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CAPÍTULO 4
COMBUSTÃO DE SÓLIDOS
Autor:
2005
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
ÍNDICE
ÍNDICE ................................................................................................................... 2
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 6
NOMENCLATURA............................................................................................... 63
2
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
ÍNDICE DE FIGURAS
3
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
4
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
ÍNDICE DE TABELAS
5
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
COMBUSTÃO DE SÓLIDOS
1 INTRODUÇÃO
6
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
Frente de
Plano de secagem
simetria Eixo de
simetria
MVAP
Gás com
composição, q
temperatura e
velocidade
definida
MGP
7
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
Gases
reagentes: O2,
CO2, H2O
Gases
produtos: CO,
H2, CO2
8
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
As etapas por que passa uma partícula de sólido, até sua completa
combustão, descritas anteriormente de forma qualitativa, podem ser modeladas
matematicamente, permitindo uma maior compreensão de como os parâmetros
operacionais de um determinado equipamento e as propriedades de um
determinado combustível podem interferir na sua combustão.
As principais reações químicas ou transformações físicas que ocorrem nas
etapas de aquecimento, secagem e pirólise podem ser, de forma simplificada,
representadas pelas seguintes reações:
9
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
UMIDADE R1 Vapor
d’água
CINZA
CINZA
dρ MV
= −k 2 ρ MV (1)
dt
⎛ − E2 ⎞
k 2 = k 0,2 exp⎜⎜ ⎟⎟ (2)
⎝ RTs ⎠
10
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
Frente de
secagem
nz+∆
z
MVAP nx+∆x
q
∆V ny+∆
ny
∆z
ρ
x ∆y ∆x
MGP
nx
nz
Sólido Sólido Sólido
úmido seco pirolisando
∂ρi ∂(ρi v y )
=− + ∑ ν ijR jMi
∂t ∂y j
dρMV
= −k 2ρMV
dt
11
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
∂T ∂T ∂T ∂T
ρc p = − ρc p ( v x + vy + vz )
∂t ∂x ∂y ∂z
∂qx ∂q y ∂q z
−( + + )
∂x ∂y ∂z
∂v x ∂v y ∂v z
− τ xx ( )− τ yy ( )− τ zz ( )
∂x ∂y ∂z
∂v x ∂v y ∂v y ∂v z ∂v z ∂v x
− τ xy ( + )−τ yz ( + )− τ xz ( + )
∂y ∂x ∂z ∂y ∂x ∂z
∂ ln V ∂p ∂p ∂p ∂p
+( ) p,xi ( + v x + vy + vz )
∂ln T ∂t ∂x ∂y ∂z
12
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
Esta expressão nos diz que a variação de energia da fase sólida é função
do fluxo de energia transportado pelos produtos de pirólise e vapor d’água de
secagem, da condução de calor pela fase sólida e da entalpia da reação de
pirólise. A diferença (HGP-Hs) corresponde à variação de entalpia devida à
mudança de matéria volátil da fase sólida para a fase gasosa.
Para resolvermos o sistema de equação diferencial representado pelas
equações (3) e (4) precisamos de uma condição de contorno no tempo (t) e duas
ao longo da espessura (y). A condição no tempo é satisfeita pelo conhecimento
da temperatura da partícula no instante inicial. A derivada primeira da temperatura
no centro é conhecida e igual a zero devido à condição de simetria da partícula. A
derivada da temperatura na superfície pode ser calculada a partir do calor trocado
com os gases. O coeficiente de troca de calor entre o meio gasoso e a superfície
da partícula deve considerar a troca de calor por convecção e radiação.
A partir deste modelo pode-se avaliar a influência de alguns parâmetros
operacionais e propriedades do sólido no tempo necessário para se completar as
etapas de aquecimento, secagem e pirólise de uma partícula sólida, colocada
num ambiente em condições pré-definidas. Mais detalhes deste modelo podem
ser obtidos em USHIMA (1996).
13
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
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IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
2000
1800
1600
1400
1200
Temperatura (K)
Tsup
1000 Tinterm
Tcentro
800
600
400
200
0
0.000 0.005 0.010 0.015 0.020 0.025 0.030 0.035
Tempo (s)
1800
1600
1400
1200
Temperatura (K)
1000 Tcentro
Tinterm
800 Tsup
600
400
200
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80
Tempo (s)
2000
1800
1600
1400
1200
Temperatura (K)
Tcentro
1000 Tinterm
Tsup
800
600
400
200
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tempo (s)
15
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
FMGP FMVAP
4.0
3.5
3.0
2.5
Fluxo (kg/m2s)
2.0
1.5
1.0
0.5
0.0
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
Tempo (s)
(a)
Fluxos de vapores e gases para partículas de 10 mm de espessura
FMGP FMVAP
0.50
0.45
0.40
0.35
Fluxo (kg/m2s)
0.30
0.25
0.20
0.15
0.10
0.05
0.00
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tempo (s)
(b)
Figura 4 Influência da espessura na evolução de secagem e pirólise
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IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
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IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
900
800
700
600
Densidade (kg/m3)
500
400
300
200
1% 10 % 20 % 30 % 40 %
100
0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6
Tempo (s)
FMGP FMVAP
3.0
2.5
2.0
Fluxos (kg/m2s)
1.5
1.0
0.5
0.0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6
Tempo (s)
18
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
3.5
2.5
Fluxos (kg/m2s)
2.0
1.5
1.0
0.5
0.0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4
Tempo (s)
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IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
1800
1600
1400
1200
Temperatura (K)
1000
800
600
400
200
0
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
Tempo (s)
(a)
Evolução da temperatura de placa de 1,0 mm em meio a 2273 K
2500
2000
Temperatura (K)
1500
1000
500
0
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45
Tempo (s)
(b)
Figura 8 Evolução da temperatura no interior de partícula de 0,001 m de
espessura imerso em meios a 1773 e 2273 K
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IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
NNuK G
hC = (7)
DP
21
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
700
600
500
Densidade (kg/m3)
400
300
0 m/s
100 50 m/s
5 m/s
0
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
Tempo (s)
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IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
Esta relação indica que quanto maior for a temperatura em que ocorra a
reação (R3) menor será o valor do coeficiente a. No limite, para a igual a 0,5
(temperaturas muito elevadas), teremos formação somente de CO. Para a igual a
1 (temperaturas baixas), formação somente de CO2. Durante a combustão de
sólidos, no interior das partículas, também ocorrem outras reações heterogêneas,
com outros gases reagentes, como as apresentadas a seguir.
C + H2O → CO + H2 (R4)
d 2 (D fn,i C i )
= Rj (11)
dy 2
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dC i dCi
y =0 =0 e − D fn,i y = y s( − ) = −k TM,i (Ci,∞ − Ci, y s )
dy dy
(Ci − Ci,eq )
onde: θi = é a concentração adimensional do componente gasoso i
(Ci,∞ − Ci,eq )
y
χ= é a cota adimensional ao longo da espessura da partícula
ys
k j 0,5
NTh = y s ( ) número de Thiele
D fn,i
a = fração não consumida da partícula
ys = metade da espessura da partícula
ψ y sK TM,i
θi,s = onde ψ= cot gh(NTha)
1+ ψ Dfn,iNTh
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− (Ci,∞ − Ci,eq )
Ji y=ys = (13)
1 y cot gh(NTha)
+ s
k TM,i Dfn,iNTh
− (Ci,∞ − Ci,eq )
Ji = (14)
y=ys
1 y (1 − a) y s cot gh(NTha)
+ s +
k TM,i DCZ Dfn,iNTh
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IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
100
90
80
70
Fração consumida (%)
60
50
40
30
20
10
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Tempo (s)
26
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
100
90
80
70
Fração consumida (%)
60
50
40
30
20
10
0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (s)
− (Ci,∞ − Ci,eq )
Ji y=ys = (15)
⎡ ⎛ k ⎞0,5 ⎤
cot gh⎢ y sa⎜⎜ ⎟ ⎥
j
⎢ D ⎟ ⎥
1 ⎣ ⎝ fn ,i ⎠ ⎦
+
k TM,i D0fn,5,ik 0j,5
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2050
2000
1950
Temperatura (K)
1900
1850
1800
1750
0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
Tempo (s)
28
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
3% 10 % 21 %
100
90
80
21% 10% 3%
70
Fração consumida (%)
60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Tempo (s)
29
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1,00
0,90
0,80
T 2373 K T 1773 K T 1173 K
0,70
Taxa de consumo
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 2 4 6 8 10 12
Tempo (s)
30
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
100
90
80
70
Taxa de consumo (%)
60
40
30
20
10
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0
Tempo (s)
31
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32
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33
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
ar primário e
combustível
queimadores queimado
ar
secundário
queimadores
queimadores queimado
cinzeiro cinzeiro
(a) (b) (c)
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35
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
36
IPT CURSO DE COMBUSTÃO INDUSTRIAL AET
37
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RSM bruto
38
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39
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40
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NRemf µ Gav
Umf = (16)
D Pav ρ Gav
onde:
1/ 2
⎡ 2 gD P3av ⎤
NRemf = ⎢a1 + a 2 2 ρ Gav (ρ Pav − ρ Gav )⎥ − a1 (17)
⎢⎣ µ Gav ⎥⎦
Os autores sugerem que, para uma variedade de sistemas, aos parâmetros “a1” e
“a2” possam ser atribuídos valores de 33,7 e 0,0408, respectivamente.
O leitor deve estar alerta de que as condições de fluidização podem mudar
drasticamente ao longo de um processo de fluidização. Desta forma, na
combustão, as condições de mínima fluidização no início do processo podem ser
muito diferentes das durante a combustão. Por exemplo, a vazão mássica de gás,
correspondente a de mínima fluidização à temperatura ambiente, é muito maior
do que na temperatura de operação do leito, devido ao efeito de expansão do
gás.
Outro parâmetro importante em processos que envolvem fluidização é a
velocidade terminal das partículas, definida como a máxima velocidade que uma
partícula atinge caindo livremente em um gás parado. Se a velocidade de gases
no interior do leito ultrapassar a velocidade terminal de uma determinada fração
de partículas, esta fração tende a ser arrastada do leito, saindo com os gases de
combustão. Esta velocidade pode ser estimada a partir da mecânica dos fluidos
pela expressão:
D P ρ GU t
NRe = (18)
µG
onde
1
⎡ 4gD1P+n (ρ P − ρ G ) ⎤ 2−n
Ut = ⎢ ⎥ (19)
⎣ 3bρ1G−n µ nG ⎦
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1
DPav = (20)
n
wi
∑
i=1 D P,i
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Região da
caldeira
reformada
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material seco (PCI) é calculado a partir do PCS e da análise elementar, e não leva
em conta a entalpia de vaporização do vapor de água formado na combustão. A
fórmula de cálculo do PCI é apresentada a seguir.
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• Ataque de refratários
O ataque químico das cinzas aos refratários pode ser evitado ao escolher-
se refratários com comportamento químico semelhante ao das cinzas. Os óxidos
presentes nas cinzas apresentam as seguintes tendências:
- óxidos de elementos metálicos são básicos, tais como FeO, MgO e
CaO;
- óxidos de semimetais são geralmente ácidos, tais como os de silício,
zircônio e titânio;
- excepcionalmente, alguns óxidos são neutros, como o óxido de
alumínio.
Os materiais refratários que entram em contato com as cinzas devem ter
baixa porosidade pois as cinzas alojadas nos poros, ao se dilatarem, provocam
rachaduras nas superfícies dos mesmos.
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4.2.1. Densidades
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6(1 − ν leito )
AExt = Vleito (28)
φ P DP
onde : νleito= porosidade do leito
DP = diâmetro médio de partícula
Vleito= volume do leito
Material Esfericidade
Areia 0,600 a 0,861
Carvão pulverizado 0,696
Sólidos quebrados 0,63
Fonte: Kunii e Levenspiel( 1969)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NOMENCLATURA
ρ densidade (kg/m3)
σ constante de Stefan-Boltzmann (W.m-2.K-4)
θ concentração adimensional
µ viscosidade dinâmica (kg.m-1.s-1)
ν porosidade
φ esfericidade
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Subscrito
av média
c carbono
eq equilíbrio
f forma
G gás
GL global
GP produto de pirólise
o
lv(25 C) entalpia de vaporização da água a 25 oC
i componente gasoso
j reação heterogênea
mf mínima fluidização
MV matéria volátil
P partícula
R radiação ou real
s superfície
S sólido
t terminal
VP vapor d’água
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ANEXO 1
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∆H j
K eq, j = K 0, j exp( − ) (A1)
RT
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