggsMAM&url=http%3A%2F%2Fteca.cecierj.edu. oquesaovirusecomoagem

Noções de Informática 136


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APOSTILAS OPÇÃO

- O mesmo cuidado deve ser dado a redes sociais Durante a reunião, o profissional de segurança disse que o
(Facebook, orkut, Twitter, etc) e a serviços como o Windows programa em questão permite monitorar a movimentação do
Live Messenger; mouse por sobre a tela de uma aplicação bancária, com o
- Antes de baixar programas desconhecidos, busque mais objetivo de descobrir a senha digitada por um usuário que
informações sobre ele em mecanismos de buscas ou em sites esteja usando um teclado virtual.
especializados em downloads; Ele completou sua explanação dizendo que esse tipo de
- Tome cuidado com os sites que visita. É muito comum, código malicioso é chamado de
por exemplo, a propagação de malwares em páginas de (A) vírus
conteúdo adulto; (B) trojan clicker
- Ao instalar um antivírus, certifique-se de que este é (C) spyware
atualizado regularmente, do contrário, o programa não será (D) botnet
capaz de identificar novos vírus ou variações de pragas já (E) trojan backdoor
existentes;
- Faça uma varredura com o antivírus periodicamente no 04. (COBRA Tecnologia S/A (BB) - Técnico de
computador todo. Também utilize o programa para verificar Operações - QUADRIX). Em um sistema operacional para
arquivos baixados pela internet; desktop com acesso à internet, instalado em um
- Vírus também podem ser espalhar por cartões SD, microcomputador, ocorrem diversas vulnerabilidades e falhas
pendrives e aparelhos semelhantes, portanto, sempre de segurança conhecidas. Seus fornecedores, distribuidores ou
verifique o conteúdo dos dispositivos removíveis e, se a comunidade de técnica indicam, por diversos motivos, quais
possível, não utilize-os em computadores públicos (faculdade, procedimentos devem ser executados para elevar a segurança
escola, lan house, etc). ou a correção de problemas. Qual, das alternativas a seguir,
auxilia um usuário padrão a se proteger de vírus e programas
Vírus e afins não podem danificar o hardware do maliciosos?
computador. Malwares são softwares, portanto, não podem (A) Codec de vídeo.
queimar ou fazer com que um componente exploda, por (B) Backup.
exemplo. (C) PROXY
O que pode acontecer é de uma praga conseguir danificar (D) Wi-Fi.
o firmware de algum dispositivo, isto é, o software que o faz (E) Antivírus.
funcionar. Mas esse é um procedimento bastante complexo e,
consequentemente, muito difícil de ocorrer. 05. (TER/MA - Técnico Judiciário - IESES). Alcebíades
É importante esclarecer também que o simples ato de queria instalar um software em seu computador rapidamente
baixar um vírus não contamina imediatamente o computador. para modificar umas fotos. Procurou na internet e achou um
É necessário que alguma ação - um clique do usuário, por software freeware. Baixou e instalou, sem perceber que alguns
exemplo - o faça entrar em ação. softwares adicionais foram instalados também. Como a
prioridade era a rapidez e não a segurança, ele pagou o preço.
Questões Sua página inicial do browser foi alterada, sua página de
procura principal e redirecionamentos de páginas. Qual destas
01. (TER/AP - Técnico Judiciário - FCC). Um usuário de pragas virtuais Alcebiades instalou?
computador observou que, ao conectar um pendrive no (A) Browser Hijacker.
computador, os arquivos do pendrive foram transformados (B) Trojans.
em atalhos, não conseguindo acessar os arquivos (C) Spyware.
originalmente armazenados. Esse sintoma é característico de (D) Worms.
um malware do tipo:
(A) Spyware. Gabarito
(B) Keylogger.
(C) Worm. 01. D\02. A\03. C\04. E\05. A
(D) Vírus.
(E) Adware.

02. (TER/SE - Técnico Judiciário - FCC). Existe uma série


de recomendações para fazer uso seguro do webmail, como a Anotações
criação de uma senha de acesso adequada, a não abertura de
links suspeitos e a utilização de conexões de acesso ao
webmail seguras. Uma conexão é considerada segura se o
endereço da página do provedor de webmail, utilizada no
acesso ao e-mail, for iniciada por
(A) HTTPS.
(B) TCPS.
(C) FTPS.
(D) SNMP.
(E) HTTP.

03. (Banco do Brasil - Escriturário - CESGRANRIO). Os


escriturários de uma agência foram chamados para uma
reunião com um profissional da área de segurança da
informação de um banco. O objetivo dessa reunião era
informá-los de que houve uma falha nos procedimentos de
segurança da rede de computadores da agência, o que permitiu
a propagação de um programa malicioso bastante perigoso.

Noções de Informática 137


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APOSTILAS OPÇÃO

Noções de Informática 138


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DIREITO CONSTITUCIONAL

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APOSTILAS OPÇÃO

VII - solução pacífica dos conflitos;


VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da
humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará
a integração econômica, política, social e cultural dos povos da
Dos princípios América Latina, visando à formação de uma comunidade
fundamentais da República latino-americana de nações.
Federativa do Brasil.
Questões

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 01. (Prefeitura de Chapecó/SC - Engenheiro de


BRASIL DE 19881. Trânsito - IOBV) Assinale a alternativa que está incorreta:
(A) A República Federativa do Brasil é formada pela união
PREÂMBULO indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.
(B) São Poderes da União, independentes e sucessivos
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em entre si, o Legislativo, o Executivo e o Conselho Nacional de
Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Justiça.
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos (C) A soberania e o pluralismo político são fundamentos da
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o República Federativa do Brasil.
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores (D) É objetivo fundamental da República Federativa do
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem Brasil garantir o desenvolvimento nacional.
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na
ordem interna e internacional, com a solução pacífica das 02. (Prefeitura de Recife/PE - Procurador - FCC) Entre
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a os princípios que regem, segundo a Constituição Federal, a
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO República Federativa do Brasil nas suas relações
BRASIL. internacionais, encontram-se os seguintes:
(A) defesa da paz, soberania nacional, não-intervenção e
TÍTULO I repúdio a todas as formas de tratamento desumano ou
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS degradante.
(B) autodeterminação dos povos, cooperação entre os
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela povos para o progresso da humanidade e promoção do bem-
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito estar e da justiça social.
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem (C) defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, não-
como fundamentos: intervenção e repúdio ao terrorismo e ao racismo.
I - a soberania; (D) soberania nacional, proteção do meio ambiente
II - a cidadania ecologicamente equilibrado, não intervenção e solução
III - a dignidade da pessoa humana; pacífica dos conflitos.
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (E) cooperação entre os povos para o progresso da
V - o pluralismo político. humanidade, proteção do meio ambiente ecologicamente
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o equilibrado, promoção do bem-estar e da justiça social.
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição. 03. (PC/SP - Oficial Administrativo - VUNESP) São
Poderes da União, independentes e harmônicos entre si,
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos (A) a Federação brasileira, os Estados e os Municípios.
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. (B) o Ministério Público, a Defensoria Pública e a
Procuradoria Geral do Estado.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República (C) o Congresso Nacional, o Senado e a Câmara dos
Federativa do Brasil: Deputados.
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; (D) o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
II - garantir o desenvolvimento nacional; (E) o Presidente da República, os Governadores e os
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as Prefeitos.
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, Gabarito
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação. 01.B/ 02.C/ 03.D.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas


relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;

1 Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
Acesso em: 02/04//2019 às 16h30min.

Direito Constitucional 1
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APOSTILAS OPÇÃO

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de


Dos Direitos e Garantias cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento;
Fundamentais. XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
TÍTULO II XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS permanecer associado;
CAPÍTULO I XXI - as entidades associativas, quando expressamente
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
judicial ou extrajudicialmente;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de XXII - é garantido o direito de propriedade;
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
termos seguintes: interesse social, mediante justa e prévia indenização em
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
nos termos desta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer competente poderá usar de propriedade particular,
alguma coisa senão em virtude de lei; assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento dano;
desumano ou degradante; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei,
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado desde que trabalhada pela família, não será objeto de
o anonimato; penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à financiar o seu desenvolvimento;
imagem; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
suas liturgias; a) a proteção às participações individuais em obras
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive
assistência religiosa nas entidades civis e militares de nas atividades desportivas;
internação coletiva; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de das obras que criarem ou de que participarem aos criadores,
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e associativas;
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção
científica e de comunicação, independentemente de censura às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes
ou licença; de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo do País;
dano material ou moral decorrente de sua violação; XXX - é garantido o direito de herança;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável
ou, durante o dia, por determinação judicial; a lei pessoal do "de cujus";
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações consumidor;
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de informações de seu interesse particular, ou de interesse
investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
nº 9.296, de 1996). de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Vide Lei
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei nº 12.527, de 2011).
estabelecer; XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e pagamento de taxas:
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
profissional; direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para
de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; pessoal;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
em locais abertos ao público, independentemente de lesão ou ameaça a direito;
autorização, desde que não frustrem outra reunião XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas jurídico perfeito e a coisa julgada;
exigido prévio aviso à autoridade competente; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
vedada a de caráter paramilitar; organização que lhe der a lei, assegurados:

Direito Constitucional 2
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APOSTILAS OPÇÃO

a) a plenitude de defesa; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos


b) o sigilo das votações; processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
c) a soberania dos veredictos; social o exigirem;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
contra a vida; ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
pena sem prévia cominação legal; propriamente militar, definidos em lei;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
direitos e liberdades fundamentais; competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis assistência da família e de advogado;
de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; autoridade judiciária;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido,
de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
constitucional e o Estado Democrático; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
patrimônio transferido; coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, abuso de poder;
entre outras, as seguintes: LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
a) privação ou restrição da liberdade; direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus"
b) perda de bens; ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou
c) multa; abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
d) prestação social alternativa; jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
e) suspensão ou interdição de direitos; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
XLVII - não haverá penas: por:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos a) partido político com representação no Congresso
do art. 84, XIX; Nacional;
b) de caráter perpétuo; b) organização sindical, entidade de classe ou associação
c) de trabalhos forçados; legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um
d) de banimento; ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
e) cruéis; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
do apenado; inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
física e moral; a) para assegurar o conhecimento de informações relativas
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
possam permanecer com seus filhos durante o período de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
amamentação; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
crime político ou de opinião; cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão custas judiciais e do ônus da sucumbência;
pela autoridade competente; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
sem o devido processo legal; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado
e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e na sentença;
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por forma da lei:
meios ilícitos; a) o registro civil de nascimento;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em b) a certidão de óbito;
julgado de sentença penal condenatória; LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; exercício da cidadania.
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
pública, se esta não for intentada no prazo legal; assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação.

Direito Constitucional 3
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias (C) para prestar socorro.


fundamentais têm aplicação imediata. (D) por determinação judicial, a qualquer hora.
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios Gabarito
por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte. 01. C/ 02. B/ 03. C/ 04. D/ 05. D.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso CAPÍTULO II
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos DOS DIREITOS SOCIAIS
respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais. Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Questões Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
90, de 2015)
01. (Prefeitura de Chapecó/SC - Engenheiro de
Trânsito - IOBV/2016) De acordo com o texto constitucional, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
é direito fundamental do cidadão: além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(A) A manifestação do pensamento, ainda que através do I - relação de emprego protegida contra despedida
anonimato. arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar,
(B) A liberdade de associação para fins lícitos, inclusive de que preverá indenização compensatória, dentre outros
caráter paramilitar. direitos;
(C) Ser compelido a fazer ou deixar de fazer alguma coisa II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
somente em virtude de lei. involuntário;
(D) Ser livre para expressar atividade intelectual e III - fundo de garantia do tempo de serviço;
artística, mediante licença do Ministério da Educação e IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado,
Cultura. capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
02. (Prefeitura de Valença/BA - Técnico Ambiental - vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
AOCP/2016) Sobre os direitos fundamentais, assinale a reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,
alternativa correta. sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
(A) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade
podendo penetrar sem consentimento do morador, exceto do trabalho;
apenas no caso de flagrante delito. VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
(B) É inviolável o sigilo da correspondência e das convenção ou acordo coletivo;
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas que percebem remuneração variável;
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração
investigação criminal ou instrução processual penal. integral ou no valor da aposentadoria;
(C) É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou IX - remuneração do trabalho noturno superior à do
profissão, não podendo a lei estabelecer qualquer requisito. diurno;
(D) O homicídio constitui crime inafiançável e X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime
imprescritível. sua retenção dolosa;
(E) No Brasil, não se admite pena de morte em hipótese XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da
alguma. remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da
empresa, conforme definido em lei;
03. (PC/TO - Delegado de Polícia - Aroeira) Dispõe a XII - salário-família pago em razão do dependente do
Constituição Federal, no Título dos Direitos e Garantias trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
Fundamentais, que a prisão ilegal será imediatamente: XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas
(A) revogada pela autoridade policial competente. diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação
(B) substituída por fiança. de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
(C) relaxada pela autoridade judiciária. convenção coletiva de trabalho;
(D) substituída por monitoração eletrônica. XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
04. (PC/MG - Investigador de Polícia - FUMARC) NÃO coletiva;
figura entre as garantias expressas no artigo 5º da XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
Constituição Federal: domingos;
(A) a obtenção de certidões em repartições públicas. XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no
(B) a defesa do consumidor, prevista em estatuto próprio. mínimo, em cinquenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452,
(C) o respeito à integridade física dos presos, garantido art. 59 § 1º).
pela lei de execução penal. XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,
(D) a remuneração do trabalho noturno superior ao um terço a mais do que o salário normal;
diurno, posto que contido na legislação ordinária trabalhista. XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do
salário, com a duração de cento e vinte dias;
05. (PC/MG - Investigador de Polícia - FUMARC) A casa XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
é asilo inviolável do indivíduo, podendo-se nela entrar, sem XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
permissão do morador, EXCETO incentivos específicos, nos termos da lei;
(A) em caso de desastre. XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo
(B) em caso de flagrante delito. no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;

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APOSTILAS OPÇÃO

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a
de normas de saúde, higiene e segurança; partir do registro da candidatura a cargo de direção ou
XXIII - adicional de remuneração para as atividades representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
XXIV - aposentadoria; termos da lei.
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré- organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores,
escolas; atendidas as condições que a lei estabelecer.
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos
de trabalho; Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do sobre os interesses que devam por meio dele defender.
empregador, sem excluir a indenização a que este está § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações comunidade.
de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após penas da lei.
a extinção do contrato de trabalho;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e
funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus
cor ou estado civil; interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a discussão e deliberação.
salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
deficiência; Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, assegurada a eleição de um representante destes com a
técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou com os empregadores.
insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a Questões
partir de quatorze anos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com 01. (TJ/MT - Juiz de Direito - FMP) Assinale a alternativa
vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso correta.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos (A) O rol de direitos sociais nos incisos do art. 7º e
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, seguintes é exaustivo.
VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, (B) É vedada a redução proporcional do salário do
XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições trabalhador sob qualquer hipótese.
estabelecidas em lei e observada a simplificação do (C) É assegurado ao trabalhador o gozo de férias anuais
cumprimento das obrigações tributárias, principais e remuneradas com, no mínimo, um terço a mais do que o salário
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas normal.
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e (D) A licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do
XXVIII, bem como a sua integração à previdência salário, não está constitucionalmente prevista, mas é
social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de determinada pela CLT.
2013). (E) O direito à licença paternidade, sem prejuízo do
emprego e do salário, não está constitucionalmente previsto,
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, mas é determinado pela CLT.
observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a 02. (MPE-SP - Analista de Promotoria II - IBFC) O artigo
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 6° da Constituição da República, ainda que de forma genérica,
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a faz alusão aos direitos sociais. Com efeito, NÃO é direito social,
intervenção na organização sindical; como expressamente previsto no texto constitucional, o (a):
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, (A) Lazer.
em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou (B) Felicidade.
econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos (C) Segurança.
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo (D) Proteção à infância.
ser inferior à área de um Município; (E) Proteção à maternidade.
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões Gabarito
judiciais ou administrativas;
IV - a Assembleia geral fixará a contribuição que, em se 01. C/ 02.B.
tratando de categoria profissional, será descontada em folha,
para custeio do sistema confederativo da representação CAPÍTULO III
sindical respectiva, independentemente da contribuição DA NACIONALIDADE
prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado Art. 12. São brasileiros:
a sindicato; I - natos: (nacionalidade originária)
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
negociações coletivas de trabalho; de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado seu país;
nas organizações sindicais;

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APOSTILAS OPÇÃO

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 02. (TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário -
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da Área Administrativa - FCC/2016) As irmãs Catarina e Gabriela
República Federativa do Brasil; são brasileiras naturalizadas. Ambas possuem carreira
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe jurídica brilhante, destacando-se profissionalmente. Catarina
brasileira, desde que sejam registrados em repartição almeja ocupar o cargo de Ministra do Supremo Tribunal
brasileira competente ou venham a residir na República Federal e Gabriela almeja ocupar o cargo de Ministra do
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de Tribunal Superior do Trabalho. Neste caso, com relação ao
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; requisito nacionalidade,
II - naturalizados: (nacionalidade derivada) (A) nenhuma das irmãs poderá alcançar o cargo almejado.
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade (B) ambas as irmãs poderão alcançar o cargo almejado,
brasileira, exigidas aos originários de países de língua independentemente de qualquer outra exigência legal.
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e (C) apenas Gabriela poderá alcançar o cargo almejado.
idoneidade moral; (D) apenas Catarina poderá alcançar o cargo almejado.
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes (E) ambas as irmãs só poderão alcançar o cargo almejado
na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos se tiverem mais de quinze anos de naturalização.
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira. 03. (IF/BA - Assistente em Administração -
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, FUNRIO/2016) De acordo com a Constituição Federal de
se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão 1988, são privativos de brasileiro nato, dentre outros, os
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos cargos de
previstos nesta Constituição. (A) Procurador da República e de Ministro do Supremo
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre Tribunal Federal.
brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos (B) Secretário Nacional da Infância e da Juventude e de
nesta Constituição. oficial das Forças Armadas.
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: (C) Ministro do Supremo Tribunal Federal e de Presidente
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; da Câmara dos Deputados.
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; (D) Advogado Geral da União e de Auditor da Receita
III - de Presidente do Senado Federal; Federal.
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; (E) Ministro do Tribunal de Contas do Distrito Federal e de
V - da carreira diplomática; Procurador da República.
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa Gabarito
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que: 01.D/ 02.C/ 03.C.
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial,
em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; CAPÍTULO IV
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: DOS DIREITOS POLÍTICOS
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira; Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição todos, e, nos termos da lei, mediante:
para permanência em seu território ou para o exercício de I - plebiscito;
direitos civis; II - referendo;
III - iniciativa popular.
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
Federativa do Brasil. I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a II - facultativos para:
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. a) os analfabetos;
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios b) os maiores de setenta anos;
poderão ter símbolos próprios. c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros
Questões e, durante o período do serviço militar obrigatório, os
conscritos.
01. (TJ-MT - Analista Judiciário - Ciências Contábeis - § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
UFMT/2016) Sobre a nacionalidade, assinale a afirmativa I - a nacionalidade brasileira;
INCORRETA. II - o pleno exercício dos direitos políticos;
(A) São brasileiros natos os filhos de pais estrangeiros III - o alistamento eleitoral;
nascidos no Brasil, desde que estes não estejam a serviço de IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
seu país. V - a filiação partidária;
(B) São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai VI - a idade mínima de:
ou mãe brasileira, desde que qualquer um deles esteja a a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
serviço do Brasil. República e Senador;
(C) São brasileiros naturalizados os originários dos países b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de
de língua portuguesa, na forma da lei, residentes por um ano Estado e do Distrito Federal;
ininterrupto no Brasil. c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado
(D) São brasileiros naturalizados os estrangeiros de Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
qualquer nacionalidade residentes no Brasil há mais de dez d) dezoito anos para Vereador.
anos e sem condenação penal. § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado
e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido,

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ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
para um único período subsequente. anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da candidato à reeleição.
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e
os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até Está correto o que consta APENAS em
seis meses antes do pleito. (A) II e IV.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, (B) I e IV.
o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo (C) I, III e IV.
grau ou por adoção, do Presidente da República, de (D) II e III.
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de (E) I e III.
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e 02. (CIS - AMOSC/SC - Técnico administrativo - Cursiva)
candidato à reeleição. Na Constituição Federal, Art. 14. A soberania popular será
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
condições: com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar- (A) plebiscito, referendo e iniciativa popular
se da atividade; (B) plebiscito, eleição e iniciativa popular
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado (C) plebiscito, referendo e eleição direta
pela autoridade superior e, se eleito, passará (D) nenhuma alternativa correta
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de Gabarito
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de 01.C/ 02.A.
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do CAPÍTULO V
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou DOS PARTIDOS POLÍTICOS
emprego na administração direta ou indireta.
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
econômico, corrupção ou fraude. fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em preceitos:
segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se I - caráter nacional;
temerária ou de manifesta má-fé. II - proibição de recebimento de recursos financeiros de
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
perda ou suspensão só se dará nos casos de: IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para
em julgado; definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre
II - incapacidade civil absoluta; escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
durarem seus efeitos; adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda
vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que Constitucional nº 97, de 2017)
ocorra até um ano da data de sua vigência. § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade
jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no
Questões Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário
01. (TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário - e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os
FCC/2016) A respeito dos direitos políticos, considere: partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela
I. São condições de elegibilidade, dentre outras, a idade Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
mínima de trinta e cinco anos para Presidente e Vice- I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados,
Presidente da República e Senador, trinta anos para no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
e vinte um anos para Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz. mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
II. O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios, delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
inclusive para os conscritos, durante o período de serviço II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais
militar obrigatório. distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
III. Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e 2017)
os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de
seis meses antes do pleito. organização paramilitar.
IV. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e
grau ou por adoção, do Presidente da República, do facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, do os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para

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fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de (C) Os partidos políticos não podem receber recursos
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela financeiros de entidades ou governo estrangeiros ou de
Emenda Constitucional nº 97, de 2017) subordinação a estes.
(D) Os partidos políticos, após adquirirem personalidade
Questões jurídica, na forma civil e comercial, registrarão seus estatutos
no Tribunal Regional Eleitoral.
01. (TJ/MA - Juiz Substituto - CESPE/2016) De acordo
com o que está expresso na CF acerca dos partidos políticos, é 05. (AL/GO - Procurador - CS-UFG) A Constituição
livre a criação, a fusão, a incorporação e a extinção de partidos Federal dispõe em capítulo próprio acerca dos partidos
políticos, resguardados a soberania nacional, o regime políticos no Brasil, dizendo que é livre a sua criação, fusão,
democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais incorporação e extinção, resguardados a soberania nacional, o
da pessoa humana, desde que observado(a) regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
(A) a obrigação de prestar contas à justiça eleitoral. fundamentais da pessoa humana e ainda observando, dentre
(B) a apreciação da legalidade dos atos de admissão de outros, o seguinte preceito:
pessoal para fins de registro. (A) redução das desigualdades regionais e sociais.
(C) a vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, (B) independência nacional.
estadual, distrital ou municipal em caso de coligações (C) caráter nacional.
eleitorais. (D) igualdade entre os Estados.
(D) o caráter regional do novo partido que se pretenda
criar. Gabarito
(E) a ampla publicidade dos orçamentos dos partidos
políticos. 01.A/ 02.D/ 03.D/ 04.D/ 05.C.

02. (TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário -


Contabilidade - CESPE/2016) Assinale a opção correta Do controle de
acerca do que dispõe a CF sobre partidos políticos.
(A) Os partidos políticos possuem personalidade jurídica constitucionalidade no
de direito público. ordenamento brasileiro:
(B) A previsão constitucional de que a lei regrará a função modalidades; efeitos
parlamentar autoriza o estabelecimento, pela legislação
infraconstitucional, de padrões mínimos de desempenho subjetivos e temporais da
eleitoral como condição para funcionamento do partido nas declaração de
casas legislativas. constitucionalidade e
(C) É inconstitucional, por ofensa ao pluripartidarismo e ao
pluralismo político, a fixação de proporcionalidade entre a inconstitucionalidade; Ações
representatividade partidária e a distribuição do fundo do controle concentrado;
partidário e do tempo na televisão e no rádio. súmula vinculante;
(D) A exigência de caráter nacional dos partidos políticos
visa resguardar o princípio federativo da unidade nacional. repercussão geral.
(E) A vedação à utilização de organização paramilitar não
obsta que os partidos, em razão da autonomia que lhe é
constitucionalmente assegurada, convencionem indumentária CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
uniformizada ou que estabeleçam, em seu âmbito interno,
relação de comando e obediência baseada em hierarquia rígida O controle de constitucionalidade somente é possível em
e fidelidade partidária. países que adotam Constituição escrita e rígida. A rigidez é
consequência do princípio da supremacia formal da
03. (CIS - AMOSC/SC - Técnico administrativo - Cursiva) Constituição, manifestando-se por meio de seu quórum
Na Constituição Federal, Art. 17. É livre a criação, fusão, especial de modificação e do processo legislativo mais
incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a prolongado.
soberania nacional, o regime democrático, o Da mesma forma, exige-se que todo o ordenamento
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa jurídico esteja formal e materialmente de acordo com o texto
humana e observados os seguintes preceitos. Assinale a constitucional. Para tal, necessária é a previsão de órgãos de
alternativa correta. controle constitucional, assim como mecanismos aptos à sua
I - caráter nacional efetivação.
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de O controle de constitucionalidade permite que todo o
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; ordenamento jurídico infraconstitucional e, inclusive, as
III - prestação de constas à Justiça Eleitoral; próprias emendas constitucionais, estejam de acordo com os
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. preceitos constitucionais.
(A) I, II, III estão corretos Deste modo, o ordenamento jurídico brasileiro,
(B) I, III, IV estão corretos considerando a aplicação do princípio da supremacia da
(C) II, III, IV estão corretos constituição, deve com ela ser compatível, sob pena de ser a
(D) Todas estão corretos norma considerada inconstitucional.

04. (TRE/MA - Analista Judiciário - Administrativa - Origens do Controle de Constitucionalidade da Lei


IESES) Sobre os partidos políticos é INCORRETO afirmar que:
(A) É vedada a utilização pelos partidos políticos de Antecedentes Remotos
organização paramilitar. a) Antecedentes gregos: séculos V a IV a.C. GRAPHÉ
(B) Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo PARANOMÓN. Toda vez que a assembleia do povo aprovava
partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da uma moção ou decreto que contrariasse as leis fundamentais,
lei. qualquer um do povo poderia acusar o proponente da norma

Direito Constitucional 8
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e os que a aprovaram. Isso porque as leis (nómos ou nomói) dos juízes designados, William Marbury, não conseguiu ser
deveriam sempre prevalecer sobre o decreto (prefisma). nomeado a tempo por falta de documentação. Quando
Haviam leis não escritas, heranças dos antepassados, Jefferson assumiu, nomeou como secretário James Madison, o
decorrentes da cultura, que tinham mais importância até do qual não quis empossar Marbury. Este entrou com um writ of
que as nomói, chamadas de AGRAPHÓI NOMÓI. A legitimidade mandamus contra Madison na Suprema Corte, visando a obter
daquelas consistia justamente em sua conformidade com a nomeação. Este remédio era previsto numa lei do congresso,
estas, das quais eram simples especificações. o qual seria julgado pelo ex-presidente John Marshall, o qual
b) Antecedentes romanos: as leis tinham que ser tinha sido nomeado para presidente da Suprema Corte por
aprovadas pelo Senado, quando votadas em comício. O Senado Jefferson. Por ordem deste, John não poderia nomear Marbury.
podia vetar as leis caso não fossem obedecidas as formalidades Assim, decidiu: Marbury tinha direito, porém a ação que ele
legais exigidas. utilizou foi criação de uma competência advinda de lei federal,
c) Antecedentes ingleses: tratava-se da anulação das leis enquanto somente uma emenda constitucional poderia
do parlamento por contrariarem o direito natural que atribuir nova competência à Suprema Corte. Logo, ele afirmou
fundamentava a Common Law, ou por ferirem a equidade ou a que a Corte é suprema, que a lei feria a constituição e que era,
razão. Menciona-se o caso Forbes VS Cochrane, de 1.624. Tal portanto, nula.
caso colocou que o direito inglês era natural revelado por Em seguida, com o aparecimento de outros casos, como o
Deus, não podendo ser contrariado pelo homem. Nesse caso, Dred Scott VS Sandford, em que um escravo pleiteava a sua
afirmou-se que todo homem é igual, não se podendo subsistir alforria, o controle de constitucionalidade foi ganhando força.
a escravidão em solo inglês. Hans Kelsen colaborou em muito para tal, ao estabelecer o
d) Antecedentes coloniais: colônias portuguesas regidas significado de constituição em sentido jurídico (ordenamento
pelo Código Filipino, século XVII, o qual autorizava o jurídico). Inclusive, foi ele quem previu a concentração do
administrador da colônia a ignorar as normas coloniais caso controle de constitucionalidade (controle abstrato e
fossem contra uma ordenação do reino. Já nas colônias concentrado).
inglesas, várias leis coloniais foram consideradas nulas, pois
contrariavam a ordenação inglesa. Sistemas gerais e sistema brasileiro

Antecedentes Próximos Existem quatro grandes modelos no mundo Ocidental


Eles têm como marcos o constitucionalismo francês e o sobre o Controle de Constitucionalidade, sendo que em um
norte-americano. As colônias norte-americanas, após a deles não há controle de constitucionalidade formalmente
independência, se tornaram uma confederação, com um estabelecido. São os modelos: inglês, francês, austríaco-
tratado e com constituições próprias. alemão, e o modelo norte-americano.
a) Período confederativo norte-americano: em 1776, as
colônias se tornaram independentes da Inglaterra, a) Modelo Inglês:
especialmente em função da questão tributária. A O primeiro modelo é o modelo inglês. No Reino Unido,
confederação foi formada em 1781, com a assinatura do como não existe uma Constituição escrita e rígida, assim, não
tratado entre as 13 colônias. Nesse período, em 1780, o Poder se tem como estabelecer o princípio da supremacia formal da
Judiciário de Nova Jersey declarou nula uma lei que constituição, sendo este substituído pelo princípio da
contrariava a sua constituição. Há outras decisões. A Suprema supremacia do Parlamento.
Corte da Carolina do Norte, em 1787, declarou inválida uma lei O Parlamento torna-se o poder soberano, podendo
que contrariava o tratado internacional de formação da modificar qualquer lei, mesmo as materialmente
confederação. constitucionais, sem que qualquer autoridade, judiciária ou
b) Período federativo: a federação foi formada em 1787, não, possa declarar nulo ou anular um ato parlamentar. Porém,
com a primeira constituição codificada mais antiga em vigor. A essa supremacia não é ilimitada, pois existem restrições
constituição limita os Poderes, resguardando as decisões raras internas, que emanam das práticas parlamentares, e externas,
do povo (constituição), quando em choque com as decisões provenientes das instituições inglesas em geral. Mesmo não
cotidianas dos governantes, inclusive como proteção contra existindo nenhuma garantia normativa formal diante do poder
uma possível tirania contra a maioria. O processo de do Parlamento, existem influências poderosas para restringi-
ratificação da constituição somente terminou em 1891, com 10 lo, como a tradição, as convenções constitucionais e os
emendas que incluíram o Bill of Rights, emenda de proteção costumes.
dos direitos fundamentais. A constituição não previu Devemos compreender bem como é constituído o
expressamente o controle de constitucionalidade das leis. Parlamento, no Reino Unido, pelo fato de que os três órgãos de
Porém, previa que ela seria a lei suprema do país, sendo os poder, tais como nós conhecemos (legislativo, executivo e
juízes de todos os estados a ela sujeitos, ficando sem efeito judiciário), tem representação nesse Parlamento. Bem, para
qualquer disposição em contrário. Houve forte debate entre a começar, o Parlamento congrega o Poder Legislativo em duas
adoção ou não do federalismo. Foram escritos, então, o Artigos câmaras: a câmara baixa, que é a câmara dos comuns, e a
Federalistas, por Hamilton, entre outros, o qual disse que era câmara alta que é a câmara dos lordes. Então, o Poder
dever do Judiciário declarar nulos todos os atos contrários à Legislativo normalmente estabelecido no Parlamento Inglês.
constituição. Como o Reino Unido adota o sistema de governo
- O caso Marbury Vs Madison: não foi o primeiro caso de Parlamentarista, o gabinete, incluindo o Primeiro Ministro, é
controle de constitucionalidade (JUDICIAL REVIEW), porém é formado por parlamentares. Então, pode-se dizer, que o Poder
o mais famoso e foi o primeiro que tratou da Executivo tem representação na câmara dos comuns, uma vez
constitucionalidade de uma lei federal face a constituição. Em que o Poder Executivo é integrado por parlamentares.
1803, o partido federalista perdeu as eleições, tomando posse O órgão de cúpula do Judiciário Inglês é formado por
o novo presidente Thomas Jefferson. O partido federalista “lordes”, e tem assento na câmara dos lordes. Então,
procurou conseguir uma maneira de continuar no poder, considerando que os três órgãos de poder daquela formatação
manipulando Jefferson. Para isso, aprovaram uma norma do Montesquieu, encontram assento no Parlamento Inglês,
nomeando vários juízes, os quais teriam a função de apoiar o para o inglês isso é suficiente para garantir que as leis estejam
partido no âmbito Judiciário (chamados de “juízes da meia adequadas com o costume e a jurisprudência dos Tribunais do
noite”, já que a norma foi aprovada na surdina), que tinha Reino Unido.
como principal expoente o então presidente John Marshall. Um

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No caso de a lei não estiver adequada, o instrumento é a a adequação daquele projeto de lei, em relação à
revogação. Então deve ser editada uma nova lei, revogando Constituição Francesa.
aquela que contraria o senso comum da sociedade inglesa. É importante notar que o Conselho Constitucional não
Vale registrar, no entanto, que desde 2008 os Tribunais é um órgão Judiciário. O controle não é um controle
Ingleses começaram a praticar o “Controle de Validade”, que judicial. O Conselho Constitucional é um órgão político,
não é propriamente um Controle de Constitucionalidade, vinculado à presidência da República. Ele é integrado por nove
porque o paradigma não é a Constituição. O paradigma é a membros, com mandato de nove anos, são três indicados pelo
Carta de Direitos Humanos da Europa, é a Carta Europeia Presidente da República, três pela Assembleia Nacional que faz
de Direitos Humanos. Então, desde 2008, os Tribunais as vezes de Câmara de Deputados no Brasil, e três pelo Senado.
Ingleses têm competência para invalidar uma lei inglesa que A cada três anos, um representante de cada indicado, indicado
disponha contra a Carta Europeia de Direitos Humanos. Essa pelo Presidente, Assembleia, ou pelo Senado, toma posse.
prática tem sido feita na avaliação de casos concretos, e passou Então, a cada três anos é uma renovação de 1/3 dos membros
a inserir os Tribunais Ingleses em um tipo de jurisdição de do Conselho.
Controle de Validade, não necessariamente de jurisdição Além desses nove membros, os ex-Presidentes da
constitucional. E algumas promulgadas pelo Parlamento Inglês República, têm assento vitalício no Conselho, apesar de que, na
já foram invalidadas a partir desse mecanismo. prática, desde 1958, nunca nenhum ex-Presidente exerceu
Exemplo: havia uma lei inglesa que possibilitava que um essa atribuição.
estrangeiro suspeito de ato terrorista e que não pudesse ser O Conselho Constitucional faz esse tipo de atividade,
deportado por algum motivo, pudesse ficar preso sem culpa analisa a validade do projeto de lei, ele também serve como
formada, sem condenação, pelo prazo que fosse necessário. É Justiça Eleitoral na França. Na França não existe um TSE, um
uma prisão que poderia ser uma prisão interna, sem TRE. Quem faz o controle da eleição é o Conselho
condenação. Essa lei foi invalidada. Constitucional, quem pronuncia o vencedor da eleição é o
Outra lei invalidada desde 2008 foi uma que permitia que Conselho Constitucional, quem dá posse ao Presidente da
os Tribunais Ingleses processassem, a partir de provas República é o Conselho Constitucional. Então ele tem um papel
secretas, que não fossem de conhecimento da defesa, pessoas político muito importante.
suspeitas de terrorismo. Na advocacia isso é difícil, não adianta Tecnicamente, essa verificação tem natureza de Controle
você defender alguém, sem saber as provas que estão sendo de Constitucionalidade Preventivo Político. É um controle
produzidas pela acusação. Bem, então nesse modelo inglês, político, porque não é exercido pelo Poder Judiciário. É um
não há propriamente uma jurisdição constitucional. controle preventivo, porque é realizado antes do
aperfeiçoamento da lei, enquanto ela ainda é um projeto.
b) Modelo Francês: A provocação do Conselho Constitucional, não pode ser
O segundo modelo é o modelo francês. Por razões feita por qualquer um, pode ser feita pela Assembleia e pelo
culturais e históricas, os franceses têm muita dificuldade de Senado, como substituição mínima do número de Deputados e
entender como pode o Juiz, que não é legitimado pelo voto, Senadores. E pode ser também feita pelo Presidente da
invalidar a vontade da maioria dos representantes do povo. República. Se o Conselho Constitucional se pronunciar pela
Então, esse aspecto político é muito forte na concepção validade do projeto de lei, ele mesmo assim pode ser negado
francesa contra a possibilidade do Judiciário invalidar, pelo Presidente da República, por motivo de falta de relevância
formalmente, uma lei já aprovada pelo Congresso Francês. do projeto. Mas, se o Conselho Constitucional se pronunciar
Uma das razões da dificuldade em superar esse pela inconstitucionalidade do projeto, o Presidente da
entendimento é que historicamente, no absolutismo francês, República não pode sancionar. Então, o pronunciamento do
os juízes eram meros delegatários da vontade do Imperador. Conselho é parcialmente vinculante.
Então, quem exercia o Poder Judiciário era o rei francês. Mas A partir da Reforma Constitucional 724/08, a França
como ele não podia estar em todos os lugares ao mesmo passou a contar com um sistema repressivo de controle de
tempo, ele nomeava delegatários que eram os Juízes. Só que os constitucionalidade. O Conselho Constitucional foi
Juízes Franceses, na época do absolutismo, não decidiam por autorizado a declarar a inconstitucionalidade de normas que
vontade própria, decidiam de acordo com a vontade do rei. atentem contra direitos e liberdades garantidos pela
Essa imagem de um Juiz sem independência para julgar Constituição francesa, mediante provocação do conselho de
questões políticas é muito forte no imaginário francês. estado ou corte de cassação. Ademais, inclui-se um mecanismo
Depois da Revolução Francesa, houve uma opção pelo análogo à modulação de efeitos da declaração de
sistema da Separação dos Poderes, radical, que impede que o inconstitucionalidade.
Judiciário analise questões de natureza política. Essas
questões, dizem os franceses, devem ser da atribuição do c) Modelo Norte-Americano:
Poder Executivo e Poder Legislativo. Então, o Judiciário não O terceiro modelo é o modelo norte-americano. A
tem competência para invalidar leis que tenham sido principal característica do constitucionalismo norte-
aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo Presidente americano e principal contribuição que os Estados Unidos
da República. Para os franceses, isso seria uma invasão de deram para a ciência política, foi a Supremacia da
atribuição e violaria o Princípio da Separação dos Poderes. Constituição. Para os norte-americanos, a Constituição tem
Então, o que impede que a França faça um repressivo Controle supremacia. Isso é algo muito claro na organização política
de Constitucionalidade é uma alegada agressão ao Princípio norte-americana, a Constituição está acima dos demais atos do
da Separação dos Poderes. ordenamento jurídico.
A lei francesa não fica sem qualquer tipo de análise, porque O primeiro caso judicial em que uma Suprema Corte, no
os franceses estabeleceram na atual Constituição a caso a Suprema Corte norte-americana, afirmou seu poder de
possibilidade de um projeto de lei, antes de ser sancionado exercer o controle de constitucionalidade foi no famoso caso
pelo Presidente da República, ser analisado por um órgão de Marbury vs. Madison2.
político, que é o Conselho Constitucional. Então, um projeto Em 1800, nas eleições presidenciais realizadas nos Estados
de lei antes de ser sancionado, pode ser dirigido ao Unidos, o então presidente federalista John Adams foi
Conselho Constitucional, para que ele se pronuncie sobre derrotado pela oposição republicana, perdendo representação

2 Informações extraídas de Dimoulis, Dimitri. Curso de processo Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição
constitucional: controle de constitucionalidade e remédios constitucionais/Dimitri sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência / Luís Roberto Barroso
Dimoulis, Soraya Lunardi. --São Paulo: Atlas, 2011. pp. 33 - 46 e Barroso, Luís - 3. ed. rev. e atual. - São Paulo: Saraiva, 2008. pp. 3 -10.

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tanto na esfera Legislativa quanto Executiva, sendo Thomas no entanto, um toque de inexcedível sagacidade política. É
Jefferson o novo presidente. Com o intuito de manter sua que as teses nela veiculadas, que em última análise davam
influência política no Poder Judiciário, os federalistas, antes do poderes ao Judiciário sobre outros dois ramos de governo,
término do mandato de John Adams, aprovaram uma lei de jamais seriam aceitas passivamente por Jefferson e pelos
reorganização do Judiciário federal - The Circuit Court Act, republicanos do Congresso."
visando reduzir o números de Ministros da Suprema Corte,
impedindo que o presidente sucessor, Thomas Jefferson, d) Modelo Austríaco-alemão:
nomeasse novos Ministros após a aposentadoria dos atuais. O quarto modelo de jurisdição constitucional é o modelo
Em seguida, nova lei - the Organic Act of the District of austríaco-alemão, uma criação da genialidade do Hans
Columbia autorizou o presidente a nomear quarenta e dois Kelsen, que conseguiu convencer a Assembleia Constituinte da
juízes de paz, sendo todos confirmados pelo Senado na Áustria em adotar esse mecanismo de controle da Constituição
véspera da posse de Thomas Jefferson. Como ainda era Austríaca. Foi inserido no texto constitucional em 1920 e,
presidente, em seu último dia efetivo, John Adams assinou os posteriormente, modificado com a Emenda Constitucional de
atos de investidura dos novos juízes de paz nomeados, 7 de Dezembro de 1929. Ainda, tal dispositivo passou a figurar
cabendo ao seu Secretário de Estado, John Marshall, entregá- na Constituição Alemã (Lei Fundamental de Bonn) em 1949,
los. Em meio às pressões de final de mandato e sem tempo de logo depois da Segunda Guerra Mundial.
entregar todas as nomeações, John Marshall não conseguiu Quando a Alemanha adotou o mecanismo de Controle de
concluir a sua tarefa e alguns juízes nomeados ficaram sem Constitucionalidade idealizado por Kelsen, ele passou a ser
receber o ato de investidura, pois havia sido nomeado como replicado em outras Constituições, e hoje é adotado pela
presidente da Suprema Corte. Constituição Espanhola, pela Constituição Portuguesa, pela
Ao tomar posse, Thomas Jefferson indicou como seu Constituição Italiana, e também pela Constituição Brasileira,
Secretário de Estado James Madison, a quem caberia continuar através de mecanismos de controle abstrato.
a entrega dos atos de investidura. No entanto, por designação Kelsen imagina esse sistema de controle, já no século XX. O
do próprio presidente, o Secretário Madison recusou-se a caso Marbury vs. Madison é de 1801. Então, ele está
entregar os atos faltantes. Dentre os juízes não empossados no observando mais de cem anos de funcionamento da jurisdição
cargo estava William Marbury, que buscou ver seu direito constitucional norte-americana e sabia o seguinte: “a
judicialmente garantido, por meio de propositura de ação jurisdição norte-americana só dava certo porque havia
judicial - writ of mandamus. No meio tempo, os novos estabilidade dos precedentes vinculantes”. Na Áustria não se
integrantes do Congresso, de maioria republicana, revogaram adotava o precedente vinculante, é um sistema romano-
a lei de reorganização do Judiciário federal aprovada pelo germânico de Direito, como é o brasileiro. Se uma decisão do
presidente John Adams, extinguindo os cargos de juízes de paz Tribunal não necessariamente vincula um órgão inferior,
criados e destituindo seus ocupantes. O pedido formulado por haveria uma crise de constitucionalidade, se fosse dada a
Marbury foi apreciado pela Suprema Corte, já em meio a um qualquer Juiz a possibilidade de fazer o Controle de
contexto politicamente conturbado, pois o presidente da Corte Constitucionalidade.
era o antigo Secretário de Estado, Marshall. Então Kelsen tem a perspicácia de verificar que a
"O caso Marbury vs. Madison foi a primeira decisão na jurisdição constitucional norte-americana só dá certo por
qual a Suprema Corte afirmou seu poder de exercer o causa do sistema de precedentes vinculantes, que não seria
controle de constitucionalidade, negando aplicação a leis adequado ao sistema jurídico romano-germânico. Ele então
que, de acordo com sua interpretação, fossem imagina que o Controle de Constitucionalidade deve ser
inconstitucionais. Assinale-se, por relevante, que a de atribuição exclusiva de uma Corte, a chamada Corte
Constituição não conferia a ela ou a qualquer outro órgão Constitucional e não ser da competência difundida de
judicial, de modo explícito, competência dessa natureza.” 3 qualquer Juiz ou Tribunal. Para ele, então, a competência para
Ao julgar o caso, a Suprema Corte buscou demonstrar que dirimir as questões que envolvam a jurisdição constitucional é
a inconstitucionalidade da lei não era a única cabível, visto que uma competência concentrada em uma Corte que não deve ser
poderia ser reconhecida a incompetência da Corte ou o integrada por Juízes, é uma Corte que tem natureza política,
descabimento do writ of mandamus por outras razões, cujos integrantes devem exercer mandato. Mandato longo,
atribuição que decorreria logicamente do sistema. No voto mas mandato. Realmente, na Europa, esse mandato varia de
elaborado por Marshall, a argumentação para indeferir o dez a doze anos, dependendo do país; os integrantes, então,
pedido de Marbury vinha da discussão da natureza das não devem ser vitalícios.
categorias de atos do Executivo, ou seja, que não eram Como o sistema jurídico é um sistema romano-germânico,
passíveis de revisão judicial, sendo estes atos de natureza as decisões devem ter efeito erga omnes, isto é, sua conclusão
política e atos que a Constituição ou a lei houvessem atribuído deve ser vinculante para todo o Judiciário, para todo o
a sua exclusiva discricionariedade. Deste modo, Marshall ainda Legislativo, para todo o Executivo, para toda a sociedade.
enunciou três grandes fundamentos que justificam o controle Preocupado com a estabilidade das relações sociais, que
de constitucionalidade, como segue: (i) a supremacia da podiam ter sido estabelecidas antes da declaração da
Constituição, (ii) a nulidade da lei que contrarie a Constituição inconstitucionalidade, Kelsen sustenta que a decisão pela
e (iii) é o Poder Judiciário o intérprete final da Constituição. De inconstitucionalidade, deve ter efeito ex nunc, dali em
todo o modo, a decisão da Suprema Corte foi alvo de inúmeras diante. Ele se opõe, portanto, à teoria norte-americana de
críticas, como a influência das circunstâncias políticas no que o ato inconstitucional é nulo desde o início. Para ele, a
julgamento do Judiciário, vejamos o argumento de Barroso inconstitucionalidade surge com o pronunciamento da Corte.
sobre o caso.4 Portanto, há uma diferença em como a escola norte-
americana encara a natureza do ato inconstitucional. Para os
"Ao estabelecer a competência do Judiciário para rever norte-americanos, a inconstitucionalidade gera uma nulidade
os atos do Executivo e do Legislativo à luz da Constituição, com efeito ex tunc, efeito para o passado. Para o Kelsen, a
era o seu próprio poder que estava demarcando, poder que, inconstitucionalidade gera efeito ex nunc, o efeito prospectivo,
aliás, viria a exercer pelos trinta e quatro longos anos em dali em diante. Para os norte-americanos, a decisão sobre
que permaneceu na presidência da Corte. A decisão trazia, inconstitucionalidade, como apenas ratifica algo que já existe,

3 Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito 4 Op. cit. p. 9.


brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência /
Luís Roberto Barroso - 3. ed. rev. e atual. - São Paulo: Saraiva, 2008. pp. 5.

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é uma decisão declaratória. O Judiciário declara a apreciam a questão e deixam de aplicá-la por achar
inconstitucionalidade. Para o Kelsen, como a própria decisão é inconstitucional àquele caso específico que está julgando.
fundamental para invalidar a lei, a decisão tem natureza Essa manifestação, contudo, só é legítima quando
constitutiva. indispensável para que se chegue ao julgamento do mérito do
processo. A declaração de inconstitucionalidade, portanto, não
é o objeto principal do processo, mas a apreciação do incidente
Modelo norte- Natureza
Ex tunc é essencial para que o pedido seja analisado. Por isso, diz-se
americano declaratória
que o procedimento é incidenter tantum, ou seja, a exceção é
Modelo austríaco- Natureza apreciada como incidente da ação e, após resolvê-la, o Juiz
Ex nunc julga o pedido principal.
alemão constitutiva
O efeito da declaração no controle difuso é inter partes, só
valendo para o caso concreto e a decisão tem eficácia ex tunc,
Kelsen afirma: enquanto o Congresso cria a lei ou seja, retroativa (anula a lei desde sua criação).
positivamente, cabe à Corte Constitucional, retirar a lei do A questão da inconstitucionalidade de Lei Federal,
mundo jurídico. Portanto, diz Kelsen, ela deve atuar como Estadual, Distrital ou Municipal reconhecida pelo controle
legislador negativo. O legislador que não cria, mas que retira difuso pode chegar ao Supremo Tribunal Federal por meio do
a lei do ordenamento. É o legislador ao contrário, mas cuja Recurso Extraordinário (art. 102, III, “a”, “b” e “c” da CF).
decisão produz efeito contra todos, abstrato, geral. Da mesma Há a possibilidade de que a decisão proferida em um caso
maneira que a lei produz efeito geral e abstrato, a decisão da concreto tenha a sua abrangência ampliada, passando a ser
Corte também deve produzir efeito geral e abstrato. oponível contra todos, ou seja, erga omnes. Reconhecida
Para o Kelsen, os Juízes não devem ter competência para incidentalmente por decisão definitiva do Supremo Tribunal
dirimir a questão do controle. Se o Juiz se depara com a Federal, a inconstitucionalidade deve ser comunicada ao
impossibilidade de decidir diante de um conflito entre normas, Senado, o qual, no momento em que julgar oportuno, editará
ele deve suspender o caso e provocar a Corte Constitucional. Resolução (art. 52, X, da CF) suspendendo, no todo ou em
parte, a execução da lei ou ato normativo federal, estadual,
O Brasil adota um sistema misto, híbrido, que distrital ou municipal, cujos efeitos vincularão a todos apenas
mistura o modelo norte-americano e o modelo após a publicação da resolução, é o efeito ex nunc, ou seja,
austríaco. irretroativo.

Controle abstrato ou concentrado de


Sistema brasileiro de controle de constitucionalidade. constitucionalidade.
Identificados os quatro grandes modelos de controle de O controle concentrado ou abstrato (ação direta) surgiu no
constitucionalidade no constitucionalismo moderno, sendo Brasil através da Emenda Constitucional n°16/97, que atribuiu
eles: o inglês, o americano, o austríaco e o francês, temos as ao Supremo Tribunal Federal (na esfera federal) competência
principais matrizes de onde surgiram variações adaptadas a para processar e julgar originariamente a representação de
cada ordenamento jurídico, de acordo com as suas inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
particularidades. estadual.
O modelo americano, como já demonstrado acima, pauta- A competência para processar e julgar as leis dependerá de
se pelo controle difuso exercido por todos os juízes e tribunais, seu âmbito jurisdicional, pois o Supremo Tribunal Federal é o
no desempenho ordinários de suas funções. O modelo órgão de cúpula do Poder Judiciário e o guardião da
austríaco, cujo marco foi a Constituição de 1920, cria um órgão Constituição Federal, e o Tribunal de Justiça é o guardião da
próprio responsável por julgar apenas a constitucionalidade Constituição Estadual, assim cada um julga a ação direita de
das leis, desta forma, se algum juiz de outras instâncias inconstitucionalidade (ADI) dentro do seu âmbito. Se houver
perceber que a matéria refere-se à inconstitucionalidade de violação da Constituição Federal e Constituição Estadual,
leis, automaticamente, deverá remeter a questão à Corte respectivamente, quem irá julgar é o Supremo Tribunal
Constitucional. Já, o que chama atenção no sistema francês é o Federal e o Tribunal de Justiça do estado.
seu caráter não jurisdicional e prévio, sendo exercido pelo Através desse modelo de controle, é feita a declaração de
Conselho Constitucional. inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo objetivando
Influenciado pelos sistemas de controle de alcançar a invalidação da lei para firmar a segurança das
constitucionalidade americano e austríaco e diante de toda a relações jurídicas. Não se discute nenhum interesse subjetivo,
evolução em termos de direito constitucional, o Brasil adotou por não haver partes (autor e réu) envolvidas no processo.
um sistema de controle repressivo predominantemente Logo, ao contrário do sistema difuso, o sistema concentrado
judicial. Portanto, em regra, os órgãos judiciais são os possui natureza objetiva, com interesse maior de propor
competentes para averiguarem a compatibilidade das leis e alguma espécie de controle para discutir se uma lei é ou não
atos normativos com a Constituição Federal. inconstitucional e na manutenção da supremacia
constitucional.
O controle jurisdicional de constitucionalidade, quanto a São várias as espécies de controle exercido contra uma lei
sua forma, é um controle misto, que abrange o controle que seja interpretada como inconstitucional, são elas: ações
abstrato (via de ação) e o difuso (incidental, via de exceção). diretas de inconstitucionalidade, que podem ser genérica,
interventiva e por omissão; ação declaratória de
Controle incidental, difuso ou concreto constitucionalidade e arguição de descumprimento de
Pela via de exceção (controle difuso), qualquer Juiz ou preceito fundamental.
Tribunal que estiver analisando um caso concreto deve As decisões proferidas nestas ações têm, em regra, efeitos
manifestar-se sobre a inconstitucionalidade alegada ou ex tunc (anulam a lei desde a sua criação), erga omnes (valem
verificada. Vale dizer: qualquer órgão judicante singular, para todos) e vinculante para todo o Poder Judiciário e para
Tribunal Estadual ou Tribunal Federal, por provocação ou de todos os órgãos da Administração Pública, direta e indireta,
ofício, tem competência para apreciar a constitucionalidade não abrangendo, apenas, o Poder Legislativo. Existe a
das leis e atos normativos pela via de exceção. Estes não julgam possibilidade da modulação dos efeitos da decisão pelo STF
a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, apenas concedendo a esta efeitos não retroativos (ex nunc), segundo
o que dispõe o artigo 27, Lei nº 9.868/1999.

Direito Constitucional 12
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A ação direta de inconstitucionalidade, denominada ADI, devido processo legislativo constitucional, como ocorre no caso
tem como princípio fundamental propor a de deliberação de uma proposta de emenda tendente a abolir
inconstitucionalidade de uma lei, diferente do controle difuso, cláusula pétrea. Os parlamentares têm direito público subjetivo
onde está inconstitucionalidade é aplicada a um caso à observância do devido processo legislativo constitucional. Por
específico. isso, apenas eles, e nunca terceiros estranhos à atividade
Poucos têm legitimidade para propor a ação de parlamentar, têm legitimidade para impetrar o mandado de
inconstitucionalidade (art. 103 da CF/88). Os legitimados segurança nessa hipótese. A iniciativa somente poderá ser
(Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Mesa da tomada por membros do órgão parlamentar perante o qual se
Câmara dos Deputados, Mesa da Assembleia Legislativa ou da achem em curso o projeto de lei ou a proposta de emenda. Trata-
Câmara Legislativa do Distrito Federal, Governador de Estado se de um controle concreto, uma vez que a impetração do
ou do DF, Procurador- Geral da República, Conselho Federal da mandamus surge a partir da suposta violação de um direito (ao
Ordem dos Advogados do Brasil, partido político com devido processo legislativo).”
representação no Congresso Nacional e confederação sindical
ou entidade de classe de âmbito nacional) são classificados em De acordo com entendimento do STF, o controle
universais, genéricos (podem propor a ação sobre qualquer jurisdicional prévio ou preventivo de constitucionalidade
matéria) e temáticos, específicos (que devem demonstrar que sobre projeto de lei ainda em trâmite somente pode ocorrer de
a pretensão por eles deduzida guarda relação de pertinência modo incidental, na via de exceção ou defesa.
direta com os seus objetivos institucionais – pertinência
temática). Efeitos Subjetivos e Temporais da Declaração de
São legitimados temáticos as confederações sindicais e as Constitucionalidade e Inconstitucionalidade
entidades de classe de âmbito nacional, a mesa da Assembleia
Legislativa (ou da Câmara Distrital do DF) e o Governador de Neste aspecto, agora, analisamos “quem” a decisão no
Estado (ou do DF). Os demais são legitimados universais. controle de constitucionalidade atinge. Quem são os
O artigo 97 da CF/88 consagra uma cláusula chamada de destinatários da decisão em controle de constitucionalidade?
reserva de plenário, onde nela especifica que ao ser Nesse sentido, temos, então, o plano subjetivo da decisão.
declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, esta Primeiramente, no que se refere ao controle concreto, temos
deve ser feita através da maioria absoluta da totalidade dos um processo constitucional subjetivo onde se discute
membros do tribunal, sob pena de nulidade da decisão. incidentalmente a questão de inconstitucionalidade com a
presença de partes materiais envolvidas, existindo efetiva lide
Interpretação conforme a constituição (conflito de interesses qualificado por uma pretensão
A interpretação conforme a constituição é uma técnica resistida), na busca pelo direito subjetivo. Isso significa que, se
de interpretação das leis inconstitucionais, utilizada em razão o objeto do controle não é a declaração em abstrato da
do princípio da presunção de constitucionalidade das leis e inconstitucionalidade da lei, mas tão somente o
atos normativos. Este princípio faz com que a declaração de reconhecimento ou não de determinado direito subjetivo,
inconstitucionalidade seja uma medida excepcional, pois não obviamente, a decisão irá produzir efeitos somente para as
cabe ao juiz deixar de aplicar uma lei por mera suspeita, sem partes que se relacionam àquele direito invocado, porque o
que haja robusta comprovação de sua incompatibilidade processo diz respeito à eles, é um processo subjetivo
vertical. Chama-se de incompatibilidade vertical, pois é a (concreto), e não objetivo (abstrato). Justamente por isso o
Constituição Federal quem rege todas as outras espécies nome é controle concreto, porque vai atingir o caso concreto e
normativas de modo hierárquico, tanto do ponto de vista as pessoas em concreto.
formal (procedimental), quanto material (conteúdo da Se é assim, é claro que, via de regra, o processo importa
norma). apenas para as pessoas nele envolvidas, que se relacionam ao
Não se deve antecipar a declaração da direito subjetivo. Logo, diz-se, por isso, que o efeito subjetivo
inconstitucionalidade de uma lei, antes do julgador tentar no controle concreto é inter partes (abrange somente as partes
interpretá-la de alguma maneira que seja possível compatível materiais envolvidas), e não erga omnes (produção de efeitos
com a Constituição. Para tanto deve existir o chamado "espaço para todos abstratamente).
de decisão", ou seja, um espaço para o julgador encontrar A decisão em controle concreto não atinge terceiros,
mais de uma forma de interpretação do dispositivo legal e pessoas que não fazem parte do processo. Isso é uma
verificar se uma delas é compatível com a Constituição. Essa decorrência natural da própria essência do controle concreto.
interpretação aplica-se tanto ao controle difuso, como ao Se há um processo subjetivo, é óbvio que a decisão não poderia
concentrado. se aplicar às pessoas que não estão envolvidas com o direito
subjetivo discutido. Uma decisão judicial não se aplica a quem
Exame in abstractu da constitucionalidade de está fora da relação jurídica processual.
proposições legislativas. O que se discute no controle concreto é o direito subjetivo,
O controle de constitucionalidade preventivo ocorre e não a inconstitucionalidade de lei (mero incidente). Logo, a
antes da promulgação de uma lei ou emenda. Pode ser decisão produz efeitos somente entre as pessoas que discutem
exercido pelo Poder Legislativo, por meio das Comissões de esse direito (inter partes), não atingindo terceiros
Constituição e Justiça (CCJ), bem como pelo próprio Plenário; indistintamente (erga omnes).
o controle realizado pelo Executivo é exercido no momento do Contudo, existe uma exceção: quando o processo em
veto do projeto, através do chamado veto jurídico, que ocorre controle concreto consegue chegar até o STF via recursal
quando a lei aprovada pelo legislativo possuir vício quanto a (manejo de recurso extraordinário em caso de ofensa direta à
sua constitucionalidade; excepcionalmente pode haver Constituição), é possível que o Senado Federal, após
controle pelo Poder Judiciário. encaminhamento da decisão pelo STF, venha exarar resolução
suspendendo para todos a execução da lei, caso em que, o
Conforme ensinamentos do Professor Marcelo Novelino5: aspecto subjetivo no controle concreto, excepcionalmente,
“O Poder Judiciário, ainda que de forma excepcional, deixa de ser inter partes e passa a ser erga omnes. Trata-se da
também poderá exercê-lo caso seja impetrado um mandado de chamada suspensão da execução da lei pelo Senado, hipótese
segurança por Parlamentar, em razão da inobservância do em que a decisão, mesmo em controle concreto, operará

5 Direito Constitucional. São Paulo: Editora Método, 2009, 3ª ed. p. 221.

Direito Constitucional 13
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efeitos erga omnes, nos moldes previstos no art. 52, X, da espécie não se trata de processo subjetivo, obviamente a
Constituição Federal. Trata-se, pois, de possibilidade do decisão nunca será restrita apenas a quem faz parte do
controle concreto ter ampliado seus efeitos subjetivos. processo, justamente porque o processo é objetivo, não
O objetivo dessa possibilidade levantada pelo legislador existem partes materiais envolvidas. Dessa forma, pela própria
constituinte decorre do fato de que o Brasil adota um sistema natureza do processo objetivo, as decisões em controle
combinado de controle jurisdicional (difuso e concentrado), abstrato sempre terão efeitos erga omnes. Não teria o menor
logo, quando o STF profere uma decisão em controle difuso, sentido se ações próprias em controle abstrato não tivessem o
essa decisão, como, em regra, tem apenas efeitos inter partes, efeito oponível a todos. Considerando o caráter de
mas isso poderia cria uma situação de injustiça, porque em generalidade e abstratividade da lei, assim também será a
outros processos espalhados pelos demais órgãos do decisão judicial que a declara inconstitucional. Portanto, o
judiciário poderia haver uma causa análoga aplicando a lei que efeito no controle abstrato, sempre teremos efeitos subjetivos
incidentalmente foi reconhecida pelo Supremo como erga omnes, não há exceção, abrangendo todos os sujeitos
inconstitucional. Nesse caso, teríamos quebra do princípio da existentes, particulares e Poder Público.
isonomia. Para alguns a lei seria aplicada e para outros não,
embora em situações jurídicas semelhantes. Para evitar tal Neste aspecto, agora, passamos a analisar “quando” os
discrepância, quando a Corte Maior decide incidentalmente se efeitos da decisão no controle de constitucionalidade são
uma lei é inconstitucional, torna-se possível vislumbrar a efetivametne produzidos, isto é, a partir de que período
hipótese de suspensão da lei pelo Senado com efeitos temporal a decisão terá sua eficácia. Ou seja, a lei é
subjetivos erga omnes. inconstitucional em que momento? A partir da decisão (ex
Mas, via de regra, não sendo o caso de aplicação do art. 52, nunc), a partir de quando ela foi criada (ex tunc), ou a partir de
X, CF/88, considerando a sistemática do controle difuso um momento futuro (pro futuro). Enfim, qual o efeito temporal
admitido pelo modelo constituinte, outros órgãos e tribunais desta decisão? Para tanto, primeiro é necessário entender a
do judiciário têm competência para julgar de forma diversa do natureza do ato inconstitucional. Nesse ponto, existem três
STF em controle concreto, justamente porque a questão correntes principais em relação a uma lei ou um ato
incidental não faz coisa julgada, somente o dispositivo inconstitucional: (i) 1ª Corrente: a lei inconstitucional é um ato
referente ao direito subjetivo concreto. A regra no controle inexistente; (ii) 2ª Corrente: a lei inconstitucional seria um ato
concreto é que a decisão produz efeitos inter partes, apenas nulo; (iii) 3ª Corrente: a lei inconstitucional seria um ato
entre as partes materials envolvidas, inclusive quando anulável.
proferida pelo STF. A exceção ocorre somente se o processo Das três, a que goza de menor prestígio é a primeira,
subir até o STF, e este, se assim quiser, vier a encaminhar a seguida apenas por uma pequena parcela da doutrina. O
decisão ao Senado e solicitar deste a ampliação “erga omnes” raciocínio dos que sustentam essa ideia é que no topo do
dos efeitos subjetivos no controle concreto, caso em que a ordenamento está a Constituição, logo abaixo na pirâmide
respectiva Casa legislativa poderá, facultativamente, por meio temos os atos normativos primários (que tem por fundamento
de Resolução, suspender, no todo ou em parte, a execução da de validade a Constituição) e, abaixo desses, os atos
lei incidentalmente reconhecida como inconstitucional. normativos secundários (que tem por fundamento de validade
Observe-se que o Senado, ao editar uma Resolução para diretamente os atos normativos primários e indiretamente a
suspender a execução da lei, atua de forma discricionária, da Constituição), logo, para um ato pertencer ao ordenamento ele
forma como foi delineado pelo legislador constituinte. Nesse tem que ter sido feito de acordo com o seu fundamento de
ponto, existem divergências na doutrina se o ato do Senado validade. Uma lei só poderia pertencer ao ordenamento se
seria vinculado ou discricionário, isto é, se estaria obrigado a feita de acordo com a Constituição. Se não for assim, ela não
editar essa resolução solicitada pela Corte Maior ou assim faria fará parte do ordenamento, estará fora deste ordenamento e,
apenas se entender conveniente. Pelo prncípio da separação portanto, juridicamente será inexistente. Essa é a ideia da
dos poderes, não há como se pensar em imposição do primeira corrente. Observe-se que esse sentido de inexistência
judiciário sobre o legislativo. O entendimento majoritário é de refere-se ao plano de pertinência junto ao ordenamento
que a Resolução suspendendo a execução da lei a partir de um jurídico: uma norma que não é produzida de acordo com o seu
controle concreto exercido pelo STF trata-se mesmo de um ato fundamento de validade não pode ser considerada como
discricionário do Senado. pertencente àquele ordenamento jurídico, logo, é uma lei
Contudo, exatamente para tentar driblar essa juridicamente inexistente. Contudo, assim não entende a
discricionariedade do legislativo, existe uma teoria que vem se doutrina majoritária e nem a Suprema Corte, sendo rechaçada
levantando no âmbito do STF, mas que agora ficou um pouco essa corrente. Se a lei inconstitucional fosse inexistente, ela
arrefecida, que se trata da chamada Abstrativização ou não produziria efeitos nenhum, mas não é isso que ocorre,
Objetivização do Controle Concreto, por meio da qual se porque enquanto ela está em vigor efeitos são produzidos,
defende que, hoje, seria dispiscienda a Resolução do Senado embora se fale em inexistência no plano da pertinência
para conferir efeitos erga omnes à decisão da Corte em jurídica. Nesse caso a decisão judicial nem declara e nem
controle concreto, porquanto haveria ocorrido a chamada constitui a nulidade, mas reconhece a inexistência. Não
mutação informal constitucional do art. 52, X, CF/88, devendo adotamos essa tese no Brasil.
este ser interpretado atualmente de forma a extrair dele o De fato, o posicionamento majoritário adotado na doutrina
mandamento de que a Resolução do Senado teria função é a segunda corrente, sendo inclusive o entendimento
apenas de publicidade, mas a ampliação subjetiva erga omnes encampado pelo Supremo Tribunal Federal, sob o fundamento
já decorreria da própria decisão do STF no controle concreto. de que a lei inconstitucional é um ato nulo. É o posicionamento
De toda sorte, a regra geral no controle concreto quanto aos também da doutrina norteamericana. Desde aquele famoso
efeitos no plano subjetivo é que a decisão produzirá efeitos lead in case, Marbury vs. Madison, decisão dada pelo juiz John
inter partes, não atingem terceiros que não participaram da Marshall em 1803, que foi considerado o início do controle
relação processual. difuso de constitucionalidade, é considerado nos EUA que uma
Já no controle abstrato, não há polêmicas acadêmicas. lei inconstitucional seria um ato nulo e o Poder Judiciário tem
Sempre a decisão vai operar efeitos erga omnes. Quando apenas que declarar essa nulidade. O Brasil absorveu essa
falamos no efeito subjetivo erga omnes referimo-nos ao efeito doutrina e, hoje, temos o entendimento de que a lei
oponível a todas as pessoas e, também, poderes públicos. Ou inconstitucional nem é somente anulável, mas também não
seja, todos os sujeitos existentes, públicos ou privados, são chega a ser inexistente, trata-se de ato nulo. A decisão judicial,
atingidos pela decisão em controle abstrato. Como nessa para essa teoria de que o ato inconstitucional é nulo, teria

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natureza declaratória. Sendo a lei inconstitucional existente, inconstitucionalidade, incidental ou principal, de uma lei, surte
porém nula, esta já possui um vício de origem, independente efeitos temporais, em regra, retroativos, desde a origem da lei
da decisão judicial. Isto é, a decisão judicial apenas vai declarar inconstitucional (ex tunc). Não interessa quando foi a decisão
uma nulidade que já havia desde sempre, a partir de quando a judicial (porque apenas declaratória), o que interessa é
lei passou a existir. Nesse caso, a lei é inconstitucional não quando a lei inconstitucional foi criada. É deste último
porque o judiciário assim o disse, mas já era inconstitucional momento, isto é, desde o nascimento da lei inconstitucional,
desde sempre, o judiciário apenas declarou essa que se iniciam retroativamente os efeitos da decisão judicial.
inconstitucionalidade. Logo, aqui a natureza da decisão é Existem, contudo, três exceções à essa regra geral: (i)
apenas declaratória de nulidade, porque a lei já nasceu morta, Decisão em controle concreto onde o Senado suspendeu a
incompatível com a Constituição. execução da lei: em regra, tem efeitos ex nunc; (ii) Modulação
Já a terceira teoria é a da anulabilidade, em que a lei é temporal: excepcionalmente o STF pode conferir efeitos ex
inconstitucional, mas não se considera um ato nulo, apenas nunc ou pro futuro; (iii) Decisão em liminar de controle
anulável. A diferença é que um ato anulável depende de uma abstrato: em regra, tem efeitos ex nunc. Portanto, a regra geral
decisão judicial para reconhecer essa nulidade, caso contrário é que a decisão em controle de constitucionalidade, seja
será um ato válido. Essa teoria tem como principal defensor o concreto ou abstrato, surtirá efeitos terporais ex tunc, salvo
austríaco Hans Kelsen que utiliza como fundamento o nessas três possibilidades acima, quando poderá ser ex nunc
princípio da presunção de constitucionalidade das leis. Nesse ou pro futuro. Quanto à primeira exceção, já sabemos que a
sentido, a norma é constitucional até que seja anulada. Logo, resolução do Senado suspendendo a execução da lei após
enquanto a lei não for declarada inconstitucional, todos são decisão definitiva do STF amplia os efeitos subjetivos para
obrigados a cumpri-la. Por isso, segundo essa terceira todos (erga omnes). Nesse caso, teremos ainda a alteração dos
corrente, a lei inconstitucional não se trataria de ato nulo, mas efeitos temporais no sentido de que, ao invés da decisão
somente ato anulável, e a decisão que assim a reconhece não é retroagir como se a lei nunca tivesse existido (ex tunc), para a
declaratória, porque antes havia a presunção de valer somente dali em diante (ex nunc). Isso ocorre porque
constitucionalidade, mas trata-se de decisão constitutiva, quando o Senado não está fazendo um juízo de
porque a partir dela a lei é anulada. Mas se a lei inconstitucionalidade, mas simplesmente suspendendo a
inconstitucional fosse, de fato, apenas anulável, isso execução da lei. Logo, prevalece o entendimento de que a
significaria que o vício não estaria na origem, porque a decisão Resolução do Senado tem efeitos temporais para a frente (ex
não seria meramente declaratória (como ocorre ao se nunc), e não retroativos (ex tunc).
considerar a lei inconstitucional nula), ao contrário, teríamos Já no que se refere à segunda exceção, qual seja, a
uma decisão judicial constitutiva. Nesse caso, a possibilidade de modulação temporal, trata-se de hipótese
inconstitucionalidade surgiria tão somente na declaração prevista no art. 27, da Lei 9.868/99 (ADI e ADC) e no art. 11 da
judicial, e não desde sempre. O ato anulável admite Lei 9882/99 (ADPF), os quais dispõem no seguinte sentido:
convalidação (diferentemente do ato nulo), daí porque os “Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e
efeitos anteriores nesse caso seriam preservados, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional
expurgando-se a lei apenas a partir do momento da declaração interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
judicial constitutiva. maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos
No Brasil, a doutrina e jurisprudência adotam a segunda daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir
corrente, isto é, a lei inconstitucional é nula e a decisão judicial de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a
que assim a reconhece apenas declara essa nulidade. Isso, ser fixado”. Esta é a chamada modulação temporal dos efeitos
obviamente, não difere em relação aos controles concreto e da decisão, que pode ser feita em decisão de controle de
abstrato. Estamos falando de inconstitucionalidade e não de constitucionalidade, concreto ou abstrato, de forma exclusiva
espécie de controle. A teoria da inconstitucionalidade se aplica pelo STF. Apesar da regra geral ser a declaração de
tanto para o controle concreto como para o controle abstrato. inconstitucionalidade com efeitos ex tunc, é conferido à Corte
Portanto, adota-se no Brasil, seja para controle concreto, seja Suprema a possibilidade de modulação temporal dos efeitos
para controle abstrato, o entendimento de que a lei da decisão, instrumento que permite seja dado à decisão
inconstitucional é existente, porém nula, e a decisão que a efeitos ex nunc (a partir do trânsito em julgado da decisão) ou
reconhece tem natureza declaratória. A partir daí, então, pro futuro (a partir de outro momento que venha a ser fixado
podemos agora perceber quando a decisão em controle de na decisão). Assim, por meio da modulação temporal, a Corte
constitucionalidade inicia seus efeitos. Ora, se o vício existe Maior não considera nula a lei desde o seu nascimento, mas
desde o nascimento da lei e a decisão judicial possui caráter considera-a válida até determinado período, fazendo com que
declaratório, daí decorre que a declaração de a declaração de inconstitucionalidade surta efeitos em um
inconstitucionalidade deve produzir, em regra, efeitos momento futuro ao nascimento da lei. Esse momento futuro
retroativos (ex tunc), isto é, a decisão declara a nulidade não pode a própria decisão ou outra data fixada.
dali em diante, mas desde o seu nascedouro, como se a lei Vale observar que, embora se admita a modulação
nunca tivesse existido. temporal tanto para o controle concreto como para o controle
Aqui, não se trata da primeira corrente pela qual a lei abstrato, a previsão normativa, de acordo com a literalidade da
inconstitucional é inexistente, ao contrério, reconhece-se que lei, restringe-se à este último. Logo, para o controle abstrato há
esta efetivamente tenha existido e produzido efeitos enquanto previsão legislativa de modulação dos efeitos, mas para o
esteve em vigor, mas a decisão judicial declara a nulidade controle concreto não há previsão legal. O STF entende,
existente desde o seu nascedouro, anulando, por isso, seus contudo, que se aplica por analogia ao controle concreto
efeitos de forma retroativa como se a lei nunca tivesse existido realizado no âmbito do Supremo a possibilidade de modulação
(embora tenha existido). Por outro lado, não se confunde temporal. Assim, apesar de não haver previsão legislativa para
também com a terceira corrente, pela qual a lei a modulação temporal no controle concreto, o Supremo utiliza
inconstitucional seria anulável, caso contrário seus efeitos por analogia a possibilidade conferida pelas leis da ADI, ADC e
teriam que ser somente a partir do momento da decisão que a ADPF, típicas de controle abstrato. Daí se explica porque a
declarasse, convalidando os efeitos produzidos anteriores, modulação temporal é exclusiva do STF, seja no controle
mesmo em se tratando de uma lei inconstitucional. Não é isso abstrato (que já é concentrado e exclusivo do STF), seja no
que temos aqui. No Brasil, a lei inconstitucional é um ato nulo, controle concreto (porque essa possibilidade é extraída por
que embora tenha existido, seja no controle concreto, seja no analogia das ações típicas de controle abstrato, de
controle abstrato. Por isso, a decisão judicial que decara a competência exclusiva do STF). Então, somente a Corte Maior

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poderá modular os efeitos em ação de constitucionalidade, constitucionalidade concentrado, a não ser por meio da Ação
seja no controle abstrato, seja no controle concreto. Declaratória de Constitucionalidade.
Em qualquer caso, a modulação temporal é utilizada
quando os efeitos retroativos forem mais prejudiciais do que a 02. (MPE/RJ - Técnico do Ministério Público -
manutenção da inconstitucionalidade pretérita. Isto é, poderia FGV/2016) De acordo com o art. 97 da Constituição da
resultar em prejuízo muito maior a retirada retroativa da lei República Federativa do Brasil, “somente pelo voto da maioria
inconstitucional do que continuar com ela valendo no de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
ordenamento até determinado período. Então, opta-se por especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade
manter a lei inconstitucional com validade excepcional e, de lei ou ato normativo do Poder Público”. Determinado juiz
somente de uma determinada data em diante, torna-se nula. de direito, após ler esse preceito, que somente faz menção a
Ou ainda, também é muito utilizada a modulação em mudança tribunais, e constatar que nenhum comando expresso na
de jurisprudência da Corte, quando se confere efeitos Constituição o autorizava a realizar o controle de
prospectivos para os tribunais inferiores adequarem seus constitucionalidade, negou requerimento formulado pelo
processos. É o que se chama de prospective overruling. Trata- Ministério Público em sede de ação civil pública. No caso
se de superação de precedente judicial (stare decisis) com concreto, o Ministério Público pretendia que o juiz de direito
efeitos para uma data futura. Seja qual for a ocorrência, o deixasse de aplicar uma norma que considerava
Supremo Tribunal Federal deverá necessariamente justificar a inconstitucional, o que teria influência direta na resolução do
modulação temporal em razões de segurança jurídica ou problema concreto. À luz da sistemática constitucional, o
excepcional interesse social, do contrário não poderá fazê-lo. controle de constitucionalidade pretendido pelo Ministério
Por fim, a terceira exceção em que a declaração de Público é considerado:
inconstitucionalidade não terá efeitos ex tunc, trata-se da (A) difuso, podendo ser realizado pelo juiz de direito;
decisão em liminar de controle abstrato, que nesse caso, em (B) concentrado, somente podendo ser realizado por
regra, produz efeitos ex nunc, salvo se o STF reconhecer tribunal;
expressamente efeitos ex tunc. Ou seja, na decisão liminar de (C) abstrato, podendo ser realizado pelo juiz de direito;
inconstitucionalidade, a ordem se inverte, ao invés da regra ser (D) difundido, somente podendo ser realizado por
efeitos ex tunc e a exceção ser efeitos ex nunc ou pro futuro, tribunal;
agora a regra é produzir efeitos ex nunc e a exceção são os (E) concreto, somente podendo ser realizado por tribunal.
efeitos ex tunc. Nesse sentido, dispõe o art. 11, §1°, da Lei
9868/99: “A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, 03. (TJ/SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros
será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal - VUNESP/2016) Sobre o controle de constitucionalidade, é
entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa”. Isso correto afirmar que
ocorre porque a decisão liminar é precária, não é definitiva. (A) na modalidade concentrada, será exercido pelo
Não faria sentido desde logo desconstituir os efeitos já Supremo Tribunal Federal, por meio de ação direta, em
produzidos se a decisão ainda não é definitiva. Poderia causar processo de natureza objetiva, cuja decisão é dotada de efeitos
um caos jurídico muito maior a produção dos efeitos da erga omnes.
declaração de inconstitucionalidade de forma retroativa em (B) na modalidade preventiva, será exercido
sede de liminar e esta futuramente não vir a ser confirmada na exclusivamente pelo Congresso Nacional por meio das
decisão definitiva de mérito, tendo que voltar novamente os Comissões de Constituição e Justiça.
efeitos anteriormente desconstituídos. Logo, tratando-se de (C) na modalidade concentrada, será exercido por
decisão precária, a declaração de inconstitucionalidade em qualquer órgão judicial, de modo incidental ao caso concreto
liminar opera efeitos apenas ex nunc (dali em diante) e, que se lhe apresente, por qualquer via processual idônea.
somente quando confirmada a decisão de mérito, passará a (D) na modalidade difusa, será exercido exclusivamente
produzir efeitos ex tunc (retroativos). Contudo, mesmo em se pelo Supremo Tribunal Federal, cuja decisão, entretanto, não
tratando de decisão liminar, pode o STF entender que já é o terá caráter erga omnes, o que dependerá de posterior
caso de produzir efeitos retroativos (ex tunc), apesar de ainda resolução do Senado Federal suspendendo a execução do ato
ser decisão liminar, mas nesse caso deve manifestar-se normativo questionado.
expressamente nesse sentido, pois o silêncio da Corte revela
que os efeitos em liminar fora conferidos dali em diante (ex 04. (TRT - 23ª REGIÃO/MT - Analista Judiciário -
nunc). FCC/2016) A ideia segundo a qual todos os juízes de qualquer
posição hierárquica estão em condições de revisar os atos dos
Questões demais órgãos constitucionais, para verificar se estão
ajustados ao preceituado pela lei fundamental,
01. (Prefeitura de Mogi das Cruzes/SP - Procurador (A) trata de violação do princípio da separação de poderes
Jurídico - VUNESP/2016) Assinale a alternativa correta a e consequente impossibilidade material de validade de tal
respeito do direito processual constitucional. decisão assim emitida.
(A) A supremacia material da Constituição Federal é o (B) expressa a forma de controle difuso de
princípio que embasa o controle de constitucionalidade no constitucionalidade, aceita em nosso sistema constitucional.
direito brasileiro. (C) corresponde à manifestação de técnica judicial
(B) Dentre os diferentes sistemas de controle de denominada de “jurisprudência dos valores" e apenas é
constitucionalidade existentes no mundo, o Brasil adota o correta em relação ao Supremo Tribunal Federal.
sistema político, originado na França. (D) está limitada aos juízes dos Tribunais Superiores em
(C) O sistema de controle de constitucionalidade julgamento específico de ação constitucional típica.
preventivo surgiu nos Estados Unidos, em 1803, com base na (E) acha-se condicionada às hipóteses em que não houve
decisão do caso Marbury versus Madison. prévio controle político de constitucionalidade pelo órgão de
(D) O controle de constitucionalidade concentrado foi origem da norma ou ato.
idealizado por Hans Kelsen e introduzido, em 1920, na
Constituição Austríaca. 05. (TCE/PB - Procurador - CESP) Em relação ao controle
(E) As normas anteriores à Constituição Federal de 1988 incidental de constitucionalidade, assinale a opção correta
não são passíveis de serem submetidas ao controle de com base na jurisprudência do STF

Direito Constitucional 16
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APOSTILAS OPÇÃO

(A) O controle difuso de constitucionalidade somente propor apenas ADI estadual, se previsto na Constituição do
pode ser realizado pelos tribunais do Poder Judiciário, em Estado (quem tem o poder de decidir sobre a propositura é o
atenção à cláusula de reserva de plenário. seu Presidente, o qual precisará, caso previsto no Estatuto,
(B) Embora não seja a regra geral, o STF admite, em obter aprovação interna para efetivar tal intento). A perda
certos casos, a concessão de efeitos ex nunc à declaração superveniente da representação no Congresso Nacional não
incidental de inconstitucionalidade faz o partido perder a legitimidade para continuar a ADI. É o
(C) Ao julgar os recursos extraordinários, o STF deve entendimento que passou a prevalecer desde 2003 (ADI-QO
observar a cláusula de reserva de plenário, razão por que esses 2.054). Isso porque a aferição da legitimidade é feita ao
recursos devem sempre ser apreciados pela composição plena tempo da propositura da ação.
daquele tribunal.
(D) A decisão de órgão fracionário de tribunal que Seccionais da OAB: somente poderão propor ADI
apenas afasta a aplicação de determinada lei, sem estadual, se previsto na CE.
expressamente declará-la inconstitucional, não ofende a
cláusula de reserva de plenário. Confederação sindical: não confundir confederação
(E) A competência privativa do Senado Federal de sindical com centrais sindicais. O número mínimo de
suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada sindicatos para se formar uma confederação sindical é de 15.
inconstitucional por decisão definitiva do STF não se aplica ao Isso porque, para se formar uma confederação sindical, são
direito municipal. necessárias, pelo menos, três federações sindicais, as quais,
por sua vez, somente serão constituídas com o número mínimo
Gabarito de 05 sindicatos (arts. 534 e 535, CLT).

01. D / 02. A / 03. A / 04. B / 05. B Entidades de classe de âmbito nacional: o STF entende
que “associações de associações” podem propor ADI. Não é
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE necessário que a confederação sindical ou a entidade de classe
de âmbito nacional esteja em funcionamento há pelo menos
Trata-se do exercício de atividade política, pois implica em um ano, pois este é um requisito apenas do MS Coletivo.
atividade legislativa negativa. É o exercício de um poder contra
majoritário não se podendo compreender ela à luz do processo Legitimidade Ativa e Capacidade Postulatória
civil comum. Quando forem postulantes o Presidente e os
Ela deve ser utilizada quando se busca a declaração de Governadores, estes podem assinar a petição inicial da ADI
inconstitucionalidade de uma lei ou ato federal, estadual ou independentemente de terem capacidade postulatória, sem
distrital de caráter estadual, sem que esteja sendo analisado precisarem de advogado, já que a legitimidade adveio
um caso concreto. Sua função máxima e última é a defesa da diretamente da Constituição. Podem, ademais, praticar
ordem constitucional e manutenção da higidez do quaisquer outros atos em regra privativos de advogados, como
ordenamento jurídico. apresentar recursos, entre outros; porém, nada impede,
evidentemente, que promovam a ADI por intermédio de seus
Legitimidade Ativa chefes de representação judicial.

Na ADI não há partes e nem interesse de agir. A ação é Legitimidade Passiva


proposta não por autores, mas por legitimados ativos, que Não existe réu na ADI; o que existe são legitimados
atuam em nome próprio no interesse de toda a sociedade passivos, que serão quaisquer autoridades de que emanem
(substituição processual). O STF, na ADI-MC 1.096, dividiu os atos normativos ou administrativos.
legitimados em dois grandes grupos:
Litisconsórcio Ativo e Passivo
Legitimados universais: não precisam comprovar a É possível o litisconsórcio ativo facultativo. Nada impede
pertinência temática para propor ADI. Podem versar sobre que alguns órgãos ou um órgão ou PJ privada legitimada se
qualquer assunto. São eles: litisconsorciem em petição de ADI.
- Presidente; O litisconsórcio passivo será necessário quando mais de
- Procurador-Geral da República; um órgão tiver participado da edição da norma objeto da ADI.
- Mesas da Câmara e do Senado (Mesa do Congresso Exemplo: uma lei que tenha sido aprovado pelo CN e
Nacional não); sancionado pelo presidente da república, terá como polo
- Conselho Federal da OAB; passivo, como requeridos, o CN e o PR.
- Partidos políticos com representação nacional;
Objeto
Legitimados especiais: necessitam comprovar a
pertinência temática. São eles: A ADI poderá ser proposta em face de lei ou ato normativo
- Governadores; federal ou estadual. Assim, a princípio, todas as espécies
- Mesas das Assembleias Legislativas; normativas listadas pelo art. 59 da CF/88 podem ser objeto de
- Confederação sindical; ADI. O que é ato normativo? Segundo a ADI-MC 2.195, é ato
- Entidade de classe de âmbito nacional. normativo aquilo que apresenta os seguintes elementos:
a) Ser genérico e abstrato;
A pertinência temática é um nexo de afinidade entre os b) Ter autonomia jurídica, capaz de gerar, por si próprio,
objetivos institucionais da entidade que ajuíza a ADI e o deveres e direitos;
conteúdo material da norma por ela impugnada nessa sede c) Impessoais;
processual. Trata-se de um “interesse de agir disfarçado”. Para d) Obrigatórios (eficácia vinculante das prescrições nele
o STF, a pertinência temática é uma condição objetiva da constantes).
ADI, quando o legitimado for o especial.

Partidos políticos: somente a direção nacional do partido


pode propor ADI, seus diretórios regionais não. Poderão

Direito Constitucional 17
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APOSTILAS OPÇÃO

Caberá ADI em face de: O STF, ao julgar MS impetrado por parlamentar, em


a) Emendas constitucionais, comuns ou de revisão, regra não pode exercer controle de constitucionalidade de
podendo ser examinado qualquer vício, formal ou material, projeto que tramita no Congresso Nacional e o declarar
não se limitando às cláusulas pétreas; inconstitucional, determinando seu arquivamento; no
b) Leis complementares e ordinárias; entanto, existem duas exceções nas quais o STF pode
c) Leis de efeitos concretos, como a LDO e a LOA. Com a determinar o arquivamento da propositura:
ADI-MC 4.048, o STF passou a permitir-se o controle abstrato a) Proposta de emenda constitucional que viole cláusula
em tema ou controvérsia constitucional, independentemente pétrea;
do caráter geral ou específico, concreto ou abstrato, de seu b) Proposta de emenda constitucional ou projeto de lei
objeto. A ausência de densidade normativa da lei não é óbice cuja tramitação esteja ocorrendo com violação às regras
ao controle abstrato. Somente se exigirá densidade normativa constitucionais sobre o processo legislativo. STF. Plenário.
para o ato de natureza infralegal. MS 32033/DF, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o
Assim, hoje, para o STF cabe ADI somente pelo fato de ser acórdão Min. Teori Zavascki, 20/6/2013 (Info 711).
lei. Se for ato normativo infralegal, aí sim caberá a discussão
sobre efeitos concretos ou abstratos, somente cabendo a ADI
se os efeitos forem abstratos. Não Caberá ADI em face de
d) lei que cria municípios (ADI-MC 2.381); a) Normas constitucionais originárias.
e) Lei promulgada e publicada, mas em período de vacatio b) Normas de Estado estrangeiro.
legis; c) Atos normativos privados, tais como regulamento de
f) Contra leis e atos normativos do Distrito Federal, quando empresa, convenção de condomínio etc.
exercendo competência legislativa de caráter estadual; d) Convenções coletivas de trabalho.
g) Contra lei delegada já pronta, assim como contra a e) Leis e atos normativos municipais e distritais de caráter
resolução do Congresso Nacional que realiza a delegação (se, municipal.
por exemplo, seu objeto for indelegável); f) Decretos meramente regulamentares.
h) Contra Medida Provisória, tanto no que concerne aos g) Leis e atos normativos pré-constitucionais. Isso porque
seus requisitos constitucionais quanto ao seu conteúdo. Os aqui há de se falar em recepção ou não recepção.
requisitos de relevância e urgência somente poderão ser h) Leis e atos normativos temporários, quando sua
examinados se puderem ser objetivamente identificados. eficácia já se exauriu. Se a eficácia se exaurir no curso do
Algumas medidas provisórias requerem requisitos específicos, processo, a ação perderá objeto.
como a que versa sobre créditos extraordinários (é caso i) Sentenças normativas da Justiça do Trabalho.
excepcional de MP versando sobre matéria orçamentária. Os j) Súmulas orientativas dos tribunais. Isso porque súmula
requisitos específicos são a urgência e a imprevisibilidade (art. não é ato normativo, apenas consolida o pensamento
167, § 3º c/c art. 62, § 1º, I, “d”). dominante. A doutrina entende ser cabível ADIN contra
A conversão da MP em lei não sana seus vícios originários. súmula vinculante, assim como vários ministros do STF (ADPF
Porém, se o vício for nos requisitos da relevância e urgência, 80).
com sua conversão em lei, os vícios restarão superados. Caso a k) Atos regulamentares internos dos órgãos da
MP seja convertida em lei antes do julgamento da ADI, deverá Administração.
ser dada oportunidade ao legitimado ativo para aditar a l) Resoluções do TSE que respondem a consultas.
petição inicial, caso tenha havido modificação substancial do Em todos os casos que não cabe ADI, é possível o controle
conteúdo da MP quando convertida em lei. Caso não tenha difuso de constitucionalidade e legalidade. Além disso, poderá
ocorrido tal alteração substancial, desnecessário o caber ADPF, diante do seu caráter subsidiário.
aditamento. Cabe ADI contra decretos legislativos e
resoluções, quando veicularem normas gerais e abstratas Aspectos Processuais (Lei nº 9.868/99)
(ADI-MC 769).
i) Em face de tratados internacionais, já que eles, após A petição inicial indicará:
incorporados, são positivados e tem caráter de lei federal. A a) O dispositivo de lei ou do ato normativo impugnado e os
ADI não é proposta contra o tratado em si, e sim contra o fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das
Decreto Legislativo que o aprovou ou contra o Decreto impugnações;
Presidencial que o promulgou. b) O pedido, com suas especificações;
j) Contra decreto ou regulamento autônomo, desde que c) Outros.
ofendam diretamente à Constituição, ou desde que atentem
contra a reserva legal (ADI-MC 1.969). Na ADI, aplica-se o princípio da adstrição ao pedido
k) Contra Regimento Interno de tribunal desde que haja (mas não se aplica a adstrição à causa de pedir), devendo o STF
ofensa direta à CF, sem um vício de ilegalidade. (Essa ofensa se ater ao pedido feito pelo legitimado ativo. Porém, ainda que
deve ser com o ato já pronto, não cabe controle preventivo de o legitimado alegue a inconstitucionalidade somente em face
constitucionalidade enquanto o regimento está sendo de determinado dispositivo da CF, poderá o STF declarar a
discutido, mesmo porque a norma ainda nem existe. Somente inconstitucionalidade em face de outro. Ele não está vinculado
caberia eventualmente MS se o parlamentar fosse alijado da aos fundamentos jurídicos da inicial, somente ao pedido em si.
discussão) Assim, se o legitimado pede a declaração de
l) Contra os antigos pareceres da Consultoria Geral da inconstitucionalidade dos arts. 13, 17 e 25 da lei X, em face dos
República (eram os pareceres que, quando aprovados pelo arts. 18 e 170 da CF/88 deverá o STF analisar a
Presidente da República, tinham força normativa). inconstitucionalidade em face de todos os dispositivos da
m) Contra Resolução do CNJ, já que possui força de lei. Constituição, mas não poderá analisar a constitucionalidade,
n) Em face de súmula vinculante. por exemplo, do art. 14 da Lei X.
No entanto, se houver dependência, poderá haver
inconstitucionalidade por arrastamento, sendo essa uma
exceção ao princípio da adstrição.
Quando a inicial for subscrita por advogados, deve vir
acompanhada de procuração com poderes específicos para

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APOSTILAS OPÇÃO

atacar a norma impugnada6, em duas vias, com cópia da CEI instituições que efetivamente representem os interesses
ou ato impugnado. Porém perfeitamente possível que a inicial gerais da coletividade ou que expressem os valores essenciais
seja assinada pelo legitimado ativo previsto na Constituição, e relevantes de grupos, classes ou estratos sociais.
ainda que não seja advogado.
O STF entendeu que a inicial da ADI é manifestamente Medida Cautelar
improcedente quando a norma impugnada já foi declarada
constitucional em recurso extraordinário; trata-se da A medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade
objetivação do controle difuso de constitucionalidade. é da competência exclusiva do Plenário do Supremo Tribunal
Federal. A decisão liminar nessas ações diretas está submetida
Modificação da Inicial, Desistência e Informações à reserva de plenário, regra esta que decorre do art. 97 da
O STF entende plenamente possível o aditamento ou Constituição e do art. 10 da Lei 9.868/99 (“a medida cautelar
emenda da petição inicial, embora não haja previsão legal ou na ação direta será concedida pela maioria absoluta dos
regimental para tanto. Entretanto, o Tribunal tem limitado membros do Tribunal”) e também está expressamente
essa prática até o momento da prestação das informações pelo prevista no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal
órgão do qual emanou o ato ou medida impugnada (ADI 437). (art. 5º, X).
Não se admitirá desistência após a proposição da ADI, já A submissão à reserva de plenário tanto da decisão de
que o processo é objetivo (princípio da indisponibilidade de mérito quanto da decisão cautelar baseia-se no fato de que
instância). O mesmo vale para a cautelar. ambas produzem efeitos diretos sobre a vigência das normas.
O relator pedirá informações aos órgãos ou autoridades A medida cautelar em sede de controle concentrado de
das quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que constitucionalidade tem o escopo de obstar que normas
deverão ser prestadas no prazo de 30 dias contados do inconstitucionais gerem efeitos no mundo jurídico e no mundo
recebimento do pedido. dos fatos, efeitos esses muitas vezes irreversíveis.
Porém, se houver pedido de concessão de cautelar, os Quanto uma norma inconstitucional entra em vigor,
responsáveis pela edição do ato ou norma deverão se começa a produzir efeitos que não poderiam ser aceitos no
manifestar em 05 dias. Após o julgamento da cautelar, deve ordenamento, fato este que Konrad Hesse denomina de
então o relator pedir informações sobre o mérito da causa. Em realidade inconstitucional. Por tal motivo, o doutrinador
qualquer hipótese, serão ouvidos o AGU e o PGR, assevera que o importante é primeiro:
sucessivamente, no prazo de 15 dias cada. - Evitar que norma inconstitucional entre em vigor;
- Caso entre em vigor, evitar que os efeitos da norma
Intervenção de Terceiros e Amicus Curiae inconstitucional se perpetuem.
Não se admitirá intervenção de terceiros. Isso não significa A medida cautelar apresenta como requisitos para
que não possa haver mais de um legitimado ativo ou passivo concessão o fumus boni iuris e o periculum in mora.
na mesma ação. Admite-se o amicus curiae, por despacho Em relação ao periculum in mora, sabe-se que não há
teoricamente irrecorrível do relator, e desde que pedida a prescrição em sede de ADI. Os requisitos do perigo da demora,
habilitação no processo no prazo de 30 dias das informações em determinadas situações, podem ser convertidos ou
(art. 7º, § 2 º). substituídos por outro requisito: a conveniência. Assim, em
Trata-se de providência que confere caráter pluralista e alguns casos, os requisitos para a concessão da cautelar será o
democrático ao processo objetivo de controle abstrato de fumus boni iuris e a conveniência.
constitucionalidade. A cautelar será concedida por decisão da maioria
Porém, segundo a jurisprudência do STF, o amicus curiae absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto
tem sido admitido após o prazo de informações, inclusive após no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos
iniciado o julgamento. Recentemente, o Plenário do STF quais emanou a lei ou ato impugnado em 05 dias (essa
decidiu que a possibilidade do ingresso está limitada à data da audiência poderá ser dispensada, se houver urgência). O
remessa dos autos à mesa para julgamento: O amicus curiae relator tem a faculdade de ouvir o AGU e o PGR no prazo de 03
somente pode demandar a sua intervenção até a data em dias.
que o Relator liberar o processo para pauta. 5. Agravo No julgamento do pedido de medida cautelar, será
regimental a que se nega provimento. (ADI 4071 AgR, facultada sustentação oral aos representantes judiciais do
Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, Tribunal Pleno, julgado requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela
em 22/04/2009) expedição do ato. O amicus curiae poderá também fazer a
O amicus curiae não pode recorrer, salvo se para interpor sustentação oral. Se concedida a cautelar, deverá ser publicada
embargos de declaração contra o “despacho” que não permitiu a parte dispositiva da decisão, no prazo de 10 dias.
sua participação no processo. A cautelar terá eficácia erga omnes e ex nunc. Além desses
Após o prazo das informações, deverão ser ouvidos o AGU efeitos, se concedida a cautelar, volta a ser aplicável a
e o PGR, no prazo sucessivo de 15 dias cada (art. 8º). legislação anterior acaso existente, salvo expressa
Para que o amicus curiae seja aceito, é necessária a análise manifestação em sentido contrário.
da:
- Relevância da matéria: por meio dela, o Supremo Assim, são efeitos:
verifica se realmente é importante ouvir terceiros na ação, ou a) Erga omnes: afasta-se a eficácia da norma impugnada
se seria medida despicienda, simplesmente tornando ela mais para todos, até o julgamento de mérito da ação.
complexa, sem necessidade; b) Ex nunc: somente será ex tunc se expressamente
- Representatividade: o amicus curiae deve ser pessoa ou previsto no acórdão concessivo, não necessitando do
entidade com efetiva capacidade de esclarecer o tema objeto quórum qualificado para se modular os efeitos temporais
de análise, devendo existir adequação entre seu como ocorre na decisão final de mérito. De qualquer forma,
conhecimento/atividade e o que será discutido. Além disso, ele ainda que tenha apenas efeitos ex nunc, a cautelar será dotada
deve ter idoneidade suficiente para falar pela sociedade na de retroatividade mínima, já que atinge os efeitos futuros de
condição de conselheiro da Corte. A isso se chama de atos praticados no passado.
representatividade adequada, a participação de entidades e de

6 Se a petição inicial da ADI ou da ADC for assinada por advogado, deverá ser ação. STF. Plenário. ADI 4430/DF, rel. Min. Dias Toffoli, 27, 28 e 29/6/2012 (Info
acompanhada de procuração. Exige-se que essa procuração tenha poderes 672 STF).
especiais e indique, de forma específica, os atos normativos que serão objeto da

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c) Vinculantes: vinculam os órgãos da Administração e os para a ADI. O mesmo raciocínio se faça em relação às mesas
Tribunais, os quais não poderão aplicar a norma cuja vigência das Assembleias Legislativas.
está suspensa. Porém, se indeferida a cautelar, nenhum efeito Não aplica-se a prerrogativa da contagem em dobro para a
gerará; Fazenda Pública em sede de ADC ou ADI. O prazo em dobro é
d) Repristinação: salvo se o Tribunal se manifestar para processo subjetivo.
expressamente em sentido contrário.
Mesmo antes da Lei nº 9.868/99, o STF admitia a Modulação dos Efeitos (art. 27)
concessão de cautelar com efeitos retroativos. Porém, para que
a cautelar retroaja, deverá haver manifestação expressa do Poderá haver a modulação com a votação de 2/3 dos
STF nesse sentido. No silêncio, não retroage. membros do Tribunal. A modulação pode ser temporal ou em
O efeito vinculante na cautelar não está previsto na CF, relação aos efeitos da declaração. A modulação temporal pode
nem mesmo na Lei nº 9.868/99. Parte da doutrina entende ser ser para trás ou para algum período posterior.
inconstitucional esse efeito, já que haveria cerceamento da O Brasil adotou o sistema norte-americano de controle de
atividade dos magistrados por decisão não definitiva. O STF constitucionalidade, já que a lei inconstitucional é nula, não
afirmou a constitucionalidade desse efeito, realizando uma devendo gerar efeitos. Entretanto, pode-se ver claramente a
verdadeira mutação constitucional. Inclusive, a inobservância mitigação dessa ideia de nulidade com a modulação de efeitos
de medida cautelar em sede de ADI pelos tribunais inferiores de algo que é inconstitucional. Até mesmo nos EUA houve
e pela Administração dá azo até mesmo à reclamação decisão nesse sentido, com o caso Linkletter Vs Walker.
constitucional. A modulação deve ser pedida na inicial pelo legitimado
Porém, somente a decisão concessiva da cautelar possui ativo. Entretanto, de acordo com o STF, pode ocorrer
efeito vinculante, a denegatória não. Ou seja, os juízes poderão modulação até mesmo com pedido feito em sede de embargos
continuar declarando a norma inconstitucional em sede de de declaração.
controle difuso, não deverão, ante a negativa da cautelar em A modulação dos efeitos atinge a eficácia da norma, e não
ADI, considerar que o tribunal declarou a norma a sua validade, enquanto a declaração pura e simples de
constitucional. Isso porque a decisão da cautelar não possui inconstitucionalidade atinge a sua validade).
caráter dúplice.
O início da eficácia da decisão concessiva de cautelar tem Eficácia e Efeitos da Decisão Definitiva da ADI
como marco a publicação do dispositivo ou da ata de
julgamento da decisão concessiva. O marco da eficácia da ADI é diferente do que ocorre na
Acolhido o requerimento cautelar, o STF suspende a medida cautelar. Isso porque na ADI cabem Embargos de
eficácia da norma até o final do julgamento. A natureza da Declaração, o que postergaria em muito o trânsito em julgado
decisão cautelar é de decisão de suspensão de eficácia da e os acórdãos substitutivos. A eficácia se opera na data da
norma. Veja que é diferente da decisão de mérito final. No publicação do dispositivo do primeiro acórdão, e não do
mérito, o STF declara. A decisão de mérito é uma decisão sobre trânsito em julgado.
invalidade. A decisão cautelar é sobre eficácia. A decisão do STF já fulmina a norma, não havendo que se
falar em comunicação ao Senado para suspensão de lei, que é
Decisão Final de Mérito o que ocorre no processo subjetivo em sede de recurso
extraordinário.
O julgamento da ADI somente pode ter início com o Efeitos da decisão da ADI:
quórum de 08 ministros. Assim, se não presente esse mínimo, a) Erga omnes;
a sessão nem mesmo pode ser instaurada (art. 22). Para a b) Ex tunc;
declaração da inconstitucionalidade, deve haver c) Vinculantes;
pronunciamento nesse sentido de, no mínimo, 06 ministros d) Repristinação.
(maioria absoluta).
Se não for alcançada a maioria necessária para declarar a Poderá não haver efeitos erga omnes e ex tunc se houver a
constitucionalidade ou inconstitucionalidade, deve o modulação pelo voto de 2/3 dos Ministros.
julgamento ser suspenso até que compareçam os demais O efeito vinculante foi estendido à ADI pela Lei nº 9.868/99
Ministros e votem (art. 23, p. único). e pela jurisprudência do STF. Somente houve a
Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á constitucionalização dos efeitos vinculantes para a ADI após a
improcedente a ADI ou procedente eventual ADC. Proclamada EC 45/04. O desrespeito à eficácia vinculante da decisão do
a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ADI ou STF enseja reclamação constitucional à própria Corte. Todos
improcedente eventual ADC. Isso se trata da natureza dúplice os legitimados ativos para propor ADI podem também intentar
ou ambivalente. reclamação constitucional.
A decisão de mérito da ADI é uma decisão de natureza Além disso, todos aqueles que foram atingidos por
definitiva, tem efeito erga omnes. Então, seu dispositivo deve decisões contrárias às do STF podem propor reclamação, a
ser observado por todos, particulares, poder público, STF, partir da data do julgamento, independendo da publicação e da
todo mundo. juntada do acórdão.
A sua razão de decidir, a sua fundamentação tem natureza A coisa julgada material se opera em sua feição clássica,
vinculante para a administração pública e para o Poder mesmo porque o STF não pode ressuscitar lei revogada.
Judiciário. Há um efeito vinculante, no que se refere à ratio Porém, no caso de declaração de constitucionalidade, o STF
decidendi, para a administração pública de todos os entes poderá analisar de novo futuramente sua constitucionalidade,
federativos e para os demais órgãos do judiciário. Mas o STF já que a lei poderá se tornar inconstitucional por alteração da
não está vinculado a sua razão de decidir; tem que cumprir a realidade fática ou de mutação constitucional.
própria decisão por causa do efeito erga omnes.
Após julgada, será comunicada a decisão à autoridade. ADI e Coisa Julgada
Somente cabem embargos de declaração; não cabe ação O STJ entendia que não caberia ação rescisória contra
rescisória. decisão judicial transitada em julgado baseada em lei
O Estado-membro não possui legitimidade para opor declarada inconstitucional. Tal entendimento foi modificado,
embargos de declaração da decisão de ADI ajuizada pelo uma vez que, se a coisa julgada estiver baseada em lei
respectivo governador. Isso porque o Estado não é legitimado inconstitucional, poderá ser proposta ação rescisória, desde

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que exista ainda prazo para interpor a rescisória, o qual combatida com a ação direta de inconstitucionalidade por
não é renovado com a declaração. O fundamento a ser omissão.
adotado é a contrariedade a literal dispositivo de lei. Portanto, é uma ação direta que tem por objetivo a
Deve ser observado que, em sendo a matéria relativa a reparação de uma omissão inconstitucional. Os legitimados à
Direito Penal, na revisão criminal, não há o prazo de 02 anos. sua proposição estão arrolados no artigo 103, incisos I a IX, da
Constituição Federal, contudo, salienta-se que o legitimado
Efeitos Repristinatórios por esse dispositivo não poderá propor a ação se ele é a
Quando uma norma é declarada inconstitucional, o autoridade competente para iniciar o processo legislativo
princípio da supremacia da constituição impõe que todos os questionado na ADI por omissão.
seus efeitos pretéritos sejam apagados, inclusive no que De acordo com o § 2º, do Artigo 103 da Constituição, uma
concerne à revogação de outras normas anteriores. Isso vez declarada a inconstitucionalidade por omissão para tornar
porque, por ter ofendido a Carta, ela não deveria nunca ter efetiva norma constitucional, será dado conhecimento ao
gerado efeitos. Poder Público competente, para que o mesmo providencie o
Com isso, a norma que nasce nula (declarada que necessário for, em 30 (trinta) dias.
inconstitucional) não poderia revogar a anterior validamente. Ainda com relação à omissão, poderá ser esta absoluta (total)
Logo, a lei revogada será repristinada, salvo se o Tribunal ou relativa (parcial). A Doutrina denomina o combate à
disser expressamente o contrário. omissão de "Síndrome de Inefetividade".
Disso surge o problema do chamado efeito Não são quaisquer omissões do Poder Público ensejadoras
repristinatório indesejado. E se a lei revogada pela norma do ajuizamento da ADI por Omissão.
cuja inconstitucionalidade se pretende ver reconhecida Diz Alexandre de Moraes que o ajuizamento da ADI por
também se revestir de vício de inconstitucionalidade? Nesse Omissão ocorre em relação as normas constitucionais de
caso, cabe ao autor da ação direta de inconstitucionalidade eficácia limitadora do Princípio Institutivo e de caráter
formular pedido sucessivo dirigido à declaração da desvalia impositivo, em que a Constituição investe o legislador na
constitucional também do ato normativo revogado que obrigação de expedir comandos normativos. Além disso, as
padeceria da mesma mácula de inconstitucionalidade. Do normas programáticas vinculadas ao Princípio da Legalidade,
contrário, será o caso de extinguir a ação sem análise do por dependerem de atuação normativa ulterior para garantir
mérito, haja vista esse óbice de natureza processual. sua aplicabilidade, são suscetíveis de ADI por Omissão.

Recursos De acordo com o Artigo 103, incisos I a IX, são ativamente


O único recurso cabível é o embargo de declaração, que legitimados para propor a ADI por Omissão:
deve ser interposto pelo legitimado ativo ou passivo. O amicus - Presidente da República;
curiae somente pode interpor ED em face da decisão que o - Mesa do Senado Federal;
inadmite no processo. - Mesa da Câmara dos Deputados;
- Mesa da Assembleia Legislativa;
A inconstitucionalidade por ação pode ocorrer por: - Mesa da Câmara Legislativa;
1) Vício formal: quando a lei ou ato normativo contiver - Governadores dos Estados;
algum vício em seu processo de formação. Podemos falar então - Governadores do Distrito Federal;
em inconstitucionalidade orgânica (inobservância da - Procurador- Geral da República;
competência legislativa para elaboração do ato), formal ou - Partidos Políticos com representação no Congresso
propriamente dita (inobservância do devido processo Nacional;
legislativo) ou ainda por violação dos pressupostos objetivos - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil-
do ato, (ocorre o vício no processo de elaboração e formação Conselho Federal da OAB;
da lei ou ato normativo infraconstitucional). - Confederações Sindicais;
Os vícios formais são classificados em: - Entidades de classe de âmbito nacional.
1.1) Subjetivos: verifica-se na fase de iniciativa;
1.2) Objetivos: verifica-se nas demais fases do processo Procedimento
legislativo, posteriores a fase da iniciativa. O procedimento para a propositura da ADI por Omissão é
2) Vício material: diz respeito à matéria, ou seja ao semelhante ao da propositura da ADI Genérica.
conteúdo do ato normativo. De acordo com a Lei 9.868/99, a qual dispõe sobre o
3) Vício de decoro parlamentar: quando a conduta dos processo e julgamento da Ação Direta de
parlamentares for incompatível com o decoro parlamentar e Inconstitucionalidade e da Ação Declaratória de
os mesmos agirem com abuso de suas prerrogativas ou Constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, uma
receberem vantagens indevidas no exercício da função vez proposta a ADI, não será admitida a sua desistência.
legislativa, nos termos do artigo 55 § 1º da CF. A petição inicial deverá indicar o dispositivo da lei ou do
ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do
Ação direta de inconstitucionalidade por omissão pedido em relação a cada uma das impugnações, bem como, o
Introduzida pela Constituição Federal de 1988, trata-se de pedido, com suas especificações.
modalidade abstrata de controle de omissão de órgão Deverá ser acompanhada de instrumento de procuração,
incumbido de elaboração normativa, ou seja, é destinada a quando subscrita por advogado. Será apresentada em duas
obter efetiva disposição acerca de norma constitucional que vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo
dependa de lei ou atos administrativos normativos impugnado e dos documentos necessários para comprovar a
indispensáveis à sua eficácia e aplicabilidade. impugnação.
Segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, além da Declarada a inépcia da inicial, não fundamentada e a
omissão legislativa, também alcança a omissão de órgãos manifestamente improcedente serão liminarmente
administrativos que devem editar atos administrativos em indeferidas pelo relator, tendo como remédio a interposição
geral, necessários à concretização das disposições de agravo.
constitucionais. Assim, diante da inércia ou omissão Na ADI serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado Geral
inconstitucional de órgão designado como competente para da União, cuja incumbência é a defesa da constitucionalidade
agir e efetivar disposições da Constituição, esta deve ser de lei ou ato normativo impugnado e o Procurador Geral da
República, o qual deve atuar em todos os processos que

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tramitam perante o Supremo tribunal Federal. Declarada a do Supremo, uma nova contenda jurisprudencial, em nítido
inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar caráter de mutação constitucional, principalmente quando se
efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder põe em confronto com o princípio da tripartição dos Poderes,
competente para a adoção das providências necessárias e, em previsto no art. 2º da Constituição. Tal atuação trata-se, na
se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta verdade, de um reflexo do que se hoje passou a denominar de
dias. ativismo judicial, consequência de um Poder Legislativo fraco
No caso da ADI por Omissão, inexiste prazo para a e inoperante.
propositura da presente ação, entretanto, existe a necessidade Com relação a ADI por omissão, o art. 103, § 2º, da
de se aferir à existência do transcurso de tempo razoável, que Constituição Federal, estabelece os seguintes efeitos:
permita a edição da norma omissa, em cada caso concreto. Não a) com relação ao Poder competente, em respeito a
é obrigatória a oitiva do Advogado Geral da União, na ADI por independência dos Poderes, será dada simples ciência da
Omissão, tendo em vista a inexistência de ato impugnado a ser decisão, sem estipulação de prazo para o suprimento da
defendido e o Ministério Público obrigatoriamente deverá se omissão inconstitucional;
manifestar antes da análise do Plenário sobre a ação proposta. b) com relação ao órgão administrativo, este deverá suprir
A concessão de medida liminar é incompatível com o a omissão inconstitucional em 30 dias, sob pena de
objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão, responsabilidade.
pois um provimento Judicial não é capaz de afastar a omissão
legislativa. Ação direta de inconstitucionalidade interventiva
Destarte, o STF, ao declarar a inconstitucionalidade por Podemos conceituar a Ação Direta de Inconstitucionalidade
omissão, relativamente à medida para tornar uma norma Interventiva como um dos pressupostos para a decretação da
constitucional efetiva dará ciência ao Poder competente para intervenção federal, ou estadual, pelos Chefes do Executivo, nas
que as medidas cabíveis sejam tomadas. Em se tratando do hipóteses previstas na CF/88.
Poder Legislativo, não estará o órgão obrigado a legislar, já que A União pode excepcionalmente intervir nos Estados, Distrito
não disposição expressa na Constituição, mas sim, a Federal se ocorrer às hipóteses do art. 34 e nos Municípios
obediência ao Princípio da Separação dos Poderes localizados em Território Federal se ocorrer às hipóteses previstas
(independentes e harmônicos). no art. 35 da CF/88. Já os Estados podem intervir nos municípios
Contudo, se o STF informa diretamente ao órgão situados em seus territórios se ocorrer uma das hipóteses do art. 35
administrativo sobre a declaração de inconstitucionalidade da CF.
por omissão, e sendo de sua competência a pratica do ato até O Poder Judiciário analisa apenas o caso concreto submetido a
então considerado omisso, deverá o mesmo suprir a omissão sua apreciação, exercendo um controle da ordem constitucional
normativa em 30 (trinta) dias. tendo em vista o caso concreto que lhe é submetido à análise. O
judiciário não nulifica o ato, mas apenas verifica se estão presentes
Diferenças entre a decisão proferida na ADI por os pressupostos para a futura decretação da intervenção pelo Chefe
omissão e no mandado de injunção do Executivo.
Os efeitos da decisão no mandado de injunção têm bases
controvertidas tanto na doutrina como na jurisprudência. De Objeto:
modo geral, é possível afirmar que há 4 (quatro) posições A ADI interventiva pode ser federal ou estadual. No caso da
acerca do assunto, a saber: 1) Posição concretista geral; federal tem como objeto lei ou ato normativo estadual ou distrital
2) Posição concretista individual; de natureza estadual que desobedeça aos princípios constitucionais
3) Posição concretista intermediária; e sensíveis da Constituição. Já a ADI interventiva Estadual tem como
4) Posição não concretista. objeto lei municipal que violar os princípios indicados na
A posição concretista geral ocorre quando o STF vem a Constituição Estadual.
legislar no caso concreto, cuja decisão produz efeitos “erga
omnes” até o momento em que o Legislativo cumpra com o seu Espécies de Intervenção federal
desiderato. As espécies de intervenção são espontânea, provocada por
A posição concretista individual é aquela que implementa solicitação, provocada por requisição e provocada,
o direito no caso concreto, cuja decisão tem eficácia para o dependendo de provimento de representação.
autor do mandado de injunção, diretamente. No caso da espontânea o presidente age de ofício, conforme
A posição concretista intermediária, por sua vez, é aquela art. 34, I, II, III e V da CF.
em que só há o implemento do direito ao caso concreto, Na provocada por solicitação é quando a coação ou
quando o Legislativo resolve não cumprir com o prazo impedimento recaírem sobre o Poder Legislativo ou o Poder
estipulado pelo Judiciário para elaborar a norma Executivo, conforme art. 34 IV da CF.
regulamentadora. A por requisição ocorre da cominação do art. 34, IV,
Já a posição não concretista ocorre quando o Judiciário combinado com o art. 36, I, segunda parte, da CF, quando a coação
apenas decreta a inércia do Poder omisso, não reconhecendo for exercida contra o Poder Judiciário e a depende de requisição do
o direito no caso concreto. Nesse caso, há o simples Supremo Tribunal Federal.
reconhecimento formal da mora, sem intromissão na esfera de A provocada, dependendo de provimento de
outro Poder. Esta foi durante muitos anos a posição dominante representação é no caso de ofensa aos princípios constitucionais
do STF. sensíveis, previstos no art. 34, VII, da CF/88 e esta espécie depende
Não obstante, em recentes julgados, vislumbra-se a de provimento pelo STF, de representação do Procurador-Geral da
alteração de orientação jurisprudencial desta Corte Suprema República.
no sentido da aplicação da posição concretista geral. É o que se
pode constatar com as decisões proferidas nos MI´s 670, 708 e ADI interventiva federal
712, em que o STF, ante a falta de norma regulamentadora, por O art. 36, III da CF/88, primeira parte, estabelece que a
unanimidade, determinou a aplicação da legislação do direito decretação da intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de
de greve da iniciativa privada para todos os servidores representação do Procurador-Geral da República(...)”.
públicos, apesar do fato da impetração ter sida efetuada por Dessa forma temos que a competência para o provimento é do
sindicatos, individualmente. STF depois da propositura da representação pelo Procurador-Geral
Sob este aspecto, considerando a atuação do Supremo e que caso, o STF julgue procedente a ação requisitará ao Presidente
como legislador positivo, trava-se, através da jurisprudência da República que decrete a intervenção.

Direito Constitucional 22
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APOSTILAS OPÇÃO

O Presidente, conforme definido no art. 36 § 3º da CF, por meio III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita
de decreto, suspenderá a execução do ato impugnado. Entretanto, municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas
caso essa medida não surta os efeitos para restabelecimento da ações e serviços públicos de saúde;
normalidade, será decretada a intervenção federal, executando-a IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação
com a nomeação do interventor e afastando as autoridades para assegurar a observância de princípios indicados na
responsáveis de seus cargos. Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de
ordem ou de decisão judicial.
ADI interventiva estadual
Em relação intervenção estadual, temos que o art. 35, IV, da Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
CF/88 estabelece que a intervenção estadual, a ser decretada pelo I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo
Governador de Estado, dependerá de provimento pelo TJ local de ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do
representação para assegurar a observância de princípios Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o
indicados na CE, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de Poder Judiciário;
decisão judicial. II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária,
De acordo com o referido artigo, o objeto desta modalidade é a de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior
execução de lei ou ato normativo, ou omissão, decorrente de ato Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
governamental municipal que desrespeitem os princípios sensíveis III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de
indicados na Constituição Estadual. A ação é processada pelo representação do Procurador-Geral da República, na hipótese
Tribunal de Justiça depois de proposição pelo Procurador-Geral de do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
Justiça; em sendo julgada procedente a ação, o Presidente do § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude,
Tribunal comunicará ao Governador do Estado. o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o
Nestes casos, o governador, conforme estabelecido na CE, interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional
decretará a suspensão da execução do ato impugnado. Caso a ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e
medida seja desrespeitada ou não seja suficiente, como na quatro horas.
intervenção federal, o Chefe do Poder Executivo Estadual decretará § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a
a intervenção estadual no Município, nomeando o interventor e Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no
afastando as autoridades responsáveis pelo cargo. mesmo prazo de vinte e quatro horas.
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada
Dispositivos constitucionais sobre a matéria: a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia
Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato
CAPÍTULO VI impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da
DA INTERVENÇÃO normalidade.
§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento
Federal, exceto para: legal.
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Questões
Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 01. (TJ/RJ - Juiz Substituto - VUNESP) A propósito da
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas ação direta de inconstitucionalidade, é correto afirmar que
unidades da Federação; A) precisam demonstrar pertinência temática para a
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: propositura da ação os seguintes legitimados: governador de
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de Estado; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; partido político com representação no Congresso Nacional; e
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em nacional.
lei; B) a concessão de liminar em sede de medida cautelar na
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão ação não admite a restauração de vigência da legislação
judicial; anterior, acaso existente, o que somente ocorrerá no
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios julgamento definitivo de procedência do pedido da ação.
constitucionais: C) nas ações propostas por Estado da Federação, a petição
a) forma republicana, sistema representativo e regime inicial deve ser firmada, exclusivamente, pelo Procurador-
democrático; Geral do Estado em nome do Governador.
b) direitos da pessoa humana; D) são passíveis de ser objeto da ação: as leis e os atos
c) autonomia municipal; normativos federais e estaduais, medidas provisórias, decreto
d) prestação de contas da administração pública, direta e do Chefe do Executivo que promulga tratados e convenções e
indireta. emendas constitucionais.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de
impostos estaduais, compreendida a proveniente de 02. (PC/TO - Delegado de Polícia - Aroeira) Pode propor
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
nas ações e serviços públicos de saúde. constitucionalidade, entre outros, o:
A) Governador de Estado ou do Distrito Federal.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a B) Presidente do Senado Federal.
União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto C) Presidente da Câmara dos Deputados.
quando: D) Presidente de Assembleia Legislativa.
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois
anos consecutivos, a dívida fundada; 03. (SEFAZ/RJ - Auditor Fiscal da Receita Federal - FCC)
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; Suponha que o Advogado-Geral da União proponha ação direta
de inconstitucionalidade (ADI) perante o Supremo Tribunal
Federal (STF) para questionar a constitucionalidade de três

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APOSTILAS OPÇÃO

artigos de lei estadual do Rio de Janeiro em face da manifestação do plenário do Tribunal, visto tratar-se de norma
Constituição da República. Conforme a disciplina geral e abstrata.
constitucional a respeito do controle de constitucionalidade (C) poderia ter sido declarado inconstitucional pelo
concentrado, plenário do Tribunal, uma vez que as obrigações foram criadas
A) o Advogado-Geral da União não possui legitimidade sem qualquer amparo legal, mas, por tratar- se de ofensa
para propor ADI. indireta à Constituição Federal, é dispensável o quórum da
B) o STF deve remeter os autos do processo para maioria absoluta do Plenário.
julgamento pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. (D) poderia ter sido declarado inconstitucional pelo
C) não se pode propor ADI para questionar apenas parte Tribunal, uma vez que as obrigações foram criadas sem
de lei. qualquer amparo legal e com ofensa direta à Constituição
D) o STF deve converter a ADI em recurso extraordinário Federal, sendo, no entanto, desnecessária a manifestação
para que seja viável analisar o pedido da ação. plenária do Tribunal, uma vez que a declaração de invalidade
E) lei estadual não pode ser objeto de ADI. dessa espécie normativa não está sujeita à reserva de plenário.
(E) poderia ter sido declarado inconstitucional pelo
04. (TRT 18ª REGIÃO/GO - Juiz do Trabalho - FCC) plenário do Tribunal, uma vez que as obrigações foram criadas
Considerando a disciplina jurídica do controle de sem qualquer amparo legal e com ofensa direta à Constituição
constitucionalidade e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, sendo dispensada a manifestação plenária do
Federal na matéria, Tribunal se o plenário do Supremo Tribunal Federal já tiver
A) súmula vinculante pode ser objeto de ação direta de declarado a inconstitucionalidade do mesmo decreto.
inconstitucionalidade que, se julgada procedente, produzirá
eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos 06. (PC/SP - Delegado de Polícia – VUNESP) Pode(m)
órgãos do Poder Judiciário e à Administração pública direta, propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. declaratória de constitucionalidade perante o Supremo
B) ato administrativo que contrarie súmula vinculante não Tribunal Federal:
pode ser objeto de reclamação proposta perante o Supremo (A) partido político sem representação no Congresso
Tribunal Federal, uma vez que a reclamação é cabível apenas Nacional.
contra decisão judicial, que poderá ser cassada pelo STF, com (B) os Conselhos Federais de órgãos de classe profissional.
a determinação de que outra seja proferida com ou sem a (C) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
aplicação da súmula, conforme o caso. regional.
C) o cabimento do recurso extraordinário está sujeito à (D) a Mesa da Câmara dos Deputados.
demonstração da existência de repercussão geral das questões (E) o Procurador-Geral de Justiça.
discutidas no caso, podendo o STF recusá-lo pela manifestação
de dois terços dos seus membros. 07. (MPE/MG - Promotor de Justiça - MPE) Analise as
D) a aprovação de súmula vinculante, a qual poderá ser seguintes assertivas em relação ao controle de
provocada pelos legitimados à propositura da ação direta de constitucionalidade:
inconstitucionalidade, produzirá efeitos vinculantes apenas I. A inconstitucionalidade formal ocorre quando o
em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à conteúdo das leis ou atos emanados dos poderes públicos
Administração pública direta, mas não em relação à contraria uma norma constitucional de fundo, que estabelece
Administração pública indireta e ao Poder Legislativo. direitos e deveres.
E) é vedado ao Superior Tribunal de Justiça o exercício do II. Os Poderes Executivo e Legislativo exercem o controle
controle difuso de constitucionalidade, considerando que a de constitucionalidade preventivo e repressivo. Por seu turno,
competência para processar e julgar o recurso extraordinário o Poder Judiciário exerce tão-somente o controle repressivo.
é do Supremo Tribunal Federal. III. A inconstitucionalidade reflexa ou por via oblíqua
resulta da violação de uma norma infraconstitucional
05. (TRT 18ª REGIÃO/GO - Juiz do Trabalho - FCC) O interposta entre o ato questionado e a Constituição.
Presidente da República, a pretexto de exercer seu poder IV. No âmbito do Estado de Minas Gerais, admite-se a ação
regulamentar, editou decreto, sem que existisse lei tratando da direta de inconstitucionalidade por omissão.
matéria por ele disciplinada, pelo qual criou obrigações que Somente está CORRETO o que se afirma em:
somente poderiam, à luz da Constituição Federal, ter sido (A) I e II;
instituídas por lei formal. Por esse motivo, a (B) I e IV;
constitucionalidade do referido decreto foi arguida em um (C) II e III;
caso concreto, como questão prejudicial para o julgamento do (D) III e IV;
pedido principal da petição inicial, ensejando, em segundo
grau de jurisdição, o pronunciamento do plenário de 08. (MPE/AC - CESPE) A respeito do controle de
determinado Tribunal declarando a inconstitucionalidade da constitucionalidade, assinale a opção correta.
norma, pelo voto da maioria absoluta de seus membros. À luz (A) Em decisão de órgão fracionário de tribunal de justiça
da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo na qual, embora não se declare expressamente a
Tribunal Federal, o decreto presidencial inconstitucionalidade de lei estadual questionada perante a
(A) não poderia ter sido declarado inconstitucional pelo constituição estadual, seja afastada sua incidência no caso
Tribunal, mas tão somente ilegal, uma vez que o decreto foi concreto, prescinde-se da cláusula da reserva de plenário.
editado com fundamento no poder regulamentar do (B) A inconstitucionalidade formal de uma lei somente
Presidente da República, motivo pelo qual a sua pode ser aferida de acordo com as regras constitucionais
inaplicabilidade a um caso concreto não dependeria de prévia vigentes no momento de sua elaboração, e não em razão da
manifestação do plenário do Tribunal. mudança posterior do parâmetro constitucional.
(B) não poderia ter sido declarado inconstitucional pelo (C) Assim como ocorre na ação declaratória de
plenário do Tribunal, mas tão somente ilegal, uma vez que o constitucionalidade e na ação direta de inconstitucionalidade,
decreto foi editado com fundamento no poder regulamentar as leis pré-constitucionais não podem ser objeto de arguição
do Presidente da República, mas, ainda assim, a declaração de de descumprimento de preceito fundamental.
sua inaplicabilidade ao caso concreto dependeria de

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APOSTILAS OPÇÃO

(D) A sanção presidencial tem o condão de sanar vício de projeto original da lei regulamentar, estava prevista a
inconstitucionalidade formal relativo à competência para legitimidade do cidadão, que foi vetada. Assim, não podem eles
iniciar o processo legislativo. propor tal ação, apesar de poderem representar ao PGR para
(E) Em se tratando de ajuizamento de ação direta de que venha a propor se assim entender.
inconstitucionalidade, aplica-se o princípio da congruência ou
da adstrição ao pedido, não se admitindo a declaração de Legitimidade Passiva
inconstitucionalidade de uma norma que não tenha sido Ocupa o polo passivo como requerido o órgão que
objeto do pedido. participou da edição da norma ou ato que viola ou tende a
violar o preceito fundamental.
Gabarito
Cabimento
01.D / 02.A / 03.A / 04.C / 05.E / 06.D / 07.D / 08.B Como visto, é cabível para a proteção de preceito
fundamental, e não de qualquer dispositivo da CF. Preceito
Arguição de Descumprimento de Preceito fundamental difere de princípio, sendo o preceito mais
Fundamental – ADPF amplo que o princípio, já que envolve, além deste, direitos
e garantias fundamentais, em especial a dignidade da
Prevista no art. 102, § 1º, da CF/88, e regulamentada pela pessoa humana.
Lei nº 9.882/99, trata-se de instrumento de controle São três as hipóteses de cabimento:
concentrado de constitucionalidade que visa à defesa dos
preceitos fundamentais, não amparáveis por outras vias. - ADPF autônoma preventiva - Para evitar lesão a PF,
A arguição de descumprimento de preceito fundamental é resultante de ato do poder público; a ADPF preventiva não é
uma ação direta da competência exclusiva do STF, em que se preventiva quanto à natureza do objeto, ela é preventiva
busca evitar ou reparar eventual lesão a um preceito quanto à lesão e não se o objeto está aperfeiçoado ou não. A
fundamental causada por ato do Poder Público. Também pode ADPF preventiva não tem o mesmo conceito de controle
ser proposta quando houver relevante fundamento de de constitucionalidade preventivo. O controle de
controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, constitucionalidade preventivo é feito antes do
estadual ou municipal, incluídos os anteriores à CF/88. aperfeiçoamento do ato normativo. A ADPF preventiva é
Como típico instrumento do modelo concentrado de aquela que evita a lesão advinda de uma lei ou ato perfeito, mas
controle de constitucionalidade, a ADPF tanto pode dar ensejo cuja lesão não ocorreu. Logo, enquanto nas demais ações de
à impugnação ou questionamento direto de lei ou ato controle concreto a prevenção se dirige à higidez do
normativo federal, estadual ou municipal, como pode ordenamento jurídico, na ADPF a prevenção se dirige a
acarretar uma provocação a partir de situações concretas, um fato lesivo.
que levem à impugnação de lei ou ato normativo.
No primeiro caso, tem-se um tipo de controle de normas - ADPF autônoma repressiva/reparatória - Para reparar
em caráter principal, opera-se de forma direta e imediata em lesão a PF, resultante de ato do poder público;
relação à lei ou ao ato normativo, sendo a ADPF proposta
diretamente no STF. - ADPF incidental - Quando for relevante o fundamento da
No segundo, questiona-se a legitimidade da lei tendo em controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal,
vista a sua aplicação em uma dada situação concreta (caráter estadual ou municipal, incluídos os anteriores à CF (diferente
incidental). Aqui a instauração do controle de legitimidade da da ADI e ADC, incabíveis para atos anteriores à CF e para atos
norma na ADPF repercutirá diretamente sobre os casos municipais) – inconstitucional para Alexandre Moraes por
submetidos à jurisdição ordinária, uma vez que a questão extrapolar a competência constitucional do 102, § 1º, da CF,
prejudicial a ser dirimida nesses processos será elevada à pela via de lei ordinária.
apreciação do Supremo Tribunal. No que concerne à prática, Entretanto, o STF já admitiu o ajuizamento de ADPF em
esse controle assemelha-se à cisão funcional que se realiza, virtude de controvérsia constitucional relevante sobre lei
entre nós, no controle de constitucionalidade incidental (art. ou ato normativo federal, ou estadual, ou municipal,
97), com o destaque da questão prejudicial surgida perante o incluídos os anteriores à CR, ainda que,
órgão fracionário para ser apreciada pelo Plenário do excepcionalmente, revogados.
Tribunal. Há que se ressaltar que, em ambas as hipóteses (autônoma
Diferentemente do que se verifica no controle incidental, e incidental), tratam-se de processos objetivos de controle de
em que se realiza uma cisão funcional no plano horizontal (do constitucionalidade, uma vez que, até na ação incidental, o
órgão fracionário para o Plenário ou para o órgão especial do STFf não julgará a lide deduzida nas instâncias inferiores,
mesmo Tribunal), tem-se, na ADPF, uma cisão funcional no como em uma avocatória, mas decidirá apenas a
plano vertical (de órgãos das instâncias ordinárias para o controvérsia constitucional, em similitude com o recurso
STF). Daí por que haverá de se cogitar, normalmente, nesses constitucional alemão e o recurso de amparo espanhol.
casos, de suspensão cautelar dos processos ou de julgamento Em função justamente do princípio da subsidiariedade, a
dos feitos até a deliberação definitiva do Supremo Tribunal ADPF tem certas diferenças em relação à ADI e à ADC:
Federal (Lei n. 9.882/99, art. 5º, § 3). a) Cabível para atos de municípios (ADC não cabe nem para
atos estaduais);
Assim, vemos que existe: b) Cabível para atos concretos – com isso é possível que
uma mera decisão liminar de um juiz de 1º grau vá para o STF
via ADPF;
Já se inicia como controle
ADPF DIRETA c) Cabível para atos anteriores à CF;
concentrado
d) Cabível para atos revogados;
ADPF INDIRETA Inicia-se como controle difuso e) Cabível para a declaração de constitucionalidade de lei
estadual ou municipal, caso o questionamento de sua
legitimidade gere lesão a preceito fundamental (Gilmar
Legitimidade Ativa Mendes);
Trata-se de processo objetivo. Assim, possuem f) Cabível para interpretações judiciais de preceitos
legitimidade todos aqueles que podem propor ADC e ADI. No fundamentais.

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APOSTILAS OPÇÃO

A ADPF não é cabível em face de: Sobre a noção de preceito fundamental não há definição na
a) Decreto regulamentar que exorbita dos poderes CF e nem legal. Não há até hoje no STF um debate teórico do
regulamentares (se trata de ilegalidade, mera ofensa reflexa à que seria preceito fundamental. O STF vem afirmando
Constituição); circunstancialmente se uma determinada proposta é ou não é
b) Orientação do STF com vias a esclarecer a posição da preceito fundamental; essa afirmação tem sido feita de forma
Corte; circunstancial.
c) Súmulas de orientação jurisprudencial; O que se tem de consenso na doutrina é que o preceito
d) Cancelamento, revisão ou interpretação de súmula fundamental envolve somente normas formalmente
vinculante. constitucionais que tratem de dois objetos essencial e
materialmente constitucionais: A organização do Estado e a
O Princípio da Subsidiariedade proteção dos direitos fundamentais.
Quando for cabível outra ação eficaz para sanar a Existem controvérsias: a primeira se refere à inclusão dos
lesividade (art. 4º, § 1º, Lei nº 9.882/99), incabível será a direitos sociais no rol dos direitos fundamentais para fins de
ADPF; é preciso, em primeiro lugar, esgotar todas as vias consideração de preceito fundamental. Autores mais ligados a
possíveis. direito de pensamento ideológico, como o Min. Gilmar Mendes,
Nesse sentido, se se considera o caráter enfaticamente tendem a excluir os direitos sociais do rol dos preceitos
objetivo do instituto (o que resulta, inclusive, da legitimação fundamentais. Mas a maioria dos autores de direito
ativa), meio eficaz de sanar a lesão parece ser aquele apto constitucional tem viés de esquerda, e, além disso, me parece
a solver a controvérsia constitucional relevante de forma que tem fundamental jurídico mais consistente de interpretar
ampla, geral e imediata. Nesse caso, cabível a ação direta de uma constituição social. A constituição brasileira é social, ela
inconstitucionalidade ou de constitucionalidade, não será não é somente liberal. Autores do calibre de Paulo Bonavides,
admissível a arguição de descumprimento. Em sentido José Afonso e Barroso, tendem a incluir os direitos sociais no
contrário, não sendo admitida a utilização de ações diretas de rol dos preceitos fundamentais.
constitucionalidade ou de inconstitucionalidade— isto é, não Assim, repita-se: não há parâmetro exato de controle
se verificando a existência de meio apto para solver a para a ADPF; mesmo porque ninguém sabe ao certo o que
controvérsia constitucional relevante de forma ampla, geral e seria preceito fundamental; variará de acordo com o
imediata — há de se entender possível a utilização da arguição entendimento de cada Ministro do STF. Entretanto, algumas
de descumprimento de preceito fundamental7. casuísticas já firmaram o que certamente se encaixaria na
Também é possível que se apresente arguição de noção do instituto:
descumprimento com pretensão de ver declarada a
constitucionalidade de lei estadual ou municipal que a) Direitos e garantias individuais;
tenha sua legitimidade questionada nas instâncias b) Princípios protegidos por cláusulas pétreas (art. 60, §
inferiores. Tendo em vista o objeto restrito da ação 4º);
declaratória de constitucionalidade, não se vislumbra aqui c) Princípios sensíveis (art. 34, VII);
meio eficaz para solver, de forma ampla, geral e imediata, d) Princípio da legalidade.
eventual controvérsia instaurada. Afigura-se igualmente
legítimo cogitar de utilização da arguição de descumprimento Assim, vê-se que a ADPF apresenta duas características
nas controvérsias relacionadas com o princípio da legalidade que a fazem se diferenciar e muito dos demais instrumentos
(lei e regulamento), uma vez que, assim como assente na de controle concentrado de constitucionalidade.
jurisprudência, tal hipótese não pode ser veiculada em sede de Se por um lado o paradigma da ADPF é menor do que
controle direto de constitucionalidade. da ADI (por não envolver toda a Constituição, emendas
Há uma controvérsia no STF sobre se a ADPF será cabível constitucionais e tratados de direitos humanos8
quando a inexistência do meio eficaz se referir a outra ação de recepcionados como emenda), por outro, o objeto da
controle abstrato de constitucionalidade, ou se será cabível ADPF é muito mais amplo do que da ADI, por envolver
quando inexistir qualquer outro meio, ainda que difuso. também lei ou ato normativo federal, estadual, municipal
O Min. Gilmar Mendes defende que só cabe se não for caso e direito pré-constitucional.
de ADI, ADC ou ADO; já o Min. Celso de Melo lidera a posição Ademais, a lei fala em “ato do Poder Público”, no que
majoritária, que defende que o preceito se refere a qualquer certamente se envolve também a omissão quando não for
ação, desde que eficaz. caso de ADO ou outra ação eficaz.
Importante, entretanto, ter em mente uma coisa: a
existência de processos ordinários e recursos extraordinários A Questão do Direito Pré-Constitucional
não deve excluir, a priori, a utilização da ADPF. Isso porque a Quando o STF, em ADPF, analisa uma lei anterior à CF,
análise dos demais instrumentos para sanar a lesão aos ele não declara a sua inconstitucionalidade. Ele continua
preceitos fundamentais deve proceder a exclusão da ADPF, já dando um caráter do fenômeno da lei no tempo, só que a
que poderão eles não se demonstrarem efetivos. análise é concentrada da recepção. O STF não declara a
Assim, a análise do cabimento da ADPF leva à seguinte inconstitucionalidade da norma anterior à CF/88 só
pergunta: os meios existentes para sanar a lesão ao porque está sendo analisado em ADPF. Em controle difuso
preceito fundamental são suficientes, de forma ampla, quando o juiz se depara com análise de norma anterior à
geral e imediata? Caso positivo, ela não será cabível. Caso CF/88, a incompatibilidade desta norma anterior à CF ele
negativo, será cabível. declara a invalidade, ou diz que a norma continua em vigor ou
considera revogada? Ele diz que a norma continua em vigor
Parâmetro de Controle ou considera-se revogada. É exatamente esta conclusão
O paradigma na ADPF é a proteção do preceito quando o STF chega numa ADPF quando ele analisa norma
fundamental, não havendo, portanto, proteção de normas anterior à CF. Essa foi a conclusão da ADPF nº 130, que
constitucionais que não sejam consideradas preceitos declarou não ter sido recepcionada toda a lei de imprensa
fundamentais.

7 ADPF 76, rel. min. Gilmar Mendes, decisão monocrática, julgamento em 13- março de 2007, foi incorporada ao Direito brasileiro com status de norma
2-2006, DJ de 20-2-2006. constitucional nos termos do art. 5º, § 3º, da CF, haja vista sua aprovação em cada
8 A primeira foi A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de respectivos membros.

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Procedimento expressivo, impeditivo da consolidação de situações contra a


Petição inicial contendo: possível decisão definitiva que venha a tomar.
a) A indicação do preceito fundamental que se considera
violado; Decisões e Efeitos
b) A indicação do ato questionado; Tendo por objeto o direito pré-constitucional, deverá o
c) A prova da violação do preceito fundamental, Tribunal limitar-se a reconhecer a legitimidade (recepção) ou
d) O pedido com suas especificações; não da lei, em face da norma constitucional superveniente.
e) Se for o caso, a demonstração da controvérsia judicial Incidindo, porém, sobre ato de efeito concreto (ato
relevante sobre a aplicação do preceito fundamental administrativo singular, sentença), o tribunal afirmará sua
questionado. ilegitimidade.
Pode ser que o ato singular questionado (v. g., uma
Ao autor da arguição de descumprimento de preceito decisão judicial) afirme a inconstitucionalidade de uma
fundamental cabe apresentar, juntamente com a petição inicial lei ou de uma dada aplicação ou interpretação do próprio
em duas vias, cópias do ato questionado e documentos texto constitucional. Nessa hipótese, reconhecida a
necessários à comprovação do alegado. Aludida disposição procedência da ação de descumprimento de preceito
prevê, também, a necessidade de serem as petições fundamental, ter-se-á a declaração de ilegitimidade do ato
acompanhadas, quando subscritas por advogado, de questionado, com a afirmação da constitucionalidade da
instrumento de procuração. lei ou da aplicação constitucional discutida.
A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, A ADPF pode servir para realizar controle de
em caso de manifesta inadequação da ação, na hipótese de não constitucionalidade? Pode. A ADPF até pode ser utilizada
atendimento de qualquer dos requisitos legais ou, ainda, em para fins de controle de constitucionalidade, mas ela não é
caso de inépcia da inicial (art. 4°, caput). Da decisão de somente uma ação de controle. A ADPF tem por pretensão a
indeferimento caberá agravo no prazo de cinco dias (art. 4°, § proteção de preceito fundamental. Esta proteção pode
2º). levar a uma decisão multifacetada. A decisão pode ser de
Apesar de não haver previsão expressa na lei, não cabe interpretar um paradigma, pode ser uma decisão de
desistência na ADPF, já que se trata de processo objetivo. interpretação do objeto. Não se pode dizer abstratamente
Perfeitamente admissível o amicus curiae. qual é a natureza da decisão da ADPF. Repito: dependerá do
A Lei nº 9.882/99 prevê a possibilidade de o relator objeto.
autorizar a audiência das partes nos processos que ensejaram Perfeitamente possível a modulação dos efeitos temporais
a arguição, requisitar informações adicionais, designar perito mediante decisão fundamentada de 2/3 dos Ministros, para
ou comissão de peritos e determinar a realização de que ela seja ex nunc ou a partir de um momento fixado.
audiências públicas com experts (art. 6º, § 1). Efeitos do julgamento da ADPF:
a) Eficácia erga omnes;
AGU e PGR b) Efeito vinculante;
O AGU é citado quando há discussão de controvérsia de c) Repristinação;
constitucionalidade de uma norma. Então, ele não é citado d) Natureza dúplice.
sempre; não é citado, por exemplo, se o objeto for o
reconhecimento da não recepção. Fungibilidade entre ADI e ADPF
O PGR é intimado na qualidade de custos legis. Há um O Supremo já entendeu que a ADI pode ser recebida como
detalhe que na pratica não é aplicado pelo STF. A Lei nº se ADPF fosse, caso presentes os requisitos desta e ausentes o
9.882/99 prevê a intimação do PGR nas ADPF que não tenham daquela.
sido provocadas por ele. Só que o STF abre vistas sempre para
o PGR e não apenas nas ações que ele não tenha provocado. Questões
Para efeito de concurso, se vier alusão à Lei nº 9.882/99,
realmente a lei prevê a intimação do PGR nas ADPFs que 01. (OAB XIII - Primeira Fase - FGV) A arguição de
ele não tiver proposto. descumprimento de preceito fundamental (ADPF), regulada
Em provas de concurso, caso haja alusão “na forma da lei”, pela Lei nº 9.882/99, tem por objeto evitar ou reparar lesão a
a melhor resposta seria que a Lei nº 9.882/99 não prevê a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
intimação sempre, mas o regimento interno e a prática do STF Com base no legalmente disposto sobre a ADPF, assinale a
prevê intimação. opção correta.
(A) Face à extraordinariedade da ADPF, a decisão de
indeferimento liminar da petição inicial é irrecorrível.
Prevê intimação do PGR somente quando ele
Lei (B) De acordo com a Lei nº 9.882/99, vige o princípio da
não tiver proposto a ADPF
subsidiariedade quanto ao cabimento da ADPF.
Sempre intima o PGR, mesmo quando foi ele (C) A decisão proferida em ADPF produzirá somente
STF efeitos erga omnes e ex tunc.
quem propôs.
(D) O prefeito de qualquer município pode propor ADPF
contra lei local perante o STF.
Medida Cautelar
Perfeitamente cabível, mediante decisão de maioria 02. (Prefeitura de Cuiabá/MT - Procurador Municipal -
absoluta, com quórum de instalação da sessão de julgamento FCC) O Governador de determinado Estado da federação
de 2/3 dos Ministros, e de concessão da maioria absoluta. propõe arguição de descumprimento de preceito fundamental
Além da possibilidade de decretar a suspensão direta do (ADPF), perante o Supremo Tribunal Federal (STF), contra lei
ato impugnado, admite-se na cautelar prevista para a arguição de Município situado em seu território, que autoriza o
de descumprimento a determinação de que os juízes e Município a explorar, diretamente ou mediante concessão, os
tribunais suspendam o andamento de processos ou os serviços locais de gás canalizado. Nesta hipótese, considerada
efeitos de decisões judiciais ou de qualquer outra medida a disciplina constitucional e legal aplicável à espécie, a ADPF é
que guarde relação com a matéria discutida na ação (art. (A) admissível, em tese, uma vez que preenche os
5º, § 3º). Confere-se, assim, ao Tribunal um poder cautelar pressupostos de cabimento quanto à legitimidade e ao objeto,
podendo o STF, desde que mediante voto de dois terços de

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seus membros, conceder liminar para determinar a suspensão III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a
da execução de atos considerados lesivos ao preceito aplicação da disposição objeto da ação declaratória.
fundamental.
(B) inadmissível, pois o Governador do Estado não possui A questão da controvérsia afeta a aplicação do princípio de
legitimidade para ajuizar ADPF que tenha por objeto lei separação dos Poderes em sua acepção mais ampla. A
municipal, por ausência de pertinência temática. generalização de medidas judiciais contra uma dada lei nulifica
(C) inadmissível, pois lei municipal não pode ser objeto das completamente a presunção de constitucionalidade do ato
ações de controle concentrado de competência originária do normativo questionado e coloca em xeque a eficácia da decisão
STF. legislativa. A ação declaratória seria o instrumento adequado
(D) inadmissível, pois lei municipal que afronte para a solução desse impasse jurídico-político, permitindo que
competência exclusiva do Estado somente pode ser objeto de os órgãos legitimados provoquem o STF com base em dados
representação de inconstitucionalidade de competência do concretos, e não em simples disputa teórica.
Tribunal de Justiça estadual. Há de se configurar, portanto, situação hábil a afetar a
(E) admissível, em tese, uma vez que preenche os presunção de constitucionalidade da lei. Assim, não se admite
pressupostos de cabimento quanto à legitimidade e ao objeto, a propositura de ADC se não houver controvérsia ou
inclusive no que se refere à subsidiariedade da ADPF como dúvida relevante quanto à legitimidade da norma, caso
mecanismo apto a sanar a lesão a preceito fundamental. contrário o instrumento se subverteria como mera
consulta ao Supremo.
Gabarito Essa controvérsia pode se dar, por exemplo, quando as
instâncias ordinárias decidem frequentemente pela
01. B / 02. E inconstitucionalidade da lei ou quando houver vários
pronunciamentos contraditórios acerca dela entre órgãos
Ação Declaratória De Constitucionalidade jurisdicionais diferentes.
Não bastará, entretanto, a simples controvérsia
A ADC é uma ação de controle concentrado de doutrinária. Ela deve ser JUDICIAL, devendo ser demonstrada
constitucionalidade de lei ou atos normativos federais em que na inicial. Tem que trazer a demonstração de que a presunção
se procura em tese ratificar a previsão relativa de validade da constitucionalidade daquela norma está abalada pelas
destes atos. Através dela a presunção relativa transforma- divergentes decisões judiciais no controle difuso.
se em absoluta (juris et jure) mediante provocação por ação Decisões em processos que produzem efeitos inter partes,
direta e manifestação do STF na via principal. Está prevista no processo de julgamento em primeira instancia não vem sendo
art. 103, § 4º, da CF/88, tendo sido regulada pela Lei nº considerada uma jurisprudência relevante para este fim.
9.868/99. O legitimado para propor uma ADC é o Procurador-
Geral da República. Legitimado Passivo
Não há requerido; esta é uma ação proposta em face de
Aspectos Comuns entre a ADI e a ADC ninguém, não há quem ocupe o polo passivo na ADC. A
a) Mesmos legitimados ativos; necessidade de o autor trazer a demonstração de que a
b) Ambas são dúplices ou ambivalentes; presunção de constitucionalidade estaria abalada supre para o
c) São imprescritíveis; STF o debate, o contraditório. Então, foi por isso que o STF
d) Uma vez propostas, não pode haver desistência; concluiu que não haveria inconstitucionalidade na EC 3 por ter
e) Admite-se litisconsórcio ativo (passivo não, já que não criado uma ação constitucional sem requerido, pois o debate
há legitimado passivo na ação); teria sido trazido para a ação através de uma via indireta, que
f) Não se admite intervenção de terceiros; é a demonstração da jurisprudência relevante.
g) Admite-se o amicus curiae, no prazo de 30 dias das
informações, conforme a lei, ou até a remessa dos autos à mesa Objeto
para julgamento, de acordo com o STF; Somente pode ser objeto de ADC leis (quaisquer leis) ou
h) Poderá ser designada audiência pública e poderão ser atos normativos (de efeitos gerais e abstratos) federais.
esclarecidas circunstâncias fáticas; Também é cabível ADC em face de normas constitucionais
i) A causa de pedir é aberta; secundárias ou derivadas, ou seja, aquelas inseridas na
j) Cabível cautelar; Constituição pelo Poder Constituinte Derivado.
k) Decisão final com eficácia erga omnes, efeitos ex tunc e É cabível ADC em face de medida provisória, decreto
força vinculante; legislativo, decreto executivo que promulga tratados e
l) Aplicável a técnica da modulação dos efeitos temporais, convenções, regimentos dos Tribunais Superiores, decretos
pelo quórum de 2/3 dos Ministros; legislativos que sustem atos advindos dos poderes delegados
m) Participação do PGR como custos legis, mesmo nas do Poder Executivo, pareceres da consultoria-geral da
ações por ele propostas; república aprovados pelo Presidente, tratados internacionais
n) Decisão final irrecorrível, salvo para interposição de já incorporados etc.
embargos de declaração;
o) Cabível reclamação pelo seu descumprimento. Participação do AGU
O AGU não participa diretamente da ADC, já que o que se
Legitimidade busca é a declaração de constitucionalidade, e não de
A legitimidade para a propositura da ADC foi equiparada à inconstitucionalidade. Entretanto, por evidente é que o
da ADI pela EC nº 45/04; antes ela era mais restrita. Ministro Relator poderá requisitar a ele informações, nos
Entretanto, a legitimidade aqui deverá ser auferida também termos do art. 20, § 1º da Lei nº 9.868/99.
por outro ângulo: há de ser cogitada também a legitimação
para agir in concreto, a qual se relaciona com a existência de Parâmetro de Controle
um estado de incerteza gerado por dúvidas ou controvérsias O parâmetro é todo o bloco de constitucionalidade, as
sobre a legitimidade do ato normativo ou lei federal (exigência normas constitucionais, ADCT, textos constantes somente nas
prevista no art. 14, III, da Lei nº 9.868/99). emendas, tratados internacionais incorporados como norma
Art. 14. A petição inicial indicará: constitucional etc.
(...)

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Em caso de ADC proposta com objetivo de aferir a Julgado procedente o pedido, a norma que era
constitucionalidade de uma lei em face de parâmetros constitucional continuará sendo, só há uma alteração da
constitucionais já revogados, reconhecia o STF a natureza desta presunção, a norma sempre foi considerada
inadmissibilidade da ação; em caso de revogação de constitucional pelo princípio da hermenêutica e da presunção
parâmetro de controle, julga-se prejudicada a ação. de validade. Só que esta presunção que era relativa
O Supremo, no entanto, tem tendido a alterar esse transforma-se em presunção absoluta. Pode-se dizer que a
entendimento: ele pende, agora, a reconhecer que a declaração de constitucionalidade tem efeito ex tunc, mas há
constitucionalidade de uma norma infralegal deve ser aferida uma alteração da natureza da presunção.
de acordo com o bloco de constitucionalidade vigente à época
em que foi editada. Isso porque, modificada a Constituição, e Questão
continuando a norma vigente, estar-se-ia admitindo a
convalidação da norma inconstitucional, o que seria um 01. (Prefeitura de Penalva – MA - Procurador
atentado à Constituição. Municipal – IMA/2017) Assinale a alternativa CORRETA que
apresenta um legitimado a propor a ação declaratória de
Procedimento constitucionalidade:
A petição inicial indicará: (A) Procurador-Geral da República.
a) O dispositivo de lei ou do ato normativo que se quer seja (B) Vice-Presidente da República.
declarado constitucional e os fundamentos jurídicos (art. 14, (C) Ministro do Supremo Tribunal Federal.
I); (D) Presidente do Senado Federal.
b) O pedido, com suas especificações (art. 14, II); esse
requisito consagra o princípio do pedido ou da congruência, o Gabarito
qual é essencial para a jurisdição constitucional, uma vez que
dele depende, em determinada medida, a qualificação do órgão 01. A
decisório pelo tribunal. A forma judicial constitui
característica peculiar que permite distinguir a atuação da Súmula vinculante
jurisdição constitucional de outras atividades, de cunho
meramente político. As súmulas são enunciados concisos que, de maneira
c) Indicação da existência de controvérsia judicial objetiva, explicitam a interpretação de um tribunal a
relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ADC (art. respeito de determinada matéria. A existência de
14, III); precedentes judiciais vinculantes no direito brasileiro
d) Cópias da lei ou ato normativo; não é novidade. Sua adoção data do período colonial, quando
e) Procuração com poderes específicos, caso subscrita por no Brasil vigoravam as Ordenações do Reino, que previam os
advogado. assentos, regulados no Título V, parágrafo 5º, livro I, das
O relator poderá indeferir in limine as iniciais ineptas, não Ordenações Filipinas. Em 1.769, a Lei da Boa Razão dispunha
fundamentadas ou manifestamente improcedentes, decisão que os assentos aprovados pelas Relações somente teriam
contra a qual cabe agravo no prazo de 05 dias. força vinculante depois de aprovados pela Casa de Suplicação
O PGR deverá se manifestar em 15 dias após intimado. de Lisboa, sendo que uma lei de 10 de maio de 1.808 conferiu
Porém, havendo pedido de cautelar, poderá haver o à Relação do Rio de Janeiro status de Casa de Suplicação para
julgamento antes de sua manifestação. O Relator poderá pedir o Brasil, com poderes para aprovar assentos. Após a
informações a todos os Tribunais acerca da aplicação da independência, continuam a ter eficácia os assentos emanados
norma impugnada no âmbito de suas competências da Casa de Suplicação Portuguesa, sem prejuízo de caber ao
jurisdicionais. Supremo Tribunal de Justiça lavrar assentos de observância
obrigatória, conforme o disposto no Decreto Legislativo n°
Medida Cautelar 2.684, de 23.10.1875. Esses assentos, como os portugueses,
Perfeitamente admissível, mas com efeitos diferentes sendo aprovados, não se submetiam à revisão ou
daqueles observados na ADI. Nela, será determinada, por cancelamento pelo judiciário, sendo que apenas podiam ser
maioria absoluta, que os juízes e tribunais suspendam o revogados por lei. A partir da República, ganhou força a
julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei jurisprudência do STF, dispondo o art. 1º do Decreto n°.
ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento 23.055, de 09.08.1933, que os órgãos judiciários dos entes
definitivo, o qual deverá se dar no prazo de 180 dias (art. 21). federados, do Distrito Federal e dos Territórios deveriam
O STF tem admitido a renovação do prazo da cautelar, desde interpretar as leis da União de acordo com a jurisprudência do
que haja pedido expresso nesse sentido. STF.
O objeto da cautelar é a suspensão de decisões que Com a codificação, entretanto, ocorreu o desaparecimento
declarem a inconstitucionalidade da lei no controle difuso da vinculação da jurisprudência, que não foi prevista no CPC
desde que não transitada em julgado no que se refere à de 1939, nem no de 1973. Na ditadura militar, a Emenda
entrega do bem da vida e suspensão de processo. Constitucional nr.07/1977 introduziu na Constituição de
A cautelar possui: 1967, com a redação da Emenda Constitucional n° 01/1969,
a) Eficácia erga omnes; uma representação ao STF para que este estabelecesse,
b) Efeito vinculante; definitivamente, a interpretação de direito federal, instituto
c) Eficácia ex nunc; podendo ser ex tunc, por expressa que não teve, entretanto, aplicação prática.
decisão. A EC 45/2004 acrescentou o art. 103-A à Constituição
da República de 1988, instituindo a súmula de efeito
Decisão Final vinculante. Há outro tipo de súmula, impeditiva de recursos,
Acerca da decisão final, valem as mesmas regras versadas expedida por Tribunal Superior e se constitui em impedimento
sobre a ADI. A decisão tem natureza declaratória positiva. à interposição de qualquer recurso contra decisão que a tenha
Então, julgado procedente o pedido, o STF tem que declarar a aplicado. O efeito vinculante pode ser entendido como a
constitucionalidade. Julgado improcedente o pedido o STF tem eficácia de uma decisão judicial proferida sobre uma questão
que declarar a inconstitucionalidade, dizer qual é a sua de fato e de direito, mas que ultrapassa o caso concreto.
natureza, abrangência, efeito no tempo e tudo mais. O precedente vinculativo, que se caracteriza pelo fato da
decisão de um alto tribunal ser obrigatória, como norma, para

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os tribunais inferiores, tem as nações anglo-americanas (como A proposta de edição, revisão ou cancelamento de
Inglaterra, Canadá e Estados Unidos) como seu ambiente súmula vinculante não autoriza a suspensão dos
natural, por serem elas de direito de criação predominante processos em que se discuta a mesma questão (art. 6º).
judicial. Entretanto, esse fato não impede a existência do
precedente vinculante também em países de tradição Decisão e Modulação dos Efeitos
romanista, embora mais formalizado. A decisão deve ser tomada por dois terços dos
Deve-se fazer uma distinção entre as súmulas do STF e o ministros, em sessão plenária, e, no prazo de dez dias após a
Restatement of the law do Direito americano. Este é uma sessão, o STF fará publicar, em seção especial do Diário da
consolidação de jurisprudência realizada por advogados, Justiça e do Diário Oficial da União, o enunciado respectivo
juízes e professores americanos, objetivando dar (art. 2º, parágrafos 3º e 4º).
segurança ao estudo da aplicação dos precedentes. As O STF, por decisão de dois terços dos Ministros, poderá
súmulas do STF deitam raízes nos assentamentos da Casa de restringir os efeitos vinculantes, ou decidir que só tenha
Suplicação, nascendo com caráter oficial, dotada de perfil eficácia a partir de outro momento, tendo em vista razões de
indiretamente obrigatório, pois o interessado poderá fazê-las segurança jurídica ou de excepcional interesse público (art.
prevalecer utilizando-se de recursos. Constituem, também, 4º). Revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição
instrumento de autodisciplina do supremo tribunal da súmula vinculante, o STF, de ofício ou por provocação,
federal, que somente deverá afastar-se da orientação nela procederá a sua revisão ou cancelamento, dependendo do caso
preconizada de forma expressa e fundamentada. (art. 5º).
Essas diretrizes aplicam-se também à súmula vinculante
consagrada na Emenda nº 45/2004. Entretanto, a súmula Cabimento da Reclamação para Corrigir
vinculante terá o condão de vincular diretamente os órgãos Descumprimento de Súmula Vinculante
judiciais e os órgãos da Administração Pública, abrindo a Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar
possibilidade para que qualquer interessado faça valer a enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-
orientação do Supremo, não mediante simples interposição de lo indevidamente caberá reclamação ao STF, sem prejuízo dos
recurso, mas por meio de apresentação de uma reclamação recursos ou outros meios admissíveis de impugnação (art. 7º).
por descumprimento de decisão judicial. No caso de omissão ou ato da administração pública, o
uso da reclamação só será admitido após o esgotamento
Requisitos das vias administrativas (art. 7º, par. 1º).
De acordo com o disposto no art. 103-A, da Constituição da Ao julgar procedente a reclamação, o STF anulará o ato
República, os pré-requisitos para a edição da súmula são: administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada,
a) Preexistência de reiteradas decisões sobre matéria determinando que outra seja proferida com ou sem a aplicação
constitucional; da súmula, conforme o caso (art. 7º, §. 2º).
b) Existência de controvérsia atual entre órgãos judiciários
ou entre esses e a administração pública; Limites Objetivos do Enunciado das Súmulas
c) Haja controvérsia sobre a validade, a interpretação e a Vinculantes
eficácia de normas determinadas; Os limites objetivos da súmula vinculante são dados pelo
d) Haja controvérsia que acarrete grave insegurança enunciado que resulta de sua formulação. Obviamente, esse
jurídica e multiplicação de processos sobre questão idêntica. enunciado poderá ser mais bem compreendido à luz dos
precedentes que geraram a base para a decisão sumulada.
Legitimados Assim, muitas vezes, os operadores do direito terão que
O artigo 3º da Lei nº 11.417/2006 traz o rol dos recorrer aos precedentes para dirimir eventual dúvida sobre o
legitimados para propor a edição, revisão ou o cancelamento seu exato significado. Tais precedentes são importantes
de enunciado de súmula vinculante: também no que diz respeito à eventual distinção ou
a) Os que podem propor ação direta de distinguishing que se tenha de fazer na aplicação da súmula
inconstitucionalidade (art. 103-A, par. 2º); vinculante.
b) O Defensor Público-Geral da União; O stare decisis, forma abreviada da expressão latina stare
c) Os Tribunais Superiores; decisis et non quieta movere (ficar com o que foi decidido e não
d) Os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito mover o que está em repouso), constitui-se na pedra angular
Federal e Territórios; do sistema do Comomon Law, sendo que o precedente do
e) Os Tribunais Regionais Federais; os Tribunais tribunal vincula os juízos inferiores. Nesse sistema, a força
Regionais do Trabalho; os Tribunais Regionais Eleitorais; vinculante do precedente não é absoluta, pois caso contrário
os Tribunais Militares; se engessaria o direito, impedindo o seu desenvolvimento.
f) O município detém legitimidade, mas APENAS Assim, o precedente só terá força vinculante se houver
INCIDENTALMENTE no curso do processo em que seja identidade com base nos fatos ou nas questões de direito
parte, caso em que não haverá a suspensão do processo suscitadas, caso contrário servirá apenas como elemento
(art. 3º, par. 1º). persuasivo, ou seja, estará configurada uma distinção
Vide, então, que o rol de legitimados para propor a edição, entre o caso em julgamento e o precedente vinculante
revisão ou cancelamento de súmula vinculante é muito maior (distinguishing).
do que o rol dos legitimados ativos para detonar o processo de Além disso, o precedente poderá ser revisto sempre que
controle concentrado de constitucionalidade. ficar demonstrada a sua desarrazoabilidade ou erronia,
configurando o que se denomina no sistema da Common Law
Participação do PGR e Amicus Curiae de overruling.
O Procurador-Geral da República, nas propostas que não
houver formulado, deverá se manifestar previamente à Repercussão Geral no Recurso Extraordinário
edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula de
efeitos vinculantes, sendo permitido ao Relator admitir, por A Repercussão Geral é um instrumento processual
decisão irrecorrível (salvo embargos de declaração), a inserido na Constituição Federal de 1988, por meio da Emenda
manifestação de terceiros na questão (amicus curiae), Constitucional 45, conhecida como a “Reforma do Judiciário”.
conforme o disposto no Regimento Interno do STF (art. 2º, par. O objetivo desta ferramenta é possibilitar que o Supremo
2º, e art. 3º, par. 2º). Tribunal Federal selecione os Recursos Extraordinários que

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irá analisar, de acordo com critérios de relevância jurídica, capazes de influir concretamente numa grande quantidade de
política, social ou econômica. casos, as decisões capazes de servir à unidade e
A promulgação da Lei nº 11.418 no final do ano de 2006 aperfeiçoamento do direito entre outras.
veio regulamentar a matéria a partir da inserção dos arts. 543- Para o Supremo Tribunal Federal a existência da
A e 543-B no CPC, focalizando a repercussão geral da questão repercussão geral da questão constitucional, que deve ser
constitucional. Atualmente os artigos 1.035, 1.036 e 1.039 no suscitada nos recursos extraordinários, corresponde a um
NCPC. pressuposto de admissibilidade de todos os recursos
A repercussão geral foi implantada durante a Reforma do extraordinários, inclusive em matéria penal.
Judiciário com a finalidade de dar uma maior celeridade na Por fim, diga-se que a repercussão geral deverá ser
prestação jurisdicional, diminuindo o excesso de processos analisada sob dois enfoques, o primeiro diz respeito às causas
que chegam ao STF. Como forma de atingir esse propósito que alcancem acentuado número de jurisdicionados ou que se
foram implantados alguns outros mecanismos, entre eles, a já faça presente em grande número de processos. Nestes casos, a
comentada inserção do §3°, no art. 102, da CF que prevê: doutrina vem denominado repercussão geral quantitativa, no
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá outro, deve ser analisada sob a profundidade da questão, pois
demonstrar a repercussão geral das questões mesmo não alcançado número expressivo de pessoas ou
constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim processos ventilam temas fundamentais para a ordem jurídica
de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente constitucional, que serve de importante vetor na adequada
podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus definição dos institutos constitucionais. Esta, portanto, é
membros. denominada de repercussão qualitativa.
Esse artigo em combinação aos arts. 1.035 e seguintes do
NCPC, exige que o recorrente demonstre, em preliminar do Vejamos o que prevê o CPC sobre o tema:
recurso, a existência de “questões relevantes do ponto de vista Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão
econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a
interesses subjetivos da causa”. A relevância da questão questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral,
constitucional é, a princípio, presumida, cabendo ao plenário nos termos deste artigo.
do STF rejeitá-la ou não. § 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada a
Esse mecanismo veio funcionar como “um filtro existência ou não de questões relevantes do ponto de vista
constitucional”, visto que a repercussão geral é um requisito econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
de admissibilidade do recurso extraordinário pelo Supremo. interesses subjetivos do processo.
Para que esse recurso dotado de relevância seja conhecido § 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de
pelo Supremo, é necessário um juízo prévio de admissibilidade repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo
no Juízo a quo, conforme o disposto no artigo 1.030, I, “a”, do Tribunal Federal.
NCPC e posteriormente o Juízo ad quem realiza novo juízo de § 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso
admissibilidade. Sendo que a competência para decidir sobre impugnar acórdão que:
a existência da repercussão geral é do Supremo Tribunal I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do
Federal, composto de 11 (onze) ministros, bastando a Supremo Tribunal Federal;
manifestação de no mínimo 8 (oito) de seus membros para que II – (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
se decida pela inexistência de repercussão geral e de 4 III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou
(quatro) votos conheça sua relevância. de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal.
Se o plenário do STF reputar ausente a repercussão geral, § 4o O relator poderá admitir, na análise da repercussão
a consequência é o não conhecimento do recurso geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador
extraordinário, em decisão irrecorrível. Sendo assim, nesse habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo
caso, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria Tribunal Federal.
idêntica, que serão indeferidos liminarmente (pelo relator), § 5o Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo
salvo revisão de tese. A doutrina destaca uma exceção de uma Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de
situação em que a relevância da questão é presumida de modo todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que
absoluto: quando o recurso impugnar decisão contrária à versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
súmula ou jurisprudência dominante do STF. § 6o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-
Há, ainda, a figura do amicus curiae, que é a manifestação presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de
de terceiros na análise da repercussão geral que pode ser sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha
admitida pelo relator do recurso extraordinário, nos termos sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo
do regimento interno do STF. Apesar de terem a função de de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento.
“Filtragem recursal” a arguição de relevância e a repercussão § 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no §
geral não são institutos semelhantes, visto que a repercussão 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de
geral visa excluir do conhecimento do Supremo Tribunal repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos
Federal controvérsias que assim não se caracterizam. caberá agravo interno. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de
A repercussão geral possui, como já foi explanado, a 2016)
natureza jurídica de um requisito de admissibilidade recursal § 8o Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-
devido previsão constante no §3°, do art. 102, da Constituição presidente do tribunal de origem negará seguimento aos
Federal, apesar de ser um requisito recursal deixa muito recursos extraordinários sobrestados na origem que versem
aquém quanto a sua determinação, pois como se definir um sobre matéria idêntica.
recurso que possui repercussão? § 9o O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida
Para solucionar esse questionamento o §1°, do art. 1.035, deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência
do NCPC, que prevê que para efeito da repercussão geral, será sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e
considerada a existência, ou não, de questões relevantes do os pedidos de habeas corpus.
ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que § 10. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.256, de
ultrapassem os interesses subjetivos da causa. 2016)
A fim de dar maior objetividade a essa norma, o § 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral
doutrinador Barbosa Moreira elenca algumas situações em constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá
que, segundo ele, haveria "relevância" seriam elas as questões como acórdão.

Direito Constitucional 31
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APOSTILAS OPÇÃO

Subseção II (D) O Supremo Tribunal Federal só pode recusar a


Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial existência da Repercussão Geral pela manifestação de dois
Repetitivos terços de seus membros (art. 102, § 3.º, in fine, da Constituição
Federal de 1988), isto é, pelo menos 8 (oito) Ministros, por isso
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos que tal exame só pode ser feito pelo Pleno, nunca por Turma.
extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica (E) A Repercussão Geral contribui para a uniformização da
questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo jurisprudência, com a consequente agilização dos processos,
com as disposições desta Subseção, observado o disposto no porque, negada num único caso sua existência, a decisão valerá
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão
Superior Tribunal de Justiça. indeferidos liminarmente, salvo revisão de tese pelo próprio
§ 1o O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça Supremo Tribunal Federal.
ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais
recursos representativos da controvérsia, que serão 02. (AGEHAB - Analista Técnico – Advogado -
encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE) Com relação à repercussão
Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a geral, é INCORRETO afirmar:
suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, (A) O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do
individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal
conforme o caso. Federal, a existência da repercussão geral.
§ 2o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice- (B) O Supremo Tribunal Federal, em decisão sujeita a
presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita recurso, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a
o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido questão constitucional nele versada não oferecer repercussão
interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 geral.
(cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. (C) Haverá repercussão geral sempre que o recurso
§ 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência
2º caberá apenas agravo interno. (Redação dada pela Lei nº dominante do Tribunal.
13.256, de 2016) (D) A Súmula da decisão sobre a repercussão geral
§ 4o A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do constará de ata, que será publicada no Diário Oficial e valerá
tribunal de justiça ou do tribunal regional federal não vinculará como acórdão.
o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros (E) Se a Turma decidir pela existência da repercussão geral
recursos representativos da controvérsia. por, no mínimo, 4 (quatro) votos, ficará dispensada a remessa
§ 5o O relator em tribunal superior também poderá do recurso ao Plenário.
selecionar 2 (dois) ou mais recursos representativos da
controvérsia para julgamento da questão de direito Gabarito
independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-
presidente do tribunal de origem. 01. C / 02. B
§ 6o Somente podem ser selecionados recursos admissíveis
que contenham abrangente argumentação e discussão a
respeito da questão a ser decidida. Da Organização do Estado:
(...) Da Organização Político-
Art. 1.039. Decididos os recursos afetados, os órgãos Administrativa; Da União; Dos
colegiados declararão prejudicados os demais recursos Estados Federados; Dos
versando sobre idêntica controvérsia ou os decidirão aplicando
a tese firmada. Municípios; Do Distrito
Parágrafo único. Negada a existência de repercussão geral Federal e dos Territórios;
no recurso extraordinário afetado, serão considerados
automaticamente inadmitidos os recursos extraordinários cujo
processamento tenha sido sobrestado.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Questões
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
01. (TRT - 6R (PE) - Juiz do Trabalho - TRT - 6ª
Região/PE) Em tema de Recurso Extraordinário, é
Art. 18. A organização político-administrativa da República
INCORRETO dizer, no tocante à Repercussão Geral:
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o
(A) É um requisito para o conhecimento do Recurso
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos
Extraordinário, introduzido pela Emenda Constitucional
desta Constituição.
45/04, na Constituição, e disciplinado, no plano da legislação
§ 1º - Brasília é a Capital Federal.
ordinária, pela Lei n. 11.418/06, que acrescentou o art. 543-A
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua
ao Código de Processo Civil.
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado
(B) São consideradas de Repercussão Geral questões
de origem serão reguladas em lei complementar.
relevantes do ponto de vista econômico, político, social e
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-
jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa,
se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem
bem como decisões contrárias a Súmula ou jurisprudência
novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da
dominante do Supremo Tribunal Federal.
população diretamente interessada, através de plebiscito, e do
(C) O recorrente deve demonstrar a Repercussão Geral em
Congresso Nacional, por lei complementar.
preliminar de seu recurso extraordinário, de forma que o
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o
exame dela se insere no juízo de admissibilidade do Recurso
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual,
Extraordinário; o conteúdo dessa preliminar só pode ser
dentro do período determinado por Lei Complementar
examinado pelo Supremo Tribunal Federal.
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito,
às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos

Direito Constitucional 32
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Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados Gabarito


na forma da lei.
01. D/ 02. D/ 03. E.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios: CAPÍTULO II
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, DA UNIÃO
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes relações de dependência ou aliança, Art. 20. São bens da União:
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a
II - recusar fé aos documentos públicos; ser atribuídos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das
si. fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias
Questões federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas
em lei;
01. (PC/PE - Agente de Polícia - CESPE/2016) Com base III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em
no disposto na CF, assinale a opção correta acerca da terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado,
organização político-administrativa do Estado. sirvam de limites com outros países, ou se estendam a
(A) É da competência comum dos estados, do Distrito território estrangeiro ou dele provenham, bem como os
Federal e dos municípios organizar e manter as respectivas terrenos marginais e as praias fluviais;
polícias civil e militar e o respectivo corpo de bombeiros IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com
militar. outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as
(B) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de
estabelecer normas gerais de organização das polícias Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e
militares e dos corpos de bombeiros militares, assim como a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
normas sobre seus efetivos, seu material bélico, suas garantias, V - os recursos naturais da plataforma continental e da
sua convocação e sua mobilização. zona econômica exclusiva;
(C) A organização político-administrativa da República VI - o mar territorial;
Federativa do Brasil compreende a União, os estados, os VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
territórios federais, o Distrito Federal e os municípios, todos VIII - os potenciais de energia hidráulica;
autônomos, nos termos da CF. IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
(D) Os estados podem incorporar-se entre si mediante X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios
aprovação da população diretamente interessada, por meio de arqueológicos e pré-históricos;
plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de lei XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
complementar. § 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao
(E) É facultado à União, aos estados, ao Distrito Federal e Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da
aos municípios subvencionar cultos religiosos ou igrejas e administração direta da União, participação no resultado da
manter com seus representantes relações de aliança e exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos
colaboração de interesse público. para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos
minerais no respectivo território, plataforma continental, mar
02. (Prefeitura de Chapecó/SC - Procurador Municipal territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
- IOBV/2016) Assinale a alternativa que está correta: financeira por essa exploração.
(A) A organização político-administrativa da República § 2º - A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados e os largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como
Municípios. faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do
(B) A criação ou a transformação de um território federal território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas
em Estado depende de regulamentação em lei ordinária. em lei.
(C) Somente a União pode criar distinções entre
brasileiros. Art. 21. Compete à União:
(D) É vedado aos entes da federação recusar dar fé aos I - manter relações com Estados estrangeiros e participar
documentos públicos. de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
03. (TRT 3ª - Analista Judiciário - Administrativa - FCC) III - assegurar a defesa nacional;
As vedações constitucionais expressas impostas IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
simultaneamente à União, aos Estados, ao Distrito Federal e forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
aos Municípios alcançam permaneçam temporariamente;
(A) a existência de regime tributário fundado na V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a
cumulatividade; a observância de simetria entre os Poderes de intervenção federal;
cada um dos entes; intangibilidade da dignidade humana. VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de
(B) a proibição de desapropriação de bens imóveis entre material bélico;
si; a de legislar concorrentemente sobre qualquer tema; ao VII - emitir moeda;
direito de secessão. VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar
(C) a de obrigatória simetria entre os entes; a de adoção de as operações de natureza financeira, especialmente as de
regime unicameral parlamentar; a de limitação de uso das crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de
forças armadas. previdência privada;
(D) a proibição de órgão de controle externo da IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de
Administração; a não intervenção sobre o Poder Judiciário e o ordenação do território e de desenvolvimento econômico e
Ministério Público; autonomia orçamentária. social;
(E) o conceito de Estado laico; a proibição de recusa de fé X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
em documentos públicos e a proibição de distinções entre XI - explorar, diretamente ou mediante autorização,
brasileiros ou preferências entre si. concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos

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termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos
criação de um órgão regulador e outros aspectos metais;
institucionais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, valores;
concessão ou permissão: VIII - comércio exterior e interestadual;
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; IX - diretrizes da política nacional de transportes;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial,
aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação marítima, aérea e aeroespacial;
com os Estados onde se situam os potenciais hidro XI - trânsito e transporte;
energéticos; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
aeroportuária; XIV - populações indígenas;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham de estrangeiros;
os limites de Estado ou Território; XVI - organização do sistema nacional de emprego e
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e condições para o exercício de profissões;
internacional de passageiros; XVII - organização judiciária, do Ministério Público do
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Territórios, bem como organização administrativa destes;
Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de
Pública dos Territórios; geologia nacionais;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como poupança popular;
prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a XX - sistemas de consórcios e sorteios;
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias
geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; militares e corpos de bombeiros militares;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de XXII - competência da polícia federal e das polícias
diversões públicas e de programas de rádio e televisão; rodoviária e ferroviária federais;
XVII - conceder anistia; XXIII - seguridade social;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XXV - registros públicos;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas
seu uso; (Regulamento). as modalidades, para as administrações públicas diretas,
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal
inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema empresas públicas e sociedades de economia mista, nos
nacional de viação; termos do art. 173, § 1°, III;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa
aeroportuária e de fronteiras; marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de XXIX - propaganda comercial.
qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus relacionadas neste artigo.
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do
será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Distrito Federal e dos Municípios:
Congresso Nacional; I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
b) sob regime de permissão, são autorizadas a instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
comercialização e a utilização de radioisótopos para a II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; garantia das pessoas portadoras de deficiência;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, III - proteger os documentos, as obras e outros bens de
comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
igual ou inferior a duas horas; paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de
da existência de culpa; obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; cultural;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação,
da atividade de garimpagem, em forma associativa. à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, qualquer de suas formas;
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
II - desapropriação; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o
III - requisições civis e militares, em caso de iminente abastecimento alimentar;
perigo e em tempo de guerra; IX - promover programas de construção de moradias e a
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
radiodifusão;
V - serviço postal;

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X - combater as causas da pobreza e os fatores de 02. (PC/SC - Delegado de Polícia - ACAFE) Sobre
marginalização, promovendo a integração social dos setores competência concorrente, conforme previsto expressamente
desfavorecidos; na Constituição da República Federativa do Brasil - CRFB/88,
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de é correto afirmar, exceto:
direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e (A) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
minerais em seus territórios; exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
XII - estabelecer e implantar política de educação para a peculiaridades.
segurança do trânsito. (B) A superveniência de lei federal sobre normas gerais
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas revoga a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito (C) A competência da União para legislar sobre normas
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (D) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre assistência jurídica e
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal Defensoria pública.
legislar concorrentemente sobre: (E) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e legislar concorrentemente sobre responsabilidade por dano
urbanístico; ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
II - orçamento; artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses; 03. (TRE/AM - Técnico Judiciário - Área Administrativa
V - produção e consumo; - IBFC) Com relação à disciplina pela Constituição Federal da
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, competência dos entes federativos, assinale a alternativa
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio INCORRETA:
ambiente e controle da poluição; (A) Compete à União organizar, manter e executar a
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, inspeção do trabalho.
turístico e paisagístico; (B) Compete aos Estados explorar, diretamente ou
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, transporte rodoviário interestadual de passageiros.
histórico, turístico e paisagístico; (C) É competência comum da União, dos Estados, do
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, Distrito Federal e dos Municípios estabelecer e implantar
pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela política de educação para a segurança do trânsito.
Emenda Constitucional nº 85, de 2015) (D) Compete aos Municípios suplementar a legislação
X - criação, funcionamento e processo do juizado de federal no que couber.
pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual; 04. (PGE/BA - Procurador - CESPE) No que concerne ao
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; estatuto constitucional da União, dos estados, dos municípios,
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; do Distrito Federal (DF) e dos territórios, julgue o item a
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras seguir.
de deficiência; Compete exclusivamente à União legislar sobre direito
XV - proteção à infância e à juventude; financeiro.
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias Certo ( ) Errado ( )
civis.
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência 05. (TJ-RJ - Analista Judiciário - FGV) Determinado
da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Estado, com o objetivo de zelar pela infância e pela juventude,
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas bem como por inexistir lei federal que trate da matéria, decide
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. editar lei disciplinando a data de vencimento das
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os mensalidades escolares, dispondo que estas deveriam ser
Estados exercerão a competência legislativa plena, para estabelecidas entre o dia 5 e o dia 10 de cada mês. Com isso,
atender a suas peculiaridades. haveria tempo hábil para que os responsáveis recebessem
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais seus salários, o que costuma ocorrer na referida época do mês,
suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. e efetuassem o respectivo pagamento. É correto afirmar que
essa lei estadual é:
Questões (A) inconstitucional, pois a data de vencimento das
mensalidades escolares é matéria afeta ao direito civil, de
01. (TRF/4ª REGIÃO - Juiz Substituto - TRF 4ª REGIÃO) competência privativa da União;
Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. (B) constitucional, pois os Estados têm competência
É da competência privativa da União legislar sobre: concorrente com a União para legislar sobre proteção à
I. Registros públicos. infância e à juventude;
II. Processo civil e procedimentos em matéria processual. (C) inconstitucional, pois a data de vencimento das
III. Direito Civil. mensalidades escolares deve observar as peculiaridades
IV. Direito Financeiro. locais, indicativo de que a competência legislativa é dos
V. Direito Urbanístico. Municípios;
(D) constitucional, pois é competência comum de todos os
(A) Está correta apenas a assertiva III. entes da Federação proporcionar os meios de acesso à
(B) Estão corretas apenas as assertivas I e II. educação e à cultura;
(C) Estão corretas apenas as assertivas I e III. (E) inconstitucional, pois a data de vencimento das
(D) Estão corretas apenas as assertivas III, IV e V. mensalidades escolares não é matéria afeta à lei, submetendo-
(E) Estão corretas todas as assertivas. se, portanto, à livre vontade dos contratantes.

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Gabarito CAPÍTULO IV
Dos Municípios
01.C/ 02.B/ 03.B/ Errado/ 05. A.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em
CAPÍTULO III dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada
DOS ESTADOS FEDERADOS por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os
Constituições e leis que adotarem, observados os princípios seguintes preceitos:
desta Constituição. I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores,
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e
lhes sejam vedadas por esta Constituição. simultâneo realizado em todo o País;
§ 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do
vedada a edição de medida provisória para a sua mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art.
regulamentação. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e do ano subsequente ao da eleição;
microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios IV - para a composição das Câmaras Municipais, será
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a observado o limite máximo de:
execução de funções públicas de interesse comum. a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000
(quinze mil) habitantes;
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil)
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma habitantes;
da lei, as decorrentes de obras da União; c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil)
no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, habitantes;
Municípios ou terceiros; d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil)
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da habitantes;
União. e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de
80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa mil) habitantes;
corresponderá ao triplo da representação do Estado na f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de
Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais sessenta mil) habitantes;
acima de doze. g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
§ 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000
Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição (trezentos mil) habitantes;
sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000
incorporação às Forças Armadas. (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de
de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até
máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em 600.000 (seiscentos mil) habitantes;
espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de
os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000
§ 3º - Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre (setecentos cinquenta mil) habitantes;
seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de
sua secretaria, e prover os respectivos cargos. 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até
§ 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo 900.000 (novecentos mil) habitantes;
legislativo estadual. l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de milhão e cinquenta mil) habitantes;
Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais
primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;
anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais
posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até
observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de
cargo ou função na administração pública direta ou indireta, 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes
ressalvada a posse em virtude de concurso público e e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;
observado o disposto no art. 38, I, IV e V. p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até
Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;
Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais
XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até
2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;

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r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo
de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos
até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das
mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e
4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; 159, efetivamente realizado no exercício anterior:
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de
de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até até 100.000 (cem mil) habitantes;
5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; II - 6% (seis por cento) para Municípios com população
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes;
mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população
6.000.000 (seis milhões) de habitantes; entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil)
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais habitantes;
de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para
(sete milhões) de habitantes; Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões)
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de de habitantes;
mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e
Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, um) habitantes.
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, § 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por
III, e 153, § 2º, I; cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas com o subsídio de seus Vereadores.
respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a § 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito
subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, Municipal:
observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste
Orgânica e os seguintes limites máximos: artigo;
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei
subsídio dos Deputados Estaduais; Orçamentária.
b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil § 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo.
a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil Art. 30. Compete aos Municípios:
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá I - legislar sobre assuntos de interesse local;
a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil couber;
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência,
a cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá prazos fixados em lei;
a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o legislação estadual;
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da essencial;
receita do Município; VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, e do Estado, programas de educação infantil e de ensino
palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do fundamental;
Município; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da
vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta população;
Constituição para os membros do Congresso Nacional e na VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento
Constituição do respectivo Estado para os membros da territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
Assembleia Legislativa; parcelamento e da ocupação do solo urbano;
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
Câmara Municipal; estadual.
XII - cooperação das associações representativas no
planejamento municipal; Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; Municipal, na forma da lei.
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, § 1º - O controle externo da Câmara Municipal será
parágrafo único. exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou
do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios, onde houver.

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§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente realizadas em sessão secreta por decisão da maioria absoluta
sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só de seus membros.
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros (E) Constituição estadual pode prever representação de
da Câmara Municipal. inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais em
§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta face de seu texto, desde que estabeleça a legitimidade
dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exclusiva para o seu oferecimento ao procurador-geral de
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a justiça.
legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos Gabarito
de Contas Municipais.
01.C.
CAPÍTULO V
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
SEÇÃO I Da Administração Pública
DO DISTRITO FEDERAL
(Disposições Gerais; Dos
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Servidores Públicos).
Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos
com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços
da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os CAPÍTULO VII
princípios estabelecidos nesta Constituição. DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências SEÇÃO I
legislativas reservadas aos Estados e Municípios. DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador,
observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais Art. 37. A administração pública direta e indireta de
coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
para mandato de igual duração. Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
§ 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
aplica-se o disposto no art. 27. eficiência e, também, ao seguinte:
§ 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis
do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em
bombeiros militar. lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
SEÇÃO II aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas
DOS TERRITÓRIOS e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
judiciária dos Territórios. nomeação e exoneração;
§ 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, III - o prazo de validade do concurso público será de até
aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
deste Título. IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de
§ 2º - As contas do Governo do Território serão submetidas convocação, aquele aprovado em concurso público de provas
ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre
Contas da União. novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
§ 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil carreira;
habitantes, além do Governador nomeado na forma desta V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
instância, membros do Ministério Público e defensores comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
Territorial e sua competência deliberativa. destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Questão VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre
associação sindical;
01. (MPE/AC - CESPE) Com relação ao Poder Judiciário, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos
assinale a opção correta. limites definidos em lei específica;
(A) De acordo com a CF, membro do MPE poderá compor VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos
o tribunal regional eleitoral, desde que nomeado pelo públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá
presidente da República, devendo atuar pelo prazo mínimo de os critérios de sua admissão;
dois anos e nunca por mais de dois biênios consecutivos. IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
(B) Desde que haja previsão na constituição estadual, é determinado para atender a necessidade temporária de
possível a criação da justiça militar estadual, constituída, em excepcional interesse público;
primeiro grau, pelos juízes auditores e, em segundo grau, pelas X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de
auditorias militares. que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou
(C) Em casos de crimes dolosos contra a vida, o julgamento alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em
de prefeito, de competência da justiça comum estadual, será cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma
realizado perante o tribunal de justiça respectivo, dada a data e sem distinção de índices;
previsão constitucional específica, que prevalece sobre a XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
competência geral do tribunal do júri. funções e empregos públicos da administração direta,
(D) As decisões administrativas dos tribunais de justiça em autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos
matéria disciplinar devem ser motivadas e podem ser Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

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Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros pessoal de autoridades ou servidores públicos.
do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos § 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder responsável, nos termos da lei.
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário
âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos na administração pública direta e indireta, regulando
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa especialmente:
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio I - as reclamações relativas à prestação dos serviços
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos interna, da qualidade dos serviços;
Defensores Públicos; II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do informações sobre atos de governo, observado o disposto no
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo art. 5º, X e XXXIII; (Vide Lei nº 12.527, de 2011)
Poder Executivo; III - a disciplina da representação contra o exercício
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de administração pública.
pessoal do serviço público; § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
público não serão computados nem acumulados para fins de indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
concessão de acréscimos ulteriores; forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos cabível.
e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto § 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para
nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
III, e 153, § 2º, I; causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos de ressarcimento.
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
a) a de dois cargos de professor; danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
científico; casos de dolo ou culpa.
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
de saúde, com profissões regulamentadas; ocupante de cargo ou emprego da administração direta e
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais administradores e o poder público, que tenha por objeto a
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
precedência sobre os demais setores administrativos, na cabendo à lei dispor sobre:
forma da lei; I - o prazo de duração do contrato;
XIX - somente por lei específica poderá ser criada II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei III - a remuneração do pessoal.
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas
atuação; e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou
anterior, assim como a participação de qualquer delas em de custeio em geral.
empresa privada; § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com
obras, serviços, compras e alienações serão contratados a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta
de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo,
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste
do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos
realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado
inclusive com o compartilhamento de cadastros e de a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
informações fiscais, na forma da lei ou convênio. subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,

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não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos (B) ficará obrigatoriamente afastado de seu cargo,
Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. emprego ou função, independentemente de compatibilidade
de horários, mas receberá ambas as remunerações.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, (C) havendo compatibilidade de horários, poderá perceber
autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, as vantagens de seu cargo, emprego ou função, mas com
aplicam-se as seguintes disposições: prejuízo da remuneração do cargo eletivo.
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou (D) não havendo compatibilidade de horário será afastado
distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do sua remuneração.
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua (E) ficará obrigatoriamente afastado de seu cargo,
remuneração; emprego ou função, independentemente de compatibilidade
III - investido no mandato de Vereador, havendo de horários e receberá a remuneração do cargo eletivo.
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do Gabarito
cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior; 01.D/ 02.E/ 03.D
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será SEÇÃO II
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por DOS SERVIDORES PÚBLICOS
merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
afastamento, os valores serão determinados como se no Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime
exercício estivesse. jurídico único e planos de carreira para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações
Questões públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais
01. (TRT 3ª - Analista Judiciário - Administrativa - FCC) componentes do sistema remuneratório observará:
Os princípios constitucionais expressos da Administração I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade
pública relacionados no art. 37 da Constituição Federal dizem dos cargos componentes de cada carreira;
respeito a: II - os requisitos para a investidura;
(A) legalidade, irreversibilidade, moralidade, publicidade e III - as peculiaridades dos cargos.
executoriedade. § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão
(B) legitimidade, imperatividade, modicidade, pluralidade escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos
e efetividade. servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos
(C) autoaplicabilidade, imperatividade, moralidade, um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para
pluralidade e eficácia. isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes
(D) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e federados.
eficiência. § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o
(E) legitimidade, legalidade, modicidade, pluralidade e disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII,
executoriedade. XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o
02. (MPE-SP - Analista de Promotoria II - IBFC) Com exigir.
relação à Administração Pública, a Constituição Federal prevê § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
que a lei disciplinará as formas de participação do usuário na Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais
administração pública direta e indireta, regulando serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em
especialmente: parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
(A) A disciplina da representação contra o exercício adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
negligente ou abusivo do mandato eletivo do chefe do Poder espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
Executivo. disposto no art. 37, X e XI.
(B) A fixação da política tarifária das empresas § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
concessionárias e permissionárias de serviços públicos por Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a
meio de assembleias extraordinárias. menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em
(C) As bases do planejamento equilibrado, o qual qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.
incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
de associativismo dos usuários. publicarão anualmente os valores do subsídio e da
(D) A participação dos usuários na gestão das empresas remuneração dos cargos e empregos públicos.
estatais, e, excepcionalmente, nos lucros ou resultados obtidos § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
com as tarifas de serviço público. Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários
(E) As reclamações relativas à prestação dos serviços provenientes da economia com despesas correntes em cada
públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
interna, da qualidade dos serviços. treinamento e desenvolvimento, modernização,
reaparelhamento e racionalização do serviço público,
03. (TRE-RO - Técnico Judiciário - FCC) O servidor inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
público da Administração autárquica que for investido em produtividade.
mandato de Vereador, § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados
(A) ficará obrigatoriamente afastado de seu cargo, em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
emprego ou função, independentemente de compatibilidade
de horários, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

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incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
previdência de caráter contributivo e solidário, mediante preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos critérios estabelecidos em lei.
e inativos e dos pensionistas, observados critérios que § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo
artigo. de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus contagem de tempo de contribuição fictício.
proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total
I - por invalidez permanente, sendo os proventos dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de
de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral
contagiosa ou incurável, na forma da lei; de previdência social, e ao montante resultante da adição de
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao proventos de inatividade com remuneração de cargo
tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão
75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo
complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº eletivo.
88, de 2015) § 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo
de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para
no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas o regime geral de previdência social.
as seguintes condições: § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
se homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de bem como de outro cargo temporário ou de emprego público,
contribuição, se mulher; aplica-se o regime geral de previdência social.
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta § 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os
anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao Municípios, desde que instituam regime de previdência
tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda complementar para os seus respectivos servidores titulares de
Constitucional nº 20, de 1998) cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este
ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do
do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da § 15. O regime de previdência complementar de que trata
pensão. o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos,
ocasião da sua concessão, serão consideradas as no que couber, por intermédio de entidades fechadas de
remunerações utilizadas como base para as contribuições do previdência complementar, de natureza pública, que
servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios
e o art. 201, na forma da lei. somente na modalidade de contribuição definida.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que
abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do
nos termos definidos em leis complementares, os casos de ato de instituição do correspondente regime de previdência
servidores: complementar.
I - portadores de deficiência; § 17. Todos os valores de remuneração considerados para
II - que exerçam atividades de risco; o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente
III - cujas atividades sejam exercidas sob condições atualizados, na forma da lei.
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata
serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os
III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo benefícios do regime geral de previdência social de que trata o
de efetivo exercício das funções de magistério na educação art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os
infantil e no ensino fundamental e médio. servidores titulares de cargos efetivos.
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a completado as exigências para aposentadoria voluntária
percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em
previdência previsto neste artigo. atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão valor da sua contribuição previdenciária até completar as
por morte, que será igual: exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º,
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor II.
falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, próprio de previdência social para os servidores titulares de
acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do
limite, caso aposentado à data do óbito; ou respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no no art. 142, § 3º, X.
cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de
social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido
parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do para os benefícios do regime geral de previdência social de que
óbito.

Direito Constitucional 41
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APOSTILAS OPÇÃO

trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na (C) a realização de avaliação especial de desempenho é
forma da lei, for portador de doença incapacitante. condição facultativa para aquisição da estabilidade por
servidores públicos nomeados para cargo de provimento
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício efetivo.
os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em (D) os servidores nomeados para cargo de provimento
virtude de concurso público. efetivo em virtude de concurso público, vinculados à
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: Administração Municipal, são estáveis após dois anos de
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; efetivo exercício, nos termos da lei, computando-se como de
II - mediante processo administrativo em que lhe seja efetivo exercício o período de licença-gestante.
assegurada ampla defesa; (E) o salário mínimo deve sempre ser usado como
III - mediante procedimento de avaliação periódica de indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público.
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa. 04. (UFPB - Técnico em Segurança do Trabalho -
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do IDECAN/2016) Nos termos do capítulo destinado à
servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da Administração Pública na Constituição Federal, é correto
vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito afirmar que
a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em (A) a aposentadoria compulsória independe da carência de
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de dez anos de exercício do serviço público.
serviço. (B) o servidor estável tem direito à recondução ao cargo
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o efetivo no caso de invalidação de sua demissão.
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração (C) o servidor eleito para mandato eletivo de vereador
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado deve afastar-se do cargo para exercício da vereança.
aproveitamento em outro cargo. (D) a estabilidade do servidor público ocupante de cargo
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é em comissão depende de avaliação de desempenho.
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade. Gabarito

Questões 01.A/ 02. A/ 03. A/ 04. A.

01. (Pref. Mesquita/RJ - Guarda Municipal - BIORIO) “A


União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios Da Organização dos
instituirão, no âmbito de sua competência, _______ e planos de
carreira para os servidores da administração pública direta, Poderes: Do Poder Legislativo;
das autarquias e das fundações públicas.”
A lacuna é preenchida por:
(A)regime jurídico único; TÍTULO IV
(B) regime jurídico especial; DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
(C) regime jurídico plural; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de
(D)regime legislativo único; 2014).
(E) regime legislativo plural CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
02. (TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - SEÇÃO I
FCC/2016) Henrique, servidor público efetivo do Tribunal DO CONGRESSO NACIONAL
Regional do Trabalho da 14ª Região, pretende se aposentar
voluntariamente, uma vez que completou o requisito de idade Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso
mínima previsto na Constituição Federal. Neste caso, será Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do
necessário ele ter cumprido tempo mínimo de Senado Federal.
(A) dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro
anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria. anos.
(B) dez anos de efetivo exercício no serviço público e no
cargo efetivo em que se dará a aposentadoria. Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de
(C) cinco anos de efetivo exercício no serviço público e no representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em
cargo efetivo em que se dará a aposentadoria. cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
(D) dez anos de efetivo exercício no serviço público apenas, § 1º - O número total de Deputados, bem como a
independentemente do tempo exercido no cargo efetivo em representação por Estado e pelo Distrito Federal, será
que se dará a aposentadoria. estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à
(E) quinze anos de efetivo exercício no serviço público e população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano
três anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria. anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da
Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.
03. (TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário - Área § 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados.
Administrativa - FCC/2016) Sobre as normas constitucionais
que versam sobre os servidores públicos, Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes
(A) o servidor público estável poderá perder o cargo, dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio
dentre outras hipóteses, mediante procedimento de avaliação majoritário.
periódica de desempenho, na forma de lei complementar, § 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três
assegurada a ampla defesa. Senadores, com mandato de oito anos.
(B) o servidor público será exonerado do serviço público, § 2º - A representação de cada Estado e do Distrito Federal
mediante pagamento de indenização proporcional ao tempo será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por
de serviço prestado, paga em parcela única, se seu cargo for um e dois terços.
extinto. § 3º - Cada Senador será eleito com dois suplentes.

Direito Constitucional 42
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de


deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas
por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus Assembleias Legislativas;
membros. VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
VIII - concessão de anistia;
Questões IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério
Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e
01. (Prefeitura de Chapecó/SC - Procurador Municipal organização judiciária e do Ministério Público do Distrito
- IOBV/2016) Em relação à organização dos Poderes da União, Federal;
mais precisamente do Poder Legislativo, assinale a alternativa X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos
que está incorreta: e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b;
(A) O Congresso Nacional é formado pela Câmara dos XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da
Deputados e o Senado Federal. administração pública;
(B) Cada senador será eleito com três suplentes. XII - telecomunicações e radiodifusão;
(C) Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições
Senadores, com mandato de oito anos. financeiras e suas operações;
(D) Autorizar referendo e convocar plebiscito é da XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida
competência exclusiva do Congresso Nacional. mobiliária federal.
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo
02. (SEGEP/MA - Agente Penitenciário - Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º;
FUNCAB/2016) Sobre o Poder Legislativo, é correto afirmar 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I.
que:
(A) a Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso
Presidente da Câmara dos Deputados, ocupados os demais Nacional:
cargos, sucessivamente, pelos titulares de cargos equivalentes I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos
na Câmara dos Deputados e Senado Federal. internacionais que acarretem encargos ou compromissos
(B) a Câmara dos Deputados é formada por representantes gravosos ao patrimônio nacional;
de entidades da federação, eleitos pelo sistema eleitoral II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra,
proporcional, ao passo que o Senado Federal é formado por a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem
representantes do povo, eleitos pelo sistema eleitoral pelo território nacional ou nele permaneçam
majoritário. temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei
(C) a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes complementar;
do povo, eleitos segundo o princípio majoritário. III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da
(D) o Senado Federal compõe-se de representantes dos República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio a quinze dias;
majoritário. IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,
(E) as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas
tomadas por maioria absoluta dos votos, presente a minoria de medidas;
seus membros, salvo disposição constitucional em contrário. V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
03. (SEGEP/MA - Agente Penitenciário - legislativa;
FUNCAB/2016) Segundo a Constituição da República VI - mudar temporariamente sua sede;
Federativa Brasileira de 1988, a legislatura compreende o VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e
período de: os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
(A) 4 anos. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
(B) 5 anos. VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente
(C) 1 ano. da República e dos Ministros de Estado, observado o que
(D) 3 anos. dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
(E) 2 anos. IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente
da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos
Gabarito planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de
01B/ 02.D/ 03.A. suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da
administração indireta;
SEÇÃO II XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL em face da atribuição normativa dos outros Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do concessão de emissoras de rádio e televisão;
Presidente da República, não exigida esta para o especificado XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de
nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de Contas da União;
competência da União, especialmente sobre: XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; atividades nucleares;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o
forçado; aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; riquezas minerais;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de
desenvolvimento; terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo hectares.
e bens do domínio da União;

Direito Constitucional 43
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites
qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de globais para o montante da dívida consolidada da União, dos
Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
subordinados à Presidência da República para prestarem, VII - dispor sobre limites globais e condições para as
pessoalmente, informações sobre assunto previamente operações de crédito externo e interno da União, dos Estados,
determinado, importando crime de responsabilidade a do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e
ausência sem justificação adequada. demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
§ 1º - Os Ministros de Estado poderão comparecer ao VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de
Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de garantia da União em operações de crédito externo e interno;
suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos IX - estabelecer limites globais e condições para o
com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal
seu Ministério. e dos Municípios;
§ 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei
Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo
a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no Tribunal Federal;
caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a
a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes
como a prestação de informações falsas. do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
SEÇÃO III XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos respectiva remuneração, observados os parâmetros
Deputados: estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a XIV - eleger membros do Conselho da República, nos
instauração de processo contra o Presidente e o Vice- termos do art. 89, VII.
Presidente da República e os Ministros de Estado; XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema
II - proceder à tomada de contas do Presidente da Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o
República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional desempenho das administrações tributárias da União, dos
dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.
III - elaborar seu regimento interno; Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II,
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal,
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e limitando-se a condenação, que somente será proferida por
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com
respectiva remuneração, observados os parâmetros inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública,
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos
do art. 89, VII. SEÇÃO V
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES
SEÇÃO IV
DO SENADO FEDERAL Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo
República nos crimes de responsabilidade, bem como os Tribunal Federal.
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do
e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em
aqueles; flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva,
Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre
Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral a prisão.
da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado,
responsabilidade; por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de
pública, a escolha de: partido político nela representado e pelo voto da maioria de
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento
Constituição; da ação.
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa
Presidente da República; respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do
c) Governador de Território; seu recebimento pela Mesa Diretora.
d) Presidente e diretores do banco central; § 5º A sustação do processo suspende a prescrição,
e) Procurador-Geral da República; enquanto durar o mandato.
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
de caráter permanente; confiaram ou deles receberam informações.
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e
interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra,
Territórios e dos Municípios; dependerá de prévia licença da Casa respectiva.

Direito Constitucional 44
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão § 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de
durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante investidura em funções previstas neste artigo ou de licença
o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos superior a cento e vinte dias.
casos de atos praticados fora do recinto do Congresso § 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á
Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses
para o término do mandato.
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: § 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador
I - desde a expedição do diploma: poderá optar pela remuneração do mandato.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de
direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de SEÇÃO VI
economia mista ou empresa concessionária de serviço público, DAS REUNIÕES
salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na
remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de
nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; agosto a 22 de dezembro.
II - desde a posse: § 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão
a) ser proprietários, controladores ou diretores de transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando
empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa recaírem em sábados, domingos ou feriados.
jurídica de direito público, ou nela exercer função § 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a
remunerada; aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad § 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a
nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a"; Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das sessão conjunta para:
entidades a que se refere o inciso I, "a"; I - inaugurar a sessão legislativa;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público II - elaborar o regimento comum e regular a criação de
eletivo. serviços comuns às duas Casas;
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: Presidente da República;
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.
artigo anterior; § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da
decoro parlamentar; legislatura, para a posse de seus membros e eleição das
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a
à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
salvo licença ou missão por esta autorizada; subsequente.
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; § 5º - A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão
previstos nesta Constituição; exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos
VI - que sofrer condenação criminal em sentença equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
transitada em julgado. § 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos far-se-á:
casos definidos no regimento interno, o abuso das I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de
prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de
ou a percepção de vantagens indevidas. pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-
decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, Presidente- Presidente da República;
por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da
Mesa ou de partido político representado no Congresso Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento
Nacional, assegurada ampla defesa. (Redação dada pela da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de
Emenda Constitucional nº 76, de 2013) urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma
declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante das Casas do Congresso Nacional.
provocação de qualquer de seus membros, ou de partido § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso
político representado no Congresso Nacional, assegurada Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi
ampla defesa. convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que o pagamento de parcela indenizatória, em razão da
vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste convocação.
artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de § 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de
que tratam os §§ 2º e 3º. convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas
automaticamente incluídas na pauta da convocação.
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador SEÇÃO VII
de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de DAS COMISSÕES
Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão
diplomática temporária; Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as
ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e resultar sua criação.
vinte dias por sessão legislativa. § 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é
assegurada, tanto quanto possível, a representação

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proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que § 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas
participam da respectiva Casa. Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o
§ 2º - às comissões, em razão da matéria de sua respectivo número de ordem.
competência, cabe: § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do tendente a abolir:
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso I - a forma federativa de Estado;
de um décimo dos membros da Casa; II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
II - realizar audiências públicas com entidades da III - a separação dos Poderes;
sociedade civil; IV - os direitos e garantias individuais.
III - convocar Ministros de Estado para prestar § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada
informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova
IV - receber petições, reclamações, representações ou proposta na mesma sessão legislativa.
queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das
autoridades ou entidades públicas; SUBSEÇÃO III
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou DAS LEIS
cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias
regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos
parecer. Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao
§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
além de outros previstos nos regimentos das respectivas cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante as leis que:
requerimento de um terço de seus membros, para a apuração I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, II - disponham sobre:
se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. administração direta e autárquica ou aumento de sua
§ 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão remuneração;
representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na b) organização administrativa e judiciária, matéria
última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da
definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, administração dos Territórios;
quanto possível, a proporcionalidade da representação c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime
partidária. jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria
SEÇÃO VIII Pública da União, bem como normas gerais para a organização
DO PROCESSO LEGISLATIVO do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do
SUBSEÇÃO I Distrito Federal e dos Territórios;
DISPOSIÇÃO GERAL e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da
administração pública, observado o disposto no art. 84, VI
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico,
de: provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração,
I - emendas à Constituição; reforma e transferência para a reserva.
II - leis complementares; § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela
III - leis ordinárias; apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei
IV - leis delegadas; subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,
V - medidas provisórias; distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de
VI - decretos legislativos; três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da
elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei,
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
SUBSEÇÃO II § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre
DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO matéria:
I - relativa a:
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos
proposta: políticos e direito eleitoral;
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos b) direito penal, processual penal e processual civil;
Deputados ou do Senado Federal; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público,
II - do Presidente da República; a carreira e a garantia de seus membros;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias,
unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o
maioria relativa de seus membros. previsto no art. 167, § 3º;
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança
de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de popular ou qualquer outro ativo financeiro;
sítio. III - reservada a lei complementar;
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos Presidente da República.
respectivos membros.

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§ 2º Medida provisória que implique instituição ou § 4º - Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso
majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.
IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto
daquele em que foi editada. pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou
11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem arquivado, se o rejeitar.
convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa
termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o iniciadora.
Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as
relações jurídicas delas decorrentes. Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que,
publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os aquiescendo, o sancionará.
períodos de recesso do Congresso Nacional. § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze
de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará,
constitucionais. dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até Federal os motivos do veto.
quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em § 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de
regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se § 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do
ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Presidente da República importará sanção.
Casa em que estiver tramitando. § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser
vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76,
nas duas Casas do Congresso Nacional. de 2013)
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na § 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado,
Câmara dos Deputados. para promulgação, ao Presidente da República.
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no §
examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata,
antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
de cada uma das Casas do Congresso Nacional. § 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º,
medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em
perdido sua eficácia por decurso de prazo. igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o §
3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado
medida provisória, as relações jurídicas constituídas e somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma
decorrentes de atos praticados durante sua vigência sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
conservar-se-ão por ela regidas. membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o
texto original da medida provisória, esta manter-se-á Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente
integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso
projeto. Nacional.
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: competência exclusiva do Congresso Nacional, os de
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado
República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º; Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a
II - nos projetos sobre organização dos serviços legislação sobre:
administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público,
dos Tribunais Federais e do Ministério Público. a carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de e eleitorais;
iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos orçamentos.
Deputados. § 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma
§ 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu
para apreciação de projetos de sua iniciativa. conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado § 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto
Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada
sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão qualquer emenda.
todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa,
com exceção das que tenham prazo constitucional Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por
determinado, até que se ultime a votação. maioria absoluta.
§ 3º - A apreciação das emendas do Senado Federal pela
Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias,
observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.

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SEÇÃO IX § 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no


DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no
ORÇAMENTÁRIA parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, débito ou multa terão eficácia de título executivo.
operacional e patrimonial da União e das entidades da § 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional,
administração direta e indireta, quanto à legalidade, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art.
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno 166, §1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda
de cada Poder. que sob a forma de investimentos não programados ou de
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou os esclarecimentos necessários.
pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma § 1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados
obrigações de natureza pecuniária. estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal
pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, trinta dias.
será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao § 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a
qual compete: Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso
Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá Nacional sua sustação.
ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de
administração direta e indireta, incluídas as fundações e pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo,
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.
e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou § 1º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de requisitos:
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos
direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas de idade;
pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de II - idoneidade moral e reputação ilibada;
provimento em comissão, bem como a das concessões de III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias econômicos e financeiros ou de administração pública;
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva
concessório; atividade profissional que exija os conhecimentos
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos mencionados no inciso anterior.
Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de § 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão
inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, escolhidos:
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre
Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal,
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios
supranacionais de cujo capital social a União participe, de de antiguidade e merecimento;
forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; II - dois terços pelo Congresso Nacional.
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados § 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as
pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos
instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça,
Município; aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso normas constantes do art. 40.
Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das § 4º - O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as
respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de
resultados de auditorias e inspeções realizadas; Tribunal Regional Federal.
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de
despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
proporcional ao dano causado ao erário; com a finalidade de:
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se plurianual, a execução dos programas de governo e dos
verificada ilegalidade; orçamentos da União;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
Federal; patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
XI - representar ao Poder competente sobre bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
irregularidades ou abusos apurados. direito privado;
§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado III - exercer o controle das operações de crédito, avais e
diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

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IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão


institucional.
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem Do Poder Executivo;
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela
darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou CAPÍTULO II
sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar DO PODER EXECUTIVO
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas SEÇÃO I
da União. DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da
no que couber, à organização, composição e fiscalização dos República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem
como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro
os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo
sete Conselheiros. de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao
Questões do término do mandato presidencial vigente.
§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do
01. (TJ/DFT - Juiz - CESPE/2016). No que se refere ao Vice-Presidente com ele registrado.
tema controle interno e externo e seus respectivos órgãos § 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que,
estatais, assinale a opção correta. registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de
(A) Qualquer cidadão ou sindicato é parte legítima para votos, não computados os em branco e os nulos.
denunciar irregularidades ou ilicitudes ao tribunal de contas. § 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na
(B) O controle da atividade administrativa exercido pelo primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após
CNJ sujeita todos os órgãos do Poder Judiciário Nacional. a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos
(C) O TCU, mediante controle externo que lhe cabe por mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a
competência exclusiva, exerce a fiscalização da atividade maioria dos votos válidos.
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial § 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer
da União. morte, desistência ou impedimento legal de candidato,
(D) Nos processos perante o TCU, em que há apreciação da convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, é § 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores,
prescindível assegurar-se o contraditório e a ampla defesa, a remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a
despeito do decurso de qualquer lapso temporal. mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
(E) No que tange ao controle interno da administração, é
lícito condicionar a admissibilidade de recurso administrativo Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República
a prévio depósito. tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o
compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição,
02. (TCM/RJ - Procurador da Procuradoria Especial - observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro,
FCC). Sobre os Controles Externo e Interno no Brasil, tem-se sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
que Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para
(A) o Tribunal de Contas da União e o Tribunal de Contas a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de
do Município do Rio de Janeiro são integrados, força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado
respectivamente, por 7 e 9 Conselheiros. vago.
(B) não abrangem a aplicação de subvenções ao terceiro
setor, tendo em vista o caráter social desse tipo de repasse. Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento,
(C) os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
manter um sistema de controle interno integrado. Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de
(D) o exercício do controle das operações de crédito outras atribuições que lhe forem conferidas por lei
compete ao Controle Externo, mas não ao Controle Interno. complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele
(E) sua área de atuação se limita às pessoas físicas e convocado para missões especiais.
jurídicas públicas.
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-
03. (TCE-RN - Conhecimentos Básicos para o Cargo 1 - Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
CESPE) A respeito das entidades fiscalizadoras superiores e sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o
dos sistemas de controle na administração pública brasileira, Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o
julgue o item a seguir. do Supremo Tribunal Federal.
O Tribunal de Contas da União (TCU) não exerce uma
função jurisdicional em relação às contas do presidente da Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente
República, pois aquele não julga pessoas, mas contas, e suas da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
decisões não fazem coisa julgada, visto que são de cunho última vaga.
administrativo. Na função de órgão auxiliar do Poder § 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do
Legislativo, o TCU apenas emite parecer técnico a respeito das período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita
contas. trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na
( ) Certo ( ) Errado forma da lei.
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar
Gabarito o período de seus antecessores.

01. A/ 02. C/ 03. Certo

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Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro
anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as
sua eleição. contas referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não forma da lei;
poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos
País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do termos do art. 62;
cargo. XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta
Constituição.
SEÇÃO II Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira
parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os
República: limites traçados nas respectivas delegações.
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a Questão
direção superior da administração federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos 01. (Prefeitura de São Paulo/SP - Analista Fiscal de
previstos nesta Constituição; Serviços - VUNESP/2016) Assinale a alternativa que
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem contempla uma atribuição privativa do Presidente da
como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; República que a Constituição permite seja delegada aos
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao
VI - dispor, mediante decreto, sobre: Advogado-Geral da União.
a) organização e funcionamento da administração federal, (A) Vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou (B) Editar medidas provisórias com força de lei, nos
extinção de órgãos públicos; termos do art. 62 da Constituição Federal.
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (C) Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar previstos na Constituição.
seus representantes diplomáticos; (D) Conferir condecorações e distinções honoríficas.
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, (E) Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
sujeitos a referendo do Congresso Nacional; necessário, dos órgãos instituídos em lei.
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal; Gabarito
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso
Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, 01.E.
expondo a situação do País e solicitando as providências que
julgar necessárias; SEÇÃO III
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do
nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Presidente da República que atentem contra a Constituição
Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los Federal e, especialmente, contra:
para os cargos que lhes são privativos; I - a existência da União;
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder
Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais
Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador- das unidades da Federação;
Geral da República, o presidente e os diretores do banco III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
central e outros servidores, quando determinado em lei; IV - a segurança interna do País;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros V - a probidade na administração;
do Tribunal de Contas da União; VI - a lei orçamentária;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Constituição, e o Advogado-Geral da União; Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos especial, que estabelecerá as normas de processo e
termos do art. 89, VII; julgamento.
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o
Conselho de Defesa Nacional; Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal,
quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos
mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a crimes de responsabilidade.
mobilização nacional; § 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções:
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou
Congresso Nacional; queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, processo pelo Senado Federal.
que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou § 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o
nele permaneçam temporariamente; julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de processo.
orçamento previstos nesta Constituição;

Direito Constitucional 50
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas § 1º - O Presidente da República poderá convocar Ministro
infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito de Estado para participar da reunião do Conselho, quando
a prisão. constar da pauta questão relacionada com o respectivo
§ 4º - O Presidente da República, na vigência de seu Ministério.
mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao § 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do
exercício de suas funções. Conselho da República.

SEÇÃO IV SUBSEÇÃO II
DOS MINISTROS DE ESTADO DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL

Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta
brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos do Presidente da República nos assuntos relacionados com a
direitos políticos. soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de participam como membros natos:
outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei: I - o Vice-Presidente da República;
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
órgãos e entidades da administração federal na área de sua III - o Presidente do Senado Federal;
competência e referendar os atos e decretos assinados pelo IV - o Ministro da Justiça;
Presidente da República; V - o Ministro de Estado da Defesa;
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e VI - o Ministro das Relações Exteriores;
regulamentos; VII - o Ministro do Planejamento.
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da
de sua gestão no Ministério; Aeronáutica.
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe § 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República. I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de
celebração da paz, nos termos desta Constituição;
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do
Ministérios e órgãos da administração pública. estado de sítio e da intervenção federal;
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas
Questão indispensáveis à segurança do território nacional e opinar
sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
01. (ANAC - Técnico Administrativo ESAF/2016) Em relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos
relação às atribuições do Presidente da República, nos termos naturais de qualquer tipo;
do disposto na Constituição Federal, não compete a este IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de
(A) nomear o Advogado-Geral da União. iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a
(B) presidir o Conselho de Defesa Nacional. defesa do Estado democrático.
(C) expedir instruções para a execução das leis § 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do
(D) nomear os Ministros do Tribunal de Contas da União Conselho de Defesa Nacional.
(E) executar a Intervenção Federal.
Questões
Gabarito
01. (Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Consultor
01.C. Legislativo - Prefeitura do Rio de Janeiro) De acordo com a
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,
SEÇÃO V compete ao Conselho de Defesa Nacional:
DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE (A) propor critérios e condições de utilização das águas
DEFESA NACIONAL internacionais e opinar sobre normas relativas à defesa do
SUBSEÇÃO I Estado e das Instituições Democráticas
DO CONSELHO DA REPÚBLICA (B) estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de
iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de defesa do Estado Democrático
consulta do Presidente da República, e dele participam: (C) exercer o comando supremo das Forças Armadas,
I - o Vice-Presidente da República; nomear os comandantes da Marinha, do Exército e da
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; Aeronáutica e promover seus oficiais
III - o Presidente do Senado Federal; (D) pronunciar-se sobre questões relevantes para a
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos estabilidade das instituições democráticas, por meio dos
Deputados; Órgãos de Defesa Nacional.
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça; 02. (MPE/SC - Promotor de Justiça Substituto - FEPESE)
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e Analise os enunciados das questões abaixo e assinale se ele é
cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da Certo ou Errado.
República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre as
vedada a recondução. questões relevantes para a estabilidade das instituições
democráticas; estado de defesa; estado de sítio; intervenção
Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se federal.
sobre: Certo ( ) Errado ( )
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das 03. (OAB - Exame de Ordem Unificado - FGV) O
instituições democráticas. Presidente da República, à luz da CRFB/88, dispõe de dois

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APOSTILAS OPÇÃO

órgãos de cúpula para consulta em determinados assuntos. de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à
Assinale a opção que elenca corretamente esses órgãos e suas ordem de classificação;
atribuições constitucionalmente definidas. II - promoção de entrância para entrância, alternadamente,
(A) Ao Conselho de Defesa Nacional compete opinar sobre por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes
a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da normas:
intervenção federal. Ao Conselho Nacional de Justiça compete a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três
o controle da atuação administrativa e financeira do Poder vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de
Judiciário, do Poder Legislativo e do Poder Executivo. merecimento;
(B) Ao Conselho de Defesa Nacional compete opinar sobre b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de
as questões relevantes para a estabilidade das instituições exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira
democráticas. Ao Conselho da República compete opinar sobre quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver
as hipóteses de declaração de guerra e de celebração de paz. com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
(C) Ao Conselho Nacional de Justiça compete o controle da c) aferição do merecimento conforme o desempenho e
atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário, do pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no
Poder Legislativo e do Poder Executivo. Ao Conselho da exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em
República compete opinar sobre as hipóteses de declaração de cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
guerra e de celebração de paz d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá
(D) Ao Conselho de Defesa Nacional compete opinar sobre recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois
as hipóteses de declaração de guerra e de celebração de paz. terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e
Ao Conselho da República compete pronunciar-se sobre assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a
intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio. indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente,
Gabarito retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo
devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
01.B/ 02. Certo/ 03. D III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por
antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na
última ou única entrância;
Do Poder Judiciário IV previsão de cursos oficiais de preparação,
aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo
(Disposições Gerais; Do etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação
Supremo Tribunal Federal; Do em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de
Superior Tribunal de Justiça; formação e aperfeiçoamento de magistrados;
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores
Dos Tribunais Regionais corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal
Federais e dos Juízes Federais; fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os
Dos Tribunais e Juízes subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e
escalonados, em nível federal e estadual, conforme as
Eleitorais; Dos Tribunais e respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não
Juízes dos Estados); podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por
cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e
cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos
Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto
CAPÍTULO III
nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;
DO PODER JUDICIÁRIO
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus
SEÇÃO I
dependentes observarão o disposto no art. 40;
DISPOSIÇÕES GERAIS
VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo
autorização do tribunal;
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do
I - o Supremo Tribunal Federal;
magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do
II - o Superior Tribunal de Justiça;
Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela
VIIIA a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de
Emenda Constitucional nº 92, de 2016)
comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou
e Territórios.
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse
Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.
público à informação;
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores
X as decisões administrativas dos tribunais serão
têm jurisdição em todo o território nacional.
motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas
pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco
Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura,
julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o
observados os seguintes princípios:
mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz
exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais
substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com
delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se
a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as
fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos

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APOSTILAS OPÇÃO

metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição (D) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou
pelo tribunal pleno; tribunal do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do
XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, (E) O juiz goza da garantia da inamovibilidade, mas,
funcionando, nos dias em que não houver expediente forense havendo interesse público, poderá ser removido, por decisão
normal, juízes em plantão permanente; da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa.
proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva
população; 02. (Câmara de Suzano/SP - Assistente Jurídico -
XIV os servidores receberão delegação para a prática de INTEGRI/2016) A norma constitucional estabelece garantias
atos de administração e atos de mero expediente sem caráter e vedações relacionadas ao Poder Judiciário. Entre elas
decisório; encontram-se as seguintes disposições, EXCETO:
XV a distribuição de processos será imediata, em todos os (A) Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
graus de jurisdição. serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sem
exceção, sob pena de nulidade, afim de garantir e preservar o
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais interesse público à informação.
Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e (B) Os juízes gozam da garantia de vitaliciedade, que, no
Territórios será composto de membros, do Ministério Público, primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos,
efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla de sentença judicial transitada em julgado.
pelos órgãos de representação das respectivas classes. (C) Aos juízes é vedado exercer, ainda que em
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de
formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos magistério, receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou
vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes participação em processo e dedicar-se à atividade político-
para nomeação. partidária.
(D) Compete privativamente aos tribunais eleger seus
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida observância das normas de processo e das garantias
após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, processuais das partes, dispondo sobre a competência e o
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada administrativos.
em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, Gabarito
na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos 01.E/ 02. A
arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: Art. 96. Compete privativamente:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou I - aos tribunais:
função, salvo uma de magistério; a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou internos, com observância das normas de processo e das
participação em processo; garantias processuais das partes, dispondo sobre a
III - dedicar-se à atividade político-partidária. competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou jurisdicionais e administrativos;
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se atividade correicional respectiva;
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos
por aposentadoria ou exoneração. de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
Questões e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e
títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os
01. (UNICAMP - Procurador - VUNESP) Considerando o cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de
disposto na Constituição Federal sobre o Poder Judiciário, confiança assim definidos em lei;
assinale a alternativa correta. f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus
(A) As decisões administrativas dos tribunais serão membros e aos juízes e servidores que lhes forem
motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas imediatamente vinculados;
pelo voto da maioria absoluta de seus membros, em sessão II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores
secreta. e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo
(B) Os servidores dos cartórios judiciais receberão respectivo, observado o disposto no art. 169:
delegação para a prática de atos de administração e atos de a) a alteração do número de membros dos tribunais
mero expediente, limitados às decisões de caráter inferiores;
interlocutório. b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos
(C) Um quinto dos lugares dos Tribunais dos Estados será seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados,
composto de advogados de notório saber jurídico e de bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes,
reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
profissional, indicados em lista tríplice pelos órgãos de c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
representação das respectivas classes. d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do
Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do

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APOSTILAS OPÇÃO

Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em
responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre
membros ou dos membros do respectivo órgão especial todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no §
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou 2º deste artigo.
ato normativo do Poder Público. § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares,
originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 (sessenta)
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou
Estados criarão: pessoas com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o
togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do
e a execução de causas cíveis de menor complexidade e disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para
infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem
procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses cronológica de apresentação do precatório. (Redação dada
previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
turmas de juízes de primeiro grau; § 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de
eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as
quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença
casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação judicial transitada em julgado.
apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições § 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados,
conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras por leis próprias, valores distintos às entidades de direito
previstas na legislação. público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de
especiais no âmbito da Justiça Federal. previdência social. (Teto INSS em 2017 - R$ 5.531,31)
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades
exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus
específicas da Justiça. débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado,
constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte,
administrativa e financeira. quando terão seus valores atualizados monetariamente.
§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas § 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão
orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao
com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda
§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento
tribunais interessados, compete: do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do
Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da
dos respectivos tribunais; quantia respectiva.
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e § 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato
Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação
aprovação dos respectivos tribunais. regular de precatórios incorrerá em crime de
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho
respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo Nacional de Justiça.
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder § 8º É vedada a expedição de precatórios complementares
Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento,
orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária repartição ou quebra do valor da execução para fins de
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste
forma do § 1º deste artigo. artigo.
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo § 9º No momento da expedição dos precatórios,
forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados independentemente de regulamentação, deles deverá ser
na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes abatido, a título de compensação, valor correspondente aos
necessários para fins de consolidação da proposta débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e
orçamentária anual. constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos,
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de de contestação administrativa ou judicial.
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, § 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal
mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30
(trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento,
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas informação sobre os débitos que preencham as condições
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem § 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais ente federado.
abertos para este fim. § 12. A partir da promulgação desta Emenda
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, após
aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente

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de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração judicial e que sejam observados os requisitos definidos na
básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação regulamentação editada pelo ente federado. (Incluído pela
da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a
incidência de juros compensatórios. Questões
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus
créditos em precatórios a terceiros, independentemente da 01. (EBSERH - Advogado - INSTITUTO-AOCP/2016)
concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o Acerca da organização do Poder Judiciário, assinale a
disposto nos §§ 2º e 3º. alternativa correta.
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos (A) Compete privativamente aos Tribunais propor a
após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao criação de novas varas judiciárias.
tribunal de origem e à entidade devedora. (B) Ao poder judiciário, é assegurada apenas autonomia
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei administrativa.
complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer (C) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou
regime especial para pagamento de crédito de precatórios de tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 2 (dois) anos
Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre do afastamento do cargo, aposentadoria ou exoneração.
vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de (D) O Conselho Nacional de Justiça compõem-se de 10
liquidação. (dez) membros com mandato de 3 (três) anos, não se
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União admitindo a recondução.
poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, (E) Para exercer o cargo de Ministro do Superior Tribunal
Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.” de Justiça, é exigida a idade mínima de 30 (trinta) anos.
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
aferirão mensalmente, em base anual, o comprometimento de 02. (DPU - Técnico em Assuntos Educacionais -
suas respectivas receitas correntes líquidas com o pagamento CESPE/2016) A respeito do Poder Judiciário e das funções
de precatórios e obrigações de pequeno valor. (Incluído pela essenciais à justiça, julgue o item a seguir.
Emenda Constitucional nº 94, de 2016) Os pagamentos devidos pelas fazendas públicas federal,
§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins estadual e municipal, em virtude de sentença judicial, são
de que trata o § 17, o somatório das receitas tributárias, feitos por meio de precatórios.
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de ( ) Certo ( ) Errado
serviços, de transferências correntes e outras receitas
correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Gabarito
Constituição Federal, verificado no período compreendido
pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência e 01.A/ 02. Certo
os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e
deduzidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de SEÇÃO II
2016) DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
I - na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios por determinação constitucional; Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016) Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e
II - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável
determinação constitucional; (Incluído pela Emenda saber jurídico e reputação ilibada.
Constitucional nº 94, de 2016) Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal
III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois
Municípios, a contribuição dos servidores para custeio de seu de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
sistema de previdência e assistência social e as receitas Federal.
provenientes da compensação financeira referida no § 9º do
art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
Constitucional nº 94, de 2016) precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
§ 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de I - processar e julgar, originariamente:
condenações judiciais em precatórios e obrigações de pequeno a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato
valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a média do normativo federal ou estadual e a ação declaratória de
comprometimento percentual da receita corrente líquida nos constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
5 (cinco) anos imediatamente anteriores, a parcela que b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República,
exceder esse percentual poderá ser financiada, excetuada dos o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus
limites de endividamento de que tratam os incisos VI e VII do próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
art. 52 da Constituição Federal e de quaisquer outros limites c) nas infrações penais comuns e nos crimes de
de endividamento previstos, não se aplicando a esse responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da
financiamento a vedação de vinculação de receita prevista no Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto
inciso IV do art. 167 da Constituição Federal. (Incluído pela no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do
Emenda Constitucional nº 94, de 2016) Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% de caráter permanente;
(quinze por cento) do montante dos precatórios apresentados d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas
nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o
valor deste precatório serão pagos até o final do exercício "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das
seguinte e o restante em parcelas iguais nos cinco exercícios Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do
subsequentes, acrescidas de juros de mora e correção Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da
monetária, ou mediante acordos diretos, perante Juízos República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução máxima e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo
de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito atualizado, internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o
desde que em relação ao crédito não penda recurso ou defesa Território;

Direito Constitucional 55
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APOSTILAS OPÇÃO

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara


União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as Legislativa do Distrito Federal;
respectivas entidades da administração indireta; V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; VI - o Procurador-Geral da República;
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou Brasil;
funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à VIII - partido político com representação no Congresso
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime Nacional;
sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; nacional.
l) a reclamação para a preservação de sua competência e § 1º - O Procurador-Geral da República deverá ser
garantia da autoridade de suas decisões; previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em
m) a execução de sentença nas causas de sua competência todos os processos de competência do Supremo Tribunal
originária, facultada a delegação de atribuições para a prática Federal.
de atos processuais; § 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada
direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da ciência ao Poder competente para a adoção das providências
metade dos membros do tribunal de origem estejam necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para
impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados; fazê-lo em trinta dias.
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal § 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a
de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato
ou entre estes e qualquer outro tribunal; normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União,
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de que defenderá o ato ou texto impugnado.
inconstitucionalidade;
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício
regulamentadora for atribuição do Presidente da República, ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus
do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado membros, após reiteradas decisões sobre matéria
Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação
Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos
ou do próprio Supremo Tribunal Federal; demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem
o Conselho Nacional do Ministério Público; como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma
II - julgar, em recurso ordinário: estabelecida em lei.
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas- § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação
data" e o mandado de injunção decididos em única instância e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja
pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a
b) o crime político; administração pública que acarrete grave insegurança jurídica
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
decididas em única ou última instância, quando a decisão § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a
recorrida: aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser
a) contrariar dispositivo desta Constituição; provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei inconstitucionalidade.
federal; § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar,
face desta Constituição. caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que,
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou
§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra
fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o
pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. caso.
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo
Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito 1 (uma) recondução, sendo:
vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado
esferas federal, estadual e municipal. (Redação dada pela pelo respectivo tribunal;
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho,
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá indicado pelo respectivo tribunal;
demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado
discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal pelo Supremo Tribunal Federal;
examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal
pela manifestação de dois terços de seus membros. Federal;
VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo
Art. 103. Podem propor a ação direta de Superior Tribunal de Justiça;
inconstitucionalidade e a ação declaratória de VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de
constitucionalidade: Justiça;
I - o Presidente da República; VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado
II - a Mesa do Senado Federal; pelo Tribunal Superior do Trabalho;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior
do Trabalho;

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APOSTILAS OPÇÃO

X - um membro do Ministério Público da União, indicado III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes
pelo Procurador-Geral da República; atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais,
XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.
pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes § 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da
indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos
XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Advogados do Brasil.
Ordem dos Advogados do Brasil; § 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios,
XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação criará ouvidorias de justiça, competentes para receber
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo reclamações e denúncias de qualquer interessado contra
Senado Federal. membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho
Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e Nacional de Justiça.
impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Questão
Federal.
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados 01 (EBSERH - Advogado - IBFC/2016) Com relação às
pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha atribuições conferidas pela Constituição Federal ao Conselho
pela maioria absoluta do Senado Federal. Nacional de Justiça, assinale a alternativa que NÃO apresenta
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas uma dessas atribuições.
neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal. (A) Representar ao Ministério Público, no caso de crime
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação contra a administração pública ou de abuso de autoridade
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do (B) Elaborar relatório anual, propondo as providências
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário
além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo (C) Receber e conhecer das reclamações contra membros
Estatuto da Magistratura: ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços
cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir notariais e de registro que atuem por delegação do poder
atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou público ou oficializados, sem prejuízo da competência
recomendar providências; disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a
mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou
praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se sanções administrativas, assegurada ampla defesa
adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da (D) Elaborar trimestralmente relatório estatístico sobre
lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação,
União; nos diferentes órgãos do Poder Judiciário
III - receber e conhecer das reclamações contra membros (E) Rever, de ofício ou mediante provocação, os processos
ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há
auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços menos de um ano.
notariais e de registro que atuem por delegação do poder
público ou oficializados, sem prejuízo da competência Gabarito
disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar
processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a 01.D
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou
proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras SEÇÃO III
sanções administrativas, assegurada ampla defesa; DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime
contra a administração pública ou de abuso de autoridade; Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no
V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos mínimo, trinta e três Ministros.
disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de
menos de um ano; Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre
VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada,
nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
VII - elaborar relatório anual, propondo as providências Federal, sendo:
que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais
País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça,
mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e
sessão legislativa. membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito
§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do
função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da art. 94.
distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além
das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
Magistratura, as seguintes: I - processar e julgar, originariamente:
I receber as reclamações e denúncias, de qualquer a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do
interessado, relativas aos magistrados e aos serviços Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os
judiciários; desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos
correição geral; Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os

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APOSTILAS OPÇÃO

membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos (A) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do
Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os
perante tribunais; desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos
de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem
coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado perante tribunais.
ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, (B) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, autoridade federal, da Administração direta ou indireta,
ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal
tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da
a tribunais diversos; Justiça do Trabalho e da Justiça Federal.
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus (C) as ações contra o Conselho Nacional do Ministério
julgados; Público.
f) a reclamação para a preservação de sua competência e (D) a homologação de sentenças estrangeiras e a
garantia da autoridade de suas decisões; concessão de exequatur às cartas rogatórias.
g) os conflitos de atribuições entre autoridades (E) os conflitos de atribuições entre autoridades
administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades
judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do
Distrito Federal, ou entre as deste e da União; Distrito Federal, ou entre as deste e da União.
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou Gabarito
autoridade federal, da administração direta ou indireta,
excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal 01. C
Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da
Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; SEÇÃO IV
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES
de exequatur às cartas rogatórias; FEDERAIS
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos I - os Tribunais Regionais Federais;
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, II - os Juízes Federais.
quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de,
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória respectiva região e nomeados pelo Presidente da República
a decisão; dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou cinco anos, sendo:
organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de
pessoa residente ou domiciliada no País; efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em Federal com mais de dez anos de carreira;
única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais II - os demais, mediante promoção de juízes federais com
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e mais de cinco anos de exercício, por antiguidade e
Territórios, quando a decisão recorrida: merecimento, alternadamente.
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; § 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e
lei federal; sede.
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja § 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça
atribuído outro tribunal. itinerante, com a realização de audiências e demais funções da
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
de Justiça: jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de comunitários.
Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, § 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar
regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim
carreira; de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na todas as fases do processo.
forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da
Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões I - processar e julgar, originariamente:
terão caráter vinculante. a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os
da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns
Questões e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da
União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
01. (DPE/ES - Defensor Público - FCC/2016) De acordo b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados
com disposição expressa da Constituição Federal de 1988, seus ou dos juízes federais da região;
NÃO compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato
julgar, originariamente, do próprio Tribunal ou de juiz federal;

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APOSTILAS OPÇÃO

d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente
juiz federal; de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
e) os conflitos de competência entre juízes federais
vinculados ao Tribunal; Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal,
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva
juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.
competência federal da área de sua jurisdição. Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as
atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: justiça local, na forma da lei.
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou
empresa pública federal forem interessadas na condição de SEÇÃO VI
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à
Justiça do Trabalho; Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo I - o Tribunal Superior Eleitoral;
internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente II - os Tribunais Regionais Eleitorais;
no País; III - os Juízes Eleitorais;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União IV - as Juntas Eleitorais.
com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no
detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas mínimo, de sete membros, escolhidos:
entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as I - mediante eleição, pelo voto secreto:
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal
da Justiça Eleitoral; Federal;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de
internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado Justiça;
tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes
reciprocamente; dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
o § 5º deste artigo; Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do
determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
econômico-financeira; Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua
competência ou quando o constrangimento provier de Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital
autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra de cada Estado e no Distrito Federal.
jurisdição; § 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra I - mediante eleição, pelo voto secreto:
ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal
dos tribunais federais; de Justiça;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo
ressalvada a competência da Justiça Militar; Tribunal de Justiça;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na
estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de
e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à Regional Federal respectivo;
naturalização; III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois
XI - a disputa sobre direitos indígenas. juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e
§ 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte. § 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente
§ 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores.
aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor,
naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e
demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas
Federal. eleitorais.
§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no § 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os
foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções,
que forem parte instituição de previdência social e segurado, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão
sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, inamovíveis.
e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras § 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo
causas sejam também processadas e julgadas pela justiça justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por
estadual. mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos
§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em
será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de número igual para cada categoria.
jurisdição do juiz de primeiro grau. § 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as
o Procurador-Geral da República, com a finalidade de denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança.
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de § 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais
tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil somente caberá recurso quando:
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de

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I - forem proferidas contra disposição expressa desta SEÇÃO VIII


Constituição ou de lei; DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois
ou mais tribunais eleitorais; Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de princípios estabelecidos nesta Constituição.
diplomas nas eleições federais ou estaduais; § 1º - A competência dos tribunais será definida na
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária
mandatos eletivos federais ou estaduais; de iniciativa do Tribunal de Justiça.
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, § 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de
"habeas-data" ou mandado de injunção. inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou
municipais em face da Constituição Estadual, vedada a
Questões atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do
01. (TRE/MG - Técnico Judiciário - Administrativa - Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em
CONSULPLAN) A Justiça Eleitoral tem uma peculiar primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de
organização no texto constitucional federal, sendo uma das Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou
ramificações da Justiça da União, embora os Tribunais por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo
Regionais Eleitorais tenham coordenação realizada por militar seja superior a vinte mil integrantes.
magistrados que têm origem na Justiça dos Estados e que § 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar
compõem a presidência e a vice‐presidência desses órgãos. os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei
Nos termos da Constituição Federal, são considerados órgãos e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
da Justiça Eleitoral: ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
(A) Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do
(B) Juízes Eleitorais e Comarcas Eleitorais. posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
(C) Tribunal Superior do Trabalho e Municípios Eleitorais. § 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar
(D) Tribunais Regionais Eleitorais e Circunscrições processar e julgar, singularmente, os crimes militares
Eleitorais. cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos
disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a
02. (TRE/RR - Técnico Judiciário - Área Administrativa presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais
- FCC) As decisões do Tribunal Superior Eleitoral: crimes militares.
(A) Somente comportam recurso caso contrariem a § 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar
Constituição ou Lei Federal. descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim
(B) São sempre definitivas, não comportando recurso a de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em
outros Tribunais em nenhuma hipótese. todas as fases do processo.
(C) Somente comportam recurso quando contrariarem a § 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com
Constituição ou negarem ordem de habeas corpus ou mandado a realização de audiências e demais funções da atividade
de segurança. jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
(D) Somente comportam recurso caso contrariem a servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
Constituição ou concedam a ordem de habeas corpus ou
mandado de segurança. Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de
(E) Sempre podem ser impugnadas junto ao Supremo Justiça proporá a criação de varas especializadas, com
Tribunal Federal. competência exclusiva para questões agrárias.
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente
03. (TRE-RR - Analista Judiciário - Administrativa - prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do
FCC) O Tribunal Regional Eleitoral, nos termos da Constituição litígio.
da República, será composto por Desembargadores do Questão
Tribunal de Justiça, Juízes de Direito, Juiz do Tribunal Regional
Federal e Advogados. A escolha de tais integrantes compete ao 01. (TJ-RS - Analista Judiciário - (Ciências Jurídicas e
(A) Tribunal Superior Eleitoral, com posterior nomeação Sociais) - FAURGS/2017) Em consonância com o art. 125,
pelo Presidente da República. quanto aos Tribunais e Juízes dos Estados, assinale a
(B) Tribunal de Justiça do Estado, quanto aos alternativa correta.
Desembargadores e Juízes de Direito, e ao Tribunal Regional (A) O Tribunal de Justiça proporá a criação de varas
Federal, quanto a seu Juiz, independentemente de aprovação especializadas para dirimir conflitos fundiários, com
pelo Tribunal Superior Eleitoral ou pelo Presidente da competência exclusiva para questões agrárias.
República. (B) Compete à Justiça Militar estadual, processar e julgar
(C) Presidente da República, quanto aos Advogados, após os militares dos Estados nos crimes dolosos cometidos contra
a elaboração de lista sêxtupla pelo Tribunal Regional Federal. a vida de vítima civil.
(D) Tribunal de Justiça do Estado, quanto aos (C) No âmbito da Justiça Militar, o Conselho de Justiça tem
Desembargadores e Juízes de Direito, sujeitando-se tais competência para processar e julgar atos disciplinares
escolhas à aprovação do Presidente da República. militares.
(E) Conselho Nacional de Justiça, quanto aos Magistrados, (D) Cabe aos Estados, a instituição de representação de
e ao Presidente da República, quanto aos Advogados. inconstitucionalidade de leis municipais em face da
Constituição Federal.
Gabarito (E) A competência dos tribunais será definida na
Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária
01.A/ 02.C/ 03.B. de iniciativa do Superior Tribunal de Justiça.

Gabarito

01.A

Direito Constitucional 60
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APOSTILAS OPÇÃO

da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei


Das Funções Essenciais à complementar respectiva.
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja
Justiça. iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus
CAPÍTULO IV membros:
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA I - as seguintes garantias:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo
2014). perder o cargo senão por sentença judicial transitada em
SEÇÃO I julgado;
DO MINISTÉRIO PÚBLICO b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,
mediante decisão do órgão colegiado competente do
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a membros, assegurada ampla defesa;
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39,
interesses sociais e individuais indisponíveis. § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153,
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a III, 153, § 2º, I;
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. II - as seguintes vedações:
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto,
funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no honorários, percentagens ou custas processuais;
art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de b) exercer a advocacia;
seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
público de provas ou de provas e títulos, a política d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua função pública, salvo uma de magistério;
organização e funcionamento. e) exercer atividade político-partidária;
§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
diretrizes orçamentárias. privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva § 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o
proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de disposto no art. 95, parágrafo único, V.
diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para
fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de I - promover, privativamente, a ação penal pública, na
acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. forma da lei;
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos
encaminhada em desacordo com os limites estipulados na serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta
forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua
necessários para fins de consolidação da proposta garantia;
orçamentária anual. III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de de outros interesses difusos e coletivos;
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, representação para fins de intervenção da União e dos Estados,
mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. nos casos previstos nesta Constituição;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das
Art. 128. O Ministério Público abrange: populações indígenas;
I - o Ministério Público da União, que compreende: VI - expedir notificações nos procedimentos
a) o Ministério Público Federal; administrativos de sua competência, requisitando
b) o Ministério Público do Trabalho; informações e documentos para instruí-los, na forma da lei
c) o Ministério Público Militar; complementar respectiva;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na
II - os Ministérios Públicos dos Estados. forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e suas manifestações processuais;
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
dois anos, permitida a recondução. representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por públicas.
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de § 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na
Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes lei.
da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu § 2º As funções do Ministério Público só podem ser
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da
recondução. instituição.
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito § 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á
Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a

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APOSTILAS OPÇÃO

participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e
realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três correição geral;
anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a III requisitar e designar membros do Ministério Público,
ordem de classificação. delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o do Ministério Público.
disposto no art. 93. § 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho.
imediata. § 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do
Ministério Público, competentes para receber reclamações e
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos
Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção do Ministério Público, inclusive contra seus serviços
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional
do Ministério Público.
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público
compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente SEÇÃO II
da República, depois de aprovada a escolha pela maioria DA ADVOCACIA PÚBLICA
absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, .
admitida uma recondução, sendo: Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que,
I o Procurador-Geral da República, que o preside; diretamente ou através de órgão vinculado, representa a
II quatro membros do Ministério Público da União, União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos
assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; da lei complementar que dispuser sobre sua organização e
III três membros do Ministério Público dos Estados; funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal jurídico do Poder Executivo.
Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; § 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente
Ordem dos Advogados do Brasil; da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos,
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação de notável saber jurídico e reputação ilibada.
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo § 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da
Senado Federal. instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério público de provas e títulos.
Público serão indicados pelos respectivos Ministérios § 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a
Públicos, na forma da lei. representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público Nacional, observado o disposto em lei.
o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito
membros, cabendo lhe: Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do dependerá de concurso público de provas e títulos, com a
Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as
âmbito de sua competência, ou recomendar providências; suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou jurídica das respectivas unidades federadas.
mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é
praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício,
União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou mediante avaliação de desempenho perante os órgãos
fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos
Tribunais de Contas; SEÇÃO III
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou DA ADVOCACIA
órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de
inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da 2014)
competência disciplinar e correicional da instituição, podendo
avocar processos disciplinares em curso, determinar a Art. 133. O advogado é indispensável à administração da
remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no
ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar exercício da profissão, nos limites da lei.
outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos SEÇÃO IV
disciplinares de membros do Ministério Público da União ou DA DEFENSORIA PÚBLICA
dos Estados julgados há menos de um ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de
V elaborar relatório anual, propondo as providências que 2014).
julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no
País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente,
mensagem prevista no art. 84, XI. essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe,
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um como expressão e instrumento do regime democrático,
Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos
Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
seguintes: integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV
I receber reclamações e denúncias, de qualquer do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada pela
interessado, relativas aos membros do Ministério Público e Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
dos seus serviços auxiliares; § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da
União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá

Direito Constitucional 62
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normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de A) Englobam a Advocacia Pública, Defensoria Pública,
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público Ministério Público e Polícias Civil e Militar.
de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da B) Constituem princípios institucionais do Ministério
inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das Público a unidade, indivisibilidade e dependência funcional.
atribuições institucionais. C) O Ministério Público integra o Poder Judiciário,
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua orientação jurídica e promoção dos direitos humanos.
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei D) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-
de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da
99, § 2º. República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da notável saber jurídico e reputação ilibada.
União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda E) Os membros do Ministério Público não gozam da
Constitucional nº 74, de 2013) garantia de irredutibilidade de subsídio.
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, 05. (PC/PE - Escrivão de Polícia - CESPE/2016) Assinale
aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no a opção correta a respeito da defensoria e da advocacia
inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído pela públicas.
Emenda Constitucional nº 80, de 2014) A) A independência funcional no desempenho das
atribuições previstas aos membros da defensoria pública
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras garante a vitaliciedade no cargo.
disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão B) Os procuradores do estado representam, judicial e
remunerados na forma do art. 39, § 4º. administrativamente, as respectivas unidades federadas, suas
autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
Questões economia mista.
C) O defensor público, estadual ou federal, que presta
01. (PC/GO - Delegado de Polícia Substituto - orientação jurídica a necessitados pode também exercer a
CESPE/2017) No modelo de funcionamento da justiça advocacia fora de suas atribuições institucionais.
montado no Brasil, entendeu-se ser indispensável a existência D) À defensoria pública, instituição permanente essencial
de determinadas funções essenciais à justiça. Nesse sentido, a à função jurisdicional do Estado, incumbe a orientação jurídica
CF considera como funções essenciais à justiça e a defesa dos direitos individuais e coletivos, de forma
A) o Poder Judiciário, o Ministério Público, a defensoria integral e gratuita, a necessitados, em todos os graus de
pública, a advocacia e as polícias civil e militar. jurisdição e instâncias administrativas.
B) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia E) A defensoria pública não está legitimada para propor
pública, a advocacia e as polícias civil e militar. ação civil pública: o constituinte concedeu essa atribuição
C) o Poder Judiciário e o Ministério Público. apenas ao MP.
D) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia
pública e a advocacia. Gabarito
E) o Poder Judiciário, o Ministério Público e a defensoria
pública. 01.D/ 02. Certo/ 03. A/ 04.D/ 05. D

02. (SEDF - Professor - Direito - Quadrix/2017) Julgue


o próximo item com relação ao Direito Constitucional. Das Finanças Públicas:
Entre os princípios institucionais do Ministério Público, normas gerais; orçamentos.
está o princípio da unidade, que informa serem os integrantes
do Ministério Público parte de uma única instituição, sendo
dirigidos por um mesmo chefe institucional e possuidores das CAPÍTULO II
mesmas prerrogativas funcionais. DAS FINANÇAS PÚBLICAS
( ) CERTO ( ) ERRADO Seção I
NORMAS GERAIS
03. (TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário -
FCC/2016) A Constituição Federal veda ao membro do Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
Ministério Público exercer I - finanças públicas;
A) qualquer outra função pública, ainda quando estiver em II - dívida pública externa e interna, incluída a das
disponibilidade, com exceção de exercer uma função de autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo
magistério. Poder Público;
B) qualquer outra função pública, ainda quando estiver em III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
disponibilidade, sem qualquer exceção. IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
C) qualquer outra função pública, com exceção de exercer V - fiscalização financeira da administração pública direta e
a função de defensor público quando estiver em indireta;
disponibilidade. VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades
D) algumas funções públicas predeterminadas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
taxativamente no texto constitucional. VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de
E) qualquer outra função pública, exceto quando estiver crédito da União, resguardadas as características e condições
em disponibilidade, sem qualquer exceção. operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.

04. (ANS - Técnico Administrativo - FUNCAB/2016) Em Art. 164. A competência da União para emitir moeda será
relação às funções essenciais da justiça e correlates princípios, exercida exclusivamente pelo banco central.
assinale a alternativa correta.

Direito Constitucional 63
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou e limitação das programações de caráter obrigatório, para a
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer realização do disposto no § 11 do art. 166.
órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
de moeda ou a taxa de juros. adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão Nacional, na forma do regimento comum.
depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito § 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de
Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Senadores e Deputados:
Público e das empresas por ele controladas, em instituições I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos
financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo
Presidente da República;
Seção II II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas
DOS ORÇAMENTOS nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e
exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso
I - o plano plurianual; Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
II - as diretrizes orçamentárias; § 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista,
III - os orçamentos anuais. que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da § 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou
administração pública federal para as despesas de capital e aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de caso:
duração continuada. I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as diretrizes orçamentárias;
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre sobre:
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política a) dotações para pessoal e seus encargos;
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. b) serviço da dívida;
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o c) transferências tributárias constitucionais para Estados,
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução Municípios e Distrito Federal; ou
orçamentária. III - sejam relacionadas:
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais a) com a correção de erros ou omissões; ou
previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus incompatíveis com o plano plurianual.
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que
II - o orçamento de investimento das empresas em que a se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
social com direito a voto; § 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
pelo Poder Público. § 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas
demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e relativas ao processo legislativo.
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia
funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo e específica autorização legislativa.
critério populacional. § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.
por antecipação de receita, nos termos da lei. § 10. A execução do montante destinado a ações e serviços
§ 9º - Cabe à lei complementar: públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art.
a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; encargos sociais.
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial § 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira
da administração direta e indireta bem como condições para a das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em
instituição e funcionamento de fundos. montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além cento) da receita corrente líquida realizada no exercício
de procedimentos que serão adotados quando houver anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da
impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar

Direito Constitucional 64
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programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia
art. 165. autorização legislativa e sem indicação dos recursos
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste correspondentes;
artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de
impedimentos de ordem técnica. recursos de uma categoria de programação para outra ou de um
§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
execução da programação prevista no §11 deste artigo, for VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de
independerá da adimplência do ente federativo destinatário e recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para
não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e
fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
o caput do art. 169. IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho autorização legislativa.
de despesa que integre a programação, na forma do § 11 deste X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de
artigo, serão adotadas as seguintes medidas: empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras,
orçamentária, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e
Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento; XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de
inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral
remanejamento da programação cujo impedimento seja de previdência social de que trata o art. 201.
insuperável; § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no
previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto de plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento crime de responsabilidade.
seja insuperável; § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato
término do prazo previsto no inciso III, o Congresso Nacional de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
na lei orçamentária. subsequente.
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será
programações orçamentárias previstas no § 11 não serão de admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
na notificação prevista no inciso I do § 14. pública, observado o disposto no art. 62.
§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins § 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas
de cumprimento da execução financeira prevista no § 11 deste pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos
artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a
corrente líquida realizada no exercício anterior. prestação de garantia ou contra garantia à União e para
§ 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da pagamento de débitos para com esta.
despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de § 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de
resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, recursos de uma categoria de programação para outra poderão
o montante previsto no § 11 deste artigo poderá ser reduzido em ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e
até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos
das despesas discricionárias. restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem
§ 18. Considera-se equitativa a execução das programações necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso
de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e VI deste artigo.
impessoal às emendas apresentadas, independentemente da
autoria. Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
Art. 167. São vedados: especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-
orçamentária anual; lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de créditos que excedam o Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para entidades da administração direta ou indireta, inclusive
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão
atividades da administração tributária, como determinado, ser feitas:
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela
de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § decorrentes;
4º deste artigo;

Direito Constitucional 65
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APOSTILAS OPÇÃO

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes (B) O banco central não poderá comprar e vender títulos
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as de emissão do Tesouro Nacional com o objetivo de regular a
sociedades de economia mista. oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar (C) É vedado ao banco central conceder, direta ou
referida neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer
previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e (D) As disponibilidades de caixa dos órgãos ou entidades
aos Municípios que não observarem os referidos limites. do Poder Público e das empresas por ele controladas, em
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos
neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar em lei
referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios adotarão as seguintes providências: 04. (UFF - Técnico de Tecnologia da Informação -
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com COSEAC/2017) Três instrumentos foram criados e definidos
cargos em comissão e funções de confiança; na Constituição Federal de 1988 com o propósito de
II - exoneração dos servidores não estáveis. estabelecer o modelo de Planejamento e Orçamento Federal.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior Esses instrumentos são:
não forem suficientes para assegurar o cumprimento da (A) Balanço Financeiro (BF), Balanço Patrimonial (BP) e
determinação da lei complementar referida neste artigo, o Balanço Orçamentário (BO).
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo (B) Relatório de Metas (RM), Relatório Financeiro (RF) e
motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade Relatório de Ações (RA).
funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução (C) Relatório de Gestão (RG), Relatório de Ações (RA) e
de pessoal. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo (D) Diário Oficial da União (DOU), Lei de Responsabilidade
anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de Fiscal (LRF) e a Lei das Licitações (LDL).
remuneração por ano de serviço. (E) Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo,
emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo 05. (Prefeitura de Fortaleza/CE - Analista de
prazo de quatro anos. Planejamento e Gestão – Pref. de Fortaleza-CE/2016) A
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem respeito das leis orçamentárias, assinale a opção correta.
obedecidas na efetivação do disposto no § 4º. (A) A CF/88 possibilita de forma ampla que a Lei
Orçamentária Anual contenha dispositivos estranhos à
Questões previsão das receitas e à fixação das despesas.
(B) A Lei Orçamentária Anual conterá: (1) o orçamento
01. (Câmara de Mogi das Cruzes/SP - Procurador fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
Jurídico - VUNESP/2017) Segundo a Constituição Federal do entidades da administração direta e indireta, inclusive
Brasil, no seu capítulo II – Das Finanças Públicas -, a lei fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; (2) o
complementar disporá sobre orçamento de investimento das empresas em que a União,
(A) as finanças públicas. direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
(B) o plano plurianual. com direito a voto; (3) o orçamento da seguridade social,
(C) as diretrizes orçamentárias. abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
(D) os orçamentos anuais. administração direta ou indireta, bem como os fundos e
(E) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União. fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
(C) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelecerá,
02. (MF - Analista de Finanças e Controle - de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
Conhecimentos Gerais - Todos os Cargos - ESAF) No que administração pública federal para as despesas de capital e
concerne à interpretação das disposições constitucionais outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de
relacionadas com finanças públicas, assinale a opção correta. duração continuada.
(A) A competência da União para emitir moeda será (D) O Plano Plurianual compreenderá as metas e
exercida exclusivamente pelo Banco Central. prioridades da administração pública federal, incluindo as
(B) O Banco Central pode conceder empréstimos à despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
entidade que não seja instituição financeira. orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
(C) O depósito da remuneração de servidor público sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
estadual só pode ser realizado em instituição financeira política de aplicação das agências financeiras oficiais de
estatal, ressalvados os casos previstos em lei federal. fomento.
(D) A lei orçamentária federal anual compreenderá: o
orçamento fiscal referente aos Poderes da União; o orçamento Gabarito
das despesas de custeio das empresas estatais; e o orçamento
da seguridade social. 01. A / 02. A / 03. B / 04. E / 05. B
(E) A lei orçamentária anual não conterá qualquer
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa.

03. (CRF/PI - Controlador - Crescer


Consultorias/2016) Sobre as finanças públicas de acordo
com a Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa
incorreta:
(A) A competência da União para emitir moeda será
exercida exclusivamente pelo banco central.

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§5º. A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos


Da Ordem Econômica e dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade
Financeira: dos Princípios desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza,
nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e
Gerais da Atividade contra a economia popular.
Econômica.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de
TÍTULO VII fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
Da Ordem Econômica e Financeira para o setor público e indicativo para o setor privado.
CAPÍTULO I §1º. A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e
compatibilizará os planos nacionais e regionais de
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do desenvolvimento.
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a §2º. A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, formas de associativismo.
observados os seguintes princípios: §3º. O Estado favorecerá a organização da atividade
I - soberania nacional; garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do
II - propriedade privada; meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
III - função social da propriedade; §4º. As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior
IV - livre concorrência; terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e
V - defesa do consumidor; lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art.
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e 21, XXV, na forma da lei.
serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais; Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
VIII - busca do pleno emprego; diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno através de licitação, a prestação de serviços públicos.
porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede Parágrafo único. A lei disporá sobre:
e administração no País. I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua
qualquer atividade econômica, independentemente de prorrogação, bem como as condições de caducidade,
autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
Art. 171. Revogado pela EC nº 06/1995. III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional,
os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos
reinvestimentos e regulará a remessa de lucros. minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem
propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao
a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será concessionário a propriedade do produto da lavra.
permitida quando necessária aos imperativos da segurança §1º. A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste
em lei. artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou
§1º. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou
pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede
que explorem atividade econômica de produção ou e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo condições específicas quando essas atividades se desenvolverem
sobre: em faixa de fronteira ou terras indígenas.
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e §2º. É assegurada participação ao proprietário do solo nos
pela sociedade; resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas §3º. A autorização de pesquisa será sempre por prazo
privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, determinado, e as autorizações e concessões previstas neste
comerciais, trabalhistas e tributários; artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.
alienações, observados os princípios da administração pública; §4º. Não dependerá de autorização ou concessão o
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de aproveitamento do potencial de energia renovável de
administração e fiscal, com a participação de acionistas capacidade reduzida.
minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a Art. 177. Constituem monopólio da União:
responsabilidade dos administradores. I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural
§2º. As empresas públicas e as sociedades de economia mista e outros hidrocarbonetos fluidos;
não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
setor privado. III - a importação e exportação dos produtos e derivados
§3º. A lei regulamentará as relações da empresa pública com básicos resultantes das atividades previstas nos incisos
o Estado e a sociedade. anteriores;
§4º. A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem
dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País,
aumento arbitrário dos lucros.

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bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, (A) Uma das finalidades da ordem econômica é dar
seus derivados e gás natural de qualquer origem; tratamento favorecido às pequenas empresas, desde que
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, sejam constituídas de acordo com a lei nacional e tenham sua
a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares sede e administração no Brasil.
e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, (B) A busca do pleno emprego constitui um direito
comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob fundamental coletivo e não se confunde, nem se comunica,
regime de permissão, conforme as alíneas “b” e “c” do inciso XXIII com a ordem econômica nacional, cujo objetivo é a garantia de
do caput do art. 21 desta Constituição Federal. lucro às empresas.
§1º. A União poderá contratar com empresas estatais ou (C) A atividade econômica depende sempre de autorização
privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a IV dos órgãos públicos para que possa ser exercida, pois é
deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei. necessário o respeito aos direitos fundamentais dos
§2º. A lei a que se refere o §1º disporá sobre: trabalhadores.
I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em (D) Tratamento favorecido para as empresas de pequeno
todo o território nacional; porte constituídas sob as leis brasileiras ainda que tenham sua
II - as condições de contratação; sede e administração em outro país.
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do (E) A imposição de sentenças normativas para dirimir
monopólio da União. conflitos que imponham obstáculos ao equilíbrio entre o
§3º. A lei disporá sobre o transporte e a utilização de capital e o trabalho.
materiais radioativos no território nacional.
§4º. A lei que instituir contribuição de intervenção no 02. (Prefeitura de Juiz de Fora/MG - Auditor Fiscal -
domínio econômico relativa às atividades de importação ou AOCP/2016) A Constituição Federal de 1988 dispõe que a
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus ordem econômica tem por fim assegurar a todos existência
derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes digna, conforme os ditames da justiça social. Para tanto, é
requisitos: fundada na valorização do trabalho humano e na livre
I - a alíquota da contribuição poderá ser: iniciativa, e, dentre tantos, observa os seguintes princípios:
a) diferenciada por produto ou uso; (A) soberania nacional, propriedade privada, função social
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor,
se lhe aplicando o disposto no art. 150, III, “b”; defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
II - os recursos arrecadados serão destinados: diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de (B) soberania nacional, propriedade privada, função social
petróleo; da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor,
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados defesa do meio ambiente, independente do tratamento
com a indústria do petróleo e do gás; diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e
c) ao financiamento de programas de infraestrutura de serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
transportes. (C) soberania nacional, propriedade privada, função
individual da propriedade, livre concorrência, defesa do
Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes consumidor, defesa do meio ambiente, inclusive mediante
aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos
transporte internacional, observar os acordos firmados pela produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
União, atendido o princípio da reciprocidade. prestação.
Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei (D) soberania nacional, propriedade privada, função social
estabelecerá as condições em que o transporte de mercadorias da propriedade, livre concorrência, opressão ao consumidor,
na cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos por defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
embarcações estrangeiras. diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e
serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os (E) soberania nacional, propriedade privada, função
Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de antissocial da propriedade, livre concorrência, defesa do
pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico consumidor, defesa do meio ambiente, inclusive mediante
diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos
obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. prestação.

Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 03. (MPE/RS - Promotor de Justiça - MPE/RS/2017)
Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator de Nos moldes estabelecidos pelo artigo 174 da Constituição
desenvolvimento social e econômico. Federal, é INCORRETO afirmar que
(A) o Estado, como agente normativo e regulador da
Art. 181. O atendimento de requisição de documento ou atividade econômica, exercerá, na forma da lei, as funções de
informação de natureza comercial, feita por autoridade fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este
administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou determinante para os setores público e privado.
jurídica residente ou domiciliada no País dependerá de (B) a lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento
autorização do Poder competente. do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará
e compatibilizará os planos nacionais e regionais de
Questões desenvolvimento.
(C) a lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras
01. (TRT 2ª Região/SP - Juiz do Trabalho - TRT 2R) A formas de associativismo.
ordem econômica é fundada na valorização do trabalho (D) o Estado favorecerá a organização da atividade
humano e na livre iniciativa. Em relação a esta afirmação, garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do
aponte a alternativa correta: meio ambiente e a promoção econômico-social dos
garimpeiros.

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APOSTILAS OPÇÃO

(E) as cooperativas a que se refere o parágrafo 3º do artigo Súmula 627, STF: No mandado de segurança contra a
174 da Constituição da República terão prioridade na nomeação de magistrado da competência do Presidente da
autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e República, este é considerado autoridade coatora, ainda que o
jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam fundamento da impetração seja nulidade ocorrida em fase
atuando, e naquelas fixadas de acordo com o artigo 21, inciso anterior do procedimento.
XXV, da Carta Federal, na forma da lei.
Súmula 628, STF: Integrante de lista de candidatos a
04. (SEGEP/MA - Auditor Fiscal da Receita Estadual - determinada vaga da composição de tribunal é parte legítima
FCC/2016) Constitui monopólio da União para impugnar a validade da nomeação de concorrente.
(A) o transporte marítimo do petróleo de origem nacional
ou internacional destinado ao país. Súmula 642, STF: Não cabe ação direta de
(B) a refinação do petróleo nacional, mas não do inconstitucionalidade de lei do distrito federal derivada da sua
estrangeiro. competência legislativa municipal.
(C) a exportação, mas não a importação, de petróleo.
(D) a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo. Súmula 643, STF: O Ministério Público tem legitimidade
(E) a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o para promover ação civil pública cujo fundamento seja a
reprocessamento, a industrialização e o comércio de todo e ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.
qualquer minério ou mineral nuclear e seus derivados.
Súmula 645, STF: É competente o Município para fixar o
Gabarito horário de funcionamento de estabelecimento comercial.

01. A / 02. A / 03. A / 04. D Súmula 646, STF: Ofende o princípio da livre
concorrência lei municipal que impede a instalação de
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada
Jurisprudência do Supremo área.
(ver Súmula Vinculante 49, STF)
Tribunal Federal.
Súmula 647, STF: Compete privativamente à União
legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e
Supremo Tribunal Federal9 militar do Distrito Federal.

Segue súmulas do STF: Súmula 649, STF: É inconstitucional a criação, por


constituição estadual, de órgão de controle administrativo do
Súmula 6, STF: A revogação ou anulação, pelo Poder poder judiciário do qual participem representantes de outros
Executivo, de aposentadoria, ou qualquer outro ato aprovado poderes ou entidades.
pelo Tribunal de Contas, não produz efeitos antes de aprovada
por aquele tribunal, ressalvada a competência revisora do Súmula 651, STF: A medida provisória não apreciada pelo
judiciário. Congresso Nacional podia, até a EC 32/2001, ser reeditada
dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os
Súmula 40 STF: A elevação da entrância da comarca não efeitos de lei desde a primeira edição.
promove automaticamente o juiz, mas não interrompe o
exercício de suas funções na mesma comarca. Súmula 653, STF: No tribunal de contas estadual,
composto por sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos
Súmula 46, STF: Desmembramento de serventia de pela assembleia legislativa e três pelo chefe do poder executivo
justiça não viola o princípio de vitaliciedade do serventuário. estadual, cabendo a este indicar um dentre auditores e outro
dentre membros do ministério público, e um terceiro à sua
Súmula 245, STF: A imunidade parlamentar não se livre escolha.
estende ao corréu sem essa prerrogativa.
Súmula 654, STF: A garantia da irretroatividade da lei,
Súmula 347, STF: O Tribunal de Contas, no exercício de prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é
suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis invocável pela entidade estatal que a tenha editado.
e dos atos do poder público.
Súmula 701, STF: No mandado de segurança impetrado
Súmula 397, STF: O poder de polícia da câmara dos pelo Ministério Público contra decisão proferida em processo
deputados e do senado federal, em caso de crime cometido nas penal, é obrigatória a citação do réu como litisconsorte
suas dependências, compreende, consoante o regimento, a passivo.
prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito.
Súmula 722, STF: São da competência legislativa da União
Súmula 496, STF: São válidos, porque salvaguardados a definição dos crimes de responsabilidade e o
pelas disposições constitucionais transitórias da Constituição estabelecimento das respectivas normas de processo e
Federal de 1967, os decretos-leis expedidos entre 24 de julgamento.
janeiro e 15 de março de 1967.
Súmula 731, STF: Para fim da competência originária do
Súmula 614, STF: Somente o procurador-geral da justiça Supremo Tribunal Federal, é de interesse geral da
tem legitimidade para propor ação direta interventiva por magistratura a questão de saber se, em face da LOMAN, os
inconstitucionalidade de lei municipal. juízes têm direito à licença-prêmio.

9 https://ddireito.com/2017/09/24/sumulas-organizadas-por-materia-
direito-constitucional/

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Enunciados de Súmula Vinculante de Jurisprudência do permanência da matéria jornalística no sítio eletrônico do


Supremo Tribunal Federal reclamante
(Informativo 822).
Súmula Vinculante 1, STF: Ofende a garantia O reclamante apontou violação à autoridade da decisão
constitucional do ato jurídico perfeito a decisão que, sem proferida na ADPF 130/DF (DJe 6.11.2009), que declarara a não
ponderar as circunstâncias do caso concreto, desconsidera a recepção da chamada “Lei de Imprensa” (Lei 5.250/1967) pela
validez e a eficácia de acordo constante de termo de adesão Constituição de 1988. Afirmou que a decisão reclamada
instituído pela Lei Complementar nº 110/2001. consistiria “na ratificação de odiosa censura e na tentativa de
restringir o direito de liberdade de imprensa, bem como a
Súmula Vinculante 2, STF: É inconstitucional a lei ou ato garantia da sociedade de ter acesso a informações e a
normativo Estadual ou Distrital que disponha sobre sistemas manifestar o seu pensamento”.
de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias. De início, o Colegiado considerou cabível a reclamação.
Dessa forma, afastou o argumento de que o pedido de retirada
Súmula Vinculante 3, STF: Nos processos perante o da matéria da página eletrônica da reclamante estaria fundado
Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a no art. 20 do Código Civil, e não na Lei de Imprensa.
ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou No mérito, asseverou que se tratava de matéria que havia
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, descrito certa personalidade e feito comentários críticos, porém
excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão não ofensivos. Afirmou que a retirada de matéria de um sítio
inicial de aposentadoria, reforma e pensão. configura censura em qualquer hipótese. Ressaltou que, apenas
em situações extremas, admite-se a censura ou a retirada de
Súmula Vinculante 10, STF: Viola a cláusula de reserva matéria de circulação. Aduziu que a colisão da liberdade de
de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de expressão com os direitos da personalidade deve ser resolvida
tribunal que, embora não declare expressamente a pela retificação, pelo direito de resposta ou pela reparação civil.
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Concluiu pela existência de interesse público presumido na livre
Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. circulação de ideias e opiniões.
Ademais, a pessoa retratada se apresentou como pessoa
Súmula Vinculante 18, STF: A dissolução da sociedade ou pública a atuar em espaço público, sujeita, portanto, a um grau
do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a de crítica maior.
inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Rcl 22328/RJ, rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em
Federal. 6.3.2018. (Rcl – 22328)
(Informativo 893, Primeira Turma)
Súmula Vinculante 25, STF: É ilícita a prisão civil de
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. Medida Provisória

Súmula Vinculante 38, STF: É competente o município Medida Provisória e Decreto Legislativo O Tribunal, por
para fixar o horário de funcionamento do estabelecimento maioria, julgou procedente pedido formulado em arguição de
comercial. descumprimento de preceito fundamental – ADPF para afastar
a aplicação do § 11 (1) do
Súmula Vinculante 39, STF: Compete privativamente à art. 62 da Constituição Federal aos pedidos de licença para
União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias exploração de Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros –
civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito CLIA não examinados pela Receita Federal durante a vigência
Federal. da Medida Provisória 320/2006.
A Medida Provisória em questão foi editada em 25.8.2006,
Súmula Vinculante 46, STF: A definição dos crimes de tendo por finalidade principal a reestruturação do regime
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas jurídico das atividades de movimentação e de armazenagem de
de processo e julgamento são da competência legislativa mercadorias importadas ou despachadas para exportação. Com
privativa da União. a edição desse ato normativo, ocorreu a superação do modelo
dos Portos Secos — que dependiam de permissão e concessão de
Súmula Vinculante 49, STF: Ofende o princípio da livre serviço público para operar, a demandar licitação — pelo
concorrência lei municipal que impede a instalação de regime dos Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros – CLIA, a
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada operar mediante autorização, eliminada a necessidade de
área. procedimento licitatório.
Durante o período de vigência da Medida Provisória,
Súmula Vinculante 54, STF: A medida provisória não diversas empresas protocolaram, perante a Secretaria da
apreciada pelo congresso nacional podia, até a Emenda Receita Federal, requerimento de licenciamento para
Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de exploração de CLIA. Acontece que, em 13.12.2006, o Senado
eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde a Federal, pelo Ato Declaratório 1/2006, reputou inexistentes os
primeira edição. pressupostos constitucionais de relevância e urgência da
Medida Provisória 320/2006 e determinou o seu arquivamento.
Segue alguns julgados: O Congresso Nacional, contudo, não editou decreto legislativo
para disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes, nos
Liberdade De Expressão termos do art. 62, § 3º (2), da Constituição Federal.
Preliminarmente, o Plenário, por maioria, conheceu da
Reclamação: ADPF 130/DF e censura arguição, na medida em que a arguente demonstrou a
A Primeira Turma, em conclusão de julgamento, julgou importância da matéria discutida e a possibilidade de se estar
procedente reclamação ajuizada por conglomerado da área de em face de descumprimento de preceito fundamental.
comunicação em face de julgado proferido por tribunal de Comprovou, também, que existem preceitos constitucionais
justiça que havia determinado a retirada de matéria jornalística fundamentais objeto de discussão judicial em diversas ações.
de uma de suas revistas eletrônicas de publicação semanal. Outrossim, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
Tornou, assim, definitiva a medida liminar que autorizara a admite a utilização da ADPF para questionar a interpretação

Direito Constitucional 70
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judicial de norma constitucional. Vencidos, no ponto, os proporcionalidade. Por fim, consignou não haver comprovação
Ministros Roberto Barroso, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e de desvio de finalidade do ato de legislar.
Marco Aurélio, que não conheciam da arguição. (1) Lei 1.788/2007 do Estado de Rondônia: “Art.1º Para fins
No mérito, o Tribunal registrou que o § 11 do art. 62 da CF previstos no artigo 100, §3º da Constituição Federal e artigo 87
deve ser interpretado com cautela, não se podendo protrair do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, será
indefinidamente a vigência de medidas provisórias rejeitadas ou considerado de pequeno valor, no âmbito do Estado de
não apreciadas. Referida norma visa garantir segurança Rondônia, o crédito decorrente de sentença judicial transitada
jurídica àqueles que praticaram atos embasados em medida em julgado, cujo montante, devidamente atualizado, não exceda
provisória rejeitada ou não apreciada, mas isso não pode o valor correspondente a 10 (dez) salários mínimos ao tempo em
ensejar a sobreposição da vontade do Chefe do Poder Executivo que for requisitado judicialmente”.
à vontade do Poder Legislativo, o que ocorrerá, por exemplo, em (2) ADCT: “Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art.
situações nas quais a preservação dos efeitos de determinada 100 da Constituição Federal e o art. 78 deste Ato das Disposições
medida provisória rejeitada implicar na manutenção de sua Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno
vigência. Interpretação diversa ofende a cláusula pétrea valor, até que se dê a publicação oficial das respectivas leis
constante do art. 2º da Constituição, que preconiza a separação definidoras pelos entes da Federação, observado o disposto no §
entre os Poderes. 4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações
Na espécie, verifica-se que o § 11 do art. 62 da Constituição consignados em precatório judiciário, que tenham valor igual ou
tem servido de fundamento para o deferimento de medidas inferior a: I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos
judiciais a determinar à Administração Pública o exame de Estados e do Distrito Federal; II - trinta salários mínimos,
pedidos de licença para exploração de CLIA não analisados perante a Fazenda dos Municípios. Parágrafo único. Se o valor
durante a vigência da Medida Provisória 320/2006. Nesses da execução ultrapassar o estabelecido neste artigo, o
casos, não havia ato da Administração deferindo o pedido de pagamento far-se-á, sempre, por meio de precatório, sendo
licença para exploração de CLIA, sequer podendo se argumentar facultada à parte exequente a renúncia ao crédito do valor
com a existência de ato jurídico perfeito. Dessa forma, não há excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o
falar na existência de relação jurídica constituída que torne precatório, da forma prevista no § 3º do art. 100”.
possível a invocação do referido dispositivo constitucional para ADI 4332/RO, rel. Min. Alexandre de Moraes, julgamento em
justificar a aplicação da medida provisória. 7.2.2017. (ADI - 4332) (Informativo 890, Plenário)
Interpretação contrária postergaria indevidamente a
eficácia de medida provisória já rejeitada pelo Congresso
Nacional, e ofenderia não apenas o § 11 do art. 62 da
Constituição, mas também o princípio da separação dos Poderes
e o princípio da segurança jurídica. Anotações
Vencidos os Ministros Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz
Fux e Ricardo Lewandowski, que julgaram improcedente o
pedido.
(1) CF: “Art. 62. (...) § 11. Não editado o decreto legislativo a
que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de
eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas
e decorrentes de atos praticados durante sua vigência
conservar-se-ão por ela regidas.”
(2) CF: “Art. 62. (...) § 3º As medidas provisórias, ressalvado
o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se
não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias,
prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período,
devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto
legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.”
ADPF 216/DF, rel. Min. Cámen Lúcia, julgamento em
14.3.2016. (ADPF-216) Parte 1: Parte 1:
Parte 2: Parte 2: (Informativo 894, Plenário)

Controle de Constitucionalidade

Lei estadual e requisição de pequeno valor O Plenário julgou


improcedente pedido formulado em ação direta de
inconstitucionalidade ajuizada contra o art. 1º da Lei
1.788/2007 (1) do Estado de Rondônia.
O Tribunal afirmou que o art. 87 do ADCT (2) não delimita
um piso, irredutível, para o pagamento dos débitos dos estados
e dos municípios por meio de requisição de pequeno valor.
Portanto, é lícito aos entes federados fixar o valor máximo para
essa especial modalidade de pagamento, desde que se obedeça
ao princípio constitucional da proporcionalidade.
Salientou que no julgamento da ADI 2.868/PI (DJ de
12/11/2004) a Corte considerou constitucional lei do Estado do
Piauí que fixou em cinco salários mínimos o valor máximo para
pagamento por meio de requisição de pequeno valor. No caso em
exame, a Lei 1.788/2007 fixa em dez salários mínimos o
pagamento para essa modalidade. Como os índices de
desenvolvimento humano desses dois Estado são muito
próximos, reputou atendido o princípio constitucional da

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agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua


atuação. A atuação da Administração deve, então, atender o
estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que
seja interesse público.
Este princípio também se encontra implícito em nosso
ordenamento, surgindo sempre que estiver em jogo o
interesse público.
Administração pública:
princípios básicos. Dica de memorização: se unirmos as iniciais dos
principais princípios constitucionais, chegaremos à palavra
mnemônica “L.I.M.P.E.”
Para compreender os Princípios da Administração
Pública1 é necessário entender a definição básica de
Vejamos o que prevê a Carta Magna sobre o tema:
princípios, que servem de base para nortear e embasar todo o
ordenamento jurídico e é tão bem exposto por Miguel Reale,
CAPÍTULO VII
ao afirmar que:
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
“Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que
Seção I
servem de alicerce ou de garantia de certeza a um conjunto de
DISPOSIÇÕES GERAIS
juízos, ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada
porção da realidade. Às vezes também se denominam princípios
Artigo 37- A administração pública direta e indireta de
certas proposições, que apesar de não serem evidentes ou
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
validez de um sistema particular de conhecimentos, como seus
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também,
pressupostos necessários.”
ao seguinte: (...)
Princípio da Supremacia Do Interesse Público
Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade, um dos mais importantes
Este princípio consiste na sobreposição do interesse
princípios consagrados no ordenamento jurídico brasileiro,
público em face do interesse particular. Havendo conflito entre
consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer
o interesse público e o interesse particular, aquele
o que a lei permite. É importante demonstrar a diferenciação
prevalecerá.
entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e
Podemos conceituar INTERESSE PÚBLICO como o
ao administrador. Como já explicitado para o administrador, o
somatório dos interesses individuais desde que represente o
princípio da legalidade estabelece que ele somente poderá agir
interesse majoritário, ou seja, a vontade da maioria da
dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames
sociedade.
estabelecidos pela lei. Já, o princípio da legalidade visto sob a
O interesse público PRIMÁRIO é o interesse direto do povo,
ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a
é o interesse da coletividade como um todo. Já o interesse
fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei.
público SECUNDÁRIO é o interesse direto do Estado como
Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 5º, II, da
pessoa jurídica, titular de direitos e obrigações, em suma, é
Constituição Federal de 1988.
vontade do Estado. Assim, a vontade do povo (interesse
público PRIMÁRIO) e a vontade do Estado (interesse público
Princípio da Impessoalidade
SECUNDÁRIO) não se confundem.
Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser
O interesse público SECUNDÁRIO só será legítimo se não
obedecido o princípio da impessoalidade. Este princípio
contrariar nenhum interesse público PRIMÁRIO. E, ao menos
estabelece que a Administração Pública, através de seus
indiretamente, possibilite a concretização da realização de
órgãos, não poderá, na execução das atividades, estabelecer
interesse público PRIMÁRIO. Daremos um exemplo para que
diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o
você compreenda perfeitamente esta distinção.
interesse social e não o interesse particular.
Este princípio é um dos dois pilares do denominado regime
De acordo com os ensinamentos de Di Pietro2, o princípio
jurídico-administrativo, fundamentando a existência das
da impessoalidade estaria intimamente relacionado com a
prerrogativas e dos poderes especiais conferidos à
finalidade pública. De acordo com a autora:
Administração Pública para que esta esteja apta a atingir os
“A Administração não pode atuar com vista a prejudicar ou
fins que lhe são impostos pela Constituição e pelas leis.
beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o
interesse público que deve nortear o seu comportamento”
Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público
Princípio da Moralidade Administrativa
Este princípio é o segundo pilar do regime jurídico-
A Administração Pública, de acordo com o princípio da
administrativo, funcionando como contrapeso ao princípio da
moralidade administrativa, deve agir com boa-fé,
Supremacia do Interesse Público.
sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta
Ao mesmo tempo em que a Administração tem
a obrigação ao administrador público de observar não
prerrogativas e poderes exorbitantes para atingir seus fins
somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras
determinados em lei, ela sofre restrições, limitações que não
éticas extraídas dos padrões de comportamento designados
existem para o particular. Essas limitações decorrem do fato
como moralidade administrativa (obediência à lei).
de que a Administração Pública não é proprietária da coisa
Não basta ao administrador ser apenas legal, deve
pública, não é proprietária do interesse público, mas sim, mera
também, ser honesto tendo como finalidade o bem comum.
gestora de bens e interesses alheios que pertencem ao povo.
Para Maurice Hauriou, o princípio da moralidade
Em decorrência deste princípio, a Administração somente
administrativa significa um conjunto de regras de conduta
pode atuar pautada em lei. A Administração somente poderá
tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de

1 http://www.ambito- 2 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 31ªEdição, 2018


juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=11022&n_link=revista_artigos_leitura

Direito Administrativo 1
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probidade administrativa, que é a forma de moralidade. Tal da Administração, cuja manutenção se afigura inoportuna e
preceito mereceu especial atenção no texto vigente inconveniente.
constitucional (§ 4º do artigo 37 CF), que pune o ímprobo No entanto, essa autotutela apresenta algumas limitações
(pessoa não correto -desonesta) com a suspensão de direitos objetivas e subjetivas, decorrentes do princípio da segurança
políticos. jurídica.

Princípio da Publicidade Princípio da Igualdade


O princípio da publicidade tem por objetivo a divulgação Também conhecido como Princípio da Isonomia, considera
de atos praticados pela Administração Pública, obedecendo, que a Administração Pública deve se preocupar em tratar
todavia, as questões sigilosas. igualmente as partes no processo administrativo, sem que haja
De acordo com as lições do eminente doutrinador Hely discriminações não permitidas.
Lopes Meirelles3: O objetivo é tratar o administrado com urbanidade, com
“O princípio da publicidade dos atos e contratos equidade, com congruência.
administrativos, além de assegurar seus efeitos externos, visa No processo administrativo, busca-se uma decisão legal e
a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados e justa, pois se deve tratar igualmente os iguais e desigualmente
pelo povo em geral, através dos meios constitucionais...” os desiguais, na exata medida de suas desigualdades.

Princípio da Eficiência Princípio da Finalidade


Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo A Administração Pública deve satisfazer a pretensão do
artigo 37 CF/88 é o da eficiência. interesse público, caso não seja satisfeita a vontade, leva-se à
Se, na iniciativa privada, se busca a excelência e a invalidade do ato praticado pelo administrador.
efetividade, na administração outro não poderia ser o A finalidade4 da atuação da Administração situa-se no
caminho, enaltecido pela Emenda Constitucional n. 19/98, que atendimento do interesse público e o desvirtuamento dessa
fixou a eficiência também para a Administração Pública. finalidade suscita o vício do desvio de poder ou desvio de
Por sua atualidade merece especial referência a questão do finalidade.
nepotismo, ou seja, a designação de cônjuge, companheiro e Por exemplo, uma passeata de interesse coletivo,
parentes para cargos públicos no órgão. A lei proíbe o autorizadas pela Administração Pública, poderá ser dissolvida,
nepotismo direto, aquele em que o beneficiado deve estar se tornar-se violenta, a ponto de causarem problemas à
subordinado a seu cônjuge ou parente, limitado ao segundo coletividade (desvio da finalidade).
grau civil, por consanguinidade (pai, mãe, avós, irmãos, filhos
e netos) ou por afinidade (sogros, pais dos sogros, cunhados, Princípio da Motivação
enteados e filhos dos enteados). A motivação é um dos critérios entre a discricionariedade
O Supremo Tribunal Federal ampliou essa vedação, por e a arbitrariedade, levando-se a conclusão de que o que não é
meio da Súmula Vinculante nº 13, onde proíbe o nepotismo em motivado é arbitrário.
todas as entidades da Administração direta e indireta de todos Segundo Bandeira de Mello5 nos seguintes termos:
os entes federativos, enquanto que a Lei 8.112/90 veda apenas “Dito princípio implica para a Administração o dever de
para a Administração direta, às autarquias e fundações da justificar seus atos, apontando-lhes os fundamentos de direito
União; estende a proibição aos parentes de terceiro grau (tios e de fato, assim como a correlação lógica entre os eventos e
e sobrinhos), que alcançava apenas os parentes de segundo situações que deu por existentes e a providência tomada, nos
grau; e proibiu-se também o nepotismo cruzado, aquele em casos em que este último aclaramento seja necessário para
que o agente público utiliza sua influência para possibilitar a aferir-se a consonância da conduta administrativa com a lei
nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em cargo em que lhe serviu de arrimo”.
comissão ou de confiança ou função gratificada não
subordinada diretamente a ele. Princípio da Segurança Jurídica
A vedação do nepotismo representa os princípios da O Estado como garantidor deve conceder segurança
impessoalidade, moralidade, eficiência e isonomia, de acordo jurídica aos cidadãos, devido a necessidade de demonstrar que
com o decidido na Ação Declaratória de Constitucionalidade embora seja o detentor de poder maior, deve-se dosar o
(ADC nº 12). A partir de agora, temos a palavra da Suprema controle da utilização deste poder.
Corte, dizendo que o nepotismo ofende os princípios A Segurança Jurídica garante aos cidadãos os seus direitos
republicanos, previstos nos arts. 5º e 37 da Constituição naturais, como por exemplo, direito à liberdade, à vida, à
Federal. propriedade, entre outro.
Em sentido amplo ela refere-se ao sentido geral de
Princípio da autotutela garantia, proteção, estabilidade de situação ou pessoa em
Como o Poder Público está submetido a lei, sua atuação é vários campos. Devemos pensar que em sentido amplo está
voltada ao controle de legalidade e quando esse poder é ligada à garantia real de direitos que possuem amparo na
exercido pela própria Administração, esses atos são Constituição Federal, como por exemplo os que são
denominados de autotutela. reconhecidos pelo artigo 5º, do citado diploma legal.
A autotutela permite que o Poder Público anule ou revogue Em sentido estrito, a segurança jurídica assume o sentido
seus atos administrativos, quando forem inconvenientes com de garantia de estabilidade e de certeza dos negócios
a lei. Para tanto, não será necessária a intervenção do Poder jurídicos, admite que as pessoas saibam previamente que,
Judiciário. uma vez envolvidas em certa relação jurídica, está se mantém
Impõe-se a Administração Pública o zelo pela regularidade estável, mesmo se alterar a base legal sob a qual se institui.
de sua atuação (dever de vigilância), ainda que para tanto não Não permite que os envolvidos sofram alterações em razão
tenha sido provocada. de constante mudança legislativa. É mais voltada ao aspecto
Essa forma de controle interno se dá em dois momentos: formal, típico do Estado de Direito Liberal e característico dos
com a anulação de atos ilegais e contrários ao ordenamento sistemas jurídicos positivados, reconhecendo o momento
jurídico, e a revogação de atos em confronto com os interesses

3 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 5 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio, Curso de Direito Administrativo, 29ºEdição,

2005 2012.
4 Idem

Direito Administrativo 2
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APOSTILAS OPÇÃO

exato em que uma lei entra em vigor e quando pode ser 04. (Prefeitura de Belo Horizonte /MG - Procurador
revogado. Municipal – CESPE/2017). A respeito dos princípios
aplicáveis à administração pública, assinale a opção correta.
Princípio da Continuidade do Serviço Público (A) Dado o princípio da autotutela, poderá a administração
Visa não prejudicar o atendimento à população, uma vez anular a qualquer tempo seus próprios atos, ainda que eles
que os serviços essenciais não podem ser interrompidos. tenham produzido efeitos benéficos a terceiros.
Celso Ribeiro Bastos (in Curso de direito administrativo, 2. (B) Apesar de expressamente previsto na CF, o princípio da
ed. – São Paulo: Saraiva, 1996, p. 165.), é um dos doutrinadores eficiência não é aplicado, por faltar-lhe regulamentação
que defende a não interrupção do serviço público essencial: "O legislativa.
serviço público deve ser prestado de maneira continua, o que (C) Ao princípio da publicidade corresponde, na esfera do
significa dizer que não é passível de interrupção. Isto ocorre direito subjetivo dos administrados, o direito de petição aos
pela própria importância de que o serviço público se reveste, órgãos da administração pública.
o que implica ser colocado à disposição do usuário com (D) O princípio da autoexecutoriedade impõe ao
qualidade e regularidade, assim como com eficiência e administrador o ônus de adequar o ato sancionatório à
oportunidade"... "Essa continuidade afigura-se em alguns infração cometida.
casos de maneira absoluta, quer dizer, sem qualquer
abrandamento, como ocorre com serviços que atendem 05. (IF Sul/MG - Assistente em Administração - IFSUL-
necessidades permanentes, como é o caso de fornecimento de MG/2016). A divulgação oficial do ato da Administração para
água, gás, eletricidade. Diante, pois, da recusa de um serviço ciência do público em geral, com efeito de início da atuação
público, ou do seu fornecimento, ou mesmo da cessação externa, ou seja, de gerar efeitos jurídicos, corresponde à qual
indevida deste, pode o usuário utilizar-se das ações judiciais Princípio da Administração Pública, conforme Constituição da
cabíveis, até as de rito mais célere, como o mandado de República Federativa do Brasil de 1988?
segurança e a própria ação cominatória". (A) Princípio da Moralidade.
(B) Princípio da Legalidade.
Princípio da Probidade (C) Princípio da Publicidade.
Consiste na honradez, caráter íntegro, honestidade. (D) Princípio da Impessoalidade.
Configura a retidão no agir, permitindo uma atuação na
administração de boa qualidade. . Gabarito

Questões 01.D/ 02.Certo/ 03.B/ 04.C/ 05. C

01. (USP - Agente Técnico de Assistência à Saúde


(Psicólogo) – USP/2017). Um servidor público utiliza sua Poderes administrativos:
verba de representação ou cartão corporativo em negócios
não previstos à sua condição de pessoa pública ou do exercício
poder hierárquico, poder
profissional. Com base nestas informações, os princípios de disciplinar, poder
Administração Pública atingidos são: regulamentar, poder de
(A) Legalidade e publicidade.
(B) Moralidade e impessoalidade
polícia, uso e abuso do poder.
(C) Impessoalidade e publicidade.
(D) Moralidade e legalidade
O poder administrativo representa uma prerrogativa
02. (SEDF - Conhecimentos Básicos - CESPE/2017). Em especial de direito público (conjunto de normas que disciplina
relação aos princípios da administração pública e à a atividade estatal) outorgada aos agentes do Estado, no qual
organização administrativa, julgue o item que se segue. o administrador público para exercer suas funções necessita
O administrador, quando gere a coisa pública conforme o ser dotado de alguns poderes.
que na lei estiver determinado, ciente de que desempenha o Esses poderes podem ser definidos como instrumentos
papel de mero gestor de coisa que não é sua, observa o que possibilitam à Administração cumprir com sua finalidade,
princípio da indisponibilidade do interesse público. contudo, devem ser utilizados dentro das normas e princípios
( ) Certo ( ) Errado legais que o regem.
Vale ressaltar que o administrador tem obrigação de zelar
03. (MPE/RN - Técnico do Ministério Público Estadual pelo dever de agir, de probidade, de prestar contas e o dever
- COMPERVE/2017). A Administração Pública, nos termos do de pautar seus serviços com eficiência.
art. 37 da Constituição Federal (CF), deve obedecer a certos
princípios. Tendo em vista os princípios constitucionais Espécies de Poderes
expressos no art. 37, da CF,
(A) a moralidade administrativa, embora seja observada Poder Hierárquico: a Administração Pública é
por grande parte dos administradores, não se configura um hierarquizada, ou seja, existe um escalonamento de poderes
princípio positivado no ordenamento jurídico brasileiro. entre as pessoas e órgãos. É pelo poder hierárquico que, por
(B) a publicação do nome dos servidores públicos com seus exemplo, um servidor está obrigado a cumprir ordem
respectivos vencimentos em sítios eletrônicos, de acordo com emanada de seu superior desde que não sejam
o entendimento do Supremo Tribunal Federal, é legítima, haja manifestamente ilegais. É também esse poder que autoriza a
vista o princípio da publicidade dos atos administrativos. delegação, a avocação, etc.
(C) o princípio da legalidade determina que a A lei é quem define as atribuições dos órgãos
Administração Pública não pode ser obrigada a fazer ou a administrativos, bem como cargos e funções, de forma que
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei. haja harmonia e unidade de direção. Percebam que o poder
(D) o princípio da impessoalidade, de acordo com o hierárquico vincula o superior e o subordinado dentro do
entendimento do Supremo Tribunal Federal, possibilita a quadro da Administração Pública.
contratação de parentes de terceiro grau da autoridade Podemos perceber que a relação hierárquica é acessória da
nomeante para o exercício de cargo em comissão. organização administrativa, permitindo a distribuição de
competências dentro da organização administrativa.
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Exemplo: quando a própria lei atribui uma competência, agravantes, a natureza e a gravidade da infração, bem como os
com exclusividade, a alguns órgãos administrativos, prejuízos causados e os antecedentes do agente público.
principalmente os colegiados, excluindo a influência de órgãos É necessário que a decisão de aplicar ou não a sanção seja
superiores. motivada para que se possa controlar sua regularidade.
A relação hierárquica encontra-se da seguinte forma:
- gradua a competência de cada um; Questões
- coordena relações;
- subordina uns aos outros; e 01. (MPE/RN -Técnico do Ministério Público Estadual -
- é uma relação estabelecida entre órgãos. COMPERVE/2017) Os poderes inerentes à Administração
Com base nestas peculiaridades, poder hierárquico pode Pública são necessários para que ela sobreponha a vontade da
ser definido como o vínculo que subordina uns aos outros lei à vontade individual, o interesse público ao privado. Nessa
órgãos do Poder Executivo, ponderando a autoridade de cada perspectiva,
um. (A) no exercício do poder disciplinar, são apuradas
infrações e aplicadas penalidades aos servidores públicos
Ressaltando por fim que, mediante decreto, será de sempre por meio de procedimento em que sejam asseguradas
competência do Presidente da República (art. 84 CF/88) a ampla defesa e o contraditório.
versar sobre a organização e funcionamento da Administração (B) no exercício do poder normativo, são editados decretos
Pública Federal, mas caso implicar o aumento das despesas ou regulamentares estabelecendo normas ultra legem, inovando
até mesmo na criação e extinção de órgãos públicos, será na ordem jurídica para criar direitos e obrigações.
mediante lei. (C) o poder de polícia, apesar de possuir o atributo da
coercibilidade, carece do atributo da autoexecutoriedade, de
Questões modo que a Administração Pública deve sempre recorrer ao
judiciário para executar suas decisões.
01. (ANS - Técnico em Regulação de Saúde (D) o poder conferido à Administração Pública é uma
Suplementar - FUNCAB/2016) No tocante aos poderes faculdade que a Constituição e a lei colocam à disposição do
administrativos pode-se afirmar que a delegação e avocação administrador, que o exercerá de acordo com sua livre
decorrem do poder: convicção.
(A) hierárquico.
(B) discricionário. 02. (PC/PE - Delegado de Polícia - CESPE/2016) Acerca
(C) disciplinar. dos poderes e deveres da administração pública, assinale a
(D) regulamentar. opção correta.
(E) de polícia. (A) A autoexecutoriedade é considerada exemplo de abuso
de poder: o agente público poderá impor medidas coativas a
02. (MPOG - Atividade Técnica - FUNCAB). Delegação e terceiros somente se autorizado pelo Poder Judiciário.
avocação são institutos relacionados ao poder interno e (B) À administração pública cabe o poder disciplinar para
permanente da Administração Pública denominada: apurar infrações e aplicar penalidades a pessoas sujeitas à
(A) disciplinar. disciplina administrativa, mesmo que não sejam servidores
(B) restritivo. públicos.
(C) policial. (C) Poder vinculado é a prerrogativa do poder público para
(D) consultivo. escolher aspectos do ato administrativo com base em critérios
(E) hierárquico. de conveniência e oportunidade; não é um poder autônomo,
devendo estar associado ao exercício de outro poder.
03. (Câmara Municipal de Caruaru/PE - Analista (D) Faz parte do poder regulamentar estabelecer uma
Legislativo - FGC) A Administração Pública escalona, em relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos,
plano vertical, seus órgãos e agentes com o objetivo de incluindo o poder de delegar e avocar atribuições.
organizar a função administrativa, por meio do poder (E) O dever de prestar contas aos tribunais de contas é
(A) disciplinar. específico dos servidores públicos; não é aplicável a dirigente
(B) de polícia. de entidade privada que receba recursos públicos por
(C) regulamentar. convênio.
(D) hierárquico.
(E) vinculado. 03. (MPOG - Atividade Técnica - FUNCAB) A aplicação da
penalidade de demissão a um servidor público exemplifica o
Gabarito exercício de um dos poderes da Administração Pública. O
referido poder denomina-se
01.A / 02.E / 03.D (A) de polícia.
(B) disciplinar.
Poder Disciplinar: para que a Administração possa se (C) hierárquico.
organizar é necessário que haja a possibilidade de aplicar (D) regulamentar.
sanções aos agentes que agem de forma ilegal. A aplicação de (E) delegatório.
sanções para o agente que infringiu norma de caráter
funcional é exercício do poder disciplinar. Não se trata aqui de 04. (MJ - Gerente de Projetos em Tecnologia da
sanções penais e sim de penalidades administrativas como Informação - FUNCAB) São poderes cujo exercício tem efeitos
advertência, suspensão, demissão, entre outras. apenas no âmbito interno da Administração Pública:
Estão sujeitos às penalidades os agente públicos quando (A) hierárquico e regulamentar.
praticarem infração funcional, que é aquela que se relaciona (B) hierárquico e disciplinar.
com a atividade desenvolvida pelo agente. (C) disciplinar e regulamentar.
Acima vimos que a aplicação de sanção é ato discricionário, (D) regulamentar e de polícia.
ou seja, cabe ao administrador público verificar qual a sanção (E) disciplinar e de polícia.
mais oportuna e conveniente para ser aplicada ao caso
concreto. Para tanto ele deve considerar as atenuantes e as

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Gabarito Questões

01.A / 02.B / 03.B / 04.B 01. (PC/AC - Escrivão de Polícia Civil - IBADE/2017)
Considerando os Poderes e Deveres da Administração Pública
Poder Regulamentar ou Poder Normativo: é o poder que e dos administradores públicos, é correta a seguinte
tem os chefes do Poder Executivo de criar regulamentos, de afirmação:
dar ordens e de editar decretos, com a finalidade de oferecer (A) O dever-poder normativo viabiliza que o Chefe do
fiel execução à lei, sendo portanto privativa dos Chefes do Poder Executivo expeça regulamentos para a fiel execução de
Executivo e, em princípio, indelegável. leis.
Podemos dizer então que esse poder, são normas internas (B) O dever-poder de polícia, também denominado de
da Administração. Como exemplo temos a seguinte disposição dever-poder disciplinar ou dever-poder da supremacia da
constitucional (art. 84, IV, CF/88). administração perante os súditos, é a atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
A função do poder regulamentar é estabelecer detalhes interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de
quanto ao modo de aplicação de dispositivos legais, dando fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à
maior clareza aos comandos gerais de caráter abstratos higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
presentes na lei. mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes
- Os atos gerais são os atos como o próprio nome diz, geram de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
efeitos para todos (erga omnes); e pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
- O caráter abstrato é aquele onde há uma relação entre a ou coletivos.
circunstância ou atividade que poderá ocorrer e a norma (C) Verificado que um agente público integrante da
regulamentadora que disciplina eventual atividade. estrutura organizacional da Administração Pública praticou
uma infração funcional, o dever-poder de polícia autoriza que
Tal privatividade, enunciada no art. 84, caput, da seu superior hierárquico aplique as sanções previstas para
Constituição Federal, é coerente com a regra prevista no art. aquele agente.
13, I, da Lei nº 9.784/99, segundo a qual não pode ser objeto (D) O dever-poder de polícia pressupõe uma prévia relação
de delegação a edição de atos de caráter normativo. entre a Administração Pública e o administrado. Esta é a razão
Entretanto, o parágrafo único do art. 84 da Constituição pela qual este dever-poder possui por fundamento a
Federal prevê a possibilidade de o Presidente da República supremacia especial.
delegar aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da (E) A possibilidade do chefe de um órgão público emitir
República ou ao Advogado-Geral da União a competência para ordens e punir servidores que desrespeitem o ordenamento
dispor, mediante decreto, sobre: jurídico não possui arrimo no dever-poder de polícia, mas sim
no dever-poder normativo.
A) Organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou 02. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Administrador -
extinção de órgãos públicos; e RJ/2016) Ao editar leis, o Poder Legislativo nem sempre
B) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. possibilita que elas sejam executadas. Cumpre, então, à
Administração criar os mecanismos de complementação das
Deve-se considerar as hipóteses do art. 84, parágrafo leis indispensáveis a sua efetiva aplicabilidade. Essa atividade
único, da CF, como os únicos casos admitidos de delegação de é definida pela doutrina como base do exercício do poder:
competência regulamentar. (A) regulamentar
Cabe destacar que as agências reguladoras são legalmente (B) hierárquico
dotadas de competência para estabelecer regras disciplinando (C) disciplinar
os respectivos setores de atuação. É o denominado poder (D) vinculado
normativo das agências.
Tal poder normativo tem sua legitimidade condicionada ao 03. (PC/PA - Escrivão de Polícia Civil - FUNCAB/2016)
cumprimento do princípio da legalidade na medida em que os No que se refere aos poderes da Administração Pública, é
atos normativos expedidos pelas agências ocupam posição de correto afirmar que:
inferioridade em relação à lei dentro da estrutura do (A) praticado o ato por autoridade, no exercício de
ordenamento jurídico. competência delegada, contra a autoridade delegante caberá
Além disso, convém frisar que não se trata tecnicamente de mandado de segurança, ou outra medida judicial, por ser
competência regulamentar porque a edição de regulamentos é detentora da competência originária.
privativa do Chefe do Poder Executivo (art. 84, IV, da CF). Por (B) o Poder regulamentar deverá ser exercido nos limites
isso, os atos normativos expedidos pelas agências reguladoras legais, sem inovar no ordenamento jurídico, expedindo
nunca podem conter determinações, simultaneamente, gerais normas gerais e abstratas, permitindo a fiel execução das leis,
e abstratas, sob pena de violação da privatividade da minudenciando seus termos.
competência regulamentar. (C) o Poder Hierárquico é o escalonamento vertical típico
Portanto, é fundamental não perder de vista dois limites ao da administração direta. Desta forma, a aplicação de uma
exercício do poder normativo decorrentes do caráter penalidade pelo poder executivo da União a uma
infralegal dessa atribuição, que são: concessionária de serviço público é uma forma de
A) Os atos normativos não podem contrariar regras fixadas manifestação deste Poder.
na legislação ou tratar de temas que não foram objeto de lei (D) tanto a posição da doutrina, quanto da jurisprudência
anterior; são pacíficas sobre a possibilidade de edição dos regulamentos
B) É vedada a edição, pelas agências, de atos autônomos, mesmo quando importarem em aumento de
administrativos gerais e abstratos. despesas.
(E) decorre do Poder Hierárquico a punição de um aluno
de uma universidade pública pelo seu reitor, uma vez que este
é o chefe da autarquia educacional, sendo competência dele a
punição dos alunos faltosos.

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04. (TRT 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - A competência surge como limite para o exercício do poder
CESPE/2016) Assinale a opção correta, a respeito dos poderes de polícia. Quando o órgão não for competente, o ato não será
da administração. considerado válido.
(A) A autoexecutoriedade inclui-se entre os poderes da O limite do poder de atuação do poder de polícia não
administração poderá divorciar-se das leis e fins em que são previstos, ou
(B) A existência de níveis de subordinação entre órgãos e seja, deve-se condicionar o exercício de direitos individuais em
agentes públicos é expressão do poder discricionário nome da coletividade. Neste pensamento podemos indagar o
(C) Poder disciplinar da administração pública e poder seguinte, poder de polícia pode ser exercido por meio de atos
punitivo do Estado referem-se à repressão de crimes e vinculados ou de atos discricionários, neste caso quando
contravenções tipificados nas leis penais. houver certa margem de apreciação deixada pela lei.
(D) O poder regulamentar refere-se às competências do
chefe do Poder Executivo para editar atos administrativos Limites6
normativos. Mesmo que o ato de polícia seja discricionário, a lei impõe
(E) O poder de polícia não se inclui entre as atividades alguns limites quanto à competência, à forma, aos fins ou ao
estatais administrativas. objeto.
Quanto à competência e procedimento (forma), observa-se
05. (TRE/RR - Técnico Judiciário - FCC) A edição de atos as normas legais pertinentes, a lei.
normativos de efeitos internos, com o objetivo de ordenar a Já em relação aos fins, o poder de polícia só deve ser
atuação dos órgãos subordinados decorre do poder exercido para atender ao interesse público. A autoridade que
(A) disciplinar. fugir a esta regra incidirá em desvio de poder e acarretará a
(B) regulamentar. nulidade do ato com todas as consequências nas esferas civil,
(C) hierárquico. penal e administrativa. O fundamento do poder de polícia é a
(D) de polícia. predominância do interesse público sobre o particular, logo,
(E) normativo. torna-se escuso qualquer benefício em detrimento do
interesse público.
Gabarito Enquanto que o objeto (meio de ação), deve-se considerar
o princípio da proporcionalidade dos meios aos fins. O poder
01.A / 02.A / 03.B / 04.D / 05.C de polícia não deve ir além do necessário para a satisfação do
interesse público que visa proteger, pois sua finalidade é
Poder de Polícia: é o poder conferido à Administração assegurar o exercício dos direitos individuais, condicionando-
para condicionar, restringir e frenar o exercício de direitos e os ao bem-estar social. Só poderá reduzi-los quando em
atividades dos particulares em nome dos interesses da conflito com interesses maiores da coletividade e na medida
coletividade. Ex.: fiscalização. estritamente necessária à consecução dos fins estatais.
Será considerado originário, o Poder de Polícia exercido
pelas pessoas políticas do Estado, como é o caso da União, Extensão
Estados e Municípios. Por sua vez o poder delegado é aquele Assim ensina Meirelles:
exercido pelas pessoas pertencentes à Administração Indireta. “A extensão do poder de polícia é hoje muito ampla,
Estes recebem o poder e o executam. abrangendo desde a proteção à moral e aos bons costumes, a
preservação da saúde pública, a censura de filmes e espetáculos
O que autoriza o Poder Público a condicionar ou restringir públicos, o controle das publicações, a segurança das
o exercício de direitos e a atividade dos particulares é a construções e dos transportes, a manutenção da ordem pública
supremacia do interesse público sobre o interesse particular. em geral, até à segurança nacional em particular. Daí,
O poder de polícia se materializa por atos gerais ou atos encontramos nos Estados modernos, a polícia de costumes, a
individuais: polícia sanitária, a polícia das águas e da atmosfera, a polícia
florestal, a polícia rodoviária, a policia de trânsito, a polícia das
- Ato geral é aquele que não tem um destinatário específico. construções, a polícia dos meios de comunicação e divulgação, a
Exemplo: Ato que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a polícia política e social, a polícia da economia popular, e outras
menores – atinge todos os estabelecimentos comerciais. que atuam sobre as atividades individuais que afetam ou
- Ato individual é aquele que tem um destinatário possam afetar os superiores interesses da coletividade, a que
específico. Exemplo: Autuação de um estabelecimento incumbe o Estado velar e proteger. Onde houver interesse
comercial específico por qualquer motivo de irregularidade, relevante da comunidade ou da Nação, deve haver,
por exemplo, segurança. correlatamente, igual poder de polícia para a proteção desse
interesse público. É a regra sem exceção”.
O poder de polícia poderá atuar inclusive sobre o direito
da livre manifestação do pensamento. Poderá retirar Liberdades públicas e o poder de polícia
publicações de livros do mercado ou alguma programação das Estes se referem aos atributos do poder de polícia. Os
emissoras de rádio e televisão sempre que estes ferirem atributos do poder de polícia, é certo que busca-se garantir
valores éticos e sociais da pessoa e da família. Exemplo: Livros a sua execução e a prioridade do interesse público. São eles:
que façam apologia à discriminação racial, programas de discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade.
televisão que explorem crianças, etc.
Os meios de atuação da Administração no exercício do - Discricionariedade: a Administração Pública goza de
poder de polícia compreendem os atos normativos que liberdade para estabelecer, de acordo com sua conveniência e
estabelecem limitações ao exercício de direitos e atividades oportunidade, quais serão os limites impostos ao exercício dos
individuais e os atos administrativos consubstanciados em direitos individuais e as sanções aplicáveis nesses casos.
medidas preventivas e repressivas, dotados de coercibilidade. Também confere a liberdade de fixar as condições para o
exercício de determinado direito.

6 http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8930

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No entanto, a partir do momento em que são fixados esses da polícia) não se aplica o princípio da motivação, por ser uma
limites, com suas posteriores sanções, a Administração será atividade de cunho discricionário.
obrigada a cumpri-las, ficando dessa maneira obrigada a (D) São características do poder de polícia a coercibilidade,
praticar seus atos vinculados. a autoexecutoriedade e a eficácia, esta considerada como a
relação entre o direito individual e o dano a ser prevenido.
- Autoexecutoriedade: Não é necessário que o Poder (E) A competência do agente, por se situar no plano da
Judiciário intervenha na atuação da Administração Pública. No eficácia da medida de polícia, deve ser observada, sob pena de
entanto, essa liberdade não é absoluta, pois compete ao Poder ilegalidade da atuação administrativa.
Judiciário o controle desse ato.
Somente será permitida a autoexecutoriedade quando esta 04. (Prefeitura de Rio Grande da Serra/SP -
for prevista em lei, além de seu uso para situações Procurador - IMES) São características inerentes ao poder de
emergenciais, em que será necessária a atuação da polícia da Administração Pública:
Administração Pública. (A) legalidade, impessoalidade e facultatividade.
Vale lembrar que a administração pública pode executar, (B) moralidade, coatividade e proporcionalidade.
por seus próprios meios, suas decisões, não precisando de (C) autoexecutoriedade, discricionariedade e
autorização judicial. coercibilidade.
(D) eficiência, imperatividade e derrogabilidade.
- Coercibilidade: Limita-se ao princípio da
proporcionalidade, na medida que for necessária será 05. (PC/SE - Delegado de Polícia – CESPE/2018) Acerca
permitido o uso da força par cumprimento dos atos. A do poder de polícia — poder conferido à administração
coercibilidade é um atributo que torna obrigatório o ato pública para impor limites ao exercício de direitos e de
praticado no exercício do poder de polícia, atividades individuais em função do interesse público —,
independentemente da vontade do administrado. julgue o próximo item.
O poder de polícia é indelegável.
Uso e Abuso De Poder ( ) Certo ( ) Errado
Sempre que a Administração extrapolar os limites dos Gabarito
poderes aqui expostos, estará cometendo uma ilegalidade. A
ilegalidade traduz o abuso de poder que, por sua vez, pode ser 01.A / 02.A / 03.A / 04.C / 05. Errado
punido judicialmente.
O abuso de poder pode gerar prejuízos a terceiros, caso em
que a Administração será responsabilizada. Todos os Poderes Serviços públicos: conceito,
Públicos estão obrigados a respeitar os princípios e as normas regime jurídico, princípios,
constitucionais, qualquer lesão ou ameaça, outorga ao lesado
a possibilidade do ingresso ao Poder Judiciário.
titularidade e competência.
A responsabilidade do Estado se traduz numa obrigação, Delegação: concessão,
atribuída ao Poder Público, de compor os danos patrimoniais permissão e autorização.
causados a terceiros por seus agentes públicos tanto no
exercício das suas atribuições quanto agindo nessa qualidade.
Serviços públicos são aqueles serviços prestados pela
Questões Administração, ou por quem lhe faça às vezes, mediante regras
previamente estipuladas por ela para a preservação do
01. (CFESS - Assistente Técnico Administrativo - interesse público.
CONSULPLAN/2017) Quando a Administração Pública aplica A titularidade da prestação de um serviço público sempre
penalidade de cassação da carteira de motorista ao particular será da Administração Pública, somente podendo ser
que descumpre as regras de direção de veículos configura-se o transferido a um particular a prestação do serviço público. As
exercício do poder regras serão sempre fixadas unilateralmente pela
(A) de polícia. Administração, independentemente de quem esteja
(B) disciplinar. executando o serviço público. Qualquer contrato
(C) ordinatório. administrativo aos olhos do particular é contrato de adesão.
(D) regulamentar Para distinguir quais serviços são públicos e quais não,
deve-se utilizar as regras de competência dispostas na
02. (IF/BA - Assistente em Administração - Constituição Federal. Quando não houver definição
FUNRIO/2016) O poder de polícia tem atributos específicos e constitucional a respeito, deve-se observar as regras que
peculiares ao seu exercício, sendo eles: incidem sobre aqueles serviços, bem como o regime jurídico
(A) discricionariedade, autoexecutoriedade e ao qual a atividade se submete. Sendo regras de direito
coercibilidade. público, será serviço público; sendo regras de direito privado,
(B) imperatividade, direção e coercibilidade. será serviço privado.
(C) objetividade, imperatividade e autoexecutoriedade.
(D) exclusividade, coercibilidade e objetividade. Princípios
(E) discricionariedade, tempestividade e direção.
Vamos conferir os principais princípios do serviço público.
03. (Prefeitura de Curitiba/PR - Procurador - UFPR) a. Princípio da continuidade da prestação do serviço
Sobre o poder de polícia, é correto afirmar: público: Em se tratando de serviço público, o princípio mais
(A) Um dos fundamentos do poder de polícia é o princípio importante é o da continuidade de sua prestação.
da supremacia do interesse público sobre o particular. Num contrato administrativo, quando o particular
(B) O poder de polícia é uma das manifestações subjetivas descumpre suas obrigações, há rescisão contratual. Se a
da Administração Pública. Administração, entretanto, que descumpre suas obrigações, o
(C) O princípio da proporcionalidade é um dos limites particular não pode rescindir o contrato, tendo em vista o
impostos ao exercício do poder de polícia, porém a ele (poder princípio da continuidade da prestação.

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b. Princípio da mutabilidade: Fica estabelecido que a diante do regime jurídico híbrido, podendo prevalecer o
execução do serviço público pode ser alterada, desde que para Direito Público ou o Direito Privado, dependendo do que
atender o interesse público. Assim, nem os servidores, nem os dispuser a lei. Para ambos os casos, a responsabilidade é
usuários de serviços públicos, nem os contratados pela objetiva. (os danos causados pelos seus agentes serão
administração pública, têm direito adquirido à manutenção de indenizados pelo Estado)
determinado regime jurídico. Quanto à titularidade: A titularidade da prestação de um
c. Princípio da igualdade dos usuários: Esse princípio serviço público sempre será da Administração Pública,
estipula que não haverá distinção entre as pessoas somente podendo ser transferido a um particular a execução
interessadas em contratar com a administração pública. Dessa do serviço público. As regras serão sempre fixadas
forma, se tais pessoas possuírem condições legais de unilateralmente pela Administração, independentemente de
contratação, não poderão ser diferenciadas. quem esteja executando o serviço público. Qualquer contrato
d. Princípio da adequação: na própria Lei 8.897/95, resta administrativo aos olhos do particular é contrato de adesão.
claro que o serviço adequado é aquele que preenche as Para distinguir quais serviços são públicos e quais não,
condições de regularidade, continuidade, eficiência, deve-se utilizar as regras de competência dispostas na
segurança...Dessa forma, se nota que à Administração Pública Constituição Federal. Quando não houver definição
e aos seus delegado é necessário que se respeite o que a constitucional a respeito, deve-se observar as regras que
legislação exige. incidem sobre aqueles serviços, bem como o regime jurídico
e. Princípio da obrigatoriedade: o Estado não tem a ao qual a atividade se submete. Sendo regras de direito
faculdade discricionária em prestar o serviço público, ele é público, será serviço público; sendo regras de direito privado,
obrigado a fazer, sendo, dessa maneira, um dever jurídico. será serviço privado.
f. modicidade das tarifas: significa que o valor exigido do Desta forma, os instrumentos normativos de delegação de
usuário a título de remuneração pelo uso do serviço deve ser o serviços públicos, como concessão e permissão, transferem
menor possível, reduzindo-se ao estritamente necessário para apenas a prestação temporária do serviço, mas nunca delegam
remunerar o prestador com acréscimo de pequena margem de a titularidade do serviço público.
lucro. Daí o nome “modicidade”, que vem de “módico”, isto é, Assim, em sentido amplo, pode-se dizer que serviço
algo barato, acessível. público é a atividade ou organização abrangendo todas as
Como o princípio é aplicável também na hipótese de funções do Estado; já em sentido estrito, são as atividades
serviço remunerado por meio de taxa, o mais apropriado seria exercidas pela administração pública.
denominá-lo princípio da modicidade da remuneração.7 Portanto, a execução de serviços públicos poderá ser
g. transparência: o usuário tem direito de receber do realizada pela administração direta, indireta ou por
poder concedente e da concessionária informações para particulares. Oportuno lembrar que a administração direta é
defesa de interesses individuais ou coletivos. composta por órgãos, que não têm personalidade jurídica, que
não podem estar, em regra, em juízo para propor ou sofrer
Regulamentação e controle medidas judiciais.

A regulamentação e o controle competem ao serviço Competência


público, independente da forma de prestação de serviço
público ao usuário. São de competência exclusiva do Estado, não podendo
Caso o serviço não esteja sendo prestado de forma correta, delegar a prestação à iniciativa privada: os serviços postais e
o Poder Público poderá intervir e retirar a prestação do correio aéreo nacional.
terceiro que se responsabilizou pelo serviço. Deverá, ainda
exigir eficiência para o cumprimento do contrato. Formas de Delegação do Serviço Público
Como a Administração goza de poder discricionário,
poderão ter as cláusulas contratuais modificadas ou a As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as
delegação do serviço público revogada, atendendo ao permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do
interesse público. art. 175 da Constituição Federal, pela lei 8.987/95, pelas
O caráter do serviço público não é a produção de lucros, normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis
mas sim servir ao público donde nasce o direito indeclinável contratos. Vamos conferir a redação do artigo 175 da
da Administração de regulamentar, fiscalizar, intervir, se não Constituição Federal.
estiver realizando a sua obrigação. Note-se que o dispositivo não faz referência à autorização
Características jurídicas: As características do serviço de serviço público, talvez porque os chamados serviços
público envolvem alguns elementos, tais quais: elemento públicos autorizados não sejam prestados a terceiros, mas aos
subjetivo, elemento formal e elemento material. próprios particulares beneficiários da autorização; são
Elemento Subjetivo – o serviço público compete ao chamados serviços públicos, porque atribuídos à titularidade
Estado que poderá delegar determinados serviços públicos, exclusiva do Estado, que pode, discricionariamente, atribuir a
através de lei e regime de concessão ou permissão por meio de sua execução ao particular que queira prestá-lo, não para
licitação. O Estado é responsável pela escolha dos serviços que atender à coletividade, mas às suas próprias necessidades.
em determinada ocasião serão conhecidos como serviços Concessão de serviço público: É a delegação da prestação
públicos. Exemplo: energia elétrica; navegação aérea e do serviço público feita pelo poder concedente, mediante
infraestrutura portuária; transporte ferroviário e marítimo licitação na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou
entre portos brasileiros e fronteiras nacionais; transporte consórcio de empresas que demonstrem capacidade de
rodoviário interestadual e internacional de passageiros; desempenho por sua conta e risco, com prazo determinado.
portos fluviais e lacustres; serviços oficiais de estatística, Essa capacidade de desempenho é averiguada na fase de
geografia e geologia habilitação da licitação. Qualquer prejuízo causado a terceiros,
Elemento Material – o serviço público deve corresponder no caso de concessão, será de responsabilidade do
a uma atividade de interesse público. concessionário – que responde de forma objetiva (art. 37, § 6.º,
Elemento Formal – a partir do momento em que os da CF) tendo em vista a atividade estatal desenvolvida,
particulares prestam serviço com o Poder Público, estamos respondendo a Administração Direta subsidiariamente. É

7 Mazza, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. Saraiva, 4ª edição, 2014.

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admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de defesa” (art. 38, §2º da Lei 8987/95); “Não será instaurado
concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder processo administrativo de inadimplência antes de
concedente. A subconcessão corresponde à transferência de comunicados à concessionária, detalhadamente, os
parcela do serviço público concedido a outra empresa ou descumprimentos contratuais referidos no §1 deste artigo,
consórcio de empresas. É o contrato firmado por interesse da dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões e
concessionária para a execução parcial do objeto do serviço para o enquadramento nos termos contratuais” (art. 38, §3º da
concedido. Lei 8987/95). “Instaurado o processo administrativo e
Extinção da concessão de serviço público e reversão comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por
dos bens decreto do poder concedente, independentemente de
São formas de extinção do contrato de concessão: indenização prévia, calculada no decurso do processo” (art. 38,
- Advento do termo contratual (art. 35, I da Lei 8987/95). §4º da Lei 8987/95).
- Encampação (art. 35, II da Lei 8987/95). d) Rescisão é uma forma de extinção dos contratos de
- Caducidade (art. 35, III da Lei 8987/95). concessão, durante sua vigência, por descumprimento de
- Rescisão (art. 35, IV da Lei 8987/95). obrigações pelo poder concedente.
- Anulação (art. 35, V da Lei 8987/95). O concessionário tem a titularidade para promovê-la, mas
- Falência ou extinção da empresa concessionária e precisa ir ao Poder Judiciário. – “O contrato de concessão
falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso
individual (art. 35, VI da Lei 8987/95). de descumprimento das normas contratuais pelo poder
Assunção (reassunção) é a retomada do serviço público concedente, mediante ação judicial especialmente intentada
pelo poder concedente assim que extinta a concessão. – para esse fim” (art. 39 da Lei 8987/95).
“Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do serviço Nesta hipótese, os serviços prestados pela concessionária
pelo poder concedente, procedendo-se aos levantamentos, não poderão ser interrompidos ou paralisados até decisão
avaliações e liquidações necessários” (art. 35, §2º da Lei judicial transitada em julgado (art. 39, parágrafo único da Lei
8987/95). 8987/95).
Reversão é o retorno de bens reversíveis (previstos no O artigo 78 da Lei 866/93 traz motivos que levam à
edital e no contrato) usados durante a concessão. - “Extinta a rescisão do contrato, tais como: XV- Atraso superior a 90 dias
concessão, retornam ao poder concedente todos os bens do pagamento devido pela Administração, decorrentes de
reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já
concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública,
contrato” (art. 35, §1º da Lei 8987/95); “O edital de licitação grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao
será elaborado pelo poder concedente, observadas, no que contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento
couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria de suas obrigações até que seja normalizada a situação; XIV-
sobre licitações e contratos e conterá, especialmente: a Suspensão da execução do serviço público pela Administração
indicação dos bens reversíveis” (art. 18, X da Lei 8987/95). Pública por prazo superior a 120 dias, sem a concordância do
“São cláusulas essenciais do contrato de concessão as concessionário, salvo em caso de calamidade pública, grave
relativas: aos bens reversíveis” (art. 23, X, da Lei 8987/95). perturbação da ordem interna ou guerra.
a) Advento do termo contratual: É uma forma de O artigo 79 da Lei 8666/93 prevê três formas de rescisão
extinção dos contratos de concessão por força do término do dos contratos administrativo, sendo elas: Rescisão por ato
prazo inicial previsto. Esta é a única forma de extinção natural. unilateral da Administração; Rescisão amigável, Rescisão
b) Encampação: É uma forma de extinção dos contratos judicial. Entretanto, na lei de concessão é diferente, existindo
de concessão, mediante autorização de lei específica, durante apenas uma forma de rescisão do contrato, ou seja, aquela
sua vigência, por razões de interesse público. Tem promovida pelo concessionário no caso de descumprimento
fundamento na supremacia do interesse público sobre o das obrigações pelo poder concedente.
particular. e) Anulação: É uma forma de extinção os contratos de
O poder concedente tem a titularidade para promovê-la e concessão, durante sua vigência, por razões de ilegalidade.
o fará de forma unilateral, pois um dos atributos do ato Tanto o Poder Público com o particular podem promover
administrativo é a autoexecutoriedade. - O concessionário terá esta espécie de extinção da concessão, diferenciando-se
direito à indenização. apenas quanto à forma de promovê-la. Assim, o Poder Público
“Considera-se encampação a retomada do serviço pelo pode fazê-lo unilateralmente e o particular tem que buscar o
poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo poder Judiciário.
de interesse público, mediante lei autorizativa específica e A administração pode anular seus próprios atos, quando
após prévio pagamento da indenização na forma do artigo eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não
anterior” (art. 37 da Lei 8987/95). originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
c) Caducidade: É uma forma de extinção dos contratos de ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e
concessão durante sua vigência, por descumprimento de ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial, é o que
obrigações contratuais pelo concessionário. dispõe a Súmula do STF nº 473.
“A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a f) Falência ou extinção da empresa concessionária e
critério do poder concedente, a declaração da caducidade da falecimento ou incapacidade do titular, no caso de
concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas empresa individual:
as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas - Falência: É uma forma de extinção dos contratos de
convencionadas entre as partes” (art. 38 da Lei 8987/95). concessão, durante sua vigência, por falta de condições
O poder concedente tem a titularidade para promovê-la e financeiras do concessionário. - Tanto o Poder Público com o
o fará de forma unilateral, sem a necessidade de ir ao Poder particular podem promover esta espécie de extinção da
Judiciário. - O concessionário não terá direito a indenização, concessão.
pois cometeu uma irregularidade, mas tem direito a um - Incapacidade do titular, no caso de empresa individual: É
procedimento administrativo no qual será garantido uma forma de extinção dos contratos de concessão, durante
contraditório e ampla defesa. sua vigência, por falta de condições financeiras ou jurídicas
“A declaração da caducidade da concessão deverá ser por parte do concessionário. Vide artigos 35 a 39 da Lei
precedida da verificação da inadimplência da concessionária 8.987/95.
em processo administrativo, assegurado o direito de ampla

Direito Administrativo 9
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APOSTILAS OPÇÃO

Permissão de Serviço Público: É a delegação a título 02. (Prefeitura de Suzano/SP - Procurador Jurídico –
precário, mediante licitação feita pelo poder concedente à VUNESP). São exemplos de serviços públicos uti singuli:
pessoa física ou jurídica que demonstrem capacidade de (A) iluminação pública, calçamento e fornecimento de gás.
desempenho por sua conta e risco. (B) energia elétrica, iluminação pública e saúde.
A Lei n. 8.987/95 é contraditória quando se refere à (C) telefonia, energia elétrica e fornecimento de água.
natureza jurídica da permissão: menciona que é “precária”, (D) educação, saúde e policiamento.
mas que será precedida de “licitação”, o que pressupõe um (E) transporte coletivo, defesa civil e educação.
contrato e um contrato não pode ser precário.
Em razão disso, diverge a doutrina. 03. (ANS - Ativ. Tec. de Suporte – Direito – FUNCAB).
Para Hely Lopes Meirelles, Maria Sylvia Zanella di Pietro e Marque a opção correta, a respeito do serviço público.
Celso Antonio Bandeira de Mello, concessão é uma espécie de (A) Sobre as concessões de serviços público e de obras
contrato administrativo destinado a transferir a execução de públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão,
um serviço público para terceiros; permissão é ato exclusivamente, nos termos da lei que trata das licitações e
administrativo unilateral e precário. contratos administrativos.
Nada obstante, a Constituição Federal iguala os institutos (B) Sobre a concessão de serviço público precedida da
quando a eles se refere (art. 223, §§ 4.º e 5.º). execução de obra pública, a construção, total ou parcial,
conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de
Autorização: É um ato administrativo unilateral, quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder
discricionário e precário, pelo qual o Poder Público transfere concedente, mediante licitação, na modalidade de
por delegação a execução de um serviço público para terceiros. concorrência e tomada de preço, à pessoa física e jurídica ou
O ato é precário porque não tem prazo certo e determinado, consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua
possibilitando o seu desfazimento a qualquer momento. realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento
O que diferencia, basicamente, a autorização da permissão da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a
é o grau de precariedade. A autorização de serviço público tem exploração do serviço ou da obra por prazo determinado.
precariedade acentuada e não está disciplinada na Lei n. (C) Sobre a concessão de serviço público, a delegação de
8.987/95. É aplicada para execução de serviço público sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação,
emergencial ou transitório (Exemplo: serviço de táxi; serviços na modalidade de concorrência, à pessoa física ou jurídica, ou
de despachantes; serviço de guarda particular em consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
estabelecimentos; serviços de pavimentação de ruas pela desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
própria população etc.). (D) Sobre o poder concedente, são eles a União, o Estado, o
Relativamente à permissão de serviço público, as suas Distrito Federal, o Município ou o território, em cuja
características assim se resumem: competência se encontre o serviço público, precedido ou não
1. é contrato de adesão, precário e revogável da execução de obra pública e licitação, objeto de concessão ou
unilateralmente pelo poder concedente (em conformidade permissão.
com o art. 1 75, parágrafo único, inciso I, da Constituição, e do (E) Sobre a permissão de serviço público, a sua delegação,
art. 40 da Lei nº 8987/95), embora tradicionalmente seja a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços
tratada pela doutrina como ato unilateral, discricionário e públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou
precário, gratuito ou oneroso, intuitu personae. jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por
2. depende sempre d e licitação, conforme artigo 1 75 da sua conta e risco.
Constituição;
3. seu objeto é a execução d e serviço público, continuando 04. (CRC/RO – Contador – FUNCAB) Serviços públicos
a titularidade do serviço com o Poder Público; classificados como “uti universí' ou gerais:
4. o serviço é executado e m nome d o permissionário, por (A) são prestados a usuários determinados.
sua conta e risco; (B) são custeados pela receita de impostos.
5. o permissionário sujeita-se à s condições estabelecidas (C) podem ser dados em concessão.
pela Administração e a sua fiscalização; (D) são prestados por entes privados.
6. como ato precário, pode ser alterado ou revogado a (E) podem ser remunerados por taxas.
qualquer momento pela Administração, por motivo de
interesse público; 05. (MPE/SP – Analista de Promotoria – Vunesp) A
7. não obstante seja de sua natureza a outorga sem prazo, respeito da encampação nos contratos de concessão de serviço
tem a doutrina admitido a possibilidade de fixação de prazo, público, é correto afirmar que:
hipótese em que a revogação antes do termo estabelecido dará (A é medida facultativa da concessionária.
ao permissionário direito à indenização; é a modalidade que (B) deve ser precedida de lei autorizativa específica e de
Hely Lopes Meirelles denomina de permissão condicionada pagamento da indenização.
e Cretella Júnior de permissão qualificada. (C) não é permitida por lei.
(D) é medida impositiva do poder concedente após o
Questões término da concessão.
(E) ocorre durante a concessão, por motivo de interesse
01. (IF/BA - Assistente em Administração – público, sem direito à indenização.
FUNRIO/2016). Representa característica da permissão de
serviço público Gabarito
(A) constituir ato bilateral e discricionário. 01.C/ 02.C/ 03.E/ 04.B/ 05.B
(B) não depender de licitação.
(C) constituir ato unilateral, discricionário e precário.
(D) não poder ser alterada ou revogada.
(E) impedir o Poder Público de fiscalizar o permissionário.

Direito Administrativo 10
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APOSTILAS OPÇÃO

própria ou alguma realização material em cumprimento a uma


Ato administrativo: decisão de si própria.
(E) manifestação unilateral de vontade da Administração
conceito, requisitos e pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato
atributos; anulação, revogação adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
e convalidação; direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si
própria.
discricionariedade e
vinculação. Gabarito

01.A / 02.E
Ato administrativo é toda manifestação lícita e unilateral
de vontade da Administração ou de quem lhe faça às vezes, que Requisitos / Elementos
agindo nesta qualidade tenha por fim imediato adquirir,
transferir, modificar ou extinguir direitos e obrigações. São as condições necessárias para a existência válida do
Os atos administrativos podem ser praticados pelo Estado ato. Do ponto de vista da doutrina tradicional (e majoritária
ou por alguém que esteja em nome dele. Logo, pode-se concluir nos concursos públicos), os requisitos dos atos
que os atos administrativos não são definidos pela condição da administrativos são cinco:
pessoa que os realiza. Tais atos são regidos pelo Direito Competência: o ato deve ser praticado por sujeito capaz,
Público. trata-se de requisito vinculado. Para que um ato seja válido
Deve-se diferenciar o conceito de ato administrativo do deve-se verificar se foi praticado por agente competente.
conceito de ato da Administração. Este último é ato praticado No Direito Administrativo quem define as competências de
por órgão vinculado à estrutura do Poder Executivo. cada agente é a lei, que deverá limitar sua atuação e fazer as
Nem todo ato praticado pela Administração será ato atribuições de cada agente.
administrativo, ou seja, há circunstâncias em que a O ato deve ser praticado por agente público, assim
Administração se afasta das prerrogativas que possui, considerado todo aquele que atue em nome do Estado,
equiparando-se ao particular. podendo ser de qualquer título, mesmo que não ganhe
O que qualifica o ato como administrativo é o fato que sua remuneração, por prazo determinado ou vínculo de natureza
repercussão jurídica produz efeitos a uma determinada permanente.
sociedade, devendo existir uma regulação pelo direito público. Podem ser englobados como agentes, os agentes políticos,
Para que esse ato seja caracterizado, é necessário que ele seja que são os detentores de mandatos eletivos, secretários e
emanado por um agente público, quer dizer, alguém que esteja ministros de Estado, considerando ainda os membros da
investido de múnus público, podendo atuar em nome da magistratura e do Ministério Público. Os atos ainda poderão
Administração. ser praticados por particulares em colaboração com o poder
público, podendo se considerar aqueles que exercem função
Questões estatal, sem vínculo definido, como acontece com jurados e
mesários, por exemplo.
01. (Câmara Municipal de Atibaia/SP - Advogado - Além da competência para a prática do ato, se faz
CAIP-IMES/2016) Assinale a alternativa incorreta. necessário que não exista impedimento e suspeição para o
Os atos administrativos: exercício da atividade.
(A) decorrem de manifestação bilateral de vontade da Deve-se ter em mente que toda a competência é limitada,
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por não sendo possível um agente ter competência ilimitada, tendo
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, em vista o dever de observância da lei para definir os critérios
extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos de legitimação.
administrados, apenas. Objeto lícito: É o conteúdo do ato, o resultado que se visa
(B) decorrem de manifestação unilateral de vontade da receber com sua expedição. Todo e qualquer ato
Administração Pública no exercício da função administrativa administrativo tem por objeto a criação, modificação ou
típica. comprovação de situações jurídicas referentes a pessoas,
(C) decorrem de manifestação unilateral de vontade da coisas ou atividades voltadas à ação da Administração Pública.
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por Forma: é o requisito vinculado que envolve a maneira de
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, exteriorização e demais procedimentos prévios que forem
extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos exigidos com a expedição do ato administrativo. Via de regra,
administrados ou a si própria. os atos devem ser escritos, permitindo de maneira excepcional
(D) decorrem de manifestação unilateral de vontade da atos gestuais, verbais ou provindos de forças que não sejam
Administração Pública, portanto são de exclusividade do produzidas pelo homem, mas sim por máquinas, que são os
Poder Executivo no exercício da função típica. Contudo, os casos dos semáforos, por exemplo.
demais poderes (Judiciário e Legislativo) também podem Motivo: este integra os requisitos dos atos administrativos
exercê-los, atipicamente. tendo em vista a defesa de interesses coletivos. Por isso existe
a teoria dos motivos determinantes;
02. (CNMP -Técnico do CNMP FCC) Ato administrativo é: O motivo será válido, sem irregularidades na prática do ato
(A) realização material da Administração em cumprimento administrativo, exigindo-se que o fato narrado no ato
de alguma decisão administrativa. praticado seja real e tenha acontecido da forma como estava
(B) sinônimo de fato administrativo. descrito na conduta estatal.
(C) manifestação bilateral de poder da Administração Difere-se de motivação, pois este é a explicação por escrito
pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato das razões que levaram à prática do ato.
adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, declarar Finalidade: o ato administrativo somente visa a uma
direitos e impor obrigações aos administrados. finalidade, que é a pública; se o ato praticado não tiver essa
(D) manifestação unilateral de vontade da Administração finalidade, ocorrerá abuso ou desvio de poder.
pública que visa impor obrigações aos administrados ou a si

Direito Administrativo 11
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Questão Questão

01. (DPE/PE - Estagiário de Direito - DPE-PE). São 01. (DPE/RS - Defensor Público Sobre atos
elementos do ato administrativo: administrativos - FCC) É correto afirmar:
(A) presunção de legalidade, economicidade, eficiência e (A) A autoexecutoriedade é um atributo de alguns atos
motivação. administrativos que autoriza a execução coercitiva,
(B) competência, forma e vinculação. independente da concorrência da função jurisdicional.
(C) presunção de legitimidade e impessoalidade. (B) A autoexecutoriedade constitui atributo dos atos
(D) competência, forma, objeto, finalidade e motivo administrativos negociais, que, como contratos, dependem da
(E) vinculação e discricionariedade. concorrência de vontade do administrado.
(C) A arguição de invalidade de ato administrativo por
Gabarito vícios ou defeitos impede a imediata execução e afasta a
imperatividade.
01.D (D) Todos os atos administrativos possuem como atributos
a presunção de legitimidade, a imperatividade e a
Atributos ou Características autoexecutoriedade.
(E) A administração deverá fazer prova da legalidade do
São prerrogativas que existem por conta dos interesses ato administrativo quando sobrevier impugnação pelo
que a Administração representa, são as qualidades que destinatário.
permitem diferenciar os atos administrativos dos outros atos
jurídicos. São eles: Gabarito
Presunção de legitimidade: é a presunção de que os atos
administrativos devem ser considerados válidos, até que se 01.A
demonstre o contrário, a bem da continuidade da prestação
dos serviços públicos. Isso não significa que os atos Elementos
administrativos não possam ser contrariados, no entanto, o
ônus da prova é de quem alega. O elemento quer dizer a parte que compõe um todo, e desta
O atributo de presunção de legitimidade confere maior maneira é o que é externo ou antecedente ao ato, não pode ser
agilidade à atuação administrativa, já que depois da prática do parte dele.
ato, estará apto a produzir efeitos automaticamente, como se Desta maneira podemos considerar que elemento é o
fosse válido, até que se declare sua ilegalidade por decisão conteúdo e a forma.
administrativa ou judicial. Conteúdo: é a disposição sobre a coisa, o objeto. Desta
Imperatividade: é o poder que os atos administrativos maneira se distinguem entre si, não sendo iguais. Tem relação
possuem de gerar unilateralmente obrigações aos com o que o ato dispõe, ou seja, o que o ato decide, opina,
administrados, independente da concordância destes. É a certifica, enuncia e altera na ordem jurídica.
prerrogativa que a Administração possui para impor Forma: diz respeito à exteriorização do ato administrativo,
determinado comportamento a terceiros. do conteúdo e pode ter ou não previsão em lei.
Exigibilidade ou coercibilidade: é o poder que possuem
os atos administrativos de serem exigidos quanto ao seu Pressupostos
cumprimento sob ameaça de sanção.
Autoexecutoriedade: é o poder pelo qual os atos Existência, validade e eficácia9
administrativos podem ser executados materialmente pela A aceitação da divisão ternária dos planos lógicos do ato
própria administração, independentemente da atuação do jurídico foi difundida no Brasil por Pontes de Miranda, razão
Poder Judiciário. pela qual tem sido denominada de teoria tripartite ou
Para a ocorrência da autoexecutoriedade é necessário a pontesiana. Como todo ato jurídico, o ato administrativo está
presença dos seguintes requisitos: sujeito a três planos lógicos distintos:
a) Quando a lei expressamente previr; a) Plano da existência ou da perfeição: consiste no
b) Quando estiver tacitamente prevista em lei (nesse caso cumprimento do ciclo de formação do ato.
deverá haver a soma dos seguintes requisitos: b) Plano da validade: envolve a conformidade com os
- situação de urgência; e requisitos estabelecidos pelo ordenamento jurídico para a
- inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo, correta prática do ato administrativo.
evitar a lesão. O ato válido é aquele que foi criado em conformidade com
Tipicidade8: é o atributo pelo qual o ato administrativo as regras previamente estabelecidas na legislação pertinente.
deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei Para que um ato seja avaliado como válido é necessário que ele
como aptas a produzir determinados efeitos. O presente exista, quer dizer, seja perfeito.
atributo é uma verdadeira garantia ao particular que impede a A validade é a compatibilidade entre o ato jurídico e o
Administração de agir absolutamente de forma discricionária. disposto na norma. Assim, de acordo com o silêncio da lei, não
Para tanto, o administrador somente pode exercer sua há atuação administrativa, tendo em vista a aplicação da
atividade nos termos estabelecidos na lei, presente nos atos estrita legalidade em matéria de Direito Administrativo, não
unilaterais. Não existe tipicidade em atos bilaterais, já que não sendo permitido ao agente público atuar sempre que não haja
há imposição de vontade da Administração perante a outra vedação por lei.10
parte. É o caso dos contratos, onde a sua realização depende No entanto, somente pode ser avaliada a validade de um
de aceitação da parte contrária. ato, se ele for ao menos existente (perfeito), tratando-se de
segundo plano de análise dos atos administrativos. ·
c) Plano da eficácia: está relacionado com a aptidão do
ato para produzir efeitos jurídicos.

8 9Mazza, Alexandre, Manual de Direito Administrativo, 4ª edição, 2014.


http://www.stf.jus.br/repositorio/cms/portalTvJustica/portalTvJusticaNoticia/a 10Carvalho, Mateus. Manual de Direito Administrativo. Editora Jus Podivm, 2ª
nexo/Carlos_Barbosa_Atos_administrativos_Parte_1.pdf edição, 2015.

Direito Administrativo 12
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APOSTILAS OPÇÃO

A interação do ato administrativo com cada um dos três (D) a autoridade competente deixa de observar dispositivo
planos lógicos não repercute nos demais. Constituem searas constitucional obrigatório, quando deveria fazê-lo.
sistêmicas distintas e relativamente independentes. (E) a lei estabelece várias situações passíveis de apreciação
A única exceção a tal independência reside na hipótese dos subjetiva pela autoridade competente.
atos juridicamente inexistentes, caso em que não se cogita de
sua validade ou eficácia. Ato inexistente é necessariamente Gabarito
inválido e não produz qualquer efeito.
O destino natural do ato administrativo é ser praticado 01.A / 02.B
com a finalidade de criar, declarar, modificar, preservar e
extinguir direitos e obrigações. Extinção do ato administrativo
Os atos administrativos produzem efeitos próprios efeitos
próprios e impróprios. Cassação Ocorre a extinção do ato administrativo quando
Os efeitos próprios são aqueles típicos do ato, o administrado deixa de preencher condição necessária para
configurando o objeto ou o conteúdo da conduta estatal. Desta permanência da vantagem, ou seja, o beneficiário descumpre
forma, o efeito principal ou próprio de um ato de condição indispensável para manutenção do ato
desapropriação é a perda do bem público pelo particular. administrativo.
Os efeitos impróprios ou atípicos são os que decorrem, Exemplo: habilitação cassada porque o condutor ficou
de forma indireta, da prática do ato administrativo, e se cego.11
dividem em duas espécies, quais sejam: efeito reflexo e efeito Anulação ou invalidação (desfazimento) É a retirada, o
prodrômico. desfazimento do ato administrativo em decorrência de sua
invalidade, ou seja, é a extinção de um ato ilegal, determinada
Vinculação e discricionariedade pela Administração ou pelo judiciário, com eficácia retroativa
– ex tunc.
No ato vinculado, o administrador não tem liberdade para A anulação pode acontecer por via judicial ou por via
decidir quanto à atuação. A lei previamente estabelece um administrativa. Ocorrerá por via judicial quando alguém
único comportamento possível a ser tomado pelo solicita ao Judiciário a anulação do ato. Ocorrerá por via
administrador no caso concreto; não podendo haver juízo de administrativa quando a própria Administração expede um
valores, o administrador não poderá analisar a conveniência e ato anulando o antecedente, utilizando-se do princípio da
a oportunidade do ato. autotutela, ou seja, a Administração tem o poder de rever seus
O ato discricionário é aquele que, editado sob o manto da atos sempre que eles forem ilegais ou inconvenientes. Quando
lei, confere ao administrador a liberdade para fazer um juízo a anulação é feita por via administrativa, pode ser realizada de
de conveniência e oportunidade. A diferença entre o ato ofício ou por provocação de terceiros.
vinculado e o ato discricionário está no grau de liberdade A anulação de um ato não pode prejudicar terceiro de boa-
conferido ao administrador. Tanto o ato vinculado quanto o fé.Vide Súmulas 346 e 473 do STF.
ato discricionário só poderão ser reapreciados pelo Judiciário
no tocante à sua legalidade, pois o judiciário não poderá Um ponto muito discutido pela doutrina diz respeito ao
intervir no juízo de valor e oportunidade da Administração caráter vinculado ou discricionário da anulação. Os que
Pública. defendem que deve-se anular (caráter vinculado), embasam
esse entendimento no princípio da legalidade e os que
Questões defendem como uma faculdade (caráter discricionário)
invocam o princípio da predominância do interesse público
01. (TRT/14ª Região - Técnico Judiciário - FCC/2016). sobre o particular.
Sobre atos administrativos, considere: O entendimento por nós defendido é de que, em regra, a
I. Os atos administrativos vinculados comportam anulação Administração, tem o dever de anular os atos ilegais.
e revogação. Revogação É a retirada do ato administrativo em
II. Em regra, os atos administrativos que integram um decorrência da sua inconveniência ou inoportunidade em face
procedimento podem ser revogados. dos interesses públicos. Somente se revoga ato válido que foi
III. A competência para revogar é intransferível, salvo por praticado de acordo com a lei. A revogação somente poderá ser
força de lei. feita por via administrativa.
Está correto o que se afirma em Quando se revoga um ato, diz-se que a Administração
(A) III, apenas. perdeu o interesse na manutenção deste, ainda que não exista
(B) I, II e III. vício que o tome. Trata-se de ato discricionário, referente ao
(C) I e III, apenas. mérito administrativo, por set um ato legal, todos os atos já
(D) I e II, apenas. foram produzidos de forma lícita, de modo que a revogação
(E) II, apenas. não irá retroagir, contudo mantem-se os efeitos já produzidos
(ex nunc).
02. (PC/CE - Inspetor de Polícia Civil de 1ª Classe – Não há limite temporal para a revogação de atos
VUNESP). Diz-se que os atos administrativos são vinculados administrativos, não se configurando a decadência, no prazo
quando quinquenal, tendo em vista o entendimento que o interesse
(A) observam corretamente os princípios constitucionais público pode ser alterado a qualquer tempo.
da moralidade administrativa. Não existe efeito repristinatório, ou seja, a retirada do ato,
(B) a lei estabelece que, diante de determinados requisitos, por razões de conveniência e oportunidade.
a Administração deve agir de forma determinada.
(C) o administrador público os pratica ultrapassando os Convalidação ou sanatória É o ato administrativo que,
limites regrados pelo sistema jurídico vigente. com efeitos retroativos, sana vício de ato antecedente, de
modo a torná-lo válido desde o seu nascimento, ou seja, é um
ato posterior que sana um vício de um ato anterior,
transformando-o em válido desde o momento em que foi

11 MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4ª edição. 2014.

Direito Administrativo 13
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APOSTILAS OPÇÃO

praticado. Alguns autores, ao se referir à convalidação, O instituto da decadência tem a mesma finalidade da
utilizam a expressão sanatória. prescrição, qual seja, garantir a segurança jurídica. A
O ato convalidatório tem natureza vinculada (corrente decadência que decorre de prazo legal é de ordem pública, não
majoritária), constitutiva, secundária, e eficácia ex tunc. podendo ser renunciada. Entretanto, se o prazo decadencial
Há alguns autores que não aceitam a convalidação dos atos, for ajustado, por declaração unilateral de vontade ou por
sustentando que os atos administrativos somente podem ser convenção entre as partes, pode ser renunciado, que
nulos. Os únicos atos que se ajustariam à convalidação seriam corresponderá a uma revogação da condição para o exercício
os atos anuláveis. de um direito dentro de determinado tempo.
Existem três formas de convalidação:
a) Ratificação: É a convalidação feita pela própria Questões
autoridade que praticou o ato;
b) Confirmação: É a convalidação feita por autoridade 01. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário – NUCEPE/2017).
superior àquela que praticou o ato; Sobre a revogação dos atos administrativos, assinale a
c) Saneamento: É a convalidação feita por ato de terceiro, alternativa INCORRETA.
ou seja, não é feita nem por quem praticou o ato nem por (A) Nem todos os atos administrativos podem ser
autoridade superior. revogados.
(B) A revogação de ato administrativo é realizada,
Verificado que um determinado ato é anulável, a ordinariamente, pelo Poder Judiciário, cabendo-lhe ainda
convalidação será discricionária, ou seja, a Administração examinar os aspectos de validade do ato revogador.
convalidará ou não o ato de acordo com a conveniência. Alguns (C) Considerando que a revogação atinge um ato que foi
autores, tendo por base o princípio da estabilidade das praticado em conformidade com a lei, seus efeitos são ex nunc.
relações jurídicas, entendem que a convalidação deverá ser (D) Pode a Administração Pública se arrepender da
obrigatória, visto que, se houver como sanar o vício de um ato, revogação de determinado ato.
ele deverá ser sanado. É possível, entretanto, que existam (E) O fundamento jurídico da revogação reside no poder
obstáculos ao dever de convalidar, não havendo outra discricionário da Administração Pública
alternativa senão anular o ato.
02. (CONFERE - Assistente Administrativo VII -
Os obstáculos ao dever de convalidar são: INSTITUTO CIDADES/2016). A anulação do ato
Impugnação do ato: Se houve a impugnação, judicial ou administrativo:
administrativa, não há que se falar mais em convalidação. O (A) Pode ser decretada à revelia pelo administrador
dever de convalidar o ato só se afirma se ainda não houve sua público.
impugnação. (B) Pode ser decretada somente pelo poder judiciário,
Decurso de tempo: O decurso de tempo pode gerar um desde que exista base legal para isso.
obstáculo ao dever de convalidar. Se a lei estabelecer um prazo (C) Pode ser decretada tanto pelo poder judiciário como
para a anulação administrativa, na medida em que o decurso pela administração pública competente.
de prazo impedir a anulação, o ato não poderá ser convalidado, (D) Não pode ser decretada em hipótese alguma, pois o ato
visto que o decurso de tempo o estabilizará – o ato não poderá administrativo tem força de lei.
ser anulado e não haverá necessidade de sua convalidação.
Conversão É o ato administrativo que, com efeitos 03. (TJ/RS - Juiz de Direito Substituto – FAURGS/2016).
retroativos, sana vício de ato antecedente, transformando-o No que se refere aos atos administrativos, assinale a
em ato distinto, desde o seu nascimento, ou seja, aproveita o alternativa correta.
ato defeituoso como ato válido de outra categoria. Exemplo: (A) Em face de sua competência para apreciar a legalidade
Concessão de uso sem prévia autorização legislativa; A de quaisquer atos administrativos para fins de registro, a
concessão é transformada em permissão de uso, que não declaração de invalidade ou anulação por vícios legais desses
precisa de autorização legislativa, para que seja um ato válido atos é exclusiva do Poder Legislativo respectivo.
– conversão. (B) O direito da Administração de anular seus próprios
Não se deve confundir a convalidação com a conversão do atos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários
ato administrativo. O ato nulo, embora não possa ser prescreve em 3 (três) anos, contados da data em que foram
convalidado, poderá ser convertido, transformando-se em ato praticados, salvo comprovada má-fé.
válido. (C) A Administração deve anular seus próprios atos,
Prescrição O instituto da prescrição, entendida como a quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por
perda do direito de ação devido à inércia de seu titular, motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os
também é reconhecido pela legislação pertinente ao Direito direitos adquiridos.
Administrativo. (D) Têm natureza política e são excluídos de apreciação
Como regra, o prazo para interposição de recursos pelo Poder Judiciário os atos administrativos dotados de
administrativos é de cinco dias. vinculação resultantes do exercício do poder de polícia
Já o prazo para propositura de ações judiciais, tanto pela administrativa que limitam ou disciplinam direito, interesse
Administração quanto pelo administrado, em regra é de cinco ou liberdade dos administrados.
anos. Importante destacar que as hipóteses de suspensão e (E) Os atos administrativos eivados de vício que os tornem
interrupção do prazo prescricional previstas na legislação civil ilegais somente podem ser declarados inválidos ou revogados
também são aplicáveis às ações judiciais pertinentes ao Direito pelo Poder Judiciário.
Administrativo.
Decadência A decadência (art. 207 do Código Civil), incide 04. (DPE/MA - Defensor Público – FCC). No que tange à
sobre direitos potestativos, que “são poderes que a lei confere competência para revogar atos administrativos, é correto
a determinadas pessoas de influírem, com uma declaração de afirmar que
vontade, sobre situações jurídicas de outras, sem o concurso (A) a revogação de atos que se sabem eivados de nulidade
da vontade destas”, ou seja, quando a lei ou a vontade fixam é possível, desde que devidamente motivada por razões de
determinado prazo para serem exercidos e se não o forem, interesse público.
extingue-se o próprio direito material. (B) a competência para revogar é sempre delegável.

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(C) atos já exauridos podem ser revogados, desde seja jurídica própria, patrimônio e autonomia administrativa e
expressamente atribuído efeito retroativo ao ato revocatório. cujas despesas são realizadas diretamente através do
(D) atos ineficazes, porque ainda não implementada orçamento da referida esfera.
condição deflagradora de sua eficácia, estão sujeitos à Assim, ela é responsável pela gestão dos serviços públicos
revogação. executados pelas pessoas políticas via de um conjunto de
(E) é possível revogar atos vinculados, desde que sua órgãos que estão integrados na sua estrutura.
edição seja de competência autoridade que editará o ato Sua competência abarca os diversos órgãos que compõem
revocatório a entidade pública por eles responsáveis. Exemplos:
Ministérios, Secretarias, Departamentos e outros que, como
05. (TRT - 18ª Região (GO)Prova: Juiz do Trabalho – característica inerente da Administração Pública Direta, não
FCC). No que tange à validade dos atos administrativos possuem personalidade jurídica, pois não podem contrair
(A) é possível convalidar ato administrativo praticado com direitos e assumir obrigações, haja vista que estes pertencem
vício de finalidade, desde que se evidencie que tal decisão não a pessoa política (União, Estado, Distrito Federal e
acarrete prejuízo a terceiros. Municípios).
(B) todos os atos administrativos praticados com vício de
competência devem ser anulados, pois se trata de elemento Administração pública indireta
essencial à validade dos atos administrativos. São integrantes da Administração indireta as fundações, as
(C) o descumprimento, pelo administrado, dos requisitos autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia
referentes ao desfrute de uma dada situação jurídica, justifica mista.
a anulação do ato administrativo que gerou referida situação. Essas quatro pessoas são criadas para a prestação de
(D) a caducidade é a extinção de ato administrativo em serviços públicos ou para a exploração de atividades
razão da superveniência de legislação que tornou inadmissível econômicas, com o objetivo de aumentar o grau de
situação anteriormente consentida, com base na legislação especialidade e eficiência da prestação do serviço público.
então aplicável. O Poder Público só poderá explorar atividade econômica a
(E) os atos praticados por agente incompetente estão título de exceção em duas situações previstas na CF/88, no seu
sujeitos à revogação pela autoridade que detém a competência art. 173:
legal para sua prática. - para fazer frente à uma situação de relevante interesse
coletivo;
Gabarito - para fazer frente à uma situação de segurança nacional.
O Poder Público não tem a obrigação de gerar lucro quando
01.B/ 02.C/ 03.C/ 04.D/ 05.D. explora atividade econômica. Quando estiver atuando na
atividade econômica, entretanto, estará concorrendo em grau
de igualdade com os particulares, estando sob o regime do art.
Organização 170 da CF/88, inclusive quanto à livre concorrência.
administrativa: administração
Questões
direta e indireta; centralizada
e descentralizada; autarquias, 01. (Prefeitura de São Paulo/SP - Assistente de Gestão
fundações, empresas públicas, de Políticas Públicas I – CESPE/2016). No que se refere à
administração pública direta e indireta, assinale a opção
sociedades de economia correta.
mista, consórcios públicos (A) As pessoas administrativas que formam a
(Lei nº 11.107/2005). administração pública indireta são aquelas dotadas de
personalidade jurídica de direito público (como as autarquias
e as fundações públicas).
A Organização Administrativa compõe a parte do Direito (B) Na esfera municipal, a administração direta é formada
Administrativo que estuda os órgãos e pessoas jurídicas que a pelos órgãos que compõem a prefeitura e a câmara municipal,
compõem, além da estrutura interna da Administração além das fundações e das empresas públicas de âmbito local.
Pública. (C) A administração indireta compreende as pessoas
Em âmbito federal, o assunto vem disposto no Decreto-Lei administrativas que, vinculadas à respectiva administração
n. 200/67 que “dispõe sobre a organização da Administração direta, desempenham atividades administrativas de forma
Pública Federal e estabelece diretrizes para a Reforma descentralizada.
Administrativa”. (D) Tanto a administração direta quanto a indireta são
Para que as suas competências constitucionais sejam compostas por órgãos e por pessoas jurídicas administrativas,
cumpridas, a Administração utiliza-se de duas formas com a diferença de que todas as que integram a administração
distintas: a descentralização e a desconcentração. indireta estão submetidas a regime de direito privado.
A análise desses dois institutos é basilar para analisar a (E) O aspecto mais relevante que caracteriza a
organização interna da Administração Pública. administração indireta é o fato de ela ser, ao mesmo tempo,
Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e titular e executora de serviço público.
agentes do Estado que procuram satisfazer as necessidades da
sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. 02. (CASAN - Advogado - INSTITUTO AOCP/2016).
Em outras palavras, administração pública é a gestão dos Quanto à Administração Pública Indireta, assinale a
interesses públicos por meio da prestação de serviços alternativa correta.
públicos, sendo dividida em administração direta e indireta. (A) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia,
empresa pública, sociedade de economia mista e fundação,
Administração pública direta cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas
de sua atuação.
A Administração Pública Direta é o conjunto de órgãos (B) A criação de subsidiárias pelas empresas públicas e
públicos vinculados diretamente ao chefe da esfera sociedades de economia mista, bem como sua participação em
governamental que integram. Não possuem personalidade empresas privadas, depende de autorização legislativa, exceto

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se já houver previsão para esse fim na própria lei que instituiu Imagine-se, como exemplo, que a secretaria da fazenda de um
a empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei município tivesse em sua estrutura superintendências,
criadora é a própria medida autorizadora. delegacias, agências e postos de atendimento, cada um desses
(C) A fundação pública não pode ser extinta por ato do órgãos incumbidos de desempenhar específicas competências
Poder Público. da referida secretaria. Caso a administração pública municipal
(D) O chefe do Poder Executivo poderá, por decreto, decidisse, em face de restrições orçamentárias, extinguir os
extinguir empresa pública ou sociedade de economia mista. postos de atendimento, atribuindo às agências as
(E) A sociedade de economia mista poderá ser estruturada competências que aqueles exerciam, teria ocorrido
sob qualquer das formas admitidas em direito. concentração administrativa.
Diferença entre Descentralização e Desconcentração:
03. (TJ/RS - Contador – FAURGS/2016). A As duas figuras dizem respeito à forma de prestação do serviço
Administração Direta compreende público. Descentralização, entretanto, significa transferir a
(A) as autarquias. execução de um serviço público para terceiros que não se
(B) as empresas públicas. confundem com a Administração Direta, e a desconcentração
(C) as sociedades de economia mista. significa transferir a execução de um serviço público de um
(D) as fundações públicas. órgão para o outro dentro da Administração Direta,
(E) a presidência da república e os ministérios. permanecendo está no centro.

04. (Prefeitura de Cláudio/MG - Guarda Municipal – Questões


FUNDEP/2016). Assinale a alternativa em que, segundo o
direito positivo brasileiro, todas as pessoas indicadas são 01. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil
componentes da Administração Pública Indireta. – ESAF/2016). Complete as lacunas em branco com os termos
(A) Autarquia, fundação e organização social. descentralização ou desconcentração.
(B) Fundação, agência executiva e sociedade de propósitos Ao final, assinale a opção que contenha a sequência
específicos. correta.
(C) Organização da sociedade civil de interesse público, 1. Em nenhuma forma de _____________ há hierarquia.
conselho popular e consórcio público. 2. Ocorre a chamada ______________ quando o Estado
(D) Autarquia, sociedade de economia mista e empresa desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras
pública. pessoas e não pela sua administração direta.
3. Trata-se, a ____________________, de mera técnica
Gabarito administrativa de distribuição interna de competências.
4. Porque a ______________ ocorre no âmbito de uma pessoa
01.C/ 02.B/ 03.E/ 04.D jurídica, surge relação de hierarquia, de subordinação, entre os
órgãos dela resultantes.
Centralização e descentralização (A) descentralização/desconcentração/desconcentração/
descentralização
A execução do serviço público poderá ser por: (B) descentralização/descentralização/desconcentração/
Centralização: Quando a execução do serviço estiver desconcentração
sendo feita pela Administração direta do Estado (ex.: (C) desconcentração/desconcentração/descentralização/
Secretarias, Ministérios etc.). Dessa forma, o ente federativo descentralização
será tanto o titular do serviço público, como o prestador do (D) desconcentração/descentralização/desconcentração/
mesmo, o próprio estado é quem centraliza a atividade. descentralização
Descentralização: Quando estiver sendo feita por (E) desconcentração/descentralização/descentralização/
terceiros que não se confundem com a Administração direta desconcentração
do Estado. Esses terceiros poderão estar dentro ou fora da
Administração Pública. Se estiverem dentro da Administração 02. (DER/CE - Procurador Autárquico – UECE-
Pública, poderão ser autarquias, fundações, empresas públicas CE/2016). A criação de uma autarquia na estrutura da
e sociedades de economia mista (Administração indireta do Administração Pública consiste no instituto jurídico da
Estado). Se estiverem fora da Administração, serão (A) descentralização.
particulares e poderão ser concessionários, permissionários (B) desconcentração.
ou autorizados. (C) concentração.
(D) centralização.
Concentração e desconcentração
03. (Prefeitura de Resende/RJ - Assistente
Desconcentração (Criar órgãos): Mera técnica Administrativo – IBEG/2016). "Ocorre quando a entidade da
administrativa de distribuição interna de competências Administração, encarregada de executar um ou mais serviços,
mediante criação de órgãos públicos. Pressupõe a existência distribui competências, no âmbito de sua própria estrutura, no
de apenas uma pessoa, pois os órgãos não possuem intuito de tornar mais eficiente e ágil a prestação dos serviços”.
personalidade jurídica própria. O presente conceito refere-se à:
Ocorre desconcentração administrativa quando uma (A) Descentralização administrativa.
pessoa política ou uma entidade da administração indireta (B) Centralização administrativa.
distribui competências no âmbito de sua própria estrutura (C) Concentração administrativa.
afim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. (D) Desconcentração administrativa.
Desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa (E) Nenhuma das alternativas.
jurídica.
Concentração (extinguir órgãos): Trata-se da técnica Gabarito
administrativa que promove a extinção de órgãos públicos.
Pessoa jurídica integrante da administração pública extingue 01.B/ 02.A/ 03.D.
órgãos antes existentes em sua estrutura, reunindo em um
número menor de unidade as respectivas competências.

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Feitas essas considerações iniciais, passamos à análise das Quanto ao tipo de atividade elas ainda podem ser
pessoas jurídicas que compõem a Administração Pública distribuídas em 5 grupos de classificação:
Indireta: - Econômicas: São destinadas para incentivar a produção
e controle de produtos. Como é o exemplo do Instituto do
Autarquias Açúcar e do Álcool;
- De crédito e industriais: Para gestão de recursos
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público financeiros, bem como sua distribuição mediante empréstimo.
criadas para a prestação de serviços públicos, contando com Atualmente foram substituídas por empresas públicas, como é
capital exclusivamente público, ou seja, as autarquias são o caso da Caixa Econômica Federal;
regidas integralmente por regras de direito público, podendo, - De previdência e assistência: Para atividades de
tão-somente, serem prestadoras de serviços e contando com seguridade social. Como é o caso do INSS e o IPESP;
capital oriundo da Administração Direta (ex.: INCRA, INSS, - As profissionais ou corporativas: Para fiscalizar as
DNER, Banco Central etc.). profissões;
Características: Temos como principais características - As culturais ou de ensino: Universidades federais.
das autarquias: Patrimônio: A questão patrimonial diz respeito à
- Criação por lei: é exigência que vem desde o Decreto-lei caracterização dos bens em públicos e privados. Em 1916, o
nº 6 016/43, repetindo-se no Decreto-lei nº 200/67 e sistema jurídico administrativo sofreu várias mudanças com a
constando agora do artigo 37, XIX, da Constituição; criação desse tipo especial de pessoas jurídicas - as autarquias
- Personalidade jurídica pública: ela é titular de direitos - que, mesmo sem integrar a organização política do Estado, a
e obrigações próprios, distintos daqueles pertencentes ao ente ela está vinculada, ostentando personalidade jurídica de
que a instituiu: sendo pública, submete-se a regime jurídico de direito público. Vários doutrinadores, com intuito de
direito público, quanto à criação, extinção, poderes, adaptarem-se à norma do Código Civil e mais ainda de
prerrogativas, privilégios, sujeições; proteger os bens das pessoas federativas, qualificaram os bens
- Capacidade de autoadministração: não tem poder de públicos como aqueles que integram o patrimônio das pessoas
criar o próprio direito, mas apenas a capacidade de se auto administrativas de direito público. Dessa forma, pacificou-se o
administrar a respeito das matérias especificas que lhes foram entendimento de que os bens das autarquias são considerados
destinadas pela pessoa pública política que lhes deu vida. A como bens públicos.
outorga de patrimônio próprio é necessária, sem a qual a Pessoal: Com o artigo 39 da Constituição, em sua redação
capacidade de autoadministração não existiria. vigente, as pessoas federativas (União, Estados, DF e
Pode-se compreender que ela possui dirigentes e Municípios) ficaram com a obrigação de instituir, no âmbito de
patrimônio próprios. sua organização, regime jurídico único para todos os
- Especialização dos fins ou atividades: coloca a servidores da administração direta, das autarquias e das
autarquia entre as formas de descentralização administrativa fundações públicas. Segundo Carvalho Filho, o art. 39 da CF, foi
por serviços ou funcional, distinguindo-a da descentralização a maneira que o legislador encontrou de manter planos de
territorial; o princípio da especialização impede de exercer carreira idênticos para esses setores administrativos,
atividades diversas daquelas para as quais foram instituídas; e acabando com as antigas diferenças que, como é sabido, por
- Sujeição a controle ou tutela: é indispensável para que anos e anos, provocaram inconformismos e litígios entre os
a autarquia não se desvie de seus fins institucionais. servidores.
- Liberdade Financeira: As autarquias possuem verbas Controle Judicial: As autarquias, por serem dotadas de
próprias (surgem como resultado dos serviços que presta) e personalidade jurídica de direito público, podem praticar atos
verbas orçamentárias (são aquelas decorrentes do administrativos típicos e atos de direito privado (atípicos),
orçamento). Terão liberdade para manejar as verbas que sendo este último, controlados pelo judiciário, por vias
recebem como acharem conveniente, dentro dos limites da lei comuns adotadas na legislação processual, tal como ocorre
que as criou. com os atos jurídicos normais praticados por particulares. Já
- Liberdade Administrativa: As autarquias têm liberdade os atos administrativos, possuem algumas características
para desenvolver os seus serviços como acharem mais especiais, pois eles são controlados pelo judiciário tanto por
conveniente (comprar material, contratar pessoal etc.), dentro vias comuns, quanto pelas especiais, como é o caso do
dos limites da lei que as criou. mandado e da ação popular.
Classificação: Para Carvalho Filho, pode-se apontar três Foro dos litígios judiciais: Os litígios comuns, onde as
fatores que de fato demarcam diferenças entre as autarquias. autarquias federais figuram como autoras, rés, assistentes ou
São eles: oponentes, têm suas causas processadas e julgadas na Justiça
- o nível federativo: as autarquias podem ser federais, Federal, o mesmo foro apropriado para processar e julgar
estaduais, distritais e municipais, conforme instituídas pela mandados de segurança contra agentes autárquicos.
União, Estados, Distrito Federal e pelos Municípios; Quanto às autarquias estaduais e municipais, os processos
- quanto ao objeto: dentro das atividades típicas do em que encontramos como partes ou intervenientes terão seu
Estado, as que estão pré-ordenadas; e curso na Justiça Estadual comum, sendo o juízo indicado pelas
- as autarquias podem ter diferentes objetivos: as disposições da lei estadual de divisão e organização
autarquias assistenciais são aquelas que visam a dispensar judiciárias.
auxílio a regiões menos desenvolvidas, ou à categorias sociais Nos litígios decorrentes da relação de trabalho, o regime
específicas, para o fim de minorar as desigualdades regionais poderá ser estatutário ou trabalhista. Sendo estatutário, o
e sociais, conforme artigo 3º, inciso III, da Constituição (ex.: litígio será de natureza comum, as eventuais demandas
SUDENE). deverão ser processadas e julgadas nos juízos fazendários.
Segundo di Pietro, a classificação pode ser de acordo com Porém, se o litígio decorrer de contrato de trabalho firmado
vários critérios: entre a autarquia e o servidor, a natureza será de litígio
- tipo de atividade: Econômicas, de crédito e industriais, trabalhista (sentido estrito), devendo ser resolvido na Justiça
de previdência e assistência, profissionais ou corporativas; do Trabalho, seja a autarquia federal, estadual ou municipal.
- capacidade administrativa: geográfica ou territorial e a Responsabilidade civil: Prevê a Constituição que as
de serviço ou institucional; pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos
- estrutura: fundações e corporativas; e que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros.
- âmbito de atuação: federais, estaduais e municipais.

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A regra contida no referido dispositivo, consagra a teoria Agências executivas: A qualificação de agências
da responsabilidade objetiva do Estado, aquela que independe executivas se dá por meio de requerimento dos órgãos e das
da investigação sobre a culpa na conduta do agente. entidades que prestam atividades exclusivas do Estado e se
Prerrogativas autárquicas: As autarquias possuem candidatam à qualificação. Aqui estão envolvidas a instituição
algumas prerrogativas de direito público, sendo elas: e o Ministério responsável pela sua supervisão.13
- imunidade tributária: previsto no art. 150, § 2 º, da CF, Segundo determina a lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998,
veda a instituição de impostos sobre o patrimônio, a renda e artigos. 51 e 52 e parágrafos, o Poder Executivo poderá
os serviços das autarquias, desde que vinculados às suas qualificar como Agência Executiva autarquias ou fundações
finalidades essenciais ou às que delas decorram. Podemos, que tenham cumprido os requisitos de possuir plano
assim, dizer que a imunidade para as autarquias tem natureza estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
condicionada. institucional em andamento além da celebração de Contrato
- impenhorabilidade de seus bens e de suas rendas: de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
não pode ser usado o instrumento coercitivo da penhora como Os planos devem definir diretrizes, políticas e medidas
garantia do credor. voltadas para a racionalização de estruturas e do quadro de
- imprescritibilidade de seus bens: caracterizando-se servidores, a revisão dos processos de trabalho, o
como bens públicos, não podem ser eles adquiridos por desenvolvimento dos recursos humanos e o fortalecimento da
terceiros através de usucapião. identidade institucional da Agência Executiva.
- prescrição quinquenal: dívidas e direitos em favor de O Poder Executivo definirá também os critérios e
terceiros contra autarquias prescrevem em 5 anos. procedimentos para a elaboração e o acompanhamento dos
- créditos sujeitos à execução fiscal: os créditos Contratos de Gestão e dos programas de reestruturação e de
autárquicos são inscritos como dívida ativa e podem ser desenvolvimento institucional das Agências.
cobrados pelo processo especial das execuções fiscais. A qualificação como Agência Executiva deve ser dada por
- presunção de legitimidade de seus atos administrativos: meio de decreto do Presidente da República.
- principais situações processuais específicas: O Poder Executivo também estabelecerá medidas de
As autarquias são consideradas como fazenda pública, organização administrativa específicas para as Agências
razão pela qual, nos processos em que é parte, tem prazo em Executivas, com o objetivo de assegurar a sua autonomia de
dobro para recorrer (art. 183 do NCPC). Elas estão sujeitas ao gestão, bem como as condições orçamentárias e financeiras
duplo grau de jurisdição. A defesa de autarquia em execução para o cumprimento dos contratos de gestão.
por quantia certa, fundada em título judicial, se formaliza em O plano estratégico de reestruturação deve produzir
outros apensos ao processo principal e por meio de embargos melhorias na gestão da instituição, com vistas à melhoria dos
do devedor. resultados, do atendimento aos seus clientes e usuários e da
utilização dos recursos públicos.
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os O contrato de gestão estabelecerá os objetivos estratégicos
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito e as metas a serem alcançadas pela instituição em
público gozarão de prazo em dobro para todas as suas determinado período de tempo, além dos indicadores que
manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da medirão seu desempenho na realização de suas metas
intimação pessoal. contratuais, condições de execução, gestão de recursos
§ 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio humanos, de orçamento e de compras e contratos.
eletrônico. A autonomia concedida estará subordinada à assinatura do
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando Contrato de Gestão com o Ministério supervisor, no qual serão
a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente firmados, de comum acordo, compromissos de resultados.
público. Organização administrativa das Agências Executivas.
As Agências Executivas serão objeto de medidas específicas de
Contratos; Os contratos celebrados pelas autarquias são organização administrativa. Os objetivos são, basicamente,
de caráter administrativo e possuem as cláusulas exorbitantes, aumento de eficiência na utilização dos recursos públicos,
que garantem à administração prerrogativas que o contratado melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços
não tem, assim, dependem de prévia licitação, exceto nos casos prestados, maior autonomia de administração orçamentária,
de dispensa ou inexigibilidade e precisam respeitar os financeira, operacional e de recursos humanos além de
trâmites da lei 8.666/1993, além da lei 10.520/2002, que eliminar fatores restritivos à sua atuação como instituição.
institui a modalidade licitatória do pregão para os entes A não existência de certos limites de atuação das Agências
públicos. é condicionada à existência prévia de recursos orçamentários
Autarquia de regime especial: É toda aquela em que a lei disponíveis e a necessidade dos serviços para o cumprimento
instituidora conferir privilégios específicos e aumentar sua dos objetivos e metas do contrato de gestão.
autonomia comparativamente com as autarquias comuns, sem Sem aumentar despesas e o numeral de cargos da entidade,
infringir os preceitos constitucionais pertinentes a essas os Ministros supervisores tem competência para aprovação ou
entidades de personalidade pública. O que posiciona a readequação das estruturas regimentais ou estatutos das
autarquia de regime especial são as regalias que a lei criadora Agências Executivas. Esta competência poderá ser delegada
lhe confere para o pleno desempenho de suas finalidades pelo Ministro supervisor ao dirigente máximo da Agência
específicas. 12 Executiva.
Assim, são consideradas autarquias de regime especial o Os dirigentes máximos das Agências Executivas também
Banco Central do Brasil, as entidades encarregadas, por lei, dos poderão autorizar os afastamentos do País de servidores civis
serviços de fiscalização de profissões. Com a política das respectivas entidades.
governamental de transferir para o setor privado a execução As Agências Executivas também poderão editar
de serviços públicos, reservando ao Estado a regulamentação, regulamentos próprios de avaliação de desempenho dos seus
o controle e fiscalização desses serviços, houve a necessidade servidores. Estes serão previamente aprovados pelo seu
de criar na administração agências especiais destinadas a esse Ministério supervisor e, provavelmente, pelo substituto
fim.

12 http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/27676/autarquias-de- 13 http://www.ambito-
regime-especial juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=661

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Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado nos (D) órgãos da administração direta e estão vinculadas a
governos posteriores à sua extinção. algum ministério.
De acordo com o que se viu a partir da Emenda (E) organizações sociais sem fins lucrativos com atividades
Constitucional nº 19 de 1998, os resultados da avaliação dirigidas ao ensino e à pesquisa científica
poderão ser levados em conta para efeito de progressão
funcional dos servidores das Agências Executivas. 04. (EPT – Maricá -Assistente Administrativo –IESAP).
Agências Reguladoras: As agências reguladoras foram Sobre as autarquias não é correto afirmar:
criadas pelo Estado com a finalidade de tentar fiscalizar as (A) Deve ser criada mediante lei específica.
atividades das iniciativas privadas. Tratam-se de espécies do (B) Executa atividades típicas da administração pública,
gênero autarquias, possuem as mesmas características, exceto que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
pelo fato de se submeterem a um regime especial. Seu escopo administrativa e financeira descentralizada.
principal é a regulamentação, controle e fiscalização da (C) É uma entidade com personalidade jurídica de direito
execução dos serviços públicos transferidos ao setor privado. privado, criada por lei.
(D) São entes de direito público com personalidade
Questões jurídica e patrimônios próprios.

01. (TRE/SP - Analista Judiciário - Área Administrativa 05. (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento -
– FCC/2017). A Administração pública, quando se organiza de Conhecimentos Gerais – ESAF). São características das
forma descentralizada, contempla a criação de pessoas autarquias, exceto:
jurídicas, com competências próprias, que desempenham (A) criação por lei de iniciativa do Chefe do Poder
funções originariamente de atribuição da Administração Executivo.
direta. Essas pessoas jurídicas, (B) personalidade de direito público, submetendo-se a
(A) quando constituídas sob a forma de autarquias, podem regime jurídico administrativo quanto à criação, extinção e
ter natureza jurídica de direito público ou privado, podendo poderes.
prestar serviços públicos com os mesmos poderes e (C) capacidade de autoadministração, o que implica
prerrogativas que a Administração direta. autonomia referente às suas atividades de administração
(B) podem ter natureza jurídica de direito privado ou ordinária (atividade meio), bem como às suas atividades
público, mas não estão habilitadas a desempenhar os poderes normativas e regulamentares.
típicos da Administração direta. (D) especialização dos fins ou atividades, sendo-lhes
(C) desempenham todos os poderes atribuídos à vedado exercer atividades diversas daquelas para as quais
Administração direta, à exceção do poder de polícia, em foram instituídas.
qualquer de suas vertentes, privativo da Administração direta, (E) sujeição a controle ou tutela, o que não exclui o controle
por envolver limitação de direitos individuais. interno.
(D) quando constituídas sob a forma de autarquias,
possuem natureza jurídica de direito público, podendo exercer Gabarito
poder de polícia na forma e limites que lhe tiverem sido
atribuídos pela lei de criação. 01.D/ 02.C/ 03.A/ 04.C/ 05.C.
(E) terão natureza jurídica de direito privado quando se
tratar de empresas estatais, mas seus bens estão sujeitos a Fundações públicas
regime jurídico de direito público, o que também se aplica no Fundação é uma pessoa jurídica composta por um
que concerne aos poderes da Administração, que patrimônio personalizado, destacado pelo seu instituidor para
desempenham integralmente, especialmente poder de polícia. atingir uma finalidade específica. As fundações poderão ser
tanto de direito público quanto de direito privado.
02. (PC/PE - Escrivão de Polícia – CESPE/2016). Com As fundações que integram a Administração indireta,
referência à administração pública direta e indireta, assinale a quando forem dotadas de personalidade de direito público,
opção correta. serão regidas integralmente por regras de Direito Público.
(A) Os serviços sociais autônomos, por possuírem Quando forem dotadas de personalidade de direito privado,
personalidade jurídica de direito público, são mantidos por serão regidas por regras de direito público e direito privado.
dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais. O patrimônio da fundação pública é destacado pela
(B) A fundação pública não tem capacidade de Administração direta, que é o instituidor para definir a
autoadministração. finalidade pública. Como exemplo de fundações, temos: IBGE
(C) Como pessoa jurídica de direito público, a autarquia (Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico); Universidade de
realiza atividades típicas da administração pública. Brasília; Fundação CASA; FUNAI; Fundação Memorial da
(D) A sociedade de economia mista tem personalidade América Latina; Fundação Padre Anchieta (TV Cultura).
jurídica de direito público e destina-se à exploração de Características:
atividade econômica. - Liberdade financeira;
(E) A empresa pública tem personalidade jurídica de - Liberdade administrativa;
direito privado e controle acionário majoritário da União ou - Dirigentes próprios;
outra entidade da administração indireta. - Patrimônio próprio: Patrimônio personalizado significa
dizer que sobre ele recai normas jurídicas que o tornam sujeito
03. (TCE/PR - Auditor – CESPE/2016). Na organização de direitos e obrigações e que ele está voltado a garantir que
administrativa do poder público, as autarquias públicas são seja atingido a finalidade para qual foi criado.
(A) entidades da administração indireta com Não existe hierarquia ou subordinação entre a fundação e
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios. a Administração direta. O que existe é um controle de
(B) sociedades de economia mista criadas por lei para a legalidade, um controle finalístico.
exploração de atividade econômica. As fundações governamentais, sejam de personalidade de
(C) organizações da sociedade civil constituídas com fins direito público, sejam de direito privado, integram a
filantrópicos e sociais. Administração Pública. A lei cria e dá personalidade para as
fundações governamentais de direito público. As fundações
governamentais de direito privado são autorizadas por lei e

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sua personalidade jurídica se inicia com o registro de seus Empresas privadas Primeiramente devemos enfatizar
estatutos. que a empresa privada não depende do poder do Estado para
sua subsistência, o particular, conhecido como empresário é
Questões que terá comando sobre esta. Contudo, vale lembrar que o fato
de não depender do Estado não desobriga a pessoa jurídica
01. (ANS - Técnico Administrativo – FUNCAB/2016). criadora da empresa a pagar impostos ao Estado.
Em relação à organização administrativa, marque a alternativa As empresas privadas funcionam em um sistema de
correta. mercado. O empresário possui liberdade para agir, ainda que
(A) As entidades paraestatais, como as fundações ou se submeta a algumas limitações relacionadas `a natureza do
entidades de apoio, e os serviços sociais autônomos compõem produto, condições de trabalho, entre outros.
a estrutura da Administração Pública e se submetem ao regime Nela encontramos a concorrência, pois é formada por
jurídico administrativo previsto na Constituição da República. particulares, ensejando na perda e ganhos de seus produtos.
(B) As autarquias, assim como as fundações públicas, Desta forma apresenta vantagens, já que precisa ter um
podem assumir a personalidade de direito privado ou público. diferencial em relação às demais, oferecendo os melhores
No entanto, quando criadas com natureza privada, não se produtos e um preço mais atrativo para o consumidor.
submetem ao regime próprio das entidades públicas. Os bens e serviços que produz estão destinados a um
(C) As sociedades de economia mista federais são dotadas mercado, a reação do qual é um elemento de risco do
de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio gerenciamento da empresa.
próprio e capital exclusivo da União, e só podem assumir a Infelizmente, devido ao insucesso de algumas, acaba
forma jurídica de sociedades anônimas. ocorrendo a falência por não se adequarem ao competitivo
(D) Os servidores das empresas públicas federais são mercado de trabalho. Para que isso não ocorra com a maioria
admitidos obrigatoriamente por concurso público para ocupar das nossas empresas privadas, o Estado mantendo-se
cargos públicos sem estabilidade e sujeitos às normas indiretamente como sócio.
estabelecidas na CLT. Subsidiárias são empresas que são controladas ou
(E) As fundações públicas de direito privado somente pertencem a outra empresa. A empresa que controla a
adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura subsidiária é conhecida como empresa mãe (holding).
pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Uma holding tem a função de controlar a outra empresa e
Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do não de controlar seu próprio negócio. Caso a holding detenha
Código Civil concernentes às fundações. todo o estoque, a subsidiária que é controladas passa a se
chamar de subsidiária integral.
02. (JUCEPAR/PR - Administrador – FAU/2016). A
Administração Pública pode ser exercida por meio de órgãos Questão
ou instituições diretas e indiretas, de várias formas e com
conceitos e caracterizações bem definidos. Neste sentido 01. (Prefeitura de Rio de Janeiro – RJP- Assistente
questiona-se: a que tipo de órgão ou instituição pertence a Administrativo - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ). De
seguinte caracterização? acordo com o entendimento doutrinário, as empresas públicas
podem ser conceituadas como:
“(...) o patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de (A) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da
personalidade jurídica, de direito público ou privado, e Administração Indireta, criadas por lei sob a forma de
destinado por lei, ao desempenho de atividades do Estado na sociedades anônimas para desempenhar funções que,
ordem social, com capacidade de autoadministração e despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas de
mediante controle da Administração Pública, nos limites da estado
lei.” (B) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da
(A) Autarquia. Administração Indireta, criadas por autorização legal sob
(B) Sociedade de Economia Mista. qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o
(C) Fundação. governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em
(D) Agência Reguladora. certas situações, execute a prestação de serviços públicos
(E) Administração Direta. (C) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da
Administração Indireta, criadas por autorização legal sob
Gabarito qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o
governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em
01.E/ 02.C certas situações, execute a prestação de serviços públicos
(D) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da
Empresas públicas Administração Indireta, criadas por autorização legal sob a
Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito forma de sociedades anônimas, cujo controle acionário
Privado, criadas para a prestação de serviços públicos ou para pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a
a exploração de atividades econômicas que contam com exploração de atividades gerais de caráter econômico e a
capital exclusivamente público e são constituídas por qualquer prestação de serviços públicos
modalidade empresarial. Se a empresa pública é prestadora de
serviços públicos, por consequência está submetida a regime Gabarito
jurídico público. Se a empresa pública é exploradora de
atividade econômica, estará submetida a regime jurídico igual 01.C.
ao da iniciativa privada.
Vale fazer uma ressalva quanto às empresas públicas Sociedade de economia mista
prestadoras de serviço público, muitos doutrinadores As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de
divergem se eles podem ou não falir. Trouxemos os Direito Privado criadas para a prestação de serviços públicos
entendimentos apontados por alguns doutrinadores no ou para a exploração de atividade econômica, contando com
sentido que essas empresas não se submetem ao regime capital misto e constituídas somente sob a forma empresarial
falimentar. Vejamos: de S/A. As sociedades de economia mista são:
- Pessoas jurídicas de Direito Privado.

Direito Administrativo 20
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- Exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de Natureza Jurídica


serviços públicos. Ainda que a doutrina não seja uníssona em considerar a
- Empresas de capital misto. natureza jurídica dos consórcios públicos, a maior parte dela
- Constituídas sob forma empresarial de S/A. defende que os consórcios possuem natureza de contratos. A
Veja alguns exemplos de sociedade mista: explicação para isso é que
a. Exploradoras de atividade econômica: Banco do Brasil. E ainda, segundo Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino:
b. Prestadora de serviços públicos: Petrobrás, Sabesp, “Com o intuito de compatibilizar com a Constituição essa
Metrô, CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional edição, pela União, de normas gerais sobre consórcios
Urbano) e CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços, públicos, a Lei nº 11.107/2005 atribuiu a eles natureza
empresa responsável pelo gerenciamento da execução de contratual. Assim, a competência da União estaria sendo
contratos que envolvem obras e serviços públicos no Estado exercida com base no art. 22, inciso XXVII, e não no art. 241 da
de São Paulo). Constituição”14.
As sociedades de economia mista têm as seguintes
características: Características
- Liberdade financeira; - os partícipes tem a mesma posição jurídica;
- Liberdade administrativa; - é conferida liberdade de ingresso e retirada dos
- Dirigentes próprios; partícipes...
- Patrimônio próprio.
Não existe hierarquia ou subordinação entre as sociedades No Brasil, existem dois tipos de contratos de consórcio
de economia mista e a Administração Direta, público, são eles:
independentemente da função dessas sociedades. No entanto, 1) consórcios públicos regidos pela Lei n. 11.107/2005:
é possível o controle de legalidade. Se os atos estão dentro dos celebrados por quaisquer entidades federativas;
limites da lei, as sociedades não estão subordinadas à 2) consórcios públicos convencionais: firmados entre
Administração Direta, mas sim à lei que as autorizou. entidades federativas do mesmo tipo.
As sociedades de economia mista integram a
Administração Indireta e todas as pessoas que a integram Personalidade Jurídica
precisam de lei para autorizar sua criação, sendo que elas
serão legalizadas por meio do registro de seus estatutos. A personalidade jurídica do consórcio público se dá nas
A lei, portanto, não cria, somente autoriza a criação das seguintes hipóteses:
sociedades de economia mista, ou seja, independentemente a) de direito público: no caso de formar associação pública,
das atividades que desenvolvam, a lei somente autorizará a por meio da vigência das leis de ratificação do protocolo de
criação das sociedades de economia mista. intenções;
Questão b) de direito privado: diante do atendimento das condições
da legislação civil (art. 6º).
01. (TJ/SC - Técnico Judiciário Auxiliar – FGV). São Ao adquirir personalidade jurídica autônoma, o consórcio
pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da público poderá:15
Administração Indireta do Estado, criadas por autorização a) firmar convênios, contratos, acordos de qualquer
legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais
para que o Governo exerça atividades gerais de caráter ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo;
econômico ou, em certas situações, execute a prestação de b) promover desapropriações e instituir servidões nos
serviços públicos, as: termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou
(A) autarquias; interesse social, realizada pelo Poder Público;
(B) fundações públicas; c) ser contratado pela Administração direta ou indireta dos
(C) fundações privadas; entes da Federação consorciados, dispensada a licitação;
(D) empresas públicas; d) emitir documentos de cobrança e exercer atividades de
(E) agências reguladoras. arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação
de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por
Gabarito eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo
ente da Federação consorciado;
01.D e) outorgar concessão, permissão ou autorização de obras
ou serviços públicos mediante autorização prevista no
CONSÓRCIOS PÚBLICOS contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma
específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e
Valendo-se do Decreto 6.017/07, podemos conceituar as condições a que deverá atender, observada a legislação de
consórcio público como: normas gerais em vigor.
“Pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da
Federação, na forma da Lei no 11.107, de 2005, para O consórcio público constituirá uma associação pública ou
estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a pessoa jurídica de direito privado. Veja o art. 6º, da Lei:
realização de objetivos de interesse comum, constituída como
associação pública, com personalidade jurídica de direito Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de I – de direito público, no caso de constituir associação
direito privado sem fins econômicos”. pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo
Eis que se trata de modalidade entre os entes federados, de intenções;
que fazem parte da administração indireta dos entes II – de direito privado, mediante o atendimento dos
consorciados, voltado ao planejamento, regulação e execução requisitos da legislação civil.
de atividades de maneira em geral.

14 ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo 15MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4ª edição. Ed. Saraiva.
Descomplicado. 15.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2008. p. 57. 2014.

Direito Administrativo 21
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§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de d) as condições a que deve obedecer o contrato de programa,
direito público integra a administração indireta de todos os no caso de a gestão associada envolver também a prestação de
entes da Federação consorciados. serviços por órgão ou entidade de um dos entes da Federação
§ 2º No caso de se revestir de personalidade jurídica de consorciados;
direito privado, o consórcio público observará as normas de e) os critérios técnicos para cálculo do valor das tarifas e de
direito público no que concerne à realização de licitação, outros preços públicos, bem como para seu reajuste ou revisão;
celebração de contratos, prestação de contas e admissão de e
pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho XII – o direito de qualquer dos contratantes, quando
- CLT. adimplente com suas obrigações, de exigir o pleno cumprimento
Assim, quando público, o consórcio fará parte da das cláusulas do contrato de consórcio público.
Administração Indireta. § 1º Para os fins do inciso III do caput deste artigo,
O consórcio possui algumas vantagens estabelecidas no considera-se como área de atuação do consórcio público,
art. 2º, da Lei: independentemente de figurar a União como consorciada, a que
corresponde à soma dos territórios:
Art. 2º, § 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o I – dos Municípios, quando o consórcio público for
consórcio público poderá: constituído somente por Municípios ou por um Estado e
I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer Municípios com territórios nele contidos;
natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou II – dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando
econômicas de outras entidades e órgãos do governo; o consórcio público for, respectivamente, constituído por mais
de 1 (um) Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e o Distrito
II – nos termos do contrato de consórcio de direito público, Federal;
promover desapropriações e instituir servidões nos termos de III – (VETADO)
declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse IV – dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio
social, realizada pelo Poder Público; e for constituído pelo Distrito Federal e os Municípios; e
III – ser contratado pela administração direta ou indireta V – (VETADO)
dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação. § 2º O protocolo de intenções deve definir o número de votos
que cada ente da Federação consorciado possui na assembleia
Constituição, alteração e extinção do Consórcio geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado.
O consórcio passa por uma série de etapas para sua § 3º É nula a cláusula do contrato de consórcio que preveja
constituição determinadas contribuições financeiras ou econômicas de ente
a) Subscrição de protocolo de intenções: da Federação ao consórcio público, salvo a doação, destinação
Art. 3º O consórcio público será constituído por contrato ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis e as transferências
cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de ou cessões de direitos operadas por força de gestão associada de
intenções. serviços públicos.
Art. 4º São cláusulas necessárias do protocolo de intenções § 4º Os entes da Federação consorciados, ou os com eles
as que estabeleçam: conveniados, poderão ceder-lhe servidores, na forma e condições
I – a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede da legislação de cada um.
do consórcio;
II – a identificação dos entes da Federação consorciados; Publicação do Protocolo
III – a indicação da área de atuação do consórcio;
IV – a previsão de que o consórcio público é associação Art. 4º, § 5º O protocolo de intenções deverá ser publicado
pública ou pessoa jurídica de direito privado sem fins na imprensa oficial.
econômicos;
V – os critérios para, em assuntos de interesse comum, Lei promulgada por cada um dos partícipes
autorizar o consórcio público a representar os entes da ratificando, total ou parcialmente, o protocolo de
Federação consorciados perante outras esferas de governo; intenções ou disciplinando a matéria. Observe que a
VI – as normas de convocação e funcionamento da ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita pelos
assembleia geral, inclusive para a elaboração, aprovação e demais entes subscritores, implicará consorciamento parcial
modificação dos estatutos do consórcio público; ou condicional.
VII – a previsão de que a assembleia geral é a instância
máxima do consórcio público e o número de votos para as suas Art. 5º O contrato de consórcio público será celebrado com
deliberações; a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.
VIII – a forma de eleição e a duração do mandato do § 1ºO contrato de consórcio público, caso assim preveja
representante legal do consórcio público que, obrigatoriamente, cláusula, pode ser celebrado por apenas 1 (uma) parcela dos
deverá ser Chefe do Poder Executivo de ente da Federação entes da Federação que subscreveram o protocolo de intenções.
consorciado; § 2º A ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita
IX – o número, as formas de provimento e a remuneração dos pelos demais entes subscritores, implicará consorciamento
empregados públicos, bem como os casos de contratação por parcial ou condicional.
tempo determinado para atender a necessidade temporária de § 3º A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subscrição
excepcional interesse público; do protocolo de intenções dependerá de homologação da
X – as condições para que o consórcio público celebre assembleia geral do consórcio público.
contrato de gestão ou termo de parceria; § 4º É dispensado da ratificação prevista no caput deste
XI – a autorização para a gestão associada de serviços artigo o ente da Federação que, antes de subscrever o protocolo
públicos, explicitando: de intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio
a) as competências cujo exercício se transferiu ao consórcio público.
público;
b) os serviços públicos objeto da gestão associada e a área Contrato de Rateio
em que serão prestados;
c) a autorização para licitar ou outorgar concessão, A Lei prevê duas modalidades de contratos: o contrato de
permissão ou autorização da prestação dos serviços; rateio e o contrato de programa.

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Veja o artigo: IV – a indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do


Art. 8º Os entes consorciados somente entregarão recursos pessoal transferido;
ao consórcio público mediante contrato de rateio. V – a identificação dos bens que terão apenas a sua gestão e
§ 1º O contrato de rateio será formalizado em cada exercício administração transferidas e o preço dos que sejam
financeiro e seu prazo de vigência não será superior ao das efetivamente alienados ao contratado;
dotações que o suportam, com exceção dos contratos que VI – o procedimento para o levantamento, cadastro e
tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados
programas e ações contemplados em plano plurianual ou a mediante receitas de tarifas ou outras emergentes da prestação
gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou dos serviços.
outros preços públicos. § 3º É nula a cláusula de contrato de programa que atribuir
§ 2º É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio ao contratado o exercício dos poderes de planejamento,
de contrato de rateio para o atendimento de despesas genéricas, regulação e fiscalização dos serviços por ele próprio prestados.
inclusive transferências ou operações de crédito. § 4º O contrato de programa continuará vigente mesmo
§ 3º Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem quando extinto o consórcio público ou o convênio de cooperação
como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o que autorizou a gestão associada de serviços públicos.
cumprimento das obrigações previstas no contrato de rateio. § 5º Mediante previsão do contrato de consórcio público, ou
§ 4º Com o objetivo de permitir o atendimento dos de convênio de cooperação, o contrato de programa poderá ser
dispositivos da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, celebrado por entidades de direito público ou privado que
o consórcio público deve fornecer as informações necessárias integrem a administração indireta de qualquer dos entes da
para que sejam consolidadas, nas contas dos entes consorciados, Federação consorciados ou conveniados.
todas as despesas realizadas com os recursos entregues em § 6º O contrato celebrado na forma prevista no § 5º deste
virtude de contrato de rateio, de forma que possam ser artigo será automaticamente extinto no caso de o contratado
contabilizadas nas contas de cada ente da Federação na não mais integrar a administração indireta do ente da
conformidade dos elementos econômicos e das atividades ou Federação que autorizou a gestão associada de serviços públicos
projetos atendidos. por meio de consórcio público ou de convênio de cooperação.
§ 5º Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia § 7º Excluem-se do previsto no caput deste artigo as
suspensão, o ente consorciado que não consignar, em sua lei obrigações cujo descumprimento não acarrete qualquer ônus,
orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações suficientes inclusive financeiro, a ente da Federação ou a consórcio público.
para suportar as despesas assumidas por meio de contrato de
rateio. Quanto ao controle

Contratos de Programa Por fazer parte da Administração Indireta, ela possui o


poder de fiscalização semelhante ao das autarquias, ou seja,
Será uma gestão relacionada mediante o consórcio público, não se submete a Administração Direta, mas sim a mera
na forma da Lei 11.107 ou diante de acordo de vontades. supervisão.
Será celebrado na área do consórcio, diante do próprio Para melhor compreensão do assunto, importante a leitura
consórcio e um de seus consorciados, quando este ostenta na íntegra da Lei 11.107/2005.
prestar um serviço por seus próprios órgãos, ou fora do âmbito
do consórcio. LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 200516.

Veja o artigo: Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios


Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de públicos e dá outras providências.
programa, como condição de sua validade, as obrigações que um
ente da Federação constituir para com outro ente da Federação Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os
ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem
em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse
total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens comum e dá outras providências.
necessários à continuidade dos serviços transferidos. § 1º O consórcio público constituirá associação pública ou
§ 1º O contrato de programa deverá: pessoa jurídica de direito privado.
I – atender à legislação de concessões e permissões de §2º A União somente participará de consórcios públicos em
serviços públicos e, especialmente no que se refere ao cálculo de que também façam parte todos os Estados em cujos territórios
tarifas e de outros preços públicos, à de regulação dos serviços a estejam situados os Municípios consorciados.
serem prestados; e § 3º Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão
II – prever procedimentos que garantam a transparência da obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o
gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a Sistema Único de Saúde – SUS.
cada um de seus titulares.
§ 2º No caso de a gestão associada originar a transferência Art. 2º Os objetivos dos consórcios públicos serão
total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais determinados pelos entes da Federação que se consorciarem,
à continuidade dos serviços transferidos, o contrato de observados os limites constitucionais.
programa, sob pena de nulidade, deverá conter cláusulas que
estabeleçam: § 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio
I – os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária público poderá:
da entidade que os transferiu; I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer
II – as penalidades no caso de inadimplência em relação aos natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou
encargos transferidos; econômicas de outras entidades e órgãos do governo;
III – o momento de transferência dos serviços e os deveres II – nos termos do contrato de consórcio de direito público,
relativos a sua continuidade; promover desapropriações e instituir servidões nos termos de

16 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11107.htm
Acesso: 02.04.2019.

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declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse independentemente de figurar a União como consorciada, a que
social, realizada pelo Poder Público; e corresponde à soma dos territórios:
III – ser contratado pela administração direta ou indireta I – dos Municípios, quando o consórcio público for
dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação. constituído somente por Municípios ou por um Estado e
§ 2º Os consórcios públicos poderão emitir documentos de Municípios com territórios nele contidos;
cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros II – dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando
preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou o consórcio público for, respectivamente, constituído por mais
outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou, de 1 (um) Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e o Distrito
mediante autorização específica, pelo ente da Federação Federal;
consorciado. III – (VETADO)
§ 3º Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, IV – dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio
permissão ou autorização de obras ou serviços públicos for constituído pelo Distrito Federal e os Municípios; e
mediante autorização prevista no contrato de consórcio público, V – (VETADO)
que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão,
permissão ou autorização e as condições a que deverá atender, §2º O protocolo de intenções deve definir o número de votos
observada a legislação de normas gerais em vigor. que cada ente da Federação consorciado possui na assembleia
geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado.
Art. 3º O consórcio público será constituído por contrato § 3º É nula a cláusula do contrato de consórcio que preveja
cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de determinadas contribuições financeiras ou econômicas de ente
intenções. da Federação ao consórcio público, salvo a doação, destinação
ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis e as transferências
Art. 4º São cláusulas necessárias do protocolo de intenções ou cessões de direitos operadas por força de gestão associada de
as que estabeleçam: serviços públicos.
I – a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede § 4º Os entes da Federação consorciados, ou os com eles
do consórcio; conveniados, poderão ceder-lhe servidores, na forma e condições
II – a identificação dos entes da Federação consorciados; da legislação de cada um.
III – a indicação da área de atuação do consórcio; § 5º O protocolo de intenções deverá ser publicado na
IV – a previsão de que o consórcio público é associação imprensa oficial.
pública ou pessoa jurídica de direito privado sem fins
econômicos; Art. 5º O contrato de consórcio público será celebrado com
V – os critérios para, em assuntos de interesse comum, a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.
autorizar o consórcio público a representar os entes da § 1º O contrato de consórcio público, caso assim preveja
Federação consorciados perante outras esferas de governo; cláusula, pode ser celebrado por apenas 1 (uma) parcela dos
VI – as normas de convocação e funcionamento da entes da Federação que subscreveram o protocolo de intenções.
assembléia geral, inclusive para a elaboração, aprovação e § 2º A ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita
modificação dos estatutos do consórcio público; pelos demais entes subscritores, implicará consorciamento
VII – a previsão de que a assembleia geral é a instância parcial ou condicional.
máxima do consórcio público e o número de votos para as suas § 3º A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subscrição
deliberações; do protocolo de intenções dependerá de homologação da
VIII – a forma de eleição e a duração do mandato do assembleia geral do consórcio público.
representante legal do consórcio público que, obrigatoriamente, § 4º É dispensado da ratificação prevista no caput deste
deverá ser Chefe do Poder Executivo de ente da Federação artigo o ente da Federação que, antes de subscrever o protocolo
consorciado; de intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio
IX – o número, as formas de provimento e a remuneração dos público.
empregados públicos, bem como os casos de contratação por
tempo determinado para atender a necessidade temporária de Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
excepcional interesse público; I – de direito público, no caso de constituir associação
X – as condições para que o consórcio público celebre pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo
contrato de gestão ou termo de parceria; de intenções;
XI – a autorização para a gestão associada de serviços II – de direito privado, mediante o atendimento dos
públicos, explicitando: requisitos da legislação civil.
a) as competências cujo exercício se transferiu ao consórcio § 1º O consórcio público com personalidade jurídica de
público; direito público integra a administração indireta de todos os
b) os serviços públicos objeto da gestão associada e a área entes da Federação consorciados.
em que serão prestados; § 2º No caso de se revestir de personalidade jurídica de
c) a autorização para licitar ou outorgar concessão, direito privado, o consórcio público observará as normas de
permissão ou autorização da prestação dos serviços; direito público no que concerne à realização de licitação,
d) as condições a que deve obedecer o contrato de programa, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de
no caso de a gestão associada envolver também a prestação de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho
serviços por órgão ou entidade de um dos entes da Federação - CLT.
consorciados; Art. 7º Os estatutos disporão sobre a organização e o
e) os critérios técnicos para cálculo do valor das tarifas e de funcionamento de cada um dos órgãos constitutivos do
outros preços públicos, bem como para seu reajuste ou revisão; consórcio público.
e
XII – o direito de qualquer dos contratantes, quando Art. 8º Os entes consorciados somente entregarão recursos
adimplente com suas obrigações, de exigir o pleno cumprimento ao consórcio público mediante contrato de rateio.
das cláusulas do contrato de consórcio público. § 1º O contrato de rateio será formalizado em cada exercício
§1º Para os fins do inciso III do caput deste artigo, considera- financeiro e seu prazo de vigência não será superior ao das
se como área de atuação do consórcio público, dotações que o suportam, com exceção dos contratos que
tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em

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programas e ações contemplados em plano plurianual ou a Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de
gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou programa, como condição de sua validade, as obrigações que um
outros preços públicos. ente da Federação constituir para com outro ente da Federação
§ 2º É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada
de contrato de rateio para o atendimento de despesas genéricas, em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência
inclusive transferências ou operações de crédito. total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens
§ 3º Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem necessários à continuidade dos serviços transferidos.
como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o § 1º O contrato de programa deverá:
cumprimento das obrigações previstas no contrato de rateio. I – atender à legislação de concessões e permissões de
§ 4º Com o objetivo de permitir o atendimento dos serviços públicos e, especialmente no que se refere ao cálculo de
dispositivos da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, tarifas e de outros preços públicos, à de regulação dos serviços a
o consórcio público deve fornecer as informações necessárias serem prestados; e
para que sejam consolidadas, nas contas dos entes consorciados, II – prever procedimentos que garantam a transparência da
todas as despesas realizadas com os recursos entregues em gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a
virtude de contrato de rateio, de forma que possam ser cada um de seus titulares.
contabilizadas nas contas de cada ente da Federação na § 2º No caso de a gestão associada originar a transferência
conformidade dos elementos econômicos e das atividades ou total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais
projetos atendidos. à continuidade dos serviços transferidos, o contrato de
§ 5º Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia programa, sob pena de nulidade, deverá conter cláusulas que
suspensão, o ente consorciado que não consignar, em sua lei estabeleçam:
orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações suficientes I – os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária
para suportar as despesas assumidas por meio de contrato de da entidade que os transferiu;
rateio. II – as penalidades no caso de inadimplência em relação aos
encargos transferidos;
Art. 9º A execução das receitas e despesas do consórcio III – o momento de transferência dos serviços e os deveres
público deverá obedecer às normas de direito financeiro relativos a sua continuidade;
aplicáveis às entidades públicas. IV – a indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do
Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à pessoal transferido;
fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal V – a identificação dos bens que terão apenas a sua gestão e
de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder administração transferidas e o preço dos que sejam
Executivo representante legal do consórcio, inclusive quanto à efetivamente alienados ao contratado;
legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos, VI – o procedimento para o levantamento, cadastro e
contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados
externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos de mediante receitas de tarifas ou outras emergentes da prestação
rateio. dos serviços.
§ 3º É nula a cláusula de contrato de programa que atribuir
Art. 10. (VETADO) ao contratado o exercício dos poderes de planejamento,
Parágrafo único. Os agentes públicos incumbidos da gestão regulação e fiscalização dos serviços por ele próprio prestados.
de consórcio não responderão pessoalmente pelas obrigações § 4º O contrato de programa continuará vigente mesmo
contraídas pelo consórcio público, mas responderão pelos atos quando extinto o consórcio público ou o convênio de cooperação
praticados em desconformidade com a lei ou com as disposições que autorizou a gestão associada de serviços públicos.
dos respectivos estatutos. § 5º Mediante previsão do contrato de consórcio público, ou
de convênio de cooperação, o contrato de programa poderá ser
Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio celebrado por entidades de direito público ou privado que
público dependerá de ato formal de seu representante na integrem a administração indireta de qualquer dos entes da
assembleia geral, na forma previamente disciplinada por lei. Federação consorciados ou conveniados.
§ 1º Os bens destinados ao consórcio público pelo § 6º O contrato celebrado na forma prevista no § 5º deste
consorciado que se retira somente serão revertidos ou artigo será automaticamente extinto no caso de o contratado
retrocedidos no caso de expressa previsão no contrato de não mais integrar a administração indireta do ente da
consórcio público ou no instrumento de transferência ou de Federação que autorizou a gestão associada de serviços públicos
alienação. por meio de consórcio público ou de convênio de cooperação.
§ 2º A retirada ou a extinção do consórcio público não § 7º Excluem-se do previsto no caput deste artigo as
prejudicará as obrigações já constituídas, inclusive os contratos obrigações cujo descumprimento não acarrete qualquer ônus,
de programa, cuja extinção dependerá do prévio pagamento das inclusive financeiro, a ente da Federação ou a consórcio público.
indenizações eventualmente devidas.
Art. 14. A União poderá celebrar convênios com os
Art. 12. A alteração ou a extinção de contrato de consórcio consórcios públicos, com o objetivo de viabilizar a
público dependerá de instrumento aprovado pela assembleia descentralização e a prestação de políticas públicas em escalas
geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados. adequadas.
§ 1º Os bens, direitos, encargos e obrigações decorrentes da
gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou Art. 15. No que não contrariar esta Lei, a organização e
outra espécie de preço público serão atribuídos aos titulares dos funcionamento dos consórcios públicos serão disciplinados pela
respectivos serviços. legislação que rege as associações civis.
§ 2º Até que haja decisão que indique os responsáveis por
cada obrigação, os entes consorciados responderão Art. 16. O inciso IV do art. 41 da Lei no 10.406, de 10 de
solidariamente pelas obrigações remanescentes, garantindo o janeiro de 2002 - Código Civil, passa a vigorar com a seguinte
direito de regresso em face dos entes beneficiados ou dos que redação:
deram causa à obrigação.
"Art. 41. ...................................................................................
................................................................................................

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IV – as autarquias, inclusive as associações públicas; Questões


........................................................................................" (NR)
01. (MPE/RS - Promotor de Justiça – Reaplicação –
Art. 17. Os arts. 23, 24, 26 e 112 da Lei no 8.666, de 21 de MPE-RS/2017). Assinale a alternativa correta, em relação aos
junho de 1993, passam a vigorar com a seguinte redação: consórcios públicos disciplinados pela Lei n. 11.107, de 06 de
"Art. 23. ................................................................................... abril de 2005.
................................................................................................ (A) A emissão de documentos de cobrança e as atividades
§ 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos de arrecadação de tarifas e outros preços públicos não se
valores mencionados no caput deste artigo quando formado por coadunam com as finalidades estabelecidas em lei para os
até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por consórcios públicos, razão pela qual estão expressamente
maior número." (NR) vedadas.
"Art. 24. ................................................................................... (B) O protocolo de intenções deve definir o número de
................................................................................................ votos que cada ente da Federação consorciado possui na
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da assembleia geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente
Federação ou com entidade de sua administração indireta, para consorciado.
a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos (C) O consórcio público poderá ser concessionário,
do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio permissionário ou autorizatário do serviço público, mas não
de cooperação. poderá outorgar concessão, permissão ou autorização do
Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do serviço público a terceiros.
caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, (D) O consórcio público adquirirá personalidade jurídica
obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de direito público ou de direito privado, integrando, em
de economia mista, empresa pública e por autarquia ou qualquer caso, a administração indireta de todos os entes da
fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Federação consorciados.
Executivas." (E) O consórcio público que tenha personalidade jurídica
de direito privado não está sujeito à fiscalização contábil,
"Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas, a quem
inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade cabe fiscalizar apenas cada um dos integrantes do consórcio,
referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o nos termos do contrato de rateio.
retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º
desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à 02. (Câmara de Santa Rosa/RS - Procurador Jurídico
autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa Legislativo - Instituto Excelência/2017). Segundo a Lei
oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia 11.107/05 que Dispõe sobre normas gerais de contratação de
dos atos. consórcios públicos e da outras providências, pergunta-se:
......................................................................................" Quando o consórcio público adquirirá personalidade jurídica,
"Art. 112. ................................................................................ assinale a alternativa verdadeira:
§ 1º Os consórcios públicos poderão realizar licitação da (A) O Consórcio Público poderá adquirir personalidade
qual, nos termos do edital, decorram contratos administrativos jurídica quando for respectivamente constituído por mais de
celebrados por órgãos ou entidades dos entes da Federação um Estado e o Distrito Federal.
consorciados. (B) O Consórcio Público poderá adquirir personalidade
§ 2º É facultado à entidade interessada o acompanhamento jurídica, quando for constituído pelo Distrito Federal e
da licitação e da execução do contrato." Municípios.
Art. 18. O art. 10 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, passa (C) O Consórcio Público poderá adquirir personalidade
a vigorar acrescido dos seguintes incisos: jurídica quando constituir associação e vigência de lei,
"Art. 10. ................................................................................... condições da legislação na forma de cada um, protocolando
................................................................................................ suas intenções sobre a personalidade jurídica.
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por (D) O Consórcio Público poderá adquirir personalidade
objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão jurídica quando de direito privado, mediante o atendimento
associada sem observar as formalidades previstas na lei; dos requisitos da legislação civil.
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem
suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as 03. (Consurge/MG - Técnico Administrativo - Gestão
formalidades previstas na lei." (NR) Concurso/2016). Sobre a Lei Nº 11.107, de 6 de abril de 2005,
que dispõe sobre normas de contratação de consórcios
Art. 19. O disposto nesta Lei não se aplica aos convênios de públicos, assinale a alternativa CORRETA.
cooperação, contratos de programa para gestão associada de (A) Os consórcios públicos poderão emitir documentos de
serviços públicos ou instrumentos congêneres, que tenham sido cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e
celebrados anteriormente a sua vigência. outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso
ou outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou
Art. 20. O Poder Executivo da União regulamentará o mediante autorização especifica pelo ente da Federação
disposto nesta Lei, inclusive as normas gerais de contabilidade consorciado.
pública que serão observadas pelos consórcios públicos para que (B) Os consórcios públicos deverão refutar ou dar
sua gestão financeira e orçamentária se realize na permissão a obras ou serviços públicos, mediante autorização
conformidade dos pressupostos da responsabilidade fiscal. previa ao contrato de intenção, que poderá indicar de forma
específica o objeto da concessão.
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (C) Os números, as formas de provimento e remuneração
dos empregados públicos, bem como os casos de contratação
Brasília, 6 de abril de 2005; 18 4º da Independência e 117º da para atender às demandas de trabalho, estão atrelados à
República. gestão associada das assembleias.
(D) As condições associadas a que se referem os
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA programas, projetos e gestão envolvem também a prestação
de contas e de serviços de um dos entes da União.

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04. (Consurge/MG - Técnico Administrativo - Gestão se trata do Conselho de Defesa Nacional e da República, a
Concurso/2016). De acordo com os itens previstos na Lei Nº Constituição usa a expressão “órgão”.
11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas de Deste modo, podemos observar que a Constituição não
contratação de consórcios públicos, assinale a alternativa permite o estabelecimento de um conceito jurídico de órgãos,
INCORRETA. pois é desuniforme nesse aspecto. As únicas ocasiões em que
(A) Os consórcios públicos, na área da saúde, deverão se usa a expressão “órgão” ou “órgãos” são para o Conselho da
obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o República, para o Conselho de Defesa Nacional, e no Título do
Sistema Único de Saúde (SUS). Poder Judiciário, no art. 92.
(B) O consórcio público com personalidade jurídica de Pode-se definir o órgão público como uma unidade que
direito público ou privado integra a administração direta ou congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o
indireta de todos os entes da Federação consorciados, bem integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado.
como, da União e dos Estados. Na realidade, o órgão não se confunde com a pessoa
(C) É vedada a aplicação de recursos entregues por meio jurídica, embora seja uma de suas partes integrantes; a pessoa
de contrato de rateio para o atendimento de despesas jurídica é o todo, enquanto os órgãos são parcelas integrantes
genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito. do todo. O órgão também não se confunde com a pessoa física,
(D) Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem o agente público, porque congrega funções que este vai
como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o exercer. Conforme estabelece o artigo 1º, § 2º, inciso I, da Lei
cumprimento das obrigações previstas em contrato rateado. nº 9.784/99, que disciplina o processo administrativo no
âmbito da Administração Pública Federal, órgão é "a unidade
05. (Prefeitura de Itupeva/SP - Procurador Municipal de atuação integrante da estrutura da Administração direta e
– FUNRIO/2016). A Lei no 11.107-2005 dispõe sobre normas da estrutura da Administração indireta". Isto equivale a dizer
gerais de contratação de consórcios públicos estabelecendo que o órgão não tem personalidade jurídica própria, já que
que ele será constituído por contrato cuja celebração integra a estrutura da Administração Direta, ao contrário da
dependerá da prévia subscrição de: entidade, que constitui “unidade de atuação dotada de
(A) ações ordinárias personalidade jurídica” (inciso II do mesmo dispositivo); é o
(B) debêntures conversíveis caso das entidades da Administração Indireta (autarquias,
(C) cotas sociais fundações, empresas públicas e sociedades de economia
(D) partes beneficiárias mista).
(E) protocolo de intenções
Natureza dos Órgãos
Gabarito
Temos algumas teorias para responder. A teoria subjetiva
01.B / 02.D / 03.A / 04.B / 05.E confunde órgãos com agentes. Os órgãos são os próprios
agentes. Significa que, uma vez morto o agente, morto o órgão.
A teoria objetiva, por sua vez, confunde órgão com funções,
Órgãos públicos: conceito, um complexo de funções. Mas o órgão não tem vontade
própria, então não poderia, por si mesmo, traduzir as funções.
natureza e classificação. A teoria mista, que é uma combinação das duas anteriores,
peca pelas próprias críticas dirigidas às teorias anteriores. Se
os agentes desaparecem e os órgãos não têm vontade própria
Dentro do conceito de Administração Pública Direta, temos para serem realizadas, não há que se falar em teoria subjetiva
os órgãos públicos. Mas o que são esses órgãos? Temos vários ou objetiva.
significados, até chegar ao conceito de órgão para o Direito A outra questão é: qual seria a natureza jurídica da relação
Administrativo brasileiro. Vejamos: que se processa entre agentes e os órgãos públicos? Aqui
Em sentido corriqueiro, as pessoas entendem como órgão temos outras três teorias: do mandato ou do contrato, em
qualquer instituição que faça parte da Administração Pública. que o Estado confere mandato para que os agentes façam seus
Ministério é um órgão, o Supremo Tribunal Federal é outro, a trabalhos, o que é uma teoria não aceita porque os órgãos não
Petrobras é outro, a ECT, o BRB... têm vontade própria, então não podem estabelecer
O cidadão comum não tem a noção técnica e entende por procuração para que os agentes ajam em seu nome. Há
órgão qualquer instituição que faça parte da estrutura também a teoria da representação, que vem do Direito Civil,
administrativa, independentemente de sua posição dentro Direito que fornece várias bases para o Direito Administrativo.
dessa estrutura. O cidadão não tem esse discernimento de Essa teoria equipara o funcionamento dos órgãos aos
estabelecer o que são órgãos para o exercício das funções incapazes no Direito Civil. Tutores e curadores são
administrativas. Então ele usa um conceito de órgão em representados. Não tem mais sustentação pelo fato de que, se
sentido amplo. acontecesse, isso implicaria na impossibilidade da
Se buscarmos em nossa Constituição, veremos uma responsabilização do Estado em função de sua incapacidade.
curiosidade: quando trata da estrutura do Poder Legislativo, Não dá para colocar essa relação como sendo de representação
ela não fala em órgãos. Fala que a função legislativa é exercida equiparada ao direito privado em função daquilo que se faz
através do Congresso Nacional, mas não o chama de órgão. para que os atos da vida civil daqueles que não podem se
Igualmente menciona que o Tribunal de Contas da União representar, que são submetidos à tutela e curatela, a ser
exerce a função constitucional de fiscalização orçamentária, desempenhada por outra pessoa, em regra por designação
financeira, contábil, patrimonial e operacional, mas sem judicial. No Estado não há nenhuma designação judicial para
chamá-lo de órgão. que agentes públicos representem a Administração Pública.
Com o Poder Executivo, a Constituição não fala também em A teoria que ganhou importância foi a da imputação, vinda
órgãos, se limita a mencionar apenas Presidência da República da Alemanha. É a teoria do órgão. Diz que a conduta dos
e os Ministérios. agentes públicos são imputadas sempre à pessoa jurídica a que
Inclui até os juízes como órgãos. Assim, Juiz, na concepção pertencem, para que a responsabilização se faça contra o
constitucional, é tratado como órgão do Poder Judiciário. próprio Estado, e, se for o caso, depois por ação de regresso
Curiosamente, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a contra o próprio agente público. É a teoria que está na base da
Advocacia Pública são tratados como instituições. Mas, quando

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teoria da responsabilidade objetiva do Estado, no art. 37, § 6º - Federais;


da nossa Constituição. - Municipais;
É a chamada teoria da responsabilidade objetiva do Estado, - Estaduais;
em que a conduta do agente público é imputada ao próprio - do Distrito Federal.
Estado. Isso é praticamente sacramentado na doutrina. Uma segunda classificação, quanto ao poder decisório,
Assim, chegamos ao conceito técnico-doutrinário de órgão: colocada pela doutrina também. Nela, temos os órgãos
centros de competência instituídos para o desempenho de independentes, com poderes harmônicos e independentes
funções estatais, por intermédio de seus agentes, cuja atuação entre si. Art. 2º da Constituição:
é imputada à pessoa jurídica que pertencem.
Resumindo todo o exposto, vamos repassar as teorias Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos
explicativas da relação entre os agentes e órgãos públicos. entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
- Teoria do contrato ou do mandato, segundo a qual o
Estado conferiria mandato para que o agente atue em seu Congresso Nacional é constituído pela Câmara dos
nome; não é aceita porque o Estado não tem vontade própria; Deputados e pelo Senado Federal. O Tribunal de Contas da
- Teoria da representação, segundo a qual o Estado seria União também pode ser colocado aqui, muito embora não seja,
representado pelos seus agentes, numa relação como se fosse administrativamente, órgão integrante do Poder Legislativo.
de tutela ou curatela, com consequente irresponsabilidade do Às vezes existe essa confusão, pois a Constituição de 1967 dizia
Estado, motivo pelo qual não é aceita; que o TCU era órgão auxiliar do Poder Legislativo. A
- Teoria da Imputação, pela qual a conduta dos agentes Constituição atual não fala isso; O Tribunal de Contas exerce
públicos é sempre imputada à pessoa jurídica a que uma função de auxiliar o Poder Legislativo na tarefa de
pertencem. fiscalização dos atos do Poder Executivo e dos demais poderes.
Dessa observação, podemos estabelecer algumas No Poder Judiciário são órgãos independentes os
características que se colocam para órgão público. O Tribunais.
importante é que tenhamos em vista que o conceito de órgão Dentro do Poder Executivo o órgão independente é só a
público em Direito Administrativo é referente à Administração Presidência da República. Uma coisa curiosa é que, no Direito
Pública direta. Financeiro, em termos de lei orçamentária atual, a Advocacia-
Geral da União pertence à Presidência da República.
Características dos órgãos públicos Temos a classificação quanto à posição que os órgãos
ocupam na estrutura estatal. De acordo com ela, os órgãos
Órgãos, se tomados no sentido de Administração Direta ou podem ser:
integrante da Administração, não são pessoas jurídicas, - Independentes;
portanto não têm patrimônio público, e suas receitas não são - Autônomos;
próprias. Muitas vezes se fala em receitas públicas, que - Superiores;
pertencem aos órgãos a que estão relacionados. União, - Subalternos.
estados, municípios e Distrito Federal. Órgão da
Administração Direta não tem nem patrimônio próprio. O que Os independentes são os órgãos cuja competência deriva
é adquirido irá integrar um patrimônio que pertence ao ente da norma constitucional e não estão subordinados a nenhum
jurídico, e não é dele. O órgão não pode dispor daquele outro.
patrimônio. Portanto a alienação de bens tem que ser Os órgãos autônomos são os que estão abaixo dos
precedida de autorização legislativa, com avaliação dos bens. independentes, têm grande poder de decisão, e exercem as
Os órgãos atuam através de mandato, com relação atribuições de fixação de diretrizes políticas, como os
interpessoal entre vários deles. Ministérios, Secretarias dos estados e municípios e do Distrito
Outra característica que tiramos dos órgãos públicos em Federal.
consequência disso é a incapacidade processual do órgão. Não Depois temos os órgãos chamados superiores, que são os
pode propor ações em juízo, e, em regra, existe sempre algum que também têm uma grande parcela de poder decisório,
órgão que irá defendê-lo. É o caso das Advocacias Públicas. porém abaixo dos órgãos autônomos. Então, em geral, são as
Advocacia-Geral da União, por exemplo. O órgão por si mesmo divisões e departamentos. Toda Administração tem uma
não tem capacidade processual. Então as ações têm que ser divisão em departamentos. Hoje as agências e empresas
propostas contra o ente político a que pertencem. estatais usam gerências, como as de recursos humanos, de
Terceira observação: os órgãos obedecem ao princípio da finanças, etc.
hierarquia, e estão colocados por desconcentração, É curioso observar que a expressão órgão superior aparece
representados por uma pirâmide, com um chefe que é o designada especificamente para o Conselho de Defesa
comandante em função da hierarquia. Temos, portanto, Nacional. É o único caso em que se tem a expressão órgão
avocação e delegação de competência, possibilidade de superior. Art. 89 da Constituição.
punição, estabelecimento de sanções, tudo decorrente do Aparece aqui o Conselho da República, ao contrário do
princípio da hierarquia. Há, entre os órgãos da Administração Conselho de Defesa, que é órgão de consulta.
Pública, a observância rigorosa desse princípio. São essas
algumas características principais que, em geral, a doutrina Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de
apresenta para os órgãos. Há outra questão que é relacionada consulta do Presidente da República, e dele participam:
à possibilidade de alguns órgãos possuírem, por disposição I - o Vice-Presidente da República;
legal, autonomia administrativa, financeira, e orçamentária. II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
Demais classificações dos órgãos públicos IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos
Deputados;
Há outras classificações dos órgãos colocadas pela V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
doutrina, mas não há nenhuma disposição de Direito VI - o Ministro da Justiça;
Administrativo. VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e
Temos um critério que tem em vista a localização cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da
institucional do órgão junto às suas pessoas jurídicas políticas. República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela
Podem ser:

Direito Administrativo 28
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APOSTILAS OPÇÃO

Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, - Municipais;


vedada a recondução. - Estaduais;
- do Distrito Federal.
Os órgãos subalternos são os que, via de regra, não tem
poder decisório, e estão no final da hierarquia administrativa. Quanto à posição que os órgãos ocupam na estrutura
São aqueles de atendimento ao público, portarias, bibliotecas, estatal:
protocolos. Só cumprem decisões. - Independentes
De uma maneira geral, levando-se em conta a situação do - Autônomos
órgão ou da estrutura estatal podemos classifica-los em: - Superiores
diretivos e subordinados. Sendo os diretivos, aqueles que - Subalternos
detêm funções de comando e direção; e os subordinados, os
incumbidos das funções rotineiras de execução. Quanto ao número de órgãos:
Outra classificação, bastante encontrada, é quanto ao - Simples
número de órgãos. - Compostos
Em regra os órgãos são compostos e não simples. O
Ministérios são compostos de vários órgãos. A seção de Quanto à composição:
protocolo não tem, abaixo dela, nenhuma divisão. Mas, nos - Singulares
Ministérios, podemos ter a consultoria jurídica, por exemplo. - Colegiados
Geralmente, podemos afirmar que os órgãos subalternos são
simples, justamente por não terem subdivisões. Quanto à duração:
Quanto à composição, os órgãos podem ser singulares ou - Temporários
colegiados. Os singulares são aqueles em que as decisões são - Permanentes
tomadas por um único agente público. Ele tem a
responsabilidade de tomar decisões. Nos órgãos colegiados Quanto à origem da competência:
temos decisões tomadas pela maioria de seus membros, o que - Primários
leva à consequência de que deva haver um regimento interno. - Secundários
Congresso Nacional, Tribunal de Contas da União, Tribunais. - Vicários
Os Conselhos, como o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho
Nacional do Ministério Público, o Conselho da República e o Quanto ao poder:
Conselho da Defesa, claro que são órgão colegiados, então há - Ativos
um regimento interno. Pode haver decisões por maioria - Consultivos
simples ou por maioria absoluta. Como no Congresso Nacional, - De controle
lei ordinária é aprovada por maioria simples, e lei
complementar é aprovada por maioria absoluta. O órgão Questões
colegiado, então, tem que ter um regimento interno que
contém as regras decisórias. 01. (Prefeitura de Piraúba/MG - Agente
Há mais classificações. Os órgãos públicos podem ser Administrativo e Auxiliar de Saúde – MS
temporários ou permanentes. Normalmente a regra é que o CONCURSOS/2017). Não é característica de um Órgão
órgão seja permanente. Exceção são os temporários, como as Público:
CPIs e comissões específicas de licitações, além das comissões (A) Voltado para o cumprimento de uma atividade a ser
de concursos públicos. desenvolvida pelo Estado.
Outra classificação encontrada é aquela entre órgãos (B) Composto por agentes públicos.
primários, secundários e vicários. Os órgãos primários são (C) Possui personalidade jurídica própria.
os cuja atividade decorre da própria lei. Os secundários (D) Resulta de uma técnica de organização administrativa
desempenham funções por delegação. E os vicários, que chamada “desconcentração”.
exercem competência substituindo outros órgãos. Vicário
significa aquilo que se faz no lugar de outra coisa ou pessoa. 02. (Prefeitura de Várzea Paulista/SP - Procurador
Por último, uma outra classificação encontrada pela Jurídico – VUNESP/2016). No tocante aos órgãos públicos, é
doutrina é entre órgãos ativos, consultivos e de controle. correto afirmar que
Órgãos ativos são os que têm poder decisório. Os consultivos (A) a criação depende de lei, mas a extinção poderá ocorrer
são os de consulta e assessoramento, sem poder decisório. por meio de decreto.
Como os Conselhos da República e de Defesa Nacional. (B) somente a estruturação deverá ocorrer por meio de
Advocacia-Geral da União desenvolve atividades jurídicas de decreto do Chefe do Poder Executivo.
consulta e assessoramento do Poder Executivo Federal. Na (C) atualmente, o ordenamento jurídico exige lei para
verdade, representa a União judicial e extrajudicialmente, e criação, estruturação e atribuições.
ajuda o Poder Executivo e não o Presidente da República. Não (D) após alteração constitucional, a estruturação e
cabe à AGU defender o Presidente da República fora de suas atribuições podem ser processadas por meio de decreto do
atribuições, como na ocasião em que ele aparece Chefe do Executivo.
antecipadamente defendendo sua candidata na eleição por vir. (E) a extinção depende de lei, mas a criação poderá ocorrer
Defende a União, e não o Presidente da República. por meio de decreto.
Também não pode o Presidente da República chamar as
Forças Armadas para defender sua fazenda, que é propriedade 03. (Câmara Municipal de Jaboticabal/SP - Assistente
particular, contra invasores. A AGU defende o ente político, e Administrativo Jurídico – VUNESP). Órgãos públicos são
não a pessoa do Presidente da República. unidades abstratas que sintetizam os vários círculos de
Em resumo, as classificações dos órgãos públicos podem atribuições do Estado, aqueles que expressam decisões
ser assim discutidas: estatais para o cumprimento dos fins da pessoa jurídica, são
classificados como órgãos
Quanto à localização institucional do órgão junto às (A) consultivos.
pessoas jurídicas políticas: (B) de controle.
- Federais; (C) ativos.

Direito Administrativo 29
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APOSTILAS OPÇÃO

(D) contenciosos. as competências são definidas na lei e distribuídas em três


(E) verificadores. níveis diversos: pessoas jurídicas (União, Estados e
Municípios), órgãos (Ministérios, Secretarias e suas
04. (TRE/RR - Analista Judiciário - Área Judiciária – subdivisões) e servidores públicos; estes ocupam cargos,
FCC). Os órgãos públicos consultivos empregos ou exercem funções.
(A) admitem a delegação de atribuições, porém não a
avocação de atribuições. Cargo público: é o lugar dentro da organização funcional
(B) fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao da Administração Direta de suas autarquias e fundações
exercício de suas funções. públicas que, ocupado por servidor público, submetidos ao
(C) são exemplos típicos de órgãos onde se exclui regime estatuário, tem funções específicas e remuneração
totalmente a interferência de órgãos superiores. fixada em lei ou diploma a ela equivalente.
(D) estão excluídos da hierarquia administrativa para fins Para Melo18 são as mais simples e indivisíveis unidades de
disciplinares competência a serem titularizadas por um agente. São criados
(E) admitem a avocação de atribuições, porém não a por lei, previstos em número certo e com denominação
delegação de atribuições. própria.
Com efeito, as várias competências previstas na
05. (Prefeitura de Taubaté /SP - Oficial de Constituição para a União, Estados e Municípios são
Administração – PUBLICONSULT). De acordo com o art. 37 distribuídas entre seus respectivos órgãos, cada qual dispondo
da Constituição Federal, a publicidade dos atos, programas, de determinado número de cargos criados por lei, que lhes
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos: confere denominação própria, define suas atribuições e fixa o
(A) É terminantemente proibida no âmbito da padrão de vencimento ou remuneração.
Administração Pública, exceto para empresas públicas que Criar um cargo é oficializa-lo, atribuindo a ele
tenham concorrência no mercado. denominação própria, número certo, funções determinadas,
(B) Poderá conter nomes, símbolos ou imagens que etc. Somente se cria um cargo por meio de lei, logo cada Poder,
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores no âmbito de suas competências pode criar um cargo através
públicos, exceto durante o período de vedação eleitoral. da lei.
(C) Poderá conter nomes, porém não símbolos ou imagens A transformação ocorre quando há modificação ou
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou agentes alteração na natureza do cargo de forma que, ao mesmo tempo
políticos, mesmo no período de vedação eleitoral. que o cargo é extinto, outro é criado. Somente se dá por meio
(D) Não poderá, em nenhuma hipótese e em qualquer de lei e há o aproveitamento de todos os servidores quando o
período, conter nomes, símbolos ou imagens que caracterizem novo cargo tiver o mesmo nível e atribuições compatíveis com
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. o anterior.
A extinção corresponde ao fim do cargo e também deve
Gabarito ser efetuada por meio de lei.
O art. 84, VI, “b” da CF traz exceção ao atribuir competência
01.C/ 02.D/ 03.C/ 04.B/ 05.D para o Presidente da República para dispor, mediante decreto,
sobre a extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.

Empregos públicos: são núcleos de encargos de trabalho


Servidores públicos: cargo, permanentes a serem preenchidos por pessoas contratadas
emprego e função públicos. para desempenhá-los, sob relação jurídica trabalhista e
somente podem ser criados por lei.

Agente público refere-se àquela pessoa física a qual exerce Função pública: é a atividade em si mesma, é a atribuição,
uma função pública, seja qual for esta modalidade de função as tarefas desenvolvidas pelos servidores. São espécies:
(mesário, jurado, funcionário público aprovado em concurso a) Funções de confiança, exercidas exclusivamente por
público, etc.). servidores ocupantes de cargo efetivo, e destinadas ás
Agente público é toda pessoa física que presta serviços ao atribuições de chefia, direção e assessoramento;
Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta.17 b) Funções exercidas por contratados por tempo
Antes da Constituição Federal de 1988 (CF/88), ficavam determinado para atender a necessidade temporária de
afastados os que prestavam serviços às pessoas jurídicas de excepcional interesse público, nos termos da lei autorizadora,
direito privado instituídas pelo Poder Público (empresas que deve advir de cada ente federado.
públicas, fundações e sociedades de economia mista).
Importante ser mencionado que hoje o artigo 37 exige a Acumulação: em regra, o ordenamento jurídico brasileiro
inclusão de todos eles. proíbe a acumulação remunerada de cargos ou empregos
A denominação “agente público” é tratada como gênero do públicos. Porém, a CF prevê um rol taxativo de casos
qual são espécies os agentes políticos, servidores públicos, excepcionais em que a acumulação é permitida.
agentes militares e particulares em colaboração. Importantíssimo destacar que, em qualquer hipótese, a
acumulação só será permitida se houver compatibilidade de
Cargo, Emprego e Função Pública horários e observado o limite máximo de dois cargos.
As hipóteses de acumulação constitucionalmente
A Constituição Federal, em vários dispositivos, emprega os autorizadas são:
vocábulos cargo, emprego e função para designar realidades a) a de dois cargos de professor (art. 37, XVI, a);
diversas, porém que existem paralelamente na Administração. b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
Cumpre, pois, distingui-las. científico (art. 37, XVI, b);
Para bem compreender o sentido dessas expressões, é c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
preciso partir da ideia de que na Administração Pública todas de saúde, com profissões regulamentadas (art. 37, XVI, c);

17 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella, Direito Administrativo, 31ª edição, 2018 18MELLO. Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. Edição 29ª.
2012.

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d) a de um cargo de vereador com outro cargo, emprego ou II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
função pública (art. 38, III); III - de Presidente do Senado Federal;
e) a de um cargo de magistrado com outro no magistério IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
(art. 95, parágrafo único, I); V - da carreira diplomática;
f) a de um cargo de membro do Ministério Público com VI - de oficial das Forças Armadas.
outro no magistério (art. 128, § 5º, II, d). VII - de Ministro de Estado da Defesa

Posse: é o ato pelo qual uma pessoa assume, de maneira O art. 37, inc. II, da CF estabelece que para a investidura em
efetiva, o exercício das funções para que foi nomeada, cargo ou emprego público é necessário a aprovação prévia em
designada ou eleita. O ato da posse determina a concordância concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
e a vontade do sujeito em entrar no exercício, além de cumprir com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego.
a exigência regulamentar. A exigência de concurso é válida apenas para os cargos de
provimento efetivo – aqueles preenchidos em caráter
Exercício: é o momento em que o servidor dá início ao permanente.
desempenho de suas atribuições de trabalho. A data do efetivo Os cargos preenchidos em caráter temporário não
exercício é considerada como o marco inicial para a produção precisam ser precedidos de concurso, pois a situação
de todos os efeitos jurídicos da vida funcional do servidor excepcional e de temporariedade, que fundamenta sua
público e ainda para o início do período do estágio probatório, necessidade, é incompatível com a criação de um concurso
da contagem do tempo de contribuição para aposentadoria, público.
período aquisitivo para a percepção de férias e outras Para os cargos em comissão também não se exige concurso
vantagens remuneratórias. público (art.37, inc. V), desde que as atribuições sejam de
direção, chefia e assessoramento. Esses devem ser
Cessão Funcional de Servidores: trata-se de ato preenchidos nas condições e nos percentuais mínimos
autorizativo para o exercício de cargo em comissão ou função previstos em lei.
de confiança, ou para atender situações previstas em leis Para as funções de confiança não se impõe o concurso
específicas, em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, público, no entanto a mesma norma acima mencionada
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sem estabelece que tal função será exercida exclusivamente por
alteração da lotação no órgão de origem.19 servidores ocupantes de cargo efetivo.
O servidor da Administração Pública Federal Direta, suas Durante o prazo do concurso, o aprovado não tem direito
autarquias e fundações poderá ser cedido a outro órgão ou adquirido à contratação. Há apenas uma expectativa de direito
entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito em relação a esta.
Federal e dos Municípios, abarcando as empresas públicas e O art. 37, inc. IV, apenas assegura ao aprovado o direito
sociedades de economia mista, seja para o exercício de cargo adquirido de não ser preterido por novos concursados.
em comissão ou função de confiança, podendo atender as
situações que tenham previsão em leis específicas (art. 93 da
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990). Questões
Via de regra, a cessão para órgãos ou entidades dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios suscitará o 01. (TRT 8ª Região - Técnico Judiciário - CESPE/2016).
ônus da remuneração ao órgão ou entidade cessionária. Já para No que diz respeito aos agentes públicos, assinale a opção
os outros casos, ou seja, para a cessão entre os órgãos ou correta
entidades da Administração Pública Federal será conservado (A) Permite-se que os gestores locais do Sistema Único de
o ônus do cedente. Saúde admitam agentes comunitários de saúde e agentes de
Para se viabilizar a cessão deve-se notar a disponibilidade combate às endemias por meio de contratação direta.
orçamentária da Administração Pública. (B) Não se permite o acesso de estrangeiros não
Em nenhuma hipótese a cessão poderá ser considerada naturalizados a cargos, empregos e funções públicas.
efetivação do servidor em órgão para o qual está cedido, (C) O prazo de validade de qualquer concurso público é de
independente do tempo em que ele permanece no órgão. dois anos, prorrogável por igual período.
Ainda que o servidor passe um grande tempo de sua vida (D) As funções de confiança somente podem ser exercidas
funcional cedido, seu vínculo será sempre com órgão de pelos servidores ocupantes de cargo efetivo.
origem, de acordo com o Decreto 4.050/2001. (E) Como os cargos em comissão destinam-se à atribuição
de confiança, não há previsão de percentual mínimo de
Investidura: é um ato complexo, exigindo, segundo preenchimento desses cargos por servidores efetivos.
Meirelles20, a manifestação de vontade de mais de um órgão
administrativo – a nomeação é feita pelo Chefe do Executivo; a 02. (SUPEL/RO - Engenharia Civil - FUNCAB/2016) Os
posse e o exercício são dados pelo Chefe da Repartição. agentes públicos cujos cargos são providos por nomeação
O art. 37, I, da CF dispõe que os brasileiros e estrangeiros política, sem concurso público, com atribuições de direção,
que preencham os requisitos estabelecidos em lei terão acesso chefia e assessoramento e que são passíveis de exoneração
aos cargos, aos empregos e às funções públicas. imotivada são os:
Essa norma é de eficácia contida. Enquanto não há lei (A) ocupantes de cargo comissionado.
regulamentando, não é possível sua aplicação. A Constituição (B) contratados temporários.
Federal permitiu o amplo acesso aos cargos, aos empregos e às (C) empregados públicos.
funções públicas, porém, excepciona-se a relação trazida pelo (D) agentes honoríficos.
§ 3.º do art. 12 da CF, que define os cargos privativos de (E) agentes políticos.
brasileiros natos:

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:


I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

19 https://jus.com.br/artigos/21640/cessao-e-requisicao-de-servidor-publico- 20 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros,
federal. 2005.

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03. (IBGE - Analista de Processos Administrativos -


FGV/2016) Em matéria de regime jurídico dos agentes CLT: empregado e
públicos, especificamente quanto aos cargos em comissão e às
funções de confiança, a Constituição da República dispõe que: empregador, anotações na
(A) ambos são exercidos por cinquenta por cento de CTPS, duração do trabalho,
servidores de carreira e cinquenta por cento de pessoas não períodos de descanso,
concursadas com livre nomeação e exoneração;
(B) ambos são exercidos exclusivamente por servidores de trabalho noturno,
carreira e destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia teletrabalho, férias anuais,
e assessoramento; dano extrapatrimonial,
(C) os cargos em comissão são providos exclusivamente
por pessoas não concursadas, com livre nomeação e contrato individual do
exoneração e para atribuições de direção, chefia e trabalho, remuneração e
assessoramento; rescisão.
(D) as funções de confiança são exercidas exclusivamente
por servidores ocupantes de cargo efetivo;
(E) os cargos em comissão são providos exclusivamente
por servidores ocupantes de cargo efetivo. Empregado21

04. (TRT/PR - Analista Judiciário - FCC) No que se refere Para definirmos empregado, nada melhor que citar o artigo
às regras constitucionais aplicáveis à Administração pública, é 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que diz:
VEDADO “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar
(A) promover a revisão geral anual da remuneração dos serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
servidores públicos sempre na mesma data. dependência deste e mediante salário”.
(B) contratar servidor ou pessoal por tempo determinado. Por este conceito, tiramos 5 requisitos imprescindíveis:
(C) exigir qualificação técnica e econômica, indispensáveis
à garantia do cumprimento das obrigações, para contratar com
o Poder Público. 1) pessoa física;
(D) acumular dois cargos ou empregos privativos de
profissionais da saúde, caso haja compatibilidade de horário. 2) não eventualidade na prestação de serviços;
(E) vincular ou equiparar espécie remuneratória para 3) dependência;
efeito de remuneração pessoal do serviço público.
4) pagamento de salário;
05. (Pref. de Caieiras/SP - Assistente Legislativo -
VUNESP) A contratação por tempo determinado 5) prestação pessoal de serviços.
(A) é admitida durante todo o período eleitoral.
(B) é admitida em todas as circunstâncias em que haja Com as 5 características acima, podemos reconhecer, na
interesse público. relação de emprego, quem é o empregado. Vejamos
(C) depende da discricionariedade e vontade do detalhadamente:
administrador público.
(D) é admitida para atender à necessidade temporária de 1) Pessoa física: o trabalho deve ser prestado por pessoa
excepcional interesse público. física. Pessoa jurídica não pode ser contrata pelas leis
(E) não é admitida pela Constituição Federal. trabalhistas, muito menos com registro em carteira de
trabalho. A relação contratual que envolve pessoa jurídica é
Gabarito regida pela lei civil e não pela lei trabalhista.

01.D / 02.A / 03.D / 04.E / 05.D DICA: Todo empregado é trabalhador, mas nem todo
trabalhador é empregado, como os autônomos.

2) Pessoalidade: a prestação do serviço deve ser feita


pessoalmente pelo empregado e não por terceiros, ou seja, o
empregado não pode se fazer substituir. O empregador deve
exigir a pessoalidade na prestação do serviço, sob pena de
descaracterização da relação de emprego.
Exemplo: O caixa do supermercado não pode chamar o
irmão dele para trabalhar em seu lugar, quando não puder
comparecer ao serviço.

3) Não eventualidade: é a habitualidade na prestação do


serviço. O empregado não pode trabalhar esporadicamente,
mas sim habitualmente, dentro das especificações fornecidas
pelo empregador. Se o trabalho for eventual, não haverá
relação de emprego, haverá uma prestação de serviço, não
ensejando todos os direitos trabalhistas ao indivíduo.
Para a configuração do vínculo empregatício, a prestação
dos serviços não pode ocorrer de forma descontínua,
interrupta, ou seja, com afastamentos temporários razoáveis

21 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 31ª edição. São Paulo: Atlas, 2015. PRETTI, Gleibe. Manual sobre a reforma trabalhista. São Paulo: Ed. Jefte, 2017.

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durante um período de trabalho e outro para o mesmo outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem
empregador. trabalhadores como empregados.
A prestação de serviço não quer dizer que deve ocorrer
sem intervalos entre prestações. Deve ocorrer habitualmente Regulamento de Empresa
com o mesmo intervalo. Por exemplo: trabalhador que labora Diz respeito a um conjunto de regras, escritas ou não,
de segunda a sexta-feira (habitualidade diária); trabalhador estabelecidas pelo empregador, com ou sem a participação dos
que é contratado para laborar apenas uma vez por semana trabalhadores, para tratar de questões de ordem técnica ou
(todas as terças, por exemplo – trabalhador com habitualidade disciplinar no âmbito da empresa, organizando o trabalho e a
semanal); trabalhador que labora uma vez por mês (toda produção. Trata-se de normas que se inter-relacionam, tendo
primeira terça feira do mês – trabalhador com habitualidade em vista questões de ordem técnica ou disciplinar no âmbito
mensal). da empresa.
Distingue-se do contrato de trabalho e de convenção e
4) Onerosidade: é a remuneração paga em moeda acordo coletivo de trabalho, visto não haver acordo de
corrente no país, do empregador para o empregado, por sua vontades.
contraprestação de serviço. Comumente é chamado de salário. O regulamento visa uniformizar as questões de trabalho
dentro da empresa. Estabelece certos padrões que deverão ser
5) Subordinação: é a condição do empregado perante o seguidos pelo empregador e pelos empregados. Não se pode
empregador. A subordinação implica a sujeição do empregado pretender, entretanto, que o regulamento de empresa vá
às normas pré-estabelecidas pelo empregador. O empregado regular todas as atividades desenvolvidas, nem que vá tratar
aceita as condições e as modalidades que o empregador impõe apenas das atividades do trabalhador; ao contrário, vai versar
para a realização da atividade laboral. O trabalhador consente, sobre direitos e deveres do empregador e do empregado.
assim, com as normas determinantes do modo como deve
prestar os seus serviços delimitados pelo empregador. Poder de Direção do Empregador
Cumpre destacar que não é o trabalhador que é O empregado está subordinado ao poder de direção do
subordinado às normas diretivas do empregador, e sim o empregador em seus serviços prestados, no local de trabalho
modo com que opera sua atividade laboral, a maneira como e em conformidade com a legislação.
deve ser exercida a atividade na prestação do serviço. Vale O poder de direção se subdivide em:
lembrar que as ordens manifestamente ilegais não obrigam o a) Poder de organização;
empregado a cumpri-las. b) Poder de controle;
c) Poder disciplinar.
OBS: o requisito da alteridade são os riscos da atividade
econômica que fica a cargo do empregador e não do A) Poder de organização
empregado. Se este também suportar os riscos da atividade, O empregador possui o poder de ordenar as atividades do
não se tratará de relação de emprego, mas sociedade ou outro empregado, inserindo-as no conjunto das atividades da
instituto afim, regulado por outros dispositivos legais. produção, visando a obtenção dos objetivos econômicos e
sociais da empresa. A empresa poderá ter um regulamento
Empregado de Comum X Confiança22 interno e decorre do empregador a faculdade de definir os fins
Empregado ordinário ou comum são aqueles que, econômicos visados pelo empreendimento.
dentro de uma estrutura hierárquica da empresa não têm
qualquer superioridade em comparação aos colegas e também B) Poder de controle
não partilham de salários de destaque. Este poder é o direito do empregador fiscalizar as
Já o empregado de confiança (específico ou atividades profissionais dos seus empregados, justifica-se que,
excepcional) leva, em seu bojo, restritos poderes de mando e sem controle, o empregador não pode ter ciência das tarefas
de ilimitada autorização para admitir, dispensar ou punir os cumpridas por seu funcionário, uma vez que, em
empregados aos quais comandam, além de capacidade jurídica contrapartida, há salário a ser pago.
para representar a empresa em suas relações com terceiros. Um exemplo de poder de controle do empregador em
Neste rol encontram-se os diretores, administradores gerais, relação ao empregado é a marcação do cartão de ponto, pois
os gerentes, etc. Os altos empregados também são controla o horário de trabalho. Nas empresas com mais de dez
subordinados às ordens do empregador. empregados é obrigatória a anotação da hora de entrada e
saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, devendo
Empregador haver a assinalação do período de repouso.
Empregador é toda pessoa física ou jurídica, que assume os Outro exemplo é o ato de proceder as revistas íntimas nas
riscos da atividade econômica, por meio de uma relação de empregadas ou funcionárias. Contudo, a revista íntima só pode
trabalho que admite, assalaria e dirige a prestação de pessoal ser feita de forma não vexatória ou que não cause ofensa à
e serviços. integridade moral (Art. 373 – A, VI, da CLT e Lei nº 9.799/99).
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) dispõe em seu
artigo 2° que empregador é a empresa. A empresa é um centro C) Poder disciplinar
de decisões em que são adotadas as estratégias econômicas, e O poder disciplinar é aplicado por meio da suspensão,
representa a atividade exercida pelo empresário. advertência e dispensa por justa causa. A advertência muitas
CLT - Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, vezes é feita verbalmente, contudo caso o empregado reitere o
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade cometimento de uma falta, aí será advertido por escrito, e na
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de próxima falta será suspenso.
serviço. O empregado não poderá ser suspenso por mais de 30 dias,
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos o que importa em rescisão injusta do contrato de trabalho (art.
exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as 474 da CLT), a suspensão acarreta a perda dos salários dos
instituições de beneficência, as associações recreativas ou dias respectivos mais o descanso semanal remunerado. Cabe
mencionar, que a lei não veda que o empregado seja demitido

22 ROZ, Davis. Cargo de confiança X Altos empregados


https://davisroz.jusbrasil.com.br/artigos/375691134/cargo-de-confianca-x-
altos-empregados.

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diretamente, sem antes ter sido advertido ou suspenso, desde orientações dadas pelo empregador, como horário de
que a falta por ele cometida seja realmente grave. É a chamada trabalho, utilização de maquinário etc.
demissão por justa causa. As penalidades injustas ou abusivas (D) Presentes os quatro requisitos (pessoalidade,
serão passíveis de revisão na Justiça do Trabalho. onerosidade, eventualidade e subordinação) será declarado o
vínculo, independentemente da nomenclatura que seja
Responsabilidade Solidária do Grupo de Empresa utilizada para identificar o trabalhador (funcionário,
colaborador, ajudante etc.).
Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a 02. (TRT 12ª Região/SC - Técnico Judiciário Área
direção, controle ou administração de outra, ou ainda mesmo Administrativa - FGV/2017) Para que alguém seja
permanecendo cada uma sua autonomia, integrem grupo considerado empregado na forma prevista na CLT, NÃO é
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas necessário o seguinte requisito:
obrigações decorrentes da relação de emprego. (A) exclusividade;
(B) subordinação;
Sucessão de Empregador e de Empresas (C) pessoalidade;
(D) onerosidade;
Refere-se a mudança na propriedade da empresa, que (E) não eventualidade.
designa todo acontecimento em virtude do qual uma empresa
é absorvida por outra, podendo ou não, alterar o empregador. 03. (TRT 7ª Região/CE - Técnico Judiciário Área
É o que ocorre nos casos de incorporação, transformação, Administrativa - CESPE/2017) Empregado e empregador
fusão, etc. Declara ainda, os artigos 10 cc 448 da CLT, que a são os sujeitos do contrato de emprego. Analisados
mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa isoladamente, o conceito de empregado demanda a presença
não afetará os contratos de trabalho dos respectivos de
empregados. Enfatizando assim, a aplicação do Princípio da (A) pessoa física, pessoalidade, não eventualidade,
Continuidade da Empresa, salientando que as alterações dependência e onerosidade.
relativas à pessoa do empresário não afetam o contrato de (B) pessoa jurídica, pessoalidade, não eventualidade,
trabalho, e também no fato de que, dissolvida a empresa, dependência e onerosidade.
ocorre extinção do contrato de trabalho. (C) pessoa jurídica, impessoalidade, não eventualidade,
Portanto, em uma eventual alteração na estrutura jurídica independência e onerosidade.
e sucessão de empresas em nada afetará os créditos (D) pessoa física, pessoalidade, eventualidade,
trabalhistas dos empregados, uma vez que os empregados independência e onerosidade.
vinculam-se à empresa, e não, aos seus titulares.
Abaixo seguem as inovações ao referido artigo 04. (IPREV - Contador - IBEG/2017) Os principais
introduzidas pela Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista): elementos da relação de emprego gerada pelo Contrato de
Trabalho são...
Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente Analise a validade das suposições abaixo e assinale a
pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao alternativa CORRETA.
período em que figurou como sócio, somente em ações I. Pessoalidade, um dos sujeitos (o empregado) tem o dever
ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação jurídico de prestar os serviços em favor de outrem
do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: pessoalmente.
I - a empresa devedora; II. Natureza não eventual dos serviços, isto é, ele deverá ser
II - os sócios atuais; necessário à atividade normal do empregador.
III - os sócios retirantes. III. Remuneração do trabalho a ser executado pelo
Parágrafo único. O sócio retirante responderá empregado.
solidariamente com os demais quando ficar comprovada IV. Subordinação jurídica da prestação de serviços ao
fraude na alteração societária decorrente da modificação empregador.
do contrato. (A) I, II e III
(B) II e III
Questões (C) I e IV
(D) III e IV
01. (Câmara de Belo Horizonte/MG - Procurador - (E) Todas estão corretas.
CONSULPLAN/2018) A relação de emprego tem como
principal característica a presença do empregado, parte mais 05. (IPREV - Procurador Previdenciário - IBEG/2017)
fraca da relação jurídica. O direito do trabalho foi pensado e Partindo da premissa que a relação de emprego é uma espécie
criado exatamente para proteger a figura desse trabalhador. de relação de trabalho, que se baseia no nexo entre
Portanto, é imprescindível que o operador do direito do empregador e empregado, sobre suas características podemos
trabalho (advogado, professor, procurador, juiz do trabalho, afirmar, exceto:
candidatos a cargos públicos etc.) saiba diferenciar o (A) Na relação de emprego o trabalho prestado tem caráter
trabalhador em sentido amplo e o trabalhador com vínculo infungível, pois quem o executa deve realizá-lo pessoalmente,
empregatício. Sobre o tema, assinale a alternativa correta. não podendo fazer-se substituir por outra pessoa, salvo se,
(A) O empregado é contratado em razão de suas excepcionalmente, o empregador concordar;
qualidades pessoais (eficiência, lealdade, conhecimentos (B) substituições eventuais com o consentimento do
técnicos, moral etc.). Diante disso, não se pode fazer substituir empregador ou substituições previstas e autorizadas por lei ou
por um terceiro. por norma coletiva, como, por exemplo, férias, licença-
(B) O empregado é pessoa física ou jurídica (empresa, gestante, são válidas e não afastam a característica da
associação, cooperativa etc.). A lei trabalhista foi criada para pessoalidade;
protegê-lo. Assim, excluem-se da figura do empregado a (C) na relação de emprego, a prestação de serviço é
prestação de serviços por animais. habitual, repetitiva, rotineira. As obrigações das partes se
(C) A subordinação do empregado decorre de lei, alcança a prolongam no tempo, com efeitos contínuos, ou seja, é
vida pessoal do trabalhador. O empregado fica sujeito às necessário que os serviços sejam prestados diariamente.

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(D) na relação de emprego, há subordinação jurídica do A classificação quanto a profissão de caráter geral, diz do
empregado ao empregador, ou seja, a relação de dependência período de 8 horas diárias e 44 semanais, enquanto a especial
decorre do fato de que o empregado transfere ao empregador varia de acordo com a profissão exercida pelo funcionário. É o
o poder de direção e este assume os riscos da atividade caso dos ascensoristas ou cabineiros de elevador – Lei nº
econômica, passando a estabelecer os contornos da 3.270/57, a telefonista – Artigo 227 da CLT, aqueles que
organização do trabalho do empregado (poder de trabalham em minas de subsolo – Artigo 293 e 294 da CLT e os
organização), a fiscalizar o cumprimento pelo empregado das operadores de cinema – Artigo 234 da CLT.
ordens dadas no exercício do poder de organização (poder de Desta feita, resta plenamente cabível mencionar outras
controle), podendo, em caso de descumprimento pelo profissões com jornada de cinco horas diárias, são eles: o
empregado das determinações, impor-lhe as sanções previstas jornalista e o radialista, Artigo 303 da CLT e Lei nº 6.615/78,
no ordenamento jurídico (poder disciplinar). respectivamente; o Artigo 318 da CLT trata dos professores, e
(E) a relação de emprego não é gratuita ou voluntária, ao se estes laboram num mesmo estabelecimento, a jornada será
contrário, haverá sempre uma prestação (serviços) e uma de quatro horas consecutivas ou seis intercaladas (Observar
contraprestação (remuneração). Assim, podemos afirmar que alterações pela Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017).
onerosidade caracteriza-se pelo ajuste da troca de trabalho Os advogados com uma jornada de quatro horas contínuas
por salário. O que importa não é o quantum a ser pago, mas, ou 20 horas semanais, salvo acordo ou convenção coletivas ou
sim, o pacto, a promessa de prestação de serviço de um lado e exclusividade (Lei nº 8.906/91); a Lei nº 3.999/61 aduz que os
a promessa de pagamento do salário de outro lado, e o fato de médicos terão uma jornada mínima de duas horas e máxima
o empregador deixar de pagar o salário não afasta a existência de quatro horas, salvo cláusula contratual.
de onerosidade.
Jornada Extraordinária
Gabarito Jornada de trabalho, períodos de descanso, bases de
cálculos e sistema de compensação de horas: As horas
01.A / 02.A / 03.A / 04.E / 05.C suplementares, também chamadas de horas extras ou
extraordinárias, estão disciplinadas nos artigos 59 a 61 da CLT.
ANOTAÇÕES NA CARTEIRA DE TRABALHO A jornada diária de trabalho poderá ser aumentada em até 2
horas, mediante acordo individual, convenção coletiva ou
As anotações na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência acordo coletivo de trabalho, e serão remuneradas no mínimo
Social) têm amparo na CLT (Consolidação das Leis do 50% superior à remuneração da hora normal, conforme prevê
Trabalho), nos artigos 29-A a 34 (ler na CLT). o artigo 7º, inciso XVI, da CF e parágrafo 1º, do Artigo 59 da
O empregador tem o prazo de 48 horas para anotar, CLT.
especificamente, a data de admissão, a remuneração e as O adicional de horas extras do advogado é de 100% sobre
condições especiais, se houver, quando admitir um a hora normal, conforme preceitua a Lei nº 8.906/94.
empregado. Impende destacar, que o empregado sujeito a controle de
As anotações concernentes à remuneração devem horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao
especificar o salário, qualquer que seja sua forma de adicional de no mínimo 50% pelo trabalho em horas
pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a extraordinárias, calculado sobre o valor-hora das comissões
estimativa da gorjeta. Porém, é proibido ao empregador anotar recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de
condutas desabonadoras do empregado. horas efetivamente trabalhadas (Súmula 340 do TST).
A limitação legal da jornada suplementar a duas horas
DURAÇÃO DO TRABALHO diárias não exime o empregador de pagar todas as horas
trabalhadas. Assim como o valor das horas extras,
Conceito e Classificação da Jornada de Trabalho habitualmente prestadas, integra o cálculo dos haveres
Jornada de Trabalho é a quantidade de labor diário do trabalhistas, independentemente da limitação prevista no
empregado. “caput” do artigo 59 da CLT (Súmula 376 do TST).
O conceito de jornada de trabalho tem que ser analisado Tanto as horas suplementares quanto seu adicional, são
sob os prismas do tempo efetivamente trabalhado e do tempo integralizados no salário: 13º salário (Súmula 45 do TST),
à disposição do empregador. férias (§5º do artigo 142 da CLT), aviso prévio indenizado (§5º
do artigo 487 da CLT), gratificações semestrais (Súmula 115
A Jornada de Trabalho classifica-se em: do TST), verbas rescisórias, FGTS (Súmula 63 do TST) e no DSR
→ Quanto à duração: Ordinária e Extraordinária. (Súmula 172 do TST e artigo 7º, a e b, da Lei nº 605/49).
→ Quanto ao período: Diurna, Noturna, Mista. Contudo, o cálculo do valor das horas extras habituais, para
→ Quanto à profissão: Geral e Especial. efeito de reflexos em verbas trabalhistas, observará o número
das horas efetivamente prestadas, e sobre ele aplica-se o valor
O legislador limitou a jornada de trabalho, uma vez que do salário-hora da época do pagamento daquelas verbas
constatou que os maiores índices de acidentes do trabalho (Súmula 347 do TST).
ocorrem em razão de um excesso de fadiga do trabalhador, Não caberão horas suplementares nas hipóteses em que no
motivo este que as normas trabalhistas buscam proteger a acordo ou convenção coletiva foi aprazado compensação de
saúde do empregado com normas de natureza profilática ou horas (artigos 7º, XII, da CF e 59, §2º da CLT). Através de
higiênica. acordo ou convenção coletiva, é possível a compensação anual
A classificação quanto a duração ordinária refere-se a de horas, desde que não seja ultrapassado o limite de 10 horas
jornada de 8 horas diárias e 44 semanais, enquanto que a diárias e nem o lapso temporal de 1 ano.
extraordinária diz da hora eu é extrapolada a normal, A Súmula 85 do TST permite a compensação de jornada em
estipulado pela lei ou contrato entre as partes pactuantes. contrato individual, salvo norma coletiva.
A jornada quanto ao período diurno limita-se no horário A validade de acordo coletivo ou convenção coletiva de
das 5 às 22 horas, já a noturna é aquela compreendida entre as compensação de jornada de trabalho em atividade insalubre
22 horas até às 5 horas, e o período misto, envolve os outros prescinde da inspeção prévia da autoridade competente em
dois períodos, ou seja, o diurno e o noturno (Artigo 73, §4º, da matéria de higiene do trabalho (artigo 7º, XIII, da CF e artigo
CLT). 60 da CLT).

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Atenção à inclusão do parágrafo único do artigo 60: sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso
Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze não sejam compensadas.
horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de § 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de
descanso. tempo parcial converter um terço do período de férias a que
A Súmula 291 do TST, reza sobre a supressão das horas tiver direito em abono pecuniário.
extras habituais. § 7º As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo
Tendo em vista que as Leis nº 3.999/61 e 4.950/66 não disposto no art. 130 desta Consolidação.
estipulam a jornada reduzida, mas apenas estabelecem o
salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida
os médicos e de 6 horas para os engenheiros, não há que se de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo
falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
seja respeitado o salário mínimo/horário das categorias § 1º. A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50%
(Súmula 370 do TST). (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
Abaixo seguem as inovações da CLT introduzidas pela Lei (....).
13.467/2017 (Reforma Trabalhista), referentes à Jornada de § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que
Trabalho: tenha havido a compensação integral da jornada
extraordinária, na forma dos §§2º e 5º deste artigo, o
Art. 4º (....). trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não
§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data
efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o da rescisão.
empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço § 4º (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017)
militar e por motivo de acidente do trabalho. § 5º O banco de horas de que trata o §2º deste artigo poderá
§ 2º Por não se considerar tempo à disposição do ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a
empregador, não será computado como período extraordinário compensação ocorra no período máximo de seis meses.
o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite § 6º É lícito o regime de compensação de jornada
de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a
quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção compensação no mesmo mês.
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta
dependências da empresa para exercer atividades particulares, Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual
entre outras: escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
I - práticas religiosas; estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por
II - descanso; trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou
III - lazer; indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
IV - estudo; Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo
V - alimentação; horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos
VI - atividades de relacionamento social; devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em
VII - higiene pessoal; feriados, e serão considerados compensados os feriados e as
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que
obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.

Art. 58 (....). Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua compensação de jornada, inclusive quando estabelecida
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, das horas excedentes à jornada normal diária se não
inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas
jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do o respectivo adicional.
empregador. Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não
§ 3º (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017). descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco
de horas.
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo
parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, Art. 60 (....).
sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença
aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis
com a possibilidade de acréscimo de até seis horas horas ininterruptas de descanso.
suplementares semanais.
(....). Art. 61 (....).
§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal § 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido
normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de
cento) sobre o salário-hora normal. trabalho.
§ 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de
tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis Art. 62 (....).
horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo III - os empregados em regime de teletrabalho.
serão consideradas horas extras para fins do pagamento
estipulado no §3º, estando também limitadas a seis horas Art. 71 (....).
suplementares semanais. § 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo
§ 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a
poderão ser compensadas diretamente até a semana empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza
imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de

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50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da Questões


hora normal de trabalho.
01. (COSANPA – Advogado – FADESP/2017) Sobre
Trabalho Noturno jornada de trabalho, pode-se afirmar que
Horário Noturno (A) a limitação constitucional de quarenta e quatro horas
No Brasil, considera-se horário noturno para os semanais pode ser superada mediante acordo coletivo
empregados urbanos o trabalho executado entre as 22 h de um homologado pela Justiça do Trabalho.
dia e 5 h do dia seguinte (§2º do Art. 73 da CLT). Para os (B) as jornadas de trabalho diferenciadas envolvem certas
empregados rurais, o horário noturno será das 21 às 5 h, na categorias de trabalhadores, incluindo-se o empregado rural.
lavoura, e das 20 às 4 h na pecuária. (C) com base no princípio da dignidade da pessoa humana
Como se verifica, o horário considerado noturno é e da igualdade, a jornada de trabalho dos bancários, de seis
determinado pela lei, não o sendo no período que vai do pôr ao horas diárias e trinta horas semanais, tem sido estendida a
nascer do sol, o que seria mais lógico, mas dependeria das outras categorias profissionais.
estações do ano, quando o sol nasce o use põe mais cedo ou (D) a jornada de trabalho em turnos ininterruptos de
mais tarde. Certo é que no período noturno o organismo revezamento é limitada a seis horas diárias, salvo negociação
humano faz um esforço maior, pois a noite é o período coletiva.
biológico em que a pessoa deve dormir, e não trabalhar.
02. (BANPARÁ – Advogado – BANPARÁ/2017) A
Intervalos para Descanso respeito da jornada de trabalho e dos períodos de descanso,
Intervalos para descanso são períodos na jornada de assinale a alternativa CORRETA:
trabalho, ou entre uma e outra, em que o empregado não (A) Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período
presta serviços, seja para se alimentar ou para descansar. mínimo de 12 (doze) horas consecutivas para descanso.
O objetivo do intervalo é evitar a fadiga física e mental, (B) Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será
reduzindo a possibilidade de acidentes do trabalho. O obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a
trabalhador se alimenta e descansa para poder repor suas duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
energias e voltar a trabalhar novamente. (C) Os intervalos de descanso de até 1 (uma) hora serão
computados na duração do trabalho.
Intervalos intrajornada (D) A duração normal do trabalho, para os empregados em
Os intervalos intrajornada são os que são feitos dentro da qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas
própria jornada de trabalho. O artigo 71 e seu §1º, da CLT, diárias e 48 (quarenta e oito) horas semanais, desde que não
revelam um dos exemplos de intervalo intrajornada: seja fixado expressamente outro limite.
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração
exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um Gabarito
intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo,
de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em 01. D / 02. B
contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, TELETRABALHO
entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos
quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. Trabalho presencial e teletrabalho
Teletrabalho significa trabalho à distância. Concretamente,
Intervalos interjornada trata-se de trabalho que é realizado quando se está a utilizar
O intervalo interjornada diz respeito ao espaço de tempo equipamentos que permitem que o trabalho efetivo tenha
que deve haver entre uma jornada de trabalho e outra, ou seja, efeito num lugar diferente do que é ocupado pela pessoa que o
o intervalo entre jornadas. está a realizar.
Esclarece o artigo 66 da CLT que entre duas jornadas de Assim, por via reversa o trabalho presencial será aquele
trabalho deve haver um intervalo mínimo de 11 horas realizado nas imediações da empresa ou do estabelecimento.
consecutivas para descanso. Esse período, portanto, é para A CLT trouxe artigos que configuram a relação de emprego
descanso. na modalidade “Teletrabalho”. Ele pode ser conceituado como
a prestação de serviços preponderantemente fora das
Repouso Semanal Remunerado dependências do empregador, com a utilização de tecnologia
O repouso semanal remunerado é o período em que o de informação e comunicação que não configuram o trabalho
empregado deixa de prestar serviços uma vez por semana ao externo.
empregador, de preferência aos domingos, mas percebendo
remuneração. Esse período é de 24 horas consecutivas (art. 1º Características do Teletrabalho:
da Lei nº 605/49). a) Trabalho prestado, preponderantemente fora das
Assim, o repouso semanal deve ser remunerado. Nesse dependências do empregador;
período, o trabalhador não presta serviços ao empregador. b) Utilizar tecnologias de informação e de comunicação;
Isso ocorre de preferência aos domingos e, também, nos c) Não configurar trabalho externo.
feriados. A CLT normatizou a solenidade do teletrabalho, trazendo a
Trata-se, portanto, de um direito do trabalhador, que o necessidade do contrato ser escrito e com as atividades
empregador deve observar, tutelado pelo Estado, que tem desenvolvidas de forma específica. É permitida a alteração do
interesse em que o operário efetivamente desfrute do regime presencial para o teletrabalho por meio de acordo
descanso23. individual ou por meio de aditivo contratual (prazo de 15
Ver artigos 57 a 75 na CLT dias).

23Referências Bibliográficas: MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 31ª edição. São Paulo: Atlas, 2015.
DELGADO, Mauricio Godinho. A reforma trabalhista no Brasil: com os PRETTI, Gleibe. Manual sobre a reforma trabalhista. São Paulo: Ed. Jefte, 2017.
comentários à Lei n. 13.467/2017. Mauricio Godinho Delgado, Gabriela Neves
Delgado. - São Paulo: LTr, 2017.

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ATENÇÃO PARA A REFORMA TRABALHISTA CONSIDERANDO a importância do princípio da eficiência


para a Administração Pública, art. 37 da Constituição Federal;
CAPÍTULO II-A CONSIDERANDO que o aprimoramento da gestão de pessoas
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) é um dos macrodesafios do Poder Judiciário, a teor da Resolução
DO TELETRABALHO CNJ 198/2014, o que compreende a necessidade de motivar e
Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em comprometer as pessoas, bem como buscar a melhoria do clima
regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo. organizacional e da qualidade de vida dos servidores;
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) CONSIDERANDO que o avanço tecnológico, notadamente a
partir da implantação do processo eletrônico, possibilita o
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços trabalho remoto ou a distância;
preponderantemente fora das dependências do empregador, CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o
com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação teletrabalho no âmbito do Poder Judiciário, a fim de definir
que, por sua natureza, não se constituam como trabalho critérios e requisitos para a sua prestação;
externo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) CONSIDERANDO as vantagens e benefícios diretos e
Parágrafo único. O comparecimento às dependências do indiretos resultantes do teletrabalho para a Administração,
empregador para a realização de atividades específicas que para o servidor e para a sociedade;
exijam a presença do empregado no estabelecimento não CONSIDERANDO que a Lei 12.551/2011 equipara os efeitos
descaracteriza o regime de teletrabalho. (Incluído pela Lei nº jurídicos da subordinação exercida por meios telemáticos e
13.467, de 2017) informatizados à exercida por meios pessoais e diretos;
CONSIDERANDO a experiência bem-sucedida nos órgãos do
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de Poder Judiciário que já adotaram tal medida, a exemplo do
teletrabalho deverá constar expressamente do contrato Tribunal Superior do Trabalho, do Conselho Superior da Justiça
individual de trabalho, que especificará as atividades que serão do Trabalho e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região;
realizadas pelo empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do CNJ no
de 2017) Procedimento de Comissão 0003437-54.2015.2.00.0000, na
§ 1° Poderá ser realizada a alteração entre regime 233ª Sessão Ordinária, realizada em 14 de junho de 2016;
presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre
as partes, registrado em aditivo contratual. (Incluído pela Lei RESOLVE:
nº 13.467, de 2017)
§ 2° Poderá ser realizada a alteração do regime de CAPÍTULO I
teletrabalho para o presencial por determinação do DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze
dias, com correspondente registro em aditivo contratual. Art. 1º As atividades dos servidores dos órgãos do Poder
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Judiciário podem ser executadas fora de suas dependências, de
forma remota, sob a denominação de teletrabalho, observadas
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela as diretrizes, os termos e as condições estabelecidos nesta
aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos Resolução.
tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à Parágrafo único. Não se enquadram no conceito de
prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de teletrabalho as atividades que, em razão da natureza do cargo
despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato ou das atribuições da unidade de lotação, são desempenhadas
escrito. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) externamente às dependências do órgão.
Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste
artigo não integram a remuneração do empregado. (Incluído Art. 2º Para os fins de que trata esta Resolução, define-se:
pela Lei nº 13.467, de 2017) I – teletrabalho: modalidade de trabalho realizada de forma
remota, com a utilização de recursos tecnológicos;
Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de II – unidade: subdivisão administrativa do Poder Judiciário
maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a dotada de gestor;
fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. (Incluído pela Lei III – gestor da unidade: magistrado ou servidor ocupante de
nº 13.467, de 2017) cargo em comissão responsável pelo gerenciamento da unidade;
Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de IV – chefia imediata: servidor ocupante de cargo em
responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções comissão ou função comissionada de natureza gerencial, o qual
fornecidas pelo empregador. (Incluído pela Lei nº 13.467, de se reporta diretamente a outro servidor com vínculo de
2017) subordinação.

O CNJ editou uma resolução a nº 227/16 que disciplina Art. 3º São objetivos do teletrabalho:
acerca do teletrabalho de servidores no âmbito do Poder I – aumentar a produtividade e a qualidade de trabalho dos
Judiciário. servidores;
II – promover mecanismos para atrair servidores, motivá-los
Confira: e comprometê-los com os objetivos da instituição;
III – economizar tempo e reduzir custo de deslocamento dos
Resolução CNJ Nº 227 de 15/06/201624 servidores até o local de trabalho;
IV – contribuir para a melhoria de programas
Regulamenta o teletrabalho no âmbito do Poder Judiciário e socioambientais, com a diminuição de poluentes e a redução no
dá outras providências. consumo de água, esgoto, energia elétrica, papel e de outros
bens e serviços disponibilizados nos órgãos do Poder Judiciário;
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA V – ampliar a possibilidade de trabalho aos servidores com
(CNJ), no uso de suas atribuições legais e regimentais, dificuldade de deslocamento;
VI – aumentar a qualidade de vida dos servidores;

24 CNJ – Disponível em: http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=3134.

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APOSTILAS OPÇÃO

VII – promover a cultura orientada a resultados, com foco no § 5º A participação dos servidores indicados pelo gestor da
incremento da eficiência e da efetividade dos serviços prestados unidade condiciona-se à aprovação formal da Presidência do
à sociedade; órgão ou de outra autoridade por ele definida.
VIII – estimular o desenvolvimento de talentos, o trabalho § 6º Aprovados os participantes do teletrabalho, o gestor da
criativo e a inovação; unidade comunicará os nomes à área de gestão de pessoas, para
IX – respeitar a diversidade dos servidores; fins de registro nos assentamentos funcionais.
X – considerar a multiplicidade das tarefas, dos contextos de § 7º O servidor em regime de teletrabalho pode, sempre que
produção e das condições de trabalho para a concepção e entender conveniente ou necessário, e no interesse da
implemento de mecanismos de avaliação e alocação de recursos. Administração, prestar serviços nas dependências do órgão a
que pertence.
Art. 4º A realização do teletrabalho é facultativa, a critério § 8º Os órgãos do Poder Judiciário disponibilizarão no seu
dos órgãos do Poder Judiciário e dos gestores das unidades, e sítio eletrônico, no Portal da Transparência, os nomes dos
restrita às atribuições em que seja possível mensurar servidores que atuam no regime de teletrabalho, com
objetivamente o desempenho, não se constituindo, portanto, atualização mínima semestral.
direito ou dever do servidor. § 9º O servidor beneficiado por horário especial previsto no
art. 98 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ou em
CAPÍTULO II legislação específica poderá optar pelo teletrabalho, caso em
DAS CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO TELETRABALHO que ficará vinculado às metas e às obrigações da citada norma.
§ 10. O servidor que estiver no gozo da licença referida no
Art. 5º Compete ao gestor da unidade indicar, entre os art. 5º, I, f, caso opte pela realização do teletrabalho, deverá dela
servidores interessados, aqueles que atuarão em regime de declinar, para a volta ao exercício efetivo do cargo.
teletrabalho, observadas as seguintes diretrizes:
I – a realização de teletrabalho é vedada aos servidores que: Art. 6º A estipulação de metas de desempenho (diárias,
a) estejam em estágio probatório; semanais e/ou mensais) no âmbito da unidade, alinhadas ao
b) tenham subordinados; Plano Estratégico da instituição, e a elaboração de plano de
c) ocupem cargo de direção ou chefia; trabalho individualizado para cada servidor são requisitos para
d) apresentem contraindicações por motivo de saúde, início do teletrabalho.
constatadas em perícia médica; § 1º Os gestores das unidades estabelecerão as metas a
e) tenham sofrido penalidade disciplinar nos dois anos serem alcançadas, sempre que possível em consenso com os
anteriores à indicação; servidores, comunicando previamente à Presidência do órgão ou
f) estejam fora do país, salvo na hipótese de servidores que a outra autoridade por esta definida
tenham direito à licença para acompanhar o cônjuge; § 2º A meta de desempenho estipulada aos servidores em
II – verificada a adequação de perfil, terão prioridade regime de teletrabalho será superior à dos servidores que
servidores: executam mesma atividade nas dependências do órgão.
a) com deficiência; § 3º O plano de trabalho a que se refere o caput deste artigo
b) que tenham filhos, cônjuge ou dependentes com deverá contemplar:
deficiência; I – a descrição das atividades a serem desempenhadas pelo
c) gestantes e lactantes; servidor;
d) que demonstrem comprometimento e habilidades de II – as metas a serem alcançadas;
autogerenciamento do tempo e de organização; III – a periodicidade em que o servidor em regime de
e) que estejam gozando de licença para acompanhamento teletrabalho deverá comparecer ao local de trabalho para
de cônjuge; exercício regular de suas atividades;
III – a quantidade de servidores em teletrabalho, por IV – o cronograma de reuniões com a chefia imediata para
unidade, está limitada a 30% de sua lotação, admitida avaliação de desempenho, bem como eventual revisão e ajustes
excepcionalmente a majoração para 50%, a critério da de metas;
Presidência do órgão; V – o prazo em que o servidor estará sujeito ao regime de
IV – é facultado à Administração proporcionar revezamento teletrabalho, permitida a renovação.
entre os servidores, para fins de regime de teletrabalho;
V – será mantida a capacidade plena de funcionamento dos Art. 7º O alcance da meta de desempenho estipulada ao
setores em que haja atendimento ao público externo e interno. servidor em regime de teletrabalho equivale ao cumprimento da
§ 1º O regime previsto neste ato não deve obstruir o convívio respectiva jornada de trabalho.
social e laboral, a cooperação, a integração e a participação do § 1º Não caberá pagamento de adicional por prestação de
servidor em regime de teletrabalho, incluída a pessoa com serviço extraordinário para o alcance das metas previamente
deficiência, nem embaraçar o direito ao tempo livre. estipuladas.
§ 2º Recomenda-se que os órgãos do Poder Judiciário fixem § 2º Na hipótese de atraso injustificado no cumprimento da
quantitativo mínimo de dias por ano para o comparecimento do meta, o servidor não se beneficiará da equivalência de jornada
servidor à instituição, para que não deixe de vivenciar a cultura a que alude o caput deste artigo, cabendo ao órgão ou ao gestor
organizacional ou para fins de aperfeiçoamento, no caso de não da unidade estabelecer regra para compensação, sem prejuízo
estar em regime de teletrabalho parcial. do disposto no art. 10, caput e parágrafo único, desta Resolução.
§ 3º Os órgãos do Poder Judiciário devem priorizar os
servidores que desenvolvam atividades que demandem maior Art. 8º São atribuições da chefia imediata, em conjunto com
esforço individual e menor interação com outros servidores, tais os gestores das unidades, acompanhar o trabalho dos servidores
como: elaboração de minutas de decisões, de pareceres e de em regime de teletrabalho, monitorar o cumprimento das metas
relatórios, entre outras. estabelecidas e avaliar a qualidade do trabalho apresentado.
§ 4º As unidades de saúde e de gestão de pessoas podem
auxiliar na seleção dos servidores, avaliando, entre os Art. 9º Constituem deveres do servidor em regime de
interessados, aqueles cujo perfil se ajuste melhor à realização do teletrabalho:
teletrabalho. I – cumprir, no mínimo, a meta de desempenho estabelecida,
com a qualidade exigida pela chefia imediata e pelo gestor da
unidade;

Direito Administrativo 39
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APOSTILAS OPÇÃO

II – atender às convocações para comparecimento às Art. 14. Compete às unidades de tecnologia da informação
dependências do órgão, sempre que houver necessidade da viabilizar o acesso remoto e controlado dos servidores em
unidade ou interesse da Administração; regime de teletrabalho aos sistemas dos órgãos do Poder
III – manter telefones de contato permanentemente Judiciário, bem como divulgar os requisitos tecnológicos
atualizados e ativos nos dias úteis; mínimos para o referido acesso.
IV – consultar diariamente a sua caixa de correio eletrônico
institucional; Art. 15. O servidor pode, a qualquer tempo, solicitar o seu
V – manter a chefia imediata informada acerca da evolução desligamento do regime de teletrabalho.
do trabalho e de eventuais dificuldades que possam atrasar ou
prejudicar o seu andamento; Art. 16. O gestor da unidade pode, a qualquer tempo,
VI – reunir-se periodicamente com a chefia imediata para cancelar o regime de teletrabalho para um ou mais servidores,
apresentar resultados parciais e finais e obter orientações e justificadamente.
informações, de modo a proporcionar o acompanhamento dos
trabalhos; Art. 17. Os órgãos que adotarem o regime de trabalho
VII – retirar processos e demais documentos das previsto nesta Resolução deverão instituir Comissão de Gestão
dependências do órgão, quando necessário, somente mediante do Teletrabalho com os objetivos, entre outros, de:
assinatura de termo de recebimento e responsabilidade, e I – analisar os resultados apresentados pelas unidades
devolvê-los íntegros ao término do trabalho ou quando participantes, em avaliações com periodicidade máxima
solicitado pela chefia imediata ou gestor da unidade; semestral, e propor os aperfeiçoamentos necessários;
II – apresentar relatórios anuais à Presidência do órgão,
VIII – preservar o sigilo dos dados acessados de forma com descrição dos resultados auferidos e dados sobre o
remota, mediante observância das normas internas de cumprimento dos objetivos descritos no art. 3º desta Resolução;
segurança da informação e da comunicação, bem como manter III – analisar e deliberar, fundamentadamente, sobre
atualizados os sistemas institucionais instalados nos dúvidas e casos omissos.
equipamentos de trabalho. Parágrafo único. A Comissão de que trata o caput deste
§ 1º As atividades deverão ser cumpridas diretamente pelo artigo deverá ser composta, no mínimo, por 1 (um)
servidor em regime de teletrabalho, sendo vedada a utilização representante das unidades participantes do teletrabalho, 1
de terceiros, servidores ou não, para o cumprimento das metas (um) servidor da unidade de saúde, 1 (um) servidor da área de
estabelecidas. gestão de pessoas e 1 (um) representante da entidade sindical
§ 2º Fica vedado o contato do servidor com partes ou ou, na ausência desta, da associação de servidores.
advogados, vinculados, direta ou indiretamente, aos dados
acessados pelo servidor ou àqueles disponíveis à sua unidade de Art. 18. Os gestores das unidades participantes deverão
trabalho. encaminhar relatório à Comissão de Gestão do Teletrabalho,
pelo menos a cada semestre, apresentando a relação dos
Art. 10. Verificado o descumprimento das disposições servidores que participaram do teletrabalho, as dificuldades
contidas no art. 9º ou em caso de denúncia identificada, o observadas e os resultados alcançados.
servidor deverá prestar esclarecimentos à chefia imediata, que
os repassará ao gestor da unidade, o qual determinará a Art. 19. Os órgãos do Poder Judiciário poderão editar atos
imediata suspensão do trabalho remoto. normativos complementares, a fim de adequar e especificar a
Parágrafo único. Além da temporária ou definitiva regulamentação da matéria às suas necessidades, devendo
suspensão imediata do regime de teletrabalho conferido a ainda, a cada dois anos, fazer avaliação técnica sobre o proveito
servidor, a autoridade competente promoverá a abertura de da adoção do teletrabalho para a Administração, com
procedimento administrativo disciplinar para apuração de justificativa, para o CNJ, quanto à conveniência de continuidade
responsabilidade. de adoção deste regime de trabalho.

CAPÍTULO III Art. 20. Os órgãos do Poder Judiciário deverão avaliar o


DO ACOMPANHAMENTO E CAPACITAÇÃO teletrabalho, após o prazo máximo de 1 (um) ano da
implementação, com o objetivo de analisar e aperfeiçoar as
Art. 11. Os tribunais promoverão o acompanhamento e a práticas adotadas.
capacitação de gestores e servidores envolvidos com o regime de
teletrabalho, observando-se o mínimo de: Art. 21. Os órgãos do Poder Judiciário deverão encaminhar
I – 1 (uma) entrevista individual, no primeiro ano de ao CNJ relatório sobre os resultados da avaliação mencionada
realização do teletrabalho; no art. 20, visando a realização de eventuais melhorias nesta
II – 1 (uma) oficina anual de capacitação e de troca de Resolução.
experiências para servidores em teletrabalho e respectivos
gestores; Art. 22. Recomenda-se que os órgãos do Poder Judiciário
III – acompanhamento individual e de grupo sempre que se fixem um prazo máximo para o regime de teletrabalho por
mostrar necessário. servidor, podendo ser reavaliado sempre que se julgar
necessário.
Art. 12. Os tribunais promoverão a difusão de conhecimentos
relativos ao teletrabalho e de orientações para saúde e Art. 23. Esta resolução entra em vigor na data de sua
ergonomia, mediante cursos, oficinas, palestras e outros meios. publicação.

CAPÍTULO IV Ministro Ricardo Lewandowski


DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 13. O servidor é responsável por providenciar e manter


estruturas física e tecnológica necessárias e adequadas à
realização do teletrabalho.

Direito Administrativo 40
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões ✓ até 2 dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar


eleitor.
01. (TRE/BA – Analista – CESPE/2017) Com relação ao ✓ No período de tempo em que tiver de cumprir as
teletrabalho e ao trabalho remoto, julgue os itens a seguir. exigências do Serviço Militar.
I No Brasil, o teletrabalho e o trabalho remoto são ✓ Nos dias em que estiver comprovadamente realizando
regulamentados por legislação específica. provas de exame vestibular.
II Uma das principais vantagens desse tipo de trabalho é a ✓ Pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que
redução do estresse, o que contribui para uma melhor comparecer a juízo.
qualidade de vida do trabalhador. ✓ Pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade
III O custo de investimento em trabalho remoto é alto a de representante de entidade sindical, estiver participando de
médio e longo prazos, devido à demanda por inovações reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja
tecnológicas. membro.
IV Em empresas privadas, uma das atividades de gestão de ✓ Até 2 dias para acompanhar consultas médicas e exames
pessoas passível de ser realizada por teletrabalho é o processo complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou
de recrutamento e seleção. companheira;
Estão certos apenas os itens ✓ 1 dia por ano para acompanhar filho de até 6 anos em
(A) I e II. consulta médica.
(B) I e III. b) Durante o licenciamento compulsório da empregada
(C) II e III. por motivo de maternidade ou aborto;
(D) II e IV. c) Por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade
(E) III e IV. atestada INSS, exceto se tiver percebido da Previdência Social
prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por
02. (Câmara de Mogi das Cruzes/SP – Procurador – mais de 6 meses, embora descontínuos.
VUNESP/2017) O trabalho em home office d) Justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que
(A) é modalidade de teletrabalho exercido com autonomia. não tiver determinado o desconto do correspondente salário;
(B) pode ser exercido sob a forma de relação de emprego. e) Durante a suspensão preventiva para responder a
(C) pressupõe a existência da relação de emprego. inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quanto for
(D) não pode ser exercido sob a forma de relação de impronunciado ou absorvido; e
emprego. f) Nos dias em que não tenha havido serviço, salvo se
(E) pressupõe o trabalho prestado pelo empregado com a deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30
ajuda de membros da família. dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da
empresa
Gabarito
Atenção para a reforma trabalhista
01. D / 02. B
Com a reforma, ficou garantido aos que têm jornada de
FÉRIAS trabalho reduzida, os mesmos direitos de férias para os demais
trabalhadores. Portanto, quem trabalha em regime parcial
Férias é direito adquirido pelo empregado, após um (jornada não excedente a 30 horas semanais), agora tem
período de 12 meses de trabalho. Visa proporcionar descanso direito ao gozo de férias de 30 dias.
ao trabalhador sem prejuízo da remuneração, que vem
acrescida de 1/3, nos termos do 7º inciso XVII da Constituição Concessão e época de férias:
Federal: A data da concessão das férias será fixado pelo
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, empregador, durante o período concessivo, e será de acordo
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: com a época que melhor atender os interesses da empresa
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, (Art. 136 da CLT).
um terço a mais do que o salário normal
Período Aquisitivo X Período Concessivo
As férias estão disciplinadas nos artigos 129 a 149 da CLT Período aquisitivo: é um período de 12 meses de
(Consolidação das Leis do Trabalho). trabalho, onde o empregado adquire o direito de férias.
Período concessivo: são os 12 meses seguintes ao
Aquisição das férias e sua duração: período aquisitivo, onde o empregado irá gozar de seu direito
É necessário que o empregado cumpra o período aquisitivo adquirido.
(os 12 primeiros meses de contrato de trabalho) para que OBS: O empregador deve fornecer as férias ao empregado
tenha direito às férias. Após cada período de 12 meses de dentro do período concessivo (12 meses), sob pena de
vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a pagamento em dobro por elas (mesmo com o pagamento em
férias. dobro, o empregado tem direito de tirar suas férias) – artigo
137, CLT.
Não se considera a falta para efeito da concessão de
férias: Comunicação das férias:
a) Nos casos referidos no art. 473: As férias devem ser comunicadas por escrito ao
✓ até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do empregado, não há a possibilidade da comunicação verbal.
cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que viva sob Deverão ser anotadas na CTPS e também no livro ou na
sua dependência econômica; ficha de registro de empregados.
✓ até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento; O pagamento deverá ser feito até 02 dias antes do início do
✓ 1 dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da período de gozo (art. 145 da CLT), inclusive quanto às férias
primeira semana; fracionadas.
✓ 1 dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de
doação voluntária de sangue devidamente comprovada;

Direito Administrativo 41
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APOSTILAS OPÇÃO

Atenção para a reforma trabalhista: (C) é facultada a todas a conversão de 1/3 do período de
férias em abono pecuniário, no valor da remuneração que seria
As férias poderão ser divididas em 3 períodos, porém, há devida nos dias correspondentes, acrescido do terço
algumas peculiaridades para que isso aconteça, vejamos: constitucional.
a) É necessária a concordância do empregado e do (D) o pagamento das férias, de cada período, bem como do
empregador; abono pecuniário será efetuado até dois dias antes do início do
b) Um dos períodos não poderá ser inferior a 14 dias respectivo período.
corridos, e, os outros dois períodos de férias não poderão ser (E) a empregada que contar com dez faltas injustificadas
menores que 5 dias corridos, cada; em seu período aquisitivo de férias, terá direito a férias na
c) Fica proibido o início das férias no período de dois dias proporção de vinte e quatro dias corridos
antecedentes à feriados ou dia de descanso semanal
remunerado. 02. (TST - Analista Judiciário - FCC/2017) No tocante às
férias, de acordo com a CLT, alterada pela Lei n° 13.467/2017
Perda do direito de férias: e pelo entendimento sumulado do TST, considere:
O empregado não terá direito a férias se no curso do I. Desde que haja concordância do empregado, as férias
período aquisitivo: poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um
deles não poderá ser inferior a dez dias corridos e os demais
a) Deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
dias subsequentes a sua saída. II. É vedado o início das férias no período de dois dias que
É a hipótese em que o empregado pede demissão, tendo antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
que voltar ao emprego dentro dos 60 dias subsequentes para III. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada
ter direito de contagem do tempo de serviço do período período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o
anterior, que foi incompleto. Voltando o empregado retorne empregado terá direito a férias de, no máximo, dezoito dias,
dentro dos 60 dias após seu desligamento, pode contar o para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas
período aquisitivo anterior, recomeçando a correr as férias no horas, até vinte e cinco horas.
ponto em que houve a interrupção. Se o empregado voltar à IV. O empregado que se demite antes de complementar
empresa depois dos 60 dias, perde o direito ao período doze meses de serviço tem direito a férias proporcionais.
incompleto de férias, iniciando-se novo período aquisitivo Está correto o que consta APENAS em
completo, as férias já são devidas, de maneira integral; (A) I e II.
b) Permanecer em gozo de licença, com percepção de (B) I e III.
salários, por mais de 30 dias. (C) II e IV.
c) Deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais (D) II, III e IV.
de 30 dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos (E) III e IV.
serviços da empresa.
03. (TRT 24ª REGIÃO/MS - Analista Judiciário -
d) Tiver recebido da previdência Social prestações de FCC/2017) Durante o período aquisitivo das férias
acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 meses. 2016/2017, Perseu ausentou-se do serviço por 1 dia para
Essa é a exceção à regra do artigo 131 inciso III do CLT. Se acompanhar filho de cinco anos em consulta médica, por 2 dias
o empregado ficar afastado por período inferior à 6(seis) consecutivos em razão de falecimento do seu irmão e 2 dias
meses, no curso do período aquisitivo, terá direito a férias realizando exame vestibular para ingresso em
integrais (art.131, III, c/c art. 133, IV). estabelecimento de ensino superior. Nessa situação hipotética,
em relação ao referido período Perseu terá direito ao gozo de
Prescrição das férias: férias na seguinte proporção:
(A) 18 dias corridos.
O direito do trabalho tem a prescrição bienal (podem (B) 20 dias corridos.
pleitear seus direitos trabalhistas em juízo até o prazo de dois (C) 30 dias corridos.
anos após o término do contrato de trabalho) e, prescrição (D) 24 dias corridos.
quinquenal (a contar da data do ajuizamento da ação, o (E) 25 dias corridos.
empregado pode pleitear seus direitos dos 5 últimos anos).
Quanto às férias, durante a vigência da relação de emprego, 04. (TRT 7ª Região/CE - Analista Judiciário -
o prazo prescricional começa a correr após o término do CESPE/2017). No que se refere a férias, assinale a opção
período concessivo. correta.
(A) O empregado receberá, durante as férias, a
Questões remuneração que lhe for devida durante o período aquisitivo.
(B) O período de férias não é computado como tempo de
01. (TST - Técnico Judiciário - FCC/2017) Ana, tem 17 serviço.
anos de idade; Teresa, tem 53 anos e Solange, está com 35 anos (C) O empregado que receber auxílio-doença por mais de
de idade. Trabalham na Empresa S como Ajudantes de sete meses durante o período aquisitivo, ainda que de forma
Produção, cumprindo o horário de trabalho de 2ª à 5ª feiras, descontínua, perderá o direito às férias.
das 7 h às 17 h e, às 6ª feiras, das 7 h às 16 h, com uma hora de (D) O empregado poderá exigir do empregador que as
intervalo para refeição. Tendo em vista que todas têm direito férias sejam concedidas no período que melhor atenda aos
a férias vencidas, de acordo com a CLT, alterada pela Lei n° seus interesses.
13.467/2017, é INCORRETO afirmar que
(A) somente Solange tem direito ao fracionamento das 05. (Prefeitura de São José dos Campos/SP -
férias em 3 períodos, sendo obrigatório que Ana e Teresa Procurador - VUNESP/2017) Nos termos da Consolidação
usufruam suas férias de uma só vez. das Leis do Trabalho, a época de concessão das férias
(B) todas podem fracionar suas férias em três períodos, (A) será a que melhor consulte os interesses do
desde que um dos períodos não seja inferior a quatorze dias empregado.
corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias (B) deverá coincidir com as férias escolares.
corridos, cada um.

Direito Administrativo 42
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(C) será a que melhor consulte os interesses do Causa dano moral para pessoa física quando se atinge:
empregador. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a
(D) deverá ser estabelecida de comum acordo entre autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade
empregado e empregador. física.
(E) deverá ocorrer no respectivo período aquisitivo.
Causa dano moral para pessoa jurídica quando se
Gabarito atinge: A imagem, a marca, o nome, o segredo empresarial e o
sigilo da correspondência.
01.A / 02.C / 03.C / 04.C / 05.C
Se o juiz julgar procedente o pedido, o juízo fixará a
AÇÕES DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL OU indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos
PATRIMONIAL seguintes parâmetros, vedada a acumulação:
I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário
Com a inclusão do art. 114, VI, da CF/88, por meio da contratual do ofendido;
Emenda Constitucional nº 45/04, terminou a divergência II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último
acerca da competência da Justiça Trabalhista para processar e salário contratual do ofendido;
julgar “as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último
decorrentes da relação de trabalho”. Definiu-se, pois, que tais salário contratual do ofendido;
ações são de competência dessa Justiça Especializada. IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o
Assim, se determinado empregado alega que sofreu dano último salário contratual do ofendido.
moral por ato praticado pelo empregador, durante a relação de
emprego, o pedido de indenização deverá ser postulado na Caso houver reincidência entre partes idênticas, o juízo
Justiça do Trabalho. poderá elevar ao dobro o valor da indenização
Cabe consignar que as ações de indenização por danos
morais e patrimoniais decorrentes do acidente de trabalho LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017
também são de competência da Justiça do Trabalho, conforme
dispõe a Súmula vinculante nº 22 do STF: Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e as Leis nos
as ações de indenização por danos morais e patrimoniais 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e
decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às
contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam novas relações de trabalho.
sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação
da Emenda Constitucional nº 45/04. (....);
É importante observar que as ações acidentárias, que
derivam do acidente de trabalho, podem dar origem, pelo “TÍTULO II-A
menos, a duas ações diferentes: DO DANO EXTRAPATRIMONIAL
1) promovida pelo trabalhador em face do INSS, para
recebimento de benefício previdenciário. Nesse caso, embora ‘Art. 223-A. Aplicam-se à reparação de danos de natureza
a entidade autárquica seja integrante do polo da ação, a extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho apenas os
competência é da Justiça Comum Estadual, uma vez que o dispositivos deste Título.’
art. 109, I, da CF expressamente exclui essa ação da
competência da Justiça Federal; ‘Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a
2) ajuizada pelo trabalhador em face do empregador, ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da
postulando indenização por danos morais ou patrimoniais. pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do
Aqui, a competência é da Justiça do Trabalho. direito à reparação.’
Exemplo: empregado sofre acidente do trabalho, tendo que
amputar uma perna. Nesse caso, ele poderá ajuizar reclamação ‘Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de
trabalhista postulando indenização pelo dano moral e materiais ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a
em face do empregador na Justiça do Trabalho. Além disso, integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes
poderá ajuizar ação previdenciária em face do INSS postulando à pessoa física.’
benefício previdenciário, a qual será de competência da Justiça
Comum Estadual. ‘Art. 223-D. A imagem, a marca, o nome, o segredo
empresarial e o sigilo da correspondência são bens
Ademais, inserem-se na competência da Justiça do juridicamente tutelados inerentes à pessoa jurídica.’
Trabalho as doenças equiparadas ao acidente do trabalho
(Súmula nº 392 do TST), ou seja, as doenças ocupacionais. ‘Art. 223-E. São responsáveis pelo dano extrapatrimonial
Doença ocupacional é gênero que tem como espécies a doença todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico
profissional e a doença de trabalho. Doença profissional é a tutelado, na proporção da ação ou da omissão.’
doença típica de determinada profissão, por exemplo,
empregado de mineradora que contrai silicose, pois trabalha ‘Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimoniais pode
exposto ao pó de sílica. Já a doença de trabalho, embora tenha ser pedida cumulativamente com a indenização por danos
origem no trabalho do obreiro, não está vinculada a materiais decorrentes do mesmo ato lesivo.
determinada profissão, como é o caso da LER/DORT. §1º Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a
Por fim, salienta-se que os sucessores ou herdeiros decisão, discriminará os valores das indenizações a título de
podem ajuizar ação indenizatória por danos morais em face do danos patrimoniais e das reparações por danos de natureza
empregador, com base no acidente de trabalho, depois da extrapatrimonial.
morte do trabalhador (dano em ricochete, reflexo ou indireto). §2º A composição das perdas e danos, assim compreendidos
Nesse caso, a competência também será da Justiça do os lucros cessantes e os danos emergentes, não interfere na
Trabalho (Súmula nº 392 do TST). avaliação dos danos extrapatrimoniais.’

Direito Administrativo 43
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APOSTILAS OPÇÃO

‘Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará: buscar a responsabilização pelo ato ilícito perpetrado pela
I - a natureza do bem jurídico tutelado; empresa, através de seus gestores.
II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação;
III - a possibilidade de superação física ou psicológica; CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO
IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;
V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa; É o acordo tácito ou expresso, verbal ou escrito, por prazo
VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo determinado ou indeterminado, que corresponde a uma
moral; relação de emprego, que pode ser objeto de livre estipulação
VII - o grau de dolo ou culpa; dos interessados em tudo quanto não contravenha as
VIII - a ocorrência de retratação espontânea; disposições de proteção do trabalho, às convenções coletivas
IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa; que lhe seja aplicável e as decisões de autoridades
X - o perdão, tácito ou expresso; competentes.
XI - a situação social e econômica das partes envolvidas; Caracteriza-se toda vez que uma pessoa física prestar
XII - o grau de publicidade da ofensa. serviço não eventual a outra pessoa física ou jurídica, mediante
§ 1º Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a subordinação hierárquica e pagamento de uma
indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos contraprestação denominada salário. (CLT, arts. 442 e 443,
seguintes parâmetros, vedada a acumulação: caput).
I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário O contrato caracteriza-se, principalmente, pela vontade
contratual do ofendido; das partes.
II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último O conceito de contrato de trabalho vem previsto no art.
salário contratual do ofendido; 442 da CLT: “Contrato individual de trabalho é o acordo tácito
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último ou expresso, correspondente à relação de emprego”.
salário contratual do ofendido; A análise do art. 443 da CLT é importante: “O contrato
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
último salário contratual do ofendido. expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo
§ 2º Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será determinado ou indeterminado”.
fixada com observância dos mesmos parâmetros estabelecidos Assim, de qualquer maneira, pode-se resumir que o
no § 1o deste artigo, mas em relação ao salário contratual do contrato de trabalho é o acordo, tácito ou expresso (verbal ou
ofensor. escrito), firmado por uma pessoa física (empregado) que se
§ 3º Na reincidência entre partes idênticas, o juízo poderá compromete a prestar serviços pessoalmente, com
elevar ao dobro o valor da indenização.’” habitualidade, mediante remuneração, a outra pessoa física ou
jurídica (empregador), a qual será responsável pela direção de
Questões seus serviços.

01. (Prefeitura de Andradina/SP – Assistente Jurídico REMUNERAÇÃO


– VUNESP/2017) No direito do trabalho, a indenização por
dano moral Remuneração é o conjunto de prestações recebidas
(A) abrange a indenização por dano estético. habitualmente pelo empregado pela prestação de serviços,
(B) é calculada em função do tempo de serviço do seja em dinheiro ou em utilidades, provenientes do
empregado. empregador ou de terceiros, mas decorrentes do contrato de
(C) não pode ser superior à indenização por dano material. trabalho, de modo a satisfazer suas necessidades básicas e de
(D) abrange apenas a violação da honra subjetiva ou sua família.
objetiva do empregado. É o conjunto do salário contratual com outras vantagens
(E) também se aplica em favor do empregador constituído percebidas na vigência da relação do contrato de trabalho (ex.
sob a forma de pessoa jurídica. os adicionais – noturno, periculosidade, insalubridade – as
gratificações, gorjetas, etc.).
02. (TRT/2R/SP – Juiz do Trabalho – O artigo 457 da CLT usa o termo remuneração, que se
TRT/2R/SP/2016) Sobre o dano moral, individual e coletivo, constitui num conjunto de vantagens, compreendendo o valor
conforme legislação e entendimento sumulado do TST, no pago diretamente pelo empregador ao empregado, que é o
âmbito das relações de trabalho, é INCORRETO afirmar que: salário, como o pagamento feito por terceiros, que
(A) São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e corresponde às gorjetas.
a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo Caracteriza-se a remuneração como uma prestação
dano material ou moral decorrente de sua violação. obrigacional de dar em retribuição pelos serviços prestados
(B) Nas condenações por dano moral, a atualização pelo empregado ao empregador. Essa remuneração tanto pode
monetária é devida a partir da data da decisão de arbitramento ser em dinheiro como em utilidades, de maneira que o
ou de alteração do valor. Os juros incidem desde o ajuizamento empregado não necessite comprá-las, fornecendo o
da ação, nos termos do art. 883 da CLT. empregador tais coisas. O artigo 458 da CLT admite o
(C) A Justiça do Trabalho é competente para processar e pagamento do salário em utilidades.
julgar ações de indenização por dano moral e material, A remuneração tanto é a paga diretamente pelo
decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de empregador, que se constitui no salário, como é a feita por
acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que terceiro, em que o exemplo específico é a gorjeta, cobrada na
propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador nota de serviço ou fornecida espontaneamente pelo cliente.
falecido. Assim, a remuneração é o conjunto de pagamentos
(D) A prescrição aplicada nas ações por dano moral provenientes do empregador ou de terceiro em decorrência da
decorrentes de acidente de trabalho nas lesões ocorridas após prestação dos serviços subordinados.
a vigência da Emenda Constitucional 45 é de 3 (três) anos a O objetivo da remuneração é que ela possa satisfazer as
rigor do disposto no artigo 206 do Código Civil de 2002. necessidades básicas do empregado e de sua família. É sabido,
(E) O Ministério Público do Trabalho, por meio de Ação entretanto, que, muitas vezes o salário mínimo não alcança
Civil Pública, tem competência para pleitear a reparação pelo essa finalidade, porém deveria fazê-lo, para que com ele o
dano moral experimentado pelos trabalhadores, além de empregado pudesse comprar todas as coisas de que

Direito Administrativo 44
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APOSTILAS OPÇÃO

necessitasse para ter uma vida razoável juntamente com sua DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
família. O inciso IV do artigo 7º da Constituição determina que
o salário mínimo deve ser suficiente para atender às O Contrato de Trabalho é um contrato bilateral, para que
necessidades básicas e vitais do trabalhador e de sua família ele exista é necessário a demonstração de vontade de ambas
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, as partes. No entanto, a rescisão também poderá ocorrer pela
higiene, transporte e previdência social. vontade de um deles (exemplos: dispensa, pedido de demissão
De acordo com a redação do artigo 457 da CLT, a ou distrato).
remuneração é além do salário devido e pago diretamente pelo Vale lembrar que essa rescisão pode ocorrer em razão de
empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que fatores alheios à vontade das partes, como ocorre na morte do
receber. empregado. A cessação do contrato de trabalho é o término do
vínculo de emprego, com a extinção das obrigações para os
Questões contratantes.
Extinção do contrato individual de trabalho é a
01. (BANPARÁ – Advogado – BANPARÁ/2017) A cessação total e definitiva do vínculo de emprego (embora
respeito do salário e da remuneração, assinale a alternativa possam permanecer outras obrigações, como a de sigilo ou
CORRETA: não-concorrência, pactuadas para se estenderem após o
(A) Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto término do contrato). A cessação do contrato de trabalho pode
nos salários do empregado, salvo quando este resultar de decorrer de um negócio jurídico (demissão, dispensa com ou
adiantamentos, de dispositivos de lei, de expressa previsão no sem justa causa, rescisão indireta, culpa recíproca); ou de um
contrato individual de trabalho ou de contrato coletivo. fato jurídico (fato da vida) morte do empregado, morte do
(B) O trabalhador readaptado em nova função por motivo empregador, força maior, advento do prazo (p. ex. término do
de deficiência atestada pelo órgão competente da Previdência contrato por prazo determinado).
Social não servirá de paradigma para fins de equiparação
salarial, salvo se a diferença entre ele e o empregado que Extinção do contrato de trabalho por iniciativa do
pretende a equiparação não houver diferença de mais de 2 empregado - pedido de demissão
anos na função. É a rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do
(C) Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, empregado – ato unilateral e reptício. Há obrigatoriedade de
prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, conceder aviso prévio de 30 dias ao empregador (salvo se por
corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, ele dispensado). Exceção: empregado tem de se desvincular do
nacionalidade ou idade. emprego com a maior brevidade possível, pois já possui outro
(D) O pagamento de comissões e percentagens só é exigível serviço, segundo a Súmula nº 276 do TST.
depois de ultimada a transação a que se referem, e poderá Extinção do contrato de trabalho por iniciativa do
ocorrer até sessenta dias após essa condição. empregador

02. (CRF – DF - Analista l – Advogado – IADES/2017) Poderá o contrato de trabalho terminar por dispensa, que
Tendo em vista a Consolidação das Leis do Trabalho no que se é a rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do
refere à remuneração, assinale a alternativa correta. empregador – ato unilateral e reptício, podendo ser por, ou
(A) O pagamento do salário, qualquer que seja a sem justa causa.
modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período Demais formas de rescisão do contrato de trabalho
superior a 45 dias.
(B) Compreendem-se na remuneração do empregado, para Culpa Recíproca: Pode ocorrer que tenha havido falta
todos os efeitos legais, além do salário devido e pago tanto do empregado como do empregador, daí a existência de
diretamente pelo empregador como contraprestação do culpa recíproca. A falta do empregado estaria capitulada no
serviço, as gorjetas que receber. artigo 482 da CLT e a falta do empregador estaria elencada no
(C) Considera-se gorjeta apenas a importância artigo 483 da CLT. Havendo culpa recíproca, a indenização
espontaneamente dada pelo cliente ao empregado. devida ao empregado será reduzida à metade (artigo 484 da
(D) Não integram o salário as diárias para viagens e abonos CLT), assim como o empregado fará jus a metade do aviso
pagos pelo empregador. prévio, das férias proporcionais e do 13º salário proporcional
(E) Não se compreendem no salário a alimentação, a (Súmula 14 do TST).
habitação, o vestuário ou outras prestações in natura que a
empresa fornecer habitualmente ao empregado. Despedida ou Rescisão Indireta: A rescisão indireta ou
dispensa indireta é a forma de cessação do contrato de
03. (Prefeitura de São José dos Campos – SP – trabalho por decisão do empregado em virtude da justa causa
Procurador – VUNESP/2017) Integram o salário do praticada pelo empregador (artigo 483 da CLT).
empregado as seguintes utilidades: Na rescisão indireta, o empregado deve, de preferência,
(A) as mensalidades escolares e os planos de assistência avisar o empregador dos motivos por que está retirando-se do
médica. serviço, sob pena de a empresa poder considerar a saída do
(B) o transporte destinado ao local de trabalho e os planos trabalhador como abandono de emprego.
de assistência médica. A única maneira de se verificar a justa causa cometida pelo
(C) os planos de assistência médica e o valor empregador é o empregado ajuizar ação na Justiça do
correspondente ao vale-cultura. Trabalho, postulando a rescisão indireta de seu contrato de
(D) a alimentação fornecida por força do contrato de trabalho.
trabalho e o plano de previdência privada. As hipóteses de rescisão indireta estão arroladas nas
(E) a alimentação e a habitação fornecidas por força do alíneas do artigo 483 da CLT.
contrato de trabalho. O parágrafo único do artigo 407 da CLT prevê outra
hipótese de rescisão indireta, quando a empresa não tomar as
medidas possíveis e recomendadas pela autoridade
Gabarito competente para que o menor mude de função.

01. C / 02. B / 03. E

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Aposentadoria: A aposentadoria do empregado é uma das (A) o pagamento das parcelas constantes do instrumento
formas de cessação do contrato de trabalho. Se o empregado de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado, em
continuar trabalhando, há a formação de um novo contrato de qualquer caso, até o décimo dia, contado da data da notificação
trabalho. da demissão.
Para Sergio Pinto Martins25 o empregador poderá fazer (B) não há necessidade de o instrumento de rescisão ou
cessar o contrato de trabalho em certos casos. Necessário, recibo de quitação, no caso de pedido de demissão e dispensa
inicialmente, verificar o inciso I do artigo 7º da Constituição, por justa causa, ter especificada a natureza e discriminado o
que estabelece: “relação de emprego protegida contra valor de cada parcela paga ao empregado.
despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei (C) havendo culpa recíproca no ato que determinou a
complementar, que preverá indenização compensatória, rescisão do contrato de trabalho, a indenização devida ao
dentre outros direitos”. Enquanto não for editada a lei empregado poderá ser reduzida até o limite de 1/3 daquela
complementar mencionada, o porcentual da indenização do que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador.
FGTS é elevado para 40% (artigo 10, I, do ADCT). (D) o empregado poderá considerar rescindido o contrato
e pleitear a devida indenização quando, em qualquer hipótese,
Questões o empregador reduzir o seu trabalho, mesmo que essa redução
não afete sensivelmente a importância dos salários.
01. (TRT - 7ª Região (CE) - Técnico Judiciário - Área (E) constituem justa causa para rescisão do contrato de
Administrativa - CESPE/2017) Reconhecida a rescisão do trabalho pelo empregador, entre outras, a negociação habitual
contrato de trabalho por culpa exclusiva do empregador, o por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e
empregado terá direito a receber quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual
(A) 50% do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço.
férias proporcionais.
(B) 50% do salário e das férias integrais. 04. (TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área
(C) 50% do aviso prévio e 100% das demais verbas Administrativa – CESPE/2017) Reconhecida a culpa
devidas. recíproca — tanto do empregado como do empregador —, na
(D) 100% das verbas devidas, inclusive do aviso prévio. rescisão do contrato de trabalho, o empregado deverá receber
como verbas rescisórias
02. (CRMV – SC – Advogado – IESES/2017) As formas de (A) as férias proporcionais, aviso prévio integral e o
rescisão do contrato de trabalho podem ser classificadas em: décimo terceiro salário integral.
Dispensa por justa causa, Dispensa sem justa causa Pedido de (B) aviso prévio integral e o décimo terceiro salário
demissão, Rescisão indireta e Rescisão por culpa recíproca. integral.
Podemos afirmar: (C) as férias proporcionais ou vencidas integrais e o
(A) Dispensa por justa causa causada pelo empregado - décimo terceiro salário integral.
Ocorre quando o empregado comete faltas graves, em casos de (D) a metade do décimo terceiro salário, das férias
desonestidade ou má conduta, indisciplina, negligência, proporcionais e do valor do aviso prévio.
abandono do emprego, violação de segredo da empresa,
embriaguez em serviço, agressão física e à honra contra 05. (TST - Técnico Judiciário – Área Administrativa –
colegas, chefe e empregador, entre outras, como previsto no FCC/2017) Na nova modalidade de rescisão do contrato de
art. 482 da CLT. Nesse caso, o empregado só recebe o saldo de trabalho, introduzida pela Lei n° 13.467/2017, havendo
salário e os períodos de férias vencidas. extinção por acordo entre empregado e empregador, serão
(B) Pedido de demissão - Ocorre quando o empregado devidas as seguintes verbas rescisórias:
quer deixar o emprego. Nesse caso, algumas verbas rescisórias (A) metade do aviso prévio, se indenizado e metade das
são devidas apenas pela metade, sendo elas: multa do FGTS, férias vencidas + 1/3, se tiver, com a integralidade da
aviso prévio indenizado, 13° salário proporcional e férias indenização sobre o saldo do FGTS e das demais verbas
proporcionais acrescidas de 1/3, mas tem direito ao trabalhistas, podendo sacar 80% do valor dos depósitos do
segurodesemprego. FGTS, além de poder ingressar no Programa de Seguro-
(C) Dispensa por justa causa - Ocorre quando o fim do Desemprego.
contrato se dá por vontade única do empregador. Nessas (B) metade do aviso prévio, se indenizado e metade da
circunstâncias, o empregado tem direito ao aviso prévio, férias indenização sobre o saldo do FGTS e as demais verbas
vencidas, acrescidas de 1/3, férias proporcionais, décimo trabalhistas em sua integralidade, podendo sacar 80% do
terceiro salário proporcional, saldo de salário, além de multa valor dos depósitos do FGTS, além de poder ingressar no
de 40% sobre o FGTS, que é a penalidade para a dispensa Programa de Seguro-Desemprego.
imotivada. (C) metade da indenização sobre o saldo do FGTS e as
(D) Dispensa sem justa causa - Ocorre quando o fim do demais verbas trabalhistas em sua integralidade, podendo
contrato se dá por vontade única do empregado. Desta forma, sacar 100% do valor dos depósitos do FGTS, não podendo
o empregado tem direito a férias vencidas, férias ingressar no Programa de Seguro-Desemprego, e sem
proporcionais, décimo terceiro salário proporcional, saldo de percepção de aviso prévio.
salário. Tem direito também de sacar os depósitos do FGTS. O (D) metade do aviso prévio, se indenizado e metade das
empregado não tem direito ao seguro-desemprego. férias vencidas + 1/3, se tiver, com a integralidade da
indenização sobre o saldo do FGTS e das demais verbas
03. (TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área trabalhistas, podendo sacar 100% do valor dos depósitos do
Administrativa – FCC/2017) O contrato de trabalho cumpre FGTS, não podendo ingressar no Programa de Seguro-
um ciclo existencial: nasce em determinado momento e chega Desemprego.
ao seu final, extinguindo-se por vários motivos. No tocante à (E) metade do aviso prévio, se indenizado e metade da
rescisão do contrato de trabalho, modalidades e indenização indenização sobre o saldo do FGTS e as demais verbas
devida, trabalhistas em sua integralidade, podendo sacar 80% do

25 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 31ª edição. São Paulo: Atlas, 2015,
p. 410 – 431.

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valor dos depósitos do FGTS, não podendo ingressar no CAPÍTULO II


Programa de Seguro-Desemprego. Da Invalidade dos Atos

Artigo 8.º - São inválidos os atos administrativos que


Processo administrativo desatendam os pressupostos legais e regulamentares de sua
(Lei estadual nº edição, ou os princípios da Administração, especialmente nos
casos de:
10.177/1998): artigos 1º ao I - incompetência da pessoa jurídica, órgão ou agente de que
36. emane;
II - omissão de formalidades ou procedimentos essenciais;
III - impropriedade do objeto;
LEI N.º 10.177, DE 30 DE DEZEMBRO DE 199826 IV - inexistência ou impropriedade do motivo de fato ou de
direito;
Regula o processo administrativo no âmbito da V - desvio de poder;
Administração Pública Estadual. VI - falta ou insuficiência de motivação.
Parágrafo único - Nos atos discricionários, será razão de
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: invalidade a falta de correlação lógica entre o motivo e o
Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu conteúdo do ato, tendo em vista sua finalidade.
promulgo a seguinte lei:
Artigo 9.º - A motivação indicará as razões que justifiquem
TÍTULO I a edição do ato, especialmente a regra de competência, os
Das Disposições Preliminares fundamentos de fato e de direito e a finalidade objetivada.
Parágrafo único - A motivação do ato no procedimento
Artigo 1.º - Esta lei regula os atos e procedimentos administrativo poderá consistir na remissão a pareceres ou
administrativos da Administração Pública centralizada e manifestações nele proferidos.
descentralizada do Estado de São Paulo, que não tenham
disciplina legal específica. Artigo 10 - A Administração anulará seus atos inválidos, de
Parágrafo único - Considera-se integrante da Administração ofício ou por provocação de pessoa interessada, salvo quando:
descentralizada estadual toda pessoa jurídica controlada ou I - ultrapassado o prazo de 10 (dez) anos contado de sua
mantida, direta ou indiretamente, pelo Poder Público estadual, produção;
seja qual for seu regime jurídico. II - da irregularidade não resultar qualquer prejuízo;
III - forem passíveis de convalidação.
Artigo 2.º - As normas desta lei aplicam-se subsidiariamente
aos atos e procedimentos administrativos com disciplina legal Artigo 11 - A Administração poderá convalidar seus atos
específica. inválidos, quando a invalidade decorrer de vício de competência
ou de ordem formal, desde que:
Artigo 3.º - Os prazos fixados em normas legais específicas I - na hipótese de vício de competência, a convalidação seja
prevalecem sobre os desta lei. feita pela autoridade titulada para a prática do ato, e não se
trate de competência indelegável;
TÍTULO II II - na hipótese de vício formal, este possa ser suprido de
Dos Princípios da Administração Pública modo eficaz.
§ 1.º - Não será admitida a convalidação quando dela
Artigo 4.º - A Administração Pública atuará em obediência resultar prejuízo à Administração ou a terceiros ou quando se
aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, tratar de ato impugnado.
publicidade, razoabilidade, finalidade, interesse público e § 2.º - A convalidação será sempre formalizada por ato
motivação dos atos administrativos. motivado.

Artigo 5.º - A norma administrativa deve ser interpretada e CAPÍTULO III


aplicada da forma que melhor garanta a realização do fim Da Formalização dos Atos
público a que se dirige.
Artigo 12 - São atos administrativos:
Artigo 6.º - Somente a lei poderá: I - de competência privativa:
I - criar condicionamentos aos direitos dos particulares ou a) do Governador do Estado, o Decreto;
impor-lhes deveres de qualquer espécie; e b) dos Secretários de Estado, do Procurador Geral do Estado
II - prever infrações ou prescrever sanções. e dos Reitores das Universidades, a Resolução;
c) dos órgãos colegiados, a Deliberação;
TÍTULO III II - de competência comum:
Dos Atos Administrativos a) à todas as autoridades, até o nível de Diretor de Serviço;
CAPÍTULO I as autoridades policiais; aos dirigentes das entidades
Disposição Preliminar descentralizadas, bem como, quando estabelecido em norma
legal específica, a outras autoridades administrativas, a
Artigo 7.º - A Administração não iniciará qualquer atuação Portaria;
material relacionada com a esfera jurídica dos particulares sem b) à todas as autoridades ou agentes da Administração, os
a prévia expedição do ato administrativo que lhe sirva de demais atos administrativos, tais como Ofícios, Ordens de
fundamento, salvo na hipótese de expressa previsão legal. Serviço, Instruções e outros.
§ 1.º - Os atos administrativos, excetuados os decretos, aos
quais se refere a Lei Complementar n. 60, de 10 de julho de 1972,

26https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1998/lei-10177-
30.12.1998.html. Acesso em 02.04.2019

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e os referidos no Artigo 14 desta lei, serão numerados em séries II - as atribuições inerentes ao caráter político da
próprias, com renovação anual, identificando-se pela sua autoridade;
denominação, seguida da sigla do órgão ou entidade que os III - as atribuições recebidas por delegação, salvo
tenha expedido. autorização expressa e na forma por ela determinada;
§ 2.º - Aplica-se na elaboração dos atos administrativos, no IV - a totalidade da competência do órgão;
que couber, o disposto na Lei Complementar n. 60, de 10 de julho V - as competências essenciais do órgão, que justifiquem sua
de 1972. existência.
Artigo 13 - Os atos administrativos produzidos por escrito Parágrafo único - O órgão colegiado não pode delegar suas
indicarão a data e o local de sua edição, e conterão a funções, mas apenas a execução material de suas deliberações.
identificação nominal, funcional e a assinatura da autoridade
responsável. TITULO IV
Artigo 14 - Os atos de conteúdo normativo e os de caráter Dos Procedimentos Administrativos
geral serão numerados em séries específicas, seguidamente, sem CAPÍTULO I
renovação anual. Normas Gerais
Artigo 15 - Os regulamentos serão editados por decreto, Seção I
observadas as seguintes regras: Dos Princípios
I - nenhum regulamento poderá ser editado sem base em lei,
nem prever infrações, sanções, deveres ou condicionamentos de Artigo 21 - Os atos da Administração serão precedidos do
direitos nela não estabelecidos; procedimento adequado à sua validade e à proteção dos direitos
II - os decretos serão referendados pelos Secretários de e interesses dos particulares.
Estado em cuja área de atuação devam incidir, ou pelo
Procurador Geral do Estado, quando for o caso; Artigo 22 - Nos procedimentos administrativos observar-se-
III - nenhum decreto regulamentar será editado sem ão, entre outros requisitos de validade, a igualdade entre os
exposição de motivos que demonstre o fundamento legal de sua administrados e o devido processo legal, especialmente quanto
edição, a finalidade das medidas adotadas e a extensão de seus à exigência de publicidade, do contraditório, ampla defesa e,
efeitos; quando for o caso, do despacho ou decisão motivados.
IV - as minutas de regulamento serão obrigatoriamente § 1.º - Para atendimento dos princípios previstos neste
submetidas ao órgão jurídico competente, antes de sua artigo, serão assegurados às partes o direito de emitir
apreciação pelo Governador do Estado. manifestação, de oferecer provas e acompanhar sua produção,
de obter vista e de recorrer.
CAPÍTULO IV § 2.º - Somente poderão ser recusadas, mediante decisão
Da Publicidade dos Atos fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando
sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
Artigo 16 - Os atos administrativos, inclusive os de caráter
geral, entrarão em vigor na data de sua publicação, salvo Seção II
disposição expressa em contrário. Do Direito de Petição

Artigo 17 - Salvo norma expressa em contrário, a Artigo 23 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou
publicidade dos atos administrativos consistirá em sua jurídica, independentemente de pagamento, o direito de petição
publicação no Diário Oficial do Estado, ou, quando for o caso, na contra ilegalidade ou abuso de poder e para a defesa de direitos.
citação, notificação ou intimação do interessado. Parágrafo único - As entidades associativas, quando
Parágrafo único - A publicação dos atos sem conteúdo expressamente autorizadas por seus estatutos ou por ato
normativo poderá ser resumida. especial, e os sindicatos poderão exercer o direito de petição, em
defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais de seus
CAPÍTULO V membros.
Do Prazo para a Produção dos Atos
Artigo 24 - Em nenhuma hipótese, a Administração poderá
Artigo 18 - Será de 60 (sessenta) dias, se outra não for a recusar-se a protocolar a petição, sob pena de responsabilidade
determinação legal, o prazo máximo para a prática de atos do agente.
administrativos isolados, que não exijam procedimento para sua
prolação, ou para a adoção, pela autoridade pública, de outras Seção III
providências necessárias à aplicação de lei ou decisão Da Instrução
administrativa.
Parágrafo único - O prazo fluirá a partir do momento em Artigo 25 - Os procedimentos serão impulsionados e
que, à vista das circunstâncias, tornar-se logicamente possível a instruídos de ofício, atendendo-se à celeridade, economia,
produção do ato ou a adoção da medida, permitida simplicidade e utilidade dos trâmites.
prorrogação, quando cabível, mediante proposta justificada.
Artigo 26 - O órgão ou entidade da Administração estadual
CAPÍTULO VI que necessitar de informações de outro, para instrução de
Da Delegação e da Avocação procedimento administrativo, poderá requisitá-las diretamente,
sem observância da vinculação hierárquica, mediante ofício, do
Artigo 19 - Salvo vedação legal, as autoridades superiores qual uma cópia será juntada aos autos.
poderão delegar a seus subordinados a prática de atos de sua
competência ou avocar os de competência destes. Artigo 27 - Durante a instrução, os autos do procedimento
administrativo permanecerão na repartição competente.
Artigo 20 - São indelegáveis, entre outras hipóteses
decorrentes de normas específicas: Artigo 28 - Quando a matéria do processo envolver assunto
I - a competência para a edição de atos normativos que de interesse geral, o órgão competente poderá, mediante
regulem direitos e deveres dos administrados; despacho motivado, autorizar consulta pública para

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manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não Seção V


houver prejuízo para a parte interessada. Da Publicidade
§ 1.º - A abertura da consulta pública será objeto de
divulgação pelos meios oficiais, a fim de que os autos possam ser Artigo 34 - No curso de qualquer procedimento
examinados pelos interessados, fixando-se prazo para administrativo, as citações, intimações e notificações, quando
oferecimento de alegações escritas. feitas pessoalmente ou por carta com aviso de recebimento,
§ 2.º - O comparecimento à consulta pública não confere, por observarão as seguintes regras:
si, a condição de interessado no processo, mas constitui o direito I - constitui ônus do requerente informar seu endereço para
de obter da Administração resposta fundamentada. correspondência, bem como alterações posteriores;
II - considera-se efetivada a intimação ou notificação por
Artigo 29 - Antes da tomada de decisão, a juízo da carta com sua entrega no endereço fornecido pelo interessado;
autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser III - será obrigatoriamente pessoal a citação do acusado, em
realizada audiência pública para debates sobre a matéria do procedimento sancionatório, e a intimação do terceiro
processo. interessado, em procedimento de invalidação;
IV - na citação, notificação ou intimação pessoal, caso o
Artigo 30 - Os órgãos e entidades administrativas, em destinatário se recuse a assinar o comprovante de recebimento,
matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de o servidor encarregado certificará a entrega e a recusa;
participação dos administrados, diretamente ou por meio de V - quando o particular estiver representado nos autos por
organizações e associações legalmente reconhecidas. procurador, a este serão dirigidas as notificações e intimações,
salvo disposição em contrário.
Artigo 31 - Os resultados da consulta e audiência pública e Parágrafo único - Na hipótese do inciso III, não encontrado
de outros meios de participação dos administrados deverão ser o interessado, a citação ou a intimação serão feitas por edital
acompanhados da indicação do procedimento adotado. publicado no Diário Oficial do Estado.

Seção IV Artigo 35 - Durante a instrução, será concedida vista dos


Dos Prazos autos ao interessado, mediante simples solicitação, sempre que
não prejudicar o curso do procedimento.
Artigo 32 - Quando outros não estiverem previstos nesta lei Parágrafo único - A concessão de vista será obrigatória, no
ou em disposições especiais, serão obedecidos os seguintes prazo para manifestação do interessado ou para apresentação
prazos máximos nos procedimentos administrativos: de recursos, mediante publicação no Diário Oficial do Estado.
I - para autuação, juntada aos autos de quaisquer elementos,
publicação e outras providências de mero expediente: 2 (dois) Artigo 36 - Ao advogado e assegurado o direito de retirar os
dias; autos da repartição, mediante recibo, durante o prazo para
II - para expedição de notificação ou intimação pessoal: 6 manifestação de seu constituinte, salvo na hipótese de prazo
(seis) dias; comum.
III - para elaboração e apresentação de informes sem
caráter técnico ou jurídico: 7 (sete) dias; Questões
IV - para elaboração e apresentação de pareceres ou
informes de caráter técnico ou jurídico: 20 (vinte) dias, 01. (TJ/SP - Juiz Substituto – VUNESP). Em matéria de
prorrogáveis por 10 (dez) dias quando a diligência requerer o processo administrativo, no Estado de São Paulo, convivem
deslocamento do agente para localidade diversa daquela onde normas processuais constantes em lei federal (Lei nº
tem sua sede de exercício; 9.784/99) e estadual (Lei nº 10.177/98). No regime jurídico
V - para decisões no curso do procedimento: 7 (sete) dias; do processo administrativo aplicado à Administração Pública
VI - para manifestações do particular ou providências a seu estadual, é correto afirmar que
cargo: 7 (sete) dias; (A) a Administração não pode anular seus atos se passados
VII - para decisão final: 20 (vinte) dias; mais de dez anos contados de sua produção, mesmo que
VIII - para outras providências da Administração: 5 (cinco) causadores de prejuízo, independentemente do direito ao
dias. ressarcimento.
§ 1.º - O prazo fluirá a partir do momento em que, à vista das (B) no processo administrativo, os atos preparatórios ou
circunstâncias, tornar-se logicamente possível a produção do de mero expediente não podem ser objeto de recurso
ato ou a adoção da providência. hierárquico, podendo ser impugnados por meio de agravo
§ 2.º - Os prazos previstos neste artigo poderão ser, caso a retido ou pedido de reconsideração endereçado à autoridade
caso, prorrogados uma vez, por igual período, pela autoridade que tiver praticado o ato.
superior, à vista de representação fundamentada do agente (C) a Administração poderá convalidar seus atos inválidos,
responsável por seu cumprimento. quando a invalidade decorrer de vício de competência ou de
ordem formal, ainda que o mesmo tenha sido objeto de
Artigo 33 - O prazo máximo para decisão de requerimentos impugnação por interessado.
de qualquer espécie apresentados à Administração será de 120 (D) as competências não são renunciáveis nem delegáveis,
(cento e vinte) dias, se outro não for legalmente estabelecido. podendo ser avocadas em caráter excepcional e transitório.
§ 1.º - Ultrapassado o prazo sem decisão, o interessado
poderá considerar rejeitado o requerimento na esfera 02. (PM/SP - Soldado da Policia Militar – VUNESP). No
administrativa, salvo previsão legal ou regulamentar em que concerne aos atos administrativos, é correto afirmar que a
contrário. Lei Estadual nº 10.177/98 prevê que
§ 2.º - Quando a complexidade da questão envolvida não (A) não será admitida a convalidação do ato administrativo
permitir o atendimento do prazo previsto neste artigo, a quando dela resultar prejuízo à Administração ou a terceiros
autoridade cientificará o interessado das providências até então ou quando se tratar de ato impugnado.
tomadas, sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior. (B) a resolução é ato administrativo de competência
§ 3.º - O disposto no § 1.° deste artigo não desonera a concorrente entre o Governador e os Secretários de Estado.
autoridade do dever de apreciar o requerimento.

Direito Administrativo 49
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(C) os atos administrativos, inclusive os de caráter geral, Gabarito


entrarão em vigor 30 (trinta) dias após sua publicação, salvo
disposição expressa em contrário. 01. A / 02. A / 03. B / 04. E / 05. A
(D) é vedado às autoridades superiores delegar a seus
subordinados a prática de atos de sua competência ou avocar
os de competência destes. Controle e
(E) será de 30 (trinta) dias, se outra não for a determinação
legal, o prazo máximo para a prática de atos administrativos
responsabilização da
isolados, que não exijam procedimento. administração: controle
administrativo; controle
03. (SEFAZ/SP - Analista de Finanças e Controle –
ESAF). Em relação ao procedimento administrativo, no âmbito
judicial; controle legislativo;
da Administração Pública Estadual de São Paulo, regulado pela
Lei n. 10.177/98, assinale o item correto.
(A) Nos procedimentos administrativos observar-se-ão, A Administração Pública se sujeita a controle por parte dos
entre outros requisitos de validade, a igualdade entre os Poderes Legislativo e Judiciário, além de exercer, ela mesma, o
administrados e o devido processo legal, sendo prescindível a controle sobre os próprios atos.
ouvida do administrado (interessado). Embora o controle seja atribuição estatal, o administrado
(B) Todos os sujeitos que forem afetados por decisão participa dele à medida que pode e deve provocar o
administrativa podem recorrer em defesa de interesse ou procedimento de controle, não apenas na defesa de seus
direito, independentemente de terem participado do interesses individuais, mas também na proteção do interesse
procedimento administrativo. coletivo.
(C) O órgão ou entidade da Administração estadual que A Emenda Constitucional nº 19/98 inseriu o § 3º no artigo
necessitar de informações de outro para instrução de 37, prevendo lei que discipline as formas de participação do
procedimento administrativo, deve requisitá-las mediante usuário na administração pública direta e indireta: é o
ofício, com observância da vinculação hierárquica. chamado controle popular. Essa lei ainda não foi
(D) Os procedimentos serão impulsionados e instruídos de promulgada.
ofício, ou seja, necessitam de manifestação do interessado para Atualmente, uma instituição que desempenha importante
sua tramitação, sendo primado pelo formalismo em seu curso. papel no controle da Administração Pública é o Ministério
(E) O Estado de São Paulo pode se recusar à expedição de Público. Além da tradicional função de denunciar autoridades
certidão, em despacho imotivado, sobre atos, contratos, públicas por crimes no exercício de suas funções, ainda atua
decisões ou pareceres constantes de registros ou autos de como autor da ação civil pública, seja para defesa de interesses
procedimentos, quando a informação solicitada colocar em difusos e coletivos, seja para repressão à improbidade
comprovado risco a segurança da sociedade ou do Estado. administrativa.

04. (PC/SP - Delegado de Polícia – PC-SP). De acordo Classificação


com a Lei 10.177/98, que regula os atos e procedimentos
administrativos no âmbito da Administração Pública do Vários critérios existem para classificar as modalidades de
Estado de São Paulo, o Delegado de Polícia pode baixar controle.
(A) Resolução Substitutiva. Quanto ao órgão que o exerce, o controle pode ser
(B) Resolução administrativo, legislativo ou judicial.
(C) Deliberação Conforme a origem: O controle ainda pode ser interno ou
(D) Decreto Interno externo.
(E) Portaria. É interno o controle que cada um dos Poderes exerce
sobre seus próprios atos e agentes. Exemplo: os chefes que
05. Com relação aos prazos para a prática de atos possuem controle sobre seus funcionários.
administrativos isolados, assinale a alternativa correta: Exercido de forma integrada entre os Poderes com
(A) Será de 60 (sessenta) dias, se outra não for a responsabilidade solidária dos responsáveis pelo controle
determinação legal, o prazo máximo para a prática de atos interno, assim que deixam de dar ciência ao TCU sobre alguma
administrativos isolados, que não exijam procedimento para irregularidade que tenha ocorrido.
sua prolação, ou para a adoção, pela autoridade pública, de
outras providências necessárias à aplicação de lei ou decisão É externo o controle exercido por um dos Poderes sobre o
administrativa; outro, como também o controle da Administração Direta sobre
(B) Será de 50 (cinquenta) dias, se outra não for a a Indireta. Exemplo: quando o ato da Administração é anulado
determinação legal, o prazo máximo para a prática de atos judicialmente.
administrativos isolados, que não exijam procedimento para A Constituição Federal prevê o controle externo a cargo do
sua prolação, ou para a adoção, pela autoridade pública, de Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas (art.
outras providências necessárias à aplicação de lei ou decisão 71) e o controle interno que cada Poder exercerá sobre seus
administrativa; próprios atos (arts. 70 e 74). No artigo 74 é prevista a
(C) Será de 30 (trinta) dias, se outra não for a determinação responsabilidade solidária dos responsáveis pelo controle
legal, o prazo máximo para a prática de atos administrativos quando, ao tomarem conhecimento de irregularidade,
isolados, que não exijam procedimento para sua prolação, ou deixarem de dar ciência ao Tribunal de Contas.
para a adoção, pela autoridade pública, de outras providências Conforme o momento a ser exercido: Quanto ao
necessárias à aplicação de lei ou decisão administrativa; momento em que se efetua, pode ser prévio, concomitante ou
(D) Será de 45 (quarenta e cinco) dias, se outra não for a posterior.
determinação legal, o prazo máximo para a prática de atos Controle prévio ou preventivo: é feito antes de se
administrativos isolados, que não exijam procedimento para consumar a conduta administrativa.
sua prolação, ou para a adoção, pela autoridade pública, de Exemplo: a previsão constitucional de necessidade de
outras providências necessárias à aplicação de lei ou decisão autorização ou aprovação prévia do Congresso Nacional para
administrativa; determinados atos do Poder Executivo (art. 49, II, III, XV, XVI e
XVII; art. 52, III, IV e V).
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Controle concomitante: acompanha a situação c) controle financeiro: O art. 74 da Constituição Federal


administrativa no momento em que ela se verifica. determina que os Poderes mantenham sistema de controle
Exemplo: o acompanhamento da execução orçamentária interno com a finalidade de “avaliar o cumprimento das metas
pelo sistema de auditoria. previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
Controle posterior ou corretivo: tem por finalidade a governo e dos orçamentos da União; comprovar a legalidade e
revisão de atos já praticados, para corrigi-los, desfazê-los ou, avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
somente, confirmá-los. Atinge atos como os de aprovação, orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades
homologação, anulação, revogação ou convalidação. - da Administração Federal, bem como da aplicação de recursos
Exemplo: a anulação de um ato administrativo ilegal. públicos por entidades de direito privado; exercer o controle
Conforme a amplitude: Quanto à amplitude, o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
pode ser hierárquico ou finalístico. direitos e haveres da União; apoiar o controle externo no
Para Hely Lopes Meirelles, é aquele “que resulta exercício de sua missão institucional”.
automaticamente do escalonamento vertical dos órgãos do d) pareceres vinculantes: Trata-se de controle
Executivo, em que os inferiores estão subordinados aos preventivo sobre determinados atos e contratos
superiores”. O controle é hierárquico sempre que os órgãos administrativos realizado por órgão técnico integrante da
superiores (dentro de uma mesma estrutura hierárquica) Administração ou por órgão do Poder Executivo (como ocorre
possuírem competência para controlar e fiscalizar os atos com a Procuradoria-Geral do Estado).
praticados por seus subordinados. e) ouvidoria: limita-se a proceder ao encaminhamento
Por sua vez, o controle finalístico é o controle que é das reclamações que recebe. Ouvidoria tem-se dedicado a
exercido pela Administração Direta sobre as pessoas jurídicas receber reclamações de populares e usuários dos serviços
integrantes da Administração Indireta. É um controle que públicos.
depende de lei que o estabeleça, determine os meios de f) recursos administrativos hierárquicos ou de ofício:
controle, as autoridades responsáveis pela sua realização, bem por vezes a lei condiciona a decisão ao reexame superior,
como as suas finalidades. carecendo ser conhecida e eventualmente revista por agente
Conforme a natureza: hierarquicamente superior àquele que decidiu. O reexame é
- Controle de legalidade: pode ser exercitado pela decorrente do poder hierárquico, que consagra prerrogativas
Administração de ofício ou mediante provocação, o Legislativo próprias do agente superior (delegar atribuição, avocá-las,
apenas efetiva nos casos previstos na Constituição e o fiscalizar, rever decisões).
Judiciário de acordo com a ação adequada. O ato que for ilegal Controle Administrativo Exercitado Por Provocação:
ou ilegítimo pode ser anulado, mas nunca revogado. Nesta hipótese de controle interno, ou administrativo (por
- Controle do mérito: ocorre em virtude da verificação de provocação), pode decorrer de: direito de petição; pedido de
conveniência e oportunidade da conduta administrativa. Via reconsideração; reclamação administrativa; e recurso
de regra a competência para exercê-lo é da Administração, administrativo.
admitindo-se excepcionalmente, se houver previsão na a) direito de petição: A Constituição Federal assegura a
Constituição, o poder de controle conferido ao Legislativo, mas todos, independentemente do pagamento de taxas, “o direito
não ao Judiciário. de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou
contra ilegalidade ou abuso de poder” (art. 5º, XXXIV, a).
Controle Administrativo O direito individual consagrado no inciso XXXIV é amplo, e
seu exercício não reclama legitimidade ou interesse
O controle administrativo é o que decorre da aplicação do comprovado. Pode, assim, ser a petição individual ou coletiva
princípio do autocontrole, ou autotutela, do qual emerge o subscrita por brasileiro ou estrangeiro, pessoa física ou
poder com idêntica designação (poder de autotutela). A jurídica, e ser endereçada a qualquer dos Poderes do Estado.
Administração tem o dever de anular seus próprios atos, Enquanto o direito de petição é utilizado para possibilitar
quando eivados de nulidade, podendo revogá-los ou alterá-los, o acesso a informações de interesse coletivo, o direito de
por conveniência e oportunidade, respeitados, nessa hipótese, certidão é utilizado para a obtenção de informações que dizem
os direitos adquiridos. É o poder de fiscalização e correção que respeito ao próprio requerente.
a Administração Pública (em sentido amplo) exerce sobre sua O sigilo é lícito na administração pública em situações nas
própria atuação, sob os aspectos de legalidade e mérito, por quais a publicidade possa acarretar lesão a outro direito
iniciativa própria ou mediante provocação. protegido constitucionalmente.
Controle Administrativo Exercitado de Ofício: O controle b) pedido de reconsideração: Próximo do recurso
é exercitado de ofício, pela própria Administração, ou por administrativo, o pedido de reconsideração abriga
provocação. Na primeira hipótese, pode decorrer de: requerimento que objetiva a revisão de determinada decisão
fiscalização hierárquica; supervisão superior; controle administrativa. Diferentemente do “direito de petição”, exige a
financeiro; pareceres vinculantes; ouvidoria; e recursos demonstração de interesse daquele que o subscreve, podendo
administrativos hierárquicos ou de ofício. ser exercido por pessoa física ou jurídica, brasileira ou
a) fiscalização hierárquica: Procede do poder estrangeira, desde que detentora de interesse. O prazo para
hierárquico, que faculta à Administração a possibilidade de sua interposição deve estar previsto na lei que autoriza o ato;
escalonar sua estrutura, vinculando uns a outros e permitindo no seu silêncio, a prescrição opera-se em um ano, contado da
a ordenação, coordenação, orientação de suas atividades. data do ato ou decisão.
Delas derivam as prerrogativas ao superior hierárquico de c) reclamação administrativa: Trata-se de pedido de
delegar e avocar atribuições, assim também o dever de revisão que impugna ato ou atividade administrativa. É a
obediência. A fiscalização hierárquica pode ser realizada a oposição solene, escrita e assinada, a ato ou atividade pública
qualquer tempo, antes ou depois da edição do ato, e que afete direitos ou interesses legítimos do reclamante.
independentemente de qualquer provocação. Dessas reclamações são exemplos a que impugna lançamentos
b) supervisão superior: Difere da fiscalização tributários e a que se opõe a determinada medida punitiva.
hierárquica porque não pressupõe o vínculo de subordinação, Esta modalidade de recurso administrativo tem a
ficando limitada a hipóteses em que a lei expressamente finalidade de conferir à oportunidade do cidadão questionar a
admite a sua realização. No âmbito da Administração Pública realização de algum ato administrativo.
Federal é nominada de “supervisão ministerial” e aplicável às
entidades vinculadas aos ministérios

Direito Administrativo 51
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As reclamações administrativas, na maioria das vezes são dispuser a lei estatutária. É admissível até mesmo após o
julgadas por um órgão especifico da administração pública, falecimento do interessado.
criados com este intuito. Coisa julgada administrativa: Quando inexiste, no
Caso não ocorra outro prazo previsto pela legislação, a âmbito administrativo, possibilidade de reforma da decisão
reclamação deve ser interposta perante o órgão da oferecida pela Administração Pública, está-se diante da coisa
administração pública dentro de até um ano, contados da julgada administrativa. Esta não tem o alcance da coisa julgada
realização do ato eivado de vício. judicial, porque o ato jurisdicional da Administração Pública é
A reclamação administrativa, de acordo com Meirelles: tão-só um ato administrativo decisório, destituído do poder de
“É a oposição expressa a atos da Administração que afetem dizer do direito em caráter definitivo. Tal prerrogativa, no
direitos ou interesses legítimos do administrado.” Brasil, é só do Judiciário.
O prazo interposto para interpor a reclamação A imodificabilidade da decisão da Administração Pública
administrativa é fatal e peremptório para o administrado, só encontra consistência na esfera administrativa. Perante o
permitindo que a Administração não tome conhecimento do Judiciário, qualquer decisão administrativa pode ser
pedido se feito fora do prazo determinado. modificada, salvo se também essa via estiver prescrita.
Porém, nada impede que a Administração reconheça a Portanto, a expressão “coisa julgada”, no Direito
reclamação extemporaneamente, desde que não tenha Administrativo, não tem o mesmo sentido que no Direito
ocorrido a prescrição da ação e a reclamação seja procedente. Judiciário. Ela significa apenas que a decisão se tornou
d) recurso administrativo: Recurso é instrumento de irretratável pela própria Administração.
defesa, meio hábil de impugnação ou possibilitador de
reexame de decisão da Administração. Os recursos Controle Legislativo/Parlamentar
administrativos podem ser: a) provocados ou voluntários; b)
hierárquicos ou de ofício. Quanto aos efeitos: a) suspensivos; O controle legislativo, ou parlamentar, é exercido pelo
b) meramente devolutivos. Poder Legislativo (Congresso Nacional, Senado Federal,
Assim, recurso provocado é o interposto pelo interessado, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Câmara
pelo particular, devendo ser dirigido à autoridade competente Distrital e Câmara de Vereadores), tendo em mira a
para rever a decisão, contendo a exposição dos fatos e administração desempenhada pelos Poderes Executivo e
fundamentos jurídicos da irresignação. Judiciário.
O recurso implicará o exame da matéria já decidida, O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a
devendo tal decisão ser fundamentada, seja para o Administração Pública limita-se às hipóteses previstas na
acolhimento das razões recursais, seja para o não provimento Constituição Federal. Alcança os órgãos do Poder Executivo, as
do recurso (STF, RDA, 80/147). O reexame será amplo, entidades da Administração Indireta e o próprio Poder
podendo ir além do pedido e mesmo ser decidido contra o Judiciário, quando executa função administrativa.
recorrente (admite-se a reformatio in pejus), salvo se se tratar O exercício do controle constitui uma das funções típicas
de recurso hierárquico ou de ofício. Nada impede, ainda, que, do Poder Legislativo, ao lado da função de legislar.
presente o recurso, julgue o administrador conveniente a Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI): As
revogação da decisão, ou a sua anulação, ainda que o recurso Comissões Parlamentares de Inquérito são constituídas pelo
não objetive tal providência. Os recursos sempre produzem Senado ou pela Câmara, em conjunto ou separadamente, para
efeitos devolutivos, permitindo o reexame da matéria decidida investigar fato determinado e por prazo certo. Exige-se que o
(devolve à Administração a possibilidade de decidir), e requerimento para a instalação contenha um terço de adesão
excepcionalmente produzirão efeitos suspensivos, obstando a dos membros que compõem as Casas Legislativas, sendo suas
execução da decisão impugnada. conclusões encaminhadas, quando for o caso, ao Ministério
O Recurso administrativo ou hierárquico é o pedido de Público.
reexame do ato dirigido à autoridade superior à que o proferiu. Têm-se, pois, os seguintes requisitos para a instalação de
Só podem recorrer os legitimados, que, segundo o artigo 58 da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Lei federal 9784/99, são: I – os titulares de direitos e - Quanto à competência para constituí-la, pode ser:
interesses que forem parte no processo; II – aqueles cujos a) do Congresso Nacional;
direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela b) do Senado Federal;
decisão recorrida; III – organizações e associações c) da Câmara dos Deputados e, pelo princípio da simetria,
representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV das Assembleias Legislativas e da Câmara de Vereadores.
– os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses
difusos. Pode-se, em tese, recorrer de qualquer ato ou decisão, - Quanto ao objeto:
salvo os atos de mero expediente ou preparatórios de a) qualquer fato certo e determinado relacionado ao
decisões. exercício da função administrativa.
O recurso hierárquico tem sempre efeito devolutivo e pode
ter efeito suspensivo, se previsto em lei. Atente-se que, se cabe - Quanto à instalação e término:
recurso administrativo com efeito suspensivo e esse for a) pode ser instalada se contiver um terço da adesão dos
interposto, é vedada a impetração de mandado de segurança, membros das Casas Legislativas, como já dissemos;
conforme estabelece o art. 5º, I da Lei federal nº 1.533/51, que b) terá prazo certo e determinado para a conclusão,
regula o mandado de segurança, até que seja decidido. conquanto admita prorrogações.
O recurso hierárquico pode ser voluntário ou de ofício.
Na decisão do recurso, o órgão ou autoridade competente - Quanto à natureza de seus atos:
tem amplo poder de revisão, podendo confirmar, desfazer ou a) tem amplo poder de investigação, similar à competência
modificar o ato impugnado. Entretanto, a reforma não pode do Judiciário.
impor ao recorrente um maior gravame (reformatio in pejus).
Pedido de revisão é o recurso utilizado pelo servidor As Comissões detêm poderes de investigação, mas não
público punido pela Administração, visando ao reexame da competência para atos judiciais. Assim, investigam com
decisão, no caso de surgirem fatos novos suscetíveis de amplitude, mas não julgam e submetem suas conclusões ao
demonstrar a sua inocência. Pode ser interposto pelo próprio Ministério Público.
interessado, por seu procurador ou por terceiros, conforme Pedido de Informações: O controle exercido por “pedido
de informações” está previsto no art. 50, § 2º, da Constituição

Direito Administrativo 52
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Federal, podendo ser dirigido a ministro de Estado ou a Controle Judicial


qualquer agente público subordinado à Presidência da
República, a fim de aclarar matéria que lhe seja afeta. Tal O Direito brasileiro adotou o sistema de jurisdição una,
pedido somente pode ser formulado pelas Mesas da Câmara e pelo qual o Poder Judiciário tem o monopólio da função
do Senado, devendo ser atendido no prazo de trinta dias, jurisdicional, ou seja, do poder de apreciar, com força de coisa
sujeitando o agente, no caso de descumprimento, a crime de julgada, a lesão ou ameaça de lesão a direitos individuais e
responsabilidade. A norma é aplicável, por simetria, aos coletivos (art. 5º, XXXV CF/88). Afastou, portanto, o sistema da
Estados e Municípios. dualidade de jurisdição, em que, paralelamente ao Poder
Convocação de Autoridades: A Constituição Federal (art. Judiciário, existem os órgãos de Contencioso Administrativo,
50) permite às Casas Legislativas e às suas Comissões a que exercem, como aquele, função jurisdicional sobre lides de
convocação de ministros de Estado para prestarem que a Administração Pública seja parte interessada.
esclarecimentos sobre matéria previamente definida. Tais O Poder Judiciário pode examinar os atos da
esclarecimentos, ou informações, deverão ser prestados Administração Pública, de qualquer natureza, sejam gerais ou
pessoalmente e o descumprimento, repetimos, pode individuais, unilaterais ou bilaterais, vinculados ou
corresponder à prática de crime de responsabilidade. discricionários, mas sempre sob o aspecto da legalidade e da
Fiscalização pelo Tribunal de Contas: A função moralidade (art. 5º, LXXIII, e art. 37).
desempenhada pelo Tribunal de Contas é técnica, Quanto aos atos discricionários, sujeitam-se à apreciação
administrativa, e não jurisdicional. Apesar de auxiliar o judicial, desde que não invadam os aspectos reservados à
Legislativo, detém autonomia e não integra a estrutura apreciação subjetiva da Administração, conhecidos sob a
organizacional daquele Poder. denominação de mérito (oportunidade e conveniência).
A fiscalização não se restringe ao “controle financeiro”, Não há invasão do mérito quando o Judiciário aprecia os
mas inclui a fiscalização contábil, orçamentária, operacional e motivos, ou seja, os fatos que precedem a elaboração do ato; a
patrimonial da Administração Pública direta e indireta, bem ausência ou falsidade do motivo caracteriza ilegalidade,
como de qualquer pessoa física ou jurídica que utilize, suscetível de invalidação pelo Poder Judiciário.
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e Os atos normativos do Poder Executivo, como
valores públicos (CF, art. 70, parágrafo único). Regulamentos, Resoluções, Portarias, só podem ser
O controle pode tanger a: legalidade, legitimidade, invalidados pelo Judiciário por via de ADIN (Ação Direta de
economicidade e aplicação de subvenções e renúncia de Inconstitucionalidade), cujo julgamento é de competência do
receitas (CF, art. 70). STF, quando se tratar de lei ou ato normativo federal ou
A Constituição Federal ampliou significativamente as estadual que contrarie a Constituição Federal; e do Tribunal de
atribuições das Cortes de Contas, dentre as quais se destacam: Justiça, quando se tratar de lei ou ato normativo estadual ou
a) oferecer parecer prévio sobre contas prestadas municipal que contrarie a Constituição do Estado.
anualmente pelo chefe do Poder Executivo; Nos casos concretos, poderá o Poder Judiciário apreciar a
b) examinar, julgando, as contas dos agentes públicos e legalidade ou constitucionalidade dos atos normativos do
administradores de dinheiros, bens e valores públicos; Poder Executivo, mas a decisão produzirá efeitos apenas entre
c) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de as partes, devendo ser observada a norma do art. 97 da
despesa ou irregularidade de contas, sanções previstas em lei; Constituição Federal, que exige maioria absoluta dos membros
d) fiscalizar repasses de recursos efetuados pela União a dos Tribunais para a declaração de inconstitucionalidade de lei
Estados, Distrito Federal ou a Municípios, mediante convênio, ou ato normativo do Poder Público.
acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres; Com relação aos atos políticos, é possível também a sua
e) conceder prazo para a correção de irregularidade ou apreciação pelo Poder Judiciário, desde que causem lesão a
ilegalidade; direitos individuais ou coletivos.
f) realizar auditorias e inspeções de natureza contábil, Quanto aos atos interna corporis (atos administrativos que
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial em produzem efeitos internos), em regra, não são apreciados pelo
qualquer unidade administrativa dos três Poderes, seja da Poder Judiciário, porque se limitam a estabelecer normas
Administração direta, seja da indireta. sobre o funcionamento interno dos órgãos; no entanto, se
A atual Constituição Federal coloca o Tribunal de Contas exorbitarem em seu conteúdo, ferindo direitos individuais e
como órgão integrante do Poder Legislativo, já que a coletivos, poderão também ser apreciados pelo Poder
atribuição de fiscalizar faz parte das atribuições típicas do Judiciário.
Poder Legislativo.
Outros afirmam que o TCU não pertence a nenhum dos Privilégios da Administração Pública: A Administração
Poderes e entendem que ele é um órgão independente e Pública, quando é parte em uma ação judicial, usufrui de
autônomo, assim como o Ministério Público e que, ao auxiliar determinados privilégios não reconhecidos aos particulares:
o Poder Legislativo, a ele não se subordina. 1. Juízo privativo. Na esfera federal, é a Justiça Federal;
Não obstante as várias interpretações constitucionais, o excetuam-se apenas as causas referentes à falência e as de
entendimento majoritário é no sentido de ser o TCU um órgão acidente de trabalho (justiça comum) e as relativas à Justiça
de extração constitucional, independente e autônomo, que Eleitoral e Justiça do Trabalho. Esse juízo privativo beneficia a
auxilia o Congresso Nacional no exercício do controle externo. União, entidade autárquica ou empresa pública, excluídas as
Deste modo, o Tribunal de Contas auxilia o Poder fundações de direito privado e as sociedades de economia
Legislativo mas não o integra. Embora o nome sugira que faça mista.
parte do Poder Judiciário, o TCU está administrativamente 2. Prazos dilatados. Pelo CPC/2015, a Fazenda Pública e
enquadrado no Poder Legislativo. Essa é a posição adotada no o Ministério Público têm prazo em prazo em dobro para
Brasil, pois em outros países essa corte pode integrar qualquer manifestar-se nos autos. A Lei nº 9.469/97 estendeu igual
dos outros dois poderes. Sua situação é de órgão auxiliar do benefício às autarquias e fundações públicas.
Congresso Nacional, e como tal exerce competências de OBS: o Ministério Público possui previsão no artigo
assessoria do Parlamento, bem como outras privativas. 180, CPC e a Fazenda Pública no artigo 183.
3. Duplo grau de jurisdição. O art. 496 do CPC/2015
determina que está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não
produzindo efeitos senão depois de confirmada pelo tribunal,
a sentença proferida contra a União, o Estado, o DF, o

Direito Administrativo 53
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APOSTILAS OPÇÃO

Municípios e as respectivas autarquias e fundações de direito de ações individuais ou coletivas, conforme os pressupostos de
público, bem como a que julgar improcedente, no todo ou em cada uma.
parte, os embargos à execução de dívida ativa da Fazenda (B) o ato administrativo que imponha punição disciplinar
Pública. pode ser sujeito a controle jurisdicional se for emitido por
4. Processo especial de execução. O art. 100 da autoridade incompetente.
Constituição prevê processo especial de execução contra a (C) os atos administrativos vinculados são, em regra,
Fazenda Federal, Estadual e Municipal, e que abrange todas as sujeitos a controle jurisdicional.
entidades de direito público. (D) qualquer ato praticado pelo chefe da Administração
Esse processo não se aplica aos débitos de natureza Pública pode ser sujeito a controle jurisdicional, ainda que
alimentícia e aos pagamentos de obrigações definidas em lei expresse no seu mérito decisão discricionária.
como de pequeno valor.
Conforme o dispositivo constitucional, o Presidente do 04. (IF/AP - Auxiliar em Administração –
Tribunal que proferir a decisão exequenda expede ofício FUNIVERSA/2016). Acerca dos tipos e das formas de controle
precatório à entidade devedora, que fará consignar no seu da Administração Pública, é correto afirmar que o controle
orçamento verba necessária ao pagamento dos débitos (A) administrativo não pode ser exercido pelos Poderes
constantes dos precatórios judiciais apresentados até 1º de Legislativo e Judiciário.
julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, (B) exercido pelas comissões parlamentares de inquérito
com atualização monetária. (CPI) é um exemplo de controle judicial.
(C) administrativo, o controle legislativo e o controle
Questões judicial são formas de controle da Administração Pública.
(D) popular ou social não é uma forma de controle aceita
01. (TRE/PE - Técnico Judiciário – Área Administrativa no regime jurídico brasileiro.
– CESPE/2017). Assinale a opção correta a respeito do (E) administrativo é exercido exclusivamente pelo Poder
controle da administração pública. Executivo.
(A) As ações judiciais que tenham por objeto atos
administrativos praticados por órgãos do Poder Judiciário 05. (UFPB - Administrador – IDECAN/2016). Quanto ao
constituem exemplos de controle externo. controle da administração pública, a autotutela constitui
(B) Dada a presunção de legitimidade dos atos espécie de controle:
administrativos, não se pode falar em controle preventivo (A) Judicial.
desses atos. (B) Externo.
(C) Por força do princípio da eficiência, não cabe falar em (C) Legislativo.
controle concomitante de um ato administrativo, sob risco de (D) Administrativo.
entraves desnecessários à consecução do interesse público.
(D) O recurso administrativo ilustra o chamado controle Gabarito
provocado, que se opõe ao controle de ofício, por ser
deflagrado por terceiro 01. D/ 02. A/ 03. D/ 04. C/ 05. D
(E) O controle de legalidade é prerrogativa do controle
judicial.
Responsabilidade civil do
02. (TCE/PR - Conhecimentos Básicos – CESPE/2016). Estado.
A respeito do controle judicial dos atos administrativos,
assinale a opção correta.
(A) Em razão da presunção de legitimidade e No Brasil, surgiu a criação do Tribunal de Conflitos, em
autoexecutoriedade do ato administrativo, o controle judicial 1.873, passando a evoluir à Responsabilidade Subjetiva.
deste se dá, em regra, posteriormente à sua edição, podendo, Quando falamos em responsabilidade extracontratual,
todavia, ocorrer de forma prévia, a fim de evitar ameaça de devemos pensar que será excluída a responsabilidade
lesão a direito. contratual, pois será regida por princípios próprios
(B) No ordenamento jurídico pátrio, inexiste hipótese em As Constituições de 1824 (art. 179) e de 1891 (art. 82), já
que o acesso ao Poder Judiciário somente seja admitido após o previam a responsabilização dos funcionários públicos por
esgotamento da instância administrativa. abusos e omissões no exercício de seus cargos. Mas a
(C) A ação de improbidade administrativa é meio de responsabilidade era do funcionário, vingando até aí, a teoria
controle judicial de condutas de improbidade praticadas no da irresponsabilidade do Estado.
âmbito da administração pública, para as quais são previstas Durante a vigência das Constituições de 1934 e 1937
penalidades de cassação dos direitos políticos, perda da função passou a vigorar o princípio da responsabilidade solidária,
pública e ressarcimento ao erário, entre outras. por ele o lesado podia mover ação contra o Estado ou contra o
(D) Em razão do sistema do contencioso administrativo, servidor, ou contra ambos, inclusive a execução.
adotado no Brasil, determinadas causas, quando julgadas em Esse alargamento ampliou-se ainda mais com a
última instância na esfera administrativa, não podem ser Constituição de 1988, que estendeu a responsabilidade civil
reapreciadas pelo Poder Judiciário. objetiva às pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de
(E) Com base no princípio da inafastabilidade da serviços públicos, os não essenciais, por concessão, permissão
jurisdição, o Poder Judiciário pode reapreciar o mérito dos ou autorização.
atos administrativos relativamente aos critérios de
oportunidade e conveniência utilizados pelo administrador Os tipos de responsabilidade civil
público.
A responsabilidade civil pode demonstrar-se de diversas
03. (Prefeitura de Matozinhos/MG - Advogado – formas, espécies e tipos e podem ser subjetiva, objetiva, pré-
FUMARC/2016). Acerca do controle jurisdicional dos atos da contratual, contratual, pós-contratual e extracontratual.
Administração Pública, é INCORRETO afirmar que
(A) o abuso de poder e o desvio de finalidade podem A. Subjetiva: A responsabilidade subjetiva difere-se da
sujeitar o ato administrativo a controle jurisdicional por meio responsabilidade objetiva com relação à forma, em ambas é

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exigido a reparação e indenização do dano causado, (A) Se ato danoso for praticado por agente público fora do
diferenciando-se com relação à existência ou não de culpa por período de expediente e do desempenho de suas funções, a
parte do agente que tenha causado dano à vítima. responsabilidade do Estado será afastada.
Na responsabilidade subjetiva, o dano contra a vítima foi (B) Os danos oriundos de ato jurisdicional ensejam a
causado por culpa do agente, já na responsabilidade objetiva, responsabilização direta e objetiva do juiz prolator da decisão.
o fundamento está contido na teoria do risco, onde não se deve (C) Em razão do princípio da supremacia do interesse
provar a culpa, para que exista o dever de indenizar. público, são vedados o reconhecimento da responsabilidade e
Para que o agente repare o dano causado é necessário a a reparação de dano extrajudicial pela administração.
plena consciência do erro causado, caracterizando, desta (D) A responsabilidade objetiva de empresa
forma o dolo ou até mesmo a culpa por negligência, concessionária de serviço público alcança usuários e não
imprudência e imperícia. Contudo, se o dano não tiver sido usuários do serviço público.
causado por dolo ou culpa do agente, compete à vítima (E) A responsabilidade objetiva do Estado não alcança atos
suportar os prejuízos, como se tivessem sido causados em que produzam danos aos seus próprios agentes, hipótese em
virtude de caso fortuito ou força maior. que sua responsabilidade será subjetiva.
B. Objetiva: Na responsabilidade objetiva, o dano ocorre
por uma atividade lícita, que apesar deste caráter gera um 03. (TCE/PR - Conhecimentos Básicos – CESPE/2016).
perigo a outrem, ocasionando o dever de ressarcimento, pelo Assinale a opção correta, com referência ao tratamento
simples fato do implemento do nexo causal. Para tanto, surgiu constitucional conferido à responsabilidade civil do Estado.
a teoria do risco para preencher as lacunas deixadas pela (A) A Constituição Federal de 1988 adota como regra a
culpabilidade, permitindo que o dano fosse reparado teoria do risco administrativo, segundo a qual o Estado deve
independente de culpa. arcar com o risco inerente às numerosas atividades que
C. Pré-contratual: O homem é um ser social e completo e desempenha, inclusive quando a culpa do dano decorrer de
devido a estas características, algumas discordâncias acabam conduta da própria vítima.
conflitando na sociedade, com opiniões, acordos e interesses (A) A aplicação da responsabilidade objetiva independe da
opostos. Desta forma, para que um contrato seja firmado é verificação do elemento culpa, de modo que, demonstrados o
necessário um etapa preliminar em que as partes acordam prejuízo pelo lesado e a relação de causalidade entre a conduta
suas opiniões para chegar a um consenso, onde então será estatal e a lesão sofrida, o dever de indenizar poderá ser
firmado um negócio jurídico. reconhecido mesmo que decorra de atos lícitos estatais.
O contrato gera responsabilidades e as partes contratantes (C) Diferentemente das pessoas jurídicas de direito
reconhece essa obrigação a ser cumprida, sob pena de público, as quais respondem objetivamente pelos danos que
responder juridicamente, seja por responsabilidade civil seus agentes causarem a terceiros, é subjetiva a
subjetiva ou objetiva. responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado
D. Contratual e Extracontratual: A responsabilidade prestadoras de serviço público, em se tratando de danos
contratual decorre da inexecução de um contrato, unilateral ou causados a terceiros não usuários do serviço.
bilateral, ou seja, foi quebrado o acordo de vontade entre as (D) Por se tratar de atividade exercida em caráter privado,
partes, o que acabou causando um ilícito contratual. Esse pacto por delegação do poder público, o Estado não responde por
de vontades pode se dar de maneira tácita ou expressa, uma danos causados a terceiros por notários (tabeliães) e oficiais
das partes pretende ver sua solicitação atendida e a outra, da de registro.
mesma forma, assume a obrigação de cumpri-la, mesmo que (E) Segundo a Constituição Federal de 1988, o indivíduo
seja de forma verbal. que for condenado criminalmente em virtude de sentença que
A responsabilidade extracontratual relaciona-se com a contenha erro judiciário terá direito a reparação cível, desde
prática de um ato ilícito que origine dano a outrem, sem gerar que seja demonstrada a conduta dolosa por parte do juiz da
vínculo contratual entre as partes, devendo a parte lesada causa.
comprovar além do dano a culpa e o nexo de causalidade entre
ambos, o que é difícil de se comprovar. Irá se preocupar com a 04. (DPU - Técnico em Assuntos Educacionais –
reparação dos danos patrimoniais. CESPE/2016). A respeito da responsabilidade civil do Estado
Este tipo de responsabilidade caracteriza o estado e das licitações, julgue o item subsequente.
democrático de direito, conferindo liberdade individual em Para a configuração da responsabilidade objetiva do
face da coletividade, através de leis. Estado, é necessária a demonstração de culpa ou dolo do
A evolução da responsabilidade extracontratual do estado, agente público.
se divide basicamente em três teorias, ou seja, teoria da ( ) Certo ( ) Errado
irresponsabilidade, teoria civilistas e teorias publicistas.
05. (Prefeitura de Barbacena/MG - Advogado –
Questões FCM/2016). A respeito da responsabilidade civil
extracontratual da Administração Pública, pode-se afirmar
01. (SEJUDH/MT - Psicólogo – IBADE/2017). Acerca da que
responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta. (A) as autarquias estão submetidas ao princípio da
(A) Será objetiva tanto em relação aos usuários do serviço responsabilidade civil subjetiva, conforme previsão da
quanto a terceiros não usuários, Constituição Federal de 1988.
(B) Na ação regressiva, o prazo prescricional será (B) na história das constituições republicanas brasileiras,
quinquenal. jamais foi acolhida a teoria do risco integral no tocante à
(C) Nos casos de morte de detentos, é subjetiva. responsabilidade civil do Estado.
(D) Incabível ação regressiva no caso de dolo e culpa do (C) a teoria francesa da faute du service ou também
agente público. denominada como falta do serviço caracteriza-se como uma
(E) Tratando-se de ato omissivo. é objetiva porque exige hipótese de responsabilidade civil objetiva.
dolo ou culpa. (D) o direito de regresso, em face do agente público
responsável pelo dano resultante em responsabilidade civil do
02. (TER/PI - Analista Judiciário – Administrativa – Estado, dá- se independentemente de existência de culpa ou
CESPE/2016). Acerca da responsabilidade civil do Estado, dolo em sua conduta, uma vez que a responsabilidade do
assinale a opção correta. agente é objetiva.

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Gabarito E no art. 5º, X, está escrito: “são invioláveis a intimidade, a


vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
01.A/ 02.D/ 03.B/ 04. Errado/ 05.B direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação”.
Teorias da Responsabilidade Extracontratual do Vê-se por esse dispositivo que a indenização não se limita
Estado aos danos materiais. No entanto, há uma dificuldade nos casos
de danos morais na fixação do quantum da indenização, em
A. Teoria da irresponsabilidade: esta teoria entende que vista da ausência de normas regulamentadoras para aferição
não era possível responsabilizar o Estado pelos atos objetiva desses danos.
praticados. Serve mais como um contexto histórico, já que os Neste contexto, a responsabilidade do Estado se traduz
agentes públicos, que eram representantes do rei não podiam numa obrigação, atribuída ao Poder Público, de compor os
ser responsabilizados por seus atos. Esta teoria foi combatida danos patrimoniais causados a terceiros por seus agentes
por ser injusta. públicos, tanto no exercício das suas atribuições, quanto
B. Teorias civilistas: tem como alicerce os ensinamentos agindo nessa qualidade.
do Direito Civil, baseando-se na ideia de culpa O Estado responde pelos danos causados com base no
Surgindo, a partir de então, a teoria da culpa civil ou da conceito de nexo de causalidade – na relação de causa e efeito
responsabilidade subjetiva, ou seja, onde se aceitava a existente entre o fato ocorrido e as consequências dele
responsabilidade do Estado desde que esta demonstrasse a resultantes.
culpa. Não se cogita a necessidade daquele que sofreu o prejuízo,
C. Teorias publicistas: foi responsável por mudar a comprovar a culpa ou o dolo, bastando apenas a demonstração
“roupagem” da teoria da culpa, passando a existir a teoria da do nexo de causalidade, como se observou na leitura do art. 37,
culpa administrativa ou teoria da culpa do serviço. Não era § 6º da Constituição Federal.
mais necessário identificar o agente que cometia a falha, sendo Pessoas jurídicas de direito público são aquelas que
responsabilizado, era apenas suficiente a comprovação da integram a Administração (direta e indireta). As empresas
falha do serviço (culpa do serviço). públicas e as sociedades de economia mista respondem
D. Pós-contratual: A responsabilidade pós-contratual quando estiverem prestando serviço público.
caracteriza-se pela obrigação de responsabilização aos Aquelas que exploram atividade econômica não se
prejuízos sucedidos após a extinção do contrato, obrigam a responder de acordo com o art. 37, § 6.º, da
independentemente do adimplemento do dever. É resultante Constituição Federal; sua responsabilidade equipara-se à das
do inadimplemento de deveres de proteção, lealdade e empresas privadas, ou seja, é subjetiva, depende da
proteção que continuam existindo mesmo após a conclusão ou demonstração de culpa.
extinção do contrato celebrado entre as partes. Dessa forma, há pessoas que integram a Administração
Pública e não respondem na forma do § 6.º do art. 37 da
Teorias da responsabilidade objetiva do Estado Constituição Federal, contudo, existem pessoas que, embora
(segundo Hely Lopes Meirelles): não integrem a Administração Pública, respondem a exemplo
dos concessionários e permissionários que prestam serviços
a) teoria da culpa administrativa: a obrigação do Estado públicos.
indenizar decorre da ausência objetiva do serviço público em Segundo Alexandre Mazza27, a teoria do risco integral, será
si. Não se trata de culpa do agente público, mas de culpa aplicável no Brasil em situações excepcionais, como:
especial do Poder Público, caracterizada pela falta de serviço a) acidentes de trabalho (infortunística): nas relações de
público. emprego público, a ocorrência de eventual acidente de trabalho
b) teoria do risco administrativo: a responsabilidade civil impõe ao Estado o dever de indenizar em quaisquer casos,
do Estado por atos comissivos ou omissivos de seus agentes é aplicando -se a teoria do risco integral;
de natureza objetiva, ou seja, dispensa a comprovação de b) indenização coberta pelo seguro obrigatório para
culpa, bastando assim a conduta, o fato danoso e o dano, seja automóveis (DPVAT): o pagamento da indenização do DPVAT
ele material ou moral. Não se indaga da culpa do Poder Público é efetuado mediante simples prova do acidente e do dano
mesmo porque ela é inferida do ato lesivo da Administração. decorrente, independentemente da existência de culpa, haja ou
Entretanto, é fundamental, que haja o nexo causal. não resseguro, abolida qualquer franquia de responsabilidade
Deve-se atentar para o fato de que a dispensa de do segurado (art. 5º da Lei n. 6.194/74);
comprovação de culpa da Administração pelo administrado c) atentados terroristas em aeronaves: por força do
não quer dizer que aquela esteja proibida de comprovar a disposto nas Leis n. 10.309/2001 e n. 10.744/2003, a União
culpa total ou parcial da vítima, para excluir ou atenuar a assumiu despesas de responsabilidade civil perante terceiros na
indenização. Verificado o dolo ou a culpa do agente, cabe à hipótese da ocorrência de danos a bens e pessoas, passageiros
fazenda pública acionar regressivamente para recuperar ou não, provocados por atentados terroristas, atos de guerra ou
deste, tudo aquilo que despendeu com a indenização da vítima. eventos correlatos, ocorridos no Brasil ou no exterior, contra
c) Teoria do risco integral: a Administração responde aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas
invariavelmente pelo dano suportado por terceiro, ainda que brasileiras de transporte aéreo público, excluídas as empresas
decorrente de culpa exclusiva deste, ou até mesmo de dolo. É de táxi-aéreo (art. 1º da Lei n. 10.744/2003). Tecnicamente,
a exacerbação da teoria do risco administrativo que conduz ao trata-se de uma responsabilidade estatal por ato de terceiro,
abuso e à iniquidade social, com bem lembrado por Meirelles. mas que se sujeita à aplicação da teoria do risco integral porque
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 37, § 6º, diz: não prevê excludentes ao dever de indenizar. A curiosa Lei n.
“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 10.744/2003 foi uma resposta do governo brasileiro à crise no
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que setor de aviação civil após os atentados d e 11 de setembro de
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado 2001 nos Estados Unidos. O objetivo dessa assunção de
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou responsabilidade foi reduzir o valor dos contratos de seguro
culpa”. obrigatórios para companhias aéreas e que foram
exorbitantemente majorados após o 11 de Setembro;

Mazza, Alexandre Manual de direito administrativo/Alexandre Mazza. 4. ed. São


Paulo: Saraiva, 2014.

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d) dano ambiental: por força do art. 225, §§ 2º e 3º, da 04. (PC/GO - Papiloscopista – FUNIVERSA). A respeito
Constituição Federal, há quem sustente que a reparação de da responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa
prejuízos ambientais causados pelo Estado seria submetida à correta.
teoria do risco integral. Porém, considerando a posição (A) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de
majoritária entre os jus ambientalistas, é mais seguro defender serviços públicos apenas respondem objetivamente perante
em concursos a aplicação da teoria do risco administrativo para os usuários dos serviços, sendo subjetiva a responsabilidade
danos ambientais; por danos causados a não usuários dos serviços.
e) dano nuclear: assim como ocorre com os danos (B) O STJ decidiu, em sede de recurso repetitivo, que o
ambientais, alguns administrativistas têm defendido a prazo prescricional na hipótese de responsabilidade civil do
aplicação da teoria do risco integral para reparação de Estado é de 3 anos.
prejuízos decorrentes da atividade nuclear, que constitui (C) O Estado responde por danos nucleares objetivamente,
monopólio da União (art. 177, V, da CF). Entretanto, a Lei de aplicando-se, nesta hipótese, a teoria do risco integral.
Responsabilidade Civil por Danos Nucleares – Lei n. 6.653/77, (D) O Estado responderá objetivamente por atos
prevê diversas excludentes que afastam o dever de o operador praticados por seus agentes, aplicando-se em todo caso a
nuclear indenizar prejuízos decorrentes de sua atividade, tais teoria do risco administrativo.
como: culpa exclusiva da vítima, conflito armado, atos de (E) O agente público responderá objetivamente pelos atos
hostilidade, guerra civil, insurreição e excepcional fato da que causar nesta condição, cabendo ação regressiva contra ele
natureza (arts. 6º e 8º). Havendo excludentes previstas por parte do Estado.
diretamente na legislação, impõe-se a conclusão de que a
reparação de prejuízos nucleares, na verdade, sujeita-se à teoria 05. (Prefeitura de Caieiras/SP - Assistente Legislativo -
do risco administrativo. VUNESP) A responsabilidade dos agentes públicos, quando,
nesta qualidade, causam danos a terceiros, é:
Questões (A) cumulativa e objetiva.
(B) individual e objetiva.
01. (Prefeitura de Araguari/MG - Procurador (C) concorrente e objetiva.
Municipal – IADHED/2016). Identifique a hipótese que não (D) regressiva e subjetiva.
corresponde a um dos pressupostos para a caracterização da (E) subsidiária e subjetiva.
responsabilização civil do Estado:
(A) Efeito danoso; Gabarito
(B) Relação de causalidade;
(C) Regra do risco integral; 01.C/ 02.A/ 03.D/ 04.C/ 05. D
(D) Fato administrativo.
Relação de custódia
02. (TJM/SP - Juiz de Direito Substituto –
VUNESP/2016). A respeito da responsabilidade civil da Podemos dizer que a relação de custódia são os danos
Administração, é possível afirmar que causados a pessoas e bens submetidos a relações de
(A) os órgãos e entidades públicas respondem diretamente tratamentos especiais.
pelos danos causados em decorrência da divulgação não Os exemplos mais comuns são: o preso morto na cadeia por
autorizada ou utilização indevida de informações sigilosas ou outro detento; a criança vítima de briga dentro de escola
informações pessoais, cabendo a apuração de pública; bens privados danificados em galpão da Receita
responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa. Federal.
(B) em caso de morte de torcedor em briga de torcidas, Questão
dentro do estádio de futebol, haverá o dever de indenizar,
ainda que demonstrada a culpa exclusiva da vítima. 01. (SAP e JUS/GO - Agente de Segurança Prisional –
(C) por ser objetiva a responsabilidade do Estado, deve FUNIVERSA). Acerca da responsabilidade civil do Estado,
este responder pelos danos causados por policial militar que, assinale a alternativa correta.
em dia de folga, atropela pedestre com seu veículo, pois o (A) O Estado possui responsabilidade objetiva nos casos de
agente público não se despe dessa qualidade em função do morte de preso sob a sua custódia, independentemente da
regime de trabalho policial. culpa dos agentes públicos.
(D) o Estado tem o dever de indenizar a família de (B) Em caso de suicídio de um detento, a responsabilidade
trabalhador assassinado na rua por um assaltante, em virtude do Estado é subjetiva.
de falha na prestação do serviço de segurança pública, que é (C) O Estado possui responsabilidade objetiva nos casos de
individualmente assegurado aos cidadãos. morte de preso sob a sua custódia, mas o fato de tratar-se de
(E) em caso de cumprimento de mandado de reintegração responsabilidade objetiva do Estado não dispensa a prova da
de posse, quando foram utilizados os meios necessários à culpa nesses casos.
execução da ordem, haverá responsabilidade em relação ao (D) Em caso de suicídio de um detento, inexiste
danos causados pelos esbulhadores à propriedade privada, responsabilidade do Estado, pois este não tem a obrigação de
pois é objetiva a responsabilidade da Administração. proteger os detentos contra si mesmos.
(E) O Estado possui responsabilidade subjetiva nos casos
03. (MPOG - Atividade Técnica - Direito, de homicídio de preso sob a sua custódia.
Administração, Ciências Contábeis e Economia – FUNCAB).
A responsabilidade civil do Estado estará caracterizada Gabarito
mesmo que inexista:
(A) dano. 01.A.
(B) dever originário.
(C) nexo causal. Responsabilidade por ação e por omissão do estado
(D) culpa.
(E) conduta. O dano indenizável pode ser material e/ou moral e ambos
podem ser requeridos na mesma ação, se preencherem os
requisitos expostos.

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Aquele que é investido de competências estatais tem o Reparação do dano – Ação de Indenização
dever objetivo de adotar as providências necessárias e
adequadas a evitar danos às pessoas e ao patrimônio. Quanto à reparação do dano, esta pode ser obtida
Quando o Estado infringir esse dever objetivo e, administrativamente ou mediante ação de indenização junto
exercitando suas competências, der oportunidades a ao Poder Judiciário. Para conseguir o ressarcimento do
ocorrências do dano, estarão presentes os elementos prejuízo, a vítima deverá demonstrar o nexo de causalidade
necessários à formulação de um juízo de reprovabilidade entre o fato lesivo e o dano, bem como o valor do prejuízo.
quanto a sua conduta. Não é necessário investigar a existência Uma vez indenizada a vítima, fica a pessoa jurídica com
de uma vontade psíquica no sentido da ação ou omissão direito de regresso contra o responsável, isto é, com o direito
causadoras do dano. de recuperar o valor da indenização junto ao agente que
A omissão da conduta necessária e adequada consiste na causou o dano, desde que este tenha agido com dolo ou culpa.
materialização de vontade, defeituosamente desenvolvida. Observe-se que não está sujeito a prazo prescricional a ação
Logo, a responsabilidade continua a envolver um elemento regressiva contra o agente público que agiu com dolo ou culpa
subjetivo, consiste na formulação defeituosa da vontade de para a recuperação dos valores pagos pelos cofres públicos,
agir ou deixar de agir. conforme inteligência do art. 37, parágrafo 5º da Constituição
Não há responsabilidade civil objetiva do Estado, mas há Federal:
presunção de culpabilidade derivada da existência de um §5º: A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
dever de diligência especial. Tanto é assim que, se a vítima praticados por qualquer agente servidor ou não, que causem
tiver concorrido para o evento danoso, o valor de uma prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
eventual condenação será minimizado. ressarcimento.
Essa distinção não é meramente acadêmica, especialmente
porque a avaliação do elemento subjetivo é indispensável, em Responsabilidade primária e subsidiária
certas circunstâncias, para a determinação da indenização
devida. A responsabilidade primária tem relação com a
centralização, ou seja, com o fato de os entes da federação
Questão atuarem de forma direta no alcance de seus objetivos,
portanto, sem delegação.
01. (Prefeitura de Natal/RN - Advogado – Dessa forma se presentes os requisitos para a
IDECAN/2016). Para a doutrina e jurisprudência dominantes, responsabilização do Estado, a responsabilidade será
a Responsabilidade Civil do Estado é subjetiva quando: primária.
(A) Houver dano ambiental. De outra banda, encontra-se a responsabilidade
(B) A sua conduta for omissiva. subsidiária que está intimamente ligada com a
(C) A sua conduta for comissiva. descentralização.
(D) For o caso de danos nucleares. A descentralização ocorre quando os entes da federação
atuam por meio dos órgãos da administração indireta, ou seja,
Gabarito das autarquias, empresas públicas, etc, e das concessionárias e
permissionárias.
01.B. Nesse caso se houver um dano causado por um desses
órgãos, ele será responsabilizado civilmente e, em não sendo
Requisitos para demonstração da responsabilidade do suficiente o seu patrimônio para o pagamento da indenização,
estado o Estado deverá fazê-lo, por isso diz-se que a responsabilidade
é subsidiária, porque o Estado só será responsável quando o
Assim, pode-se afirmar que são requisitos para a patrimônio do primeiro responsável não for o bastante para o
demonstração da responsabilidade do Estado a ação ou cumprimento da indenização.
omissão (ato do agente público), o resultado lesivo (dano) e
nexo de causalidade. Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade
Dano: decorre da violação de um bem juridicamente do estado
tutelado, que pode ser patrimonial ou extrapatrimonial.
Para que seja ressarcido deve ser certo, atual, próprio ou A responsabilidade do Poder Público não existirá ou será
pessoal. atenuada quanto a conduta da Administração Pública não der
Insta dizer que o dano não é apenas patrimonial (atinge causa ao prejuízo, ou concorrerem outras circunstâncias que
bens jurídicos que podem ser auferidos pecuniariamente) ele possam afastar ou mitigar sua responsabilidade. Em geral, são
também pode ser moral (ofende direitos personalíssimos que chamadas causas excludentes da responsabilidade estatal; a
atingem integridade moral, física e psíquica). força maior, o caso fortuito, a culpa exclusiva da vítima e a
Logo, o dano que gera a indenização deve ser: culpa de terceiro.
- Certo: É o dano real, efetivo, existente. Para requerer Nestes casos, não existindo nexo de causalidade entre a
indenização do Estado é necessário que o dano já tenha sido conduta da Administração e o dano ocorrido, a
experimentado. Não se configura a possibilidade de responsabilidade estatal será afastada.
indenização de danos que podem eventualmente ocorrer no A força maior pode ser definida como um evento previsível
futuro. ou não, porém excepcional e inevitável.
- Especial: É o dano que pode ser particularizado, aquele Em regra, não há responsabilidade do Estado, contudo
que não atinge a coletividade em geral; deve ser possível a existe a possibilidade de responsabilizá-lo mesmo na
identificação do particular atingido. ocorrência de uma circunstância de força maior, desde que a
- Anormal: É aquele que ultrapassa as dificuldades da vida vítima comprove o comportamento culposo da Administração
comum, as dificuldades do cotidiano. Pública. Por exemplo, num primeiro momento, uma enchente
- Direto e imediato: O prejuízo deve ser resultado direito que causou danos a particulares pode ser entendida como uma
e imediato da ação ou omissão do Estado, sem quebra do nexo hipótese de força maior e afastar a responsabilidade Estatal,
causal. contudo, se o particular comprovar que os bueiros entupidos
concorreram para o incidente, o Estado também responderá,
pois a prestação do serviço de limpeza pública foi deficiente.

Direito Administrativo 58
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APOSTILAS OPÇÃO

O caso fortuito é um evento imprevisível e, via de Para a atividade administrativa, este tipo de
consequência, inevitável. Alguns autores diferenciam-no da responsabilidade é indispensável, ou seja, enquanto existir
força maior alegando que ele tem relação com o exercício irregular de direito ou poder, a responsabilidade
comportamento humano, enquanto a força maior deriva da deve constar. Desta forma, mantem-se a soberania e
natureza. Outros, atestam não haver diferença entre ambos. autenticidade dos órgãos públicos.
A regra é que o caso fortuito exclua a responsabilidade do O entendimento pacificado do STF28 compreende que não
Estado, contudo, se o dano for consequência de falha da é possível a propositura diretamente em face do agente
Administração, poderá haver a responsabilização. Ex: público causador do dano. Isso se dá, pelo fato que a
rompimento de um cabo de energia elétrica por falta de Constituição Federal, em seu artigo 37, §6º, garante ao
manutenção ou por má colocação que cause a morte de uma particular lesado o direito de ser indenizado pelos prejuízos
pessoa. que sofreu, concedendo ao agente a garantia de só ser cobrado
Nos casos em que está presente a culpa da vítima, duas pelo Estado. Com isso, denominou-se a teoria da dupla
situações podem surgir: garantia (garantia à vítima e ao agente).
a) O Estado não responde, desde que comprove que houve
culpa exclusiva do lesado; Não se admite a propositura de ação per saltum da pessoa
b) O Estado responde parcialmente, se demonstrar que do agente, com base no princípio da impessoalidade, já que não
houve culpa concorrente do lesado para a ocorrência do dano. existe qualquer relação entre o agente público e o particular
A culpa de terceiro ocorre quando o dano é causado por que foi lesado, pelo fato que quando o agente causou o
pessoa diferente da vítima e do agente público. prejuízo, não o fez na condição de particular, mas sim em nome
Observe-se que cabe ao Poder Público o ônus de provar a do Estado.
existência de excludente ou atenuante de responsabilidade. O Estado terá direito de regresso contra o responsável,
Responsabilidade Judicial: Também chamada de quando reparar o dano, ou seja, terá o direito de recuperar o
responsabilidade civil por ato do Judiciário. A regra é a valor da indenização, juntamente com o agente que causou o
irresponsabilidade, ou seja, o Estado não responde pelos atos dano.
do Poder Judiciário. Há, contudo, uma única exceção prevista Efetivamente, o direito de regresso, em sede de
no art 5.º, inc. LXXV, da Constituição Federal, veja-se: responsabilidade estatal, configura-se na pretensão do Estado
em buscar do seu agente, responsável pelo dano, a
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, recomposição do erário, uma vez desfalcado do montante
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; destinado ao pagamento da indenização à vítima. Nesse
aspecto, o direito de regresso é o direito assegurado ao Estado
O erro judicial configura-se quando a sentença é dada além no sentido de dirigir sua pretensão indenizatória contra o
dos limites fixados no ordenamento jurídico. Quando a agente responsável pelo dano, quando tenha este agido com
sentença é reformada em segunda instância, não há erro culpa ou dolo.
judicial.
A motivação da decisão serve para verificar se a sentença Questões
ultrapassa seus limites (consiste em mencionar o dispositivo
legal aplicável e relacionar os fatos que concretamente 01. (IPSMI - Procurador – VUNESP/2016). A respeito da
levaram à sua aplicação). responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar que
Se a pessoa fica presa além do tempo fixado na sentença, o (A) a responsabilidade civil das concessionárias por danos
Estado é sempre responsabilizado não importando que a causados a terceiros na execução de serviços públicos é
pessoa não tenha ingressado com a ação competente para a subjetiva, ante a inexistência de relação contratual entre as
soltura no momento cabível. Sequer pode-se falar em culpa partes.
concorrente, visto que é obrigação do Estado libertar a pessoa (B) a prescrição da pretensão de responsabilidade civil por
após o cumprimento da pena. danos extracontratuais em face do Estado prescreve no prazo
Responsabilidade Legislativa: Também chamada de de 3 (três) anos, conforme entendimento consolidado pelo
responsabilidade civil por ato do Legislativo. A regra é que não Superior Tribunal de Justiça.
haja responsabilização do Estado, havendo, porém três (C) são pressupostos para a responsabilização
exceções: extracontratual do Estado a existência de conduta culposa ou
- O Estado responde por leis inconstitucionais que dolosa de agente público, dano e nexo causal.
causarem prejuízos a terceiros, desde que a (D) a responsabilidade civil objetiva para o Estado,
inconstitucionalidade tenha sido declarada pelo Supremo prevista na Constituição Federal, aplica-se indistintamente às
Tribunal Federal em sede de controle concentrado de suas relações contratuais e extracontratuais.
constitucionalidade (E) são causas excludentes do nexo de causalidade o fato
- O Estado responde pela omissão legislativa, ou seja, exclusivo da vítima, o fato de terceiro e o caso fortuito e força
quando havia o dever de editar uma lei e o Poder Legislativo maior.
não a fez de forma que essa omissão causou dano a alguém.
- Quando tratar-se de lei de efeito concreto, a saber, 02. (TCE/RJ - Auditor Substituto – FGV). Acerca da
aquelas que destinam-se a regular especificamente uma responsabilidade civil extracontratual do Estado, é correto
situação, ex: leis orçamentárias. Nesse caso, havendo dano, há afirmar que:
o dever de indenizar. (A) há responsabilidade do Estado por danos causados a
Responsabilidade dos Agentes Públicos: Com relação à particulares decorrentes de lei declarada inconstitucional pelo
responsabilidade dos agentes públicos, podemos considerar Poder Judiciário;
que ao realizar funções públicas, os servidores públicos não (B) a responsabilidade civil das concessionárias e
estão desobrigados de se responsabilizar por seus atos, permissionárias de serviço público pressupõe a existência de
podendo ser os atos públicos quanto aos atos administrativos, falha na prestação do serviço;
além dos atos políticos, dependendo de sua função, cargo ou
emprego.

28 (RE 327904 / SP - SÃO PAULO. Julgamento:15/08/2006. Órgão Julgador:


Primeira Turma)

Direito Administrativo 59
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) o Estado é solidariamente responsável por quaisquer 3) culpa ou dolo do agente;


danos decorrentes de condutas das concessionárias e 4) ausência de denunciação da lide na ação indenizatória.
permissionárias de serviços públicos;
(D) o direito de regresso é exercido pelo Estado contra Questão
seus agentes que, agindo no horário de trabalho, tenham
intencionalmente dado causa a danos a terceiros; 01. (TRE/MA - Técnico Judiciário – Administrativo –
(E) a indenização devida pelo Estado à vítima deve ser IESES). Sobre a responsabilidade civil do Estado, é correto
proporcional ao grau de culpabilidade do agente estatal afirmar:
causador do dano. (A) A Constituição afasta expressamente o dever do Estado
de indenizar o condenado por erro judiciário, assim como o
03. (CRO/PR - Procurador Jurídico – Quadrix/2016). que ficar preso além do tempo fixado na sentença.
Sobre a responsabilidade civil do poder público, assinale a (B) A Constituição determina que o Estado somente
alternativa incorreta. responda por danos decorrentes de atos ilícitos, já que os
(A) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de danos decorrentes de atividade lícita do Estado não são
direito público e das pessoas jurídicas de direito privado indenizáveis, até porque não poderá haver direito à
prestadoras de serviço público é objetiva, baseada no risco indenização se o Estado agir conforme a lei.
administrativo. (C) A Constituição prevê a responsabilidade do Estado
(B) As pessoas jurídicas de direito público responderão fundada na culpa do agente, cabendo ao Estado a
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a responsabilidade se comprovada a ação dolosa ou culposa do
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o agente, a ocorrência do dano e o nexo de causalidade.
responsável nos casos de dolo ou culpa. (D) Com base no risco da atividade administrativa, a
(C) A responsabilidade civil do Estado e a responsabilidade Constituição prevê a responsabilidade objetiva do Estado,
criminal dos agentes públicos estão intimamente ligadas. pelos danos que os seus agentes, nesta qualidade, causarem a
Assim, a absolvição do servidor no juízo criminal afasta a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsabilidade civil do Estado. responsável nos casos de dolo ou culpa.
(D) A responsabilidade civil do Estado, embora objetiva,
pode ser afastada no caso de força maior, caso fortuito ou culpa Gabarito
exclusiva da vítima.
(E) Em caso de culpa exclusiva da vítima, a 01.D.
responsabilidade civil do Estado será excluída. Em caso de
culpa concorrente, entretanto, a responsabilidade será
mitigada, e os prejuízos serão compartilhados. Lei nº 8.429/1992:
Gabarito disposições gerais; atos de
improbidade administrativa.
01.E/ 02. A/ 03. C.

Direito de Regresso ou Ação de Regresso Quando se fala em probidade administrativa deve-se ter
em mente a observância dos princípios éticos, como boa-fé,
Nos casos em que se verificar a existência de culpa ou dolo lealdade e princípios que configuram uma boa administração.
na conduta do agente público causador do dano (Art. 37, §6º, A improbidade administrativa é a falta de probidade do
CF), poderá o Estado propor ação regressiva, com a finalidade servidor no exercício de suas funções ou de governantes no
de apurar a responsabilidade pessoal do agente, sempre desempenho das atividades próprias de seu cargo. Os atos de
partindo-se do pressuposto de que o Estado já foi condenado improbidade administrativa importam a suspensão dos
anteriormente. direitos políticos, a perda da função pública, a
A entidade estatal que propuser a ação deverá demonstrar indisponibilidade dos bens e o ressarcimento do Erário
a ocorrência dos requisitos que comprovem a (patrimônio da administração), na forma e gradação previstas
responsabilidade do agente, ou seja, ato, dano, nexo e culpa ou em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
dolo. Caso o elemento subjetivo, representado pela culpa ou Com a inclusão do princípio da moralidade administrativa
dolo, não esteja presente no caso concreto, haverá exclusão da no texto constitucional houve um reflexo da preocupação com
responsabilidade do agente público. a ética na Administração Pública, para evitar a corrupção de
Note-se que a Administração Pública tem o dever de servidores.
propor ação regressiva, em razão do princípio da A matéria é regulada no plano constitucional pelo art. 37,
indisponibilidade. Outra questão importante é que não há §4º, da Constituição Federal, e no plano infraconstitucional
prazo para propositura da ação regressiva, uma vez que, por pela Lei Federal Nº 8.429, de 02.06.1992, que dispõe sobre “as
força do Art. 37, §5º da CF, esta é imprescritível. sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
Ensina mais Alexandre Mazza29: quando se tratar de dano enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo,
causado por agente ligado a empresas públicas, sociedades de emprego ou função na administração pública direta, indireta
economia mista, fundações governamentais, concessionários e ou fundacional.”
permissionários, isto é, para pessoas jurídicas de direito privado,
o prazo é de três anos (art. 206, § 3º, V, do CC) contados do A lei 8.429/92 pune os atos de improbidade praticados por
trânsito em julgado da decisão condenatória. qualquer agente público, servidor ou não, contra a
administração. Agente público, para os efeitos desta lei, é todo
São pressupostos para a propositura da ação aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
regressiva: remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação
1) condenação do Estado na ação indenizatória; ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
2) trânsito em julgado da decisão condenatória; cargo, emprego ou função. Contudo, a lei também poderá ser

29 MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4ª edição. Ed. Saraiva.


2014.

Direito Administrativo 60
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APOSTILAS OPÇÃO

aplicada, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se
ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia
Os atos que constituem improbidade administrativa são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios
podem ser divididos em quatro espécies: de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no
1. Ato de improbidade administrativa que importa trato dos assuntos que lhe são afetos.
enriquecimento ilícito (art. 9º)
2) Ato de improbidade administrativa que importa lesão Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou
ao erário (art. 10) omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á
3) Ato de improbidade administrativa decorrente de o integral ressarcimento do dano.
concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou
tributário (art. 10-A) Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente
4) Ato de improbidade administrativa que atenta contra os público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos
princípios da administração pública (art. 11). ao seu patrimônio.

Antes de adentrarmos na LIA (lei de improbidade Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao
administrativa) vamos fazer um mapeamento para facilitar patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a
nos estudos. Os sujeitos (ativos e passivos arts. 1º a 3º), os atos autoridade administrativa responsável pelo inquérito
de improbidade (arts. 9º, 10, 10A e 11), as penas cabíveis (art. representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade
12), quando estabelece norma sobre o direito de dos bens do indiciado.
representação (art. 14), quando prevê ilícito penal (art. 19) e Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o
quando estabelece normas sobre prescrição para propositura caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral
de ação judicial (art. 23). ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial
resultante do enriquecimento ilícito.
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 199230.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às
nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cominações desta lei até o limite do valor da herança.
cargo, emprego ou função na administração pública direta,
indireta ou fundacional e dá outras providências. CAPÍTULO II
Dos Atos de Improbidade Administrativa
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Seção I
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam
Enriquecimento Ilícito
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa
importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de
agente público, servidor ou não, contra a administração cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou
Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que
patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão
lei. decorrente das atribuições do agente público;
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
desta lei os atos de improbidade praticados contra o facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou
patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o
ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos valor de mercado;
cofres públicos. IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos,
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, essas entidades;
cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no V - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
artigo anterior. direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de
jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar
couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza promessa de tal vantagem;

30Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8429.htm - acesso


em 02.04.2019

Direito Administrativo 61
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VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou


direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição renda, bem como no que diz respeito à conservação do
ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou patrimônio público;
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de XI - liberar verba pública sem a estrita observância das
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
mencionadas no art. 1º desta lei; aplicação irregular;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se
mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer enriqueça ilicitamente;
natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular,
patrimônio ou à renda do agente público; veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o
que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado trabalho de servidor público, empregados ou terceiros
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente contratados por essas entidades.
público, durante a atividade; XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão
liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; associada sem observar as formalidades previstas na lei;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem
direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as
ou declaração a que esteja obrigado; formalidades previstas na lei.
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a
bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou transferidos pela administração pública a entidades privadas
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mediante celebração de parcerias, sem a observância das
mencionadas no art. 1° desta lei. formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014).
Seção II XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores
Prejuízo ao Erário públicos transferidos pela administração pública a entidade
privada mediante celebração de parcerias, sem a observância
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014).
culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, XVIII - celebrar parcerias da administração pública com
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades privadas sem a observância das formalidades legais
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a 13.019, de 2014).
incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e
jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta administração pública com entidades privadas; (Incluído pela
lei; Lei nº 13.019, de 2014).
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do administração pública com entidades privadas sem a estrita
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
lei, sem a observância das formalidades legais ou forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº
regulamentares aplicáveis à espécie; 13.019, de 2014).
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou administração pública com entidades privadas sem a estrita
assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº
observância das formalidades legais e regulamentares 13.019, de 2014).
aplicáveis à espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de Seção II-A
bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de
por parte delas, por preço inferior ao de mercado; Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de ou Tributário
bem ou serviço por preço superior ao de mercado;
VI - realizar operação financeira sem observância das Art. 10-A.Constitui ato de improbidade administrativa
normas legais e regulamentares ou aceitar garantia qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter
insuficiente ou inidônea; benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31
observância das formalidades legais ou regulamentares de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
aplicáveis à espécie; 2016)
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de
processo seletivo para celebração de parcerias com entidades
sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação
dada pela Lei nº 13.019, de 2014)
X - ordenar ou permitir a realização de despesas não
autorizadas em lei ou regulamento;

Direito Administrativo 62
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Seção III (B) Se servidor público estável for condenado em ação de


Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam improbidade administrativa por uso de maquinário da
Contra os Princípios da Administração Pública administração em seu sítio particular, poderá ser-lhe aplicada
pena de suspensão dos direitos políticos por período de cinco
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que a oito anos.
atenta contra os princípios da administração pública qualquer (C) O particular que praticar ato que enseje desvio de
ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, verbas públicas, sozinho ou em conluio com agente público,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e responderá, nos termos da Lei de Improbidade
notadamente: Administrativa, desde que tenha obtido alguma vantagem
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento pessoal.
ou diverso daquele previsto, na regra de competência; (D) Enriquecimento ilícito configura ato de improbidade
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de administrativa se o autor auferir vantagem patrimonial
ofício; indevida em razão do cargo, mandato, função, emprego ou
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em atividade, mesmo que de forma culposa.
razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; (E) Caso um servidor público federal estável, de forma
IV - negar publicidade aos atos oficiais; deliberada, sem justificativa e reiterada, deixar de praticar ato
V - frustrar a licitude de concurso público; de ofício, poderá ser-lhe aplicada multa civil de até cem vezes
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê- o valor da sua remuneração, conforme a gravidade do fato.
lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de 03. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário -
terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida VUNESP/2017) É ato de improbidade administrativa que
política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, causa prejuízo ao erário:
bem ou serviço. (A) perceber vantagem econômica para intermediar a
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza.
fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela (B) receber vantagem econômica de qualquer natureza,
administração pública com entidades privadas. (Redação dada direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência
pela Lei nº 13.019, de 2014). ou declaração a que esteja obrigado.
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de (C) revelar fato ou circunstância de que tem ciência em
acessibilidade previstos na legislação. (Incluído pela Lei nº razão das atribuições e que deva permanecer em segredo.
13.146, de 2015). (D) revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida
prestação de serviços na área de saúde sem a prévia política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria,
celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, bem ou serviço.
nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 (E) conceder benefício administrativo ou fiscal sem a
de setembro de 1990. (Incluído pela Lei nº 13.650, de 2018). observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie.
Questões
04. (MPE/RS - Secretário de Diligências - MPE-
01. (TRE/SP - Analista Judiciário - Área Administrativa RS/2017) Tocante ao Procedimento Administrativo e ao
- FCC/2017) Considere a seguinte situação hipotética: Beatriz, Processo Judicial previstos na Lei nº 8.429/1992 (Lei de
servidora pública do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Improbidade Administrativa), assinale a alternativa correta.
está sendo processada pela prática de ato ímprobo que (A) Somente servidor público que tiver conhecimento
importa enriquecimento ilícito. Cumpre salientar que o acerca da prática de eventual ato de improbidade
Ministério Público Federal, na petição inicial da ação de administrativa poderá representar à autoridade
improbidade, afastou a ocorrência de prejuízo ao erário. Nos administrativa competente para que seja instaurada
termos da Lei n° 8.429/1992, investigação.
(A) a medida de indisponibilidade de bens não é cabível, (B) A rejeição da representação impede o oferecimento de
tendo em vista a modalidade de ato ímprobo praticado e a representação ao Ministério Público a respeito do mesmo fato.
inexistência de prejuízo ao erário. (C) Nas ações de improbidade, havendo condenação do
(B) na hipótese de falecimento de Beatriz, seu sucessor demandado à reparação de danos, poderá ser admitido o
estará sujeito às cominações da Lei de Improbidade perdão judicial.
Administrativa, que, excepcionalmente, poderá ultrapassar o (D) Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará
valor da herança. autuá-la e ordenará a citação do réu para o oferecimento de
(C) a medida de indisponibilidade de bens é cabível, no contestação.
entanto, recairá somente sobre o acréscimo patrimonial (E) Autuada a inicial, o juiz ordenará a notificação do
resultante do enriquecimento ilícito. requerido, para oferecer manifestação por escrito, no prazo de
(D) Beatriz é parte ilegítima para figurar no polo passivo 15 (quinze) dias.
da ação de improbidade, por não figurar no rol de agentes
públicos sujeitos às sanções da Lei de Improbidade 05. (SEDF - Professor - Direito - Quadrix/2017) Acerca
Administrativa. do Direito Administrativo, julgue o item a seguir.
(E) na hipótese de falecimento de Beatriz, seu sucessor não As normas que descrevem os atos de improbidade
responderá por qualquer sanção, tendo em vista a modalidade administrativa são aplicáveis, no que couber, àquele que,
de ato ímprobo praticado. mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a
prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob
02. (PC/GO - Delegado de Polícia Substituto - qualquer forma direta ou indireta.
CESPE/2017) Em relação à improbidade administrativa, ( ) Certo ( ) Errado
assinale a opção correta.
(A) A ação de improbidade administrativa apresenta prazo Gabarito
de proposição decenal, qualquer que seja a tipicidade do ilícito
praticado pelo agente público. 01. C/ 02. E/ 03. E/ 04. E/ 05. Certo

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refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo


Licitações e Contratos da quando envolvidos financiamentos de agências internacionais,
Administração Pública - Lei nº ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3 o da Lei
no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
8.666/1993 (com alterações § 2º Em igualdade de condições, como critério de
posteriores). desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos
bens e serviços:
I - Revogado.
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 199331 II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam
institui normas para licitações e contratos da Administração em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.
Pública e dá outras providências. V- produzidos ou prestados por empresas que comprovem
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação
§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e
Capítulo I acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
Seção I § 4º (Vetado).
Dos Princípios §5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida
margem de preferência para: (Redação dada pela Lei
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e nº 13.146, de 2015)
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que
inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no atendam a normas técnicas brasileiras; e (Incluído
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal pela Lei nº 13.146, de 2015)
e dos Municípios. II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista
dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade
sociedades de economia mista e demais entidades controladas previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e § 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será
Municípios. estabelecida com base em estudos revistos periodicamente,
em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em
Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, consideração:
compras, alienações, concessões, permissões e locações da I - geração de emprego e renda;
Administração Pública, quando contratadas com terceiros, II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e
serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as municipais
hipóteses previstas nesta Lei. III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se País;
contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da IV - custo adicional dos produtos e serviços; e
Administração Pública e particulares, em que haja um acordo V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados.
de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de § 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacionais
obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica
realizados no País, poderá ser estabelecido margem de
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do preferência adicional àquela prevista no § 5º.
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta § 8º As margens de preferência por produto, serviço, grupo
mais vantajosa para a administração e a promoção do de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5º e
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e 7º, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao estrangeiros.
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que § 9º As disposições contidas nos §§ 5º e 7º deste artigo não
lhes são correlatos. se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de
§ 1º É vedado aos agentes públicos: produção ou prestação no País seja inferior:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou
convocação, cláusulas ou condições que comprometam, II - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7º do art.
restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive 23 desta Lei, quando for o caso.
nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam § 10. A margem de preferência a que se refere o § 5º
preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e
ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do Sul - Mercosul.
contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5º a 12 deste artigo e no § 11. Os editais de licitação para a contratação de bens,
art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991; serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza autoridade competente, exigir que o contratado promova, em
comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, favor de órgão ou entidade integrante da administração
entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo

31 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8666cons.htm Acesso em:

12/03/2019

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isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, (D) Publicidade.


tecnológica ou acesso a condições vantajosas de (E) Sigilo.
financiamento, cumulativamente ou não, na forma
estabelecida pelo Poder Executivo federal. 02. (Prefeitura de Cuiabá/MT - Profissional de Nível
§ 12. Nas contratações destinadas à implantação, Superior – Contador – FGV). De acordo com a Lei nº
manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia 8.666/93, entre os objetivos da licitação estão
de informação e comunicação, considerados estratégicos em (A) a garantia da observância dos princípios
ato do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita constitucionais da legalidade e da proporcionalidade.
a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e (B) a seleção da proposta mais vantajosa para a
produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que administração e a promoção do desenvolvimento nacional
trata a Lei nº 10.176, de 11 de janeiro de 2001. sustentável.
§ 13. Será divulgada na internet, a cada exercício (C) o desenvolvimento das empresas nacionais e a melhor
financeiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência distribuição de renda.
do disposto nos §§ 5º, 7º, 10, 11 e 12 deste artigo, com (D) a promoção do desenvolvimento nacional sustentável
indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas. e o desenvolvimento das empresas nacionais.
§ 14. As preferências definidas neste artigo e nas demais (E) a garantia da observância do princípio constitucional
normas de licitação e contratos devem privilegiar o da igualdade e a geração de empregos.
tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e
empresas de pequeno porte na forma da lei. 03. (IF/BA - Assistente em Administração – FUNRIO).
§ 15. As preferências dispostas neste artigo prevalecem Dentre os princípios básicos da licitação, aquele em que, uma
sobre as demais preferências previstas na legislação quando vez estabelecidas as regras do certame, nem licitante, nem
estas forem aplicadas sobre produtos ou serviços estrangeiros. Administração Pública delas podem se afastar é
(A) subjetividade.
Art. 4º Todos quantos participem de licitação promovida (B) conservadorismo.
pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm direito (C) vinculação ao instrumento convocatório.
público subjetivo à fiel observância do pertinente (D) adjudicação compulsória.
procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer (E) julgamento básico.
cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não
interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos Gabarito
trabalhos. 01. E/ 02. B/ 03. C
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta
lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em Seção II
qualquer esfera da Administração Pública. Das Definições

Art. 5º Todos os valores, preços e custos utilizados nas Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:
licitações terão como expressão monetária a moeda corrente I - Obra - toda construção, reforma, fabricação,
nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou
cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações indireta;
relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada
obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte utilidade de interesse para a Administração, tais como:
diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das demolição, conserto, instalação, montagem, operação,
datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte,
relevantes razões de interesse público e mediante prévia locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
justificativa da autoridade competente, devidamente profissionais;
publicada. III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para
§ 1º Os créditos a que se refere este artigo terão seus fornecimento de uma só vez ou parceladamente;
valores corrigidos por critérios previstos no ato convocatório IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens a
e que lhes preservem o valor. terceiros;
§ 2º A correção de que trata o parágrafo anterior cujo V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas
pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta das cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o
mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos créditos limite estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei;
a que se referem. VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel
§ 3º Observados o disposto no caput, os pagamentos cumprimento das obrigações assumidas por empresas em
decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o licitações e contratos;
limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e
dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de entidades da Administração, pelos próprios meios;
até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação da fatura. VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade
contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes:
Art. 5º-A. As normas de licitações e contratos devem a) empreitada por preço global - quando se contrata a
privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às execução da obra ou do serviço por preço certo e total;
microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei. b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a
execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades
Questões determinadas;
c) (Vetado).
01. (MDS - Atividades Técnicas de Suporte - Nível III – d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos
CETRO). São princípios básicos de licitação, tratados na Lei nº trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de
8.666/1993, exceto: materiais;
(A) Legalidade. e) empreitada integral - quando se contrata um
(B) Impessoalidade. empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas
(C) Moralidade. as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob

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inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao significativo à administração pública e que envolvam pelo
contratante em condições de entrada em operação, atendidos menos um dos seguintes requisitos relacionados às
os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições informações críticas: disponibilidade, confiabilidade,
de segurança estrutural e operacional e com as características segurança e confidencialidade.
adequadas às finalidades para que foi contratada; XX - produtos para pesquisa e desenvolvimento - bens,
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e insumos, serviços e obras necessários para atividade de
suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar pesquisa científica e tecnológica, desenvolvimento de
a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da tecnologia ou inovação tecnológica, discriminados em projeto
licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos de pesquisa aprovado pela instituição contratante. (Incluído
técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o pela Lei nº 13.243, de 2016).
adequado tratamento do impacto ambiental do
empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da Seção III
obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, Das Obras e Serviços
devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a
fornecer visão global da obra e identificar todos os seus prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e,
elementos constitutivos com clareza; em particular, à seguinte sequência:
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente I - projeto básico;
detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de II - projeto executivo;
reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração III - execução das obras e serviços.
do projeto executivo e de realização das obras e montagem; § 1º A execução de cada etapa será obrigatoriamente
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade
materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à
especificações que assegurem os melhores resultados para o exceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido
empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a concomitantemente com a execução das obras e serviços,
sua execução; desde que também autorizado pela Administração.
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de § 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados
métodos construtivos, instalações provisórias e condições quando:
organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter I - houver projeto básico aprovado pela autoridade
competitivo para a sua execução; competente e disponível para exame dos interessados em
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão participar do processo licitatório;
da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de II - existir orçamento detalhado em planilhas que
suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados expressem a composição de todos os seus custos unitários;
necessários em cada caso; III - houver previsão de recursos orçamentários que
f) orçamento detalhado do custo global da obra, assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras
fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em
propriamente avaliados; curso, de acordo com o respectivo cronograma;
X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas
necessários e suficientes à execução completa da obra, de metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165
acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de da Constituição Federal, quando for o caso.
Normas Técnicas - ABNT; § 3º É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de
XI - Administração Pública - a administração direta e recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados
Municípios, abrangendo inclusive as entidades com e explorados sob o regime de concessão, nos termos da
personalidade jurídica de direito privado sob controle do legislação específica.
poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas; § 4º É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de
XII - Administração - órgão, entidade ou unidade fornecimento de materiais e serviços sem previsão de
administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às
concretamente; previsões reais do projeto básico ou executivo.
XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da § 5º É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua
Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial da bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características
União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for
que for definido nas respectivas leis; tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de
XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do tais materiais e serviços for feito sob o regime de
instrumento contratual; administração contratada, previsto e discriminado no ato
XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária de convocatório.
contrato com a Administração Pública; § 6º A infringência do disposto neste artigo implica a
XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada nulidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade
pela Administração com a função de receber, examinar e julgar de quem lhes tenha dado causa.
todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e § 7º Não será ainda computado como valor da obra ou
ao cadastramento de licitantes. serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a
XVII - produtos manufaturados nacionais - produtos atualização monetária das obrigações de pagamento, desde a
manufaturados, produzidos no território nacional de acordo data final de cada período de aferição até a do respectivo
com o processo produtivo básico ou com as regras de origem pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios
estabelecidas pelo Poder Executivo federal; estabelecidos obrigatoriamente no ato convocatório.
XVIII - serviços nacionais - serviços prestados no País, nas § 8º Qualquer cidadão poderá requerer à Administração
condições estabelecidas pelo Poder Executivo federal; Pública os quantitativos das obras e preços unitários de
XIX - sistemas de tecnologia de informação e comunicação determinada obra executada.
estratégicos - bens e serviços de tecnologia da informação e § 9º O disposto neste artigo aplica-se também, no que
comunicação cuja descontinuidade provoque dano couber, aos casos de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

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Art. 8º A execução das obras e dos serviços deve VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança
programar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus do trabalho adequadas;
custos atual e final e considerados os prazos de sua execução. VII - impacto ambiental.
Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado da
execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se existente Questões
previsão orçamentária para sua execução total, salvo
insuficiência financeira ou comprovado motivo de ordem 01. (DPE/SP - Administrador – FCC) Sobre os contratos
técnica, justificados em despacho circunstanciado da de gestão, é correto afirmar:
autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei. (A) A elaboração do contrato de gestão deve observar os
princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade,
Art. 9º Não poderá participar, direta ou indiretamente, da moralidade, publicidade e economicidade.
licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento (B) Os contratos de gestão foram criados para o controle
de bens a eles necessários: entre órgãos da Administração direta.
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou (C) As Organizações Sociais, quando estabelecem
jurídica; contratos de gestão, não são controladas pelas Controladorias
II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável Gerais e pelos Tribunais de Contas.
pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o (D) As Organizações Sociais não necessitam realizar
autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor licitações públicas, ainda que recebam repasses
de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto governamentais.
ou controlador, responsável técnico ou subcontratado; (E) Os contratos de gestão incluem as metas a serem
III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade alcançadas, mas não o cronograma para a sua execução, que
contratante ou responsável pela licitação. será definido por uma comissão após o momento da
§ 1º É permitida a participação do autor do projeto ou da contratualização.
empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de
obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, 02. (TJ/SP- Juiz Substituto – VUNESP) Sobre os Contratos
nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, Administrativos, é correto afirmar:
exclusivamente a serviço da Administração interessada. (A) na licitação na modalidade de pregão, regulada pela Lei
§ 2º O disposto neste artigo não impede a licitação ou nº 10.520/02, apenas após o encerramento da etapa
contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de competitiva o pregoeiro verificará a documentação do licitante
projeto executivo como encargo do contratado ou pelo preço vencedor, quando então deverá verificar sua habilitação
previamente fixado pela Administração. jurídica, fiscal, técnica, econômica e a validade de sua garantia
§ 3º Considera-se participação indireta, para fins do de proposta.
disposto neste artigo, a existência de qualquer vínculo de (B) a contratação integrada compreende a elaboração e o
natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução
trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização
o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e de testes, a pré- -operação e todas as demais operações
obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.
necessários. (C) ressalvada a hipótese de contratação integrada nos
§ 4º O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos demais regimes de execução é proibida a participação do autor
membros da comissão de licitação. do projeto básico como consultor ou técnico, nas funções de
fiscalização, supervisão ou gerenciamento, na licitação de obra
Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas ou serviço ou na sua execução.
seguintes formas: (D) a Ata de Registro de preços constitui modalidade de
I - execução direta; licitação para contratações cujo orçamento estimado não
II - execução indireta, nos seguintes regimes: alcance o valor que obriga a adoção da modalidade
a) empreitada por preço global; concorrência.
b) empreitada por preço unitário;
c) (Vetado). Gabarito
d) tarefa; 01. A/ 02. B.
e) empreitada integral.
Parágrafo único. (Vetado). Seção IV
Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados
Art. 11. As obras e serviços destinados aos mesmos fins
terão projetos padronizados por tipos, categorias ou classes, Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços
exceto quando o projeto-padrão não atender às condições técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:
peculiares do local ou às exigências específicas do I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou
empreendimento. executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias
e serviços serão considerados principalmente os seguintes financeiras ou tributárias;
requisitos: IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou
I - segurança; serviços;
II - funcionalidade e adequação ao interesse público; V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou
III - economia na execução, conservação e operação; administrativas;
IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
tecnologia e matérias-primas existentes no local para VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
execução, conservação e operação; VIII - (Vetado).
V - facilidade na execução, conservação e operação, sem § 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os
prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço; contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais
especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados

Direito Administrativo 67
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mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de
prêmio ou remuneração. divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso
§ 2º Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, público, à relação de todas as compras feitas pela
no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei. Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a
§ 3º A empresa de prestação de serviços técnicos identificação do bem comprado, seu preço unitário, a
especializados que apresente relação de integrantes de seu quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da
corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas
de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, com dispensa e inexigibilidade de licitação.
ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos
realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato. casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do art. 24.

Seção V Questão
Das Compras
01. (IF Sudeste/MG - Auditor – FCM/2016). A Lei de
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada Licitações nº 8.666/93 determina que
caracterização de seu objeto e indicação dos recursos (A) para a fase de habilitação nas licitações, é facultativa a
orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do exigência de habilitação jurídica aos licitantes.
ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa. (B) a Administração não poderá utilizar a tomada de
preços e a concorrência nos casos em que couber convite.
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: (C) é dispensável a licitação para obras e serviços de
I - atender ao princípio da padronização, que imponha engenharia de valor até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil
compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, reais).
observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, (D) os licitantes poderão impugnar os termos do edital de
assistência técnica e garantia oferecidas; licitação até a fase de homologação do certame pela autoridade
II - ser processadas através de sistema de registro de competente.
preços; (E) estão sujeitas à nulidade as aquisições feitas sem a
III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento adequada caracterização de seu objeto e indicação dos
semelhantes às do setor privado; recursos orçamentários para seu pagamento.
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas
necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, 02. (IBGE - Analista - Recursos Materiais e Logística –
visando economicidade; FGV/2016). A Lei nº 8.666/93 dispõe que compra é toda
V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só
órgãos e entidades da Administração Pública. vez ou parceladamente. Nesse contexto, o citado diploma legal
§ 1º O registro de preços será precedido de ampla pesquisa estabelece que as compras, sempre que possível, deverão
de mercado. atender ao princípio da:
§ 2º Os preços registrados serão publicados (A) economicidade, que pode gerar o fracionamento do
trimestralmente para orientação da Administração, na objeto da licitação, inclusive com a alteração da modalidade de
imprensa oficial. licitação inicialmente exigida para a execução de todo objeto
§ 3º O sistema de registro de preços será regulamentado da contratação, que levará em conta o valor de cada licitação
por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas isoladamente;
as seguintes condições: (B) indivisibilidade, segundo o qual não pode a licitação ser
I - seleção feita mediante concorrência; subdividida em parcelas, ainda que para aproveitar as
II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização peculiaridades do mercado, devendo ser firmado um só
dos preços registrados; contrato que tenha por objeto todas as partes, itens e parcelas
III - validade do registro não superior a um ano. da compra;
§ 4º A existência de preços registrados não obriga a (C) padronização, que impõe compatibilidade de
Administração a firmar as contratações que deles poderão especificações técnicas e de desempenho, devendo ser
advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, apontadas no instrumento convocatório as características
respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado técnicas uniformes do bem a ser adquirido, bem como as
ao beneficiário do registro preferência em igualdade de exigências de manutenção, assistência técnica e garantia;
condições. (D) divisibilidade da licitação, que pode gerar, inclusive, a
§ 5º O sistema de controle originado no quadro geral de dispensa ou inexigibilidade de licitação, de acordo com o valor
preços, quando possível, deverá ser informatizado. de cada contrato considerado isoladamente que será firmado
§ 6º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar a partir de cada licitação autônoma;
preço constante do quadro geral em razão de (E) especificação, segundo o qual todas as partes, itens e
incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado. parcelas da compra devem conter especificações técnicas com
§ 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda: a indicação da marca exigida, para compatibilizar o melhor
I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem preço com a qualidade do produto.
indicação de marca;
II - a definição das unidades e das quantidades a serem 03. (IF-AP - Administrador – FUNIVERSA/2016). As
adquiridas em função do consumo e utilização prováveis, cuja compras na Administração Pública obedecem às normas da
estimativa será obtida, sempre que possível, mediante legislação de licitações. A propósito desse assunto, é correto
adequadas técnicas quantitativas de estimação; afirmar que as compras devem
III - as condições de guarda e armazenamento que não (A) se diferençar das condições de aquisição e pagamento
permitam a deterioração do material. do setor privado.
§ 8º O recebimento de material de valor superior ao limite (B) ser efetuadas preferencialmente à vista,
estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade de convite, independentemente das peculiaridades do mercado.
deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (C) ser processadas por meio de sistema de registro de
(três) membros. preços, que terá validade por pelo menos dois anos.

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APOSTILAS OPÇÃO

(D) ser contratadas com base nos preços registrados. § 1º Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I
(E) ser efetuadas mediante especificação completa do bem deste artigo, cessadas as razões que justificaram a sua doação,
a ser adquirido, sem indicação de marca. reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada
a sua alienação pelo beneficiário.
Gabarito § 2º A Administração também poderá conceder título de
01. E/ 02. C/ 03. E propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada
licitação, quando o uso destinar-se:
Seção VI I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública,
Das Alienações qualquer que seja a localização do imóvel;
II - a pessoa natural que, nos termos de lei, regulamento ou
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, ato normativo do órgão competente, haja implementado os
subordinada à existência de interesse público devidamente requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e
justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às exploração direta sobre área rural, observado o limite de que
seguintes normas: trata o § 1º do art. 6º da Lei nº 11.952, de 25 de junho de 2009;
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa (Redação dada pela Lei 13.465/2017);
para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e § 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispensadas
fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes
paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na condicionamentos:
modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção
casos: por particular seja comprovadamente anterior a 1º de
a) dação em pagamento; dezembro de 2004;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do
entidade da administração pública, de qualquer esfera de regime legal e administrativo da destinação e da regularização
governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; fundiária de terras públicas;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos III - vedação de concessões para hipóteses de exploração
constantes do inciso X do art. 24 desta Lei; não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de
d) investidura; terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de
e) venda a outro órgão ou entidade da administração zoneamento ecológico-econômico; e
pública, de qualquer esfera de governo; IV - previsão de rescisão automática da concessão,
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade, ou
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens necessidade pública ou interesse social.
imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente § 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo:
utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito
regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração
órgãos ou entidades da administração pública; mediante atividades agropecuárias;
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais,
art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante desde que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a
iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite;
em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; III - pode ser cumulada com o quantitativo de área
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão decorrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo.
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 IV – (VETADO)
m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) e inseridos no § 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei:
âmbito de programas de regularização fundiária de interesse I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de
social desenvolvidos por órgãos ou entidades da área remanescente ou resultante de obra pública, área esta
administração pública; que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50%
onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, onde (cinquenta por cento) do valor constante da alínea "a" do
incidam ocupações até o limite de que trata o § 1o do art. 6o da inciso II do art. 23 desta lei;
Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na
regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins residenciais
(Redação dada Lei 13.465/2017); construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas,
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de desde que considerados dispensáveis na fase de operação
licitação, dispensada esta nos seguintes casos: dessas unidades e não integrem a categoria de bens
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de reversíveis ao final da concessão.
interesse social, após avaliação de sua oportunidade e § 4º A doação com encargo será licitada e de seu
conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de instrumento constarão, obrigatoriamente os encargos, o prazo
outra forma de alienação; de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de
entidades da Administração Pública; interesse público devidamente justificado;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, § 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário
observada a legislação específica; necessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas por
e) venda de bens produzidos ou comercializados por hipoteca em segundo grau em favor do doador.
órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de § 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou
suas finalidades; globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá
ou entidades da Administração Pública, sem utilização permitir o leilão.
previsível por quem deles dispõe. § 7º (VETADO).

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Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de
fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do outros meios de divulgação para ampliar a área de competição.
recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por § 1º O aviso publicado conterá a indicação do local em que
cento) da avaliação. os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital e
todas as informações sobre a licitação.
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja § 2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou
aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de da realização do evento será:
dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da I - quarenta e cinco dias para:
autoridade competente, observadas as seguintes regras: a) concurso;
I - avaliação dos bens alienáveis; b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; contemplar o regime de empreitada integral ou quando a
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço";
de concorrência ou leilão. II - trinta dias para:
a) concorrência, nos casos não especificados na alínea "b"
Questão do inciso anterior;
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor
01. (ANAC - Técnico Administrativo – ESAF/2016). É técnica" ou "técnica e preço";
dispensável a licitação, exceto: III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não
(A) nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem. especificados na alínea "b" do inciso anterior, ou leilão;
(B) quando a licitação anterior foi deserta e não puder ser IV - cinco dias úteis para convite.
repetida sem prejuízo para a administração pública, mantidas,
neste caso, todas as condições preestabelecidas. § 3º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão
(C) no caso de alienação aos legítimos possuidores diretos contados a partir da última publicação do edital resumido ou
de bem imóvel para fins residenciais construídos em núcleos da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade
urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que considerados do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a
dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não data que ocorrer mais tarde.
integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. § 4º Qualquer modificação no edital exige divulgação pela
(D) para a aquisição ou restauração de obras de arte e mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo
objetos históricos de autenticidade certificada, desde que inicialmente estabelecido, exceto quando,
compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade. inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das
(E) na contratação realizada por empresa pública, ou propostas.
sociedade de economia mista com suas subsidiárias e
controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação Art. 22. São modalidades de licitação:
ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja I - concorrência;
compatível com o praticado no mercado. II - tomada de preços;
III - convite;
Gabarito IV - concurso;
01. C. V - leilão.
§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre
Capítulo II quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
Da Licitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
Seção I qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Das Modalidades, Limites e Dispensa § 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a
Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro
situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a
público, devidamente justificado. necessária qualificação.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a § 3º Convite é a modalidade de licitação entre interessados
habilitação de interessados residentes ou sediados em outros do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não,
locais. escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela
unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado,
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais
concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos cadastrados na correspondente especialidade que
leilões, embora realizados no local da repartição interessada, manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte
deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma e quatro) horas da apresentação das propostas.
vez: § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou
feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração
e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou aos vencedores, conforme critérios constantes de edital
totalmente com recursos federais ou garantidas por publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45
instituições federais; (quarenta e cinco) dias.
II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a
ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
ou do Distrito Federal; penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao
também, se houver, em jornal de circulação no Município ou valor da avaliação.
na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, § 6º Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça
fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite,
realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o

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convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto § 6º As organizações industriais da Administração Federal


existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limites
§ 7º Quando, por limitações do mercado ou manifesto estabelecidos no inciso I deste artigo também para suas
desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de
número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, materiais aplicados exclusivamente na manutenção, reparo ou
essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes à
processo, sob pena de repetição do convite. União.
§ 8º É vedada a criação de outras modalidades de licitação § 7º Na compra de bens de natureza divisível e desde que
ou a combinação das referidas neste artigo. não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a
§ 9ºNa hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com
administração somente poderá exigir do licitante não vistas a ampliação da competitividade, podendo o edital fixar
cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que quantitativo mínimo para preservar a economia de escala.
comprovem habilitação compatível com o objeto da licitação, § 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro
nos termos do edital. dos valores mencionados no caput deste artigo quando
formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os formado por maior número.
incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função
dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da Art. 24. É dispensável a licitação:
contratação: I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10%
I - para obras e serviços de engenharia: (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do
a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma
trinta mil reais); (Alterado pelo Decreto 9.412 de 2018) mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas
(três milhões e trezentos mil reais); e (Alterado pelo Decreto conjunta e concomitantemente;
9.412 de 2018) II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo
(três milhões e trezentos mil reais); anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde
II - para compras e serviços não incluídos no inciso I: que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra
a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só
setenta e seis mil reais); (Alterado pelo Decreto 9.412 de vez;
2018) III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública,
(um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e (Alterado pelo quando caracterizada urgência de atendimento de situação
Decreto 9.412 de 2018) que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos
(um milhão, quatrocentos e trinta mil reais). (Alterado pelo ou particulares, e somente para os bens necessários ao
Decreto 9.412 de 2018) atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as
§ 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no
Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo- ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou
se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
recursos disponíveis no mercado e à ampliação da V - quando não acudirem interessados à licitação anterior
competitividade sem perda da economia de escala. e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo
§ 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada preestabelecidas;
etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de VI - quando a União tiver que intervir no domínio
corresponder licitação distinta, preservada a modalidade econômico para regular preços ou normalizar o
pertinente para a execução do objeto em licitação. abastecimento;
§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, VII - quando as propostas apresentadas consignarem
qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou preços manifestamente superiores aos praticados no mercado
alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos
como nas concessões de direito real de uso e nas licitações oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo
internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será
limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor
entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores não superior ao constante do registro de preços, ou dos
ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço serviços; (Vide § 3º do art. 48)
no País. VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito
§ 4º Nos casos em que couber convite, a Administração público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por
poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que
concorrência. tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à
§ 5º É vedada a utilização da modalidade "convite" ou vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
"tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de uma compatível com o praticado no mercado;
mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da IX - quando houver possibilidade de comprometimento da
mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do
conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa
seus valores caracterizar o caso de "tomada de preços" ou Nacional; (Regulamento)
"concorrência", respectivamente, nos termos deste artigo, X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao
exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas
executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa necessidades de instalação e localização condicionem a sua
daquela do executor da obra ou serviço.

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escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja
mercado, segundo avaliação prévia; compatível com o praticado no mercado.
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou XXIV - para a celebração de contratos de prestação de
fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito
que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e das respectivas esferas de governo, para atividades
aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante contempladas no contrato de gestão.
vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a
gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito
processos licitatórios correspondentes, realizadas de uso ou de exploração de criação protegida.
diretamente com base no preço do dia; XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida Federação ou com entidade de sua administração indireta,
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do para a prestação de serviços públicos de forma associada nos
desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha convênio de cooperação.
inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins XXVII - na contratação da coleta, processamento e
lucrativos; comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo,
acordo internacional específico aprovado pelo Congresso efetuados por associações ou cooperativas formadas
Nacional, quando as condições ofertadas forem exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda
manifestamente vantajosas para o Poder Público; reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as
objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que normas técnicas, ambientais e de saúde pública.
compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade. XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços,
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários produzidos ou prestados no País, que envolvam,
padronizados de uso da administração, e de edições técnicas cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa
oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a nacional, mediante parecer de comissão especialmente
pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou designada pela autoridade máxima do órgão.
entidades que integrem a Administração Pública, criados para XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para
esse fim específico; atender aos contingentes militares das Forças Singulares
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem brasileiras empregadas em operações de paz no exterior,
nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do
equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da
fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição Força.
de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia; XXX - na contratação de instituição ou organização, pública
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de
abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do
tropas e seus meios de deslocamento quando em estada Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na
eventual de curta duração em portos, aeroportos ou Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei
localidades diferentes de suas sedes, por motivo de federal.
movimentação operacional ou de adestramento, quando a XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do
exiguidade dos prazos legais puder comprometer a disposto nos arts. 3o, 4o, 5o e 20 da Lei no 10.973, de 2 de
normalidade e os propósitos das operações e desde que seu dezembro de 2004, observados os princípios gerais de
valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do inciso II do contratação dela constantes.
art. 23 desta Lei: XXXII - na contratação em que houver transferência de
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de
Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de
administrativo, quando houver necessidade de manter a 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS,
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as
meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de etapas de absorção tecnológica.
comissão instituída por decreto; XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins
XX - na contratação de associação de portadores de lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras
deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e
idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de
Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão- baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água.
de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
praticado no mercado. XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito
XXI - para a aquisição ou contratação de produto para público interno de insumos estratégicos para a saúde
pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou
serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da
que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23; (Incluído administração pública direta, sua autarquia ou fundação em
pela Lei nº 13.243, de 2016) projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação,
energia elétrica e gás natural com concessionário, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à
permissionário ou autorizado, segundo as normas da execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam
legislação específica; transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII
sociedade de economia mista com suas subsidiárias e deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico
controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço

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contratado seja compatível com o praticado no mercado. dispensa, quando for o caso; (Redação dada pela Lei nº 13.500,
(Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015). de 2017)
XXXV - para a construção, a ampliação, a reforma e o II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
aprimoramento de estabelecimentos penais, desde que III - justificativa do preço.
configurada situação de grave e iminente risco à segurança IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos
pública. (Incluído pela Lei nº 13.500, de 2017) quais os bens serão alocados.
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput
deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras Questões
e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de
economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação 01. (UFSBA - Administrador – UFMT/2017). De acordo
qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. com a Lei nº 8.666/1993, a compra ou locação de imóvel
§ 2º O limite temporal de criação do órgão ou entidade que destinado ao atendimento das finalidades precípuas da
integre a administração pública estabelecido no inciso VIII do Administração, cujas necessidades de instalação e localização
caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou entidades que condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível
produzem produtos estratégicos para o SUS, no âmbito da Lei com o valor de mercado, segundo avaliação prévia, é uma das
no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em hipóteses de
ato da direção nacional do SUS. (A) dispensa de licitação.
§ 3º A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, (B) inexigibilidade de licitação.
quando aplicada a obras e serviços de engenharia, seguirá (C) vedação de licitação.
procedimentos especiais instituídos em regulamentação (D) obrigatoriedade de licitação.
específica. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016).
§ 4º Não se aplica a vedação prevista no inciso I do caput 02. (IF/PE - Administrador – IF-PE/2017). A
do art. 9º à hipótese prevista no inciso XXI do caput. (Incluído Inexigibilidade de Licitação pode ocorrer no seguinte caso:
pela Lei nº 13.243, de 2016). (A) Na contratação do fornecimento ou suprimento de
energia elétrica, com concessionário ou permissionário do
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver serviço público de distribuição ou com produtor independente
inviabilidade de competição, em especial: ou autoprodutor, segundo as normas da legislação específica.
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros (B) Para a contratação de profissional de qualquer setor
que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo,
representante comercial exclusivo, vedada a preferência de desde que, consagrado pela crítica especializada ou pela
marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita opinião pública.
através de atestado fornecido pelo órgão de registro do (C) Para as compras de materiais de uso pelas Forças
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, administrativo, quando houver necessidade de manter a
ou, ainda, pelas entidades equivalentes; padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de
art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou comissão instituída por Decreto.
empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade (D) Na contratação de associação de portadores de
para serviços de publicidade e divulgação; deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada
III - para contratação de profissional de qualquer setor idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração
artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão
desde que consagrado pela crítica especializada ou pela de obra, desde que o preço contratado seja compatível com o
opinião pública. praticado no mercado.
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional (E) Para a aquisição ou restauração de obras de arte e
ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que
decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou
de outros requisitos relacionados com suas atividades, 03. (Prefeitura de Andradina/SP - Assistente Jurídico e
permita inferir que o seu trabalho é essencial e Procurador Jurídico – VUNESP/2017). A Administração
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do Pública pretende a contratação de serviço técnico de natureza
objeto do contrato. singular, na área de publicidade e divulgação. Nessa hipótese,
§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de tendo em vista o disposto na Lei de Licitações e Contratos (Lei
dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem no 8.666/93), essa contratação
solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o (A) dispensa a licitação.
fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público (B) deve ser feita por meio de licitação.
responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. (C) pode ser feita por contratação direta, por
inexigibilidade de licitação.
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no (D) pode ser feita sem licitação, desde que com empresa de
inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade notória especialização.
referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o (E) pode dispensar a licitação, desde que seja contratado
retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o profissional, pessoa física, de notória especialização.
desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à
autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa 04. (CISMEPAR7PR - Advogado – FAUEL/2016). Aponte,
oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a abaixo, uma hipótese que NÃO representa caso de
eficácia dos atos. inexigibilidade de licitação:
Parágrafo único. O processo de dispensa, de (A) Aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que
inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou
instruído, no que couber, com os seguintes elementos: representante comercial exclusivo.
I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou (B) Nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem.
de grave e iminente risco à segurança pública que justifique a

Direito Administrativo 73
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(C) Contratação de serviço técnico de restauração de obras Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica
de arte, com profissionais ou empresas de notória limitar-se-á a:
especialização. I - registro ou inscrição na entidade profissional
(D) Contratação de profissional de qualquer setor artístico, competente;
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que II - comprovação de aptidão para desempenho de
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. atividade pertinente e compatível em características,
quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das
05. (CRC-RO - Contador – FUNCAB). Em situação instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico
hipotética na qual seja possível para o ente público licitar, mas adequados e disponíveis para a realização do objeto da
a licitação - respeitado o interesse público - não seja licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros
conveniente nem oportuna, estará configurada a: da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;
(A) inviabilidade da competição. III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que
(B) vedação da licitação. recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou
(C) exigibilidade da licitação. conhecimento de todas as informações e das condições locais
(D) dispensa da licitação. para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;
(E) inexigibilidade da licitação. IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei
especial, quando for o caso.
Gabarito § 1º A comprovação de aptidão referida no inciso II do
"caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras
01. A/ 02. B/ 03. B/ 04. B/ 05. D e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas
jurídicas de direito público ou privado, devidamente
Seção II registrados nas entidades profissionais competentes,
Da Habilitação limitadas as exigências a:
I - capacitação técnico-profissional: comprovação do
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos licitante de possuir em seu quadro permanente, na data
interessados, exclusivamente, documentação relativa a: prevista para entrega da proposta, profissional de nível
I - habilitação jurídica; superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade
II - qualificação técnica; competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica
III - qualificação econômico-financeira; por execução de obra ou serviço de características
IV – regularidade fiscal e trabalhista; semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da maior relevância e valor significativo do objeto da licitação,
Constituição Federal. vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos
máximos;
Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, II - (Vetado).
conforme o caso, consistirá em: a) (Vetado).
I - cédula de identidade; b) (Vetado).
II - registro comercial, no caso de empresa individual; § 2º As parcelas de maior relevância técnica e de valor
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, significativo, mencionadas no parágrafo anterior, serão
devidamente registrado, em se tratando de sociedades definidas no instrumento convocatório.
comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado § 3º Será sempre admitida a comprovação de aptidão
de documentos de eleição de seus administradores; através de certidões ou atestados de obras ou serviços
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades similares de complexidade tecnológica e operacional
civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício; equivalente ou superior.
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou § 4º Nas licitações para fornecimento de bens, a
sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de comprovação de aptidão, quando for o caso, será feita através
registro ou autorização para funcionamento expedido pelo de atestados fornecidos por pessoa jurídica de direito público
órgão competente, quando a atividade assim o exigir. ou privado.
§ 5º É vedada a exigência de comprovação de atividade ou
Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em
trabalhista, conforme o caso, consistirá em: locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei,
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas que inibam a participação na licitação.
(CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC); § 6º As exigências mínimas relativas a instalações de
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico
estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede especializado, considerados essenciais para o cumprimento do
do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível objeto da licitação, serão atendidas mediante a apresentação
com o objeto contratual; de relação explícita e da declaração formal da sua
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as exigências de
Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou propriedade e de localização prévia.
outra equivalente, na forma da lei; § 7º (Vetado).
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao I - (Vetado).
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), II - (Vetado).
demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos § 8º No caso de obras, serviços e compras de grande vulto,
sociais instituídos por lei. de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir
V – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para
a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certidão efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise
negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios
do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio objetivos.
de 1943. § 9º Entende-se por licitação de alta complexidade técnica
aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema
relevância para garantir a execução do objeto a ser contratado,

Direito Administrativo 74
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ou que possa comprometer a continuidade da prestação de § 2º O certificado de registro cadastral a que se refere o
serviços públicos essenciais. § 1o do art. 36 substitui os documentos enumerados nos arts.
§ 10. Os profissionais indicados pelo licitante para fins de 28 a 31, quanto às informações disponibilizadas em sistema
comprovação da capacitação técnico-profissional de que trata informatizado de consulta direta indicado no edital,
o inciso I do § 1o deste artigo deverão participar da obra ou obrigando-se a parte a declarar, sob as penalidades legais, a
serviço objeto da licitação, admitindo-se a substituição por superveniência de fato impeditivo da habilitação.
profissionais de experiência equivalente ou superior, desde § 3º A documentação referida neste artigo poderá ser
que aprovada pela administração. substituída por registro cadastral emitido por órgão ou
§ 11. (Vetado). entidade pública, desde que previsto no edital e o registro
§ 12. (Vetado). tenha sido feito em obediência ao disposto nesta Lei.
§ 4º As empresas estrangeiras que não funcionem no País,
Art. 31. A documentação relativa à qualificação tanto quanto possível, atenderão, nas licitações internacionais,
econômico-financeira limitar-se-á a: às exigências dos parágrafos anteriores mediante documentos
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do equivalentes, autenticados pelos respectivos consulados e
último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da traduzidos por tradutor juramentado, devendo ter
lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, representação legal no Brasil com poderes expressos para
vedada a sua substituição por balancetes ou balanços receber citação e responder administrativa ou judicialmente.
provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais § 5º Não se exigirá, para a habilitação de que trata este
quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de artigo, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo os
apresentação da proposta; referentes a fornecimento do edital, quando solicitado, com os
II - certidão negativa de falência ou concordata expedida seus elementos constitutivos, limitados ao valor do custo
pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução efetivo de reprodução gráfica da documentação fornecida.
patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física; § 6º O disposto no § 4o deste artigo, no § 1o do art. 33 e no
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios § 2o do art. 55, não se aplica às licitações internacionais para a
previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja feito com o
(um por cento) do valor estimado do objeto da contratação. produto de financiamento concedido por organismo
§ 1º A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da financeiro internacional de que o Brasil faça parte, ou por
capacidade financeira do licitante com vistas aos agência estrangeira de cooperação, nem nos casos de
compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado contratação com empresa estrangeira, para a compra de
o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de equipamentos fabricados e entregues no exterior, desde que
faturamento anterior, índices de rentabilidade ou para este caso tenha havido prévia autorização do Chefe do
lucratividade. Poder Executivo, nem nos casos de aquisição de bens e
§ 2º A Administração, nas compras para entrega futura e serviços realizada por unidades administrativas com sede no
na execução de obras e serviços, poderá estabelecer, no exterior.
instrumento convocatório da licitação, a exigência de capital § 7º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 e este
mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as artigo poderá ser dispensada, nos termos de regulamento, no
garantias previstas no § 1o do art. 56 desta Lei, como dado todo ou em parte, para a contratação de produto para pesquisa
objetivo de comprovação da qualificação econômico- e desenvolvimento, desde que para pronta entrega ou até o
financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao valor previsto na alínea “a” do inciso II do caput do art. 23.
adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016).
§ 3º O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a
que se refere o parágrafo anterior não poderá exceder a 10% Art. 33. Quando permitida na licitação a participação de
(dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes normas:
comprovação ser feita relativamente à data da apresentação I - comprovação do compromisso público ou particular de
da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;
data através de índices oficiais. II - indicação da empresa responsável pelo consórcio que
§ 4º Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos deverá atender às condições de liderança, obrigatoriamente
assumidos pelo licitante que importem diminuição da fixadas no edital;
capacidade operativa ou absorção de disponibilidade III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a
financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, para
atualizado e sua capacidade de rotação. efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de
§ 5º A comprovação de boa situação financeira da empresa cada consorciado, e, para efeito de qualificação econômico-
será feita de forma objetiva, através do cálculo de índices financeira, o somatório dos valores de cada consorciado, na
contábeis previstos no edital e devidamente justificados no proporção de sua respectiva participação, podendo a
processo administrativo da licitação que tenha dado início ao Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de
certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores não até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos para licitante
usualmente adotados para correta avaliação de situação individual, inexigível este acréscimo para os consórcios
financeira suficiente ao cumprimento das obrigações compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas
decorrentes da licitação. assim definidas em lei;
§ 6º (Vetado). IV - impedimento de participação de empresa consorciada,
na mesma licitação, através de mais de um consórcio ou
Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão isoladamente;
ser apresentados em original, por qualquer processo de cópia V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos
autenticada por cartório competente ou por servidor da praticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto na
administração ou publicação em órgão da imprensa oficial. de execução do contrato.
§ 1º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta § 1º No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a
Lei poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos de liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira,
convite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e observado o disposto no inciso II deste artigo.
leilão. § 2º O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes
da celebração do contrato, a constituição e o registro do

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consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem
deste artigo. como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem
ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria
Seção III jurídica da Administração.
Dos Registros Cadastrais
Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação
Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas
Administração Pública que realizem frequentemente for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23,
licitações manterão registros cadastrais para efeito de inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado,
habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela
um ano. (Regulamento) autoridade responsável com antecedência mínima de 15
§ 1º O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital,
e deverá estar permanentemente aberto aos interessados, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis
obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a
mínimo anualmente, através da imprensa oficial e de jornal publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as
diário, a chamamento público para a atualização dos registros informações pertinentes e a se manifestar todos os
existentes e para o ingresso de novos interessados. interessados.
§ 2º É facultado às unidades administrativas utilizarem-se Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se
de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da licitações simultâneas aquelas com objetos similares e com
Administração Pública. realização prevista para intervalos não superiores a trinta dias
e licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos
Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização similares, o edital subsequente tenha uma data anterior a
deste, a qualquer tempo, o interessado fornecerá os elementos cento e vinte dias após o término do contrato resultante da
necessários à satisfação das exigências do art. 27 desta Lei. licitação antecedente.

Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem
tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em grupos, em série anual, o nome da repartição interessada e de seu
segundo a qualificação técnica e econômica avaliada pelos setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação,
elementos constantes da documentação relacionada nos arts. a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora
30 e 31 desta Lei. para recebimento da documentação e proposta, bem como
§ 1º Aos inscritos será fornecido certificado, renovável para início da abertura dos envelopes, e indicará,
sempre que atualizarem o registro. obrigatoriamente, o seguinte:
§ 2º A atuação do licitante no cumprimento de obrigações I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;
assumidas será anotada no respectivo registro cadastral. II - prazo e condições para assinatura do contrato ou
retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei,
Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso para execução do contrato e para entrega do objeto da
ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as licitação;
exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas para III - sanções para o caso de inadimplemento;
classificação cadastral. IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto
básico;
Seção IV V - se há projeto executivo disponível na data da
Do Procedimento e Julgamento publicação do edital de licitação e o local onde possa ser
examinado e adquirido;
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a VI - condições para participação na licitação, em
abertura de processo administrativo, devidamente autuado, conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de
protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a apresentação das propostas;
indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a VII - critério para julgamento, com disposições claras e
despesa, e ao qual serão juntados oportunamente: parâmetros objetivos;
I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de
caso; comunicação à distância em que serão fornecidos elementos,
II - comprovante das publicações do edital resumido, na informações e esclarecimentos relativos à licitação e às
forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite; condições para atendimento das obrigações necessárias ao
III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro cumprimento de seu objeto;
administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite; IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas
IV - original das propostas e dos documentos que as brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais;
instruírem; X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global,
V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora; conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e
VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou
licitação, dispensa ou inexigibilidade; faixas de variação em relação a preços de referência,
VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48;
homologação; XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação
VIII - recursos eventualmente apresentados pelos efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices
licitantes e respectivas manifestações e decisões; específicos ou setoriais, desde a data prevista para
IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa
quando for o caso, fundamentado circunstanciadamente; proposta se referir, até a data do adimplemento de cada
X - termo de contrato ou instrumento equivalente, parcela;
conforme o caso; XII - (Vetado).
XI - outros comprovantes de publicações; XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização
XII - demais documentos relativos à licitação. para execução de obras ou serviços que serão

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obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de
etapas ou tarefas; recurso.
XIV - condições de pagamento, prevendo: § 3º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado não o impedirá de participar do processo licitatório até o
a partir da data final do período de adimplemento de cada trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.
parcela; § 4º A inabilitação do licitante importa preclusão do seu
b) cronograma de desembolso máximo por período, em direito de participar das fases subsequentes.
conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros;
c) critério de atualização financeira dos valores a serem Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o
pagos, desde a data final do período de adimplemento de cada edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do
parcela até a data do efetivo pagamento; comércio exterior e atender às exigências dos órgãos
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais competentes.
atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de § 1º Quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar
pagamentos; preço em moeda estrangeira, igualmente o poderá fazer o
e) exigência de seguros, quando for o caso; licitante brasileiro.
XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta § 2º O pagamento feito ao licitante brasileiro
Lei; eventualmente contratado em virtude da licitação de que trata
XVI - condições de recebimento do objeto da licitação; o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, à taxa
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da de câmbio vigente no dia útil imediatamente anterior à data do
licitação. efetivo pagamento.
§ 1º O original do edital deverá ser datado, rubricado em § 3º As garantias de pagamento ao licitante brasileiro
todas as folhas e assinado pela autoridade que o expedir, serão equivalentes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro.
permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-se § 4º Para fins de julgamento da licitação, as propostas
cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e apresentadas por licitantes estrangeiros serão acrescidas dos
fornecimento aos interessados. gravames consequentes dos mesmos tributos que oneram
§ 2º Constituem anexos do edital, dele fazendo parte exclusivamente os licitantes brasileiros quanto à operação
integrante: final de venda.
I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas § 5º Para a realização de obras, prestação de serviços ou
partes, desenhos, especificações e outros complementos; aquisição de bens com recursos provenientes de
II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e financiamento ou doação oriundos de agência oficial de
preços unitários; cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral
III - a minuta do contrato a ser firmado entre a de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na respectiva
Administração e o licitante vencedor; licitação, as condições decorrentes de acordos, protocolos,
IV - as especificações complementares e as normas de convenções ou tratados internacionais aprovados pelo
execução pertinentes à licitação. Congresso Nacional, bem como as normas e procedimentos
§ 3º Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se como daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de seleção da
adimplemento da obrigação contratual a prestação do serviço, proposta mais vantajosa para a administração, o qual poderá
a realização da obra, a entrega do bem ou de parcela destes, contemplar, além do preço, outros fatores de avaliação, desde
bem como qualquer outro evento contratual a cuja ocorrência que por elas exigidos para a obtenção do financiamento ou da
esteja vinculada a emissão de documento de cobrança. doação, e que também não conflitem com o princípio do
§ 4º Nas compras para entrega imediata, assim entendidas julgamento objetivo e sejam objeto de despacho motivado do
aquelas com prazo de entrega até trinta dias da data prevista órgão executor do contrato, despacho esse ratificado pela
para apresentação da proposta, poderão ser dispensadas: autoridade imediatamente superior.
I - o disposto no inciso XI deste artigo; § 6º As cotações de todos os licitantes serão para entrega
II - a atualização financeira a que se refere a alínea "c" do no mesmo local de destino.
inciso XIV deste artigo, correspondente ao período
compreendido entre as datas do adimplemento e a prevista Art. 43. A licitação será processada e julgada com
para o pagamento, desde que não superior a quinze dias. observância dos seguintes procedimentos:
§ 5º A Administração Pública poderá, nos editais de I - abertura dos envelopes contendo a documentação
licitação para a contratação de serviços, exigir da contratada relativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação;
que um percentual mínimo de sua mão de obra seja oriundo II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes
ou egresso do sistema prisional, com a finalidade de inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não
ressocialização do reeducando, na forma estabelecida em tenha havido recurso ou após sua denegação;
regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.500, de 2017) III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos
concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa,
e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. ou após o julgamento dos recursos interpostos;
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar IV - verificação da conformidade de cada proposta com os
edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços
devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente,
data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços,
devendo a Administração julgar e responder à impugnação em os quais deverão ser devidamente registrados na ata de
até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas
§ 1o do art. 113. desconformes ou incompatíveis;
§ 2º Decairá do direito de impugnar os termos do edital de V - julgamento e classificação das propostas de acordo com
licitação perante a administração o licitante que não o fizer até os critérios de avaliação constantes do edital;
o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de VI - deliberação da autoridade competente quanto à
habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as homologação e adjudicação do objeto da licitação.
propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a § 1º A abertura dos envelopes contendo a documentação
realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam para habilitação e as propostas será realizada sempre em ato

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público previamente designado, do qual se lavrará ata § 3º No caso da licitação do tipo "menor preço", entre os
circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela licitantes considerados qualificados a classificação se dará
Comissão. pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, no
§ 2º Todos os documentos e propostas serão rubricados caso de empate, exclusivamente o critério previsto no
pelos licitantes presentes e pela Comissão. parágrafo anterior.
§ 3º É facultada à Comissão ou autoridade superior, em § 4º Para contratação de bens e serviços de informática, a
qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada administração observará o disposto no art. 3o da Lei no 8.248,
a esclarecer ou a complementar a instrução do processo, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores
vedada a inclusão posterior de documento ou informação que especificados em seu parágrafo 2o e adotando
deveria constar originariamente da proposta. obrigatoriamente o tipo de licitação "técnica e preço",
§ 4º O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos
que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao indicados em decreto do Poder Executivo.
convite. § 5º É vedada a utilização de outros tipos de licitação não
§ 5º Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes previstos neste artigo.
(incisos I e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe § 6º Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão
desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, selecionadas tantas propostas quantas necessárias até que se
salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após atinja a quantidade demandada na licitação.
o julgamento.
§ 6º Após a fase de habilitação, não cabe desistência de Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e
proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato preço" serão utilizados exclusivamente para serviços de
superveniente e aceito pela Comissão. natureza predominantemente intelectual, em especial na
elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e
Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em
em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares
convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4º
estabelecidos por esta Lei. do artigo anterior.
§ 1º É vedada a utilização de qualquer elemento, critério § 1º Nas licitações do tipo "melhor técnica" será adotado o
ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa seguinte procedimento claramente explicitado no
ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo que a
os licitantes. Administração se propõe a pagar:
§ 2º Não se considerará qualquer oferta de vantagem não I - serão abertos os envelopes contendo as propostas
prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos técnicas exclusivamente dos licitantes previamente
subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem qualificados e feita então a avaliação e classificação destas
baseada nas ofertas dos demais licitantes. propostas de acordo com os critérios pertinentes e adequados
§ 3º Não se admitirá proposta que apresente preços global ao objeto licitado, definidos com clareza e objetividade no
ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, instrumento convocatório e que considerem a capacitação e a
incompatíveis com os preços dos insumos e salários de experiência do proponente, a qualidade técnica da proposta,
mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato compreendendo metodologia, organização, tecnologias e
convocatório da licitação não tenha estabelecido limites recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos, e a
mínimos, exceto quando se referirem a materiais e instalações qualificação das equipes técnicas a serem mobilizadas para a
de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie sua execução;
a parcela ou à totalidade da remuneração. II - uma vez classificadas as propostas técnicas, proceder-
§ 4º O disposto no parágrafo anterior aplica-se também às se-á à abertura das propostas de preço dos licitantes que
propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou tenham atingido a valorização mínima estabelecida no
importações de qualquer natureza. instrumento convocatório e à negociação das condições
propostas, com a proponente melhor classificada, com base
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, nos orçamentos detalhados apresentados e respectivos preços
devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite unitários e tendo como referência o limite representado pela
realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os proposta de menor preço entre os licitantes que obtiveram a
critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de valorização mínima;
acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de III - no caso de impasse na negociação anterior,
maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos procedimento idêntico será adotado, sucessivamente, com os
órgãos de controle. demais proponentes, pela ordem de classificação, até a
§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de consecução de acordo para a contratação;
licitação, exceto na modalidade concurso: IV - as propostas de preços serão devolvidas intactas aos
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da licitantes que não forem preliminarmente habilitados ou que
proposta mais vantajosa para a Administração determinar que não obtiverem a valorização mínima estabelecida para a
será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo proposta técnica.
com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor § 2º Nas licitações do tipo "técnica e preço" será adotado,
preço; adicionalmente ao inciso I do parágrafo anterior, o seguinte
II - a de melhor técnica; procedimento claramente explicitado no instrumento
III - a de técnica e preço. convocatório:
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de I - será feita a avaliação e a valorização das propostas de
bens ou concessão de direito real de uso. preços, de acordo com critérios objetivos preestabelecidos no
§ 2º No caso de empate entre duas ou mais propostas, e instrumento convocatório;
após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a II - a classificação dos proponentes far-se-á de acordo com
classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e
público, para o qual todos os licitantes serão convocados, de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no
vedado qualquer outro processo. instrumento convocatório.

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§ 3º Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos § 2º A nulidade do procedimento licitatório induz à do


neste artigo poderão ser adotados, por autorização expressa e contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59
mediante justificativa circunstanciada da maior autoridade da desta Lei.
Administração promotora constante do ato convocatório, para § 3º No caso de desfazimento do processo licitatório, fica
fornecimento de bens e execução de obras ou prestação de assegurado o contraditório e a ampla defesa.
serviços de grande vulto majoritariamente dependentes de § 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos
tecnologia nitidamente sofisticada e de domínio restrito, atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de
atestado por autoridades técnicas de reconhecida qualificação, licitação.
nos casos em que o objeto pretendido admitir soluções
alternativas e variações de execução, com repercussões Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato
significativas sobre sua qualidade, produtividade, rendimento com preterição da ordem de classificação das propostas ou
e durabilidade concretamente mensuráveis, e estas puderem com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena
ser adotadas à livre escolha dos licitantes, na conformidade de nulidade.
dos critérios objetivamente fixados no ato convocatório.
§ 4º (Vetado). Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro
cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas
Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e serviços, serão processadas e julgadas por comissão permanente ou
quando for adotada a modalidade de execução de empreitada especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2
por preço global, a Administração deverá fornecer (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros
obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela
informações necessários para que os licitantes possam licitação.
elaborar suas propostas de preços com total e completo § 1º No caso de convite, a Comissão de licitação,
conhecimento do objeto da licitação. excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e
em face da exiguidade de pessoal disponível, poderá ser
Art. 48. Serão desclassificadas: substituída por servidor formalmente designado pela
I - as propostas que não atendam às exigências do ato autoridade competente.
convocatório da licitação; § 2º A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição
II - propostas com valor global superior ao limite em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento, será
estabelecido ou com preços manifestamente inexequíveis, integrada por profissionais legalmente habilitados no caso de
assim considerados aqueles que não venham a ter obras, serviços ou aquisição de equipamentos.
demonstrada sua viabilidade através de documentação que § 3º Os membros das Comissões de licitação responderão
comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de solidariamente por todos os atos praticados pela Comissão,
mercado e que os coeficientes de produtividade são salvo se posição individual divergente estiver devidamente
compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que
estas necessariamente especificadas no ato convocatório da tiver sido tomada a decisão.
licitação. § 4º A investidura dos membros das Comissões
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a recondução
consideram-se manifestamente inexequíveis, no caso de da totalidade de seus membros para a mesma comissão no
licitações de menor preço para obras e serviços de engenharia, período subsequente.
as propostas cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por § 5º No caso de concurso, o julgamento será feito por uma
cento) do menor dos seguintes valores: comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada
a) média aritmética dos valores das propostas superiores e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores
a 50% (cinquenta por cento) do valor orçado pela públicos ou não.
administração, ou
b) valor orçado pela administração. Art. 52. O concurso a que se refere o § 4º do art. 22 desta
§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo Lei deve ser precedido de regulamento próprio, a ser obtido
anterior cujo valor global da proposta for inferior a 80% pelos interessados no local indicado no edital.
(oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alíneas § 1º O regulamento deverá indicar:
"a" e "b", será exigida, para a assinatura do contrato, prestação I - a qualificação exigida dos participantes;
de garantia adicional, dentre as modalidades previstas no § 1º II - as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho;
do art. 56, igual a diferença entre o valor resultante do III - as condições de realização do concurso e os prêmios a
parágrafo anterior e o valor da correspondente proposta. serem concedidos.
§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas § 2º Em se tratando de projeto, o vencedor deverá
as propostas forem desclassificadas, a administração poderá autorizar a Administração a executá-lo quando julgar
fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a conveniente.
apresentação de nova documentação ou de outras propostas
escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a
caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. servidor designado pela Administração, procedendo-se na
forma da legislação pertinente.
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do § 1º Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado
procedimento somente poderá revogar a licitação por razões pela Administração para fixação do preço mínimo de
de interesse público decorrente de fato superveniente arrematação.
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para § 2º Os bens arrematados serão pagos à vista ou no
justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de percentual estabelecido no edital, não inferior a 5% (cinco por
ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local
escrito e devidamente fundamentado. do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se
§ 1º A anulação do procedimento licitatório por motivo de obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado no
ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o edital de convocação, sob pena de perder em favor da
disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. Administração o valor já recolhido.

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§ 3º Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à responsabilidades das partes, em conformidade com os
vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas. termos da licitação e da proposta a que se vinculam.
§ 4ºO edital de leilão deve ser amplamente divulgado, § 2º Os contratos decorrentes de dispensa ou de
principalmente no município em que se realizará. inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato
que os autorizou e da respectiva proposta.
Questões
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que
01. (TRE/PE - Técnico Judiciário – Área Administrativa estabeleçam:
– CESPE/2017). O edital de licitação terá de conter, I - o objeto e seus elementos característicos;
obrigatoriamente, II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
(A) indicação das sanções para o caso de inadimplemento. III - o preço e as condições de pagamento, os critérios,
(B) a descrição técnica detalhada, minuciosa e exauriente data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os
do objeto da licitação. critérios de atualização monetária entre a data do
(C) a indicação de que os critérios para julgamento serão adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
informados após a fase de habilitação. IV - os prazos de início de etapas de execução, de
(D) condições de pagamento que estabeleçam preferência conclusão, de entrega, de observação e de recebimento
para empresas brasileiras. definitivo, conforme o caso;
(E) a previsão de irrecorribilidade das decisões da V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação
comissão de licitação. da classificação funcional programática e da categoria
econômica;
02. (EBSERH - Advogado – IBFC/2017). Tomando por VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena
base as disposições da lei federal nº 8.666, de 21/06/1993, execução, quando exigidas;
assinale a alternativa correta sobre procedimento e VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as
julgamento penalidades cabíveis e os valores das multas;
(A) Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “técnica e VIII - os casos de rescisão;
preço” serão utilizados exclusivamente para serviços de IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em
natureza predominantemente intelectual caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
(B) Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “técnica e X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio
preço” serão utilizados preferencialmente para serviços de para conversão, quando for o caso;
natureza predominantemente material XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a
(C) Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “técnica e dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante
preço” serão utilizados para objetos de qualquer natureza vencedor;
(D) Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “técnica e XII - a legislação aplicável à execução do contrato e
preço” serão utilizados preferencialmente para serviços de especialmente aos casos omissos;
natureza predominantemente artística XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a
(E) Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “técnica e execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações
preço” serão utilizados necessariamente para serviços de por ele assumidas, todas as condições de habilitação e
natureza gerencial qualificação exigidas na licitação.
§ 1º (Vetado).
03. (ANS - Técnico em Regulação de Saúde § 2º Nos contratos celebrados pela Administração Pública
Suplementar – FUNCAB/2016). Sobre o tema de anulação e com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas
revogação da licitação, é correto afirmar que: domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente
(A) a autoridade competente para aprovação do cláusula que declare competente o foro da sede da
procedimento poderá anular a licitação por razões de Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo
interesse público. o disposto no § 6o do art. 32 desta Lei.
(B) a anulação do procedimento licitatório por motivo de § 3º No ato da liquidação da despesa, os serviços de
ilegalidade jamais gera a obrigação de indenizar. contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da
(C) no caso de desfazimento do processo licitatório, fica arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou
assegurado o contraditório e a ampla defesa. Município, as características e os valores pagos, segundo o
(D) a declaração de nulidade do contrato administrativo disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964.
opera efeitos ex nunc.
(E) a revogação ou anulação do procedimento licitatório, Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada
inaplicável o contraditório e ampla defesa, pois os atos da caso, e desde que prevista no instrumento convocatório,
administração gozam de presunção legalidade e legitimidade. poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de
obras, serviços e compras.
Gabarito § 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes
01. A/ 02. A/ 03. C modalidades de garantia:
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública,
Capítulo III devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural,
DOS CONTRATOS mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de
Seção I custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados
Disposições Preliminares pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo
Ministério da Fazenda;
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei II - seguro-garantia;
regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito III - fiança bancária.
público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da § 2º A garantia a que se refere o caput deste artigo não
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor
§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza e atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o
precisão as condições para sua execução, expressas em previsto no parágrafo 3o deste artigo.
cláusulas que definam os direitos, obrigações e

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§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação
envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente contratado;
aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados
previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez no inciso I do art. 79 desta Lei;
por cento do valor do contrato. III - fiscalizar-lhes a execução;
§ 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou
restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, parcial do ajuste;
atualizada monetariamente. V - nos casos de serviços essenciais, ocupar
§ 5º Nos casos de contratos que importem na entrega de provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços
bens pela Administração, dos quais o contratado ficará vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade
depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais
desses bens. pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo.
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará § 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos
adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, contratos administrativos não poderão ser alteradas sem
exceto quanto aos relativos: prévia concordância do contratado.
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas § 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que se mantenha o equilíbrio contratual.
que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma Art. 59. A declaração de nulidade do contrato
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos
e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de
condições mais vantajosas para a administração, limitada a desconstituir os já produzidos.
sessenta meses; Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração
III - (Vetado). do dever de indenizar o contratado pelo que este houver
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de executado até a data em que ela for declarada e por outros
programas de informática, podendo a duração estender-se prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe
pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem
vigência do contrato. lhe deu causa.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI
do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 Questões
(cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração.
§ 1º Os prazos de início de etapas de execução, de 01. (ALERJ - Especialista Legislativo - Engenharia
conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as Elétrica – FGV/2017). Em relação à duração dos contratos
demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de administrativos, a Lei nº 8.666/93 dispõe que os contratos:
seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum (A) em geral devem conter cláusula específica com seu
dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo: prazo de duração, que pode ser de no máximo vinte e quatro
I - alteração do projeto ou especificações, pela meses, permitida uma única prorrogação por período de até
Administração; mais vinte e quatro meses;
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, (B) referentes a projetos, cujos produtos estejam
estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual,
as condições de execução do contrato; podem ser prorrogados se houver interesse da Administração
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do e independentemente de que isso tenha sido previsto no ato
ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Administração; convocatório;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no (C) cujos serviços são executados de forma contínua
contrato, nos limites permitidos por esta Lei; podem ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
de terceiro reconhecido pela Administração em documento vantajosas para a Administração, limitada a sessenta meses;
contemporâneo à sua ocorrência; (D) relativos ao aluguel de equipamentos e à utilização de
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da programas de informática podem estender-se pelo prazo de
Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de até doze meses após o final do termo inicial de vigência do
que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na contrato, desde que mantido o mesmo valor unitário previsto
execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais no contrato inicial;
aplicáveis aos responsáveis. (E) consistentes em serviços de engenharia não admitem,
§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por em qualquer hipótese, prorrogação dos prazos de início de
escrito e previamente autorizada pela autoridade competente etapas de execução, de conclusão e de entrega da obra,
para celebrar o contrato. devendo o contratado responder por perdas e danos caso não
§ 3º É vedado o contrato com prazo de vigência cumpra os prazos contratuais.
indeterminado.
§ 4ºEm caráter excepcional, devidamente justificado e 02. (TJ/RS - Analista Judiciário - (Ciências Jurídicas e
mediante autorização da autoridade superior, o prazo de que Sociais) – FAURGS/2017). Sobre os contratos
trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado administrativos, assinale a alternativa correta.
por até doze meses. (A) Em relação à garantia a ser prestada, o contratado
poderá optar por caução em dinheiro ou título da dívida
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos pública, seguro-garantia, fiança bancária ou hipoteca sobre
instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a imóvel.
eles, a prerrogativa de:

Direito Administrativo 81
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(B) A declaração de nulidade do contrato administrativo § 2º Em "carta contrato", "nota de empenho de despesa",
opera efeitos ex nunc, ou seja, a partir da data da anulação, "autorização de compra", "ordem de execução de serviço" ou
vedado qualquer efeito retroativo. outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o
(C) O contrato verbal com a Administração Pública é viável, disposto no art. 55 desta Lei.
desde que decorrente de procedimento licitatório de convite, § 3º Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e
tomada de preços ou pregão e preços compatíveis com o valor demais normas gerais, no que couber:
de mercado. I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação
(D) Em havendo alteração unilateral do contrato, as em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo
cláusulas econômico-financeiras deverão ser revistas, para conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de
que se mantenha o equilíbrio contratual. direito privado;
(E) O contrato poderá ser alterado unilateralmente pela II - aos contratos em que a Administração for parte como
Administração quando conveniente a substituição da garantia usuária de serviço público.
da execução. § 4º É dispensável o "termo de contrato" e facultada a
substituição prevista neste artigo, a critério da Administração
03. (TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros e independentemente de seu valor, nos casos de compra com
– Remoção – VUNESP/2016). Sobre os contratos entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não
administrativos, assinale a alternativa correta. resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
(A) As cláusulas econômico-financeiras e monetárias não
poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento
(B) É vedado o contrato verbal com a Administração. dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e,
(C) A Administração pode, por meio de cláusula contratual, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada,
renunciar à prerrogativa de rescindir unilateralmente o mediante o pagamento dos emolumentos devidos.
contrato.
(D) A declaração de nulidade do contrato administrativo Art. 64. A Administração convocará regularmente o
não opera efeitos retroativos nem desconstitui os já interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou
produzidos. retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições
estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem
Gabarito prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei.
01. C/ 02. D/ 03. A § 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma
vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante o
Seção II seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito
Da Formalização dos Contratos pela Administração.
§ 2º É facultado à Administração, quando o convocado não
Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o
nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos,
cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu convocar os licitantes remanescentes, na ordem de
extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas
formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive
tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem. quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato convocatório, ou revogar a licitação independentemente da
verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de cominação prevista no art. 81 desta Lei.
pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não § 3º Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das
superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. propostas, sem convocação para a contratação, ficam os
23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de licitantes liberados dos compromissos assumidos.
adiantamento.
Questão
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das
partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que 01. (EBSERH - Advogado - INSTITUTO AOC) Sobre os
autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, contratos administrativos, assinale a alternativa correta.
da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes (A) Todo e qualquer contrato verbal com a Administração
às normas desta Lei e às cláusulas contratuais. Pública é nulo.
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento (B) Todo contrato administrativo deve mencionar os
de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o
condição indispensável para sua eficácia, será providenciada ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da
pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos
sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela contratantes às normas da Lei 8.666/93 e às cláusulas
data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, contratuais.
ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. (C) Os contratos administrativos, com valor acima de
R$1.000,00 devem ser publicados na Imprensa Oficial, até o
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos 10.º dia útil do mês subsequente à assinatura do contrato.
de concorrência e de tomada de preços, bem como nas (D) É permitido contrato por prazo indeterminado com a
dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam Administração.
compreendidos nos limites destas duas modalidades de (E) Mesmo com justificativa, os contratos administrativos
licitação, e facultativo nos demais em que a Administração não podem ser alterados unilateralmente.
puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como
carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de Gabarito
compra ou ordem de execução de serviço. 01.B.
§ 1º A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital
ou ato convocatório da licitação.

Direito Administrativo 82
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Seção III atualizações, compensações ou penalizações financeiras


Da Alteração dos Contratos decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem
como o empenho de dotações orçamentárias suplementares
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila,
I - unilateralmente pela Administração: dispensando a celebração de aditamento.
a) quando houver modificação do projeto ou das
especificações, para melhor adequação técnica aos seus Seção IV
objetivos; Da Execução dos Contratos
b) quando necessária a modificação do valor contratual em
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas
objeto, nos limites permitidos por esta Lei; partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas
II - por acordo das partes: desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua
a) quando conveniente a substituição da garantia de inexecução total ou parcial.
execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § 2o e
da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em no inciso II do § 5o do art. 3o desta Lei deverão cumprir,
face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos durante todo o período de execução do contrato, a reserva de
contratuais originários; cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para
c) quando necessária a modificação da forma de reabilitado da Previdência Social, bem como as regras de
pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº
mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do 13.146, de 2015)
pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem Parágrafo único. Cabe à administração fiscalizar o
a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou cumprimento dos requisitos de acessibilidade nos serviços e
execução de obra ou serviço; nos ambientes de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram 2015)
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição
da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio e fiscalizada por um representante da Administração
econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de especialmente designado, permitida a contratação de terceiros
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da atribuição.
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso § 1º O representante da Administração anotará em
fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a
extraordinária e extracontratual. execução do contrato, determinando o que for necessário à
§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas regularização das faltas ou defeitos observados.
condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se § 2º As decisões e providências que ultrapassarem a
fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco competência do representante deverão ser solicitadas a seus
por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso superiores em tempo hábil para a adoção das medidas
particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o convenientes.
limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela
limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo
I - (VETADO) na execução do contrato.
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os
contratantes. Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir,
§ 3º Se no contrato não houverem sido contemplados remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total
preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios,
mediante acordo entre as partes, respeitados os limites defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de
estabelecidos no § 1o deste artigo. materiais empregados.
§ 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o
contratado já houver adquirido os materiais e posto no local Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados
dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de
pelos custos de aquisição regularmente comprovados e sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou
monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o
outros danos eventualmente decorrentes da supressão, desde acompanhamento pelo órgão interessado.
que regularmente comprovados.
§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos
alterados ou extintos, bem como a superveniência de trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes
disposições legais, quando ocorridas após a data da da execução do contrato.
apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos § 1º A inadimplência do contratado, com referência aos
preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à
para menos, conforme o caso. Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento,
§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a
aumente os encargos do contratado, a Administração deverá regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante
restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico- o Registro de Imóveis.
financeiro inicial. § 2º A Administração Pública responde solidariamente
§ 7º (VETADO) com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes
§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212,
reajuste de preços previsto no próprio contrato, as de 24 de julho de 1991.

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§ 3º (Vetado). Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:


I - o não cumprimento de cláusulas contratuais,
Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem especificações, projetos ou prazos;
prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais,
subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o especificações, projetos e prazos;
limite admitido, em cada caso, pela Administração. III - a lentidão do seu cumprimento, levando a
Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido: obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;
I - em se tratando de obras e serviços: IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou
a) provisoriamente, pelo responsável por seu fornecimento;
acompanhamento e fiscalização, mediante termo V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento,
circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias sem justa causa e prévia comunicação à Administração;
da comunicação escrita do contratado; VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada associação do contratado com outrem, a cessão ou
pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou
assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, incorporação, não admitidas no edital e no contrato;
ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos VII - o desatendimento das determinações regulares da
contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei; autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua
II - em se tratando de compras ou de locação de execução, assim como as de seus superiores;
equipamentos: VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução,
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;
conformidade do material com a especificação; IX - a decretação de falência ou a instauração de
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e insolvência civil;
quantidade do material e consequente aceitação. X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do
§ 1º Nos casos de aquisição de equipamentos de grande contratado;
vulto, o recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da
e, nos demais, mediante recibo. estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato;
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo
responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima
serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o
contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contratante e exaradas no processo administrativo a que se
contrato. refere o contrato;
§ 3º O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras,
artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial
casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta
edital. Lei;
§ 4º Na hipótese de o termo circunstanciado ou a XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da
verificação a que se refere este artigo não serem, Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias,
respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões
comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores que totalizem o mesmo prazo, independentemente do
à exaustão dos mesmos. pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o
nos seguintes casos: direito de optar pela suspensão do cumprimento das
I - gêneros perecíveis e alimentação preparada; obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
II - serviços profissionais; XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou
inciso II, alínea "a", desta Lei, desde que não se componham de fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados,
aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
de funcionamento e produtividade. ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações
será feito mediante recibo. até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área,
Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do local ou objeto para execução de obra, serviço ou
edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios, testes e fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de
demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa materiais naturais especificadas no projeto;
execução do objeto do contrato correm por conta do XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior,
contratado. regularmente comprovada, impeditiva da execução do
contrato.
Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27,
obra, serviço ou fornecimento executado em desacordo com o sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
contrato. Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão
formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o
Seção V contraditório e a ampla defesa.
Da Inexecução e da Rescisão dos Contratos
Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a I - determinada por ato unilateral e escrito da
sua rescisão, com as consequências contratuais e as previstas Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII
em lei ou regulamento. do artigo anterior;

Direito Administrativo 84
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II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo (D) Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação do
no processo da licitação, desde que haja conveniência para a contrato, o cronograma de execução não será prorrogado
Administração; automaticamente.
III - judicial, nos termos da legislação;
IV - (Vetado). 02. (MPE/MS - Promotor de Justiça Substituto –
§ 1º A rescisão administrativa ou amigável deverá ser MPE/M) Em relação aos contratos administrativos é incorreto
precedida de autorização escrita e fundamentada da afirmar:
autoridade competente. (A) Em situação de normalidade, se a Administração não
§ 2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a pagar a parcela vencida em determinado mês, após trinta dias
XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado, será da data, está o contratado autorizado a paralisar o serviço
este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que objeto do contrato, alegando em seu favor a exceção de
houver sofrido, tendo ainda direito a: contrato não cumprido.
I - devolução de garantia; (B) O instituto previsto na legislação sobre contrato
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a administrativo, referente à formalização da variação do valor
data da rescisão; contratual, decorrente de reajuste de preços previstos no
III - pagamento do custo da desmobilização. contrato, que não caracteriza sua alteração, denomina-se
§ 3º (Vetado). “apostila”.
§ 4º (Vetado). (C) De acordo com a legislação pertinente, há situações em
§ 5º Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação do que os contratos administrativos podem ser rescindidos
contrato, o cronograma de execução será prorrogado unilateralmente, mesmo que o contratado esteja cumprido
automaticamente por igual tempo. fielmente as suas obrigações.
(D) Na hipótese de inexecução de contrato administrativo,
Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior a suspensão provisória ou temporária do direito de participar
acarreta as seguintes consequências, sem prejuízo das sanções de licitação e impedimento de contratar é aplicada se o
previstas nesta Lei: contratado prejudicar a execução do contrato dolosamente.
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e (E) Em caso de se verificar atraso nos pagamentos devidos
local em que se encontrar, por ato próprio da Administração; pela Administração, somente se este superar o prazo de
II - ocupação e utilização do local, instalações, noventa dias, em situação de normalidade, poderá o
equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contratado optar pela suspensão da execução do contrato ou
contrato, necessários à sua continuidade, na forma do inciso V pela sua rescisão.
do art. 58 desta Lei;
III - execução da garantia contratual, para ressarcimento Gabarito
da Administração, e dos valores das multas e indenizações a
ela devidos; 01. C/ 02. A.
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o
limite dos prejuízos causados à Administração. Capítulo IV
§ 1º A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA JUDICIAL
deste artigo fica a critério da Administração, que poderá dar Seção I
continuidade à obra ou ao serviço por execução direta ou Disposições Gerais
indireta.
§ 2º É permitido à Administração, no caso de concordata Art. 81. A recusa injustificada do adjudicatário em assinar
do contratado, manter o contrato, podendo assumir o controle o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente,
de determinadas atividades de serviços essenciais. dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá ser o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o
precedido de autorização expressa do Ministro de Estado às penalidades legalmente estabelecidas.
competente, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos
caso. licitantes convocados nos termos do art. 64, § 2º desta Lei, que
§ 4º A rescisão de que trata o inciso IV do artigo anterior não aceitarem a contratação, nas mesmas condições propostas
permite à Administração, a seu critério, aplicar a medida pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao prazo e preço.
prevista no inciso I deste artigo.
Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos
Questões em desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frustrar
os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta
01. (Prefeitura de Fronteira/ MG - Advogado – Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das
MÁXIMA/2016). Sobre os contratos administrativos analise responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.
as assertivas e assinale a CORRETA:
(A) A paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que
com justa causa e prévia comunicação à Administração simplesmente tentados, sujeitam os seus autores, quando
constitui motivo para rescisão do contrato administrativo. servidores públicos, além das sanções penais, à perda do
(B) Constitui motivo para rescisão do contrato cargo, emprego, função ou mandato eletivo.
administrativo o atraso superior a 60 dias dos pagamentos
devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta
fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, Lei, aquele que exerce, mesmo que transitoriamente ou sem
salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da remuneração, cargo, função ou emprego público.
ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito § 1º Equipara-se a servidor público, para os fins desta Lei,
de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações quem exerce cargo, emprego ou função em entidade
até que seja normalizada a situação. paraestatal, assim consideradas, além das fundações,
(C) A rescisão administrativa ou amigável do contrato empresas públicas e sociedades de economia mista, as demais
deverá ser precedida de autorização escrita e fundamentada entidades sob controle, direto ou indireto, do Poder Público.
da autoridade competente.

Direito Administrativo 85
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§ 2º A pena imposta será acrescida da terça parte, quando I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem,
os autores dos crimes previstos nesta Lei forem ocupantes de por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer
cargo em comissão ou de função de confiança em órgão da tributos;
Administração direta, autarquia, empresa pública, sociedade II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os
de economia mista, fundação pública, ou outra entidade objetivos da licitação;
controlada direta ou indiretamente pelo Poder Público. III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar
com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados.
Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei pertinem
às licitações e aos contratos celebrados pela União, Estados, Seção III
Distrito Federal, Municípios, e respectivas autarquias, Dos Crimes e das Penas
empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações
públicas, e quaisquer outras entidades sob seu controle direto Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses
ou indireto. previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades
pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Seção II Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.
Das Sanções Administrativas Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que,
tendo comprovadamente concorrido para a consumação da
Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal,
sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista no para celebrar contrato com o Poder Público.
instrumento convocatório ou no contrato.
§ 1º A multa a que alude este artigo não impede que a Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação
Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do
as outras sanções previstas nesta Lei. procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou
§ 2º A multa, aplicada após regular processo para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto
administrativo, será descontada da garantia do respectivo da licitação:
contratado. Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia
prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos privado perante a Administração, dando causa à instauração
eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier
for o caso, cobrada judicialmente. a ser decretada pelo Poder Judiciário:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer
contratado as seguintes sanções: modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual,
I - advertência; em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato
ou no contrato; convocatório da licitação ou nos respectivos instrumentos
III - suspensão temporária de participação em licitação e contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem
impedimento de contratar com a Administração, por prazo cronológica de sua exigibilidade, observado o disposto no art.
não superior a 2 (dois) anos; 121 desta Lei:
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa.
com a Administração Pública enquanto perdurarem os Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado que,
motivos determinantes da punição ou até que seja promovida tendo comprovadamente concorrido para a consumação da
a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a ilegalidade, obtém vantagem indevida ou se beneficia,
penalidade, que será concedida sempre que o contratado injustamente, das modificações ou prorrogações contratuais.
ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de
anterior. qualquer ato de procedimento licitatório:
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela
sua diferença, que será descontada dos pagamentos Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em
eventualmente devidos pela Administração ou cobrada procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo
judicialmente. de devassá-lo:
§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada
a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de
prazo de 5 (cinco) dias úteis. violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem
§ 3º A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de de qualquer tipo:
competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa,
Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do além da pena correspondente à violência.
interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém
da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida ou desiste de licitar, em razão da vantagem oferecida.
após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109 inciso III)
Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação
Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo instaurada para aquisição ou venda de bens ou mercadorias,
anterior poderão também ser aplicadas às empresas ou aos ou contrato dela decorrente:
profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei: I - elevando arbitrariamente os preços;
II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria
falsificada ou deteriorada;

Direito Administrativo 86
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III - entregando uma mercadoria por outra; (C) em favor da Procuradoria Geral do Estado onde
IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da tramitou o respectivo processo judicial.
mercadoria fornecida; (D) à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal,
V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais conforme o caso.
onerosa a proposta ou a execução do contrato:
Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 04. (FUB - Bibliotecário Documentalista - CESPE)
Acerca do procedimento licitatório e das sanções, julgue os
Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com itens seguintes.
empresa ou profissional declarado inidôneo: O vencedor de certame licitatório que, se convocado para
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. celebrar o contrato, no prazo de validade de sua proposta, não
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, o fizer, está sujeito às sanções administrativas previstas em
declarado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a legislação específica.
Administração.
(A) Certo
Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a (B) Errado
inscrição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou
promover indevidamente a alteração, suspensão ou 05. (MS - Analista Técnico – Administrativo - CESPE)
cancelamento de registro do inscrito: Acerca de licitações e contratos, julgue os itens a seguir.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. A Lei n.º 8.666/1993 destinou capítulo específico para
tipificar crimes e atribuir sanções penais a determinadas
Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta condutas ilegais de administradores e licitantes, algumas
Lei consiste no pagamento de quantia fixada na sentença e puníveis a título de dolo, outras, a título de culpa.
calculada em índices percentuais, cuja base corresponderá ao
valor da vantagem efetivamente obtida ou potencialmente (A) Certo
auferível pelo agente. (B) Errado
§ 1º Os índices a que se refere este artigo não poderão ser
inferiores a 2% (dois por cento), nem superiores a 5% (cinco Gabarito
por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com 01. A /02.B /03.D /04.A / 05.B
dispensa ou inexigibilidade de licitação.
§ 2º O produto da arrecadação da multa reverterá, Seção IV
conforme o caso, à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Do Processo e do Procedimento Judicial
Municipal.
Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal
Questões pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público
promovê-la.
01. (TCU – Auditor Federal de Controle Externo -
Auditoria Governamental - CESPE) Considerando a teoria do Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os
direito penal, a lei penal em vigor e a Lei de Licitações (Lei n.º efeitos desta Lei, a iniciativa do Ministério Público,
8.666/1993), julgue os itens subsequentes. fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua
Para os fins de aplicação dos dispositivos penais contidos autoria, bem como as circunstâncias em que se deu a
na Lei de Licitações, equipara-se a servidor público aquele que ocorrência.
exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal,
incluídas as sociedades de economia mista. mandará a autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo
apresentante e por duas testemunhas.
(A) Certo
(B) Errado Art. 102. Quando em autos ou documentos de que
conhecerem, os magistrados, os membros dos Tribunais ou
02. (TCU – Auditor Federal de Controle Externo - Conselhos de Contas ou os titulares dos órgãos integrantes do
Auditoria Governamental - CESPE) Considerando a teoria do sistema de controle interno de qualquer dos Poderes
direito penal, a lei penal em vigor e a Lei de Licitações (Lei n.º verificarem a existência dos crimes definidos nesta Lei,
8.666/1993), julgue os itens subsequentes. remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos
Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas necessários ao oferecimento da denúncia.
em lei, realizar modalidade de licitação em desacordo com a lei
ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária da
ou à inexigibilidade são condutas previstas como crime na Lei pública, se esta não for ajuizada no prazo legal, aplicando-se,
de Licitações. no que couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do Código de
Processo Penal.
(A) Certo
(B) Errado Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o
prazo de 10 (dez) dias para apresentação de defesa escrita,
03. (CREMESP/SP – Advogado – VUNESP) De acordo com contado da data do seu interrogatório, podendo juntar
a Lei nº 8.666/93, na hipótese de sanção penal pelo documentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não
descumprimento de normas dessa lei, o produto da superior a 5 (cinco), e indicar as demais provas que pretenda
arrecadação da multa reverterá: produzir.
(A) ao Ministério Público Federal. à Defensoria do Estado
onde se realizou a licitação. Art. 105. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa
(B) ao Fundo Nacional de Defesa dos Interesses Difusos e e praticadas as diligências instrutórias deferidas ou ordenadas
Coletivos. pelo juiz, abrir-se-á, sucessivamente, o prazo de 5 (cinco) dias
a cada parte para alegações finais.

Direito Administrativo 87
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Art. 106. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando for
dentro de 24 (vinte e quatro) horas, terá o juiz 10 (dez) dias explicitamente disposto em contrário.
para proferir a sentença. Parágrafo único. Só se iniciam e vencem os prazos
referidos neste artigo em dia de expediente no órgão ou na
Art. 107. Da sentença cabe apelação, interponível no prazo entidade.
de 5 (cinco) dias.
Art. 111. A Administração só poderá contratar, pagar,
Art. 108. No processamento e julgamento das infrações premiar ou receber projeto ou serviço técnico especializado
penais definidas nesta Lei, assim como nos recursos e nas desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos
execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, e a Administração possa utilizá-lo de acordo com o previsto no
subsidiariamente, o Código de Processo Penal e a Lei de regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboração.
Execução Penal. Parágrafo único. Quando o projeto referir-se a obra
imaterial de caráter tecnológico, insuscetível de privilégio, a
Capítulo V cessão dos direitos incluirá o fornecimento de todos os dados,
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS documentos e elementos de informação pertinentes à
tecnologia de concepção, desenvolvimento, fixação em suporte
Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da físico de qualquer natureza e aplicação da obra.
aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da Art. 112. Quando o objeto do contrato interessar a mais de
intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de: uma entidade pública, caberá ao órgão contratante, perante a
a) habilitação ou inabilitação do licitante; entidade interessada, responder pela sua boa execução,
b) julgamento das propostas; fiscalização e pagamento.
c) anulação ou revogação da licitação; § 1º Os consórcios públicos poderão realizar licitação da
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro qual, nos termos do edital, decorram contratos
cadastral, sua alteração ou cancelamento; administrativos celebrados por órgãos ou entidades dos entes
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 da Federação consorciados.
desta Lei; § 2º É facultado à entidade interessada o acompanhamento
f) aplicação das penas de advertência, suspensão da licitação e da execução do contrato.
temporária ou de multa;
II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos
intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação ou contratos e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito
do contrato, de que não caiba recurso hierárquico; pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação
III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro de pertinente, ficando os órgãos interessados da Administração
Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, responsáveis pela demonstração da legalidade e regularidade
na hipótese do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem
(dez) dias úteis da intimação do ato. prejuízo do sistema de controle interno nela previsto.
§ 1º A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas "a", § 1ºQualquer licitante, contratado ou pessoa física ou
"b", "c" e "e", deste artigo, excluídos os relativos a advertência jurídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos
e multa de mora, e no inciso III, será feita mediante publicação órgãos integrantes do sistema de controle interno contra
na imprensa oficial, salvo para os casos previstos nas alíneas irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do disposto
"a" e "b", se presentes os prepostos dos licitantes no ato em neste artigo.
que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita por § 2º Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do
comunicação direta aos interessados e lavrada em ata. sistema de controle interno poderão solicitar para exame, até
§ 2º O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das
deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade propostas, cópia de edital de licitação já publicado, obrigando-
competente, motivadamente e presentes razões de interesse se os órgãos ou entidades da Administração interessada à
público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos adoção de medidas corretivas pertinentes que, em função
demais recursos. desse exame, lhes forem determinadas.
§ 3º Interposto, o recurso será comunicado aos demais
licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré-
úteis. qualificação de licitantes nas concorrências, a ser procedida
§ 4º O recurso será dirigido à autoridade superior, por sempre que o objeto da licitação recomende análise mais
intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá detida da qualificação técnica dos interessados.
reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, § 1º A adoção do procedimento de pré-qualificação será
nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, feita mediante proposta da autoridade competente, aprovada
devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo pela imediatamente superior.
de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob § 2º Na pré-qualificação serão observadas as exigências
pena de responsabilidade. desta Lei relativas à concorrência, à convocação dos
§ 5º Nenhum prazo de recurso, representação ou pedido interessados, ao procedimento e à análise da documentação.
de reconsideração se inicia ou corre sem que os autos do
processo estejam com vista franqueada ao interessado. Art. 115. Os órgãos da Administração poderão expedir
§ 6º Em se tratando de licitações efetuadas na modalidade normas relativas aos procedimentos operacionais a serem
de "carta convite" os prazos estabelecidos nos incisos I e II e observados na execução das licitações, no âmbito de sua
no parágrafo 3o deste artigo serão de dois dias úteis. competência, observadas as disposições desta Lei.
Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo,
Capítulo VI após aprovação da autoridade competente, deverão ser
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS publicadas na imprensa oficial.

Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Lei, Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que
excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento, e couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos

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congêneres celebrados por órgãos e entidades da Art. 118. Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as
Administração. entidades da administração indireta deverão adaptar suas
§ 1º A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos normas sobre licitações e contratos ao disposto nesta Lei.
órgãos ou entidades da Administração Pública depende de
prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas e
pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, fundações públicas e demais entidades controladas direta ou
as seguintes informações: indiretamente pela União e pelas entidades referidas no artigo
I - identificação do objeto a ser executado; anterior editarão regulamentos próprios devidamente
II - metas a serem atingidas; publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei.
III - etapas ou fases de execução; Parágrafo único. Os regulamentos a que se refere este
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros; artigo, no âmbito da Administração Pública, após aprovados
V - cronograma de desembolso; pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem os respectivos órgãos, sociedades e entidades, deverão ser
assim da conclusão das etapas ou fases programadas; publicados na imprensa oficial.
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de
engenharia, comprovação de que os recursos próprios para Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser
complementar a execução do objeto estão devidamente anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará
assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair publicar no Diário Oficial da União, observando como limite
sobre a entidade ou órgão descentralizador. superior a variação geral dos preços do mercado, no período.
§ 2º Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador
dará ciência do mesmo à Assembleia Legislativa ou à Câmara Art. 121. O disposto nesta Lei não se aplica às licitações
Municipal respectiva. instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua
§ 3º As parcelas do convênio serão liberadas em estrita vigência, ressalvado o disposto no art. 57, nos parágrafos 1o, 2o
conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto nos e 8o do art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim o disposto no
casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o "caput" do art. 5o, com relação ao pagamento das obrigações
saneamento das impropriedades ocorrentes: na ordem cronológica, podendo esta ser observada, no prazo
I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular de noventa dias contados da vigência desta Lei,
aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma da separadamente para as obrigações relativas aos contratos
legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de regidos por legislação anterior à Lei no 8.666, de 21 de junho
fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade ou de 1993.
órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão Parágrafo único. Os contratos relativos a imóveis do
competente do sistema de controle interno da Administração patrimônio da União continuam a reger-se pelas disposições
Pública; do Decreto-lei no 9.760, de 5 de setembro de 1946, com suas
II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos alterações, e os relativos a operações de crédito interno ou
recursos, atrasos não justificados no cumprimento das etapas externo celebrados pela União ou a concessão de garantia do
ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios Tesouro Nacional continuam regidos pela legislação
fundamentais de Administração Pública nas contratações e pertinente, aplicando-se esta Lei, no que couber.
demais atos praticados na execução do convênio, ou o
inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas Art. 122. Nas concessões de linhas aéreas, observar-se-á
conveniais básicas; procedimento licitatório específico, a ser estabelecido no
III - quando o executor deixar de adotar as medidas Código Brasileiro de Aeronáutica.
saneadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos
ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno. Art. 123. Em suas licitações e contratações
§ 4º Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão administrativas, as repartições sediadas no exterior
obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança de observarão as peculiaridades locais e os princípios básicos
instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igual desta Lei, na forma de regulamentação específica.
ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de
curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em Art. 124. Aplicam-se às licitações e aos contratos para
títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos permissão ou concessão de serviços públicos os dispositivos
verificar-se em prazos menores que um mês. desta Lei que não conflitem com a legislação específica sobre o
§ 5º As receitas financeiras auferidas na forma do assunto.
parágrafo anterior serão obrigatoriamente computadas a Parágrafo único. As exigências contidas nos incisos II a IV
crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de do § 2o do art. 7o serão dispensadas nas licitações para
sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específico concessão de serviços com execução prévia de obras em que
que integrará as prestações de contas do ajuste. não foram previstos desembolso por parte da Administração
§ 6º Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção Pública concedente.
do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros
remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à
entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo Art. 126. Revogam-se as disposições em contrário,
improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da especialmente os Decretos-leis nos 2.300, de 21 de novembro
imediata instauração de tomada de contas especial do de 1986, 2.348, de 24 de julho de 1987, 2.360, de 16 de
responsável, providenciada pela autoridade competente do setembro de 1987, a Lei no 8.220, de 4 de setembro de 1991, e
órgão ou entidade titular dos recursos. o art. 83 da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966.

Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações Brasília, 21 de junho de 1993, 172o da Independência e
realizados pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e 105o da República.
do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que
couber, nas três esferas administrativas. ITAMAR FRANCO

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III – dos autos do procedimento constarão a justificativa


das definições referidas no inciso I deste artigo e os
Lei n.º 10.520/2002. indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem
apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou
entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem
Criado pela Lei n. 10.520/2002 (após conversão da MP n. licitados; e
2.182-18/2001), o pregão é a modalidade de licitação válida IV – a autoridade competente designará, dentre os
para todas as esferas federativas e utilizada para contratação servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o
de bens e serviços comuns.32 pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui,
Nos termos do art. 1º, parágrafo único, da Lei n. dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise
10.520/2002, consideram-se bens e serviços comuns, de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a
independentemente de valor, aqueles cujos padrões de habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos vencedor”.
pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. Pelo disposto no § 1º do art. 3º, a equipe de apoio deverá
Como a utilização da concorrência leva em consideração ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de
basicamente o valor do objeto e, no pregão, importa sobretudo cargo efetivo ou emprego da administração,
a natureza daquilo que será contratado, é comum comparar as preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do
duas modalidades afirmando: na concorrência, interessa a órgão ou entidade promotora do evento.
quantidade do objeto, independentemente da qualidade; Já a fase externa do pregão será iniciada com a
enquanto, no pregão, importa a qualidade, convocação dos interessados e observará as seguintes regras
independentemente da quantidade. (art. 4º):
Em princípio, o uso do pregão é opcional, podendo sempre “I – a convocação dos interessados será efetuada por meio
a Administração optar pelo emprego de outra modalidade de publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente
licitatória apropriada em função do valor do objeto. federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e
A característica fundamental do procedimento do pregão é facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o vulto da
a inversão nas fases naturais da licitação. Isso porque, como licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do
visto nas regras acima transcritas, o julgamento das propostas regulamento;
antecede a habilitação dos licitantes. II – do aviso constarão a definição do objeto da licitação, a
Essa inversão relaciona-se com o objetivo essencial do indicação do local, dias e horários em que poderá ser lida ou
pregão: propiciar economia de tempo e de dinheiro para o obtida a íntegra do edital;
Poder Público. Assim, após a fase dos lances verbais III – do edital o objeto do certame, as normas que
decrescentes, analisa-se a documentação somente de quem disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato, quando
ofertou o menor lance, devolvendo-se, fechados, os envelopes for o caso;
com documentos de habilitação dos demais licitantes. IV – cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas
Importante frisar que a referida inversão de fases agora à disposição de qualquer pessoa para consulta e divulgadas;
também é permitida nas concorrências que antecedem a V – o prazo fixado para a apresentação das propostas,
concessão de serviços públicos e nas que precedem parcerias contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a 8
público -privadas. (oito) dias úteis;
Além disso, ao contrário do que ocorre com as demais VI – no dia, hora e local designados, será realizada sessão
modalidades, no pregão a homologação é realizada após a pública para recebimento das propostas, devendo o
adjudicação. interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for o
Portanto, as etapas do pregão são: caso, comprovar a existência dos necessários poderes para
a) instrumento convocatório; formulação de propostas e para a prática de todos os demais
b) julgamento (classificação); atos inerentes ao certame;
c) habilitação; VII – aberta a sessão, os interessados ou seus
d) adjudicação; representantes, apresentarão declaração dando ciência de que
e) homologação. cumprem plenamente os requisitos de habilitação e
entregarão os envelopes contendo a indicação do objeto e do
Modalidades preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à
verificação da conformidade das propostas com os requisitos
O art. 2º da Lei n. 10.520/2002 prevê duas modalidades de estabelecidos no instrumento convocatório;
pregão: o convencional (presencial) e o eletrônico. VIII – no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais
baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento)
Procedimento do pregão superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e
sucessivos, até a proclamação do vencedor;
Os arts. 3º e 4º da Lei n. 10.520/2002 dividem o IX – não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições
procedimento do pregão em fase preparatória e fase externa. definidas no inciso anterior, poderão os autores das melhores
A fase preparatória observará as seguintes regras (art. 3º): propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances
“I – a autoridade competente justificará a necessidade de verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de oferecidos;
habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções X – para julgamento e classificação das propostas, será
por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com adotado o critério de menor preço, observados os prazos
fixação dos prazos para fornecimento; máximos para fornecimento, as especificações técnicas e
II – a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no
clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes edital;
ou desnecessárias, limitem a competição;

32Alexandre Mazza, Manual de Direito Administrativo, 4ª edição, editora São


Paulo: Saraiva, 2014

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XI – examinada a proposta classificada em primeiro lugar, Será realizado o credenciamento perante o provedor do
quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir sistema eletrônico de todos os participantes do pregão
motivadamente a respeito da sua aceitabilidade; realizado antes da abertura da sessão pública, através do
XII – encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, portal.
o pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo os A obtenção da chave de identificação e senha de acesso
documentos de habilitação do licitante que apresentou a também se dará por via eletrônica.
melhor proposta, para verificação do atendimento das Como não se trata de pregão presencial, não que se falar
condições fixadas no edital; em envelopes de propostas e de documentação. As propostas
XIII – a habilitação far-se-á com a verificação de que o de preços serão encaminhadas exclusivamente por meio
licitante está em situação regular perante a Fazenda Nacional, eletrônico.
a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
– FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o Pregão Presencial
caso, com a comprovação de que atende às exigências do edital
quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e No pregão presencial os licitantes podem estar fisicamente
econômico -financeira; presentes, em uma determinada sessão, cujo os
XIV – os licitantes poderão deixar de apresentar os procedimentos são realizados.
documentos de habilitação que já constem do Sistema de No pregão presencial o julgamento das propostas deve ser
Cadastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf e sistemas feito anteriormente à fase da habilitação, permitindo que os
semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou licitantes ou parte deles renovem suas propostas de forma
Municípios, assegurado aos demais licitantes o direito de oral.
acesso aos dados nele constantes;
XV – verificado o atendimento das exigências fixadas no Vejamos o que dispõe a Lei:
edital, o licitante será declarado vencedor;
XVI – se a oferta não for aceitável ou se o licitante LEI N° 10.520, DE 17 DE JULHO DE 200233
desatender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará
as ofertas subsequentes e a qualificação dos licitantes, na Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e
ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição
de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para
declarado vencedor; aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.
XVII – nas situações previstas nos itens XI e XVI, o
pregoeiro poderá negociar diretamente com o proponente Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser
para que seja obtido preço melhor; adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida
XVIII – declarado o vencedor, qualquer licitante poderá por esta Lei.34
manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer, Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns,
quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de
apresentação das razões do recurso, ficando os demais desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos
licitantes desde logo intimados para apresentar contrarrazões pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
em igual número de dias, que começarão a correr do término
do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata Art. 2º (VETADO)
dos autos; § 1º Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de
XIX – o acolhimento de recurso importará a invalidação recursos de tecnologia da informação, nos termos de
apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento; regulamentação específica.
XX – a falta de manifestação imediata e motivada do § 2º Será facultado, nos termos de regulamentos próprios da
licitante importará a decadência do direito de recurso e a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a participação de
adjudicação do objeto da licitação pelo pregoei ro ao vencedor; bolsas de mercadorias no apoio técnico e operacional aos órgãos
XXI – decididos os recursos, a autoridade competente fará e entidades promotores da modalidade de pregão, utilizando-se
a adjudicação do objeto da licitação ao licitante vencedor; de recursos de tecnologia da informação.
XXII – homologada a licitação pela autoridade competente, § 3º As bolsas a que se referem o § 2o deverão estar
o adjudicatário será convocado para assinar o contrato no organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins lucrativos
prazo definido em edital; e XXIII – se o licitante vencedor, e com a participação plural de corretoras que operem sistemas
convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não eletrônicos unificados de pregões.
celebrar o contrato, aplicar -se -á o disposto no item XVI”. Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte:
XXIII – se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo I - a autoridade competente justificará a necessidade de
de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, aplicar - contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de
se -á o disposto no item XVI”. habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções
por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com
Pregão Eletrônico fixação dos prazos para fornecimento;
II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e
O pregão eletrônico dispensa a presença física dos clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou
participantes em local estabelecido, uma vez que é feito pela desnecessárias, limitem a competição;
Internet. III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das
Poderão ser utilizadas Bolsas de Mercadorias para a parte definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis
operacional e apoio técnico, conduzido pelo órgão promotor elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como
da licitação. o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da
O objeto são bens e serviços comuns e o tipo é o menor licitação, dos bens ou serviços a serem licitados; e
preço IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores
do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e

33 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10520.htm 34Alexandre Mazza, Manual de Direito Administrativo, 4ª edição, editora São
acesso em 01.04.2019 Paulo: Saraiva, 2014

Direito Administrativo 91
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respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, com a comprovação de que atende às exigências do edital
o recebimento das propostas e lances, a análise de sua quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e
aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a econômico-financeira;
adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor. XIV - os licitantes poderão deixar de apresentar os
§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria documentos de habilitação que já constem do Sistema de
por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Cadastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf e sistemas
administração, preferencialmente pertencentes ao quadro semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou
permanente do órgão ou entidade promotora do evento. Municípios, assegurado aos demais licitantes o direito de acesso
§ 2º No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de aos dados nele constantes;
pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser XV - verificado o atendimento das exigências fixadas no
desempenhadas por militares edital, o licitante será declarado vencedor;
XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas
convocação dos interessados e observará as seguintes regras: subsequentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de
I - a convocação dos interessados será efetuada por meio de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma
publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente federado que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante declarado
ou, não existindo, em jornal de circulação local, e vencedor;
facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o vulto da XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro
licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do poderá negociar diretamente com o proponente para que seja
regulamento de que trata o art. 2º; obtido preço melhor;
II - do aviso constarão a definição do objeto da licitação, a XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá
indicação do local, dias e horários em que poderá ser lida ou manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer,
obtida a íntegra do edital; quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para
III - do edital constarão todos os elementos definidos na apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes
forma do inciso I do art. 3º, as normas que disciplinarem o desde logo intimados para apresentar contrarrazões em igual
procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso; número de dias, que começarão a correr do término do prazo do
IV - cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas à recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos;
disposição de qualquer pessoa para consulta e divulgadas na XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação
forma da Lei no 9.755, de 16 de dezembro de 1998; apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento;
V - o prazo fixado para a apresentação das propostas, XX - a falta de manifestação imediata e motivada do licitante
contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a 8 importará a decadência do direito de recurso e a adjudicação do
(oito) dias úteis; objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor;
VI - no dia, hora e local designados, será realizada sessão XXI - decididos os recursos, a autoridade competente fará a
pública para recebimento das propostas, devendo o interessado, adjudicação do objeto da licitação ao licitante vencedor;
ou seu representante, identificar-se e, se for o caso, comprovar a XXII - homologada a licitação pela autoridade competente,
existência dos necessários poderes para formulação de o adjudicatário será convocado para assinar o contrato no
propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes ao prazo definido em edital; e
certame; XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de
VII - aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, validade da sua proposta, não celebrar o contrato, aplicar-se-á
apresentarão declaração dando ciência de que cumprem o disposto no inciso XVI.
plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os
envelopes contendo a indicação do objeto e do preço oferecidos, Art. 5º É vedada a exigência de:
procedendo-se à sua imediata abertura e à verificação da I - garantia de proposta;
conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no II - aquisição do edital pelos licitantes, como condição para
instrumento convocatório; participação no certame; e
VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes
baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento) a fornecimento do edital, que não serão superiores ao custo de
superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de
sucessivos, até a proclamação do vencedor; tecnologia da informação, quando for o caso.
IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições
definidas no inciso anterior, poderão os autores das melhores Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60
propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances (sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital.
verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos;
X - para julgamento e classificação das propostas, será Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua
adotado o critério de menor preço, observados os prazos proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou
máximos para fornecimento, as especificações técnicas e apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar
parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a
edital; proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato,
XI - examinada a proposta classificada em primeiro lugar, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará
quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito
motivadamente a respeito da sua aceitabilidade; Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos
XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o
o pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo os inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos,
documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das
proposta, para verificação do atendimento das condições demais cominações legais.
fixadas no edital;
XIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o Art. 8º Os atos essenciais do pregão, inclusive os decorrentes
licitante está em situação regular perante a Fazenda Nacional, de meios eletrônicos, serão documentados no processo
a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço respectivo, com vistas à aferição de sua regularidade pelos
- FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso,

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agentes de controle, nos termos do regulamento previsto no art. dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise
2º. de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a
habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante
Art. 9º Aplicam-se subsidiariamente, para a modalidade de vencedor
pregão, as normas da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. (A) Estão corretas as afirmativas I, II e III apenas
(B) Estão corretas as afirmativas I, II, III e IV
Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com base na (C) Estão corretas as afirmativas I, II e IV apenas
Medida Provisória nº 2.182-18, de 23 de agosto de 2001. (D) Estão corretas as afirmativas II e III apenas
(E) Estão corretas as afirmativas I e III apenas
Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços
comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e 02. (UFT - Assistente em Administração – COPESE-
dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de registro de UFT/2017). Considerando a Lei n° 10.520/2002 (Lei do
preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de Pregão), assinale a alternativa CORRETA.
1993, poderão adotar a modalidade de pregão, conforme (A) O prazo de validade das propostas será de 180 (cento
regulamento específico. e oitenta) dias, se outro não estiver fixado no edital.
Art. 12. A Lei nº 10.191, de 14 de fevereiro de 2001, passa a (B) Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua
vigorar acrescida do seguinte artigo: proposta, não celebrar o contrato, ficará impedido de licitar e
contratar com a União pelo prazo de 02 (dois) anos, mas
“Art. 2-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os mantendo-se o registro no SICAF.
Municípios poderão adotar, nas licitações de registro de preços (C) Os atos essenciais do pregão, inclusive os decorrentes
destinadas à aquisição de bens e serviços comuns da área da de meios eletrônicos, serão documentados no processo
saúde, a modalidade do pregão, inclusive por meio eletrônico, respectivo, com vistas à aferição de sua regularidade pelos
observando-se o seguinte: agentes de controle.
I - são considerados bens e serviços comuns da área da (D) Quando a Administração Pública adotar a modalidade
saúde, aqueles necessários ao atendimento dos órgãos que do pregão, ao certame não serão aplicados os princípios da Lei
integram o Sistema Único de Saúde, cujos padrões de n° 8.666/1993 (Lei de Licitações).
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no
edital, por meio de especificações usuais do mercado. 03. (UFT - Assistente em Administração - COPESE -
II - quando o quantitativo total estimado para a contratação UFT/2017). Considerando a Lei n° 10.520/2002 (Lei do
ou fornecimento não puder ser atendido pelo licitante vencedor, Pregão), assinale a alternativa INCORRETA.
admitir-se-á a convocação de tantos licitantes quantos forem (A) Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser
necessários para o atingimento da totalidade do quantitativo, adotada a licitação na modalidade de pregão.
respeitada a ordem de classificação, desde que os referidos (B) Consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos
licitantes aceitem praticar o mesmo preço da proposta padrões de desempenho e qualidade possam ser
vencedora. objetivamente definidos pelo edital, por meio de
III - na impossibilidade do atendimento ao disposto no inciso especificações usuais no mercado.
II, excepcionalmente, poderão ser registrados outros preços (C) Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de
diferentes da proposta vencedora, desde que se trate de objetos recursos de tecnologia da informação, nos termos de
de qualidade ou desempenho superior, devidamente justificada regulamentação específica.
e comprovada a vantagem, e que as ofertas sejam em valor (D) No sistema de pregão poderá ser exigido pela
inferior ao limite máximo admitido.” Administração Pública que o licitante apresente garantia de
proposta e aquisição do edital como condição para participar
Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. do certame.

Brasília, 17 de julho de 2002; 181º da Independência e 114º da 04. (Prefeitura de Barbacena/MG - Agente
República. Administrativo – FCM/2016). À luz da Lei n.º 10.520/02, a
qual dispõe acerca da modalidade de licitação denominada
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO pregão
(A) poderão ser adotados os critérios de menor preço ou,
Questões melhor técnica, para julgamento e classificação das propostas.
(B) o licitante, vencedor do pregão, tem até 05 (cinco) dias
01. (EBSERH - Contabilidade – IBFC/2017). Com base no úteis, após a assinatura do contrato, para desistir da
artigo 3º da Lei do Pregão, a fase preparatória do pregão contratação, sem que lhe sejam aplicadas penalidades.
observará o seguinte: (C) haverá duas fases recursais distintas no curso do
I. A autoridade competente justificará a necessidade de pregão, uma correspondente à etapa de habilitação e outra
contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de correspondente à etapa de classificação das propostas.
habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções (D) consideram-se bens e serviços comuns, aqueles cujos
por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com padrões de desempenho e qualidade possam ser
fixação dos prazos para fornecimento. objetivamente definidos pelo edital, por meio de
II. A definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e especificações usuais no mercado.
clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes
ou desnecessárias, limitem a competição. 05. (Câmara de Marília/SP - Procurador Jurídico -
III. Dos autos do procedimento constarão a justificativa das VUNESP/2016). Disciplina a Lei n° 10.520/02 a licitação na
definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis modalidade pregão, que poderá ser adotada para aquisição de
elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem bens e serviços comuns, nos termos que estabelece. A respeito
como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade do que dispõe referido diploma legal, é correto afirmar que
promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem licitados. (A) a autoridade competente, na fase externa do pregão,
IV. A autoridade competente designará, dentre os justificará a necessidade de contratação e definirá o objeto do
servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação
pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas

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do contrato, inclusive com fixação dos prazos para


fornecimento.
(B) a fase preparatória do pregão será iniciada com a
convocação dos interessados que será efetuada por meio de
publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente
federado.
(C) quem, convocado dentro do prazo de validade da sua
proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou
apresentar documentação falsa exigida para o certame, ficará
impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito
Federal ou Municípios pelo prazo de até 10 anos, sem prejuízo
das multas previstas em edital e no contrato e das demais
cominações legais.
(D) declarado o vencedor, qualquer licitante poderá
manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer,
quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para
apresentação das razões do recurso, ficando os demais
licitantes desde logo intimados para apresentar contrarrazões
em igual número de dias, que começarão a correr do término
do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata
dos autos.
(E) é permitida, nessa modalidade de licitação, a garantia
de proposta e a aquisição do edital pelos licitantes, como
condição para participação no certame.

Gabarito

01. B/ 02. C/ 03. D/ 04. D/ 05. D

Anotações

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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Art. 4º - Os conceitos e definições estabelecidos para os


efeitos deste Código são os constantes do Anexo I.

CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
Seção I
Disposições Gerais

Art. 5º - O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de


Código de Trânsito órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e
Brasileiro: Lei nº 9.503, de 23 dos Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades
de planejamento, administração, normalização, pesquisa,
de setembro de 1997 com registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e
alterações até a data de reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do
publicação do edital. sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de
infrações e de recursos e aplicação de penalidades.

Art. 6º - São objetivos básicos do Sistema Nacional de


LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 19971 Trânsito:
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa
ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso cumprimento;
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização
de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a
CAPÍTULO I execução das atividades de trânsito;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de
informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de
Art. 1º - O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.
do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este
Código. Seção II
§ 1º - Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, Da Composição e da Competência do Sistema Nacional
veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, de Trânsito
para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de
carga ou descarga. Art. 7º - Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os
§ 2º - O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos seguintes órgãos e entidades:
e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador
Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o
direito. Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE,
§ 3º - Os órgãos e entidades componentes do Sistema órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União,
competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União,
de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
direito do trânsito seguro. V - a Polícia Rodoviária Federal;
§ 4º - (VETADO) VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
§ 5º - Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações -
Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à JARI.
defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-
ambiente. Art. 7º-A. A autoridade portuária ou a entidade
concessionária de porto organizado poderá celebrar convênios
Art. 2º - São vias terrestres urbanas e rurais, as ruas, as com os órgãos previstos no art. 7º, com a interveniência dos
avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas Municípios e Estados, juridicamente interessados, para o fim
e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou específico de facilitar a autuação por descumprimento da
entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as legislação de trânsito.
peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. § 1º O convênio valerá para toda a área física do porto
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são organizado, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados, nas
consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação estações de transbordo, nas instalações portuárias públicas de
pública, as vias internas pertencentes aos condomínios pequeno porte e nos respectivos estacionamentos ou vias de
constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de trânsito internas.
estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. § 2º (VETADO)
§ 3º (VETADO)
Art. 3º - As disposições deste Código são aplicáveis a
qualquer veículo, bem como aos proprietários, condutores dos Art. 8º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele organizarão os respectivos órgãos e entidades executivos de
expressamente mencionadas.

1 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9503.htm.


Acesso em: 02.04.2019 às 9h

Conhecimentos Específicos 1
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trânsito e executivos rodoviários, estabelecendo os limites Art. 13 - As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados
circunscricionais de suas atuações. ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como
objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico
Art. 9º - O Presidente da República designará o ministério sobre assuntos específicos para decisões daquele colegiado.
ou órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima § 1º - Cada Câmara é constituída por especialistas
do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o representantes de órgãos e entidades executivos da União, dos
CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de trânsito Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em igual
da União. número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, além de
especialistas representantes dos diversos segmentos da
Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sociedade relacionados com o trânsito, todos indicados segundo
sede no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão regimento específico definido pelo CONTRAN e designados pelo
máximo executivo de trânsito da União, tem a seguinte ministro ou dirigente coordenador máximo do Sistema Nacional
composição: de Trânsito.
I - (VETADO) § 2º - Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo
II - (VETADO) anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem
III - um representante do Ministério da Ciência e Tecnologia; atender aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN.
IV - um representante do Ministério da Educação e do § 3º - Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão
Desporto; eleitos pelos respectivos membros.
V - um representante do Ministério do Exército;
VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente e da Art. 14 - Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito -
Amazônia Legal; CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal -
VII - um representante do Ministério dos Transportes; CONTRANDIFE:
VIII ao XIX - (VETADOS) I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
XX - um representante do ministério ou órgão coordenador trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
máximo do Sistema Nacional de Trânsito; II - elaborar normas no âmbito das respectivas
XXI - (VETADO) competências;
XXII - um representante do Ministério da Saúde. III - responder a consultas relativas à aplicação da
XXIII - 1 (um) representante do Ministério da Justiça. legislação e dos procedimentos normativos de trânsito;
XXIV - 1 (um) representante do Ministério do IV - estimular e orientar a execução de campanhas
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; educativas de trânsito;
XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de V - julgar os recursos interpostos contra decisões:
Transportes Terrestres (ANTT). a) das JARI;
b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de
Art. 11 - (VETADO) inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão física,
mental ou psicológica;
Art. 12 - Compete ao CONTRAN: VI - indicar um representante para compor a comissão
I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste examinadora de candidatos portadores de deficiência física à
Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; habilitação para conduzir veículos automotores;
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, VII - (VETADO)
objetivando a integração de suas atividades; VIII - acompanhar e coordenar as atividades de
III - (VETADO) administração, educação, engenharia, fiscalização,
IV - criar Câmaras Temáticas; policiamento ostensivo de trânsito, formação de condutores,
V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o registro e licenciamento de veículos, articulando os órgãos do
funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE; Sistema no Estado, reportando-se ao CONTRAN;
VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI; IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas trânsito no âmbito dos Municípios; e
contidas neste Código e nas resoluções complementares; X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para a exigências definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333.
aplicação das multas por infrações, a arrecadação e o repasse XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese de
dos valores arrecadados; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de reavaliação dos exames, junta especial de saúde para examinar
2016) os candidatos à habilitação para conduzir veículos automotores.
IX - responder às consultas que lhe forem formuladas, Parágrafo único - Dos casos previstos no inciso V, julgados
relativas à aplicação da legislação de trânsito; pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa.
X - normalizar os procedimentos sobre a aprendizagem,
habilitação, expedição de documentos de condutores, e registro Art. 15 - Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
e licenciamento de veículos; nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de respectivamente, e deverão ter reconhecida experiência em
sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito; matéria de trânsito.
XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões das § 1º - Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
instâncias inferiores, na forma deste Código; nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre respectivamente.
conflitos de competência ou circunscrição, ou, quando § 2º - Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE deverão
necessário, unificar as decisões administrativas; e ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito.
XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de § 3º - O mandato dos membros do CETRAN e do
trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal. CONTRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução.
XV - normatizar o processo de formação do candidato à
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, estabelecendo Art. 16 - Junto a cada órgão ou entidade executivos de
seu conteúdo didático-pedagógico, carga horária, avaliações, trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de
exames, execução e fiscalização. (Incluído pela Lei nº 13.281, de Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis
2016)

Conhecimentos Específicos 2
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pelo julgamento dos recursos interpostos contra penalidades condutores, mantendo o fluxo permanente de informações com
por eles impostas. os demais órgãos do Sistema;
Parágrafo único - As JARI têm regimento próprio, XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes do
observado o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as
administrativo e financeiro do órgão ou entidade junto ao qual diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a implementação de
funcionem. programas de educação de trânsito nos estabelecimentos de
ensino;
Art. 17 - Compete às JARI: XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; educação de trânsito;
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
executivos rodoviários informações complementares relativas trânsito;
aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e
recorrida; entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de aprovação do CONTRAN, a complementação ou alteração da
trânsito e executivos rodoviários informações sobre problemas sinalização e dos dispositivos e equipamentos de trânsito;
observados nas autuações e apontados em recursos, e que se XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os
repitam sistematicamente. manuais e normas de projetos de implementação da sinalização,
dos dispositivos e equipamentos de trânsito aprovados pelo
Art. 18 - (VETADO) CONTRAN;
XX – expedir a permissão internacional para conduzir
Art. 19 - Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da veículo e o certificado de passagem nas alfândegas mediante
União: delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo poder
execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN, público federal; (Redação dada pela lei nº 13.258, de 2016)
no âmbito de suas atribuições; XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos e congressos nacionais de trânsito, bem como propor a
órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da representação do Brasil em congressos ou reuniões
Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de internacionais;
Trânsito; XXII - propor acordos de cooperação com organismos
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações
Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o inerentes à segurança e educação de trânsito;
combate à violência no trânsito, promovendo, coordenando e XXIII - elaborar projetos e programas de formação,
executando o controle de ações para a preservação do treinamento e especialização do pessoal encarregado da
ordenamento e da segurança do trânsito; execução das atividades de engenharia, educação, policiamento
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de ostensivo, fiscalização, operação e administração de trânsito,
improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a propondo medidas que estimulem a pesquisa científica e o
administração pública ou privada, referentes à segurança do ensino técnico-profissional de interesse do trânsito, e
trânsito; promovendo a sua realização;
V - supervisionar a implantação de projetos e programas XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito
relacionados com a engenharia, educação, administração, interestadual e internacional;
policiamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as
uniformidade de procedimento; normas e requisitos de segurança veicular para fabricação e
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e montagem de veículos, consoante sua destinação;
habilitação de condutores de veículos, a expedição de XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do
documentos de condutores, de registro e licenciamento de código marca-modelo dos veículos para efeito de registro,
veículos; emplacamento e licenciamento;
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do
de Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do
Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos Estados e Sistema Nacional de Trânsito;
do Distrito Federal; XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito e
VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou órgão
de Habilitação - RENACH; coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito;
IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e
Automotores - RENAVAM; financeiro ao CONTRAN.
X - organizar a estatística geral de trânsito no território XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações
nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais de Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
órgãos e promover sua divulgação; § 1º - Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência
XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de
sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas do improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra
trânsito; a administração pública, o órgão executivo de trânsito da União,
XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à mediante aprovação do CONTRAN, assumirá diretamente ou
segurança e à educação de trânsito; por delegação, a execução total ou parcial das atividades do
XIII - coordenar a administração do registro das infrações órgão executivo de trânsito estadual que tenha motivado a
de trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no investigação, até que as irregularidades sejam sanadas.
prontuário do infrator, da arrecadação de multas e do repasse § 2º - O regimento interno do órgão executivo de trânsito da
de que trata o § 1º do art. 320; (Redação dada pela Lei nº 13.281, União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu
de 2016) funcionamento.
XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional de § 3º - Os órgãos e entidades executivos de trânsito e
Trânsito informações sobre registros de veículos e de executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal

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e dos Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês a mês, os peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e
dados estatísticos para os fins previstos no inciso X. arrecadar as multas que aplicar;
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95,
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
Art. 20 - Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito previstas;
das rodovias e estradas federais: X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de e do Programa Nacional de Trânsito;
trânsito, no âmbito de suas atribuições; XI - promover e participar de projetos e programas de
II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas
operações relacionadas com a segurança pública, com o objetivo pelo CONTRAN;
de preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
da União e o de terceiros; Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os valores unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, animais e transferências de veículos e de prontuários de condutores de
escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas; uma para outra unidade da Federação;
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas; produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de específicas dos órgãos ambientais locais, quando solicitado;
veículos, escolta e transporte de carga indivisível; XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas serem observados para a circulação desses veículos.
emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais
relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de Art. 22 - Compete aos órgãos ou entidades executivos de
construções e instalações não autorizadas; trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre circunscrição:
acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
rodoviário federal; II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação,
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores,
Segurança e Educação de Trânsito; expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para
IX - promover e participar de projetos e programas de Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação
educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas do órgão federal competente;
pelo CONTRAN; III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de segurança
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema veicular, registrar emplacar, selar a placa, e licenciar veículos,
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento Anual,
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à mediante delegação do órgão federal competente;
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as
transferências de veículos e de prontuários de condutores de diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
uma para outra unidade da Federação; V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas neste
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI e VIII do
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando art. 24, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito;
solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais. VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste
Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VIII
Art. 21 - Compete aos órgãos e entidades executivos do art. 24, notificando os infratores e arrecadando as multas que
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos aplicar;
Municípios, no âmbito de sua circunscrição: VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de veículos e objetos;
trânsito, no âmbito de suas atribuições; VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento da
veículos, de pedestres e de animais, e promover o Carteira Nacional de Habilitação;
desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os acidentes de trânsito e suas causas;
dispositivos e os equipamentos de controle viário; X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de atividades previstas na legislação de trânsito, na forma
trânsito e suas causas; estabelecida em norma do CONTRAN;
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento XI - implementar as medidas da Política Nacional de
ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
policiamento ostensivo de trânsito; XII - promover e participar de projetos e programas de
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes
penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e estabelecidas pelo CONTRAN;
medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores e XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
arrecadando as multas que aplicar; Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
superdimensionadas ou perigosas; transferências de veículos e de prontuários de condutores de
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas uma para outra unidade da Federação;
administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de

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XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsito XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito
e executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais dos e do Programa Nacional de Trânsito;
veículos registrados e dos condutores habilitados, para fins de XV - promover e participar de projetos e programas de
imposição e notificação de penalidades e de arrecadação de educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes
multas nas áreas de suas competências; estabelecidas pelo CONTRAN;
XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído XVI - planejar e implantar medidas para redução da
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de circulação de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando de diminuir a emissão global de poluentes;
solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais locais; XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos
XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando,
de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN. autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas
decorrentes de infrações;(Redação dada pela Lei nº 13.154, de
Art. 23 - Compete às Polícias Militares dos Estados e do 2015)
Distrito Federal: XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de
I - (VETADO) propulsão humana e de tração animal;
II - (VETADO) XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional
III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN;
convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executivos XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
os demais agentes credenciados; acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações
específicas de órgão ambiental local, quando solicitado;
Art. 24 - Compete aos órgãos e entidades executivos de XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização
trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de serem observados para a circulação desses veículos.
trânsito, no âmbito de suas atribuições; § 1º - As competências relativas a órgão ou entidade
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de municipal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou
veículos, de pedestres e de animais, e promover o entidade executivos de trânsito.
desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; § 2º - Para exercer as competências estabelecidas neste
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional
dispositivos e os equipamentos de controle viário; de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste Código.
IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os
acidentes de trânsito e suas causas; Art. 25 - Os órgãos e entidades executivos do Sistema
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as
ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo atividades previstas neste Código, com vistas à maior eficiência
de trânsito; e à segurança para os usuários da via.
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, Parágrafo único - Os órgãos e entidades de trânsito poderão
edificações de uso público e edificações privadas de uso coletivo, prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e
autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis e as monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante
penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de prazo a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimento dos
circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, no custos apropriados.
exercício regular do poder de polícia de trânsito, notificando os
infratores e arrecadando as multas que aplicar, exercendo Questões
iguais atribuições no âmbito de edificações privadas de uso
coletivo, somente para infrações de uso de vagas reservadas em 01. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de
estacionamentos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Transportes Urbanos - Pref. RJ/2016) De acordo com o
VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e Código Brasileiro de Trânsito (DENATRAN, 2008), um dos
multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito consiste em:
previstas neste Código, notificando os infratores e arrecadando (A) estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
as multas que aplicar; com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu
administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de cumprimento
peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e (B) zelar pela uniformidade e cumprimento das normas
arrecadar as multas que aplicar; contidas no Código Brasileiro de Trânsito e nas resoluções
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, complementares
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele (C) dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
previstas; trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento (D) estimular e orientar a execução de campanhas
rotativo pago nas vias; educativas de trânsito
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas 02. (Emdec - Técnico em Mobilidade Urbana Jr -
superdimensionadas ou perigosas; IBFC/2016) Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar órgãos ou entidades relacionados abaixo, exceto o que está na
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de alternativa:
veículos, escolta e transporte de carga indivisível; (A) Conselho Nacional de Trânsito.
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema (B) Conselhos Estaduais de Trânsito.
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação (C) Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à (D) Conselho do Ministério dos Transportes.
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
transferências de veículos e de prontuários dos condutores de
uma para outra unidade da Federação;

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03. (Emdec - Controlador de Trânsito e Transporte Jr - Art. 27 - Antes de colocar o veículo em circulação nas vias
IBFC/2016) Leia as afirmativas a seguir tendo como base a lei públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas
que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro. condições de funcionamento dos equipamentos de uso
Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos obrigatório, bem como assegurar-se da existência de
Municípios, no âmbito de sua circunscrição: combustível suficiente para chegar ao local de destino.
I. Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
trânsito, no âmbito de suas atribuições. Art. 28 - O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de
II. Implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis
dispositivos e os equipamentos de controle viário. à segurança do trânsito.
III. Coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os
acidentes de trânsito e suas causas. Art. 29 - O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à
IV. Implantar, manter e operar sistema de estacionamento circulação obedecerá às seguintes normas:
rotativo pago nas vias. I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-
V. licenciar, na forma da legislação, veículos de tração e se as exceções devidamente sinalizadas;
propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autuando, II - o condutor deverá guardar distância de segurança
aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em
infrações. relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
Das afirmações apresentadas estão corretas: velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as
(A) Apenas I e IV. condições climáticas;
(B) Apenas II e III. III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem,
(C) Apenas I, III e V se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de
(D) I, II, III, IV e V. passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia,
04. (SURG - Agente de Trânsito - CONSULPAM) Segundo aquele que estiver circulando por ela;
o Código de Trânsito Brasileiro, compete aos órgãos e b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por
entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de ela;
sua circunscrição, à EXCEÇÃO de: c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
(A) registrar e licenciar, na forma da legislação, IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas
ciclomotores, veículos de tração e propulsão humana e de de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao
tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, quando
arrecadando multas decorrentes de infrações. não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda,
(B) realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de
aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores, maior velocidade;
expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos
Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia
do órgão federal competente. dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;
(C) registrar e licenciar, na forma da legislação, VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de
ciclomotores, veículos de tração e propulsão humana e de passagem, respeitadas as demais normas de circulação;
tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e
arrecadando multas decorrentes de infrações. salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de
(D) credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito,
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em
veículos, escolta e transporte de carga indivisível. serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos
regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha
intermitente, observadas as seguintes disposições:
05. (DETRAN/RJ - Todos os Cargos - EXATUS) O SNT é o
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a
conjunto de entidades da União, dos Estados, do Distrito
proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar
Federal e dos Municípios. O Sistema Nacional de Trânsito é
livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da
subordinado ao:
via e parando, se necessário;
(A) Ministério do Meio Ambiente. b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar
(B) Ministério da Saúde. no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver
(C) Ministério da Educação. passado pelo local;
(D) Ministério das Cidades. c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação
vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva
Gabarito prestação de serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá
01.A / 02.D / 03.D / 04.B / 05.D se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de
segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
CAPÍTULO III VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA pública, quando em atendimento na via, gozam de livre parada
e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
Art. 26 - Os usuários das vias terrestres devem: devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou estabelecida pelo CONTRAN;
obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá
ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas; ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, as demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando o
atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de
substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo. entrar à esquerda;
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma
ultrapassagem, certificar-se de que:

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a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma Parágrafo único - Entende-se por deslocamento lateral a
manobra para ultrapassá-lo; transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja esquerda e retornos.
indicado o propósito de ultrapassar um terceiro;
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa Art. 36 - O condutor que for ingressar numa via, procedente
extensão suficiente para que sua manobra não ponha em perigo de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos
ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário; veículos e pedestres que por ela estejam transitando.
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, Art. 37 - Nas vias providas de acostamento, a conversão à
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais
gesto convencional de braço; apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deverá
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com
tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança; segurança.
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de
trânsito de origem, acionando a luz indicadora de direção do Art. 38 - Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra
veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo
trânsito dos veículos que ultrapassou; possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão menor espaço possível;
preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o
normas de circulação. máximo possível de seu eixo ou da linha divisória da pista,
XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos
§ 1º - As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a dois sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de
e b do inciso X e a e b do inciso XI, aplicam-se à transposição um só sentido.
de faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda Parágrafo único - Durante a manobra de mudança de
como pela da direita. direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e
§ 2º - Respeitadas as normas de circulação e conduta ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela
estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de
maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos preferência de passagem.
menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela
incolumidade dos pedestres. Art. 39 - Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser
feita nos locais para isto determinados, quer por meio de
Art. 30 - Todo condutor, ao perceber que outro que o segue sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou,
tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se fluidez, observadas as características da via, do veículo, das
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se ciclistas.
naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
Parágrafo único - Os veículos mais lentos, quando em fila, Art. 40 - O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes
deverão manter distância suficiente entre si para permitir que determinações:
veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando
segurança. luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos de
iluminação pública e nas rodovias (Redação dada pela Lei nº
Art. 31 - O condutor que tenha o propósito de ultrapassar 13.290, de 2016);
um veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta,
embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por
com vistas à segurança dos pedestres. curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros
motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de
Art. 32 - O condutor não poderá ultrapassar veículos em ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a
vias com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em existência de risco à segurança para os veículos que circulam no
curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de sentido contrário;
nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de
quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem. posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes
Art. 33 - Nas interseções e suas proximidades, o condutor situações:
não poderá efetuar ultrapassagem. a) em imobilizações ou situações de emergência;
b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
Art. 34 - O condutor que queira executar uma manobra VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá
deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os acesa a luz de placa;
demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição
com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade. quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou
desembarque de passageiros e carga ou descarga de
Art. 35 - Antes de iniciar qualquer manobra que implique mercadorias.
um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu Parágrafo único - Os veículos de transporte coletivo
propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio regular de passageiros, quando circularem em faixas próprias a
da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de
convencional de braço. farol de luz baixa durante o dia e a noite.

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Art. 41 - O condutor de veículo só poderá fazer uso de se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e para
buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações: outros usuários da via.
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar Parágrafo único - O embarque e o desembarque devem
acidentes; ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir
a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. Art. 50 - O uso de faixas laterais de domínio e das áreas
adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de
Art. 42 - Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade com
veículo, salvo por razões de segurança. circunscrição sobre a via.

Art. 43 - Ao regular a velocidade, o condutor deverá Art. 51 - Nas vias internas pertencentes a condomínios
observar constantemente as condições físicas da via, do veículo constituídos por unidades autônomas, a sinalização de
e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade do regulamentação da via será implantada e mantida às expensas
trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade do condomínio, após aprovação dos projetos pelo órgão ou
estabelecidos para a via, além de: entidade com circunscrição sobre a via.
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em
circulação sem causa justificada, transitando a uma velocidade Art. 52 - Os veículos de tração animal serão conduzidos pela
anormalmente reduzida; direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles
deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem destinada, devendo seus condutores obedecer, no que couber, às
inconvenientes para os outros condutores, a não ser que haja normas de circulação previstas neste Código e às que vierem a
perigo iminente; ser fixadas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária
e a sinalização devida, a manobra de redução de velocidade. Art. 53 - Os animais isolados ou em grupos só podem
circular nas vias quando conduzidos por um guia, observado o
Art. 44 - Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, seguinte:
o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser
transitando em velocidade moderada, de forma que possa deter divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns dos
seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a outros por espaços suficientes para não obstruir o trânsito;
veículos que tenham o direito de preferência. II - os animais que circularem pela pista de rolamento
deverão ser mantidos junto ao bordo da pista;
Art. 45 - Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe
seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma interseção Art. 54 - Os condutores de motocicletas, motonetas e
se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na ciclomotores só poderão circular nas vias:
área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos
trânsito transversal. protetores;
II - segurando o guidom com as duas mãos;
Art. 46 - Sempre que for necessária a imobilização III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
temporária de um veículo no leito viário, em situação de especificações do CONTRAN.
emergência, deverá ser providenciada a imediata sinalização de
advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN. Art. 55 - Os passageiros de motocicletas, motonetas e
ciclomotores só poderão ser transportados:
Art. 47 - Quando proibido o estacionamento na via, a I - utilizando capacete de segurança;
parada deverá restringir-se ao tempo indispensável para II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento
embarque ou desembarque de passageiros, desde que não suplementar atrás do condutor;
interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
pedestres. especificações do CONTRAN.
Parágrafo único - A operação de carga ou descarga será
regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre Art. 56 - (VETADO)
a via e é considerada estacionamento.
Art. 57 - Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita
Art. 48 - Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos da pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa
estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que não
fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, proibida
calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas
sinalizadas. das vias urbanas.
§ 1º - Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, Parágrafo único - Quando uma via comportar duas ou mais
estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo de
estar situados fora da pista de rolamento. outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela faixa
§ 2º - O estacionamento dos veículos motorizados de duas adjacente à da direita.
rodas será feito em posição perpendicular à guia da calçada
(meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que Art. 58 - Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a
determine outra condição. circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver
§ 3º - O estacionamento dos veículos sem abandono do ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível
condutor poderá ser feito somente nos locais previstos neste a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo
Código ou naqueles regulamentados por sinalização específica. sentido de circulação regulamentado para a via, com
preferência sobre os veículos automotores.
Art. 49 - O condutor e os passageiros não deverão abrir a Parágrafo único - A autoridade de trânsito com
porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de

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APOSTILAS OPÇÃO

bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos I - autorização expressa da respectiva confederação
automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa. desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas;
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à
Art. 59 - Desde que autorizado e devidamente sinalizado via;
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de
permitida a circulação de bicicletas nos passeios terceiros;
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos
Art. 60 - As vias abertas à circulação, de acordo com sua operacionais em que o órgão ou entidade permissionária
utilização, classificam-se em: incorrerá.
I - vias urbanas: Parágrafo único - A autoridade com circunscrição sobre a
a) via de trânsito rápido; via arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do
b) via arterial; contrato de seguro.
c) via coletora;
d) via local; Questões
II - vias rurais:
a) rodovias; 01. (CISSUL/MG - Condutor Socorrista - IBGP/2017) Os
b) estradas. veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de
polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as
Art. 61 - A velocidade máxima permitida para a via será ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre
indicada por meio de sinalização, obedecidas suas circulação, estacionamento e parada. Assinale a alternativa em
características técnicas e as condições de trânsito. que essa regulamentação deverá ocorrer:
§ 1º - Onde não existir sinalização regulamentadora, a (A) Em qualquer situação.
velocidade máxima será de: (B) Em quando em serviço de urgência.
I - nas vias urbanas: (C) Em quando em serviço de urgência e devidamente
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido: identificado por dispositivos regulamentares.
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais; (D) Em fins particulares do condutor socorrista.
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; 02. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de
II - nas vias rurais: Transportes Urbanos - Pref. RJ/2016) Considerando-se as
a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei nº normas de circulação e conduta de veículos motorizados, é
13.281, de 2016) correto afirmar que:
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para (A) o condutor não poderá ultrapassar veículos em vias
automóveis, camionetas e motocicletas; com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens
veículos; de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres,
3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) mesmo que haja sinalização permitindo a ultrapassagem
b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei nº (B) não é permitido utilizar a troca de luz baixa e alta, de
13.281, de 2016) forma intermitente, com o objetivo de indicar para outros
1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis, motoristas a intenção de ultrapassar o veículo que segue à
camionetas e motocicletas; frente, nem que seja por um curto período de tempo
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais (C) o condutor, ao perceber que outro que o segue tem o
veículos; propósito de ultrapassá-lo, deverá deslocar-se para a faixa da
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora). direita, sem acelerar a marcha, independentemente da faixa
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) em que estiver circulando
§ 2º - O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com (D) veículos de transporte coletivo regular de passageiros,
circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de quando circularem em faixas próprias a eles destinadas,
sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e à noite
estabelecidas no parágrafo anterior.
03. (Prefeitura de Itapema/SC - Agente Municipal de
Art. 62 - A velocidade mínima não poderá ser inferior à Trânsito - MS/CONCURSOS /2016) Conforme o art. 61, a
metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as velocidade máxima permitida para a via será indicada por
condições operacionais de trânsito e da via. meio de sinalização, obedecidas suas características técnicas e
as condições de trânsito. Nas vias urbanas, onde não existir
Art. 63 - (VETADO) sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:
(A) Setenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito
Art. 64 - As crianças com idade inferior a dez anos devem ser rápido, cinquenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e
transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções vinte quilômetros por hora, nas vias locais.
regulamentadas pelo CONTRAN. (B) Cento e dez quilômetros por hora, nas vias de trânsito
rápido, sessenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e
Art. 65 - É obrigatório o uso do cinto de segurança para quarenta quilômetros por hora, nas vias locais.
condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, (C) Noventa quilômetros por hora, nas vias de trânsito
salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN. rápido, setenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e
trinta quilômetros por hora, nas vias locais.
Art. 66 - (VETADO) (D) Oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito
rápido, quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e
Art. 67 - As provas ou competições desportivas, inclusive trinta quilômetros por hora, nas vias locais.
seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser
realizadas mediante prévia permissão da autoridade de trânsito 04. (DETRAN/RO - Motorista - IDECAN) Segundo o
com circunscrição sobre a via e dependerão de: Código de Trânsito Brasileiro, é PROIBIDA a circulação de
ciclomotores:

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APOSTILAS OPÇÃO

(A) Em qualquer via arterial. direção poderá ser elevado pelo período necessário para que o
(B) Apenas sobre as calçadas das vias arteriais. condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a
(C) Apenas sobre as calçadas das vias urbanas. segurança e o atendimento demandados, desde que não haja
(D) Nas vias arteriais e sobre as calçadas das vias urbanas. comprometimento da segurança rodoviária. (Incluído pela Lei
(E) Nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das vias nº 13.103, de 2015)
urbanas. § 3º O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte e
quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de
05. (TRF/4ª Região - Técnico Judiciário - FCC) Segundo descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e
o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, são veículos que gozam coincidir com os intervalos mencionados no § 1º, observadas no
de prioridade no trânsito, livre circulação e parada: primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas de descanso.
(A) As ambulâncias, apenas, quando no atendimento de (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
urgência, com os dispositivos sonoros e luminosos acionados, § 4º Entende-se como tempo de direção ou de condução
sendo que os demais veículos devem deixar livre a faixa da apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao
direita para a sua passagem. volante, em curso entre a origem e o destino. (Incluído pela Lei
(B) Os veículos oficiais que transportam autoridades nº 13.103, de 2015)
públicas representantes de um dos poderes (legislativo, § 5º Entende-se como início de viagem a partida do veículo
executivo e judiciário), quando em deslocamento com as na ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se como
respectivas autoridades. sua continuação as partidas nos dias subsequentes até o destino.
(C) Os veículos de polícia, sob qualquer circunstância, e os (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
de caráter oficial, apenas, quando em urgência. § 6º O condutor somente iniciará uma viagem após o
(D) Os veículos de socorro de incêndio e salvamento, os cumprimento integral do intervalo de descanso previsto no § 3º
quais terão prioridade no trânsito, apenas, quando em deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
prestação de serviço de urgência, com os dispositivos sonoros
§ 7º Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
e luminosos acionados, sendo que os pedestres devem
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador de
aguardar sua passagem na calçada para, somente após,
terminais de carga, operador de transporte multimodal de
atravessar a via.
cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista a seu
(E) Os veículos oficiais de transporte de autoridades
serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo referido
públicas têm prioridade de trânsito em relação aos demais
no caput sem a observância do disposto no § 6º. (Incluído pela
veículos, quando no efetivo transporte de autoridade, porém,
Lei nº 13.103, de 2015)
não possuem a prerrogativa de livre circulação e parada como
os veículos de polícia.
Art. 67-D. (VETADO).
Gabarito
Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por
01.C / 02.D / 03.D / 04.E / 05.D controlar e registrar o tempo de condução estipulado no art. 67-
C, com vistas à sua estrita observância. (Incluído pela Lei nº
CAPÍTULO III-A 13.103, de 2015)
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS § 1º A não observância dos períodos de descanso
PROFISSIONAIS estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional às
penalidades daí decorrentes, previstas neste Código. (Incluído
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos motoristas pela Lei nº 13.103, de 2015)
profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) § 2º O tempo de direção será controlado mediante
I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros; registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha
II - de transporte rodoviário de cargas. (Incluído pela Lei nº de trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados no
13.103, de 2015) veículo, conforme norma do Contran. (Incluído pela Lei nº
§ 1º ao §7º (Revogados). (Redação dada pela Lei nº 13.103, 13.103, de 2015)
de 2015) § 3º O equipamento eletrônico ou registrador deverá
§ 8º (VETADO) funcionar de forma independente de qualquer interferência do
condutor, quanto aos dados registrados. (Incluído pela Lei nº
13.103, de 2015)
Art 67-B. (VETADO)
§ 4º A guarda, a preservação e a exatidão das informações
contidas no equipamento registrador instantâneo inalterável de
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por
velocidade e de tempo são de responsabilidade do condutor.
mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte
rodoviário de cargas. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
CAPÍTULO IV
2015)
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO
§ 1º Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
MOTORIZADOS
dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de
transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento e o do
Art. 68 - É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios
tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) horas e
ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos
meia contínuas no exercício da condução. (Incluído pela Lei nº
das vias rurais para circulação, podendo a autoridade
13.103, de 2015) competente permitir a utilização de parte da calçada para
§ 1º-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de § 1º - O ciclista desmontado empurrando a bicicleta
passageiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo equipara-se ao pedestre em direitos e deveres.
de direção. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) § 2º - Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou
§ 2º Em situações excepcionais de inobservância justificada quando não for possível a utilização destes, a circulação de
do tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre

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APOSTILAS OPÇÃO

os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao
proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança solicitante quando tal evento ocorrerá.
ficar comprometida. Parágrafo único - As campanhas de trânsito devem
§ 3º - Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou esclarecer quais as atribuições dos órgãos e entidades
quando não for possível a utilização dele, a circulação de pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito e como proceder
pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade sobre a tais solicitações.
os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido
contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais CAPÍTULO VI
proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
ficar comprometida.
§ 4º - (VETADO) Art. 74 - A educação para o trânsito é direito de todos e
§ 5º - Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte constitui dever prioritário para os componentes do Sistema
a serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à Nacional de Trânsito.
circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, § 1º - É obrigatória a existência de coordenação educacional
usar o acostamento. em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de
§ 6º - Onde houver obstrução da calçada ou da passagem Trânsito.
para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a § 2º - Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão
via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para promover, dentro de sua estrutura organizacional ou mediante
circulação de pedestres. convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos
moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 69 - Para cruzar a pista de rolamento o pedestre
tomará precauções de segurança, levando em conta, Art. 75 - O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e
principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que
veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do
destinadas sempre que estas existirem numa distância de até Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos
cinquenta metros dele, observadas as seguintes disposições: referentes às férias escolares, feriados prolongados e à Semana
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via Nacional de Trânsito.
deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; § 1º - Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de
II - para atravessar uma passagem sinalizada para Trânsito deverão promover outras campanhas no âmbito de sua
pedestres ou delimitada por marcas sobre a pista: circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das § 2º - As campanhas de que trata este artigo são de caráter
luzes; permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o imagens explorados pelo poder público são obrigados a difundi-
semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos; las gratuitamente, com a frequência recomendada pelos órgãos
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não competentes do Sistema Nacional de Trânsito.
existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a via
na continuação da calçada, observadas as seguintes normas: Art. 76 - A educação para o trânsito será promovida na pré-
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de
que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos; planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos
não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas
sobre ela sem necessidade. áreas de atuação.
Parágrafo único - Para a finalidade prevista neste artigo, o
Art. 70 - Os pedestres que estiverem atravessando a via Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do
sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades
passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá:
deverão ser respeitadas as disposições deste Código. I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo
Parágrafo único - Nos locais em que houver sinalização interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de
semafórica de controle de passagem será dada preferência aos trânsito;
pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o
de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos. trânsito nas escolas de formação para o magistério e o
treinamento de professores e multiplicadores;
Art. 71 - O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para
manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao
em boas condições de visibilidade, higiene, segurança e trânsito;
sinalização. IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de
trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de
CAPÍTULO V trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na
DO CIDADÃO área de trânsito.

Art. 72 - Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de Art. 77 - No âmbito da educação para o trânsito caberá ao
solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN,
Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a serem
equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações em seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente de trânsito.
normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este Código. Parágrafo único - As campanhas terão caráter permanente
por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo
Art. 73 - Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema intensificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76.
Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e
responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades
possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou componentes do Sistema Nacional de Trânsito os mecanismos

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instituídos nos arts. 77-B a 77-E para a veiculação de mensagens mensalmente ao Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito
educativas de trânsito em todo o território nacional, em caráter para aplicação exclusiva em programas de que trata este artigo.
suplementar às campanhas previstas nos arts. 75 e 77.
Art. 79 - Os órgãos e entidades executivos de trânsito
Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação ou poderão firmar convênio com os órgãos de educação da União,
promoção, nos meios de comunicação social, de produto oriundo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o
da indústria automobilística ou afim, incluirá, cumprimento das obrigações estabelecidas neste capítulo.
obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser
conjuntamente veiculada. Questões
§ 1º Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se
produtos oriundos da indústria automobilística ou afins: 01. (DETRAN/MT - Agente do Serviço de Trânsito -
I – os veículos rodoviários automotores de qualquer espécie, UFMT) O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) dispõe, em seu
incluídos os de passageiros e os de carga; artigo 74, que “A educação para o trânsito é direito de todos e
II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos constitui dever prioritário para os componentes do Sistema
veículos mencionados no inciso I. Nacional de Trânsito”. Seguindo essa orientação e, com vista a
§ 2º O disposto no caput deste artigo aplica-se à propaganda efetivar os direitos e deveres para a educação para o trânsito,
de natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabricante do assinale a afirmativa correta.
produto, em qualquer das seguintes modalidades: (A) Toda peça publicitária destinada à divulgação ou
I – rádio; promoção, nos meios de comunicação social, de produto
II – televisão; oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá,
III – jornal; obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser
IV – revista; conjuntamente veiculada.
V – outdoor. (B) A veiculação de publicidade feita em desacordo com as
§ 3º Para efeito do disposto no § 2º, equiparam-se ao condições fixadas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
fabricante o montador, o encarroçador, o importador e o constitui infração punível com sanções que, se aplicadas
revendedor autorizado dos veículos e demais produtos isoladas ou cumulativamente, dispensarão a suspensão da
discriminados no § 1º deste artigo. veiculação da peça publicitária em desacordo com a legislação.
(C) O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada em cronogramas das campanhas de âmbito nacional que deverão
outdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou fora da ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema
respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista no art. 77-B Nacional de Trânsito, em especial nos períodos referentes às
estende-se à propaganda de qualquer tipo de produto e férias escolares, feriados prolongados e à Semana Nacional de
anunciante, inclusive àquela de caráter institucional ou Trânsito, mas os serviços de rádio e difusão sonora de sons e
eleitoral. imagens explorados pelo poder público não são obrigados a
difundi-las gratuitamente.
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
(D) O Ministério da Educação e do Desporto, mediante
especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das
proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das
mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na
Universidades Brasileiras, diretamente ou mediante convênio,
respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes
promoverá campanha nacional esclarecendo condutas a
fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se
serem seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente de
refere o art. 75.
trânsito.
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo
com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui infração 02. (DETRAN/MT - Agente do Serviço de Trânsito -
punível com as seguintes sanções: UFMT) A educação para o trânsito é um direito de todos e
I – advertência por escrito; constitui dever prioritário para os órgãos do Sistema Nacional
II – suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, de de Trânsito (SNT). Sobre o assunto, assinale a afirmativa
qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até 60 correta.
(sessenta) dias; (A) Os Conselhos Nacional, Estaduais e do Distrito Federal
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete reais) de Trânsito, bem como os órgãos e entidades executivos de
a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), cobrada do trânsito deverão promover, dentro de sua estrutura ou
dobro até o quíntuplo em caso de reincidência. (Redação dada mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de
pela Lei nº 13.281, de 2016) Trânsito.
§ 1º As sanções serão aplicadas isolada ou (B) Para implementação de programas educativos em
cumulativamente, conforme dispuser o regulamento. geral, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) assegura o repasse
§ 2º Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, de 20% do total de valores arrecadados pelo Seguro
qualquer infração acarretará a imediata suspensão da Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos
veiculação da peça publicitária até que sejam cumpridas as Automotores de Via Terrestre (DPVAT) ao Conselho Nacional
exigências fixadas nos arts. 77-A a 77-D. de Trânsito.
(C) É obrigatória a existência de coordenação educacional
Art. 78 - Os Ministérios da Saúde, da Educação e do nos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados, do
Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por Distrito Federal e dos Municípios a quem incumbirá
intermédio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão exclusivamente a execução e a promoção dos temas e
programas destinados à prevenção de acidentes. cronogramas das campanhas estabelecidas pelo Conselho
Parágrafo único - O percentual de dez por cento do total Nacional de Trânsito.
dos valores arrecadados destinados à Previdência Social, do (D) Toda peça publicitária destinada à divulgação ou
Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por promoção, nos meios de comunicação social, de produto
Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá,
Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repassados obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito.

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APOSTILAS OPÇÃO

03. (DETRAN/MT - Pedagogo - UFMT) Sobre a educação § 2º - O CONTRAN poderá autorizar, em caráter
para o trânsito prevista no Código de Trânsito Brasileiro, experimental e por período prefixado, a utilização de
assinale a afirmativa INCORRETA. sinalização não prevista neste Código.
(A) Será promovida, especificamente, nas escolas de § 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas
Ensino Fundamental, por meio de planejamento e ações vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por
coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de
de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu proprietário.
Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
(B) É obrigatória a existência de coordenação educacional
em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional Art. 81 - Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar
de Trânsito. luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que
(C) Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão possam gerar confusão, interferir na visibilidade da sinalização
promover, dentro de sua estrutura organizacional ou e comprometer a segurança do trânsito.
mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de
Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo Conselho Art. 82 - É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e
Nacional de Trânsito. respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de
(D) A educação para o trânsito é direito de todos e constitui publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se
dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de relacionem com a mensagem da sinalização.
Trânsito.
Art. 83 - A afixação de publicidade ou de quaisquer legendas
ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia aprovação
04. (DETRAN/RJ - Assistente Técnico de Trânsito -
do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
FGV) De acordo com o CTB, “No âmbito da educação para o
trânsito caberá ao_______________, mediante proposta do
Art. 84 - O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
CONTRAN, estabelecer campanha nacional esclarecendo
sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada de
condutas a serem seguidas nos primeiros socorros em caso de
qualquer elemento que prejudique a visibilidade da sinalização
acidente de trânsito.”
viária e a segurança do trânsito, com ônus para quem o tenha
Assinale a alternativa cujo conteúdo completa colocado.
CORRETAMENTE a lacuna do trecho acima.
(A) Ministério da Saúde. Art. 85 - Os locais destinados pelo órgão ou entidade de
(B) Ministério dos Transportes. trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres
(C) Ministério da Fazenda. deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas no
(D) Ministério da Educação. leito da via.
(E) Ministério da Justiça.
Art. 86 - Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas,
05. (DETRAN/MA - Assistente de Trânsito - FGV) Em estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter suas
relação à Educação para o Trânsito, assinale a afirmativa entradas e saídas devidamente identificadas, na forma
INCORRETA. regulamentada pelo CONTRAN.
(A) A Educação para o Trânsito é direito de todos.
(B) A Educação para o Trânsito constitui dever prioritário Art. 86-A - As vagas de estacionamento regulamentado de
para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito. que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser
sinalizadas com as respectivas placas indicativas de destinação
(C) A existência de coordenação educacional em cada
e com placas informando os dados sobre a infração por
órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de
estacionamento indevido.
Trânsito e facultativa.
(D) Os órgãos ou entidades executivos de trânsito devem
Art. 87 - Os sinais de trânsito classificam-se em:
promover, dentro de sua estrutura organizacional ou
I - verticais;
mediante convenio, o funcionamento de Escolas Públicas de
II - horizontais;
Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN.
III - dispositivos de sinalização auxiliar;
(E) Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de IV - luminosos;
Trânsito deverão promover outras campanhas no âmbito de V - sonoros;
sua circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais. VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.

Gabarito Art. 88 - Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue


após sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização
01.A / 02.D / 03.A / 04.A / 05.C de obras ou de manutenção, enquanto não estiver devidamente
sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as
CAPÍTULO VII condições adequadas de segurança na circulação.
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO Parágrafo único - Nas vias ou trechos de vias em obras
deverá ser afixada sinalização específica e adequada.
Art. 80 - Sempre que necessário, será colocada ao longo da
via, sinalização prevista neste Código e em legislação Art. 89 - A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de
utilização de qualquer outra. circulação e outros sinais;
§ 1º - A sinalização será colocada em posição e condições II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
que a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de
noite, em distância compatível com a segurança do trânsito, trânsito.
conforme normas e especificações do CONTRAN.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 90 - Não serão aplicadas as sanções previstas neste § 1º - A obrigação de sinalizar é do responsável pela
Código por inobservância à sinalização quando esta for execução ou manutenção da obra ou do evento.
insuficiente ou incorreta. § 2º - Salvo em casos de emergência, a autoridade de
§ 1º - O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição trânsito com circunscrição sobre a via avisará a comunidade,
sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, por intermédio dos meios de comunicação social, com quarenta
respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta e oito horas de antecedência, de qualquer interdição da via,
colocação. indicando-se os caminhos alternativos a serem utilizados.
§ 2º - O CONTRAN editará normas complementares no que § 3º O descumprimento do disposto neste artigo será punido
se refere à interpretação, colocação e uso da sinalização. com multa de R$ 81,35 (oitenta e um reais e trinta e cinco
centavos) a R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito reais e dez
Questão centavos), independentemente das cominações cíveis e penais
cabíveis, além de multa diária no mesmo valor até a
01. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de regularização da situação, a partir do prazo final concedido
Transportes Urbanos - Pref. RJ/2016) De acordo com o pela autoridade de trânsito, levando-se em consideração a
Código Brasileiro de Trânsito, a sinalização terá a seguinte dimensão da obra ou do evento e o prejuízo causado ao trânsito.
ordem crescente de prevalência: (Redação pela Lei nº 13.281, de 2016)
(A) I - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; II § 4º - Ao servidor público responsável pela inobservância de
- ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a
outros sinais; III - as indicações dos sinais sobre as demais autoridade de trânsito aplicará multa diária na base de
normas de trânsito cinquenta por cento do dia de vencimento ou remuneração
(B) I - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; II devida enquanto permanecer a irregularidade.
- as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito;
III - ordens do agente de trânsito sobre as normas de CAPÍTULO IX
circulação e outros sinais DOS VEÍCULOS
(C) I - as indicações dos sinais sobre as demais normas de Seção I
trânsito; II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; Disposições Gerais
III - ordens do agente de trânsito sobre as normas de
circulação e outros sinais Art. 96 - Os veículos classificam-se em:
(D) I. ordens do agente de trânsito sobre as normas de I - quanto à tração:
circulação e outros sinais; II - as indicações do semáforo sobre a) automotor;
os demais sinais; III - as indicações dos sinais sobre as demais b) elétrico;
normas de trânsito c) de propulsão humana;
d) de tração animal;
Gabarito e) reboque ou semirreboque;
II - quanto à espécie:
a) de passageiros:
01.C
1 - bicicleta;
2 - ciclomotor;
CAPÍTULO VIII
3 - motoneta;
DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA
4 - motocicleta;
FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE
5 - triciclo;
TRÂNSITO
6 - quadriciclo;
Art. 91 - O CONTRAN estabelecerá as normas e 7 - automóvel;
regulamentos a serem adotados em todo o território nacional 8 - micro-ônibus;
quando da implementação das soluções adotadas pela 9 - ônibus;
Engenharia de Tráfego, assim como padrões a serem praticados 10 - bonde;
por todos os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito. 11 - reboque ou semirreboque;
12 - charrete;
Art. 92 - (VETADO) b) de carga:
1 - motoneta;
2 - motocicleta;
Art. 93 - Nenhum projeto de edificação que possa
3 - triciclo;
transformar-se em polo atrativo de trânsito poderá ser
4 - quadriciclo;
aprovado sem prévia anuência do órgão ou entidade com
5 - caminhonete;
circunscrição sobre a via e sem que do projeto conste área para
6 - caminhão;
estacionamento e indicação das vias de acesso adequadas.
7 - reboque ou semirreboque;
Art. 94 - Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança 8 - carroça;
de veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso não 9 - carro-de-mão;
possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente sinalizado. c) misto:
Parágrafo único - É proibida a utilização das ondulações 1 - camioneta;
transversais e de sonorizadores como redutores de velocidade, 2 - utilitário;
salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou entidade 3 - outros;
d) de competição;
competente, nos padrões e critérios estabelecidos pelo
e) de tração:
CONTRAN.
1 - caminhão-trator;
2 - trator de rodas;
Art. 95 - Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou
3 - trator de esteiras;
interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar
4 - trator misto;
em risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia do
f) especial;
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
g) de coleção;

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III - quanto à categoria: § 3º - Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões


a) oficial; poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre
b) de representação diplomática, de repartições consulares a via, autorização especial de trânsito, com prazo de seis meses,
de carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias.
Governo brasileiro;
c) particular; Art. 102 - O veículo de carga deverá estar devidamente
d) de aluguel; equipado quando transitar, de modo a evitar o derramamento
e) de aprendizagem. da carga sobre a via.
Parágrafo único - O CONTRAN fixará os requisitos mínimos
Art. 97 - As características dos veículos, suas especificações e a forma de proteção das cargas de que trata este artigo, de
básicas, configuração e condições essenciais para registro, acordo com a sua natureza.
licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN,
em função de suas aplicações. Seção II
Da Segurança dos Veículos
Art. 98 - Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem
prévia autorização da autoridade competente, fazer ou ordenar Art. 103 - O veículo só poderá transitar pela via quando
que sejam feitas no veículo modificações de suas características atendidos os requisitos e condições de segurança estabelecidos
de fábrica. neste Código e em normas do CONTRAN.
Parágrafo único - Os veículos e motores novos ou usados § 1º - Os fabricantes, os importadores, os montadores e os
que sofrerem alterações ou conversões são obrigados a atender encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de
aos mesmos limites e exigências de emissão de poluentes e ruído segurança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM, nas
previstos pelos órgãos ambientais competentes e pelo condições estabelecidas pelo CONTRAN.
CONTRAN, cabendo à entidade executora das modificações e ao § 2º - O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e a
proprietário do veículo a responsabilidade pelo cumprimento periodicidade para que os fabricantes, os importadores, os
das exigências. montadores e os encarroçadores comprovem o atendimento aos
requisitos de segurança veicular, devendo, para isso, manter
Art. 99 - Somente poderá transitar pelas vias terrestres o disponíveis a qualquer tempo os resultados dos testes e ensaios
veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites dos sistemas e componentes abrangidos pela legislação de
estabelecidos pelo CONTRAN. segurança veicular.
§ 1º - O excesso de peso será aferido por equipamento de
pesagem ou pela verificação de documento fiscal, na forma Art. 104 - Os veículos em circulação terão suas condições de
estabelecida pelo CONTRAN. segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído
§ 2º - Será tolerado um percentual sobre os limites de peso avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e
bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de
superfície das vias, quando aferido por equipamento, na forma segurança e pelo CONAMA para emissão de gases poluentes e
estabelecida pelo CONTRAN. ruído.
§ 3º - Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na § 1º ao §4º- (VETADOS)
pesagem de veículos serão aferidos de acordo com a § 5º - Será aplicada a medida administrativa de retenção
metodologia e na periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na de
ouvido o órgão ou entidade de metrologia legal. emissão de gases poluentes e ruído.
§ 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput,
Art. 100 - Nenhum veículo ou combinação de veículos durante 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os
poderá transitar com lotação de passageiros, com peso bruto veículos novos classificados na categoria particular, com
total, ou com peso bruto total combinado com peso por eixo, capacidade para até 7 (sete) passageiros, desde que mantenham
superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a suas características originais de fábrica e não se envolvam em
capacidade máxima de tração da unidade tratora. acidente de trânsito com danos de média ou grande monta.
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
poderão ser dotados de pneus extralargos. (Incluído pela Lei nº § 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata o
13.281, de 2016) § 6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas
§ 2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos características originais de fábrica e não se envolvam em
para os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) acidente de trânsito com danos de média ou grande monta.
§ 3º É permitida a fabricação de veículos de transporte de (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
passageiros de até 15 m (quinze metros) de comprimento na
configuração de chassi 8x2. (Incluído pela Lei nº 13.281, de Art. 105 - São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre
2016) outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica
Art. 101 - Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao
transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites transporte de passageiros em percursos em que seja permitido
de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser viajar em pé;
concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os
autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de
cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e
necessárias. trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo
§ 1º - A autorização será concedida mediante requerimento inalterável de velocidade e tempo;
que especificará as características do veículo ou combinação de III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos
veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do automotores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN;
deslocamento inicial. IV - (VETADO)
§ 2º - A autorização não exime o beneficiário da V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases
responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a poluentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo
combinação de veículos causar à via ou a terceiros. CONTRAN.

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VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não,
dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do painéis decorativos ou pinturas, quando comprometer a
lado esquerdo. segurança do veículo, na forma de regulamentação do
VII - equipamento suplementar de retenção - air bag frontal CONTRAN.
para o condutor e o passageiro do banco dianteiro Parágrafo único - É proibido o uso de inscrição de caráter
§ 1º - O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos
obrigatórios dos veículos e determinará suas especificações condutores em toda a extensão do para-brisa e da traseira dos
técnicas. veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito.
§ 2º - Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou
acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e Art. 112 - REVOGADO.
medidas administrativas previstas neste Código.
§ 3º - Os fabricantes, os importadores, os montadores, os Art. 113 - Os importadores, as montadoras, as
encarroçadores de veículos e os revendedores devem encarroçadoras e fabricantes de veículos e autopeças são
comercializar os seus veículos com os equipamentos responsáveis civil e criminalmente por danos causados aos
obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de falhas
estabelecidos pelo CONTRAN. oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e
§ 4º - O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento equipamentos utilizados na sua fabricação.
do disposto neste artigo.
§ 5º A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste Seção III
artigo será progressivamente incorporada aos novos projetos de Da Identificação do Veículo
automóveis e dos veículos deles derivados, fabricados,
importados, montados ou encarroçados, a partir do 1º Art. 114 - O veículo será identificado obrigatoriamente por
(primeiro) ano após a definição pelo Contran das especificações caracteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos
técnicas pertinentes e do respectivo cronograma de em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN.
implantação e a partir do 5º (quinto) ano, após esta definição, § 1º - A gravação será realizada pelo fabricante ou
para os demais automóveis zero quilômetro de modelos ou montador, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as
projetos já existentes e veículos deles derivados. suas características, além do ano de fabricação, que não poderá
§ 6º A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste ser alterado.
artigo não se aplica aos veículos destinados à exportação. § 2º - As regravações, quando necessárias, dependerão de
prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e
Art. 106 - No caso de fabricação artesanal ou de somente serão processadas por estabelecimento por ela
modificação de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição credenciado, mediante a comprovação de propriedade do
de equipamento de segurança especificado pelo fabricante, será veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o ano
exigido, para licenciamento e registro, certificado de segurança de fabricação.
expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou § 3º - Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da
entidade de metrologia legal, conforme norma elaborada pelo autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se faça,
CONTRAN. modificações da identificação de seu veículo.

Art. 107 - Os veículos de aluguel, destinados ao transporte Art. 115 - O veículo será identificado externamente por meio
individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua
das exigências previstas neste Código, às condições técnicas e estrutura, obedecidas as especificações e modelos estabelecidos
aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo CONTRAN.
pelo poder competente para autorizar, permitir ou conceder a § 1º - Os caracteres das placas serão individualizados para
exploração dessa atividade. cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo
vedado seu reaproveitamento.
Art. 108 - Onde não houver linha regular de ônibus, a § 2º - As placas com as cores verde e amarela da Bandeira
autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a Nacional serão usadas somente pelos veículos de representação
título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da República, dos
ou misto, desde que obedecidas as condições de segurança Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do
estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN. Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos
Parágrafo único - A autorização citada no caput não Ministros de Estado, do Advogado-Geral da União e do
poderá exceder a doze meses, prazo a partir do qual a Procurador-Geral da República.
autoridade pública responsável deverá implantar o serviço § 3º - Os veículos de representação dos Presidentes dos
regular de transporte coletivo de passageiros, em conformidade Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários
com a legislação pertinente e com os dispositivos deste Código. Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembleias
Legislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos
Art. 109 - O transporte de carga em veículos destinados ao Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo chefe
transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo com do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças
as normas estabelecidas pelo CONTRAN. Armadas terão placas especiais, de acordo com os modelos
estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 110 - O veículo que tiver alterada qualquer de suas § 4º Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a
características para competição ou finalidade análoga só arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar
poderá circular nas vias públicas com licença especial da trabalhos de construção ou de pavimentação são sujeitos ao
autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados. registro na repartição competente, se transitarem em via
pública, dispensados o licenciamento e o emplacamento.
Art. 111 - É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
I - (VETADO) § 4º-A. Os tratores e demais aparelhos automotores
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a
veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a transitar
retrovisores em ambos os lados. em via pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus, em

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cadastro específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e 04. (TRT 9ª REGIÃO/PR - Técnico Judiciário - FCC) Os
Abastecimento, acessível aos componentes do Sistema Nacional veículos, quanto à categoria, podem ser classificados em
de Trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015) (A) automotor, elétrico, de propulsão humana, de tração
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso animal, reboque ou semirreboque.
bélico. (B) de passageiros, de carga, misto, de competição, de
§ 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da tração, especial e de coleção.
placa dianteira. (C) oficial, de representação diplomática, de repartições
§ 7º Excepcionalmente, mediante autorização específica e consulares de carreira ou organismos internacionais
fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida acreditados junto ao governo brasileiro, particular, de aluguel
comunicação aos órgãos de trânsito competentes, os veículos e de aprendizagem.
utilizados por membros do Poder Judiciário e do Ministério (D) categorias A, B, C, D e E.
Público que exerçam competência ou atribuição criminal
(E) automóvel, motocicleta, ônibus e caminhão.
poderão temporariamente ter placas especiais, de forma a
impedir a identificação de seus usuários específicos, na forma de
regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho 05. (LIQUIGÁS - Motorista de Caminhão - CESGRANRIO)
Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional do Ministério Segundo o CTB, os veículos são classificados quanto à tração, à
Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de Trânsito - espécie e à categoria. Corresponde a classificação quanto à
CONTRAN. categoria o seguinte tipo de veículo:
§ 8º Os veículos artesanais utilizados para trabalho agrícola (A) triciclo
(jericos), para efeito do registro de que trata o § 4º-A, ficam (B) elétrico
dispensados da exigência prevista no art. 106. (Incluído pela Lei (C) particular
nº 13.154, de 2015) (D) trator de rodas
§ 9º As placas que possuírem tecnologia que permita a (E) utilitário
identificação do veículo ao qual estão atreladas são dispensadas
da utilização do lacre previsto no caput, na forma a ser Gabarito
regulamentada pelo Contran. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) 01.D / 02.D / 03.B / 04.C / 05.C
Art. 116 - Os veículos de propriedade da União, dos Estados
CAPÍTULO X
e do Distrito Federal, devidamente registrados e licenciados,
DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
somente quando estritamente usados em serviço reservado de
caráter policial, poderão usar placas particulares, obedecidos os
Art. 118 - A circulação de veículo no território nacional,
critérios e limites estabelecidos pela legislação que regulamenta
independentemente de sua origem, em trânsito entre o Brasil e
o uso de veículo oficial.
os países com os quais exista acordo ou tratado internacional,
reger-se-á pelas disposições deste Código, pelas convenções e
Art. 117 - Os veículos de transporte de carga e os coletivos
acordos internacionais ratificados.
de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a
inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do
Art. 119 - As repartições aduaneiras e os órgãos de controle
peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de
de fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM a entrada
tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo com
e saída temporária ou definitiva de veículos.
sua classificação.
§ 1º Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do
Questões
território nacional sem o prévio pagamento ou o depósito,
judicial ou administrativo, dos valores correspondentes às
01. (DETRAN/MT - Auxiliar do Serviço de Trânsito - infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos que
UFMT) Mario Aventureiro acaba de adquirir uma bicicleta de tiverem causado ao patrimônio público ou de particulares,
corridas. De acordo com a Lei N.º 9.503/1997, Código de independentemente da fase do processo administrativo ou
Trânsito Brasileiro (CTB), a bicicleta é classificada como judicial envolvendo a questão. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
veículo de 2016)
(A) tração animal e de carga. § 2º Os veículos que saírem do território nacional sem o
(B) carga e aprendizagem. cumprimento do disposto no § 1º e que posteriormente forem
(C) reboque e de tração animal. flagrados tentando ingressar ou já em circulação no território
(D) propulsão humana e de passageiro. nacional serão retidos até a regularização da situação.
(Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
02. (DETRAN/SP - Agente de Trânsito - VUNESP) De
acordo com o art. 96 do CTB, os veículos se classificam quanto CAPÍTULO XI
(A) à espécie, ao gênero e à finalidade. DO REGISTRO DE VEÍCULOS
(B) à tração, ao gênero e à espécie.
(C) ao gênero, à categoria e à finalidade. Art. 120 - Todo veículo automotor, elétrico, articulado,
reboque ou semirreboque, deve ser registrado perante o órgão
(D) à tração, à espécie e à categoria.
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no
(E) à espécie, à categoria e à finalidade.
Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na
forma da lei.
03. (DETRAN/SP - Agente de Trânsito - VUNESP) § 1º - Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
Quanto à espécie, um ônibus é um veículo Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de
(A) de carga. propriedade da administração direta, da União, dos Estados, do
(B) de passageiro. Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer um dos poderes,
(C) especial com indicação expressa, por pintura nas portas, do nome, sigla
(D) de tração. ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o veículo será
(E) misto. registrado, excetuando-se os veículos de representação e os
previstos no art. 116.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º - O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de uso XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e de
bélico. poluentes e ruído, quando for o caso, conforme regulamentações
do CONTRAN e do CONAMA.
Art. 121 - Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de
Registro de Veículo - CRV de acordo com os modelos e Art. 125 - As informações sobre o chassi, o monobloco, os
especificações estabelecidos pelo CONTRAN, contendo as agregados e as características originais do veículo deverão ser
características e condições de invulnerabilidade à falsificação e prestadas ao RENAVAM:
à adulteração. I - pelo fabricante ou montadora, antes da comercialização,
no caso de veículo nacional;
Art. 122 - Para a expedição do Certificado de Registro de II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo importado
Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o cadastro do por pessoa física;
RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes documentos: III - pelo importador, no caso de veículo importado por
I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou pessoa jurídica.
documento equivalente expedido por autoridade competente; Parágrafo único - As informações recebidas pelo
II - documento fornecido pelo Ministério das Relações RENAVAM serão repassadas ao órgão executivo de trânsito
Exteriores, quando se tratar de veículo importado por membro responsável pelo registro, devendo este comunicar ao
de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira, RENAVAM, tão logo seja o veículo registrado.
de representações de organismos internacionais e de seus
integrantes. Art. 126 - O proprietário de veículo irrecuperável, ou
destinado à desmontagem, deverá requerer a baixa do registro,
Art. 123 - Será obrigatória a expedição de novo Certificado no prazo e forma estabelecidos pelo Contran, vedada a
de Registro de Veículo quando: remontagem do veículo sobre o mesmo chassi de forma a manter
I - for transferida a propriedade; o registro anterior.
II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou Parágrafo único - A obrigação de que trata este artigo é da
residência; companhia seguradora ou do adquirente do veículo destinado à
III - for alterada qualquer característica do veículo; desmontagem, quando estes sucederem ao proprietário.
IV - houver mudança de categoria.
§ 1º - No caso de transferência de propriedade, o prazo para Art. 127 - O órgão executivo de trânsito competente só
o proprietário adotar as providências necessárias à efetivação efetuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadastro do
da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de RENAVAM.
trinta dias, sendo que nos demais casos as providências deverão Parágrafo único - Efetuada a baixa do registro, deverá ser
ser imediatas. esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM.
§ 2º - No caso de transferência de domicílio ou residência no
mesmo Município, o proprietário comunicará o novo endereço Art. 128 - Não será expedido novo Certificado de Registro de
num prazo de trinta dias e aguardará o novo licenciamento para Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas de trânsito
alterar o Certificado de Licenciamento Anual. e ambientais, vinculadas ao veículo, independentemente da
§ 3º - A expedição do novo certificado será comunicada ao responsabilidade pelas infrações cometidas.
órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao
RENAVAM. Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de
propulsão humana e dos veículos de tração animal obedecerão
Art. 124 - Para a expedição do novo Certificado de Registro à regulamentação estabelecida em legislação municipal do
de Veículo serão exigidos os seguintes documentos: domicílio ou residência de seus proprietários. (Redação dada
I - Certificado de Registro de Veículo anterior; pela Lei nº 13.154, de 2015)
II - Certificado de Licenciamento Anual;
III - comprovante de transferência de propriedade, quando Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos
for o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria
CONTRAN; agrícola ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado, sem
IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
poluentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração de diretamente ou mediante convênio. (Incluído pela Lei nº 13.154,
características do veículo; de 2015)
V - comprovante de procedência e justificativa da
propriedade dos componentes e agregados adaptados ou Questões
montados no veículo, quando houver alteração das
características originais de fábrica; 01. (CODAR - Operador de Retroescavadeira –
VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no EXATUS/2016) NÃO será obrigatória a expedição de novo
caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, de Certificado de Registro de Veículo quando:
repartições consulares de carreira, de representações de (A) For alterada qualquer característica do veículo.
organismos internacionais e de seus integrantes; (B) For transferida a propriedade.
VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, (C) Houver mudança de categoria.
expedida no Município do registro anterior, que poderá ser (D) O proprietário mudar de endereço dentro do mesmo
substituída por informação do RENAVAM; município.
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a
tributos, encargos e multas de trânsito vinculados ao veículo,
02. (DETRAN/MT - Administrador - UFMT) Sobre o
independentemente da responsabilidade pelas infrações
registro de veículos pelo Sistema Nacional de Trânsito (SNT),
cometidas;
assinale a afirmativa correta.
IX - (Revogado pela Lei n.º 9.602, de 21-01-1998)
X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto (A) Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de
no art. 98, quando houver alteração nas características Registro de Veículo de acordo com os modelos e especificações
originais do veículo que afetem a emissão de poluentes e ruído; estabelecidos pelo órgão executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal.

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APOSTILAS OPÇÃO

(B) No caso de transferência de propriedade, o prazo para Art. 135 - Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
o proprietário adotar as providências necessárias à efetivação individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou
da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de empregados em qualquer serviço remunerado, para registro,
sessenta dias. licenciamento e respectivo emplacamento de característica
(C) No caso de mudança de domicílio ou residência para comercial, deverão estar devidamente autorizados pelo poder
outro Município pelo proprietário, as providências necessárias público concedente.
à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de
Veículo deverão ser imediatas. Questões
(D) Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque
ou semirreboque, deve ser registrado perante o órgão
executivo de trânsito do Município. 01. (DETRAN/CE - Assistente de Trânsito - CEV/2018)
No que diz respeito ao licenciamento de veículos, assinale a
Gabarito afirmação verdadeira.
(A) O veículo somente será considerado licenciado estando
01.D / 02.C quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de
trânsito e ambientais, vinculados ao veículo,
CAPÍTULO XII independentemente da responsabilidade pelas infrações
DO LICENCIAMENTO cometidas.
(B) Todo veículo automotor, elétrico, articulado, bélico,
Art. 130 - Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semirreboque, para transitar na via, deverá ser
reboque ou semirreboque, para transitar na via, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do
licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o
Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo. veículo.
§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica a veículo de uso (C) O primeiro licenciamento será feito apenas após o
bélico. registro.
§ 2º - No caso de transferência de residência ou domicílio, é (D) Os veículos novos estão sujeitos ao licenciamento e
válido, durante o exercício, o licenciamento de origem. terão sua circulação regulada pelo CONTRAN durante o trajeto
entre a fábrica e o Município de destino.
Art. 131 - O Certificado de Licenciamento Anual será
expedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de 02. (SURG - Agente de Trânsito - CONSULPAM)
Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo Utilizando-se as disposições do Código de Trânsito Brasileiro
CONTRAN. relativas ao licenciamento de veículos, identifique a
§ 1º - O primeiro licenciamento será feito simultaneamente alternativa INCORRETA:
ao registro. (A) Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque
§ 2º - O veículo somente será considerado licenciado estando ou semirreboque, ou de uso bélico, para transitar na via,
quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de
trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, trânsito do Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver
independentemente da responsabilidade pelas infrações registrado o veículo.
cometidas. (B) O veículo somente será considerado licenciado estando
§ 3º - Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de
comprovar sua aprovação nas inspeções de segurança veicular trânsito e ambientais, vinculados ao veículo,
e de controle de emissões de gases poluentes e de ruído, independentemente da responsabilidade pelas infrações
conforme disposto no art. 104. cometidas.
(C) Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá comprovar
Art. 132 - Os veículos novos não estão sujeitos ao sua aprovação nas inspeções de segurança veicular e de
licenciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN controle de emissões de gases poluentes e de ruído.
durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino. (D) Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN durante o
veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
entreposto alfandegário e o Município de destino. (Renumerado
do parágrafo único pela Lei nº 13.103, de 2015) Gabarito

Art. 133 - É obrigatório o porte do Certificado de 01.A / 02.A


Licenciamento Anual.
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no CAPÍTULO XIII
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES
sistema informatizado para verificar se o veículo está licenciado.
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 136 - Os veículos especialmente destinados à condução
coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com
Art. 134 - No caso de transferência de propriedade, o autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de
proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para
trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia tanto:
autenticada do comprovante de transferência de propriedade, I - registro como veículo de passageiros;
devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos
responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e obrigatórios e de segurança;
suas reincidências até a data da comunicação. III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com
Parágrafo único. O comprovante de transferência de quarenta centímetros de largura, à meia altura, em toda a
propriedade de que trata o caput poderá ser substituído por extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com o
documento eletrônico, na forma regulamentada pelo Contran. dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de
(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)

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carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas 04. Os veículos especialmente destinados à condução
devem ser invertidas; coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de autorização emitida pelo órgão ou entidades executivas de
velocidade e tempo; trânsito:
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas (A) dos Municípios
extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz (B) dos Estados e do Distrito Federal
vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira; (C) da União
VI - cintos de segurança em número igual à lotação; (D) de Órgão Colegiado da União, Estados e Municípios
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios
estabelecidos pelo CONTRAN.
Gabarito
Art. 137 - A autorização a que se refere o artigo anterior
deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível, 01.D / 02.C / 03.E / 04.B
com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a condução
de escolares em número superior à capacidade estabelecida pelo CAPÍTULO XIII-A
fabricante. DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
Art. 138 - O condutor de veículo destinado à condução de
escolares deve satisfazer os seguintes requisitos: Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao
I - ter idade superior a vinte e um anos; transporte remunerado de mercadorias – moto-frete – somente
II - ser habilitado na categoria D; poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão
III - (VETADO) ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito
IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou Federal, exigindo-se, para tanto:
gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias durante os I – registro como veículo da categoria de aluguel;
doze últimos meses; II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado
V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do
regulamentação do CONTRAN. condutor em caso de tombamento, nos termos de
regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito – Contran;
Art. 139 - O disposto neste Capítulo não exclui a III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos
competência municipal de aplicar as exigências previstas em termos de regulamentação do Contran;
seus regulamentos, para o transporte de escolares. IV – inspeção semestral para verificação dos equipamentos
obrigatórios e de segurança.
Questões § 1º A instalação ou incorporação de dispositivos para
transporte de cargas deve estar de acordo com a
01. Qual é a característica da categoria D, que é a regulamentação do Contran.
habilitação exigida para a condução de escolares? § 2º É proibido o transporte de combustíveis, produtos
(A) É a de condutor de veículo motorizado de 2 ou 3 rodas, inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata este
com ou sem carro lateral. artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo água
mineral, desde que com o auxílio de sidecar, nos termos de
(B) Condutor de veículo motorizado cujo peso bruto total
regulamentação do Contran.
não exceda a 3500kg.
(C) Condutor de veículo motorizado cujo peso bruto total Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a
exceda a 3500kg. competência municipal ou estadual de aplicar as exigências
(D) Condutor de veículo motorizado utilizado no previstas em seus regulamentos para as atividades de moto-
transporte de passageiros, cuja lotação exceda a 8 lugares, frete no âmbito de suas circunscrições.
excluído o do motorista
(E) Nenhuma das respostas anteriores CAPÍTULO XIV
DA HABILITAÇÃO
02. NÃO é requisito para a habilitação do condutor de
veículo destinado à condução de escolares: Art. 140 - A habilitação para conduzir veículo automotor e
(A) Ter idade superior a vinte e um anos. elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser
(B) Estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou
“B”. do Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato, ou
(C) Possuir habilitação na categoria “C”. na sede estadual ou distrital do próprio órgão, devendo o
(D) Ser aprovado em curso especializado. condutor preencher os seguintes requisitos:
(E) Não ter cometido infração grave durante os doze I - ser penalmente imputável;
últimos meses. II - saber ler e escrever;
III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
Parágrafo único - As informações do candidato à
03. O condutor de veículo destinado à condução de
habilitação serão cadastradas no RENACH.
escolares deve satisfazer entre outros, os seguintes requisitos.
(A) ter idade superior a 18 anos e ser habilitado na Art. 141 - O processo de habilitação, as normas relativas à
categoria B. aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos e
(B) ter idade superior a 18 anos e ser habilitado na à autorização para conduzir ciclomotores serão
categoria D regulamentados pelo CONTRAN.
(C) ter idade superior a 18 anos e não ter cometido § 1º - A autorização para conduzir veículos de propulsão
nenhuma infração durante os últimos 12meses. humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios.
(D) ter idade superior a 21 anos e ser habilitado na
categoria B. Art. 142 - O reconhecimento de habilitação obtida em outro
(E) ter idade superior a 21 anos e ser habilitado na país está subordinado às condições estabelecidas em convenções
categoria D. e acordos internacionais e às normas do CONTRAN.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 143 - Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias Art. 146 - Para conduzir veículos de outra categoria o
de A a E, obedecida a seguinte gradação: condutor deverá realizar exames complementares exigidos para
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou habilitação na categoria pretendida.
três rodas, com ou sem carro lateral;
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não Art. 147 - O candidato à habilitação deverá submeter-se a
abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na seguinte
três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a ordem:
oito lugares, excluído o do motorista; I - de aptidão física e mental;
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado II - (VETADO)
em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e III - escrito, sobre legislação de trânsito;
quinhentos quilogramas; IV - de noções de primeiros socorros, conforme
IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado regulamentação do CONTRAN;
no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo
excluído o do motorista; da categoria para a qual estiver habilitando-se.
V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que § 1º - Os resultados dos exames e a identificação dos
a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja respectivos examinadores serão registrados no RENACH.
unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada § 2º - O exame de aptidão física e mental será preliminar e
tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para
total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares. condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no local
§ 1º - Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá de residência ou domicílio do examinado.
estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter § 3º - O exame previsto no § 2º incluirá avaliação
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser psicológica preliminar e complementar sempre que a ele se
reincidente em infrações médias, durante os últimos doze meses. submeter o condutor que exerce atividade remunerada ao
§ 2º - São os condutores da categoria B autorizados a veículo, incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos
conduzir veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos apenas no exame referente à primeira habilitação.
termos do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a 6.000 kg § 4º - Quando houver indícios de deficiência física, mental,
(seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito) ou de progressividade de doença que possa diminuir a
lugares, excluído o do motorista. capacidade para conduzir o veículo, o prazo previsto no § 2º
§ 3º - Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da poderá ser diminuído por proposta do perito examinador.
combinação de veículos com mais de uma unidade tracionada, § 5º - condutor que exerce atividade remunerada ao veículo
independentemente da capacidade de tração ou do peso bruto terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de
total. Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional de
Trânsito – Contran.
Art. 144 - O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto
ou o equipamento automotor destinado à movimentação de Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é
cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de assegurada acessibilidade de comunicação, mediante emprego
construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em todas as
pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou E. etapas do processo de habilitação. (Incluído pela Lei nº 13.146,
Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos de 2015)
automotores destinados a executar trabalhos agrícolas poderão § 1º O material didático audiovisual utilizado em aulas
ser conduzidos em via pública também por condutor habilitado teóricas dos cursos que precedem os exames previstos no art.
na categoria B. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) 147 desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitulação com
legenda oculta associada à tradução simultânea em Libras.
Art. 145 - Para habilitar-se nas categorias D e E ou para (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de § 2º É assegurado também ao candidato com deficiência
escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de
deverá preencher os seguintes requisitos: intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas práticas
I - ser maior de vinte e um anos; e teóricas.
II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há Art. 148 - Os exames de habilitação, exceto os de direção
um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou
categoria D; e privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas
habilitar-se na categoria E; estabelecidas pelo CONTRAN.
III - não ter cometido nenhuma infração grave ou § 1º - A formação de condutores deverá incluir,
gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os obrigatoriamente, curso de direção defensiva e de conceitos
últimos doze meses; básicos de proteção ao meio ambiente relacionados com o
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de trânsito.
treinamento de prática veicular em situação de risco, nos termos § 2º - Ao candidato aprovado será conferida Permissão para
da normalização do CONTRAN. Dirigir, com validade de um ano.
Parágrafo único. A participação em curso especializado § 3º - A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao
previsto no inciso IV independe da observância do disposto no condutor no término de um ano, desde que o mesmo não tenha
inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou
seja reincidente em infração média.
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir § 4º - A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação,
ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento tendo em vista a incapacidade de atendimento do disposto no
especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5 parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o
(cinco) anos, nos termos da normatização do Contran. (Incluído processo de habilitação.
pela Lei nº 12.998, de 2014) § 5º - O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN poderá
dispensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem o

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cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo pelo dirigente do órgão executivo local de trânsito. (Redação
Departamento de Aeronáutica Civil, respectivamente, da dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
prestação do exame de aptidão física e mental. § 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos
um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou
Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão superior à pretendida pelo candidato.
submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação e § 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e
renovação da Carteira Nacional de Habilitação. (Incluído pela bombeiros dos órgãos de segurança pública da União, dos
Lei nº 13.103, de 2015) Estados e do Distrito Federal que possuírem curso de formação
§ 1º O exame de que trata este artigo buscará aferir o de condutor ministrado em suas corporações serão dispensados,
consumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente, para a concessão do documento de habilitação, dos exames aos
comprometam a capacidade de direção e deverá ter janela de quais se houverem submetido com aprovação naquele curso,
detecção mínima de 90 (noventa) dias, nos termos das normas desde que neles sejam observadas as normas estabelecidas pelo
do Contran. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) Contran. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 2º Os condutores das categorias C, D e E com Carteira § 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado
Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco) anos deverão na dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento com
fazer o exame previsto no § 1º no prazo de 2 (dois) anos e 6 (seis) ofício do comandante, chefe ou diretor da unidade
meses a contar da realização do disposto no caput. (Incluído administrativa onde prestar serviço, do qual constarão o
pela Lei nº 13.103, de 2015) número do registro de identificação, naturalidade, nome,
§ 3º Os condutores das categorias C, D e E com Carteira filiação, idade e categoria em que se habilitou a conduzir,
Nacional de Habilitação com validade de 3 (três) anos deverão acompanhado de cópia das atas dos exames prestados.
fazer o exame previsto no § 1º no prazo de 1 (um) ano e 6 (seis) (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
meses a contar da realização do disposto no caput. (Incluído
pela Lei nº 13.103, de 2015) Art. 153 - O candidato habilitado terá em seu prontuário a
§ 4º É garantido o direito de contraprova e de recurso identificação de seus instrutores e examinadores, que serão
administrativo no caso de resultado positivo para o exame de passíveis de punição conforme regulamentação a ser
que trata o caput, nos termos das normas do Contran. (Incluído estabelecida pelo CONTRAN.
pela Lei nº 13.103, de 2015) Parágrafo único - As penalidades aplicadas aos instrutores
e examinadores serão de advertência, suspensão e cancelamento
§ 5º A reprovação no exame previsto neste artigo terá como
consequência a suspensão do direito de dirigir pelo período de 3 da autorização para o exercício da atividade, conforme a falta
(três) meses, condicionado o levantamento da suspensão ao cometida.
resultado negativo em novo exame, e vedada a aplicação de
outras penalidades, ainda que acessórias. (Incluído pela Lei nº Art. 154 - Os veículos destinados à formação de condutores
13.103, de 2015) serão identificados por uma faixa amarela, de vinte centímetros
de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia altura, com
§ 6º O resultado do exame somente será divulgado para o
a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
interessado e não poderá ser utilizado para fins estranhos ao
Parágrafo único - No veículo eventualmente utilizado para
disposto neste artigo ou no § 6º do art. 168 da Consolidação das
aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, deverá
Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de
ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, faixa
1º de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
branca removível, de vinte centímetros de largura, com a
§ 7º O exame será realizado, em regime de livre inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
concorrência, pelos laboratórios credenciados pelo
Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, nos termos Art. 155 - A formação de condutor de veículo automotor e
das normas do Contran, vedado aos entes públicos: (Incluído elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão
pela Lei nº 13.103, de 2015) executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal,
I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº 13.103, pertencente ou não à entidade credenciada.
de 2015) Parágrafo único - Ao aprendiz será expedida autorização
II - limitar o número de empresas ou o número de locais em para aprendizagem, de acordo com a regulamentação do
que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela Lei nº 13.103, CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física, mental,
de 2015) de primeiros socorros e sobre legislação de trânsito.
III - estabelecer regras de exclusividade territorial. (Incluído
pela Lei nº 13.103, de 2015) Art. 156 - O CONTRAN regulamentará o credenciamento
para prestação de serviço pelas autoescolas e outras entidades
Art. 149 - (VETADO) destinadas à formação de condutores e às exigências necessárias
para o exercício das atividades de instrutor e examinador.
Art. 150 - Ao renovar os exames previstos no artigo anterior,
o condutor que não tenha curso de direção defensiva e primeiros Art. 157 - (VETADO)
socorros deverá a eles ser submetido, conforme normalização do
CONTRAN. Art. 158 - A aprendizagem só poderá realizar-se:
Parágrafo único - A empresa que utiliza condutores I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão
contratados para operar a sua frota de veículos é obrigada a executivo de trânsito;
fornecer curso de direção defensiva, primeiros socorros e outros II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.
conforme normalização do CONTRAN. § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na
aprendizagem poderá conduzir apenas mais um acompanhante.
Art. 151 - No caso de reprovação no exame escrito sobre § 2º Parte da aprendizagem será obrigatoriamente
legislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só realizada durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a
poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da carga horária mínima correspondente.
divulgação do resultado.
Art. 159 - A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
Art. 152. O exame de direção veicular será realizado modelo único e de acordo com as especificações do CONTRAN,
perante comissão integrada por 3 (três) membros designados atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá

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fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e do Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato,
equivalerá a documento de identidade em todo o território ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão, devendo o
nacional. condutor preencher os seguintes requisitos:
§ 1º - É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da (A) Ser penalmente imputável, saber ler e escrever,
Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à comprovar que votou na última eleição.
direção do veículo. (B) Ser penalmente imputável, saber ler e escrever, possuir
§ 2º - (VETADO) Carteira de Identidade ou equivalente.
§ 3º - A emissão de nova via da Carteira Nacional de (C) Saber ler e escrever, possuir Carteira de Identidade ou
Habilitação será regulamentada pelo CONTRAN. equivalente, comprovar que votou na última eleição.
§ 4º - (VETADO) (D) Saber ler e escrever, possuir Carteira de Identidade ou
§ 5º - A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para equivalente e, para as pessoas do sexo masculino, apresentar
Dirigir somente terão validade para a condução de veículo o Certificado de Reservista.
quando apresentada em original.
§ 6º - A identificação da Carteira Nacional de Habilitação
04. (DPE/RO - Técnico da Defensoria Pública -
expedida e a da autoridade expedidora serão registradas no
Motorista - FGV) José, habilitado na categoria “B”, é
RENACH.
demandado por seu chefe, que lhe pede para conduzir veículo
§ 7º - A cada condutor corresponderá um único registro no
com lotação superior a nove lugares. Nesse caso, José:
RENACH, agregando-se neste todas as informações.
§ 8º - A renovação da validade da Carteira Nacional de (A) poderá conduzir veículo motorizado de duas ou três
Habilitação ou a emissão de uma nova via somente será rodas, com ou sem carro lateral;
realizada após quitação de débitos constantes do prontuário do (B) não poderá conduzir o veículo, pois motoristas
condutor. habilitados na categoria 'B' podem conduzir veículos com no
§ 9º - (VETADO) máximo oito passageiros, excluído o condutor;
§ 10 - A validade da Carteira Nacional de Habilitação está (C) poderá conduzir veículo motorizado, de duas rodas,
condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão física e com carro lateral;
mental. (D) poderá conduzir veículo motorizado com unidade
§ 11 - A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na acoplada;
vigência do Código anterior, será substituída por ocasião do (E) poderá conduzir veículo motorizado, cuja função seja
vencimento do prazo para revalidação do exame de aptidão de transporte de carga.
física e mental, ressalvados os casos especiais previstos nesta Lei.
05. (SEDS/TO - Assistente Socioeducativo - Motorista -
Art. 160 - O condutor condenado por delito de trânsito FUNCAB) Laura está com a Carteira Nacional de Habilitação
deverá ser submetido a novos exames para que possa voltar a vencida. Para não cometer infração de trânsito, ela poderá
dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN, dirigir seu veículo com a sua CNH vencida, por até:
independentemente do reconhecimento da prescrição, em face (A) 10 dias.
da pena concretizada na sentença. (B) 15 dias.
§ 1º - Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido (C) 30 dias.
poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a juízo
(D) 45 dias.
da autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada ampla
defesa ao condutor.
§ 2º - No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva Gabarito
estadual de trânsito poderá apreender o documento de
habilitação do condutor até a sua aprovação nos exames 01.D / 02.B / 03.B / 04.B / 05.C
realizados.
CAPÍTULO XV
Questões DAS INFRAÇÕES

01. (Pref. Japeri/RJ - Agente de Trânsito - FBC) Segundo Art. 161 - Constitui infração de trânsito a inobservância de
o Sistema Nacional de Transito quais as categorias de qualquer preceito deste Código, da legislação complementar ou
Habilitação da CNH? das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às
(A) A e B. penalidades e medidas administrativas indicadas em cada
(B) A, B e C. artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX.
Parágrafo único - As infrações cometidas em relação às
(C) A, B, C e D.
resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas
(D) A, B, C, D e E.
administrativas definidas nas próprias resoluções.
(E) A, B, C, D, E e F.
Art. 162. Dirigir veículo:
02. (DETRAN/MT - Auxiliar do Serviço de Trânsito - I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão
UFMT) Carlos Estudioso foi reprovado no exame de direção para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor:
veicular. De acordo com a Lei N.º 9.503/1997, Código de (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Trânsito Brasileiro (CTB), Carlos poderá repetir o exame a Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
partir da divulgação do resultado, no mínimo, em 2016)
(A) 30 dias. Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº
(B) 15 dias. 13.281, de 2016)
(C) 20 dias. Medida administrativa - retenção do veículo até a
(D) 45 dias. apresentação de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº
03. (DETRAN/MT - Agente do Serviço de Trânsito - 13.281, de 2016)
UFMT) A habilitação para conduzir veículo automotor e II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para
elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou
realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou

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com suspensão do direito de dirigir: (Redação dada pela Lei nº influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma
13.281, de 2016) estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
2016) Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº dirigir por 12 (doze) meses;
13.281, de 2016) Medida administrativa - recolhimento do documento de
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º
habilitação e retenção do veículo até a apresentação de do art. 270.
condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão
para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja Art. 166 - Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa
conduzindo: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de estiver em condições de dirigi-lo com segurança:
2016) Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (duas vezes); (Redação dada pela Lei nº Penalidade - multa.
13.281, de 2016)
Medida administrativa - retenção do veículo até a Art. 167 - Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto
apresentação de condutor habilitado; de segurança, conforme previsto no art. 65:
IV - (VETADO) Infração - grave;
Penalidade - multa;
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação Medida administrativa - retenção do veículo até colocação
vencida há mais de trinta dias: do cinto pelo infrator.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Art. 168 - Transportar crianças em veículo automotor sem
Medida administrativa - recolhimento da Carteira observância das normas de segurança especiais estabelecidas
Nacional de Habilitação e retenção do veículo até a neste Código:
apresentação de condutor habilitado; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de Medida administrativa - retenção do veículo até que a
audição, de prótese física ou as adaptações do veículo impostas irregularidade seja sanada.
por ocasião da concessão ou da renovação da licença para
conduzir: Art. 169 - Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
Infração - gravíssima; indispensáveis à segurança:
Penalidade - multa; Infração - leve;
Medida administrativa - retenção do veículo até o Penalidade - multa.
saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor
habilitado. Art. 170 - Dirigir ameaçando os pedestres que estejam
atravessando a via pública, ou os demais veículos:
Art. 163 - Entregar a direção do veículo a pessoa nas Infração - gravíssima;
condições previstas no artigo anterior: Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior; Medida administrativa - retenção do veículo e
Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior; recolhimento do documento de habilitação.
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do
artigo anterior. Art. 171 - Usar o veículo para arremessar, sobre os
pedestres ou veículos, água ou detritos:
Art. 164 - Permitir que pessoa nas condições referidas Infração - média;
nos incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e passe Penalidade - multa.
a conduzi-lo na via:
Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162; Art. 172 - Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162; substâncias:
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do Infração - média;
art. 162. Penalidade - multa.

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer Art. 173 - Disputar corrida:
outra substância psicoativa que determine dependência: Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo;
dirigir por 12 (doze) meses. Medida administrativa - recolhimento do documento de
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.
habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
4º do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da
Código de Trânsito Brasileiro. infração anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014)
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) Art. 174. Promover, na via, competição, eventos
meses. organizados, exibição e demonstração de perícia em manobra
de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via:
clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar Infração - gravíssima;

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Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de Medida administrativa - remoção do veículo.
dirigir e apreensão do veículo;
Medida administrativa - recolhimento do documento de Art. 181 - Estacionar o veículo:
habilitação e remoção do veículo. I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
§ 1º As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos alinhamento da via transversal:
condutores participantes. Infração - média;
§ 2º Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso Penalidade - multa;
de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração Medida administrativa - remoção do veículo;
anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014)
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta
Art. 175 - Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir centímetros a um metro:
manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou Infração - leve;
frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus: Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
dirigir e apreensão do veículo; metro:
Medida administrativa - recolhimento do documento de Infração - grave;
habilitação e remoção do veículo. Penalidade - multa;
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no Medida administrativa - remoção do veículo;
caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da
infração anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014) IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
Código:
Art. 176 - Deixar o condutor envolvido em acidente com Infração - média;
vítima: Penalidade - multa;
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo Medida administrativa - remoção do veículo;
fazê-lo;
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias
evitar perigo para o trânsito no local; de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento:
III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da Infração - gravíssima;
polícia e da perícia; Penalidade - multa;
IV - de adotar providências para remover o veículo do local, Medida administrativa - remoção do veículo;
quando determinadas por policial ou agente da autoridade de
trânsito; VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações ou tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde que
necessárias à confecção do boletim de ocorrência: devidamente identificados, conforme especificação do
Infração - gravíssima; CONTRAN:
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de Infração - média;
dirigir; Penalidade - multa;
Medida administrativa - recolhimento do documento de Medida administrativa - remoção do veículo;
habilitação.
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior:
Art. 177 - Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de Infração - leve;
acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus Penalidade - multa;
agentes: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave;
Penalidade - multa. VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre
ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou
Art. 178 - Deixar o condutor, envolvido em acidente sem sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas
vítima, de adotar providências para remover o veículo do local, de canalização, gramados ou jardim público:
quando necessária tal medida para assegurar a segurança e a Infração - grave;
fluidez do trânsito: Penalidade - multa;
Infração - média; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa.
IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada
Art. 179 - Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na destinada à entrada ou saída de veículos:
via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua Infração - média;
remoção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado: Penalidade - multa;
I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito Medida administrativa - remoção do veículo;
rápido:
Infração - grave; X - impedindo a movimentação de outro veículo:
Penalidade - multa; Infração - média;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
II - nas demais vias: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - leve;
Penalidade - multa. XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Infração - grave;
Art. 180 - Ter seu veículo imobilizado na via por falta de Penalidade - multa;
combustível: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média;
Penalidade - multa;

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XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta
circulação de veículos e pedestres: centímetros a um metro:
Infração - grave; Infração - leve;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de metro:
ponto de embarque ou desembarque de passageiros de Infração - média;
transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no Penalidade - multa;
intervalo compreendido entre dez metros antes e depois do
marco do ponto: IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
Infração - média; Código:
Penalidade - multa; Infração - leve;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;

XIV - nos viadutos, pontes e túneis: V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias
Infração - grave; de trânsito rápido e das demais vias dotadas de acostamento:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;

XV - na contramão de direção: VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas


Infração - média; ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de
Penalidade - multa; rolamento e marcas de canalização:
Infração - leve;
XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado Penalidade - multa;
e sem calço de segurança, quando se tratar de veículo com peso VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
bruto total superior a três mil e quinhentos quilogramas: circulação de veículos e pedestres:
Infração - grave; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
XVII - em desacordo com as condições regulamentadas Infração - média;
especificamente pela sinalização (placa - Estacionamento Penalidade - multa;
Regulamentado):
Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de IX - na contramão de direção:
2015) Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
X - em local e horário proibidos especificamente pela
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela sinalização (placa - Proibido Parar):
sinalização (placa - Proibido Estacionar): Infração - média;
Infração - média; Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Art. 183 - Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na
mudança de sinal luminoso:
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada Infração - média;
proibidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e Estacionar): Penalidade - multa.
Infração - grave;
Penalidade - multa; Art. 184 - Transitar com o veículo:
Medida administrativa - remoção do veículo. I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de
circulação exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à direita:
idosos, sem credencial que comprove tal condição: (Incluído pela Infração - leve;
Lei nº 13.281, de 2016) Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído circulação exclusiva para determinado tipo de veículo:
pela Lei nº 13.281, de 2016) Infração - grave;
Penalidade - multa.
§ 1º - Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de
trânsito aplicará a penalidade preferencialmente após a III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada
remoção do veículo. com circulação destinada aos veículos de transporte público
§ 2º - No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o coletivo de passageiros, salvo casos de força maior e com
calço de segurança na via. autorização do poder público competente: (Incluído pela Lei
nº 13.154, de 2015)
Art. 182 - Parar o veículo: Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do 2015)
alinhamento da via transversal: Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído
Infração - média; pela Lei nº 13.154, de 2015)
Penalidade - multa;

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Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído Art. 193 - Transitar com o veículo em calçadas, passeios,
pela Lei nº 13.154, de 2015) passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos,
canteiros centrais e divisores de pista de rolamento,
Art. 185 - Quando o veículo estiver em movimento, deixar de acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins
conservá-lo: públicos:
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de Infração - gravíssima;
regulamentação, exceto em situações de emergência; Penalidade - multa (três vezes).
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte:
Infração - média; Art. 194 - Transitar em marcha à ré, salvo na distância
Penalidade - multa. necessária a pequenas manobras e de forma a não causar riscos
à segurança:
Art. 186 - Transitar pela contramão de direção em: Infração - grave;
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para Penalidade - multa.
ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário,
respeitada a preferência do veículo que transitar em sentido Art. 195 - Desobedecer às ordens emanadas da autoridade
contrário: competente de trânsito ou de seus agentes:
Infração - grave; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.

II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único Art. 196 - Deixar de indicar com antecedência, mediante
de circulação: gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do
Infração - gravíssima; veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o
Penalidade - multa. veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação:
Infração - grave;
Art. 187 - Transitar em locais e horários não permitidos Penalidade - multa.
pela regulamentação estabelecida pela autoridade competente:
I - para todos os tipos de veículos: Art. 197 - Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo
Infração - média; para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da
Penalidade - multa; respectiva mão de direção, quando for manobrar para um
II - (Revogado) desses lados:
Infração - média;
Art. 188 - Transitar ao lado de outro veículo, Penalidade - multa.
interrompendo ou perturbando o trânsito:
Infração - média; Art. 198 - Deixar de dar passagem pela esquerda, quando
Penalidade - multa. solicitado:
Infração - média;
Art. 189 - Deixar de dar passagem aos veículos precedidos Penalidade - multa.
de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de
operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em Art. 199 - Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo
serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que
regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha vai entrar à esquerda:
intermitentes: Infração - média;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 200 - Ultrapassar pela direita veículo de transporte
Art. 190 - Seguir veículo em serviço de urgência, estando coletivo ou de escolares, parado para embarque ou
este com prioridade de passagem devidamente identificada por desembarque de passageiros, salvo quando houver refúgio de
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação segurança para o pedestre:
vermelha intermitentes: Infração - gravíssima;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 201 - Deixar de guardar a distância lateral de um metro
Art. 191 - Forçar passagem entre veículos que, transitando e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
em sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo Infração - média;
outro ao realizar operação de ultrapassagem: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de Art. 202 - Ultrapassar outro veículo:
dirigir. I - pelo acostamento;
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no II - em interseções e passagens de nível;
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses Infração - gravíssima;
da infração anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014) Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Lei nº
12.971/2014)
Art. 192 - Deixar de guardar distância de segurança lateral
e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação Art. 203 - Ultrapassar pela contramão outro veículo:
ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente;
as condições climáticas do local da circulação e do veículo: II - nas faixas de pedestre;
Infração - grave; III - nas pontes, viadutos ou túneis;
Penalidade - multa. IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras,
cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre
circulação;

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APOSTILAS OPÇÃO

V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de Art. 213 - Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva
fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua marcha for interceptada:
amarela: I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas,
Infração - gravíssima; desfiles e outros:
Penalidade – multa (cinco vezes). Infração - gravíssima;
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no Penalidade - multa.
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses
da infração anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014) II - por agrupamento de veículos, como cortejos, formações
militares e outros:
Art. 204 - Deixar de parar o veículo no acostamento à Infração - grave;
direita, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou Penalidade - multa.
entrar à esquerda, onde não houver local apropriado para
operação de retorno: Art. 214 - Deixar de dar preferência de passagem a pedestre
Infração - grave; e a veículo não motorizado:
Penalidade - multa. I - que se encontre na faixa a ele destinada;
II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra
Art. 205 - Ultrapassar veículo em movimento que integre sinal verde para o veículo;
cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e
autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes: gestantes:
Infração - leve; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 206 - Executar operação de retorno: IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja
I - em locais proibidos pela sinalização; sinalização a ele destinada;
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis; V - que esteja atravessando a via transversal para onde se
III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, dirige o veículo:
ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de rolamento, Infração - grave;
refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não motorizados; Penalidade - multa.
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da
via transversal; Art. 215 - Deixar de dar preferência de passagem:
V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda I - em interseção não sinalizada:
que em locais permitidos: a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória;
Infração - gravíssima; b) a veículo que vier da direita;
Penalidade - multa. II - nas interseções com sinalização de regulamentação de
Dê a Preferência:
Art. 207 - Executar operação de conversão à direita ou à Infração - grave;
esquerda em locais proibidos pela sinalização: Penalidade - multa.
Infração - grave;
Penalidade - multa. Art. 216 - Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar
adequadamente posicionado para ingresso na via e sem as
Art. 208 - Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de precauções com a segurança de pedestres e de outros veículos:
parada obrigatória: Infração - média;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 217 - Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem
Art. 209 - Transpor, sem autorização, bloqueio viário com dar preferência de passagem a pedestres e a outros veículos:
ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar Infração - média;
às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para não Penalidade - multa.
efetuar o pagamento do pedágio:
Infração - grave; Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima
Penalidade - multa. permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento
hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e
Art. 210 - Transpor, sem autorização, bloqueio viário demais vias:
policial: I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20%
Infração - gravíssima; (vinte por cento):
Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do Infração - média;
direito de dirigir; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo e
recolhimento do documento de habilitação. II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de
20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por cento):
Art. 211 - Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de Infração - grave;
sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer Penalidade - multa;
outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados:
Infração - grave; III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de
Penalidade - multa. 50% (cinquenta por cento):
Infração - gravíssima;
Art. 212 - Deixar de parar o veículo antes de transpor linha Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do
férrea: direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 219 - Transitar com o veículo em velocidade inferior à Art. 224 - Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias
metade da velocidade máxima estabelecida para a via, providas de iluminação pública:
retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições Infração - leve;
de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na Penalidade - multa.
faixa da direita:
Infração - média; Art. 225 - Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os
Penalidade - multa. demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes
externas ou omitir-se quanto a providências necessárias para
Art. 220 - Deixar de reduzir a velocidade do veículo de tornar visível o local, quando:
forma compatível com a segurança do trânsito: I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou
I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, permanecer no acostamento;
cortejos, préstitos e desfiles: II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser
Infração - gravíssima; retirada imediatamente:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Penalidade - multa.
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo
agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros ou Art. 226 - Deixar de retirar todo e qualquer objeto que
gestos; tenha sido utilizado para sinalização temporária da via:
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou Infração - média;
acostamento; Penalidade - multa.
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não
sinalizada; Art. 227 - Usar buzina:
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada; I - em situação que não a de simples toque breve como
VI - nos trechos em curva de pequeno raio; advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
de obras ou trabalhadores na pista; III - entre as vinte e duas e as seis horas;
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes; IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
IX - quando houver má visibilidade; V - em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, pelo CONTRAN:
defeituoso ou avariado; Infração - leve;
XI - à aproximação de animais na pista; Penalidade - multa.
XII - em declive;
XIII - ao ultrapassar ciclista: Art. 228 - Usar no veículo equipamento com som em volume
Infração - grave; ou frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Penalidade - multa;
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de Medida administrativa - retenção do veículo para
embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa regularização.
movimentação de pedestres:
Infração - gravíssima; Art. 229 - Usar indevidamente no veículo aparelho de
Penalidade - multa. alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego
público, em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:
Art. 221 - Portar no veículo placas de identificação em Infração - média;
desacordo com as especificações e modelos estabelecidos pelo Penalidade - multa e apreensão do veículo;
CONTRAN: Medida administrativa - remoção do veículo.
Infração - média;
Penalidade - multa; Art. 230 - Conduzir o veículo:
Medida administrativa - retenção do veículo para I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou
regularização e apreensão das placas irregulares. qualquer outro elemento de identificação do veículo violado ou
Parágrafo único - Incide na mesma penalidade aquele que falsificado;
confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de II - transportando passageiros em compartimento de carga,
terceiros, placas de identificação não autorizadas pela salvo por motivo de força maior, com permissão da autoridade
regulamentação. competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN;
III - com dispositivo antirradar;
Art. 222 - Deixar de manter ligado, nas situações de IV - sem qualquer uma das placas de identificação;
atendimento de emergência, o sistema de iluminação vermelha V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e VI - com qualquer uma das placas de identificação sem
salvamento, de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda condições de legibilidade e visibilidade:
que parados: Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Penalidade - multa. Medida administrativa - remoção do veículo;

Art. 223 - Transitar com o farol desregulado ou com o facho VII - com a cor ou característica alterada;
de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor: VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança
Infração - grave; veicular, quando obrigatória;
Penalidade - multa; IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
Medida administrativa - retenção do veículo para ineficiente ou inoperante;
regularização. X - com equipamento obrigatório em desacordo com o
estabelecido pelo CONTRAN;

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APOSTILAS OPÇÃO

XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis
defeituoso, deficiente ou inoperante; superiores aos fixados pelo CONTRAN;
XII - com equipamento ou acessório proibido; IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem
sinalização alterados; autorização:
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade Infração - grave;
e tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência desse Penalidade - multa;
aparelho; Medida administrativa - retenção do veículo para
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter regularização;
publicitário afixados ou pintados no para-brisa e em toda a
extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as hipóteses V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância
previstas neste Código; quando aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por pelo CONTRAN:
películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas; Infração - média;
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas
pela legislação; ou fração de excesso de peso apurado, constante na seguinte
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a tabela:
segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais
e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104; e trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
XIX - sem acionar o limpador de para-brisa sob chuva: 2016)
Infração - grave; b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos
Penalidade - multa; quilogramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos);
Medida administrativa - retenção do veículo para (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
regularização; c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) -
R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); (Redação
XX - sem portar a autorização para condução de escolares, dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
na forma estabelecida no art. 136: d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - R$
Infração - grave; 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos); (Redação
Penalidade - multa e apreensão do veículo; dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil
XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais quilogramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis
inscrições previstas neste Código; centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20
ou com lâmpadas queimadas: (cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada pela Lei
Infração - média; nº 13.281, de 2016)
Penalidade - multa.
VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. autoridade competente para transitar com dimensões
67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao excedentes, ou quando a mesma estiver vencida:
volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de Infração - grave;
veículo de transporte de carga ou coletivo de passageiros: Penalidade - multa e apreensão do veículo;
(Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
2015) VII - com lotação excedente;
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens,
2015) quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força
Medida administrativa - retenção do veículo para maior ou com permissão da autoridade competente:
cumprimento do tempo de descanso aplicável. (Redação dada Infração - média;
pela Lei nº 13.103, de 2015) Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo;
XXIV- (VETADO)
§1º Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12 IX - desligado ou desengrenado, em declive:
(doze) meses, será convertida, automaticamente, a penalidade Infração - média;
disposta no inciso XXIII em infração grave. (Incluído pela Lei nº Penalidade - multa;
13.103, de 2015) Medida administrativa - retenção do veículo;
§2º Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do
veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito, judicial X - excedendo a capacidade máxima de tração:
ou administrativo, da multa. (Incluído pela Lei nº 13.103, de Infração - de média a gravíssima, a depender da relação
2015) entre o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de
tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN;
Art. 231 - Transitar com o veículo: Penalidade - multa;
I - danificando a via, suas instalações e equipamentos; Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via: de carga excedente.
a) carga que esteja transportando; Parágrafo único - Sem prejuízo das multas previstas
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; nos incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de peso ou
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente: excedendo à capacidade máxima de tração, não computado o
Infração - gravíssima; percentual tolerado na forma do disposto na legislação, somente
Penalidade - multa; poderá continuar viagem após descarregar o que exceder,
Medida administrativa - retenção do veículo para segundo critérios estabelecidos na referida legislação
regularização; complementar.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 232 - Conduzir veículo sem os documentos de porte Art. 242 - Fazer falsa declaração de domicílio para fins de
obrigatório referidos neste Código: registro, licenciamento ou habilitação:
Infração - leve; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.
Medida administrativa - retenção do veículo até a
apresentação do documento. Art. 243 - Deixar a empresa seguradora de comunicar ao
órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de perda
Art. 233 - Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas e
de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as documentos:
hipóteses previstas no art. 123: Infração - grave;
Infração - grave; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos
Medida administrativa - retenção do veículo para documentos.
regularização.
Art. 244 - Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
Art. 234 - Falsificar ou adulterar documento de habilitação I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de
e de identificação do veículo: proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações
Infração - gravíssima; aprovadas pelo CONTRAN;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; II - transportando passageiro sem o capacete de segurança,
Medida administrativa - remoção do veículo. na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento
suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
Art. 235 - Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em
externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados: uma roda;
Infração - grave; IV - com os faróis apagados;
Penalidade - multa; V - transportando criança menor de sete anos ou que não
Medida administrativa - retenção do veículo para tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria
transbordo. segurança:
Infração - gravíssima;
Art. 236 - Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
salvo em casos de emergência: Medida administrativa - Recolhimento do documento de
Infração - média; habilitação;
Penalidade - multa.
VI - rebocando outro veículo;
Art. 237 - Transitar com o veículo em desacordo com as VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo
especificações, e com falta de inscrição e simbologia necessárias eventualmente para indicação de manobras;
à sua identificação, quando exigidas pela legislação: VIII – transportando carga incompatível com suas
Infração - grave; especificações ou em desacordo com o previsto no § 2º do art.
Penalidade - multa; 139-A desta Lei;
Medida administrativa - retenção do veículo para IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em
regularização. desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as
normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas:
Art. 238 - Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou Infração – grave;
a seus agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, Penalidade – multa;
de registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por lei, Medida administrativa – apreensão do veículo para
para averiguação de sua autenticidade: regularização.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; § 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII,
Medida administrativa - remoção do veículo. além de:
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento
Art. 239 - Retirar do local veículo legalmente retido para especial a ele destinado;
regularização, sem permissão da autoridade competente ou de b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo
seus agentes: onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias;
Infração - gravíssima; c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias,
Penalidade - multa e apreensão do veículo; condições de cuidar de sua própria segurança.
Medida administrativa - remoção do veículo.
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do
Art. 240 - Deixar o responsável de promover a baixa do parágrafo anterior:
registro de veículo irrecuperável ou definitivamente Infração - média;
desmontado:
Infração - grave; § 3º A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo
Penalidade - multa; não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem
Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de semirreboques especialmente projetados para esse fim e
Registro e do Certificado de Licenciamento Anual. devidamente homologados pelo órgão competente.
Penalidade - multa.
Art. 241 - Deixar de atualizar o cadastro de registro do
veículo ou de habilitação do condutor: Art. 245 - Utilizar a via para depósito de mercadorias,
Infração - leve; materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou
Penalidade - multa. entidade de trânsito com circunscrição sobre a via:
Infração - grave;
Penalidade - multa;

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APOSTILAS OPÇÃO

Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do II - transportando pessoas, animais ou volume à sua


material. esquerda ou entre os braços e pernas;
Parágrafo único - A penalidade e a medida administrativa III - com incapacidade física ou mental temporária que
incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. comprometa a segurança do trânsito;
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que
Art. 246 - Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre comprometa a utilização dos pedais;
circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer
via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou
indevidamente: acionar equipamentos e acessórios do veículo;
Infração - gravíssima; VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério aparelhagem sonora ou de telefone celular;
da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança. Infração - média;
Parágrafo único - A penalidade será aplicada à pessoa Penalidade - multa.
física ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em
autoridade com circunscrição sobre a via providenciar a movimento: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
sinalização de emergência, às expensas do responsável, ou, se Infração - média; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
possível, promover a desobstrução. Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)

Art. 247 - Deixar de conduzir pelo bordo da pista de Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V
rolamento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão caracterizar-se-á como infração gravíssima no caso de o
humana e os de tração animal, sempre que não houver condutor estar segurando ou manuseando telefone celular.
acostamento ou faixa a eles destinados: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração - média;
Penalidade - multa. Art. 253 - Bloquear a via com veículo:
Infração - gravíssima;
Art. 248 - Transportar em veículo destinado ao transporte Penalidade - multa e apreensão do veículo;
de passageiros carga excedente em desacordo com o Medida administrativa - remoção do veículo.
estabelecido no art. 109:
Infração - grave; Art. 253-A. Usar veículo para, deliberadamente,
Penalidade - multa; interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem
Medida administrativa - retenção para o transbordo. autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
Art. 249 - Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13. 281, de
posição, quando o veículo estiver parado, para fins de embarque 2016)
ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de
mercadorias: dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13. 281, de
Infração - média; 2016)
Penalidade - multa. Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído
pela Lei nº 13. 281, de 2016)
Art. 250 - Quando o veículo estiver em movimento: § 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos
I - deixar de manter acesa a luz baixa: organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído pela Lei
a) durante a noite; nº 13. 281, de 2016)
b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e nas § 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no
rodovias (Redação dada pela Lei nº 13.290, de 2016); período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de
c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte 2016)
coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas a eles § 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou
destinadas; jurídicas que incorram na infração, devendo a autoridade com
d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores; circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se possível,
II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição as condições de normalidade para a circulação na via. (Incluído
sob chuva forte, neblina ou cerração; pela Lei nº 13. 281, de 2016)
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
Infração - média; Art. 254 - É proibido ao pedestre:
Penalidade - multa. I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto
para cruzá-las onde for permitido;
Art. 251 - Utilizar as luzes do veículo: II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de túneis, salvo onde exista permissão;
emergência; III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes quando houver sinalização para esse fim;
situações: IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo,
outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo; esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a
b) em imobilizações ou situação de emergência, como devida licença da autoridade competente;
advertência, utilizando pisca-alerta; V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea
c) quando a sinalização de regulamentação da via ou subterrânea;
determinar o uso do pisca-alerta: VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
Infração - média; Infração - leve;
Penalidade - multa. Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do valor
da infração de natureza leve.
Art. 252 - Dirigir o veículo: VII e §§ - (VETADOS). (Incluídos pela Lei nº 13. 281, de 2016)
I - com o braço do lado de fora;

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 255 - Conduzir bicicleta em passeios onde não seja Art. 257 - As penalidades serão impostas ao condutor, ao
permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador,
desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 69: salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres
Infração - média; impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente
Penalidade - multa; mencionados neste Código.
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante § 1º - Aos proprietários e condutores de veículos serão
recibo para o pagamento da multa. impostas concomitantemente as penalidades de que trata este
Código toda vez que houver responsabilidade solidária em
Questões infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo
cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída.
01. (Prefeitura de Quixadá/CE - Motorista D - § 2º - Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade
SERCTAM/2016) A não utilização do cinto de segurança por pela infração referente à prévia regularização e preenchimento
condutor e passageiros, conforme previsto no art. 65 do das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo
Código de Trânsito Brasileiro – CTB, acumula quantos pontos na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas
na Carteira Nacional de Habilitação do infrator? características, componentes, agregados, habilitação legal e
(A) 7. compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e outras
(B) 5. disposições que deva observar.
(C) 4. § 3º - Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações
(D) 3. decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
(E) 6 § 4º - O embarcador é responsável pela infração relativa ao
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso
bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da
02. (CODAR - Motorista II - EXATUS/2016) Em rodovias carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
forçar uma ultrapassagem em local proibido acarreta uma inferior àquele aferido.
multa: § 5º - O transportador é o responsável pela infração relativa
(A) Gravíssima, com seu valor multiplicado por três vezes. ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando
(B) Gravíssima, com seu valor multiplicado por cinco a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o
vezes. peso bruto total.
(C) Gravíssima, com seu valor multiplicado por sete vezes. § 6º - O transportador e o embarcador são solidariamente
(D) Gravíssima, com seu valor multiplicado por dez vezes. responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto
total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
03. (Prefeitura de Quixadá/CE - Motorista D - superior ao limite legal.
SERCTAM/2016) Transitar com velocidade em até 20% § 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o
superior à máxima permitida em rodovias, vias de trânsito principal condutor ou o proprietário do veículo terá quinze dias
rápido e vias arteriais, leva as seguintes infrações e de prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo, na
penalidades: forma em que dispuser o Conselho Nacional de Trânsito
(A) Infração – gravíssima, Penalidade – multa (Contran), ao fim do qual, não o fazendo, será considerado
(B) Infração – grave, Penalidade – suspensão do direito de responsável pela infração o principal condutor ou, em sua
dirigir. ausência, o proprietário do veículo. (Redação dada pela
(C) Infração – gravíssima, Penalidade – suspensão do Lei nº 13.495, 2017)
direito de dirigir e multa. § 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não
(D) Infração – média, Penalidade – multa. havendo identificação do infrator e sendo o veículo de
(E) Infração – grave, Penalidade – multa. propriedade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao
proprietário do veículo, mantida a originada pela infração, cujo
Gabarito valor é o da multa multiplicada pelo número de infrações iguais
cometidas no período de doze meses.
01.B / 02.D / 03.D § 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do
disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259.
CAPÍTULO XVI § 10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de
DAS PENALIDADES trânsito o principal condutor do veículo, o qual, após aceitar a
indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do cadastro
Art. 256 - A autoridade de trânsito, na esfera das do veículo no Renavam. (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)
competências estabelecidas neste Código e dentro de sua § 11. O principal condutor será excluído do Renavam:
circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)
seguintes penalidades: I - quando houver transferência de propriedade do veículo;
I - advertência por escrito; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)
II - multa; II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do
III - suspensão do direito de dirigir; veículo; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)
IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) III - a partir da indicação de outro principal condutor.
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem. A Lei nº 13.495, de 24 de outubro de 2017, altera o art.
§ 1º - A aplicação das penalidades previstas neste Código 257 do CTB incluindo a nova figura do “condutor habitual”.
não elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes
de crimes de trânsito, conforme disposições de lei. Art. 258 - As infrações punidas com multa classificam-se, de
§ 2º - (VETADO) acordo com sua gravidade, em quatro categorias:
§ 3º - A imposição da penalidade será comunicada aos I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no
órgãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e
licenciamento do veículo e habilitação do condutor. sete centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)

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II - infração de natureza grave, punida com multa no valor volante, na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela Lei
de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três nº 13.154, de 2015)
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
III - infração de natureza média, punida com multa no Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir
valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos); será imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) 13.281, de 2016)
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vinte)
de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos). pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a pontuação
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código,
§ 2º - Quando se tratar de multa agravada, o fator cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de
multiplicador ou índice adicional específico é o previsto neste suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Código. 2016)
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão
Art. 259 - A cada infração cometida são computados os do direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada pela Lei nº
seguintes números de pontos: 13.281, de 2016)
I - gravíssima - sete pontos; I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano
II - grave - cinco pontos; e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8
III - média - quatro pontos; (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
IV - leve - três pontos. 2016)
§ 1º ao §3º- (VETADOS) II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses,
§ 4º Ao condutor identificado no ato da infração será exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo
atribuída pontuação pelas infrações de sua responsabilidade, infracional, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze)
nos termos previstos no § 3º do art. 257, excetuando-se aquelas meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto no
praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
rodoviário de passageiros em viagens de longa distância § 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a
transitando em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular
regulares intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de
em viagem de longa distância por fretamento e turismo ou de reciclagem.
qualquer modalidade, excetuadas as situações regulamentadas § 3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de
pelo Contran a teor do art. 65 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computados para fins de
de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro. (Incluído pela Lei nº contagem subsequente.
13.103, de 2015) § 4º (VETADO)
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada em
Art. 260 - As multas serão impostas e arrecadadas pelo veículo, habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no
onde haja ocorrido a infração, de acordo com a competência período de 1 (um) ano, atingir 14 (quatorze) pontos, conforme
estabelecida neste Código. regulamentação do Contran. (Redação dada pela Lei nº 13.281,
§ 1º - As multas decorrentes de infração cometida em de 2016)
unidade da Federação diversa da do licenciamento do veículo § 6º Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5º, o
serão arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido
CONTRAN. atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído pela
§ 2º - As multas decorrentes de infração cometida em Lei nº 13.154, de 2015)
unidade da Federação diversa daquela do licenciamento do § 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não
veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses.
responsável pelo seu licenciamento, que providenciará a (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
notificação. § 8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de
§ 3º - (Revogado) serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
§ 4º - Quando a infração for cometida com veículo licenciado atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
no exterior, em trânsito no território nacional, a multa seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao
respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País, respeitado volante, na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela Lei nº
o princípio de reciprocidade. 13.154, de 2015)
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada em § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o
veículo, habilitado na categoria C, D ou E, será convocado pelo condutor que, notificado da penalidade de que trata este artigo,
órgão executivo de trânsito estadual a participar de curso dirigir veículo automotor em via pública. (Incluído pela Lei nº
preventivo de reciclagem sempre que, no período de um ano, 13.281, de 2016)
atingir quatorze pontos, conforme regulamentação do Contran. § 10. O processo de suspensão do direito de dirigir referente
(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) ao inciso II do caput deste artigo deverá ser instaurado
§ 6º Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5º, o concomitantemente com o processo de aplicação da penalidade
condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido de multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído pela § 11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo.
Lei nº 13.154, de 2015) (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 7º Após o término do curso de reciclagem, na forma do §
5º, o condutor não poderá ser novamente convocado antes de Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)
transcorrido o período de um ano. (Incluído pela Lei nº 13.154,
de 2015) Art. 263 - A cassação do documento de habilitação dar-se-
§ 8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de á:
serviço público tem o direito de ser informada dos pontos I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir
atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem qualquer veículo;
seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao

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II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias
infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos
165, 173, 174 e 175; seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos
III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, devidos.
observado o disposto no art. 160. XI - realização de exames de aptidão física, mental, de
§ 1º - Constatada, em processo administrativo, a legislação, de prática de primeiros socorros e de direção
irregularidade na expedição do documento de habilitação, a veicular.
autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento. § 1º - A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas
§ 2º - Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de
de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção
submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na à vida e à incolumidade física da pessoa.
forma estabelecida pelo CONTRAN. § 2º - As medidas administrativas previstas neste artigo não
elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações
Art. 264 - (VETADO) estabelecidas neste Código, possuindo caráter complementar a
estas.
Art. 265 - As penalidades de suspensão do direito de dirigir § 3º - São documentos de habilitação a Carteira Nacional de
e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por Habilitação e a Permissão para Dirigir.
decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, § 4º - Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso
em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo X o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
direito de defesa.
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos
Art. 266 - Quando o infrator cometer, simultaneamente, neste Código.
duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, § 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da
as respectivas penalidades. infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a
situação.
Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência § 2º Não sendo possível sanar a falha no local da infração, o
por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser veículo, desde que ofereça condições de segurança para
punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor
infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado
considerando o prontuário do infrator, entender esta de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo,
providência como mais educativa. assinalando-se prazo razoável ao condutor para regularizar a
§ 1º - A aplicação da advertência por escrito não elide o situação, para o que se considerará, desde logo, notificado.
acréscimo do valor da multa prevista no§ 3º do art. 258, imposta (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015)
por infração posteriormente cometida. § 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao
§ 2º - O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas
pedestres, podendo a multa ser transformada na participação administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à
do infrator em cursos de segurança viária, a critério da autoridade devidamente regularizado.
autoridade de trânsito. § 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da
infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se neste
Art. 268 - O infrator será submetido a curso de reciclagem, caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
na forma estabelecida pelo CONTRAN: 2016)
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua § 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata,
reeducação; quando se tratar de veículo de transporte coletivo
II - quando suspenso do direito de dirigir; transportando passageiros ou veículo transportando produto
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de segurança
contribuído, independentemente de processo judicial; para circulação em via pública.
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito; § 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está o § 2º, será feito registro de restrição administrativa no
colocando em risco a segurança do trânsito; Renavam por órgão ou entidade executivo de trânsito dos
VI - em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN. Estados e do Distrito Federal, que será retirada após
comprovada a regularização. (Incluído pela Lei nº 13.160,
CAPÍTULO XVII de 2015)
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS § 7º O descumprimento das obrigações estabelecidas no § 2º
resultará em recolhimento do veículo ao depósito, aplicando-se,
Art. 269 - A autoridade de trânsito ou seus agentes, na nesse caso, o disposto no art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160,
esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de de 2015)
sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
administrativas: Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste
I - retenção do veículo; Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade
II - remoção do veículo; competente, com circunscrição sobre a via.
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; § 1º A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir; prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção e
V - recolhimento do Certificado de Registro; estada, além de outros encargos previstos na legislação
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual; específica. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
VII - (VETADO) § 2º A liberação do veículo removido é condicionada ao
VIII - transbordo do excesso de carga; reparo de qualquer componente ou equipamento obrigatório
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia que não esteja em perfeito estado de funcionamento.
de substância entorpecente ou que determine dependência física (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
ou psíquica; § 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência que
não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável

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pela remoção liberará o veículo para reparo, na forma efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da
transportada, mediante autorização, assinalando prazo para multa aplicável.
reapresentação. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016) Parágrafo único - Não sendo possível desde logo atender ao
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito, sendo
poderão ser realizados por órgão público, diretamente, ou por liberado após sanada a irregularidade e pagas as despesas de
particular contratado por licitação pública, sendo o remoção e estada.
proprietário do veículo o responsável pelo pagamento dos custos
desses serviços. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016) Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de
§ 5º O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às
ato de remoção do veículo, sobre as providências necessárias à penalidades previstas no art. 165.
sua restituição e sobre o disposto no art. 328, conforme Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de
regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho
2015) de medição, observada a legislação metrológica.
§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente
no momento da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, no Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em
prazo de 10 (dez) dias contado da data da remoção, deverá acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito
expedir ao proprietário a notificação prevista no § 5º, por poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil que assegure procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma
a sua ciência, e, caso reste frustrada, a notificação poderá ser disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool
feita por edital. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016) ou outra substância psicoativa que determine dependência.
§ 7º A notificação devolvida por desatualização do endereço § 1º (Revogado)
do proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la será § 2º A infração prevista no art. 165 também poderá ser
considerada recebida para todos os efeitos (Incluído pela Lei nº caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais
13.160, de 2015) que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da
§ 8º Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras
será feita por edital. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) provas em direito admitidas.
§ 9º Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade § 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas
puder ser sanada no local da infração. (Incluído pela Lei nº administrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao
13.160, de 2015) condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será procedimentos previstos no caput deste artigo. (Redação dada
correspondente ao período integral, contado em dias, em que pela Lei nº 13.281, de 2016)
efetivamente o veículo permanecer em depósito, limitado ao
prazo de 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) Art. 278 - Ao condutor que se evadir da fiscalização, não
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de
por particulares poderão ser pagos pelo proprietário pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade prevista
diretamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de no art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto de evasão
2016) para fim de pesagem obrigatória.
§ 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o Parágrafo único - No caso de fuga do condutor à ação
respectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por meio policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado,
de taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) aplicando-se, além das penalidades em que incorre, as
§ 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do estabelecidas no art. 210.
recolhimento comprovar, administrativa ou judicialmente, que
o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no período de Art. 278-A. O condutor que se utilize de veículo para a
retenção em depósito, é da responsabilidade do ente público a prática do crime de receptação, descaminho, contrabando,
devolução das quantias pagas por força deste artigo, segundo os previstos nos arts. 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei nº 2.848, de
mesmos critérios da devolução de multas indevidas. (Incluído 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), condenado por um
pela Lei nº 13. 281, de 2016) desses crimes em decisão judicial transitada em julgado, terá
cassado seu documento de habilitação ou será proibido de obter
Art. 272 - O recolhimento da Carteira Nacional de a habilitação para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5
Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante (cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019)
recibo, além dos casos previstos neste Código, quando houver § 1º O condutor condenado poderá requerer sua
suspeita de sua inautenticidade ou adulteração. reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à
habilitação, na forma deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.804,
Art. 273 - O recolhimento do Certificado de Registro dar-se- de 2019)
á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código, § 2º No caso do condutor preso em flagrante na prática dos
quando: crimes de que trata o caput deste artigo, poderá o juiz, em
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração; qualquer fase da investigação ou da ação penal, se houver
II - se, alienado o veículo, não for transferida sua necessidade para a garantia da ordem pública, como medida
propriedade no prazo de trinta dias. cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou
ainda mediante representação da autoridade policial, decretar,
Art. 274 - O recolhimento do Certificado de Licenciamento em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da
Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de
Código, quando: sua obtenção. (Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019)
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
II - se o prazo de licenciamento estiver vencido; Art. 279 - Em caso de acidente com vítima, envolvendo
III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não veículo equipado com registrador instantâneo de velocidade e
puder ser sanada no local. tempo, somente o perito oficial encarregado do levantamento
pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do
Art. 275 - O transbordo da carga com peso excedente é registro.
condição para que o veículo possa prosseguir viagem e será

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CAPÍTULO XVIII Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o condutor autuado


DO PROCESSO ADMINISTRATIVO poderá optar por ser notificado por meio eletrônico se o órgão
Seção I do Sistema Nacional de Trânsito responsável pela autuação
Da Autuação oferecer essa opção. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 1º O proprietário ou o condutor autuado que optar pela
Art. 280 - Ocorrendo infração prevista na legislação de notificação por meio eletrônico deverá manter seu cadastro
trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará: atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado ou do
I - tipificação da infração; Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
II - local, data e hora do cometimento da infração; § 2º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua proprietário ou o condutor autuado será considerado notificado
marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema
identificação; eletrônico. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível; § 3º O sistema previsto no caput será certificado
V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou digitalmente, atendidos os requisitos de autenticidade,
agente autuador ou equipamento que comprovar a infração; integridade, validade jurídica e interoperabilidade da
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
como notificação do cometimento da infração. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 1º - (VETADO)
§ 2º - A infração deverá ser comprovada por declaração da Art. 283 - (VETADO)
autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por
aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a
químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível, data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por
previamente regulamentado pelo CONTRAN. cento do seu valor.
§ 3º - Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente § 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação
de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de eletrônica, se disponível, conforme regulamentação do Contran,
infração, informando os dados a respeito do veículo, além dos e opte por não apresentar defesa prévia nem recurso,
constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto reconhecendo o cometimento da infração, poderá efetuar o
no artigo seguinte. pagamento da multa por 60% (sessenta por cento) do seu valor,
§ 4º - O agente da autoridade de trânsito competente para em qualquer fase do processo, até o vencimento da multa.
lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade § 2º O recolhimento do valor da multa não implica renúncia
de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua ao questionamento administrativo, que pode ser realizado a
competência. qualquer momento, respeitado o disposto no § 1º. (Incluído pela
Lei nº 13.281, de 2016)
Seção II § 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser
Do Julgamento das Autuações e Penalidades aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de licenciamento
e transferência, enquanto não for encerrada a instância
Art. 281 - A autoridade de trânsito, na esfera da administrativa de julgamento de infrações e penalidades.
competência estabelecida neste Código e dentro de sua (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e § 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento de
aplicará a penalidade cabível. infrações e penalidades, a multa não paga até o vencimento será
Parágrafo único - O auto de infração será arquivado e seu acrescida de juros de mora equivalentes à taxa referencial do
registro julgado insubsistente: Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos
I - se considerado inconsistente ou irregular; federais acumulada mensalmente, calculados a partir do mês
II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do
notificação da autuação. pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em
que o pagamento estiver sendo efetuado. (Incluído pela Lei nº
Art. 282 - Aplicada a penalidade, será expedida notificação 13.281, de 2016)
ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou
por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a Art. 285 - O recurso previsto no art. 283 será interposto
ciência da imposição da penalidade. perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê-lo-
§ 1º - A notificação devolvida por desatualização do á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias.
endereço do proprietário do veículo será considerada válida § 1º - O recurso não terá efeito suspensivo.
para todos os efeitos. § 2º - A autoridade que impôs a penalidade remeterá o
§ 2º - A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de recurso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis
repartições consulares de carreira e de representações de subsequentes à sua apresentação, e, se o entender intempestivo,
organismos internacionais e de seus integrantes será remetida assinalará o fato no despacho de encaminhamento.
ao Ministério das Relações Exteriores para as providências § 3º - Se, por motivo de força maior, o recurso não for
cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa. julgado dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade que
§ 3º - Sempre que a penalidade de multa for imposta a impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorrente,
condutor, à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, a poderá conceder-lhe efeito suspensivo.
notificação será encaminhada ao proprietário do veículo,
responsável pelo seu pagamento. Art. 286 - O recurso contra a imposição de multa poderá ser
§ 4º - Da notificação deverá constar a data do término do interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor.
prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela § 1º - No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o
infração, que não será inferior a trinta dias contados da data da estabelecido no parágrafo único do art. 284.
notificação da penalidade. § 2º - Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar
§ 5º - No caso de penalidade de multa, a data estabelecida recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á
no parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por índice
valor. legal de correção dos débitos fiscais.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 287 - Se a infração for cometida em localidade diversa 02. (DETRAN/RJ - Assistente Técnico Administrativo -
daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser Makiyama) A quem compete o julgamento dos recursos
apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da interpostos contra penalidades aplicadas pelos órgãos e
residência ou domicílio do infrator. entidades executivos de trânsito ou rodoviários?
Parágrafo único - A autoridade de trânsito que receber o (A) Às Juntas Administrativas de Recursos de Infrações.
recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a (B) Ao Conselho Estadual de Trânsito e Infrações.
penalidade acompanhado das cópias dos prontuários (C) Ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
necessários ao julgamento. (D) Ao Conselho das Cidades.
(E) Às Câmaras Temáticas de Infrações.
Art. 288 - Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto,
na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado da
publicação ou da notificação da decisão. 03. (DETRAN/RJ - Assistente Técnico de Trânsito -
§ 1º - O recurso será interposto, da decisão do não Makiyama) No caso de ocorrer infração prevista na legislação
provimento, pelo responsável pela infração, e da decisão de de trânsito de responsabilidade do proprietário, e este estiver
provimento, pela autoridade que impôs a penalidade. conduzindo o veículo, e assinar o Auto de Infração, este valerá
como:
Art. 289 - O recurso de que trata o artigo anterior será (A) Formulário de Identificação do Condutor.
apreciado no prazo de trinta dias: (B) Notificação da Autuação.
I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou (C) Defesa da Autuação.
entidade de trânsito da União: (D) Notificação de Penalidade de Multa.
a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis (E) Multa.
meses, cassação do documento de habilitação ou penalidade por
infrações gravíssimas, pelo CONTRAN; 04. (DETRAN/RN - Assessor Técnico - FGV) Sobre o
b) nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo Julgamento das Autuações e Penalidades previstas na Lei nº.
Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta que 9503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito
apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta; Brasileiro), marque a alternativa INCORRETA:
II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou (A) A autoridade de trânsito, na esfera da competência
entidade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, estabelecida no Código de Trânsito Brasileiro e dentro de sua
pelos CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente. circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e
Parágrafo único - No caso da alínea b do inciso I, quando aplicará a penalidade cabível.
houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por seus (B) A notificação da penalidade, a pessoal de missões
próprios membros. diplomáticas, de repartições consulares de carreira e de
representações de organismos internacionais e de seus
Art. 290. Implicam encerramento da instância integrantes será remetida ao Ministério das Relações
administrativa de julgamento de infrações e penalidades: Exteriores para as providências cabíveis e cobrança dos
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) valores, no caso de multa.
I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e 289;
(C) Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou
II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (Incluído
por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a
pela Lei nº 13.281, de 2016)
ciência da imposição da penalidade.
III - o pagamento da multa, com reconhecimento da infração
(D) A notificação da penalidade, devolvida por
e requerimento de encerramento do processo na fase em que se
desatualização do endereço do veículo não será considerada
encontra, sem apresentação de defesa ou recurso. (Incluído pela
válida, devendo a autoridade de trânsito com circunscrição
Lei nº 13.281, de 2016)
sobre a via diligenciar à procura do infrator.
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades
aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no (E) Da notificação da penalidade deverá constar a data do
RENACH. término do prazo para apresentação de recurso pelo
responsável pela infração, que não será inferior a trinta dias
Questões contados da data da notificação da penalidade.

01. (Prefeitura de Recife/PE - Guarda Municipal - 05. (DETRAN/RN - Assessor Técnico - Administração
IPAD) Acerca do processo administrativo que incide em de Rede - FGV) De acordo com a Lei nº. 9503, de 23 de
imposição de multa, é correto afirmar que: setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), o auto de
infração de trânsito será arquivado e seu registro julgado
(A) É necessário a notificação da autuação ao infrator para
insubsistente se não for expedida a notificação da autuação, no
imposição de multa de transito, apenas
prazo máximo de:
(B) É necessário a notificação da aplicação da pena
(A) 24 horas.
decorrente da infração para imposição de multa de trânsito,
apenas (B) 48 horas.
(C) O Auto de Infração valera como notificação da autuação (C) 5 dias.
quando colhida a assinatura do condutor e a infração for de (D) 10 dias.
responsabilidade do condutor. (E) 30 dias.
(D) O Auto de Infração valera como notificação da autuação
quando for assinado pelo condutor e este for o proprietário do Gabarito
veículo.
(E) Se não for expedida a notificação de autuação em 15 01.D / 02.A / 03.D / 04.D / 05.E
dias, o auto de infração deve ser arquivado.

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CAPÍTULO XIX Art. 297 - A penalidade de multa reparatória consiste no


DOS CRIMES DE TRÂNSITO pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou
Seção I seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no §
Disposições Gerais 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo
material resultante do crime.
Art. 291 - Aos crimes cometidos na direção de veículos § 1º - A multa reparatória não poderá ser superior ao valor
automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas do prejuízo demonstrado no processo.
gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este § 2º - Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50
Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, a 52 do Código Penal.
de 26 de setembro de 1995, no que couber. § 3º - Na indenização civil do dano, o valor da multa
§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal reparatória será descontado.
culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de
setembro de 1995, exceto se o agente estiver: Art. 298 - São circunstâncias que sempre agravam as
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo
psicoativa que determine dependência; cometido a infração:
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com
competição automobilística, de exibição ou demonstração de grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;
perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou
autoridade competente; adulteradas;
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora). Habilitação;
§ 2º Nas hipóteses previstas no § 1º deste artigo, deverá ser IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação
instaurado inquérito policial para a investigação da infração de categoria diferente da do veículo;
penal. V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
§ 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados
no art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 equipamentos ou características que afetem a sua segurança ou
(Código Penal), dando especial atenção à culpabilidade do o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade
agente e às circunstâncias e consequências do crime. (Incluído prescritos nas especificações do fabricante;
pela Lei nº 13.546, de 2017) VII - sobre faixa de trânsito temporária ou
permanentemente destinada a pedestres.
Art. 292 - A suspensão ou a proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode Art. 299 - (VETADO)
ser imposta isolada ou cumulativamente com outras
penalidades. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014) Art. 300 - (VETADO)

Art. 293 - A penalidade de suspensão ou de proibição de se Art. 301 - Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de
obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em
automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos. flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral
§ 1º - Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu socorro àquela.
será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta
e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Seção II
Habilitação. Dos Crimes em Espécie
§ 2º - A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não Art. 302 - Praticar homicídio culposo na direção de veículo
se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação automotor:
penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional. Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
Art. 294 - Em qualquer fase da investigação ou da ação veículo automotor.
penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública, § 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo
poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se
requerimento do Ministério Público ou ainda mediante o agente:
representação da autoridade policial, decretar, em decisão I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para Habilitação;
dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção. II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
Parágrafo único - Da decisão que decretar a suspensão ou III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem
a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do risco pessoal, à vítima do acidente;
Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver
suspensivo. conduzindo veículo de transporte de passageiros.
§ 2º (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 295 - A suspensão para dirigir veículo automotor ou a § 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência
proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de determine dependência: (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017)
Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou
indiciado ou réu for domiciliado ou residente. proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor. (Incluído pela Lei nº 13.546, de
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime 2017)
previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão
da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem Art. 303 - Praticar lesão corporal culposa na direção de
prejuízo das demais sanções penais cabíveis. veículo automotor:

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Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
veículo automotor. para dirigir veículo automotor.
§ 1º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se § 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão
ocorrer qualquer das hipóteses do §1º do art. 302. (Renumerado corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem
do parágrafo único pela Lei nº 13.546, de 2017) que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de
§ 2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3
cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo, (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas
se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora neste artigo.
alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância § 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte,
psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o
lesão corporal de natureza grave ou gravíssima. (Incluído pela resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de
Lei nº 13.546, de 2017) liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo
das outras penas previstas neste artigo (Redação dada pela Lei
Art. 304 - Deixar o condutor do veículo, na ocasião do nº 12.971/2014).
acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo
fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio Art. 309 - Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a
da autoridade pública: devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
não constituir elemento de crime mais grave. Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Incide nas penas previstas neste artigo o
condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por Art. 310 - Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou
com ferimentos leves. com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu
estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja
Art. 305- Afastar-se o condutor do veículo do local do em condições de conduzi-lo com segurança:
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
possa ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade Art. 311 Trafegar em velocidade incompatível com a
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
outra substância psicoativa que determine dependência: embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos,
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e ou onde haja grande movimentação ou concentração de
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação pessoas, gerando perigo de dano:
para dirigir veículo automotor. Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool Art. 312- Inovar artificiosamente, em caso de acidente
por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de automobilístico com vítima, na pendência do respectivo
álcool por litro de ar alveolar; ou procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de
alteração da capacidade psicomotora. induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, Parágrafo único - Aplica-se o disposto neste artigo, ainda
perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em que não iniciados, quando da inovação, o procedimento
direito admitidos, observado o direito à contraprova. (Redação preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
dada pela Lei nº 12.971/2014)
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312
distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição
caracterização do crime tipificado neste artigo. (Redação dada de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos,
pela Lei nº 12.971/2014) esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a
entidades públicas, em uma das seguintes atividades: (Incluído
Art. 307 - Violar a suspensão ou a proibição de se obter a pela Lei nº 13.281, de 2016)
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos
imposta com fundamento neste Código: corpos de bombeiros e em outras unidades móveis
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova especializadas no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de pela Lei nº 13.281, de 2016)
proibição. II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da
Parágrafo único - Nas mesmas penas incorre o condenado rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e
que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na
recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei nº
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em 13.281, de 2016)
via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento
ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Incluído
de veículo automotor, não autorizada pela autoridade pela Lei nº 13.281, de 2016)
competente, gerando situação de risco à incolumidade pública
ou privada: (Redação dada pela Lei nº 13.546, de 2017)

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Questões (B) o agente que deixa de prestar socorro à vítima em


acidente de trânsito fica isento de pena, quando essa omissão
01. (Pref. do Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de Transportes for suprida por terceiros.
Urbanos - Pref. RJ/2016) Após um acidente de trânsito, o (C) a conduta de violar ordem de suspensão para dirigir
condutor do veículo prestou pronto e integral socorro à vítima. veículo automotor é punida, administrativamente, com nova
Neste caso, NÃO pode ser aplicada a este condutor a: suspensão.
(A) imposição de prisão em flagrante, mas é permitida a (D) o crime do artigo 311 exige perigo de dano para a
exigência de fiança e a apreensão do veículo conduta de trafegar em velocidade incompatível com a
(B) imposição de prisão em flagrante e apreensão do segurança nas proximidades de escolas.
veículo, mas é permitida a exigência de fiança (E) a conduta de entregar a direção de veículo automotor
(C) imposição de prisão em flagrante, bem como a à pessoa não habilitada é punida, administrativamente, com
exigência de fiança suspensão do direito de dirigir pelo prazo previsto em lei.
(D) exigência de fiança, bem como a apreensão de veículo
05. (PC/MA - Delegado de Polícia - CESPE/2018)
02. (Pref. de Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de Transportes Assinale a opção correta a respeito dos crimes de trânsito.
Urbanos - Pref. RJ/2016) As penas para aquele que praticar (A) A condução de veículo automotor em via pública por
lesão corporal culposa na direção de veículo automotor são motorista com a habilitação suspensa configurará crime
detenção de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição apenas se a situação gerar perigo de dano.
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo (B) Para a constatação do crime de embriaguez ao volante,
automotor. Contudo, caso o infrator, no exercício de sua é imprescindível a realização de prova por teste de bafômetro
profissão ou atividade, esteja conduzindo veículo de ou etilômetro.
transporte de passageiros, a pena tem aumento:
(C) A lesão corporal culposa cometida na direção de
(A) de 1/4 (um quarto) à 1/2 (metade)
veículo automotor por condutor sob a influência de álcool
(B) de 1/3 (um terço) à 1/2 (metade)
dispensa a representação do ofendido.
(C) de 1/4 (um quarto) ao dobro
(D) de 1/3 (um terço) ao dobro (D) A suspensão da habilitação, aplicada cumulativamente
na sentença condenatória por homicídio culposo na direção de
03. (TRT 9ª REGIÃO/PR - Técnico Judiciário - FCC) São veículo automotor, deve ter o mesmo prazo da pena de prisão.
crimes previstos no Código Brasileiro de Trânsito (Lei nº (E) É causa de aumento de pena a utilização de veículo em
9.503/1997), dentre outros, que tenham sido adulterados equipamentos ou características
(A) praticar lesão corporal culposa na direção de veículo que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento.
automotor; afastar-se o condutor do veículo do local do
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe Gabarito
possa ser atribuída; deixar o condutor do veículo, na ocasião
do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não 01.C / 02.B / 03.A / 04.D / 05.C
podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de
solicitar auxílio da autoridade pública. CAPÍTULO XX
(B) avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
obrigatória; deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre
circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito Art. 313 - O Poder Executivo promoverá a nomeação dos
da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da publicação
indevidamente; trafegar em velocidade incompatível com a deste Código.
segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
embarque e desembarque de passageiros, logradouros Art. 314 - O CONTRAN tem o prazo de duzentos e quarenta
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração dias a partir da publicação deste Código para expedir as
de pessoas, gerando perigo de dano. resoluções necessárias à sua melhor execução, bem como revisar
(C) praticar homicídio doloso na direção de veículo todas as resoluções anteriores à sua publicação, dando
automotor; afastar-se o condutor do veículo do local do prioridade àquelas que visam a diminuir o número de acidentes
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe e a assegurar a proteção de pedestres.
possa ser atribuída; conduzir o veículo com dispositivo Parágrafo único - As resoluções do CONTRAN, existentes
antirradar. até a data de publicação deste Código, continuam em vigor
(D) participar, na direção de veículo automotor, em via naquilo em que não conflitem com ele.
pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não
autorizada pela autoridade competente, gerando situação de Art. 315 - O Ministério da Educação e do Desporto, mediante
risco à incolumidade pública ou privada; avançar o sinal proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e quarenta
vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória; praticar dias contado da publicação, estabelecer o currículo com
homicídio culposo na direção de veículo automotor. conteúdo programático relativo à segurança e à educação de
(E) praticar homicídio culposo na direção de veículo trânsito, a fim de atender o disposto neste Código.
automotor; usar no veículo equipamento com som em volume
ou frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN; Art. 316 - O prazo de notificação previsto no inciso II do
participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após duzentos
corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada e quarenta dias contados da publicação desta Lei.
pela autoridade competente, gerando situação de risco à
incolumidade pública ou privada. Art. 317 - Os órgãos e entidades de trânsito concederão
prazo de até um ano para a adaptação dos veículos de condução
04. (PC/CE - Inspetor de Polícia Civil de 1º Classe - de escolares e de aprendizagem às normas do inciso III do art.
VUNESP) Sobre o Código de Trânsito Brasileiro, está correto 136 e art. 154, respectivamente.
afirmar que
(A) a punição da conduta de participação em racha (artigo Art. 318 - (VETADO)
308), está condicionada à ocorrência de acidente.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 319 - Enquanto não forem baixadas novas normas pelo interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas
CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº
62.127, de 16 de janeiro de 1968. Art. 326 - A Semana Nacional de Trânsito será comemorada
anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de
Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código setembro.
poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran,
respeitado o limite da variação do Índice Nacional de Preços ao Art. 326 - A. A atuação dos integrantes do Sistema Nacional
Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior. (Incluído pela de Trânsito, no que se refere à política de segurança no trânsito,
Lei nº 13.281, de 2016) deverá voltar-se prioritariamente para o cumprimento de metas
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto anuais de redução de índice de mortos por grupo de veículos e
no caput serão divulgados pelo Contran com, no mínimo, 90 de índice de mortos por grupo de habitantes, ambos apurados
(noventa) dias de antecedência de sua aplicação. (Incluído pela por Estado e por ano, detalhando-se os dados levantados e as
Lei nº 13.281, de 2016) ações realizadas por vias federais, estaduais e municipais.
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas § 1º O objetivo geral do estabelecimento de metas é, ao final
de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, do prazo de dez anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice
engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e nacional de mortos por grupo de veículos e o índice nacional de
educação de trânsito. mortos por grupo de habitantes, relativamente aos índices
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das multas de apurados no ano da entrada em vigor da lei que cria o Plano
trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).
de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) § 2º As metas expressam a diferença a menor, em base
§ 2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na percentual, entre os índices mais recentes, oficialmente
rede mundial de computadores (internet), dados sobre a receita apurados, e os índices que se pretende alcançar. (Incluído pela
arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua Lei nº 13.614, de 2018)
destinação. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) § 3º A decisão que fixar as metas anuais estabelecerá as
respectivas margens de tolerância. (Incluído pela Lei nº 13.614,
Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional de de 2018)
Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o § 4º As metas serão fixadas pelo Contran para cada um dos
aprimoramento da fiscalização de trânsito, inclusive por meio Estados da Federação e para o Distrito Federal, mediante
do compartilhamento da receita arrecadada com a cobrança propostas fundamentadas dos Cetran, do Contrandife e do
das multas de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de Departamento de Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das
2016) respectivas circunscrições. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
§ 5º Antes de submeterem as propostas ao Contran, os
Art. 321 - (VETADO) Cetran, o Contrandife e o Departamento de Polícia Rodoviária
Federal realizarão consulta ou audiência pública para
Art. 322 - (VETADO) manifestação da sociedade sobre as metas a serem propostas.
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
Art. 323 - O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a § 6º As propostas dos Cetran, do Contrandife e do
metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo Departamento de Polícia Rodoviária Federal serão
percentuais de tolerância, sendo durante este período suspensa encaminhadas ao Contran até o dia 1º de agosto de cada ano,
a vigência das penalidades previstas no inciso V do art. 231, acompanhadas de relatório analítico a respeito do
aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por duzentos cumprimento das metas fixadas para o ano anterior e de
quilogramas ou fração de excesso. exposição de ações, projetos ou programas, com os respectivos
Parágrafo único - Os limites de tolerância a que se refere orçamentos, por meio dos quais se pretende cumprir as metas
este artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles propostas para o ano seguinte. (Incluído pela Lei nº 13.614, de
estabelecidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985. 2018)
Art. 324 - (VETADO) § 7º As metas fixadas serão divulgadas em setembro,
durante a Semana Nacional de Trânsito, assim como o
Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no desempenho, absoluto e relativo, de cada Estado e do Distrito
mínimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitação de Federal no cumprimento das metas vigentes no ano anterior,
condutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e aos detalhados os dados levantados e as ações realizadas por vias
autos de infração de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, federais, estaduais e municipais, devendo tais informações
de 2016) permanecer à disposição do público na rede mundial de
§ 1º Os documentos previstos no caput poderão ser gerados computadores, em sítio eletrônico do órgão máximo executivo
e tramitados eletronicamente, bem como arquivados e de trânsito da União. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
armazenados em meio digital, desde que assegurada a § 8º O Contran, ouvidos o Departamento de Polícia
autenticidade, a fidedignidade, a confiabilidade e a segurança Rodoviária Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de
das informações, e serão válidos para todos os efeitos legais, Trânsito, definirá as fórmulas para apuração dos índices de que
sendo dispensada, nesse caso, a sua guarda física. (Incluído pela trata este artigo, assim como a metodologia para a coleta e o
Lei nº 13.281, de 2016) tratamento dos dados estatísticos necessários para a
§ 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o composição dos termos das fórmulas. (Incluído pela Lei nº
arquivamento, o armazenamento e a eliminação de documentos 13.614, de 2018)
eletrônicos e físicos gerados em decorrência da aplicação das § 9º Os dados estatísticos coletados em cada Estado e no
disposições deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Distrito Federal serão tratados e consolidados pelo respectivo
§ 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá ser órgão ou entidade executivos de trânsito, que os repassará ao
certificado digitalmente, atendidos os requisitos de órgão máximo executivo de trânsito da União até o dia 1º de
autenticidade, integridade, validade jurídica e março, por meio do sistema de registro nacional de acidentes e
estatísticas de trânsito. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)

Conhecimentos Específicos 42
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 10. Os dados estatísticos sujeitos à consolidação pelo órgão § 6º Os valores arrecadados em leilão deverão ser utilizados
ou entidade executivos de trânsito do Estado ou do Distrito para custeio da realização do leilão, dividindo-se os custos entre
Federal compreendem os coletados naquela circunscrição: os veículos arrematados, proporcionalmente ao valor da
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) arrematação, e destinando-se os valores remanescentes, na
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão executivo seguinte ordem, para: (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
rodoviário da União; (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) I – as despesas com remoção e estada; (Incluído pela Lei nº
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade executivos 13.160, de 2015)
rodoviários do Estado ou do Distrito Federal; (Incluído pela Lei II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do § 10;
nº 13.614, de 2018) (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
III - pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários e pelos III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Municípios. crédito com garantia real, segundo a ordem de preferência
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) estabelecida no art. 186 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de
§ 11. O cálculo dos índices, para cada Estado e para o 1966 (Código Tributário Nacional); (Incluído pela Lei nº 13.160,
Distrito Federal, será feito pelo órgão máximo executivo de de 2015)
trânsito da União, ouvidos o Departamento de Polícia IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade responsável
Rodoviária Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de pelo leilão; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
Trânsito. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes do
§ 12. Os índices serão divulgados oficialmente até o dia 31 de Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica; e
março de cada ano. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 13. Com base em índices parciais, apurados no decorrer do VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferência
ano, o Contran, os Cetran e o Contrandife poderão recomendar legal. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
aos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito alterações nas § 7º Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar os
ações, projetos e programas em desenvolvimento ou previstos, débitos incidentes sobre o veículo, a situação será comunicada
com o fim de atingir as metas fixadas para cada um dos Estados aos credores. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
e para o Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) § 8º Os órgãos públicos responsáveis serão comunicados do
§ 14. A partir da análise de desempenho a que se refere o § leilão previamente para que formalizem a desvinculação dos
7º deste artigo, o Contran elaborará e divulgará, também ônus incidentes sobre o veículo no prazo máximo de dez dias.
durante a Semana Nacional de Trânsito: (Incluído pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
13.614, de 2018) § 9º Os débitos incidentes sobre o veículo antes da alienação
I - duas classificações ordenadas dos Estados e do Distrito administrativa ficam dele automaticamente desvinculados, sem
Federal, uma referente ao ano analisado e outra que considere prejuízo da cobrança contra o proprietário anterior. (Incluído
a evolução do desempenho dos Estados e do Distrito Federal pela Lei nº 13.160, de 2015)
desde o início das análises; (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) § 10. Aplica-se o disposto no § 9º inclusive ao débito relativo
II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo geral do a tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil, a
estabelecimento de metas previsto no § 1º deste artigo. (Incluído posse, a circulação ou o licenciamento de veículo. (Incluído pela
pela Lei nº 13.614, de 2018) Lei nº 13.160, de 2015)
§ 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o veículo,
Art. 327 - A partir da publicação deste Código, somente por qualquer meio, os débitos serão novamente vinculados ao
poderão ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam aos bem, aplicando-se, nesse caso, o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º do art.
limites de peso e dimensões fixados na forma desta Lei, 271. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
ressalvados os que vierem a ser regulamentados pelo CONTRAN. § 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será
Parágrafo único - (VETADO) depositado em conta específica do órgão responsável pela
realização do leilão e ficará à disposição do antigo proprietário,
Art. 328 - O veículo apreendido ou removido a qualquer devendo ser expedida notificação a ele, no máximo em trinta
título e não reclamado por seu proprietário dentro do prazo de dias após a realização do leilão, para o levantamento do valor
sessenta dias, contado da data de recolhimento, será avaliado e no prazo de cinco anos, após os quais o valor será transferido,
levado a leilão, a ser realizado preferencialmente por meio definitivamente, para o fundo a que se refere o parágrafo único
eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015) do art. 320. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 1º Publicado o edital do leilão, a preparação poderá ser § 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, ao
iniciada após trinta dias, contados da data de recolhimento do animal recolhido, a qualquer título, e não reclamado por seu
veículo, o qual será classificado em duas categorias: (Incluído proprietário no prazo de sessenta dias, a contar da data de
pela Lei nº 13.160, de 2015) recolhimento, conforme regulamentação do CONTRAN.
I – conservado, quando apresenta condições de segurança (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
para trafegar; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) § 14. Se identificada a existência de restrição policial ou
II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluído pela judicial sobre o prontuário do veículo, a autoridade responsável
Lei nº 13.160, de 2015) pela restrição será notificada para a retirada do bem do
§ 2º Se não houver oferta igual ou superior ao valor da depósito, mediante a quitação das despesas com remoção e
avaliação, o lote será incluído no leilão seguinte, quando será estada, ou para a autorização do leilão nos termos deste artigo.
arrematado pelo maior lance, desde que por valor não inferior a (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
cinquenta por cento do avaliado. (Incluído pela Lei nº 13.160, de § 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da
2015) notificação de que trata o § 14, não houver manifestação da
§ 3º Mesmo classificado como conservado, o veículo que for autoridade responsável pela restrição judicial ou policial, estará
levado a leilão por duas vezes e não for arrematado será leiloado o órgão de trânsito autorizado a promover o leilão do veículo
como sucata. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 4º É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à § 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens
circulação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) automotores que se encontrarem nos depósitos há mais de 1
§ 5º A cobrança das despesas com estada no depósito será (um) ano poderão ser destinados à reciclagem,
limitada ao prazo de seis meses. (Incluído pela Lei nº 13.160, de independentemente da existência de restrições sobre o veículo.
2015) (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 17. O procedimento de hasta pública na hipótese do § 16 CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as
será realizado por lote de tonelagem de material ferroso, facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecendo-lhes
observando-se, no que couber, o disposto neste artigo, as informações que solicitarem, permitindo-lhes inspecionar a
condicionando-se a entrega do material arrematado aos execução de quaisquer serviços e deverão atender prontamente
procedimentos necessários à descaracterização total do bem e à suas requisições.
destinação exclusiva, ambientalmente adequada, à reciclagem
siderúrgica, vedado qualquer aproveitamento de peças e partes. Art. 333 - O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) dias após a nomeação de seus membros, as disposições previstas
§ 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados, nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e
adulterados ou estrangeiros, bem como aqueles sem entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários para
possibilidade de regularização perante o órgão de trânsito, exercerem suas competências.
serão destinados à reciclagem, independentemente do período § 1º - Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão
em que estejam em depósito, respeitado o prazo previsto no prazo de um ano, após a edição das normas, para se adequarem
caput deste artigo, sempre que a autoridade responsável pelo às novas disposições estabelecidas pelo CONTRAN, conforme
leilão julgar ser essa a medida apropriada. (Incluído pela Lei nº disposto neste artigo.
13.281, de 2016) § 2º - Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados
exercerão as competências previstas neste Código em
Art. 329 - Os condutores dos veículos de que tratam os arts. cumprimento às exigências estabelecidas pelo CONTRAN,
135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão apresentar, conforme disposto neste artigo, acompanhados pelo respectivo
previamente, certidão negativa do registro de distribuição CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou CONTRAN, se
criminal relativamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro órgão ou entidade estadual, do Distrito Federal ou da União,
e corrupção de menores, renovável a cada cinco anos, junto ao passando a integrar o Sistema Nacional de Trânsito.
órgão responsável pela respectiva concessão ou autorização.
Art. 334 - As ondulações transversais existentes deverão ser
Art. 330 - Os estabelecimentos onde se executem reformas homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo de
ou recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou um ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser
desmontem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir retiradas em caso contrário.
livros de registro de seu movimento de entrada e saída e de uso
de placas de experiência, conforme modelos aprovados e Art. 335 - (VETADO)
rubricados pelos órgãos de trânsito.
§ 1º - Os livros indicarão: Art. 336 - Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no
I - data de entrada do veículo no estabelecimento; Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos
II - nome, endereço e identidade do proprietário ou e sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifestação da
vendedor; Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e
III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem; obedecidos os padrões internacionais.
IV - nome, endereço e identidade do comprador;
V - características do veículo constantes do seu certificado Art. 337 - Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro dos
de registro; Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDIFE, do
VI - número da placa de experiência. Distrito Federal.
§ 2º - Os livros terão suas páginas numeradas
tipograficamente e serão encadernados ou em folhas soltas, Art. 338 - As montadoras, encarroçadoras, os importadores
sendo que, no primeiro caso, conterão termo de abertura e e fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de
encerramento lavrados pelo proprietário e rubricados pela qualquer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da
repartição de trânsito, enquanto, no segundo, todas as folhas comercialização do respectivo veículo, manual contendo
serão autenticadas pela repartição de trânsito. normas de circulação, infrações, penalidades, direção defensiva,
§ 3º - A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos primeiros socorros e Anexos do Código de Trânsito Brasileiro.
referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que se
verificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas Art. 339 - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito
correspondentes, podendo os veículos irregulares lá especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e quatro
encontrados ou suas sucatas ser apreendidos ou retidos para sua mil, novecentos e cinquenta e quatro reais), em favor do
completa regularização. ministério ou órgão a que couber a coordenação máxima do
§ 4º - As autoridades de trânsito e as autoridades policiais Sistema Nacional de Trânsito, para atender as despesas
terão acesso aos livros sempre que o solicitarem, não podendo, decorrentes da implantação deste Código.
entretanto, retirá-los do estabelecimento.
§ 5º - A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude ao Art. 340 - Este Código entra em vigor cento e vinte dias após
realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a multa a data de sua publicação.
prevista para as infrações gravíssimas, independente das
demais cominações legais cabíveis. Art. 341 - Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de
§ 6º Os livros previstos neste artigo poderão ser substituídos setembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, de 10
por sistema eletrônico, na forma regulamentada pelo Contran. de novembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de 1974, 6.308, de
(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) 15 de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de outubro de 1976, 6.731,
de 4 de dezembro de 1979, 7.031, de 20 de setembro de 1982,
Art. 331 - Até a nomeação e posse dos membros que 7.052, de 02 de dezembro de 1982, 8.102, de 10 de dezembro de
passarão a integrar os colegiados destinados ao julgamento dos 1990, os arts. 1º a 6º e 11 do Decreto-lei nº 237, de 28 de
recursos administrativos previstos na Seção II do Capítulo fevereiro de 1967, e os Decretos-leis nºs 584, de 16 de maio de
XVIII deste Código, o julgamento dos recursos ficará a cargo dos 1969, 912, de 2 de outubro de 1969, e 2.448, de 21 de julho de
órgãos ora existentes. 1988.

Art. 332 - Os órgãos e entidades integrantes do Sistema


Nacional de Trânsito proporcionarão aos membros do

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ANEXO I CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos


DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES automotores em sinal de regozijo, de reivindicação, de protesto
cívico ou de uma classe.
Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições:
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no
ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de transporte de pequenas cargas.
rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos,
em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao
quando não houver local apropriado para esse fim. transporte de carga.

AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz
policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato).
exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento
ostensivo de trânsito ou patrulhamento. CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao
transporte de pessoas.
AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo,
originário dos alvéolos pulmonares. (Incluído pela Lei nº CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão
12.760, de 2012) humana.

AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à
de passageiros, com capacidade para até oito pessoas, exclusive circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização
o condutor. específica.

AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de um
entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a
ou pessoa por ele expressamente credenciada. cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja
velocidade máxima de fabricação não exceda a cinquenta
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical quilômetros por hora.
passando pelos centros das rodas traseiras extremas e o ponto
mais recuado do veículo, considerando-se todos os elementos CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos,
rigidamente fixados ao mesmo. separada fisicamente do tráfego comum.

BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à
rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à motocicleta, direita, de mudança da direção original do veículo.
motoneta e ciclomotor.
CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível.
BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao
estacionamento de bicicletas. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que
tenha a função específica de proporcionar maior segurança ao
BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que
trilhos. possam colocar em risco sua integridade física e dos demais
usuários da via, ou danificar seriamente o veículo.
BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser
demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo
parte da via destinada à circulação de veículos. superior ao necessário para embarque ou desembarque de
passageiros.
CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível
diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao ESTRADA - via rural não pavimentada.
trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de
mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins. ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor
alcoólico no ar alveolar. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a
tracionar ou arrastar outro. FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais,
delimitada por lei específica e sob responsabilidade do órgão ou
CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga entidade de trânsito competente com circunscrição sobre a via.
com peso bruto total de até três mil e quinhentos quilogramas.
FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas
CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de longitudinais em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou
passageiros e carga no mesmo compartimento. não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura
CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como suficiente para permitir a circulação de veículos automotores.
separador de duas pistas de rolamento, eventualmente
substituído por marcas viárias (canteiro fictício). FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas
estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição
unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as
fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de competências definidas neste Código.
geração e multiplicação de momento de força e resistência dos
elementos que compõem a transmissão. FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou
impedimento de locomoção na faixa apropriada.

Conhecimentos Específicos 45
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APOSTILAS OPÇÃO

FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a tem o propósito de mudar de direção para a direita ou para a
manter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso de esquerda.
um reboque, se este se encontra desengatado.
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar
FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a atrás do veículo e advertir aos demais usuários da via que o
diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra de
serviço. marcha à ré.

FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a
diminuição da marcha do veículo ou pará-lo. iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens de
pó.
GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço,
adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades de LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a
trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem indicar a presença e a largura do veículo.
dos veículos ou pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se ou
completando outra sinalização ou norma constante deste MANOBRA - movimento executado pelo condutor para
Código. alterar a posição em que o veículo está no momento em relação
à via.
GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de
braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para orientar MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas,
ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas,
direção, redução brusca de velocidade ou parada. apostos ao pavimento da via.

ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, MICRO-ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo
destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção. com capacidade para até vinte passageiros.

INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou
de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do sem sidecar, dirigido por condutor em posição montada.
Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida
pelo órgão ou entidade executiva do trânsito. MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por
condutor em posição sentada.
INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou
bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja
entroncamentos ou bifurcações. carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório,
comércio ou finalidades análogas.
INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para
atender circunstância momentânea do trânsito. NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o
nascer do sol.
LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a
obrigações do proprietário de veículo, comprovado por meio de ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com
documento específico (Certificado de Licenciamento Anual). capacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em
virtude de adaptações com vista à maior comodidade destes,
LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela transporte número menor.
municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de
veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do
parques, áreas de lazer, calçadões. veículo, pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou
descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada
LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente com
passageiros, que o veículo transporta, expressa em quilogramas circunscrição sobre a via.
para os veículos de carga, ou número de pessoas, para os
veículos de passageiros. OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado
nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de
LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir
ou rurais e que com elas se limita. as interferências tais como veículos quebrados, acidentados,
estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito,
LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e
via até uma grande distância do veículo. condutores.

LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo
via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou
injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que desembarque de passageiros.
venham em sentido contrário.
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma
LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria.
demais usuários da via, que se encontram atrás do veículo, que
o condutor está aplicando o freio de serviço. PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem
à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em
LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo menor velocidade, mas em faixas distintas da via.
destinada a indicar aos demais usuários da via que o condutor

Conhecimentos Específicos 46
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APOSTILAS OPÇÃO

PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à RODOVIA - via rural pavimentada.


transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de
pedestres ou veículos. SEMIRREBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apoia
na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de articulação.
PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias,
em desnível aéreo, e ao uso de pedestres. SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que
se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle
PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinados
último caso, separada por pintura ou elemento físico separador, exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e
livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres.
pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.
SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos
PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia de segurança colocados na via pública com o objetivo de
Rodoviária Federal com o objetivo de garantir obediência às garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez
normas de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela
acidentes. circulam.

PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente
rural. pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para orientar
ou indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres,
PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite sobrepondo-se ou completando sinalização existente no local ou
ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação. norma estabelecida neste Código.
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo carroçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas e
transmitido ao pavimento pela combinação de um caminhão- acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do
trator mais seu semirreboque ou do caminhão mais o seu fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas.
reboque ou reboques.
TRAILER - reboque ou semirreboque tipo casa, com duas,
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de
caráter de advertência, destinada a indicar aos demais usuários automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades
da via que o veículo está imobilizado ou em situação de turísticas como alojamento, ou para atividades comerciais.
emergência.
TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos,
PISTA - parte da via normalmente utilizada para a pessoas e animais nas vias terrestres.
circulação de veículos, identificada por elementos separadores
ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de
canteiros centrais. uma faixa demarcada para outra.

PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao TRATOR - veículo automotor construído para realizar
lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens de trabalho agrícola, de construção e pavimentação e tracionar
caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante outros veículos e equipamentos.
símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas
como sinais de trânsito. ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro
veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa
exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e de origem.
reprimir atos relacionados com a segurança pública e de
garantir obediência às normas relativas à segurança de UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade
trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. do seu uso, inclusive fora de estrada.

PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados,
opostas de uma superfície líquida qualquer. sendo um deles automotor.

REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão
veículo automotor. que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente
para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração
REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e
regulamentação pelo órgão ou entidade competente com coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma linha
circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
direção, tipo de estacionamento, horários e dias.
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de
REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida, carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o
destinada ao uso de pedestres durante a travessia da mesma. condutor.

RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados. VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido
fabricado há mais de trinta anos, conserva suas características
RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores. originais de fabricação e possui valor histórico próprio.

RETORNO - movimento de inversão total de sentido da VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o
direção original de veículos. primeiro um veículo automotor e os demais reboques ou

Conhecimentos Específicos 47
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APOSTILAS OPÇÃO

equipamentos de trabalho agrícola, construção, terraplenagem Art. 1º. Fica aprovado o Anexo II do Código de Trânsito
ou pavimentação. Brasileiro - CTB, anexo a esta Resolução.

VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado Art. 2º Os órgãos e entidades de trânsito terão até 30 de
ao transporte de carga com peso bruto total máximo superior a junho de 2007 para se adequarem ao disposto nesta Resolução.
dez mil quilogramas e de passageiros, superior a vinte
passageiros. Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias
após a data de sua publicação.
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao
transporte de pessoas e suas bagagens.
ANEXO
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao ANEXO II DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - CTB
transporte simultâneo de carga e passageiro.
1. SINALIZAÇÃO VERTICAL
VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e
animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha É um subsistema da sinalização viária cujo meio de
e canteiro central. comunicação está na posição vertical, normalmente em placa,
fixado ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis,
acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, através de legendas e/ou símbolos pré-reconhecidos e
sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de legalmente instituídos.
pedestres em nível. A sinalização vertical é classificada de acordo com sua
função, compreendendo os seguintes tipos:
VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em - Sinalização de Regulamentação;
nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade - Sinalização de Advertência;
aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o - Sinalização de Indicação.
trânsito entre as regiões da cidade.
1.1. SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO
VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o
trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de
trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das Tem por finalidade informar aos usuários as condições,
regiões da cidade. proibições, obrigações ou restrições no uso das vias. Suas
mensagens são imperativas e o desrespeito a elas constitui
VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível infração.
não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas
restritas. 1.1.1. Formas e Cores
A forma padrão do sinal de regulamentação é a circular, e
VIA RURAL - estradas e rodovias. as cores são vermelha, preta e branca:
Características dos Sinais de Regulamentação
VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares
abertos à circulação pública, situados na área urbana,
caracterizados principalmente por possuírem imóveis
edificados ao longo de sua extensão.

VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias


destinadas à circulação prioritária de pedestres.

VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor


uma depressão de terreno ou servir de passagem superior. Constituem exceção, quanto á forma, os sinais R-1 – Parada
Obrigatória e R-2 – Dê a Preferência, com as características:
SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO2

RESOLUÇÃO Nº 160, DE 22 DE ABRIL DE 2004

Aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,


usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso VIII, da
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº 4.711, de 29
de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema
Nacional de Trânsito - SNT, e
Considerando a aprovação na 5ª Reunião Ordinária da 1.1.2. Dimensões Mínimas
Câmara Temática de Engenharia da Via.
Considerando o que dispõe o Artigo 336 do Código de Devem ser observadas as dimensões mínimas dos sinais,
Trânsito Brasileiro, resolve: conforme o ambiente em que são implantados, considerando-se

2 Disponível em: https://www.denatran.gov.br/index.php/resolucoes Acesso

em: 02/04/2019 às 15h

Conhecimentos Específicos 48
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APOSTILAS OPÇÃO

que o aumento no tamanho dos sinais implica em aumento nas 1.1.4. Conjunto de Sinais de Regulamentação
dimensões de orlas, tarjas e símbolos.

a) sinais de forma circular

b) sinal de forma octogonal – R-1

c) sinal de forma triangular – R-2

As informações complementares, cujas características são


descritas no item 1.1.5, possuem a forma retangular.

1.1.3. Dimensões Recomendadas

a) sinais de forma circular

b) sinal de forma octogonal – R-1

1.1.5. Informações Complementares

Sendo necessário acrescentar informações para


complementar os sinais de regulamentação, como período de
c) sinal de forma triangular – R-2 validade, características e uso do veículo, condições de
estacionamento, além de outras, deve ser utilizada uma placa
adicional ou incorporada à placa principal, formando um só
conjunto, na forma retangular, com as mesmas cores do sinal de
regulamentação.

Conhecimentos Específicos 49
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APOSTILAS OPÇÃO

Características das Informações Complementares - o sinal A-14 – Semáforo à Frente, que possui símbolo nas
cores preta, vermelha, amarela e verde;
- todos os sinais que, quando utilizados na sinalização de
obras, possuem fundo na cor laranja.
· quanto à forma, os sinais A-26a – Sentido Único, A-26b –
Sentido Duplo e A-41 – Cruz de Santo André.

Não se admite acrescentar informação complementar para


os sinais R-1 - Parada Obrigatória e R-2 - Dê a Preferência.
Nos casos em que houver símbolos, estes devem ter a forma
e cores definidas em legislação específica.
Exemplos:

A Sinalização Especial de Advertência e as Informações


Complementares, cujas características são descritas nos itens
1.2.4 e 1.2.5, possuem a forma retangular.

1.2.2. Dimensões Mínimas

Devem ser observadas as dimensões mínimas dos sinais,


conforme a via em que são implantados, considerando-se que o
aumento no tamanho dos sinais implica em aumento nas
dimensões de orlas e símbolos.
a) Sinais de forma quadrada

b) Sinais de forma retangular


1.2. Sinalização de Advertência

Tem por finalidade alertar os usuários da via para condições


potencialmente perigosas, indicando sua natureza.

1.2.1. Formas e Cores


c) Cruz de Santo André
A forma padrão dos sinais de advertência é quadrada,
devendo uma das diagonais ficar na posição vertical. À
sinalização de advertência estão associadas às cores amarela e
preta.

Características dos Sinais de Advertência

Forma Cor
Fundo Amarela

Símbolo Preta

Orla interna Preta

Orla externa Amarela

Legenda Preta

Constituem exceções:
· quanto à cor:
- o sinal A-24 – Obras, que possui fundo e orla externa na cor
laranja;

Conhecimentos Específicos 50
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APOSTILAS OPÇÃO

1.2.3. Conjunto de Sinais de Advertência

Conhecimentos Específicos 51
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APOSTILAS OPÇÃO

1.2.4. Sinalização Especial de Advertência

Estes sinais são empregados nas situações em que não é possível a utilização dos sinais apresentados no item 1.2.3.
O formato adotado é retangular, de tamanho variável em função das informações nelas contidas, e suas cores são amarela e preta:

Características da Sinalização Especial de Advertência

Na sinalização de obras, o fundo e a orla externa devem ser na cor laranja.


Exemplos:

a) Sinalização Especial para Faixas ou Pistas Exclusivas de Ônibus

Conhecimentos Específicos 52
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APOSTILAS OPÇÃO

b) Sinalização Especial para Pedestres Características das Placas de Identificação de Rodovias e


Estradas Federais

c) Sinalização Especial de Advertência somente para


rodovias, estradas e vias de trânsito rápido.

1.2.5. Informações Complementares

Havendo necessidade de fornecer informações Características das Placas de Identificação de Rodovias e


complementares aos sinais de advertência, estas devem ser Estradas Estaduais
inscritas em placa adicional ou incorporada à placa principal
formando um só conjunto, na forma retangular, admitida a
exceção para a placa adicional contendo o número de linhas
férreas que cruzam a pista. As cores da placa adicional devem
ser as mesmas dos sinais de advertência.

Características das Informações Complementares

Na sinalização de obras, o fundo e a orla externa devem ser


na cor laranja.
1.3. SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO b) Placas de Identificação de Municípios
Tem por finalidade identificar as vias e os locais de interesse,
bem como orientar condutores de veículos quanto aos percursos, Características das Placas de Identificação de Municípios
os destinos, as distâncias e os serviços auxiliares, podendo
também ter como função a educação do usuário. Suas
mensagens possuem caráter informativo ou educativo.

As placas de indicação estão divididas nos seguintes grupos:

1.3.1. Placas de Identificação

Posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento, ou


com relação a distâncias ou ainda aos locais de destino.

a) Placas de Identificação de Rodovias e Estradas

Características das Placas de Identificação de Rodovias e


Estradas Pan-Americanas c) Placas de Identificação de Regiões de Interesse de
Tráfego e Logradouros

A parte de cima da placa deve indicar o bairro ou


avenida/rua da cidade. A parte de baixo a região ou zona em
que o bairro ou avenida/rua estiver situado. Esta parte da placa
é opcional.

Características das Placas de Identificação de Regiões de


Interesse de Tráfego e Logradouros

Conhecimentos Específicos 53
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APOSTILAS OPÇÃO

Na utilização em vias urbanas as dimensões devem ser


determinadas em função do local e do objetivo da sinalização.
Exemplos:

f) Placas de Identificação de Limite de Municípios /


Exemplos: Divisa de Estados / Fronteira / Perímetro Urbano

Características das Placas de Identificação de Limite de


Municípios / Divisa de Estados / Fronteira / Perímetro Urbano

d) Placas de Identificação Nominal de Pontes, Viadutos,


Túneis e Passarelas

Características das Placas de Identificação Nominal de


Pontes, Viadutos, Túneis e Passarelas.

Exemplos:

e) Placas de Identificação Quilométrica


g) Placas de Pedágios
Características das Placas de Identificação Quilométrica
Características das Placas de Pedágios

Conhecimentos Específicos 54
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APOSTILAS OPÇÃO

b) Placas Indicativas de Distância

Características das Placas Indicativas de Distância

1.3.2. Placas de Orientação de Destino

Indicam ao condutor a direção que o mesmo deve seguir


para atingir determinados lugares, orientando seu percurso
e/ou distâncias.

a) Placas Indicativas de Sentido (Direção)

Características das Placas Indicativas de Sentido

c) Placas Diagramadas

Características das Placas Diagramadas

1.3.3. Placas Educativas

Tem a função de educar os usuários da via quanto ao seu


comportamento adequado e seguro no trânsito. Podem conter
mensagens que reforcem normas gerais de circulação e conduta.

Conhecimentos Específicos 55
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APOSTILAS OPÇÃO

Características das Placas Educativas

1.3.4. Placas de Serviços Auxiliares

Indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos podem


dispor dos serviços indicados, orientando sua direção ou
identificando estes serviços.
Quando num mesmo local encontra-se mais de um tipo de
serviço, os respectivos símbolos podem ser agrupados numa
única placa.

a) Placas para Condutores

Características das Placas de Serviços Auxiliares para


Condutores

Obs.: Os pictogramas podem ser utilizados opcionalmente


nas placas de orientação

b) Placas para Pedestres

Características das Placas de Serviços Auxiliares para


Pedestres

Conhecimentos Específicos 56
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APOSTILAS OPÇÃO

a) Placas de Identificação de Atrativo Turístico

Características das Placas de Identificação de Atrativo


Turístico

1.3.5. Placas de Atrativos Turísticos


Indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos podem
dispor dos atrativos turísticos existentes, orientando sobre sua
direção ou identificando estes pontos de interesse.

Exemplos de Pictogramas:

b) Placas Indicativas de Sentido de Atrativo Turístico


Características de Placas Indicativas de Sentido

Conhecimentos Específicos 57
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APOSTILAS OPÇÃO

2.1.1. Padrão de Traçado


Seu padrão de traçado pode ser:
- Contínuo: são linhas sem interrupção pelo trecho da via
onde estão demarcando; podem estar longitudinalmente ou
transversalmente apostas à via.
- Tracejado ou Seccionado: são linhas interrompidas, com
espaçamentos respectivamente de extensão igual ou maior que
o traço.
- Símbolos e Legendas: são informações escritas ou
desenhadas no pavimento, indicando uma situação ou
complementando sinalização vertical existente.

2.1.2. Cores

c) Placas Indicativas de Distância de Atrativos


A sinalização horizontal se apresenta em cinco cores:
Turísticos
- Amarela: utilizada na regulação de fluxos de sentidos
opostos; na delimitação de espaços proibidos para
Características das Placas Indicativas de Distância de estacionamento e/ou parada e na marcação de obstáculos.
Atrativos Turísticos
- Vermelha: utilizada para proporcionar contraste, quando
necessário, entre a marca viária e o pavimento das ciclofaixas
e/ou ciclovias, na parte interna destas, associada à linha de
bordo branca ou de linha de divisão de fluxo de mesmo sentido e
nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz).
- Branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo
sentido; na delimitação de trechos de vias, destinados ao
estacionamento regulamentado de veículos em condições
especiais; na marcação de faixas de travessias de pedestres,
símbolos e legendas.
- Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas
portadoras de deficiência física, em áreas especiais de
estacionamento ou de parada para embarque e desembarque.
- Preta: utilizada para proporcionar contraste entre o
pavimento e a pintura.

Para identificação da cor, neste documento, é adotada a


seguinte convenção:

2.2. CLASSIFICAÇÃO
2. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
A sinalização horizontal é classificada em:
É um subsistema da sinalização viária que se utiliza de - marcas longitudinais;
linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos
- marcas transversais;
sobre o pavimento das vias.
- marcas de canalização;
Têm como função organizar o fluxo de veículos e pedestres;
- marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou
controlar e orientar os deslocamentos em situações com
parada;
problemas de geometria, topografia ou frente a obstáculos;
complementar os sinais verticais de regulamentação, - inscrições no pavimento.
advertência ou indicação. Em casos específicos, tem poder de
regulamentação. 2.2.1. Marcas Longitudinais
Separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a
2.1. CARACTERÍSTICAS parte da pista destinada normalmente à circulação de veículos,
a sua divisão em faixas, a separação de fluxos opostos, faixas de
uso exclusivo de um tipo de veículo, reversíveis, além de
A sinalização horizontal mantém alguns padrões cuja
estabelecer as regras de ultrapassagem e transposição.
mescla e a forma de coloração na via definem os diversos tipos
de sinais. De acordo com a sua função, as marcas longitudinais são
subdivididas nos seguintes tipos:
a) Linhas de Divisão de Fluxos Opostos

Conhecimentos Específicos 58
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APOSTILAS OPÇÃO

Separam os movimentos veiculares de sentidos contrários e b) Linhas de Divisão de Fluxo de Mesmo Sentido
regulamentam a ultrapassagem e os deslocamentos laterais,
exceto para acesso à imóvel lindeiro. Separam os movimentos veiculares de mesmo sentido e
regulamentam a ultrapassagem e a transposição

c) Linha de Bordo

Delimita a parte da pista destinada ao deslocamento de


veículos.

Conhecimentos Específicos 59
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APOSTILAS OPÇÃO

a) Linha de Retenção
Indica ao condutor o local limite em que deve parar o
veículo.

b) Linhas de Estímulo à Redução de Velocidade

d) Linha de Continuidade Conjunto de linhas paralelas que, pelo efeito visual, induzem
o condutor a reduzir a velocidade do veículo.
Proporciona continuidade a outras marcações
longitudinais, quando há quebra no seu alinhamento visual

c) Linha de “Dê a Preferência”

Indica ao condutor o local limite em que deve parar o


veículo, quando necessário, em locais sinalizados com a placa R-
2.2.3. Marcas Transversais 2.
Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os
harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos
pedestres, assim como informam os condutores sobre a
necessidade de reduzir a velocidade e indicam travessia de
pedestres e posições de parada.
Em casos específicos têm poder de regulamentação.
De acordo com a sua função, as marcas transversais são
subdivididas nos seguintes tipos:

Conhecimentos Específicos 60
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APOSTILAS OPÇÃO

d) Faixas de Travessia de Pedestres e) Marcação de Cruzamentos Rodocicloviários

Regulamentam o local de travessia de pedestres. Regulamenta o local de travessia de ciclistas.

Conhecimentos Específicos 61
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APOSTILAS OPÇÃO

g) Marcação de Área de Cruzamento com Faixa


Exclusiva

Indica ao condutor a existência de faixa(s) exclusiva(s).

f) Marcação de Área de Conflito


Assinala aos condutores a área da pista em que não devem
parar e estacionar os veículos, prejudicando a circulação.

2.2.4. Marcas de Canalização

Orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcionando a


circulação de veículos. Regulamentam as áreas de pavimento
não utilizáveis.
Devem ser na cor branca quando direcionam fluxos de
mesmo sentido e na proteção de estacionamento e na cor
amarela quando direcionam fluxos de sentidos opostos.

Conhecimentos Específicos 62
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APOSTILAS OPÇÃO

2.2.5 Marcas de Delimitação e Controle de


Estacionamento e/ou Parada

Delimitam e propiciam melhor controle das áreas onde é


proibido ou regulamentado o estacionamento e a parada de
veículos, quando associadas à sinalização vertical de
regulamentação. Em casos específicos, tem poder de
regulamentação. De acordo com sua função as marcas de
delimitação e controle de estacionamento e parada são
subdivididas nos seguintes tipos:

Conhecimentos Específicos 63
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APOSTILAS OPÇÃO

a) Linha de Indicação de Proibição de Estacionamento


e/ou Parada

Delimita a extensão da pista ao longo da qual se aplica a


proibição de estacionamento ou de parada e estacionamento
estabelecido pela sinalização vertical correspondente.

b) Marca Delimitadora de Parada de Veículos


Específicos

Delimita a extensão da pista destinada à operação exclusiva


de parada. Deve sempre estar associada ao sinal de
regulamentação correspondente.
É opcional o uso destas sinalizações quando utilizadas junto
ao marco do ponto de parada de transporte coletivo.

c) Marca Delimitadora de Estacionamento


Regulamentado

Delimita o trecho de pista no qual é permitido o


estacionamento estabelecido pelas normas gerais de circulação
e conduta ou pelo sinal R-6b.

· Paralelo ao meio-fio:
- Linha simples contínua ou tracejada

Conhecimentos Específicos 64
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APOSTILAS OPÇÃO

Conhecimentos Específicos 65
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APOSTILAS OPÇÃO

2.2.6 Inscrições no Pavimento

Melhoram a percepção do condutor quanto às condições de


operação da via, permitindo-lhe tomar a decisão adequada, no
tempo apropriado, para as situações que se lhe apresentarem.
São subdivididas nos seguintes tipos:

a) Setas Direcionais

b) Símbolos

Indicam e alertam o condutor sobre situações específicas na


via "DÊ A PREFERÊNCIA"
INDICATIVO DE INTERSEÇÃO COM VIA QUE TEM
PREFERÊNCIA

Conhecimentos Específicos 66
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APOSTILAS OPÇÃO

Obs: Para legendas curtas a largura das letras e algarismos


podem ser maiores.
- Comprimento mínimo:
Para legenda transversal ao fluxo veicular: 1,60 m
Para legenda longitudinal ao fluxo veicular: 0,25 m

- Cor: branca

Exemplos de legendas:

3. DISPOSITIVOS AUXILIARES
Dispositivos Auxiliares são elementos aplicados ao
pavimento da via, junto a ela, ou nos obstáculos próximos, de
forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via. São
constituídos de materiais, formas e cores diversos, dotados ou
não de refletividade, com as funções de:
- incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento
da via ou de obstáculos à circulação;
- reduzir a velocidade praticada;
- oferecer proteção aos usuários;
c) Legendas
- alertar os condutores quanto a situações de perigo
Advertem acerca de condições particulares de operação da
potencial ou que requeiram maior atenção.
via e complementam os sinais de regulamentação e advertência.
Os Dispositivos Auxiliares são agrupados, de acordo com
suas funções, em:
- Dispositivos Delimitadores;
- Dispositivos de Canalização;
- Dispositivos de Sinalização de Alerta;
- Alterações nas Características do Pavimento;

Conhecimentos Específicos 67
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APOSTILAS OPÇÃO

- Dispositivos de Proteção Contínua; Tachas – elementos contendo unidades refletivas, aplicados


- Dispositivos Luminosos; diretamente no pavimento.
- Dispositivos de Proteção a Áreas de Pedestres e/ou - Cor do corpo: branca ou amarela, de acordo com a marca
Ciclistas; viária que complementa.
- Dispositivos de Uso Temporário. - Cor do elemento refletivo:
branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
3.1. DISPOSITIVOS DELIMITADORES amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos,
São elementos utilizados para melhorar a percepção do vermelha – em rodovias, de pista simples, duplo sentido de
condutor quanto aos limites do espaço destinado ao rolamento circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor
e a sua separação em faixas de circulação. São apostos em série vermelha, junto à linha de bordo do sentido oposto.
no pavimento ou em suportes, reforçando marcas viárias, ou ao - Especificação mínima: Norma ABNT.
longo das áreas adjacentes a elas.
Podem ser mono ou bidirecionais em função de possuírem Exemplos:
uma ou duas unidades refletivas. O tipo e a(s) cor (es) das faces
refletivas são definidos em função dos sentidos de circulação na
via, considerando como referencial um dos sentidos de
circulação, ou seja, a face voltada para este sentido.

Tipos de Dispositivos Delimitadores:


· Balizadores - unidades refletivas mono ou bidirecionais,
afixadas em suporte.
- Cor do elemento refletivo:
branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos;
vermelha – em vias rurais, de pista simples, duplo sentido
de circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor
vermelha, junto ao bordo da pista ou acostamento do sentido
oposto.
Exemplo:

Tachões – elementos contendo unidades refletivas,


aplicados diretamente no pavimento.
- Cor do corpo: amarela
- Cor do elemento refletivo:
branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos;
vermelha – em rodovias, de pista simples, duplo sentido de
circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor
vermelha, junto à linha de bordo do sentido oposto.
- Especificação mínima: Norma ABNT.
· Balizadores de Pontes, Viadutos, Túneis, Barreiras e
Defensas – unidades refletivas afixadas ao longo do guarda- Exemplos:
corpo e/ou mureta de obras de arte, de barreiras e defensas.
- Cor do elemento refletivo:
branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos;
vermelha – em vias rurais, de pista simples, duplo sentido
de circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor
vermelha, afixados no guarda-corpo ou mureta de obras de arte,
barreiras e defensas do sentido oposto.
Exemplo:

Conhecimentos Específicos 68
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APOSTILAS OPÇÃO

Cilindros Delimitadores
Exemplo:

3.2. DISPOSITIVOS DE CANALIZAÇÃO


Os dispositivos de canalização são apostos em série sobre a
superfície pavimentada. Marcadores de Perigo – unidades refletivas fixadas em
suporte destinadas a alertar o condutor do veículo quanto a
Tipos de Dispositivos de Canalização:
situação potencial de perigo.
Prismas – tem a função de substituir a guia da calçada
(meio-fio) quando não for possível sua construção imediata.
- Cor: branca ou amarela, de acordo com a marca viária que
complementa.
Exemplo:

Segregadores – tem a função de segregar pistas para uso


exclusivo de determinado tipo de veículo ou pedestres. 3.4. ALTERAÇÕES NAS CARACTERÍSTICAS DO
- Cor: amarela. PAVIMENTO
Exemplo:
São recursos que alteram as condições normais da pista de
rolamento, quer pela sua elevação com a utilização de
dispositivos físicos colocados sobre a mesma, quer pela mudança
nítida de características do próprio pavimento. São utilizados
para:
- estimular a redução da velocidade;
- aumentar a aderência ou atrito do pavimento;
- alterar a percepção do usuário quanto a alterações de
ambiente e uso da via, induzindo-o a adotar comportamento
3.3. DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO DE ALERTA
cauteloso;
São elementos que têm a função de melhorar a percepção do
- incrementar a segurança e/ou criar facilidades para a
condutor quanto aos obstáculos e situações geradoras de perigo
circulação de pedestres e/ou ciclistas.
potencial à sua circulação, que estejam na via ou adjacentes à
mesma, ou quanto a mudanças bruscas no alinhamento 3.5. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTÍNUA
horizontal da via. São elementos colocados de forma contínua e permanente
Possuem as cores amarela e preta quando sinalizam ao longo da via, confeccionados em material flexível, maleável
situações permanentes e adquirem cores laranja e branca ou rígido, que têm como objetivo:
quando sinalizam situações temporárias, como obras. - evitar que veículos e/ou pedestres transponham
determinado local;
Tipos de Dispositivos de Sinalização de Alerta: - evitar ou dificultar a interferência de um fluxo de veículos
sobre o fluxo oposto.
Tipos de Dispositivos para Fluxo de Pedestres e
· Marcadores de Obstáculos – unidades refletivas apostas
Ciclistas:
no próprio obstáculo, destinadas a alertar o condutor quanto à
existência de obstáculo disposto na via ou adjacente a ela.
· Gradis de Canalização e Retenção
Devem ter altura máxima de 1,20 m e permitir
intervisibilidade entre veículos e pedestres.

Conhecimentos Específicos 69
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos: 3.6. DISPOSITIVOS LUMINOSOS


São dispositivos que se utilizam de recursos luminosos para
proporcionar melhores condições de visualização da
sinalização, ou que, conjugados a elementos eletrônicos,
permitem a variação da sinalização ou de mensagens, como por
exemplo:
- advertência de situação inesperada à frente;
- mensagens educativas visando o comportamento
adequado dos usuários da via;
- orientação em praças de pedágio e pátios públicos de
estacionamento;
- informação sobre condições operacionais das vias;
- orientação do trânsito para a utilização de vias
alternativas;
- regulamentação de uso da via.

Tipos de Dispositivos Luminosos:

Painéis Eletrônicos
Exemplos:

Tipos de Dispositivos para Fluxo Veicular:


· Defensas Metálicas
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplos:

Painéis com Setas Luminosas


Exemplos:

· Barreiras de Concreto
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplos:
3.7. DISPOSITIVOS DE USO TEMPORÁRIO
São elementos fixos ou móveis diversos, utilizados em
situações especiais e temporárias, como operações de trânsito,
obras e situações de emergência ou perigo, com o objetivo de
alertar os condutores, bloquear e/ou canalizar o trânsito,
proteger pedestres, trabalhadores, equipamentos, etc.
Aos dispositivos de uso temporário estão associadas as cores
laranja e branca.

Tipos de Dispositivos de Uso Temporário:


· Dispositivos Anti-ofuscamento
Especificação mínima: Norma ABNT Cones
Exemplo: Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplo:

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APOSTILAS OPÇÃO

Cilindro DESMONTÁVEIS
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplo:

Barreiras
Exemplos:

FIXAS
Balizador Móvel
Exemplo:

MÓVEIS

Tambores
Exemplos:

CANCELAS

PLÁSTICAS

Fita Zebrada
Exemplo:

Tapumes
Exemplos:

Cavaletes
Exemplos: Gradis
Exemplos:
ARTICULADOS

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APOSTILAS OPÇÃO

Elementos Luminosos Complementares 4.1. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA DE REGULAMENTAÇÃO


Exemplos:
A sinalização semafórica de regulamentação tem a função
de efetuar o controle do trânsito num cruzamento ou seção de
via, através de indicações luminosas, alternando o direito de
passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres.

4.1.1. Características
Compõe-se de indicações luminosas de cores
preestabelecidas, agrupadas num único conjunto, dispostas
verticalmente ao lado da via ou suspensas sobre ela, podendo
neste caso ser fixadas horizontalmente.

4.1.2. Cores das Indicações Luminosas


As cores utilizadas são:
Bandeiras
Exemplos: a) Para controle de fluxo de pedestres:
- Vermelha: indica que os pedestres não podem atravessar.
- Vermelha Intermitente: Indica para o pedestre o término
do direito de iniciar a travessia. Sua duração deve permitir a
conclusão das travessias iniciadas no tempo de verde;
- Verde: assinala que os pedestres podem atravessar.

b) Para controle de fluxo de veículos:


- Vermelha: indica obrigatoriedade de parar.
- Amarela: indica “atenção”, devendo o condutor parar o
veículo, salvo se isto resultar em situação de perigo.
- Verde: indica permissão de prosseguir na marcha, podendo
o condutor efetuar as operações indicadas pelo sinal luminoso,
Faixas
respeitadas as normas gerais de circulação e conduta.
Exemplos:
4.1.3. Tipos

a) Para Veículos:

- Compostos de três indicações luminosas, dispostas na


sequencia preestabelecida abaixo:

O acendimento das indicações luminosas deve ser na


sequência verde, amarelo, vermelho, retornando ao verde.
Para efeito de segurança recomenda-se o uso de, no mínimo,
4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA dois conjuntos de grupos focais por aproximação, ou a utilização
A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização de um conjunto de grupo focal composto de dois focos
viária que se compõe de indicações luminosas acionadas vermelhos, um amarelo e um verde.
alternada ou intermitentemente através de sistema - Compostos de duas indicações luminosas, dispostas na
elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os deslocamentos. sequência preestabelecida abaixo. Para uso exclusivo em
Existem dois (2) grupos: controles de acesso específico, tais como praças de pedágio e
- a sinalização semafórica de regulamentação; balsa.
- a sinalização semafórica de advertência.
Formas e Dimensões

Conhecimentos Específicos 72
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APOSTILAS OPÇÃO

Com símbolos, que podem estar isolados ou integrando um Vertical, Horizontal, Semafórica e de Dispositivos e
semáforo de três ou duas indicações luminosas. Sinalização Auxiliares combinados de forma que:
Exemplos: - os usuários da via sejam advertidos sobre a intervenção
realizada e possam identificar seu caráter temporário;
- sejam preservadas as condições de segurança e fluidez do
trânsito e de acessibilidade;
- os usuários sejam orientados sobre caminhos alternativos;
- sejam isoladas as áreas de trabalho, de forma a evitar a
deposição e/ou lançamento de materiais sobre a via.
Na sinalização de obras, os elementos que compõem a
sinalização vertical de regulamentação, a sinalização
horizontal e a sinalização semafórica têm suas características
preservadas.
A sinalização vertical de advertência e as placas de
orientação de destino adquirem características próprias de cor,
sendo adotadas as combinações das cores laranja e preta.
Entretanto, mantém as características de forma, dimensões,
símbolos e padrões alfanuméricos:

Os dispositivos auxiliares obedecem às cores estabelecidas


b) Para Pedestres:
no capítulo 3 deste Anexo, mantendo as características de forma,
dimensões, símbolos e padrões alfanuméricos.

São exemplos de sinalização de obras:

4.2. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA DE ADVERTÊNCIA


A sinalização semafórica de advertência tem a função de 6. GESTOS
advertir da existência de obstáculo ou situação perigosa,
devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as medidas de a) Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito
precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante. As ordens emanadas por gestos de Agentes da Autoridade de
Trânsito prevalecem sobre as regras de circulação e as normas
4.2.1. Características definidas por outros sinais de trânsito. Os gestos podem ser:
Compõe-se de uma ou duas luzes de cor amarela, cujo
funcionamento é intermitente ou piscante alternado, no caso de
duas indicações luminosas.

No caso de grupo focal de regulamentação, admite-se o uso


isolado da indicação luminosa em amarelo intermitente, em
determinados horários e situações específicas. Fica o condutor
do veículo obrigado a reduzir a velocidade e respeitar o disposto
no Artigo 29, inciso III, alínea C.

5. SINALIZAÇÃO DE OBRAS

A Sinalização de Obras tem como característica a utilização


dos sinais e elementos de Sinalização

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APOSTILAS OPÇÃO

II - ter intensidade de 10 dBA acima do ruído momentâneo


mensurado no local pela própria botoeira, obedecidos os limites
máximos de emissão sonora conforme legislação vigente;
III - ter intermitência, duração e frequência em onda
senoidal, conforme o Quadro 1 a seguir:

Quadro 1 – Especificação de sinais sonoros


(Incluído pela Resolução Contran nº 704/2017)

Momento Intermitência Duração Frequência

Para o sinal
0,5 Hz (1 ciclo 60 ms 950 Hz
sonoro de
a cada 2 s) (± 2 ms) (± 10 Hz)
localização.
Para o sinal
sonoro de
2000 Hz (± 10
início do
1 pulso único, Hz),
tempo de
antecedendo o 160 ms Decrescendo
travessia (silvo
sinal sonoro de (± 5 ms) gradativamente
inicial do
travessia. até
tempo de verde
500 Hz (± 10 Hz)
do foco do
pedestre).
Para o sinal Frequência
sonoro de Modulada: 2000
travessia 1 Hz (1 ciclo/s) 160 ms Hz
(tempo de (± 5 ms) (± 10 Hz) + 500
b) Gestos de Condutores verde do foco Hz
de pedestre). (±10 Hz)
Para o sinal
sonoro de
advertência de Frequência
encerramento Modulada: 2000
de travessia 2 Hz (2 ciclo/s) 160 ms Hz
(tempo de (± 5 ms) (± 10 Hz) + 500
vermelho Hz
intermitente (±10 Hz)
do foco de
pedestre).

IV - Quando cada sinal sonoro for reproduzido, o mesmo não


deve ser iniciado ou finalizado em volume máximo, sendo:
a) dentro dos primeiros 05 (cinco) ms reproduzidos de cada
pulso, o volume deve iniciar em zero e progressivamente
aumentar até o volume máximo da reprodução;
b) antes de finalizar a reprodução, nos últimos 10% do
tempo restante, o volume de cada pulso deve cair
progressivamente até zero.
7. SINAIS SONOROS
Parágrafo único. Os arquivos digitais com os sons a serem
utilizados no semáforo sonoro estão disponíveis no site do
DENATRAN.

Questões

01. (Pref. Jandira/SP - Agente de Trânsito –


IBFC/2016) As sinalizações verticais de regulamentação
possuem a finalidade de transmitir aos usuários as condições,
proibições, obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e
rurais. Dentre as sinalizações verticais de regulamentação
estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as
Os sinais sonoros somente devem ser utilizados em conjunto
figuras apresentadas abaixo, indicam respectivamente:
com os gestos dos agentes.

A Resolução Contran nº 704/2017, estabelece padrões e


critérios para sinalização semafórica com sinal sonoro para
travessia de pedestres com deficiência visual e traz a seguinte
alteração ao texto da presente Resolução:

(...) (A) Peso máximo permitido por eixo; Sentido de circulação


Art. 6º Os sinais sonoros devem ter as seguintes da via ou pista.
características: (B) Peso bruto total mínimo permitido; Sentido único.
I - podem ser digitalizados ou sintetizados;

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Peso bruto total máximo permitido; Passagem (A) Proibido seguir em frente e dobrar à esquerda.
Obrigatória. (B) Proibido seguir em frente e dobrar à direita.
(D) Peso mínimo permitido por eixo; Depressão à direita. (C) Permitido seguir em frente e proibido dobrar à
esquerda.
02. (Pref. Jandira/SP - Agente de Trânsito – (D) Permitido dobrar a esquerda e proibido ir em frente.
IBFC/2016) A sinalização vertical de advertência tem por (E) Siga em frente ou à esquerda.
finalidade alertar aos usuários das condições potencialmente
perigosas, obstáculos ou restrições existentes na via ou
Gabarito
adjacentes a ela, indicando a natureza dessas situações à
frente, quer sejam permanentes ou eventuais. De acordo com
o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a sinalização vertical de 01. C/02. B/03. C/04. C/05. E
advertência apresentada abaixo corresponde a:

Resoluções do Conselho
Nacional de Trânsito
(CONTRAN) e suas alterações
até a data de publicação do
edital: 04/1998;
(A) Junções sucessivas contrárias, primeira à esquerda.
(B) Junções sucessivas contrárias, primeira à direita. RESOLUÇÃO Nº NC 004/98
(C) Confluência à direita.
(D) Entroncamento obliquo à esquerda.
Dispõe sobre o trânsito de veículos novos, nacionais ou
importados, antes do registro e do licenciamento e de veículos
03. (Pref. Alhandra/PB - Agente de Fiscalização de
usados incompletos, nacionais ou importados, antes da
Trânsito - EducaPB/2016) A Sinalização de Obras têm como
transferência. (Alterado pela Resolução nº 698, de 10 de
característica a utilização dos sinais e elementos de sinalização
outubro de 2017).
vertical, horizontal, semafórica, de dispositivos e sinalizações
auxiliares combinados de forma que os usuários da via sejam O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da
advertidos sobre a intervenção realizada e possam identificar sua competência que lhe confere o Art. 12 da Lei 9.503 de 23
seu caráter temporário; que sejam preservadas as condições de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
de segurança e fluidez do trânsito e de acessibilidade; que os Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto nº 2.327, de 23 de
usuários sejam orientados sobre caminhos alternativos. setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema
A respeito da Placa de Sinalização de Obras, assinale a Nacional de Trânsito;
alternativa que corresponde ao símbolo da Placa abaixo
CORRETA: Considerando que o veículo novo terá que ser registrado e
licenciado no Município de domicilio ou residência do
adquirente;
Considerando que o concessionário ou revendedor
autorizado pela indústria fabricante do veículo, poderá ser o
primeiro adquirente;
(A) Estreitamento à direita. Considerando a convivência de ordem econômica para o
(B) Estreitamento à esquerda. adquirente nos deslocamentos do veículo;
(C) Depressão.
(D) Área com desmonoramento. RESOLVE:
(E) Pista escorregadia.
Art. 1º. Permitir o transporte de cargas e pessoas em
04. (Pref. Alhandra/PB - Agente de Fiscalização de veículos novos, antes do registro e licenciamento. Adquiridos
Trânsito - EducaPB/2016) As Placas Educativas têm a função por pessoas físicas e jurídicas, por entidades públicas e
de educar aos usuários da via quanto ao seu comportamento privadas e os destinados aos concessionários para
adequado e seguro no trânsito. Podem conter mensagens que comercialização, desde que portem a “autorização especial”
reforcem normas gerais de circulação. A respeito das Placas segundo o modelo constante do anexo I.
Educativas, assinale a alternativa que representa a Placa: § 1º. A permissão estende-se aos veículos aos veículos
Informações Turísticas: inacabados (chassis), do pátio do fabricante ou do
concessionário até o local da indústria encarroçadora.
§ 2º. A “autorização especial” válida apenas para
deslocamento para o município de destino, será expedida para
o veículo que portar os Equipamentos Obrigatórios previstos
pelo
CONTRAN (adequado ao tipo de veículo), com base na Nota
05. (Pref. Japeri/RJ – Agente de Trânsito – FBC) Qual Fiscal de Compra e Venda, com validade de (15) quinze dias
significado da placa abaixo: transcorridos da data da emissão, prorrogável por igual
período por motivo de força maior.
§ 3º. A autorização especial será impressa em (3) três vias,
das quais, a primeira e a segunda serão colocadas
respectivamente, no vidro dianteiro (para-brisa), e no vidro
traseiro, e a terceira arquivada na repartição de trânsito
expedidora.

Conhecimentos Específicos 75
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 2º. Os veículos adquiridos por autônomos e por Brasília/DF, 23 de janeiro de 1998.
empresas que prestam transportes de cargas e de passageiros,
poderão efetuar serviços remunerados para quais estão Ministério da Justiça
autorizados, atendida a legislação especifica, as exigências dos Ministério dos Transportes
poderes concedentes e das autoridades com jurisdição sobre Ministério da Ciência e Tecnologia
as vias públicas. Ministério do Exército
Ministério da Educação e do Desporto
Art. 3º. Os veículos consignados aos concessionários, para
Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídrico e da
comercialização, e os veículos adquiridos por pessoas físicas,
Amazônia Legal Ministério da Saúde
entidades privadas e públicas, a serem licenciados nas
categorias “PARTICULAR e OFICIAL”, somente poderão
transportar suas cargas e pessoas que tenham vínculo ANEXO I DA RESOLUÇÃO Nº NC 004/98
empregatício com os mesmos.

Art. 4º. Antes do registro e licenciamento, o veículo novo,


nacional ou importado que portar a nota fiscal de compra e
venda ou documento alfandegário poderá transitar:
(Alterado pela Resolução nº 54, de 17 de setembro de
2015).
I - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou
concessionária e do Posto Alfandegário, ao órgão de trânsito
do município de destino, nos quinze dias consecutivos à data
do carimbo de saída do veículo, constante da nota fiscal ou
documento alfandegário correspondente;
II - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou
concessionária, ao local onde vai ser embarcado como carga, 14/1998;
por qualquer meio de transporte;
III - do local de descarga às concessionárias ou indústrias
encarroçadora;
IV - de um a outro estabelecimento da mesma montadora, EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS
encarroçadora ou concessionária ou pessoa jurídica
interligada. O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) estabeleceu,
§ 1º No caso de veículo novo comprado diretamente pelo através da Resolução de n.14/1998 e normativas
comprador por meio eletrônico, o prazo de que trata o inciso I complementares, uma lista de equipamentos obrigatórios que
será contado a partir da data de efetiva entrega do veículo ao o veículo deve possuir. Vejamos o que dispõe a norma:
proprietário.
§ 2º No caso do veículo novo doado por órgãos ou RESOLUÇÃO Nº 14/983
entidades governamentais, o município de destino de que trata
o inciso I será o constante no instrumento de doação, cuja Estabelece os equipamentos obrigatórios para a frota de
cópia deverá acompanhar o veículo durante o trajeto. veículos em circulação e dá outras providências.
§ 3º Equiparam-se às indústrias encarroçadoras as
empresas responsáveis pela instalação de equipamentos O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da
destinados a transformação de veículos em ambulâncias, competência que lhe confere o inciso I, do art.12, da Lei 9.503, de
veículos policiais e demais veículos de emergência. 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
§ 4º No caso do § 3º deverá ser aposto carimbo no verso da Brasileiro – CTB e conforme o Decreto 2.327, de 23 de setembro
nota fiscal de compra, com a data da saída do veículo, pela de 1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de
empresa responsável pela adaptação ou transformação. Trânsito;
§ 5º No caso dos Estados da Região Norte do País, o prazo
de que trata o inciso I será de 30 (trinta) dias consecutivos. CONSIDERANDO o art. 105, do Código de Trânsito
§ 6º Para os veículos recém-produzidos, beneficiados por Brasileiro;
regime tributário especial e para os quais ainda não foram
emitidas as notas fiscais de faturamento, fica permitido o CONSIDERANDO a necessidade de proporcionar às
transporte somente do pátio interno das montadoras e autoridades fiscalizadoras, as condições precisas para o
fabricantes para os pátios externos das montadoras e exercício do ato de fiscalização;
fabricantes ou das empresas responsáveis pelo transporte dos
veículos, em um raio máximo de 10 (dez) quilômetros, CONSIDERANDO que os veículos automotores, em circulação
desacompanhados de nota fiscal, desde que acompanhados da no território nacional, pertencem a diferentes épocas de
relação de produção onde conste a numeração do chassi. produção, necessitando, portanto, de prazos para a completa
adequação aos requisitos de segurança exigidos pela legislação;
Art. 5º. Pela inobservância desta Resolução, fica o condutor resolve:
sujeito à penalidade constante do Artigo 230, inciso V, do
Código de Trânsito Brasileiro. Art. 1º Para circular em vias públicas, os veículos deverão
estar dotados dos equipamentos obrigatórios relacionados
Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua abaixo, a serem constatados pela fiscalização e em condições de
publicação, revogada a Resolução 612/83. funcionamento:

3 Disponível em: http://www.denatran.gov.br/index.php/resolucoes. Acesso

em: 01/04/2019 às 12h

Conhecimentos Específicos 76
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APOSTILAS OPÇÃO

I) nos veículos automotores e ônibus elétricos: 3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
1) para-choques, dianteiro e traseiro; 4) velocímetro;
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões; 5) buzina;
3) espelhos retrovisores, interno e externo; 6) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
4) limpador de para-brisa; 7) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.
5) lavador de para-brisa;
6) pala interna de proteção contra o sol (para-sol) para o IV) para as motonetas, motocicletas e triciclos:
condutor; 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
7) faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela; 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
8) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor branca ou 3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
amarela; 4) lanterna de freio, de cor vermelha
9) lanternas de posição traseiras de cor vermelha; 5) iluminação da placa traseira;
10) lanternas de freio de cor vermelha; 6) indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiro
11) lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor e traseiro;
âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha; 7) velocímetro;
12) lanterna de marcha à ré, de cor branca; 8) buzina;
13) retrorefletores (catadióptrico) traseiros, de cor 9) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
vermelha; 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor,
14) lanterna de iluminação da placa traseira, de cor branca; dimensionado para manter a temperatura de sua superfície
15) velocímetro, externa em nível térmico adequado ao uso seguro do veículo
16) buzina; pelos ocupantes sob condições normais de utilização e com uso
17) freios de estacionamento e de serviço, com comandos de vestimentas e acessórios indicados no manual do usuário
independentes; fornecido pelo fabricante, devendo ser complementado por
18) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança; redutores de temperatura nos pontos críticos de calor, a critério
19) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de do fabricante, conforme exemplificado no Anexo desta
emergência, independente do sistema de iluminação do veículo; Resolução.
20) (Revogado pela Resolução nº 556/2015 - Torna
facultativo o uso do extintor de incêndio para os automóveis, V) para os quadricíclos:
utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
fechada); 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
21) registrador instantâneo e inalterável de velocidade e 3) lanterna, de cor vermelha na parte traseira;
tempo, nos veículos de transporte e condução de escolares, nos 4) lanterna de freio, de cor vermelha;
de transporte de passageiros com mais de dez lugares e nos de 5) indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiros
carga com capacidade máxima de tração superior a 19t; e traseiros;
22) cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo; 6) iluminação da placa traseira;
23) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor, 7) velocímetro;
naqueles dotados de motor a combustão; 8) buzina;
24) roda sobressalente, compreendendo o aro e o pneu, com 9) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
ou sem câmara de ar, conforme o caso; 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor;
25) macaco, compatível com o peso e carga do veículo; 11) protetor das rodas traseiras.
26) chave de roda;
27) chave de fenda ou outra ferramenta apropriada para a VI) nos tratores de rodas, de esteiras e mistos: (Redação
remoção de calotas; dada pela Resolução CONTRAN nº 454/2013)
28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veículos 1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;
de carga, quando suas dimensões assim o exigirem; 2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
29) cinto de segurança para a árvore de transmissão em
3) lanternas de freio, de cor vermelha;
veículos de transporte coletivo e carga;
4) lanterna de marcha à ré, de cor branca;
5) alerta sonoro de marcha à ré;
II) para os reboques e semirreboques:
6) indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiros
1) para-choque traseiro;
e traseiros;
2) protetores das rodas traseiras; 7) iluminação de placa traseira;
3) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
8) faixas retrorrefletivas;
4) freios de estacionamento e de serviço, com comandos 9) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança
independentes, para veículos com capacidade superior a 750 (exceto os tratores de esteiras);
quilogramas e produzidos a partir de 1997;
10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor;
5) lanternas de freio, de cor vermelha;
11) espelhos retrovisores;
6) iluminação de placa traseira;
12) cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo;
7) lanternas indicadoras de direção traseiras, de cor âmbar
13) buzina.
ou vermelha;
8) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
Parágrafo único: Quando a visibilidade interna não
9) lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quando suas
permitir, utilizar-se-ão os espelhos retrovisores laterais.
dimensões assim o exigirem.
Art. 2º. Dos equipamentos relacionados no artigo anterior,
III) para os ciclomotores:
não se exigirá:
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;

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APOSTILAS OPÇÃO

I) lavador de para-brisa: Art. 4º Estão isentos da instalação do para-choque


a) em automóveis e camionetas derivadas de veículos traseiro os seguintes veículos:
produzidos antes de 1º de janeiro de 1974; I – inacabados ou incompletos;
b) utilitários, veículos de carga, ônibus e micro-ônibus II – caminhões-tratores;
produzidos até 1º de janeiro de 1999; III – produzidos especialmente para cargas
autoportantes e veículos muito longos que necessitem de
II) lanterna de marcha à ré e retrorrefletores, nos veículos Autorização Especial de Trânsito (AET);
fabricados antes de 1º de janeiro de 1990; IV – aqueles nos quais a aplicação do para-choque
traseiro especificado nesta Resolução seja incompatível com
III) registrador instantâneo inalterável de velocidade e a sua utilização. Neste caso, a estrutura que substitui o para-
tempo: choque deverá atender os esforços estabelecidos nos ensaios
a) nos veículos de carga fabricados antes de 1991, excluídos descritos no Item 4 do Anexo I, comprovados por meio de
os de transporte de escolares, de cargas perigosas e de relatório de ensaio, e ter altura máxima do solo de 450 mm;
passageiros (ônibus e micro-ônibus), até 1° de janeiro de 1999; V - veículos completos da categoria N2 e N3 que possuam
b) nos veículos de transporte de passageiros ou de uso misto, para-choque traseiro incorporado ao projeto original do
registrados na categoria particular e que não realizem fabricante do veículo automotor;
transporte remunerado de pessoas; VI – veículos de uso bélico;
VII – de coleção;
IV) cinto de segurança: VIII – exclusivos para uso fora-de-estrada;
a) para os passageiros, nos ônibus e micro-ônibus IX - destinados à exportação;
produzidos até 1º de janeiro de 1999; X – rebocados destinados ao transporte de cargas
b) até 1º de janeiro de 1999, para o condutor e tripulantes, indivisíveis (carrega-tudo).
nos ônibus e micro-ônibus;
c) para os veículos destinados ao transporte de passageiros,
Parágrafo único: Para os veículos relacionados nas alíneas
em percurso que seja permitido viajar em pé.
“b”, “c”, e “d”, do inciso V, será reconhecida a excepcionalidade,
d) para os veículos de uso bélico.
somente quando pertencerem ou estiverem na posse de firmas
individuais, empresas ou organizações que possuam equipes
V) pneu e aro sobressalente, macaco e chave de roda: próprias, especializadas em troca de pneus ou aros danificados.
a) nos veículos equipados com pneus capazes de trafegar
sem ar, ou aqueles equipados com dispositivo automático de Art. 3º. Os equipamentos obrigatórios dos veículos
enchimento emergencial; destinados ao transporte de produtos perigosos, bem como os
b) nos ônibus e micro-ônibus que integram o sistema de equipamentos para situações de emergência serão aqueles
transporte urbano de passageiros, nos municípios, regiões e indicados na legislação pertinente.
microrregiões metropolitanas ou conglomerados urbanos;
c) nos caminhões dotados de características específicas para Art. 4º. Os veículos destinados à condução de escolares ou
transporte de lixo e de concreto; outros transportes especializados terão seus equipamentos
d) nos veículos de carroçaria blindada para transporte de obrigatórios previstos em legislação específica.
valores.
e) para automóveis, camionetas, caminhonetes e utilitários, Art. 5º. A exigência dos equipamentos obrigatórios para a
com peso bruto total – PBT, de até 3,5 toneladas, a dispensa circulação de bicicletas, prevista no inciso VI, do art. 105, do
poderá ser reconhecida pelo órgão máximo executivo de Código de Trânsito Brasileiro terá um prazo de cento e oitenta
trânsito da União, por ocasião do requerimento do código dias para sua adequação, contados da data de sua
específico de marca/modelo/versão, pelo fabricante ou Regulamentação pelo CONTRAN.
importador, quando comprovada que tal característica é
inerente ao projeto do veículo, e desde que este seja dotado de
Art. 6º. Os veículos automotores produzidos a partir de 1º de
alternativas para o uso do pneu e aro sobressalentes, macaco e
janeiro de 1999, deverão ser dotados dos seguintes
chave de roda.
equipamentos obrigatórios:
I - espelhos retrovisores externos, em ambos os lados;
VI) velocímetro, naqueles dotados de registrador
II - registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, integrado.
tempo, para os veículos de carga, com peso bruto total superior
a 4536 kg;
VII) para-choques traseiro nos veículos mencionados no Art.
III - encosto de cabeça, em todos os assentos dos automóveis,
4º da Resolução nº 593, de 24 de maio de 2016, do CONTRAN.
exceto nos assentos centrais;
(Redação dada pela Resolução nº 592/2016).
IV - cinto de segurança graduável e de três pontos em todos
os assentos dos automóveis. Nos assentos centrais, o cinto
poderá ser do tipo subabdominal;
Parágrafo único: Os ônibus e micro-ônibus poderão utilizar
cinto subabdominal para os passageiros.

Art. 7º. Aos veículos registrados e licenciados em outro país,


em circulação no território nacional, aplicam-se as regras do
art. 118 e seguintes do Código de Trânsito Brasileiro.

Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções 657/85, 767/93,


002/98 e o art. 65 da Resolução 734/89.

Art. 9º. Respeitadas as exceções e situações particulares

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APOSTILAS OPÇÃO

previstas nesta Resolução, os proprietários ou condutores, cujos campanhas educativas, motivem seus usuários a manter o
veículos circularem nas vias públicas desprovidos dos requisitos farol baixo aceso durante o dia , nas rodovias.
estabelecidos, ficam sujeitos às penalidades constantes do art.
230 do Código de Trânsito Brasileiro, no que couber. Art.2º. O DENATRAN acompanhará os resultados obtidos
pelos órgãos que implementarem esta medida.
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação. Art.3º. Esta Resolução entrará em vigor 60 (sessenta) dias
Brasília, 06 de fevereiro de 1998. após sua publicação, ficando revogada a Resolução 819/96.

Questões Brasília, 17 de fevereiro de 1998.

01. (Pref. Guapimirim/RJ - Fiscal Rodoviário - FBC)


Conforme RESOLUÇÃO Nº 14/98 que estabelece os
equipamentos obrigatórios para a frota de veículos em
168/2004;
circulação e dá outras providências, exige-se para circulação
legal de um reboque, que este apresente, EXCETO:
(A) para-choque traseiro; NORMAS PARA FORMAÇÃO DE CONDUTORES
(B) extintor de incêndio;
(C) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança; RESOLUÇÃO Nº 168, DE 14 DE DEZEMBRO DE 20044
(D) lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quando
suas dimensões assim o exigirem; Estabelece Normas e Procedimentos para a formação de
(E) lanternas de freio, de cor vermelha. condutores de veículos automotores e elétricos, a realização dos
exames, a expedição de documentos de habilitação, os cursos de
formação, especializados, de reciclagem e dá outras
02. (SURG - Agente de Trânsito – CONSULPAM) Segundo
providências.
a Resolução n°. 14, de 06/02/1998, publicada em
12/02/1998, constituem-se equipamentos obrigatórios
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN usando
exigidos para a circulação de veículos ciclomotores, EXCETO:
da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I e artigo 141,
(A) espelhos retrovisores, de ambos os lados.
da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
(B) farol dianteiro, de cor branca ou amarela. Código de Trânsito Brasileiro – CTB e, conforme o Decreto n°
(C) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira. 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do
(D) iluminação da placa traseira. Sistema Nacional de Trânsito,
RESOLVE:
Gabarito
Art. 1º As normas regulamentares para o processo de
01. B/02. D formação, especialização e habilitação do condutor de veículo
automotor e elétrico, os procedimentos dos exames, cursos e
avaliações para a habilitação, renovação, adição e mudança de
categoria, emissão de documentos de habilitação, bem como do
18/1998; reconhecimento do documento de habilitação obtido em país
estrangeiro são estabelecidas nesta Resolução.

Do Processo de Habilitação do Condutor


RESOLUÇÃO Nº 18/98
Art. 2º O candidato à obtenção da Autorização para
Recomenda o uso, nas rodovias, de farol baixo aceso Conduzir Ciclomotor – ACC, da Carteira Nacional de Habilitação
durante o dia, e dá outras providências. – CNH, solicitará ao órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal, do seu domicílio ou residência, ou
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da na sede estadual ou distrital do próprio órgão ou entidade, a
competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei 9.503, de abertura do processo de habilitação para o qual deverá
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito preencher os seguintes requisitos:
Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de I – ser penalmente imputável;
setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema II – saber ler e escrever;
Nacional de Trânsito; III – possuir documento de identidade;
CONSIDERANDO que o sistema de iluminação é elemento IV – possuir Cadastro de Pessoa Física – CPF.
integrante da segurança ativa dos veículos; §1º O processo de habilitação do condutor de que trata o
CONSIDERANDO que as cores e as formas dos veículos caput deste artigo, após o devido cadastramento dos dados
modernos contribuem para mascará-los no meio ambiente, informativos do candidato no Registro Nacional de Condutores
dificultando a sua visualização a uma distância efetivamente Habilitados – RENACH, deverá realizar Avaliação Psicológica,
segura para qualquer ação preventiva, mesmo em condições Exame de Aptidão Física e Mental, Curso Teórico-técnico, Exame
de boa luminosidade; Teórico-técnico, Curso de Prática de Direção Veicular e Exame
de Pratica de Direção Veicular, nesta ordem.
RESOLVE: §2° O candidato poderá requerer simultaneamente a ACC e
habilitação na categoria “B”, bem como requerer habilitação em
Art.1º. Recomendar às autoridades de trânsito com “A” e “B” submetendo-se a um único Exame de Aptidão Física e
circunscrição sobre as vias terrestres, que por meio de Mental e Avaliação Psicológica, desde que considerado apto
para ambas.

4 Disponível em: http://www.denatran.gov.br/index.php/resolucoes. Com

alterações até a Resolução 705/2017.

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APOSTILAS OPÇÃO

§3º O processo do candidato à habilitação ficará ativo no Da Formação do Condutor


órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Federal, pelo prazo de 12 (doze) meses, contados da data do Art. 7º A formação de condutor de veículo automotor e
requerimento do candidato. elétrico compreende a realização de Curso Teórico-técnico e de
§4º A obtenção da ACC obedecerá aos termos e condições Prática de Direção Veicular, cuja estrutura curricular, carga
estabelecidos para a CNH nas categorias “A”, “B” e, “A” e “B”. horária e especificações estão definidas no anexo II.

Art. 3º Para a obtenção da ACC e da CNH o candidato devera Art. 8º Para a Prática de Direção Veicular, o candidato
submeter-se a realização de: deverá estar acompanhado por um Instrutor de Prática de
I – Avaliação Psicológica; Direção Veicular e portar a Licença para Aprendizagem de
II – Exame de Aptidão Física e Mental; Direção Veicular – LADV expedida pelo órgão ou entidade
III – Exame escrito, sobre a integralidade do conteúdo executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, contendo
programático, desenvolvido em Curso de Formação para no mínimo, as seguintes informações:
Condutor; I – identificação do órgão ou entidade executivo de trânsito
IV – Exame de Direção Veicular, realizado na via pública, em expedidor;
veículo da categoria para a qual esteja se habilitando. II – nome completo, número do documento de identidade, do
Cadastro de Pessoa Física - CPF e do formulário RENACH do
Art. 4º O Exame de Aptidão Física e Mental será preliminar candidato;
e renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para III – categoria pretendida;
condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no local IV – nome do Centro de Formação de Condutores – CFC
de residência ou domicílio do examinado. responsável pela instrução;
§1º O condutor que exerce atividade de transporte V – prazo de validade.
remunerado de pessoas ou bens terá que se submeter ao Exame §1º A LADV será expedida em nome do candidato com a
de Aptidão Física e Mental e a Avaliação Psicológica de acordo identificação do CFC responsável e/ou do Instrutor, depois de
com os parágrafos 2º e 3º do Art. 147 do Código de Trânsito aprovado nos exames previstos na legislação, com prazo de
Brasileiro. validade que permita que o processo esteja concluído de acordo
§2º Quando houver indícios de deficiência física, mental ou com o previsto no § 3º, do art 2º, desta Resolução.
de progressividade de doença que possa diminuir a capacidade §2º A LADV será expedida mediante a solicitação do
para conduzir veículo, o prazo de validade do exame poderá ser candidato ou do CFC ao qual o mesmo esteja vinculado para a
diminuído a critério do perito examinador. formação de prática de direção veicular e somente produzirá os
§3º O condutor que, por qualquer motivo, adquira algum seus efeitos legais quando apresentada no original,
tipo de deficiência física para a condução de veículo automotor, acompanhada de um documento de identidade e na Unidade da
deverá apresentar-se ao órgão ou entidade executivo de trânsito Federação em que tenha sido expedida.
do Estado ou do Distrito Federal para submeter-se aos exames §3º Quando o candidato optar pela mudança de CFC será
necessários. expedida nova LADV, considerando-se as aulas já ministradas.
§4º O candidato que for encontrado conduzindo em
Art. 5º - (Revogado pelo art. 2º, da Resolução nº 464/2013) desacordo com o disposto nesta resolução terá a LADV suspensa
pelo prazo de seis meses.
Art. 6º O Exame de Aptidão Física e Mental será exigido
quando da: Art. 9º A instrução de Prática de Direção Veicular será
I – obtenção da ACC e da CNH; realizada na forma do disposto no art. 158 do CTB.
II – renovação da ACC e das categorias da CNH; Parágrafo único. Quando da mudança ou adição de
III – adição e mudança de categoria; categoria o condutor deverá cumprir as instruções previstas nos
IV – substituição do documento de habilitação obtido em itens 2 ou 3 do Anexo II desta Resolução.
país estrangeiro.
§1º Por ocasião da renovação da CNH o condutor que ainda Dos Exames
não tenha frequentado o curso de Direção Defensiva e de
Primeiros Socorros, deverá cumprir o previsto no item 4 do Art. 10. O Exame de Aptidão Física e Mental e a Avaliação
anexo II desta Resolução. Psicológica, estabelecidos no art. 147 do CTB, seus
§2º A Avaliação Psicológica será exigida quando da: procedimentos, e critérios de credenciamento dos profissionais
a) obtenção da ACC e da CNH; das áreas médica e psicológica, obedecerão ao disposto em
b) renovação caso o condutor exercer serviço Resolução específica.
remunerado de transporte de pessoas ou bens;
c) substituição do documento de habilitação obtido em Art. 11. O candidato à obtenção da ACC ou da CNH, após a
país estrangeiro; conclusão do curso de formação, será submetido a Exame
d) por solicitação do perito examinador. Teórico-técnico, constituído de prova convencional ou
§3° O condutor, com Exame de Aptidão Física e Mental eletrônica de no mínimo 30 (trinta) questões, incluindo todo o
vencido há mais de 5 (cinco) anos, contados a partir da data de conteúdo programático, proporcional à carga horária de cada
validade, deverá submeter-se ao Curso de Atualização para a disciplina, organizado de forma individual, única e sigilosa,
Renovação da CNH. devendo obter aproveitamento de, no mínimo, 70% (setenta por
cento) de acertos para aprovação.
Art. 6º-A Quando da mudança de categoria, o retorno à Parágrafo único. O exame referido neste artigo será
categoria anterior dar-se-á assim que cessar a ação causadora aplicado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
da mudança, devendo o condutor submeter-se aos exames ou do Distrito Federal, ou por entidade pública ou privada por
previstos para a renovação da referida categoria. (Acrescido ele credenciada.
pela Resolução 705/2017).
Art. 12. O Exame de Direção Veicular previsto no art. 3º
desta Resolução será realizado pelo órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal e

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aplicado pelos examinadores titulados no curso previsto em Art. 14. O Exame de Direção Veicular será realizado perante
regulamentação específica e devidamente designados. uma comissão formada por três membros, designados pelo
Parágrafo único. Os examinadores responderão pelos atos dirigente do órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
decorrentes, no limite de suas responsabilidades. ou do Distrito Federal.
§1º A comissão de que trata o caput deste artigo poderá ser
Art. 13. O candidato à obtenção da ACC, da CNH, adição ou volante para atender às especificidades de cada Estado ou do
mudança de categoria, somente poderá prestar Exame de Distrito Federal, a critério do respectivo órgão ou entidade
Prática de Direção Veicular depois de cumprida a seguinte carga executivo de trânsito.
horária de aulas práticas: (Redação dada pela Resolução §2º No Exame de Direção Veicular, o candidato deverá estar
CONTRAN Nº 543/2015) acompanhado, durante toda a prova, por no mínimo, dois
I – obtenção da ACC: mínimo de 20 (vinte) horas/aula, das membros da comissão, sendo pelo menos um deles habilitado na
quais 04 (quatro) no período noturno; categoria igual ou superior à pretendida pelo candidato.
II – obtenção da CNH na categoria “A”: mínimo de 20 (vinte) §3º O Exame de Direção Veicular para os candidatos à ACC
horas/aula, das quais 04 (quatro) no período noturno; e à categoria “A” deverá ser realizado em área especialmente
III – adição da CNH na categoria “A”: mínimo de 15 (quinze) destinada a este fim, que apresente os obstáculos e as
horas/aula, das quais 03 (três) no período noturno; dificuldades da via pública, de forma que o examinado possa ser
IV – obtenção da CNH na categoria “B”: mínimo de 25 (vinte observado pelos examinadores durante todas as etapas do
e cinco) horas/aula, distribuídas na seguinte conformidade: exame, sendo que pelo menos um dos membros deverá estar
a) 20 (vinte) horas/aula em veículo de aprendizagem, das habilitado na categoria “A”.
quais 04 (quatro) no período noturno;
b) 05 (cinco) horas/aula em simulador de direção veicular, Art. 15. Para veículo de quatro ou mais rodas, o Exame de
das quais 1 (uma) com conteúdo noturno; Direção Veicular deverá ser realizado:
V – adição para a categoria “B”: mínimo de 20 (vinte) I - em locais e horários estabelecidos pelo órgão ou entidade
horas/aula, distribuídas na seguinte conformidade: executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, em
a) 15 (quinze) horas/aula em veículo de aprendizagem, das acordo com a autoridade responsável pela via;
quais 03 (três) no período noturno; II - com veículo da categoria pretendida, com transmissão
b) 05 (cinco) horas/aula em simulador de direção veicular, mecânica e duplo comando de freios;
das quais 1 (uma) com conteúdo noturno; III – com veículo identificado como “aprendiz em exame”
§ 1º Para atendimento da carga horária prevista nas letras quando não for veículo destinado à formação de condutores.
“a” dos incisos IV e V deste artigo, as aulas realizadas no período Parágrafo único. Ao veículo adaptado para portador de
noturno poderão ser substituídas, opcionalmente, por aulas deficiência física, a critério médico não se aplica o inciso II.
ministradas em simulador de direção veicular, desde que o aluno
realize pelo menos 01 (uma) aula de prática de direção veicular Art. 16. O Exame de Direção Veicular, para veículo de quatro
noturna na via pública, conforme disposto no § 2º, do Art. 158, ou mais rodas, é composto de duas etapas:
do Código de Trânsito Brasileiro. I – estacionar em vaga delimitada por balizas removíveis;
§ 2º As aulas realizadas em simulador de direção veicular, II – conduzir o veículo em via pública, urbana ou rural.
em substituição às aulas de aprendizagem no período noturno, §1º A delimitação da vaga balizada para o Exame Prático de
deverão observar o conteúdo didático noturno. Direção Veicular, em veículo de quatro ou mais rodas, deverá
§ 3º Os Centros de Formação de Condutores deverão atender as seguintes especificações, por tipo de veículo utilizado:
comprovar junto aos órgãos e entidades executivos de trânsito a) Comprimento total do veículo, acrescido de mais 40
dos Estados e do Distrito Federal a realização das aulas de (quarenta por cento) %;
prática de direção veicular e de aulas em simulador de direção b) Largura total do veículo, acrescida de mais 40
veicular executadas no período noturno nos termos desta (quarenta por cento) %.
Resolução. § 2º Caberá à autoridade de trânsito do órgão ou entidade
§ 4º É atribuição dos órgãos e entidades executivos de executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal definir o
trânsito dos Estados e do Distrito Federal fiscalizar as atividades tempo máximo para o estacionamento de veículos em espaço
previstas neste artigo e seus parágrafos, informando ao órgão delimitado por balizas, para três tentativas, considerando as
máximo executivo de trânsito da União acerca da sua execução. condições da via e respeitados os seguintes intervalos:
§ 5º O Departamento Nacional de Trânsito fiscalizará, direta a) para a categoria “B”: de dois a cinco minutos;
e permanentemente, o cumprimento dos requisitos e exigências b) para as categorias “C” e “D”: de três a seis minutos;
constantes desta Resolução, abrangendo a verificação da c) para a categoria “E”: de cinco a nove minutos
comunicação eletrônica entre os sistemas de controle e
monitoramento do DENATRAN, mais especificamente com o Art. 17. O Exame de Direção Veicular, para veículo de duas
sistema RENACH e dos órgãos executivos estaduais de trânsito rodas, será realizado em área especialmente destinada para tal
com os simuladores de direção, na condição de integrantes do fim em pista com largura de 2m, e que deverá apresentar no
processo de formação de condutores incluindo a regularidade mínimo os seguintes obstáculos:
na utilização do hardware e software utilizados. (Redação dada I – ziguezague (slalow) com no mínimo quatro cones
pela Resolução CONTRAN Nº 543/2015) alinhados com distância entre eles de 3,5m (três e meio metros);
§ 6º O Departamento Nacional de Trânsito fiscalizará, direta II – prancha ou elevação com no mínimo oito metros de
e permanentemente, o cumprimento dos requisitos e exigências comprimento, com 30cm (trinta centímetros) de largura e 3cm
constantes desta Resolução, abrangendo a verificação da (três centímetros) de altura com entrada chanfrada;
comunicação eletrônica entre os sistemas de controle e III – sonorizadores com réguas de largura e espaçamento de
monitoramento do DENATRAN, mais especificamente com o 0,08m (oito centímetros) e altura de 0,025m (dois centímetros e
sistema RENACH e dos órgãos executivos estaduais de trânsito cinco milímetros), na largura da pista e com 2,5m (dois e meio
com os simuladores de direção, na condição de integrantes do metros) de comprimento;
processo de formação de condutores incluindo a regularidade IV – duas curvas sequenciais de 90o (noventa graus) em “L”
na utilização do hardware e software utilizados. (Redação dada (ele);
pela Resolução CONTRAN nº 493/2014). V – duas rotatórias circulares que permitam manobra em
formato de “8” (oito).

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 18. O candidato será avaliado, no Exame de Direção a) provocar movimentos irregulares no veículo, sem
Veicular, em função da pontuação negativa por faltas cometidas motivo justificado;
durante todas as etapas do exame, atribuindo-se a seguinte b) ajustar incorretamente o banco de veículo destinado
pontuação: ao condutor;
I – uma falta eliminatória: reprovação; c) não ajustar devidamente os espelhos retrovisores;
II – uma falta grave: 03 (três) pontos negativos; d) apoiar o pé no pedal da embreagem com o veículo
III – uma falta média: 02 (dois) pontos negativos; engrenado e em movimento;
IV – uma falta leve: 01 (um) ponto negativo. e) utilizar ou Interpretar incorretamente os
Parágrafo único. Será considerado reprovado na prova instrumentos do painel do veículo;
prática de direção veicular o candidato que cometer falta f) dar partida ao veículo com a engrenagem de tração
eliminatória ou cuja soma dos pontos negativos ultrapasse a 3 ligada;
(três). g) tentar movimentar o veículo com a engrenagem de
tração em ponto neutro;
Art. 19. Constituem faltas no Exame de Direção Veicular, h) cometer qualquer outra infração de natureza leve.
para veículos das categorias “B”, “C”, “D” e “E”:
I – Faltas Eliminatórias: Art. 20. Constituem faltas, no Exame de Direção Veicular,
a) desobedecer à sinalização semafórica e de parada para obtenção da ACC ou para veículos da categoria “A”:
obrigatória; I – Faltas Eliminatórias:
b) avançar sobre o meio fio; a) iniciar a prova sem estar com o capacete devidamente
c) não colocar o veículo na área balizada, em no máximo ajustado à cabeça ou sem viseira ou óculos de proteção;
três tentativas, no tempo estabelecido; b) descumprir o percurso preestabelecido;
d) avançar sobre o balizamento demarcado quando do c) abalroar um ou mais cones de balizamento;
estacionamento do veículo na vaga; d) cair do veículo, durante a prova;
e) transitar em contramão de direção; e) não manter equilíbrio na prancha, saindo
f) não completar a realização de todas as etapas do lateralmente da mesma;
exame; f) avançar sobre o meio fio ou parada obrigatória;
g) avançar a via preferencial; g) colocar o(s) pé(s) no chão, com o veículo em
h) provocar acidente durante a realização do exame; movimento;
i) exceder a velocidade regulamentada para a via; h) provocar acidente durante a realização do exame.
j) cometer qualquer outra infração de trânsito de i) cometer qualquer outra infração de trânsito de natureza
natureza gravíssima. gravíssima.
II – Faltas Graves: II – Faltas Graves:
a) desobedecer a sinalização da via, ou ao agente da a) deixar de colocar um pé no chão e o outro no freio ao
autoridade de trânsito; parar o veículo;
b) não observar as regras de ultrapassagem ou de b) invadir qualquer faixa durante o percurso;
mudança de direção; c) fazer incorretamente a sinalização ou deixar de fazê-
c) não dar preferência de passagem ao pedestre que la;
estiver atravessando a via transversal para onde se dirige o d) fazer o percurso com o farol apagado;
veículo, ou ainda quando o pedestre não haja concluído a e)cometer qualquer outra infração de trânsito de natureza
travessia, mesmo que ocorra sinal verde para o veículo ; grave.
d) manter a porta do veículo aberta ou semiaberta III – Faltas Médias:
durante o percurso da prova ou parte dele; a) utilizar incorretamente os equipamentos;
e) não sinalizar com antecedência a manobra pretendida b) engrenar ou utilizar marchas inadequadas durante o
ou sinalizá-la incorretamente; percurso;
f) não usar devidamente o cinto de segurança; c) não recolher o pedal de partida ou o suporte do
g) perder o controle da direção do veículo em veículo, antes de iniciar o percurso;
movimento; d) interromper o funcionamento do motor sem justa
h) cometer qualquer outra infração de trânsito de razão, após o início da prova;
natureza grave. e) conduzir o veículo durante o exame sem segurar o
III – Faltas Médias: guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para
a) executar o percurso da prova, no todo ou parte dele, indicação de manobras;
sem estar o freio de mão inteiramente livre; e) cometer qualquer outra infração de trânsito de
b) trafegar em velocidade inadequada para as condições natureza média.
adversas do local, da circulação, do veículo e do clima; IV – Faltas Leves:
c) interromper o funcionamento do motor, sem justa a) colocar o motor em funcionamento, quando já
razão, após o início da prova; engrenado;
d) fazer conversão incorretamente; b) conduzir o veículo provocando movimento irregular
e) usar buzina sem necessidade ou em local proibido; no mesmo sem motivo justificado;
f) desengrenar o veículo nos declives; c) regular os espelhos retrovisores durante o percurso do
g) colocar o veículo em movimento, sem observar as exame;
cautelas necessárias; d) cometer qualquer outra infração de trânsito de
h) usar o pedal da embreagem, antes de usar o pedal de natureza leve.
freio nas frenagens;
i) entrar nas curvas com a engrenagem de tração do Art. 21. O Exame de Direção Veicular para candidato
veículo em ponto neutro; portador de deficiência física será considerado prova
j) engrenar ou utilizar as marchas de maneira incorreta, especializada e deverá ser avaliado por uma comissão especial,
durante o percurso; integrada por, no mínimo um examinador de trânsito, um
k) cometer qualquer outra infração de trânsito de médico perito examinador e um membro indicado pelo Conselho
natureza média. Estadual de Trânsito – CETRAN ou Conselho de Trânsito do
IV – Faltas Leves:

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APOSTILAS OPÇÃO

Distrito Federal - CONTRADIFE, conforme dispõe o inciso VI do c) praticar atos de improbidade contra a fé pública, contra
art. 14 do CTB. o patrimônio ou contra a administração pública ou privada.
Parágrafo único. O veículo destinado à instrução e ao exame §2º As infrações constantes do §1º serão apuradas em
de candidato portador de deficiência física deverá estar procedimentos administrativos, sendo assegurado o direito
perfeitamente adaptado segundo a indicação da Junta Médica constitucional da ampla defesa e do contraditório que
Examinadora podendo ser feito, inclusive, em veículo determinarão em função da sua gravidade e
disponibilizado pelo candidato. independentemente da ordem sequencial, as seguintes
penalidades:
Art. 22. No caso de reprovação no Exame Teórico-técnico ou a) advertência por escrito;
Exame de Direção Veicular, o candidato só poderá repetir o b) suspensão das atividades por até 30 (trinta) dias;
exame depois de decorridos 15 (quinze) dias da divulgação do c) revogação da designação
resultado, sendo dispensado do exame no qual tenha sido
aprovado. Art. 28. O candidato a ACC e a CNH, cadastrado no RENACH,
que transferir seu domicilio ou residência para outra Unidade
Art. 23. Na Instrução e no Exame de Direção Veicular para da Federação, terá assegurado o seu direito de continuar o
candidatos às categorias “B”, C”, “D” e “E”, deverão ser atendidos processo de habilitação na Unidade da Federação do seu novo
os seguintes requisitos: domicílio ou residência, sem prejuízo dos exames nos quais
I – Categoria “B” – veículo motorizado de quatro rodas, tenha sido aprovado.
excetuando-se o quadríciclo; Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se
II – Categoria “C” – veículo motorizado utilizado no também, aos condutores que estiverem em processo de adição
transporte de carga, registrado com Peso Bruto Total (PBT) de, ou mudança de categoria.
no mínimo, 6.000 kg;
III – Categoria “D” – veículo motorizado utilizado no Do Candidato ou Condutor Estrangeiro
transporte de passageiros, registrado com capacidade mínima
de vinte lugares; Artigos 29 ao Art. 32 (Revogados pela Resolução Contran nº
IV – Categoria “E” – combinação de veículos, cujo caminhão 360/2010)
trator deverá ser acoplado a um reboque ou semirreboque,
registrado com Peso Bruto Total (PBT) de, no mínimo, 6.000kg Dos Cursos Especializados
ou veículo articulado cuja lotação exceda a vinte lugares
Art. 33 Os Cursos especializados serão destinados a
Art. 24. Quando se tratar de candidato à categoria "A", o condutores habilitados que pretendam conduzir veículo de
Exame de Direção Veicular deverá ser realizado em veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de produtos
duas rodas com cilindrada acima de 120 (cento e vinte) perigosos ou de emergência, de transporte de carga indivisível e
centímetros cúbicos. motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado
de mercadorias (motofrete) e de passageiros (motofrete)
Art. 25. A aprendizagem e o Exame de Direção Veicular, para (alterada pela resolução 484 de 2014).
a obtenção da ACC, deverão ser realizados em qualquer veículo §1º Os cursos especializados serão ministrados:
de duas rodas classificado como ciclomotor. a) pelos órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estados e do Distrito Federal;
Art. 26. Os condutores de veículos automotores habilitados b) por instituições vinculadas ao Sistema Nacional de
na categoria “B”, “C”, “D” ou “E”, que pretenderem obter a Formação de Mão-de-Obra.
categoria “A” e a ACC, deverão se submeter aos Exames de §2º As instituições em funcionamento, vinculadas ao Sistema
Aptidão Física e Mental e de Prática de Direção Veicular, Nacional de Formação de Mão-de-Obra credenciadas pelo órgão
comprovando a realização de, no mínimo, 15 (quinze) ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
horas/aula de prática de direção veicular em veículo Federal deverão ser recadastradas em até 180 (cento e oitenta)
classificado como ciclomotor. dias da data da publicação desta Resolução, com posterior
renovação a cada dois anos.
Art. 27. Os examinadores, para o exercício de suas atividades, §3º Os conteúdos e regulamentação dos cursos
deverão ser designados pelo dirigente do órgão ou entidade especializados constam dos anexos desta resolução.
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal para o §4º O órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
período de, no máximo, um ano, permitida a recondução por um do Distrito Federal registrará no RENACH, em campo específico
período de igual duração, devendo comprovar na data da sua da CNH, a aprovação nos cursos especializados, conforme
designação e da recondução: codificação a ser definida pelo órgão máximo executivo de
I – possuir CNH no mínimo há dois anos; trânsito da União.
II – possuir certificado do curso específico, registrado junto § 5º As entidades que, quando da publicação da Resolução
ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do nº. 168/04, se encontravam credenciadas para ministrar
Distrito Federal; exclusivamente cursos especializados, para continuidade do
III – não ter cometido nenhuma infração de trânsito de exercício de suas atividades, deverão efetuar recadastramento,
natureza gravíssima nos últimos doze meses; renovando-o a cada dois anos.”
IV – não estar cumprindo pena de suspensão do direito de §6º O curso especializado de transporte de passageiros
dirigir e, quando cumprida, ter decorrido doze meses; (mototaxista) e entrega de mercadorias (motofretista) que
V – não estar cumprindo pena de cassação do direito de exerçam atividades remuneradas na condução de motocicletas
dirigir e, quando cumprida, ter decorrido vinte e quatro meses e motonetas poderá ser ministrado por instituições ou entidades
de sua reabilitação. públicas ou privadas e centros de formação de condutores.
§1º São consideradas infrações do examinador, puníveis pelo (Incluído pela Resolução Contran nº 409/2012)
dirigente do órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados §7º As instituições ou entidades públicas ou privadas e
ou do Distrito Federal: centros de formação de condutores que desejarem realizar o
a) induzir o candidato a erro quanto às regras de circulação curso à distância deverão ser credenciados pelo órgão ou
e conduta; entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
b) faltar com o devido respeito ao candidato;

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adotando-se os requisitos estabelecidos no anexo III desta Autorização definitiva, que lhe será concedida desde que tenha
resolução (redação Resolução CONTRAN nº 659/2017) cumprido o disposto no §3° do art. 148 do CTB.”
§7ºA - Os pedidos de credenciamento que atenderem a todos §3° A CNH conterá as condições e especializações de cada
os requisitos estabelecidos no Anexo III e que forem negados pelo condutor e terá validade em todo o Território Nacional,
órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados ou do equivalendo ao documento de identidade, produzindo seus
Distrito Federal poderão ser encaminhados ao DENATRAN pelo efeitos quando apresentada no original e dentro do prazo de
interessado. (Acrescentado pela Resolução CONTRAN nº validade.
659/2017) §4° Quando o condutor possuir CNH, a ACC será inserida em
§7ºB - A negativa do órgão ou entidade executivo de trânsito campo específico da mesma, utilizando-se para ambas, um único
dos Estados ou do Distrito Federal deverá ser por escrito. registro conforme dispõe o § 7o do art.159 do CTB.
(Acrescentado pela Resolução CONTRAN nº 659/2017) §5°. Para efeito de fiscalização, fica concedido ao condutor
§7ºC - Fica vedado aos órgãos e entidades executivos de portador de Permissão para Dirigir, prazo idêntico ao
trânsito dos Estados e do Distrito Federal estabelecer requisitos estabelecido no art. 162, inciso V, do CTB, aplicando-se a mesma
complementares aos previstos no Anexo III desta Resolução. penalidade e medida administrativa, caso este prazo seja
(Acrescentado pela Resolução CONTRAN nº 659/2017) excedido.
§7ºD – Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
Estados e do Distrito Federal deverão disponibilizar e manter Art. 35. O documento de Habilitação terá 2 (dois) números
lista atualizada em seu sítio eletrônico das instituições de identificação nacional e 1 (um) número de identificação
credenciadas na forma disposta nesta Resolução (acrescentado estadual, que são:
pela Resolução CONTRAN nº 659/2017). I – o primeiro número de identificação nacional - Registro
§8º São reconhecidos os cursos especializados, inclusive na Nacional, será gerado pelo sistema informatizado da Base
modalidade ensino à distância, ministrados pelos órgãos de Índice Nacional de Condutores - BINCO, composto de 9 (nove)
segurança pública e forças armadas e auxiliares para os seus caracteres mais 2 (dois) dígitos verificadores de segurança,
integrantes, não se aplicando neste caso o previsto na Resolução sendo único para cada condutor e o acompanhará durante toda
CONTRAN nº 358/2010 (redação Resolução CONTRAN nº a sua existência como condutor não sendo permitida a sua
435/2013) reutilização para outro condutor.
§9º As instituições ou entidades públicas ou privadas e os II – o segundo número de identificação nacional - Número
centros de formação de condutores que já tenham obtido do Espelho da CNH) será formado por 8 (oito) caracteres mais 1
anteriormente junto ao Denatran suas respectivas (um) dígito verificador de segurança, autorizado e controlado
homologações para os cursos de renovação e/ou reciclagem de pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, e identificará
condutores na forma do anexo III e/ou IV da resolução cada espelho de CNH expedida;
168/2004 deverão apenas atualizar os respectivos conteúdos à III – o número de identificação estadual será o número do
grade curricular específica para os cursos especializados formulário RENACH, documento de coleta de dados do
obrigatórios de que trata o caput deste artigo. (Acrescentado candidato/condutor gerado a cada serviço, composto,
pela Resolução nº 413/2012) obrigatoriamente, por 11 (onze) caracteres, sendo as duas
§ 10. Os conteúdos e regulamentação dos cursos primeiras posições formadas pela sigla da Unidade de
especializados dos órgãos ou entidades públicas de segurança, Federação expedidora, facultada a utilização da última posição
de saúde e forças armadas e auxiliares serão definidos como dígito verificador de segurança.
internamente por esses órgãos e entidades, não se exigindo o §1º O número do formulário RENACH identificará a Unidade
cumprimento do item 6 do Anexo II. (Acrescentado pela da Federação onde o condutor foi habilitado ou realizou
Resolução CONTRAN nº 473/2014) alterações de dados no seu prontuário pela última vez.
§ 11. O registro de que trata o § 4º, para os cursos §2º O Formulário RENACH que dá origem às informações na
especializados realizados pelos órgãos ou entidades públicas de BINCO e autorização para a impressão da CNH, deverá ficar
segurança, de saúde e forças armadas e auxiliares será realizado arquivado em segurança, no órgão ou entidade executivo de
diretamente pelo órgão máximo executivo de trânsito da União trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
(acrescentado pela Resolução CONTRAN nº 473/2014)
§ 12. Aplica-se a exigência de curso de transporte de carga Art. 36. A expedição do documento único de habilitação dar-
indivisível aos condutores de guindastes móveis facultados a se-á:
transitar na via. (Acrescentado pela Resolução nº 484/2014) I – na autorização para conduzir ciclomotores (ACC);
§ 13. Poderá ser feito o aproveitamento de estudos de II – na primeira habilitação nas categorias “A”, “B” e “A” e
conteúdos que o condutor tiver realizado em outro curso “B”;
especializado, nos termos do Anexo II. (Acrescentado pela III – após o cumprimento do período permissionário,
Resolução nº 484/2014) atendendo ao disposto no §3º do art. 148 do CTB;
IV – na adição ou alteração de categoria;
Da Expedição da Carteira Nacional de Habilitação e da V – em caso de perda, dano ou extravio;
Permissão Internacional para Dirigir Veículo VI – na renovação dos exames, atendendo ao disposto no art.
150 do CTB;
Art. 34. A ACC e a CNH serão expedidas pelo órgão ou VII – na aprovação dos exames do processo de reabilitação;
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, VIII – na alteração de dados do condutor, exceto mudança
em nome do órgão máximo executivo de trânsito da União, ao de endereço;
condutor considerado apto nos termos desta resolução. IX – no reconhecimento da Carteira de Habilitação
§ 1º Ao candidato considerado apto nas categorias “A”, “B” estrangeira.
ou “A” e “B”, será conferida Permissão para Dirigir com validade Parágrafo Único. Nos processos de adição, mudança de
de 01(um) ano e ao término desta, o condutor poderá solicitar a categoria ou renovação, estando ainda válida a CNH do
CNH definitiva, que lhe será concedida desde que tenha condutor, o órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
cumprido o disposto no §3° do art. 148 do CTB. ou do Distrito Federal, deverá entregar a nova CNH, mediante
§ 2º Ao candidato considerado apto para conduzir devolução da anterior para inutilização.
ciclomotores será conferida ACC provisória com validade de
01(um) ano e, ao término desta, o condutor poderá solicitar a Art. 37. (Revogado pelo art. 3º da Resolução nº 169, de
17/03/2005)

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Art. 38. (Revogado pelo art. 3º da Resolução nº 169, de de trânsito do Estado ou Distrito Federal, pelo prazo de doze
17/03/2005) meses a partir da data de publicação desta resolução.

Art. 39. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da Art. 43-B. Fica o órgão máximo executivo de trânsito da
União e ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou União autorizado a baixar as instruções necessárias para o
do Distrito Federal, inspecionar o local de emissão da CNH. pleno funcionamento do disposto nesta resolução, objetivando
sempre a praticidade e a agilidade das operações, em benefício
Art. 40. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da do cidadão.
União expedir a Permissão Internacional para Dirigir (PID), o
que poderá ser feito diretamente e mediante delegação aos Art. 43-C. Fica concedido prazo até 28 de fevereiro de 2015
órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal ou a para os condutores de veículos pertencentes a órgãos de
entidade habilitada para esse fim pelo DENATRAN (Redação segurança pública, forças armadas e auxiliares realizarem os
dada pela Resolução nº 683/2017) cursos especializados previstos no caput do art. 145 do CTB.
§ 1º A PID será expedida conforme modelo definido no Anexo
7 da Convenção sobre Trânsito Viário, celebrada em Viena, em 8 Art. 44. Revogam-se as Resoluções Nos 412, de 21 de janeiro
de novembro de 1968, e promulgada pelo Decreto nº 86.714, de de 1969; 491, de 19 de março de 1975; 520 de 19 de julho de
10 de dezembro de 1981, normatizado por Portaria específica 1977; 605, de 25 de novembro de 1982; 789, de 13 de novembro
do DENATRAN. de 1994; 800, de 27 de junho de 1995; 804, de 25 de setembro de
§ 2º O DENATRAN deverá estabelecer os requisitos e 1995; 07 de 23 de janeiro de 1998; 50, de 21 de maio de 1998;
procedimentos a serem observados para a produção e expedição 55, de 21 de maio de 1998; 57, 21 de maio de 1998;58 de 21 de
da PID, bem como para o credenciamento das entidades maio de 1998; 67, de 23 de setembro de 1998; 85, de 04 de maio
interessadas a produzir a PID e a habilitação das entidades de 1999; 90, de 04 de maio de 1999; 91, de 04 de maio de 1999;
interessadas em expedir a PID. 93, de 04 de maio de 1999; 98, de 14 de julho de 1999 e 161, de
26 de maio de 2004 e artigo 3º da resolução 700, de 04 de
Art. 40-A. O CONTRAN definirá, no prazo máximo de noventa outubro de 1988 e incisos VIII, IX, X, XI, XII do artigo 12 e artigo
dias da data publicação desta resolução, regulamentação 13 da Resolução 74, de 19 de novembro de 1998.
especificando modelo único do documento de ACC, Permissão
para Dirigir e CNH. Art. 45. Esta Resolução entrará em vigor 90 (noventa) dias
após a data de sua publicação.
Das Disposições Gerais
ANEXO I
Art. 41. A Base Índice Nacional de Condutores – BINCO TABELA DE CORRESPONDÊNCIA E PREVALÊNCIA DAS
conterá um arquivo de dados onde será registrada toda e CATEGORIAS
qualquer restrição ao direito de dirigir e de obtenção da ACC e (Revogado pela Resolução CONTRAN nº 685/2017)
da CNH, que será atualizado pelos órgão ou entidade executivo
de trânsito do Estado e do Distrito Federal. ANEXO II
§1º O condutor, que for penalizado com a suspensão ou ESTRUTURA CURRICULAR BÁSICA, ABORDAGEM
cassação do direito de dirigir, terá o seu registro bloqueado pelo DIDÁTICO-PEDAGÓGICA E DISPOSIÇÕES GERAIS DOS
mesmo prazo da penalidade. CURSOS
§2º O Registro Nacional do condutor de que trata o artigo
35, que teve cassado o direito de dirigir, será desbloqueado e 1. Curso de formação para habilitação de condutores de
mantido, quando da sua reabilitação. veículos automotores;
§3º A suspensão do direito de dirigir ou a proibição de se 2. Curso para mudança de categoria;
obter a habilitação, imputada pelo Poder Judiciário, será 3. Curso para adição de categoria;
registrada na BINCO. 4. Curso de atualização para renovação da CNH;
5. Curso de reciclagem para condutores infratores;
Art. 41-A. Para efeito desta resolução, os dados requeridos 6. Cursos especializados para condutores de veículos;
para o processo de habilitação e os constantes do RENACH são 7. Atualização dos cursos especializados para condutores de
de propriedade do órgão máximo executivo de trânsito da veículos.
União.
1. CURSOS DE FORMAÇÃO PARA HABILITAÇÃO DE
Art. 42. O condutor que tiver a CNH cassada poderá requerer CONDUTORES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
sua reabilitação, após decorrido o prazo de dois anos da 1.1 CURSO TEÓRICO-TÉCNICO
cassação. 1.1.1 Carga Horária Total: 45 (quarenta e cinco) horas aula
Parágrafo único. Para abertura do processo de reabilitação (Redação dada pela Resolução Contran nº 444/2013).
será necessário que o órgão ou entidade executivo de trânsito do 1.1.2 Estrutura curricular
Estado ou do Distrito Federal certifique-se de que todos os 1.1.2.1 Legislação de Trânsito: 18 (dezoito) horas aula
débitos registrados tenham sido efetivamente quitados. Determinações do CTB quanto a veículos de duas ou mais
rodas:
Art. 42-A. A reabilitação de que trata o artigo anterior dar- -Formação do condutor;
se-á após o condutor ser aprovado no curso de reciclagem e nos -Exigências para categorias de habilitação em relação ao
exames necessários à obtenção de CNH da categoria que veículo conduzido;
possuía, ou de categoria inferior, preservada a data da primeira -Documentos do condutor e do veículo: apresentação e
habilitação. validade;
-Sinalização viária;
Art. 43. (Revogado pela Resolução CONTRAN nº 685/2017). -Penalidades e crimes de trânsito;
-Direitos e deveres do cidadão;
Art. 43-A. O processo de habilitação de candidato que -Normas de circulação e conduta.
procedeu ao requerimento de sua abertura anterior à vigência -Infrações e penalidades para veículos de duas ou mais rodas
desta norma, permanecerá ativo no órgão ou entidade executivo referentes à:

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-Documentação do condutor e do veículo; no mínimo, 10 (dez) situações que retratem as normas gerais de
-Estacionamento, parada e circulação; circulação e conduta previstas no Capítulo III, associadas às
-Segurança e atitudes do condutor, passageiro, pedestre e correspondentes infrações de trânsito previstas no Capítulo XV,
demais atores do processo de circulação; ambos do Código de Trânsito Brasileiro, observado o seguinte
-Meio ambiente. conteúdo didático: (Redação dada pela Resolução Contran nº
1.1.2.2 Direção defensiva para veículos de duas ou mais 444/2013).
rodas: 16 (dezesseis) horas aula.
- Conceito de direção defensiva; CONCEITOS BÁSICOS:
- Conduzindo em condições adversas;
- Conduzindo em situações de risco; - Verificação das condições dos equipamentos obrigatórios e
• Ultrapassagens da manutenção de um veículo;
• Derrapagem - Acomodação e regulagem do equipamento ao aluno;
• Ondulações e buracos - Localização e conhecimento dos comandos de um veículo;
• Cruzamentos e curvas - Ligando o motor.
• Frenagem normal e de emergência
- Como evitar acidentes em veículos de duas ou mais rodas; APRENDENDO A CONDUZIR
- Abordagem teórica da condução de motocicletas com
passageiro e ou cargas; - Uso dos pedais e início da condução em 1ª marcha;
- Cuidados com os demais usuários da via; - Mudança da 1ª para a 2ª marcha;
- Respeito mútuo entre condutores; - Mudança da 2ª para a 3ª marcha;
- Equipamentos de segurança do condutor motociclista; - Mudança da 4ª para a 5ª marcha;
- Estado físico e mental do condutor, consequências da - Controlando a condução veicular;
ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias - Efetuando uma curva;
psicoativas; - Aperfeiçoando o uso da alavanca de câmbio e relação das
- Situações de risco. marchas;
1.1.2.3 Noções de Primeiros Socorros: 4 (quatro) horas aula - Aperfeiçoando o uso do volante;
- Sinalização do local do acidente; - Aperfeiçoando o uso da embreagem;
- Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, - Aperfeiçoando o uso do freio;
concessionária da via e outros; - Domínio do veículo em marcha à ré.
- Verificação das condições gerais da vítima;
- Cuidados com a vítima (o que não fazer); APRENDIZADO DA CIRCULAÇÃO
- Cuidados especiais com a vítima motociclista.
1.1.2.4 Noções de Proteção e Respeito ao Meio Ambiente e de - Posição do veículo na via, velocidade e observação do
Convívio Social no Trânsito: 4 (quatro) horas aula trânsito;
- O veículo como agente poluidor do meio ambiente; - Entrada no fluxo do tráfego de veículos na via;
-Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental - Movimento lateral e transposição de faixa de rolamento;
causada por veículos; - Parada e estacionamento;
- Emissão de gases;
- Emissão de partículas (fumaça); - Ultrapassagens;
- Emissão sonora; - Passagem em interseções (cruzamentos);
- Manutenção preventiva do automóvel e da motocicleta - Mudança de sentido;
para preservação do meio ambiente; - Condução e circulação por vias urbanas e rurais;
- O indivíduo, o grupo e a sociedade; - Condução e circulação em vias de tráfego intenso;
- Diferenças individuais; - Condução e circulação em condições atmosféricas
- Relacionamento interpessoal; adversas;
- O respeito mútuo entre condutores; - Condução e circulação noturna;
- O indivíduo como cidadão. - Condução e circulação em região montanhosa.
1.1.2.5 Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou
mais rodas: 3 (três) horas aula CONDUÇÃO SEGURA
- Equipamentos de uso obrigatório do veículo, sua utilização
e cuidados que se deve ter com eles; - A partida e a mudança de marchas;
- Noções de manuseio e do uso do extintor de incêndio; - Utilizando os freios;
- Responsabilidade com a manutenção do veículo; - Circulação e velocidade;
- Alternativas de solução para eventualidades mais comuns; - Aclives e declives;
- Condução econômica e inspeção mecânica (pequenos - Curvas;
reparos); - Condução em congestionamentos e paradas do veículo com
- Verificação diária dos itens básicos: água, óleo, calibragem o motor em funcionamento;
dos pneus, dentre outros. - Entrada e saída no fluxo de tráfego de veículos;
- Cuidados e revisões necessárias anteriores a viagens. - Obstáculos durante a condução (na via e no tráfego).
1.1.2.6. As aulas realizadas em simuladores de direção
veicular serão de 5 (cinco) horas aulas de 30 (trinta) minutos SITUAÇÕES DE RISCO
cada, com intervalos de 30 (trinta) minutos, ministradas após a - Aquaplanagem;
conclusão das aulas teóricas e antes da expedição da Licença - Condução sob chuva;
para Aprendizagem de Direção Veicular – LADV. As aulas serão - Condução sob neblina;
realizadas nos Centros de Formação de Condutores das
categorias “A, B ou A/B”, desde que cumpridos os requisitos de 1.1.2.8. Durante a realização das aulas de simulação de
infraestrutura física previstos pelo CONTRAN. (Redação dada direção veicular, o equipamento registrará no monitor, em local
pela Resolução Contran nº 473/2014). que não prejudique a continuidade da atividade de ensino, as
1.1.2.7. A cada aula ministrada no simulador de direção infrações de trânsito porventura cometidas pelo aluno. Ao final
veicular, o software nele instalado, obrigatoriamente preverá, de cada aula, o simulador de direção veicular relacionará as

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infrações de trânsito, com transcrição completa do dispositivo - Os pedestres, os ciclistas e demais atores do processo de
legal previsto no Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada circulação;
pela Resolução Contran nº 444/2013). - Cuidados na condução de passageiro e cargas;
1.1.2.9. O Instrutor, o Diretor de Ensino ou o Diretor Geral do - Situações de risco: ultrapassagem, derrapagem, obstáculos
Centro de Formação de Condutores realizará a supervisão do na pista, cruzamentos e curvas, frenagem normal e de
aluno durante as aulas ministradas no simulador de direção emergência.
veicular, prestando-lhe todos os esclarecimentos solicitados.
Será permitida a supervisão simultânea de no máximo 3 (três) 1.3 DISPOSIÇÕES GERAIS
alunos, desde que no interior de um único ambiente. (Redação - Considera-se hora/aula o período igual a 50 (cinquenta)
dada pela Resolução Contran nº 444/2013). minutos.
1.1.2.10. As imagens das aulas e do ambiente do local de - O candidato deverá realizar a prática de direção veicular,
instalação dos simuladores de direção veicular serão mesmo em condições climáticas adversas tais como: chuva, frio,
transmitidas aos órgãos executivos de trânsito dos estados e do nevoeiro, noite, dentre outras, que constam do conteúdo
Distrito Federal para fins de fiscalização e monitoramento, programático do curso.
preferencialmente de forma on-line, ou capturadas e
armazenadas pelo Centro de Formação de Condutores para 1.4 ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
envio, tão logo se estabeleça a conexão eletrônica. 1.4.1 A abordagem dos conteúdos deve contemplar
(Acrescentado pela Resolução Contran nº 473/2014). obrigatoriamente a condução responsável de automóveis ou
1.1.2.10-A. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados ou motocicletas, utilizando técnicas que oportunizem a
do Distrito Federal poderão criar normas que disciplinem os participação dos candidatos, devendo o instrutor, por meio de
procedimentos de captura, armazenamento, forma e aulas dinâmicas, fazer sempre a relação com o contexto do
periodicidade de envio das imagens das aulas e do ambiente trânsito a fim de proporcionar a reflexão, o controle das
onde estarão instalados os equipamentos, respeitadas suas emoções e o desenvolvimento de valores de solidariedade e de
peculiaridades regionais, desde que fique demonstrada a respeito ao outro, ao ambiente e à vida.
segurança e autenticidade na realização das aulas de simulador, 1.4.2 Nas aulas de prática de direção veicular, o instrutor
através da possibilidade de efetiva fiscalização pelo órgão deve realizar acompanhamento e avaliação direta, corrigindo
executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal – possíveis desvios, salientando a responsabilidade do condutor na
DETRAN e monitoramento pelo Departamento Nacional de segurança do trânsito.
Trânsito - DENATRAN (acrescentado pela Resolução Contran nº 1.4.3 A monitoração da prática de pilotagem de motocicleta
473/2014). em via pública poderá ser executada pelo instrutor em outro
1.1.2.11. Os resultados das aulas realizadas em simulador de veículo.
direção veicular serão disponibilizados ao DENATRAN e aos 1.4.4 As aulas de prática de direção veicular deverão ainda
órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, observar o seguinte conteúdo didático-pedagógico:
mediante relatórios estatísticos, visando o estabelecimento de I - CONCEITOS BÁSICOS:
políticas públicas de educação. - Verificação das condições dos equipamentos obrigatórios e
(Redação dada pela Resolução Contran nº 444/2013). da manutenção de um veículo;
1.1.2.12. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do - Acomodação e regulagem do equipamento do aluno;
Distrito Federal deverão disponibilizar os dados relativos ao - Localização e conhecimento dos comandos de um veículo;
aluno condutor do simulador para início das aulas virtuais. - Ligando o motor.
(Redação dada pela Resolução Contran nº 444/2013).
1.1.2.13. A realização de aulas em simuladores de direção APRENDENDO A CONDUZIR
veicular para os portadores de necessidades especiais cujo Uso dos pedais e início da condução em 1ª marcha;
veículo dependa de adaptação especial, será regulamentada - Mudança da 1ª para a 2ª marcha;
pelo CONTRAN. (Redação dada pela Resolução Contran nº - Mudança da 2ª para a 3ª marcha;
444/2013). - Mudança da 4ª para a 5ª marcha;
1.2 CURSO DE PRÁTICA DE DIREÇÃO VEICULAR - Controlando a condução veicular;
1.2.1 Carga Horária Mínima: 25 (vinte e cinco) horas aula - Efetuando uma curva;
para a categoria “B” e 20 (vinte) horas aula para a categoria - Aperfeiçoando o uso da alavanca de câmbio e relação das
“A”, sendo que 20% (vinte por cento) destas deverão ser marchas;
ministradas no período noturno. (Redação dada pela Resolução - Aperfeiçoando o uso da embreagem;
CONTRAN nº 493/2014). - Aperfeiçoando o uso do freio;
1.2.2 Estrutura curricular - Domínio do veículo em marcha à ré.
1.2.2.1 Para veículos de quatro ou mais rodas:
- O veículo: funcionamento, equipamentos obrigatórios e APRENDIZADO DA CIRCULAÇÃO
sistemas; - Posição do veículo na via, velocidade e observação do
- Prática na via pública, urbana e rural: direção defensiva, trânsito;
normas de circulação e conduta, parada e estacionamento, - Entrada no fluxo do tráfego de veículos na via;
observância da sinalização e comunicação; - Movimento lateral e transposição de faixa de rolamento;
- Os pedestres, os ciclistas e demais atores do processo de - Parada e estacionamento;
circulação; - Ultrapassagens;
- Os cuidados com o condutor motociclista. - Passagem em interseções (cruzamentos);
1.2.2.2 Para veículos de duas rodas: - Mudança de sentido;
- Normas e cuidados antes do funcionamento do veículo; - Condução e circulação por vias urbanas;
- O veículo: funcionamento, equipamentos obrigatórios e - Condução e circulação em vias de tráfego intenso;
sistemas; - Condução e circulação em condições atmosféricas
- Prática de pilotagem defensiva, normas de circulação e adversas;
conduta, parada e estacionamento, observância da sinalização - Condução e circulação noturna;
e comunicação: a) em área de treinamento específico, até o
pleno domínio do veículo; II – CONDUÇÃO SEGURA:
b) em via pública, urbana e rural, em prática monitorada. - A partida e a mudança de marchas;

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- Utilizando os freios; 3.4. Mudança de faixa;


- Circulação e velocidade; 3.5. Manobra em marcha a ré;
- Aclives e declives; 3.6. Parada no ponto de estacionamento;
- Curvas; 3.7. Estacionamento alinhado, em paralelo e em diagonal.
- Condução em congestionamentos e paradas do veículo com
o motor em funcionamento; 4 – DIURNA: Movimento lateral e transposição de faixa de
- Entrada e saída no fluxo de tráfego de veículos; rolamento, aperfeiçoando o uso do freio:
- Obstáculos durante a condução (na via e no tráfego); 4.1. Ultrapassagem: Técnicas para realizar ultrapassagem
1.4.5 Ao final de cada aula ou conjunto de aulas de prática com segurança;
de direção veicular, incumbirá ao instrutor de trânsito elaborar 4.2. Controlando a posição e velocidade, observando os
relatório detalhando o comportamento do candidato, o retrovisores, sinalização e manobras;
conhecimento das normas de conduta e circulação estabelecidas 4.3. Aprendendo a dirigir nas rotatórias;
pelo Código de Trânsito Brasileiro e as faltas cometidas durante 4.4. Passagem em interseções (cruzamentos).
o processo de aprendizagem;
1.4.6 Os órgãos executivos estaduais de trânsito dos Estados 5 – NOTURNA: Condução noturna, direção em cidade,
e do Distrito Federal poderão estabelecer rotinas para a direção em rodovia, obstáculos na via e condução em condições
recepção eletrônica dos relatórios elaborados pelos instrutores adversas:
de trânsito, os quais servirão para fins de acompanhamento e 5.1. Condução e circulação na noite: controle dos faróis;
evolução do processo de aprendizagem dos órgãos pelo controle 5.2. Direção e Circulação por uma estrada secundária e
e expedição da carteira nacional de habilitação, conforme estrada de terra;
regulamentação a ser elaborada pelo Departamento Nacional 5.3. Condução e circulação em condições atmosféricas
de Trânsito – DENATRAN. adversas: Chuva, neblina, pista molhada com situação de
aquaplanagem;
1.5 DAS AULAS EM SIMULADOR DE DIREÇÃO VEICULAR 5.4. Situações de risco com pedestres e ciclistas na cidade;
(Redação dada pela Resolução CONTRAN Nº 543/2015) 5.5. Situações de risco com outros carros na cidade e
1.5.1. As aulas realizadas em simuladores de direção congestionamento;
veicular, ministradas em qualquer horário após a conclusão das 5.6. Entrando na rodovia;
aulas teóricas e limitadas a 50 (cinquenta) minutos cada, serão 5.7. Circulação pela rodovia;
distribuídas da seguinte forma e ordem: 5.8. Saindo da rodovia;
a) preparação para que o aluno(s) receba(m) orientações 5.9. Dirigindo sob o efeito do álcool.
gerais e conceitos que serão abordados durante a aula;
b) realização da aula no simulador de direção veicular, b) aulas opcionais:
fixado em 30 (trinta) minutos, reproduzindo cenários que 1 – NOTURNA: Controles e circulação:
atendam o seguinte conteúdo didático-pedagógico; 1.1. Mudança de faixa;
c) conclusão da aula com a apresentação do resultado 1.2. Condução e circulação por vias urbanas;
obtido, correção didática das falhas porventura cometidas e 1.3. Interação de outros agentes (pedestres, ciclistas e outros
esclarecimentos sobre eventuais dúvidas apresentadas pelo(s) veículos);
aluno(s); 1.4. Parada no ponto de estacionamento;
1.5. Estacionamento alinhado, em paralelo e em diagonal.
1.5.2. As aulas ministradas no simulador de direção veicular
deverão observar o seguinte conteúdo didático-pedagógico: 2 - NOTURNA: Condução segura
a) aulas obrigatórias: 2.1. Ultrapassagem: Técnicas para realizar ultrapassagem
1 – DIURNA: Conceitos Básicos: com segurança;
1.1. Comprovações gerais do veículo, para segurança ao 2.2. Aplicação o controle de posição, velocidade e
dirigir; observação;
1.2. Verificação das condições dos equipamentos 2.3. Aprendendo a dirigir nas rotatórias;
obrigatórios e da manutenção de um veículo; 2.4. Passagem em interseções (cruzamentos).
1.3. Tomada de contato com o veículo;
1.4. Acomodação e regulagem; 3 – NOTURNA: Situações de risco
1.5. Localização e conhecimento dos comandos de um 3.1. Obstáculos na via, freada com desvio da trajetória, em
veículo; situação de difícil manobra;
1.6. Controle dos faróis; 3.2. Técnicas para condução segura em situações de
1.7. Ligando o motor; aquaplanagem;
1.8. Dando a partida no veículo. 3.3. Curvas, aclives e declives com visibilidade reduzida;
3.4. Ofuscamento e obstáculos inesperados na vida.
2 – DIURNA: Aprendendo a Conduzir:
2.1. Funcionamento mecânico do conjunto motor / 4 – DIURNA: Treino para exame prático e revisão de
embreagem / acelerador; conteúdo
2.2. Aprendendo a controlar o volante, o posicionamento do 4.1. Manobras na pista;
veículo na via e realizar curva; 4.2. Zigue-zague entre os cones;
2.3. Direção em aclives e declives. 4.3. Parada em cruzamentos;
4.4. Arranque em rampa;
3 – DIURNA: Condução eficiente e segura, observação do 4.5. Manobra em marcha a ré;
trânsito, a entrada no fluxo do tráfego de veículos na via, 4.6. Zigue-zague entre os cones em alta velocidade;
domínio do veículo em marcha à ré, parada e estacionamento: 4.7. Estacionamento;
3.1. Aperfeiçoando o uso da alavanca de câmbio e da 4.8. Condução pela cidade:
embreagem; 4.9. Interação de outros agentes (pedestres, ciclistas e
3.2. Uso dos pedais, circulação e velocidade, elevação e veículos) com comportamento semelhante às grandes
redução de marchas; metrópoles;
3.3. Uso do Freio Motor; 4.10. Condução em rodovia:

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4.11. Condução e circulação em serra, curvas e outros 2.3 ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA


veículos; - Os conteúdos devem ser relacionados à realidade do
trânsito, procurando desenvolver valores de respeito ao outro,
1.5.3. A cada aula ministrada no simulador de direção ao ambiente e à vida, de solidariedade e de controle das
veicular, o software nele instalado, obrigatoriamente preverá, emoções;
no mínimo, 10 (dez) situações que retratem as normas gerais de - Nas aulas de prática de direção veicular, o instrutor deve
circulação e conduta previstas no Capítulo III, associadas às realizar acompanhamento e avaliação direta, corrigindo
correspondentes infrações de trânsito previstas no Capítulo XV, possíveis desvios, salientando a responsabilidade do condutor na
ambos do Código de Trânsito Brasileiro; (Redação dada pela segurança do trânsito.
Resolução CONTRAN Nº 543/2015)
1.5.3.1. Durante a realização das aulas em simulador de 3. CURSO PARA ADIÇÃO DE CATEGORIA
direção veicular, o equipamento registrará no monitor, em local 3.1 CURSO DE PRÁTICA DE DIREÇÃO VEICULAR
que não prejudique a continuidade da atividade de ensino, as 3.1.1 Carga Horária Mínima: 20 (vinte) horas/aula para a
infrações de trânsito porventura cometidas pelo aluno e, ao final categoria “B” e 15 (quinze) horas/aula para a categoria “A”,
de cada aula, o equipamento relacionará as infrações de sendo que 20% (vinte por cento) destas deverão ser ministradas
trânsito, com transcrição completa do dispositivo legal previsto no período noturno. (Redação dada pela Resolução CONTRAN nº
no Código de Trânsito Brasileiro; (Incluído pela Resolução 493/2014).
CONTRAN Nº 543/2015) 3.1.2 Estrutura curricular
1.5.4. O Instrutor, o Diretor de Ensino ou o Diretor Geral do - O veículo que está sendo aditado: funcionamento,
Centro de Formação de Condutores realizará a supervisão do equipamentos obrigatórios e sistemas;
aluno durante as aulas ministradas no simulador de direção - Prática na via pública, urbana e rural: direção defensiva,
veicular, prestando-lhe todos os esclarecimentos solicitados. normas de circulação e conduta, parada e estacionamento,
Será permitida a supervisão simultânea de no máximo 3 observação da sinalização;
(três) alunos, desde que no interior de um único ambiente; - No caso de prática de direção / para veículos de duas rodas,
1.5.5. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados ou do a instrução deve ser preliminarmente em circuito fechado de
Distrito Federal poderão criar normas que disciplinem os treinamento específico até o pleno domínio do veículo;
procedimentos de captura, armazenamento, forma e
periodicidade de envio ou não das imagens das aulas e do 3.2 DISPOSIÇÕES GERAIS
ambiente onde estarão instalados os equipamentos, respeitadas - Considera-se hora aula o período igual a 50(cinquenta)
suas peculiaridades regionais, desde que fique demonstrada a minutos.
segurança e autenticidade na realização das aulas de simulador,
através da possibilidade de efetiva fiscalização pelo órgão 3.3 ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal – - Os conteúdos devem ser relacionados à realidade do
DETRAN e monitoramento pelo Departamento Nacional de trânsito, procurando desenvolver valores de respeito ao outro,
Trânsito – DENATRAN; ao ambiente e à vida, de solidariedade e de controle das
1.5.6. Os resultados das aulas realizadas em simulador de emoções.
direção veicular serão disponibilizados ao DENATRAN e aos - Nas aulas de prática de direção veicular, o instrutor deve
órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, realizar acompanhamento e avaliação direta, corrigindo
mediante relatórios estatísticos, visando o estabelecimento de possíveis desvios, salientando a responsabilidade do condutor na
políticas públicas de educação; segurança do trânsito.
1.5.7. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal deverão disponibilizar ao DENATRAN os dados 4. CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA RENOVAÇÃO DA CNH
relativos ao aluno condutor do simulador para início das aulas 4.1 CURSO TEÓRICO
virtuais; 4.1.1 Carga Horária Total: 15 (quinze) horas aula
1.5.8. A realização de aulas em simuladores de direção 4.1.2 Estrutura curricular
veicular para os portadores de necessidades especiais, cujo 4.1.2.1 Direção Defensiva - Abordagens do CTB para veículos
veículo dependa de adaptação especial, será regulamentada de duas ou mais rodas - 10 (dez) horas aula
pelo CONTRAN; (Redação dada pela Resolução CONTRAN nº - Conceito
493/2014). - Condições adversas;
- situações de risco nas ultrapassagens, derrapagem,
2. CURSO PARA MUDANÇA DE CATEGORIA ondulações e buracos, cruzamentos e curvas, frenagem normal
2.1 CURSO DE PRÁTICA DE DIREÇÃO VEICULAR e de emergência;
2.1.1 Carga Horária Mínima: 20 (vinte) horas/aula - abordagem teórica da condução do veículo com
(Redação dada pela Resolução CONTRAN nº 493/2014). passageiros e ou cargas;
2.1.2 Estrutura curricular - Como evitar acidentes;
- O veículo em que está se habilitando: funcionamento e - Cuidados na direção e manutenção de veículos;
equipamentos obrigatórios e sistemas; - Cuidados com os demais usuários da via;
- Prática na via pública, urbana e rural: direção defensiva, - Estado físico e mental do condutor, consequências da
normas de circulação e conduta, parada e estacionamento, ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias
observação da sinalização; psicoativas;
- No caso de prática de direção / para veículos de 2 rodas, a - Normas gerais de circulação e conduta;
instrução deve ser preliminarmente em circuito fechado de - Equipamentos de segurança do condutor;
treinamento específico até o pleno domínio do veículo; - Infrações e penalidades;
- Noções de respeito ao meio ambiente e de convívio social
2.2 DISPOSIÇÕES GERAIS no trânsito; relacionamento interpessoal, diferenças individuais
- Considera-se hora aula o período igual a 50 (cinquenta) e respeito mútuo entre condutores;
minutos. 4.1.2.2 Noções de Primeiros Socorros – 5 (cinco) horas aula
- Sinalização do local do acidente;
- Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância,
concessionária da via, e outros

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- Verificação das condições gerais da vítima; 5. CURSO DE RECICLAGEM PARA CONDUTORES


- Cuidados com a vítima (o que não fazer). - Cuidados INFRATORES
especiais com a vítima motociclista. 5.1 CURSO TEÓRICO
4.2 DISPOSIÇÕES GERAIS 5.1.1 Carga Horária Total: 30 (trinta) horas/aula
4.2.1 Devem participar deste curso os condutores que em sua 5.1.2 Estrutura curricular
formação, em situação anterior, na forma do Art. 150 do CTB, 5.1.2.1 Legislação de Trânsito: 12 (doze) horas/aula
não tenham recebido instrução de direção defensiva e primeiros Determinações do CTB quanto a:
socorros; - Formação do condutor;
4.2.2 Este curso poderá ser realizado nas seguintes - Exigências para categorias de habilitação em relação a
modalidades: veículo conduzido;
4.2.2.1 Em curso presencial com carga horária de 15 horas - Documentos do condutor e do veículo: apresentação e
aula, que poderá ser realizado de forma intensiva, com carga validade;
horária diária máxima de 10 horas aula, ministrado pelo órgão - Sinalização viária;
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito - Penalidades e crimes de trânsito;
Federal, ou instituição/entidade por ele credenciada, com - Direitos e deveres do cidadão;
frequência integral comprovada, dispensada a aplicação de - Normas de circulação e conduta.
prova; Infrações e penalidades referentes a:
4.2.2.2 Em curso realizado à distância, validado por prova - Documentação do condutor e do veículo;
de 30 questões de múltipla escolha, com aproveitamento mínimo - Estacionamento, parada e circulação;
de 70%, efetuado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito - Segurança e atitudes do condutor, passageiro, pedestre e
do Estado ou do Distrito Federal ou instituição/entidade por ele demais atores do processo de circulação;
credenciada de forma que atenda aos requisitos mínimos - Meio ambiente.
estabelecidos no anexo IV desta resolução; 5.1.2.2 Direção defensiva: 8 (oito) horas/aula
4.2.2.3 Em estudos realizados pelo condutor de forma - Conceito de direção defensiva – veículos de 2, 4 ou mais
autodidata, submetendo-se a prova de 30 questões de múltipla rodas;
escolha, com aproveitamento mínimo de 70%, efetuada pelo - Condições adversas;
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito - Como evitar acidentes;
Federal ou instituição/entidade por ele credenciada; em caso de - Cuidados com os demais usuários da via;
reprovação, o condutor só poderá repeti-la decorridos cinco dias - Estado físico e mental do condutor, consequências da
da divulgação oficial do resultado. Persistindo a reprovação ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias
deverá frequentar obrigatoriamente o curso presencial para a psicoativas;
renovação da CNH. - Situações de risco.
4.2.2.4 Poderá ser feito o aproveitamento de cursos com 5.1.2.3 Noções de Primeiros Socorros: 4 (quatro) horas/aula
conteúdos de primeiros socorros e de direção defensiva, dos - Sinalização do local do acidente;
quais o candidato apresente documentação comprobatória de - Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância,
ter realizado tais cursos, em órgão ou instituição oficialmente concessionária da via e outros
reconhecido; - Verificação das condições gerais da vítima;
4.2.2.5 O certificado de realização do curso será conferido ao - Cuidados com a vítima (o que não fazer).
condutor que: 5.1.2.4 Relacionamento Interpessoal: 6 (seis) horas/aula
-Frequentar o curso de 15 horas/aula na sua totalidade. - Comportamento solidário no trânsito;
Neste caso o processo de avaliação, sem caráter eliminatório ou - O indivíduo, o grupo e a sociedade;
classificatório, deve ocorrer durante o curso; - Responsabilidade do condutor em relação aos demais
-Tiver aprovação em curso à distância ou estudos atores do processo de circulação;
autodidata, através de aproveitamento mínimo de 70 % de - Respeito às normas estabelecidas para segurança no
acertos em prova teórica de 30 questões de múltipla escolha; trânsito;
-Apresentar documentação ao DETRAN, e este a validar - Papel dos agentes de fiscalização de trânsito.
como aproveitamento de cursos realizados em órgão ou
instituição oficialmente reconhecido; 5.2 DISPOSIÇÕES GERAIS
4.2.2.6 O certificado de realização do curso terá validade em - O curso será ministrado pelo órgão ou entidade executivo
todo o território nacional, devendo ser registrado no RENACH de trânsito do Estado ou do Distrito Federal ou
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do instituição/entidade por ele credenciada, para condutores
Distrito Federal; penalizados nos termos do art. 261, § 2º, e art. 268 do CTB;
4.2.2.7 Considera-se hora aula o período igual a 50 - Este curso poderá ser realizado em duas modalidades:
(cinquenta) minutos. - Em curso presencial com carga horária de 15 horas/aula,
que poderá ser realizado de forma intensiva, com carga horária
4.3 ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA diária máxima de 10 horas/aula, ministrado pelo órgão ou
4.3.1 Os conteúdos devem ser tratados de forma dinâmica, entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal,
participativa, buscando análise e reflexão sobre a ou instituição/entidade por ele credenciado, com frequência
responsabilidade de cada um para um trânsito seguro; integral comprovada, dispensada a aplicação de prova;
4.3.2 Todos os conteúdos devem ser desenvolvidos em aulas - Este curso poderá ser realizado em duas modalidades:
dinâmicas, utilizando-se técnicas que oportunizem a - Em curso presencial com carga horária de 30 horas/aula,
participação dos condutores procurando, o instrutor fazer que poderá ser realizado de forma intensiva, com carga horária
sempre a relação com o contexto do trânsito, oportunizando a diária máxima de 10 horas/aula, ministrado pelo órgão ou
reflexão e o desenvolvimento de valores de respeito ao outro, ao entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal,
ambiente e à vida, de solidariedade e de controle das emoções; ou instituição/entidade por ele credenciado, com frequência
4.3.3 A ênfase, nestas aulas, deve ser de atualização dos integral comprovada, sendo obrigatória a aplicação de prova;
conhecimentos e análise do contexto atual do trânsito local e (Retificação da Resolução 285/2008)
brasileiro. - Em curso/estudo realizado à distância, validado por prova
teórica de 30 questões de múltipla escolha, com aproveitamento

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mínimo de 70%, efetuado pelo órgão ou entidade executivo de - Conhecer e aplicar os preceitos de segurança adquiridos
trânsito do Estado ou do Distrito durante os cursos ou atualização fazendo uso de
Federal ou instituição/entidade por ele credenciada de comportamentos preventivos e procedimentos em casos de
forma que atenda os requisitos mínimos estabelecidos no anexo emergência, desenvolvidos para cada tipo de transporte, e para
III desta resolução; cada uma das classes de produtos ou cargas perigosos.
- Os candidatos ao final do curso, serão submetidos a uma II – DA ORGANIZAÇÃO - A organização administrativo-
avaliação pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do pedagógica dos cursos para condutores especializados será
Estado ou do Distrito Federal ou instituição/entidade por ele estabelecida em consonância com a presente Resolução, pelas
credenciada, através de uma prova com um mínimo de 30 Instituições listadas no parágrafo 1º do Art. 33, desta Resolução,
questões sobre os conteúdos ministrados; cadastrados pelo órgão ou entidade executivo de Trânsito do
- A aprovação se dará quando o condutor acertar no mínimo Estado ou do Distrito Federal.
70% das questões; III – DA REGÊNCIA
- O condutor aluno reprovado uma primeira vez poderá - As disciplinas dos cursos para condutores especializados
realizar nova avaliação após 5 (cinco) dias e, se reprovado pela serão ministradas por pessoas habilitadas em cursos de
2ª. vez poderá matricular-se para um novo curso, frequentando- instrutores de trânsito, realizados por / órgão ou entidade
o integralmente. Caso ainda não consiga resultado satisfatório, executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, ou
deverá receber atendimento individualizado a fim de superar instituição por ele credenciada e que tenham realizado, com
suas dificuldades. aprovação, os cursos especiais que vierem a ministrar.
- O certificado de realização do curso terá validade em todo - A qualificação de professor para formação de instrutor de
o território nacional, devendo ser registrado no RENACH pelo curso especializado será feita por disciplina e será
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito regulamentada em portaria do DENATRAN – órgão máximo
Federal; executivo de trânsito da União, devendo ser profissional de nível
- Considera-se hora aula o período igual a 50 (cinquenta) superior tendo comprovada experiência a respeito da disciplina.
minutos.
IV – DO REGIME DE FUNCIONAMENTO
5.3 ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA - Cada curso especializado será constituído de 50
- Por se tratar de condutores, que estão cumprindo (cinquenta) horas aula;
penalidade por infrações de trânsito, os conteúdos devem ser - O curso poderá desenvolver-se na modalidade de ensino à
tratados de forma dinâmica, participativa, buscando análise e distância, através de apostilas atualizadas e outros recursos
reflexão sobre a responsabilidade de cada um para um trânsito tecnológicos, não podendo exceder a 20% do total da carga
seguro; horária prevista para cada curso;
- Todos os conteúdos devem ser desenvolvidos em aulas - A carga horária presencial diária será organizada de
dinâmicas, procurando o instrutor fazer sempre a relação com forma a atender as peculiaridades e necessidades da clientela,
o contexto do trânsito, oportunizando a reflexão e o não podendo exceder, em regime intensivo, 10 horas aula por
desenvolvimento de valores de respeito ao outro, ao ambiente e dia;
à vida, de solidariedade e de controle das emoções; - O número máximo de alunos, por turma, deverá ser de 25
- A ênfase deve ser de revisão de conhecimentos e atitudes, alunos;
valorizando a obediência à Lei, a necessidade de atenção e o - Considera-se hora aula o período igual a 50 (cinquenta)
desenvolvimento de habilidades. minutos.
- A avaliação final será na modalidade presencial, realizada
6 CURSOS ESPECIALIZADOS PARA CONDUTORES DE obrigatoriamente pelo órgão ou entidade executivo de trânsito
VEÍCULOS do Estado ou do Distrito Federal em que esteja registrada a CNH
I – DOS FINS do condutor avaliado (Redação dada pela Resolução nº
Estes cursos têm a finalidade de aperfeiçoar, instruir, 659/2017).
qualificar e atualizar condutores, habilitando-os à condução de
veículos de: V – DO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
a) transporte coletivo de passageiros; - Poderá ser feito o aproveitamento de estudos de conteúdos
b) transporte de escolares; que o condutor tiver realizado em outro curso especializado,
c) transporte de produtos perigosos; devendo para tal, a Instituição oferecer um módulo, de no
d) emergência; mínimo 15 (quinze) horas aula, de adequação da abordagem
e) transporte de carga indivisível e outras, objeto de dos conteúdos para a especificidade do novo curso pretendido.
regulamentação específica pelo CONTRAN.
Para atingir seus fins, estes cursos devem dar condições ao VI – DA AVALIAÇÃO
condutor de: - Ao final de cada módulo, será realizada, pelas instituições
- Permanecer atento ao que acontece dentro do veículo e que ministram os cursos uma prova com 20 questões de múltipla
fora dele; escolha sobre os assuntos trabalhados;
- Agir de forma adequada e correta no caso de - Será considerado aprovado no curso, o condutor que
eventualidades, sabendo tomar iniciativas quando necessário; acertar, no mínimo, 70% das questões da prova de cada módulo;
- Relacionar-se harmoniosamente com usuários por ele - O condutor reprovado ao final do módulo deverá realizar
transportados, pedestres e outros condutores; nova prova a qualquer momento, sem prejuízo da continuidade
- Proporcionar segurança aos usuários e a si próprio; do curso. Caso ainda não consiga resultado satisfatório deverá
- Conhecer e aplicar preceitos de segurança e receber atendimento individualizado a fim de superar suas
comportamentos preventivos, em conformidade com o tipo de dificuldades;
transporte e/ou veículo; - Nos cursos de atualização, a avaliação será feita através de
- Conhecer, observar e aplicar disposições contidas no CTB, observação direta e constante do desempenho dos condutores,
na legislação de trânsito e legislação específica sobre o demonstrado durante as aulas, devendo o instrutor interagir
transporte especializado para o qual está se habilitando; com os mesmos reforçando e/ou corrigindo respostas e
- Realizar o transporte com segurança de maneira a colocações;
preservar a integridade física do passageiro, do condutor, da
carga, do veículo e do meio ambiente.

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APOSTILAS OPÇÃO

- As instituições que ministrarem cursos especializados - Sinalização viária;


deverão manter em arquivo, durante 5 (cinco) anos, os registros - Infrações, crimes de trânsito e penalidades;
dos alunos com o resultado do seu desempenho. - Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação.
VII – DA CERTIFICAÇÃO Legislação específica sobre transporte de passageiros
- Os condutores aprovados no curso especializado e os que - Responsabilidades do condutor do veículo de transporte
realizarem a atualização exigida terão os dados coletivo de passageiros.
correspondentes registrados em seu cadastro pelo órgão ou 6.1.3.2 Módulo II – Direção Defensiva – 15 (quinze) horas
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, aula
informando-os no campo “observações” da CNH; - Acidente evitável ou não evitável;
- Os certificados deverão conter no mínimo os seguintes - Como ultrapassar e ser ultrapassado;
dados: - O acidente de difícil identificação da causa;
- Nome completo do condutor, - Como evitar acidentes com outros veículos;
- Número do registro RENACH e categoria de habilitação do - Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes
condutor; do trânsito (motociclista, ciclista, carroceiro, skatista);
- Validade e data de conclusão do curso; - A importância de ver e ser visto;
- Assinatura do diretor da entidade ou instituição, e - A importância do comportamento seguro na condução de
validação do DETRAN quando for o caso; veículos especializados;
- No verso deverão constar as disciplinas, a carga horária, o - Comportamento seguro e comportamento de risco –
instrutor e o aproveitamento do condutor. diferença que pode poupar vidas.
- O modelo dos certificados será elaborado e divulgado em - Estado físico e mental do condutor, consequências da
portaria pelo órgão máximo executivo de trânsito da União. ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias
psicoativas;
VIII– DA VALIDADE - Os cursos especializados tem validade 6.1.3.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito
de / 5 (cinco) anos, quando os condutores deverão realizar a ao Meio Ambiente e Convívio Social – 10 (dez) horas aula
atualização dos respectivos cursos, devendo os mesmos coincidir Primeiras providências quanto à vítima de acidente, ou
com a validade do exame de sanidade física e mental do passageiro com mal súbito: - Sinalização do local do acidente;
condutor constantes de sua CNH; - Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância,
- A fim de se compatibilizar os prazos dos atuais cursos e concessionária da via o outros;
exames de sanidade física e mental, sem que haja ônus para o -Verificação das condições gerais de vítima de acidente, ou
cidadão os cursos já realizados, antes da publicação desta passageiro com mal súbito;
resolução, terão sua validade estendida até a data limite da - Cuidados com a vítima (o que não fazer).;
segunda renovação da CNH; O veículo como agente poluidor do meio ambiente;
- Na renovação do exame de sanidade física e mental, o - Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental
condutor especializado deverá apresentar comprovante de que causada por veículos;
realizou o curso de atualização no qual está habilitado, - Emissão de gases;
registrando os dados no órgão ou entidade executivo de trânsito - Emissão de partículas (fumaça);
do Estado ou do Distrito Federal; - Emissão sonora;
- O condutor que não apresentar comprovante de que - Manutenção preventiva do veículo para preservação do
realizou o curso de atualização no qual está habilitado quando meio ambiente;
da renovação da CNH, terá automaticamente suprimida a - O indivíduo, o grupo e a sociedade;
informação correspondente; - Relacionamento interpessoal;
- Os cursos de atualização terão uma carga horária mínima - O indivíduo como cidadão;
de 15(quinze) horas aula, sobre as disciplinas dos cursos - A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB.
especializados, abordando preferencialmente, as atualizações 6.1.3.4 Módulo IV – Relacionamento Interpessoal – 15
na legislação, a evolução tecnológica e estudos de casos, dos (quinze) horas aula
módulos específicos de cada curso. - Aspectos do comportamento e de segurança no transporte
de passageiros;
IX – DISPOSIÇÕES GERAIS - Comportamento solidário no trânsito;
- Considera-se hora aula o período de 50 (cinquenta) - Responsabilidade do condutor em relação aos demais
minutos. atores do processo de circulação;
- Respeito às normas estabelecidas para segurança no
6.1 CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE trânsito;
TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS - Papel dos agentes de fiscalização de trânsito;
6.1.1 Carga horária: 50 (cinquenta) horas aula - Atendimento às diferenças e especificidades dos usuários
6.1.2 Requisitos para matrícula (Alterado pela Resolução nº (pessoas portadoras de necessidades especiais, faixas etárias
455/2013). diversas, outras condições);
- Ser maior de 21 anos; - Características das faixas etárias dos usuários mais
- Estar habilitado na categoria “D”; (Redação dada pela comuns de transporte coletivo de passageiros.
Resolução nº 685/2017)
- Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de 6.2 CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCULOS DE
dirigir, cassação da CNH, pena decorrente de crime de trânsito, TRANSPORTE ESCOLAR
bem como estar impedido judicialmente de exercer seus direitos. 6.2.1 Carga horária: 50 (cinquenta) horas aula
6.1.3 Estrutura Curricular 6.2.2 Requisitos para Matrícula: (Alterado pela Resolução
6.1.3.1 Módulo I - Legislação de trânsito – 10 (dez) horas CONTRAN n º 455/2013).
aula - Ser maior de 21 anos;
Determinações do CTB quanto a: - Estar habilitado na categoria “D”; (Redação dada pela
- Categoria de habilitação e relação com veículos Resolução nº 685/2017)
conduzidos; - Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de
- Documentação exigida para condutor e veículo; dirigir, cassação da carteira nacional de habilitação - CNH, pena

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decorrente de crime de trânsito, bem como não estar impedido - Cuidados especiais e atenção que devem ser dispensados
judicialmente de exercer seus direitos. aos escolares e seus responsáveis, quando for o caso.
6.2.3 Estrutura Curricular
6.2.3.1 Módulo I - Legislação de Trânsito – 10 (dez) horas 6.3 CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCULOS DE
aula TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS
Determinações do CTB quanto a: 6.3.1 Carga horária: 50 (cinquenta) horas aula
- Categoria de habilitação e relação com veículos 6.3.2 Requisitos para matrícula (Alterado pela Resolução
conduzidos; CONTRAN n º 455/2013).
- Documentação exigida para condutor e veículo; - Ser maior de 21 anos;
- Sinalização viária; - Estar habilitado em uma das categorias “B”, “C”, “D” e “E”;
- Infrações, crimes de trânsito e penalidades; - Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de
- Regras gerais de estacionamento, parada e circulação. dirigir, cassação da Carteira Nacional de Habilitação - CNH,
Legislação específica sobre transporte de escolares pena decorrente de crime de trânsito, bem como não estar
- Normatização local para condução de veículos de impedido judicialmente de exercer seus direitos.
transporte de escolares; 6.3.3 Estrutura Curricular
- Responsabilidades do condutor do veículo de transporte de 6.3.3.1 Módulo I - Legislação de trânsito – 10 (dez) horas
escolares. aula
6.2.3.2 Módulo II – Direção Defensiva – 15 (quinze) Determinações do CTB quanto a:
horas/aula - Categoria de habilitação e relação com veículos
- Acidente evitável ou não evitável; conduzidos;
- Como ultrapassar e ser ultrapassado; - Documentação exigida para condutor e veículo;
- O acidente de difícil identificação da causa; - Sinalização viária;
- Como evitar acidentes com outros veículos; - Infrações, crimes de trânsito e penalidades;
- Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes - Regras gerais de estacionamento, parada conduta e
do trânsito (motociclista, ciclista, carroceiro, skatista); circulação.
- A importância de ver e ser visto; - A importância do
comportamento seguro na condução de veículos especializados; LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E NORMAS SOBRE TRANSPORTE
- Comportamento seguro e comportamento de risco – DE PRODUTOS PERIGOSOS
diferença que pode poupar vidas. - Cargas de produtos perigosos
- Estado físico e mental do condutor, consequências da - Conceitos, considerações e exemplos.
ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias - Acondicionamento: verificação da integridade do
psicoativas; acondicionamento (se há vazamentos ou contaminação
6.2.3.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito externa); verificação dos instrumentos de tanques
ao Meio Ambiente e Convívio Social – 10 (dez) horas aula (manômetros, e outros);
- Primeiras providências quanto a vítimas de acidente, ou - Proibição do transporte de animais, produtos para uso
passageiro com mal súbito: humano ou animal (alimentos, medicamentos e embalagens
- Sinalização do local de acidente; afins), juntamente com produtos perigosos;
- Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, - Utilização do veículo que transporta produtos perigosos
concessionária da via e outros; para outros fins; descontaminação quando permitido.
- Verificação das condições gerais de vítima de acidente, ou
passageiro com mal súbito; RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR DURANTE O
- Cuidados com a vítima, (o que não fazer); TRANSPORTE
- O veículo como agente poluidor do meio ambiente; - Fatores de interrupção da viagem;
- Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental - Participação do condutor no carregamento e
causada por veículos; descarregamento do veículo;
- Emissão de gases; - Trajes e equipamentos de proteção individual.
- Emissão de partículas (fumaça);
- Emissão sonora; DOCUMENTAÇÃO E SIMBOLOGIA
- Manutenção preventiva do veículo para preservação do - Documentos fiscais e de trânsito;
meio ambiente; - Documentos e símbolos relativos aos produtos
- O indivíduo, o grupo e a sociedade; transportados:
- Relacionamento interpessoal; - Certificados de capacitação;
- O indivíduo como cidadão; - Ficha de emergência;
- A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB. - Envelope para o transporte;
6.2.3.4 Módulo IV – Relacionamento Interpessoal – 15 - Marcação e rótulos nas embalagens;
(quinze) horas aula - Rótulos de risco principal e subsidiário;
- Aspectos do comportamento e de segurança no transporte - Painel de segurança;
de escolares; - Sinalização em veículos.
- Comportamento solidário no trânsito;
- Responsabilidade do condutor em relação aos demais REGISTRADOR INSTANTÂNEO E INALTERÁVEL DE
atores do processo de circulação; VELOCIDADE E TEMPO:
- Respeito às normas estabelecidas para segurança no - Definição;
trânsito; - Funcionamento;
- Papel dos agentes de fiscalização de trânsito; - Importância e obrigatoriedade do seu uso.
- Atendimento às diferenças e especificidades dos usuários
(pessoa portadora deficiências física, faixas etárias, outras DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES (CTB e legislação
condições); específica)
- Características das faixas etárias dos usuários de - Tipificações, multas e medidas administrativas.
transporte de escolares;

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6.3.3.2 Módulo II – Direção Defensiva – 15 (quinze) horas - Comportamento preventivo do condutor;


aula - Procedimentos em casos de emergência.
- Acidente evitável ou não evitável; LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E PRODUTOS TRANSPORTADOS A
- Como ultrapassar e ser ultrapassado; TEMPERATURAS ELEVADAS
- O acidente de difícil identificação da causa; - Ponto de fulgor;
- Como evitar acidentes com outros veículos; - Comportamento preventivo do condutor;
- Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes - Procedimentos em casos de emergência.
do trânsito (motociclista, ciclista, carroceiro, skatista); SÓLIDOS INFLAMÁVEIS; SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A
- A importância de ver e ser visto; COMBUSTÃO ESPONTÂNEA; SUBSTÂNCIAS QUE, EM CONTATO
- A importância do comportamento seguro na condução de COM A ÁGUA, EMITEM GASES INFLAMÁVEIS
veículos especializados; - Comportamento preventivo do condutor; - Procedimentos
- Comportamento seguro e comportamento de risco – em casos de emergência;
diferença que pode poupar vidas; - Produtos que necessitam de controle de temperatura.
- Comportamento pós-acidente. SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS
- Estado físico e mental do condutor, consequências da - Comportamento preventivo do condutor;
ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias - Procedimentos em casos de emergência;
psicoativas; - Produtos que necessitam de controle de temperatura.
6.3.3.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E SUBSTÂNCIAS INFECTANTES
ao meio Ambiente e Prevenção de Incêndio - 10 (dez) horas aula - Comportamento preventivo do condutor;
PRIMEIROS SOCORROS - Procedimentos em casos de emergência.
Primeiras providências quanto a acidente de trânsito: SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS
- Sinalização do local de acidente; - Legislação específica pertinente;
- Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, - Comportamento preventivo do condutor;
concessionária da via e outros.; - Procedimentos em casos de emergência.
- Verificação das condições gerais de vítima de acidente de - CORROSIVOS
trânsito; - Comportamento preventivo do condutor;
- Cuidados com a vítima de acidente, ou contaminação (o - Procedimentos em casos de emergência.
que não fazer) em conformidade com a periculosidade da carga, - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS:
e/ou produto transportado. - Comportamento preventivo do condutor;
MEIO AMBIENTE - Procedimentos em casos de emergência.
- O veículo como agente poluidor do meio ambiente; - RISCOS MÚLTIPLOS
- Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental - Comportamento preventivo do condutor;
causada por veículos; - Procedimentos em casos de emergência.
- Emissão de gases; - RESÍDUOS
- Emissão de partículas (fumaça); - Legislação específica pertinente;
- Emissão de ruídos; - Comportamento preventivo do condutor;
- Manutenção preventiva do veículo / ; - Procedimentos em casos de emergência.
- O indivíduo, o grupo e a sociedade;
- Relacionamento interpessoal; 6.4 CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCULOS DE
- O indivíduo como cidadão; EMERGÊNCIA
- A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB; 6.4.1 Carga horária: 50 (cinquenta) horas aula
- Conceitos de poluição: causas e consequências. 6.4.2 Requisitos para matrícula (Alterado pela Resolução
- PREVENÇÃO DE INCÊNDIO CONTRAN n º 455/2013).
- Conceito de fogo; - Ser maior de 21 anos;
- Triângulo de fogo; - Estar habilitado em uma das categorias “A”, “B”, “C”, “D” ou
- Fontes de ignição; “E”;
- Classificação de incêndios; - Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de
- Tipos de aparelhos extintores; dirigir, cassação da CNH, pena decorrente de crime de trânsito,
- Agentes extintores; bem como não estar impedido judicialmente de exercer seus
- Escolha, manuseio e aplicação dos agentes extintores. direitos.
6.3.3.4 Módulo IV – Movimentação de Produtos Perigosos – 6.4.3 Estrutura Curricular.
15 horas aula 6.4.3.1 Módulo I - Legislação de Trânsito – 10 (dez) horas
PRODUTOS PERIGOSOS aula
- Classificação dos produtos perigosos; Determinações do CTB quanto a:
- Simbologia; - Categoria de habilitação e relação com veículos
- Reações químicas (conceituações); conduzidos;
- Efeito de cada classe sobre o meio ambiente. - Documentação exigida para condutor e veículo;
EXPLOSIVOS: - Sinalização viária;
- Conceituação; - Infrações, crimes de trânsito e penalidades;
- Divisão da classe; - Regras gerais de estacionamento, parada e circulação.
- Regulamentação específica do Ministério da Defesa; - Legislação específica para veículos de emergência: -
- Comportamento preventivo do condutor; Responsabilidades do condutor de veículo de emergência.
- Procedimentos em casos de emergência. 6.4.3.2 Módulo II – Direção Defensiva – 15 (quinze) horas
GASES: aula
- Inflamáveis, não-inflamáveis, tóxicos e não-tóxicos: - Acidente evitável ou não evitável;
- Comprimidos; - Como ultrapassar e ser ultrapassado;
- Liquefeitos; - O acidente de difícil identificação da causa;
- Mistura de gases; - Como evitar acidentes com outros veículos;
- Refrigerados. - Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes
- Em solução; do trânsito (motociclista, ciclista, carroceiro, skatista);

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APOSTILAS OPÇÃO

- A importância de ver e ser visto; - Regras gerais de estacionamento, parada conduta e


- A importância do comportamento seguro na condução de circulação.
veículos especializados. LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA SOBRE TRANSPORTE DE CARGA
- Comportamento seguro e comportamento de risco – - Carga indivisível
diferença que pode poupar vidas. - Conceitos, considerações e exemplos.
- Estado físico e mental do condutor, consequências da - Acondicionamento: verificação da integridade do
ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias acondicionamento (ancoragem e amarração da carga);
psicoativas; RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR DURANTE O
6.4.3.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito TRANSPORTE
ao Meio Ambiente e Convívio Social – 10 (dez) horas aula - Fatores de interrupção da viagem;
Primeiras providências quanto à vítima de acidente, ou - Participação do condutor no carregamento e
passageiro enfermo: descarregamento do veículo;
- Sinalização do local de acidente; .
- Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, DOCUMENTAÇÃO E SIMBOLOGIA
concessionária da via e outros; - Documentos fiscais e de trânsito;
- Verificação das condições gerais de vítima de acidente ou - Documentos e símbolos relativos aos produtos
enfermo; transportados:
- Cuidados com a vítima ou enfermo (o que não fazer); - Certificados de capacitação;
O veículo como agente poluidor do meio ambiente; - Sinalização no veículo.
- Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental REGISTRADOR INSTANTÂNEO E INALTERÁVEL DE
causada por veículos; VELOCIDADE E TEMPO:
- Emissão de gases; - Definição;
- Emissão de partículas (fumaça); - Funcionamento;
- Emissão sonora; - Importância e obrigatoriedade do seu uso.
- Manutenção preventiva do veículo para preservação do DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES (CTB e legislação
meio ambiente; específica)
O indivíduo, o grupo e a sociedade; - Tipificações, multas e medidas administrativas.
- Relacionamento interpessoal; 6.5.3.2 Módulo II – Direção Defensiva – 15 (quinze) horas
- O indivíduo como cidadão; aula
- A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB. - Acidente evitável ou não evitável;
6.4.3.4 Módulo IV – Relacionamento Interpessoal – 15 - Como ultrapassar e ser ultrapassado;
(quinze) horas aula - O acidente de difícil identificação da causa;
- Aspectos do comportamento e de segurança na condução - Como evitar acidentes com outros veículos;
de veículos de emergência; - Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes
- Comportamento solidário no trânsito; do trânsito (motociclista, ciclista, carroceiro, skatista);
- Responsabilidade do condutor em relação aos demais - A importância de ver e ser visto;
atores do processo de circulação; -A importância do comportamento seguro na condução de
- Respeito às normas estabelecidas para segurança no veículos especializados;
trânsito; - Comportamento seguro e comportamento de risco –
- Papel dos agentes de fiscalização de trânsito; diferença que pode poupar vidas;
- Atendimento às diferenças e especificidades dos usuários - Comportamento pós-acidente.
(pessoas portadoras de necessidades especiais, faixas etárias /, - Estado físico e mental do condutor, consequências da
outras condições); ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias
- Características dos usuários de veículos de emergência; psicoativas;
- Cuidados especiais e atenção que devem ser dispensados 6.5.3.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito
aos passageiros e aos outros atores do trânsito, na condução de ao meio Ambiente e Prevenção de Incêndio - 10 (dez) horas aula
veículos de emergência. PRIMEIROS SOCORROS
Primeiras providências quanto a acidente de trânsito:
6.5 CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCULOS DE - Sinalização do local de acidente;
TRANSPORTE DE CARGA INDIVISÍVEL E OUTRAS OBJETO DE - Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância,
REGULAMENTAÇÃO ESPECIFICA PELO CONTRAN concessionária da via e outros;
6.5.1 Carga horária: 50 (cinquenta) horas aula. - Verificação das condições gerais de vítima de acidente de
6.5.2 Requisitos para matrícula (Alterado pela Resolução trânsito; - Cuidados com a vítima de acidente (o que não fazer)
CONTRAN n º 455/2013). em conformidade com a periculosidade da carga, e/ou produto
- Ser maior de 21 anos; transportado.
- Estar habilitado na categoria “C”, “D” ou “E” (Redação dada MEIO AMBIENTE
pela Resolução nº 685/2017) - O veículo como agente poluidor do meio ambiente;
- Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de - Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental
dirigir, cassação da Carteira Nacional de Habilitação - CNH, causada por veículos;
pena decorrente de crime de trânsito, bem como não estar - Emissão de gases;
impedido judicialmente de exercer seus direitos. 6.5.3 Estrutura - Emissão de partículas (fumaça);
Curricular - Emissão de ruídos;
6.5.3.1 Módulo I - Legislação de trânsito – 10 (dez) horas - Manutenção preventiva do veículo;
aula - O indivíduo, o grupo e a sociedade;
DETERMINAÇÕES DO CTB QUANTO A: - Relacionamento interpessoal;
- Categoria de habilitação e relação com veículos - O indivíduo como cidadão;
conduzidos; - A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB;
- Documentação exigida para condutor e veículo; - Conceitos de poluição: causas e consequências.
- Sinalização viária; PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
- Infrações, crimes de trânsito e penalidades; - Conceito de fogo;

Conhecimentos Específicos 95
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APOSTILAS OPÇÃO

- Triângulo de fogo; 7.1.2.4 Módulo IV – Relacionamento Interpessoal – 5 (cinco)


- Fontes de ignição; horas aula
- Classificação de incêndios; - Atualização dos conhecimentos desenvolvidos no curso;
- Tipos de aparelhos extintores; - Retomada de conceitos;
- Agentes extintores; - Relacionamento da teoria e da prática;
- Escolha, manuseio e aplicação dos agentes extintores. - Principais dificuldades vivenciadas e alternativas de
6.5.3.4 Módulo IV – Movimentação de Carga solução.
– 15 horas aula 7.2 CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE
CARGA INDIVISÍVEL VEÍCULO DE TRANSPORTE DE ESCOLARES
- Definição de carga perigosa ou indivisível; 7.2.1 Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula
- Efeito ou consequências no tráfego urbano ou rural de 7.2.2 Estrutura Curricular
carga perigosa ou indivisível. 7.2.2.1 Módulo I - Legislação de trânsito – 3 (três) horas aula
- Autorização Especial de Trânsito (AET) - Retomada dos conteúdos de no curso de especialização;
BLOCOS DE ROCHAS - Atualização sobre resoluções, leis e outros documentos
- Conceituação; legais promulgados recentemente.
- Classes de rochas e dimensões usuais/permitidas dos 7.2.2.2 Módulo II – Direção defensiva – 5 (cinco) horas aula
blocos; - A direção defensiva como meio importantíssimo para a
- Regulamentação específica; segurança do condutor, passageiros, pedestres e demais
- Comportamento preventivo do condutor; usuários do trânsito;
- Procedimentos em casos de emergência. - A responsabilidade do condutor de veículos especializados
MÁQUINAS OU EQUIPAMENTOS DE GRANDES DIMENSÕES de dirigir defensivamente;
E INDIVISÍVEIS - Atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso
- Conceituação; relacionando teoria e prática.
- Dimensões usuais/permitidas; comprimento, altura e - Estado físico e mental do condutor, consequências da
largura da carga; ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias
- Comportamento preventivo do condutor; psicoativas; 7.2.2.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros,
- Procedimentos em casos de emergência. Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social – 3 (três) horas
TORAS, TUBOS E OUTRAS CARGAS aula
- Classes e conceituações; - Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de
- Dimensões usuais/permitidas; comprimento, altura e especialização, estabelecendo a relação com a prática
largura da carga; vivenciada pelos condutores no exercício da profissão;
- Comportamento preventivo do condutor; - Atualização de conhecimentos.
- Procedimentos em casos de emergência. 7.2.2.4 Módulo IV – Relacionamento Interpessoal – 5 (cinco)
OUTRAS CARGAS CUJO TRANSPORTE SEJA horas aula
REGULAMENTADAS PELO CONTRAN - Atualização dos conhecimentos desenvolvidos no curso;
- Comportamento preventivo do condutor; - Retomada de conceitos;
- Procedimentos em casos de emergência. RISCOS - Relação da teoria e da prática;
MÚLTIPLOS E RESÍDUOS - Principais dificuldades vivenciadas e alternativas de
- Comportamento preventivo do condutor; solução.
- Procedimentos em casos de emergência.
- Legislação específica; 7.3 CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE
VEÍCULO DE TRANSPORTE DE CARGAS DE PRODUTOS
7 ATUALIZAÇÃO DOS CURSOS ESPECIALIZADOS PARA PERIGOSOS
CONDUTORES DE VEÍCULOS 7.3.1 Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula
7.1 CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE 7.3.2 Estrutura Curricular
VEÍCULO DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS. 7.3.2.1 Módulo I - Legislação de trânsito – 3 (três) horas aula
7.1.1 Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula - Retomada dos conteúdos do curso de especialização;
7.1.2 - Estrutura Curricular - Atualização sobre resoluções, leis e outros documentos
7.1.2.1 Módulo I - Legislação de trânsito – 3 (três) horas aula legais promulgados recentemente.
- Retomada dos conteúdos do curso de especialização; 7.3.2.2 Módulo II – Direção defensiva – 5 (cinco) horas aula
- Atualização sobre resoluções, leis e outros documentos - A direção defensiva como meio importante para a
legais promulgados recentemente. segurança do condutor, passageiros, pedestres e demais
7.1.2.2 Módulo II – Direção defensiva – 5 (cinco) horas aula usuários do trânsito;
- A direção defensiva como meio importante para a - A responsabilidade do condutor de veículos especializados
segurança do condutor, passageiros, pedestres e demais de dirigir defensivamente;
usuários do trânsito; - Atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso
- A responsabilidade do condutor de veículos especializados relacionando teoria e prática.
de dirigir defensivamente; - Estado físico e mental do condutor, consequências da
- Atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias
relacionando teoria e prática. psicoativas;
- Estado físico e mental do condutor, consequências da 7.3.2.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito
ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias ao Meio Ambiente e Convívio Social – 3 (três) horas aula
psicoativas; - Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de
7.1.2.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito especialização, estabelecendo a relação com a prática
ao Meio Ambiente e Convívio Social – 3 (três) horas aula vivenciada pelos condutores no exercício da profissão;
- Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de - Atualização de conhecimentos.
especialização, estabelecendo a relação com a prática 7.3.2.4 Módulo IV – Prevenção de Incêndio, Movimentação
vivenciada pelos condutores no exercício da profissão; de Produtos Perigosos – 5 (cinco) horas aula
- Atualização de conhecimentos.

Conhecimentos Específicos 96
Apostila Digital Licenciada para Alex Wilson Cardoso de Queiroz - alexwcq2018@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

- Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de -Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de
especialização, estabelecendo a relação com a prática especialização, estabelecendo a relação com a prática
vivenciada pelos condutores no exercício da profissão; vivenciada pelos condutores no exercício da profissão;
- Atualização de conhecimentos sobre novas tecnologias e - Atualização de conhecimentos sobre novas tecnologias e
procedimentos que tenham surgido no manejo e transporte de procedimentos que tenham surgido no manejo e transporte de
cargas perigosas. cargas. (Nova Redação dada pela Resolução Contran 285/2008)

7.4 CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE ANEXO III


VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA DOCUMENTAÇÃO PARA HOMOLOGAÇÃO DE CURSO A
7.4.1 Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula DISTANCIA PARA RECICLAGEM DE CONDUTORES
7.4.2 Estrutura Curricular INFRATORES, JUNTO AO ORGÃO MÁXIMO EXECUTIVO DE
7.4.2.1 Módulo I - Legislação de trânsito – 3 (três) horas aula TRÂNSITO DA UNIÃO
- Retomada dos conteúdos do curso de especialização;
- Atualização sobre resoluções, leis e outros documentos A solicitação de homologação para a oferta de curso a
legais promulgados recentemente. 7.4.2.2 Módulo II – Direção distância para reciclagem de condutores infratores deve ser
defensiva – 5 (cinco) horas aula feita por meio de ofício próprio que disponha, em papel
- A direção defensiva como meio importante para a timbrado da entidade requerente, a razão social, endereço fiscal
segurança do condutor, passageiros, pedestres e demais e eletrônico, CNPJ e o respectivo projeto. A estes elementos deve-
usuários do trânsito; se, ainda, anexar a documentação comprobatória pertinente.
- A responsabilidade do condutor de veículos especializados A requisição de homologação para a reciclagem de
de dirigir defensivamente; infratores do Código de Trânsito Brasileiro através da
- Atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso modalidade de ensino a distância (EAD) está sujeita à avaliação
relacionando teoria e prática. de elementos obrigatórios [EO] e de elementos desejáveis [ED]
- Estado físico e mental do condutor, consequências da facultativos que são acrescidos de pontuação específica e
ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias representam pontos de enriquecimento para o credenciamento
psicoativas; do projeto apresentado. Este, ainda, deve estar em conformidade
7.4.2.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito com as orientações desta resolução, para a reciclagem de
ao meio ambiente e Convívio Social – 3 (três) horas aula infratores do Código de Trânsito Brasileiro.
- Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de Durante o processo de homologação, a entidade requerente
especialização, estabelecendo a relação com a prática deve disponibilizar uma apresentação do curso concluído.
vivenciada pelos condutores no exercício da profissão;
- Atualização de conhecimentos.
7.4.2.4 Módulo IV – Relacionamento Interpessoal – 5 (cinco)
horas aula
- Atualização dos conhecimentos desenvolvidos no curso;
- Retomada de conceitos;
- Relacionamento da teoria e da prática;
- Principais dificuldades vivenciadas e alternativas de
solução.

7.5 CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE


VEICULOS DE CARGAS COM BLOCOS DE ROCHA ORNAMENTAIS
E OUTRAS CUJO TRANSPORTE SEJA OBJETO DE
REGULAMENTAÇÃO ESPECIFICA PELO CONTRAN.
7.5.1 Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula
7.5.2 Estrutura Curricular
7.5.2.1 Módulo I - Legislação de trânsito – 3 (três) horas aula
- Retomada dos conteúdos do curso de especialização;
- Atualização sobre resoluções, leis e outros documentos
legais promulgados recentemente.
7.5.2.2 Módulo II – Direção defensiva – 5 (cinco) horas aula
- A direção defensiva como meio importante para a
segurança do condutor, passageiros, pedestres e demais
usuários do trânsito;
- A responsabilidade do condutor de veículos especializados
de dirigir defensivamente;
- Atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso
relacionando teoria e prática.
- Estado físico e mental do condutor, consequências da
ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias
psicoativas;
7.5.2.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito
ao Meio Ambiente e Convívio Social – 3 (três) horas aula
- Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de
especialização, estabelecendo a relação com a prática
vivenciada pelos condutores no exercício da profissão;
- Atualização de conhecimentos.
7.5.2.4 Módulo IV –, Movimentação de Cargas: 5 (cinco)
horas aula

Conhecimentos Específicos 97
Apostila Digital Licenciada para Alex Wilson Cardoso de Queiroz - alexwcq2018@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

PROJETO
EO ED Pontuação Máxima
1 Proposta Pedagógica ✓
1.1 Compreensão da Problemática e Fundamentação

Teórica
1.2 Objetivos ✓
1.3 Conteúdos ✓
1.4 Definição de Estrutura Modular do Curso ✓
1.5 Detalhamento da Análise de Tarefas ✓ 30
1.6 Competências e Habilidades Auferidas ✓ 25
1.7 Metodologia ✓
1.8 Justificativa das Mídias e Tecnologias Utilizadas ✓
1.9 Formas de Interação e de Interatividade ✓
1.10 Formas de Auto Avaliação (Simulados) ✓ 25
1.11 Estrutura de Navegabilidade ✓ 20
1.12 Suporte Pedagógico (Tutoria On-line) ✓
2 Equipe Multidisciplinar (Capacitação dos
profissionais envolvidos e descrição das experiências ✓
que contribuem para o projeto)
2.1 Pedagogo ✓
2.1.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.1.2 Título de Doutor ✓ 15
2.1.3 Experiência em EAD ✓ 25
2.1.4 Atividade de Docência e Pesquisa e IES
✓ 20
(Instituição de Ensino Superior)
2.2 Engenheiro ✓
2.2.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.2.2 Experiência Comprovada em Engenharia de
✓ 25
Trânsito
2.3 Médico ✓
2.3.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.3.2 Experiência Comprovada em Primeiros-socorros
relacionados a Questões decorrentes de acidentes de ✓ 25
Trânsito
2.4 Advogado ✓
2.4.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.4.2 Experiência Comprovada na área de Legislação
✓ 25
de Trânsito
2.5 Psicólogo ✓ 5
2.5.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.5.2 Experiência Comprovada em relação à situações
de Stress em Grandes cidades e Aspectos ✓ 25
Comportamentais de Condutores de veículos
3 Propriedade Intelectual ✓
3.1 Texto Base Utilizado para a Confecção do Curso é
reconhecido pelo órgão máximo executivo de trânsito ✓ 25
da União
4 Requisitos Técnicos e Tecnológicos ✓
4.1 Domínio Internet Registrado e Ativo ✓
4.2 Servidor dedicado com gerenciamento exclusivo
para transmissão de troca de informações com o banco

de dados do respectivo órgão ou entidade executivo de
trânsito do Estado ou do Distrito Federal
4.3 Infraestrutura e Banda IP ✓
4.4 Firewall ✓
4.5 Estrutura de Recuperação de Desastre ✓
4.6 Escalabilidade ✓
4.7 Monitoração 7x24x365 ✓
4.8 Atestado de Capacitação Técnica em Soluções de

Internet e Desenvolvimento de Aplicações
4.9 Comprovação de certificação do corpo técnico nas
✓ 10
plataformas escolhidas
4.10 Desenho técnico da estrutura ✓
4.11 Criptografia para sigilo das senhas e dados dos

usuários
4.12 Infraestrutura de Suporte Técnico ✓ 15

Conhecimentos Específicos 98
Apostila Digital Licenciada para Alex Wilson Cardoso de Queiroz - alexwcq2018@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

4.13 Ferramentas para identificação biométrica do


condutor infrator para captura da foto e assinatura ✓
digitais
5 Website do Curso ✓
5.1 Informações sobre o Curso de Reciclagem ✓
5.2 Caracterização das ferramentas e equipamentos
✓ 15
necessários para a realização do curso
5.3 Descrição das Aplicações e Ferramentas
✓ 15
disponibilizadas
5.4 Disponibilização de formas de contato com os

Tutores do Curso e horários de Plantão de Atendimento
5.5 Ferramentas disponibilizadas para interação entre

Tutores e Alunos
5.6 Informação dos locais das provas eletrônicas

presenciais
5.7 Compatibilidade com os Navegadores mais
✓ 15
utilizados (IE, Netscape, Mozilla, etc.)
5.8 Apresentação de estudo de navegabilidade,
✓ 20
usabilidade e ergonomia
5.9 Guia de Orientação com informações sobre as
características da EAD, Orientações para Estudo nesta ✓ 20
Modalidade
5.10 Detalhamento dos objetivos, competências e
habilidades a serem alcançadas em cada um dos
✓ 20
módulos previstos e sistemáticas de auto avaliação e
tempo
6 Aplicação de prova eletrônica (teórica) ✓
6.1 Identificação positiva do condutor infrator por

meio de ferramentas biométricas 1:N e 1:1
6.2 Utilização de um banco de questões fornecido pelo
respectivo órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal para geração aleatória ✓
das questões da prova, apenas no momento em que o
condutor infrator (aluno) é identificado
6.3 Tracking para acompanhamento da performance
✓ 15
do condutor infrator (aluno)
6.4 Realização de avaliações modulares ✓ 15
6.5 Sistema de gerenciamento do tempo da prova ✓
6.6 Sistema de correção automática da prova e
apresentação do respectivo resultado ao condutor ✓
infrator (aluno) imediatamente final da prova
6.7 Geração aleatória da posição das alternativas de
respostas da questão, bem como da posição da questão
na prova
6.8 Interface única através de Browser para cadastro
de imagem e de impressão digital do condutor infrator ✓
(aluno)
Total de Pontos Possível para Elementos Facultativos Desejáveis 500

1 No caso específico dos integrantes da equipe multidisciplinar é necessário anexar currículos e documentos pertinentes que
comprovem a qualificação dos profissionais responsáveis pela concepção, desenvolvimento, implementação, acompanhamento e avaliação
do curso, bem como a comprovação do tipo de vínculo contratual da equipe com a entidade requerente.

ANEXO IV
DOCUMENTAÇÃO PARA HOMOLOGAÇÃO DE CURSO A DISTANCIA DE ATUALIZAÇÃO PARA RENOVAÇÃO DE CNH, JUNTO AO
ORGÃO MÁXIMO EXECUTIVO DE TRÂNSITO DA UNIÃO

A solicitação de homologação para a oferta de curso a distancia de atualização para renovação de CNH deve ser feita por meio de
ofício próprio que disponha, em papel timbrado da entidade requerente, a razão social, endereço fiscal e eletrônico, CNPJ e o respectivo
projeto. A estes elementos deve-se, ainda, anexar a documentação comprobatória pertinente.
A requisição de homologação de curso para a atualização para a renovação de CNH através da modalidade de ensino a distância
(EAD) está sujeita à avaliação de elementos obrigatórios [EO] e de elementos desejáveis [ED] facultativos que são acrescidos de pontuação
específica e representam pontos de enriquecimento para o credenciamento do projeto apresentado. Este, ainda, deve estar em
conformidade com as orientações específicas desta resolução, para o curso de atualização para renovação de CNH.
Durante o processo de homologação, a entidade requerente deve disponibilizar uma apresentação do curso concluído.

PROJETO
Pontuação
EO ED
Máxima

Conhecimentos Específicos 99
Apostila Digital Licenciada para Alex Wilson Cardoso de Queiroz - alexwcq2018@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

1 Proposta Pedagógica ✓
1.1 Compreensão da Problemática e Fundamentação Teórica ✓
1.2 Objetivos ✓
1.3 Conteúdos ✓
1.4 Definição de Estrutura Modular do Curso ✓
1.5 Detalhamento da Análise de Tarefas ✓ 30
1.6 Competências e Habilidades Auferidas ✓ 25
1.7 Metodologia ✓
1.8 Justificativa das Mídias e Tecnologias Utilizadas ✓
1.9 Formas de Interação e de Interatividade ✓
1.10 Formas de Auto Avaliação (Simulados) ✓ 25
1.11 Estrutura de Navegabilidade ✓ 20
1.12 Suporte Pedagógico (Tutoria On-line) ✓
2 Equipe Multidisciplinar
(Capacitação dos profissionais envolvidos e descrição das experiências que ✓
contribuem para o projeto)
2.1 Pedagogo ✓
2.1.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.1.2 Título de Doutor ✓ 15
2.1.3 Experiência em EAD ✓ 25
2.1.4 Atividade de Docência e Pesquisa e IES (Instituição de Ensino Superior) ✓ 20
2.2 Engenheiro ✓
2.2.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.2.2 Experiência Comprovada em Engenharia de Trânsito ✓ 25
2.3 Médico ✓
2.3.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.3.2 Experiência Comprovada em Primeiros-socorros relacionados a Questões
✓ 25
decorrentes de acidentes de Trânsito
2.4 Advogado ✓
2.4.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.4.2 Experiência Comprovada na área de Legislação de Trânsito ✓ 25
2.5 Psicólogo ✓ 5
2.5.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.5.2 Experiência Comprovada em relação à situações de Stress em Grandes cidades
✓ 25
e Aspectos Comportamentais de Condutores de veículos
3 Propriedade Intelectual ✓
3.1 Texto Base Utilizado para a Confecção do Curso é reconhecido pelo órgão máximo
✓ 25
executivo de trânsito da União
4 Requisitos Técnicos e Tecnológicos ✓
4.1 Domínio Internet Registrado e Ativo ✓
4.2 Servidor dedicado com gerenciamento exclusivo para transmissão de troca de
informações com o banco de dados do respectivo órgão ou entidade executivo de trânsito ✓
do Estado ou do Distrito Federal
4.3 Infraestrutura e Banda IP ✓
4.4 Firewall ✓
4.5 Estrutura de Recuperação de Desastre ✓
4.6 Escalabilidade ✓
4.7 Monitoração 7 x 24 x 365 ✓
4.8 Atestado de Capacitação Técnica em Soluções de Internet e Desenvolvimento de

Aplicações
4.9 Comprovação de certificação do corpo técnico nas plataformas escolhidas ✓ 10
4.10 Desenho técnico da estrutura ✓
4.11 Criptografia para sigilo das senhas e dados dos usuários ✓
4.12 Infraestrutura de Suporte Técnico ✓ 15
4.13 Ferramentas para identificação biométrica do condutor para captura da foto e

assinatura digitais
5 Website do Curso ✓
5.1 Informações sobre o Curso de Atualização ✓
5.2 Caracterização das ferramentas e equipamentos necessários para a realização
✓ 15
do curso
5.3 Descrição das Aplicações e Ferramentas disponibilizadas ✓ 15
5.4 Disponibilização de formas de contato com os Tutores do Curso e horários de

Plantão de Atendimento
5.5 Ferramentas disponibilizadas para interação entre Tutores e Alunos ✓
5.6 Informação dos locais das provas eletrônicas presenciais ✓
5.7 Compatibilidade com os Navegadores mais utilizados (IE, Netscape, Mozilla, etc.) ✓ 15
5.8 Apresentação de estudo de navegabilidade, usabilidade e ergonomia ✓ 20

Conhecimentos Específicos 100


Apostila Digital Licenciada para Alex Wilson Cardoso de Queiroz - alexwcq2018@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

5.9 Guia de Orientação com informações sobre as Características da EAD,


✓ 20
Orientações para Estudo nesta Modalidade
5.10 Detalhamento dos objetivos, competências e habilidades a serem alcançadas em
✓ 20
cada um dos módulos previstos e sistemáticas de auto avaliação e tempo
6 Aplicação de prova eletrônica (teórica) ✓
6.1 Identificação positiva do condutor por meio de ferramentas biométricas ✓
6.2 Utilização de um banco de questões fornecido pelo respectivo órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal para geração aleatória das ✓
questões da prova, apenas no momento em que o condutor (aluno) é identificado
6.3 Tracking para acompanhamento da performance do condutor (aluno) ✓ 15
6.4 Realização de avaliações modulares ✓ 15
6.5 Sistema de gerenciamento do tempo da prova ✓
6.6 Sistema de correção automática da prova e apresentação do respectivo resultado

ao condutor (aluno) imediatamente ao final da prova
6.7 Geração aleatória da posição das alternativas de respostas da questão, bem como
da posição da questão na prova
6.8 Interface única através de Browser para cadastro de imagem e de impressão

digital do condutor (aluno)
Total de Pontos Possível para Elementos Facultativos Desejáveis 500

2. No caso específico dos integrantes da equipe multidisciplinar é necessário anexar currículos e documentos pertinentes que
comprovem a qualificação dos profissionais responsáveis pela concepção, desenvolvimento, implementação, acompanhamento e avaliação
do curso, bem como a comprovação do tipo de vínculo contratual da equipe com a entidade requerente.

Questões

01. (MPE/GO - Auxiliar Motorista - IADES) A Resolução CONTRAN nº 168/2004 estabelece normas e procedimentos para a
formação de condutores de veículos automotores e elétricos, a realização dos exames, a expedição de documentos de habilitação, os
cursos de formação, especializados, de reciclagem e dá outras providências. O art. 2º dessa resolução estabelece que os requisitos
mínimos para iniciar os processo de habilitação são:
(A) Ser penalmente imputável; saber ler e escrever; possuir documento de identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF).
(B) Ser penalmente imputável; saber ler e escrever; em caso de menor de idade, possuir documento jurídico que comprove a
emancipação; ter documento de identidade, e Cadastro de Pessoa Física (CPF).
(C) Ser penalmente imputável; não é necessário saber ler e escrever; possuir documento de identidade e Cadastro de Pessoa Física
(CPF).
(D) Ter documento de identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF).
(E) Saber ler e escrever e possuir documento de identidade.

02. (MPE/GO - Auxiliar Motorista - IADES) Considere a Resolução nº 422/2012, que altera dispositivos da Resolução CONTRAN
nº 168/2004, que trata das normas e procedimentos para a formação de condutores de veículos automotores e elétricos. Em relação
às normas e às regras estabelecidas pelo CONTRAN, é correto afirmar que as aulas realizadas no simulador de direção veicular
aplicadas exclusivamente aos pretendentes à obtenção da habilitação nas categorias
(A) “B” serão ministradas após o cumprimento da carga horária relativa às aulas práticas regulamentares, e antes da realização do
exame teórico.
(B) “B” serão ministradas após o cumprimento da carga horária relativa às aulas teóricas regulamentares, e antes da realização do
exame teórico.
(C) “B” e “C” serão ministradas após o cumprimento da carga horária relativa às aulas teóricas regulamentares, e antes da realização
do exame teórico.
(D) “C”, “D” e “E” serão ministradas após o cumprimento da carga horária relativa às aulas práticas regulamentares, e depois da
realização do exame teórico.
(E) “B” serão ministradas após o cumprimento da carga horária relativa às aulas teóricas regulamentares, e depois da realização
do exame teórico.

03. Nos termos da Resolução CONTRAN nº 168/04, o candidato à obtenção da Autorização para Conduzir Ciclomotor – ACC, da
Carteira Nacional de Habilitação – CNH, solicitará ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, do seu
domicílio ou residência, ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão ou entidade, a abertura do processo de habilitação para o
qual deverá preencher os seguintes requisitos:
I – ser penalmente imputável;
II – saber digitar, ler e escrever;
III – possuir documento de identidade;
IV – possuir Cadastro de Pessoa Física – CPF e título de eleitor.
Está CORRETO o que consta apenas em:
(A) I e III.
(B) II e III.
(C) I e IV.
(D) todas as assertivas.
Gabarito

01.A /02.B / 03.A

Conhecimentos Específicos 101


Apostila Digital Licenciada para Alex Wilson Cardoso de Queiroz - alexwcq2018@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 3º Aplica-se ao vidro de segurança traseiro (vigia) o


disposto no parágrafo primeiro, desde que o veículo esteja
254/2007; dotado de espelho retrovisor externo direito, conforme a
legislação vigente.
§ 4o Os vidros de segurança situados no teto dos veículos
RESOLUÇÃO N.º 254, DE 26 DE OUTUBRO DE 2007 ficam excluídos dos limites fixados no caput deste artigo.

Estabelece requisitos para os vidros de segurança e Art. 4° Os vidros de segurança a que se refere esta
critérios para aplicação de inscrições, pictogramas e películas Resolução, deverão trazer marcação indelével em local de fácil
nas áreas envidraçadas dos veículos automotores, de acordo visualização contendo, no mínimo, a marca do fabricante do
com o inciso III, do artigo 111 do Código de Trânsito Brasileiro vidro e o símbolo de conformidade com a legislação brasileira
– CTB definido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (INMETRO).
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
usando das atribuições que lhe foram conferidas pelo inciso I, Art. 5º Fica a critério do DENATRAN admitir,
do art. 12, da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que exclusivamente para os vidros de segurança, para efeito de
institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto comprovação do atendimento da NBR 9491 e suas normas
n° 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a complementares, os resultados de testes e ensaios obtidos por
Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e procedimentos ou métodos equivalentes, realizados no
exterior.
Considerando a necessidade de regulamentar o uso dos § 1º Serão aceitos os resultados de ensaios admitidos por
vidros de segurança e definir parâmetros que possibilitem órgãos reconhecidos pela Comissão ou Comunidade Européia
atribuir deveres e responsabilidades aos fabricantes e/ou a e os Estados Unidos da América, em conformidade com os
seus representantes, através de fixação de requisitos mínimos procedimentos adotados por esses organismos.
de segurança na fabricação desses componentes de veículos, § 2º Nos casos previstos no § 1º deste artigo, a
para serem admitidos em circulação nas vias públicas identificação da conformidade dos vidros de segurança dar-
nacionais; se-á, alternada ou cumulativamente, através de marcação
indelével que contenha no mínimo a marca do fabricante e o
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os símbolo de conformidade da Comissão ou da Comunidade
requisitos de segurança para os veículos automotores Européia, constituídos pela letra “E” maiúscula acompanhada
nacionais e importados; de um índice numérico, representando o país emitente do
certificado, inseridos em um círculo, ou pela letra “e”
minúscula acompanhada de um número representando o país
Considerando a necessidade de estabelecer os mesmos
emitente do certificado, inseridos em um retângulo e, se dos
requisitos de segurança para vidros de segurança dotados ou
Estados Unidos da América, simbolizado pela sigla “DOT”.
não de películas, resolve:

Art. 6º O fabricante, o representante e o importador do


Art. 1º Os veículos automotores, os reboques e semi-
veículo deverão certificar-se de que seus produtos obedecem
reboques deverão sair de fábrica com as suas partes
aos preceitos estabelecidos por esta Resolução, mantendo-se
envidraçadas equipadas com vidros de segurança que
em condição de comprová-los, quando solicitados pelo
atendam aos termos desta Resolução e aos requisitos
Departamento Nacional de Trânsito -DENATRAN.
estabelecidos na NBR 9491 e suas normas complementares.
§1º Esta exigência se aplica também aos vidros
destinados a reposição. Art. 7º A aplicação de película não refletiva nas áreas
envidraçadas dos veículos automotores, definidas no art. 1°,
será permitida desde que atendidas as mesmas condições de
Art. 2º Para circulação nas vias públicas do território
transparência para o conjunto vidro-película estabelecidas no
nacional é obrigatório o uso de vidro de segurança laminado
Artigo 3° desta Resolução.
no pára-brisa de todos os veículos a serem admitidos e de
§ 1° A marca do instalador e o índice de transmissão
vidro de segurança temperado, uniformemente protendido, ou
luminosa existentes em cada conjunto vidro-película
laminado, nas demais partes envidraçadas.
localizadas nas áreas indispensáveis à dirigibilidade serão
gravados indelevelmente na película por meio de chancela,
Art. 3º A transmissão luminosa não poderá ser inferior a devendo ser visíveis pelos lados externos dos vidros.
75% para os vidros incolores dos pára-brisas e 70% para os
pára-brisas coloridos e demais vidros indispensáveis à
Art. 8º Fica proibida a aplicação de películas refletivas nas
dirigibilidade do veículo.
áreas envidraçadas do veículo.
§ 1º Ficam excluídos dos limites fixados no caput deste
artigo os vidros que não interferem nas áreas envidraçadas
indispensáveis à dirigibilidade do veículo. Para estes vidros, a Art. 9° Fora das áreas envidraçadas indispensáveis à
transparência não poderá ser inferior a 28%. dirigibilidade do veículo, a aplicação de inscrições,
pictogramas ou painéis decorativos de qualquer espécie será
§ 2º Consideram-se áreas envidraçadas indispensáveis à
permitida, desde que o veículo possua espelhos retrovisores
dirigibilidade do veículo, conforme ilustrado no anexo desta
externos direito e esquerdo e que sejam atendidas as mesmas
resolução:
condições de transparência para o conjunto vidro-
I - a área do pára-brisa, excluindo a faixa periférica de pictograma/inscrição estabelecidas no § 1º do art. 3º desta
serigrafia destinada a dar acabamento ao vidro e à área Resolução.
ocupada pela banda degrade, caso existente, conforme Parágrafo único. É vedado o uso de painéis luminosos que
estabelece a NBR 9491; reproduzam mensagens dinâmicas ou estáticas, excetuando-
II – as áreas envidraçadas situadas nas laterais dianteiras se as utilizadas em transporte coletivo de passageiro com
do veículo, respeitando o campo de visão do condutor. finalidade de informar o serviço ao usuário da linha

Conhecimentos Específicos 102


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APOSTILAS OPÇÃO

Art.10 A verificação dos índices de transmitância luminosa 9503, de 23 de setembro de 1997 que institui o Código de
estabelecidos nesta Resolução será realizada na forma Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 4711 de 29 de maio de
regulamentada pelo CONTRAN, mediante utilização de 2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de
instrumento aprovado pelo INMETRO e homologado pelo Trânsito, e
DENATRAN. Considerando a necessidade de aperfeiçoar a
regulamentação dos artigos 64 e 65, do Código de Trânsito
Art. 11 O disposto na presente Resolução não se aplica a Brasileiro;
máquinas agrícolas, rodoviárias e florestais e aos veículos Considerando ser necessário estabelecer as condições
destinados à circulação exclusivamente fora das vias públicas mínimas de segurança para o transporte de passageiros com
e nem aos veículos incompletos ou inacabados. idade inferior a dez anos em veículos, resolve:

Art. 12 O não cumprimento do disposto nesta Resolução Art.1° Para transitar em veículos automotores, os menores
implicará na aplicação das penalidades previstas no inciso XVI de dez anos deverão ser transportados nos bancos traseiros
do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro. usando individualmente cinto de segurança ou sistema de
retenção equivalente, na forma prevista no Anexo desta
Art. 13 Esta Resolução entra em vigor na data de sua Resolução.
publicação, revogadas as Resoluções n.ºs 784/94, 73/98 e §1º. Dispositivo de retenção para crianças é o conjunto de
demais disposições em contrário. elementos que contém uma combinação de tiras com fechos de
travamento, dispositivo de ajuste, partes de fixação e, em certos
Alfredo Peres da Silva casos, dispositivos como: um berço portátil porta-bebê, uma
Presidente cadeirinha auxiliar ou uma proteção anti-choque que devem ser
fixados ao veículo, mediante a utilização dos cintos de segurança
ou outro equipamento apropriado instalado pelo fabricante do
ANEXO
veículo com tal finalidade.
As figuras contidas neste anexo exemplificam as
§2º. Os dispositivos mencionados no parágrafo anterior são
prescrições desta Resolução.
projetados para reduzir o risco ao usuário em casos de colisão
ou de desaceleração repentina do veículo, limitando o
deslocamento do corpo da criança com idade até sete anos e
Áreas indispensáveis à dirigibilidade meio.
§ 3º As exigências relativas ao sistema de retenção, no
Demais áreas envidraçadas transporte de crianças com até sete anos e meio de idade, não se
aplicam aos veículos de transporte coletivo, aos de aluguel, aos
de transporte autônomo de passageiro (táxi) e aos demais
veículos com peso bruto total superior a 3,5t. (Alterado pela Res.
533 de 2015)
§ 4 -Todo veículo utilizado no transporte escolar,
independentemente de sua classificação, categoria e do peso
bruto total - PBT do veículo, deverá utilizar o dispositivo de
retenção adequado para o transporte de crianças com até sete
anos e meio de idade. (Suspenso pela resolução 639 de 2016).

Art. 2º Na hipótese de a quantidade de crianças com idade


inferior a dez anos exceder a capacidade de lotação do banco
traseiro, será admitido o transporte daquela de maior estatura
no banco dianteiro, utilizando o cinto de segurança do veículo
ou dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura.
Parágrafo único. Excepcionalmente, nos veículos dotados
exclusivamente de banco dianteiro, o transporte de crianças
com até dez anos de idade poderá ser realizado neste banco,
utilizando-se sempre o dispositivo de retenção adequado ao peso
e altura da criança.

Art. 3°. Nos veículos equipados com dispositivo suplementar


277/2008; de retenção (airbag), para o passageiro do banco dianteiro, o
transporte de crianças com até dez anos de idade neste banco,
conforme disposto no Artigo 2º e seu parágrafo, poderá ser
realizado desde que utilizado o dispositivo de retenção
RESOLUÇÃO N.º 277, DE 28 DE MAIO DE 20085 adequado ao seu peso e altura e observados os seguintes
requisitos:
Dispõe sobre o transporte de menores de 10 anos e a I– É vedado o transporte de crianças com até sete anos e
utilização do dispositivo de retenção para o transporte de meio de idade, em dispositivo de retenção posicionado em
crianças em veículos. sentido contrário ao da marcha do veículo.
II – É permitido o transporte de crianças com até sete anos e
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, no uso meio de idade, em dispositivo de retenção posicionado no
das atribuições legais que lhe confere o Art. 12, inciso I, da Lei

http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_277
.pdf Acesso em: 01/04/2019 às 15h

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APOSTILAS OPÇÃO

sentido de marcha do veículo, desde que não possua bandeja, ou ANEXO


acessório equivalente, incorporado ao dispositivo de retenção;
III - Salvo instruções específicas do fabricante do veículo, o DISPOSITIVO DE RETENÇÃO PARA TRANSPORTE DE
banco do passageiro dotado de airbag deverá ser ajustado em CRIANÇAS EM VEÍCULOS AUTOMOTORES PARTICULARES
sua última posição de recuo, quando ocorrer o transporte de
crianças neste banco. OBJETIVO: estabelecer condições mínimas de segurança de
forma a reduzir o risco ao usuário em casos de colisão ou de
Art. 4º. Com a finalidade de ampliar a segurança dos desaceleração repentina do veículo, limitando o deslocamento
ocupantes, adicionalmente às prescrições desta Resolução, o do corpo da criança.
fabricante e/ou montador e/ou importador do veículo poderá 1 – As Crianças com até um ano de idade deverão utilizar,
estabelecer condições e/ou restrições específicas para o uso do obrigatoriamente, o dispositivo de retenção denominado “bebê
dispositivo de retenção para crianças com até sete anos e meio conforto ou conversível” (figura 1)
de idade em seus veículos, sendo que tais prescrições deverão
constar do manual do proprietário.
Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese prevista no
caput deste artigo, o fabricante ou importador deverá
comunicar a restrição ao DENATRAN no requerimento de
concessão da marca/modelo/versão ou na atualização do
Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT)

Art. 5º. Os manuais dos veículos automotores, em geral,


deverão conter informações a respeito dos cuidados no
Figura 1
transporte de crianças, da necessidade de dispositivos de
retenção e da importância de seu uso na forma do artigo 338 do
CTB. 1 – As crianças com idade superior a um ano e inferior ou
igual a quatro anos deverão utilizar, obrigatoriamente, o
dispositivo de retenção denominado “cadeirinha” (figura 2)
Art. 6º. O transporte de crianças em desatendimento ao
disposto nesta Resolução sujeitará os infratores às sanções do
artigo 168, do Código de Trânsito Brasileiro.

Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua


publicação, produzindo efeito nos seguintes prazos:
I – a partir da data da publicação desta Resolução as
autoridades de trânsito e seus agentes deverão adotar medidas
de caráter educativo para esclarecimento dos usuários dos
veículos quanto à necessidade do atendimento das prescrições
relativas ao transporte de crianças;
II - a partir de 360 (trezentos e sessenta) dias após a Figura 2
publicação desta Resolução, os órgãos e entidades componentes
do Sistema Nacional de Trânsito deverão iniciar campanhas 1 – As crianças com idade superior a quatro anos e inferior
educativas para esclarecimento dos condutores dos veículos no ou igual a sete anos e meio deverão utilizar o dispositivo de
tocante aos requisitos obrigatórios relativos ao transporte de retenção denominado “assento de elevação”.
crianças;
III – A partir de 1.º de setembro de 2010, os órgãos e
entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito
fiscalizarão o uso obrigatório do sistema de retenção para o
transporte de crianças ou equivalente

Art. 8º Transcorrido um ano da data da vigência plena desta


Resolução, os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal, bem como as entidades que acompanharem a
execução da presente Resolução, deverão remeter ao órgão
executivo de trânsito da União, informações e estatísticas sobre
a aplicação desta Resolução, seus benefícios, bem como Figura 3
sugestões para aperfeiçoamento das medidas ora adotadas.
1 – As crianças com idade superior a sete anos e meio e
Art. 9º O não cumprimento do disposto nesta Resolução inferior ou igual a dez anos deverão utilizar o cinto de segurança
sujeitará os infratores às penalidades prevista no art. 168 do do veículo ( figura 4)
CTB.

Art.10º Fica revogada a Resolução n.º 15, de 06 de janeiro de


1998, do CONTRAN

Alfredo Peres da Silva


Presidente

Figura 4

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APOSTILAS OPÇÃO

baixada pelo extinto Departamento Nacional de Combustíveis


– DNC, do Ministério de Minas e Energia e regulamentação
292/2008; especifica do DENATRAN.
Parágrafo único: Fica proibida a modificação da estrutura
original de fábrica dos veículos para aumentar a capacidade de
carga, visando o uso do combustível Diesel
RESOLUÇÃO Nº 292, DE 29 DE AGOSTO DE 20086
Art. 6º Os veículos de passageiros e de cargas, exceto
Dispõe sobre modificações de veículos previstas nos arts. veículos de duas ou três rodas e quadriciclos, usados, que
98 e 106 da Lei no 9503, de 23 de setembro de 1997, que sofrerem alterações no sistema de suspensão, ficam obrigados
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e dá outras a atender aos limites e exigências previstos nesta Resolução,
providências. cabendo a cada entidade executora das modificações e ao
proprietário do veículo a responsabilidade pelo atendimento
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, às exigências em vigor.
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da §1º Nos veículos com PBT até 3500 kg:
Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o I – o sistema de suspensão poderá ser fixo ou regulável.
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto n° II - A altura mínima permitida para circulação deve ser
4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do maior ou igual a 100 mm, medidos verticalmente do solo ao
Sistema Nacional de Trânsito, resolve: ponto mais baixo da carroceria ou chassi, conforme anexo I.
III - O conjunto de rodas e pneus não poderá tocar em parte
Art. 1º Estabelecer as modificações permitidas em veículo alguma do veículo quando submetido ao teste de
registrado no Órgão Executivo de Trânsito dos Estados ou do esterçamento.
Distrito Federal. §2º Nos veículos com PBT acima de 3.500 kg:
Parágrafo único. Os veículos e sua classificação quanto à I - em qualquer condição de operação, o nivelamento da
espécie, tipo e carroçaria estão descritos na Portaria nº 1207, longarina não deve ultrapassar dois graus a partir de uma
de 15 de dezembro de 2010, do DENATRAN, bem como nas linha horizontal.
suas alterações posteriores. II - A verificação do cumprimento do disposto no inciso I
Art. 2º As modificações permitidas em veículos, bem como será feita conforme o Anexo I.
a aplicação, a exigência para cada modificação e a nova III - As dimensões de intercambiabilidade entre o
classificação dos veículos após modificados, quanto ao caminhão trator e o rebocado devem respeitar a norma NBR
tipo/espécie e carroçaria, para fins de registro e emissão de NM – ISO 1726.
CRV/CRLV, constarão da Tabela anexa à Portaria a ser editada IV – É vedada a alteração na suspensão dianteira, exceto
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União. para instalação do sistema de tração e para incluir ou excluir
Parágrafo único. Além das modificações previstas nesta eixo auxiliar, direcional ou auto direcional.
Resolução, também são permitidas as transformações em § 3º Os veículos que tiverem sua suspensão modificada, em
veículos previstas no Anexo II da Portaria nº 1207/2010, do qualquer condição de uso, deverão inserir no campo das
DENATRAN, bem como nas suas alterações posteriores, as observações do Certificado de Registro de Veiculo – CRV e do
quais devem ser precedidas de obtenção de código de Certificado de Registro e Licenciamento de Veiculo – CRLV a
marca/modelo/versão. altura livre do solo.

Art. 3º As modificações em veículos devem ser precedidas Art. 7º É permitido, para fins automotivos, exceto para
de autorização da autoridade responsável pelo registro e ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos, o uso do Gás
licenciamento. Natural Veicular – GNV como combustível.
Parágrafo único: A não observância do disposto no caput §1º Os componentes do sistema devem estar certificados
deste artigo incorrerá nas penalidades e medidas no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da
administrativas previstas no art. 230, inciso VII, do Código de Conformidade, conforme regulamentação específica do
Trânsito Brasileiro. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial – INMETRO.
Art. 4º Quando houver modificação exigir-se-á realização §2º Por ocasião do registro será exigido dos veículos
de inspeção de segurança veicular para emissão do Certificado automotores que utilizarem como combustível o Gás Natural
de Segurança Veicular – CSV, conforme regulamentação Veicular – GNV:
específica do INMETRO, expedido por Instituição Técnica I - Certificado de Segurança Veicular – CSV expedido por
Licenciada pelo DENATRAN, respeitadas as disposições Instituição Técnica Licenciada pelo DENATRAN e acreditada
constantes da Tabela anexa à Portaria a ser editada pelo órgão pelo INMETRO, conforme regulamentação específica, onde
máximo executivo de trânsito da União. conste a identificação do instalador registrado pelo INMETRO,
Parágrafo único: O número do Certificado de Segurança que executou o serviço.
Veicular – CSV, deve ser registrado no campo das observações II – O Certificado Ambiental para uso de Gás Natural em
do Certificado de Registro de Veículos – CRV e do Certificado Veículos Automotores – CAGN, expedido pelo Instituto
de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV, enquanto que Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
as modificações devem ser registradas nos campos específicos Renováveis – IBAMA, ou aposição do número do mesmo no
e, quando estes não existirem, no campo das observações do CSV.
CRV/CRLV
§ 3º Anualmente, para o licenciamento dos veículos que
utilizam o Gás Natural Veicular como combustível será exigida
Art. 5º Somente serão registrados, licenciados e a apresentação de novo Certificado de Segurança Veicular –
emplacados com motor alimentado a óleo diesel, os veículos CSV.
autorizados conforme a Portaria no 23, de 6 de junho de 1994,

6Disponível em: http://www.denatran.gov.br/index.php/resolucoes Acesso

em 01/04/2019 última atualização dada pela Res. 479 de 2014.

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Art. 8º Ficam proibidas: Licenciamento de Veículo – CRLV.


I - A utilização de rodas/pneus que ultrapassem os limites
externos dos pára-lamas do veículo; Art. 14 Serão consideradas alterações de cor aquelas
II - O aumento ou diminuição do diâmetro externo do realizadas através de pintura ou adesivamento em área
conjunto pneu/roda; superior a 50% do veículo, excluídas as áreas envidraçadas.
III – A substituição do chassi ou monobloco de veículo por Parágrafo único: será atribuída a cor fantasia quando for
outro chassi ou monobloco, nos casos de modificação, impossível distinguir uma cor predominante no veículo.
furto/roubo ou sinistro de veículos, com exceção de sinistros
em motocicletas e assemelhados Art. 15 Na substituição de equipamentos veiculares, em
IV – A adaptação de 4º eixo em caminhão, salvo quando se veículos já registrados, os Órgãos Executivos de Trânsito dos
tratar de eixo direcional ou autodirecional Estados e do Distrito Federal devem exigir a apresentação dos
V- A instalação de fonte luminosa de descarga de gás em seguintes documentos em relação ao equipamento veicular:
veículos automotores, excetuada a substituição em veículo I - Equipamento veicular novo ou fabricado após a entrada
originalmente dotado deste dispositivo. em vigor da Portaria no 27 do DENATRAN, de 07 de maio de
VI – A inclusão de eixo auxiliar veicular em semirreboque 2002:
com comprimento igual ou inferior a 7 m, dotado ou não de a) CSV;
quinta roda b) CAT;
Parágrafo único. Veículos com instalação de fonte c) Nota Fiscal;
luminosa de descarga de gás com CSV emitido até a data da II - Equipamento veicular usado ou reformado fabricado
entrada em vigor desta Resolução poderão circular até a data antes da entrada em vigor da Portaria no 27 do DENATRAN, de
de seu sucateamento, desde que o equipamento esteja em 07 de maio de 2002:
conformidade com a resolução 227/2007 - CONTRAN a) CSV,
b) comprovação da procedência, através de nota fiscal
Art. 9º O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e original de venda ou mediante declaração do proprietário,
Qualidade Industrial – INMETRO deverá estabelecer programa responsabilizando-se civil e criminalmente pela procedência
de avaliação da conformidade para os seguintes produtos: lícita do equipamento veicular.
a) eixo veicular para caminhão, caminhão-trator, ônibus,
reboques e semi-reboques; Art. 16. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da
b) eixo direcional e eixo auto-direcional para caminhões, União estabelecer a Tabela de Modificações permitidas em
caminhões-tratores, ônibus, reboques e semi-reboques; veículos.
§ 1º: Para as modificações previstas nas alíneas deste
artigo, será exigido o Certificado de Segurança Veicular – CSV, Art. 17 Esta Resolução entra em vigor na data de sua
a Comprovação de atendimento à regulamentação do publicação, ficando revogada a Resolução no 262/07–
INMETRO e Nota Fiscal do eixo, o qual deverá ser sem uso. CONTRAN.
§ 2º: Enquanto o INMETRO não estabelecer o programa de
avaliação da conformidade dos produtos elencados neste
Alfredo Peres da Silva Presidente
artigo, os DETRANs deverão exigir, para fins de registro das
alterações, o Certificado de Segurança Veicular – CSV, a Nota
Fiscal do eixo sem uso, Anotação de Responsabilidade Técnica ANEXO da Resolução 292 de 29 de setembro de 2008
para a adaptação, emitida por profissional legalmente Tabela “Modificações Permitidas”
habilitado e, no caso de eixos direcionais ou auto-direcionais,
notas fiscais dos componentes de direção, os quais deverão ser
sem uso.

Art. 10 Dos veículos que sofrerem modificações para


viabilizar a condução por pessoa com deficiência ou para
aprendizagem em centros de formação de condutores deve ser
exigido o CSV - Certificado de Segurança Veicular.

Art.11. Os veículos pré-cadastrados, cadastrados ou


modificados a partir da data de entrada em vigor desta
Resolução devem ser classificados conforme a Tabela
constante de Portaria a ser editada pelo órgão máximo
executivo de trânsito da União.

Art. 12 Em caso de complementação de veículo inacabado


tipo caminhão, com carroçaria aberta ou fechada, os órgãos
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal devem
registrar no Certificado de Registro de Veículos - CRV e
Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV o
comprimento da carroçaria.

Art. 13 Fica garantido o direito de circulação, até o


sucateamento, aos veículos modificados antes da entrada em
vigor desta Resolução, desde que os seus proprietários tenham
cumprido todos os requisitos exigidos para a sua
regularização, mediante comprovação no Certificado de
Registro de Veículo – CRV e no Certificado de Registro e

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Questões

01. Segundo dispõe a Res. 292 de 2008, julgue o item a


seguir:

As modificações em veículos devem ser precedidas de


autorização da autoridade responsável pelo registro e
licenciamento.
( ) Certo ( ) Errado

02. Segundo dispõe a Res. 292 de 2008, julgue o item a


seguir:

Ficam proibidas, a utilização de rodas/pneus que


ultrapassem os limites externos dos pára-lamas do veículo;
( ) Certo ( ) Errado

03. Segundo dispõe a Res. 292 de 2008, julgue o item a


seguir:

Fica proibido o direito de circulação, até o sucateamento,


aos veículos modificados antes da entrada em vigor desta
Resolução, desde que os seus proprietários tenham cumprido
todos os requisitos exigidos para a sua regularização,
mediante comprovação no Certificado de Registro de Veículo
– CRV e no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
– CRLV.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01.Certo / 02.Certo / 03.Errado

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IV - de direção veicular, realizado na via pública, em


veículo da categoria para a qual estiver habilitado.
300/2008;
Art. 4º O disposto no artigo 3º só poderá ser aplicado após
o trânsito em julgado da sentença condenatória.

RESOLUÇÃO Nº 300, DE 04 DE DEZEMBRO DE 20087 Art. 5º A autoridade de trânsito, após ser cientificada da
decisão judicial, deverá notificar o condutor para entregar seu
Estabelece procedimento administrativo para submissão documento de habilitação (Autorização/Permissão/Carteira
do condutor a novos exames para que possa voltar a dirigir Nacional de Habilitação) fixando prazo não inferior a quarenta
quando condenado por crime de trânsito, ou quando envolvido e oito horas, contadas a partir do recebimento.
em acidente grave, regulamentando o art. nº 160 do Código de § 1º Encerrado o prazo previsto no caput deste artigo,
Trânsito Brasileiro. deverá ser efetuado o bloqueio no RENACH.
§ 2º Se o condutor for flagrado conduzindo veículo, após
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no encerrado o prazo da entrega do documento de habilitação,
uso das atribuições legais que lhe confere o art. 12, inciso I, da este será recolhido e encaminhado ao órgão de trânsito do
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código registro da habilitação.
de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto nº 4.711, Art. 6º O documento de habilitação ficará apreendido e
de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do após o cumprimento da decisão judicial e de submissão a
Sistema Nacional de Trânsito – SNT; novos exames, com a devida aprovação nos mesmos, será
emitido um novo documento de habilitação mantendo-se o
Considerando a necessidade de estabelecer os exames mesmo registro.
exigidos no artigo 160 e seus parágrafos do Código de Trânsito
Brasileiro; Seção II
Do condutor envolvido em acidente grave
Considerando para fins da aplicação do art. 160, § 1º, o
Princípio da Segurança do Trânsito, onde deverá ser avaliada Art. 7º O disposto no parágrafo 1º do art. 160 tem por
a aptidão física, mental e psicológica e a forma de dirigir do finalidade reavaliar as condições do condutor envolvido em
condutor envolvido em acidente grave; acidente grave nos aspectos físico, mental, psicológico e
demais circunstâncias que revelem sua aptidão para continuar
Considerando a necessidade de adoção de normas a conduzir veículos automotores.
complementares de padronização do processo administrativo
adotado pelos órgãos e entidades de trânsito de um sistema Art. 8º O ato instaurador do processo administrativo
integrado para fins de aplicação do art. 160 do CTB; e conterá a qualificação do condutor, descrição sucinta do fato e
indicação dos dispositivos legais pertinentes.
Considerando o conteúdo do processo nº Parágrafo único. Instaurado o processo, far-se-á a
80001.011947/2008-31, RESOLVE: respectiva anotação no prontuário do condutor, a qual não
constituirá qualquer impedimento ao exercício dos seus
Disposições Preliminares direitos.

Art. 1º Estabelecer o procedimento administrativo para Art. 9º A autoridade de trânsito competente para
submissão do condutor a novos exames para que possa voltar determinar a submissão a novos exames deverá expedir
a dirigir quando for condenado por crime de trânsito, ou notificação ao condutor, contendo no mínimo, os seguintes
quando envolvido em acidente grave. dados:
I - a identificação do condutor e do órgão de registro da
Art. 2º Os procedimentos de que trata esta Resolução serão habilitação;
adotados pela autoridade do órgão executivo de trânsito de II - os fatos e fundamentos legais que ensejaram a abertura
registro da habilitação, em processo administrativo, do processo administrativo; e
assegurada a ampla defesa, no caso de condutor envolvido em III - a finalidade da notificação:
acidente grave. a) dar ciência da instauração do processo administrativo;
Parágrafo único. Os órgãos e entidades do Sistema e
Nacional de Trânsito – SNT deverão prover os órgãos b) estabelecer data do término do prazo para apresentação
executivos de trânsito de registro da habilitação das da defesa.
informações necessárias ao cumprimento desta Resolução. § 1º A notificação será expedida ao condutor por remessa
postal, por meio tecnológico hábil ou por os outros meios que
Seção I assegurem a sua ciência.
Do condutor condenado por delito de trânsito § 2º Esgotados todos os meios previstos para notificar o
condutor, a notificação dar-se-á por edital, na forma da lei.
Art. 3º O condutor condenado por delito de trânsito deverá § 3º A ciência da instauração do processo e da data do
ser submetido e aprovado nos seguintes exames: término do prazo para apresentação da defesa também poderá
I - de aptidão física e mental; se dar no próprio órgão ou entidade de trânsito responsável
II - avaliação psicológica; pelo processo.
III - escrito, sobre legislação de trânsito; e § 4º Da notificação constará a data do término do prazo
para a apresentação da defesa, que não será inferior a trinta

7 Disponível em:
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_300
.pdf - acesso em 03/04/2019.

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dias contados a partir da data da notificação da instauração do IV - número do processo administrativo; e


processo administrativo. V - a submissão a novos exames e sua fundamentação legal.
§ 5º A notificação devolvida por desatualização do
endereço do condutor no RENACH será considerada válida Art. 16. Encerrado o prazo para a entrega do documento de
para todos os efeitos legais. habilitação à Autoridade de Trânsito, a decisão será inscrita no
§ 6º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de RENACH.
repartições consulares de carreira e de representações de
organismos internacionais e de seus integrantes será remetida Disposições Finais
ao Ministério das Relações Exteriores para as providências
cabíveis, passando a correr os prazos a partir do seu
Art. 17. No curso do processo administrativo de que trata
conhecimento pelo condutor.
esta Resolução não incidirá nenhuma restrição no prontuário
do condutor, inclusive para fins de mudança de categoria do
Art. 10. A defesa deverá ser interposta por escrito, no prazo documento de habilitação, renovação e transferência para
estabelecido, contendo, no mínimo, os seguintes dados: outra unidade da Federação, até a ciência da notificação de que
I - nome do órgão de registro da habilitação a que se dirige; trata o art. 15.
II - qualificação do condutor; § 1º O processo administrativo deverá ser concluído no
III - exposição dos fatos, fundamentação legal do pedido, órgão executivo estadual de trânsito que o instaurou, mesmo
documentos que comprovem a alegação; e que haja transferência do prontuário para outra unidade da
IV - data e assinatura do requerente ou de seu Federação.
representante legalmente habilitado, mediante procuração, na § 2º O órgão executivo estadual de trânsito que instaurou
forma da lei, sob pena de não conhecimento da defesa. . o processo e determinou a submissão a novos exames, deverá
Parágrafo único A defesa deverá ser acompanhada de comunicá-la ao órgão executivo estadual de trânsito para onde
cópia de identificação civil que comprove a assinatura do foi transferido o prontuário, para fins de seu efetivo
condutor. cumprimento.

Art. 11. Recebida a defesa, a instrução do processo far-se-á Art. 18. O curso de reciclagem previsto no art. 268 III e IV
através de adoção das medidas julgadas pertinentes, do CTB e os exames descritos nesta resolução deverão ser
requeridas ou de ofício, inclusive quanto à requisição de realizados pelo órgão executivo de trânsito responsável pelo
informações a demais órgãos ou entidades de trânsito. prontuário do condutor ou por entidade credenciada, por ele
Parágrafo único. Os órgãos e entidades do Sistema indicada, exceto o exame de prática de direção veicular que é
Nacional de Trânsito, quando solicitados, deverão realizado exclusivamente por aquele órgão.
disponibilizar, em até trinta dias contados do recebimento da
solicitação, os documentos e informações necessários à Parágrafo único. O órgão executivo de trânsito poderá
instrução do processo administrativo. autorizar em caráter excepcional a realização dos exames e da
reciclagem em outra unidade da Federação.
Art.12. Concluída a análise do processo administrativo, a
autoridade do órgão executivo de trânsito de registro da Art. 19. Esta Resolução entra em 1º de julho de 2009.
habilitação proferirá decisão motivada e fundamentada.
Alfredo Peres da Silva
Art. 13. Acolhida as razões de defesa, o processo será Presidente
arquivado, dando-se ciência ao interessado.

Art. 14. Em caso de não acolhimento da defesa, ou do seu


não exercício no prazo legal, a autoridade de trânsito 303/2008;
determinará ao condutor a submissão aos seguintes exames:
I - de aptidão física e mental;
II - avaliação psicológica; RESOLUÇÃO Nº 303, DE 18 DE DEZEMBRO DE 20088
III - escrito, sobre legislação de trânsito;
IV - noções de primeiros socorros; e Dispõe sobre as vagas de estacionamento de veículos
V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo destinadas exclusivamente às pessoas idosas.
da categoria para a qual estiver habilitado.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da
Art. 15. A autoridade de trânsito após determinar a competência que lhe confere o artigo 12, inciso I da Lei nº
submissão a novos exames notificará o condutor, utilizando os 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
mesmos procedimentos dos §§ 1º, 2º e 5º do art. 9º desta Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº 4.711, de 29
Resolução, e contendo no mínimo os seguintes dados: de maio de 2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema
I - prazo de no mínimo quarenta e oito horas, a contar do Nacional de Trânsito;
seu recebimento, para a entrega do documento de habilitação,
quando determinada a sua apreensão pela autoridade Considerando a necessidade de uniformizar, em âmbito
executiva estadual de trânsito, nos termos do parágrafo 2º do nacional, os procedimentos para sinalização e fiscalização do
artigo 160, do CTB. uso de vagas regulamentadas para estacionamento exclusivo
II - identificação do órgão de registro da habilitação; de veículos utilizados por idosos;
III - identificação do condutor e número do registro do
documento de habilitação;

8 Disponível em:
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/(Resolu%C3%A7%C3%A3o
%20303.2008).pdf – acesso em 03/04/2019.

Conhecimentos Específicos 109


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APOSTILAS OPÇÃO

Considerando a Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de Anexo I – Modelo de sinalização de vagas


2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso, que em seu art. 41 regulamentadas para estacionamento exclusivo de
estabelece a obrigatoriedade de se destinar 5% (cinco por veículos utilizados por idoso.
cento) das vagas em estacionamento regulamentado de uso
público para serem utilizadas exclusivamente por idosos, Sinalização Vertical de Regulamentação
resolve:

Art. 1º As vagas reservadas para os idosos serão


sinalizadas pelo órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre a via utilizando o sinal de regulamentação
R-6b “Estacionamento regulamentado” com informação
complementar e a legenda “IDOSO”, conforme Anexo I desta
Resolução e os padrões e critérios estabelecidos pelo
CONTRAN.

Art. 2º Para uniformizar os procedimentos de fiscalização


deverá ser adotado o modelo da credencial previsto no Anexo
II desta Resolução.
§ 1º A credencial confeccionada no modelo definido por
esta Resolução terá validade em todo o território nacional.
§ 2º A credencial prevista neste artigo será emitida pelo
órgão ou entidade executiva de trânsito do Município de
domicílio da pessoa idosa a ser credenciada.
§ 3º Caso o Município ainda não esteja integrado ao
Sistema Nacional de Trânsito, a credencial será expedida pelo
órgão ou entidade executiva de trânsito do Estado.

Art. 3º Os veículos estacionados nas vagas reservadas de


que trata esta Resolução deverão exibir a credencial a que se
refere o art. 2º sobre o painel do veículo, com a frente voltada
para cima.

Art. 4º O uso de vagas destinadas às pessoas idosas em


desacordo com o disposto nesta Resolução caracteriza
infração prevista no art. 181, inciso XVII do CTB.

Art. 5º A autorização poderá ser suspensa ou cassada, a


qualquer tempo, a critério do órgão emissor, se verificada
quaisquer das seguintes irregularidades na credencial:
I - uso de cópia efetuada por qualquer processo;
II - rasurada ou falsificada;
III - em desacordo com as disposições contidas nesta
Resolução, especialmente se constatada que a vaga especial
não foi utilizada por idoso. Sinalização horizontal – legenda “IDOSO”

Art. 6º Os órgãos ou entidades com circunscrição sobre a


via têm o prazo de até 360 (trezentos e sessenta) dias, a partir
da data de publicação desta Resolução, para adequar as áreas
de estacionamento específicos existentes ao disposto nesta
Resolução.

Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua


publicação, revogadas as disposições em contrário.

Alfredo Peres da Silva


Presidente

Conhecimentos Específicos 110


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APOSTILAS OPÇÃO

Anexo II – Modelo de credencial 7°, estabelece a obrigatoriedade de reservar 2 % (dois por


cento) das vagas em estacionamento regulamentado de uso
Frente da Credencial público para serem utilizadas exclusivamente por veículos que
transportem pessoas portadoras de deficiência ou com
dificuldade de locomoção;

Considerando o disposto no Decreto n° 5.296, de 02 de


dezembro de 2004, que regulamenta a Lei n° 10.098/00, para,
no art. 25, determinar a reserva de 2 % (dois por cento) do
total de vagas regulamentadas de estacionamento para
veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência
física ou visual, desde que devidamente identificados, resolve:

Art. 1º As vagas reservadas para veículos que transportem


pessoas portadoras de deficiência e com dificuldade de
locomoção serão sinalizadas pelo órgão ou entidade de
trânsito com circunscrição sobre a via utilizando o sinal de
regulamentação R-6b “Estacionamento regulamentado” com a
informação complementar conforme Anexo I desta Resolução.
Verso da Credencial
Art. 2º Para uniformizar os procedimentos de fiscalização
deverá ser adotado o modelo da credencial previsto no Anexo
II desta Resolução.
§ 1º A credencial confeccionada no modelo proposto por
esta Resolução terá validade em todo o território nacional.
§ 2º A credencial prevista neste artigo será emitida pelo
órgão ou entidade executiva de trânsito do município de
domicílio da pessoa portadora de deficiência e/ou com
dificuldade de locomoção a ser credenciada.
§ 3º A validade da credencial prevista neste artigo será
definida segundo critérios definidos pelo órgão ou entidade
executiva do município de domicílio da pessoa portadora de
deficiência e/ou com dificuldade de locomoção a ser
credenciada.
§ 4º Caso o município ainda não esteja integrado ao
Sistema Nacional de Trânsito, a credencial será expedida pelo
órgão ou entidade executiva de trânsito do Estado.

Art. 3º Os veículos estacionados nas vagas reservadas de


304/2008; que trata esta Resolução deverão exibir a credencial que trata
o art. 2º sobre o painel do veículo, ou em local visível para
efeito de fiscalização.

RESOLUÇÃO 304 DE 18 DE DEZEMBRO DE 20089


Art. 4º O uso de vagas destinadas às pessoas portadoras de
deficiência e com dificuldade de locomoção em desacordo com
Dispõe sobre as vagas de estacionamento destinadas o disposto nesta Resolução caracteriza infração prevista no
exclusivamente a veículos que transportem pessoas Art. 181, inciso XVII do CTB.
portadoras de deficiência e com dificuldade de locomoção.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da Art. 5º. Os órgãos ou entidades com circunscrição sobre a
competência que lhe confere o artigo 12, inciso I da Lei 9.503, via têm o prazo de até 360 (trezentos e sessenta) dias, a partir
de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito da data de publicação desta Resolução, para adequar as áreas
Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº 4.711 de 29 de maio de de estacionamento específicos existentes ao disposto nesta
2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Resolução.
Trânsito;
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Considerando a necessidade de uniformizar, em âmbito publicação, revogadas as disposições em contrário.
nacional, os procedimentos para sinalização e fiscalização do
uso de vagas regulamentadas para estacionamento exclusivo
Alfredo Peres da Silva
de veículos utilizados no transporte de pessoas portadoras de
deficiência e com dificuldade de locomoção; Presidente

Considerando a Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro


de 2000, que dispõe sobre normas gerais e critérios básicos
para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência e com dificuldade de locomoção, que, em seu art.

9 Disponível em:
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_304
.pdf - acesso em 03/04/2019.

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APOSTILAS OPÇÃO

Anexo I – Modelo de sinalização vertical de Verso da Credencial


regulamentação de vagas de estacionamento de veículos
destinadas exclusivamente a veículos que transportem
pessoas portadoras de deficiência e com dificuldade de
locomoção.

349/2010;

RESOLUÇÃO N. 349 DE 17 DE MAIO DE 2010

Dispõe sobre o transporte eventual de cargas ou de


bicicletas nos veículos classificados nas espécies automóvel,
caminhonete, camioneta e utilitário.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO CONTRAN, usando


da competência que lhe confere o inciso I do artigo 12 da Lei
nº 9503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto nº 4711, de 29
de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema
Nacional de Trânsito,

Considerando as disposições sobre o transporte de cargas


nos veículos contemplados por esta Resolução, contidas na
Convenção de Viena sobre o Trânsito Viário, promulgada pelo
Decreto nº 86714, de 10 de dezembro de 1981;

Considerando o disposto no artigo 109 da Lei nº 9503, de


23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro - CTB;
Anexo II – Modelo da credencial
Considerando a necessidade de disciplinar o transporte
Frente da Credencial eventual de cargas em automóveis, caminhonetes e utilitários
de modo a garantir a segurança do veículo e trânsito;

Considerando a conveniência de atualizar as normas que


tratam do transporte de bicicletas nos veículos particulares.

Considerando as vantagens proporcionadas pelo uso da


bicicleta ao meio ambiente, à mobilidade e à economia de
combustível;

RESOLVE:

Capitulo I
Disposições Gerais

Art. 1º Estabelecer critérios para o transporte eventual de


cargas e de bicicletas nos veículos classificados na espécie
automóvel, caminhonete, camioneta e utilitário.

Conhecimentos Específicos 112


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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 2º O transporte de cargas e de bicicletas deve respeitar Capítulo II


o peso máximo especificado para o veículo. Regras aplicáveis ao transporte eventual de cargas

Art. 3º - A carga ou a bicicleta deverá estar acondicionada Art. 5º Permite-se o transporte de cargas acondicionadas
e afixada de modo que: em bagageiros ou presas a suportes apropriados devidamente
I- não coloque em perigo as pessoas nem cause danos a afixados na parte superior externa da carroçaria.
propriedades públicas ou privadas, e em especial, não se §1° O fabricante do bagageiro ou do suporte deve informar
arraste pela via nem caia sobre esta; as condições de fixação da carga na parte superior externa da
II- não atrapalhe a visibilidade a frente do condutor nem carroçaria e sua fixação deve respeitar as condições e
comprometa a estabilidade ou condução do veículo; restrições estabelecidas pelo fabricante do veículo
III- não provoque ruído nem poeira; §2° As cargas, já considerada a altura do bagageiro ou do
IV- não oculte as luzes, incluídas as luzes de freio e os suporte, deverá ter altura máxima de cinqüenta centímetros e
indicadores de direção e os dispositivos refletores; ressalvada, suas dimensões, não devem ultrapassar o comprimento da
entretanto, a ocultação da lanterna de freio elevada (categoria carroçaria e a largura da parte superior da carroçaria. (figura
S3); 1)
V- não exceda a largura máxima do veículo;
VI- não ultrapasse as dimensões autorizadas para veículos Y≤ 50 cm, onde Y = altura máxima;
estabelecidas na Resolução CONTRAN nº 210, de 13 de X ≤ Z, onde Z = comprimento da carroçaria e X =
novembro de 2006, que estabelece os limites de pesos e comprimento da carga.
dimensões para veículos que transitam por vias terrestres e dá
outras providências, ou Resolução posterior que venha Figura 1
sucedê-la.
VII- todos os acessórios, tais como cabos, correntes, lonas,
grades ou redes que sirvam para acondicionar, proteger e fixar
a carga deverão estar devidamente ancorados e atender aos
requisitos desta Resolução.
VIII- não se sobressaiam ou se projetem além do veículo
pela frente.

Art. 4° Nos casos em que o transporte eventual de carga ou


de bicicleta resultar no encobrimento, total ou parcial, quer
seja da sinalização traseira do veículo, quer seja de sua placa
traseira, será obrigatório o uso de régua de sinalização e,
respectivamente, de segunda placa traseira de identificação
fixada àquela régua ou à estrutura do veículo, conforme figura
constante do anexo II desta Resolução. (Alterado pela Res. 589
de 2016) Art. 6º Nos veículos de que trata esta Resolução, será
§1° Régua de sinalização é o acessório com características admitido o transporte eventual de carga indivisível,
físicas e de forma semelhante a um para-choque traseiro, respeitados os seguintes preceitos:
devendo ter no mínimo um metro de largura e no máximo a I - As cargas que sobressaiam ou se projetem além do
largura do veículo, excluídos os retrovisores, e possuir sistema veículo para trás, deverão estar bem visíveis e sinalizadas. No
de sinalização paralelo, energizado e semelhante em conteúdo, período noturno, esta sinalização deverá ser feita por meio de
quantidade, finalidade e funcionamento ao do veículo em que uma luz vermelha e um dispositivo refletor de cor vermelha.
for instalado. II - O balanço traseiro não deve exceder 60% do valor da
§2° A régua de sinalização deverá ter sua superfície distância entre os dois eixos do veículo. (figura 2)
coberta com faixas refletivas oblíquas, com uma inclinação de
45 graus em relação ao plano horizontal e 50,0 +/- 5,0 mm de B ≤ 0,6 x A, onde B = Balanço traseiro e A = distância entre
largura, nas cores branca e vermelha refletiva, idênticas às os dois eixos.
dispostas nos para-choques traseiros dos veículos de carga;
§3° A fixação da régua de sinalização deve ser feita no Figura 2
veículo, de forma apropriada e segura, por meio de
braçadeiras, engates, encaixes e/ou parafusos, podendo ainda
ser utilizada a estrutura de transporte de carga ou seu suporte.
§4° A segunda placa de identificação será lacrada no centro
da régua de sinalização ou na parte estrutural do veículo em
que estiver instalada (parachoque ou carroceria), devendo ser
aposta em local visível na parte direita da traseira.
§5° Fica dispensado da utilização de régua de sinalização o
veículo que possuir extensor de caçamba, no qual deve ser
lacrada a segunda placa traseira. §6° Extensor de caçamba é o
acessório que permite a circulação do veículo com a tampa do
compartimento de carga aberta, de forma a impedir a queda da Art. 7º Será admitida a circulação do veículo com
carga na via, sem comprometer a sinalização traseira. compartimento de carga aberto apenas durante o transporte
de carga indivisível que ultrapasse o comprimento da caçamba
ou do compartimento de carga.

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Capítulo III Considerando a necessidade de adequar a composição das


Regras aplicáveis ao transporte de bicicletas na parte Juntas Administrativas
externa dos veículos de Recursos e Infrações – JARI;

Art. 8º A bicicleta poderá ser transportada na parte Considerando a instauração dos Processos
posterior externa ou sobre o teto, Administrativos nº 80001.016472/200615,
desde que fixada em dispositivo apropriado, móvel ou fixo, 80001.008506/2006-90 e 80000.014867/2009-28,
aplicado diretamente ao veículo ou acoplado ao gancho de
reboque. RESOLVE:
§ 1º O transporte de bicicletas na caçamba de
caminhonetes deverá respeitar o disposto no Capítulo II desta Art. 1º Estabelecer diretrizes para a elaboração do
Resolução. Regimento Interno das Juntas Administrativas de Recursos de
§ 2º Na hipótese da bicicleta ser transportada sobre o teto Infrações – JARI, constantes do Anexo desta Resolução.
não se aplica a altura especificada no parágrafo 2º do Artigo
5°. Art. 2º Fica revogada a Resolução CONTRAN n° 233, de 30
de março de 2007.
Art. 9º O dispositivo para transporte de bicicletas para
aplicação na parte externa dos veículos deverá ser fornecido Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
com instruções precisas sobre: publicação.
I - Forma de instalação, permanente ou temporária, do
dispositivo no veículo, Alfredo Peres da Silva
II - Modo de fixação da bicicleta ao dispositivo de Presidente
transporte;
III - Quantidade máxima de bicicletas transportados, com ANEXO
segurança;
IV - Cuidados de segurança durante o transporte de forma
Diretrizes para a Elaboração do Regimento Interno das
a preservar a segurança do trânsito, do veículo, dos
Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI
passageiros e de terceiros.
1. Introdução
Capítulo IV
Disposições Finais
1.1. De acordo com a competência que lhe atribui o inciso
VI do art. 12 da Lei nº. 9.503, de 23 de setembro de 1997, o
Art. 10 Para efeito desta Resolução, a bicicleta é
Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN estabelece as
considerada como carga indivisível.
diretrizes para a elaboração do Regimento Interno das Juntas
Administrativas de Recursos de Infrações – JARI.
Art. 11 O não atendimento ao disposto nesta Resolução
acarretará na aplicação das penalidades previstas nos artigos 2. Da Natureza e Finalidade das JARI
230, IV, 231, II, IV e V e 248 do CTB, conforme infração a ser
apurada.
2.1. As JARI são órgãos colegiados, componentes do
Sistema Nacional de Trânsito, responsáveis pelo julgamento
Art. 12 Esta Resolução entra em vigor noventa dias após a dos recursos interpostos contra penalidades aplicadas pelos
data de sua publicação, ficam revogadas as Resoluções nº
órgãos e entidades executivos de trânsito ou rodoviários.
577/81 e 549/79 e demais disposições em contrário.
2.2. Haverá, junto a cada órgão ou entidade executivo de
Alfredo Peres da Silva Presidente
trânsito ou rodoviário, uma quantidade de JARI necessária
para julgar, dentro do prazo legal, os recursos interpostos.

2.3. Sempre que funcionar mais de uma JARI junto ao órgão


357/2010; ou entidade executivo de trânsito ou rodoviário, deverá ser
nomeado um coordenador.

RESOLUÇÃO Nº 357 DE 02 DE AGOSTO DE 2010 2.4. As JARI funcionarão junto:

Estabelece diretrizes para a elaboração do Regimento 2.4.a. aos órgãos e entidades executivos rodoviários da
Interno das Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – União e à Polícia Rodoviária Federal;
JARI.
2.4.b. aos órgãos e entidades executivos de trânsito ou
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no rodoviários dos Estados e do Distrito Federal;
uso da
competência que lhe confere o inciso VI do art. 12, da Lei 2.4.c. aos órgãos e entidades executivos de trânsito ou
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de rodoviários dos Municípios.
Trânsito Brasileiro, e à vista do disposto no Decreto nº 4.711,
de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do 3. Da Competência das JARI
Sistema Nacional de Trânsito – STN,
3.1. Compete às JARI:

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3.1.a. julgar os recursos interpostos pelos infratores; proibição de obter o documento de habilitação, até 12 (doze)
meses do fim do prazo da penalidade;
3.1.b. solicitar aos órgãos e entidades executivos de
trânsito e executivos rodoviários informações 5.1.c. ao julgamento do recurso, quando tiver lavrado o
complementares relativas aos recursos objetivando uma Auto de Infração.
melhor análise da situação recorrida;
6. Da Nomeação dos Integrantes das JARI
3.1.c. encaminhar aos órgãos e entidades executivos de
trânsito e executivos rodoviários informações sobre 6.1. A nomeação dos integrantes das JARI que funcionam
problemas observados nas autuações, apontados em recursos junto aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União
e que se repitam sistematicamente. e junto à Polícia Rodoviária Federal será efetuada pelo
Secretário Executivo do Ministério ao qual o órgão ou entidade
4. Da Composição das JARI estiver subordinado, facultada a delegação.

4.1. A JARI, órgão colegiado, terá, no mínimo, três 6.2. A nomeação dos integrantes das JARI que funcionam
integrantes, obedecendo-se aos seguintes critérios para a sua junto aos órgãos e entidades executivos de trânsito ou
composição: rodoviários estaduais e municipais será feita pelo respectivo
chefe do Poder Executivo, facultada a delegação.
4.1.a. um integrante com conhecimento na área de trânsito
com, no mínimo, nível médio de escolaridade; 7. Do Mandato dos membros das JARI

4.1.a.1. excepcionalmente, na impossibilidade de se 7.1. O mandato será, no mínimo, de um ano e, no máximo,


compor o colegiado por comprovado desinteresse do de dois anos.
integrante estabelecido no item 4.1.a, ou quando indicado, 7.2. O Regimento Interno poderá prever a recondução dos
injustificadamente, não comparecer à sessão de julgamento, integrantes da JARI por períodos sucessivos.
deverá ser observado o disposto no item 7.3, e substituído por
um servidor público habilitado integrante de órgão ou 7.3. Perderá o mandato e será substituído o membro que,
entidade componente do Sistema Nacional de Trânsito, que durante o mandato, tiver:
poderá compor o Colegiado pelo tempo restante do mandato;
7.3a três faltas injustificadas em três reuniões
4.1.a.2. representante servidor do órgão ou entidade que consecutivas;
impôs a penalidade;
7.3b quatro faltas injustificadas em quatro reuniões
4.1.b. representante de entidade representativa da intercaladas.
sociedade ligada à área de trânsito; 8. Dos deveres das JARI

4.1.b.1. excepcionalmente, na impossibilidade de se 8.1. O funcionamento das JARI obedecerá ao seu


compor o colegiado por inexistência de entidades Regimento Interno.
representativas da sociedade ligada à área de trânsito ou por
comprovado desinteresse dessas entidades na indicação de
8.2. A JARI poderá abrir a sessão e deliberar com a maioria
representante, ou quando indicado, injustificadamente, não
simples de seus integrantes, respeitada, obrigatoriamente, a
comparece à sessão de julgamento deverá ser observado o
presença do presidente ou seu suplente.
disposto no item 7.3, e substituído por um servidor público
habilitado integrante de órgão ou entidade componente do
Sistema Nacional de Trânsito, que poderá compor o Colegiado 8.3. As decisões das JARI deverão ser fundamentadas e
pelo tempo restante do mandato; aprovadas por maioria simples de votos dando-se a devida
publicidade.
4.1.b.2. o presidente poderá ser qualquer um dos
integrantes do colegiado, a critério da autoridade competente 9. Dos deveres dos Órgãos e Entidades de Trânsito
para designá-los;
9.1. O Regimento Interno deverá ser encaminhado para
4.1.b.3. é facultada a suplência; conhecimento e cadastro:

4.1.c. é vedado ao integrante das JARI compor o Conselho 9.1.a. ao DENATRAN, em se tratando de órgãos ou
Estadual de Trânsito – CETRAN ou o Conselho de Trânsito do entidades executivos rodoviários da União e da Polícia
Distrito Federal – CONTRANDIFE. Rodoviária Federal;

5. Dos Impedimentos 9.1.b. aos respectivos CETRAN, em se tratando de órgãos


ou entidades executivos de trânsito ou rodoviários estaduais e
municipais ou ao CONTRANDIFE, se do Distrito Federal.
5.1. O Regimento Interno das JARI poderá prever
impedimentos para aqueles que pretendam integrá-las, dentre
outros, os relacionados: 9.2. Caberá ao órgão ou entidade junto ao qual funcione as
JARI prestar apoio técnico, administrativo e financeiro de
forma a garantir seu pleno funcionamento.
5.1.a. à idoneidade;

5.1.b. estar cumprindo ou ter cumprido penalidade da


suspensão do direito de dirigir, cassação da habilitação ou

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conforme definido no art. 7º desta Resolução, e examinador de


trânsito, através de cursos específicos teórico-técnico e de
358/2010; prática de direção;
II - Processo de formação de condutores de veículos
automotores e elétricos – Centros de Formação de Condutores
– CFC e Unidades das Forças Armadas e Auxiliares que
RESOLUÇÃO Nº 358. DE 13 DE AGOSTO DE 2010 possuírem cursos de formação dirigidos exclusivamente para
os militares dessas corporações;
Regulamenta o credenciamento de instituições ou III - Processo de atualização e reciclagem de condutores de
entidades públicas ou privadas para o processo de veículos automotores e elétricos – Centros de Formação de
capacitação, qualificação e atualização de profissionais, e de Condutores – CFC e instituições e entidades credenciadas nas
formação, qualificação, atualização e reciclagem de candidatos modalidades presenciais e à distância; (alterado pela Res 411
e condutores e dá outras providências. de 2012)
IV- Processo de Qualificação de condutores em cursos
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN especializados e respectiva atualização – Serviço Nacional de
usando da competência que lhe conferem os artigos 12, incisos Aprendizagem – Sistema “S”, e instituições e entidades
I e X, e 156 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que credenciadas nas modalidades presenciais e à distância.
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e, conforme o (alterado pela Res 415 de 2012)
Decreto 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da V- Processo de qualificação de condutores em cursos
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; especializados e respectiva atualização para motofrete e
mototaxi, poderão ser ministrados por instituições e entidades
Considerando o que dispõe o inciso VI do Artigo 19 e inciso credenciadas, Serviço Nacional de Aprendizagem – sistema “S”
II do Artigo 22 do Código de Trânsito Brasileiro, e a Lei nº e Centros de Formação de Condutores - CFC, nas modalidades
12.302 de 2 de agosto de 2010; presenciais e à distância.
(alterado pela Res 415 de 2012)
Considerando a necessidade de estabelecer § 2º O credenciamento das instituições e entidades,
procedimentos uniformes, propor medidas administrativas, referidas no parágrafo anterior, é específico para cada
técnicas e legislativas e editar normas sobre o funcionamento endereço, intransferível e renovável conforme estabelecido
das instituições e entidades credenciadas pelos órgãos ou pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
Federal e registradas no Órgão Máximo Executivo de Trânsito
da União; DOS ÓRGÃOS OU ENTIDADES EXECUTIVOS DE
TRÂNSITO DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL
Considerando a necessidade de aperfeiçoar os processos
de formação, qualificação, atualização, reciclagem e avaliação Art. 2º Compete ao órgão ou entidade executivo de trânsito
dos candidatos e condutores, priorizando a defesa da vida e a dos Estados e do Distrito Federal credenciar instituições ou
segurança de todos os usuários do trânsito; entidades para a execução de atividades previstas na
legislação de trânsito, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
Considerando que a eficiência da instrução e formação Parágrafo único. Os órgãos ou entidades executivos de
depende dos meios didático-pedagógicos e preparo adequado trânsito dos Estados e do Distrito Federal, por delegação do
dos educadores integrantes das instituições e entidades Departamento Nacional de Trânsito, são os responsáveis, no
credenciadas; âmbito de sua circunscrição, pelo cumprimento dos
dispositivos do CTB e das exigências da legislação vigente,
Considerando a necessidade de promover a articulação e a devendo providenciar condições organizacionais,
integração entre as instituições operacionais, administrativas e pedagógicas, em sistema
e entidades responsáveis por todas as fases do processo de informatizado, por meio de rede nacional, para permitir o
capacitação, qualificação e atualização de recursos humanos e registro, acompanhamento e controle no exercício das funções
da formação, qualificação, atualização e reciclagem de exigidas nesta Resolução, conforme padrão tecnológico
candidatos e condutores; estabelecido pelo Órgão Máximo Executivo de Trânsito.

RESOLVE Art. 3º Constituem atribuições dos órgãos e entidades


executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, para
o processo de credenciamento, acompanhamento e controle
Art.1º O credenciamento de instituições ou entidades dos entes credenciados:
públicas ou privadas para o processo de capacitação,
I - elaborar e revisar periodicamente a distribuição
qualificação e atualização de profissionais, e processo de
geográfica dos credenciados;
formação, qualificação, atualização e reciclagem de candidatos
e condutores obedecerá ao estabelecido nesta Resolução. II - credenciar as instituições e entidades que cumprirem
as exigências estabelecidas nesta Resolução;
§ 1º As atividades exigidas para o processo de formação de
condutores serão realizadas exclusivamente pelos órgãos e III - credenciar os profissionais que atuam nas referidas
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito instituições ou entidades credenciadas, vinculando-os a estas
Federal, ou por instituições ou entidades públicas ou privadas e disponibilizando-lhes senhas pessoais e intransferíveis, de
com comprovada capacidade técnica por estes credenciadas acesso aos sistemas informatizados do órgão executivo de
para (alterado pela Res 411 de 2012) trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
I- Processo de capacitação, qualificação e atualização de IV - garantir, na esfera de sua competência, o suporte
profissional para atuar no processo de habilitação de técnico ao sistema informatizado disponível aos credenciados;
condutores – Entidades credenciadas com a finalidade de V - auditar as atividades dos credenciados, objetivando o
capacitar diretor geral, diretor de ensino e instrutor de fiel cumprimento das normas legais e dos compromissos
trânsito para os Centros de Formação de Condutores - CFC, assumidos, mantendo supervisão administrativa e
pedagógica;

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VI - estabelecer as especificações mínimas de Art. 5º São exigências mínimas para o credenciamento:


equipamentos e conectividade para integração dos I - requerimento da unidade da instituição dirigido ao
credenciados aos sistemas informatizados do órgão executivo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal; Distrito Federal;
VII - definir referências mínimas para: II - Revogado
a) identificação dos Centros de Formação de Condutores e III - estrutura administrativa informatizada para
dos veículos de aprendizagem, devendo a expressão “Centro interligação com o sistema de informações do órgão ou
de Formação de Condutores“ ou a sigla "CFC" constar na entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
identificação visual; Federal;
b) selecionar o material, equipamentos e ação didática a IV - relação do corpo docente com a titulação exigida no
serem utilizados; art.18 desta Resolução;
VIII - estabelecer os procedimentos pertinentes às V - apresentação do plano de curso em conformidade com
atividades dos credenciados; a estrutura curricular contida no Anexo desta Resolução;
IX - apurar irregularidades praticadas por instituições ou VI - vistoria para comprovação do cumprimento das
entidades e pelos profissionais credenciados, por meio de exigências pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
processo administrativo, aplicando as penalidades cabíveis Estado ou do Distrito Federal;
previstas nesta Resolução; VII - publicação do ato de credenciamento e registro da
X - elaborar estatísticas para o acompanhamento dos unidade no sistema informatizado do órgão ou entidade
cursos e profissionais das entidades executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
credenciadas; VIII - participação dos representantes do corpo funcional,
XI - controlar o número total de candidatos por turma em treinamentos efetivados pelo órgão ou entidade executivo
proporcionalmente ao tamanho da de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, para desenvolver
sala e à frota de veículos do CFC, por meio de sistemas unidade de procedimentos pedagógicos e para operar os
informatizados; sistemas informatizados, com a devida liberação de acessos
XII - manter controle dos registros referentes a conteúdos, mediante termo de uso e responsabilidades.
freqüência e acompanhamento do desempenho dos Parágrafo único. O credenciamento das entidades
candidatos e condutores nas aulas teóricas e práticas, credenciadas com a finalidade de capacitar diretor geral,
contendo no mínimo as seguintes informações: diretor de ensino e instrutor de trânsito para CFC, e
a) cursos teóricos: conteúdo, turma, datas e horários examinador de trânsito é específico para cada endereço, sendo
iniciais e finais das aulas, nome e identificação do instrutor, expedido pelo órgão executivo de trânsito do Estado ou do
lista de presença com assinatura do candidato ou verificação Distrito Federal da circunscrição em que esteja instalado, que
eletrônica de presença; o cadastrará no Órgão Executivo de Trânsito da União.
b) cursos práticos: quilometragem inicial e final da aula,
horário de início e término, placa do veículo, nome e Art. 6º São atribuições das entidades credenciadas com a
identificação do instrutor, ficha de acompanhamento do finalidade de capacitar diretor geral, diretor de ensino e
candidato com assinatura ou verificação eletrônica de instrutor de trânsito para CFC, e examinador de trânsito,
presença. através de cursos específicos teórico-técnico e de prática de
Parágrafo único. Os órgãos ou entidades executivos de direção:
trânsito dos Estados e do Distrito Federal poderão estabelecer I - atender às exigências das normas vigentes;
exigências complementares para o processo de II - manter atualizado e em perfeitas condições de uso o
credenciamento, acompanhamento e controle, desde que material didático-pedagógico e acervo bibliográfico;
respeitadas as disposições desta Resolução. III - promover a atualização do seu quadro docente;
IV - atender às convocações do órgão ou entidade
DO CREDENCIAMENTO DE INSTITUIÇÕES E executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
ENTIDADES V - manter atualizadas as informações dos cursos
oferecidos e do respectivo corpo docente e discente, no
Art. 4º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do sistema informatizado do órgão ou entidade executivo de
Distrito Federal poderão credenciar entidades, com trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
capacidade técnica comprovada, para exercerem as atividades VI - manter o arquivo dos documentos pertinentes ao
de formação de diretor geral, diretor de ensino e instrutor de corpo docente e discente por 5 (cinco) anos conforme
trânsito para CFC, e de examinador de trânsito, através de legislação vigente;
cursos específicos teórico-técnico e de prática de direção. VII - emitir certificado de conclusão do curso.
§ 1º As entidades referidas no caput deste artigo serão
credenciadas por período determinado, podendo ser DAS INSTITUIÇÕES CREDENCIADAS PARA FORMAÇÃO,
renovado, desde que atendidas as disposições desta ATUALIZAÇÃO E RECICLAGEM DE CONDUTORES -
Resolução. CENTROS DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES - CFC
§ 2º As entidades, já autorizadas anteriormente pelo
DENATRAN até a data de 25 de julho de 2006, em caráter Art. 7º As auto-escolas a que se refere o art. 156 do CTB,
provisório, com a finalidade de capacitar diretor geral, diretor denominadas Centros de Formação de Condutores – CFC são
de ensino e instrutor de trânsito para CFC, e examinador de empresas particulares ou sociedades civis, constituídas sob
trânsito, poderão continuar normalmente suas atividades, qualquer das formas previstas na legislação vigente.
exclusivamente na localidade da autorização, submetendo-se § 1º Os CFC devem ter como atividade exclusiva o ensino
às exigências do Órgão Executivo de Trânsito do Estado ou do teórico e/ou prático visando a formação, atualização e
Distrito Federal e as disposições desta Resolução. reciclagem de candidatos e condutores de veículos
automotores;
§ 2º Os CFC serão credenciados pelo órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal por

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período determinado, podendo ser renovado por igual reboque registrado com PBT de no mínimo 6.000Kg e
período, desde que atendidas as disposições desta Resolução. comprimento mínimo de 11m (onze metros), com no máximo
quinze anos de fabricação;
§ 3º Para efeito de credenciamento pelo órgão de trânsito f) Revogado
competente, os CFC terão a seguinte classificação: IV – Revogado
I – “A” – ensino teórico técnico; § 1º As dependências do CFC devem possuir meios que
II – “B” – ensino prático de direção; e atendam aos requisitos de segurança, conforto e higiene, às
III – “AB” – ensino teórico técnico e de prática de direção. exigências didático-pedagógicas, assim como às posturas
§ 4º Cada CFC poderá se dedicar ao ensino teórico técnico municipais vigentes.
ou ao ensino prático de direção veicular, ou ainda a ambos, § 2º Qualquer alteração nas instalações internas do CFC
desde que certificado e credenciado para tal. credenciado deve ser previamente autorizada pelo órgão
§ 5º O CFC só poderá preparar o aluno para o exame de executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, após
direção veicular se dispuser de veículo automotor da categoria vistoria para aprovação.
pretendida pelo candidato. § 3º Os veículos de aprendizagem devem estar equipados
§ 6º As dependências físicas do CFC deverá ter uso com duplo comando de freio e embreagem e retrovisor interno
exclusivo para o seu fim. extra para uso do instrutor e examinador, além dos
equipamentos obrigatórios previstos na legislação.
Art. 8º São exigências mínimas para o credenciamento de § 4º Os veículos de aprendizagem da categoria “A” devem
CFC: estar identificados por uma placa de cor amarela com as
I – Infraestrutura física: dimensões de 30 (trinta) centímetros de largura e 15(quinze)
centímetros de altura, fixada na parte traseira, em local visível,
a) acessibilidade conforme legislação vigente;
contendo a inscrição “MOTO ESCOLA” em caracteres pretos.
b) Revogado
§ 5º Os veículos de aprendizagem das categorias B, C, D e
c) espaços destinados à Diretoria Geral, Diretoria de E, devem estar identificados por uma faixa amarela de 20
Ensino, Secretaria e Recepção; (vinte) centímetros de largura, pintada na lateral ao longo da
d) 2 (dois) sanitários, sendo um feminino e outro carroceria, a meia altura, com a inscrição “AUTO-ESCOLA” na
masculino, com acesso independente da sala de aula, constante cor preta, sendo que, nos veículos de cor amarela, a faixa
da estrutura física do CFC; deverá ser emoldurada por um filete de cor preta, de no
e) área específica de treinamento para prática de direção mínimo 1 cm (um centímetro) de largura.
em veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas em conformidade com § 6º Os veículos de aprendizagem devem conter
as exigências da norma legal vigente, podendo ser fora da área identificação do CFC atendendo às diretrizes de identidade
do CFC, bem como de uso compartilhado, desde que no mesmo visual, conforme regulamentação específica do órgão ou
município; entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
f) fachada do CFC atendendo às diretrizes de identidade Federal, vedada a utilização de qualquer outro motivo de
visual, conforme regulamentação específica do órgão ou inscrição ou informação.
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito § 7º Os veículos destinados à aprendizagem devem ser de
Federal; propriedade do CFC e estar devidamente registrados e
g) infraestrutura tecnológica para conexão com o sistema licenciados no município-sede do CFC, admitindo-se contrato
informatizado do órgão ou entidade executivo de trânsito do de financiamento devidamente registrado.
Estado ou do Distrito Federal. § 8º O CFC é responsável pelo uso do veículo destinado à
II - Recursos Didático-pedagógicos: aprendizagem, ainda que fora do horário autorizado para a
a) quadro para exposição escrita com, no mínimo, 2m x prática de direção veicular.
1,20m; § 9º O Diretor-Geral poderá estar vinculado a no máximo
b) material didático ilustrativo; dois CFC, mediante autorização do órgão ou entidade
c) acervo bibliográfico sobre trânsito, disponível aos executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, desde
candidatos e instrutores, tais como Código de Trânsito que não haja prejuízo em suas atribuições.
Brasileiro, Coletânea de Legislação de Trânsito atualizada e § 10. O Diretor de Ensino deverá estar vinculado apenas a
publicações doutrinárias sobre trânsito; um CFC.
d) recursos audiovisuais necessários por sala de aula; § 11 Revogado
e) manuais e apostilas para os candidatos e condutores; § 12 Revogado
III - Veículos e equipamentos de aprendizagem: § 13 Para cumprimento da exigência contida nas alíneas
a) para a categoria “A” - dois veículos automotores de duas “a” e “b”, do inciso III deste artigo, será permitido o uso
rodas, de no mínimo 120cc (cento e vinte centímetros compartilhado de veículos pelos Centros de Formação de
cúbicos), com câmbio mecânico, não sendo admitida alteração Condutores, desde que devidamente autorizados pelos órgãos
da capacidade estabelecida pelo fabricante, com, no máximo, e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
cinco anos de fabricação; Federal (acrescentado pela Res 633 de 2016)
b) para categoria “B” - dois veículos automotores de quatro
rodas, exceto quadriciclo,com câmbio mecânico, com no Art. 9º O processo para o credenciamento de Centro de
máximo oito anos de fabricação; Formação de Condutores constituir-se-á das seguintes etapas:
c) para categoria “C” - um veículo de carga com Peso Bruto I - Apresentação da seguinte documentação:
Total - PBT de no mínimo 6.000Kg, não sendo admitida a) requerimento do interessado dirigido ao órgão ou
alteração da capacidade estabelecida pelo fabricante, com no entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
máximo quinze anos de fabricação; Federal, acompanhado dos seguintes documentos:
d) para categoria “D” - um veículo motorizado, classificado - Carteira de Identidade e CPF (fotocópia autenticada);
de fábrica, tipo ônibus, com no mínimo 7,20m (sete metros e - Certidão negativa da Vara de Execução Penal do
vinte centímetros) de comprimento, utilizado no transporte de Município sede do CFC e do
passageiros, com no máximo quinze anos de fabricação; Município onde reside;
e) para categoria “E” - uma combinação de veículos onde o
veículo trator deverá ser acoplado a um reboque ou semi-

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- Certidão negativa do registro de distribuição e de I - realizar as atividades necessárias ao desenvolvimento


execuções criminais referentes à prática de crimes contra os dos conhecimentos técnicos, teóricos e práticos com ênfase na
costumes, a fé pública, o patrimônio, à administração pública, construção de comportamento seguro no trânsito, visando a
privada ou da justiça e os previstos na lei de entorpecentes, formação, atualização e reciclagem de condutores de veículos
expedidas no local de seu domicílio ou residência; automotores, nos termos do CTB e legislação pertinente;
- Certidão negativa expedida pelo cartório de distribuições II - buscar a caracterização do CFC como uma unidade de
cíveis, demonstrando não estar impossibilitado para o pleno ensino, atendendo integralmente aos padrões estabelecidos
exercício das atividades comerciais (insolvência, falência, pela legislação vigente quanto às instalações físicas, recursos
interdição ou determinação judicial etc.), expedidas no local de humanos e didáticos, identidade visual, sistema operacional,
seu domicílio ou residência; - Comprovante de residência. equipamentos e veículos;
b) contrato social, devidamente registrado, com capital III - cadastrar seus veículos automotores, destinados à
social compatível com os investimentos; instrução prática de direção veicular junto ao órgão ou
c) certidões negativas de débitos federais, estaduais e entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
municipais; Federal, submetendo-se às determinações estabelecidas nesta
d) certidões negativas do FGTS e do INSS; Resolução e normas vigentes;
e) cartão do CNPJ, Inscrição Estadual e Inscrição IV - manter o Diretor-Geral e/ou o Diretor de Ensino
Municipal; presente nas dependências do CFC, durante o horário de
f) declaração do (s) proprietário (s) do CFC de que irá funcionamento;
dispor de: V - promover a qualificação e atualização do quadro
- infraestrutura física conforme exigência desta Resolução profissional em relação à legislação de trânsito vigente e às
e de normas vigentes; práticas pedagógicas;
- recursos didático-pedagógicos, com a devida listagem dos VI - divulgar e participar de campanhas institucionais
mesmos; educativas de trânsito promovidas ou apoiadas pelo órgão ou
- veículos de aprendizagem conforme exigência desta entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Resolução; Federal;
- recursos humanos exigidos nesta Resolução, listados VII - contratar, para exercer as funções de Diretor-Geral,
nominalmente com a devida titulação. Diretor de Ensino e Instrutor de Trânsito, somente
profissionais credenciados junto ao órgão ou entidade
II - Cumpridas as exigências do item I, o interessado será
convocado para que, num prazo de até 150 (cento e cinquenta executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal,
dias), apresente a documentação e as exigências técnicas providenciando a sua vinculação ao CFC;
abaixo relacionadas para a realização da vistoria técnica pelo VIII - manter atualizado o planejamento dos cursos de
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do acordo com as orientações do órgão ou entidade executivo de
Distrito Federal: trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
a) alvará de localização e funcionamento fornecido pelo IX - manter atualizado o banco de dados do órgão executivo
órgão competente; de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, conforme o
b) cópia da planta baixa do imóvel; artigo 3º, inciso XII desta Resolução;
c) cópia da RAIS da empresa, ou CTPS do corpo funcional; X - manter o arquivo dos documentos pertinentes ao corpo
docente e discente por 5 (cinco) anos conforme legislação
d) atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros;
vigente.
e) relação do (s) proprietário(s);
f) comprovação da titulação exigida de formação e
Art. 11. Para a renovação do credenciamento, o CFC deverá
qualificação do corpo diretivo e instrutores;
apresentar índices de aprovação de seus candidatos de, no
g) apresentação da frota dos veículos identificados mínimo, 60% (sessenta por cento) nos exames teóricos e
conforme art. 154 do CTB e referências mínimas para práticos, respectivamente, referentes aos 12 (doze) meses
identificação estabelecidas pelo órgão executivo de trânsito do anteriores ao mês da renovação do credenciamento.
Estado ou do Distrito Federal, com os respectivos certificados
§ 1º Para os efeitos da operacionalização do caput deste
de segurança veicular – CSV, referentes à transformação de
artigo, o órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
duplo comando de freios e embreagem para autorização da
do Distrito Federal deve estabelecer ações de
mudança de categoria;
acompanhamento, controle e avaliação das atividades e dos
h) laudo da vistoria de comprovação do cumprimento das resultados de cada CFC, de forma sistemática e periódica,
exigências para o credenciamento, realizada pelo órgão ou emitindo relatórios e oficiando aos responsáveis pelas
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito entidades credenciadas.
Federal.
§ 2º Quando o CFC não atingir o índice mínimo
III - Assinatura do termo de credenciamento após o estabelecido no caput deste artigo, em períodos que não
cumprimento das etapas anteriores, com a devida aprovação ultrapassem 3 (três) meses, o órgão ou entidade executivo de
da vistoria pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do trânsito do Estado ou do Distrito Federal deverá solicitar ao
Estado ou do Distrito Federal. Diretor de Ensino do CFC uma proposta de planejamento para
IV - Publicação do ato de credenciamento e registro do CFC alteração dos resultados, sanando possíveis deficiências no
no sistema informatizado do órgão ou entidade executivo de processo pedagógico.
trânsito do Estado ou do Distrito Federal. § 3º Persistindo o índice de aprovação inferior ao
V - Participação do corpo funcional do CFC em estabelecido no caput deste artigo, após decorridos 3 (três)
treinamentos efetivados pelo órgão ou entidade executivo de meses, os instrutores e os diretores do CFC deverão participar
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, para padronizar de treinamento de reciclagem e atualização extraordinários
procedimentos pedagógicos e operar o sistema informatizado, sob a responsabilidade do órgão ou entidade executivos de
com a devida liberação de acesso mediante termo de uso e trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
responsabilidade.

Art. 10. Compete a cada CFC credenciado para ministrar os


cursos de formação, atualização e reciclagem de condutores:

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DAS UNIDADES DAS FORCAS ARMADAS E AUXILIARES DAS INSTITUIÇÕES CREDENCIADAS PARA A
QUE POSSUÍREM CURSOS DE FORMAÇÃO DE QUALIFICAÇÃO DE CONDUTORES EM CURSOS
CONDUTORES ESPECIALIZADOS INSTITUIÇÕES DO SERVIÇO NACIONAL
DE APRENDIZAGEM SISTEMA “S”
Art. 12. As unidades das Forças Armadas e Auxiliares que
possuírem cursos de formação de condutores, conforme Art. 15. As instituições do Serviço Nacional de
previsto no §2º do artigo 152 do CTB, para ministrar estes Aprendizagem, credenciadas pelos órgãos e entidades
cursos, deverão credenciar-se junto ao órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no promoverão a qualificação de condutores e sua respectiva
âmbito de sua circunscrição, que a registrará junto ao Órgão atualização, por meio da oferta de cursos especializados para
Máximo Executivo de Trânsito da União, atendendo às condutores de veículos de:
exigências estabelecidas nesta Resolução. a) Transporte de escolares;
b) Transporte de produtos perigosos;
Art. 13. São exigências mínimas para o credenciamento das c) Transporte coletivo de passageiros;
unidades das Forças Armadas e Auxiliares: d) Transporte de emergência;
I - requerimento da unidade interessada em ministrar e) Outros transportes especializados, na forma
cursos de formação de condutores, dirigido ao órgão ou regulamentada pelo CONTRAN.
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Parágrafo único. As instituições referidas no caput deste
Federal; artigo serão credenciadas por período determinado, podendo
II - infraestrutura física e recursos instrucionais ser renovado, desde que atendidas as disposições desta
necessários para a realização do curso proposto; Resolução.
III - estrutura administrativa informatizada para
interligação com o sistema de informações do órgão ou Art. 16. São exigências mínimas para o credenciamento das
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito instituições do Serviço Nacional de Aprendizagem:
Federal; I - requerimento da unidade da Instituição dirigido ao
IV - relação dos recursos humanos: instrutores de trânsito, órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
coordenadores geral e de ensino da Corporação, devidamente Distrito Federal;
capacitados nos cursos de instrutor de trânsito e diretor geral II - infraestrutura física e recursos instrucionais
e de ensino, credenciados pelo órgão ou entidade executivo de necessários para a realização do(s) urso(s) proposto(s);
trânsito do Estado ou do Distrito Federal; III - estrutura administrativa informatizada para
V - apresentação do plano de curso em conformidade com interligação com o sistema de informações do órgão ou
a legislação vigente; entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
VI - realização de vistoria para comprovação do Federal;
cumprimento das exigências pelo órgão ou entidade executivo IV - relação do corpo docente com a titulação exigida no
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal; artigo 22 desta Resolução, e do coordenador geral dos cursos;
VII - emissão do ato de credenciamento; V - apresentação do plano de curso em conformidade com
VIII - publicação do ato de credenciamento e registro da a estrutura curricular exigida nesta Resolução;
unidade militar no sistema informatizado do órgão ou VI - realização de vistoria para comprovação do
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito cumprimento das exigências pelo órgão ou entidade executivo
Federal; de trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
IX - participação do corpo funcional da unidade militar em VII - emissão do ato de credenciamento;
treinamentos efetivados pelo órgão ou entidade executivos de VIII - publicação do ato de credenciamento e registro da
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, para padronização
unidade do Sistema “S” no sistema informatizado do órgão ou
de procedimentos pedagógicos e operacionais e do sistema
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
informatizado, com a liberação de acesso mediante termo de
Federal;
uso e responsabilidades.
IX - participação do corpo funcional em treinamentos
efetivados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
Art. 14. São atribuições da unidade das Forças Armadas e Estado ou do Distrito Federal, para padronização de
Auxiliares, credenciada para ministrar o curso: procedimentos pedagógicos e operacionais do sistema
I - atender às exigências das normas vigentes, no que se informatizado, com a devida liberação de acesso mediante
refere ao curso de formação de condutores; termo de uso e responsabilidade.
II - manter atualizado o acervo bibliográfico e de material
didático-pedagógico; Art. 17. São atribuições de cada unidade das Instituições do
III - promover a atualização técnico-pedagógica do seu Serviço Nacional de Aprendizagem, credenciada para
quadro docente; ministrar cursos especializados:
IV - disponibilizar veículos automotores compatíveis com I - atender às exigências das normas vigentes;
a categoria a que se destina o curso; II - manter atualizado o acervo bibliográfico e de material
V - manter atualizadas as informações dos cursos didático-pedagógico;
oferecidos e dos respectivos corpos docente e discente, no III - promover a atualização do seu quadro docente;
sistema do órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado IV - atender às convocações do órgão ou entidade
ou do Distrito Federal; executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
VI - manter o arquivo dos documentos pertinentes ao
V - manter atualizadas as informações dos cursos
corpo docente e discente por 5 (cinco) anos conforme oferecidos e dos respectivos corpos docente e discente, no
legislação vigente. sistema informatizado do órgão ou entidade executivo de
trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
VI - manter o arquivo dos documentos pertinentes aos
corpos docente e discente por 5 (cinco) anos conforme
legislação vigente.

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DOS PROFISSIONAIS DAS ENTIDADES CREDENCIADAS Distrito Federal, nas localidades que não contarem com um
COM A FINALIDADE DE CAPACITAR DIRETOR GERAL, CFC.
DIRETOR DE ENSINO E INSTRUTOR DE TRÂNSITO PARA § 1º O instrutor não vinculado deverá atender às
OS CFC, E EXAMINADOR DE TRÂNSITO exigências previstas para o instrutor de trânsito, conforme
inciso II do art.19.
Art. 18. São exigências para os profissionais destas § 2º O instrutor de prática de direção veicular não
instituições: vinculado só poderá instruir 1 (um) candidato a cada período
I - Curso superior completo, pós-graduação lato-sensu e de 6 (seis) meses.
experiência na área de trânsito, quando Coordenador Geral. § 3º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados ou do
II - Curso superior completo, cursos relacionados ao tema Distrito Federal devem conceder a autorização para instrutor
de sua disciplina e curso específico na área do trânsito, quando não vinculado, por candidato, com vistas ao registro e à
membro do corpo docente. emissão da Licença para Aprendizagem de Direção Veicular –
LADV.
DOS CENTROS DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES – CFC § 4º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados ou do
Distrito Federal devem manter atualizados os cadastros de
Art. 19. São exigências para o exercício das atividades dos instrutores de direção veicular não vinculados, em suas
profissionais destas instituições: respectivas circunscrições.
I – Diretor Geral e Diretor de Ensino: § 5º O veículo eventualmente utilizado pelo instrutor não
vinculado, quando autorizado, deverá observar o disposto no
a) no mínimo 21 (vinte e um) anos de idade;
parágrafo único do art. 154 do CTB.
b) curso superior completo;
c) curso de capacitação específica para a atividade;
DAS INSTITUIÇÕES DO SERVIÇO NACIONAL DE
d) no mínimo dois anos de habilitação.
APRENDIZAGEM SISTEMA “S”
II – Instrutor de Trânsito:
a) no mínimo 21 (vinte e um) anos de idade;
Art. 22. São exigências para os profissionais destas
b) curso de ensino médio completo; Instituições:
c) no mínimo um ano na categoria “D”; I – Quando na função de Coordenador Geral:
d) não ter sofrido penalidade de cassação de CNH; a) mínimo de 21 (vinte e um) anos de idade;
e) não ter cometido nenhuma infração de trânsito de b) curso superior completo;
natureza gravíssima nos últimos 60 (sessenta) dias;
c) curso de capacitação específico exigido para Diretor
f) curso de capacitação específica para a atividade e curso Geral de CFC;
de direção defensiva e primeiros socorros.
d) dois anos de habilitação.
Parágrafo único. Para credenciamento junto ao órgão ou
II – Quando na função de Coordenador de Ensino:
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Federal, os profissionais referidos neste artigo deverão a) mínimo de 21 (vinte e um) anos de idade;
apresentar: b) curso superior completo;
a) Carteira Nacional de Habilitação válida; c) curso de capacitação específico exigido para Diretor de
Ensino de CFC;
b) Cadastro de Pessoa Física - CPF;
c) Diploma ou certificado de escolaridade expedido por d) dois anos de habilitação.
instituição de ensino devidamente credenciada pelo órgão Parágrafo único. Para credenciamento junto ao órgão
competente; executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, os
Coordenadores, Geral e de Ensino, deverão apresentar:
d) certificado de conclusão do curso específico de
capacitação para a atividade; a) Carteira de Identidade;
e) comprovante de residência; b) Cadastro de Pessoa Física – CPF;
f) contrato de trabalho com o CFC devidamente anotado na c) documento comprobatório de conclusão de curso
Carteira de Trabalho e Previdência Social; superior devidamente reconhecido pelo Ministério da
Educação;
g) certidão negativa do registro de distribuição e de
execuções criminais referentes às práticas de crimes contra os d) certificado de conclusão de curso de Diretor Geral ou de
costumes, fé pública, patrimônio, à administração pública, Diretor de Ensino em Instituição credenciada pelo órgão ou
privada ou da justiça e os previstos na lei de entorpecentes, entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
expedidas no local de seu domicílio ou residência. Federal;
e) CNH válida.
DAS UNIDADES DAS FORÇAS ARMADAS E AUXILIARES
Art. 23. São exigências para os Instrutores de Cursos
Art. 20. As exigências para o exercício da atividade de Especializados previstos na legislação vigente:
instrutor de trânsito e de Coordenadores Geral e de Ensino e I - No mínimo 21 (vinte e um) anos de idade;
respectiva documentação para credenciamento junto ao órgão II – Nível médio completo;
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito III – Curso de capacitação para instrutor especializado;
Federal são as referidas nos incisos I e II, do art.19 desta IV - Um ano de habilitação em categoria compatível com as
Resolução. exigidas para o curso especializado em que atuam;
V - Não ter sofrido penalidade de suspensão do direito de
DOS INSTRUTORES NÃO VINCULADOS A UM CENTRO dirigir ou cassação de CNH e não ter cometido nenhuma
DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES infração de trânsito de natureza gravíssima nos últimos 12
(doze) meses.
Art. 21. A instrução de prática de direção veicular para § 1º Para credenciamento junto ao órgão ou entidade
obtenção da CNH poderá ser realizada por instrutores de executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, o
trânsito não vinculados a um CFC, mediante prévia instrutor de curso especializado deverá apresentar:
autorização do órgão executivo de trânsito do Estado ou do a) Carteira Nacional de Habilitação válida;

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b) Cadastro de Pessoa Física - CPF; d) utilizar crachá de identificação com foto, quando no
c) Certificado de conclusão de curso médio devidamente exercício da função que será fornecido pelo órgão executivo de
reconhecido; trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
d) Certificado de conclusão do curso de instrutor e) freqüentar cursos de aperfeiçoamento ou de atualização
especializado na área de atuação; determinados pelo órgão executivo de trânsito do Estado ou
e) Certidão Negativa da Vara de Execução Criminal do do Distrito Federal;
Município onde residem e do local onde pretendem atuar. f) acatar as determinações de ordem administrativa e
§ 2º As entidades que, quando da publicação da Resolução pedagógica estabelecidas pela Instituição;
nº 168/04, se encontravam credenciadas para ministrar g) Avaliar se o candidato está apto a prestar exame de
exclusivamente cursos especializados, têm assegurada a direção veicular após o cumprimento da carga horária
continuidade do exercício de suas atividades, devendo: estabelecida.
a) efetuar recadastramento junto ao órgão executivo de II - O Diretor Geral é o responsável pela administração e o
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, renovando-o a cada correto funcionamento da Instituição, competindo-lhe, além
dois anos; de outras atribuições determinadas pelo Órgão Máximo
b) cumprir as exigências previstas nos artigos 22 e 23 Executivo de Trânsito da União:
desta Resolução. a) estabelecer e manter as relações oficiais com os órgãos
ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito;
DOS EXAMINADORES DE TRÂNSITO b) administrar a instituição de acordo com as normas
estabelecidas pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
Art. 24. São exigências mínimas para o exercício da Estado ou do Distrito Federal;
atividade de examinador de trânsito, observadas as c) decidir, em primeira instância, sobre os recursos
disposições contidas no art. 152 do CTB: interpostos ou reclamações feitas por candidato ou condutor
I - No mínimo 21(vinte e um) anos de idade; contra qualquer ato julgado prejudicial, praticado nas
II - Curso superior completo; atividades escolares;
d) dedicar-se à permanente melhoria do ensino, visando à
III - Dois anos de habilitação compatível com a categoria a
conscientização das pessoas que atuam no complexo do
ser examinada;
trânsito;
IV - Não ter sofrido penalidade de suspensão do direito de
dirigir ou cassação de CNH e não ter cometido nenhuma e) praticar todos os atos administrativos necessários à
consecução das atividades que lhe são próprias e possam
infração de trânsito de natureza gravíssima nos últimos 12
contribuir para a melhoria do funcionamento da instituição;
(doze) meses; V - Curso para examinador de trânsito.
§ 1º Para serem designados pela autoridade executiva de f) assinar, em conjunto com o Diretor de Ensino, os
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, os profissionais certificados de conclusão de cursos de formação, atualização e
referidos neste artigo deverão apresentar: reciclagem, com a identificação da assinatura;
g) aplicar as penalidades administrativas ao pessoal que
a) Carteira Nacional de Habilitação válida;
lhe é subordinado, nos termos desta Resolução;
b) Cadastro de Pessoa Física - CPF;
h) manter, em local visível, tabela de preços dos serviços
c) Certificado de conclusão de curso superior devidamente
oferecidos;
reconhecido pelo Ministério da Educação;
i) comunicar, por escrito, ao órgão ou entidade executivo
d) Certificado de conclusão do curso específico de
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal ausências e
capacitação para a atividade;
impedimentos, por motivo de força maior, podendo ser
e) Comprovante de residência; autorizada a sua substituição pelo Diretor de Ensino, por um
f) Certidão Negativa da Vara de Execução Criminal do prazo de até 30 (trinta) dias;
Município onde reside e do local onde pretende atuar. j) ministrar aulas, em casos excepcionais, quando da
§ 2º As exigências para o exercício da atividade de substituição de instrutores, mediante autorização do órgão ou
examinador de trânsito nas unidades das Forças Armadas e entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Auxiliares e respectiva documentação para credenciamento Federal;
junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou k) comunicar, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao
do Distrito Federal, são as referidas no § 1º deste artigo. órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal o desligamento de qualquer um de seus
DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NOS PROCESSOS DE instrutores ou diretores;
CAPACITAÇÃO, FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, l) freqüentar cursos de aperfeiçoamento ou de atualização
ESPECIALIZAÇÃO, ATUALIZAÇÃO E RECICLAGEM DE determinados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
CANDIDATOS A CNH E CONDUTORES Estado ou do Distrito Federal.
III - O Diretor de Ensino é o responsável pelas atividades
Art. 25. São atribuições dos profissionais que atuam nos escolares da instituição, competindo-lhe, dentre outras
processos de capacitação, formação, qualificação, atribuições determinadas pelo órgão ou entidade executivo de
especialização, atualização e reciclagem de recursos humanos, trânsito do Estado ou do Distrito Federal:
candidatos e condutores: a) orientar os instrutores no emprego de métodos, técnicas
I - O Instrutor de trânsito é o responsável direto pela e procedimentos didático-pedagógicos, dedicando-se à
formação, atualização e reciclagem de candidatos e de permanente melhoria do ensino;
condutores e o Instrutor de cursos especializados, pela b) disponibilizar informações dos cursos e dos respectivos
qualificação e atualização de condutores, competindo-lhes: corpos docente e discente nos sistemas informatizados do
a) transmitir aos candidatos os conteúdos teóricos e órgão ou entidade executivos do Estado ou do Distrito Federal;
práticos exigidos pela legislação vigente; c) manter e arquivar documentos pertinentes aos corpos
b) tratar os candidatos com urbanidade e respeito; docente e discente por 05 (cinco) anos;
c) cumprir as instruções e os horários estabelecidos no d) organizar o quadro de trabalho a ser cumprido pelos
quadro de trabalho da instituição; Instrutores;

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e) acompanhar, controlar e avaliar as atividades dos Art. 30. As irregularidades deverão ser apuradas por meio
instrutores a fim de assegurar a eficiência do ensino; de processo administrativo, e penalizadas de acordo com o
f) representar o Diretor Geral junto ao órgão ou entidade estabelecido nesta Resolução.
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, quando
este se encontrar impedido por quaisquer motivos, desde que Art. 31. São consideradas infrações de responsabilidade
previamente comunicado a estes órgãos; das instituições ou entidades e do Diretor Geral, credenciados
g) ministrar aulas teóricas, em casos excepcionais, quando pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados
da substituição de instrutores, mediante autorização do órgão e do Distrito Federal, no que couber:
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito I - negligência na fiscalização das atividades dos
Federal; instrutores, nos serviços administrativos de sua
h) frequentar cursos de aperfeiçoamento ou de atualização responsabilidade direta, bem como no cumprimento das
determinados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do atribuições previstas nesta Resolução e normas
Estado ou do Distrito Federal. complementares do órgão ou entidade executivo de trânsito
IV - O Examinador de Trânsito é o responsável pela do Estado ou do Distrito Federal;
realização dos exames previstos na legislação, competindo- II - deficiência técnico-didática da instrução teórica ou
lhe: prática;
a) avaliar os conhecimentos e as habilidades dos III - aliciamento de candidatos por meio de representantes,
candidatos e condutores para a condução de veículos corretores, prepostos e similares; e publicidade em jornais e
automotores; outros meios de comunicação, mediante oferecimento de
b) tratar os candidatos e condutores com urbanidade e facilidades indevidas e/ou ilícitas.
respeito; IV - prática de ato de improbidade contra a fé pública,
c) cumprir as instruções e os horários estabelecidos pelo contra o patrimônio ou contra a administração pública ou
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do privada;
Distrito Federal;
d) utilizar crachá de identificação com foto, emitido pela Art. 32. Será considerada infração de responsabilidade
autoridade responsável do órgão ou entidade executivo de específica do Diretor de Ensino:
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, quando no exercício I - negligência na orientação e fiscalização das atividades
da função; dos instrutores, nos serviços administrativos de sua
e) freqüentar cursos de aperfeiçoamento ou de atualização responsabilidade direta, bem como no cumprimento das
determinados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do atribuições previstas nesta Resolução e normas
Estado ou do Distrito Federal. complementares dos órgãos ou entidades executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal;
DO FUNCIONAMENTO DAS ENTIDADES II - deficiência no cumprimento da programação
CREDENCIADAS estabelecida para o(s) curso(s);
III - prática de ato de improbidade contra a fé pública,
Art. 26. Todas as entidades credenciadas devem celebrar contra o patrimônio ou contra a administração pública ou
contrato de prestação de serviços, com o candidato, contendo privada.
as especificações do curso quanto a período, horário,
condições, freqüência exigida, prazo de validade do processo, Art. 33. As infrações previstas para os coordenadores das
valores e forma de pagamento. entidades públicas ou privadas, das unidades do Serviço
Parágrafo único. A exigência de celebração do contrato de Nacional de Aprendizagem e das unidades das Forças Armadas
prestação de serviço não se aplica às unidades das Forças e Auxiliares, credenciadas para ministrar os cursos referidos
Armadas e Auxiliares. nesta Resolução, são as mesmas constantes dos artigos 31 e
32, respectivamente.
Art. 27. Os horários de realização das aulas serão § 1º Revogado
regulamentados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito § 2º O registro de que trata o § 4º do art. 33 da Resolução
do Estado ou do Distrito Federal. CONTRAN nº 168, de 14 de dezembro de 2014, para os cursos
Parágrafo único. A carga horária diária máxima permitida especializados realizados pelos órgãos ou entidades públicas
nos cursos teóricos é de 10 (dez) horas/aula e, no curso de nominados no parágrafo anterior, será realizado diretamente
prática de direção veicular, 3 (três) horas/aula, sendo, no pelo órgão máximo executivo de trânsito da União ou pelo
máximo, duas aulas práticas consecutivas por candidato ou próprio órgão ou entidade pública, a qualquer tempo e
condutor. mediante autorização (alterada pela Res 658 de 2017)

Art. 28. As entidades que permanecerem inativas por um Art. 34. São consideradas infrações de responsabilidade
período superior a 90 (noventa) dias poderão ter o específica do instrutor e do examinador:
credenciamento cancelado pelo órgão ou entidade executivo I - negligência na transmissão das normas constantes da
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, excetuando-se as legislação de trânsito, conforme estabelecido no quadro de
unidades das Forças Armadas e Auxiliares. trabalho, bem como o cumprimento das atribuições previstas
Parágrafo único. A instituição ou entidade que tiver seu nesta Resolução e normas complementares do órgão ou
credenciamento cancelado, somente poderá retornar às entidade executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito
atividades, mediante um novo processo de credenciamento. Federal;
II - falta de respeito aos candidatos;
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES III - deixar de orientar corretamente os candidatos no
processo de aprendizagem;
Art. 29. Compete aos órgãos e entidades executivos de IV - deixar de portar o crachá de identificação como
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de suas instrutor ou examinador habilitado, quando a serviço;
circunscrições, fiscalizar as entidades públicas ou privadas por
eles credenciadas.

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V - prática de ato de improbidade contra a fé pública, Art. 39. Concluída a instrução o representado terá o prazo
contra o patrimônio ou contra a administração pública ou de 10 (dez) dias para apresentar defesa escrita, contados do
privada; recebimento da notificação.
VI – realizar propaganda contrária à ética profissional;
VII – obstar ou dificultar a fiscalização do órgão executivo Art. 40. Após o julgamento, a autoridade de trânsito
de trânsito estadual ou do Distrito Federal. notificará o representado da decisão.
Parágrafo único. Da decisão da autoridade de trânsito
Art. 35. As penalidades serão aplicadas pelo órgão ou caberá recurso à autoridade superior no prazo de 30 (trinta)
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito dias.
Federal responsável pelo credenciamento, após decisão
fundamentada. Art. 41. Aplicam-se subsidiariamente ao processo
administrativo, no que couber, as disposições da Lei nº 9.784,
Art. 36. As instituições e entidades e os profissionais de 29 de janeiro de 1999.
credenciados que agirem em desacordo com os preceitos desta
Resolução estarão sujeitos às seguintes penalidades, conforme DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
a gravidade da infração:
I - advertência por escrito; Art. 42. As diretrizes, disposições gerais e estrutura
II - suspensão das atividades por até 30 (trinta) dias; curricular básica dos cursos para a capacitação e atualização
III - suspensão das atividades por até 60 (sessenta) dias; dos profissionais para atuar na formação, atualização,
IV - cassação do credenciamento. qualificação e reciclagem de candidatos e condutores fazem
§ 1º A penalidade de advertência por escrito será aplicada parte do Anexo desta Resolução.
no primeiro cometimento das infrações referidas nos incisos I
e II do art. 31, incisos I e II do art. 32 e incisos I, II, III e IV do Art. 43. É vedada a todas as entidades credenciadas a
art. 34. transferência de responsabilidade ou a terceirização das
§2º A penalidade de suspensão por até 30 (dias) será atividades para as quais foram credenciadas.
aplicada na reincidência da prática de qualquer das infrações Parágrafo único - Revogado
previstas nos incisos I e II do art. 31, incisos I e II do art. 32 e
incisos I, II, III e IV do art. 34 ou quando do primeiro Art. 43-A. Os condutores de veículos pertencentes a órgãos
cometimento da infração tipificada no inciso III do art. 31. de segurança pública e às forças armadas e auxiliares terão até
§ 3º A penalidade de suspensão por até 60 (sessenta) dias 31 de dezembro de 2019 para realizar os cursos a que se refere
será imposta quando já houver sido aplicada a penalidade o art. 145, IV do Código de Trânsito Brasileiro. (alterado pela
prevista no parágrafo anterior nos últimos 5 (cinco) anos. Res. 766 de 2018)
§ 4º O período de suspensão será aplicado
proporcionalmente à natureza e à gravidade da falta cometida. Art. 44. As informações sobre o processo de formação dos
§ 5º Durante o período de suspensão, a entidade e os profissionais, dos candidatos e condutores referidos nesta
profissionais credenciados que forem penalizados não Resolução, deverão estar contempladas em módulo do
poderão realizar suas atividades. Registro Nacional de Condutores Habilitados - RENACH, no
§ 6º A penalidade de cassação será imposta quando já prazo de até 360 dias, a partir da data de entrada em vigor
houver sido aplicada a penalidade prevista no § 3º e/ou desta Resolução.
quando do cometimento das infrações tipificadas no inciso IV
do art. 31, inciso III do art. 32 e inciso V do art. 34. Art. 45. O Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União
§ 7º Decorridos cinco anos da aplicação da penalidade ao estabelecerá os procedimentos para operacionalização da
credenciado, esta não surtirá mais efeitos como registro de integração dos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
reincidência para novas penalidades. Estados e do Distrito Federal, com as seguintes finalidades:
§ 8º Na hipótese de cancelamento do credenciamento por I - definir padrões de qualidades e procedimentos de
aplicação da penalidade de cassação, somente após 5 (cinco) monitoramento e avaliação dos processos de capacitação,
anos, poderá a entidade requerer um novo credenciamento qualificação e atualização de profissionais, e de formação,
qualificação, atualização e reciclagem de candidatos e
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO condutores;
II – permitir a disseminação de praticas e experiências bem
Art. 37. O processo administrativo será iniciado pela sucedidas na área de educação de trânsito;
autoridade de trânsito, de oficio ou mediante representação, III – padronizar e desenvolver os procedimentos didáticos
visando à apuração de irregularidades praticadas pelas básicos, assegurando a boa formação do condutor;
instituições e profissionais credenciados pelo órgão ou IV – integrar todos os procedimentos e as informações
entidade executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito quanto à formação, habilitação e desempenho de candidatos,
Federal, observando o principio da ampla defesa e do permitindo, simultaneamente, o acompanhamento das
contraditório. entidades e organizações formadoras e fiscalizadoras.
§ 1º Em caso de risco iminente, a Administração Pública
poderá motivadamente adotar providências acauteladoras Art. 46. É assegurado o direito ao exercício da profissão aos
sem a prévia manifestação do interessado. instrutores de trânsito que já estejam credenciados nos órgãos
§ 2º O representado será notificado da instauração do ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
processo administrativo. Federal até a entrada em vigor da Lei nº 12.302, de 2 de agosto
de 2010.
Art. 38. A autoridade, de ofício ou a requerimento do §1º. Os demais profissionais que já estejam credenciados
representado, poderá determinar a realização de perícias ou junto aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
de quaisquer outros atos necessários à elucidação dos fatos Estados e do Distrito Federal terão até 13 de agosto de 2020
investigados. para adequação às exigências estabelecidas nesta Resolução.”
(alterado pela Res 542 de 2015)

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§2º Para fins de credenciamento junto ao órgão ou 2. Ao Diretor Geral de CFC:


entidade executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal, • planejar e avaliar as atividades desenvolvidas no CFC;
serão aceitos os certificados de cursos concluídos até a data da • coordenar atividades administrativas, gerenciando os
entrada em vigor desta Resolução. recursos humanos e financeiros do CFC;
• participar do planejamento estratégico da instituição;
Art. 47. As instituições ou entidades já credenciadas pelos • interagir com a comunidade e setor público;
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do • exercer liderança demonstrando capacidade de resolver
Distrito Federal terão o prazo de até 1 (um) ano para conflitos.
adequação às exigências de infraestrutura física estabelecidas
nesta Resolução.
3. Ao Diretor de Ensino de CFC:
• planejar e avaliar atividades educacionais realizadas no
Art. 48. Os Instrutores e Examinadores de Trânsito, CFC;
credenciados pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito
• coordenar as atividades pedagógicas do CFC;
dos Estados e do Distrito Federal, serão periodicamente
• coordenar a atuação dos instrutores no CFC;
avaliados em exame nacional, na forma da Resolução nº
321/09 do CONTRAN. • participar do planejamento estratégico da instituição;
• interagir com a comunidade e setor público;
Art. 49. Esta Resolução entra em vigor na data de sua • exercer liderança demonstrando capacidade de resolver
publicação, ficando revogadas as Resoluções nos 74/1998 e conflitos.
198/2006 do CONTRAN e as disposições contrárias.
4. Ao Examinador de trânsito:
Alfredo Peres da Silva • avaliar os conhecimentos e as habilidades dos candidatos
Presidente e condutores para a condução de veículos automotores;
• demonstrar habilidade de relações interpessoais nas
situações de exame
ANEXO À RESOLUÇÃO Nº 358 DE 13 DE AGOSTO DE
2010
II – DAS EXIGÊNCIAS PARA INGRESSO NOS CURSOS
DIRETRIZES, DISPOSIÇÕES GERAIS E ESTRUTURA a) De Instrutor de Trânsito:
CURRICULAR BÁSICA DOS CURSOS PARA FORMAÇÃO DE • ser maior de 21 anos;
RECURSOS HUMANOS PARA ATUAR NO PROCESSO DE • comprovar escolaridade de ensino médio;
FORMAÇÃO DE CONDUTORES • ser habilitado no mínimo há dois anos;
• ser aprovado em avaliação psicológica para fins
1. curso para instrutor de trânsito; pedagógicos;
2. curso para instrutor de curso especializado para
condutor de veículo; b) De Diretores de CFC ou de Examinadores de Trânsito:
3. curso para diretor geral de CFC; • ser maior de 21 anos;
4. curso para diretor de ensino de CFC; • comprovar escolaridade de ensino superior completo;
5. curso para examinador de trânsito; • apresentar o certificado de conclusão do curso especifico
6. cursos de atualização para os profissionais habilitados. de capacitação para instrutor de transito realizado pelo órgão
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal ou por
1. DIRETRIZES GERAIS entidade credenciada.
I – DOS FINS
Estes cursos têm a finalidade de capacitar profissionais III – DA AVALIAÇÃO
para atuar no processo de formação, atualização, qualificação Ao final de cada módulo será realizada prova sobre
e reciclagem de condutores de veículos automotores e conteúdos trabalhados pelas instituições que ministram os
elétricos. cursos.
Será considerado aprovado no curso de capacitação o
Para atingir seus fins, estes cursos devem dar condições aluno que obtiver aproveitamento mínimo de 70 % em cada
de: módulo.
O aluno reprovado ao final do módulo poderá realizar nova
prova a qualquer momento, sem prejuízo da continuidade do
1. Ao Instrutor de Trânsito e ao Instrutor de Curso
curso. Caso ainda não consiga resultado satisfatório deverá
Especializado:
repetir o módulo em outra edição do curso.
a. planejar e avaliar atividades educativas do processo de
Com freqüência mínima de 75% em cada um dos módulos.
formação de condutores;
Caso o aluno não atinja o mínimo de freqüência estabelecido
b. demonstrar flexibilidade, compatibilizando diferenças
em um ou mais módulo (s), poderá repeti-lo (s) em outra
entre os candidatos e turma ou edição do curso, aproveitando os módulos em que
condutores; atingiu o estabelecido.
c. demonstrar domínio do conteúdo a ser ministrado no Nos cursos de atualização, a avaliação será feita através de
processo de formação, observação direta e constante do desempenho dos alunos,
qualificação, atualização e reciclagem de condutores de sendo dispensado atribuição de nota ao final do curso.
veículos automotores e elétricos.
d. ministrar aulas práticas de direção veicular, IV – DA CERTIFICAÇÃO
acompanhando e avaliando o desempenho a) Será emitido certificado de conclusão do curso de
dos candidatos e condutores; capacitação ao aluno aprovado em
e. demonstrar domínio no processo de formação de todos os módulos do curso;
condutores de veículos automotores e elétricos.
b) Será emitido certificado de conclusão do curso de
atualização ao aluno com freqüência mínima de 75% em cada

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um dos módulos. Caso o aluno não atinja o mínimo de • Orientações pedagógicas para o processo de formação de
freqüência estabelecido em um ou mais módulo (s), poderá condutores: especificidade da atuação do instrutor nos cursos
repeti-lo (s) em outra turma ou edição do curso, aproveitando teórico e de prática de direção veicular em veículos de duas e
os módulos em que atingiu o estabelecido. de quatro ou mais rodas.
c) Os alunos certificados neste (s) curso (s) terão os dados • Acompanhamento e avaliação no processo de ensino e
correspondentes registrados nos sistemas informatizados do aprendizagem: importância, procedimentos e habilidades
órgão ou entidade executivos de trânsito do Estado ou do necessárias.
Distrito Federal.
d) Os certificados deverão conter no mínimo os seguintes 3.1.3. MODULO III - LÍNGUA PORTUGUESA 8 HORAS-AULA
dados: • Habilidades de comunicação e expressão oral e escrita.
• Importância da comunicação no processo de
• nome completo do aluno; aprendizagem e na direção de um veículo.
• data de conclusão do curso; • Interpretação de textos.
• assinaturas dos diretores da entidade ou instituição;
• módulos, carga horária, nome dos professores, 3.1.4. MODULO IV – CONTEÚDOS A SEREM
aproveitamento do aluno em cada módulo; DESENVOLVIDOS NOS CURSOS TEÓRICOS - 92 HORAS-AULA
• registro e assinatura do dirigente do órgão executivo de
trânsito do estado ou do Distrito Federal. ● Legislação de Trânsito –32 horas-aula
Código de Trânsito Brasileiro: Sistema Nacional de
V– DA VALIDADE Trânsito – SNT; Órgãos executivos, normativos e consultivos;
a. Os cursos terão validade máxima de 5 (cinco) anos, vias públicas; habilitação de condutores; normas de circulação
quando os profissionais deverão e conduta; infrações e penalidades; medidas administrativas;
realizar curso de atualização; processo administrativo; crimes de trânsito; sinalização.
b. O profissional deverá apresentar certificado do curso de Resoluções do CONTRAN: resoluções aplicáveis ao processo
atualização dentro do período previsto na alínea anterior, de habilitação, sinalização viária, documentação obrigatória e
quando da renovação do seu credenciamento junto ao órgão educação para o trânsito.
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Federal. ● Direção defensiva –20 horas-aula
c. Os cursos terão validade em todo o Território Nacional. Definição e elementos da direção defensiva; física aplicada
– conceitos de física aplicados ao trânsito; condições adversas
2. DISPOSIÇÕES GERAIS do meio ambiente e da via; normas para ultrapassagem;
acidentes de trânsito – situações de risco e como evitá-los;
• Considera-se hora aula o período de 50 (cinqüenta) condução econômica; manutenção preventiva do veículo;
minutos. condutor defensivo - procedimentos defensivos; a
• A carga horária diária máxima não poderá ultrapassar 10 responsabilidade do condutor de veiculo de maior porte em
relação aos de menor porte; pilotagem de motocicleta -
(dez) horas aula.
equipamentos obrigatórios; postura do motociclista; aspectos
físico, emocional e social do condutor e interferência na
3. ESTRUTURA CURRICULAR BÁSICA segurança do trânsito.

3.1 - CURSO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO 180 HORAS- ● Noções de primeiros socorros e Medicina de Tráfego –12
AULA horas-aula
3.1.1. MÓDULO I – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO 16 A legislação de trânsito e os socorros de urgência;
HORAS-AULA verificação das condições gerais da vítima; cuidados com a
• Fundamentos da Educação - relação educação e vítima – o que não fazer; ações básicas no local do acidente -
sociedade: dimensões filosófica, sociocultural e pedagógica; sinalização do local, acionamento de recursos, telefones de
teorias educacionais. emergência;
• Currículo e construção do conhecimento: processo de
ensino-aprendizagem. • Noções de proteção e respeito ao meio ambiente e de
• Noções de Psicologia da Educação - Bases psicológicas da convívio social no trânsito 12 horas-aula
aprendizagem: conceitos básicos; principais teorias e suas Poluição ambiental causada por veículos automotores –
contribuições; processo de aprendizagem do jovem e do emissão sonora, de gases e de partículas - manutenção
adulto; relações da psicologia e a prática pedagógica. preventiva do veículo; meio ambiente - contexto atual e
• Relação instrutor/candidato - atribuições do instrutor: regulamentação do CONAMA sobre poluição causada por
instrutor como educador; princípios éticos da relação veículos; relações interpessoais – diferenças individuais, o
instrutor/candidato ou condutor; direitos, deveres e indivíduo como cidadão.
responsabilidade civil durante as aulas de direção veicular;
interdependência entre ação profissional e princípios éticos.
• Psicologia Aplicada à Segurança no Trânsito – 8 horas-
• Relacionamentos no Trânsito. aula
Relações interpessoais; a obediência às leis e à sinalização;
3.1.2. MODULO II – DIDÁTICA 20 HORAS-AULA o controle das emoções; a atenção e cuidados indispensáveis a
• Processo de planejamento: concepção, importância, segurança do trânsito.
dimensões e níveis; planejamento de ensino em seus
elementos constitutivos: objetivos e conteúdos de ensino; ● Noções sobre funcionamento do veículo de 2 e 4 rodas /
métodos e técnicas; multimídia educativa e avaliação Mecânica Básica - 8 horasaula.
educacional; processo de planejamento e a elaboração de
Equipamentos de uso obrigatório do veículo e sua
planos de ensino: objetivos, conteúdos, métodos e técnicas de
utilização; extintor de incêndio – manuseio e uso;
ensino, recursos didáticos e avaliação.
responsabilidade do condutor com a manutenção do veículo;

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APOSTILAS OPÇÃO

alternativas de solução para reparos, em eventos de • Relações interpessoais – a interação saudável e solidária
emergência mais comuns, no veículo com passageiros, pedestres e demais condutores e agentes de
trânsito.
3.1.5 – MÓDULO V – PRÁTICA DE DIREÇÃO VEICULAR EM • Diferenças individuais - características dos usuários do
VEÍCULO DE DUAS E QUATRO RODAS – 24 HORAS-AULA transporte coletivo, responsabilidade e cuidados
especializados.
• Postura do instrutor na condução das orientações com o • Responsabilidades da empresa e do condutor:
veículo em movimento e procedimentos nas solicitações de passageiros, usuários das vias, meio ambiente e vítimas, em
manobra. casos de acidente.
• O veículo de duas ou três rodas: funcionamento,
equipamentos obrigatórios e sistemas. 3.2.2. CURSO PARA INSTRUTORES DE CURSO PARA
• O veículo de quatro rodas: funcionamento, equipamentos CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE ESCOLAR - 270
obrigatórios e sistemas. HORAS-AULA
• Os pedestres, os ciclistas e demais atores do processo de 3.2.2.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR DE TRÂNSITO
circulação. – 180 HORAS- AULA
• Prática de direção veicular na via pública: direção
defensiva, normas de circulação e conduta, parada e 3.2.2.2. MÓDULO II - CURSO PARA CONDUTORES DE
estacionamento, observância da sinalização e comunicação; VEÍCULO DE TRANSPORTE ESCOLAR - 50 HORAS- AULA
cuidados e atenção especiais com a circulação com veículos de
duas ou três rodas. 3.2.2.3 MÓDULO III – O TRANSPORTE ESCOLAR –
FUNDAMENTOS E NOÇÕES GERAIS – 40 HORAS-AULA
3.1.6 – MODULO VI - PRÁTICA DE ENSINO
SUPERVISIONADO 20 HORASAULA • Legislação aplicada (nacional, estadual e municipal) ao
transporte escolar.
• Planejamento da prática de ensino – 5 horas-aula. • Direção defensiva aplicada ao transporte escolar;
Elaborar instrumentos de observação de aulas, de planos comportamentos seguros e sua importância para a segurança
de aula e de relatórios, sob supervisão do professor da dos passageiros do veículo de transporte escolar e demais
Instituição de Ensino em que realizou o curso; atores do trânsito.
• Valores, habilidades e atitudes – o papel destes fatores no
• Observação de aulas – 10 horas-aula, sendo: cotidiano do condutor de veículo de transporte escolar.
5 horas de observação de aula teórica; • Relações interpessoais – a interação saudável e solidária
3 horas de observação de aula prática de direção veicular com passageiros do transporte escolar e demais condutores e
em veículo de quatro rodas nas diferentes categorias de sua agentes de trânsito.
habilitação; • Diferenças individuais - características da infância,
2 horas de observação de aula prática de direção veicular adolescência, e fase adulta; pessoas com necessidades
em veículo de duas rodas; Apresentar relatório, ao final das especiais: responsabilidade e cuidados especializados.
observações feitas em CFC credenciado pelo DETRAN. • Responsabilidades da empresa e do condutor do veículo
de transporte escolar:
• Prática de ensino – 5 horas-aula. escolares, meio ambiente e vítimas, em casos de acidente.
Cada aluno deverá ministrar aula teórica, sob supervisão •
do professor da Instituição de Ensino em que realizou o curso. 3.2.3. CURSO PARA INSTRUTOR DE CURSO
ESPECIALIZADO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE
3.2 CURSOS PARA INSTRUTOR DE CURSO ESPECIALIZADO TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS - 270 HORAS-AULA
PARA CONDUTORES
3.2.3.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR DE TRÂNSITO
3.2.1. CURSO PARA INSTRUTORES DE CURSO – 180 HORASAULA
ESPECIALIZADO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE
TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIRO – 270 3.2.3.2. MÓDULO II - CURSO PARA CONDUTORES DE
HORAS-AULA VEÍCULO DE TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS - 50
3.2.1.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR DE TRÂNSITO HORAS-AULA
– 180 HORAS- AULA
3.2.3.3 MÓDULO III – O TRANSPORTE DE PRODUTOS
3.2.1.2. MÓDULO II - CURSO PARA CONDUTORES DE PERIGOSOS - FUNDAMENTOS E NOÇÕES GERAIS – 40 HORAS-
VEÍCULO DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS – 50 AULA
HORAS-AULA • Legislação aplicada (nacional, estadual e municipal) ao
transporte de produtos perigosos.
3.2.1.3 MÓDULO III – O TRANSPORTE COLETIVO DE • Direção defensiva aplicada e comportamento preventivo
PASSAGEIROS - NOÇÕES GERAIS – 40 HORAS-AULA do transporte de produtos perigosos; comportamento seguro
e sua importância para a segurança do condutor de veículos de
transporte de produtos perigosos e demais atores do trânsito.
• Legislação aplicada (nacional, estadual e municipal) ao
transporte de passageiros. • Relações interpessoais – a interação saudável e solidária
com os demais condutores, pedestres e agentes de trânsito e
• Direção defensiva aplicada ao transporte coletivo de
de transporte.
passageiros; comportamentos seguros e sua importância para
a segurança dos passageiros do veículo de transporte coletivo • Valores, habilidades e atitudes – o papel destes fatores no
e demais atores do trânsito. cotidiano do condutor de veículo de produtos perigosos.
• Responsabilidades da empresa e do condutor do veículo
• Valores, habilidades e atitudes – o papel destes fatores no
de transporte de produtos perigosos com a carga, usuários das
cotidiano do condutor de veículo de transporte de passageiros.
vias, meio ambiente e vítimas, em casos de acidente.

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• Aperfeiçoamento em reações químicas e seus riscos. • Visão sistêmica em gestão de pessoas: recrutamento e
seleção, desenvolvimento, gestão de desempenho e
3.2.4. CURSO PARA INSTRUTOR DE CURSO remuneração.
ESPECIALIZADO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE • Desenvolvimento de habilidades gerenciais: liderança;
EMERGÊNCIA - 270 HORAS-AULA integração de equipes de trabalho, técnicas de negociação,
administração de conflitos, delegação.
3.2.4.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR DE TRÂNSITO
– 180 HORAS- AULA 3.3.5. MÓDULO V – O PAPEL DO CFC NA SOCIEDADE – 4
HORAS-AULA
3.2.4.2. MÓDULO II - CURSO PARA CONDUTORES DE • Postura do diretor na condução do CFC.
VEÍCULO DE EMERGÊNCIA - 50 HORAS-AULA • Responsabilidade social do CFC na construção de um
trânsito mais seguro e cidadão.
3.2.4.3 MÓDULO III – SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA – • Relações dos CFC com a comunidade e os órgãos do SNT.
FUNDAMENTOS E
NOÇÕES GERAIS – 40 HORAS-AULA 3.4 CURSO PARA DIRETOR DE ENSINO DE CFC: 220
• Legislação aplicada (nacional, estadual e municipal) aos HORAS-AULA
veículos de emergência.
• Direção defensiva aplicada aos veículos de emergência; 3.4.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR DE TRANSITO –
comportamento seguro e sua importância para a segurança do 180 HORAS-AULA
condutor de veículos de emergência e demais atores do
trânsito. 3.4.2. MÓDULO II – NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO E
• Valores, habilidades e atitudes – o papel destes fatores no SUPERVISÃO ESCOLAR -
cotidiano do condutor de veículo de emergência. 24 HORAS-AULA
• Relações interpessoais – a interação com os demais • Noções de supervisão pedagógica: o papel do diretor de
condutores, pedestres, passageiros, outros condutores e ensino como coordenador das ações pedagógicas do CFC.
agentes de trânsito. • Planejamento global da instituição: seleção de métodos,
• Responsabilidades das instituições e entidades e do técnicas e procedimentos de ensino e avaliação; elaboração do
condutor do veículo de emergência com as pessoas plano de curso.
transportadas, usuários das vias, meio ambiente e vítimas em • Planejamento e realização de reuniões de cunho técnico
casos de acidente, com as vítimas e demais usuários das vias. pedagógico com os instrutores do CFC.
• Procedimentos e técnicas de acompanhamento e
3.3 CURSO PARA DIRETOR GERAL DE CFC - 220 HORAS avaliação do desempenho dos instrutores.
AULA • Noções básicas de estatística para tratamento dos
resultados dos candidatos nos exames.
3.3.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR DE TRÂNSITO – • Regimento escolar: definição, aspectos básicos e
180 HORAS-AULA importância para o CFC.
• Estrutura e funcionamento do CFC: atos normativos
3.3.2. MÓDULO II – NOÇÕES GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO específicos.
–12 HORAS-AULA • Papel do diretor de ensino na busca de soluções para
• Organização: conceito, objetivos, missão, visão e problemas de aprendizagem candidato/condutor.
elementos de uma empresa; processos de trabalho; • Psicologia da Aprendizagem / Andragogia.
normalização de procedimentos; planejamento estratégico.
• Princípios éticos aplicáveis às atividades empresariais: 3.4.3. MÓDULO III – GESTÃO DE PESSOAS –12 horas-aula
clientes, concorrentes, fornecedores, empregados e • Relações interpessoais: características individuais,
governantes. relacionamento vertical e horizontal, comunicação, motivação;
• Noções de administração financeira e contábil: contas a ética e respeito nas relações interpessoais.
pagar e a receber; folha de pagamento; faturamento; • Visão sistêmica em gestão de pessoas: recrutamento e
balancete, apuração de resultados; gestão tributária; gestão de seleção, desenvolvimento, gestão de desempenho e
custos. remuneração.
• Empreendedorismo: conceito; perfil do empreendedor. • Desenvolvimento de habilidades gerenciais: liderança;
integração de equipes de trabalho, técnicas de negociação,
3.3.3. MÓDULO III – NOÇÕES DE DIREITO administração de conflitos, delegação.
ADMINISTRATIVO – 12 HORASAULA
• Instituições de direito público e privado. 3.4.4. MÓDULO IV – O PAPEL DO CFC NA SOCIEDADE – 4
• Entidades credenciadas pelos Órgãos ou entidades HORAS-AULA
executivos de trânsito dos estados ou do Distrito Federal, • Postura do diretor na condução do CFC.
exigências e responsabilidades. • Responsabilidade social do CFC na construção de um
• Atos normativos relativos à atuação do CFC. trânsito mais seguro e cidadão.
• Noções de relações trabalhistas. • Relações dos CFC com a comunidade e os órgãos do SNT.
• Contratos de prestação de serviço.
3.5 CURSO PARA EXAMINADORES DE TRANSITO – 208
3.3.4. MÓDULO IV – GESTÃO DE PESSOAS –12 HORAS- HORAS-AULA
AULA
• Relações interpessoais: características individuais; 3.5.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR DE TRANSITO –
relacionamento vertical e horizontal; comunicação, 180 HORAS-AULA
motivação; ética e respeito nas relações interpessoais.

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3.5.2. MÓDULO II – FUNDAMENTOS DO PROCESSO DA igualmente, pela adoção do Princípio da Reciprocidade, no


AVALIAÇÃO – 12 HORAS- AULA prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, respeitada a
• Avaliação/ conceito, teorias, técnicas e medidas validade da habilitação de origem.
educacionais. § 1° O prazo a que se refere o caput deste artigo iniciar-se-
á a partir da data de entrada no âmbito territorial brasileiro.
3.5.3. MÓDULO III – ASPECTOS PSICOLOGICOS NO § 2º O órgão máximo Executivo de Trânsito da União
PROCESSO DE informará aos demais órgãos ou entidades do Sistema
AVALIAÇÃO – 4 HORAS-AULA Nacional de Trânsito a que países se aplica o disposto neste
• Comportamentos mais comuns em situações de artigo.
avaliação. § 3° O condutor de que trata o caput deste artigo deverá
portar a carteira de habilitação estrangeira, dentro do prazo
3.5.4. MÓDULO IV – PAPEL DO EXAMINADOR NO de validade, acompanhada do seu documento de identificação.
PROCESSO DE § 4° O condutor estrangeiro, após o prazo de 180 (cento e
HABILITAÇÃO – 12 HORAS-AULA oitenta) dias de estada regular no Brasil, pretendendo
continuar a dirigir veículo automotor no âmbito territorial
• Atribuições do examinador de trânsito.
brasileiro, deverá submeter-se aos Exames de aptidão Física e
• Princípios éticos das relações examinador/ candidato ou
Mental e Avaliação Psicológica, nos termos do artigo 147 do
condutor.
CTB, respeitada a sua categoria, com vistas à obtenção da
Carteira Nacional de Habilitação.
3.6 CURSOS DE ATUALIZAÇÃO - PARA OS PROFISSIONAIS § 5º Na hipótese de mudança de categoria deverá ser
HABILITADOS NOS CURSOS PARA INSTRUTORES DE obedecido o estabelecido no artigo 146 do Código de Trânsito
TRÂNSITO, INSTRUTORES DE CURSOS ESPECIALIZADOS Brasileiro.
PARA CONDUTORES DE VEÍCULOS, DIRETOR GERAL DE
§ 6° O disposto nos parágrafos anteriores não terá caráter
CFC, DIRETOR DE ENSINO DE CFC, EXAMINADORES DE de obrigatoriedade aos diplomatas ou cônsules de carreira e
TRANSITO – 20 HORAS-AULA (CADA). àqueles a eles equiparados.

Os cursos de atualização terão uma carga horária mínima Art. 2º. O condutor de veículo automotor, oriundo de país
de 20 horas aula, cada um, sobre os conteúdos dos cursos de estrangeiro e nele habilitado, em estada regular, desde que
capacitação, abordando as atualizações na legislação, a penalmente imputável no Brasil, detentor de habilitação não
evolução tecnológica e estudos de casos, relacionando a reconhecida pelo Governo brasileiro, poderá dirigir no
pratica com os fundamentos teóricos destes cursos. Território Nacional mediante a troca da sua habilitação de
origem pela equivalente nacional junto ao órgão ou entidade
executiva de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal e ser
aprovado nos Exames de Aptidão Física e Mental, Avaliação
360/2010; Psicológica e de Direção Veicular, respeitada a sua categoria,
com vistas à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação.

Art. 3°. Ao cidadão brasileiro habilitado no exterior serão


RESOLUÇÃO Nº 360, DE 29 DE SETEMBRO DE 201010 aplicadas as regras estabelecidas nos artigos 1° ou 2°,
respectivamente, comprovando que mantinha residência
Dispõe sobre a habilitação do candidato ou condutor normal naquele País por um período não inferior a 06 (seis)
estrangeiro para direção de veículos em território nacional. meses quando do momento da expedição da habilitação.
Parágrafo único. A comprovação de residência
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, no mencionada no 'caput' deste artigo, para habilitações oriundas
uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 12, inciso de países fronteiriços (Uruguai, Paraguai, Argentina,
I e X, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu Colômbia, Peru, Bolívia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa,
o Código de Trânsito Brasileiro e, conforme o Decreto nº 4.711, Suriname), Chile e Equador, se dará com a apresentação de
de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Atestado, Declaração ou Certidão da autoridade consular do
Sistema Nacional de Trânsito e, Brasil no respectivo país. (Acrescentado pela Res 671 de 2017)

CONSIDERANDO o inteiro teor dos Processos de números Art. 4°. O estrangeiro não habilitado, com estada regular no
80001.006572/2006-25, 80001.003434/2006-94, Brasil, pretendendo habilitar-se para conduzir veículo
80001.035593/2008-10 e 80000.028410/2009-09; automotor no Território Nacional, deverá satisfazer todas as
exigências previstas na legislação de trânsito brasileira em
CONSIDERANDO a necessidade de uma melhor vigor.
uniformização operacional acerca do condutor estrangeiro; e,
Art. 5°. Quando o condutor habilitado em país estrangeiro
CONSIDERANDO a necessidade de compatibilizar as cometer infração de trânsito, cuja penalidade implique na
normas de direito internacional de com as diretrizes da proibição do direito de dirigir, a autoridade de trânsito
legislação de trânsito brasileira em vigor s, resolve: competente tomará as seguintes providências com base no
artigo 42 da Convenção sobre Trânsito Viário, celebrada em
Art. 1º. O condutor de veículo automotor, oriundo de país Viena e promulgada pelo Decreto n° 86.714, de 10 de
estrangeiro e nele habilitado, desde que penalmente dezembro de 1981:
imputável no Brasil, poderá dirigir no Território Nacional I – recolher e reter o documento de habilitação, até que
quando amparado por convenções ou acordos internacionais, expire o prazo da suspensão do direito de usá-la, ou até que o
ratificados e aprovados pela República Federativa do Brasil e,

10 Disponível em: http://www.denatran.gov.br/index.php/resolucoes - acesso

em 17.12.2018.

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condutor saia do território nacional, se a saída ocorrer antes CONSIDERANDO o disposto nos processos nºs
de expirar o prazo; 80001.005410/2006-70, 80001.002634/2006-20 e
II – comunicar à autoridade que expediu ou em cujo nome 80000.000042/2013-11;
foi expedido o documento de habilitação, a suspensão do RESOLVE,
direito de usá-la, solicitando que notifique ao interessado da
decisão tomada; Art. 1º Definir os procedimentos a serem adotados pelas
III – indicar no documento de habilitação, que o mesmo autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do
não é válido no território nacional, quando se tratar de consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que
documento de habilitação com validade internacional. determine dependência, para aplicação do disposto nos arts.
Parágrafo único. Quando se tratar de missão diplomática, 165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997
consular ou a elas equiparadas, as medidas cabíveis deverão – Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
ser tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores.
Art. 2º A fiscalização do consumo, pelos condutores de
Art.6°. O condutor com Habilitação Internacional para veículos automotores, de bebidas alcoólicas e de outras
Dirigir, expedida no Brasil, que cometer infração de trânsito substâncias psicoativas que determinem dependência deve ser
cuja penalidade implique na suspensão ou cassação do direito procedimento operacional rotineiro dos órgãos de trânsito.
de dirigir, terá o recolhimento e apreensão desta, juntamente
com o documento de habilitação nacional, ou pelo órgão ou Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito psicomotora em razão da influência de álcool ou de outra
Federal. substância psicoativa que determine dependência dar-se-á por
Parágrafo único. A Carteira Internacional expedida pelo meio de, pelo menos, um dos seguintes procedimentos a serem
órgão ou entidade executiva de trânsito do Estado ou do realizados no condutor de veículo automotor:
Distrito Federal não poderá substituir a CNH. I – exame de sangue;
II – exames realizados por laboratórios especializados,
Art. 7°. Ficam revogadas as Resoluções n° 193/2006 e n° indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela
345/2010 – CONTRAN e os artigos 29, 30,31 e 32 da Resolução Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias
n° 168/2004 e as disposições em contrário. psicoativas que determinem dependência;
III – teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico
Art. 8°. Esta Resolução entra em vigor na data de sua no ar alveolar (etilômetro);
publicação. IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da
capacidade psicomotora do condutor.
Alfredo Peres da Silva § 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também
Presidente poderão ser utilizados prova testemunhal, imagem, vídeo ou
qualquer outro meio de prova em direito admitido.
§ 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar a
utilização do teste com etilômetro.
432/2013; § 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração da
capacidade psicomotora na forma do art. 5º ou haja
comprovação dessa situação por meio do teste de etilômetro e
houver encaminhamento do condutor para a realização do
RESOLUÇÃO Nº 432, DE 23 DE JANEIRO DE 201311 exame de sangue ou exame clínico, não será necessário
aguardar o resultado desses exames para fins de autuação
Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas administrativa.
autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do
consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que DO TESTE DE ETILÔMETRO
determine dependência, para aplicação do disposto nos arts.
165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 Art. 4º O etilômetro deve atender aos seguintes requisitos:
– Código de Trânsito Brasileiro (CTB). I – ter seu modelo aprovado pelo INMETRO;
II – ser aprovado na verificação metrológica inicial,
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, no uso das eventual, em serviço e anual realizadas pelo Instituto Nacional
atribuições que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO ou por órgão
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ;
Brasileiro, e nos termos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 Parágrafo único. Do resultado do etilômetro (medição
de maio de 2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional realizada) deverá ser descontada margem de tolerância, que
de Trânsito. será o erro máximo admissível, conforme legislação
metrológica, de acordo com a “Tabela de Valores Referenciais
CONSIDERANDO a nova redação dos art. 165, 276, 277 e para Etilômetro” constante no Anexo I.
302, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, dada pela Lei
nº 12.760, de 20 de dezembro de 2012; DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE
CONSIDERANDO o estudo da Associação Brasileira de PSICOMOTORA
Medicina de Tráfego, ABRAMET, acerca dos procedimentos
médicos para fiscalização do consumo de álcool ou de outra Art. 5º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora
substância psicoativa que determine dependência pelos poderão ser verificados por:
condutores; e

11

http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/(resolu%C3%A7%C3%A3o
%20432.2013c).pdf

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I – exame clínico com laudo conclusivo e firmado por médico I – no caso de encaminhamento do condutor para exame de
perito; ou sangue, exame clínico ou exame em laboratório especializado, a
II – constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsito, dos referência a esse procedimento;
sinais de alteração da capacidade psicomotora nos termos do II – no caso do art. 5º, os sinais de alteração da capacidade
Anexo II. psicomotora de que trata o Anexo II ou a referência ao
§ 1º Para confirmação da alteração da capacidade preenchimento do termo específico de que trata o § 2º do art. 5º;
psicomotora pelo agente da Autoridade de Trânsito, deverá ser III – no caso de teste de etilômetro, a marca, modelo e nº de
considerado não somente um sinal, mas um conjunto de sinais série do aparelho, nº do teste, a medição realizada, o valor
que comprovem a situação do condutor. considerado e o limite regulamentado em mg/L;
§ 2º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora de IV – conforme o caso, a identificação da (s) testemunha (s),
que trata o inciso II deverão ser descritos no auto de infração ou se houve fotos, vídeos ou outro meio de prova complementar, se
em termo específico que contenha as informações mínimas houve recusa do condutor, entre outras informações disponíveis.
indicadas no Anexo II, o qual deverá acompanhar o auto de § 1º Os documentos gerados e o resultado dos exames de que
infração. trata o inciso I deverão ser anexados ao auto de infração.
§ 2º No caso do teste de etilômetro, para preenchimento do
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA campo “Valor Considerado” do auto de infração, deve-se
observar as margens de erro admissíveis, nos termos da “Tabela
Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I.
caracterizada por:
I – exame de sangue que apresente qualquer concentração DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
de álcool por litro de sangue;
II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou Art. 9° O veículo será retido até a apresentação de condutor
superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar alveolar habilitado, que também será submetido à fiscalização.
expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo admissível nos Parágrafo único. Caso não se apresente condutor habilitado
termos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” ou o agente verifique que ele não está em condições de dirigir, o
constante no Anexo I; veículo será recolhido ao depósito do órgão ou entidade
III – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtidos responsável pela fiscalização, mediante recibo.
na forma do art. 5º.
Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades e medidas Art. 10. O documento de habilitação será recolhido pelo
administrativas previstas no art. 165 do CTB ao condutor que agente, mediante recibo, e ficará sob custódia do órgão ou
recusar a se submeter a qualquer um dos procedimentos entidade de trânsito responsável pela autuação até que o
previstos no art. 3º, sem prejuízo da incidência do crime previsto condutor comprove que não está com a capacidade psicomotora
no art. 306 do CTB caso o condutor apresente os sinais de alterada, nos termos desta Resolução.
alteração da capacidade psicomotora. § 1º Caso o condutor não compareça ao órgão ou entidade
de trânsito responsável pela autuação no prazo de 5 (cinco) dias
DO CRIME da data do cometimento da infração, o documento será
encaminhado ao órgão executivo de trânsito responsável pelo
Art. 7º O crime previsto no art. 306 do CTB será seu registro, onde o condutor deverá buscar seu documento.
caracterizado por qualquer um dos procedimentos abaixo: § 2º A informação de que trata o § 1º deverá constar no
I – exame de sangue que apresente resultado igual ou recibo de recolhimento do documento de habilitação.
superior a 6 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue (6
dg/L); DISPOSIÇÕES GERAIS
II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou
superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar alveolar Art. 11. É obrigatória a realização do exame de alcoolemia
expirado (0,34 mg/L), descontado o erro máximo admissível nos para as vítimas fatais de acidentes de trânsito.
termos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro”
constante no Anexo I; Art. 12. Ficam convalidados os atos praticados na vigência
III – exames realizados por laboratórios especializados, da Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de dezembro de 2012,
indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela com o reconhecimento da margem de tolerância de que trata o
Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias art. 1º da Deliberação CONTRAN referida no caput (0,10 mg/L)
psicoativas que determinem dependência; como limite regulamentar.
IV – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtido
na forma do art. 5º. Art. 13. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº 109, de
§ 1º A ocorrência do crime de que trata o caput não elide a 21 de Novembro de 1999, e nº 206, de 20 de outubro de 2006, e
aplicação do disposto no art. 165 do CTB. a Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de dezembro de 2012.
§ 2º Configurado o crime de que trata este artigo, o condutor Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
e testemunhas, se houver, serão encaminhados à Polícia publicação.
Judiciária, devendo ser acompanhados dos elementos
probatórios. Morvam Cotrim Duarte
Presidente em Exercício
DO AUTO DE INFRAÇÃO
Anexo disponível em:
Art. 8º Além das exigências estabelecidas em http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/(resolu%C3%A7%C3%
regulamentação específica, o auto de infração lavrado em A3o%20432.2013c).pdf
decorrência da infração prevista no art. 165 do CTB deverá
conter:

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Questões III - A aposição de dispositivo retrorrefletivo de segurança


nas partes laterais e traseira do capacete motociclístico,
01. Segundo a resolução 432 de 2013, julgue o item a conforme especificado no item I do Anexo;
seguir: IV - A existência do selo de identificação da conformidade do
“O etilômetro não necessariamente deve atender os INMETRO, ou etiqueta interna com a logomarca do INMETRO,
requisitos do INMETRO”; especificada na norma NBR7471, podendo esta ser afixada no
( ) Certo ( ) Errado sistema de retenção;
V - O estado geral do capacete, buscando avarias ou danos
02. Segundo a resolução 432 de 2013, julgue o item a que identifiquem a sua inadequação para o uso;
seguir: Parágrafo único. Os requisitos descritos nos incisos III e IV
“É obrigatória a realização do exame de alcoolemia para as deste artigo aplicam-se aos capacetes fabricados a partir de 1º
vítimas fatais de acidentes de trânsito”. de agosto de 2007.
( ) Certo ( ) Errado
Art. 3º O condutor e o passageiro de motocicleta, motoneta,
ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, para
Gabarito
circular na via pública, deverão utilizar capacete com viseira, ou
na ausência desta, óculos de proteção, em boas condições de uso.
01.Errado / 02.Certo
§ 1º Entende-se por óculos de proteção, aquele que permite
ao usuário a utilização simultânea de óculos corretivos ou de sol.
§ 2º Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos corretivos ou
de segurança do trabalho (EPI) de forma singular, em
453/2013; substituição aos óculos de proteção.
§ 3º Quando o veículo estiver em circulação, a viseira ou
óculos de proteção deverão estar posicionados de forma a dar
proteção total aos olhos, observados os seguintes critérios:
RESOLUÇÃO 453, DE 26 DE SETEMBRO DE 201312
I - quando o veículo estiver imobilizado na via,
independentemente do motivo, a viseira poderá ser totalmente
Disciplina o uso de capacete para condutor e passageiro de levantada, devendo ser imediatamente restabelecida a posição
motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos motorizados e frontal aos olhos quando o veículo for colocado em movimento;
quadriciclos motorizados. II - a viseira deverá estar abaixada de tal forma possibilite a
proteção total frontal aos olhos, considerando-se um plano
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, no uso horizontal, permitindo-se, no caso dos capacetes com queixeira,
da atribuição que lhe confere o art.12, da Lei 9.503, de 23 de pequena abertura de forma a garantir a circulação de ar;
setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e III - no caso dos capacetes modulares, além da viseira,
conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe conforme inciso II, a queixeira deverá estar totalmente abaixada
sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e travada.
Considerando o disposto no inciso I dos artigos 54 e 55 e os § 4º No período noturno, é obrigatório o uso de viseira no
incisos I e II do artigo 244do Código de Transito Brasileiro, padrão cristal.
Considerando o inteiro teor do processo nº 80000.028782/2013-
§ 5º É proibida a aposição de película na viseira do capacete
11
e nos óculos de proteção.

Resolve: Art. 4º Dirigir ou conduzir passageiro em descumprimento


às disposições contidas nesta Resolução implicará nas sanções
Art. 1º É obrigatório, para circular nas vias públicas, o uso previstas no CTB, conforme abaixo:
de capacete motociclístico pelo condutor e passageiro de I - com o capacete fora das especificações contidas no art. 2º,
motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e exceto inciso II, combinado com o Anexo: art. 230, inciso X, do
quadriciclo motorizado, devidamente afixado à cabeça pelo CTB;
conjunto formado pela cinta jugular e engate, por debaixo do
II - utilizando viseira ou óculos de proteção em
maxilar inferior.
descumprimento ao disposto no art. 3º ou utilizando capacete
§ 1º O capacete motociclístico deve estar certificado por não afixado na cabeça conforme art. 1º: art. 169 do CTB;
organismo acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, III – não uso de capacete motociclístico, capacete não
Normalização, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), de acordo encaixado na cabeça ou uso de capacete indevido, conforme
com regulamento de avaliação da conformidade porele Anexo: incisos I ou II do art. 244 do CTB, conforme o caso.
aprovado.
§ 2º Capacetes com numeração superior a 64 estão
Art. 5º As especificações dos capacetes motociclísticos,
dispensados da certificação compulsória quando adquiridos por
viseiras, óculos de proteção e acessórios estão contidas no Anexo
pessoa física no exterior. (incluído pela RESOLUÇÃO Nº 680, DE
desta Resolução.
25 DE JULHO DE 2017)
Art. 6º O Anexo desta Resolução encontram-se disponíveis no
Art. 2º Para fiscalização do cumprimento desta Resolução,
sitio eletrônico www.denatran.gov.br.
as autoridades de trânsito ou seus agentes devem observar:
I- Se o capacete motociclístico utilizado é certificado pelo
INMETRO; Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
II- Se o capacete motociclístico está devidamente afixado à
cabeça;

12 http://www.denatran.gov.br/index.php/resolucoes Acesso em:


03/04/2019 às 15h

Conhecimentos Específicos 132


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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº 203, de


29 de setembro de 2006, nº 257, de 30 de novembro de 2007 e nº
270, de 15 de fevereiro de 2008.

Antônio Claudio Portella Serra e Silva


Presidente

ANEXO
(Resolução CONTRAN nº XXX, de XXXXXXXXX)

I - DISPOSITIVO RETRORREFLETIVO DE SEGURANÇA


O capacete deve contribuir para a sinalização do usuário
diuturnamente, em todas as direções, através de elementos
retrorrefletivos, aplicados na parte externa do casco.

O elemento retrorrefletivo deve ter uma superfície de pelo


menos 18 cm² (dezoito centímetros quadrados) e assegurar a
sinalização em cada lado do capacete: frente, atrás, direita e
esquerda. Em cada superfície de 18 cm², deve ser possível traçar
um círculo de 4,0 cm de diâmetro ou um retângulo de superfície
de, no mínimo, 12,5 cm² com uma largura mínima de 2,0 cm.

Cada uma destas superfícies deve estar situada o mais


próximo possível do ponto de tangência do casco com um plano
vertical paralelo ao plano vertical longitudinal de simetria, à
direita e à esquerda, e do plano de tangência do casco com um
plano vertical perpendicular ao plano longitudinal de simetria,
à frente e para trás.

A cor do material iluminado pela fonte padrão A da CIE deve


estar dentro da zona de coloração definida pelo CIE para branco
retrorrefletivo.

As cores e as especificações técnicas dos retrorrefletivos a


serem utilizados no transporte remunerado serão definidas em
resolução própria.

Especificação do coeficiente mínimo de


retrorefletividade em candelas por Lux por metro
quadrado (orientação 0 e 90°):

Os coeficientes de retrorefletividade não deverão ser


inferiores aos valores mínimos especificados. As medições serão
feitas de acordo com o método ASTME-810. Todos os ângulos de
entrada deverão ser medidos nos ângulos de observação de 0,2°
e 0,5°. A orientação 90° é definida com a fonte de luz girando na
mesma direção em que o dispositivo será afixado no capacete.

II – DEFINIÇÕES

A - CAPACETE MOTOCICLISTICO

Tem a finalidade de proteger a calota craniana, o qual deve


ser calçado e fixado na cabeça do usuário, de forma que fique
firme, com o tamanho adequado, encontrados nos tamanhos,
desde o 50 até o 64.

B - CAPACETE CERTIFICADO

Capacete que possui aplicado as marcações (selo de


certificação holográfico/etiqueta interna), com a marca do
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade-SBAC,
comercializado, após o controle do processo de fabricação e
ensaios específicos, de maneira a garantir que os requisitos
técnicos, definidos na norma técnica, foram atendidos. Os
modelos de capacetes certificados estão descritos abaixo nos
desenhos legendados de 01 a 07:

Conhecimentos Específicos 133


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APOSTILAS OPÇÃO

ENGATES: tem a finalidade de fixar as extremidades da cinta


jugular, após a regulagem efetuada pelo usuário, não deixando
qualquer folga, e, podem ser no formato de Duplo “D”, que são
duas argolas estampadas em aço ou através de engates rápidos,
nas suas diversas configurações.

Figura 9
ACESSÓRIOS: são componentes que podem, ou não, fazer
parte de um capacete certificado, como palas, queixeiras
removíveis, sobreviseiras e máscaras (figura 10).

C - ÓCULOS DE PROTEÇÃO MOTOCICLISTICA São óculos


que permitem aos usuários a utilização simultânea de óculos
corretivos ou de sol (figura 8), cujo uso é obrigatório para os
capacetes que não possuem viseiras, casos específicos das
figuras 02, 05 e 06.
Figura 10
A relação dos capacetes certificados pelo INMETRO, com a
descrição do fabricante ou importador, do modelo, dos
tamanhos, da data da certificação, estão disponibilizados no site
do INMETRO: www.inmetro.gov.br.

D - PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM CAPACETE


E - CAPACETES INDEVIDOS
CERTIFICADO:
Uso terminantemente proibido, nas vias públicas, por não
CASCO EXTERNO: O casco pode ser construído em plásticos
cumprirem com os requisitos estabelecidos na norma técnica
de engenharia, como o ABS e o Policarbonato (PC), através do
(figura 11 )
processo de injeção, ou, pelo processo de multilaminação de
fibras (vidro, aramídicas, carbono e polietileno), com resinas
termofixas.

CASCO INTERNO: Confeccionado em materiais apropriados,


onde o mais conhecido é poliestireno expansível (isopor), devido
a sua resiliência, forrado com espumas dubladas com tecido,
item que em conjunto com o casco externo, fornece a proteção à
calota craniana, responsável pela absorção dos impactos.
Figura 11
VISEIRA: Destinada à proteção dos olhos e das mucosas, é
construída em plásticos de engenharia, com transparência,
fabricadas nos padrões: cristal, fume light, fume e metalizadas.
As viseiras que não sejam do padrão cristal devem ter aplicação
da seguinte orientação na sua superfície, em alto ou baixo
relevo, sendo:
Idioma português: USO EXCLUSIVO DIURNO (podendo estar
acompanhada com a informação em outro idioma)
Idioma ingles: DAY TIME USE ONLY

SISTEMA DE RETENÇÃO: (figura 9) sistema é composto de:


CINTA JUGULAR: Confeccionada em materiais sintéticos,
fixadas ao casco de forma apropriada, cuja finalidade é a de
fixar firmemente (sem qualquer folga aparente) o capacete à
calota craniana, por debaixo do maxilar inferior do usuário, e;

Conhecimentos Específicos 134


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APOSTILAS OPÇÃO

I - a autenticidade da identificação do veículo e da sua


documentação;
466/2013; II - a legitimidade da propriedade;
III - se os veículos dispõem dos equipamentos obrigatórios,
e se estes estão funcionais;
IV - se as características originais dos veículos e seus
RESOLUÇÃO N° 466 DE 11 DE DEZEMBRO DE 201313 agregados foram modificados e, caso constatada alguma
alteração, se esta foi autorizada, regularizada e se consta no
Estabelece procedimentos para o exercício da atividade de prontuário do veículo na repartição de trânsito.
vistoria de identificação veicular. § 3° Os equipamentos obrigatórios são aqueles previstos
O CONSELHO NACIONAL DE TR NSITO - CONTRAN, usando pelo Código de Trânsito Brasileiro - CTB, Resoluções do
da competência que lhe conferem os incisos I e X, do artigo 12 CONTRAN e Portarias do DENATRAN.
da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o § 4° É vedada a realização de vistoria de identificação
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto no veicular em veículo sinistrado com laudo pericial de perda
4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação total.
do Sistema Nacional de Trânsito - SNT,
Considerando o disposto no inciso III do art. 22, nos incisos Art. 3° Havendo habilitação de pessoa jurídica pelos órgãos
I e II do art. 123 e do inciso V do art. 124, da Lei no 9.503, de e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Federal, para a realização de vistoria de identificação veicular,
Brasileiro. deverá o DENATRAN conceder o acesso ao SISCSV.
Considerando a conveniência técnica e administrativa de § 1° O acesso de que trata este artigo será realizado por
que as vistorias de veículos obedeçam a critérios e intermédio do órgão ou entidade executivo de trânsito do
procedimentos uniformes em todo o país; Estado e do Distrito Federal contratante, que ressarcirá ao
Considerando as proposições do Grupo de Trabalho DENATRAN os custos referentes aos acessos à base de dados
instituído pela Portaria DENATRAN no 246/2012, nos termos do Registro Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM
da Deliberação no 126/2012 do CONTRAN; pelo SISCSV, nos termos da regulamentação a ser editada pelo
Considerando o disposto no art. 311 do Código Penal; DENATRAN.
Considerando o que consta nos Processos Administrativos § 2° A pessoa jurídica habilitada pelos órgãos e entidades
nos 80000.045476/2010-99, 80000.045316/2012-10, executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
80000.044196/2012-25, 80000.012971/2013-64 e somente poderá operar em vistoria de identificação veicular
80020.001532/2013-98, após a concessão do acesso ao SISCSV, cabendo ao órgão ou
entidade responsável pelo credenciamento a fiscalização da
RESOLVE: conformidade dos serviços prestados.

Art. 1° Esta Resolução estabelece procedimentos para o Art. 3º-A A vistoria móvel somente será realizada nas
exercício da atividade de vistoria de identificação veicular a seguintes hipóteses:
ser realizada pelos órgãos e entidades executivos de trânsito I - veículo indenizado integralmente por companhia
dos Estados e do Distrito Federal, ou por pessoa jurídica de seguradora, em razão de sinistro, devendo a vistoria ser
direito público ou privado, habilitada para a prestação dos realizada no respectivo pátio da seguradora, exclusivamente
serviços de vistoria veicular. para fins de registro em nome da seguradora autorizada ou de
§ 1° A habilitação para a realização do serviço de que trata terceiro adquirente;
esta Resolução constitui atribuição dos órgãos e entidades II - veículo recuperado por instituição financeira por
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal. intermédio de ordem judicial ou entrega amigável, ou por ela
§ 2° Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos alienado, devendo a vistoria ser realizada no respectivo pátio
Estados e do Distrito Federal poderão exercer diretamente a da instituição financeira, exclusivamente para fins de registro
atividade de vistoria de veículos automotores por meio de em nome da instituição autorizada ou de terceiro adquirente;
servidores públicos especialmente designados. Capítulo I III - veículo adquirido ou comercializado por pessoa
jurídica cujo objeto social preveja a comercialização de
Das disposições preliminares veículos novos e/ou usados, devendo a vistoria ser realizada
no respectivo estabelecimento comercial, desde que a referida
Art. 2° A vistoria de identificação veicular, por ocasião da pessoa jurídica seja adquirente ou proprietária registrada do
transferência de propriedade ou de domicilio intermunicipal veículo vistoriado;
ou interestadual do proprietário do veículo, é de IV - veículo apreendido em pátio público e cuja liberação
responsabilidade dos órgãos e entidades executivos de esteja condicionada a serviço dependente de vistoria;
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal e poderá ser V - veículo relacionado para leilão e veículo leiloado;
realizada por pessoa jurídica de direito público ou privado VI - veículo com peso bruto total superior a 10t. (Incluído
previamente habilitada. pela Resolução Nº 737, de 06 de setembro de 2018).
§ 1° A emissão do laudo único de vistoria de identificação
veicular será realizada exclusivamente por meio eletrônico e Art. 3º-B A vistoria móvel prevista no art. 3-A desta
só terá validade no âmbito do Sistema Nacional de Trânsito se Resolução será realizada exclusivamente dentro do limite da
registrado no Sistema de Certificação de Segurança Veicular e unidade da federação em que a empresa de vistoria esteja
Vistorias - SISCSV, mantido pelo DENATRAN. credenciada, exceto nas seguintes hipóteses:
§ 2° A vistoria de identificação veicular tem como objetivo I - no caso de transferência de veículos que se enquadrem
verificar: nas hipóteses previstas pelo §6º do art. 2º e pelo art. 13, ambos
da Resolução CONTRAN nº 544, de 19 de agosto de 2015;

13 Disponível em
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao4662013.pdf
acesso em 01/04/2019

Conhecimentos Específicos 135


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APOSTILAS OPÇÃO

II - no caso de transferência de veículos recuperados por c) comprovação de canal aberto de ouvidoria ou serviço de
instituição financeira por ordem judicial ou entrega amigável; atendimento ao consumidor;
III - mediante anuência prévia do órgão executivo de d) Apólice de Seguro de Responsabilidade Civil
trânsito do estado ou do Distrito Federal no qual a empresa Profissional, segurada no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos
esteja credenciada, após a justificativa da impossibilidade de mil reais), e em vigor durante o prazo de validade do contrato
deslocamento do veículo. (Incluído pela Resolução Nº 737, de de exercício dos serviços de vistoria de identificação veicular,
06 de setembro de 2018). em nome da contratada, para eventual cobertura de danos
causados ao consumidor pela pessoa jurídica habilitada;
Capítulo II e) comprovante de quitação do seguro contratado;
Dos requisitos para habilitação do exercício dos f) comprovação da atuação exclusiva no mercado de
serviços de vistoria de identificação veicular vistoria de identificação veicular, mediante certidão emitida
pelo órgão competente e cópia do contrato social vigente;
Art. 4° Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos g) declaração de abster-se de envolvimentos comerciais
Estados e do Distrito Federal promoverão a habilitação da que possam comprometer a isenção no exercício da atividade
pessoa jurídica de direito público ou privado para o exercício de vistoria de identificação veicular, assinada pelo
da atividade de vistoria de identificação veicular, mediante representante legal da pessoa jurídica.
cumprimento dos seguintes requisitos: IV - documentação relativa à infraestrutura técnico-
I - documentação relativa à habilitação jurídica: operacional:
a) ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, a) projeto atual aprovado e registrado pelo Município e
devidamente registrado, e, no caso de sociedades por ações, fotos atualizadas do estabelecimento identificando a
acompanhado de documentos da eleição de seus existência de local adequado para estacionamento de veículos,
administradores, devendo constar do objeto social a atividade com dimensões compatíveis para realizar as vistorias de
exclusiva de vistoria de identificação veicular, excetuando-se identificação veicular em áreas cobertas, possibilitando o
as pessoas jurídicas de direito público que se dediquem à desenvolvimento das vistorias de identificação veicular ao
atividade de ensino e pesquisa técnico-científica; abrigo das intempéries, sendo vedado o uso de estruturas
b) decreto de autorização, em se tratando de empresa ou provisórias. No caso de veículos pesados, com peso bruto total
sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de superior 4.536 Kg, as vistorias de identificação veicular
registro ou autorização para funcionamento expedido pelo poderão ser realizadas em área descoberta no pátio da
órgão competente, quando a atividade assim o exigir; empresa;
c) cópia da lei de criação, em se tratando de pessoa jurídica b) deter controle informatizado através de tecnologia de
de direito público. biometria para a emissão do laudo único padronizado pelo
II - documentação relativa à regularidade fiscal, trabalhista SISCSV e demais exigências técnicas determinadas por
e econômico-financeira: regulamentação específica do DENATRAN e descritas no
manual do sistema, em especial relativas à segurança,
a) prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
identificação e rastreabilidade;
Jurídicas - CNPJ;
c) Certificado de Sistema de Qualidade, padrão ISO
b) prova de inscrição no cadastro de contribuintes
9001:2008, com validade atestada pela entidade certificadora,
estadual e municipal, se houver, relativo à sede da pessoa
acreditada pelo INMETRO ou signatária de acordos
jurídica, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com
internacionais de reconhecimento mútuo no campo da
o objeto contratual ou estatutário;
acreditação.
c) prova de regularidade para com a Fazenda Federal,
Estadual e Municipal da sede da pessoa jurídica, na forma da § 1° A Apólice de Seguro de Responsabilidade Civil
lei; Profissional e o Certificado ISO 9001:2008 devem ter caráter
individual e intransferível, não sendo aceitos apólices de
d) prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao
seguros e certificados coletivos.
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos § 2° Caberá ao órgão ou entidade executivo de trânsito dos
sociais instituídos por lei; Estados e do Distrito Federal regulamentar as demais
características de infraestrutura técnico-operacional, em
e) comprovação, na forma da lei, de regularidade na
relação ao disposto no inciso IV deste artigo.
entrega da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS ao
§ 3° Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos
Ministério do Trabalho e Emprego - MTE;
Estados ou do Distrito Federal, no ato da habilitação da pessoa
f) prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a
jurídica de direito público, poderão dispensar o cumprimento
Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certidão
dos requisitos dispostos neste artigo, com exceção da
negativa, nos termos do título VII-A da Consolidação das Leis
documentação descrita na alínea “d” do inciso I, na alínea “a”
do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n.o 5.452/1943;
do inciso II, nas alíneas “b”, “c” e “g” do inciso III e nas alíneas
g) certidão negativa de falência, expedida pelo distribuidor “a” e “b” do inciso IV, do presente artigo.
da sede da pessoa jurídica, com data inferior a 60 (sessenta)
§ 4° Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos
dias, contados da data do início do processo administrativo de
Estados e do Distrito Federal poderão deixar de exigir o
habilitação, acompanhada de prova da competência expedida
disposto no inciso III, alínea “f” deste artigo quando a
por cartório distribuidor.
habilitação referir-se à pessoa jurídica de direito privado sem
III - documentação relativa à qualificação técnica: fins lucrativos.
a) comprovação de possuir em seu quadro de pessoal § 5° É proibida a participação de sócio ou proprietário de
permanente, vistoriadores com qualificação comprovada por pessoa jurídica habilitada para a prestação de serviços de
meio de certificado ou diploma de conclusão de curso de vistoria veicular, que exerça outra atividade empresarial
treinamento em vistoria de identificação veicular, regulamentada pelo CONTRAN ou DENATRAN.
regulamentado pelo DENATRAN;
b) Licença ou Alvará de Funcionamento, com data de
Art. 5° A área de atuação para o exercício da atividade de
validade em vigor, expedido pela Prefeitura do Município ou
vistoria de identificação veicular será determinada pelo órgão
pelo Governo do Distrito Federal;
ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito

Conhecimentos Específicos 136


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APOSTILAS OPÇÃO

Federal, observado o município sede da pessoa jurídica e as I - disponibilizar, em sítio eletrônico, a relação atualizada
Circunscrições Regionais de Trânsito - CIRETRAN. de pessoas jurídicas habilitadas para a atividade de vistoria de
Parágrafo único. O órgão ou entidade executivo de trânsito identificação veicular, com nome, endereço, CNPJ, prazo de
do Estado ou do Distrito Federal poderá, a seu critério, vigência do contrato e nome do preposto responsável;
estender, precariamente, quando solicitado, o âmbito de II - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares
atuação da pessoa jurídica habilitada para município ou região da atividade de vistoria de identificação veicular;
de determinada CIRETRAN que não disponha de meios III - fiscalizar, quando motivado e a qualquer tempo, a
próprios para o exercício da atividade de vistoria de atividade de vistoria de identificação veicular, no que se refere
identificação veicular ou na qual não haja pessoa jurídica ao acesso ao SISCSV, independentemente de notificação
habilitada para a localidade, desde que a CIRETRAN esteja judicial ou extrajudicial, podendo, para isso, firmar convênios
vinculada à mesma autoridade executiva de trânsito. A ou acordos de cooperação técnica e informar aos órgãos e
extensão da área de atuação perde efeito quando ocorrer entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
habilitação de pessoa jurídica para o Município. Federal caso haja a constatação de infração passível de
punição ou qualquer irregularidade;
Capítulo III
Das Competências Art. 8° Compete à pessoa jurídica de direito público ou
privado habilitada para o exercício da atividade de vistoria de
Art. 6° Compete aos órgãos e entidades executivos de identificação veicular:
trânsito dos Estados e do Distrito Federal: I - prestar serviço adequado, na forma prevista nas
I - publicar no Diário Oficial do Estado ou Distrito Federal resoluções, normas e regulamentos técnicos aplicáveis à
o extrato do contrato de prestação de serviços de vistoria de vistoria de identificação veicular;
identificação veicular celebrado com pessoa jurídica de direito II - atualizar o inventário e o registro dos bens vinculados
público ou privado; à contratação da pessoa jurídica;
II – disponibilizar, permanentemente e em destaque, no III - cumprir as normas técnicas pertinentes à atividade de
seu sítio eletrônico, a relação atualizada das pessoas jurídicas vistoria de identificação veicular;
habilitadas para a atividade de vistoria de identificação IV - permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso,
veicular, incluindo nome, endereço, telefones para contato, em qualquer época, aos equipamentos e às instalações
CNPJ, área geográfica de atuação, prazo de vigência do integrantes da vistoria de identificação veicular, aos registros
contrato e nome do preposto responsável; operacionais e aos registros de seus empregados;
III - informar ao DENATRAN a relação de empresas que V - manter atualizada a documentação relativa à
podem executar a atividade de vistoria de identificação regularidade fiscal, nas esferas municipal, estadual e federal,
veicular, com nome, endereço, CNPJ, prazo de vigência do permitindo aos encarregados da fiscalização livre acesso aos
contrato e nome do preposto responsável; documentos comprobatórios;
IV - monitorar e controlar todo o processo de vistoria de VI - comunicar previamente ao órgão ou entidade
identificação veicular, inclusive a emissão do laudo e qualquer executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal
documento eletrônico disponível na central SISCSV, seja qualquer alteração, modificação ou introdução técnica capaz
quando realizada por meios próprios ou por meio de pessoa de interferir na execução da atividade de vistoria de
jurídica de direito público ou privado, utilizando-se de identificação veicular, e ainda, referente aos seus
tecnologia da informação adequada que realize a integração instrumentos constitutivos, bem como a decretação do regime
dos dados necessários, conforme regulamentação específica de falência;
do DENATRAN; VII - informar ao órgão ou entidade executivo de trânsito
V – fiscalizar, anualmente, a pessoa jurídica habilitada no do Estado ou do Distrito Federal as falhas constatadas na
exercício da atividade de vistoria de identificação veicular, “in emissão dos laudos de vistoria de identificação veicular;
loco” e por meio do SISCSV, independentemente de solicitação VIII - responder civil e criminalmente por prejuízos
do DENATRAN ou de notificação judicial ou extrajudicial, causados em decorrência das informações e interpretações
podendo requisitar documentos, esclarecimentos, e ter livre inseridas no laudo de vistoria de identificação veicular, salvo
acesso a todas as instalações da empresa; aquelas oriundas do banco de dados
VI - zelar pela uniformidade e qualidade das vistorias de BIN/RENAVAM/RENAMO, independentemente do limite da
identificação veicular; apólice de seguro prevista no art. 4o, desta Resolução;
VII - advertir, suspender ou cassar a pessoa jurídica IX - comunicar imediatamente à autoridade policial
habilitada nos casos de irregularidades previstas nesta quando detectar veículo cuja identificação seja suspeita de
Resolução, informando antecipadamente ao DENATRAN, por fraude ou irregularidades insanáveis, para fins de apuração
meio de ofício, a data de início e término da imposição da criminal. X – comprovar, anualmente, perante o órgão ou
penalidade; entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
VIII - celebrar o instrumento jurídico necessário, com a Federal, o cumprimento dos requisitos de habilitação fixados
autoridade policial competente, para acesso às informações nesta norma. § 1o O serviço adequado previsto no inciso I
registradas no SISCSV e prover os meios para disponibilização deste artigo corresponde àquele que satisfaz as condições de
dessas informações eletronicamente; regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade e
IX – Comunicar à Polícia Civil do Estado e do Distrito cortesia na sua prestação.
Federal qualquer identificação veicular suspeita de fraude ou § 2° A atualidade compreende a modernidade das técnicas,
irregularidades, na forma do disposto no art. 311 do Código dos equipamentos e das instalações e a sua conservação, bem
Penal; como a melhoria e expansão do serviço.
X - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares § 3° A pessoa jurídica de direito público ou privado
da atividade de vistoria de identificação veicular. habilitada somente poderá emitir laudos de vistoria de
identificação veicular referentes às placas de veículos dos
Art. 7° Compete ao DENATRAN, depois de informado pelos municípios abrangidos por sua habilitação, ou a serem
órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do transferidos para os respectivos municípios.
Distrito Federal, o rol de empresas habilitadas aptas a executar
a atividade de vistoria de identificação veicular:

Conhecimentos Específicos 137


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APOSTILAS OPÇÃO

Capítulo IV XI - utilizar pessoal subcontratado para serviços de vistoria


Das sanções administrativas aplicáveis às empresas de identificação veicular;
habilitadas XII - deixar de manter o Seguro de Responsabilidade Civil
Profissional.
Art. 9° A pessoa jurídica de direito público ou privado
habilitada para o exercício da atividade de vistoria de Art. 12. Constituem infrações passíveis de cassação do
identificação veicular sujeitar-se-á às seguintes sanções habilitado:
administrativas, conforme a gravidade da infração e sua I - reincidência da irregularidade punida com aplicação de
reincidência, aplicadas pelo órgão executivo de trânsito dos sanção administrativa de suspensão das atividades por 90
Estados e do Distrito Federal a que estiver vinculada, (noventa) dias;
observada a ampla defesa e o contraditório: II - realizar vistoria de identificação veicular fora das
I - advertência por escrito; instalações da pessoa jurídica habilitada, exceto nos casos
II - suspensão das atividades por 30, 60 ou 90 dias; expressamente previstos nos artigos 3-A e 3-B desta
III - cassação do credenciamento. Resolução; (alterada pela resolução nº 737, de 06 de setembro
§ 1° A aplicação das sanções de suspensão das atividades de 2018).
por 30, 60 ou 90 dias acarretará, automaticamente, a III - fraudar o laudo de vistoria de identificação veicular;
suspensão do acesso ao SISCSV pelo respectivo tempo. IV - emitir laudo de vistoria de identificação veicular sem a
§ 2° As irregularidades serão apuradas junto aos órgãos e realização da vistoria;
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito V - manipular os dados contidos no arquivo de sistema de
Federal, mediante processo administrativo, observando-se a imagens.
legislação aplicável, bem como o direito à ampla defesa e ao VI - repassar a terceiros, a qualquer título, as informações
contraditório. sobre veículos e proprietários objeto de vistoria.

Art. 10. Constituem infrações passíveis de advertência por Art. 13. Além das infrações e penalidades previstas nos
escrito: artigos anteriores, será considerada infração administrativa
I - apresentar, culposamente, informações não verdadeiras passível de cassação do habilitado, qualquer ato que configure
às autoridades de trânsito e ao DENATRAN; crime contra a fé pública, a administração pública e a
II - registrar laudo de vistoria de identificação veicular de administração da justiça, previstos no Decreto-Lei 2.848/40, e
forma ilegível ou sem oferecer evidência nítida; atos de improbidade administrativa previstos na Lei no
III - preencher laudos em desacordo com o documento de 8.429/92, em especial a ofensa aos princípios constitucionais
referência; da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
IV - deixar de prover informações que sejam devidas às interesse público.
autoridades de trânsito e ao DENATRAN;
V - manter não-conformidade crítica aberta por tempo Art. 14. Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos
superior a 30 (trinta) dias ou outro prazo acordado com as Estados e do Distrito Federal poderão suspender
autoridades de trânsito e com o DENATRAN; cautelarmente, sem prévia manifestação do interessado, as
VI - deixar de registrar informações ou de tratá-las; atividades de vistoria de identificação veicular da pessoa
VII - praticar condutas incompatíveis com a atividade de jurídica de direito público ou privado, motivadamente, em
vistoria de identificação veicular. caso de risco iminente, nos termos do art. 45, da Lei no
9.784/99.
Art. 11. Constituem infrações passíveis de suspensão das
atividades por 30 (trinta) dias na primeira ocorrência, de 60 Art. 15. A pessoa jurídica cassada poderá requerer sua
(sessenta) dias na segunda ocorrência e de 90 (noventa) dias reabilitação para o exercício da atividade de vistoria de
na terceira ocorrência: identificação veicular depois de decorridos 2 (dois) anos da
aplicação da penalidade.
I - reincidência de infração punida com aplicação de
advertência por escrito;
II - deixar de exigir do cliente a apresentação de Art. 16. As sanções aplicadas às pessoas jurídicas
documentos obrigatórios previstos na legislação de trânsito; habilitadas são extensíveis aos sócios, sendo vedada a
III - emitir laudo de vistoria de identificação veicular em participação destes na composição societária de outras
desacordo com o respectivo regulamento técnico; pessoas jurídicas que realizem as atividades de que trata esta
Resolução.
IV - realizar vistoria de identificação veicular em
desacordo com o respectivo regulamento técnico;
V - emitir laudos assinados por profissional não habilitado; Capítulo V
Das disposições finais e transitórias
VI - deixar de armazenar em meio eletrônico registro de
vistoria de identificação veicular, não manter em
funcionamento o sistema de biometria e outros meios Art. 17. No caso de alteração de endereço das instalações
eletrônicos previstos; VII - deixar de emitir ou emitir da pessoa jurídica habilitada, esta somente poderá voltar a
documento fiscal de forma incorreta; operar após a vistoria prévia do órgão ou entidade executivo
VIII - utilizar quadro técnico de funcionários sem a de trânsito do Estado e do Distrito Federal.
qualificação requerida;
IX - deixar de utilizar equipamento indispensável à Art. 18. Os modelos de requerimento e os demais
realização da vistoria de identificação veicular ou utilizar formulários necessários à instrução do processo
equipamento inadequado ou de forma inadequada; administrativo de habilitação da pessoa jurídica serão
X - deixar de conceder, a qualquer tempo, livre acesso às padronizados em ato específico do órgão ou entidade
autoridades de trânsito e ao DENATRAN às suas instalações, executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
registros e outros meios vinculados à habilitação, por meio
físico ou eletrônico; Art. 19. O Laudo de Vistoria de identificação veicular terá
validade somente se emitido, monitorado e controlado por

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meio do SISCSV, nos termos da legislação vigente e atendidos


os requisitos técnicos e funcionais especificados em Portaria
do DENATRAN. 541/2015;
Parágrafo único. Os órgãos e entidades executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal promoverão sua
inscrição no DENATRAN para integração das pessoas jurídicas
habilitadas com o SISCSV, conforme regulamentação RESOLUÇÃO Nº 541, DE 15 DE JULHO DE 2015
específica do DENATRAN.
Art. 20. As Empresas Credenciadas em Vistoria de Veículos Acrescenta o § 4º ao art. 1º da Resolução CONTRAN nº 277,
– ECVs e as Unidades de Gestão Central – UGC, credenciadas de 28 de maio de 2008, de forma a tornar obrigatória a
pelo DENATRAN, permanecerão habilitadas no SISCSV até a utilização do dispositivo de retenção para o transporte de
data da entrada em vigor desta Resolução, ou até o termino do crianças nos veículos escolares.
prazo de vigência do credenciamento, vedada a prorrogação, O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso das
ou o que ocorrer primeiro. atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 12, da Lei nº
Parágrafo único. As empresas credenciadas como 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de
Unidades de Gestão Central – UGC pelo DENATRAN, no curso Trânsito Brasileiro- CTB, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29
da vacatio legis desta Resolução, somente poderão exercer de maio de 2003, que trata da Coordenação do Sistema
suas atividades junto às Empresas Credenciadas em Vistorias Nacional de Trânsito – SNT; e Considerando o que consta dos
de Veículos – ECVs credenciadas pelo DENATRAN. Processos Administrativos n os 80001.001777/2003-71,
80000.023423/2013-60 e 80000.021372/2014-12,
Art. 21. Esta Resolução entra em vigor em 1º de novembro
de 2014. RESOLVE:
Art. 1º Acrescentar o § 4º ao art. 1º da Resolução CONTRAN
Art. 21-A Ficam revogadas a Resolução CONTRAN nº 5, de nº 277, de 28 de maio de 2008, com a seguinte redação:
23 de janeiro de 1998, e o art. 1º da Resolução CONTRAN nº “Art. 1º ..........................................................
282, de 26 de junho de 2008. § 1º .................................................................
§ 2º .................................................................
Questões § 3º .................................................................
§ 4º Todo veículo utilizado no transporte escolar,
01. Segundo dispõe a Res. 466 de 2013, julgue o item a independentemente de sua classificação, categoria e do peso
seguir: bruto total - PBT do veículo, deverá utilizar o dispositivo de
Havendo habilitação de pessoa jurídica pelos órgãos e retenção adequado para o transporte de crianças com até sete
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito anos e meio de idade.”
Federal, para a realização de vistoria de identificação veicular,
deverá o DENATRAN conceder o acesso ao SISCSV. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor no dia 1º de fevereiro
( ) Certo ( ) Errado de 2016.

02. Segundo dispõe a Res. 466 de 2013, julgue o item a Alberto Angerami
seguir: Presidente
Compete ao DENATRAN, depois de informado pelos órgãos
e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
Federal, o rol de empresas habilitadas aptas a executar a
atividade de vistoria de identificação veicular. 561/2015;
( ) Certo ( ) Errado

03. Segundo dispõe a Res. 466 de 2013, julgue o item a


seguir: MANUAL DE FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
Somente as pessoa jurídicas de direito público habilitadas
para o exercício da atividade de vistoria de identificação RESOLUÇÃO Nº 561, DE 15 DE OUTUBRO DE 201514
veicular sujeitar-se-á às seguintes sanções administrativas,
conforme a gravidade da infração e sua reincidência, aplicadas Aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito,
pelo órgão executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Volume II – Infrações de competência dos órgãos e entidades
Federal a que estiver vinculada, observada a ampla defesa e o executivos estaduais de trânsito e rodoviários.
contraditório.
( ) Certo ( ) Errado O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando
da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503,
Gabarito de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro, e conforme Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003,
01.Certo / 02.Certo / 03.Errado que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de
Trânsito – SNT;
Considerando a necessidade de padronização de
procedimentos referentes à fiscalização de trânsito no âmbito
de todo território nacional;
Considerando a necessidade da adoção de um manual
destinado à instrumentalização da atuação dos agentes das

14 Disponível em:

http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao5612015.pdf.

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autoridades de trânsito, nas esferas de suas respectivas direito do trânsito seguro, a edição de um Manual apropriado
competências; à fiscalização vem contribuir para o alcance das metas e
Considerando os estudos desenvolvidos por Grupo Técnico e objetivos preconizados na legislação de trânsito.
por Especialistas da Câmara Temática de Esforço Legal do Espera-se, com a edição do Volume II do Manual Brasileiro
CONTRAN, de Fiscalização de Trânsito, o aperfeiçoamento dos
procedimentos adotados para garantir a segurança viária, por
RESOLVE: meio da fiscalização, definida no Anexo I do CTB como o “ato
de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na
Art.1º Aprovar o Manual Brasileiro de Fiscalização de legislação de trânsito, por meio do poder de polícia
Trânsito – MBFT, Volume II – Infrações de competência dos administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos
órgãos e entidades executivos estaduais de trânsito e órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as
rodoviários. competências estabelecidas neste Código”.

Art. 2º Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da 1. APRESENTAÇÃO


União atualizar o MBFT – Volume II, em virtude de norma O Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito contempla
posterior que implique a necessidade de alteração de seus os procedimentos gerais a serem observados pelos agentes de
procedimentos. trânsito, conceitos e definições e está estruturado em fichas
individuais, classificadas por código de enquadramento das
Art. 3º Os órgãos e entidades executivos estaduais de infrações e seus respectivos desdobramentos.
trânsito e rodoviários componentes do Sistema Nacional de As fichas são compostas dos campos, abaixo descritos,
Trânsito deverão adequar seus procedimentos em até 90 destinados ao detalhamento das infrações com seus
(noventa) dias, a contar da data de publicação desta Resolução. respectivos amparos legais e procedimentos:
Tipificação resumida – descreve a conduta infracional de
acordo com Portaria do Denatran.
Art. 4º O Anexo desta Resolução se encontra disponível no
sítio eletrônico www.denatran.gov.br. Código do enquadramento – indica o código da infração e
seu desdobramento.
Amparo Legal – indica o artigo, inciso e alínea do CTB.
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação. Tipificação do Enquadramento - descreve a conduta
infracional de acordo com o CTB.
MANUAL BRASILEIRO DE FISCALIZAÇÃO DE Natureza – informa a classificação da infração de acordo
TRÂNSITO – MBFT com a sua gravidade.
Penalidade – informa a sanção aplicada a cada conduta
infracional.
PREFÁCIO
Medida Administrativa – indica o procedimento aplicável à
conduta infracional.
O Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito – Volume
Infrator – informa o responsável pelo cometimento da
II, instituído pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN,
infração.
abrange todas as infrações de competência estadual, a serem
Competência – indica o órgão ou entidade de trânsito com
aplicadas por órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
competência para autuar.
Estados e do Distrito Federal e rodoviários.
O referido Volume foi elaborado por Grupo Técnico, Pontuação – informa o número de pontos computados ao
composto por Especialistas da Câmara Temática de Esforço infrator.
Legal, e, ainda, por representante da Polícia Militar do Estado Pode configurar crime – informa a previsão de eventual
do Espírito Santo e do Conselho Estadual de Trânsito do ilícito criminal.
Espírito Santo e representante do Departamento de Trânsito Sinalização – informa a necessidade da sinalização para
do Estado do Piauí e da Polícia Militar do Estado do Piauí, com configurar a infração.
o propósito de uniformizar e padronizar os procedimentos de Constatação da infração – indica as situações nas quais a
fiscalização em todo território nacional. abordagem é necessária para a constatação da infração.
O Manual constitui uma ferramenta de trabalho Quando Autuar – indica as situações que configuram a
importante para as autoridades de trânsito e seus agentes nas infração tipificada na respectiva ficha.
ações de fiscalização de trânsito, uma vez que abrangem Não Autuar – indica as situações que não configuram a
dispositivos que contemplam as condutas infracionais infração tipificada na respectiva ficha ou remete a outros
dispostas no Código de Trânsito Brasileiro - CTB e Resoluções enquadramentos.
do CONTRAN, com os seus respectivos enquadramentos, Definições e Procedimentos – menciona dispositivos
observadas as legislações pertinentes. legais, estabelece definições e indica procedimentos
Vale ressaltar que a padronização de procedimentos é de específicos.
suma importância, considerando que o papel do agente é Campo ‘Observações’ - indica ou sugere informações a
fundamental para o trânsito seguro, pois, além das atribuições serem registradas no campo ‘observações’ do auto de infração.
referentes à sua operação e fiscalização, desempenha, ainda, a Regulamentação – relaciona as normas aplicáveis.
missão de educar a todos aqueles que se utilizam do espaço
público, a ele cabendo informar, orientar e sensibilizar os 2. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
cidadãos a assumirem uma postura responsável e segura no ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
cenário do trânsito. ACC: Autorização para Conduzir Ciclomotor
Considerando, ainda, que, de acordo com o CTB, os órgãos
AE: Autorização Especial
e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito -
AGETRAN: Agência Municipal de Transporte e Trânsito
SNT, respondem objetivamente, no âmbito das respectivas
competências, por danos causados aos cidadãos em virtude de AIT: Auto de Infração de Trânsito
ação, omissão ou erro na execução e manutenção de Art.: Artigo
programas, projetos e serviços que garantam o exercício do CF: Constituição Federal

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CLA: Certificado de Licenciamento Anual 4. AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO


CMT: Capacidade Máxima de Tração O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar
CNH: Carteira Nacional de Habilitação o auto de infração de trânsito (AIT) poderá ser servidor civil,
CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via no
CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito âmbito de sua competência.
CP: Código Penal Para que possa exercer suas atribuições como agente da
autoridade de trânsito, o servidor ou policial militar deverá ser
CPF: Cadastro de Pessoa Física
credenciado, estar devidamente uniformizado, conforme
CRLV: Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
padrão da instituição, e no regular exercício de suas funções.
CRV: Certificado de Registro de Veículo
O veículo utilizado na fiscalização de trânsito deverá estar
CSV: Certificado de Segurança Veicular caracterizado.
CTB: Código de Trânsito Brasileiro O agente de trânsito, ao constatar o cometimento da
CTV: Combinação para Transporte de Veículos infração, lavrará o respectivo auto e aplicará as medidas
CTVV: Convenção de Trânsito Viário de Viena administrativas cabíveis.
CVC: Combinação de Veículos de Carga É vedada a lavratura do AIT por solicitação de terceiros,
Dec.: Decreto excetuando-se o caso em que o órgão ou entidade de trânsito
DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito realize operação (comando) de fiscalização de normas de
DER: Departamento de Estradas de Rodagem circulação e conduta, em que um agente de trânsito constate a
DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito infração e informe ao agente que esteja na abordagem; neste
DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de caso, o agente que constatou a infração deverá convalidar a
Transportes autuação no próprio auto de infração ou na planilha da
DPRF: Departamento de Polícia Rodoviária Federal operação (comando), a qual deverá ser arquivada para
Ex.: Exemplo controle e consulta.
GLP: Gás Liquefeito de Petróleo O AIT traduz um ato vinculado na forma da Lei, não
havendo discricionariedade com relação a sua lavratura,
GNV: Gás Natural Veicular
conforme dispõe o artigo 280 do CTB.
INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia Normalização
O agente de trânsito deve priorizar suas ações no sentido
e Qualidade Industrial.
de coibir a prática das infrações de trânsito, devendo tratar a
IPVA: Imposto sobre Propriedades de Veículos
todos com urbanidade e respeito, sem, contudo, omitir-se das
Automotores
providências que a lei lhe determina.”
ITL: Instituições Técnica Licenciadas
ITT: Instituto Tecnológico de Transporte e Trânsito
5. INFRAÇÃO DE TRÂNSITO
ITV: Inspeção Técnica Veicular
Constitui infração a inobservância a qualquer preceito da
LCP: Lei das Contravenções Penais legislação de trânsito, às normas emanadas do Código de
NBR: Normas Técnicas Brasileiras Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a
PBT: Peso Bruto Total regulamentação estabelecida pelo órgão ou entidade executiva
PBTC: Peso Bruto Total Combinado do trânsito.
PM: Polícia Militar O infrator está sujeito às penalidades e medidas
PPD: Permissão para Dirigir administrativas previstas no CTB.
RBMLQ: Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade As infrações classificam-se, de acordo com sua gravidade,
RENACH: Registro Nacional de Condutores Habilitados em quatro categorias, computados, ainda, os seguintes
RENAVAM: Registro Nacional de Veículos Automotores números de pontos:
RNE: Registro Nacional de Estrangeiro I - infração de natureza gravíssima, 7 pontos;
Res.: Resolução II - infração de natureza grave, 5 pontos;
SNT: Sistema Nacional de Trânsito III - infração de natureza média, 4 pontos;
IV - infração de natureza leve, 3 pontos.
3. INTRODUÇÃO
A fiscalização, conjugada às ações de operação de trânsito, 6. RESPONSABILIDADE PELA INFRAÇÃO
de engenharia de tráfego e de educação para o trânsito, é uma As penalidades serão impostas ao condutor ou ao
ferramenta de suma importância na busca de uma convivência proprietário do veículo, salvo os casos de descumprimento de
pacífica entre pedestres e condutores de veículos. obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas
As ações de fiscalização influenciam diretamente na expressamente mencionadas no CTB.
segurança e fluidez do trânsito, contribuindo para a efetiva
mudança de comportamento dos usuários da via, e de forma 6.1 Proprietário
específica, do condutor infrator, através da imposição de Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela
sanções, propiciando a eficácia da norma jurídica. infração referente à prévia regularização e preenchimento das
Nesse contexto, o papel do agente de trânsito é formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo
desenvolver atividades voltadas à melhoria da qualidade de na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas
vida da população, atuando como facilitador da mobilidade características, componentes, agregados, habilitação legal e
urbana ou rural sustentáveis, norteando-se, dentre outros, compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e
pelos princípios constitucionais da legalidade, outras disposições que deva observar.
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Desta forma o presente Manual tem como objetivo 6.2 Condutor
uniformizar procedimentos, de forma a orientar os agentes de Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações
trânsito nas ações de fiscalização. decorrentes de atos praticados na direção do veículo.

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6.3 Pessoa Física ou Jurídica expressamente 8. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS


mencionada no CTB Medidas administrativas são providências de caráter
A pessoa física ou jurídica é responsável por infração de complementar, exigidas para a regularização de situações
trânsito, não vinculada a veículo ou à sua condução, infracionais, sendo, em grande parte, de aplicação
expressamente mencionada no CTB. momentânea, e têm como objetivo prioritário impedir a
continuidade da prática infracional, garantindo a proteção à
7. AUTUAÇÃO vida e à incolumidade física das pessoas, e não se confundem
Autuação é ato administrativo da Autoridade de Trânsito com penalidades.
ou de seus agentes quando da constatação do cometimento de Compete à autoridade de trânsito com circunscrição sobre
infração de trânsito, devendo ser formalizado por meio da a via e seus agentes aplicar as medidas administrativas,
lavratura do AIT. considerando a necessidade de segurança e fluidez do trânsito.
O AIT é peça informativa que subsidia a Autoridade de A impossibilidade de aplicação de medida administrativa
Trânsito na aplicação das penalidades e sua consistência está prevista para infração não invalidará a autuação pela infração
na perfeita caracterização da infração, devendo ser preenchido de trânsito, nem a imposição das penalidades previstas.
de acordo com as disposições contidas no artigo 280 do CTB e
demais normas regulamentares, com registro dos fatos que 8.1 - Retenção do Veículo
fundamentaram sua lavratura. Consiste na sua imobilização no local da abordagem, para
O AIT não poderá conter rasura, emenda, uso de corretivo, a solução de determinada irregularidade.
ou qualquer tipo de adulteração. O seu preenchimento se dará A retenção se dará nas infrações em que esteja prevista
com letra legível, preferencialmente, com caneta esferográfica esta medida administrativa.
de tinta azul. Quando a irregularidade puder ser sanada no local onde
Poderá ser utilizado o talão eletrônico para o registro da for constatada a infração, o veículo será liberado tão logo seja
infração conforme regulamentação específica. regularizada a situação.
O agente só poderá registrar uma infração por auto e, no Na impossibilidade de sanar a falha no local da infração, o
caso da constatação de infrações em que os códigos veículo poderá ser retirado por condutor regularmente
infracionais possuam a mesma raiz (os três primeiros dígitos), habilitado, desde que não ofereça risco à segurança do
considerar-se-á apenas uma infração. trânsito, mediante recolhimento do Certificado de
Exemplo: veículo sem equipamento obrigatório e com Licenciamento Anual - CLA/CRLV, contra recibo, notificando o
equipamento obrigatório ineficiente/inoperante, utilizar o condutor do prazo para sua regularização.
código 663-71 e descrever no campo ‘Observações’ a situação Não se apresentando condutor habilitado no local da
constatada (ex: sem o estepe e com o extintor de incêndio infração, o veículo será recolhido ao depósito.
vazio). No prazo assinalado no recibo, o infrator deverá
As infrações podem ser concorrentes ou concomitantes: providenciar a regularização do veículo e apresentá-lo no local
São concorrentes aquelas em que o cometimento de uma indicado, onde, após submeter-se à vistoria, terá seu
infração tem como pressuposto o cometimento de outra. CLA/CRLV restituído.
Por exemplo: veículo sem as placas (art. 230, IV), por falta No caso de não observância do prazo estabelecido para a
de registro (art. 230, V). regularização, o agente da autoridade de trânsito deverá
Nesses casos, o agente deverá lavrar um único AIT, com encaminhar o documento ao órgão ou entidade de trânsito de
base no art. 230, V. registro do veículo.
São concomitantes aquelas em que o cometimento de uma Havendo comprometimento da segurança do trânsito e/ou
infração não implica o cometimento de outra, na forma do art. no caso do condutor sinalizar que não regularizará a situação,
266 do CTB. a retenção do veículo poderá ser transferida para local mais
Por exemplo: dirigir veículo com a CNH vencida há mais de adequado ou para o depósito do órgão ou entidade de trânsito.
trinta dias (art. 162, V) e de categoria diferente para a qual é Quando se tratar de transporte coletivo conduzindo
habilitado (art. 162, III). passageiros ou de veículo transportando produto perigoso ou
Nesses casos, o agente deverá lavrar os dois AIT. perecível, desde que o veículo ofereça condições de segurança
O agente de trânsito, sempre que possível, deverá abordar para circulação em via pública, a retenção pode deixar de ser
o condutor do veículo para constatar a infração, ressalvados os aplicada imediatamente.
casos nos quais a infração poderá ser comprovada sem a
abordagem. Para esse fim, o Manual estabelece as seguintes 8.2 - Remoção do Veículo
situações: A remoção do veículo consiste em deslocar o veículo para
Caso 1: “possível sem abordagem” - significa que a o depósito fixado pela autoridade de trânsito com
infração pode ser constatada sem a abordagem do condutor. circunscrição sobre a via. Tem por finalidade restabelecer as
Caso 2: “mediante abordagem” – significa que a infração condições de segurança, fluidez da via, garantir a boa ordem
só pode ser constatada se houver a abordagem do condutor. administrativa, dentre outras hipóteses estabelecidas pela
Caso 3: “vide procedimentos” - significa que, em alguns legislação.
casos, há situações específicas para abordagem do condutor. A medida administrativa de remoção é independente da
O AIT deverá ser impresso em, no mínimo, duas vias, penalidade de apreensão e não se caracteriza como medida
exceto o registrado em equipamento eletrônico. antecipatória desta.
Uma via do AIT será utilizada pelo órgão ou entidade de A remoção deve ser feita por meio de veículo destinado
trânsito para os procedimentos administrativos de aplicação para esse fim ou, na falta deste, valendo-se da própria
das penalidades previstas no CTB. A outra via deverá ser capacidade de movimentação do veículo a ser removido, desde
entregue ao condutor, quando se tratar de autuação com que haja condições de segurança para o trânsito.
abordagem, ainda que este se recuse a assiná-lo. A remoção do veículo não será aplicada se o condutor,
Nas infrações cometidas com combinação de veículos, regularmente habilitado, sanar a irregularidade no local, desde
preferencialmente será autuada a unidade tratora. Na que isso ocorra antes que a operação de remoção tenha sido
impossibilidade desta, a unidade tracionada. iniciada, ou quando o agente avaliar que a operação de

Conhecimentos Específicos 142


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remoção trará ainda mais prejuízo à segurança e/ou fluidez da


via.
Este procedimento somente se aplica para o veículo
devidamente licenciado e que esteja em condições de
segurança de circulação.
A restituição dos veículos removidos só ocorrerá após o
pagamento das multas, taxas e despesas com remoção e
estada, além de outros encargos previstos na legislação
especifica.

8.3 - Recolhimento do Documento de Habilitação


O recolhimento do documento de habilitação tem por
objetivo imediato impedir a condução de veículos nas vias
públicas enquanto perdurar a irregularidade constatada.
O documento de habilitação será recolhido pelo agente,
mediante recibo, sendo uma das vias entregue,
obrigatoriamente, ao condutor, e ficará sob custódia do órgão
ou entidade de trânsito responsável pela autuação até que o
condutor comprove que a irregularidade foi sanada.
Caso o condutor não compareça ao órgão ou entidade de
trânsito responsável pela autuação em até 5 (cinco) dias da
data do cometimento da infração, o documento será
encaminhado ao órgão executivo de trânsito responsável pelo
seu registro.
Sanada a irregularidade, a restituição do documento de
habilitação se dará sem qualquer outra exigência.
O recibo expedido pelo agente não autoriza a condução do
veículo.

8.4 - Recolhimento do Certificado de Licenciamento


Anual (CLA/CRLV)
Consiste no recolhimento do documento que certifica o
licenciamento do veículo com o objetivo de garantir que o
proprietário promova a regularização da infração constatada.
Será aplicada quando não for sanada a irregularidade, nos 9.1 Condutor oriundo de país Estrangeiro
casos em que esteja prevista a medida administrativa de O condutor de veículo automotor, oriundo de país
retenção do veículo ou a penalidade de apreensão do veículo; estrangeiro e nele habilitado, poderá dirigir portando
Quando houver fundada suspeita quanto à inautenticidade ou Permissão Internacional para Dirigir (PID) ou documento de
adulteração, deverão ser adotadas as medidas de polícia habilitação estrangeira, acompanhados de documento de
judiciária. identificação, quando o país de origem do condutor for
De acordo com a Resolução do CONTRAN nº 61/1998, o signatário de Acordos ou Convenções Internacionais,
CLA é o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos ratificados pelo Brasil, respeitada a validade da habilitação de
(CRLV). origem e o prazo máximo de 180 dias da sua estada regular no
Brasil.
Todo e qualquer recolhimento de CLA deve ser
documentado por meio de recibo, sendo que uma das vias será
entregue, obrigatoriamente, ao condutor. 10. DISPOSIÇÕES FINAIS:
Após o recolhimento do documento pelo agente, a O condutor de motocicleta, motoneta e ciclomotor, quando
Autoridade de Trânsito do órgão autuador deverá adotar desmontado e puxando ou empurrando o veículo nas vias
medidas destinadas ao registro do fato no RENAVAM. públicas, não se equipara ao pedestre, estando sujeito às
infrações previstas no CTB.
9. HABILITAÇÃO O conteúdo dos itens do Sumário deste Manual se aplica,
no que couber, à fiscalização das infrações previstas no Manual
Para a condução de veículos automotores é obrigatório o
Brasileiro de Fiscalização de Trânsito – Volume I.
porte do documento de habilitação, apresentado no original e
dentro da data de validade. Este Manual recepcionará tacitamente as eventuais
alterações da legislação de trânsito.
O documento de habilitação não pode estar plastificado
para que sua autenticidade possa ser verificada.
São documentos de habilitação: 11. FICHAS INDIVIDUAIS DOS ENQUADRAMENTOS
Ver arquivos anexos
- Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) - habilita (http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/MBFTV.II.rar)
o condutor somente para conduzir ciclomotores e
cicloelétricos
- Permissão para Dirigir (PPD) - categorias A e B
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH) - categorias A, B,
C, D e E.

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APOSTILAS OPÇÃO

Considerando o que consta do Processo nº


80001.002866/2003-35, resolve:
619/2016;
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

RESOLUÇÃO Nº 619, DE 06 DE SETEMBRO DE 2016 Art. 1º Estabelecer e normatizar os procedimentos para a


aplicação das multas por infrações, a arrecadação e o repasse
Estabelece e normatiza os procedimentos para a aplicação dos valores arrecadados, nos termos do inciso VIII do art. 12 da
das multas por infrações, a arrecadação e o repasse dos valores Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
arrecadados, nos termos do inciso VIII do art. 12 da Lei nº 9.503, Trânsito Brasileiro – CTB.
de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro – CTB, e dá outras providências. Art. 2º Para os fins previstos nesta Resolução, entende-se
por:
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando I- Auto de Infração de Trânsito: é o documento que dá início
da competência que lhe confere os incisos I, II e VIII do artigo 12, ao processo administrativo para imposição de punição, em
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o decorrência de alguma infração à legislação de trânsito.
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº II - notificação de autuação: é o procedimento que dá ciência
4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação ao proprietário do veículo de que foi cometida uma infração de
do Sistema trânsito com seu veículo. Caso a infração não tenha sido
Nacional de Trânsito – SNT, e cometida pelo proprietário do veículo, deverá ser indicado o
Considerando a edição da Lei nº 13.281, de 4 de maio de condutor responsável pelo cometimento da infração.
2016, que altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que III - notificação de penalidade: é o procedimento que dá
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e a Lei nº ciência da imposição de penalidade bem como indica o valor da
13.146, de 6 de julho de 2015; cobrança da multa de trânsito.
IV - autuador: os órgãos e entidades executivos de trânsito e
Considerando a necessidade de estabelecer e normatizar os rodoviários competentes para julgar a defesa da autuação e
procedimentos para a aplicação das multas por infrações, a aplicar penalidade de multa de trânsito;
arrecadação e o repasse dos valores arrecadados, nos termos do V - arrecadador: os órgãos e entidades executivos de trânsito
inciso VIII do art. 12 do CTB; e rodoviários que efetuam a cobrança e o recebimento da multa
de trânsito (de sua competência ou de terceiros), sendo
Considerando a necessidade de uniformizar e aperfeiçoar os responsáveis pelo repasse dos 5% (cinco por cento) do valor da
procedimentos relativos à lavratura do Auto de Infração, multa de trânsito à conta do Fundo Nacional de Segurança e
expedição da notificação da autuação, identificação do Educação de Trânsito – FUNSET;
condutor infrator e aplicação das penalidades de advertência VI - RENACH: Registro Nacional de Condutores Habilitados;
por escrito e de multa, pelo cometimento de infrações de VII - RENAVAM: Registro Nacional de Veículos Automotores;
responsabilidade do proprietário ou do condutor do veiculo, com VIII - RENAINF: Registro Nacional de Infrações de Trânsito.
vistas a garantir maior eficácia, segurança e transparência dos
atos administrativos;
Art. 3º Constatada a infração pela autoridade de trânsito ou
por seu agente, ou ainda comprovada sua ocorrência por
Considerando a necessidade do estabelecimento de regras e aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações
padronização de documentos para arrecadação de multas de químicas ou qualquer outro meio tecnológico disponível,
trânsito e a retenção, recolhimento e a prestação de informações previamente regulamentado pelo Conselho Nacional de
do percentual de cinco por cento do valor arrecadado das multas Trânsito – CONTRAN, será lavrado o Auto de Infração de
destinados à conta do Fundo Nacional de Segurança e Educação Trânsito que deverá conter os dados mínimos definidos pelo art.
de Trânsito – FUNSET; 280 do CTB e em regulamentação específica.
§ 1º O Auto de Infração de Trânsito de que trata o caput
Considerando a necessidade de identificação inequívoca do deste artigo poderá ser lavrado pela autoridade de trânsito ou
real infrator e a necessidade de estabelecer as responsabilidades por seu agente:
pelas infrações a partir de uma base de informações nacional I - por anotação em documento próprio;
única; II - por registro em talão eletrônico isolado ou acoplado a
equipamento de detecção de infração regulamentado pelo
Considerando a necessidade de estabelecer regras e CONTRAN, atendido o procedimento definido pelo
padronização para o acréscimo de juros de mora equivalentes à Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN; ou
taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia III - por registro em sistema eletrônico de processamento de
- Selic para títulos federais acumulada mensalmente, calculados dados quando a infração for comprovada por equipamento de
a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês detecção provido de registrador de imagem, regulamentado
anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) pelo CONTRAN.
relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo § 2° O órgão ou entidade de trânsito, sempre que possível,
efetuado; deverá imprimir o Auto de Infração de Trânsito elaborado nas
formas previstas nos incisos II e III do parágrafo anterior para
início do processo administrativo previsto no Capítulo XVIII do
CTB, sendo dispensada a assinatura da Autoridade ou de seu
agente.
§ 3º O registro da infração, referido no inciso III do § 1° deste
artigo, será referendado por autoridade de trânsito, ou seu
agente, que será identificado no Auto de Infração de Trânsito.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 4º Sempre que possível o condutor será identificado no IV - campo para a assinatura do proprietário do veículo;
momento da lavratura do Auto de Infração de Trânsito. IV - campo para a assinatura do condutor infrator;
§ 5º O Auto de Infração de Trânsito valerá como notificação V - placa do veículo e número do Auto de Infração de
da autuação quando for assinado pelo condutor e este for o Trânsito;
proprietário do veículo. VI - data do término do prazo para a identificação do
§ 6º Para que a notificação da autuação se dê na forma do § condutor infrator e interposição da defesa da autuação;
5º, o Auto de Infração de Trânsito deverá conter o prazo para VII - esclarecimento das consequências da não identificação
apresentação da defesa da autuação, conforme § 4º do art. 4º do condutor infrator, nos termos dos §§ 7º e 8º do art. 257 do
desta Resolução. CTB;
§ 7º O talão eletrônico previsto no inciso II do § 1º desta VIII - instrução para que o Formulário de Identificação do
Resolução trata-se de sistema informatizado (software) Condutor Infrator seja acompanhado de cópia reprográfica
instalado em equipamentos preparados para este fim ou no legível do documento de habilitação do condutor infrator e do
próprio sistema de registro de infrações dos órgãos ou entidades documento de identificação do proprietário do veículo ou seu
de trânsito, na forma disciplinada pelo DENATRAN. representante legal, o qual, neste caso, deverá juntar documento
que comprove a representação;
CAPÍTULO II IX - esclarecimento de que a indicação do condutor infrator
DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO somente será acatada e produzirá efeitos legais se o formulário
de identificação do condutor estiver corretamente preenchido,
Art. 4º À exceção do disposto no § 5º do artigo anterior, após sem rasuras, com assinaturas originais do condutor e do
a verificação da regularidade e da consistência do Auto de proprietário do veículo e acompanhado de cópia reprográfica
Infração de Trânsito, a autoridade de trânsito expedirá, no legível dos documentos relacionados no inciso anterior;
prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data do X - endereço para entrega do Formulário de Identificação do
cometimento da infração, a Notificação da Autuação dirigida ao Condutor Infrator; e
proprietário do veículo, na qual deverão constar os dados XI - esclarecimento sobre a responsabilidade nas esferas
mínimos definidos no art. 280 do CTB. penal, cível e administrativa, pela veracidade das informações e
dos documentos fornecidos.
§ 1º Quando utilizada a remessa postal, a expedição se § 1º Na impossibilidade da coleta da assinatura do condutor
caracterizará pela entrega da notificação da autuação pelo infrator, além dos documentos previstos nos incisos deste artigo,
órgão ou entidade de trânsito à empresa responsável por seu deverá ser anexado ao Formulário de Identificação do Condutor
envio. Infrator:
§ 2º Quando utilizado sistema de notificação eletrônica, a I - ofício do representante legal do Órgão ou Entidade
expedição se caracterizará pelo envio eletrônico da notificação identificando o condutor infrator, acompanhado de cópia de
da atuação pelo órgão ou entidade de trânsito ao proprietário documento que comprove a condução do veículo no momento do
do veículo. cometimento da infração, para veículo registrado em nome dos
§ 3º A não expedição da notificação da autuação no prazo Órgãos ou Entidades da Administração Pública direta ou
previsto no caput deste artigo ensejará o arquivamento do Auto indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
de Infração de Trânsito. Municípios; ou
§ 4º Da Notificação da Autuação constará a data do término II - cópia de documento onde conste cláusula de
do prazo para a apresentação da Defesa da Autuação pelo responsabilidade por infrações cometidas pelo condutor e
proprietário do veículo ou pelo condutor infrator devidamente comprove a posse do veículo no momento do cometimento da
identificado, que não será inferior a 15 (quinze) dias, contados infração, para veículos registrados em nome das demais pessoas
da data da notificação da autuação ou publicação por edital, jurídicas.
observado o disposto no art. 13 desta Resolução. § 2º No caso de identificação de condutor infrator em que a
§ 5º A autoridade de trânsito poderá socorrer-se de meios situação se enquadre nas condutas previstas nos incisos do art.
tecnológicos para verificação da regularidade e da consistência 162 do CTB, serão lavrados, sem prejuízo das demais sanções
do Auto de Infração de Trânsito. administrativas e criminais previstas no CTB, os respectivos
§ 6º Os dados do condutor identificado no Auto de Infração Autos de Infração de Trânsito:
de Trânsito deverão constar na Notificação da Autuação, I - ao proprietário do veículo, por infração ao art. 163 do
observada a regulamentação específica. CTB, exceto se o condutor for o proprietário; e
§ 7º Torna-se obrigatório atualização imediata da base II - ao condutor indicado, ou ao proprietário que não indicá-
nacional, por parte dos órgãos e entidades executivos de trânsito lo no prazo estabelecido, pela infração cometida de acordo com
dos Estados e do Distrito Federal, sempre que houver alteração as condutas previstas nos incisos do art. 162 do CTB.
dos dados cadastrais do veículo e do condutor. § 3º Ocorrendo a situação prevista no parágrafo anterior, o
prazo para expedição da notificação da autuação de que trata o
Seção I inciso II, parágrafo único, do art. 281 do CTB, será contado a
Da Identificação do Condutor Infrator partir da data do protocolo do Formulário de Identificação do
Condutor Infrator junto ao órgão autuador ou do prazo final
para indicação.
Art. 5º Sendo a infração de responsabilidade do condutor, e
este não for identificado no ato do cometimento da infração, a § 4º Em se tratando de condutor estrangeiro, além do
Notificação da Autuação deverá ser acompanhada do atendimento às demais disposições deste artigo, deverão ser
Formulário de Identificação do Condutor Infrator, que deverá apresentadas cópias dos documentos previstos em legislação
conter, no mínimo: específica.
I- identificação do órgão ou entidade de trânsito responsável § 5º O formulário de identificação do condutor infrator
pela autuação; poderá ser substituído por outro documento, desde que
contenha as informações mínimas exigidas neste artigo.
II - campos para o preenchimento da identificação do
§ 6º Os órgãos e entidades de trânsito deverão registrar as
condutor infrator: nome e números de registro dos documentos
indicações de condutor no RENACH, administrado pelo
de habilitação, identificação e CPF;
DENATRAN, o qual disponibilizará os registros de indicações de
III – (Em branco)
condutor de forma a possibilitar o acompanhamento e

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averiguações das reincidências e irregularidades nas indicações § 1º Até a data do término do prazo para a apresentação da
de condutor infrator, articulando-se, para este fim, com outros defesa da autuação, o proprietário do veículo, ou o condutor
órgãos da Administração Pública. infrator, poderá requerer à autoridade de trânsito a aplicação
§ 7º Constatada irregularidade na indicação do condutor da Penalidade de Advertência por Escrito de que trata o caput
infrator, capaz de configurar ilícito penal, a Autoridade de deste artigo.
Trânsito deverá comunicar o fato à autoridade competente. § 2º Não cabe recurso à Junta Administrativa de Recursos de
§ 8º O documento referido no inciso II do § 1º deverá conter, Infrações – JARI da decisão da autoridade que aplicar a
no mínimo, identificação do veículo, do proprietário e do Penalidade de Advertência por Escrito solicitada com base no §
condutor, cláusula de responsabilidade pelas infrações e período 1º, exceto se essa solicitação for concomitante à apresentação
em que o veículo esteve na posse do condutor apresentado, de defesa da autuação.
podendo esta última informação constar de documento em § 3º Para fins de análise da reincidência de que trata o caput
separado assinado pelo condutor. do art. 267 do CTB, deverá ser considerada apenas a infração
referente à qual foi encerrada a instância administrativa de
Seção II julgamento de infrações e penalidades.
Responsabilidade do Proprietário § 4º A aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito
deverá ser registrada no prontuário do infrator depois de
Art. 6º O proprietário do veículo será considerado encerrada a instância administrativa de julgamento de
responsável pela infração cometida, respeitado o disposto no § infrações e penalidades.
2º do art. 5º, nas seguintes situações: § 5º Para fins de cumprimento do disposto neste artigo, o
I - caso não haja identificação do condutor infrator até o DENATRAN deverá disponibilizar transação específica para
término do prazo fixado na Notificação da Autuação; registro da Penalidade de Advertência por Escrito no RENACH e
no RENAVAM, bem como, acesso às informações contidas no
II - caso a identificação seja feita em desacordo com o
prontuário dos condutores e veículos para consulta dos órgãos e
estabelecido no artigo anterior; e
entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito.
III - caso não haja registro de comunicação de venda à época
da infração. § 6º A Penalidade de Advertência por Escrito deverá ser
enviada ao infrator, no endereço constante em seu prontuário
ou por sistema de notificação eletrônica, se disponível.
Art. 7º Ocorrendo a hipótese prevista no artigo anterior e
§ 7º A aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito
sendo o proprietário do veículo pessoa jurídica, será imposta
não implicará em registro de pontuação no prontuário do
multa, nos termos do § 8º do art. 257 do CTB, expedindo-se a
infrator.
notificação desta ao proprietário do veículo, nos termos de
§ 8º Caso a autoridade de trânsito não entenda como
regulamentação específica.
medida mais educativa a aplicação da Penalidade de
Advertência por Escrito, aplicará a Penalidade de Multa.
Art. 8º Para fins de cumprimento desta Resolução, no caso
§ 9º A notificação devolvida por desatualização do endereço
de veículo objeto de penhor ou de contrato de arrendamento
do infrator junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito
mercantil, comodato, aluguel ou arrendamento não vinculado
responsável pelo seu prontuário será considerada válida para
ao financiamento do veículo, o possuidor, regularmente
todos os efeitos.
constituído e devidamente registrado no órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado ou Distrito Federal, nos termos § 10. Na hipótese de notificação por meio eletrônico, se
de regulamentação específica, equipara-se ao proprietário do disponível, o proprietário ou o condutor autuado será
veículo. considerado notificado 30 (trinta) dias após a inclusão da
informação no sistema eletrônico.
Parágrafo único. As notificações de que trata esta Resolução
somente deverão ser enviadas ao possuidor previsto neste artigo § 11. Para cumprimento do disposto no § 1º, o infrator
no caso de contrato com vigência igual ou superior a 180 (cento deverá apresentar, ao órgão ou entidade responsável pela
e oitenta) dias. aplicação da penalidade, documento emitido pelo órgão ou
entidade executivo de trânsito responsável pelo seu prontuário,
que demonstre as infrações cometidas, se houverem, referente
Seção III aos últimos 12 (doze) meses anteriores à data da infração, caso
Da Defesa da Autuação essas informações não estejam disponíveis no RENACH.
§ 12. Até que as providências previstas no § 5º sejam
Art. 9º Interposta a Defesa da Autuação, nos termos do § 4º disponibilizadas aos órgãos autuadores, a Penalidade de
do art. 4º desta Resolução, caberá à autoridade competente Advertência por Escrito poderá ser aplicada por solicitação da
apreciá-la, inclusive quanto ao mérito. parte interessada.
§ 1º Acolhida a Defesa da Autuação, o Auto de Infração de § 13. Para atendimento do disposto neste artigo, os órgãos e
Trânsito será cancelado, seu registro será arquivado e a entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
autoridade de trânsito comunicará o fato ao proprietário do Federal deverão registrar e atualizar os registros de infrações e
veículo. os dados dos condutores por eles administrados nas bases de
§ 2º Não sendo interposta Defesa da Autuação no prazo informações do DENATRAN.
previsto ou não acolhida, a autoridade de trânsito aplicará a
penalidade correspondente, nos termos desta Resolução. CAPÍTULO IV
DA NOTIFICAÇÃO DA PENALIDADE DE MULTA
CAPÍTULO III
DA PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA POR ESCRITO Art. 11. A Notificação da Penalidade de Multa deverá conter:
I - os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB e em
Art. 10. Em se tratando de infrações de natureza leve ou regulamentação específica;
média, a autoridade de trânsito, nos termos do art. 267 do CTB, II - a comunicação do não acolhimento da Defesa da
poderá, de ofício ou por solicitação do interessado, aplicar a Autuação ou da solicitação de aplicação da Penalidade de
Penalidade de Advertência por Escrito, na qual deverão constar Advertência por Escrito;
os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB e em
regulamentação específica.

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III - o valor da multa e a informação quanto ao desconto § 3º As publicações de que trata este artigo serão válidas
previsto no art. 284 do CTB; para todos os efeitos, não isentando o órgão de trânsito de
IV - data do término para apresentação de recurso, que será disponibilizar as informações das notificações, quando
a mesma data para pagamento da multa, conforme §§ 4º e 5º do solicitado.
art. 282 do CTB; § 4º As notificações enviadas eletronicamente dispensam a
V - campo para a autenticação eletrônica, regulamentado publicação por edital.
pelo DENATRAN; e
VI - instruções para apresentação de recurso, nos termos dos CAPÍTULO VI
arts. 286 e 287 do CTB. DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
Parágrafo único. O órgão ou entidade integrante do Sistema
Nacional de Trânsito responsável pela expedição da Notificação Art. 14. Aplicadas as penalidades de que trata esta
da Penalidade de Multa deverá utilizar documento próprio para Resolução, caberá recurso em primeira instância na forma dos
arrecadação de multa que contenha as características artigos 285, 286 e 287 do CTB, que serão julgados pelas JARI que
estabelecidas pelo DENATRAN. funcionam junto ao órgão de trânsito que aplicou a penalidade,
respeitado o disposto no § 2º do art. 10 desta Resolução.
Art. 12. Até a data de vencimento expressa na Notificação da
Penalidade de Multa ou enquanto permanecer o efeito Art. 15. Das decisões da JARI caberá recurso em segunda
suspensivo sobre o Auto de Infração de Trânsito, não incidirá instância na forma dos arts. 288 e 289 do CTB.
qualquer restrição, inclusive para fins de licenciamento e
transferência, nos arquivos do órgão ou entidade executivo de Art. 16. O recorrente deverá ser informado das decisões dos
trânsito responsável pelo registro do veículo. recursos de que tratam os artigos 14 e 15.
Parágrafo único. No caso de deferimento do recurso de que
CAPÍTULO V trata o art. 13, o recorrente deverá ser informado se a
DA NOTIFICAÇÃO POR EDITAL autoridade recorrer da decisão.

Art. 13. Esgotadas as tentativas para notificar o infrator ou Art. 17. Somente depois de esgotados os recursos, as
o proprietário do veículo por meio postal ou pessoal, as penalidades aplicadas poderão ser cadastradas no RENACH.
notificações de que trata esta Resolução serão realizadas por
edital publicado em diário oficial, na forma da lei, respeitados o CAPÍTULO VII
disposto no §1º do art. 282 do CTB e os prazos prescricionais
DO VALOR PARA PAGAMENTO DA MULTA
previstos na Lei nº 9.873, de 23 de novembro de 1999, que
estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva.
Art. 18. Sujeitam-se ao disposto no § 4º do art. 284 do CTB
§ 1º Os editais de que trata o caput deste artigo, de acordo
apenas os autos de infrações lavrados a partir de 1º de
com sua natureza, deverão conter, no mínimo, as seguintes
novembro de 2016.
informações:
I - Edital da Notificação da Autuação:
Seção I
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo
de notificação; Para pagamento até a data de vencimento indicada na
Notificação de Penalidade:
b) instruções e prazo para apresentação de defesa da
autuação;
c) lista com a placa do veículo, número do Auto de Infração Art. 19. Pelo valor equivalente a 80% (oitenta por cento) do
de Trânsito, data da infração e código da infração com valor original da multa conforme caput do art. 284, conforme:
desdobramento. I - fórmula: Valor original x 0,80 = valor a pagar.
II - Edital da Notificação da Penalidade de Advertência por
Escrito: Art. 20. Pelo valor equivalente a 60% (sessenta por cento) do
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo valor original da multa, quando da opção precedente de
de notificação; recebimento da Notificação pelo sistema de notificação
b) instruções e prazo para interposição de recurso, eletrônica, quando disponibilizada pelo órgão máximo
observado o disposto no § 2º do art. 10 desta Resolução; executivo de trânsito da União aos órgãos autuadores, conforme
previsto no § 1º do art. 284 do CTB, conforme:
c) lista com a placa do veículo, número do Auto de Infração
de Trânsito, data da infração, código da infração com I - fórmula: Valor original x 0,60 = valor a pagar.
desdobramento e número de registro do documento de
habilitação do infrator. Seção II
III - Edital da Notificação da Penalidade de Multa: Para pagamento após a data de vencimento indicada
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo na Notificação de Penalidade:
de notificação;
b) instruções e prazo para interposição de recurso e Art. 21. Para quitação no período compreendido entre a
pagamento; data imediata após o vencimento, até o último dia do mês
c) lista com a placa do veículo, número do Auto de Infração seguinte ao do vencimento, pelo valor original da multa
de Trânsito, data da infração, código da infração com acrescido de juros relativos ao mês de pagamento, no percentual
desdobramento e valor da multa. de 1% (um por cento), conforme:
§ 2º É facultado ao órgão autuador publicar extrato I - fórmula: Valor original x 1,01 = valor corrigido a pagar.
resumido de edital no Diário Oficial, o qual conterá as
informações constantes das alíneas “a” e “b” dos incisos I, II ou Art. 22. Para quitação após o mês subsequente ao do
III do §1º deste artigo, sendo obrigatória a publicação da vencimento, pelo valor original da multa, acrescido da variação
íntegra do edital, contendo todas as informações descritas no mensal da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e
§1º deste artigo, no seu sítio eletrônico na Internet. de Custódia - Selic, definida pelo somatório dos percentuais
mensais, não capitalizados, divulgados para o período entre o

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APOSTILAS OPÇÃO

mês subsequente ao do vencimento e o mês anterior ao do Parágrafo único. O recolhimento do percentual de 5% (cinco
pagamento, inclusive e adicionado ainda, o percentual de 1% por cento) do valor arrecadado das multas de trânsito à conta
(um por cento) relativo a juros do mês de pagamento, qualquer do FUNSET pelos órgãos autuadores da União dar-se-á na forma
que seja o dia desse mês considerado, conforme: estabelecida pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, do
I - fórmulas: Período = incluir mês subsequente ao Ministério da Fazenda.
vencimento e excluir o mês de pagamento.
II - valor: Valor original x fator multiplicador = valor a pagar Art. 25. Os demais órgãos e entidades integrantes do Sistema
III - fator multiplicador: 1,01 + (Σ percentuais mensais da Nacional de Trânsito, arrecadadores de multas de trânsito, de
SELIC do período) sua competência ou de terceiros, e recolhedores de valores à
§ 1º O cálculo do acréscimo de mora e o valor atualizado conta do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito
devido, com base na variação da taxa SELIC indicado neste – FUNSET deverão prestar informações ao DENATRAN até o 20º
artigo serão mantidos pelo órgão arrecadador, que aplicará a (vigésimo) dia do mês subseqüente ao da arrecadação, na forma
variação mensal acumulada da taxa básica de juros SELIC, disciplinada pelo próprio DENATRAN.
proveniente do somatório dos índices de correção no período
divulgados pelo Banco Central do Brasil – BACEN, cujo índice Art. 25-A Os órgãos e entidades integrantes do Sistema
obtido e montante atualizado serão definidos com duas casas Nacional de Trânsito poderão firmar, sem ônus para si, acordos
decimais, desprezadas as demais sem arredondamento, como e parcerias técnico-operacionais para viabilizar o pagamento
forma de uniformizar o valor resultante. de multas de trânsito e demais débitos relativos ao veículo com
§ 2º O cálculo adicional de juros de mora, não capitalizado, cartões de débito ou crédito, disponibilizando aos infratores ou
com índice fixo de 1% (um por cento), relativo ao acréscimo do proprietários de veículos alternativas para quitar seus débitos à
mês de pagamento, em que não ocorrerá o cômputo da variação vista ou em parcelas mensais, com a imediata regularização da
mensal da taxa SELIC, será também mantido pelo órgão situação do veículo.
arrecadador, complementando o valor final do débito vencido, § 1º Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional
válido até o último dia útil do mês de pagamento considerado. de Trânsito deverão solicitar autorização ao Departamento
§ 3º O usuário devedor da multa imposta será orientado por Nacional de Trânsito - DENATRAN para viabilizar o pagamento
texto na Notificação de Penalidade sobre a validade do de multas de trânsito e demais débitos relacionados a veículos
documento para fins de pagamento, cujo prazo coincide com o com cartões de débito ou crédito.
vencimento indicado, após o que deverá ser consultado o órgão § 2º A autorização de que trata o § 1º será expedida pelo
autuador e/ou arrecadador, para a obtenção do valor DENATRAN por meio de Ofício ao dirigente máximo da entidade
atualizado para pagamento. solicitante.
§ 4º Interposto recurso no prazo legal, se julgado § 3º Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional
improcedente, a incidência de juros de mora deverá ser de Trânsito autorizados pelo DENATRAN poderão promover a
considerado a partir do encerramento da instância habilitação, por meio de contratação ou credenciamento, de
administrativa. empresas credenciadoras (adquirentes), subcredenciadora
§ 5º A interposição do recurso fora do prazo legal ensejará a (subadquirentes) ou facilitadoras para processar as operações e
cobrança de juros de mora a partir do vencimento da os respectivos pagamentos.
Notificação de Penalidade. § 4º As empresas referidas no §3º deverão estar previamente
credenciadas pelo DENATRAN, na forma de normativo a ser
CAPÍTULO VIII editado por aquele órgão, e serem autorizadas, por instituição
DA ARRECADAÇÃO DAS MULTAS E DO REPASSE DOS credenciadora supervisionada pelo Banco Central do Brasil, a
VALORES processar pagamentos, inclusive parcelados, mediante uso de
cartões de débito e crédito normalmente aceitos no mercado,
Art. 23. Os órgãos e entidades executivos de trânsito e sem restrição de bandeiras, e apresentar ao interessado os
executivos rodoviários dos Estados, do Distrito Federal e dos planos de pagamento dos débitos em aberto, possibilitando ao
Municípios, integrantes do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, titular do cartão conhecer previamente os custos adicionais de
para arrecadarem multas de trânsito de sua competência ou de cada forma de pagamento e decidir pela opção que melhor
terceiros, deverão utilizar o documento próprio de arrecadação atenda às suas necessidades.
de multas de trânsito estabelecido pelo DENATRAN, com vistas § 5º Os encargos e eventuais diferenças de valores a serem
a garantir o repasse automático dos valores relativos ao cobrados por conta do parcelamento via cartão de crédito ficam
FUNSET. a cargo do titular do cartão de crédito que aderir a essa
§ 1º O recolhimento do percentual de 5% (cinco por cento) modalidade de pagamento.
do valor arrecadado das multas de trânsito à conta do FUNSET § 6º Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional
é de responsabilidade do órgão de trânsito arrecadador. de Trânsito que adotarem essa modalidade de arrecadação de
multas por meio de cartões de débito ou crédito deverão
§ 2º O pagamento das multas de trânsito será efetuado na
encaminhar relatórios mensais ao DENATRAN contendo o
rede bancária arrecadadora.
montante arrecadado de forma discriminada, para fins de
§ 3º O recebimento de multas pela rede arrecadadora será
controle dos repasses relativos ao FUNSET.
feito exclusivamente à vista e de forma integral, podendo ser
§ 7º Na ausência de prestação de contas a que se refere o §6º,
realizado parcelamento, por meio de cartão de crédito, por
o DENATRAN poderá suspender a autorização para que os
conta e risco de instituições integrantes do Sistema de
órgãos e entidades de trânsito admitam o pagamento parcelado
Pagamentos Brasileiro (SPB). (Alterada pela Resolução nº 697,
ou à vista de multas de trânsito por meio de cartões de débito ou
de 10 de outubro de 2017).
crédito.
§ 8º O parcelamento poderá englobar uma ou mais multas
Art. 24. Os órgãos autuadores da União, para arrecadarem
de trânsito vinculadas ao veículo.
multas de trânsito de sua competência, deverão utilizar a Guia
de Recolhimento da União – GRU do tipo Cobrança, observado o § 9º A aprovação e efetivação do parcelamento por meio do
Decreto n.º 4.950, de 9 de janeiro de 2004 e a Instrução Cartão de Crédito pela Operadora de Cartão de Crédito libera o
Normativa da Secretaria do Tesouro Nacional - STN nº 2, de 22 licenciamento do veículo e a respectiva emissão do Certificado
de maio de 2009, e suas alterações posteriores. de Registro de Licenciamento do Veículo - CRLV.

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§ 10º O pagamento parcelado de multas já vencidas deverá ou jurídica que conste como proprietária do veículo na data da
ser acrescido de juros de mora equivalentes à taxa referencial infração, respeitado o disposto no § 6º do art. 10.
do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), nos § 1º Caso o Auto de Infração de Trânsito não conste no
termos do § 4º do art. 284 do CTB, conforme disciplinado pelos prontuário do veículo na data do registro da transferência de
artigos 21 e 22 desta Resolução. propriedade, o proprietário atual será considerado comunicado
§ 11º O valor total do parcelamento, excluído a taxa sobre a quando do envio, pelo órgão ou entidade executivos de trânsito,
operação de Cartão de Crédito, deverá ser considerada como do extrato para pagamento do IPVA e demais débitos vinculados
receita arrecadada, para fins de aplicação de recurso, conforme ao veículo, ou quando do vencimento do prazo de licenciamento
o art. 320 do CTB, bem como para fato gerador do repasse anual.
relativo ao FUNSET. § 2º O DENATRAN deverá adotar as providências
§ 12º Ficam excluídos do parcelamento disposto neste necessárias para fornecer aos órgãos de trânsito responsáveis
artigo: pela expedição das notificações os dados da pessoa física ou
I– as multas inscritas em dívida ativa; jurídica que constava como proprietário do veículo na data da
II – os parcelamentos inscritos em cobrança infração.
administrativa; § 3º Até que sejam disponibilizadas as informações de que
III – os veículos licenciados em outras Unidades da trata o § 2º, as notificações enviadas ao proprietário atual serão
Federação; e consideradas válidas para todos os efeitos, podendo este
IV – multas aplicadas por outros órgãos autuadores que informar ao órgão autuador os dados do proprietário anterior
não autorizam o parcelamento ou arrecadação por meio de para continuidade do processo de notificação.
cartões de crédito ou débito. § 4º Após efetuar a venda do veículo, caso haja Auto de
§ 13º O órgão ou entidade de trânsito autuador da multa de Infração de Trânsito em seu nome, a pessoa física ou jurídica que
trânsito é o competente para autorizar o parcelamento, em constar como proprietária do veículo na data da infração deverá
caráter facultativo, podendo delegar tal competência, na forma providenciar atualização de seu endereço junto ao órgão ou
do art. 25 do CTB. entidade de trânsito de registro do veículo.
§ 14º O DENATRAN ficará responsável por autorizar e § 5º Caso não seja providenciada a atualização do endereço
fiscalizar as operações dos órgãos de trânsito que adotarem a prevista no § 4º, a notificação devolvida por esse motivo será
modalidade de parcelamento com Cartão de Crédito para o considerada válida para todos os efeitos.
pagamento das multas de trânsito, bem como para credenciar
as empresas, regulamentando as disposições deste artigo. Art. 30. É facultado antecipar o pagamento do valor
§ 15º O credenciamento de pessoas jurídicas para correspondente à multa, junto ao órgão ou entidade de trânsito
prestação dos serviços previstos nesta Resolução será feito responsável pela aplicação dessa penalidade, em qualquer fase
exclusivamente pelo DENATRAN e deverá ser antecedido da do processo administrativo, sem prejuízo da continuidade dos
comprovação de: procedimentos previstos nesta Resolução para expedição das
I – habilitação jurídica; notificações, apresentação da defesa da autuação e dos
II – regularidade fiscal e trabalhista; respectivos recursos.
III – qualificação econômico-financeira; e Parágrafo único. Caso o pagamento tenha sido efetuado
antecipadamente, conforme previsto no caput, a Notificação da
IV – qualificação técnica (Alterada pela Resolução nº 736,
Penalidade deverá ser expedida com a informação de que a
de 5 de julho de 2018).
multa encontra-se paga, com a indicação do prazo para
interposição do recurso e sem código de barras para pagamento.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 31. Os procedimentos para apresentação de defesa de
autuação e recursos, previstos nesta Resolução, atenderão ao
Art. 26. Nos casos dos veículos registrados em nome de disposto em regulamentação específica.
missões diplomáticas, repartições consulares de carreira ou
representações de organismos internacionais e de seus
Art. 32. Aplica-se o disposto nesta Resolução, no que couber,
integrantes, as notificações de que trata esta Resolução,
às autuações em que a responsabilidade pelas infrações não
respeitado o disposto no § 6º do art. 10, deverão ser enviadas ao
sejam do proprietário ou condutor do veículo, até que os
endereço constante no registro do veículo junto ao órgão
procedimentos sejam definidos por regulamentação específica.
executivo de trânsito do Estado ou Distrito Federal e
comunicadas ao Ministério das Relações Exteriores para as
providências cabíveis, na forma definida pelo DENATRAN. Art. 33. Aplicam-se a esta Resolução os prazos prescricionais
previstos na Lei nº 9.873, de 23 de novembro de 1999, que
estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva.
Art. 27. A contagem dos prazos para apresentação de
condutor e interposição da Defesa da Autuação e dos recursos Parágrafo único. O DENATRAN definirá os procedimentos
de que trata esta Resolução será em dias consecutivos, para aplicação uniforme dos preceitos da lei de que trata o
caput pelos demais órgãos e entidades do Sistema Nacional de
excluindo-se o dia da notificação ou publicação por meio de
Trânsito.
edital, e incluindo-se o dia do vencimento.
Parágrafo único. Considera-se prorrogado o prazo até o
primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado, sábado, Art. 34. Fica o DENATRAN autorizado a expedir normas
domingo, em dia que não houver expediente ou este for complementares para o fiel cumprimento das disposições
encerrado antes da hora normal. contidas nesta Resolução.

Art. 28. No caso de falha nas notificações previstas nesta Art. 35. Esta Resolução entra em vigor em 1º de novembro
Resolução, a autoridade de trânsito poderá refazer o ato, de 2016, quando fica revogada a Resolução CONTRAN nº 404, de
observados os prazos prescricionais. 12 de junho de 2012.

Art. 29. A notificação da autuação e a notificação da Elmer Coelho Vicenzi


penalidade de multa deverão ser encaminhadas à pessoa física Presidente

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Questões Considerando o que dispõe a Lei nº 12.977, de 20 de maio


de 2014, que regula e disciplina a atividade de desmontagem
01. Segundo dispõe a Res. 619 de 2016, julgue o item a de veículos automotores terrestres, quanto aos veículos
seguir: classificados como sucatas.
A interposição do recurso fora do prazo legal ensejará a
cobrança de juros de mora a partir do vencimento da Considerando o disposto no Processo Administrativo nº
Notificação de Penalidade. 80000.031542/2014-77, resolve:
( ) Certo ( ) Errado
CAPÍTULO I
02. Segundo dispõe a Res. 619 de 2016, julgue o item a DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
seguir:
É obrigatório antecipar o pagamento do valor Art. 1º Os procedimentos administrativos quanto à
correspondente à multa, junto ao órgão ou entidade de remoção e custódia de veículos em decorrência de penalidade
trânsito responsável pela aplicação dessa penalidade, em aplicada ou medida administrativa adotada por infração à Lei
qualquer fase do processo administrativo, sem prejuízo da nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, na forma prevista em seu
continuidade dos procedimentos previstos nesta Resolução artigo 271 e para a realização de leilão de veículos removidos
para expedição das notificações, apresentação da defesa da ou recolhidos a qualquer título, por órgãos e entidades
autuação e dos respectivos recursos. componentes do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, nos
( ) Certo ( ) Errado termos do art. 328 do CTB, e alterações promovidas pela Lei
13.160, de 25 de agosto de 2015, e pela Lei nº 13.281, de 4 de
03. Segundo dispõe a Res. 619 de 2016, julgue o item a maio de 2016, combinada com a Lei nº 8.666, de 21 de junho
seguir: de 1993, deverão ser realizados de acordo com o estabelecido
Auto de Infração de Trânsito: é o documento que dá início nesta Resolução.
ao processo administrativo para imposição de punição, em
decorrência de alguma infração à legislação de trânsito. Seção I
( ) Certo ( ) Errado Das Definições

Gabarito Art. 2º Para os fins previstos nesta Resolução, entende-se


por:
01.Certo / 02.Errado / 03.Certo I - remoção de veículos: medida administrativa aplicada
pelo agente da Autoridade de Trânsito, quando da constatação
da infração de trânsito que caracterize a necessidade de se
retirar o veículo do trânsito, que será recolhido em local
623/2016; apropriado, conforme o estabelecido no art. 271 do CTB.
II - recolhimento: ato de encaminhamento do veículo ao
pátio de custódia a qualquer título, decorrente de remoção,
retenção, abandono ou acidente, realizado por órgão público
RESOLUÇÃO Nº 623, DE 6 DE SETEMBRO DE 201615 ou por particular contratado por licitação pública, inclusive
por meio de pregão.
Dispõe sobre a uniformização dos procedimentos III - custódia de veículos: procedimento administrativo de
administrativos quanto à remoção, custódia e para a realização guarda e zelo de veículo recolhido a local apropriado
de leilão de veículos removidos ou recolhidos a qualquer diretamente por órgão público responsável pelo recolhimento,
título, por órgãos e entidades componentes do Sistema por órgão público conveniado, por particular contratado por
Nacional de Trânsito – SNT, nos termos dos arts. 271 e 328, da licitação, inclusive por meio de pregão, ou mediante
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código credenciamento.
de Trânsito Brasileiro – CTB, e dá outras providências. IV - leilão: modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para a venda de veículos removidos ou
recolhidos a qualquer título a quem oferecer o maior lance,
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, no
igual ou superior ao valor da avaliação.
uso das atribuições que lhe são
conferidas pelo art. 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro
de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e CAPÍTULO II
conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata DOS PROCEDIMENTOS DE CUSTÓDIA
da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT,
Art. 3º Os procedimentos e os prazos de custódia dos
Considerando a necessidade de adequar e integrar os veículos recolhidos em razão de penalidade ou medida
procedimentos administrativos quanto à remoção, custódia e administrativa aplicada por inobservância a preceito do CTB e
realização de leilão de veículos removidos ou recolhidos a legislação complementar, abandono ou acidentes de trânsito,
qualquer título, por Órgãos e Entidades componentes do obedecerão ao disposto nesta Resolução.
Sistema Nacional de Trânsito – SNT, nos termos dos arts. 271 Parágrafo único. A remoção de veículo, a qualquer título
e 328, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, com conforme o estabelecido no CTB deverá ser instruída por meio
redação dada pela Lei nº 13.160, de 25 de agosto de 2015, e da de processo administrativo, devidamente protocolizado pelo
Lei nº 13.281, de 4 de maio de 2016, que dispõem sobre órgão responsável por sua custódia, onde serão anexados os
retenção, remoção e leilão de veículo, documentos em ordem cronológica, a partir do Termo de
Remoção ou documento equivalente, obrigatoriamente

15 Disponível em
http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao6232016_republicad
a.pdf Acesso em: 02/04/2019 às 9h

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emitido e inclusive a cópia do prontuário do veículo recolhido, § 8º Para os veículos com restrição judicial ou policial, a
onde conste a situação atualizada de seu registro. autoridade responsável pela restrição será notificada, o que
implica ciência de que o veículo poderá ser levado à leilão caso
Seção I não seja regularizado e liberado, no prazo de 60 (sessenta)
Do Registro e Notificação de Recolhimento dias.

Art. 4º Caberá ao agente da Autoridade de Trânsito, Art. 5º O órgão ou entidade responsável pela custódia,
responsável pelo recolhimento do veículo, emitir a notificação além da expedição da via do termo de recolhimento ou
por meio do termo de recolhimento de veículo ou documento documento equivalente, decorrido o prazo de 30 (trinta) dias
equivalente, mediante identificação e assinatura, ou por meio sem a retirada do veículo, expedirá edital de notificação de
de sistema informatizado que possibilite a identificação do retirada do veículo.
responsável, que discriminará: §1° O edital de notificação de retirada do veículo será
I - os objetos deixados no veículo por conveniência e publicado em portal na Internet do próprio órgão ou afixado
inteira responsabilidade do condutor; nas dependências do órgão em local de livre acesso ao público,
II - os equipamentos obrigatórios ausentes; pelo prazo de 10 (dez) dias, para que o veículo seja retirado
com a devida quitação dos débitos a ele vinculados e
III - o estado geral da lataria, pintura e pneus;
regularizado, sob pena de ser incluído em procedimento de
IV - os danos do veículo causados por acidente e a sua
alienação por leilão, decorrido o prazo legal.
condição de trafegar em vias públicas;
§ 2° A notificação por edital deverá conter:
V - identificação do proprietário e do condutor, sempre que
I - o nome do proprietário do veículo;
possível;
VI - dados que permitam a precisa identificação do veículo, II - o nome do agente financeiro, ou do arrendatário do
veículo, ou da entidade credora, ou de quem se sub-rogou nos
registrado a termo, se irregular;
direitos, quando for o caso;
VII - o prazo para a retirada do veículo, sob pena de ser
levado a leilão. III - os caracteres da placa de identificação e do chassi do
veículo, quando houver; IV - a marca e o modelo do veículo.
§ 1º O termo de recolhimento de veículo ou documento
§ 3º O edital deverá ser encaminhado por meio de
equivalente será preenchido em, no mínimo, duas vias,
comunicação eletrônica ao agente financeiro, arrendador do
admitida a hipótese de uso de arquivos informatizados que
bem, entidade credora ou a quem tenha se sub-rogado aos
permitam sua impressão e utilização em processos instruídos,
direitos do veículo, caso o endereço conste no prontuário ao
sendo:
qual o veículo esteja vinculado.
I - a primeira destinada ao proprietário ou condutor do
§ 4º Para o caso de notificação postal, decorrente de
veículo recolhido, a qualquer título;
gravames financeiros registrados no prontuário do veículo,
II - a segunda destinada ao órgão ou entidade responsável
poderão ser agrupados em um mesmo documento todos os
pela custódia do veículo, que instruirá o devido processo
veículos que contenham gravames em favor do mesmo agente
administrativo;
financeiro, sendo válidas as notificações postais por
III - a terceira, se necessário, à entidade contratada ou comunicação eletrônica.
conveniada pelo acolhimento do veículo em depósito, quando
for o caso; e
Seção II
IV - a quarta, se necessário, ao agente de trânsito
Das Disposições Complementares Intermediárias
responsável pelo recolhimento.
§ 2º O condutor do veículo flagrado, mesmo que não
habilitado e ainda que não seja o proprietário que conste do Art. 6º Em caso de veículo transportando carga de produto
registro, poderá ser notificado e receber o termo de perigoso ou perecível e de transporte coletivo de passageiros,
recolhimento ou documento equivalente, com eficácia de a remoção imediata poderá não ocorrer, a critério do agente,
notificação. verificadas as condições de segurança para circulação, nos
§ 3º Considera-se notificado o proprietário ou condutor termos do § 5º do art. 270 do CTB.
presente no momento do recolhimento, ainda que se recuse a
assinar o termo de recolhimento. Art. 7º O veículo sob custódia que não puder ser
§ 4º Caso o proprietário ou condutor não estejam identificado, ou que tiver sua identificação adulterada, terá
presentes no momento do recolhimento do veículo, a assegurado os seguintes procedimentos de verificação,
autoridade competente deverá expedir notificação de inclusive como condição para ser levado à Leilão:
recolhimento, no prazo de 10 (dez) dias, contados do fato, por I - emissão de laudo pericial oficial ou laudo de vistoria do
remessa postal ou qualquer outro meio tecnológico hábil, em órgão ou entidade responsável pela custódia do veículo,
nome e para o endereço de quem constar no registro do visando à busca da autenticidade de seus caracteres, da sua
veículo para que seja retirado no prazo de 60 (sessenta) dias a documentação, bem como a legitimidade da propriedade,
contar da data de recolhimento ou remoção. enquadrando-se o veículo em uma das seguintes situações:
§ 5º A notificação devolvida por desatualização do a) veículo com identificação não reconhecida ou não
endereço do proprietário do veículo ou por recusa desse de assegurada: leiloar como sucata inservível,
recebê-la será considerada recebida para todos os efeitos. qualquer que seja seu estado de conservação;
§ 6º Caso restem frustradas as tentativas de notificação b) veículo de identificação alterada com confirmação de
presencial, postal ou por qualquer outro meio tecnológico sua identificação correta, com restrições judiciais,
hábil, a notificação poderá ser feita por edital, a partir do qual administrativas ou policiais: notificar a autoridade
passará a contar os 60 (sessenta) dias para a alienação por responsável pela restrição para proceder à retirada do veículo
leilão. em depósito, desde que pagas as despesas com remoção e
§ 7º O agente de trânsito recolherá o Certificado de estada, ou para a autorização do leilão, que poderá ocorrer se
Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV, contra entrega de não houver manifestação da autoridade no prazo de 60
recibo ao proprietário ou condutor, ou informará, no termo de (sessenta) dias a contar da notificação;
recolhimento ou documento equivalente, o motivo pelo qual c) veículo de identificação alterada com confirmação de
não foi recolhido. sua identificação correta, assegurada por dados verdadeiros,

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sem restrições judiciais, administrativas ou policiais: emitir Seção I


notificação ao proprietário e/ou agente financeiro que Da Competência
constem do registro do veículo, exigindo a regularização de
dados por remarcação de caracteres e nova emissão de Art. 11. O órgão ou entidade responsável pelo envio do
documentos, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a contar veículo ao depósito é competente para realização do leilão,
do recolhimento, que se não atendido será incluído em devendo o seu dirigente máximo autorizar expressamente a
procedimento de Leilão; abertura do processo administrativo, bem como designar o
d) veículo com identificação duplicada, sem confirmação leiloeiro.
de sua identificação correta, com alertas e restrições no Parágrafo único. A realização do leilão poderá ocorrer
registro do veículo original: notificar as autoridades que diretamente pelo órgão, por órgão público conveniado, ou
inseriram as anotações no Sistema Registro Nacional de leiloeiro, podendo ainda ser designada comissão de leilão para
Veículos Automotores – RENAVAM, solicitando que efetuem a a realização de atos instrumentais que auxiliem a sua
exclusão de tais dados, para que o veículo recolhido seja realização e sua execução.
levado a Leilão como sucata;
e) veículo com identificação duplicada, com confirmação Art. 12. Os órgãos ou entidades de trânsito componentes
de sua identificação correta, com ou sem alertas ou restrições do SNT e regularmente habilitados junto aos sistemas
no registro do veículo original: notificar as autoridades que RENAVAM e Registro Nacional de Infrações de Trânsito –
inseriram as observações no Sistema RENAVAM, solicitando RENAINF poderão realizar leilão de forma compartilhada,
que efetuem a exclusão de tais dados, em razão da correta cujos ajustes serão definidos em comum acordo, nos termos
identificação do veículo, de seu legítimo proprietário e agente desta Resolução.
financeiro, se houver, que serão notificados a efetuar a Parágrafo único. O leilão compartilhado será realizado
regularização de dados por remarcação de caracteres e
conforme ajuste firmado entre os órgãos e entidades
reemissão de documentos, no prazo máximo de 60 (sessenta)
cooperantes, recomendando-se que este instrumento preveja
dias do recolhimento do veículo, que se não atendido será
que seja realizado em único procedimento, com mesmo edital
incluído em procedimento de Leilão;
e leiloeiro, com veículos ofertados em lotes separados e com
II - não demonstrada a autenticidade da identificação do arremates depositados em contas bancárias distintas, sob
veículo recolhido ou a legitimidade da sua propriedade, o controle e conciliação de cada órgão específico.
veículo será incluído em procedimento de leilão como sucata
inservível, qualquer que seja seu estado de conservação,
Seção II
registrando-se a termo que tal alienação não constará do
Sistema RENAVAM – Módulo Leilão, por ausência de Das Providências que Antecedem a Realização do
identificação. Leilão
III - o recurso obtido com leilão de veículo para o qual seja
autorizada a sua alienação antecipada será integralmente Art. 13. O órgão ou entidade responsável pelo leilão,
revertido a crédito da conta indicada no seu respectivo termo durante os procedimentos preparatórios de sua realização,
autorizatório de venda, com seus débitos desvinculados, na deverá verificar a situação de cada veículo junto ao órgão
forma preconizada em Lei. executivo de trânsito responsável pelo registro, para detectar:
I - restrição judicial ou policial;
Art. 8º A restituição do veículo sob custódia somente II - registro de gravames financeiros;
ocorrerá mediante prévio pagamento de todos os débitos III - débitos relativos a tributos, encargos e multas de
incidentes devidos, bem como o reparo de qualquer trânsito e ambientais, identificando os respectivos credores.
componente ou equipamento obrigatório que não esteja em § 1° O veículo que apresentar restrição judicial ou policial
perfeito estado de funcionamento. poderá ser retirado pela autoridade responsável pela
§ 1° Se o reparo exigido no caput demandar providência restrição, desde que a manifestação ocorra no prazo de 60
que não possa ser tomada no depósito, a autoridade (sessenta) dias de sua notificação e que sejam pagas as
responsável pela remoção liberará o veículo para reparo, na despesas com remoção e estada do veículo.
forma transportada, mediante autorização, assinalando prazo § 2° O leilão de veículo que apresentar restrição judicial ou
para reapresentação. policial ocorrerá após a autorização da autoridade
§2° A despesa de remoção e estada será devida responsável pela restrição ou em caso de descumprimento do
integralmente, por período contado em dias, a partir do estabelecido no § 1°.
recolhimento do veículo, limitado ao prazo máximo de 6 (seis) § 3° As instituições financeiras poderão habilitar-se aos
meses. créditos remanescentes, após deduzidos os valores dos
encargos legais do montante obtido no leilão.
Art. 9º Cumpridas todas as exigências e decorridos os § 4º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
prazos previstos nesta Resolução, os processos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição,
administrativos de recolhimento de veículos serão concluídos deverão fornecer aos órgãos e entidades executivos e
por termo final e conservados por cinco anos. rodoviários de trânsito da União, dos Estados e Municípios,
que não sejam operadores das rotinas do Sistema RENAVAM,
CAPÍTULO III o acesso ao referido sistema, para consulta da situação do
veículo.
DA ALIENAÇÃO POR MEIO DE LEILÃO
§ 5º Serão disponibilizadas aos órgãos e entidades
executivos e rodoviários de trânsito de que trata o § 4° todas
Art. 10. Constatada a permanência do veículo recolhido em
as rotinas referentes a leilão do Sistema RENAVAM.
depósito do órgão público responsável, do órgão público
conveniado, do particular contratado por licitação, inclusive
por meio de pregão, ou mediante credenciamento, não Art. 14. Esgotados os prazos de notificações previstos
reclamado por seu proprietário, por período superior ao nesta Resolução e não tendo comparecido nenhum dos
previsto no caput art. 328 do CTB, este será levado à alienação notificados para a quitação dos débitos e retirada do veículo,
por meio de Leilão. será feita a verificação final das condições de cada veículo, para
fins de avaliação.

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Art. 15. A avaliação dos veículos será feita pelo órgão ou exclusiva para a reciclagem siderúrgica e à captação
entidade responsável pelo procedimento de leilão, pela ambientalmente correta de fluídos, combustíveis e demais
comissão de leilão, ou ainda por profissional terceirizado, materiais e substâncias reconhecidos como contaminantes do
devidamente autorizado e habilitado, que deverá: meio ambiente.
I - identificar os veículos conservados, que se encontram
em condições de segurança para trafegar em via aberta ao Art. 17. Para os veículos avaliados como sucata, o órgão ou
público, e os veículos que deverão ser leiloados como sucata; entidade responsável pelo procedimento de leilão deverá:
II - estabelecer os lotes de sucata a serem leiloados; I - inutilizar a identificação gravada no chassi que contêm
III - proceder à avaliação de cada veículo e de cada lote de o registro VIN e suas placas, nas hipóteses de sucatas
sucata, estabelecendo o lance mínimo para arrematação de aproveitáveis ou de sucatas aproveitáveis com motor
cada item; e inservível;
IV - atribuir a cada veículo identificado como sucata um II - solicitar a baixa ao órgão executivo de trânsito de
valor proporcional ao valor total do lote no qual esteja registro do veículo, após a realização da venda e do
incluído. recolhimento dos débitos pendentes, quitados com os
Parágrafo único. O órgão ou entidade responsável pelo recursos do leilão, antes da entrega ao arrematante.
leilão poderá reclassificar a avaliação do veículo, realizada por III - emitir ou solicitar ao órgão de registro do veículo a
profissional terceirizado, levando em conta os princípios da certidão de baixa de veículo, para entrega ao arrematante, com
economicidade, celeridade processual e eficiência. cópia juntada a processo vinculado ao do leilão, que reúna as
certidões ou solicitações de todas as sucatas leiloadas no
Art. 16. São considerados como sucata os veículos que respectivo procedimento.
estão impossibilitados de voltar a circular ou cuja
autenticidade de identificação ou legitimidade da propriedade Art. 18. O órgão ou entidade responsável pelo
não restar demonstrada, não tendo direito à documentação. procedimento de leilão, após a publicação de seu edital, deverá
§ 1º São critérios mínimos para classificação de veículos registrar no sistema RENAVAM a indicação de que o veículo
como sucata: será levado a leilão, exceto no caso de sucatas com ausência de
I - danos de grande monta; sua identificação.
II - impossibilidade de reparo gerando causa impeditiva à § 1º No caso de inoperância do Sistema RENAVAM, o órgão
circulação; ou entidade responsável pelo procedimento de leilão deverá
III - motor cuja numeração não seja possível confirmar, por emitir comunicado oficial ao órgão detentor do registro do
motivo de corrosão, inexistência ou divergência de cadastro veículo de que este será leiloado, bastando tais informações
nos sistemas Base Índice Nacional e Base Estadual do para que o órgão de registro do veículo adote todos os
RENAVAM, ilegibilidade ou qualquer outro motivo que procedimentos devidos.
impossibilite a identificação, desde que não caracterize fraude; § 2º Atendido o disposto no caput, o órgão executivo de
IV - veículo artesanal sem registro; ou trânsito responsável pelo registro do veículo deverá informar,
V - veículo registrado no exterior e não licenciável no no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, a existência de
Brasil. débitos, restrições ou outros encargos incidentes sobre o
§ 2º Os veículos classificados como sucata são divididos prontuário do veículo, ao órgão ou entidade de trânsito
em: preparador do leilão, devendo alertar sobre fato impeditivo à
alienação.
I - sucatas aproveitáveis: aquelas cujas peças poderão ser
reaproveitadas em outro veículo, com inutilização de placas e
chassi em que conste o Número de Identificação do Veículo – Seção III
registro VIN; Da Realização do Leilão
II - sucatas inservíveis: aquelas transformadas em fardos
metálicos, por processo de prensagem ou trituração, sendo Art. 19. Cumpridas todas as exigências para a realização da
desnecessária a inutilização de placas e numeração do chassi alienação, o órgão ou entidade responsável, por meio do
quando a prensagem ocorrer em local supervisionado pelo leiloeiro designado, expedirá o edital de leilão, listando todos
órgão responsável pelo leilão; os veículos em lotes, como conservados ou sucatas.
III - sucatas aproveitáveis com motor inservível: aquelas § 1º O edital de leilão deverá conter, no mínimo:
cujas peças poderão ser reaproveitadas em outro veículo, com I - para a alienação de veículos conservados, destinados à
exceção da parte do motor que conste sua numeração, circulação:
devendo ser inutilizadas as placas e chassi em que conste o a) objeto da alienação por leilão, com descrição sucinta e
Número de Identificação do Veículo – registro VIN. clara, indicação de marca, modelo, ano
§ 3º Os veículos definidos como sucatas e inseridos em de fabricação, número do motor e cor predominante dos
processos de leilão somente poderão ser vendidos como veículos ofertados;
destinação final e sem direito à documentação, como sucatas b) locais, datas e horários onde poderão ser examinados os
prensadas para empresas regulares do ramo de siderurgia ou lotes dos veículos relacionados;
fundição, ou como sucatas aproveitáveis para empresas do c) condições para a participação no leilão e as restrições
ramo do comércio de peças usadas reguladas pela Lei n° legais;
12.977, de 20 de maio de 2014, e normativos do CONTRAN. d) endereços e formas de acesso às informações à
§ 4º Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens distância, para o fornecimento de elementos e esclarecimentos
automotores que se encontrarem recolhidos há mais de 1 (um) sobre o leilão;
ano poderão ser destinados à reciclagem como material e) local, data e horário de realização do leilão;
ferroso, independentemente da existência de restrições sobre f) a indicação do leiloeiro;
o veículo. g) o valor inicial dos lotes e a forma de pagamento dos
§ 5º A alienação prevista no § 4º será realizada por arremates;
tonelagem de material ferroso, condicionandose a entrega do
h) critério para julgamento dos lances ofertados;
material arrematado à realização dos procedimentos
i) sanções para o caso de inadimplemento;
necessários de descaracterização total do bem, à destinação
j) instruções e normas para os recursos previstos em lei;

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k) condições e locais para a retirada dos veículos Art. 20. O edital de leilão será publicado com a
arrematados; antecedência mínima de 15 (quinze) dias da sua realização,
l) outras indicações específicas ou peculiares da alienação. observadas as seguintes condições:
II - para a alienação de sucatas aproveitáveis e sucatas I - o Aviso de Leilão, sintetizando as características do
aproveitáveis com motor inservível destinadas ao comércio de leilão, o local, data e hora de sua realização, os tipos de veículos
peças e componentes: ofertados, se destinados à circulação, sucatas aproveitáveis,
a) objeto da alienação por leilão, indicando marca, modelo, sucatas aproveitáveis com motor inservível ou sucatas
ano de fabricação, número do motor e inservíveis, e os endereços e meios para a obtenção do edital
cor predominante dos veículos ofertados; completo, será publicado:
b) locais, datas e horários onde poderão ser examinados os a) no Diário Oficial; e
lotes dos veículos relacionados; b) em jornal de grande circulação no Estado ou na região
c) condições para a participação do leilão e as restrições em que ocorrerá o leilão.
legais; II - o edital completo, até a data de sua realização, terá a
d) exigências de comprovação do ramo de atividade de sua publicação:
comércio de peças usadas, conforme a) afixada em dependências do órgão ou entidade de
previsto na Lei nº 12.977, de 2014, e normativos do trânsito, suas unidades descentralizadas e no local designado
CONTRAN; para a sua realização; e
e) exigências para a retirada dos veículos sucatas; b) disponível no sítio eletrônico na Internet do órgão ou
f) endereços e formas de acesso às informações à distância, entidade responsável pelo leilão.
para o fornecimento de elementos e esclarecimentos sobre o
leilão; Art. 21. Na data e hora previstas será promovido o leilão,
g) local, data e horário de realização do leilão; conduzido por leiloeiro designado formalmente pelo órgão
h) a indicação do leiloeiro; responsável e que constará do edital, sendo ofertados os lotes
a interessados.
i) o valor inicial dos lotes e a forma de pagamento dos
arremates;
j) critério para julgamento dos lances ofertados; Art. 22. Os lotes arrematados serão descritos em nota de
arremate ou documento equivalente, emitida pelo leiloeiro ou
k) sanções para o caso de inadimplemento;
órgão ou entidade responsável pelo leilão, que conterá o
l) instruções e normas para os recursos previstos em lei;
número do lote, o valor do arremate, nome, CPF ou CNPJ do
m) condições e locais para a retirada dos veículos sucatas arrematante e, no caso de leiloeiro oficial, o valor da comissão.
arrematados; e
n) outras indicações específicas ou peculiares da alienação.
Art. 23. Os valores oriundos dos arremates serão
III - para a alienação de sucatas inservíveis, transformadas depositados em conta do Tesouro Público ou em conta
em fardos metálicos: a) objeto da alienação por leilão, específica na agência bancária em que o órgão detenha suas
indicando tratar-se de sucatas inservíveis; movimentações regulares em conformidade com a Lei, sob a
b) locais, datas e horários onde poderão ser examinados os responsabilidade de quem detenha a autorização de
lotes dos veículos relacionados; movimentação das contas bancárias do órgão ou entidade.
c) condições específicas para a participação do leilão e as Art. 24. O veículo poderá ser restituído ao proprietário até
restrições legais; o último dia útil anterior à realização da sessão do leilão, desde
d) exigências de comprovação do ramo de atividade, de que quitados os débitos e regularizado.
siderurgia ou reciclagem, exercida pelo interessado; Parágrafo único. Na hipótese de o antigo proprietário
e) exigências de preparação, retirada de fluídos e reaver o veículo a qualquer tempo, por qualquer meio, os
prensagem dos veículos sucatas inservíveis; débitos serão novamente vinculados ao bem.
f) endereços e formas de acesso às informações à distância,
para o fornecimento de elementos e esclarecimentos sobre o Seção IV
leilão; Da Entrega ao Arrematante
g) local, data e horário de realização do leilão;
h) a indicação do leiloeiro; Art. 25 Realizado o leilão, o órgão ou entidade responsável
i) o valor inicial por quilo e total do peso estimado; por este procedimento providenciará o registro no sistema
j) critério para julgamento dos lances ofertados; RENAVAM do extrato do leilão, conforme dispuser o manual
k) sanções para o caso de inadimplemento; do referido sistema ou, em caso de inoperância do sistema,
l) instruções e normas para os recursos previstos em lei; comunicará oficialmente o fato ao órgão ou entidade executivo
m) condições e locais para a retirada das sucatas de trânsito de registro do veículo.
prensadas; e §1º O órgão ou entidade executivo de trânsito de registro
n) outras indicações específicas ou peculiares da alienação. do veículo, confirmada a realização do procedimento, deverá
§ 2º Para os veículos definidos como sucatas aproveitáveis proceder à desvinculação dos débitos e demais ônus
para comércio de suas partes, o edital conterá apenas os dados incidentes sobre o prontuário do veículo leiloado existentes
necessários de avaliação, que permitam distinção da marca, até a data do leilão e não quitados com os recursos obtidos na
modelo, ano de fabricação, número do motor e cor alienação, no prazo máximo de 10 (dez) dias.
predominante, considerando a inutilização obrigatória de seus §2º Para a desvinculação obrigatória das multas de
dados identificadores. veículos leiloados, devem ser seguidas as rotinas previstas no
§ 3º Os editais de leilão deverão indicar que aqueles que Sistema RENAINF no prazo máximo de 10 (dez) dias.
tiverem crédito sobre o veículo poderão requerer a sua §3º Para veículo leiloado como sucata, o órgão detentor do
habilitação para exercer direito sobre o crédito identificado, seu registro deverá efetivar a baixa e expedir a respectiva
obedecida a ordem de prevalência legal, sendo considerados certidão, na forma da Lei nº 8.722, de 27 de outubro de 1993.
notificados desde a publicação do edital. §4º O arrematante de veículo destinado à circulação será
responsável unicamente pelo pagamento dos tributos
incidentes sobre o veículo arrematado a partir da aquisição, a

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ser calculado de forma proporcional, a contar do mês da XII - termo de encerramento ou ata de realização do leilão,
realização do leilão. assinado pelo leiloeiro ou pela comissão designada, se houver;
§5º Para os veículos leiloados como conservados, o XIII - termo de homologação do leilão, assinado pela
arrematante terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para o autoridade competente do órgão.
registro perante o órgão executivo de trânsito, contados a
partir de sua liberação pelo órgão ou entidade responsável Seção I
pelo leilão. Do Rateio dos Valores Arrecadados e Rendimentos
Auferidos
Art. 26. O veículo conservado, destinado à circulação, será
entregue ao arrematante, livre e desembaraçado de quaisquer Art. 32. O valor integral arrecadado com os arremates no
ônus, ficando este responsável pela regularização e leilão será depositado em conta bancária do órgão ou entidade
transferência de propriedade perante o órgão ou entidade responsável por sua realização, cujos valores arrecadados
executivo de trânsito detentor de seu registro. deverão ter a seguinte ordem de prevalência:
I - os custos necessários ao ressarcimento com o
Art. 27. Ao arrematante de veículo leiloado como sucata procedimento licitatório, em montante a ser definido na forma
será fornecida a certidão de baixa do registro prevista no art. indicada no §1º;
4º do Decreto nº 1.305, de 9 de novembro 1994, e art. 7º da Lei II - despesas com remoção e estada;
12.977, de 2014, atestando sua baixa, que será emitida pelo III - tributos vinculados ao veículo:
órgão detentor do registro do veículo.
a) taxas de licenciamento; e
b) imposto sobre a propriedade de veículos automotores –
CAPÍTULO IV IPVA.
DOS REGISTROS FINANCEIROS E CONTROLES DO IV - os credores trabalhistas, tributários e titulares de
PROCEDIMENTO crédito com garantia real, segundo a ordem de preferência
estabelecida no art. 186 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de
Art. 28. Os órgãos ou entidades que não realizam controle 1966.
contábil nos sistemas oficiais do Governo Federal deverão V - multas de trânsito devidas ao órgão responsável pelo
manter todos os controles financeiros demonstrados por Leilão;
documentos inseridos nos respectivos processos VI - multas de trânsito devidas aos demais órgãos
administrativos, autuados e devidamente instruídos. integrantes do SNT, segundo a ordem cronológica da aplicação
da penalidade;
Art. 29. Os recursos administrativos demandados contra VII - Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por
atos do leiloeiro ou da Comissão de Avaliação, formalmente veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a
designados, serão resolvidos pela autoridade de instância pessoas transportadas ou não – Seguro DPVAT;
superior à que se subordinam, e, sobre a decisão desta, os VIII - multas ambientais; e
recursos serão apreciados pela autoridade competente. IX - demais créditos, segundo a ordem de preferência legal.
Parágrafo único. Em qualquer fase recursal é facultada a § 1º O montante dos custos do procedimento a ser
assistência jurídica. ressarcido será demonstrado em planilha anexada ao processo
do leilão e as parcelas proporcionais a serem deduzidas do
Art. 30. O procedimento de Leilão será homologado por valor de arremate de cada veículo serão definidas da seguinte
termo próprio, assinado pela autoridade competente, após a forma:
confirmação de atendimento de todas as exigências I - pela aplicação da fórmula de proporção simples para
normativas. obtenção do coeficiente de percentual, que será obtido
multiplicando-se por 100 o valor de arremate de cada veículo,
Art. 31. Os processos de leilão serão instruídos com os dividindo-se o resultado pelo valor total dos arremates do
seguintes documentos: leilão, onde: sendo CP = Coeficiente de proporcionalidade; VAV
I - autorização para a realização do procedimento; = Valor de Arremate do Veículo e VTA = valor total dos
II - despacho de autorização de realização do arremates, se obterá a seguinte expressão: CP = (VAV x 100) /
procedimento; VTA.
III - documento oficial, designando a Comissão de II - O coeficiente de percentual de cada veículo assim
Avaliação, se for o caso; obtido será aplicado sobre o valor total dos
IV - indicação de leiloeiro oficial ou designação de leiloeiro; custos demonstrados, cujo resultado será a parcela do
V - termo de compromisso firmado com o leiloeiro; ressarcimento relativa a cada um desses veículos.
VI - cópia do aviso de leilão e comprovante de sua § 2º Os recursos arrecadados com a alienação de veículos
publicação; sucatas, que não tiveram sua identificação confirmada, serão
VII - parecer jurídico emitido sobre o leilão; destinadas exclusivamente ao órgão ou entidade responsável
VIII - edital de leilão contendo a relação dos veículos, em pela realização do Leilão.
anexo, com: § 3º As multas de trânsito devidas a outros órgãos de
a) lote ao qual pertence o veículo; trânsito serão quitadas após aquelas de direito do próprio
b) marca e modelo; órgão realizador do leilão, obedecida à ordem cronológica de
imputação das mesmas, podendo o órgão realizador do leilão
c) placa ou chassi, se houver;
adotar o critério de recolher a maior quantidade de multas que
d) lance mínimo;
o recurso destinado permitir.
e) avaliação do veículo
IX - termo de ocorrências do leilão e prestação de contas
Art. 33. Aqueles que tiverem crédito sobre o veículo
do leiloeiro;
poderão requerer a habilitação nos termos desta Resolução, a
X - relatório financeiro do leilão; partir do lançamento do edital até o encerramento da sessão
XI - notificações aos ex-proprietários sobre os saldos de lances, sendo que o pagamento se dará após a quitação dos
credores, se houver;

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débitos previstos nos incisos I a VIII do art. 32, se houver saldo, versando sobre matérias necessárias à boa prática na
e obedecida a ordem cronológica de habilitação. realização de leilões de veículos recolhidos.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, o edital de
leilão é considerado a notificação para todos os habilitados. Art. 39. A retirada do veículo leiloado do depósito do órgão
ou entidade de trânsito deverá ser realizada no prazo máximo
Art. 34. Os rendimentos auferidos em razão da aplicação de 30 (trinta) dias úteis, contados a partir da data da realização
financeira dos arremates em conta específica do órgão do leilão, sob pena de caracterização de abandono pelo
responsável pela realização do leilão desde a sua realização até arrematante, com a perda do valor desembolsado.
a promoção das providências indicadas nesta Seção, se houver, Parágrafo único. Observadas as razões apresentadas ou
serão rateados proporcionalmente utilizando-se o coeficiente circunstanciais, o órgão responsável pelo leilão poderá
de percentual disposto no Inciso I do § 1° do art. 32 desta prorrogar o prazo de retirada de veículo arrematado por igual
Resolução. prazo.

Seção II Art. 40. O órgão ou entidade responsável pelo leilão,


Dos Saldos Credores cumpridas as exigências e decorridos os prazos previstos para
a alienação por meio de leilão, deverá manter sob registro e
Art. 35. Restando saldo do produto apurado na venda de arquivo toda a documentação referente ao procedimento de
cada veículo, quitados os débitos e as despesas previstas nesta leilão para eventuais consultas de interessados na forma da
Resolução, este deverá ser mantido em conta remunerada na Lei, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados do fim do exercício
agência bancária pública ou privada que o órgão detenha suas de realização do leilão, podendo ser microfilmados ou
movimentações regulares. armazenados em meio magnético, óptico, digital ou eletrônico
§1º O órgão ou entidade responsável pelo Leilão no prazo para todos os efeitos legais.
de até 30 (trinta) dias, contados da sua realização, deverá
notificar o ex-proprietário para que realize o levantamento do Art. 41. Os órgãos e entidades componentes do SNT, que
saldo. detenham em seus pátios ou depósitos veículos mantidos em
§2º Comparecendo o interessado para o recebimento do condições deterioradas sem providências de alienação,
saldo credor registrado em seu nome, o órgão responsável potencializando possíveis riscos ambientais ou de saúde
acatará o requerimento por meio de processo administrativo pública, promoverão revisões e reexames de suas condições,
autuado, que terá anexados os seguintes documentos: buscando a solução de seus casos em conformidade com esta
I - requerimento de retirada do saldo registrado com Resolução, enquadrando os procedimentos de possíveis
indicação da conta bancária a ser creditada; providências, de acordo com o disposto neste normativo,
inclusive acionando as autoridades que possam ser
II - no caso de pessoa física, cópia de documento de
responsáveis pelos bloqueios e restrições registradas, para a
identidade e do CPF, ou, no caso de pessoa jurídica, cópia do
solução que couber.
contrato social e do CNPJ;
III - comprovante de quitação do financiamento anotado
no registro do veículo, se for o caso; Art. 42. Compete ao DENATRAN, na qualidade de órgão
§ 3º Os saldos credores não reclamados serão mantidos em máximo executivo de trânsito e gestor dos Sistemas RENAVAM
registros e contas bancárias do órgão ou entidade realizadora e RENAINF, manter e atualizar os procedimentos de ordem
do leilão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar da data do operacional contidos nesta Resolução, editando quaisquer
Termo de Homologação do Leilão, findo o qual serão alterações que se façam necessárias ao desenvolvimento dos
recolhidos ao Fundo Nacional de Segurança e Educação de referidos sistemas, resguardando-se os normativos do
Trânsito – FUNSET, conforme previsão contida no art. 6º, CONTRAN.
inciso VII da Lei nº 9.602, de 21 de janeiro de 1998, sendo que
o repasse deverá ser realizado por meio de Guia de Art. 43. É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata
Recolhimento da União – GRU, a ser disciplinado pelo à circulação.
Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN. Parágrafo único. O veículo leiloado como sucata que for
recolhido em circulação será novamente levado à leilão pelo
Seção III órgão.
Da Cobrança dos Débitos Remanescentes
Art. 44. Aplicam-se aos veículos licenciados no exterior as
disposições desta Resolução.
Art. 36. Havendo insuficiência de recursos para quitação
dos débitos e despesas previstas, o órgão ou entidade
responsável pelo leilão deverá comunicar aos demais órgãos e Art. 45. Aplicam-se aos animais recolhidos as disposições
entidades de trânsito credores, para que promovam à desta Resolução, no que couber.
desvinculação de tais débitos do registro do veículo.
Art. 46. Os leilões com editais publicados até a entrada em
Art. 37. Os débitos que não forem cobertos pelo valor vigor desta Resolução não se sujeitam às regras nela
alcançado com a alienação do veículo, poderão ser cobrados estabelecidas.
pelos credores na forma da legislação em vigor, por meio de
ação própria e inclusão em Dívida Ativa em nome dos ex- Art. 47. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
proprietários. I - nº 53, de 23 de maio de 1998;
II - nº 331, de 14 de agosto de 2009; e
CAPÍTULO V III - nº 449, de 25 de julho de 2013.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 48. Esta Resolução entra em vigor:
Art. 38. Os órgãos e entidades componentes do SNT, no I - no dia 1º de novembro de 2016, em relação:
âmbito de suas competências ou nas de suas unidades a) ao § 8º do art. 4º;
federativas, poderão utilizar de normas complementares, b) à alínea “b” do inciso I do art. 7º; e

Conhecimentos Específicos 156


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c) aos §§ 1º e 2º do art. 13. Art. 2º Para efeito desta Resolução, considera-se:


II - na data de sua publicação em relação aos demais a) veículo clonado: veículo original que teve a sua Placa de
dispositivos. Identificação Veicular (PIV)
aplicada em outro veículo;
Elmer Coelho Vicenzi b) veículo dublê ou clone: veículo que utiliza a combinação
Presidente alfanumérica da PIV do veículo clonado (original),
apresentando ou não as mesmas características do veículo
Questões original (marca, modelo, cor, dentre outras), com adulteração
ou não do Número de Identificação Veicular (VIN) gravado no
01. Segundo dispõe a Res. 623/2016, julgue o item a chassi.
seguir:
“Recolhimento: ato de encaminhamento do veículo ao Art. 3º A troca de placas de identificação de veículos
pátio de custódia a qualquer título, decorrente de remoção, automotores de que trata esta Resolução, com a substituição
retenção, abandono ou acidente, realizado por órgão público de caracteres alfanuméricos de identificação, será realizada
ou por particular contratado por licitação pública, inclusive mediante a instauração de processo administrativo pelo órgão
por meio de pregão” executivo de trânsito da unidade da federação em que estiver
( ) Certo ( ) Errado registrado o veículo.

02. A luz da Res. 623/2016, julgue o item a seguir: Art. 4º A instauração do processo administrativo de que
trata o artigo 3º terá início com a apresentação de
“Esgotados os prazos de notificações previstos nesta
requerimento pelo proprietário do veículo, acompanhado da
Resolução e não tendo comparecido nenhum dos notificados
para a quitação dos débitos e retirada do veículo, será feita a documentação comprobatória da existência de veículo dublê
verificação final das condições de cada veículo, para fins de ou clone.
avaliação”. Parágrafo único. Após a instauração do processo
administrativo e enquanto não for realizada a troca de placas,
( ) Certo ( ) Errado
será inserida restrição administrativa de “suspeita de
clonagem” no cadastro do veículo original, sendo facultada a
03. Segundo dispõe a Res. 623/2016, julgue o item a retirada da restrição a pedido do proprietário do veículo.
seguir:
“Na data e hora previstas será promovido o leilão,
Art. 5º O requerimento de que trata o artigo 4º deverá ser
conduzido por leiloeiro designado formalmente pelo órgão
instruído com os seguintes documentos:
responsável e que constará do edital, sendo ofertados os lotes
I - cópias reprográficas:
a interessados”.
( ) Certo ( ) Errado a) do documento de identificação pessoal do requerente e
do Cadastro de Pessoa Física
(CPF), para pessoas naturais;
Gabarito
b) do contrato social e suas alterações e do Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica
01.Certo / 02.Certo / 03.Certo
(CNPJ), para pessoas jurídicas;
c) do Certificado de Registro de Veículo (CRV), frente e
verso;
d) do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
670/2017 e 723/2018. (CRLV), frente e verso;
e) da notificação de autuação por infração de trânsito que
incidiu indevidamente sobre o veículo;
RESOLUÇÃO Nº 670, DE 18 DE MAIO DE 2017 f) da imagem do veículo, no caso de infração registrada por
sistema automático metrológico ou não-metrológico de
fiscalização;
Disciplina o processo administrativo de troca de placas de
identificação de veículos automotores em caso de clonagem. g) do microfilme de Auto de Infração de Trânsito lavrado
por Agente de Trânsito;
h) do recurso interposto perante o órgão autuador,
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN),
conforme o caso;
usando da competência que lhe confere o inciso I, do art. 12,
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o II - fotografias coloridas da frente, da traseira e das laterais
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto nº. do veículo de propriedade do requerente, para confronto com
4711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação os demais documentos, devendo ser descritos ou indicados
do Sistema Nacional de Trânsito (SNT); todos os pontos divergentes entre o veículo clonado e o veículo
dublê ou clone;
III - informações que possibilitem a comprovação da
Considerando o que consta do Processo Administrativo nº
existência de veículo dublê ou clone;
80001.000457/2008-17,
IV - cópia do expediente que autorizou a remarcação do
chassi, na hipótese da identificação do chassi e agregados
RESOLVE:
demonstrar que a gravação não é original ou que tenha
ocorrido a sua substituição.
Art. 1º Esta Resolução disciplina o processo administrativo V - laudo de vistoria de identificação veicular, nos moldes
para a troca de placas de identificação de veículos automotores da Resolução CONTRAN nº 466, de 11 de dezembro de 2013, e
nos casos em que for comprovada a existência de outro veículo suas alterações, para a constatação da originalidade dos
automotor circulando com combinação alfanumérica de placas caracteres de identificação (chassi e seus agregados), com a
igual à do veículo original. coleta das respectivas imagens;

Conhecimentos Específicos 157


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VI - laudo pericial, elaborado pelo Instituto de RESOLUÇÃO Nº 723, DE 06 DE FEVEREIRO DE 2018


Criminalística competente, com as características do veículo.
§ 1º Os originas dos documentos mencionados nas alíneas Referendar a Deliberação CONTRAN no 163, de 31 de
“a” e “e”, do inciso I, poderão ser solicitados no curso do outubro de 2017, que dispõe sobre a uniformização do
processo administrativo, para conferência. procedimento administrativo para imposição das penalidades
§ 2º Poderão ser solicitados outros documentos além dos de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento
previstos neste artigo, sempre que necessário à instauração e de habilitação, previstas nos arts. 261 e 263, incisos I e II, do
instrução do processo administrativo de que trata esta Código de Trânsito Brasileiro (CTB), bem como sobre o curso
Resolução. preventivo de reciclagem.

Art. 6º Concluído o processo administrativo com a O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no


comprovação da existência de veículo dublê ou clone, deverá o uso da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da Lei
órgão executivo de trânsito dos estados ou do Distrito Federal: no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de
I - inserir os caracteres “CL” ao final do VIN e do número de Trânsito Brasileiro (CTB) e nos termos do disposto no Decreto
motor no registro do veículo original; no 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do
II - criar novo registro no Sistema RENAVAM para o veículo Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
original, com as mesmas informações do registro anterior,
exceto pelos caracteres CL nas 2 últimas posições do VIN e do Considerando a Lei no 13.154, de 30 de julho de 2015, e a
número do motor, gerando novo número de RENAVAM e nova Lei no 13.281, de 04 de maio de 2016;
PIV;
III - realizar novo emplacamento do veículo original, com a Considerando a necessidade de uniformizar os
nova PIV; procedimentos relativos à imposição das penalidades de
IV - retirar os dados do proprietário do registro cujo VIN suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de
termine em CL, incluindo no campo relativo à propriedade a habilitação na forma do disposto nos arts. 261 e 263 do CTB,
expressão “Registro de veículo clone”; bem como do curso preventivo de reciclagem, previsto no art.
V - anotar a restrição administrativa “Registro de veículo 261, § 5º, do mesmo diploma legal;
clone” no registro cujo VIN termine em CL; Considerando o que consta no Processo Administrativo no
VI - realizar a “baixa por clonagem” do registro do veículo 80000.112839/2016-02,
cujo VIN termine em CL.
§ 1º. Nos casos em que incidir gravame financeiro sobre o RESOLVE:
veículo, deverá ser oficiada a instituição financeira credora, ou
o responsável pelo gerenciamento eletrônico do gravame, a Art. 1° Referendar a Deliberação CONTRAN no 163, de 31
fim de que seja suspensa ou cancelada a restrição financeira, de outubro de 2017, publicada no Diário Oficial da União
cabendo à instituição financeira credora a responsabilidade (DOU) do dia 01 de novembro de 2017, nos termos desta
exclusiva para a inclusão da restrição sobre a nova placa Resolução.
designada.
§ 2º. Nos casos em que incidir restrição judicial sobre o CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
veículo, o Juízo responsável pela restrição deverá ser
informado acerca das alterações realizadas no registro do
Art. 2º Esta Resolução estabelece o procedimento
veículo original.
administrativo a ser seguido pelos órgãos e entidades
§ 3º. Nos casos em que incidir restrição "RFB" sobre o componentes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), quando
registro do veículo, a Receita Federal do Brasil deverá ser da aplicação das penalidades de suspensão do direito de dirigir
informada acerca das alterações realizadas no registro do e de cassação do documento de habilitação, decorrentes de
veículo original. infrações cometidas a partir de 1º de novembro de 2016, bem
como do curso preventivo de reciclagem.
Art. 7º A troca de placas de identificação de veículos
automotores de que trata esta Resolução deverá ser precedida Art. 3º A penalidade de suspensão do direito de dirigir será
do pagamento de todos os débitos, impostos, taxas e multas imposta nos seguintes casos:
vinculados ao registro do veículo automotor, exceto aqueles I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vinte),
gerados pelo veículo dublê ou clone. no período de 12 (doze) meses;
II - por transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas
Art. 8º Os procedimentos administrativos em curso infrações preveem, de forma específica, a penalidade de
relativos às infrações cometidas com o veículo original serão suspensão do direito de dirigir.
migrados para o novo cadastro do veículo.
Parágrafo único. Deverá ser excluída do prontuário do
Art. 4º A cassação do documento de habilitação será
proprietário/condutor a pontuação relativa às multas por
imposta nos seguintes casos:
infrações que tenham sido comprovadamente cometidas com
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir
o veículo dublê ou clone.
qualquer veículo;
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das
Art. 9º As infrações cometidas pelo veículo dublê ou clone infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164,
serão registradas para o veículo que possua os caracteres CL 165, 173, 174 e 175, todos do CTB.
ao final do VIN registrado no RENAVAM, para eventual
atribuição de responsabilidade aos infratores.
Art. 5º As penalidades de que trata esta Resolução serão
aplicadas pela autoridade de trânsito do órgão de registro do
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor em 90 (noventa)
documento de habilitação, em processo administrativo,
dias da sua publicação.
assegurados a ampla defesa, o contraditório e o devido
Elmer Coelho Vicenzi processo legal.
Presidente

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CAPÍTULO II – DA SUSPENSÃO DO DIREITO DE II - na notificação de penalidade: as informações referentes


DIRIGIR à penalidade de multa e à penalidade de suspensão do direito
SEÇÃO I – POR PONTUAÇÃO de dirigir, nos termos do art. 15 desta Resolução.

Art. 6º Esgotados todos os meios de defesa da infração na CAPÍTULO III – DO CURSO PREVENTIVO DE
esfera administrativa, a pontuação prevista no art. 259 do CTB RECICLAGEM
será considerada para fins de instauração de processo
administrativo para aplicação da penalidade de suspensão do Art. 9º Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 5º, 6º
direito de dirigir. e 7º do art. 261 do CTB, o órgão executivo de trânsito de
registro do documento de habilitação do condutor aplicará a
Art. 7º Para fins de cumprimento do disposto no inciso I do regulamentação prevista para o art. 268 do CTB.
art. 3º serão consideradas as datas do cometimento das § 1º Para instauração do processo definido no caput, o
infrações. condutor que, no período de 12 (doze) meses, for autuado por
§ 1º Os órgãos e entidades componentes do SNT que infrações cuja soma dos pontos atinja 14 (quatorze) pontos,
aplicam a penalidade de multa deverão comunicar, por meio poderá requerer junto ao órgão de registro do documento de
do registro no RENAINF ou outro sistema eletrônico, aos habilitação a participação no curso preventivo de reciclagem.
órgãos executivos de trânsito de registro do documento de § 2º Também fará jus ao estabelecido no § 1º o condutor
habilitação, a pontuação correspondente, após o que, possuindo uma soma de pontos por infrações inferior a 14
encerramento da instância administrativa da infração. (quatorze) pontos, no período de 12 (doze) meses, seja uma
§ 2º Será instaurado um único processo administrativo vez mais autuado, dentro desse período, e a soma dos pontos
para aplicação da penalidade de suspensão do direito de das infrações seja superior a 14 (quatorze) e não ultrapasse os
dirigir quando a soma dos pontos relativos às infrações 19 (dezenove) pontos.
cometidas atingir 20 (vinte), no período de 12 (doze) meses. § 3º Poderá fazer o requerimento o condutor que, mesmo
§ 3º Não serão computados pontos nas infrações que já tendo atingido a soma exata de 14 (quatorze) pontos, no
preveem, por si só, a penalidade de suspensão do direito de período de 12 (doze) meses, for autuado por infrações que não
dirigir. ultrapassem 19 (dezenove) pontos, sendo eliminada a
§ 4º Ressalvada a hipótese do §3º, todas as demais pontuação, observado o disposto no §6º deste artigo.
infrações previstas no CTB deverão ser consideradas para § 4º Para fins de instauração, análise e deferimento do
cômputo de pontuação, independentemente de sua natureza, processo do curso preventivo de reciclagem, não é necessário
inclusive as de responsabilidade do proprietário. o trânsito em julgado das infrações relacionadas no
§ 5º A qualquer tempo, havendo anulação judicial ou requerimento do condutor ou a existência da pontuação
administrativa do autos de infração, o órgão autuador deverá respectiva no RENACH.
efetuar nova comunicação aos órgãos de registro da § 5º Novo requerimento para o curso preventivo de
habilitação, para que sejam adotadas providências quanto a reciclagem só poderá ser realizado uma vez a cada período de
processos administrativos de suspensão ou cassação do 12 (doze) meses, contado da data de conclusão do último curso
direito de dirigir eventualmente instaurados com base nas preventivo de reciclagem.
autuações anuladas. § 6º Concluído com êxito o curso preventivo de reciclagem,
§ 6º Configurada a hipótese do §5º, o órgão de registro da a pontuação das infrações relacionadas será eliminada para
habilitação anulará, de ofício, a penalidade eventualmente todos os efeitos legais.
aplicada, cancelando registro no RENACH, ainda que já tenha
havido o encerramento da instância administrativa. CAPÍTULO IV – DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE
SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR
SEÇÃO II – POR INFRAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 10. O ato instaurador do processo administrativo de
Art. 8º Para fins de cumprimento do disposto no inciso II suspensão do direito de dirigir de que trata esta Resolução,
do art. 3º, o processo de suspensão do direito de dirigir deverá conterá o nome, a qualificação do infrator, a(s) infração(ões)
ser instaurado da seguinte forma: com a descrição sucinta dos fatos e a indicação dos
I - para as autuações de competência do órgão executivo de dispositivos legais pertinentes.
trânsito estadual de registro do documento de habilitação do § 1º Instaurado o processo, far-se-á a respectiva anotação
infrator, quando o infrator for o proprietário do veículo, será no prontuário do infrator, a qual não constituirá qualquer
instaurado processo único para aplicação das penalidades de impedimento ao exercício dos seus direitos.
multa e de suspensão do direito de dirigir, nos termos do § 10 § 2º A autoridade de trânsito deverá expedir notificação ao
do art. 261 do CTB; infrator, contendo no mínimo, os seguintes dados:
II - para as demais autuações, o órgão ou entidade I - a identificação do infrator e do órgão de registro do
responsável pela aplicação da penalidade de multa, encerrada documento de habilitação;
a instância administrativa de julgamento da infração, II - a finalidade da notificação, qual seja, dar ciência da
comunicará imediatamente ao órgão executivo de trânsito do instauração do processo administrativo para imposição da
registro do documento de habilitação, via RENAINF ou outro penalidade de suspensão do direito de dirigir por somatório
sistema, para que instaure processo administrativo com vistas de pontos ou por infração específica;
à aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir. III - a data do término do prazo para apresentação da
Parágrafo único. Na hipótese prevista no inciso I do caput, defesa;
o procedimento de notificação deverá obedecer às disposições IV - informações referentes à(s) infração(ões) que
constantes na Resolução CONTRAN no 619, de 06 de setembro ensejou(aram) a abertura do processo administrativo, fazendo
de 2016, e suas alterações e sucedâneas, devendo constar constar:
ainda: a) o(s) número(s) do(s) auto(s) de infração(ões);
I - na notificação de autuação: a informação de que, b) órgão(s) ou entidade(s) que aplicou(aram) a(s)
mantida a autuação, serão aplicadas as penalidades de multa e penalidade(s) de multa;
de suspensão do direito de dirigir; c) a(s) placa(s) do(s) veículo(s);

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d) tipificação(ões), código(s) da(s) infração(ões) e § 1º O prazo de que trata o inciso V não será inferior a 30
enquadramento(s) legal(is); (trinta) dias.
e) a(s) data(s) da(s) infração(ões); e § 2º No caso de perda, extravio, furto ou roubo do
f) o somatório dos pontos, quando for o caso. documento de habilitação físico válido, o condutor deverá
§ 3º A notificação será expedida ao infrator por remessa providenciar a emissão da 2a via, para que seja juntada ao
postal, por meio tecnológico hábil ou por outro meio que processo, a fim de se dar início ao cumprimento da penalidade.
assegure a sua ciência.
§ 4º A ciência da instauração do processo e da data do Art. 16. A data de início do cumprimento da penalidade
término do prazo para apresentação da defesa também poderá será fixada e anotada no RENACH:
se dar no próprio órgão ou entidade de trânsito, responsável I - em 15 (quinze) dias corridos, contados do término do
pelo processo, mediante certidão nos autos. prazo para a interposição do recurso, em 1a ou 2a instância,
§ 5º Da notificação constará a data do término do prazo caso não seja interposto, inclusive para os casos do documento
para a apresentação da defesa, que não será inferior a 15 de habilitação eletrônico;
(quinze) dias contados a partir da data da notificação da II - no dia subsequente ao término do prazo para entrega
instauração do processo administrativo. do documento de habilitação físico, caso a penalidade seja
§ 6º A notificação devolvida, por desatualização do mantida em 2a instância recursal;
endereço do infrator no RENACH, será considerada válida para III - na data de entrega do documento de habilitação físico,
todos os efeitos legais. caso ocorra antes das hipóteses previstas nos incisos I e II.
§ 7º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de § 1º Na notificação de resultado dos recursos de 1a e de 2a
repartições consulares de carreira e de representações de instâncias deverão constar as informações definidas no art. 15,
organismos internacionais e de seus integrantes será remetida no que couber.
ao Ministério das Relações Exteriores para as providências § 2º A inscrição da penalidade no RENACH conterá a data
cabíveis, passando a correr os prazos a partir do seu do início e término da penalidade, período durante qual o
conhecimento pelo infrator. condutor deverá realizar o curso de reciclagem.
§ 8º Os órgãos de registro do documento de habilitação § 3º Cumprido o prazo de suspensão do direito de dirigir,
para fins de instauração do processo de suspensão ou cassação caso o condutor não realize ou seja reprovado no curso de
deverão considerar, exclusivamente, as informações reciclagem, deverá ser mantida a restrição no RENACH, que
constantes no RENAINF ou outro sistema informatizado. deverá ser impeditivo para devolução ou renovação do
documento de habilitação, impressão de 2a via do documento
CAPÍTULO V – DA APRESENTAÇÃO DE DEFESA E DE de habilitação físico ou emissão de Permissão Internacional
RECURSO para Dirigir - PID.
§ 4º Caso o condutor já tenha cumprido o prazo de
Art. 11. Os critérios gerais para apresentação de defesa, suspensão do direito de dirigir e seja flagrado na condução de
recursos ou outros requerimentos deverão seguir as veículo automotor sem ter realizado o curso de reciclagem, e
disposições constantes na Resolução CONTRAN no 299, de 04 estiver portando o documento de habilitação físico, esta
de dezembro de 2008, e suas sucedâneas. deverá ser recolhida e caso não esteja portando ou se trate de
documento eletrônico, caberá a autuação do art. 232 do CTB,
CAPÍTULO VI – DA APLICAÇÃO DA PENALIDADE observado o disposto no § 4º do art. 270 do CTB.

Art. 12. Concluída a análise do processo administrativo, a Art. 17. Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos
autoridade do órgão ou entidade de trânsito proferirá decisão Estados e do Distrito Federal deverão aplicar a penalidade de
motivada e fundamentada. suspensão do direito de dirigir, conforme o disposto no art.
261 do CTB.
Art. 13. Acolhidas as razões da defesa, o processo será
arquivado, dando-se ciência ao interessado. Art. 18. O documento de habilitação físico, que tiver sido
entregue, ficará acostado aos autos e será devolvido ao
infrator depois de cumprido o prazo de suspensão do direito
Art. 14. Não apresentada, não conhecida ou não acolhida a
de dirigir e comprovada a realização e aprovação no curso de
defesa, a autoridade de trânsito do órgão de registro do
reciclagem, no caso de documento de habilitação eletrônico
documento de habilitação aplicará a penalidade de suspensão
este deverá ser regularizado na forma estabelecida pelo
do direito de dirigir.
Departamento Nacional de Trânsito.
Art. 15. Aplicada a penalidade, a autoridade de trânsito do
CAPÍTULO VII – DA CASSAÇÃO DO DOCUMENTO DE
órgão de registro do documento de habilitação deverá
HABILITAÇÃO
notificar o condutor informando-lhe:
I - identificação do órgão de registro do documento de
Art. 19. Deverá ser instaurado processo administrativo de
habilitação, responsável pela aplicação da penalidade;
cassação do documento de habilitação, pela autoridade de
II - identificação do infrator e número do registro do
trânsito do órgão executivo de seu registro, observado no que
documento de habilitação;
couber as disposições dos Capítulos IV, V e VI, desta Resolução,
III - número do processo administrativo; quando:
IV - a penalidade de suspensão do direito de dirigir I - suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir
aplicada, incluída a dosimetria fixada, e sua fundamentação qualquer veículo;
legal;
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das
V - a data limite para entrega do documento de habilitação infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164,
físico ou para interpor recurso à JARI; 165, 173, 174 e 175, todos do CTB.
VI - a data em que iniciará o cumprimento da penalidade § 1º Na hipótese prevista no inciso I do caput:
fixada, caso não seja entregue o documento de habilitação
I - o processo administrativo será instaurado após
físico e não seja interposto recurso à JARI, nos termos do artigo
esgotados todos os meios de defesa da infração que enseja a
16 desta Resolução.

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penalidade de cassação, na esfera administrativa, devendo o CAPÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
órgão executivo de registro do documento de habilitação TRANSITÓRIAS
observar as informações registradas no RENAINF ou outro
sistema; Art. 23. Esgotadas as tentativas para notificar o condutor
II - caso o condutor seja autuado por outra infração que por meio postal ou pessoal, as notificações de que trata esta
preveja suspensão do direito de dirigir, será aberto apenas o Resolução serão realizadas por edital, na forma disciplinada
processo administrativo para cassação, sem prejuízo da pela Resolução CONTRAN no 619, de 06 de setembro de 2016,
penalidade de multa; e suas sucedâneas.
III - a autoridade de trânsito de registro do documento de
habilitação do condutor, que tomar ciência da condução de Art. 24. Aplicam-se a esta Resolução, os seguintes prazos
veículo automotor por pessoa com direito de dirigir suspenso, prescricionais previstos na Lei no 9.873, de 23 de novembro
por qualquer meio de prova em direito admitido, deverá de 1999:
instaurar o processo de cassação do documento de habilitação; I - Prescrição da Ação Punitiva: 5 anos;
IV - quando não houver abordagem, não será instaurado II - Prescrição da Ação Executória: 5 anos;
processo de cassação do documento de habilitação: III - Prescrição Intercorrente: 3 anos.
a) ao proprietário do veículo, nas infrações originalmente § 1º O termo inicial da pretensão punitiva relativo à
de sua responsabilidade; penalidade de suspensão do direito de dirigir será:
b) nas infrações de estacionamento, quando não for I - no caso previsto no inciso I do art. 3º desta Resolução, o
possível precisar que o momento inicial da conduta se deu dia subsequente ao encerramento da instância administrativa
durante o cumprimento da penalidade de suspensão do direito referente à penalidade de multa que totalizar 20 ou mais
de dirigir. pontos no período de 12 meses;
V - é possível a instauração do processo de cassação do II - no caso do inciso I do art. 8º desta Resolução, a data da
documento de habilitação do proprietário que não realizar a infração;
indicação do condutor infrator de que trata o art. 257, § 7º, do
III - no caso do inciso II do art. 8º desta Resolução, o dia
CTB.
subsequente ao encerramento da instância administrativa
§ 2º Na hipótese prevista no inciso II do caput: referente à penalidade de multa.
I - o processo administrativo será instaurado após § 2º O termo inicial da pretensão punitiva relativo à
esgotados todos os meios de defesa da infração que configurou penalidade de cassação do documento de habilitação será:
a reincidência, na esfera administrativa, devendo o órgão I - no caso do inciso I do art. 19 desta Resolução, a data do
executivo de registro do documento de habilitação observar as fato;
informações registradas no RENAINF ou outro sistema;
II - no caso do Inciso II do art. 19 desta Resolução, o dia
II – para fins de reincidência, serão consideradas as datas
subsequente ao encerramento da instância administrativa
de cometimento das infrações, independentemente da fase em
referente à penalidade de multa da infração que configurou a
que se encontre o processo de aplicação de penalidade da
reincidência.
primeira infração;
§ 3º Interrompe-se a prescrição da pretensão punitiva
III – em relação à primeira infração, serão aplicadas todas
com:
as penalidades previstas;
I - a notificação de instauração do processo administrativo;
IV – em relação à infração que configurar reincidência, caso
II - a aplicação da penalidade de suspensão do direito de
haja previsão de penalidade de suspensão do direito de dirigir,
dirigir ou de cassação do documento de habilitação;
esta deixará de ser aplicada, em razão da cassação.
III - o julgamento do recurso na JARI, se houver.
§ 3º Poderá ser instaurado mais de um processo
administrativo para aplicação da penalidade de cassação, § 4º Suspende-se a prescrição da pretensão punitiva ou da
concomitantemente. pretensão executória durante a tramitação de processo
judicial, do qual o órgão tenha sido cientificado pelo juízo.
§ 4º Após a aplicação da penalidade de cassação, o órgão
executivo de trânsito de registro do documento de habilitação § 5º Incide a prescrição intercorrente no procedimento
deverá registrar essa informação no RENACH nos seguintes administrativo paralisado por mais de três anos.
termos: “Documento de habilitação cassado”, com as datas de § 6º A declaração de prescrição acarretará o arquivamento
início e de término da penalidade, observado o disposto no art. do respectivo processo de ofício ou a pedido da parte.
16. § 7º A declaração da prescrição das penalidades desta
Art. 20. Decorridos 02 (dois) anos da cassação do Resolução não implicará, necessariamente, prejuízo da
documento de habilitação, o infrator poderá requerer a sua aplicação das demais penalidades e medidas administrativas
reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários, na previstas para a conduta infracional.
forma estabelecida no §2º do art. 263, do CTB.
Parágrafo único. Decorrido o prazo previsto no caput, o Art. 25. No curso do processo administrativo de que trata
condutor será considerado inabilitado até a conclusão do esta Resolução não incidirá nenhuma restrição no prontuário
processo de reabilitação. do infrator, inclusive para fins de mudança de categoria do
documento de habilitação, renovação e transferência para
Art. 21. A não concessão do documento de habilitação nos outra unidade da Federação, até a efetiva aplicação da
termos do §3º do art. 148, do CTB, não caracteriza a penalidade de suspensão ou cassação do documento de
penalidade de cassação da Permissão para Dirigir. habilitação.
§ 1º O processo administrativo deverá ser concluído pelo
órgão ou entidade de trânsito que o instaurou, mesmo que haja
Art. 22. No caso de perda, extravio, furto ou roubo do
transferência do prontuário para outra unidade da Federação.
documento de habilitação físico válido, o condutor deverá
providenciar a emissão da 2a via, para que seja juntada ao § 2º Na hipótese do § 1º, o órgão ou entidade de trânsito
processo, a fim de se dar início ao cumprimento das que aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir ou
penalidades de cassação do documento de habilitação e de cassação do documento de habilitação deverá comunicá-la ao
suspensão do direito de dirigir, que iniciará em 10 (dez) dias órgão executivo estadual de trânsito de registro do documento
corridos caso essa providência não seja adotada. de habilitação do condutor para o cadastramento da
penalidade no RENACH.

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§ 3º A interposição de recurso intempestivo não impede o


cadastramento da penalidade no RENACH.

Art. 26. A apresentação de defesas, recursos e outros Anotações


requerimentos previstos nesta Resolução poderá ser realizada
por meio eletrônico, quando disponível pelo órgão.

Art. 27. Os atos referentes aos processos de que trata esta


Resolução deverão ser registrados no RENACH e no RENAINF.

Art. 28. As disposições desta Resolução aplicam-se, no que


couber, à Permissão para Dirigir, à Autorização para Conduzir
Ciclomotor e à Permissão Internacional para Dirigir.
§ 1º Havendo prazo a ser cumprido em relação a qualquer
uma das penalidades previstas nesta Resolução aplicada ao
condutor portador de Permissão para Dirigir, o reinício do
processo de habilitação de que trata o § 4º do art. 148 do CTB
somente se dará ao fim desse prazo, ainda que a CNH já tenha
sido emitida em razão de efeito suspensivo, dispensado o
curso de reciclagem.
§ 2º A não obtenção da CNH, tendo em vista a incapacidade
de atendimento do disposto no § 3º do art. 148 do CTB, não
exige a instauração do processo administrativo descrito nesta
Resolução.

Art. 29. Os prazos de suspensão do direito de dirigir para


processo instaurado em decorrência da contagem de 20
(vinte) ou mais pontos, em que haja uma ou mais infrações
praticadas antes de 1º de novembro de 2016, serão os
estabelecidos no art. 16 da Resolução CONTRAN no 182, de 09
de setembro de 2005.
Parágrafo único. Para os casos anteriores à publicação da
Deliberação CONTRAN no 163/2017, que já tenha a
penalidade inscrita no RENACH, mas não tenha data de início
do cumprimento da mesma, os órgãos e entidades
pertencentes ao SNT deverão adotar a medida administrativa
de recolhimento da CNH e encaminhá-la aos DETRANs de
registro do documento para aposição do início e fim do
cumprimento da respectiva penalidade.

Art. 30. As informações de que trata o § 2º do art. 16


referentes às penalidades aplicadas sob a égide da Resolução
CONTRAN no 182, de 2005, deverão ser lançadas pelos órgãos
executivos de trânsito no prazo de 12 (doze) meses da
publicação desta Resolução, na forma estabelecida no art. 16.

Art. 31. Ficam convalidadas as penalidades e medidas


administrativas aplicadas sob a égide da Resolução CONTRAN
no 182, de 2005.

Art. 32. Ficam revogadas as disposições da Resolução


CONTRAN no 182, de 2005, com exceção do art. 16, que
permanecerá aplicável às infrações cometidas antes de 1º de
novembro de 2016.

Art. 33. Esta Resolução entra em vigor na data de sua


publicação.

Maurício José Alves Pereira Presidente

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