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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Florianópolis
2017
AYRTON GARCIA DE SOUZA
Florianópolis
2017
AYRTON GARCIA DE SOUZA
Esse trabalho foi julgado adequado para a obtenção do Título de Engenheiro Civil e
aprovado em sua forma final pelo Departamento de Engenharia Civil da Universidade
Federal de Santa Catarina
Coordenadora do Curso
Banca examinadora
Orientadora
Ao meu pai, Ayrton, pelo apoio e carinho que compartilhamos enquanto esteve
presente. Obrigado por tudo e que descanse em paz.
Ao meu segundo pai, Valdeci, por todo o suporte que me ofereceu e ainda
oferece.
This work presents the geotechnical projects of two retaining wall structures in
structural and non-structural concrete for a real project situation. These structures were
developed to contain a 5.0-meter slope in a multifamily residential building in the
municipality of Criciúma, Santa Catarina.
For this, two constructive alternatives were studied: a gravity retaining wall and
a cantilever wall. These structures were dimensioned to withstand the soil thrust and to
guarantee the stability of sliding, overturning and breaking of the foundation soil.
FS – Fator de Segurança
LABTUN – Laboratório de Túneis
SPT – Standard Penetration Test
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
LISTA DE SÍMBOLOS
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 18
1.1. Objetivos ................................................................................................... 18
1.1.1. Objetivos gerais ........................................................................................ 18
1.1.2. Objetivos específicos ................................................................................ 19
1.2. Limitações do trabalho ............................................................................. 19
1.3. Estrutura do trabalho ............................................................................... 19
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 21
2.1. Muros de Contenção ................................................................................ 21
2.2. Tipos de Muros ......................................................................................... 21
2.2.1. Muros de gravidade .................................................................................. 21
2.2.2. Muros de flexão ........................................................................................ 23
2.3. Empuxos de terra ..................................................................................... 24
2.4. Teorias de empuxos aplicadas aos muros de contenção ......................... 26
2.4.1. Teoria de Coulomb ................................................................................... 26
2.4.1.1. Cálculo do empuxo passivo pelo método de Coulomb ............................ 27
2.4.1.2. Cálculo do empuxo ativo pelo método de Coulomb ................................ 29
2.4.2. Teoria de Rankine ..................................................................................... 32
2.5. Dimensionamento de muros de arrimo ................................................... 35
2.6. Estabilidade de muros de arrimo ............................................................. 37
2.6.1. Deslizamento ou escorregamento ........................................................... 37
2.6.2. Tombamento ............................................................................................ 40
2.6.3. Ruptura do solo de fundação ................................................................... 40
2.7. Dimensionamento da armadura em muros de flexão ............................. 45
3. DESCRIÇÃO DA OBRA........................................................................................... 50
4. IDENTIFICAÇÃO DOS PARÂMETROS DO SOLO .................................................... 52
5. DIMENSIONAMENTO ........................................................................................... 54
5.1. Elaboração das planilhas eletrônicas de cálculo ...................................... 54
5.2. Dimensionamento e cálculo de um muro de gravidade com o auxílio das
planilhas de cálculo do LABTUN/UFSC .................................................................... 55
5.3. Dimensionamento e cálculo de um muro de flexão com o auxílio das
planilhas de cálculo do LABTUN/UFSC .................................................................... 61
5.4. Dimensionamento da armadura em muros de flexão com o auxílio das
planilhas de cálculo do LABTUN/UFSC .................................................................... 66
6. RESULTADOS ENCONTRADOS.............................................................................. 70
6.1. Muro de gravidade ................................................................................... 70
6.2. Muro de flexão ......................................................................................... 72
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 79
8. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 80
ANEXO I ....................................................................................................................... 81
ANEXO II ...................................................................................................................... 82
ANEXO III ..................................................................................................................... 90
ANEXO IV ..................................................................................................................... 91
ANEXO V ...................................................................................................................... 93
18
1. INTRODUÇÃO
Tais planilhas foram utilizadas para calcular duas alternativas construtivas, a fim
de conter um talude de solo em uma obra de um residencial multifamiliar na cidade de
Criciúma, Santa Catarina. A primeira alternativa estudada foi a construção de um muro
de gravidade e a segunda a construção de um muro de flexão armado.
1.1. Objetivos
Tal limitação se deu ao fato de que estas foram as alternativas mais estudadas
pelo como bolsista no LABTUN/UFSC e que possuíam as planilhas eletrônicas disponíveis
para a verificação dos resultados obtidos.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com Menezes (2010), muros de gravidade são estruturas corridas que
utilizam o peso próprio para se opor aos empuxos horizontais, geralmente utilizados
para conter desníveis pequenos ou médios, inferiores a cerca de cinco metros. A
resistência ao tombamento e ao escorregamento pela base é conferida na sua maior
parte pelo peso da estrutura de suporte. O comportamento destes tipos de estruturas
é condicionado pelos deslocamentos. As forças internas nos muros têm apenas uma
importância secundária porque estes são sempre considerados como um corpo rígido.
Figura 2 - Muro de gravidade construído com concreto ciclópico. Fonte: GERSCOVICH ET AL (2016).
Muros de flexão são estruturas mais esbeltas, com seção transversal em forma
de “L” que resistem aos empuxos por flexão, utilizando parte do peso próprio do maciço,
que se apoia sobre a base, para manter-se em equilíbrio (Figura 4). Em geral, esta base
apresenta largura entre 50% e 70% da altura do muro. São comumente construídos em
concreto armado, tornando-se antieconômicos para alturas acima de cinco a sete
metros. Nestes casos, torna-se necessário o emprego de vigas de enrijecimento ou
contraforte, conforme mostra a Figura 5.
Figura 6 - Exemplos de obras em que os empuxos são de natureza ativa: (A) muro de proteção contra a
erosão superficial; (B) muro de gravidade. Fonte: GERSCOVICH ET AL (2016).
Figura 7 - Ponte em arco, um exemplo de obra em que mobilizam empuxos de natureza passiva. Fonte:
GERSCOVICH ET AL (2016).
Figura 8 - Muro cais-ancorado, caso em que se desenvolvem pressões ativas e passivas. Fonte:
GERSCOVICH ET AL (2016).
Na cunha de solo ABC, atuam três forças: Ep, W e R, sendo esta última a
resultante das forças Ep e W. A força W engloba o peso do solo e de eventuais
sobrecargas no terreno e pode ser expressa por:
(1)
28
(2)
Ou
(3)
(4)
(5)
Chega-se a:
(6)
Em que:
29
(7)
Onde:
Ep = Empuxo passivo
H = Altura do muro
γ = Peso específico
Figura 10 - Método de Coulomb para o caso ativo. (A) Esforços atuantes; (B) equilíbrio de forças; (C)
superfície crítica. Fonte: GERSCOVICH ET AL (2016).
Da mesma forma que para o empuxo passivo, aplicando-se a lei dos senos no
polígono da Figura 10, item B, tem-se:
(8)
Com isso:
(9)
(10)
31
(11)
Chega-se a:
(12)
Em que:
(13)
Onde:
Ea = Empuxo ativo
H = Altura do muro
γ = Peso específico
(14)
(15)
33
(16)
Onde,
(17)
(18)
Figura 11 - Distribuição dos empuxos (c=0): (A) ativo e (B) passivo. Fonte: GERSCOVICH ET AL (2016).
34
(19)
(20)
Figura 15 - Condições de estabilidade de muros de arrimo. Fonte: próprio autor, adaptado de LUIZ
(2014).
(21)
(22)
(23)
(24)
(25)
39
(26)
(27)
Como pode acontecer de que o solo na frente do muro seja retirado (erodido),
recomenda-se adotar Ep = 0. Desta forma, a equação para Fr fica:
(28)
Ou
(29)
(30)
40
2.6.2. Tombamento
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)
(36)
(37)
(38)
(39)
(40)
42
(41)
(42)
(43)
43
(44)
Em que:
(45)
(46)
(47)
Onde:
Figura 18 - Cálculo das tensões na base como material não resistente a tração. Fonte: MARCHETTI
(2007).
45
Onde:
(48)
(49)
E, desta forma:
(50)
Figura 19 - Divisão do muro de flexão em seções. Fonte: próprio autor, adaptado de MARCHETTI (2007).
(51)
(52)
47
(53)
(54)
(55)
Onde, VS1 é igual ao valor da força cortante, VSd1 é o valor da força cortante
solicitante de cálculo e MS1 é o valor do momento relativo ao empuxo ativo.
(56)
(57)
(58)
(59)
48
Onde:
e = espessura
c = cobrimento
M = momento fletor
h = altura da seção
(60)
49
Onde:
(61)
(62)
(63)
(64)
(65)
3. DESCRIÇÃO DA OBRA
A obra faz parte do programa Minha Casa Minha vida, da Caixa Econômica
Federal e está localizada em um terreno de 2525,00m² de área, possuindo um total de
1983,69m² de área construída. Foram projetados três blocos de apartamentos no total,
sendo dois blocos de dois pavimentos e um bloco de três pavimentos, além de um salão
de festas localizado aos fundos do terreno. O cartaz de divulgação do empreendimento
pode ser visto na Figura 21.
51
Dentro deste projeto, foi determinado que aos fundos da obra será construído
um muro de contenção devido a declividade do terreno. O muro iniciará na cerca de
arame existente e terminará no gabarito da obra de construção do salão de festas, como
pode ser visto na Figura 22. A estrutura terá uma altura de 5,0 metros acima do terreno.
Figura 22 - Fundos do terreno onde será construído o muro de contenção. Fonte: arquivo próprio.
52
Tabela 4 - Valores típicos de parâmetros geotécnicos para projeto de muros. Fonte: GERSCOVICH ET AL
(2016).
5. DIMENSIONAMENTO
Foi utilizado como referência principal para a confecção das planilhas o livro
“Muros de Arrimo”, de Osvaldemar Marchetti (2007), além de outras literaturas. Para a
realização do cálculo, foi levado em consideração, primeiramente, a altura desejada do
muro. A partir dessa altura, o pré-dimensionamento é realizado, de forma a conhecer
as dimensões esperadas da base, topo e largura da base (para muros de gravidade e
flexão), além da seção mais solicitada (para muros de flexão), como demonstrado no
item 2.5.
Dados de entrada
Altura (H) m
φ aterro graus
C aterro kN/m²
γ aterro kN/m³
φ base graus
C base kN/m²
γ base kN/m³
γ muro kN/m³
β graus
Pré-dimensionamento
Dados de saída
a m
b m
c m
d m
e m
f m
g m
h m
Figura 26 - Planilha de muro de gravidade: relações de geometria do muro. Fonte: FARIA (2016).
Figura 27 - Planilha de muro de gravidade: cálculo dos empuxos atuantes. Fonte: FARIA (2016).
58
Figura 28 - Planilha de muro de gravidade: cálculo das forças verticais (V) e momentos atuantes (Mr1).
Fonte: FARIA (2016).
Escorregamento
Para: 67%tgφbase
FR kN/m
Segurança REFAZER
Para: tgφbase
FR kN/m
Segurança REFAZER
Tombamento
Momento atuante (Ma) kN/m
Segurança REFAZER
Figura 31 - Planilha de muro de gravidade: cálculo das tensões na base. Fonte: FARIA (2016).
Por último, alguns valores são calculados, como a largura equivalente da base do
muro, pela equação (45), a excentricidade, pela equação (46) e a sobrecarga efetiva no
nível da base da fundação, pela equação (47). Os valores de Nc, Nq e Nγ são retirados
da Tabela 1 através do ângulo de atrito do solo de fundação e, então, calcula-se a
capacidade de suporte do solo de fundação, como pode ser visto na Figura 32. Para que
a segurança seja assegurada, o critério da equação (43) deve ser atendido, além do valor
da excentricidade ser maior que um sexto da dimensão da base.
61
Dados de entrada
Altura (H) m
φ aterro graus
C aterro kN/m²
γ aterro kN/m³
φ base graus
c base kN/m²
γ base kN/m³
γ muro kN/m³
β graus
Em seguida, como pode ser visto na Figura 35, parte-se para o pré-
dimensionamento das dimensões apresentadas na Figura 34, em que são
definidos para o muro os valores de topo, base, altura de solo passivo, seção mais
62
Pré-Dimensionamento (m)
Topo entre
Figura 36 - Planilha de muro de flexão: cálculo dos empuxos atuantes. Fonte: FARIA (2016).
Figura 37 - Planilha de muro de flexão: cálculo das forças verticais (V) e momentos atuantes (Mr1).
Fonte: FARIA (2016).
Escorregamento
Para tg67%φbase
Fr máxima kN/m
Segurança > 1,5 REFAZER
Para tgφbase
Fr máxima kN/m
Segurança > 1,5 REFAZER
OK, caso contrário, é exibida a mensagem REFAZER, conforme pode ser visto na Figura
39.
Tombamento
Momento atuante (Ma) kN/m
Segurança REFAZER
Figura 39 - Planilha de muro de flexão: verificação da segurança e relação ao tombamento. Fonte: FARIA
(2016).
Figura 40 - Planilha de muro de flexão: cálculo das tensões na base. Fonte: FARIA (2016).
66
Por último, alguns valores são calculados, como a largura equivalente da base do
muro, pela equação (45), a excentricidade, pela equação (46) e a sobrecarga efetiva no
nível da base da fundação, pela equação (47). Os valores de Nc, Nq e Nγ são retirados
da Tabela 1 através do ângulo de atrito do solo de fundação e, então, calcula-se a
capacidade de suporte do solo de fundação, como pode ser visto na Figura 41. Para que
a segurança seja assegurada, o critério da equação (43) deve ser atendido, além do valor
da excentricidade ser maior que um sexto da dimensão da base.
Figura 41 - Planilha de muro de flexão: verificação da segurança e relação à capacidade de carga do solo
de fundação. Fonte: FARIA (2016).
Dados de entrada
Tipo de aço
fck concreto MPa
largura (bw) cm
cobrimento (c) cm
ρmín
τrd
Figura 42 – Dimensionamento da armadura em muros de flexão: dados de entrada. Fonte: FARIA (2016).
Em seguida, a planilha segue os 5 passos descritos no item 2.7 para cada uma das
sessões do muro. Para executar o passo 1 – calcular o empuxo na seção, são utilizadas
as equações (51) e (52), como pode ser visto na Figura 43.
Empuxos
H1 m
pa1 kN/m²
Ea1 kN/m
Cortante
VS1 kN/m
VSd1 kN/m
Momento fletor
MS1 kNm
Cálculo da armadura
espessura (e) cm
d cm
K6
K3 (tabelado)
AS cm²/m
Asmín cm²/m
AS1 cm²/m
armar a força cortante, os passos anteriores precisam ser executados para definir a área
de armadura necessária.
A última etapa, passo 5, é definir, através do resumo das áreas de aço para cada
seção, quais serão as bitolas das barras de aço e os espaçamentos utilizados para
dimensionar a armadura do muro (Figura 47). Esta etapa não é calculada
automaticamente pela planilha, devendo ser inserido os valores manualmente com o
auxílio da tabela apresentada por Marchetti (2007), disponível no Anexo V.
Resumo da armadura
Sessão AS (cm²/m) Barras (tabelado)
1
2
3
4
5
6. RESULTADOS ENCONTRADOS
Como pose ser observado na Figura 50, foram escolhidos os menores valores
informados nos intervalos do pré-dimensionamento para a construção do muro. Tal
escolha foi possível graças a garantia de que a segurança da estrutura quanto à sua
estabilidade foi atendida. Seguem os valores encontrados para os fatores de segurança
(FS):
Analisando estes valores, pode-se notar que a única exceção foi a segurança em
relação ao escorregamento para o caso mais conservador, ou seja, que considera apenas
67% do valor da tangente do ângulo de atrito do solo de base. Neste caso, o FS ficou em
1,30, sendo que, de acordo com a equação (30), o fator de segurança para solos de
aterro não coesivos é de 1,50.
Nesta etapa de verificação, pode ser observado que o valor de Sigma2 ficou em
-86,57 kN/m², ou seja, menor que zero. Desta forma, foi necessário calcular Sigma1
como material não resistente à tração para, em seguida, calcular a capacidade de
suporte do solo de fundação.
Figura 48 - Muro de gravidade: valores encontrados para a situação real de projeto. Fonte: próprio
autor, adaptado de MARCHETTI (2007).
Como pose ser observado na Figura 51, foram escolhidos os menores valores
informados nos intervalos do pré-dimensionamento para a construção do muro, com
exceção da base, que precisou ser acrescida em 5 centímetros do intervalo inferior
fornecido.
Nesta etapa de verificação, pode ser observado que o valor de Sigma2 ficou em
-60,17 kN/m², ou seja, menor que zero. Desta forma, foi necessário calcular Sigma1
como material não resistente à tração para, em seguida, calcular a capacidade de
suporte do solo de fundação.
Figura 49 - Muro de flexão: valores encontrados para a situação real de projeto. Fonte: próprio autor,
adaptado de MARCHETTI (2007).
Com isto, a planilha fez todos os cálculos automaticamente, com exceção dos
valores de K3 e dos diâmetros das barras, que foram inseridos manualmente, como
explicado no item 5.4. Segue o resumo das áreas de aço (AS) em casa seção e as
respectivas barras necessárias:
Figura 50 - Planilha eletrônica para cálculo e dimensionamento de muro de gravidade numa situação real de projeto. Fonte: LABTUN/UFSC (2016).
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Dados de entrada Cálculo das forças verticais (V) e momentos atuantes (Mr1) Tensões na Base
Altura (H) 6,00 m Área Peso (kN/m) Braço (m) Momento (kN/m) Carga vertical V 208,42 kN/m
φ aterro 32 graus 1 24,29 0,98 23,80 0,5B 0,01 m
C aterro 0 kN/m² 2 17,00 0,79 13,37 Mo 145,36 kNm/m
γ aterro 19 kN/m³ 3 10,78 1,23 13,21 S 2,45 m²
φ base 20 graus 4 4,22 1,54 6,48 ω 1,00 m³
c base 50 kN/m² 5 1,85 0,40 0,74 Sigma1 230,37 kN/m²
γ base 19 kN/m³ 6 2,96 0,84 2,48 Sigma2 -60,23 kN/m²
γ muro 22 kN/m³ 7 (solo) 147,33 1,77 260,04 Resultado: NÃO. Verificar Sigma1 como material não
β 0 graus Total 208,42 Mr1 320,12 (Sigma2 <0?) resistente a tração
Figura 51 - Planilha eletrônica para cálculo e dimensionamento de muro de flexão numa situação real de projeto. Fonte: LABTUN/UFSC (2016).
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Momento fletor Momento fletor Momento fletor Momento fletor Momento fletor
MS1 1,31 kNm MS2 10,47 kNm MS3 35,35 kNm MS4 83,79 kNm MS5 163,65 kNm
Cálculo da armadura Cálculo da armadura Cálculo da armadura Cálculo da armadura Cálculo da armadura
espessura (e) 25,6 cm espessura (e) 31,2 cm espessura (e) 36,8 cm espessura (e) 42,4 cm espessura (e) 48 cm
d 21,6 cm d 27,2 cm d 32,8 cm d 38,4 cm d 44 cm
K6 3564 K6 706 K6 304 K6 176 K6 118
K3 (tabelado) 0,323 K3 (tabelado) 0,325 K3 (tabelado) 0,327 K3 (tabelado) 0,331 K3 (tabelado) 0,337
AS 0,20 cm²/m AS 1,25 cm²/m AS 3,52 cm²/m AS 7,22 cm²/m AS 12,53 cm²/m
Asmín 3,84 cm²/m Asmín 4,68 cm²/m Asmín 5,52 cm²/m Asmín 6,36 cm²/m Asmín 7,2 cm²/m
AS1 3,84 cm²/m AS2 4,68 cm²/m AS3 5,52 cm²/m AS4 7,22 cm²/m AS5 12,53 cm²/m
Verificação da armadura da força cortante Verificação da armadura da força cortante Verificação da armadura da força cortante Verificação da armadura da força cortante Verificação da armadura da força cortante
K (>1) 1,384 VERDADEIRO K (>1) 1,33 VERDADEIRO K (>1) 1,27 VERDADEIRO K (>1) 1,22 VERDADEIRO K (>1) 1,16 VERDADEIRO
ρ1 0,0018 ρ1 0,0017 ρ1 0,0017 ρ1 0,0019 ρ1 0,0028
VRd1 121,83 kN/m VRd2 146,95 kN/m VRd3 169,53 kN/m VRd4 190,92 kN/m VRd5 215,02 kN/m
Não precisa armar a força Não precisa armar a força Não precisa armar a força Não precisa armar a força Não precisa armar a força
VRd1>VSd1? VRd2>VSd2? VRd3>VSd3? VRd4>VSd4? VRd5>VSd5?
cortante cortante cortante cortante cortante
Figura 52 - Planilha eletrônica para cálculo da armadura do muro de flexão numa situação real de projeto. Fonte: LABTUN/UFSC (2016).
79
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a estimativa dos parâmetros do solo a partir das correlações propostas pela
literatura técnica e os relatórios de sondagem, foi realizado, através de planilhas de
cálculo desenvolvidas pelo LABTUN/UFSC, todo o dimensionamento geotécnico e
posterior verificação da estabilidade, além do cálculo estrutural da armadura para o
muro de flexão.
8. REFERÊNCIAS
BUDHU, Muni. Fundações e estruturas de contenção. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
FARIA, Patrícia de Oliveira; SOUZA, Ayrton Garcia de; OLIVEIRA, Mônica Carvalho
Generini de. Planilhas eletrônicas de muros de arrimo. LABTUN/UFSC, 2016.
GERSCOVICH, Denise; DANZIGER, Bernadete Ragoni; SARAMAGO, Robson. Contenções:
teoria e aplicações em obras. São Paulo: Oficina de Textos, 2016.
GOOGLE MAPAS. Disponível em: https://www.google.com.br/maps Acesso em: 20 maio
2017.
GUERRIN, A; LAVAUR, Roger-Claude. Tratado de Concreto Armado Volume 6: Muros de
Arrimo e Muros de Cais. São Paulo: Editora Hemus, 2003.
JOPPERT JÚNIOR, Ivan. Fundações e Contenções em Edifícios: Qualidade Total na
Gestão do Projeto e Execução. São Paulo: PINI, 2007.
LUIZ, Bruna Julianelli. Projeto geotécnico de uma estrutura de contenção em concreto.
Trabalho de Conclusão de Curso. Rio de Janeiro: Escola Politécnica da UFRJ, 2014.
MARANGON, Marcio. Empuxos de Terra. Juiz de Fora, 2009. Disponível em:
http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/ms2_unid06.pdf Acesso em: 11 maio 2017.
MARCHETTI, Osvaldemar. Muros de Arrimo. São Paulo: Blucher, 2007.
MENEZES, José Eduardo Tavares Quintanilha de. Dimensionamento Dinâmico de muros
de suporte. Juiz de Fora, 2010. Disponível em: https://blogdopetcivil.com/tag/muro-de-
gravidade/ Acesso em: 01 maio 2017.
MOLITERNO, Antônio. Caderno de Muros de Arrimo. São Paulo: Edgard Blücher, 1980.
SÔNEGO CONSTRUÇÕES. Residencial Cammino del Bosco. Disponível em:
http://sonegoconstrucoes.com.br/propriedade/cammino-del-bosco/ Acesso em: 07
junho 2017
81
ANEXO III – Parâmetros médios do solo apresentados por Joppert Jr. (2007)
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