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ATRIBUTOS DA VEGETAÇÃO:

MORFOLÓGICO, TEMPORAL, FUNCIONAL, ADAPTABILIDADE

PRIORIZAR PLANTAS NATIVAS E ÁRVORES E ARBUSTOS DE BAIXA


MANUTENÇÃO, MAS QUE PRODUZAM FLORES E PEQUENOS FRUTOS
PARA ATRAIR A AVIFAUNA!!!

5.1.1 Morfológico

De acordo com Barbosa (2000), é significativo que um projeto


paisagístico, por se tratar de uma criação artística, se fundamente em regras
de harmonia das formas e cores, determinada pela seleção acertada das
espécies de plantas. De um modo geral, as formas serão definidas pelas
silhuetas das plantas, buscando o enfoque individualmente ou como grupos e
maciços. Para se obter o equilíbrio das formas, é preciso que seja dada
especial atenção às folhas das plantas escolhidas e sua localização no
contexto geral do projeto. Na tabela 4 é possível identificar algumas formas de
plantas que geram uma sensação diferente ao usuário e ao espaço
paisagístico.

Tabela 4 – Forma das plantas e seus efeitos

FORMA EFEITO QUE GERA EXEMPLO DE PLANTAS


Folhas Resultam em silhuetas
arredondadas, de forma suavizante, que
ovaladas ou amaciam na paisagem os
oblongas contorno mais duros
Philodendros Anturium
Folhas estreitas e de Conferem notoriedade
formato angular entre as demais espécies
de plantas, constituindo
na visualização
paisagística, a
movimentação Phormium texas Agave
geométrica americana
Formas exóticas Constituem-se em pontos
de atração visual

Ravanela m. Pandanus v.
Jatropha p.

Formas leves e Transmitem graça e


diáfanas ou plantas emprestam vida à
de folhas tremulante paisagem

Cyperus g. Spartium j.
Populus n.

Fonte: Barbosa, 2000. Fotos: Patro e Conadimi. Elaborada pelo autor.

Tão importante quanto o equilíbrio das formas é a combinação da


predominância de cores nas espécies de plantas que compõe um projeto de
paisagismo. Uma perfeita sintonia entre as cores do jardim com a paisagem
adjacente tem como resultado uma agradável harmonia visual (BARBOSA,
2000).

Para a qualidade do desenvolvimento das mudas, deve ser conhecida a


amplitude e tipo de seu sistema radicular em relação ao tipo de solo do local
em que serão plantadas. Assim é que, a maior parte das árvores, de médio e
grande porte, necessitam de solo profundo para estenderem à vontade a
grande rede radicular de sustentação e alimentação que assegura seu perfeito
desenvolvimento. Os arbustos e as arvoretas sobrevivem em solos de
consistência média, chegando algumas espécies a prosperar sem muitos
problemas em solos rasos. As gramíneas e algumas espécies de folhagens
conseguem nos solos rasos um bom desenvolvimento, devido às suas raízes
reptantes de profundidade superficial (BARBOSA, 2000).

5.1.2 Temporal

O uso de árvores e arbustos que produzam flores são ideais para


diminuir a monotonia que está presente em muitos espaços livres. A escolha
por árvores frutíferas contribuirá para a melhoria da alimentação da população,
como por exemplo em Servilha e Córdoba na Espanha, em que muitas ruas
foram arborizadas com laranjeiras, onde suas flores brancas e perfumadas
embelezam o recinto urbano na primavera e no verão. Já na época da
frutificação, fornece laranjas que são consumidas pela população para fazer
doces (MASCARÓ; MASCARÓ, 2002).

Para atrair a avifauna é necessário o estudo de árvores que


proporcionam esta característica, visto que, o uso de árvores que buscam esta
qualidade irá gerar um ambiente mais integrado com a natureza. Hoje muitas
aves não estão presentes na cidade por não terem o alimento necessário para
sua sobrevivência. Portanto, ao inserir no paisagismo árvores que geram
alimentos para certos tipos de aves, seu aparecimento será mais constante, e
as pessoas poderão conhecer e apreciar diversas espécies de aves.

5.1.3 Funcional

De acordo com Barbosa (2000), como função social o paisagismo


destaca-se através da influência harmonizante entre as diversas classes
sociais, ou seja, a convivência social é favorecida pela existência de parques e
praças pública congregando em suas áreas verdes os mais diversos tipos de
pessoas.

Os agrupamentos de vegetação conferem à paisagem atributos visuais e


gera percepções diversas nos usuários, seu conhecimento é de suma
importância para planejar a melhor forma de gerar qualidade ao espaço livre.

Se a função principal da arborização for sombreamento, a escolha das


espécies deve combinar árvores de crescimento rápido ou com pergolados
cobertos por trepadeiras de folhas caducas, ou até com estruturas leves e
provisórias com outras de crescimento lento e copa densa (MASCARÓ;
MASCARÓ, 2002).

Conforme relata Mascaró e Mascaró (2002), os agrupamentos arbóreos


maciços podem ter várias funções: barreiras ambientais, definidores do
acontecimento espacial ou do espaço. Esses maciços provocam diferentes
efeitos de acordo com a sua composição homogênea ou heterogênea.

Formados por árvores de diversos portes e com copas de formas,


frutificações e florações variadas, os maciços heterogêneos são ideais para
simular bosques naturais, como aqueles existentes nas florestas. Funciona
melhor quando seu perímetro é fechado com arbustos altos e arvoretas,
barrando as visuais laterais o que deixa o usuário que se encontra dentro do
maciço totalmente envolto pela vegetação, intensificando a sensação de
contato com a natureza (ABBUD, 2006).

Os diversos formatos de copa e suas alturas diversas que são os


maciços heterogêneos podem causar o efeito de barreira de vento quando
desejado, direcionando-o para cima e provocando o efeito de esteira após o de
barreira, de acordo com sua altura e seu comprimento. Por outro lado a sua
composição também pode permitir a passagem da brisa fresca no verão,
juntamente com a necessária sombra que o calor demanda (fig. 27). Já os
maciços homogêneos do ponto de vista paisagístico, enfatizam o potencial da
espécie escolhida no espaço urbano como cor, forma, textura e perfume
(MASCARÓ; MASCARÓ, 2002).
Figura 27 – Maciço heterogêneo e maciço homogêneo

Fonte: Mascaró e Mascaró, 2002. Modificado pela autora.

De acordo com Mascaró e Mascaró (2002), qualquer que seja o tipo de


agrupamento, é importante salientar que copas densas podem apresentar bons
resultados de diminuição da temperatura no verão e sombreamento. Porém no
inverno, caso a espécie não seja caducifólia, caracterização o local como um
lugar de passagem, já que, as baixas temperaturas, a ausência da radiação
solar direta e a presença de vento ocasionarão desconforto ao local.

5.1.4 Adaptabilidade

As plantas nativas são as mais ideais para o plantio, já que, se adaptará


mais facilmente as condições ambientais. Além disso, a escolha por vegetação
de baixa manutenção irá proporcionar ao local maior vivacidade e facilidade de
limpeza, uma vez que estas não requerem muitos cuidados.

No que se refere à insolação, a vegetação é dividida em dois grupos: as


que necessitam de insolação direta e outras indireta, sendo necessário levar
em consideração o período do dia e a presença ou não de luz natural no local.
Porém locais sem luz natural não são eficientemente bons para nenhum tipo de
planta (MASCARÓ; MASCARÓ, 2002).

A determinação da luminosidade é fundamental para cada espécie, para


poder manter suas qualidades morfológicas perfeitas, já que, possuem
distintivamente um mecanismo celular próprio realizando o processo de
fotossíntese à sua maneira (BARBOSA, 2000).

A maioria das plantas se adapta mais facilmente às temperaturas altas.


Apenas as plantas de clima temperado resistem a baixas temperaturas.
Algumas plantas não resistem à estiagem prolongada, principalmente as do
estrato arbustivo e forrações. Arbustos e árvores de crescimento rápido,
geralmente são frágeis, precisam de manutenção especial e de insolação de,
pelo menos, algumas horas por dia (MASCARÓ; MASCARÓ, 2002).

De acordo com Barbosa (2000), o fator temperatura é de tal importância


para a sobrevivência da espécie que, basta contrariar seus limites toleráveis
para acarretar a morte de qualquer planta. A biotipologia das espécies vegetais
chega a aceitar algumas variações térmicas que permitem a aclimatação de
algumas plantas em clima diferente do original. Porém, a eficácia desse
processo é condicionado à possibilidade de sucessivas modificações genéticas
obtidas através de semeaduras seletivas e cruzamentos, tudo envolvendo um
delicado trabalho, efetuado pacientemente por cientistas e desenvolvido por
técnicos altamente capacitados, às vezes com muitos anos de duração, até
que seja conseguida uma mutação desejável.

O índice ideal de umidade, na atmosfera e no solo, varia de espécie para


espécie de qualquer família vegetal. Portanto, do seu conhecimento depende o
bom desenvolvimento de cada planta. Por exemplo, se transplantarmos um
cacto, na qual sua necessidade de umidade são mínimas, e colocarmos em um
solo com umidade encharcada, veremos que acabará apodrecendo até a
morte. Se por outro lado, retirarmos um papiro (Cyperus papyrus) de uma área
pantanosa, e o plantarmos num areião ressecado, haverá sua morte por
desidratação. Portanto, cada tipo de planta necessita de uma porcentagem de
umidade ideal para sua sobrevivência (BARBOSA, 2000).

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