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Aula 03
Aplicação da lei para
grupos vulneráveis
Sumário
1 - Considerações Iniciais ................................................................................................. 2
2 - Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial ... 2
2.1 - Introdução .......................................................................................................... 2
2.2 - A Convenção ....................................................................................................... 3
2.3 - Direitos Albergados .............................................................................................. 7
2.4 - Mecanismos de Fiscalização ................................................................................... 8
3 - Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra Mulher .......... 10
3.1 - Introdução ........................................................................................................ 10
3.2 - Direitos Albergados ............................................................................................ 13
3.3 - Mecanismos de Fiscalização ................................................................................. 16
4 - Refugiados .............................................................................................................. 19
4.1 - Refúgio ............................................................................................................. 19
4.2 - Direito ao Asilo .................................................................................................. 27
4.3 - Decisões Importantes do STF acerca do Refúgio e do Asilo ...................................... 28
4.4 - Comitê Nacional para os Refugiados ..................................................................... 30
5 - Questões ................................................................................................................. 32
5.1 - Questões sem comentários .................................................................................. 33
5.2 - Gabarito ........................................................................................................... 40
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Discriminação contra a
Discriminação Racial Refugiados
mulher
2.2 - A Convenção
A Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de
Discriminação Racial foi assinada pelo Brasil em março de 1966. Após aprovação
pelo Congresso Nacional, foi depositada junto ao Secretário-Geral da ONU em
março de 1968, sendo promulgada internamente por intermédio do Decreto
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65.810/1968.
1
PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos. 6ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2013,
p. 292.
1960.
2
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13ª edição,
rev., atual., São Paulo: Editora Saraiva, 2012, p. 261.
toda distinção, exclusão, restrição ou preferência que tenha por objeto ou resultado
prejudicar ou anular o reconhecimento, o gozo ou o exercício em igualdade de condições,
dos direitos humanos e liberdades fundamentais, nos campos político, econômico, social,
cultural e civil ou em qualquer outro campo. Logo, a discriminação significa sempre
desigualdade.
3
PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos. 6ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2013,
p. 293/4.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 4º,
a, da Convenção Internacional sobre todas as Formas de Discriminação Racial, o
Estado-parte deve condenar todas as organizações que encorajem qualquer
forma de ódio racial e declarar tais atos puníveis como delitos.
Artigo 4º - Os Estados-partes condenam toda propaganda e todas as organizações que se
inspirem em idéias ou teorias baseadas na superioridade de uma raça ou de um grupo de
pessoas de uma certa cor ou de uma certa origem étnica ou que pretendam justificar ou
deve ser assegurados meios e condições para o exercício dos direitos civis e
políticos, bem como dos direitos sociais, econômico e culturais em igualdade de
condições com as demais pessoas.
Se não a
Pelo prazo de questão não
Estado Comitê solicita 3 meses, o foi
notificante dá informações notificado solucionada,
ciência ao do Estado poderá poderá
Comitê notificado submeter novamente ser
explicações submetida ao
Comitê
A Convenção foi assinada por vários países, contudo, de acordo com a doutrina
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fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro
campo.
4
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 13ª edição,
rev. e atual., São Paulo: Editora Saraiva, 2012, p. 269/271.
Direitos Políticos
Historicamente a mulher foi excluída do processo político, seja para escolher os
representantes do Estado, seja para assunção a cargos políticos.
A ideia de cidadania, historicamente, remonta a Revolução Francesa, que excluía
mulheres, pobres e crianças. Assim, as mulheres foram consideradas seres sem
capacidade de intervir nas questões públicas. Os argumentos utilizados
fundamentavam-se em visões estereotipadas das mulheres, em especial em
razão da natureza biológica.
A Convenção que estamos estudando se propõe a superar essa realidade. Para
tanto assegura, nos termos do artigo 7º, o dever de os Estados-parte
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DIREITOS POLÍTICOS
Direitos de Nacionalidade
Outro direito importante, que consta do rol da Convenção, refere-se aos direitos
de nacionalidade, que estão prescritos no artigo 9º. Assim, às mulheres foi
assegurado a igualdade de direitos no que tange à aquisição, mudança ou
conservação de sua nacionalidade em relação ao homem.
Em razão disso, o casamento com pessoa estrangeira não implica:
a mudança de nacionalidade;
a adoção necessária da nacionalidade do cônjuge; ou
a condição de apátrida.
DIREITOS DE NACIONALIDADE
Direitos Trabalhistas
Os direitos trabalhistas vêm dispostos no artigo 11 da Convenção sobre a
Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher.
Artigo 11 - 1. Os Estados-partes adotarão todas as medidas apropriadas para eliminar a
discriminação contra a mulher na esfera do emprego a fim de assegurar, em condições
de igualdade entre homens e mulheres, os mesmos direitos, em particular:
a) o direito ao trabalho como direito inalienável de todo ser humano;
b) o direito às mesmas oportunidades de emprego, inclusive a aplicação dos mesmos
critérios de seleção em questões de emprego;
c) o direito de escolher livremente profissão e emprego, o direito à promoção e à
estabilidade no emprego e a todos os benefícios e outras condições de serviço, e o direito
ao acesso à formação e à atualização profissionais, incluindo aprendizagem, formação
profissional superior e treinamento periódico;
d) o direito a igual remuneração, inclusive benefícios, e igualdade de tratamento relativa
a um trabalho de igual valor, assim como igualdade de tratamento com respeito à avaliação
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da qualidade do trabalho;
e) o direito à seguridade social, em particular em casos de aposentadoria, desemprego,
doença, invalidez, velhice ou outra incapacidade para trabalhar, bem como o direito a férias
pagas;
f) o direito à proteção da saúde e à segurança nas condições de trabalho, inclusive a
salvaguarda da função de reprodução.
2. A fim de impedir a discriminação contra a mulher por razões de casamento ou
maternidade e assegurar a efetividade de seu direito a trabalhar, os Estados-partes
tomarão as medidas adequadas para:
a) proibir, sob sanções, a demissão por motivo de gravidez ou de licença-maternidade e a
discriminação nas demissões motivadas pelo estado civil;
b) implantar a licença-maternidade, com salário pago ou benefícios sociais comparáveis,
sem perda do emprego anterior, antiguidade ou benefícios sociais;
direito ao trabalho
mesmas oportunidades
licença-maternidade;
proteção à gestação e
proteção especial às mulheres durante a
à maternidade
gravidez
RELATÓRIOS
•Previstos originariamente no texto da Convenção.
•Os Estado-parte deverão a cada 4 anos e sempre que solicitado pelo Comitê enviar
relatório apresentando as medidas de promoção dos direitos assegurados no Pacto
PETIÇÕES INDIVIDUAIS
•Previstas no Protocolo Facultativo.
•Instrumento pelo qual a vítima de direitos humanos aciona o Comitê para análise e
processamento do Estado violador
INVESTIGAÇÕES IN LOCO
Comentários
Note que a questão aborda alguns conhecimentos ainda não ministrados em
nossa aula. Não trataremos desse tema agora. Trouxemos a questão aqui, pois
para responde-la corretamente basta conhecer a Convenção Internacional sobre
todas as Formas de Discriminação contra a mulher.
Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Ao ler a CEDAW
não encontramos dispositivos acerca da fiscalização dos direitos lá
4 - Refugiados
4.1 - Refúgio
Asilo e refúgio são instituto de caráter humanitário que têm
como objetivo a proteção da pessoa em razão de uma
perseguição. São institutos que se complementam na
proteção à pessoa humana.
Em que pese não sejam assim encarados na prática, em caso de concessão, tanto
do asilo como do refúgio, não devem ser vistos como ato de inimizade por outro
Estado.
Em nosso ordenamento o refúgio é disciplinado pela Lei nº 9.474/1997 (Estatuto
dos Refugiados). Na ceara internacional, o principal documento relativo à matéria
é a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados de 1951. Incialmente, o
documento foi concebido como proteção apenas dos refugiados anteriores a
01.01.1951 e que estivessem no continente europeu. Essa limitação geográfica
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somente para os
LIMITAÇÃO TEMPORAL refugiados até
01.01.1951
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Contudo, alguns anos mais tarde, foi adotado o Protocolo sobre o Estatuto
dos Refugiados, que eliminou tais limitações.
Internamente, tanto a Convenção como o Protocolo facultativos foram
internalizados.
não discriminação
DEVERES DO
ESTADO QUE
RECEBE
REFUGIADOS
igual tratamento aos
nacionais
DIREITO DO TRABALHO
5
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos, 1ª edição, 2014, versão eletrônica.
rechaçado por razões de raça, religião, nacionalidade, grupo social a que pertença
ou opiniões políticas.
PRINCÍPIO DO NON-
REFOULEMENT (PROIBIÇÃO
DO RECHAÇO)
Esse princípio, contudo, não poderá ser invocado nas hipóteses do art. 33 da
Convenção.
III - devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu
país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.
O art. 39, por sua vez, elenca as hipóteses de perda da condição de refugiado.
Art. 39. Implicará PERDA da condição de refugiado:
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I - a renúncia;
II - a prova da falsidade dos fundamentos invocados para o reconhecimento da condição de
refugiado ou a existência de fatos que, se fossem conhecidos quando do reconhecimento,
teriam ensejado uma decisão negativa;
III - o exercício de atividades contrárias à segurança nacional ou à ordem pública;
IV - a saída do território nacional sem prévia autorização do Governo brasileiro.
Parágrafo único. Os refugiados que perderem essa condição com fundamento nos incisos I
e IV deste artigo serão enquadrados no regime geral de permanência de estrangeiros no
território nacional, e os que a perderem com fundamento nos incisos II e III estarão sujeitos
às medidas compulsórias previstas na Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980.
Art. 42. A repatriação de refugiados aos seus países de origem deve ser caracterizada pelo
caráter voluntário do retorno, salvo nos casos em que não possam recusar a proteção do
país de que são nacionais, por não mais subsistirem as circunstâncias que determinaram o
refúgio.
Desse modo, vimos as principais regras relativas ao refúgio. Para finalizar nossa
aula, vejamos de forma objetiva o direito ao asilo.
Declaração
Convenção de Convenção de Convenção de Convenção de
Universal dos
Havana de Montevidéu de Montevidéu de Caracas de
Direitos
1928; 1933; 1939; 1954; e
Humanos.
6
CANOTILHO, J. J. Gomes. Comentários à Constituição do Brasil, São Paulo: Editora Saraiva,
2013, versão eletrônica.
7
SILVA, José Afonso. Comentário contextual à Constituição, São Paulo: Malheiros Editores,
2005, p. 53.
Ext 783-QO-QO, Rel. p/ o ac. Min. Ellen Gracie, voto do Min. Celso de
Mello, julgamento em 28-11-2001, Plenário, DJ de 14-11-2003
A comunidade internacional, em 28-7-1951, imbuída do propósito de consolidar e de
valorizar o processo de afirmação histórica dos direitos fundamentais da pessoa humana,
celebrou, no âmbito do Direito das Gentes, um pacto de alta significação ético-jurídica,
destinado a conferir proteção real e efetiva àqueles que, arbitrariamente perseguidos por
razões de gênero, de orientação sexual e de ordem étnica, cultural, confessional ou
ideológica, buscam, no Estado de refúgio, acesso ao amparo que lhes é negado, de modo
abusivo e excludente, em seu Estado de origem. Na verdade, a celebração da Convenção
relativa ao Estatuto dos Refugiados – a que o Brasil aderiu em 1952 – resultou da
necessidade de reafirmar o princípio de que todas as pessoas, sem qualquer distinção,
devem gozar dos direitos básicos reconhecidos na Carta das Nações Unidas e proclamados
na Declaração Universal dos Direitos da Pessoa Humana. Esse estatuto internacional
representou um notável esforço dos Povos e das Nações na busca solidária de soluções
consensuais destinadas a superar antagonismos históricos e a neutralizar realidades
opressivas que negavam, muitas vezes, ao refugiado – vítima de preconceitos, da
discriminação, do arbítrio e da intolerância – o acesso a uma prerrogativa básica,
consistente no reconhecimento, em seu favor, do direito a ter direitos.
jurídico na causa. (...) Eventual nulidade absoluta do ato administrativo que concede refúgio
ao extraditando deve ser pronunciada, mediante provocação ou de ofício, no processo de
extradição. (...) Não configura crime político, para fim de obstar o acolhimento de pedido
de extradição, homicídio praticado por membro de organização revolucionária clandestina,
em plena normalidade institucional de Estado Democrático de direito, sem nenhum
propósito político imediato ou conotação de reação legítima a regime opressivo. (...) Não
caracteriza a hipótese legal de concessão de refúgio, consistente em fundado receio de
perseguição política, o pedido de extradição para regular execução de sentenças definitivas
de condenação por crimes comuns, proferidas com observância do devido processo legal,
quando não há prova de nenhum fato capaz de justificar receio atual de desrespeito às
garantias constitucionais do condenado.
brasileira.
Entre esses direitos e deveres do qual gozará o refugiado, destaca-se o direito a:
cédula de identidade comprobatória da condição jurídica de refugiado;
carteira de trabalho; e
documento de viagem.
CONARE
O CONARE - Comitê Nacional para os Refugiados - é o órgão que faz parte da
estrutura organizacional do Ministério da Justiça.
COMPOSIÇÃO DO CONARE
FINALIDADE DO CONARE
Comentários
Essa questão cobrou vários aspectos referentes ao estudo da Lei nº 9.474/1997.
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o
art. 6º da Lei nº 9.474/1997 são três as espécies de documentos assegurados:
cédula de identidade comprobatória da condição de refugiado;
carteira de trabalho;
documento de viagem.
Sabe-se que outros documentos também poderão ser fornecidos, como o CPF.
Contudo, como o enunciado da questão se restringiu à Lei nº 9.474/1997, está
perfeita a alternativa.
A alternativa B está incorreta. O refugiado não poderá deixar o País por
liberdade própria. Será necessária autorização do Governo Brasileiro para saída
do território nacional, segundo prevê a Lei nº 9.474/1997.
O erro da alternativa C reside na afirmação de que reservará os direitos do País
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5 - Questões
Considerando as questões analisadas no decorrer da aula (04 questões), mais as
29 questões que compõem a bateria abaixo, serão, portanto, 33 questões de
provas anteriores das mais diversas bancas. As questões foram separadas de
acordo com a importância da matéria para a prova.
Refugiados
5.2 - Gabarito
Questão 01 - INCORRETA Questão 02 – INCORRETA
Questão 15 – A Questão 16 – A
Questão 29 – CORRETA
Comentários
Sobre o tema, o artigo I, da Convenção, prevê:
3. Nada nesta Convenção poderá ser interpretado como afetando as disposições legais dos
Estados Partes, relativas a nacionalidade, cidadania e naturalização, desde que tais
disposições não discriminem contra qualquer nacionalidade particular.
Comentários
Assim prevê o artigo I, 1, da Convenção:
Nesta Convenção, a expressão "discriminação racial" significará qualquer distinção,
exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional
ou étnica que tem por objetivo ou efeito anula ou restringir o reconhecimento, gozo ou
exercício num mesmo plano, (em igualdade de condição), de direitos humanos e liberdades
fundamentais no domínio político econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio
de sua vida.
Comentários
De acordo com o art. IX, 1, da Convenção, os Estados-parte devem submeter
relatórios a cada 2 anos ao Secretário Geral da ONU, que o encaminhará ao
Comitê, sobre as medidas adotada para tornarem efetivas as disposições do texto
convencional.
1. os estados partes comprometem-se a apresentar ao Secretário Geral, para exame do
Comitê, m relatório sobre as medidas legislativas, judiciárias, administrativas ou outras que
tomarem para tornarem efetivas as disposições da presente convenção: a) dentro do prazo
de um ano a partir da entrada em vigor da convenção, para cada Estado interessado no que
lhe diz respeito, e posteriormente, cada dois anos, e toda vez que o Comitê solicitar
informações complementares aos Estados Partes.
Comentários
Pelo que prevê artigo I, 4, da Convenção, medidas especiais poderão ser
praticadas em favor de grupos raciais, desde que objetivem a igualdade material
e não conduzam à segregação entre etnias, razão pela qual deve ser temporária.
4. Não serão consideradas discriminações racial as medidas especiais tomadas como o
único objetivo de assegurar progresso adequado de certos grupos raciais ou étnicos ou
indivíduos que necessitem da proteção que possa ser necessária para proporcionar a tais
grupos ou indivíduos igual gozo ou exercício de direitos humanos e liberdades fundamentais,
Comentários
De acordo com o artigo IV, a, da Convenção:
Os Estados partes condenam toda propaganda e toda as organizações que se inspirem em
ideias ou teorias baseadas na superioridade de uma raça ou de um grupo de pessoas de
uma certa cor ou de uma certa origem étnica ou que pretendem justificar ou encorajar
qualquer forma de ódio e de discriminação raciais e comprometem-se a adotar
imediatamente medidas positivas destinadas a eliminar qualquer incitação a uma tal
discriminação, ou quaisquer atos de discriminação com este objetivo, tendo em vista os
princípios formulados na Declaração universal dos direitos do homem e os direitos
expressamente enunciados no artigo 5 da presente convenção, eles se comprometem
principalmente:
a) a declarar delitos puníveis por lei, qualquer difusão de ideias baseadas na superioridade
ou ódio raciais, qualquer incitamento à discriminação racial, assim como quaisquer atos de
violência ou provocação a tais atos, dirigidos contra qualquer raça ou qualquer grupo de
pessoas de outra cor ou de outra origem étnica, como também qualquer assistência
prestada a atividades racistas, inclusive seu financiamento; (...).
Logo, existe previsão expressa para que os Estados-parte declarem como delito
a difusão de ideias baseadas na superioridade e ódio raciais.
Assim, a assertiva está correta.
Comentários
Nos termos do artigo I, 1, da Convenção, discriminação com fundamento na
origem nacional constitui discriminação racial.
1. Nesta Convenção, a expressão "discriminação racial" significará qualquer distinção,
exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional
ou étnica que tem por objetivo ou efeito anula ou restringir o reconhecimento, gozo ou
exercício num mesmo plano, (em igualdade de condição), de direitos humanos e liberdades
Comentários
As comunicações interestatais constituem o que a doutrina denomina de cláusula
facultativa, de modo que o Comitê somente poderá atuar nesse sentido,
recebendo e solicitando informações, por intermédio dessas comunicações caso
haja declaração expressa do Estado notificante e do Estado notificado aceitando
submeter-se à referida comunicação.
É o que se estrai do art. XIV, 1 e 2, da Convenção:
1. Todo Estado Parte poderá declarar a qualquer momento que reconhece a competência
do Comitê para receber e examinar comunicações de indivíduos ou grupos de indivíduos
sob sua jurisdição que se consideram vítimas de uma violação pelo referido Estado Parte,
de qualquer um dos direitos enunciados na presente Convenção. O Comitê não receberá
qualquer comunicação de um Estado Parte que não houver feito tal declaração
2. Qualquer Estado Parte que fizer uma declaração de conformidade com o parágrafo do
presente artigo, poderá criar ou designar um órgão dentro d sua ordem jurídica nacional,
que terá competência para receber e examinar As petições de pessoas ou grupos de pessoas
sob sua jurisdição que alegarem ser vítimas de uma violação de qualquer um dos direitos
enunciados na presente Convenção e que esgotaram os outros recursos locais disponíveis.
questão adaptada
De acordo com as disposições da Convenção Internacional sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, julgue o item
abaixo:
A origem nacional, por si só, não é elemento relevante para a caracterização
da discriminação racial.
Comentários
A questão acima é recorrente em provas. Já vimos, inclusive, nesta bateria de
exercício uma relacionada ao tema.
Comentários
Recusa a inscrição de aluno por motivos de etnia, cor, sexo ou estado civil
constitui discriminação racial, nos termos do artigo I, 1, da Convenção.
Contudo, a questão foi ANULADA pela banca que realizou o concurso, uma vez
que tal violação poderá implicar a perda do cargo e não implicará conforme
enuncia a questão.
Comentários
Conforme se depreende o artigo I, 1, da Convenção, a interpretação conferida à
discriminação racial é bastante ampla, não se esgotando nas hipóteses de
discriminação por raça, cor, descendência ou origem étnica. Outro exemplo é a
discriminação por origem nacional.
Logo, a assertiva está incorreta.
Comentários
O esgotamento ou inefetividade dos recursos internos é previsto expressamente
no texto da Convenção.
Artigo XI, 3. O Comitê só poderá tomar conhecimento de uma questão, de acordo com o
2.° do presente artigo, após ter constatado que todos os recursos internos disponíveis foram
interpostos ou esgotados, de conformidade com os princípios de direito internacional
geralmente reconhecidos. Esta regra não se aplicará se os procedimentos de recurso
excedem prazos razoáveis.
Comentários
Está correta a assertiva, uma vez que o Decreto nº 4.738/2003 reconhece o
referido Comitê.
Vejamos a emenda do decreto supracitado:
Promulga a Declaração Facultativa prevista no art. 14 da Convenção Internacional sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, reconhecendo a competência do
Comitê Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial para receber e analisar
denúncias de violação dos direitos humanos cobertos na mencionada Convenção.
Comentários
Conforme o artigo I, 1, da Convenção, já citado nestes exercícios, o conceito de
“discriminação racial” é bastante amplo de forma incluir diversas formas de
discriminação.
Comentários
Trata-se de previsão do Artigo V da Convenção Internacional sobre a Eliminação
de Todas as Formas de Discriminação Racial.
ARTIGO V
De conformidade com as obrigações fundamentais enunciadas no artigo 2, os Estados Partes
comprometem-se a proibir e a eliminar a discriminação racial em todas suas formas e a
garantir o direito de cada um à igualdade perante a lei sem distinção de raça, de cor ou de
origem nacional ou étnica, principalmente no gozo dos seguintes direitos:
b) direito à segurança da pessoa ou á proteção do Estado contra violência ou lesão corporal
cometida, quer por funcionários de Governo, que por qualquer indivíduo, grupo ou
instituição;
médio era de 5,6 salários mínimos entre brancos, mais que o dobro do
rendimento de pardos (2,61) e negros (2,71). Mesmo quando estudam mais,
negros e pardos têm mais dificuldade de aumentar os salários, diz o IBGE.
Para cada ano de estudo a mais, brancos elevam a renda em 1,25 salário
mínimo. Já a renda de negros e pardos cresce 0,53 salário para cada ano a
mais de estudo. (Jornal Folha de São Paulo, Caderno Cotidiano - 05.06.2001)
Relacionando tal realidade com as previsões da Convenção sobre a
Eliminação de todas as formas de Discriminação Racial (ONU, 1965), é
correto afirmar que este tratado
a) autoriza a introdução de medidas especiais destinadas a assegurar o
progresso adequado de grupos raciais ou étnicos.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, tendo em vista o que
prevê o art. 2, item 2.
ARTIGO II
2. Os Estados Parte tomarão, se as circunstâncias o exigirem, nos campos social,
econômico, cultural e outros, as medidas especiais e concretos para assegurar como convier
o desenvolvimento ou a proteção de certos grupos raciais de indivíduos pertencentes a estes
grupos com o objetivo de garantir-lhes, em condições de igualdade, o pleno exercício dos
direitos do homem e das liberdades fundamentais.
Essas medidas não deverão, em caso algum, ter a finalidade de manter direitos desiguais
ou distintos para os diversos grupos raciais, depois de alcançados os objetivos em razão
dos quais foram tomadas.
A alternativa B está incorreta, uma vez que contradiz o que prevê o artigo
acima.
A alternativa C está incorreta, pois não há nenhuma previsão nesse sentido.
A alternativa D está incorreta, pois a Convenção prevê normas relativas a
condições econômicas e sociais também.
A alternativa E está totalmente incorreta e sem sentido. A aplicação da
Convenção depende de ratificação e não guarda relação com a data em que foi
elaborada a Convenção.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 4º,
a, da Convenção Internacional sobre todas as Formas de Discriminação Racial, o
Estado-parte deve condenar todas as organizações que encorajem qualquer
forma de ódio racial e declarar tais atos puníveis como delitos.
Artigo 4º - Os Estados-partes condenam toda propaganda e todas as organizações que se
inspirem em idéias ou teorias baseadas na superioridade de uma raça ou de um grupo de
pessoas de uma certa cor ou de uma certa origem étnica ou que pretendam justificar ou
encorajar qualquer forma de ódio e de discriminação raciais, e comprometem-se a adotar
imediatamente medidas positivas destinadas a eliminar qualquer incitação a uma tal
discriminação, ou quaisquer atos de discriminação com este objetivo, tendo em vista os
princípios formulados na Declaração Universal dos Direitos do Homem e os direitos
expressamente enunciados no artigo V da presente Convenção, inter alia:
a) a declarar como delitos puníveis por lei, qualquer difusão de idéias baseadas na
superioridade ou ódio raciais, qualquer incitamento à discriminação racial, assim
como quaisquer atos de violência ou provocação a tais atos, dirigidos contra qualquer
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raça ou qualquer grupo de pessoas de outra cor ou de outra origem étnica, como também
qualquer assistência prestada a atividades racistas, inclusive seu financiamento;
2. Não será permitido uma reserva incompatível com o objeto e o propósito desta
Convenção.
3. As reservas poderão ser retiradas a qualquer momento por uma notificação endereçada
com esse objetivo ao Secretário Geral das Nações Unidas, que informará a todos os Estados
a respeito. A notificação surtirá efeito na data de seu recebimento.
Comentários
Trouxemos a questão aqui, pois para responde-la corretamente basta conhecer
a Convenção Internacional sobre todas as Formas de Discriminação contra a
mulher.
Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Ao ler a CEDAW
não encontramos dispositivos acerca da fiscalização dos direitos lá
consubstanciados. Há a enunciação apenas do mecanismo de relatórios. Deste
modo, coube ao Protocolo Facultativo a ampliação dos mecanismos de
fiscalização da Convenção, ao prever as petições individuais e as investigações in
loco.
Vejamos os arts. 1º e 2º do Protocolo Facultativo da CEDAW.
Artigo 1
Cada Estado Parte do presente Protocolo (doravante denominado "Estado Parte") reconhece
a competência do Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher (doravante
denominado " o Comitê") para receber e considerar comunicações apresentadas de acordo
com o Artigo 2 deste Protocolo.
Artigo 2
As comunicações podem ser apresentadas por indivíduos ou grupos de indivíduos,
que se encontrem sob a jurisdição do Estado Parte e aleguem ser vítimas de violação de
quaisquer dos direitos estabelecidos na Convenção por aquele Estado Parte, ou em
nome desses indivíduos ou grupos de indivíduos. Sempre que for apresentada em nome de
indivíduos ou grupos de indivíduos, a comunicação deverá contar com seu consentimento,
a menos que o autor possa justificar estar agindo em nome deles sem o seu consentimento.
Comentários
É exatamente o contrário do que prevê o item 2 do Artigo 15 da Convenção sobre
a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher:
Artigo 15 - 2. Os Estados-partes reconhecerão à mulher, em matérias civis, uma capacidade
jurídica idêntica à do homem e as mesmas oportunidades para o exercício desta capacidade.
Em particular, reconhecerão à mulher iguais direitos para firmar contratos e administrar
bens e dispensar-lhe-ão um tratamento igual em todas as etapas do processo nas Cortes
de Justiça e nos Tribunais.
Comentários
Não existe tal previsão na Convenção, razão pela qual a questão está incorreta.
Comentários
Não há, na Convenção, limitação aos direitos da mulher em razão de segurança
Nacional ou ordem pública. Medidas excepcionais só podem ser adotadas para
ACELERAR o processo de igualdade de fato entre homem e mulher. É o que fixa
o Artigo 4º:
A adoção pelos Estados Membros de medidas especiais de caráter temporário destinadas a
acelerar a igualdade de fato entre o homem e a mulher não se considerará discriminação
na forma definida nesta Convenção, mas de nenhuma maneira implicará, como
consequência, a manutenção de normas desiguais ou separadas; essas medidas cessarão
quando os objetivos de igualdade de oportunidade e tratamento houverem sido alcançados.
adaptada
Acerca dos mecanismos de proteção internacional de direitos humanos,
julgue o item subsequente.
A violação grave e sistemática dos direitos humanos das mulheres em um
Estado pode ser investigada pelo Comitê sobre a Eliminação da
Discriminação contra a Mulher, que recebe petições com denúncias de
violação a esses direitos.
Comentários
O Protocolo Facultativo da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher estabeleceu o sistema de petições individuais,
interna.
e) ao evitar impor muitas obrigações aos Estados-partes que significassem
ruptura imediata com padrões estereotipados de educação de meninas e
meninos, logrou obter o maior número de ratificações de uma Convenção da
ONU.
Comentários
A alternativa A está incorreta, tendo em vista que as ações afirmativas devem
ser temporárias, de acordo com o art. 4º, §1º, da Convenção, as quais irão cessar
quando os objetivos de igualdade forem alcançados.
A alternativa B está incorreta, uma vez que a Convenção previa tão somente a
análise dos relatórios enviados pelos Estados sobre as medidas legislativas,
Refugiados
Comentários 02214600124
A assertiva está correta, de acordo com o art. 17, b, do Estatuto dos Refugiados.
b) Em qualquer caso, as medidas restritivas impostas aos estrangeiros, ou ao emprego de
estrangeiros para a proteção do mercado nacional do trabalho, não serão aplicáveis aos
refugiados que já estavam dispensados, na data da entrada em vigor desta Convenção pelo
Estado-contratante interessado, ou que preencham uma das seguintes condições:
I) Ter três anos da residência no país.
II) Ter por cônjuge uma pessoa que possua a nacionalidade do país de residência. Um
refugiado não poderá invocar o benefício desta disposição no caso de haver abandonado o
cônjuge.
III) Ter um ou vários filhos que possuam a nacionalidade do país de residência.
Comentários
A assertiva está incorreta. De acordo com a Lei nº 9. 474/97, serão considerados
refugiados no caso se perseguição por opinião política, todavia, não é considerado
assim se tiver praticado crime de guerra. Vejamos o art. 1º da Lei.
Art. 1º Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que:
I - devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade,
grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa
ou não queira acolher-se à proteção de tal país;
II - não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual,
não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias descritas no inciso
anterior;
III - devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu
país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.
Comentários
A assertiva está incorreta. A condição de refugiado se estende ao cônjuge, seja
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Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista o Informativo 558 do STF.
INFORMATIVO Nº 558 STF
Ademais, disse que o reconhecimento da condição de refugiado constituiria ato vinculado
aos requisitos expressos e taxativos que a lei lhe imporia como condição necessária de
validade.
Comentários
A assertiva está correta. De acordo com o art. 29, da Lei 9.474/97, em caso de
decisão judicial que negue a condição de refugiado, caberá recurso.
Art. 29. No caso de decisão negativa, esta deverá ser fundamentada na notificação ao
solicitante, cabendo direito de recurso ao Ministro de Estado da Justiça, no prazo de quinze
dias, contados do recebimento da notificação.
Comentários
A assertiva está incorreta, pois o asilo diplomático apenas não impede a
extradição se presentes os princípios para seu deferimento. É o que informa o
art. 17, da Convenção do Asilo Diplomático.
Artigo XVII
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Comentários
É o que se extrai do art. 3º do Estatuto dos Refugiados:
Art. 3º Não se beneficiarão da condição de refugiado os indivíduos que:
I - já desfrutem de proteção ou assistência por parte de organismo ou instituição das Nações
Unidas que não o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados - ACNUR;
II - sejam residentes no território nacional e tenham direitos e obrigações relacionados com
a condição de nacional brasileiro;
III - tenham cometido crime contra a paz, crime de guerra, crime contra a humanidade,
crime hediondo, participado de atos terroristas ou tráfico de drogas;
IV - sejam considerados culpados de atos contrários aos fins e princípios das Nações Unidas.
Gabarito: Incorreta
Gabarito: A
Gabarito: E
Gabarito: B
7 - Resumo
Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas
as Formas de Discriminação Racial
INTRODUÇÃO
O princípio da igualdade era genérico, não considerando as pessoas em suas
especificidades. Assim, percebeu-se que assegurar a igualdade formal não
era suficiente para que as pessoas tivessem respeitados suas diferenças e
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A CONVENÇÃO
precedentes históricos:
1960.
DIREITOS ALBERGADOS
MECANISMOS DE FISCALIZAÇÃO
Direitos Políticos
DIREITOS POLÍTICOS
Direitos de Nacionalidade
DIREITOS DE NACIONALIDADE
Direitos Trabalhistas
direito ao trabalho
mesmas oportunidades
licença-maternidade;
proteção à gestação e
proteção especial às mulheres durante a
à maternidade
gravidez
MECANISMOS DE FISCALIZAÇÃO
A Convenção prevê o Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra
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RELATÓRIOS
•Previstos originariamente no texto da Convenção.
•Os Estado-parte deverão a cada 4 anos e sempre que solicitado pelo Comitê enviar
relatório apresentando as medidas de promoção dos direitos assegurados no Pacto
PETIÇÕES INDIVIDUAIS
•Previstas no Protocolo Facultativo.
•Instrumento pelo qual a vítima de direitos humanos aciona o Comitê para análise e
processamento do Estado violador
INVESTIGAÇÕES IN LOCO
Refugiados
REFÚGIO
Asilo e refúgio são instituto de caráter humanitário que têm como objetivo a
proteção da pessoa em razão de uma perseguição. São institutos que se
complementam na proteção à pessoa humana.
Em nosso ordenamento o refúgio é disciplinado pela Lei nº 9.474/1997
(Estatuto dos Refugiados). Na ceara internacional, o principal documento relativo
à matéria é a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados de 1951.
O refúgio é concedido ao imigrante por fundado temor de perseguição
por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões
políticas. Trata-se de um instituto apolítico, que não depende do princípio da
reciprocidade para ser aceito. Dessa forma, entende-se que o refúgio é um
instituto convencional e de caráter universal.
CONVENÇÃO RELATIVA AO ESTATUTO DOS REFUGIADOS
A Convenção foi concluída em Genebra no ano de 1951 sendo adotada pela nº
429 da Assembleia Geral das Nações Unidas. Como dissemos, inicialmente, a
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somente para os
LIMITAÇÃO TEMPORAL refugiados até
01.01.1951
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não discriminação
DEVERES DO
ESTADO QUE
RECEBE
REFUGIADOS
igual tratamento aos
nacionais
DIREITO DO TRABALHO
PRINCÍPIO DO NON-
REFOULEMENT (PROIBIÇÃO
DO RECHAÇO)
Esse princípio, contudo, não poderá ser invocado nas hipóteses do art. 33 da
Convenção.
DIREITO AO ASILO
O asilo constitui um instituto político, não sujeito ao princípio da
reciprocidade. Do mesmo modo, o asilo constitui um ato unilateral discricionário
de natureza constitutiva.
Para que o sujeito tenha direito ao asilo político, não basta o mero temor, a
perseguição deve ser individualizada de natureza política. É uma perseguição
concreta, isto é, efetiva. Não basta o temor da perseguição, o medo de ser
perseguido. Em que pese a perseguição deva ser de individualizada, não impede
que seja concedido à família da pessoa afetada.
COMITÊ NACIONAL PARA OS REFUGIADOS
Primeiramente devemos determinar quem é o refugiado para o ordenamento
brasileiro. A Lei nº 9.474/97 traz esse conceito:
SERÁ RECONHECIDO COMO REFUGIADO TODO
COMPOSIÇÃO DO CONARE
FINALIDADE DO CONARE
8 - Considerações Finais
Com isso chegamos ao final da quarta aula do Curso. Foi uma aula mais tranquila,
na qual analisamos documentos internacionais do Sistema Global, que
representam a proteção internacional dos grupos vulneráveis.
Na próxima aula daremos sequência aos nossos estudos dos grupos vulneráveis.
Até lá.
Um forte abraço e bons estudos a todos!
Ricardo Torques
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