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72 O. W. Wil1llÍcott I
o meio ambiente facilitador pode ser descrito como sustentação [llOldillg], evo- ~
luindo para o nuuieic [uandling], ao qual se acrescenta a apresentação de objeto [objcct-pre- ~
sentíug].
I Em um meio ambiente facilitador desse tipo, o indivíduo passa por um desen-
volvimento que pode ser classificado como illtegrndor, ao qual se acrescentam a pcrso-
!' nal ização [indtocl Iillg 1 (ou conlu io psicossom« t ico) e, depois, o rclacionatncu to obietal [object- 1
reta t ing].
Esta é uma supersimplificação grosseira, mas deve bastar neste contexto.
Observar-se-a que, em uma descrição desse tipo, o movimento para a frente no
desenvolvimento corresponde estreitamente à ameaça de um movimento retrógrado t·~·
1.·(

(e defesas contra esta ameaça) na doença esquizofrênica.


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Dependência Absoluta .g
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À época da dependência absoluta, com a mãe suprindo uma função de ego auxiliar, ~~3
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tem-se de lembrar que o bebê ainda não separa o não-eu do eu: isto não pode acontecer
separadamente do estabelecimento do cu. '

Agonias Primitivas
É possívellistar as ~onias primitivas (allsiedadc, aqui, não é uma palavra suficiente-
: )
mente forte), entre as quais apresentamos as seguintes:
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1. Retorno a um estado não-integrado (Defesa: desintegração).


I' 2. Cair para sempre (Defesa: sustentar-se/selj-llOldillg).
3. Perda do conluio psicossornático, fracasso da ~'Sperson"lizaçf,(J (D'ó:fesa:
J despersonalização ).
4. Perda do senso do real (Defesa: exploração do narcisisrno primário, etc.).
\ 5. Perda da capacidade de relacionar-se com objetos {Defesa: estados autistas,
relacionados apenas a fenômenos do sclj).
E assim por diante.

A Enfermidade Psicótica Como Defesa


É minha intenção mostrar aqui que o que vemos clinicamente é sempre uma organi-
..:,asão de ?efesa, até mesmo no autismo da esquizofrenia infantil. A agonia s~bjàcente
e 1m ensável.
\ , errado pensar na enfermidade psicótica como um colapso; ela é uma organi-
zação defensiva relacionada a uma agonia primitiva, e é geralmente bem-sucedida
texcéto quando o meio ambiente facilitador não foi deficiente, mas sim atormentador,
que é talvez a pior coisa que pode acontecer a um bebê humano).

Enunciado do Tema Principal


Posso agora enunciar a minha afirmação principal, e ela se revela muito simples. ~
Afirmo que o medo clínico do colapso é o medo de U/II colapso que já foi expericnciado. (-tIfi'S-.,J.
Ele ~ um medõ"'CG"'agonia original que provocou a organização de defesa que o /
paciente apresenta como síndrome de doença. /
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lU !Explorações Psicanalíticas 73

0- Esta idéia pode ou não se mostrar imediatamente útil para o clínico. Não POde-)
'(- mos apressar nossos pacientes, mas apesar disso, podemos deter seu progresso por -
genuíno desconhecimento; assim, qualquer pequeno conhecirnecto nosso pode ajudar
n- anos manter emparelhados com as necessidades do paciente.
'0- Segundo minha experiência, existem momentos em que se precisa dizer a um
paciente que o colapso, do qual o medo destrói-lhe a vida, 'á aconícceu. Trata-se de um
fato que se carrega consigo, ~idº no inconsciente. Este último aqui, não é exata-
mente o inconsciente reprimido da psiconeurose, nem, tarnpouco. o inconsciente da
10 formulação freudiana da parte da psique que se acha muito próxima do funcionamen-
io to neurofisiológico. Tampouco se trata do inconsciente de Jung, que eu diria ser todas
aquelas coisas que se passam em cavernas subterrâneas, ou (em outras palavras) a
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mitologia do mundo, nas quais há um conluio entre o indivíduo e as realidades
~
psíquicas internas maternas. Neste contexto especial, o inconsciente quer dizer que a ) ~~ .:r
integração do ego não é capaz de abranger algo. O ego é imaturo demais para reunir 7
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todos os fenômenos dentro da área da onipotência pessoal.
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H, Tem-se de perguntar aqui: or que o paciente continua a preocupar-se com isto ; t.-. e:ro-4'-1
er que pertence ao passado? A resposta tem de ser que a experiência original da agonia !
primitiva não pode cair no passado a menos que o ego po~ primeiro reuni-Ia dentro l~
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de sua própria e atual experiência temporal e do controle onipotente agora (presumin-
do a função de apoio de ego auxiliar da mãe, ou analista).
Em outras palavras, o paciente tem de continuar procurando o detalhe passado
I que ainda não foi cxperienciado, e esta busca assume a forma de uma procura deste

i dêtalhe no futuro.
A menos que o terapeuta possa ter êxito em trabalhar com base em que esse
detalhe já é um fato, O paciente tem de continuar a temer encontrar o que está sendo )1
compulsivamente procurado no futuro.
Por outro lado, se o paciente estive. prepar.ido »ara album tipo de aceitacão
.'. deste tipo esquisito de verdade, de que o que ainda não foi experienciado apesar disso
aconteceu no passado, irá se abrir o caminho para que a agonia seja experienciada na
transferência, na reação às falhas e equívocos do analista. Em doses que não sejam
1S,
excessivas, o paciente pode lidar com estas últimas, e explicar ca a falha técnica do
analista como contratransferência. Em outras palavras, o paciente-gradualmente reúne
o fracasso original do meio ambiente facilitador dentro da área de sua onipotência e
da experiência de onipotência que pertence ao estado de dependência (fato transferencial).
Tudo isto é muito difícil, consome tempo e é penoso, mas pelo menos, não é fútil.
Fútil é a alternativa, e é esta que deve ser agora examinada.

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Futilidade na Análise
nt- Tenho de tomar por certa a compreensão e a aceitação da análise da psiconeurose.
da Baseado nesta presunção, digo que, nos casos que estou examinando, a análise começa
01', bem e progride com ímpeto; o que está acontecendo, contudo, é que o analista e o
paciente estão-se divertindo em conluio em uma análise psiconeurótica, quando, na
realidade, a enfermidade é psicótica. ..•.•. .
Repetidas vezes o par analítico está satisfeito com o que fizeram juntos. Foi
válido, foi arguto, foi cômodo - por causa do conluio. Entretanto, cada um dos
chamados progressos termina em destruição. O paciente o rompe e pergunta - E daí?
Na realidade, o avanço nJO foi um avanço, mas sim um novo exemplo de o analista
jogar o jogo que o paciente faz de postergar a questão principal. E quem pode culpar
quer o paciente, quer o analista (a menos, naturalmente, que possa haver um analista
que desempenhe o apel de peixe psicótico em uma linha psiconeurótica muito longa

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