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plano de aula Viagem do conhecimento

Viver em cidades: a urbanização brasileira e mundial


Roberto Giansanti1

Apresentação

Este plano de aula apresenta textos e atividades sobre o processo de urbanização no Brasil e no mundo, que destacam
elementos para refletir sobre significado da vida urbana contemporânea e o fato de cada vez mais pessoas procurarem ci-
dades para habitar. Estarão em exame alguns dos principais problemas e desafios enfrentados pelas populações urbanas e
também soluções criativas em cidades de diferentes regiões do planeta.
Como já afirmou Jane Jacobs, importante pensadora do fenômeno urbano, cidades com diversidade e vitalidade têm “estu-
penda capacidade natural de compreender, comunicar, planejar e inventar o que for necessário para enfrentar as dificuldades”.

Objetivos:
u Reconhecer a cidade como objeto espacial construído historicamente e caracterizado por densidade, concentração e diversi-
dade de pessoas, recursos, atividades e edificações.
u Analisar processos de urbanização no Brasil e no mundo, considerando os diferentes tipos e tamanhos de cidade e a emer-
gência de metrópoles modernas.
u Por meio de indicadores, avaliar a qualidade de vida em cidades, levando em conta as interações sociais e a oferta e dis-
tribuição de habitações, atividades, infraestruturas e serviços públicos.
u Ler e interpretar textos diversos para compreender fenômenos em diferentes contextos geográficos e históricos.
u Utilizar fundamentos da linguagem cartográfica para ler e interpretar mapas relativos à produção do espaço em diferentes
contextos geográficos e históricos.

Conteúdos:
Cidade – Urbano – Urbanização mundial – Urbanização brasileira – Metrópole - Metropolização – Estruturas internas das
cidades – Espaço público.

Anos
8o e 9o anos do Ensino Fundamental e 1o ano do Ensino Médio.

Tempo estimado
Seis aulas.

Desenvolvimento de atividades | Primeira aula

A CIDADE E O URBANO

Vivemos hoje em um mundo cada vez mais urbano: a partir de 2008, conforme dados do Fundo de População das Nações
Unidas, mais da metade da população mundial (que já ultrapassou os 7 bilhões de pessoas) passou a viver em cidades. Em
1900, o planeta contava com apenas 220 milhões de habitantes urbanos. Cem anos depois, às portas do século 21, já eram
2,8 bilhões.
Estimativas do órgão indicam que o crescimento urbano será notável na África e na Ásia, onde ainda há muitos países
com percentual elevado de pessoas que vivem no campo. A expectativa é que ocorram mais e novos deslocamentos para as
cidades nas próximas décadas, como já vêm ocorrendo na China.
Sabe-se também que, ao longo do tempo, as mais diversas sociedades ergueram cidades para viver. Portanto, o fenômeno
urbano esteve presente em diferentes sociedades, independentemente de condições naturais mais ou menos adversas ou
traços culturais dos diferentes povos e habitantes do planeta.
Mas o que é cidade? Como esse peculiar objeto espacial pode ser definido? E como podemos caracterizar o urbano? Inicie
os trabalhos promovendo uma roda de conversa com a turma sobre o tema. Verifique o que os alunos já sabem a respeito
dos atributos dos núcleos urbanos. Ouça as opiniões e registre os resultados no quadro de giz.

1 Geógrafo formado pela FFLCH-USP, Roberto Giansanti é colaborador do Desafio National Geographic e autor de livros didáticos para ensino fundamental e educação
de jovens e adultos.

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Desafio National Geographic 2012 plano de aula Viagem do conhecimento

u Para turmas do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio


1 Proponha que os estudantes, divididos em pequenos grupos, coletem, selecionem e observem diversas imagens de ci-
dades do Brasil e do mundo (ver indicações no fim deste plano de aula, pág. 12).
u Se necessário, faça adaptações de acordo com as características de aprendizagem das turmas.
u Peça que descrevam o que observaram nas imagens, destacando os diferentes tipos de edificação, vias e meios de trans-
porte, atividades econômicas, entre outros aspectos. Oriente a turma a observar também a concentração ou circulação de
pessoas. É importante que eles comparem os segmentos das cidades observadas, destacando diferenças e semelhanças
nos arranjos dos objetos espaciais.
u Com base no que eles já conhecem a respeito das cidades, proponha que cada estudante apresente uma definição de cidade
e do modo de vida urbano. Eles poderão refletir, inclusive, sobre questões como: “Por que cidades?”, “O que levou diversas
sociedades a erguerem cidades?”, “Em que medida isso trouxe melhorias à vida das pessoas?”

2 Apresente para leitura e discussão o fragmento de texto a seguir, que retrata a cidade de Marselha, no sul da França.

Marselha: uma cidade para todos


Muitas das pessoas que disputam espaço nas areias de Marselha são de origem africana ou árabe e as moças usam bi-
quíni em vez de burca. Graças à eficiência do transporte público local, em menos de 45 minutos chega-se de qualquer parte
da cidade às praias marselhesas.
Assim, durante vários meses do ano, ricos e pobres, brancos e negros, africanos e árabes, muçulmanos, cristãos e judeus,
todos encontram seu pedaço de areia e se acomodam ao sol da Provença para o convívio social – e a socialização. Pergun-
te de onde eles vêm, e você ouvirá Argélia ou Marrocos, Turquia, ilhas Comores ou até França. Mas a grande maioria dirá
simplesmente: Marselha.
Muitos países europeus estão se tornando nações de imigrantes, e Marselha pode ser uma visão do futuro e até um modelo
de multiculturalismo. Não que seja fácil manter o equilíbrio. Em particular, os incessantes conflitos no Oriente Médio enviam
de tempos em tempos frêmitos de medo a essa cidade francesa. [...]
Muitos imigrantes moram e trabalham em bairros centrais, como Noailles, em vez de viver segregados em subúrbios dis-
tantes, como em Paris. Essa característica ajuda a explicar por que Marselha se manteve calma na época em que a França
foi palco de distúrbios raciais em 2005. [...]
“Marselha é a cidade mais antiga da França”, diz o prefeito Jean-Claude Godin. “Existe há 2,6 mil anos... [e] é um porto. Por
isso, nos acostumamos a sempre ter gente de fora. A própria cidade é composta, estrato por estrato, de populações estrangeiras
que vieram em razão de acontecimentos internacionais.”

Fonte: DICKEY, Christopher. “Marselha: uma cidade para todos.” national geographic brasil, edição no 144, março de 2012, pág. 82 e 86.

Com base no exemplo mencionado no texto, proponha à turma que reflita sobre o modo como se dá o convívio social em
uma cidade como Marselha.
u Estariam as características da cidade francesa presentes, de algum modo, em outros núcleos urbanos?
u Quais os ganhos representados pela proximidade e interação de pessoas de diferentes origens em uma mesma cidade?
u Que reflexões o exemplo de Marselha traz, de forma geral, em relação à natureza da cidade e do modo de vida urbano?

Após os debates, elabore com as turmas conclusões dos temas. Como apoio à discussão, considere que a cidade é um
tipo de espaço (ou um geotipo) caracterizado pela densidade e diversidade de pessoas, objetos e atividades. Tais ca-
racterísticas podem favorecer, em última análise, uma otimização de recursos disponíveis, ao contrário do que ocorreria em
situações de maior dispersão.
Elas foram erguidas ao longo do tempo e em diferentes sociedades e culturas para garantir o estabelecimento de múltiplas
relações em situação de proximidade ou a distâncias mínimas. Essa multiplicidade e intensidade de relações permitiram,
no transcorrer dos anos, que as cidades se constituíssem em berços de saber no campo das ciências, das artes, da política,
da filosofia, do direito, da arquitetura e de outros campos da vida humana.
Desse modo, o urbano reflete também um modo de vida marcado pela diversidade social e cultural. A urbanização con-
temporânea vai confirmar essa combinação entre diversidade, mistura e aglomeração, inclusive ultrapassando tentativas de
reordenamento da vida social e do espaço urbano por proposições do urbanismo moderno.
O exemplo de Marselha mostra que é possível a convivência no cotidiano entre grupos muito diferentes entre si, possibili-
tando misturas e interações de todo tipo. Apesar dos problemas, as cidades, como veremos adiante, cada vez mais são vistas
como palco de oportunidades, e não, meramente, como bolsões de incontornáveis dramas sociais.
Solicite aos estudantes que preparem quadros-síntese da cidade e do urbano, que serão retomados e ampliados mais adiante.

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Segunda, terceira e quarta aulas

A URBANIZAÇÃO MUNDIAL

Para saber mais acerca da difusão de cidades e da vida social urbana, em especial no mundo moderno urbano-industrial que
se constituiu após o fim do século 18 e início do 19, proponha que a turma examine a coleção de mapas e o gráfico a seguir:

Mapas – Cidades com mais de 1 milhão de habitantes no mundo

Londres – Reino Unido – 1

Fontes: ONU; G. Modelski.


“World Cities: -3000 to
2000.” Em national
geographic brasil, edição
no 141, dezembro de 2011,
pág. 52–53.

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Gráfico – Porcentagem da população residente em áreas urbanas por região ou continente – 1950–2030

100

90

80
Porcentagem urbana

70

60

50

40

30

20

10

0
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030

África Ásia Europa América Latina e Caribe América do Norte Oceania

Fonte: Fundo de População das Nações Unidas. “Estado de la población mundial 2007: liberar el potencial de crecimiento urbano.” UNFPA, 2007, pág. 10.

u Para turmas do Ensino Fundamental II

u Ofereça apoio aos estudantes para a leitura e interpretação dos mapas e do gráfico.
u Verifique se conhecem representações cartográficas de mapas quantitativos, como as mostradas aqui. Assinale que nos
dois primeiros mapas cada ponto representa cidades com população em torno de 1 milhão de habitantes. Nos dois últimos,
que mostram cidades maiores, com população com 10 milhões de pessoas ou mais, a representação quantitativa se dá por
meio de círculos proporcionais ao número de habitantes. O círculo maior está em Tóquio, cuja aglomeração metropolitana
(Tóquio e cidades vizinhas) contava com mais de 36 milhões de pessoas em 2010.
u Destaque que, no gráfico, cada um dos continentes ou regiões do planeta está representado por cores diferentes em
colunas. Indique a comparação entre os períodos para identificar a evolução da distribuição do percentual de população
urbana em cada região ou continente. Os dados mostram levantamentos de períodos anteriores e estimativas das pró-
ximas décadas.
u Feita a leitura dos mapas e do gráfico, solicite que anotem as áreas de maior concentração de grandes cidades e de maior
percentual de população urbana.

u Para turmas do Ensino Médio

u Realize os mesmos procedimentos e verifique o domínio das habilidades de leitura e interpretação de mapas e gráficos.
u Proponha que cada estudante levante hipóteses sobre as mudanças na distribuição e concentração de cidades com 1 milhão
de habitantes ou mais, bem como em relação às diferenças nos percentuais de população urbana nas diversas regiões e nos
continentes. Sugira que levem em conta o desenvolvimento econômico-social das áreas em questão.
u Encomende a redação de um texto dissertativo individual que aborde a evolução da distribuição da população urbana mundial.

Para a discussão dos dados, considere que os mapas assinalam a difusão e o crescimento de cidades com 1 milhão de
habitantes em diferentes regiões do planeta. Os primeiros núcleos de grande porte, como Londres, Paris e Nova York, estão
vinculados ao desenvolvimento de sociedades urbano-industriais em economias capitalistas, já a partir do início do século 19.
China e Japão também contavam à época com alguns núcleos urbanos milionários.
No século 20, o que se vai assistir é a difusão e o crescimento de diversos núcleos de grande porte na América Latina, na
Ásia e, mais recentemente, na África. No período atual, ao lado de Tóquio e Nova York, situadas em países desenvolvidos,
as maiores aglomerações urbanas do planeta estão localizadas em países em desenvolvimento. Existem hoje diversas me-
gacidades, com população superior a 10 milhões de pessoas. Pelo menos 20 delas configuram grandes manchas urbanas na
China, na Índia, na América Latina (Brasil, México) e na África ocidental.
Muitas áreas urbanas de países em desenvolvimento estão associadas a grandes deslocamentos populacionais do campo
para as cidades, casos de Lagos, na Nigéria, cidades na costa leste chinesa e, em períodos anteriores, São Paulo e Cidade
do México.
Em muitas regiões do planeta, o processo de urbanização esteve marcado pela constituição de metrópoles. Além da con-
centração populacional, as metrópoles reuniram recursos de toda ordem (humanos, financeiros, econômicos, tecnológicos
etc.) e têm grande capacidade de polarização, ou seja, de irradiar suas influências por vastos territórios.

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Vale notar que não basta apenas ser uma “megacidade” para ser dotada dessas capacidades. Paris ou Frankfurt podem ter
tamanho e populações menores do que algumas megacidades situadas no mundo em desenvolvimento, mas têm peso mais
acentuado nas redes e conexões econômico-financeiras globais.
Constituíram-se também grandes megalópoles, gigantescas manchas urbanas fortemente integradas, como Nova York–
Filadélfia, Tóquio–Osaka e São Paulo–Rio de Janeiro, entre outras. De outro lado, vale notar que a maior parte da população
urbana do planeta vive ainda em núcleos de menor porte, com menos de 500 mil habitantes.
Os dados apresentados no gráfico indicam elevados percentuais de população urbana em áreas como Europa, América
do Norte e América Latina. Nessas regiões, os índices ultrapassam 70%, o que indica que elas podem estar completando
o processo de urbanização de suas populações. Tem ocorrido um acelerado crescimento da população urbana na Ásia e
na África, mas, nesse caso, falamos de continentes que ainda contam com grandes contingentes de pessoas que vivem no
campo. Portanto, vivenciam hoje de forma intensa o que já ocorreu em outras regiões do planeta em períodos anteriores.
Previsões da ONU indicam que, entre as grandes aglomerações do século 21, irão figurar cidades como Daca (Bangla-
desh) e Kinshasa (República Democrática do Congo). Elas cresceram nada menos que 40 vezes desde a década de 1950.
Com grandes favelas, núcleos urbanos como esses têm como principal desafio a eliminação da pobreza, e não a “superpo-
pulação”, como defendem alguns pontos de vista de inspiração malthusiana.

A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

Uma vez examinadas algumas configurações e tendências da urbanização no mundo contemporâneo, convide agora as
turmas a observar o que ocorreu no Brasil.
Os dados do primeiro recenseamento realizado no país, em 1872, indicavam que na época existiam 9 milhões de habitantes.
Desse total, apenas 10% viviam em cidades. Proponha que os estudantes analisem as tabelas e o texto a seguir. Os dados já
estão atualizados de acordo com os resultados do Censo Demográfico 2010, realizado pelo IBGE.

Tabela 1 – Brasil – População urbana e rural (em %)


Ano Urbana Rural
1940 26 74
1950 36 64
1960 45 55
1970 56 44
1980 68 32
1991 75 25
2000 81 19
2010 84,35 15,65

Fonte: IBGE. Censos demográficos. Censo Demográfico 2010: primeiros resultados. Disponível em http://www.ibge.gov.br; último acesso em 15/5/2012.

Tabela 2 – Evolução da população nas regiões metropolitanas brasileiras (em milhões de habitantes)
Município 2000 Município 2011
São Paulo (SP) 10,4 São Paulo (SP) 11,2
Rio de Janeiro (RJ) 5,8 Rio de Janeiro (RJ) 6,3
Salvador (BA) 2,4 Salvador (BA) 2,6
Belo Horizonte (MG) 2,2 Brasília (DF) 2,5
Fortaleza (CE) 2,1 Fortaleza (CE) 2,4
Brasília (DF) 2,0 Belo Horizonte (MG) 2,3
Curitiba (PR) 1,5 Manaus (AM) 1,8
Recife (PE) 1,42 Curitiba (PR) 1,7
Manaus (AM) 1,40 Recife (PE) 1,5
Porto Alegre (RS) 1,3 Porto Alegre (RS) 1,4

Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010. Sinopse preliminar. Sinopse do Censo Demográfico 2010, em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/
sinopse/sinopse_tab_rm_zip.shtm; último acesso em 15/5/2012.

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Águas Claras
Águas Claras é uma das 30 regiões administrativas que compõem o Distrito Federal. Engloba a chamada Águas Claras
Vertical (onde se concentram todos os edifícios altos do DF) e os setores de moradia popular de Areal e Arniqueiras.
Águas Claras é isso: Brasília revisitada, 50 anos depois. [...] Com bem menos personalidade visual, diga-se logo, mas
sintonizada com muitos aspectos de seu tempo: confortável, apressada, consumista. Uma cidade-condomínio. Sua súbita
existência, que decolou de vez em apenas cinco anos atrás, provém da metropolização de Brasília, do déficit habitacional
de uma urbe tombada como Patrimônio da Humanidade e cuja verticalização é engessada pelo Plano Piloto. Planejada para
abrigar 500 mil pessoas, a capital já atingiu cinco vezes esse total, segundo o Censo de 2010.
Águas Claras foi pensada para abrigar uma classe média bem-sucedida que, mesmo com poder de compra, não dispunha
de ofertas de bons imóveis em Brasília. [...]
O crescimento [desde o fim da década de 1990] é espantoso – um fenômeno urbano comparável, nas devidas proporções,
com a extravagante Dubai ou a ostentosa Cingapura.

Fonte: “Ficção urbana.” national geographic brasil, edição no 130, janeiro de 2011, pág. 36–37.

u Para as turmas do Ensino Fundamental II, proponha que o exame das tabelas e do texto seja feito em dupla. Para as
turmas do Ensino Médio, indique a análise dos dados a cada estudante, individualmente.
u Oriente as turmas para que mostrem as tendências da evolução da distribuição da população no Brasil. Da mesma for-
ma, identifiquem os dados de população das principais regiões metropolitanas do país, incluindo processos recentes em
marcha no Distrito Federal, e reflitam acerca de seu significado para a urbanização do Brasil e para a vida urbana de
forma geral.
u Para complementar os trabalhos, oriente a consulta e a análise dos mapas com a distribuição da população no território nacional.

Com base nos dados, os estudantes poderão apreender alguns dos principais elementos do processo de urbanização
nacional. Vão constatar que houve grande transformação no país na segunda metade do século 20, quando a situação se
inverte: em 1940, apenas 26% dos brasileiros viviam em cidades. Em 2010, já são 84,3% da população total habitando nos-
sas cidades.
As turmas poderão perceber o perfil metropolitano da urbanização brasileira. As regiões metropolitanas abarcam um con-
tingente expressivo da população urbana nacional – embora a maior parte ainda esteja em núcleos urbanos de menor porte.
Há um crescimento também expressivo de cidades médias situadas fora das aglomerações metropolitanas (como Uberlân-
dia/MG, Barreiras/BA, Dourados/MS, Campina Grande/PB, entre outras) e também de municípios localizados em torno do
município central da metrópole (Guarulhos e Osasco, na Grande São Paulo; Nova Iguaçu, no Grande Rio).
Nos debates em sala de aula, leve em conta que os processos de urbanização no país estão muito vinculados aos mo-
vimentos migratórios ocorridos entre as décadas de 1950 e 1990, sobretudo em direção a São Paulo e Rio de Janeiro. Co-
laboraram também a concentração econômica no Centro-Sul e os processos de modernização no campo e expansão das
fronteiras agrícolas no Centro-Oeste e Norte do país. Tais processos contaram com a decisiva participação do Estado, seja
estimulando a expansão econômica, seja criando redes diversas para articulação e integração do território nacional.

u Oriente os estudantes na tarefa de completar os quadros-síntese iniciados na primeira aula com os principais elementos da
urbanização mundial e brasileira.

Quinta e sexta aulas

PROBLEMAS E SOLUÇÕES URBANAS

Reserve as duas últimas aulas para trabalhar com as turmas os problemas e as soluções urbanos. A proposta pode ser
finalizada com um trabalho de avaliação da qualidade de vida na área urbana do município em que os estudantes vivem, com
base em uma série de indicadores.
Exponha aos estudantes aspectos essenciais que devem ser observados quanto às estruturas internas da cidade. Para que
uma cidade possa funcionar e garantir boas condições de vida aos moradores e visitantes, ela precisa dispor, entre outras,
das seguintes situações:
u Edificações em condições adequadas e em bom estado de conservação;
u Serviços públicos e infraestrutura urbana (como saneamento básico) e meios e vias de transporte que garantam mobilidade
e acessibilidade aos cidadãos;
u Disponibilidade de espaços públicos de livre acesso, dotados de áreas verdes e equipamentos de lazer, esporte e cultura;
u Atividades econômicas que ofereçam empregos e dinamizem a vida na cidade;
u Usos do espaço que não comprometam as bases naturais do sítio urbano (por exemplo, que evitem o comprometimento
dos cursos d’água ou a ocupação de áreas de risco);
u Em áreas metropolitanas, políticas integradas que envolvam diferentes municípios quanto ao transporte coletivo, à rede de
água e esgoto, à destinação final do lixo, entre outros.

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1 Proponha a leitura dos excertos a seguir, que apresentam problemas e soluções urbanos em diferentes setores e em
diversas partes do mundo:

18 municípios serão mapeados contra deslizamentos no RJ


Uma empresa privada de geologia será escolhida para auxiliar o Serviço Geológico do Rio de Janeiro (DRM-RJ) no trabalho
de mapeamento das encostas de 18 municípios do norte e noroeste do estado.
No ano passado, 31 municípios foram mapeados e 1.673 setores foram considerados de risco. Nessas áreas, existiam
7.683 casas ameaçadas e 32.079 pessoas expostas ao perigo. O trabalho da equipe, que dura aproximadamente seis meses,
é, primeiramente, conversar com a Defesa Civil e com os moradores das regiões para saber quais são as áreas onde os
deslizamentos ocorrem com mais frequência. [...]
De acordo com o presidente do DRM-RJ, Flávio Erthal, muita coisa precisa ser feita para que acidentes sejam evitados,
como os deslizamentos que afetaram o município de Sapucaia, no interior fluminense. “A população precisa ser avisada que
mora em área de risco, como a prefeitura vem fazendo, e a Defesa Civil precisa ser melhor aparelhada. As coisas melhora-
ram, mas podem melhorar ainda mais.”

Fonte: national geographic brasil on-line de 13/2/2012. Disponível em http://viajeaqui.abril.com.br/materias/18-municipios-serao-mapeados-contra-deslizamentos;


último acesso em 16/5/2012.

Águas claras
Em Águas Claras, primeiro chegaram os moradores. Ainda não há escolas públicas, hospitais (primeiros socorros, em
Taguatinga; casos graves, no Plano Piloto), bibliotecas, creches, corpo de bombeiros nem delegacia de polícia. A cidade, por
enquanto, parece depender de uma ordem própria, do entendimento espontâneo entre seus habitantes – uma sucessão de
acidentes de trânsito em esquinas mal sinalizadas mostra que as coisas fogem um pouco do controle. “Até que melhorou. Nos
primeiros anos, nem bueiro havia. Na estação das águas, as ruas viravam rios”, conta um morador.

Fonte: “Ficção urbana”. national geographic brasil, edição no 130, de janeiro de 2012, pág. 37–38.

Espaço cívico
As grandes cidades dependem de uma região central na qual os habitantes possam se encontrar, se misturar, fazer negócios
e trocar ideias. O Foro, no centro da antiga Roma, tornou-se um exemplo dos espaços públicos que viriam depois. O local em
que hoje os turistas passeiam entre ruínas era movimentado, com tribunais, templos, monumentos e mercados que prospera-
ram por mais de um milênio.

Proximidade – cidade de Nova York


Os usuários reclamam dos vagões lotados, mas o metrô de Nova York ajuda a baixar o consumo de energia da cidade. O
adensamento e a diversidade – marcas de vitalidade urbana – ficam claros no rush entre as estações Grand Central e Wall Street.

O alastramento suburbano e o automóvel


O alastramento suburbano possibilitado pelo automóvel é um devorador de terras de plantio, energia e outros recursos.
Hoje, os urbanistas querem repovoar a região central das cidades e adensar os subúrbios, por exemplo, com a criação de
áreas de circulação de pedestres onde antes havia estacionamento de shopping centers. Enquanto isso, na China, na índia
e no Brasil, em que prossegue a migração para as cidades, as vendas de carros continuam aquecidas. “Seria melhor para o
planeta”, escreve o economista Edward Glaeser, se os habitantes desses países ficassem concentrados “em cidades densas,
em vez de manchas urbanas amplas e dependentes do carro.”

Fonte: KUNZIG, Robert. “Solução urbana”. national geographic brasil, edição no 141, dezembro de 2011, pág. 44, 56, 61.

Capitais não têm calçadas transitáveis, mostra levantamento


Nenhuma das 102 ruas de alta circulação de pedestres em 12 capitais brasileiras analisadas em um estudo, divulgado pelo
portal Mobilize Brasil, tem uma situação das calçadas considerada satisfatória. O resultado está no levantamento Calçadas
do Brasil, feito com o objetivo de chamar a atenção da sociedade e das autoridades para a necessidade de se cuidar das
áreas destinadas aos pedestres e, assim, garantir a mobilidade urbana a todos os cidadãos.
As cidades analisadas foram São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Salvador,
Fortaleza, Natal, Recife e Manaus. O levantamento começou a ser feito em fevereiro e é a primeira ação de uma campanha
para convocar as pessoas a denunciarem a má conservação das calçadas.

Fonte: Flávia Albuquerque, da Agência Brasil. national geographic brasil on-line de 27/4/2012. Disponível em http://viajeaqui.abril.com.br/materias/capitais-
brasileiras-nao-tem-calcadas-transitaveis-mostra-levantamento; último acesso em 16/5/2012.

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Singapura: uma cidade que anda na linha


Quem vive em Singapura não tem a menor ideia do que é mofar em um congestionamento. A frota da cidade é de cerca
de 900 mil veículos, incluindo aí caminhões e motos. Comprar um carro custa caro, e mantê-lo, mais ainda. A vida útil do
automóvel é de dez anos – depois disso, ele é descartado. Os táxis, que por natureza rodam mais, são expulsos ainda mais
cedo das ruas: após sete anos. À medida que os carros “velhos” vão saindo de circulação, o governo libera licenças para
autorizar novas compras. Cada licença custa cerca de 20.000 reais (esse valor varia de acordo com a demanda). Com isso,
a ideia é que a frota não ultrapasse o número atual. O desestímulo não para por aí. Há 25 pedágios eletrônicos espalhados
só na região central – na cidade toda são 73. Cada vez que o motorista passa sob um deles e ouve um agudo “pipi” do chip
instalado no para-brisa, sabe que lá se foram entre 65 centavos e 2,60 reais, dependendo do lugar e do horário.
Em contrapartida, Singapura é extremamente bem servida de transporte coletivo. São 3.300 ônibus (97% com ar-condicio-
nado) e 129,7 quilômetros de metrô. Criado em 1987, ele tem 87 estações espalhadas por quatro linhas. Um trem não demora
mais que três minutos para chegar.

Fonte: veja são paulo. Reportagem de Alexandre Zapparoli em 6/7/2011. Disponível no Planeta Sustentável (http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/
singapura-cidade-anda-linha-633030.shtml; último acesso em 17/5/2012).

Urbanização e combate à pobreza


A urbanização – o aumento da proporção urbana em relação à população total – é inevitável, mas também pode ser um fato
positivo. A atual concentração de pobreza, com proliferação de favelas e distúrbios sociais nas cidades, cria, na verdade, um
panorama ameaçador. Não obstante, na era industrial, nenhum país alcançou um crescimento substancial na ausência de
urbanização. As cidades concentram pobreza, mas também representam a melhor esperança de escapar dela.
As cidades geram efeitos nocivos para o meio ambiente, como resultado da civilização moderna. Não obstante, os especia-
listas e encarregados de formular políticas reconhecem cada vez mais o valor potencial das cidades para a sustentabilidade a
longo prazo. Se as cidades geram problemas, também contêm soluções. [...] O desafio consiste em aprender de que maneira
se pode explorar suas possibilidades.

Fonte: Fundo de População das Nações Unidas. “Estado de la población mundial 2007: liberar el potencial de crecimiento urbano.” UNFPA, 2007, pág. 1.

Proponha que a turma identifique problemas e soluções urbanas com base nos textos. Converse com a turma sobre tais
situações. Para isso, leve em conta os indicadores apontados antes. Eles servem de referência para se pensar a vitalidade
urbana, ou seja, as cidades vivas, dinâmicas e diversas, capazes de elaborar soluções para os próprios problemas.
Como recomenda o relatório “O estado da população mundial”, publicado pela ONU, deve-se evitar políticas de contenção
das migrações campo–cidade ou enviar migrantes de volta a suas regiões de origem: as oportunidades oferecidas pelas
cidades são um alento contra a pobreza. Além disso, qualquer cidadão tem o direito a viver em cidades se assim o desejar.

2 Proponha que a turma, dividida em pequenos grupos, faça levantamentos e avaliações em relação à cidade em que vi-
vem. Eles deverão considerar os indicadores mencionados antes como referência aos quesitos essenciais da vida urbana
(economia dinâmica e oferta de empregos, habitações e edificações adequadas, saneamento básico para todos, oferta de
água, luz e rede de esgotos, transportes coletivos rápidos, eficientes e seguros, espaços públicos de livre acesso que sejam
generosos, aprazíveis e com bons equipamentos etc.).
Com base nos indicadores, os estudantes poderão criar uma pontuação para cada quesito, avaliando as condições de cada
um dos deles, bem como o que pode ser feito para que sejam melhorados. Eles poderão também apontar o papel do poder
público, das empresas e da sociedade em geral na melhoria da qualidade de vida urbana.
No caso das turmas do Ensino Médio, os resultados poderão ser apresentados na forma de seminários, com preparação
prévia de textos e figuras impressos ou dispostos em meio eletrônico. Para as do Ensino Fundamental II, as apresentações
poderão ser feitas em painéis ilustrados, seja em papel, seja em meio eletrônico.
Reserve tempos e espaços para a apresentação e discussão do tema. Considere a possibilidade de expor os resultados a
outras turmas da escola e aos membros da comunidade.

u Avaliação

Leve em conta os objetivos propostos a essa sequência de atividades. Se necessário, acrescente outros objetivos, de acor-
do com as características das turmas. Verifique o domínio progressivo de conceitos-chave, como cidade, urbano, urbaniza-
ção e metrópole, assim como as capacidades relacionadas à leitura e intepretação de mapas, gráficos e tabelas. Crie formas
de registro da realização efetiva de atividades e da participação de cada estudante nas tarefas individuais e coletivas. Avalie
a produção de textos pelos estudantes, verificando sua clareza, coerência e organização. Se for conveniente, reserve tempos
e espaços para que os estudantes avaliem as experiências. Utilize essas informações nas futuras aulas.

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Desafio National Geographic 2012 plano de aula Viagem do conhecimento

Atividades complementares para os estudantes

1 Com base no que você estudou neste plano de aula, examine os dados do gráfico a seguir e escreva um texto explicati-
vo sobre os resultados.

População urbana mundial por tamanho de cidade – 1975–2015

60
Porcentagem de população urbana

50

40

30

20

10

0
1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015

10 milhões ou mais 5 milhões a 10 milhões 1 milhão a 5 milhões 500 mil a 1 milhão Menos de 500 mil

Fonte: Fundo de População das Nações Unidas. “Estado de la población mundial 2007: liberar el potencial de crecimiento urbano.” UNFPA, 2007, pág. 10.

Resposta esperada: O gráfico mostra que mais da metade da população urbana vive em cidades de menor porte, com
menos de 500 mil habitantes. De outro lado, vem ocorrendo um crescimento lento da participação das cidades de maior
porte no total da população urbana mundial, como as que ultrapassam a casa de 10 milhões de pessoas. Um dos desafios
desses resultados é o fato de que as cidades de menor porte contam com menos recursos para enfrentar suas carências se
comparadas às metrópoles.

2 (Desafio National Geographic 2011)

Considere os textos a seguir:

I – Com as ruas lotadas de vendedores, pedestres e táxis Ambassador, a cidade pulsa com cerca de 16 milhões de habi-
tantes – e todos os dias chega mais gente vinda de vilarejos rurais.
II – Tornou-se a maior cidade do planeta durante a Revolução Industrial impulsionada pelo carvão, ponto crucial por meio
do qual a população passou a crescer de forma acelerada.
III – Um robô capaz de falar ajuda uma idosa a fazer compras em um teste realizado na Cidade da Ciência, na antiga capi-
tal. No país, quase 30 milhões de idosos superam o contingente de jovens e respondem por 23% da população total.
Fonte: national geographic brasil, edição no 130, janeiro de 2011, pág. 49, 51 e 70 (com adaptações).

Os textos apresentam aspectos da realidade urbana e econômico-social verificados respectivamente:

(A) Na Inglaterra (Londres), no Brasil (Rio de Janeiro) e no Japão (Kyoto).


(B) No Quênia (Nairóbi), no Japão (Kyoto) e na Inglaterra (Londres).
(C) Na Índia (Kolkata, ou Calcutá), na Inglaterra (Londres) e no Japão (Kyoto).
(D) No Japão (Kyoto), na Inglaterra (Londres) e na Líbia (Trípoli).

Resposta: alternativa C

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3 (Desafio National Geographic 2010)

Sobre a cidade de Xangai, na China, considere as afirmações a seguir:

I – Apesar do forte crescimento econômico chinês, Xangai vive intensa depressão econômica, herança das interferências do go-
verno comunista que exilou suas elites econômicas, suprimiu o dialeto local e se apropriou dos recursos financeiros da cidade.
II – Desde meados da década de 1970, quase dobrou a população da cidade. Nas décadas seguintes, houve aceleração do
crescimento econômico. Mais de 6 milhões de migrantes temporários elevam para quase 20 milhões de pessoas a população
da metrópole, cuja mancha urbana estende-se hoje por cerca de mil quilômetros quadrados.
III – Em função do tipo e do ritmo de crescimento registrados em Xangai, a metrópole vem conhecendo hoje a proliferação de
arranha-céus e canteiros de obras. Estão programados novos edifícios modernos, demolição de prédios antigos, abertura de
novas ruas e estradas e novos investimentos em infraestrutura.

Caracteriza de forma correta a cidade de Xangai no período atual o que foi afirmado em:

(A) I, II e III.
(B) I e III.
(C) I, apenas.
(D) II e III.

Resposta: alternativa D

4 (Desafio National Geographic 2010)

A cidade de São Paulo ganhará mais uma área verde para recreação e lazer na Zona Leste: o Parque Lajeado. Com cerca
de 36 mil metros quadrados, o parque ficará aberto todos os dias, com playground, áreas de estar e jogos, além de um Cen-
tro de Educação Ambiental e boa acessibilidade a cadeirantes. Com mata nativa local preservada, o parque possui grande
variedade de espécies de plantas e da fauna, como o pica-pau-anão-de-coleira e o papagaio-verdadeiro.

Fonte: planeta sustentável de 4/3/2010. Disponível em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/sp-inaugura-parque-municipal-ampla-area-verde-537900.


shtml (com adaptações).

Com base na notícia, conclui-se que a iniciativa apresentada:

(A) Reforça desigualdades sociais em cidades do país, marcadas pela ausência de espaços públicos.
(B) Elimina o estoque de espaços públicos de livre acesso e áreas verdes em cidades brasileiras.
(C) Revela a expansão de espaços privados de acesso restrito, uma característica das metrópoles do país.
(D) Cria espaço público de livre acesso em grande cidade brasileira, o que vai beneficiar a população.

Resposta: alternativa D

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5 (Desafio National Geographic 2011)

Fresh Kills, Nova York: aqui estava um grande lixão.

Os moradores de Staten Island, distrito de Nova York, testemunham uma mudança impressionante na paisagem desde o
fechamento, em 2001, do lixão de Fresh Kills, até então o maior do planeta. Numa vasta área em que os montes de lixo che-
gavam a 50 metros de altura, está surgindo um aprazível parque com 890 hectares, quase o triplo do Central Park. Desde
1948, quando o local começou a ser usado como aterro, mais de 150 milhões de toneladas de detritos foram ali depositadas.
No fim da década de 1990, o aporte diário chegava a 25 mil toneladas.

Fonte: planeta sustentável. “Fresh Kills: aqui era o maior lixão do mundo.” Disponível em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/nova-york-
recuperacaoarea-deposito-lixo-ceu-aberto-veja-615906.shtml; último acesso em 29/4/2011 (com adaptações).

Entre as medidas que tornaram possíveis transformações como as mencionadas estão:

(A) Estabilizar o terreno e criar canais para vazão do gás resultante da decomposição do lixo.
(B) Impedir a população de depositar lixo nas ruas e proibir o consumo de bens duráveis.
(C) Instalar camada impermeável para conter o chorume e incentivar a expansão do consumo.
(D) Instituir cobrança pelo lixo produzido e criar aterros em áreas de várzea e nascentes de rios.

Resposta: alternativa A

6 (Desafio National Geographic 2010)

Três pontos são essenciais às próprias cidades e à humanidade: mobilidade, sustentabilidade e diversidade social. Se as
cidades resolverem bem esses três quesitos, estarão no caminho certo. Hoje, as grandes dificuldades são dependência ex-
clusiva do automóvel, moradia afastada do trabalho, divisão da cidade por função – enfim, tudo o que dificulta a qualidade de
vida dos cidadãos.

Fonte: Trecho de entrevista de Jaime Lerner, arquiteto e ex-prefeito de Curitiba (PR). national geographic brasil, edição no 123, junho de 2010, pág. 48–49.

Com base no trecho da entrevista, considere as seguintes iniciativas:

1. Estímulo por meio de incentivos fiscais ao uso do automóvel por indivíduos nas cidades.
2. Incentivo à construção de condomínios residenciais fechados para moradores de renda alta.
3. Investimentos na ampliação e eficiência dos sistemas de transporte coletivo urbanos.
4. Criação de espaços públicos com áreas verdes e equipamentos de lazer e cultura próximos a bairros ou zonas residenciais
e de comércio e serviços.
5. Abertura ou ampliação de avenidas e vias expressas para o tráfego de automóveis nas grandes cidades.

Entre as iniciativas citadas, contribuem para enfrentar problemas que afetam a mobilidade e a sustentabilidade das cidades
aquelas descritas em:

(A) 4 e 5.
(B) 2, 3 e 4.
(C) 1, 2 e 5.
(D) 3 e 4.

Resposta: alternativa D

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Indicações de fontes para consulta e pesquisa

Publicações
FUNDO DE POPULAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. “Relatório sobre a situação da população mundial 2011: pessoas e pos-
sibilidades em um mundo de 7 bilhões.” UNFPA, 2011, 132 pág.
FUNDO DE POPULAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. “Estado de la población mundial 2007: liberar el potencial de crecimiento
urbano.” UNFPA, 2007, 108 pág.
HAYDEN, Thomas (Org.). national geographic brasil. Especial Dossiê Terra: o Estado do Planeta – 2010. São Paulo, abril de
2010, 110 pág.
JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo, Martins Fontes, 2000, 510 pág.
KUNZIG, Robert. Solução urbana. national geographic brasil, São Paulo, abril, ano 12, no 141, dezembro de 2011, pág. 42–61.

Internet
national geographic brasil
u Cidades brasileiras:
“Menos é mais.” Borá (SP), a menor cidade do Brasil. Disponível em http://viajeaqui.abril.com.br/materias/menor-cidade-bora-
sao-paulo
“O que fazer quando acaba a madeira.” Paragominas (PA). Disponível em http://viajeaqui.abril.com.br/materias/o-que-fazer-
quando-acaba-a-madeira?pw=3
“Clube das mulheres.” Participação feminina em Santos (SP). Disponível em http://viajeaqui.abril.com.br/materias/materias-
mulheres-santos
“Ficção urbana.” Águas Claras (DF). Disponível em http://viajeaqui.abril.com.br/materias/brasilia-futurismo
Fotografias de Manaus (AM). Disponível em: http://viajeaqui.abril.com.br/materias/fotos-manaus-amazonas

u Cidades de outros países:


“A China pode ser verde?” Energia, poluição e cidades na China. Disponível em
http://viajeaqui.abril.com.br/materias/a-china-pode-ser-verde
“Marselha: uma cidade para todos.” A diversidade social e cultural em Marselha, França. Disponível em http://viajeaqui.abril.
com.br/materias/marselha-franca-futuro
“Um futuro ameaçado.” Nova Orleans (EUA). Disponível em http://viajeaqui.abril.com.br/materias/nova-orleans-katrina
“Astana, a nova capital do Casaquistão.” Disponível em http://viajeaqui.abril.com.br/materias/astana-a-nova-capital-do-caza-
quistao
“Solução urbana.” Disponível em http://viajeaqui.abril.com.br/materias/solucao-urbana?pw=2

planeta sustentável
Bondes do Rio de Janeiro, em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/investimento-transporte-publico-pequeno-
sem-planejamento-681847.shtml
Cidades sustentáveis/Rio+20, em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/rio-20-discutira-projeto-cidades-
sustentaveis-641714.shtml
Ciclovias em São Paulo, em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/capital-sp-ciclofaixa-lazer-domingos-velib-
paulista-bicicleta-681317.shtml
Cidades e saneamento básico: selo verde, em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/cidade-melhorar-saneamento-
tera-selo-verde-684227.shtml
Espaços públicos urbanos, em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/revitalizacao-espaco-publico-siderurgica-
abandonada-alemanha-677950.shtml e
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/parque-juventude-complexo-oportunidades-667759.shtml

Fundo de População das Nações Unidas-Brasil Disponível em http://www.unfpa.org.br/novo (em português)


IBGE Censos demográficos. Pnad: Estatísticas do Século XX. Disponível em http://www.ibge.gov.br
Observatório das Metrópoles. Disponível em http://www.observatoriodasmetropoles.net

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