Sie sind auf Seite 1von 4

I.

Definição, fisiopatogenia e repercussões nutricionais da doença envolvida


na situação problema.

Os transtornos alimentares são doenças psiquiátricas caracterizadas por


graves alterações do comportamento alimentar e que afetam, na sua maioria,
adolescentes e adultos jovens do sexo feminino, podendo originar prejuízos
biológicos, psicológicos e aumento da morbidade e mortalidade. Os dois principais
transtornos alimentares são a anorexia e bulimia nervosas. A anorexia nervosa é
caracterizada pela perda de peso à custa de dieta extremamente restrita, a busca
desenfreada pela magreza, distorção da imagem corporal, alterações do ciclo
menstrual e um pavor intenso da obesidade. [BORGES et al, 2006] [SANTOS, 2006]

Existem dois tipos de apresentação da anorexia nervosa: o restritivo e o


purgativo. No primeiro, os pacientes utilizam comportamentos restritivos associados
à dieta. Na anorexia tipo purgativa, acontecem episódios de compulsão alimentar,
seguidos de métodos compensatórios, como vômitos auto induzidos e o uso de
laxantes e diuréticos. [BORGES et al, 2006]

Quanto à etiopatogenia, não há uma etiologia única responsável pela


anorexia nervosa. Acredita-se no modelo multifatorial, com contribuição de fatores
biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares. São ditos fatores de
predisposição: sexo feminino, história familiar de transtorno alimentar, baixa auto-
estima, perfeccionismo, dificuldade em expressar emoções. Fatores precipitantes:
dieta, separação e perda, alterações da dinâmica familiar, expectativas irreais,
proximidade da menarca. Fatores mantenedores: alterações endócrinas, distorção
da imagem corporal, distorções cognitivas, práticas purgativas. [BORGES et al,
2006]

O início do quadro clínico ocorre freqüentemente a partir da elaboração de


uma dieta, em que o paciente inicia a restrição de grupos alimentares, eliminando
aqueles que julgam mais calóricos. Essa restrição alimentar aumenta
progressivamente, com diminuição do número de refeições, podendo evoluir
drasticamente, até o jejum. [BORGES et al, 2006]
Entre os sintomas que podem ser referidos pelos pacientes estão: intolerância
ao frio, fadiga, queda de cabelos, constipação, dor abdominal, anorexia, letargia, pés
e mãos frios, amenorréia, dificuldade de concentração, etc. Como em geral os
pacientes não admitem estarem doentes, eles tendem a não relatar
espontaneamente suas queixas, ficando a cargo do médico de questioná-las.
[BORGES et al, 2006]

Os achados clássicos no exame físico desses pacientes estão relacionados à


desnutrição e à disfunção hipotalâmica e incluem pele seca, hipotermia, bradicardia,
hipotensão, bradipnéia e edema de membros. [BORGES et al, 2006]

Os portadores de anorexia nervosa quando chegam ao serviço buscando


tratamento, apresentam quadro de desnutrição muitas vezes de grau III classificada
quando o Índice de Massa Corpórea – IMC- é menor que 15 kg/m2. [SICCHIERI et
al, 2006]

As complicações clínicas relacionadas à anorexia nervosa são decorrentes da


própria desnutrição, como: lanugo, hiperbetacarotenemia e bradicardia. [SICCHIERI
et al, 2006]

Inicialmente a restrição alimentar se dá em relação a alimentos ricos em


carboidratos e lipídios. A refeição, quando é feita, demora excessivamente para se
completar, o paciente opta por fazê-las solitariamente e evitam locais públicos. Outro
comportamento freqüente é a preocupação extrema com a alimentação dos
familiares, se esta é completa e nutritiva. Exercícios físicos extenuantes são comuns
e cessam somente quando há uma impossibilidade concreta. Há sinais físicos
característicos de desnutrição e alterações bioquímicas. [PACCOLA, 2006]

Geralmente, o perfil dos pacientes portadores de transtornos alimentares é:


adolescentes do sexo feminino, raça branca, e alto nível sócio econômico cultural.
Porém, o que se tem observado, é que esse grupo é cada vez mais heterogêneo,
sendo realizado diagnóstico em adolescentes do sexo masculino, raça negra, pré-
adolescentes e pacientes com nível sócio econômico cultural baixo. [BORGES et al,
2006]
II. Objetivos da terapia nutricional

Os objetivos do tratamento nutricional na anorexia nervosa envolvem o


restabelecimento do peso, normalização do padrão alimentar, da percepção de fome
e saciedade e correção das seqüelas biológicas e psicológicas da desnutrição.
[LATTERZA et al, 2004]

III. Descrição das características da dieta

O consumo energético recomendado é de 30 a 40 kcal/kg por dia, podendo


chegar até 70 a 100 kcal/kg por dia com a progressão do tratamento. Ornstein et al.
(2003) recomendaram como mais seguro um ganho de peso de 720 g/4 dia, pois
não causava a síndrome da realimentação que é caracterizada por anormalidades
dos fluidos e eletrólitos (principalmente do fósforo) e pode levar a complicações
cardiológicas, neurológicas, hematológicas e até à morte súbita. Portanto, a
alimentação deve ser cautelosa, com monitoração dos eletrólitos. [LATTERZA et al,
2004]

Segundo Marcason (2002), o valor energético total da dieta não deve ser
abaixo de 1.200 kcal/dia. A proporção de macronutrientes deve ser igual às
recomendações para populações saudáveis, Castro et al, (2004) recomendaram a
suplementação de zinco e ácido fólico pois foram encontradas deficiencias em
adolescentes com anorexia nervosa que não se reverteram após o tratamento. A
suplementação com zinco promove maior ganho de peso e redução da ansiedade e
depressão. Em relação ao cálcio, alguns estudos comprovaram os efeitos positivos
da suplementação de 1.000 a 2.000 mg/dia na redução da osteopenia (complicação
comum decorrente da anorexia nervosa). [LATTERZA et al, 2004]

A adminstração é por via oral, com dieta geral. Em alguns pacientes, é


extremamente difícil atingir as recomendações nutricionais apenas pela via oral.
Quando não há melhora significativa da ingestão alimentar, dos vômitos e uso de
laxantes e diuréticos, com continua perda do peso corporal e piora do quadro clínico,
a internação integral é indicada com utilização de nutrição enteral, na forma de
suplementação por via oral ou por sonda nasoenteral administrada por bomba de
infusão no período noturno. Esse esquema visa garantir que a dieta por via oral
tenha melhor aceitação. Caso essa combinação não apresente resultados
satisfatórios, por ultima escolha a nutrição parenteral é instalada para corrigir
distúrbios hidroeletrolíticos, hipoalbuminemia, desidratação e outras complicações
metabólicas decorrentes de quadros graves de desnutrição, apesar do alto risco de
infecção. [SICCHIERI et al, 2006]

IV. Estratégia escolhido pelo grupo, com seu respectivo conteúdo

V. Referências Bibliográficas

BORGES, Nádia Juliana Beraldo Goulart; SICCHIERI, Juliana Maria Faccioli;


RIBEIRO, Rosane Pilot Pessa; MARCHINI, Júlio Sérgio; SANTOS, José Ernesto
Dos. Transtornos Alimentares - Quadro Clínico. Medicina, Ribeirão Preto. São
Paulo, jul./set. 2006. Disponível em: <
http://www.fmrp.usp.br/revista/2006/vol39n3/4_transtornos_alimentares_quadro_clini
co.pdf>. Acessos em 20 set. 2010.

SANTOS, José Ernesto Dos. Grata: Nossa história, trabalho e desafios. Medicina,
Ribeirão Preto. São Paulo, jul./set. 2006. Disponível em: <
http://www.fmrp.usp.br/revista/2006/vol39n3/1_grata.pdf>. Acessos em 20 set. 2010

PACCOLA, Ana Teresa F. Escuta do psiquiatra: Sinais e sintomas de anorexia


nervosa e bulimia nervosa. Medicina, Ribeirão Preto. São Paulo, jul./set. 2006.
Disponível em: <
http://www.fmrp.usp.br/revista/2006/vol39n3/5_escuta_psiquiatra.pdf>. Acessos em
20 set. 2010.

SICCHIERI, Juliana Maria Faccioli; BIGHETTI, Felícia; BORGES, Nadia Juliana


Beraldo Goulart; SANTOS, José Ernesto Dos; RIBEIRO Rosane Pilot Pessa. Manejo
nutricional nos transtornos alimentares. Medicina, Ribeirão Preto. São Paulo,
jul./set. 2006. Disponível em: <
http://www.fmrp.usp.br/revista/2006/vol39n3/8_manejo_nutricional.pdf>. Acessos em
20 set. 2010.

Das könnte Ihnen auch gefallen