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Projeto de Projeto de
produtos e serviços processos
Projeto da rede
Geração do conceito
Triagem
Projeto preliminar
Avaliação e melhoria
Prototipagem e projeto
final
Há algumas razões práticas pelas quais as O conceito do tipo de processo é, muitas ve
decisões de arranjo físico são importantes na zes, confundido com o arranjo físico . Descreve
maioria dos tipos de produção: mos a decisão de qual o tipo de processo adotar
no Capítulo 4. Os tipos de processo ilustrados na
Figura 7.2 são abordagens gerais para a organi
• Mudança de arranjo físico é freqüente zação das atividades e processos de produção.
mente uma atividade difícil e de longa
Arranjo físico é um conceito mais restrito, mas é a
duração por causa das dimensões físicas manifestação fís ica de um tipo de processo. É a
dos recursos de transformação movidos. característica de volume-variedade que dita o
tipo de processo. Há, entretanto, freqüentemen
• O rearranjo físico de uma operação exis
tente pode interromper seu funcionamen te, alguma superposição entre tipos de processo
to suave, levando à insatisfação do cliente que podem ser utilizados para determinada posi
ou a perdas na produçã.o. ção do binômio volume-variedade. Em casos em
que mais do que um tipo de processo é possível,
• Se o arranjo físico está errado, pode levar a importância relativa dos objetivos de desempe
a padrões de fluxo longos ou confusos, es nho da operação pode influenciar na decisão. Em
toque de materiais, filas de clientes for geraJ, quanto mais importante for o objetivo cus
mando-se ao longo da operação, inconve to para a operação, mais provável será que ela
niências para os clientes, tempos de adote um tipo de processo próxi mo ao extremo
processamento longos, operações inflexí alto volume - baixa variedade do espectro de ti
veis, fluxos imprevisíveis e altos custos. pos de processo.
De fato, há uma dupla pressão para adeci Selecione o arranjo físico básico
são sobre o arranjo físico . A mudança de arranjo
físico pode ser de execução difícil e cara e, por
tanto, os gerentes de produção podem relutar em Depois que o tipo de processo foi seleciona
fazê-la com freqüência. Ao mesmo tempo, eles do, o tipo básico de arranjo físico deve ser defini
não podem errar em sua decisão. A conseqüência do. O tipo básico de arranjo físico é a forma geral
de qualquer mau julgamento na definição do ar do arranjo de recursos produtivos da operação.
ranjo físico terá efeitos de longo prazo considerá A maioria dos arranjos físicos, na prática.
veis na operação. deriva de apenas quatro tipos básicos de arranjo
físico:
Projetar o arranjo físico de uma operação
produtiva, assim como qualquer atividade de • arranjo físico posicional;
projeto, deve iniciar-se com os objetivos estraté
gicos da produção. Entretanto, isso é apenas o • arranjo físico por processo;
ponto de partida do que é um processo de múlti
• arranjo físico celular;
plos estágios que leva ao arranjo físico final de
uma operação (veja Figura 7.2). • arranjo fís ico por produto.
202 PROJETO
Posição física de
Projeto detal~a do todos os recursos
de arranjo físico de transformação
A relação entre tipos de processo e tipos bá podem ajudar nesse estágio, algumas das quais
sicos de arranjo físico não é totalmente determi são descritas posteriormente neste capítulo.
nística. Um tipo de processo não necessariamente
implica tipo básico de arranjo físico em particu
lar. Como a Tabela 7.1 indica, cada tipo de pro TIPOS BÁSICOS DE ARRANJO FÍSICO
cesso pode adotar diferentes tipos básicos de ar
ranjo físico. Arranjo físico posicional
Tabela 7.1 Relação entre tipos de processo e tipos básicos de arranjo físico.
I
em manufatura arranjo fisico de serviço
I Processo
por projeto
Processo tipo jobbing
Arranjo flsico posicionai
1 Serviços
profissionais
i
Arranjo físico por processo +
Processo
Loja de serviços
I Processo
em massa
tipo batch
Processo 1
!
I
Arranjo flsico celular
movidos, ou ainda podem objetar-se a ser movi • todos os subcontratados possam ter aces
dos, por exemplo: so à área do canteiro onde estejam traba
lhando sem interferir na movimentação
• Construção de uma rodovia - produto é dos recursos dos outros subcontratados;
muito grande para ser movido.
• a movimentação total dos subcontratados,
• Cirurgia de coração - pacientes estão em de seus veículos e de materiais seja mini
um estado muito delicado para serem mo
mizada tanto quanto possível.
vidos.
• Restaurante de alta classe - clientes obje Na prática, a eficácia de um arranjo físico
tariam em mover-se para onde a comida é posicional como este está ligada à programação
preparada. de acesso ao canteiro e à confíabilidade das en
tregas. Na maioria dos canteiros, não há espaço
• Estaleiro - produto muito grande para para alocar áreas pennan entes a todos os sub
mover-se . contratados que porventura venham a necessitar
• Manutenção de computador de grande por de acesso à obra. Apenas os maiores, mais impor
te - produto muito grande e provavel tantes ou aqueles subcontratados de prazo mais
mente também muito delicado para ser longo provavelmente ganharão espaço perma
movido e o cliente poderia negar-se a tra nente (ao longo da duração da obra). Outros
zê-lo para manutenção. subcontratados terão áreas alocadas temporaria
mente. Isso deixa o arranjo físico sujeito a altera
Um canteiro de obra é tipicamente um ções no planejamento e controle do projeto (al
exemplo de arranjo físico posicional, já que exis gumas das questões são discutidas em detalhes
te uma quantidade de espaço limitada que deve no Capítulo 16) .
ser alocada aos vários recursos transformadores.
O principal problema em projetar o arranjo fís ico Arranjo físico por processo
será então alocar áreas do canteiro aos vários
subcontratados de forma que: O arranjo físico por processo é assim chama
do porque as necessidades e conveniências dos
• eles tenham suficiente espaço para execu
recursos transformadores que constituem o pro
tar suas atividades;
ce sso n a operação dominam a decisão sobre o ar
• eles possam receber e armazenar seus su ranjo físico. No arranjo por processo, processos
primentos; similares (ou processos com necessidades simila
204 PROJETO
res) são localizados juntos um do outro. A razão seus negócios é a gestão de projeto , manufatura e cons
pode ser que seja conveniente para a operação trução de estações geradoras de eletricidade. turbinadas
mantê-1os juntos, ou que dessa forma a utilização a gás com ciclo combinado. Um projeto típico como o
dos recursos transformadores seja beneficiada. ilustrado na Figura 7.3 é uma operação gigantesca, le
Isso significa que, quando produtos, informações vando pelo menos três anos para ser executado. A maior
ou clientes fluíre m pela operação, eles percorre parte do equ ipamento , muito grande e pesado, é feita
rão um roteiro de processo a processo, de acordo sob encomenda e fabricada para atender a uma alta es
com suas necessidades. Diferentes produtos ou pecificação e confo rm idade.
clientes terão diferentes necessidades e, portan Quase todos os aspectos da construção de uma es
to, percorrerão diferentes roteiros na operação. tação de energia envolvem arranjos físicos posicionais.
Por essa razão, o padrão de fluxo na operação Componentes e materiais brutos, como concreto e aço,
são trazidos para o ponto de uso e são progressivamente
poderá ser bastante complexo.
incorporados ao trabalho. Gruas, maquinário de constru
Exemplos de arranjo físico por processo in ção e todos os equipamentos especialistas necessários
cluem: às tarefas são trazidos para o local, juntamente com fun
cionários habilitados e pessoal contratado que desenvol
• Hospital - alguns processos (e.g.: apare vem tarefas no projeto.
lhos de raios-X e laboratórios) são neces Uma vez que todo esse trabalho esteja terminado,
sários a um grande número de diferentes os itens mecânicos e elétricos são entregues ao local, de
tipos de pacientes; alguns processos (e.g.: acordo com uma programação preparada cuidadosa
alas gerais) podem atingir altos níveis de mente. Alg uns deles chegam como unidades completas,
utilização de recursos (leitos e equipe de outros como módulos ou conjuntos de partes a serem
atendimento) . construídas no local, segundo arranjo ffsico posicionaI.
• Usinagem de peças utilizadas em m otores Por exem plo, uma parte da turbina de vapor é feita e
de aviões - alguns processos (e.g.: trata montada na fáb rica, também usando arranjo físico posi
mento ténnico) necessitam de instalações cionai, e então transportada como uma peça única para o
local da estação . Uma abordagem parecida é usada para
especiais (para exau tão de fu maça, por
a montagem de um estator do gerador, que é construído
exemplo); alguns processos (e.g.: machi na fábrica.
ning centres) requerem supOlt e comum de
Há algum tempo, era normal que toda a turbina ge
preparadore / operadores de máquina; al
radora fosse montada em um arranjo físico posicional na
guns processos (e.g. : esmerilhadeiras) fábrica, e então desmontada e levada para o local da es
atingem altos níveis de utilizaçãoJ pois to tação para remontagem . Isso ocorria porque muitas pe
das as peças que requerem operações de ças tinham que ser ajustadas para se encaixar perfeita
esmerilharnento passam por uma única mente e a pré-montagem era utilizada para garantir que
seção. tudo se encaixasse corretamente antes da entrega final.
• Supermercado - alguns processos, como a Agora, entretanto, melhorias no projeto e em tecnologias
área que dispõe de vegetais enlatados, de manufatura propiciaram à empresa fabricar esses
oferecem maior fa cilidade na reposição grandes componentes de forma muito mais precisa, per
dos produtos se mantidos agrup ados. mitindo que maior número de montagens possa ocorrer
Alguns setores, como o da comida conge no local exato necessário na estação. Isso também aju
lada, necessitam de tecnologia similar de dou a empresa a responder a pressões de mercado que
exigem lead times menores e preços mais baixos .
armazenagem, em gabinetes refrigerados.
Outros, como as áreas que dispõem de ve
Questões
getais frescos, podem ser mantidos juntos,
pois dessa fonna pod em tornar-se mais 1. Embora os produtos desc ritos neste quadro sejam
atraentes aos olhos do cliente. montados no lugar usando arranjo ffsico posicional ,
eles não são exatamente de um só tipo ou modelo. A
empresa precisa ter instalado muitos desses tipos de
Arranjo fisíco posicional na Alstom geradores de ciclo máquinas. Vocêacha que a natureza do arranjo físico
combinado 1 para a instalação de um gerador é sempre a mesma?
A Alston é um dos maiores fabricantes de máquinas Caso contrário, quais os fatores que podem influen
de tração e geradores de ene rgia. Uma área crescente em ciar o arranjo físico em cada local?
2. Cada vez mais, peças desses produtos são montadas
na fábric e transportadas para a estação. Qual vanta
1 Discussões com os funcionários da Alstom . gem isso traz para a empresa?
ARRANJO FÍSICO F. FLUXO 205
00"01 7.3 Produtos como este são produzidos em arranjo físico posicionaL
A Figura 7.4 mostra um arranjo físico por são pré-selecionados (ou pré-selecionam-se a si
processo numa biblioteca de uma escola de admi próprios) para movimentar-se para uma parte es
nistração de empresas. Os vários "processos" - li pecífica da operação (ou célula) na qual todos os
vros de referência, mesa de informações, periódi recursos transformadores necessários a atender a
cos, e assim por dian te - são localizados em suas necessidades imediatas de processamento se
partes diferentes da operação. O cliente fica livre encontram. A célula em si pode ser arranjada se
para mover-se entre processos conforme sua con gundo um arranjo físico por processo ou por pro
veniência. A figura mostra também o roteiro per duto (veja a próxima seção).
corrido por um cliente numa visita à biblioteca. Se
os roteiros percorridos por todos os clientes que Depois de serem processados na célula, os
visitam a biblioteca estivessem superpostos à recursos transformados podem prosseguir para
planta baixa, o padrão do tráfego de clientes ao outra célula. De fato, o arranjo físico celular é
longo da operação seria revelado. A densidade uma tentativa de trazer alguma ordem para a
do fluxo de tráfego é uma informação importante complexidade de fluxo que caracteriza o arranjo
no projeto detalhado de arranjo físico, como será físico por processo.
visto adiante neste capítulo. O principal ponto a
ser entendido agora é que alterando-se a locali Exemplos de arranjo físico celular incluem:
zação dos vários processos na biblioteca alte
rar-se-á o padrão de fluxo de tráfego para a bi • Algumas empresas manufa tureiras de com
blioteca toda. ponentes de computador - a manufatura e
a montagem de alguns tipos de peças
para computadores podem necessitar de
Arranjo físico celular alguma área dedicada à produção de pe
ças para clientes em particular que te
O arranjo físico celular é aquele em que os nham requisitos especi ais como, por
recursos transformados, entrando na operação, exemplo, níveis mais altos de qualidade.
206 PROJETO
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Entrada Saída
W71';Z' 7.4 Exemplo de arranjo fisico por proces o em uma biblioteca mostrando o caminho de apenas
um cliente.
• Área para produtos específicos em super de produtos em vários pontos da loja. Dessa for
mercados - alguns clientes usam o super ma, o arranjo físico predominante da loja é o
mercado apenas para comprar lanches, arranjo físico por processo. Cada área pode ser
salgadinhos, refrigerantes, iogurte etc . considerada um processo separado dedicado a
para consumo, por exemplo, em seu horá vender um tipo particular de produto - sapatos,
rio de almoço. Estes, em geral, são locali roupas, livros, e assim por diante. A exceção é o
zados juntos, de forma que o cliente que setor de esportes. Essa é uma loja-dentro-da-Ioja,
está apenas comprando seu almoço não . dedicada a vender vários tipos de produto com
necessite procurá-los pelo supermercado um tema comum: o esporte. Por exemplo, ela
todo. disporá de roupas esportivas, calçados esporti
• Maternidade em um hospital - clientes que vos, sacolas esportivas, revistas e vídeos sobre es
necessitam de atendimento em materni portes, equipamentos e artigos esportivos para
dade formam um grupo bem definido que presentes e talvez bebidas energéticas. Dentro da
pode ser tratado em conjunto; eles têm "célula", há vários "processos", que também se
probabilidade pequena de necessitar de encontra m em outr s pontos da loja. Eles foram
cuidados de outras partes do hospital ao localizados dentro da "célula", não porque sejam
mesmo tempo em que requerem cuidados produtos similares (calçados, roupas e livros nor
e pecíficos de maternidade. malmente não seriam localizados juntos), mas
porque são necessários para satisfazer às necessi
Embora a idéia de arranjo físico celular seja dades de um tipo particular de consumidor. A ge
em geral associada à operação de manufatura, os rência da loja calcula que número suficiente de
mesmos princípios podem ser, e são usados em consumidores vêm à loja para comprar especial
serviços. Na Figura 7.5 o piso térreo de uma loja mente "artigos esportivos" (mais do que sapatos,
de departamentos contém displays de vários tipos roupas, e assim por diante) para que seja compen
i\R RANJO FísICO E FLlJXO 207
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O Corredores
diA"" 7.5 Piso térreo de loja de departamentos mostrando a "loja-dentro-da-Ioja" ou célula de artigos
desportivos.
sador devotar uma área específica para eles. A clientes é muito claro e previsível no arranjo físi c
gerência também considera que, se alguém vem co por produto, o que faz dele um arranjo
à loja com a intenção de comprar um calçado es relativamente fácil de controlar. De fato, em al
portivo, pode ser persuadido a comprar outros gumas operações de processamento de clientes,
artigos esportivos se eles estiverem disponíveis um arranjo físico por produto é adotado ao me
na mesma área.
nos em parte para ajudar a controlar o fluxo de
clientes ao longo da operação. Predominante
Arranjo físico por produto mente, entretanto, é a uniformidade dos requisi
tos que leva a operação a escolher um arranjo fí
o arranjo físico por produto envolve locali sico por produto.
zar os recursos produtivos transformadores intei
ramente segundo a melhor conveniência do recur
Arranjo físico do supermercado Delhaize De leeuw em
so que está sendo transformado. Cada produto,
Ouderghem, Bélgica 2
elemento de informação ou cliente segue um ro
teiro predefinido no qual a seqüência de ativida Ogrupo Delhaize opera em 400 pontos-de-venda de
varejo na Bélgica, dos quaiS 100 são supermercados De
des requerida coincide com a seqüência na qual
Ihaize De Leeuw locais. Os supermercados Delhaize com
os processos foram arranjados fisicamen te. Esse é petem tanto com base na localização, quanto com base
o motivo pelo qual, às vezes, esse tipo de arranjo
físico é chamado de arranjo físico em "fluxo" ou
em "linha". O fluxo de produtos, informações ou 2 Entrevistas com funcionários da empresa.
208 PROJETO
Mistura
Cozimento
pressão
W4"F' 7.6 Seqüência de processos na manufatura de papeL Cada processo será arranjado fisicamente
com a mesma seqüência.
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W,"FI 7.7 Um centro de alistamento militar usando arranjo físico por produto.
folha pré-formada e pressionam as fibras. O pro e deixar os materiais fluírem ao longo dos está
cesso de secagem continua a reduzir o nível de gios de maneira previsível. De fato, esse exemplo
umidade da folha até que, fin almente, a folha é particular de arranjo físico por produto é, até cer
enrolada em grandes bobinas. 3 to ponto, um exemplo extremo, pois, pelo menos
Faz sentido, então, localizar esses processos na primeira parte do processamento, o papel está
na ordem em que são requeridos pelos produtos em forma semilíquida. Seria fisicamente difícil li
dar com o produto de qualquer outra forma que
não fosse fazendo-o fluir entre os processos.
3 Pape,. and lhe Environmenl". Arjo Wiggins Fine Pa
Entretanto, outros produtos que têm seqüências
pers, usado com permissão, 1991. comuns de processos, como televisores,geladei
210 PROJETO
ras, aparelhos de ar-condicionado e outro , são caso de clientes que desejem os três, eles terão
também produzidos com uso de arranjo físico de ser processados por meio das três células (buf
por produto. fets), antes que o serviço se complete. Finalmen
Operações de serviço podem também adotar te, num restaurante do tipo bandejão (como os
arranjo físico por produto se as necessidades de restaurantes por quilo), todos os clientes passam
"processamento" dos clientes ou informações ti pelo mesmo roteiro quando estão servindo-se.
verem Uma seqüência comum. Por exemplo, re Eles podem não se servir de todos os pratos dis
crutas que se alistam para o Exército provavel poníveis, mas mover-se-ão na mesma seqüência
mente serão "processados" num pro grama de de processos.
alistamento organizado segundo um arranjo físi
co por produto. A Figura 7.7 mostra o arr anjo fí Yamaha afina suas linhas de montagem
sico de uma unidade de alistamento do Exército. A linha de montagem do piano de cauda da Yamaha
A Yamaha Corporation do Japão, fundada em 1887,
Arranjos físicos mistos cresceu tornando-se o maior fabricante de instrumentos
musicais do mundo, além de prodUZir uma variedade
imensa de outros produtos, que vão de semicondutores
Muitas operações ou projetam arranjos físi
e robôs até materiais esportivos e móveis. Recentemen
cos mistos, que combinam elementos dalguns te , ela desenvolveu a reputação de diversificar seus pro
ou todos os tipos básicos de arranjo físico, ou dutos, abranger novos mercados e, especialmente, ino
usam tipos básicos de arranjo fís ico de fo rma var em métodos de manufatura. Por exemplo, ela foi um
"p ura " em diferentes partes da operação. Por dos primeiros fabricantes de piano a produzir pianos de
exemplo, um hospital normalmente seria arranja cauda utilizando técnicas de linhas de montagem. Tradicio
do conforme os princípios do arranjo fi ico por nalmente, pianos de cauda (em contraposição aos pia
processo - com cada departamento representan nos de gabinete, menos caros e mais vendáveis) eram fa
do um tipo particular de processo (departamento bricados utiHzando-se métodos de fabricação individ uais
de radiologia, salas de cirurgia, laboratório de baseados em habilidades artesanais . A grande vantagem
processamento de sangue, entre outros) . Ainda disso era que os artesãos podiam acomodar as variações
individuais dos materiais (geralmente inconsistentes) de
assim, dentro de cada departamento, diferentes
que são fabricados os pianos. Cada piano individual era
tipos de arranjos físicos são utilizados. O depar
construído em cima das idiossincrasias do material, pro
tamento de radiologia provavelmente é arranja duzindo um produto único, em seu tom e afinação . Para
do por processo, as salas de cirurgia, segundo um a Yamaha isso não acontece , porque embora produzindo
arranjo físico posicional, e o laboratório de pro um dos pianos de maior qualidade do mundo, ela conse
cessamento de sangue, confonne um arranjo físi guiu enfatizar consistência e confiabilidade, assim como
co por produto. riqueza sonora.
Outro exemplo é ilustrado na Figura 7.8.
Aqui, um complexo de restaurantes é mostrado Questão
com três Lipos diferentes de restaurante e a cozi Um piano branco desloca-se na linha de montagem
nha que serve aos três. A cozinh a é organizada junto a outros pianos pretos . Você acha que isso causa
conforme um arranjo físico por processo, com os algum problema na gestão da linha de montagem?
processos (annazenamento de ingredientes, pre
paração da comida, processos de cozimento etc.)
Fluxo de chocolate e visitantes na Cadbury4
agrupado '. Dife rentes pratos percorrerão diferen
tes roteiros entre processos dependendo de seus Fluxo de chocolate
requisitos de processamento, O restaurante tradi
cional é organizado segundo um arranjo fís ico Na famosa fábrica de chocolate Cadbury, em Bourn
ville, nos arredores de Birmingham, Reino Unido, pro
posicional. Os clientes ficam em suas mesas en
dutos de chocolate são fabricados num alto grau de
quanto comida é trazida (e às vezes até prepa
rada) à mesa. O restaurante do tipo buffet é ar
ranjado de forma celular, com cada área de
4 Entrevistas com funcionários da empresa e JOHNS
buffet tendo todos os processos (pratos) necessá TON, R.; CHAl'vIBERS , S.; HARLAND, c.; HARRlSO N, A.;
rios para servir os clientes em suas necessidades SLAC K, N. Cases in operatiol1s mal1agemcnt. 2. ed. Pirman
de entradas, prato principal ou sobremesa. No Publi hing, 1997.
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Fomos
m4!if' 7.8 Complexo de restaurantes com os quatro tipos básicos de arranjo físico.
consistência e eficiência_Os processos produtivos são exemplo, a produção das barras Dairy Milk da Cadbury_
baseados em arranjo físico por produto _Isso proporcio Primeiro, o chocolate líquido básico é preparado a partir
nou aos engenheiros da Cadbury desenvolver e procu rar de grãos de cacau, leite fresco e açúca r, utilizando-se de
maquinário que atendesse às exigências técnicas e de equipamentos espeCializados conectados uns aos outros
capacidade de cada estágio do processo _Considere, por por meio de tubos e transportadores. Estes processos
212 PROJETO
7.9). Aumentando-se o volume, aumenta a im considerar as características de baixo custo do ar
portância de se gerenciar bem os fluxos e, redu ra njo físico por produto interessante, e um
zindo-se a variedade, aumenta a viabilidade de parque de diversões pode adotar o mesmo tipo
um arranjo físico baseado num fluxo evidente e de arranjo predominantemente pela maneira
regular. com que ele controla o fluxo de clientes. Pode
também haver outros meios de atingir objetivos
Selecionando um tipo de arranjo físico relacionados a fluxo. O terminal de passageiros
"Eurohub" no aeroporto de Birmingham, Ingla
terra, altera a direção do fluxo usando tecnologia
A decisão de qual tipo de arranjo físico ado
tar raramente, se tanto, envolve uma escolha en para mudar o roteiro percorrido pelos clientes.
tre os quatro tipos básicos. As características de De todas as características dos vários tipos
volume e variedade de uma operação vão reduzir básicos de arranjo físico, talvez a mais significati
a escolha, grosso modo, a uma ou duas opções. va seja a implicação, para os custos unitários, da
Ainda assim, como ilustra a Figura 7.9, as faixas escolha do tipo de arranjo físico . Isso pode ser
de volumes e variedades contidas em cada tipo melhor entendido com base na distinção entre as
de arranjo físico sobrepõem-se. A decisão sobre repercussões sobre os elementos de custo fixo e
qual arranjo específico escolher é influenciada variável ao se adotarem os diversos tipos básicos
por um entendimento correto das vantagens e de arranjo físico . Para qualquer produto ou servi
desvantagens de cada um .
ço, o custo fixo de se estabelecer um arranjo físi
A Tabela 7.2 mostra algumas das mais signi co posicional é relativamente baixo quando com
ficativas vantagens e desvantagens associadas a parado com qualquer outra forma de se produzir
cada tipo básico de arranjo físico. Deve ser enfa os mesmos produtos ou serviços. Entretanto, os
tizado, entretanto, que o tipo de operação vai in custos variáveis de se produzir cada produto ou
fluenciar sua importância relativa. Por exemplo, serviço particular são relativamente altos quando
uma operação de manufatura de televisores pode comparados a qualquer outro tipo de arranjo físi
Baixo Alto
·---Fluxon - - ._ - -- •
~ntermitente
Arranjo físico
2
~ posicional
Arranjo físico ã3
por processo .~
+-'
u
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Arranjo físico ~
por produto o
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~\ Fluxo torna
se contínw
Fluxo regular mais importante
"
Di4"" 7.9 Posição do processo no cont(nuo volume - variedade influencia seu arranjo físico e. conse
qüentemente, o fluxo dos recursos transformados.
214 PROJ ET O
Vantagens Desvantagens
Posicional Flexibilidade muito alta de mix e produto Custos unitários muito altos
Produto ou cliente não movido ou perturbado Programação de espaço ou atividades pode ser
Alta variedade de tarefas para a mão-de-obra complexa
Pode significar muita movimentação de equipa
mentos e mão-de-obra
Cel ular Pode dar um bom equllíbr-io entre custo e flexibili Pode ser caro reconfigurar o arranjo físico atual
dade para operações co m variedade relativamente Pode requerer capacidade adicional
alta Pode reduzir níveis de utilização de recursos
Atravessamento rápido
TraballlO em grupo pode resultar em melhor moti
vação
- - -- -
Produto Baixos custos unitários para altos volumes Pode ter baixa flexibilidade de mix
Dá oportunidade para especialização de equipa Não muito robusto contra interrupções
mento Trabalho pode ser repetitivo
Movimentação conveniente de clientes e materiais
(a) (b)
Custos Posicionai Custos
I I
I I
I I
I I
I I
I I
I I I I
Volume Volume
Use produto
Use celular ou produto
Use processo, celular ou produto
Use processo ou celular
Use processo
Use posicional ou processo
Use posicional
Wa"" 7.10 (a) Os tipos básicos de arranjo físico têm características diferentes de custos fixos e variáveis
que parecem determinar qual usar. (b) Na prática, a incerteza sobre os custos fixos e variá
veis exatos de cada tipo de arranjo físico significa que raramente a decisão pode basear-se
exclusivamente na consideração de custo.
Rt"-XlO FfslCO ~: FLUXO 215
Questões
1. Quais são as vantagens e desvantagens desses dois
tipos de organização do trabalho?
2. Como pOderiam as diferenças de produtos/mercados
entre tipos diferentes de produtos afetar a escolha
Linha de produção de roupas íntimas e de dormir entre esses dois sistemas?
216 PROJ ETO
dos recursos transformadores em si. O objetivo Até certo ponto, é por essa comple:xidade
do projeto detalhado de arranjo físico posicional é combinatória que, na prática, dificilmente solu
conceber um arranjo que possibilite aos recursos ções ótimas podem ser encontradas. A maioria
transformadores maximizarem sua contribuição dos arranjos físicos por processo é projetada por
potencial ao processo de transformação, permi uma combinação de intuição, bom-senso e pro
tindo-lhe prestar um bom "serviço" aos recursos cessos de tentativa e erro aplicados sistematica
transformados. O projeto detalhado de alguns ar mente.
ranjos físicos posicionais como, por exemplo, os
canteiros de obra, pode tornar-se bastante com
Informação para arranjo físico p or pm cesso
plicado, especialmente se o programa de ativida
des for freqüentemente alterado. Imagine o caos Antes de começar o processo de projeto de
num canteiro de obra se caminhões pesados con talhado em arranjos físicos por processo, há algu
tínua e ruidosamente passassem pelo escritório mas informações essenciais de que o projetista
de gerenciamento da obra, caminhões de entrega necessita :
de uma empresa subcontratada tivessem que cru
zar a área de outra subcontratada para chegar a • a área requerida por centro de trabalho;
seu local de armazenagem, ou se a mão-de-obra • as restrições sobre a forma da área a ser
que despendesse a maior parte de seu tempo na alocada para cada centro de trabalho;
obra fosse alocada para uma posição distante • o nível e a direção do fluxo entre cada par
dela. Embora haja técnicas que ajudem a posicio de centros de trabalho (por exemplo, nú
nar recursos em arranjos físicos posicionais, elas mero d e jornadas, número de carrega
não são amplamente utilizadas. Uma técnica cha mentos, ou custo do fluxo por unidade de
mada "análise de recursos locacionais" avalia os distância percorrida) ;
efeitos de se localizar os vários recursos de trans • o quão desejável é manter centros de tra
formação em todas as localizações disponíveis na balho p róximos entre si OU próximos de
planta e da forma como esses recursos interagem algum ponto fixo do arranjo físico.
entre si.
Os dois últimos itens são de particular im
portância, porque ambos influenciam diretamen
Projeto detalhado de arranjo físico por te as conseqüências de se localizarem centros de
processo trabalho próximos uns dos outros.
O projeto detalhado de arranjo físico por O nível e a direção do fluxo são em geral re
processo é marcado pela complexidade, que tam presentados em diagramas de fluxo (também cha
bém caracteriza o fluxo desse tipo de arranjo físi mados de cartas "de-para"), como mostrado na
co. O principal fator que leva a essa complexida Figura 7.11(a) , que registra, neste caso, o núme
de é o número muito grande de diferentes ro de carregamentos transportados entre depar
alternativas. Por exemplo, no caso mais simples tamentos. Há muitas maneiras que poderiam ser
de apenas dois centros de trabalho, há apenas u tilizadas para coletar essa informação. Por
duas formas de arranjá-los, um em relação ao ou exemplo, em algumas operações, dados sobre
tro. Mas há seis maneiras de arranjar quatro cen fluxo podem ser obtidos com base em informa
tros de trabalho e 120 maneiras de arranjar cinco ções sobre o roteiro de produção dos produtos e
centros. da demanda desses produtos. Onde o fluxo é
mais aleatório, como numa biblioteca, por exem
A relação é fatorial. Para N centros, há N fa plo, a informação poderia ser obtida por observa
torial (N!) diferentes maneiras de arranjá-los ção das rotas percorridas pelos clientes ao longo
onde: de determinado período de tempo representati
N! = N x (N - 1) x (N - 2) x .... (1) vo. Se a direção do fluxo entre centros produti
vos faz pouca diferença para a decisão sobre ar
Então, mesmo para arranjos fís icos por pro ranjo físico, a informação pode ser simplificada.
cesso relativamente simples com, digamos 20 como mostrad o na Figura 7.11 (b) , sendo que
centros de trabalho, há 20! = 2,433 x 10 18 ma uma alternativa a essa forma de representação é
neiras de arranjar a operação. mostrada na Figura 7.11 (c).
218 PROJ ETO
~
Para A B C O E
Se o custo do fluxo ~
Para A B ' C O E
A 17 - 30 10 A 2 2 2 2
difere entre centros
B 13 20 - 20 de trabalho, B 3 3 3 3
C - 10 - 70 combinar com C 2 2 2 2
O 30 - - 30 O 10 10 10 10
E 10 10 10 10 E 2 2 2 2
I~ A B C O E ~
Para A B C O E
A ~ 30 - 60 20 A 34 60 20
60
""
B 30 - 30 B 39
C ~ - 80 C 20 140
300 - 300
O
E "" 40
~
O
E 20 20 20 20
(e)
ou alternativam/
l se a direção não é relevante,
simplificar para
(I) Custo unitário/distância percorrida
~
A , A B C O E
B fi;
""
73 360 40
C
o
B ~ 80 80
C ~ 160
E
O
E "" 120
~
m4"I' 7.11
Coleta de informações para arranjo físico por processo.
Objetivos do arranjo físico por processo xo, mais do que minimizar custos. Operações de
varejo, especialmente, poderiam arranjar sua
Na maioria dos exemplos de arranjo físico operação visando atingir este objetivo (veja, por
por processo, o principal objetivo é minimizar os exemplo, o boxe sobre o Supermercado Delhai
custos para a operação, que são associados com o ze). Algumas operações de lazer, como os par
fluxo de recursos transformados ao longo da ope ques de diversões, podem também visar a esse
ração. Então, por exemplo, um fabricante de mó objetivo. Entretanto, o objetivo mais comum é,
veis localizaria os centros de trabalho em sua fá de longe, minimizar custos.
brica de modo a minimizar a necessidade de No nível mais simples, uma operação pode
transportar componentes. Similarmente, um hos ria julgar a eficácia de seu arranjo físico simples
pitallocalizaria seus departamentos para minimi mente com base nas distâncias totais percorridas
zar a movimentação de seus pacientes (e talvez n a operação. Por exemplo, a Figura 7.13(a) mos
de sua equipe). Em algumas operações, a ênfase tra um arranjo físico por processo simples com
muda para maximizar a receita associada ao flu seis centros de trabalho com o número total de
(a) (b)
40 40
~ 30
~ 30
~ 20
~ 20
10
10
O O
o 10 20 30 40 50 60 Metros o 10 20 30 40 50 60 Metros
Eficácia do arranjo físico = Distância total percorrida 'Eficácia do arranjo físico = Distância total percorrida
= 4.450 metros = 3.750 metros
W4'Iij'7.13 (a) e (b) O objetivo da maioria dos arranjosfisicos por processo é minimizar o custo
associado com movimentação, às vezes simplificado para minimizar a distância percorrida.
220 PROJETO
Departamento Área
(m 2)
Código I
Recepção 85 A
Sala de reuniões 160 B
Layout e projeto 100 C
Editorial 225 D
Gráfica 200 E
Corte 75 F
Recebimento e expedição 200 G
Encadernação 120 H
Produção de vídeo 160
Embalagem 200 I J
Produção de áudio 100 I K
Dimen.sões do edifício =30 metros x 60 metros
WaI'" 7.14 Fluxo de informações para o Grupo Educacional Rotterdam.
7.15 Arranjo físico esquemático colocando centros com altos níveis de tráfego próximos uns dos
outros.
222 Pl'OJETO
WaiiZi 7.16 ArrClIljo físico esquemático ajustado para adequar-se às dimensões do edifício.
OI 60 metros
Sala de
reuniões Produção Encader
Embalagem Recebimento
de vídeo nação
e
Produção expedição
de áudio
Recepção
Corred or
Layout
Editorial e Gráfica Corte
projetos
ocupando áreas que se aproximam de sua áreas reduzir o movimen to total de fluxo. Por exemplo,
requeridas. Embora as distâncias entre os cen a posição dos departamentos H e J pode ser tro
tróides dos departamentos tenham mudado seu cada e a distância total percorrida calculada com
formato físico, suas posições relativas permane a nova configuração para identificar se reduções
cem as mesmas. É nesse estágio que se pode cal foram obtidas.
cular uma expressão quantitativa do movimento
associado com esse arranjo físico relativo.
Projeto de arranjo físico por processo
auxiliado por computador
Passo 5 - Cheque as possíveis trocas
A complexidade combinatória do arranjo fí
o arranjo físico da Figura 7.17 parece razoa sico por processo levou ao desenvolvimento de
velmente eficaz, mas geralmente vale a pena che numerosos procedimentos heurísticos com o in
car se é possível melhorá lo trocando as posições tuito de auxiliar no processo de projeto. Procedi
relativas de pares de departamentos de forma a mentos heurísticos usam o que tem sido chama
,~RRA:\JO FÍSICO E FLUXO 223
(a)
Padrão de localização Iteração O
1 234567 8 9 101,1 12 13 14 15 16 17 18 19 20
1 A A A A A A B B B B C C C C C C C O O O
2 A A B B C O O
3 A A B B C C O O
4 A A A A A A B B C C C C C C C O O
5 E E E E E E B B B B C C C C C C C O O O
6 E E F F F F F G G G G G G G G G
7 E E F F G G
8 E E E E E E F F F F F G G
9 H H H I I I I I I I I G G
10 H H I I G G
11 H H I I I G G G G G G G G G
12 H H I J J J J J K K K K K K
13 H H I J J K K
14 H H H I I I I I J J J J J K K K K K K
Custo total 11 .711 ,24 Redução de custo estimada O
(b)
Padrão de localização Iteração 4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
1 E E E E E EBBBBC C C C C C C J J J
2 E E B B C J J
3 E E B B C C J J
4 E E E E E E B B C C C C C C C J J
5 A A A A A A B B B B C C C C C C C J J J
6 A A O O O O O G G G G G G G G G
7 A A O O G G
8 A A A A A A O O O O O G G
9 K K K I I I I I I I I G G
10 K K I I G G
11 K K I I I G G G G G G G G G
12 K K I F F F F F H H H H H H
13 K K I F F H H
14 K K K I I I F F F F F H H H H H H
Custo total 11.238,43 Redução de custo estimada 472,81
Move A para E
Move Opara F
Move K para H
Move Fpara J
W§"h 7.18 (a) Arranjo foico inicial para a heurística CRAFT, (b) Arranjo foico final depois de quatro
iterações da heurística CRAFT.
do "atalhos no processo racional" e "regras de que).6 O racional por trás desse procedimento é
bom-senso" na busca de soluções razoáveis. Eles que, enquanto é inviável avaliar N fatorial (N!)
não buscam a solução ótima (embora uma possa arranjos físicos alternativos quando N é grande, é
ser achada, por acaso), mas tentam obter uma viável começar com um arranjo físico inicial e en
boa solução subótima.
tão avaliar todas as possíveis formas de trocar a • ao porte e à natureza das células que de
localização de pares de centros de trabalho. cidiu adotar; e
Há: • a quais recursos alocar para cada célula.
N!
2! (N -2)! Porte e natureza das células
possíveis maneiras de trocar dois de N centros de A natureza das células pode ser descrita
trabalho. Para um arranjo físico de 20 centros de examinando-se a quantidade de recursos diretos
trabalho, há 190 maneiras de se trocar a posição e indiretos alocados dentro da célula. Recursos
de centros de trabalho, dois a dois. diretos são aqueles que transformam material,
informação ou clientes diretamente. Recursos in
Três informações iniciais são necessárias
diretos existem para apoiar os recursos diretos
para a heurística CRAFT: uma matriz de fluxo
em suas atividades de transformação. A Figura
entre departamentos, uma matriz de custo asso
7.20 mostra uma classificação de células baseada
ciado com o transporte entre departamentos e
na quantidade de recursos diretos e indiretos in
uma matriz espacial mostrando o arranjo fís ico
cluídos na célula.
inicial. A partir disso:
No quadrante inferior direito, encontram-se
• a localização dos centróides de cada de as que podem ser chamadas uma célula pura.
partamento é calculada; Suas atividades são focalizadas em completar
toda a transformação, e todos os recursos para
• a matriz de fluxo é ponderada pela matriz isso necessários estão incluídos na célula. O
de custo e essa matriz ponderada é então quadrante superior direito representa a exten
multiplicada pela distância entre departa são lógica do conceito de célula de forma a in
mentos para se obterem os custos totais cluir todos os recursos indiretos de apoio e admi
de transporte do arranjo físico inicial; e nistrativos necessários para que a célula seja
• o modelo, então, calcula as conseqüências "auto-suficiente". Essas grandes células às vezes
para os custos de se trocarem as posições são chamadas "fábricas-dentro-da-fábrica". Simi
de todos os departamentos, dois a dois. larmente, uma unidade de maternidade pode, se
contiver todos os recursos de apoio, ser au
A troca que resulta na maior melhoria é en to-suficiente. O quadrante inferior esquerdo re
tão fixada e o ciclo completado é repetido com a presenta o tipo de célula em que os recursos são
matriz de custos atualizada. Essas iterações são localizados juntos, porque são freqüentemente
repetidas até que nenhum melhoramento seja necessários na mesma parte do processo geral de
obtido pela troca de dois departamentos. A Figu transformação. Por exemplo, duas máquinas que
são sempre usadas, uma logo depois da outra,
ra 7.18 mostra o arranjo físico inicial, que foi um
poderiam ser localizadas juntas. Da mesma for
input para o modelo, e o arranjo físico final, ge
ma, urna grande biblioteca, embora com um se
rado pelo modelo. tor de máquinas copiadoras, poderia também co
locar uma máquina copiadora no setor de
Projeto detalhado de arranjo físico referências para o caso de cópias serem necessá
rias ao usuário desse setor. Finalmente, o qua
celular
drante superior esquerdo representa células que
algu mas pessoas questionam até se merecem
Células representam um compromisso entre mesmo o nome de células. Elas apenas possuem
a flexibilidade do arranjo físico por processo e a recursos diretos suficientes para serem aplicados
simplicidade do arranjo físico por produt o (trata sobre parte do processo total e, dessa forma, pa
do a seguir). Por exemplo, a Figura 7.19 mostra recem ter pouca diferença de um setor ou centro
corno um arranjo físico por processo foi dividido de trabalho convencional de um arranjo físico
entre quatro células, cada uma das quais com re por processo. A diferença é que elas possuem to
cursos suficientes para processar uma "família" dos os recursos indiretos de que necessitam. No
de peças. Fazendo isso, a gestão da operação to vamente, conceitualmente elas poderiam ser ca
mou implicitamente decisões com relação: pazes de ser auto-suficientes em relação ao
ARRAI\JO FlSICO E I'U1XO 225
B A c D
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I
II
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I
W..IiF' 7.19 Arranjo físico celular agrupa processos necessários para uma família de produtos.
Quantidade de
recursos indiretos
incluídos na célula
Alto
Baixo
to (tratado a seguir), o foco está nos requisitos Os códigos indicam características das peças ou
do "produto" - o arranjo celular deve consid rar produtos como forma, tamanho, material usado e
as necessidades de ambos. outros fatores que definem algumas de suas ne
cessidades de processamento. Há vários sistemas
Às vezes, para simplificar a tarefa, é interes comercialmente disponíveis, por exemplo, o sis
sante concentrar-se no aspecto processo ou no as tema Brisch do Reino Unido, o sistema Opitz da
pecto produto para o projeto da célula. Se o pro Alemanha e o sistema MIClASS da Holanda.
jetista decide concentrar-se no aspecto processo,
ele pode usar cluster analysis para descobrir quais Análise do fl uxo de produção (Production
grupos de processos agrupam-se naturalmente. flow Analysis - PFA) 7
Isso envolve o exame de cada tipo de processo e
o questionamento de quais outros tipos de pro
Tal ez a abordagem mais conhecida para
cesso um produto ou uma peça que use aquele
alocar tarefas e máquinas a células, a análise do
processo tem maior probabilidade de requerer.
fuxo de produção (PFA) , analisa ambos os requi
Por exemplo, na manufatu ra de móveis, se todas
as peças que necessitam de furaç ão também ne sitos do produto e agrupamento de processos si
cessitam de rosqueamento, qualquer que seja a multaneamente. Na Figura 7.21 (a), uma opera
decisão final de alocação de recursos às células, ção de manufatura agrupou os componentes que
as máquinas de furação e rosqueamento deverão produz em oito famílias - por exemplo, os com
ficar juntas na mesma célula. Alternativamente, ponentes da família 1 requerem máquinas 2 e 5.
se a operação decide concentrar-se em seus pro Nesse caso, a matriz não parece exibir qualquer
dutos para projetar suas célul s ela provavel
mente usará um dos sistemas de codificação e clas
sificação de peças. Esses sistemas utilizam códigos 7 BURBlDGE, J. L. The principies of production con
de múltiplos dígitos para cada peça ou produto. tra/. 4. ed. Macdonald and Evans, 1978.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO 227
agrupamento natural. Se a ordem das linhas e • Se há vários componentes com esses pro
colunas é mudada, entretanto, de forma a mover blemas, pode ser necessário conceber
as cruzes para o mais próximo possível da diago uma célula especial para eles (normal
na] da matriz, que vai do canto superior esquer mente, chamada de célula de remanescen
do ao canto inferior direito, então um padrão tes), que seria qu ase como um miniarran
mais claro emerge. Isso é ilustrado n a Figura jo físico por processo. Novamente, isso não
7.21 (b) e mostra que as máquinas poderiam ser está totalmente de acordo com a simplici
convenientemente agrupadas em três células, in dade buscada pelo arranjo físico celular e
dicadas no diagrama como células A, B e C. também pode envolver algum investimen
Embora esse procedimento seja particularmente to de capital. A célula dos remanescentes,
útil para se alocarem máquinas a células, a análi entretanto, remove os componentes in
se raramente é simples e "limpa". Esse é o caso convenientes do resto da operação, dei
aqui, em que o componente 8 necessita de pro xando-a com um fluxo mais simples e pre
cessamento pela máquina 3 que foi alocada para visível.
a célula B.
Geralmente, há três formas de lidar com
isso, nenhuma delas totalmente satisfatória:
Projeto detalhado de arranjo físico por
produto
• Outra máquina igual à máquina 3 poderia
ser comprada e colocada n a célula A. Isso Poderia parecer que é necessário pouco tra
claramente resolveria o problema, mas re balho de projeto detalhado em arranjo físico por
quereria investimento de capital para a produto, pois ele envolve arranjar os recursos de
compra da nova máquina que poderia fi maneira a confo rmar"se às necessidades de pro
car subutilizada. cessamen to do produto ou serviço produzido.
• Componentes da família 8 poderiam ser Entretanto, embora a consideração do produto
mandados para a célula B depois de te realmente domine o projeto do arranjo físico por
rem sido pro ces sados na célula A (ou produto, são ainda necessárias numerosas deci
mesmo no meio de seu roteiro de produ sões quanto a esse tipo de projeto detalhado. A
ção, se necessário) ; essa solução evita a natureza da decisão de projeto também muda
necessidade de compra de outra máquina, um pouco. Em outros tipos de arranjo físico, a
mas entra em conflito com uma das idéias decisão é do tipo "onde localizar o quê". No ar
básicas do arranjo físico celular - obter ranjo físico por produto, a decisão é mais sobre
simplificação de um fluxo previamente "o que localizar onde", pois em geral a decisão
complexo. sobre localização está tomada e, então, as tarefas
(a) (b)
Famílias de componentes Famílias de componentes
2 3 4 5 6 7 8 3 6 8 5 2 4 1 7
x X 4 X X X
2 X X X 1
X X Célula A
3 X X X 6
X X
cn cn
ê 4 X X X ê 3 X X X Célula 8
::::J ::::J
.g 5 X X X .g 8 X X
:2 2
6 X X 2 X X X
7 X X 5
Célula C X X X
8 X X X 7
X X
7.21 (a) e (b) Uso da anause do fluxo de produção para alocar máquinas a células.
228 PROJ ETO
2 3
4
2 3 4
Estágio Estágio
mg"f' 7.22
Perda por balanceamento é a proporção do te.mpo investida no processamento do produto
não usado produtivamente.
da ao estágio se encontre próxima, mas não su deia de supermercados, de um bolo especial na forma de
perior ao tempo de ciclo. Quando aquele estágio uma nave espacial. Foi decidido que os volumes envolvi
estiver tão cheio de trabalho quanto possível , dos nesse fornecimento justificariam uma linha de pro
sem exceder o tempo de ciclo, passe ao próximo dução dedicada ao acabamento, decoração e embalagem
estágio, e assim por diante, até que todos os ele do bolo. Essa linha teria então de executar os elementos
de trabalho mostrados na Figura 7.23, que também mos
mentos de trabalho tenham sido alocados . A tra o diagrama de precedência para o trabalho total. O
questão-chave é como selecionar um elemento a pedido inicial do supermercado foi de 5.000 bolos por
ser alocado a um estágio quando mais de um ele semana e o número de horas trabalhadas pela fábrica é
mento pode ser escolhido. Duas regras heurísti 40 por semana.
cas são particularmente úteis nessa decisão : A partir dessas informações:
• Simplesmente escolha o maior que "caiba" · Io requeri'd o 40 h x 60 min
no tempo remanescente daquele estágio. Otempo de CIC =40 mln.
5.000
• Escolha o elemento com o maior número
de atividades subseqüentes, ou seja. aque Estágios requeridos
le com maior número de elementos que só 1,68 min (conteúdo total de trabalho
podem ser alocados depois que ele o for. 0,48 min (tempo de ciclo requerido)
= 3,5 estágios
Exemplo: Bolos Karlstad Isso significa quatro estágios
Considere a Bolos Karlstadl (BK), uma empresa ma Começando do lado esquerdo do diagrama de pre
nufatureira de bolos especiais, que recentemente conse cedências, os elementos a e b podem ser alocados ao
guiu um contrato de suprimento, para uma grande ca estágio 1. Alocar o elemento c ao estágio 1 faria com que
ARRA NJO FÍSICO E. FlL'XO 231
/
8.
0,05
/ minutos ~ 0,25 minutos
8
~0 ~8 ~0 ~G) ~0 ~G
0,12
minutos
0,30
minutos
0,36
minutos
0,25
min utos ~
°
~ 0,1 minu~
os
'0
0,08 minutos
o tempo de ciclo fosse excedido. De fato , apenas o ele Isso, entretanto, não necessariamente precisa ser
mento c pode ser alocado ao estágio 2, pois a inclusão assim . Re tomemos ao exemp lo do processamen
do elemento d faria exceder o tempo de ciclo. O elemen to do emp réstimo que requer quatro estágios que
to d pode ser alocado ao estágio 3. Tanto o elemento e
como o elemento f podem também ser alocados ao está
trabalham na tarefa de manter um ciclo de uma
gio 3, mas não ambos, caso em que o tempo de ciclo se solicitação processada a cada 15 minutos. O ar
ria excedido. Seguindo a regra heurística do "elemento ranjo convencional dos quatro estágios seria or
com maior conteúdo de trabalho", o elemento e é o es dená-los em uma linha, com cada estágio tendo
colhido. Os elementos remanescentes, então, são aloca um conteúdo de trabalho de 15 minutos. Entre
dos ao estágio 4. A Figura 7.24 mostra a alocação final e tanto, nominalmente, a mesma taxa de saídas
as perdas por desbalanceamento da linha. também poderia ser obtida arranjando os quatro
estágios em duas linhas mais curtas, cada uma
com um conteúdo de trabalho de 30 minutos.
Arranjando os estágios Alternativamente, seguindo a lógica, os estágios
poderiam ser arranjados em quatro Unhas parale
Até aqui, foi pressuposto que todos os está las, cada uma responsável pelo conteúdo de tra
gios necessários aos requisitos do arranjo físico balho total de processar uma solicitação. A Figu
serão arranjados em uma linha única seqüenciaL ra 7.25 mostra essas opções.
232 PROJETO
0,25 minutos
(0 ~0 8 0 ~0 ~8
0,12 0,30 0,36 0,25 0,10min~
minutos minutos minutos minutos
(0
0,08 minutos
0,48
0,42 0,42
0,36
2 3 4
Tempo ocioso a cada ciclo = (0,48 - 0,42) + (0,48 - 0,36) + (0,48 - 0,42)
= 0,24 minutos
- d t
Proporçao . .I 024 12,5%
e empo OCIOSO por CIC o = 4 x' 0,48
Wa!'E' 7.24 Alocação de elem entos a estágios e perdas por balanceamento para Bolos Karlstad.
Isso pode ser um exemplo simples, mas re • Fluxo controlado de materiais e clientes - o
presenta uma questão plausível e genuína. Deve qual é mais fácil de gerenciar.
ria o arranjo físico ser configurado como uma li
nba "longa e magra", como uma linha "curta e • Manuseio simples de materiais - especial
gorda" ou como algo entre essas duas opções ex mente se o produto manufaturado é pesa
tremas? (Not e que a ''longa'' significa número de do ou difícil de mover.
estágios e "gorda" significa a quantidade de tra
balho alocada a cada estágio.) Em qualquer si • Requisito de capital mais moderado - Se
tuação particular, há normalmente restrições téc um equipamento especial é necessário em
nicas que limitam o quanto "longo e magro" ou um elemento do trabalho, apenas uma
"curto e gordo" o arranjo físico pode ser, mas unidade do equipamento necessitaria ser
normalmente ainda sobra urna faixa de possibili comprada; em configurações curtas-gor
dades dentro das quais a escolha deve ser feita. das, cada estágio necessitaria de uma.
As vantagens de cada extremo do espectro lon
go-magro até curto-gordo ·são bastante diferentes • Operação mais eficiente - se cada estágio
e ajudam a explicar o porquê de determinados executa apenas uma parte pequena do
arranjos serem escolhidos. trabalho total, a pessoa responsável pelas
atividades desse estágio terá uma propor
ção maior de trabalho direto produtivo, di
As vantagens do arranjo longo-magro ferentemente das partes não produtivas
do trabalho, como apanhar ferramentas e
Entre elas, encontram-se: materiais.
ARRANJO FÍS ICO E FLUXO 233
Arranjo
"longo-magro"
- ~-I-
necessário de 15 minutos
--+ ~ --+
Arranjo
"curto-gordo"
W4"iji 7 .25 O arranjo de estágios no arranjo físico por produto pode ser descrito com um espectro de
"longo-magro" a "curto-gordo".
I ~
dos em série, uma decisão adicional é necessária: (seja ele feito por uma pessoa ou por
a de que forma de linha adotar. Parcialmente ins equipamento - robô, talha ou empilha
piradas pela experiência de empresas manufatu deira, por exemplo) pode ser feito con
reiras japonesas, muitas operações de manufatu venientemente.
ra estão adotando a prática de encurvar arranjos • Passagem. Linhas longas e retas interfe
de linha para a forma de U ou de "serpentina" rem mais no fluxo cruzado do resto da
(veja Figura 7.26). A fo rma de U é usada em ge operação. É irritante quando as gôndolas
ral para linhas mais curtas enquanto serpentinas dos supermercados são muito longas. As
são usadas para linhas mais longas. Richard pessoas protestam quando uma auto-es
Schonberger, um especialista em manufatura ja trada corta uma cidade em duas. É o mes
ponesa, vê várias vantagens nisso:9 mo com linhas de produção.
• Trabalhos em grupo. Um semicírculo até
• Flexibilidade e balanceamento de mão-de mesmo se parece com um time.
obra. A forma de U permite que uma pes
soa trabalhe em várias estações de traba
lho - adjacentes ou cruzando o U - sem RESUMO DAS RESPOSTAS A
ter de caminhar muito. Isso abre opções
QUESTÕES-eRAVES
para um melhor balanceamento entre
pessoas : quando a demanda cresce, mais Quais são os tipos de arranjo físico bási
mão-de-obra pode ser acrescentada, até cos usados em produção?
que uma pessoa esteja ocupando cada es
tação de trabalho. • Existem quatro arranjos físicos básicos:
• Retrabalho. Quando a linha se curva sobre - arranjo físico posicional;
si própria, é mais fácil retornar trabalho - arranjo físico por processo;
defeituoso para uma estação anterior para
- arranjo físico celular;
retrabalho, sem muito estardalhaço e sem
muita necessidade de caminhar. - arranjo físico por produto.
• Ma nuseio. Da posição central do U, o
Que tipo de arranjo físico uma operação
manuseio do material e de ferramentas
produtiva deveria escolher?
to haviam desenvolvido um projeto adequado e os técni Tabela 7.4 Tempos-padrão para cada elemento da ta
cos de tempos e métodos da empresa já haviam refa de montagem em minutos-padrão
estimado o tem po (em minutos-padrão) que levaria para (MP).
executar cada uma das operações da montagem. O de
partamento de marketing também já havia estimado a Operação de prensa mecânica
provável demanda (para todo o mercado eu ropeu) para o
novo produto. A previsão de vendas é mostrada na Tabe Montar sub-montagem (SIM) (cursor es
la 7.3. querdo, cursor direito, cupilha) 0,12 MP
Aj ustar SIM cursor ao corpo (cursor SIM,
pino do cursor, corpo) 0,10 MP
Tabela 7.3 Previsão de vendas para plaina de madeira. Rebitar alavanca de ajuste ao corpo (alavan
ca de ajuste, re bite, corpo) 0,15 MP
Período Volume
Montar parafuso ao corpo por interferência
Ano 1 (corpo, parafus de ajuste) 0,08 MP
Primeiro trimestre 98.000 unidades TOTAL DA OPERAÇÃO DE PRENSA MECÂ
Segundo trimestre 140.000 unidades NICA 0,45 MP
Terceiro trimestre 140.000 unidades
Quarto trimestre 170.000 unidades Operação de bancada
Lâmina
Alavan ca
de ajuste
SIM
Corpo
"
Base
Ui.."" 7.27
Vista parcialmente explodida da llovaplaina.
Tabela 7.7 Conteúdo de trabalho da linha de GAITHER, N.; FRAZIER, B. V.; WEI, J. C. From job
montagem. shop to manufacturing cells. Production and Invento0'
Management Journal , v. 31, nº 4, 1990.
Elemento Duração Elemento(s) GREEN, T. J.; SADOWSKY, R. P. A review of cellular
número (mln) precedente(s) manufacturing assum pt ions and advantages and de
sign techniques. Journal of Operatiom Management, v.
1 4 4, n ~ 2, 1984.
2 7
3 5 1 GUNTHER, R. E. ; JOHNSON, G. D.; PETERSON, R. S.
4 6 1,2 Currently practiced fo rm ulations of the assembly line
5 4 2 balance prob lem. JOlLrnal of Operations Managenrent,
6 3 2 v. 3, nº 3, 1983.
7 4 3 HYER, N. L.; WEMMERLOV, U. Group technology and
8 6 4,5 productivity. Harvard Business Review , v. 62, nU 4,
9 5 5,6 July/ Aug. 1984.
10 4 9
KARLSSON, C. Radically new prod uction systems.
11 6 8,10
International Journal of Operations and Production Ma
12 6 7,11
nagement, v. 16, nU 11, 1996.
MALAS, G. H. Assembly line balancing: let's remove
10. Uma fábrica de bicicletas atualmente tbe m istery. Journal of Industrial Engineerillg,. May
tem um processo de montagem em li 1990.
nha de 20 etapas; com a matéria-prima
MELLOR, R. D.; GAU, K. Y. The facility layou t pro
vindo por um lado da fábrica e as bici
blem~ recent an d emerging trends and perspectives .
cletas acabadas saindo pelo outro. Ava Journal of Manufacturing Systems, v. 29, n" 5, 1996.
lie as implicações de se alterar o arranjo
físico para linha em forma de U. MILLER, J. G.; VOLLMANN, T. E. The hidden factory.
Harvard Business Review, Sept./Oct., v. 63, nO5, 1985.
11. Observe a preparação de uma refeição
em uma cozinha (faça você mesmo ou PRICKETT, P. E. Cell-based manufacturing systems:
observe outra pessoa fazendo). Repre design and implementation. International Journal of
Operations and Production Management, v. 14, nU 2,
sente graficamente o movimento ao re
1994.
dor da cozinha e sugira formas de me
lhoria no arranjo físico da cozinha. SCHULER, R. S.; WRITZMAN, L. P.; DAVIS, V. L. Mer
ging prescriptive and behavioural approaches for offi
12. Identifique duas operações de serviço
ce layout. JOlLr/wl of Operations Management, v. 1, nO
que usem um arranjo físico por produ 3, 1981.
to. Discuta as implicações dessa escolha
para a organização e para o cliente. SCHAFER, S. M.; MEREDITH, J. R. An empirically
based simulation study of functional versus cellular
13. Selecione uma empresa de sua escolha layouts with operations overlapping. International
e submeta seu arranjo físico a uma ava Joul'llal of Operations and production Management, v.
liação baseada na lista contida na seção 13, nO 2, 1993.
deste capitulo "Que faz um bom arranjo
SHAMBU, G.; SURESH, N. c.; PEGELS, C. C. Perfor
físico?" mance evaluation of cellular manufacturing systems .
Intemational Joumal of Operations and Production Ma
nagement, v. 16, n" 8, 1996.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SULE, V. E. Manufacturing facilities: location planni ng
SELECIONADAS
and designo PWS-Kent, 1988.
BRANDON, J. A. Cel/ular manufacturing: integrated WINARCHIK, c.; CALDWEL, R. D. Physical interactive
technology and management, New York: John Wiley, simulation: a hands-on approach to facilities improve
1996. ments. IlE Solutions, v. 29, nO 5, 1997.
FRANCIS, R. L.; WHITE, J. A. Facility layout and loca WU, B. Manufacturing system design and analysis . 2.
tion: an analytical approach. Prentice Hall, 1987. ed . Chapman and Hall, 1994.