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Fluxo de Caixa

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1. OBJETIVOS
• Compreender o diagrama de Fluxo de Caixa.
• Construir um diagrama de Fluxo de Caixa.
• Conhecer e aplicar corretamente o conceito de Fluxo de
Caixa nos diversos problemas financeiros.
• Utilizar o Fluxo de Caixa como auxiliar na compreensão
dos problemas financeiros.

2. CONTEÚDOS
• Fluxo de caixa.
• Aplicações práticas do Fluxo de Caixa.
• Convenções de símbolos e aplicações.
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3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE


A seguir, são apresentadas a você algumas orientações que o
auxiliarão no estudo desta unidade:
1) O Fluxo de Caixa é um conceito prático bastante utili-
zado nas operações financeiras. Diante disso, conhecer
suas bases e aplicações é fundamental para o desenvol-
vimento da Engenharia Econômica.
2) A construção do diagrama de Fluxo de Caixa é importan-
te para a rápida compreensão das várias situações que
envolvem um problema financeiro.
3) A visualização do diagrama permite, de forma mais rá-
pida, a compreensão das situações apresentadas pelo
problema e, também, a análise da melhor alternativa.
4) Atente-se às convenções apresentadas nesta unidade
para simplificar as representações dos conceitos.
5) Entenda o Fluxo de Caixa como um registro de entradas
e saídas em que se registram os valores, as taxas e os
tempos.
6) Você perceberá, com o estudo desta unidade, que um
complexo exercício pode ser simplificado se for repre-
sentado pelo diagrama do Fluxo de Caixa.

4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Um texto com uma situação financeira, que apresente várias
situações e taxas e que tenha tempos fracionários, pode ser de
difícil compreensão e solução.
Nesse sentido, o diagrama de Fluxo de Caixa permite uma
visualização rápida e clara da situação, permitindo uma compreen-
são desta, para, assim, poder equacionar-se o problema.
Antes de iniciarmos o estudo e a análise das aplicações fi-
nanceiras, da análise de custos, da decisão sobre investimentos
e de outras ações financeiras e econômicas, devemos conhecer
alguns conceitos importantes para que você tenha um melhor en-
tendimento das operações e dos cálculos.

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Assim, nesta unidade, caracterizaremos o Fluxo de Caixa e


definiremos alguns conceitos importantes para a análise de inves-
timentos.
É importante conhecer a terminologia econômica para anali-
sar e interpretar cada índice e coeficiente encontrado nos cálculos,
bem como tomar a decisão com menor chance de erros.

5. FLUXO DE CAIXA
Segundo Hirschfeld (2000), Fluxo de Caixa é a apreciação das
contribuições monetárias (entradas e saídas de dinheiro) ao longo
do tempo a uma caixa simbólica já constituída. Ele pode ser repre-
sentado da forma analítica ou gráfica.

Fluxo de Caixa analítico


Para compreender melhor o Fluxo de Caixa analítico, vamos
realizar uma aplicação prática. Para isso, podemos dar o exemplo
de um investimento, no instante inicial zero, de $2.000,00; nos ins-
tantes 1 e 2, receber, respectivamente, $500,00 e $1.200,00; no
instante 3, investir $1.800,00; e, no instante 4, receber $5.000,00.
Considerando esses valores, a representação analítica ficaria
da seguinte forma:

Quadro 1 Representação analítica.


Instantes Entradas Saídas
0 2.000,00
1 500,00
2 1.200,00
3 1.800,00
4 5.000,00

Podemos simplificar ainda mais o processo e representar as


entradas de dinheiro como positivas e as saídas como negativas.
Se assim fizermos, a representação seria a seguinte:
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Quadro 2 Representação analítica de entradas positivas e negati-


vas.
Entradas (+)
Instantes
Saídas (-)
0 - 2.000,00
1 + 500,00
2 + 1.200,00
3 - 1.800,00
4 + 5.000,00

Diagrama de Fluxo de Caixa


De acordo com Hirschfeld (2000), o Fluxo de Caixa pode ser
representado graficamente por um diagrama, no qual são adota-
das as seguintes convenções:
1) O eixo horizontal representa o tempo a partir do instan-
te considerado inicial até o instante considerado final no
prazo em questão.
2) Nos diversos pontos que representam instantes ao longo
do eixo do tempo, são traçados:
• segmentos positivos, isto é, do eixo horizontal para
cima, representando receitas, dividendos ou econo-
mias;
• segmentos negativos, isto é, do eixo horizontal para
baixo, representando despesas, aplicações de dinhei-
ro e custos de aplicações.
A seguir, confira uma representação gráfica:
1.200
500 5.000

0 3
(tempo)
1 2 4

1.800

2.000

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É importante mencionar que, a fim de tornar mais prático o


processo de construção de um diagrama de Fluxo de Caixa, adota-
remos as convenções a seguir:
1) P = valor presente (ou VP), ou quantia existente ou equi-
valente no instante inicial, valor atual, ou capital.
2) F = valor futuro (ou VF), ou montante, que equivale ao
capital adicionado de juros.
3) i = taxa de juros por período de capitalização. A letra “i”
representa a palavra inglesa “interest”. Note, por exem-
plo, que 10% representa um símbolo, e, para substitui-lo
na fórmula, devemos utilizar um número; assim, 10% re-
1
presenta o número 0,10, uma vez que se tem 10. =
100
10
= 0,10. Quando efetuamos operações com a
100
calculadora HP-12C, podemos colocar o número 10
para uma taxa de 10%, pois a calculadora faz a conver-
são. Em se tratando de fórmula, devemos colocar 10%
na forma de decimal, ou seja, 0,10.
4) n = número de períodos de capitalização ou de tempo.

6. REPRESENTAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA DE SITUA-


ÇÕES REAIS
A seguir, serão representadas algumas situações reais de Flu-
xo de Caixa. É importante que você acompanhe o raciocínio passo
a passo para que o entenda bem.

Situação 1
Se aplicarmos $10.000,00, a juros compostos de 5% a.a., du-
rante 10 anos, quanto teremos no final do período?
Observe, a seguir, o diagrama de Fluxo de Caixa dessa situ-
ação:
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Note que, no instante 0, temos o capital (ou P, ou, ainda, o


valor presente) de $10.000,00.
Observe, também, que representamos os 10 períodos (10
anos), sendo que, no último período, está o F, que é o montante
(ou valor futuro), o qual é a nossa incógnita.
Solução
Para solucionar esse problema, vamos aplicar a fórmula de
juros compostos, a qual, nas próximas unidades, será estudada
com maior propriedade:
M = C (1 + i)n
De outro modo, se formos seguir as convenções, podemos
representar essa fórmula da seguinte maneira:
F = P (1 + i)n
F = 10000 (1 + 0,05)10
F = 10000 (1,05)10
F = 10000 . 1,628895
F = 16288,95
Portanto, no final do período, teremos $16.288,95.
Vale ressaltar que podemos calcular, também, o valor capita-
lizado a cada período, como, por exemplo, no mês 5.

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Se assim fizermos, teremos a seguinte solução:


F = P (1 + i)n
F = 10000 (1 + 0,05)5
F = 10000 (1,05)5
F = 10000 . 1,276281
F = 12762,81
Logo, no quinto mês, teremos $12.762,81.

Situação 2
Qual é o valor do capital (valor presente) que aplicamos du-
rante três anos, para que chegássemos ao montante de $3.200,00,
à taxa de juros compostos de 15% a.a.?
Vamos representar essa situação pelo diagrama de Fluxo de
Caixa a seguir:

F = 3.200


1 2 3
P=?
Solução
Inicialmente, aplicaremos a fórmula do montante destacan-
do o capital:
F = P (1 + i)n
Ou seja:
F
P=
(1 + i)n
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3200
P=
(1 + 0,15)3
3200
P=
(1,15)3
3200
P= = 2104,05
1,520875

Logo, o montante, que é o capital mais os juros, será de


$2.104,05.

Situação 3
Temos uma prestação de $300,00 a ser paga no mês 2, outra
prestação de $400,00 a ser paga no mês 4, e uma última presta-
ção de $350,00 a ser paga no mês 5. Desejamos pagar todas essas
prestações de uma só vez, no mês 3. À taxa de 10% a.m., qual é o
valor dessa prestação única?
Solução
Perceba que o enunciado do exercício da Situação 3 está
bem confuso. Para que possamos entendê-lo melhor, vamos uti-
lizar o diagrama de Fluxo de Caixa, em que há a exposição gráfica
dessa situação:

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Para solucionar esse problema, indicaremos, apenas, o cami-


nho que deve ser traçado, uma vez que precisaremos da Teoria de
Capitais Equivalentes, que será visto nas próximas unidades.
Note que, nesse problema, a prestação do mês 2 será paga
no mês 3. Para isso, devemos “transportar” os $300,00 para o mês
3, isto é, acrescentando um mês de juros de 10% a.m. A prestação
de $400,00 do mês 4 deverá ser paga, também, no mês 3; por isso,
devemos "transportá-la" para o mês 3, isto é, "retirando" um mês
de juros – e o mesmo ocorre com a prestação de $350,00 do mês
5, em que vamos “retirar” os juros de dois meses.
Depois de construído o diagrama, não temos mais a neces-
sidade de ficar relendo o texto do exercício, e, sim, raciocinar a
solução somente com o gráfico resultante, ficando, dessa forma,
mais fácil.

7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Para exercitar a construção do diagrama do Fluxo de Caixa,
bem como para realizar uma autoavaliação do aprendizado adqui-
rido com esta unidade, realize os exercícios propostos a seguir:
1) Construa um diagrama de Fluxo de Caixa da seguinte si-
tuação: João depositou $2.000,00 em uma caderneta de
poupança. Depois de três meses, retirou $200,00. De-
pois de quatro meses, depositou mais $800,00.
2) Tal como no exercício anterior, elabore um diagrama de
Fluxo de Caixa da seguinte situação: por uma dívida de
$6.000,00, Pedro pagou uma entrada e mais três paga-
mentos de $1.500,00. Qual é o valor da entrada se a taxa
de juros compostos é de 12% a.m.?
3) Elabore um diagrama de Fluxo de Caixa da seguinte situ-
ação: por uma dívida de $12.000,00, foram pagas uma
entrada de $5.000,00 e mais duas prestações mensais
iguais. À taxa de 8% a.m., qual o valor de cada uma das
duas prestações?
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4) Faça um diagrama de Fluxo de Caixa desta situação: pa-


guei uma dívida em duas prestações mensais iguais de
$500,00. Se a taxa de juros compostos é de 7 % a.m.,
qual o valor da dívida?
5) Fiz um financiamento de $50.000,00 para ser pago em
três prestações anuais, a juros compostos de 10% a.a. Se
as duas primeiras prestações são de $20.000,00, qual é
o valor da terceira prestação?

Gabarito
A seguir, você confere a resolução das questões autoavaliati-
vas propostas anteriormente:
1) Resolução:

2) Resolução:

Note que o valor da entrada ficou representado por x, que é


o valor a ser calculado.

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3) Resolução:

4) Resolução:

5) Resolução:

8. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, compreendemos e aprendemos a elaborar
um diagrama de Fluxo de Caixa, bem como vimos alguns conceitos
importantes para a análise de investimentos.
Nas próximas unidades, constataremos que o conceito de
Fluxo de Caixa auxiliará na análise de um investimento, na tomada
de decisão de uma alternativa econômica e, até mesmo, nas ope-
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rações com a calculadora científica HP-12C. Portanto, é imprescin-


dível que levemos em consideração esse conceito, pois, por mais
complexo que seja um problema, podemos simplificar o seu enun-
ciado construindo o Fluxo de Caixa.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HIRSCHFELD, Henrique. Engenharia econômica e análise de custos. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.
SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática financeira: aplicações à análise de investimentos.
3. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

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