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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Coordenação do Curso de Engenharia Civil

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO


Drenagem e Pavimentação do Bairro do Bessa

Thiago Rodrigo Ferreira Pinheiro

João Pessoa – PB
Outubro/2008
ii

UFPB – UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA


DCC – Departamento de Construção Civil
CT – Centro de Tecnologia

Drenagem e Pavimentação do Bairro do Bessa

Thiago Rodrigo Ferreira Pinheiro

Relatório de Estágio Supervisionado


apresentado à disciplina Estágio
Supervisionado da Coordenação do Curso de
Engenharia Civil da Universidade Federal da
Paraíba como requisito parcial para obtenção
do grau de Engenheiro Civil

João Pessoa
2008

AGRADECIMENTOS
iii

Sou grato, antes de tudo, pela minha vida, o dom maior que alguém pode receber de
Deus, o dom da existência, o dom de estar, mesmo sem nada ser.
Deus tem sido misericordioso e tem derramado Sua graça em minha vida. Sem Ele eu não
seria nada do que eu sou hoje. Minha gratidão durará até a eternidade.
Agradeço à minha família que sempre me deu o suporte que eu precisei nas horas mais
difíceis, mesmo eu não sendo o mais perfeito dos membros. Em especial aos meus pais, Eurides
Tupinambá Pinheiro e Maria do Socorro Ferreira Pinheiro, que sempre me deram todas as
condições necessárias para que adquirisse o conhecimento que obtive até hoje, às minhas irmãs
Thaís Kerly Ferreira Pinheiro e Thatiane Karine Ferreira Pinheiro.
Sou grato por ter o privilégio de conhecer novas pessoas, tão iguais e tão diferentes de
mim, que sempre tiveram, e ainda terão algo a contribuir com a edificação constante do meu
caráter e ética enquanto um ser relacional.
Aos amigos e todas as pessoas que me incentivaram e reconheceram que essa era uma
caminhada maravilhosa a ser seguida.
Aos professores, pelo compartilhar do conhecimento e experiências.
Enfim, sozinho ninguém é capaz de chegar a lugar algum. Grandes homens sempre
contam com a ajuda e suporte de outros.
Obrigado a todos.
iv
SUMÁRIO
Agradecimentos ...................................................................................................iii

1. Introdução 5
1.1 Identificação e Qualificação do Estágio.............................6
1.1.1 Instituição de Ensino......................................................................................................6
1.1.2 Estagiário.......................................................................................................................6
1.1.3 Empresa.........................................................................................................................6
1.1.4 Obra...............................................................................................................................6
1.2.5 Empresa que Realizou a Obra.......................................................................................6
1.2.6 Supervisor.....................................................................................................................6
1.2.7 Professor Orientador......................................................................................................6
2. A Obra 7
3.1 Aspectos Gerais................................................................7
4 Atividades de Estágio 12
4.1 Levantamento Topográfico.............................................12
4.2 Levantamento Planialtimétrico.......................................12
4.3 Escavação.......................................................................13
4.4 Reaterro..........................................................................14
4.5 Escoramento...................................................................14
4.6 Esgotamento e Rebaixamento de Lençol........................15
4.6.1 Esgotamento.................................................................................................................15
4.6.2 Rebaixamento de Lençol Freático...............................................................................16
4.7 Galerias e Tubos de Ligação...........................................17
4.8 Poços de Visitas..............................................................18
4.9 Bocas de Lobo.................................................................21
4.10 Caixas de Passagem.....................................................22
4.11 Lançamento..................................................................23
4.12 Ensaios Geotécnicos.....................................................24
4.13 Meio Fio.........................................................................25
4.14 Pavimentação das Ruas................................................26
4.15 Sarjetas.........................................................................27
5 Considerações finais 28

6 Referências Bibliográficas 29

7 ANEXOS 30
1. Introdução

O Estágio Curricular Supervisionado foi realizado nas obras de drenagem pluvial e


pavimentação no Bairro do Bessa em João Pessoa, entre Agosto de 2007 e Agosto de 2008,
tendo como empresa responsável a pelo estágio a SUPLAN – Superintendência de Obras do
Plano de Desenvolvimento do Estado da Paraíba. Órgão que é responsável por toda obra ou
reforma em prédios públicos no Estado da Paraíba.
O estágio realizado na SUPLAN teve como objetivo adquirir maior conhecimento prático
e técnico na área de engenharia civil através da fiscalização e desenvolvimento de serviços de
drenagem pluvial e pavimentação que incluem assentamento de tubos de concreto armado,
construção de poços de visita, bocas de lobo, caixas de passagem, além do assentamento de
pavimentação em paralelepípedo. Foi possível ainda, adquirir conhecimentos práticos de
levantamento topográfico, bem como de soluções de problemas enfrentados durante a execução
da obra.
1.1 Identificação e Qualificação do Estágio
1.1.1 Instituição de Ensino
Universidade Federal da Paraíba
Campus I – Cidade Universitária – João Pessoa PB
Centro de Tecnologia
Departamento de Tecnologia da Construção Civil
Curso de Graduação em Engenharia Civil

1.1.2 Estagiário
Thiago Rodrigo Ferreira Pinheiro
Endereço: Rua Senhor dos Passos Nº100, Jaguaribe
João Pessoa- PB. CEP 58015-400
Telefone: (83) 3042-4808
Celular: (83) 8805-5237

1.1.3 Empresa
SUPLAN – Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado da Paraíba
Endereço: Rua Feliciano Cirne, 326 - Jaguaribe
João Pessoa – PB. CEP 58015-270
Telefone: (83) 3218-5300

1.1.4 Obra
Drenagem Pluvial e Pavimentação do Bairro do Bessa
Endereço: Bessa / João Pessoa – PB

1.2.5 Empresa que Realizou a Obra


Razão Social: Construtora GABARITO Ltda.
Endereço: Rua Renato de Souza Maciel Nº 947, Bessa.
Telefone: (83) 3245-2928

1.2.6 Supervisor
Luiz Barreto Rabelo
Endereço: Rua Feliciano Cirne, 326 - Jaguaribe
João Pessoa – PB. CEP 58015-270

1.2.7 Professor Orientador


Clóvis Dias
Universidade Federal da Paraíba
Campus I – Cidade Universitária – João Pessoa PB
Centro de Tecnologia
Departamento de Tecnologia da Construção Civil
Telefone: (83) 3216-7353
2. A Obra

3.1 Aspectos Gerais

O estágio foi realizado no município de João Pessoa particularmente no Bairro do Bessa


onde foram realizadas obras de drenagem e pavimentação.
O projeto foi feito pela Arco Projetos e Construções LTDA, executado pela Construtora
Gabarito e fiscalizada pela SUPLAN.
Nossa área de trabalho situava-se nas bacias C, D e E. Na obra existiam diversas frentes
de trabalho de forma a abranger e atender simultaneamente uma maior área, podendo assim
garantir-se o bom andamento da obra e sua conclusão.
O Bairro do Bessa sofre com problemas de infra-estrutura básica, criando transtornos às
famílias residentes na área.
Os investimentos proverão a população de melhor acesso às ruas, bem como facilitará o
transporte urbano e a coleta de resíduos sólidos.
Em função do exposto, foram priorizadas as seguintes intervenções:

Drenagem e Pavimentação das ruas:

• Bacia C

- Rua Projetada 06 A
- Rua Benigno Bácia
- Rua Lourdes Ferreira de Andrade
- Rua Luzia Simões Batoline
- Rua Maria Augusta de Araújo Dias
- Rua Projetada 01
- Rua Projetada 02
- Rua Projetada 03
- Rua Promotor Wandemar Farias
- Rua Rita Sabino de Andrade

• Bacia D
- Rua Anastácio Camelo Oliveira
- Rua Doralice Dias
- Rua Ivanildo Guedes Pessoa
- Rua José Gonçalves de Abrantes
- Rua Josefa Miranda
- Rua Juiz João N. Filho
- Rua Lindolfo J. Correia das Neves
- Rua Maria A. N. Golveia
- Rua Maria da Glória Golveia
- Rua Norberto Castro Nogueira
- Rua Projetada 06

• Bacia E

- Rua José Gomes de Sá Filho


- Rua Josemar Rodrigues de Carvalho I
- Rua Carmem Homero
- Rua Clotilde Costa Cabral
- Rua João Batista Medeiros
- Rua José Teotônio dos Santos
- Rua Josefa Miranda Araújo
- Rua Josemar Rodrigues de carvalho II
- Rua Luiz Raimundo
- Rua Maria Jacir Pinto Costa
- Rua Prof. Antonio Sousa Leão
- Rua Projetada 04
- Rua Projetada 05
- Rua Vereador José Francisco Figueiredo
- Rua Wilson Guedes de Andrade
- Rua Vicente Barbosa

A área a ser contemplada foi de um total de 65.815,47 m², o que virá a beneficiar um
grande contingente da população.
A localização do Canteiro de Obras foi planejada de forma que ficasse em um ponto
central, próximo de todas as frentes de trabalho. A área do respectivo canteiro era bem ampla e
cercada com cercas de madeira com arame farpado.
O canteiro era constituído por:
• Escritório da construtora;
• Escritório da fiscalização;
• Refeitório para os trabalhadores;
• Cozinha;
• Dormitórios e WC para os operários;
• WC social;
• Área de carpintaria;
• Área para serviços de armação;
• Área para preparação de concretos e argamassas;
• Almoxarifado;
• Laboratório para ensaios geotécnicos.

As fotos a seguir mostram o canteiro:

Foto 01 - Canteiro de obras


Foto 02 - Carpintaria

Foto 03 – Armação de ferro e carpintaria

Foto 04 - Refeitório
Foto 05 – Preparo de concreto
4 Atividades de Estágio

4.1 Levantamento Topográfico

Antes do início de qualquer escavação de valas instalava-se uma rede de RN’s (referência
de nível), partindo de um ponto pré-determinado pela fiscalização. Os marcos que constituíam a
rede de RN’s tinham distância máxima de cem (100) metros, nivelados e contra-nivelados, não
admitia-se erros de fechamento superiores a 0,001 m para cada quilômetro.
Foram tomadas todas as providências necessárias para os marcos permanecerem intactos
até o final dos trabalhos.
Os marcos implantados eram registrados, rigorosamente, em plantas e cadernetas, ficando
estas últimas, arquivadas para eventuais consultas.
Por conseguinte era procedida a locação das partes constitutivas do sistema (galerias,
bocas de lobo, caixas de passagem, poços de visita, etc.), conforme as indicações e detalhes do
projeto.
A locação para a construção era efetuada da seguinte maneira:
• Colocavam-se piquetes de madeira de 0,25 m de comprimento, em ruas sem
pavimentação; ou
• Abriam-se pequenas marcas circulares por meio de ponteiras de aço, assinalando-se as
mesmas com esmalte vermelho, nos pavimentos de paralelepípedos ou de concreto.
O alinhamento das galerias era feito, sempre que possível, paralelo ao parâmetro das vias
públicas existentes ou projetadas.
O alinhamento da locação corresponde ao eixo da canalização com os marcos colocados
de 20 em 20 metros ou fração, sendo sempre numerados de jusante à montante, havendo também
marcos colocados nos cruzamentos das vias púbicas ou nas mudanças de direção da tubulação.

4.2 Levantamento Planialtimétrico

É necessário fazer o levantamento planialtimétrico, pois com a representação dos


acidentes geográficos do terreno em função das coordenadas planas (x, y) e da coordenada (z) de
pontos isolados do terreno (pontos cotados) ou de planos horizontais de interseção com o terreno
(curvas de nível) pode-se determinar movimentação de terra (volume de corte e aterro), direção e
largura da faixa de domínio (perfis longitudinais e transversais), estudos do relevo para fins de
planificação, estudos de impactos ambientais (fauna e flora) e outros.
Feito o levantamento da área em questão, deu-se início à terraplanagem, ou seja,
estabeleceram-se os volumes de corte e aterro que seriam necessários para deixar plano o perfil
natural do terreno.
Concluída esta etapa, parte-se para as operações básicas, tais como:

4.3 Escavação

Para escavação fez-se uso da retroescavadeira juntamente com a escavação manual.

Foto 06 - Retroescavadeira

Foto 07 – Escavação manual

A extensão máxima de abertura das valas obedeceu sempre às imposições do local de


trabalho, levando-se em conta o trânsito local, e o necessário à progressão contínua, tendo em
vista os trabalhos preliminares de instalação e sinalização, além de outros fatores como
esgotamento e escoramento de valas.
A largura média da vala é igual ao diâmetro interno da tubulação, acrescida de 0,86 m
para diâmetros de até 800 mm, de 1,20 m para diâmetro de até 1000 mm e de 1,30 m para
diâmetro de até 1200 mm. Esses valores foram adotados para profundidades de até 2,0 metros,
em alguns casos a profundidade foi maior, então para cada metro ou fração, além dos 2,0 metros
de profundidade, a largura da vala foi aumentada de 0,10 metros.
As valas de poços de visita possuem dimensões necessárias para a construção dos
mesmos, com o acréscimo indispensável à colocação do escoramento, quando foi necessário.
Em alguns casos ouve acumulo de água nas cavas, oriundas do lençol freático ou de
precipitações pluviométricas, então foi procedido o esgotamento contínuo, através de bombas de
rebaixamento, evitando assim que a água escoasse junto aos tubos já assentados, evitando a
erosão no terreno que apoiava esses tubos.

4.4 Reaterro

O reaterro foi feito utilizando-se o mesmo material escavado (o terreno do bairro do


Bessa é em sua maioria arenoso), após o reaterro, utilizava-se água para fazer o adensamento do
material, e em alguns casos utilizou-se vibrador para ajudar nesse adensamento.

Foto 08 – Reaterro dos tudos

4.5 Escoramento

Executaram-se os escoramentos sempre que as paredes laterais da vala ou de outras


escavações fossem constituídas de solo passível de desmoronamento, dependendo também da
profundidade a ser escavada.
Foi empregado o escoramento do tipo fechado ou contínuo, com o emprego de pranchas
metálicas, colocadas de modo a cobrir inteiramente as paredes das valas.
O contraventamento foi executado por meio de longarinas em ambos os lados,
devidamente presas com estroncas transversais.

Foto 09 - Escoramento

4.6 Esgotamento e Rebaixamento de Lençol

4.6.1 Esgotamento

Em alguns casos o fundo da vala ultrapassou o nível do lençol freático, sendo feito assim
o esgotamento. Foram utilizadas bombas centrífugas de rotor aberto com motor elétrico. Em
alguns casos o esgotamento não foi suficiente então foi adotado o rebaixamento de lençol
freático conforme o item abaixo:
Foto 10 – Esgotamento por bomba centrífuga

4.6.2 Rebaixamento de Lençol Freático

No caso de solos permeáveis como o do Bairro do Bessa, e como na maioria das vezes os
fundos das valas ficaram muito abaixo do nível do lençol freático, foi indispensável o
rebaixamento do lençol para que se conseguisse trabalhar à seco.
Foi usado o sistema simplificado de ponteiras, coletor e conjunto motor-bomba.
As fotos a seguir mostram o sistema de ponteiras e o conjunto motor-bomba.

Foto 11 – Sistema de ponteiras


Foto 12 – Conjunto Motor-Bomba

4.7 Galerias e Tubos de Ligação

Os tubos de ligação usados foram de concreto simples, tipo ponta e bolsa, com diâmetros
internos de 400 mm. Esses tubos servem de ligação entre a boca de lobo que coleta as águas das
vias e a galeria pluvial.
Para as galerias principais utilizaram-se tubos de concreto armado, tipo ponta e bolsa,
com diâmetros que variaram de 600 mm a 1200 mm.
A junta utilizada foi a junta rígida executada com argamassa de cimento e areia.

Foto 13 – Assentamento de tubo de concreto


Foto 14 – Aplicação da junta rígida

Foto 15 – Tubulação assentada

4.8 Poços de Visitas

Os poços de visita do projeto tinha as seguintes características:


a) Câmara de trabalho com paredes em concreto armado no traço 1:2:2, 18 MPa, ou de
alvenaria de tijolos maciços de uma vez, assentados com argamassa de cimento e areia,
no traço 1:5 com laje superior de concreto armado. A laje de fundo é de concreto simples,
com espessuras de 0,15 metros, no traço volumétrico de 1:3:5 (cimento, areia e brita). As
meias canas internas das paredes e a laje de fundo recebem revestimento com argamassa
de cimento e areia, no traço de 1:3, alisado com desempenadeira de aço.
b) Câmara de acesso ou chaminé, construída e apoiada sobre a laje superior da câmara de
trabalho, constituída de anéis pré-moldados de concreto simples no traço de 1:3:5 e com
diâmetro de 0,60 metros (diâmetro interno). A altura máxima foi de um metro. Os poços
de pequena profundidade não possuem câmara de acesso.
c) Tampões de ferro fundido com capacidade para suportar a carga de até 4500 Kg, aplicada
no centro. O tampão é apoiado sobre a chaminé ou diretamente sobre a laje superior da
câmara de trabalho.

A figura a seguir ilustra o esquema de um poço de visita:

Figura 01 – Esquema do poço de visita

A seguir, fotos que mostram a montagem de ferragens, fôrmas e construção de câmara de


acesso:
Foto 16 – Montagem de fôrma de poço de visita

Foto 17 – Montagem de fôrma de poço de visita

Foto 18 – Construção da câmara de acesso


4.9 Bocas de Lobo

O processo de construção das bocas de lobo consistiu na locação das bocas de lobo por
meio de estacas, depois escavação, base de concreto, execução das paredes, revestimento dessas
paredes e por fim a sua tampa.
Foram utilizadas bocas de lobo com tampas de concreto armado, no traço 1:2:2, com
abertura na guia com as seguintes características:
• Construídas em alvenaria de tijolos prensados, de uma vez, rejuntados com argamassa de
cimento e areia, no traço de 1:5. A laje inferior de concreto simples, no traço de 1:3:5,
com 0,10 metros de espessura e a laje superior em concreto armado, com tampa para
inspeção.
• Revestidas, interiormente, com argamassa de cimento e areia, no traço de 1:5. A laje de
fundo tem declividade no sentido do tubo de ligação.

A figura a seguir ilustra o esquema de uma boca de lobo:

Figura 03 – Ilustração de uma boca de lobo


As fotos a seguir mostram a construção de bocas de lobo:

Foto 19 – Construção de uma boca de lobo

Foto 20 – Boca de lobo concluída

4.10 Caixas de Passagem

Em alguns casos fez-se necessário a sua construção devido a algum empecilho que não
possibilite o assentamento de um tubo, sendo colocado assim uma caixa de passagem.
Como o projeto de drenagem não foi feito em conjunto com o projeto sanitário, muitas
vezes as tubulações de esgoto serviam de obstáculo para as tubulações de drenagem, assim como
fios elétricos subterrâneos também serviram de empecilhos.
A foto a seguir mostra uma interferência que provocou a necessidade da construção de
uma caixa de passagem:
Foto 21 – Interferência (tubulação da CAGEPA)

A seguir, uma caixa de passagem concluída:

Foto 22 – Caixa de passagem concluída

4.11 Lançamento

No geral, as extremidades das galerias junto ao curso de água receptor são dotadas de
dispositivos apropriados, de acordo com a sua posição topográfica e as funções que forem
atribuídas às mesmas, pelo projeto.
Salvo os casos específicos, devidamente detalhados, nas extremidades das galerias são
construídos sistemas simples, com a finalidade de evitar obstruções, erosões e soterramento das
mesmas. No nosso caso, foi empregado muretas de concreto armado. Compondo o dispositivo,
no nível da geratriz inferior da galeria, construiu-se uma laje de concreto.

A foto a seguir mostra a extremidade da galeria e o canal onde a água será lançada:

Foto 23 – Lançamento da água no canal

4.12 Ensaios Geotécnicos

No laboratório de geotecnia foram realizados vários testes em amostras de solo, visando


classificar e determinar as características do mesmo. Abaixo segue relação dos ensaios feitos:

• Granulometria por peneiramento;


• Teor de umidade do solo;
• Índice de suporte California;
• Densidade in situ;

No ensaio do Índice de suporte Califórnia (ICS), é medida a resistência à penetração de


uma amostra saturada compactada segundo o método Proctor. Para essa finalidade, um pistão
com seção transversal de 3 pol² penetra à uma velocidade de 0,05 pol/min.
O valor da resistência à penetração é computado em porcentagem, sendo que 100% é o
valor correspondente à penetração em uma amostra de brita graduada de elevada qualidade que
foi adotada como padrão de referência.
O ensaio é composto por três etapas:
a) Compactação do corpo de prova: são compactados com cinco teores de umidade em uma
amostra, segundo o método Proctor, utilizando-se o molde grande (diâmetro de seis
polegadas – aproximadamente 150 mm), em cinco camadas, com o soquete grande, sendo
que o número de golpes depende da energia de compactação (normal – 12, intermediária
– 26 e modificada – 55 golpes), abtendo a curva de compactação. (γs x h)
b) Obtenção da curva de expansão: após a compactação, o corpo de prova dentro do molde
cilíndrico é colocado imerso por 4 dias, medindo-se a expansão.
c) Medida da resistência à penetração.

4.13 Meio Fio

Os meios fios atuam condutores das águas precipitadas sobre as pistas e passeios,
direcionando-as para as bocas de lobo, caixas coletoras ou descidas d’água.
O meio fio utilizado foi de pedra, sendo colocado de forma linear no sentido longitudinal.
A argamassa utilizada para o preenchimento das juntas era de cimento e areia no traço de
1:3 em peso, respectivamente.
Algumas vezes as pedras foram rejeitadas pela fiscalização por estarem fora das
especificações, com formas muito imperfeitas, pequenas demais, grande demais.

As fotos a seguir mostram o meio fio e a junta:

Foto 24 – Junta do meio fio


Foto 25 – Meio fio assentado

4.14 Pavimentação das Ruas

Depois de ter o projeto geométrico desenvolvido com base nos estudos topográficos e
geotécnicos, e em seguida o projeto de terraplanagem que foi desenvolvido a partir do projeto
geométrico e tendo todos os elementos que compõe a drenagem superficial das ruas, iniciou-se a
pavimentação das ruas onde a estrutura usada foi paralelepípedos graníticos, que tinha por
finalidade promover o escoamento superficial das águas pluviais, que em particular no caso do
Bairro do Bessa é de fundamental importância para que o Sistema de Drenagem funcione
adequadamente, devido à topografia da área ser muito plana, onde as cotas variam de 3,00 a 5,00
m.
Antes do calçamento, foi colocada uma camada de areia, o chamado colchão de areia. Em
seguida colocaram-se os paralelepípedos.
As fotos a seguir mostram o colchão de areia e os paralelepípedos assentados.
Foto 26 – Colchão de areia e assentamento dos paralelepípedos

Foto 27 – Calçamento concluído

4.15 Sarjetas

As sarjetas são canais, em geral de seção transversal triangular, localizados nas laterais
das ruas, entre o leito viário e os passeios para pedestres, destinados a coletar as águas de
escoamento superficial e transportá-las até as bocas coletoras. Limitadas verticalmente pela guia
do passeio, têm seu leito em concreto ou no mesmo material de revestimento da pista de
rolamento.
As sarjetas foram feitas com o mesmo material do revestimento das ruas, ou seja,
paralelepípedos, e suas larguras são de trinta centímetros.
5 Considerações finais

Minha participação neste Estágio Curricular Supervisionado mostrou-me o quanto a


prática, aliada à teoria, é importante na vida profissional. Pude colocar em prática um grande
leque de conhecimentos adquiridos durante todos esses anos dentro da Universidade.
Aprendi bastante, pois pude acompanhar de perto todas as etapas necessárias para a
realização de obras de drenagem pluvial e pavimentação de ruas. Observei que, muitas vezes, o
projeto original não pôde ser posto em prática da forma que foi concebido, devido a empecilhos
e contratempos, imprevistos que sempre necessitaram de decisões rápidas para serem
contornados, pois o projeto de drenagem não era “casado” com outros projetos que já haviam
sido executados anteriormente, como o de esgotamento sanitário ou elétrico em algumas ruas. Aí
entra a figura do Engenheiro, sempre tomando as decisões, firme e sensatamente, procurando
otimizar a utilização do tempo, da mão-de-obra e dos materiais utilizados.
Percebi que a fiscalização de obras públicas sempre “sofre” com tentativas de apressar a
obra, por parte da construtora contratada, fazendo com que o serviço não atinja o padrão ideal
exigido em algumas ocasiões.
Apesar de existirem problemas, acredito que os serviços foram executados de maneira
satisfatória.
6 Referências Bibliográficas

FERNANDES, C – Microdrenagem – Um Estudo Inicial, DEC/CCT/UFPB, Campina Gande,


2002, 196p.

MELO, Ricardo A de. Manual de Drenagem de Rodovias. Rio de Janeiro, 1990.

WILKEN, Paulo Sampaio. Engenharia de Drenagem Superficial. São Paulo. CETESB. 1978.
478p.

DER/PR. Drenagem: dispositivos de drenagem pluvial urbana – Especificação Técnica.


DER/PR ES-D 12/05, Deliberação nº281/2005.

DER/PR. Obras Complementares: Meios-fios, Especificação Técnica. DER/PR ES-QC13/05,


Deliberação nº281/2005.

DNIT030/2004. Drenagem: dispositivos de drenagem pluvial urbana – Especificação de


Serviços.

Relatório Técnico IPT Nº 74 505-205 (parcial). Inspeções das galerias de drenagem executadas
no sistema Rib Loc na obra do Túnel Rebouças. Emitido em 13 de janeiro de 2005.

ANTUNES, Carlos. Levantamentos Topográficos. Lisboa, 1995.

NBR 8290/2003 – Tubo de concreto, de seção circular, para águas pluviais e esgotos –
Requisitos e métodos de ensaio.

NBR 12266/1992 – Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto
ou drenagem urbana.
7 ANEXOS

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