Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
4º SEMESTRE – NOTURNO
DESENVOLVIMENTO HUMANO NA ADOLESCÊNCIA, ADULTEZ E VELHICE
PROFª PRISCILA DRUMONT
PORTFÓLIO ACADÊMICO
Vitória da Conquista/BA
Outubro/2018
CURSO DE PSICOLOGIA
4º SEMESTRE – NOTURNO
DESENVOLVIMENTO HUMANO NA ADOLESCÊNCIA, ADULTEZ E VELHICE
PROFª PRISCILA DRUMONT
PORTFÓLIO ACADÊMICO
Vitória da Conquista/BA
Outubro/2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 01
2. DESENVOLVIMENTO FÍSICO E COGNITIVO NA ADOLESCÊNCIA......... 02
3. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA ADOLESCÊNCIA..................... 05
4. O ADOLESCENTE NO SEU CONTEXTO FAMILIAR...................................... 07
5. USO E ABUSO DE SUBSTÂNCIA PSICOATIVAS NA ADOLESCÊNCIA..... 09
6. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA ADOLESCÊNCIA........................................ 11
7. CONCLUSÃO ............................................................................................................13
1
1 INTRODUÇÃO
A adolescência é uma fase crítica do ser humano entre os 9 e os 20 anos, que ocorrem
algumas alterações no indivíduo querem a nível físico, quer a nível psicológico e a nível
social.
Uma criança que passa com sucesso por esses estágios progride de simples respostas
sensório-motoras para a habilidade de classificar e criar uma série de objetos, e finalmente
raciocinar de forma hipotética e dedutiva, de acordo com o "The New Adicionar of Scientific
Biography" ("Novo Dicionário de Biografia Científica").
Essa evolução física e sexual acelerada deve estar em sintonia com o ritmo do
desenvolvimento cognitivo, para que não desencadeie comportamentos desviantes em relação
às normas impostas pela sociedade.
Na fase adolescente o ser humano desenvolve a capacidade para pensar sobre o seu
próprio pensamento e sobre o pensamento dos outros, chamada de metacognição (Sprinthall,
2008).
A metacognição traz a consciência sobre o fato das pessoas serem diferentes e terem
pensamentos diferentes sobre a mesma situação ou ideia, havendo uma variedade de pontos
de vistas, diferentemente, das crianças mais novas que tendem a pensar que todos nós
encaramos as situações da mesma forma que elas, esse comportamento passa a ser chamado
de egocêntrico, centrados na sua própria perspectiva.
Durante o primeiro ano de vida a criança é substancialmente dependente das pessoas que
cuidam dela, requerendo cuidado quanto à alimentação, higiene, locomoção, aprendizado de
palavras e seus significados, bem como estimulação para perceber que existe um mundo em
movimento ao seu redor. O amadurecimento ocorrerá de forma equilibrada se a criança sentir
que tem segurança e afeto, adquirindo confiança nas pessoas e no mundo.
Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e responder
por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade para tentar
novas coisas sem medo de errar. Se, no entanto, for criticada ou ridicularizada desenvolverá
vergonha e dúvida quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma volta ao
estágio anterior, ou seja, a dependência.
Neste período a criança está sendo alfabetizada e frequentando a escola, o que propicia o
convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá maior sociabilização,
trabalho em conjunto, cooperatividade, e outras habilidades necessárias. Caso tenha
dificuldades o próprio grupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da
construtividade.
O quinto estágio ganha contornos diferentes devido à crise psicossocial que nele acontece,
ou seja, Identidade Versus Confusão. Neste contexto o termo crise não possui uma acepção
dramática, por tratar-se de a algo pontual e localizado com pólos positivos e negativos.
A família, desde os tempos mais antigos, corresponde a um grupo social que exerce
marcada influência sobre a vida das pessoas, sendo encarada como um grupo com uma
organização complexa, inserido em um contexto social mais amplo com o qual mantém
constante interação (Biasoli-Alves, 2004). O grupo familiar tem um papel fundamental na
constituição dos indivíduos, sendo importante na determinação e na organização da
personalidade, além de influenciar significativamente no comportamento individual através
das ações e medidas educativas tomadas no âmbito familiar (Drummond & Drummond Filho,
1998). Pode-se dizer, assim, que esta instituição é responsável pelo processo de socialização
primária das crianças e dos adolescentes (Schenker & Minayo, 2003). Nesta perspectiva, a
família tem como finalidade estabelecer formas e limites para as relações estabelecidas entre
as gerações mais novas e mais velhas (Simionato-Tozo, 1998), propiciando a adaptação dos
indivíduos às exigências do conviver em sociedade.
Encarada como uma fase do ciclo de vida familiar, a adolescência apresenta tarefas
particulares, que envolvem todos os membros da família. Pode-se dizer, então que este
período se constitui como uma fase de transição do indivíduo, da infância para a idade adulta,
evoluindo de um estado de intensa dependência para uma condição de autonomia pessoal
(Silva & Mattos, 2004) e de uma condição de necessidade de controle externo para o
autocontrole (Biasoli-Alves, 2001), sendo marcado por mudanças evolutivas rápidas e
intensas nos sistemas biológicos, psicológicos e sociais (Marturano, Elias & Campos, 2004).
Os adultos têm um papel central neste processo, pois oferecem a base inicial aos mais
jovens, à bagagem de regras e normas essenciais para o social, bem como atuam como
modelos introjetadas, geralmente como ideais, cujas atitudes e comportamentos serão
transmitidos às gerações que os sucedem (Biasoli-Alves, 2001).
Além disso, é necessário ressaltar ainda que o processo de adolescência não afeta apenas
os indivíduos que estão passando por este período, mas também as pessoas que convivem
diretamente com os mesmos, principalmente a família. Isso porque a adolescência dos filhos
tem influência direta no funcionamento familiar, constituindo-se, portanto, como um processo
difícil e doloroso tanto para os adolescentes quanto para seus pais, uma vez que, como já foi
discutido anteriormente, a família não é constituída pela simples soma de seus membros, mas
um sistema formado pelo conjunto de relações interdependentes no qual a modificação de um
elemento induz a do restante, transformando todo o sistema, que passa de um estado para
outro.
Por esse motivo o diálogo nessa etapa do desenvolvimento assume um papel ainda mais
importante, apesar de muitas vezes os adolescentes buscarem se fechar em seu “mundo”
próprio. Devido a essa tendência à reclusão e a busca de refúgio na fantasia e no devaneio, o
diálogo com os membros da família, nessa etapa da vida, é essencial, pois é justamente nesse
período que eles mais necessitam da orientação e da compreensão dos pais, sendo que todo o
legado que a família transmitiu aos mesmos desde a infância continua sendo relevante
(Drummond & Drummond Filho, 1998). A falta de diálogo no ambiente familiar pode,
portanto, acarretar ou, em certos casos, acentuar algumas dificuldades, principalmente em
termos de relacionamento, podendo afetar até mesmo o bem-estar e a saúde psíquica dos
adolescentes.
9
O abuso de drogas vem sendo considerado como um dos maiores problemas de saúde
pública enfrentada por muitos países nos últimos anos. No Brasil a situação não é muito
diferente. Os transtornos por uso de substâncias entre jovens e adolescentes vem trazendo
grande preocupação e acarretando ainda um alto custo econômico; na medida em que os
adolescentes se tornam o grupo mais vulnerável a este consumo devido a fatores típicos da
adolescência (COSTA, 2013).
Segundo Brasil (2014) e a OMS (2004), as drogas atuam no cérebro afetando a atividade
mental, sendo, por essa razão, denominadas psicoativas. Basicamente, elas são de três tipos:
Algumas das dificuldades que podem ser sentidas pelos adolescentes e devem ser alvo de
atenção de um psicólogo, podem ser: problemas relacionados com o desempenho escolar,
12
com o corpo e a imagem corporal, com a alimentação, com a formação da identidade, com a
sexualidade, de comportamento e agressividade, na vida familiar, depressivos e ansiosos, com
a integração num grupo de amigos.
O psicólogo, com base nas informações fornecidas, irá tentar compreender a situação que
lhe foi apresentada e, conjuntamente com o jovem, irá conceber uma estratégia para fazer face
ao problema colocado.
7 CONCLUSÃO
Por essas razões, torna-se imperativo investir em programas de orientação para pais
com a finalidade de instrumentalizá-los para poderem lidar de forma mais adequada com seus
filhos adolescentes, auxiliando-os a fornecer orientações mais precisas que sirvam de
referência para os adolescentes frente a situações que necessitem de reflexão e tomada de
decisões. Assim, os pais podem reduzir suas angústias frente à adolescência dos filhos e estes,
por sua vez, podem ver os pais como um suporte emocional singular ao qual podem recorrer
diante das dificuldades de ajustamento que enfrentam.