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CENTRAL DE TRATAMENTO
E VALORIZAÇÃO
AMBIENTAL
(CTVA) - ESCADA/PE
ABRIL / 2017
Nº:
RELATÓRIO TÉCNICO 176_01-00-00-EA-RT-M-001-R02
CLIENTE: FOLHA:
VIA AMBIENTAL ENGENHARIA E SERVIÇOS S/A 1 de 473
TÍTULO:
ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAIS - EIA
EMPREENDIMENTO:
ÍNDICE DE REVISÕES
0 ORIGINAL
1 ATENDIMENTO AO OF. CGAB Nº 029/ 2015 (NAIA/ CPRH)
2 ADEQUAÇÃO DOS ESTUDOS AO NOVO PLANO DIRETOR DA CIDADE DE ESCADA/ PE
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO........................................................................................................... 16
2. MAPA DE LOCALIZAÇÃO .............................................................................................. 18
3. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA ................................................................... 20
3.1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO, PROPONENTES, EMPRESAS CONSULTORAS E EQUIPE
TÉCNICA ...................................................................................................................................... 21
3.2. OBJETIVO E JUSTIFICAVA DO EMPREENDIMENTO ................................................................ 25
3.2.1. OBJETIVO GERAL .............................................................................................................. 25
3.2.2. JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO ................................................................................ 25
3.2.3. JUSTIFICATIVA AMBIENTAL ................................................................................................. 26
3.2.4. JUSTIFICATIVA SOCIOECONÔMICA ...................................................................................... 26
3.3. ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS.................................................................. 28
3.3.1. ÁREAS ANALISADAS ........................................................................................................... 31
3.3.1.1.ALTERNATIVA 01 ............................................................................................................... 33
3.3.2. ALTERNATIVA 02 ............................................................................................................... 34
3.3.3. APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS ELIMINATÓRIOS........................................................................ 36
3.3.4. CRITÉRIOS CLASSIFICATÓRIOS .......................................................................................... 36
3.3.5. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS ............................................................................................... 40
3.3.5.1.AVALIAÇÃO DE ÁREAS NO MUNICÍPIO PRÉ-SELECIONADO ..................................................... 40
3.3.6. TECNOLOGIAS AVALIADAS ................................................................................................. 41
3.3.7. DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA A SER UTILIZADA NO EMPREENDIMENTO .................................. 43
3.3.7.1.ESTRUTURAS DE APOIO DA CTVA ...................................................................................... 43
3.4. DESCRIÇÃO TÉCNICA DO EMPREENDIMENTO ...................................................................... 43
3.4.1. DESCRIÇÃO DA CONCEPÇÃO, DIMENSIONAMENTO E CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ................ 43
3.4.2. DESCRIÇÃO DE CADA ATIVIDADE ........................................................................................ 44
3.4.2.1.UNIDADE DE RECEPÇÃO E ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO ................................................. 44
3.4.2.2.SELEÇÃO / SEGREGAÇÃO................................................................................................... 44
3.4.2.3.ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DE RESÍDUOS .................................................................. 44
3.4.2.4.ISOLAMENTO, SINALIZAÇÃO E CONTROLE DA OPERAÇÃO ..................................................... 45
3.4.2.5.RECICLAGEM..................................................................................................................... 46
3.4.2.6.CONTROLE DE FLUXO, LABORATÓRIO E BALANÇAS............................................................. 46
3.4.2.7.ATERRO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS CLASSES I E II ............................................................ 47
3.4.2.8.UNIDADE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................. 48
3.4.2.9.VIVEIRO DE MUDAS ............................................................................................................ 48
3.4.2.10.CORTINA VEGETAL .......................................................................................................... 48
3.4.2.11.ESTRUTURA DE APOIO ADMINISTRATIVO ........................................................................... 48
3.4.2.12.DESCRIÇÃO TÉCNICA DO ATERRO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS CLASSES I E II..................... 49
3.4.3. ELEMENTOS BÁSICOS DO PROJETO ................................................................................... 49
3.4.3.1.SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO INFERIOR ....................................................................... 49
3.4.3.2.SISTEMA DE DRENAGEM TESTEMUNHO .............................................................................. 50
3.4.3.3.SISTEMA DE DRENAGEM DE GASES.................................................................................... 50
3.4.3.4.SISTEMA DE DRENAGEM DOS LÍQUIDOS PERCOLADOS ........................................................ 50
3.4.3.5.SISTEMA DE TRATAMENTO DOS LÍQUIDOS PERCOLADOS..................................................... 50
3.4.3.6.SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ..................................................................... 51
3.4.3.7.COBERTURA DAS CÉLULAS SOBRE RODAS ......................................................................... 51
3.4.3.8.IMPERMEABILIZAÇÃO SUPERIOR......................................................................................... 51
3.4.3.9.ÁREA NÃO EDIFICADA E CORTINA VEGETAL ....................................................................... 51
3.4.4. SISTEMÁTICA DE CONTROLE E FREQUÊNCIA DE RECEBIMENTO DOS RESÍDUOS ..................... 51
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA VIA AMBIENTAL, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 103 - Matriz de impactos ambiental para a Fase de Implantação ................................. 379
Quadro 104 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de Implantação.............................. 380
Quadro 105 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de Implantação (continuação) ....... 381
Quadro 106 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de Implantação (continuação ........ 382
Quadro 107 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de Implantação (continuação) ....... 383
Quadro 108 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de Implantação (continuação) ....... 384
Quadro 109 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de Implantação (continuação) ....... 385
Quadro 110 - Matriz de impactos ambiental para a Fase de Operação ..................................... 386
Quadro 111 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de operação .................................. 387
Quadro 112 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de operação (continuação) ........... 388
Quadro 113 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de operação (continuação) ........... 389
Quadro 114 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de operação (continuação) ........... 390
Quadro 115 - Matriz de impactos ambiental para a Fase de Desativação ................................. 391
Quadro 116 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de Desativação ............................. 392
Quadro 117 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de Desativação (continuação)....... 393
Quadro 118 - Valoração dos impactos ambientais na Fase de Desativação (continuação)....... 394
Quadro 119 – Medidas de controle ............................................................................................. 397
Quadro 120 – Medidas de controle (continuação) ...................................................................... 398
Quadro 121 - Medidas de controle (continuação) ....................................................................... 399
Quadro 122 - Cores de tubulação de acordo com a NBR 6493/1994 ........................................ 431
Quadro 123 - organismos contatáveis em casos de emergência ............................................... 442
Quadro 124 - indicadores ambientais aplicáveis ao CTVA ......................................................... 449
Quadro 125 - Fator de Temporalidade ....................................................................................... 450
Quadro 126 - fator de abrangência ............................................................................................. 450
Quadro 127 - Evolução da Qualidade Ambiental para o Meio Físico ......................................... 453
Quadro 128 - Evolução da Qualidade Ambiental para o Meio Biótico ........................................ 454
Quadro 129 - Evolução da Qualidade Ambiental para o Meio Socioeconômico ........................ 455
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Precipitações Pluviométricas e Números de Dias de Chuva Mensais e Anuais ......... 87
Tabela 2 - Análise estatística pluviométrica das precipitações máximas diárias .......................... 90
Tabela 3 - Valores de K para cada Período de Recorrência. ....................................................... 91
Tabela 4 – Dados da Isozona na Área de Projeto ........................................................................ 92
Tabela 5 – Conversão da chuva de 1 dia em chuva de 24 horas. ................................................ 92
Tabela 6 – Alturas de precipitação para 6 minutos e 1 hora......................................................... 92
Tabela 7 – Alturas de precipitação adotadas. ............................................................................... 93
Tabela 8 - Resultados do ensaio de permeabilidade .................................................................. 109
Tabela 9 - Distribuição da área dos municípios na bacia ........................................................... 122
Tabela 10 - Uso e ocupação do solo na área da bacia .............................................................. 124
Tabela 11 – Vantagens e desvantagens dos equipamentos de medição da poluição do ar ...... 137
Tabela 12 – Métodos de Monitoramento do SO2, por meio de Amostradores Passivos ............ 139
Tabela 13 – Métodos de Monitoramento do O3 por meio de Amostradores Passivos ............... 140
Tabela 14 – Condições locais de medição de poluentes definidas pela us-epa......................... 141
Tabela 15 – Resumo dos resultados obtidos (Fase 1) ............................................................... 181
Tabela 16 – Resumo dos resultados obtidos (Fase 2) ............................................................... 181
Tabela 17 - Dados fitossociológicos das espécies amostradas nas parcelas estabelecidas ..... 203
Tabela 18 - Lista florística da Área de Influência Indireta .......................................................... 204
Tabela 19 - Distribuição florística da ADA e AID ........................................................................ 210
Tabela 20 - Espécies de mamíferos registradas durante a campanha (setembro/2014). .......... 224
Tabela 21 - Índices de diversidade ............................................................................................. 232
Tabela 22 - Espécies de mamíferos registradas durante entrevistas com a população local. ... 234
Tabela 23 - Lista das espécies da MASTOFAUNA ALADA (morcegos) capturadas.................. 236
Tabela 24 - Abundância absoluta dos táxons na AID e AII ........................................................ 272
Tabela 25 - Lista das espécies de moluscos aquáticos encontrados nas estações de estudo .. 276
Tabela 26 - Técnicas de pesca utilizadas e quantidade de lances realizados. .......................... 281
Tabela 27 - Diversidade de espécies de peixes de acordo com as estações de estudo............ 282
Tabela 28 - Espécies de peixes encontradas na área de estudo. .............................................. 286
Tabela 29 - Domicílios atendidos pela coleta de esgoto sanitário (2010)................................... 296
Tabela 30 - Destino do lixo – AID (2010) .................................................................................... 296
Tabela 31 - Expectativa de anos de estudo (1991 a 2010) ........................................................ 310
Tabela 32 - Percentual de extremamente pobres (1991 a 2010) ............................................... 311
Tabela 33 - percentual da população em domicílios com banheiro e água encanada ............... 311
Tabela 34 - percentual de crianças extremamente pobres (1991 a 2010) ................................. 311
Tabela 35 - Mortalidade infantil (1991 a 2010) ........................................................................... 311
Tabela 36 - Esperança de vida ao nascer (1991 a 2010) ........................................................... 312
Tabela 37 - Benefícios (2013) ..................................................................................................... 316
Tabela 38 - Número total de domicílios atendidos por abastecimento de água – AID (2010) .... 320
Tabela 39 - Maiores consumidores de energia na AID (2012) ................................................... 321
Tabela 40 - Domicílios atendidos por esgotamento sanitário (2010) .......................................... 322
Tabela 41 - Domicílios atendidos pela coleta de lixo .................................................................. 323
Tabela 42 - Parâmetros de referência da Instrução Normativa 05/06 do CPRH/PE. ................. 354
Tabela 43 - Parâmetros de referência para qualidade do solo e água subterrânea ................... 355
Tabela 44 – Custos aproximados para implantação da CTVA ................................................... 449
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ÍNDICE DE FIGURAS
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INDICE DE GRÁFICOS
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1. APRESENTAÇÃO
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2. MAPA DE LOCALIZAÇÃO
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I. Identificação do Empreendimento
Central de Tratamento e Valoração Ambiental - CTVA
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A CTVA Pernambuco tem como objetivo principal a valorização, o tratamento e disposição final
adequada dos resíduos industriais perigosos e não perigosos (classe I e II respectivamente)
gerados pelo setor industrial.
A necessidade de implantação da CTVA é decorrente, principalmente, da situação atual do
gerenciamento dos resíduos industriais na região, que aponta para a necessidade de maior oferta
de centrais de processamento e disposição final de resíduos industriais. Tanto do ponto de vista
econômico como ambiental, considerando como a solução mais adequada à implantação de um
sistema que integre a valorização, o tratamento e a disposição final de resíduos, com o emprego
de tecnologias mais adequadas.
No contexto atual a CTVA Pernambuco se apresenta como uma das opções economicamente
mais viável e ambientalmente adequada para a gestão de resíduos sólidos industriais, tanto no
Município de Escada devido o desenvolvimento do ECOPOLO quanto no estado de Pernambuco
com o Polo Industrial de SUAPE. A implantação da CTVA Pernambuco contribuirá com a redução
dos impactos ambientais negativos causados pelo transporte em longas distâncias e otimização
dos impactos positivos no que diz respeito ao aumento de emprego, e aumento dos trabalhos de
conscientização ambiental através de programas socioambientais que serão realizados no
município de Escada/ PE, além de auxiliar as indústrias para atender a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS).
Uma das preocupações ambientais é a questão da destinação final adequada dos resíduos
gerados pelas indústrias, visto que no cenário atual, o condicionamento e a destinação de
diversos tipos de resíduos industriais é um desafio.
A implantação da CTVA é algo importantíssimo pelo fato de ter em seu projeto um eficiente
gerenciamento dos resíduos industriais, disponibilizando diversas tecnologias, proporcionando
segurança ao meio ambiente. A CTVA será construída com tecnologia de última geração de
impermeabilização de solos, adoção da técnica de confinamento total de resíduos, drenagem e
tratamento de efluentes líquidos e gasosos e monitoramento para a máxima segurança ambiental.
A aplicação de aterro para a disposição final de resíduos é um método seguro, eficiente e com
melhor custo para disposição final de resíduos classes I e II.
- Aterro Classe I
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os resíduos e com o efluente gerado, que ao ser captado pelo sistema de drenagem é
encaminhado para tratamento adequado.
Além disso, a extensão da frente de serviço do Aterro é coberta por uma estrutura metálica móvel
que impede a incidência de chuvas na área de operação e o aumento de geração de efluentes.
- Aterro Classe II
Este local será destinado para a disposição de resíduos industriais não perigosos. Este Aterro
possuem as seguintes características: impermeabilização com argila e geomembrana de PEAD,
sistema de drenagem e tratamento de efluentes líquidos e completo programa de monitoramento
ambiental. O perfil de impermeabilização do empreendimento será detalhado nas características
do empreendimento
A baixa oferta de áreas adequadas para o tratamento e disposição final de resíduos industriais
somadas ao aumento de implantação de indústrias são problemas ambientais na região de
Pernambuco que deve ser levados em consideração. Neste sentido, a principal justificativa
ambiental do empreendimento é dispor de uma Central de Tratamento e Valoração Ambiental
para Resíduos Industriais, que atenda a legislação, contemple a valorização, o tratamento e
disposição final adequado dos resíduos gerados pelas indústrias num mesmo espaço, estando
este empreendimento localizado próximo ao Complexo Industrial de SUAPE que hoje apresenta
maior concentração de geradores de resíduos industriais.
No Brasil, diversas instâncias públicas já se preocupam com a questão, tendo sido editadas
normas de manejo e controle de resíduos e substâncias perigosas, que envolvem leis, decretos,
portarias e normas técnicas, como o PNRS.
Segundo a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – FIEPE com o apoio do Serviço
Brasileiro de Apoio às micro e pequenas empresas – SEBRAE/ PE (ITEP apud CPRH, 2012),
haviam listado 8.085 estabelecimentos industriais no estado de Pernambuco, totalizando uma
geração de 7.349.513,70 toneladas de resíduos industriais, cuja destinação:
• 5,38% dos resíduos industriais produzidos não possuíam destino definido;
• 86,51% tiveram tratamento, disposição e reutilização na própria unidade industrial; e
• 8,11% tiveram tratamento, reutilização, reciclagem ou disposição final fora da unidade
industrial.
Do total produzido, 1,11% dos resíduos são classificados como perigosos, sendo compostos
basicamente por: óleo lubrificante usado (60,6 %); resíduos de laboratórios industriais (19,4%) e
óleo combustível usado (2,6%).
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caracterizados pelo predomínio da população urbana em relação à rural. Todos eles apresentam
Índice de Desenvolvimento Socioeconômico inferior à média estadual.
Cabo de
Indicador Escada Santo Ipojuca Primavera Ribeirão Sirinhaém
Agostinho
IDHM 0,632 0,686 0,619 0,580 0,602 0,597
9.560.44
PIB (em R$ 1.000,00) 459.078 5.401.388 119.798 265.050 318.632
8
Participação do
município no PIB de 0,44 5,17 9,16 0,11 0,25 0,31
Pernambuco (%)
Participação da RD no
PIB de Pernambuco 5,39 64,43 64,43 5,39 5,39 5,39
(%)
PIB per capita (R$) 7.177 28.860 116.198 8.835 5.926 7.799
Posto (PIB per capita)
27º 4º 2º 92º 42º 36º
no Estado
Fonte: BDE, 2014
O Valor Adicionado Bruto (VAB) a preços básicos para os setores de atividade econômica estava
distribuído conforme ilustrado no Gráfico 1.
Gráfico 1 - Valor Adicionado Bruto (VAB) a preços básicos para os setores de atividade econômica
100
80 44,15 76,92
69,64
67,38 70,24 50,2
60 Serviços
40 Indústria
55,41 14,65 21,79 Agropecuária
20 29,94 38,83
29,52
8,43 8,57
2,68 0,44 0,24 10,98
0
Escada Cabo de Ipojuca Primavera Ribeirão Sirinhaém
Santo
Agostinho
Principais polos:
- Polo Gesseiro do Araripe, que reúne as cidades de Ipubi, Trindade, Ouricuri, Bodocó
e Araripina e juntas fornecem 95% do gesso consumido em todo o Brasil. Destaca-se
também a extração de gipsita, granito e argila.
- Polo de Informática, o Porto Digital. Está entre os cinco maiores do país, emprega 3
mil pessoas e representa 3,5% na participação do PIB do Estado.
- Polo de confecções do Agreste, que reúne as Cidades de Caruaru, Santa Cruz do
Capibaribe e Toritama e agrega mais de mil empresas formais e informais do ramo.
- Polo Petroquímico, localizado em Suape sedia cerca de 70 empresas, gerando cerca
de 5,5 mil empregos.
- Polo Produtor de Frutas e Hortaliças, localizado no Vale do São Francisco.
O estudo de alternativas locacionais para a implantação da CTVA deve atender diversos critérios
e condicionantes de ordem técnica, legal e ambiental, visando minimizar os possíveis riscos e
impactos associados à futura implantação e operação do empreendimento.
Conforme a NBR 10.004:2004 são considerados resíduos sólidos todos os resíduos nos estados
sólido e semissólido, resultantes de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços ou de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água ou exijam, para
isso, soluções técnica e economicamente inviáveis a despeito do uso da melhor tecnologia
disponível.
Os resíduos são classificados em Classe I (perigosos), Classe IIA (não-inertes) e Classe IIB
(inertes). Resíduos perigosos são aqueles que, através de suas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas, como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade,
podem apresentar risco tanto à saúde pública quanto ao meio ambiente, quando manuseado ou
destinado de forma inadequada. Resíduos não-inertes (Classe IIA) são os que não se enquadram
na classificação de Resíduo Classe I (perigoso) ou de Resíduo Classe IIB (inerte), nos termos da
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TÍTULO: LOCALIDADE
No que diz respeito à Taxa de Urbanização, apesar do município de Ipojuca apresentar a menor
taxa de urbanização entre os municípios analisados, foi avaliado que este município apresenta
custos elevados para aquisição de imóveis, entre outros fatores, devido à proximidade para o
complexo industrial e portuário de SUAPE.
Após o levantamento da taxa de urbanização foi verificado a distância em relação à concentração
de indústrias geradoras de resíduos classificados em Classe I e Classe II, pois quanto menor a
distância da Fonte geradora. Além da distância para a Fonte geradora também foi analisado a
presença de outros aterros industriais ou centrais de tratamento localizadas nos municípios
analisados ou próximo a eles sendo esse fator de impossibilidade de escolha para implantação do
empreendimento.
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Após o cruzamento dos dados chegou-se a conclusão de que o município de Escada apresentava
as melhores condições para a implantação da CTVA. Este município faz parte do Território
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TÍTULO: LOCALIDADE
Estratégico de Suape, onde estão instaladas 105 empresas e outras 45 estão em fase de
implantação, o que acaba gerando um grande volume de resíduos industriais e da construção
civil. O município de Escada e os municípios do seu entorno produzem 173 toneladas de resíduos
sólidos urbanos por dia.
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TÍTULO: LOCALIDADE
3.3.1.1. Alternativa 01
Área localizada as margens da PE-039, mais precisamente nas coordenadas geográficas
8°17'43"S e 35°09'07"O (UTM = 262.977 e 9.082.416), próxima à divisa dos municípios de Escada
e do Cabo de Santo Agostinho. O local onde está situado o terreno é atualmente utilizado
exclusivamente como área para plantação de cana de açúcar.
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TÍTULO: LOCALIDADE
3.3.2. Alternativa 02
Localiza-se numa área próxima ao atual aterro sanitário do município de Escada, mais
precisamente nas coordenadas geográficas 8°23'15"S e 35°14'25"O (UTM = 9072159 e 253301),
numa distância de 3 km do centro urbano do Município de Escada. Neste terreno predomina a
plantação de cana-de-açúcar.
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TÍTULO: LOCALIDADE
Para cada critério seletivo adotado e suas respectivas variáveis, são atribuídos valores e pesos
que, aplicados às características específicas de cada área pré-selecionada, geram uma
pontuação final. O objetivo desta análise quantitativa ponderada é a diferenciação, em termos de
significância, de cada um dos critérios de seleção. O critério para o estabelecimento de pesos
diferenciados leva em conta a efetividade do controle tecnológico sobre cada fator de seleção.
Os critérios que possuem pesos 1 e 2 são aqueles em que os problemas decorrentes de suas
restrições podem ser facilmente solucionados, sem implicações tecnológicas e sociais importantes
e com custos de execução viáveis. Os critérios de peso 3 já possuem implicações de ordem
tecnológica e socioeconômica de maior complexidade, com consequente elevação de custos para
sua implementação, sendo muitas vezes inviável e/ou ineficaz a aplicação de qualquer medida de
controle tecnológico.
Segue abaixo as variáveis envolvidas no processo de pré-seleção das áreas para a implantação
da CTVA Pernambuco.
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Substrato geológico
Com relação ao critério seletivo substrato geológico, avalia-se a origem geológica das rochas que
formam o substrato da área e, indiretamente, as características gerais associadas a estruturas
geológicas de interesse, como descontinuidades, falhas, lineamentos, etc. Estas características se
relacionam à vulnerabilidade de aquíferos subterrâneos, à contaminação e propagação de
contaminantes, de maneira que, quanto menor for à vulnerabilidade natural de uma determinada
formação, mais favorável é a formação para a disposição final de resíduos industriais.
O Quadro 7 apresenta as variáveis de avaliação do critério substrato geológico, os valores
atribuídos a cada variável e o peso dado ao critério.
Hidrogeologia
O critério hidrogeologia tem como objetivo avaliar, em complementação ao critério substrato
geológico, a vulnerabilidade dos aquíferos subterrâneos à contaminação e propagação de
contaminantes. Esta avaliação é feita de forma indireta, pela potencialidade dos aquíferos para
exploração de águas subterrâneas (produtividade). Vale ressaltar que quanto maior a
potencialidade de um aquífero em fornecer água subterrânea, maior também sua vulnerabilidade
à contaminação.
Para fins de determinação da potencialidade dos aquíferos em fornecer água subterrânea e
consequente aplicação do critério hidrogeologia, foram realizados os estudos hidrogeológicos em
ambas as áreas.
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Pedologia
Este critério tem como objetivo avaliar as características naturais dos solos, dependendo das
características dos perfis de solo ocorrentes, como espessura, textura, estrutura, consistência, etc.
uma área pode ser apropriada à disposição de resíduos ou não. Este critério considera a proteção
às águas subterrâneas e a existência de jazidas com materiais de características e quantidades
apropriadas para utilização durante a construção e operação dos sistemas de disposição final de
resíduos.
As classes pedológicas de solos relacionam-se com estas características, pois refletem os
condicionantes responsáveis pelo desenvolvimento dos perfis de solo, quais sejam: rocha de
origem, condições topográficas e clima. Considerando o conjunto de características de interesse
para cada classe de solo, de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(Embrapa, 1999), foram atribuídos os valores das variáveis constantes no Quadro 9.
Hidrografia local
O critério classificatório da hidrografia local avalia se existem recursos hídricos, como: talvegues,
açudes, áreas alagadas, nascentes e cursos d’água intermitentes. De modo geral, considera-se
que a presença de cursos d’água principais nas áreas inviabiliza seu uso para disposição final de
resíduos sólidos.
Vale ressaltar que nas duas áreas pré-definidas foram realizados o levantamento topográfico
cadastral como também os estudos hidrogeológicos para observação dos cursos d’água
intermitente dentro das áreas de estudo, pois a existências deste recurso pode impossibilitar a
implantação do empreendimento em epígrafe e na possibilidade de implantação deverá implicar
na proteção da área definida pelo manancial e sua faixa de preservação permanente estabelecida
por lei (Código Florestal Federal).
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Fauna e flora
O critério “fauna e flora” avalia a presença ou ausência de ecossistemas de interesse de
preservação na área diretamente afetada, na área de influência direta e na área de influência
indireta anteriormente definida. Neste sentido, são analisadas as interrelações fauna/flora,
procurando-se identificar a existência de corredores ecológicos, ecossistemas naturais
preservados, ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras ou endêmicas e a existência
de áreas de preservação permanente no interior da área em estudo. O Quadro 12Quadro 11
apresenta os valores atribuídos às variáveis do critério fauna e flora.
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Analisando a pontuação final e a classificação das áreas pré-selecionadas foi possível concluir
que a alternativa 02 é a mais viável para a implantação do empreendimento.
Através do Quadro 13 pode ser observado de forma mais clara que as duas áreas apresentam
características semelhantes no que diz respeito à geologia, pedologia, fauna e flora, também pode
ser observado que se tratando da distância de núcleos urbano a alternativa 01 seria a ideal,
porém vale ressaltar que alternativa 02 está dentro do limite da legislação a qual determina a
distância mínima de 500 m.
Portanto as condicionantes que levaram a escolha da alternativa 02 foram: hidrogeologia,
hidrologia local e uso do solo visto que a alternativa 02 apresenta aquíferos com média a baixa
possibilidade para águas subterrâneas em rochas e sedimentos com porosidade intergranular ou
por fraturas. O terreno onde está inserido a Alternativa 02 apresenta estado de antropização mais
elevado em comparação com a primeira alternativa. A presença do atual aterro sanitário e a
definição da área pelo Plano Diretor de Escada como Zona de Interesse Produtivo - ZIP foram
primordiais para a escolha do local.
Tratamento
Principais características Vantagens Desvantagens
de resíduos
- Disposição adequada dos
resíduos em conformidade
com as normas de engenharia
e controle ambiental;
Estrutura de engenharia que
- Grande capacidade de
visa minimizar os riscos de - Necessidade de grandes
absorção diária dos resíduos
contaminação do solo e do áreas;
gerados;
lençol freático. É operado - Longa imobilização do terreno
Aterro - Minimização dos impactos,
com cobertura e possui - Necessidade de material
Industrial através dos sistemas de
sistemas de argiloso para impermeabilização
controle da geração e destino
impermeabilização, de e cobertura (consumo de
dos efluentes líquidos e
drenagem e de recursos naturais)
gasosos;
monitoramento.
- Baixo custo de operação em
relação às outras formas
disponíveis para grandes
gerações.
- Não abrange diversos tipos de
resíduos industriais
Tratamento através das
- Depende de amplas áreas e
Landfarming propriedades físicas e - Baixo custo
de tipos de solos adequados
químicas do solo
- Risco de contaminação do
solo e das águas subterrâneas
- Redução do volume a ser
destinado para aterros
Processo bioquímico, natural - Alto custo
(aumento a vida útil dos
ou artificial, que transforma
mesmos) - Necessidade de controles de
os resíduos
- Redução do volume de qualidade e estabilidade do
Compostagem orgânicos com alta relação
efluentes a ser tratado em composto gerado
C/N em produtos orgânicos
aterros; - Aplicável apenas para parte
estáveis com baixa relação
- Aproveitamento agrícola do dos resíduos industriais
C/N
composto gerado e
eliminação de patógenos
Locais que abrigam
diferentes alternativas de
disposição, e podem possuir - Concilia as vantagens de
dentro de seus limites outras formas de tratamento - Otimização de custos
Aterros de Resíduos ao agrupá-las em uma mesma - Ampliação da vida útil de
Central de
Industriais e edificações área; aterros
Resíduos
destinadas ao - Reduz custos de - Controle integrado do
armazenamento temporário administração, operação e tratamento dos resíduos
de resíduos e/ou reciclagem. transporte.
Pode incluir compostagem
de resíduos orgânicos.
- Melhora as características - Alto custo
Forma de tratamento para físicas e toxicológicas do - Precisa ser gerido em conjunto
resíduos perigosos que tem resíduo com outras formas de
por finalidade limitar a
Encapsulamen - Facilita o gerenciamento de tratamento e destinação final
possibilidade de lixiviação
to resíduos perigosos (no mínimo, triagem e aterros
dos poluentes contidos no
- Eficaz tratamento para industriais)
resíduo para o meio
ambiente rejeitos que não podem ser - Aplicável apenas para parte
eliminados ou reciclados dos resíduos
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O empreendimento em questão é uma Central para Resíduos Sólidos Industriais (Classe I e II) a
qual está sendo apresentada no anexo 02, e será composta por diferentes unidades, que atendem
diversas atividades, além das células para resíduos industriais.
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TÍTULO: LOCALIDADE
O acesso ao referido empreendimento será feito pela BR-101, que receberá sinalização horizontal
e vertical, como também será identificando a CTVA. Os acessos internos do empreendimento
terão dimensionamento conforme a capacidade de suporte do solo local bem como o trafego
dimensionado. Este serão mantido em boas condições de trafegabilidade mesmo em dias de
chuva. Todo o perímetro da área da Central será cercado, delimitando a área do empreendimento.
O acesso principal, os acessos internos e as diferentes unidades serão sinalizados, de acordo
com as normas vigentes e com o padrão da empresa.
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A inspeção obedecerá a uma frequência preestabelecida, onde deverão ser verificados os pontos
de deterioração dos recipientes e vazamentos causados por corrosão ou outros fatores, bem
como os sistemas de drenagem e contenção.
3.4.2.5. Reciclagem
A central de resíduos industriais receberá muitos resíduos que poderão ser recuperados ou
reciclados. Na medida em que possam retornar ao ciclo produtivo haverá a minimização dos
impactos causados por sua destinação final. A unidade de recepção e armazenamento temporário
contará com uma esteira de catação para separação de papeis, plásticos, papelão, vidros, e
metais que vierem de seus clientes. O material orgânico será conduzido para tratamento em local
fora da central, mas licenciado para este fim.
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AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE
CLASSE II 12.000 84.191 105.239 108.922 112.735 117.244 121.934 126.811 131.883 137.159 142.645
CLASSE I 24.190 25.157 26.164 27.210 28.299 29.431 30.608 31.832 33.105 4 5 1.8 3 2
CLASSE II 148.351 154.285 160.456 166.875 174.384 182.231 190.432 199.001 207.956 2 .7 8 4 .7 3 3
TOTAL 17 2 .5 4 1 17 9 .4 4 2 18 6 .6 2 0 19 4 .0 8 5 2 0 2 .6 8 3 2 11.6 6 2 2 2 1.0 3 9 2 3 0 .8 3 3 2 4 1.0 6 1 3 .2 3 6 .5 6 5
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TÍTULO: LOCALIDADE
− geocomposto bentonítico,
− geomembrana de 1,5 mm,
− geossintético drenante (nos taludes) ou areia fina (na base),
− geomenbrana de 2,0 mm,
− geotêxtil de proteção.
Célula Classe II:
− camada de 0,5 m de argila compactada,
− geocomposto bentonítico,
− geomembrana de 2,0 mm,
− geotêxtil de proteção.
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TÍTULO: LOCALIDADE
No perímetro da CTVA será instalada cerca e na entrada existirá uma placa identificando a
empresa e a finalidade da mesma. Os resíduos deverão entrar na CTVA sempre acompanhados
de documentação de transporte e identificados pela Fonte geradora. Só serão aceitos, após
serem classificados segundo a NBR 10.004.
Os resíduos deverão ser avaliados com periodicidade máxima anual a fim de verificar possíveis
desvios no processo de geração. Para tanto serão coletados segundo a NBR 10.007 e avaliados
segundo a NBR 10.004. No caso de suspeita do resíduo não apresentar as características
previamente avaliadas no momento do recebimento, o resíduo não deverá ser enviado para a
célula. O caminhão ficará aguardando no pátio de espera e o Responsável Técnico pela operação
da Central deverá solicitar avaliação dos parâmetros que julgar coerentes para definir os
procedimentos a serem adotados.
Deverão ser realizados controles definidos por ocasião da emissão da Licença de Operação por
parte da FEPAM, bem como outros complementares, de acordo com os parâmetros e os prazos
estabelecidos. A Central terá vigilância 24 horas por dia, com comunicação via celular e/ou rádio.
Também possuirá um plano de emergência. Em caso de emergência, envolvendo incêndio ou
qualquer outro acidente, o seguinte procedimento deverá ser adotado:
− entrar em contato com os coordenadores de emergência;
− entrar em contato com os bombeiros, com o pronto-socorro e a polícia da região;
− avisar o órgão ambiental;
− seguir as orientações previamente definidas no manual de operação;
− adotar procedimentos definidos no treinamento.
Serão efetuados registros diários e mensais dos resíduos de acordo com as seguintes planilhas:
(a) Planilha Diária de Recepção de Resíduos; e (b) Planilha Mensal de Recepção de Resíduos.
A área de disposição final (aterro) deverá ser monitorada periodicamente e os laudos analíticos
serão guardados em pastas, sendo os dados lançados mensalmente em planilhas de controle e
armazenadas em meio eletrônico. Será realizada inspeção e manutenção com periodicidade
descrita no
Quadro 16:
A descrição de desativação neste momento é classificada como indefinido visto que o referido
empreendimento está sendo projetado para ter vida útil de 20 anos. Porém vale ressaltar que
todas as atividades realizadas na área serão monitoradas periodicamente com o intuito de evitar
possíveis acidentes ambientais. Como sugestão inicial o ideal é que a localidade após a
finalização das atividades seja transformada em um parque ambiental.
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TÍTULO: LOCALIDADE
O canteiro de obras ficará dentro da poligonal que delimita a área da CTVA abrangendo uma área
de aproximadamente 5.000m². O canteiro será contemplado com máxima instalação moveis, mas,
caso seja necessário alguma obras civil os resíduos serão depositados na própria CTVA após sua
demolição. Vale ressaltar que o canteiro de obras disponibilizará das seguintes infraestruturas:
3.4.10.5. Telefonia
O empreendimento utilizará tanto a telefonia móvel, quanto a fixa.
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TÍTULO: LOCALIDADE
Para a fase de instalação, onde estão previstas a maior de movimentação de terra em um espaço
curto de tempo os volumes de terra pode ser observado no
Quadro 17.
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TÍTULO: LOCALIDADE
Será feito check list das máquinas para acompanhamento dos limites de particulado de Fontes
moveis dentro das normas vigentes e qualquer irregularidades serão tomadas as devidas
providencias imediatamente.
Será feito check list das máquinas para acompanhamento dos limites de ruído dentro das normas
vigentes e qualquer irregularidades serão tomadas as devidas providencias imediatamente. No
Quadro 18, podem ser observadas máquinas que serão utilizadas.
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TÍTULO: LOCALIDADE
Nestes estudos foi analisada a compatibilidade do referido empreendimento com projetos, planos
e programas governamentais, legalmente definidos, propostos e em implantação em sua área de
influência, foi levando em consideração o Plano Pernambuco 2035, Plano Estratégico de
Desenvolvimento de Longo Prazo para o Estado de Pernambuco. A seguir estão descritos
sucintamente os programas e projetos governamentais planejados que poderão afetar a gestão de
resíduos industriais ou que dizem respeito à área do entorno do empreendimento.
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TÍTULO: LOCALIDADE
Este Plano está pautado em um conjunto de diretrizes traduzidas na integração das políticas
ambientais, com as demais políticas setoriais de governo, setor produtivo e sociedade civil,
procurando agregar transparência e efetividade ao processo, conferindo-lhe legitimidade, além da
implementação de ações do governo compartilhadas entre o poder público e os demais setores da
sociedade.
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- Diretriz 02: Criação de condições especiais para que micro e pequenas empreendedores
possam se adequar aos objetivos do Plano Estadual de Resíduos Sólidos.
- Estratégias:
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TÍTULO: LOCALIDADE
A ÁREA OBJETO: Cessão de uso de uma Área Pública de 36,9 hectares da Fazenda Santa
Cristina, localizada no Município de Escada, para implantação de um aterro industrial. O termo foi
assinado entre a Prefeitura Municipal de Escada e a Via Ambiental, como pode ser observado no
anexo 06.
A Legislação que trata sobre o uso e ocupação do solo é a Lei Federal nº 6.766/1979, que dispõe
sobre o Parcelamento do Solo Urbano; a Instrução Normativa 17- B, DO INCRA – Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária que dispõe sobre o parcelamento de imóveis rurais, e
a Lei Complementar Municipal que instituiu o Plano Diretor Municipal.
A supracitada Lei nº 6.766/1979 é bastante clara quando prevê a possibilidade dos Estados e
Municípios editarem leis para em caráter complementar, disporem sobre esse tema. Contudo, no
caso em questão, não se trata de nenhum tipo de parcelamento, e sim cessão de uma área
pública para implantação do empreendimento.
Já em relação à Instrução Normativa nº 17 – B do INCRA, no seu item - 2, nota-se a possibilidade
do parcelamento, para fins urbanos, de imóvel rural localizado em zona urbana ou de expansão
urbana. Contudo não é esse o caso do empreendimento, pois, segundo o Plano Diretor do
Município de Escada, a área objeto do empreendimento se localiza em uma ZIP – ZONA DE
INTERESSE PRODUTIVO. O empreendimento se localiza a mais de 500m da comunidade
urbana mais próxima que é o Engenho Casa Grande.
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TÍTULO: LOCALIDADE
A Lei Federal nº 6.938/1981 reza em seu Art.3º inciso I que se entende por meio ambiente o
conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, física, química e biológica,
que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Já nos incisos II e III define como
degradação da qualidade ambiental a alteração adversa das características do meio ambiente; e
poluição a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população; criem condições
adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as
condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo
com os padrões ambientais estabelecidos.
3.6.2.2. Ruídos
A Resolução nº 01/1990 do CONAMA busca disciplinar a emissão de ruídos originários de
quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, bem como a propaganda
política.
Já a Resolução CONAMA nº02/1990 criou o Programa Nacional de Educação e Controle da
Poluição Sonora, que tem como objetivo maior a conscientização da população em geral quanto
aos efeitos da poluição sonora, bem como cobrar um maior controle por parte dos governantes.
Em concordância e complementando a legislação federal, existe a legislação do estado de
Pernambuco: Lei Estadual nº 12.789/2005 que dispõe sobre ruídos urbanos, poluição sonora e
proteção do bem-estar e do sossego público.
A VIA AMBIENTAL informa que na fase de implantação do empreendimento, como forma de
mitigar os possíveis desconfortos advindos das máquinas e equipamentos eletromecânicos, bem
como os gerados nas movimentações dos veículos de uma forma geral, e em atendimento a
legislação trabalhista no que diz respeito à segurança do trabalho, fornecerá aos seus
trabalhadores protetores auriculares, em conjunto com um programa de verificação e manutenção
do seu maquinário, a fim de reduzir ao máximo o desconforto gerado pelas suas atividades.
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TÍTULO: LOCALIDADE
A RESOLUÇÃO Nº 04/95 reza em seu Art. 1º que são consideradas “Área de Segurança
Aeroportuária - ASA” as áreas abrangidas por um determinado raio a partir do “centro geométrico
do aeródromo”, de acordo com seu tipo de operação, divididas em 2 (duas) categorias:
I - raio de 20 km para aeroportos que operam de acordo com as regras de vôo por instrumento
(IFR); e
II - raio de 13 km para os demais aeródromos.
Caso haja uma mudança de categoria do aeródromo, o raio da ASA deverá se adequar-se a essa
mudança. O empreendimento se localiza 42 km do Aeroporto Internacional dos Guararapes; a 53
km do aeroclube do Recife, ambos localizados na Região Metropolitana do Recife. Desta forma,
não infringe as exigências elencadas na supracitada Resolução.
O terreno no qual será implantado o empreendimento, não foi objeto de desapropriação, nem
tampouco se trata de uma área onde tramita alguma Ação de Usucapião. De acordo com o
documento emitido pela Prefeitura de Escada, trata-se a uma cessão de área pública, com a
finalidade de incentivar e impulsionar o desenvolvimento da região.
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TÍTULO: LOCALIDADE
A Lei federal nº 3.824/60, reza em seu art. 1º que é obrigatória a destoca e consequente limpeza
das bacias hidráulicas, dos açudes, represas ou lagos artificiais, construídos pela União pelos
Estados, pelos Municípios ou por empresas particulares que gozem de concessões ou de
quaisquer favores concedidos pelo Poder Público. Em seu Parágrafo único o mesmo artigo impõe
que os proprietários rurais estarão igualmente obrigados a proceder a estas operações quando os
seus açudes, represas ou lagos forem construídos com auxílio financeiro ou em regime de
cooperação com o Poder Público.
Já o art.2º reza que serão reservadas áreas com a vegetação que, a critério dos técnicos, for
considerada necessária à proteção da ictiofauna e das reservas indispensáveis à garantia da
piscicultura.
Para a acumulação das águas pluviais, será implantado no empreendimento um Sistema de
Drenagem de Águas Pluviais, com a finalidade precípua de interceptar e desviar o escoamento
superficial daquelas águas, principalmente durante o período de operação de cada célula,
evitando assim a infiltração na massa de resíduos. Este sistema será do tipo provisório,
constituídos por drenos escavados no solo, onde houver necessidade. As águas pluviais drenadas
serão conduzidas para uma bacia de sedimentação e daí para uma bacia de águas pluviais.
Haverá também uma impermeabilização superior, que tem a finalidade de evitar que as águas
pluviais precipitadas no aterro ingressem para o seu interior após o encerramento da célula.
Desta forma, o empreendimento em nenhum momento fere a legislação em questão, pois, não
existem açudes, represas ou lagos artificial ou natural em suas áreas de influência. Ressalta-se,
portanto, que às suas atividades em nenhum momento representará perigo à ictiofauna, e nem
tampouco à piscicultura.
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TÍTULO: LOCALIDADE
O empreendimento prevê na fase de sua implantação a recuperação da mata ciliar do entorno das
mesmas, através do plantio de vegetação nativa, onde as mudas serão desenvolvidas em viveiro
próprio localizado na unidade.
A VIA AMBIENTAL também apresenta em seu projeto um perímetro onde será mantida uma faixa
de 30 metros não edificada, onde será implantada uma cortina vegetal, onde serão plantadas
espécies nativas desenvolvidas em viveiro próprio, formando assim uma barreira visual. O objetivo
desse cinturão é dirimir o impacto visual e a propagação de possíveis odores advindos de suas
atividades.
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TÍTULO: LOCALIDADE
A lei Federal nº 5197/67 em seu art 1º reza que os animais de quaisquer espécies, em qualquer
fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna
silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado,
sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha. Não houve e nem
haverá nenhum tipo de intervenção à fauna na área a ser implantado o empreendimento, muito
menos em seu entorno. Ao contrário, realizou-se o levantamento e catalogação de todos os
animais presentes nas áreas de influência do empreendimento, tudo de acordo com licença do
IBAMA.
A Instrução Normativa IBAMA nº 179, de 25 de junho de 2008, define as diretrizes e
procedimentos para destinação dos animais da fauna silvestre nativa e exótica apreendidos,
resgatados ou entregues espontaneamente às autoridades competentes. Todas as apreensões e
resgates que foram realizadas quando dos estudos da fauna da área a ser implantado o
empreendimento, foram devidamente autorizadas pelo IBAMA.
Portanto, o empreendimento não fere nenhum dispositivo legal elencado acima, estando desta
forma, perfeitamente sintonizado com as exigências impostas para sua correta implantação e
operação.
O Estudo prévio de impacto ambiental está previsto na Constituição Federal de 1988, no seu art.
225º § 1º, IV que determina a incumbência do Poder Público de exigir, na forma da lei, para
instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, o estudo prévio de impacto ambiental.
A Política Nacional do Meio Ambiente, determina, organiza e põe em prática diversas ações para
a manutenção e a melhoria da qualidade ambiental, visando, dentre outros objetivos, o
licenciamento e a fiscalização das Fontes de poluição.
A sua previsão legal está explicitada na Lei n. 6.938/1991 - Lei Nacional de Política Ambiental -
nos art.9º inciso IV, e art. 10, na Resolução CONAMA 237 de 19 de dezembro de 1997, com as
devidas modificações advindas da Lei Complementar nº 140/2011; no âmbito Federal, bem como
na Legislação específica do Estado de Pernambuco - Lei nº 14.249/2010, com as recentes
alterações advindas pela Lei Estadual nº 14.549/2011.
A competência para o licenciamento ambiental do qual trata esse estudo diz respeito à Agência
Estadual de Meio Ambiente - CPRH; trata-se de uma competência estadual, art. 8º da Lei
nº140/2011, haja vista que a competência federal do fica restrita aos casos enumerados no art. 7º
inciso XIV, da referida Lei. Já aos Municípios, com base no art.9º, inciso XIV da mesma Lei, cabe
licenciar empreendimentos e atividades que causem ou possam causar impacto ao meio ambiente
de âmbito local, de acordo com tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio
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Desta forma, atendendo aos anseios das legislações aplicáveis, a VIA AMBIENTAL já iniciou o
processo de licenciamento ambiental junto a Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH,
através da elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental
(EIA/RIMA), relacionado ao empreendimento “Central de Tratamento e Valorização Ambiental –
CTVA (Processo CPRH Nº 007131/2013), tudo de acordo com o TR GT Nº 04/2014.
A Resolução CONAMA nº 9, de 3 de dezembro de 1987 dispõe sobre a realização de Audiências
Públicas no processo de licenciamento ambiental, e reza em seu art. 1º que esta audiência,
referida na Resolução CONAMA nº01/86 , tem por finalidade expor aos interessados o conteúdo
do produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as
críticas e sugestões a respeito.
Trata-se de uma etapa do procedimento administrativo de licenciamento ambiental, sendo
corolário direto dos princípios da participação e da informação.
A audiência pública é reflexo do regramento estabelecido pela Constituição ao procedimento de
licenciamento ambiental em seu art. 225, § 1°, inc. IV, na medida que impõem a necessidade de
publicidade, especificamente para o estudo de impacto ambiental. Assim tornou indispensável a
existência de espaços públicos de discussão, no qual o Desenvolvimento Sustentável pudesse ser
amplamente discutido com a população afetada.
Desta forma, é importante ter claro que a participação democrática da população afetada,
potencializa suas possibilidades reais de influir decisivamente no juízo técnico a cargo do ente
administrativo. Ao mesmo tempo em que serve de importante instrumento de legitimação
técnico/social de um empreendimento que gerará desenvolvimento para a região.
E seguindo esse pensamento, a VIA AMBIENTAL se coloca a inteira disposição dos órgãos
públicos, colaborando de forma efusiva para a realização da audiência pública relacionada à
implantação de seu empreendimento.
A resolução 01/88 do CONAMA, reza em seu art.1º que O CADASTRO TÉCNICO FEDERAL DE
ATIVIDADES E INSTRUMENTOS DE DEFESA AMBIENTAL, tem como objetivo proceder ao
registro, com caráter obrigatório, de pessoas físicas ou jurídicas que se dediquem à prestação de
serviços e consultoria sobre problemas ecológicos ou ambientais, bem como à elaboração do
projeto, fabricação, comercialização, instalação ou manutenção de equipamentos, aparelhos e
instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
Ciente dessa exigência, a VIA AMBIENTAL elenca todos os colaboradores desse trabalho com o
respectivo número dos seus cadastros técnicos.
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Em relação as Resíduos Sólidos, têm-se a Lei Federal nº 12.305/2010, que instituiu a Política
Nacional de Resíduos Sólidos, onde o seu art. 20º, inciso I, reza que estarão obrigados a elaborar
um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, os produtores de resíduos sólidos de origem
industrial. (Art. 13º, inciso I alínea “f” da referida Lei).
A Resolução CONAMA Nº 313/2002 instituiu O Inventário Nacional dos Resíduos Sólidos
Industriais; a Instrução Normativa nº 002/003, que regula o Art. 4º § 2º, da referida Resolução e os
Procedimentos Técnicos Ambientais – PTA’s, que indica as diretrizes para o cumprimento do
Programa de Coleta Seletiva.
A Lei nº 14.236/2010 do Estado de Pernambuco em combinação com a já citada Lei federal nº
12.305/2010, subsidiam o Plano Estadual de Resíduos Sólidos de Pernambuco.
O descritivo do empreendimento prevê operações ao tratamento e destinação exclusiva de
Resíduos Sólidos Industriais (Classe I e II). Os volumes projetados para o recebimento e
disposição dos resíduos nas células dos aterros são de 501.250 m³ para o aterro classe I e
3.072.000 m³ para o aterro classe II, com operação estimada para 20 anos. As normas a serem
seguidas para a construção dos aterros são: a NBR 13.896 – Aterros de resíduos não perigosos –
Critérios para projeto, implantação e operação; e a NBR 10.157 – Aterros de resíduos perigosos –
Critérios para projetos, construção e operação. Todas as exigências relacionadas às mesmas,
como também pelas legislações retromencionadas, serão atendidas pela VIA AMBIENTAL quando
da implantação do empreendimento. Toda a descrição técnica utilizada para tal poderá ser
visualizada no item 3.5.
Os únicos resíduos gerados pelo empreendimento serão os resíduos sólidos provenientes da área
administrativa, que serão devidamente triados e acondicionados para sua retirada. Os papéis e
plásticos serão enviados para reciclagem conforme a viabilidade; as pilhas, baterias e lâmpadas
serão encaminhadas para empresas licenciadas. Demais materiais serão enviados para as células
de aterro do próprio empreendimento conforme suas características. Para o percolado advindo
das operações do tratamento dos resíduos sólidos recebidos, será implantado um sistema de
impermeabilização inferior a fim de garantir um confinamento dos resíduos e líquidos, impedindo
assim a infiltração de poluentes no subsolo e aquíferos adjacentes. Posteriormente, será coletado
e transportado por empresas capacitadas para tal.
A Lei 10.233/2001, que trata do Transporte de Produtos Perigosos estabelece em seu art. 22,
inciso VII, que compete a ANTT regulamentar o transporte de cargas perigosas em rodovias e
ferrovias. O transporte dessas substâncias, por representar risco à saúde de pessoas, para o meio
ambiente ou para a segurança pública, é submetido às regras e aos procedimentos estabelecidos
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A Lei federal nº 3.924 de 26 de julho de 1961, reza em seu Art 1º que os monumentos
arqueológicos ou pré-históricos de qualquer natureza existentes no território nacional e todos os
elementos que neles se encontram ficam sob a guarda e proteção do Poder Público, de acordo
com o que estabelece o art. 175 da Constituição Federal. Os monumentos arqueológicos ou pré-
históricos, englobam as jazidas de qualquer natureza, origem ou finalidade, que representem
testemunhos de cultura dos paleoameríndios do Brasil, tais como sambaquis, montes artificiais ou
tesos, poços sepulcrais, jazigos, aterrados, estearias e quaisquer outras não espeficadas, mas de
significado idêntico a juízo da autoridade competente; os sítios nos quais se encontram vestígios
positivos de ocupação pelos paleoameríndios tais como grutas, lapas e abrigos sob rocha; os
sítios identificados como cemitérios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de aldeiamento,
"estações" e "cerâmios", nos quais se encontram vestígios humanos de interesse arqueológico ou
paleoetnográfico; as inscrições rupestres ou locais como sulcos de polimentos de utensílios e
outros vestígios de atividade de paleoameríndios.
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Os descritores ambientais escolhidos para caracterizar as áreas de influência do meio físico e que
servirão de referência na avaliação dos possíveis impactos gerados pelo empreendimento são:
clima, geomorfologia/ geotécnia, solos, recursos hídricos, qualidade do ar e ruídos. Considerando-
se estes aspectos, as áreas de influência foram delimitadas a partir de informações extraídas de
imagens de satélite, das observações realizadas “in loco”, de reuniões técnicas, assim como das
análises de mapeamentos e de estudos anteriores.
Para a delimitação da Área Diretamente Afetada levou em consideração a delimitação da
microbacia onde o empreendimento está inserido, sendo baseada nas características do
empreendimento em conjunto com a diversidade e especificidade dos ambientes afetados
resultantes das atividades associadas à implantação e operação do empreendimento.
Já para a delimitação da Área de Influência Indireta foi dado um buffer de 800m através do
software QUANTUMGIS a partir da borda de delimitação da AID, pois está região receberá
impactos indiretos e secundários devido à implantação e operação do empreendimento.
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TÍTULO: LOCALIDADE
Para a delimitação da área de influência a serem realizados os estudos do meio biótico foi
considerado a mesma delimitação para o meio físico, visto que a delimitação determinada
contemplará todos os possíveis impactos de poderão surgir.
A delimitação das áreas de influências para o meio físico e biótico pode ser observado na Figura
9.
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TÍTULO: LOCALIDADE
Metodologia
Devido à escassez de dados meteorológicos na região do empreendimento, para a caracterização
do clima foram utilizados, dados pertencentes às redes de estações meteorológicas do Instituto
Nacional de Meteorologia (INMET), a estação utilizada como base foi a de Recife/PE, para o
período de Janeiro/2009 a dezembro/2014 em atendimento ao TR NAIA Nº 04/2014, o qual pede
um intervalo mínimo de 5 anos. Cada estação é representativa para uma circunferência com raio
de 150 km, centrada na estação, desta estação foram coletados dados referentes a: Pressão
atmosférica, temperatura, direção e velocidade dos ventos, umidade relativa e Insolação referente
o ano de 2009 a 2014. Os dados foram organizados em gráficos, correspondendo às médias
mensais e sazonais dos respectivos elementos meteorológicos observados.
Já para a caracterização dos dados pluviométricos foram coletados dados pertencentes às redes
de estação do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) tendo como base a estação de Escada,
visto que teríamos a realidade mais exata do local onde será implantado o empreendimento em
epígrafe, porém vale ressaltar que os dados disponíveis por esta estação são do ano de 2012 a
2014. Os dados foram organizados em gráficos, correspondendo às médias mensais e sazonais
do respectivo elemento meteorológico observado.
Sistemas Meteorológicos
Existem pelo menos seis sistemas meteorológicos de circulação atmosférica que produzem
chuvas e atuam na Região Nordeste e no Estado de Pernambuco. Segundo a Sectma (1998)
esses sistemas atuantes podem ser classificados como:
Frentes frias
As frentes frias são bandas de nuvens organizadas que se formam na região de confluência entre
uma massa de ar frio (mais densa) com uma massa de ar quente (menos densa). A massa de ar
frio penetra por baixo da quente, como uma cunha, e faz com que o ar quente e úmido suba,
forme as nuvens e, consequentemente, as chuvas.
A extremidade principal de uma massa de ar fria que avança deslocando o ar quente de seu
caminho. Geralmente, com a passagem de uma frente fria, a temperatura e a umidade diminuem,
a pressão sobe e o vento muda de direção (normalmente do sudoeste para o noroeste no
Hemisfério Norte).
Ondas de leste
As ondas de leste são ondas que se formam no campo de pressão atmosférica, na faixa tropical
do globo terrestre, na área de influência dos ventos alísios, e se deslocam de oeste para leste que
podem serem observadas nos ventos alísios que atuam no este do Estado de Pernambuco
principalmente nos meses de maio a agosto. As ondas de este ocasionalmente se intensificam
dentro dos ciclones tropicais.
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Condições meteorológicas
As condições meteorológicas de uma determinada região podem ser caracterizadas por
elementos climáticos e meteorológicos como: Pluviometria, temperatura do ar, umidade relativa do
ar, insolação, ventos, pressão atmosférica, nebulosidade e outros, por outro lado, se
considerarmos o conjunto destes ao longo de 30 anos, período adotado pela Organização
Meteorológica Mundial (OMM), teremos o que denominamos de clima, porém devido às rápidas e
constantes alterações no meio ambiente este período tem-se reduzido.
O clima e as condições meteorológicas são influenciados por características geográficas das
regiões como: latitude, relevo, oceano, solo, e, por sistemas de circulação atmosféricos dinâmicos.
Nesse contexto, o Estado de Pernambuco e a Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca estão situados
em posição geográfica favorável à atuação simultânea destas influências.
Pressão atmosférica
É a pressão que o ar da atmosfera exerce sobre a superfície do planeta. Essa pressão pode
mudar de acordo com a variação de altitude, ou seja, quanto maior a altitude menor a pressão e,
consequentemente, quanto menor a altitude maior a pressão exercida pelo ar na superfície
terrestre. Vale ressaltar que a pressão atmosférica ao nível do mar é de 1.013 hectopascais e que
quanto maior a altitude menor é a pressão.
O Gráfico 2 mostra que na área monitorada esta pressão não oscila com frequência nos meses de
outubro a abril e nos demais meses apesar de ter oscilação nos dados obtidos apresentaram
níveis próximos do nível do mar.
Temperatura
A temperatura é determinada por meio de graus e quanto mais alta a pressão maiores as
condições de frio e quanto mais baixa a pressão maiores as condições de calor. No Gráfico 3
pode ser observado a temperatura num período de 5 anos e percebemos que o mês de julho é o
que apresenta as temperaturas mais amenas devido ser um mês com forte chuvas muito
frequente. Já o mês de janeiro é o que apresenta a temperatura mais elevada.
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Gráfico 3 - Temperaturas
Umidade Relativa
Umidade relativa é o quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento em
relação ao total máximo que poderia existir, podendo com isso caracterizar se o ar é seco ou
úmido. A alta quantidade de vapor de água na atmosfera favorece a ocorrência de chuvas. Já com
a umidade do ar baixa, é difícil chover. Este é um fator muito importante para a saúde humana,
pois vários problemas de saúde pode ocorrem em decorrência da baixa umidade do ar, como:
complicações alérgicas e respiratórias, ressecamento da pele, irritação dos olhos, sangramento no
nariz.
Vale ressaltar que pelos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) a umidade relativa do
ar ideal é a partir de 60% e de acordo com o
Gráfico 4 a localidade monitorada está dentro desses padrões estabelecido pela OMS, portanto a
implantação do CTVA deverá ser monitorada a fim de evitar que essa umidade seja alterada e
venha com isso surgir problemas de saúde para a população.
Insolação
Isolação é o número de horas em que a luz do sol chega até a superfície da Terra sem
interferência de nuvens. No gráfico a seguir pode ser observado que nos meses de março a julho
o índice de insolação é mais baixo devido ser os meses com mais chuvas e baixa temperatura e
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Gráfico 5 - Insolação
Pluviometria
Pluviometria é a quantidade de chuva que é medida em uma determinada localidade. No
município de Escada há uma estação pluviométrica onde foi possível obter os dados mais reais da
localidade onde será implantada a CTVA, os quais podem ser observados no Gráfico 6.
Gráfico 6 - Pluviometria
A partir dos dados obtidos pode ser observado que os meses mais chuvosos são de maio a junho,
portanto nesses meses deve ter maior atenção tanto no momento de implantação quanto de
operação do empreendimento para que as atividades desenvolvidas não venham contribuir com a
degradação do meio ambiente de modo geral.
Direção do Vento
O ar atmosférico em movimento é o que recebe o nome de vento cujo o principal fenômeno
responsável por esse acontecimento é a diferencia da pressão atmosférica.
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Nebulosidade
Nebulosidade é um elemento que traduz a fração da abóbada celeste que é ocupada por nuvens.
Segundo as normas meteorológicas atuais, o céu é dividido em octas (ou décimas, dependendo
da região) e, a partir do número de octas com cobertura total de nuvens, a nebulosidade é dividida
em:
a) céu limpo ou ensolarado: nenhum vestígio de nuvens (nenhuma octa encoberta);
b) céu quase limpo: pelo menos uma octa está encoberta;
c) céu pouco nublado: pelo menos duas octas encobertas;
d) céu parcialmente nublado: pelo menos quatro octas (aproximadamente metade do céu)
encobertas pelas nuvens;
e) céu quase nublado: no mínimo seis octas encobertas;
d) céu nublado: as oito octas estão totalmente encobertas pelas nuvens.
Para a realização desses estudos não foram obtidos dados sobre a nebulosidade da área em
site oficiais.
Erosidade da Chuva
Os Estudos Hidrológicos foram desenvolvidos seguindo a metodologia contida na Instrução de
Serviço IS-203: Estudos Hidrológicos, das Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e
Projetos Rodoviários, do DNIT (2006). Os Estudos Hidrológicos foram desenvolvidos com a
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• Inspeção de campo;
• Coleta de dados pluviométricos e de cartografia da região de interesse do projeto;
• Caracterização fisiográfica da região;
• Definição dos postos pluviométricos de interesse;
• Processamento dos dados pluviométricos;
• Determinação da pluviometria e intensidade de chuvas;
• Caracterização das bacias hidrográficas e cálculo das vazões de contribuição;
• Classificação climática de Wladimir Köppen;
• Publicação “Normais Climatológicas (1961 – 1990)” do Ministério da Agricultura e Reforma
Agrária – Departamento Nacional de Meteorologia – 1992;
• Dados referentes à pluviometria mensal e máxima diária da área de interesse do projeto no
município de Escada Posto Nº 00835022 – Escada, obtidos no site da ANA - Agência
Nacional de Águas. Esse foi o posto mais próximo do trecho em estudo com dados de
série histórica suficientes para caracterização do regime de chuvas da região;
• Dados cartográficos da área de interesse do projeto, utilizados como elementos auxiliares
na identificação das bacias hidrográficas através da folha 83 - SUDENE na escala
1:25000.
O regime de chuvas da região foi estabelecido de acordo com uma metodologia conhecida que
leva em consideração a análise estatística das precipitações máximas diárias, ano a ano, durante
todo o período de observação do posto considerado.
Foram seguidos os seguintes passos:
• Escolha dos postos pluviométricos;
• Análise estatística;
• Definição das curvas de precipitação x duração x frequência;
• Definição das curvas de intensidade x duração x frequência.
Para definição das descargas máximas prováveis, faz-se necessário a caracterização das
intensidades de chuvas máximas que poderão ocorrer na área de interesse do projeto.
Para definição do posto pluviométrico foi levado em conta os seguintes fatores:
• Disponibilidade de dados, seja em séries completas ou incompletas, durante o mesmo
período;
• Proximidade geográfica com o segmento em projeto;
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• Séries confiáveis.
A. Escolha do Posto
O posto escolhido para caracterizar o regime de chuvas da região de interesse do projeto foi o de
Escada de responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (DNOCS). Foi
selecionado esse posto por ser o mais próximo da área em estudo com dados suficientes.
O posto apresentado no Quadro 21 tem as seguintes características:
O posto de Escada encontra-se inativo e registrou uma série histórica de 63 anos, sendo 49 anos
completos com medições até dezembro de 1983.
Para esse estudo foram utilizados os dados do período que compreende os anos de 1921 a 1979,
retirando os anos 1930, 1938, 1961, 1962, 1966, 1968, 1969, 1973, 1977 e 1979 por não conter
dados mensais completos.
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Tabela 1 - Precipitações Pluviométricas Mensais e Anuais e Números de Dias de Chuva Mensais e Anuais
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Fonte: DNOCS
Fonte: DNOCS
Fonte: DNOCS
B. Análise Estatística
O período de recorrência (TR) é definido como sendo o intervalo médio de anos dentro do qual
ocorre ou é superada uma dada chuva de magnitude P. Se Pb é a probabilidade desse evento
ocorrer ou ser superado em um ano qualquer, tem-se a relação TR = 1/Pb.
Como em geral não se pode conhecer a probabilidade teórica Pb, faz-se uma estimativa a
partir da frequência (F) das precipitações máximas diárias observadas. Tomando-se, por
exemplo, N anos de observação de um determinado posto pluviométrico, seleciona-se a
precipitação máxima diária ocorrida em cada ano, obtendo-se o que se chama de série anual
de valores. Ordenando-se em ordem decrescente com um número de ordem M que varia de 1
a N, pode-se calcular a frequência com que o valor P de ordem M é igualado ou superado no
rol de N anos como sendo F = M / N+1 (Critério de Kimball).
Quando N é muito grande, o valor de F é bastante próximo de Pb, mas para poucas
observações pode haver grandes afastamentos.
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De acordo com a lei dos extremos, a lei de distribuição estatística da série de N termos
constituída pelos maiores valores de cada amostra tende assintoticamente para uma lei
simples de probabilidade, que é independente da que rege a variável aleatória das diferentes
amostras e no próprio universo da população infinita.
Esta é a base do método de Gumbel, em que se calcula Pb pela relação:
1
y= ( P − P + 0,45σ)
0,7797σ
Pb = 1 - e -e
-y
sendo
A expressão de “y” mostra que existe uma relação linear entre ele e o valor de P. Pode-se
grafar esta reta conhecendo-se:
∑ (P )
N
∑P
N
2
i i -P
P= 1
e σ= 1
N N -1
O eixo onde estão marcados os valores de y pode ser graduado em tempos de recorrência
através da relação:
1 1
TR = = -y
Pb 1 - e-e
A relação obtida por Gumbel supõe que existam infinitos elementos. Na prática, pode-se levar
em conta o número real de anos de observação utilizando-se a fórmula geral de Ven Te Chow
P = P + kσ, onde:
P = é a precipitação máxima diária para certo período de recorrência, em mm;
K = coeficiente que depende do número de amostras e do período de recorrência;
σ = desvio padrão das N precipitações máximas diárias.
O processo estatístico utilizado neste projeto considerou o critério de Kimball e a fórmula geral
de Ven Te Chow.
Nas Tabelas 1 e 2, estão apresentados o processo estatístico e a tabela de Gumbel com os
fatores de frequência (K).
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Os valores da constante K foram tabelados por Weise e Reid. Para 49 anos de observação do
Posto Escada, os valores de K usados estão destacados na tabela abaixo:
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TÍTULO: LOCALIDADE:
A metodologia adotada permitiu que, através de correlações propostas pelo método, fossem
obtidas, a partir das chuvas diárias, as precipitações correspondentes a 1 dia, 1 hora e 6
minutos. Os passos seguidos foram os seguintes:
Definição no mapa de isozonas de igual relação, apresentado na Tabela 4, da zona na qual o
trecho está inserido e dos percentuais a serem utilizados para obtenção das chuvas de 1 hora
e 6 minutos.
Cálculo das alturas das precipitações para 6 minutos e 1 hora, utilizando os percentuais
definidos para cada tempo e os dados de chuva para 24 horas, conforme Tabela 6.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Após a determinação das alturas de precipitação para duração de 24 horas, 1 hora e 6 minutos,
para cada tempo de recorrência considerado, marcaram-se estes valores no papel de
probabilidade de Hershfield e Wilson, e ligando-se os pontos marcados, obtiveram-se as alturas
de precipitação para qualquer duração entre 6 minutos e 24 horas.
Na está apresentado o mapa das isozonas, com seus valores característicos.
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Logo:
P
i (6 min.) = ou P x 10
0,1
i (1 hora) = P
P
i (24 horas) =
24
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Tempo de Recorrência
Pontilhão TR = 50 anos
Tempo de Concentração
É definido como sendo o tempo necessário para que a área de drenagem passe a contribuir
para a vazão na seção estudada. De uma maneira geral, o tempo de concentração de uma
bacia qualquer depende de vários parâmetros tais como:
Coeficiente de Escoamento
Será fixado um coeficiente de escoamento superficial e/ou coeficiente do complexo solo-
vegetação, conforme mostra o Quadro 24 abaixo.
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3.8.1.2. Geologia
3.8.1.2.1. Geologia Regional
A caracterização da geologia visa definir os principais elementos que subsidiarão a avaliação
hidrogeológica, como as formações aquíferas, aquitardos e aquicludes, a permeabilidade e
porosidade das rochas, e a tipificação das descontinuidades que interferem no fluxo das águas
subterrâneas.
A Província Borborema é a principal feição geológica regional, na qual estão inseridas as áreas
de influência do empreendimento.
A Província Borborema
A Província Borborema, é constituída pelos litotipos do Complexo Belém do São Francisco, do
Complexo Cabrobó, das Suítes Intrusivas Leucocrática Peraluminosa e Calcialcalina de Médio
a Alto Potássio e de Granitóides Indiscriminados.
O Complexo Cabrobó
Este Complexo é determinado por sequências metassedimentares: biotitagnaisses quartzo-
feldspáticos (às vezes com granada), mica-xistos, muscovita gnaisses, metagrauvacas,
paragnaisses (algumas vezes migmatitizados) e migmatitos. Apresentando também lentes de
quartzitos, anfibolitos e mármores e meta-arcósios com níveis quartzíticos.
Ocorrem em sequência metavulcano-sedimentar: paragnaisses com frequentes lentes de
metamáficas /anfibolitos.
As lentes de quartzito ocorrentes no Complexo Cabrobó representam uma sequência
continental de metarcóseos/metaterrígenos, denominadas Formação Garanhuns (Cardoso &
Castro, 1979).
Granitóides Diversos
Constituídos por monzonítos e granodiorítos com enclaves máficos e filiação alcalino-
metaluminosa.
Os sedimentos quartenários são encontrados nas margens do rio Ipojuca e afluentes, como
depósitos de origem fluvial, constituídos por areias, limos, siltes e argilas das planícies de
inundação. Localmente se observa uma zona de cisalhamento de direção NE/SW. A Figura 12
ilustra o mapa geológico do Município de Escada, com as respectivas Áreas de Influência do
empreendimento.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
São resultantes dos processos de intemperismo predominante químico atuante nessa tipologia.
São formas que foram individualizadas por ação intensa da drenagem, que provocaram o recuo
das vertentes e pelo escoamento superficial, devido à ação do clima úmido atuante na região.
Na AII, as encostas representam uma evolução que fora principalmente influenciada pela ação
climática. A litologia resultante é um espesso manto de intemperismo, que cobre a maior parte da
área.
Os declives suavizados predominam nas áreas que estão voltadas para as planícies aluviais do
principal curso d’água da área, o rio Ipojuca, onde os vales são abertos e de fundo chato.
Vales em “V” com encostas com maior declividade são formados nas áreas mais a montante dos
vales fluviais, e nos pequenos vales escavados por águas pluviais. Nestas áreas ocorre uma baixa
acumulação de sedimentos, devido a grande energia utilizada no transporte, provocada pelo alto
gradiente.
Na AID ocorrem predominantemente as formas de relevo dos morros dissecados a pouco
dissecados (Figura 17), já devidamente caracterizados quando da descrição geomorfológica da
AII.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Coordenadas: Lat 8º 23’ 12” S, Long 35º 14’ 17” W, Alt 114m
Fonte: EQUIPE OMNI
Registrado em 05 de novembro de 2014
As formas de relevo observadas na ADA (Figura 18) foram os morros pouco dissecados, já
devidamente caracterizados quando da descrição geomorfológica da AII.
Coordenadas: Lat 8º 23’ 25” S, Long 35º 14’ 28” W, Alt 178,7m
Fonte: EQUIPE OMNI
Registrado em 05 de novembro de 2014
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TÍTULO: LOCALIDADE:
As sondagens foram executadas pelo processo de percussão, conforme Norma da ABNT NBR
6.484/2000. Foram executados 11 (onze) furos de sondagem previamente locados pela VIA
AMBIENTAL. Foi utilizado para tal um equipamento usualmente denominado de tripé com roldana.
O mesmo consiste em um cavalete de quatro vértices, fabricadas com tubo Ø 2 ½”, com uma
roldana de 8’’ acoplada em seu topo, de forma a juntamente com a corda de sisal, levantar o
martelo de 65 kg e auxiliar no manuseio da composição de hastes por força manual. Metodologia
adotada Standard Penetration Test (SPT), Os resultados do ensaio SPT são expressos pela soma
do número de golpes necessários à cravação dos primeiros e dos últimos 30 cm. O índice de
resistência à penetração (N) consiste no somatório correspondente aos últimos 30 cm do
amostrador. Nos casos em que não ocorre a penetração dos 45 cm, os resultados são
apresentados sob a forma de frações ordinárias.
Para cada metro sondado, foi determinado índice de resistência à penetração medindo-se o
número de golpes dado pelo peso de bater 65 Kg, deixando cair livremente de 75 cm de altura,
para fazer o mostrador padrão penetrar 30 cm na camada de solo em estudo.
As amostras são coletas a cada metro de perfuração, acondicionadas em recipientes, no qual
deve constar a identificação sobre o local da coleta, para serem encaminhadas ao laboratório e
ser feita à descrição táctil-visual das mesmas, definindo assim a classificação quanto ao tipo de
material encontrado na sondagem.
O nível do lençol freático caso atingido é anotado no inicio da perfuração e também ao final da
execução do mesmo. Deve-se esgotar o furo e proceder à medida do nível do lençol freático após
o período de 24hs.
A área do empreendimento está isenta de problemas geotécnicos relacionados com instabilidade
de encostas. Nas vistorias de campo, não foi observado nenhum fenômeno significativo
relacionado à instabilidade ou erosão do terreno.
O lençol freático não foi detectado nas sondagens SPT, que atingiram uma profundidade máxima
de 16m, por essa razão não foram perfurados poços de observação. Apesar da NBR 15495-1 fixar
requisitos para a execução de projeto e construção de monitoramento de águas subterrâneas em
meios porosos, e o terreno em estudo repousar sobre rochas cristalinas, A VIA AMBIENTAL
informa que quando da fase da Licença de Instalação, caso haja necessidade e seja exigido pelo
órgão ambiental, poderão ser perfurados três poços de observação, um a jusante e dois a
montante do empreendimento.
No anexo 10 são apresentados os seguintes elementos:
− Perfil individual de sondagem
− Descrição do tipo de solo encontrado na sondagem.
− Gráfico de resistência à penetração e profundidade.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Porém cabe ressaltar que após a realização dos serviços de terraplenagem deverá ser realizado
outra analise de permeabilidade para obter segurança. O mapa com os pontos de sondagem pode
ser observado no Anexo X.
Em relação à Quantificação das áreas quanto ao seu potencial de uso do solo, no que diz respeito
às atividades socioeconômicas rurais, a região foi durante muito tempo fomentado com o manejo
da cana-de-açúcar e secundariamente por outras culturas.
Esses solos possuem uma baixa fertilidade natural, necessitando da correção da acidez e da
adubação para obtenção de boas colheitas. Quando ocorrem em relevo acidentado não são
recomendados para uso agropecuário devido ao risco de degradação pela erosão hídrica.
Apresentam-se de fácil manejo e mecanização nas áreas com relevo plano e suave ondulado.
Já no que tange às atividades socioeconômicas urbanas, atualmente várias empresas dos
diversos ramos de atividade estão se instalado na região, por conta do forte desenvolvimento por
que passa todo o estado de Pernambuco. Ressalta-se que de acordo com o novo Plano Diretor do
Município de Escada, o empreendimento se localiza em uma ZIP (ZONA DE INTERESSE
PRODUTIVO), corroborando mais ainda mais para o desenvolvimento não só do Estado, como
também do Município e de toda a Região.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
3.8.1.4. Solos
Cerca de 40% da AII, repousa sobre uma associação de classe denominada de Latossolos
amarelo + Podzólicos amarelo e vermelho-amarelo ambos distrófico + Gleissolo e Cambissolo
gleico distrófico; 15% repousa sobre uma associação de classe denominada Podzólico vermelho-
amarelo distrófico+ Podzólico vermelho escuro distrófico e eutrófico; 15% repousa sobre uma
associação de classe denominada Gleissolo + Cambissolo, ambos distrófico + Solos Aluviais
distrófico e eutrófico + Pdzólicos amarelo e acinzentado distrófico; 10% repousa sobre uma
associação de classe denominada Podzólico vermelho-amarelo + Podzólico amarelo ambos Al e
distrófico + Podzólico vermelho escuro distrófico e eutrófico, 10% repousa sobre uma associação
de solos denominada Podzólico amarelo + Podzólico acinzentado ambos distrófico+ Gleissolo
distrófico.
Coordenadas: Lat 8º 23’ 26” S, Long 35º 14’ 55”W , Alt 128,5m
Fonte: EQUIPE OMNI
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Coordenadas: Lat 8º 22’ 59” S, Long 35º 14’ 57” W, Alt 124,2m
Fonte: EQUIPE OMNI
Registrado em 05 de novembro de 2014
Coordenadas: Lat 8º 21’ 55” S, Long 35º 14’ 13” W, Alt 106,2m
Fonte: EQUIPE OMNI
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AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Coordenadas: Lat 8º 22’ 59” S, Long 35º 14’ 57” W, Alt 124,2m
Fonte: EQUIPE OMNI
Registrado em 05 de novembro de 2014
Coordenadas: Lat 8º 23’ 13” S, Long 35º 14’ 16” W, Alt 112m
Fonte: EQUIPE OMNI, Registrado em 05 de novembro de 2014
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA VIA AMBIENTAL, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
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FOLHA
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113 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Coordenadas: Lat 8º 23’ 28” S, Long 35º 14’ 13” W, Alt 129m
Fonte: EQUIPE OMNI
Registrado em 05 de novembro de 2014
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114 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Coordenadas: Lat 8º 23’ 31” S, Long 35º 14’ 19” W, Alt 140,5m
Fonte: EQUIPE OMNI
Registrado em 05 de novembro de 2014
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Uma bacia hidrográfica evidencia a hierarquização dos rios, ou seja, a organização natural por
ordem de menor volume para os mais caudalosos, que vai das partes mais altas para as mais
baixas.
As bacias podem ser classificadas de acordo com sua importância, como principais (as que
abrigam os rios de maior porte), secundárias e terciárias; segundo sua localização, como
litorâneas ou interiores.
No Estado de Pernambuco, de acordo com o Plano Estadual de Recursos Hídricos – PERH - PE,
a bacia hidrográfica é a unidade geográfica utilizada para planejar, avaliar e controlar os recursos
hídricos. Para atender a essa determinação o território pernambucano foi dividido em 29 Unidades
de Planejamento – UP, das quais 13 bacias (rios Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém, Una,
Mundaú, Ipanema, Moxotó, Pajeú, Terra Nova, Brígida, Garça e Pontal), são as que apresentam
maior relevância em relação ao contexto hídrico do Estado.
Além dessas bacias existem outras que foram agrupadas, em função de seu pequeno tamanho,
constituindo os assim chamados “grupos de bacias hidrográficas de pequenos rios”. De um total
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TÍTULO: LOCALIDADE:
de 16 grupos, seis são formados por pequenos rios litorâneos, nove por pequenos rios interiores,
além de uma bacia de pequenos cursos d’água que formam a rede de drenagem da Ilha de
Fernando de Noronha.
Na Figura 27 pode ser observado as bacias hidrográficas do Estado de Pernambuco.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
A bacia limita-se ao norte, com a bacia hidrográfica do rio Capibaribe, ao sul com as bacias
hidrográficas dos rios Una e Sirinhaém, a leste com o segundo e terceiro grupos de bacias
hidrográficas de pequenos rios litorâneos e o oceano Atlântico e a oeste com as bacias
hidrográficas dos rios Ipanema e Moxotó e o Estado da Paraíba.
O Rio Ipojuca, rio principal da bacia, nasce no município de Arcoverde, nas encostas da serra do
Pau d’Arco a uma altitude de aproximadamente 900m. Tendo sua extensão total de 323,9km,
suas águas correm na direção oeste-leste, com regime fluvial intermitente até seu médio curso.
Tornando-se perene entre os municípios de Gravatá e Chã Grande.
Seus principais tributários são, pela margem direita:
• Riacho Liberal, riacho Papagaio, riacho Tacaimbó, riacho Taquara, riacho Cipó, riacho do
Vasco, riacho Pau Santo, riacho Mocó, riacho das Pedras, riacho Verde, riacho Caruá,
riacho Barriguda, riacho Machado, riacho do Mel, riacho Continente, riacho Titara, riacho
Vertentes, riacho Macaco Grande, riacho Rocha Grande, riacho Prata, riacho Cotegi,
riacho Piedade e riacho Minas; (CONDEPE/ FIDEM 2005).
Pela margem esquerda:
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TÍTULO: LOCALIDADE:
• Riacho Poção, riacho Mutuca, riacho Taboquinha, riacho Maniçoba, riacho Bitury, riacho
Coutinho, riacho do Mocós, riacho Salgado, riacho Várzea do Cedro, riacho Jacaré, riacho
Sotero, riacho Cacimba de Gado, riacho da Queimada, riacho Manuino, riacho do Serrote,
riacho Bichinho, riacho Muxoxo, riacho São João Novo, riacho Cueiro de Suassuna, riacho
Pata Choca, riacho Cabromena, riacho Sapocaji e riacho Urubu (CONDEPE/ FIDEM 2005).
Na Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca, podemos segmentar sua área em três grupos de feições
geomorfológicas distintas, que são:
• Na porção leste da bacia, observam-se duas unidades de relevo distintas. O primeiro,
denominada de planície costeira, possui altitudes inferiores a 100m; o segundo, um
conjunto de morros e colinas denominado de mar de morros, que se localizam sobre o
cristalino, com cotas altimétricas inferiores a 300m.
• Nas áreas situadas sobre o planalto da Borborema, entre os municípios de Chã Grande e
Belo Jardim, observam-se algumas superfícies mais ou menos planas, com altitudes
variando entre 400 e 700m.
• Na porção oeste da bacia, nas áreas pertencentes aos municípios de Poção, Pesqueira,
Sanharó e Belo Jardim, encontram-se as superfícies mais antigas e mais elevadas, já
bastante trabalhadas pelo processo erosivo, com altitudes que variam entre 800 e 1.000m.
• Os trechos médio e sub-médio da bacia estão localizados na região Agreste do Estado de
Pernambuco. Do ponto de vista climático, essa região é considerada intermediária entre as
áreas de clima úmido (Zona da Mata) e de clima seco (Sertão), apresentando
características ora de uma, ora de outra. Assim, nas áreas mais próximas ao Sertão
(trechos superior e parte do médio) o clima é quente e seco, e o período mais chuvoso vai
de fevereiro a junho (chuvas de verão/outono); já no trecho sub-médio (mais próximo da
Zona da Mata), a estação chuvosa se estende de março a julho (chuvas de
outono/inverno).
• O trecho inferior da bacia (cuja maior parte se localiza na Zona da Mata, nela incluída a
faixa litorânea), apresenta características de clima quente e úmido, com médias
pluviométricas superiores a 1.000mm anuais, alcançando mais de 2.000mm nas áreas
litorâneas. O período chuvoso dura seis meses, indo de março a agosto (outono/inverno).
• A vegetação dominante apresenta diferenças fisionômicas em consequência dos fatores
edafoclimáticos, podendo, de uma maneira geral, ser considerada como uma caatinga
“agrestina”, caracterizando-se pela presença de espécies xerófilas, decíduas, em grande
número composta por espinhos e abundância de Cactáceas e Bromeliáceas.
• Nas áreas mais elevadas e expostas aos ventos úmidos (os alísios de sudeste) ocorrem os
“brejos de altitude” (destacando-se como áreas de nascentes), sendo considerados
ecossistemas diferenciados daqueles predominantes nas áreas mais baixas ou menos
expostas. Nesses brejos observa-se a presença da mata serrana, atualmente com elevado
estado de degradação.
• Nas áreas mais úmidas da bacia, a vegetação é do tipo Floresta Perenifólia Tropical
Atlântica, que hoje se encontra bastante reduzida pela ação devastadora do homem. No
litoral são encontrados os manguezais, alguns bastante degradados.
Segundo CONDEPE/ FIDEM (2005), na Bacia do Ipojuca encontram-se as seguintes áreas de
preservação ambiental:
• Parque Ecológico João Vasconcelos Sobrinho - criado pelo Decreto Municipal nº 2.796/83,
localiza-se no município de Caruaru, cuja prefeitura é responsável por sua administração.
Com área de proteção de 355ha, representa o ecossistema “brejo de altitude”;
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124 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
• RPPN (Reserva Privada do Patrimônio Natural) Pedra do Cachorro - criada pelo Decreto
Estadual nº 19.815/97, localiza-se no município de São Caetano, com área de proteção de
18 ha. Sua titulação foi realizada em 08 de junho de 2002, pela CPRH;
• Unidade de Conservação Municipal da Serra Negra de Bezerros - criada pelo Decreto
Municipal nº 36/89, localiza-se no município do mesmo nome; com área de 3,4 ha, tem
como ecossistema a “Caatinga”;
• Área de Preservação Municipal Parque Ecoturístico da Cachoeira do Urubu - o Governo do
Estado de Pernambuco declarou de utilidade pública e de interesse social, para fins de
desapropriação, por meio do Decreto Estadual nº 16.828/93, a área de 30ha, situada no
engenho Pilões, localizado no município de Primavera.
Os principais usos das águas na bacia do Rio Ipojuca são:
• Consumo humano e abastecimento público; consumo animal; irrigação; uso industrial;
limpeza; geração de energia (pequena hidroelétrica); navegação interior; pesca; turismo,
recreação e lazer; recepção de efluentes domésticos; e recepção de efluentes industriais e
agroindustriais.
Dentro das classes de uso e ocupação do solo da bacia, observa-se que a maior parte da área
total da bacia esta antropomorfizada com 55,70% do total, logo em seguida, o plantio da cana-de-
açúcar aparece como tendo enorme relevância ao uso com 19,02% conforme Tabela 10.
EQUIPE OMNI
(A) Coordenadas: Lat 8º 23’ 24”S, Long 35º 15’ 08”W, Alt 123,3m
Registrado em 05 de novembro de 2014
(B) Coordenadas: Lat 8º 23’ 30”S, Long 35º 14’ 15” W, Alt 131,4m
Registrado em 05 de novembro de 2014
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126 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
EQUIPE OMNI
Coordenadas: Lat 8º 23’ 16” S, Long 35º 15’ 37”W, Alt 129,4m
Registrado em 05 de novembro de 2014
A AII encontra-se inserida na área da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca, especificamente no seu
baixo curso.
Ao norte o limite da área é cortado pelo Rio Ipojuca, principal rio da bacia, e a sudoeste é cortada
pelo Riacho Cotegi, afluente de 1ª ordem, localizado na margem direita da mesma. A nascente do
Riacho Cotegi esta inserida no município de Escada. A Figura 31 mostra o mapa da rede
hidrográfica do município de Escada e a Figura 32 mostra o mapa da rede hidrográfica das áreas
de influência. A montante do Município de Escada localiza-se a Barragem do Rio Pirapama, a qual
abastece a sede do município, e parte da AII. Segundo o Ministério das Cidades - Sistema
Nacional de Informações sobre o Saneamento, o consumo médio do município de Escada é de
92,9 litros/hab/dia.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
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TÍTULO: LOCALIDADE:
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129 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Coordenadas: Lat 8º 21’ 52” S, Long 35º 14’ 13” W, Alt 105,9m
EQUIPE OMNI
Registrado em 05 de novembro de 2014
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TÍTULO: LOCALIDADE:
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131 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
No caso em apreço, tem-se como evento positivo a precipitação pluviométrica, já que a região se
localiza na Zona da Mata sul do estado de Pernambuco. Negativamente pode-se apontar a
evapotranspiração, a evaporação, a retirada das águas superficiais e subterrâneas para uso
industrial, doméstico e irrigação.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
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TÍTULO: LOCALIDADE:
(Foster et al.,2002).
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134 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
3.8.1.9. Qualidade do ar
Monitoramento
O monitoramento é uma das formas de se avaliar a qualidade do ar em uma região. O primeiro
passo na idealização e implantação de qualquer sistema de monitoramento do ar é definir os seus
objetivos principais, que podem ser:
• Compatibilizar as emissões de uma indústria com os critérios de qualidade do ar
estabelecidos pelos órgãos competentes;
• Criar uma base sólida para o desenvolvimento de planos de gerenciamento de qualidade do
ar;
• Informar a comunidade a respeito da qualidade do ar;
• Implantar sistemas de alarme contra a poluição;
• Identificar Fontes poluidoras e executar gerenciamento e planejamento de tráfego;
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135 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
• Proteção de ecossistemas.
Os objetivos do programa de amostragem guiam quais poluentes serão monitorados e qual a
resolução requerida para os dados obtidos. Estes fatores, assim como a disponibilidade de
recursos financeiros e de mão de obra, determinam a escolha do método de amostragem. Existe
uma clara variação entre o custo instrumental, a complexidade, a capacidade e o desempenho de
um método para outro. Tipicamente, os mais sofisticados métodos de monitoramento apresentam
dados mais consistentes, entre muitas outras vantagens, embora ainda tenham um custo elevado
de aquisição. Como resultado, uma prática frequente é a escolha de tecnologias mais simples,
capazes de atender aos objetivos do monitoramento em termos de resolução e qualidade.
Definidas tais questões, surgem novas, tão importantes quanto as anteriores, porém, muitas
vezes, de respostas de não tão fácil obtenção:
• Quantas estações deverão ser instaladas?
• Com que frequência serão operadas?
• Que tempo terá cada amostra?
• Qual o volume de cada amostra?
• Por quanto tempo o programa de monitoramento será mantido?
• Onde colocar cada estação?
• Como instalar a estação?
Para alguns destes questionamentos tabelas e gráficos elaborados empiricamente têm a resposta.
Para outros, dados técnicos serão determinantes. Para outros ainda, existem barreiras sociais a
ser vencidas.
Os erros mais comuns na concepção dos sistemas de monitoramento de qualidade do ar estão na
má localização dos amostradores em relação à Fonte poluente e na aquisição de mais dados que
o necessário para o propósito do programa.
O sistema de monitoramento da qualidade do ar deve incluir ao menos um sensor no ponto em
que se espera a maior concentração de poluentes. O número exato de amostradores varia
conforme o método utilizado ou a confiabilidade que o engenheiro responsável deseja ter nos
dados obtidos.
O local para instalação das estações deve ser escolhido de forma que fique próximo do meio
ameaçado pelos poluentes monitorados. Estudos meteorológicos e topográficos da região
determinam a área ameaçada. Em zonas urbanas em particular, a dificuldade na determinação
desses locais é agravada por interferências causadas pelas edificações, que formam corredores
de vento. Ainda há de se considerar que as características meteorológicas são sazonais e podem
fazer com que, em diferentes épocas do ano, regiões diferentes sejam atingidas pelos poluentes.
Assim, para monitoramentos longos, é possível que haja a necessidade da instalação de estações
em diferentes locais.
Técnicas de Monitoramento
A amostragem do ar tem alguns problemas que devem ser reconhecidos, dentre eles o fato de
que a quantidade de substâncias alvo de análise é deveras reduzida no volume coletado. Mesmo
atmosferas extremamente poluídas não contêm mais do que alguns miligramas de contaminantes
por metro cúbico de ar. Na verdade, esta quantidade na maioria das vezes é expressa em
microgramas ou até mesmo nanogramas.
Além disso, a reatividade de algumas substâncias faz com que algumas medidas especiais sejam
tomadas após a coleta a sua coleta para que a amostra permaneça o máximo inalterada.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
O ideal seria que a análise fosse realizada in loco utilizando medidores de leitura imediata que
forneceriam informações físicas e químicas da atmosfera. Existem estes equipamentos para
detecção de algumas substâncias, mas os métodos de amostragem convencionais ainda são
utilizados de forma ampla, fornecendo informações de qualidade compatível com as exigências
legais.
Existem quatro métodos instrumentais de medição da qualidade do ar:
• Amostragem passiva;
• Amostragem ativa;
• Amostragem automática;
• Sensoriamento remoto.
Cada um desses métodos tem suas vantagens e desvantagens. Como foi dito anteriormente, a
escolha do método depende dos objetivos do monitoramento, da resolução requerida no estudo e
da disponibilidade de recursos humanos e financeiros.
Analisadores automáticos contínuos e sensores de medição remotos de última geração são
capazes de fornecer uma grande diversidade de dados que podem ser utilizados para produzir
informações relevantes, mas seu custo de aquisição, operação e manutenção é alto, além de
requerer mão de obra técnica especializada.
Técnicas de amostragem passiva e ativa são menos sofisticadas e não conseguem produzir
dados de maneira contínua, mas são bastante confiáveis. Eles são razoavelmente mais baratos,
tanto na aquisição, quanto na operação e manutenção, e sua demanda por conhecimento técnico
é bem baixa. Apesar disso tudo, conseguem atender às expectativas da maioria dos programas
de monitoramento do ar. Uma vez atendidos os objetivos do sistema de monitoramento, a técnica
adotada não é um fator relevante.
Abaixo, na Tabela 11, são apresentadas vantagens de desvantagens para equipamentos de
medição da poluição do ar.
Será dado um foco maior à amostragem passiva, visto que esta foi a técnica adotada para o
monitoramento realizado e descrito neste relatório.
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Fonte: who,1991
A amostragem passiva
Esta técnica de monitoramento é a que requer menos recursos financeiros. É uma metodologia
que requer um tempo amostral em termos de semanas e sua sensibilidade é baixa, mas ao
mesmo tempo fornece um grande número de informações.
O dispositivo de monitoramento passivo mais simples é o dustfall jar, que consiste num
receptáculo dotado de um meio onde partículas sólidas em suspensão ficam aderidas quando
sujeitas às forças gravitacionais. Com ele é mensurada a taxa de partículas inaláveis, geralmente
de até 10 micra.
A amostragem é realizada em um período de tempo definido (normalmente uma semana ou um
mês). A amostra é obtida por difusão molecular, mediante um equipamento (tubo ou disco
amostrador passivo) que utiliza um filtro com material absorvente para um poluente específico
exposto às condições ambientes, que posteriomente é analisado em laboratório.
As principais vantagens dos amostradores passivos são sua simplicidade e baixo custo, que
permite que vários deles possam ser instalados simultaneamente, fornecendo informações úteis
sobre a distribuição espacial dos poluentes. Uma das limitações do uso dos amostradores
passivos é que, devido a sua baixa resolução temporal, não é possível comparar os níveis
medidos com os PQAr de curto prazo.
Em uma rede de amostragem, os amostradores passivos podem ser utilizados isoladamente ou
em conjunto com outros tipos de amostradores, como analisadores automáticos. Existem
amostradores passivos desenvolvidos ou em desenvolvimento para a maioria dos poluentes
urbanos gasosos prioritários, entre eles: NO2, SO2, NH3 (amônia), COVs (compostos orgânicos
voláteis) e O3.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
O processo de funcionamento dos tubos amostradores é realizado por meio da difusão molecular
do gás a partir da região de concentração mais alta, na extremidade aberta, para a região de “A”
em um gás “B” descrito pela Lei de Fick, em que o fluxo do gás é proporcional ao gradiente da
concentração.
J = DAB x dC/dZ
Em que:
Mais recentemente, diversos métodos derivados dos métodos citados na Tabela 30 foram
desenvolvidos e têm sido utilizados. Para análise, a cromatografia de troca iônica tem sido
informalmente aceita como método padrão para SO2 em amostradores passivos.
O monitoramento de NO2 por amostradores passivos tem sido amplamente utilizado, fornecendo
médias que são calculadas normalmente em períodos de duas a quatro semanas. Essas
amostragens têm permitido identifi car a distribuição espacial do NO2 em áreas urbanas e rurais.
As técnicas mais amplamente utilizadas são variações dos amostradores em formato de tubos tipo
Palmes (Palmes et al., 1976), usando trietanolamina (TEA) como absorvente. A análise das
amostras coletadas é feita por espectrofotometria ou cromatografia de troca iônica.
d) para ozônio
A Tabela 13 apresenta algumas das várias técnicas desenvolvidas para medir O3. Os tubos com
peróxido de chumbo são utilizados para se determinar a concentração de dióxido de enxofre no
ar. Os gases sulfúricos reagem com o chumbo, formando sulfato de chumbo, então, ao final da
amostragem, quando em análise no laboratório, sua concentração indica os níveis de gases
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sulfurosos na atmosfera durante o período de amostragem. Alguns amostradores desse tipo têm
uma modificação na sua construção. É disposto no fundo do tubo de amostragem um filtro
saturado em mistura aquosa de peróxido de chumbo e um gel. Depois de ressecado, dispõe-se o
tubo amostrador na posição invertida para execução do monitoramento.
Local de implantação
As estações de amostragem devem ser instaladas num determinado local visando avaliar a
qualidade do ar de uma área ou região. A escolha de uma área ou região deve estar pautada
pelas características de distribuição dos poluentes que se está querendo avaliar, além da
representatividade do local e das facilidades de proteção dos equipamentos contra intempéries e
vandalismo.
Além dos objetivos, em termos de exposição, da escala espacial de representatividade e das
principais Fontes de emissão, a escolha do local da estação de monitoramento da qualidade do ar
deve, sempre que possível, considerar e utilizar as seguintes informações:
Políticas de controle da poluição não podem ser feitas com base em séries de dados
inconsistentes, com falhas em períodos longos ou com imprecisões de medida. É preferível, na
maioria dos casos, não dispor de dados do que dispor de dados errados ou não confiáveis. Assim,
os programas de controle de qualidade de dados são parte essencial dos sistemas de
monitoramento e devem ser aplicados desde o planejamento da rede de estações de
monitoramento.
Os programas de controle de qualidade de dados compreendem uma série de procedimentos que
garantem que uma medida apresente um padrão de qualidade que atenda a um determinado nível
de confiança conhecido.
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Base Legal
Com o crescimento econômico do país fez-se mister a implantação de uma política nacional
voltada às ações de caráter normativo e de fortalecimento institucional visando à prevenção e ao
controle da poluição no ar. Na elaboração dos aspectos legais é fundamental levarem-se em
consideração a clareza, a simplicidade, a dinamicidade e a viabilidade dos dispositivos a serem
editados.
Sob esta demanda, o CONAMA, através da sua Resolução nº 5 de 1989, criou o Programa
Nacional de Controle de Qualidade do Ar (PRONAR).
O PRONAR foi criado com o intuito de permitir o desenvolvimento econômico e social do país de
forma ambientalmente segura, usando como ferramenta a limitação dos níveis de emissão de
poluentes por Fontes de poluição atmosférica, visando à melhoria da qualidade do ar, ao
atendimento dos padrões estabelecidos e ao não comprometimento da qualidade do ar em áreas
consideradas não degradadas.
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maior valor entre todos os poluentes analisados. A classificação segundo o IQA é apresentada no
Quadro 28.
Quadro 28 – Índice de Qualidade do Ar de acordo com a Resolução CONAMA 03 de 28/ 06/ 1990
Relatório
Durante a realização do monitoramento da qualidade do ar para a implantação do
empreendimento CENTRAL DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO AMBIENTAL – CTVA
PERNAMBUCO, no município de Escada/PE, foram instalados em duas fases, cada uma
composta por 03 (três) campanhas, os amostradores passivos para aferição dos seguintes
parâmetros, conforme solicitação da CPRH:
Na Figura 38 abaixo são mostrados exemplares dos amostradores passivos utilizados neste
monitoramento.
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A distribuição temporal dos eventos para cada uma das fases transcorreu de acordo com o
cronograma abaixo.
Início Término
Fase 1 11/ 11/ 2014 25/ 02/ 2015
Fase 2 08/ 07/ 2015 14/ 09/ 2015
Fase 1
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O sítio escolhido para realização da primeira fase localiza-se a noroeste das futuras instalações
do CTVA, sob efeito dos ventos de sudeste. No local em questão funcionou uma escola primária.
Hoje é ocupada por moradores, que o utilizam para – além de moradia – criação de animais de
pequeno porte relacionados a subsistência (aves). Sua área livre apresenta diversas árvores, que
proveem sombra para o terreno, e seus limites são vedados por muro em alvenaria, que o protege
da ação de vândalos ou indivíduos estranhos ao lugar.
Na Figura 40 é mostrado um mapa com o ponto onde a primeira fase do monitoramento foi
realizada. Na Figura 41 é exibida a entrada do imóvel em questão.
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Os amostradores foram expostos por um período médio de 15 dias. Transcorrido este prazo,
foram removidos e armazenados. Para ambas as instalações buscou-se manter uma distância
mínima de obstáculos à passagem de ar, como muros e paredes.
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Fase 2
A segunda fase de monitoramento da qualidade do ar para instalação do empreendimento Centro
de Tratamento e Valorização Ambiental (CTVA) no município de Escada, estado de Pernambuco,
iniciou no dia 08 de julho de 2015 e teve seu término no dia 14 de setembro do mesmo ano.
Ao longo do seu desenvolvimento foram realizadas 03 (três) campanhas de monitoramento, onde
foram expostos o total de 33 amostradores de qualidade do ar, sendo, por campanha:
O sítio escolhido para realização da primeira fase localiza-se a no este das futuras instalações do
CTVA, sob efeito dos ventos de leste.
O local em questão é composto por uma vila de moradores inserida na área do Engenho Canto
Escuro. Além de moradia, os moradores utilizam suas residências para a criação de animais de
pequeno porte relacionados a sua subsistência (aves). Os limites de cada terreno são vedados
por cerca de bambu, que o protege da ação de vândalos e mantém afastados indivíduos
estranhos ao lugar.
Na Figura 50 é mostrado um mapa com o ponto onde a primeira fase do monitoramento foi
realizada. Na Figura 51 é exibida a entrada do imóvel em questão.
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metros do chão, sustentado por tubo metálico cravado ao chão. Este abrigo se destina a proteger
o amostrador de intempéries (chuva ou raios solares diretos), sem que para isso impeça o
funcionamento adequado do equipamento. Na Figura 52 é mostrada a sua instalação para
Campanha 1 da 2ª Fase.
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Os amostradores foram expostos por um período médio de 15 dias. Transcorrido este prazo,
foram removidos e armazenados. Para ambas as instalações buscou-se manter uma distância
mínima de obstáculos à passagem de ar, como muros e paredes.
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Os resultados obtidos nas análises dos amostradores, em cada fase, são os elencados a seguir.
Resultados - Fase 01
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________________
1 Por razões técnicas, resultados dos medidores BBE-1 e BBE-4, utilizados na campanha 2,
apresentaram leitura limitada de parâmetros.
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Resultados - Fase 02
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Figura 70 – Partículas coletadas analisadas sob microscopia óptica para a amostra (Campanha 1)
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Figura 73 – Partículas coletadas analisadas sob microscopia óptica para a amostra (Campanha 2)
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Conclusão
Frente aos dados obtidos com as análises realizadas para 3ª Campanha de Monitoramento da
Qualidade do Ar no município de Escada - Pernambuco, o Índice de Qualidade do Ar classifica a
condição atmosférica como Inadequada (IQA entre 101 e 199). A Tabela 15 e a Tabela 16 abaixo
apresentam um resumo dos resultados obtidos em cada fase.
Abaixo, são apresentados os gráficos de evolução de cada índice analisado em cada fase.
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A concentração média de partículas inaláveis (MP10) na Fase 1 (58,20 μg/m3) foi utilizada para
calcular o IQA da região no período de execução dessa etapa, que ocorreu entre os meses de
novembro de 2014 e fevereiro de 2015. O valor obtido foi de 116,4, que permite classificar a
qualidade do ar no local como Inadequada. Já na segunda fase de medições, entre os meses de
julho a setembro de 2015, o valor do IQA obtido foi de 72,8, que permite classificar a qualidade do
ar no local como Boa.
Os resultados do monitoramento da qualidade do ar na região estudada, nos respectivos períodos
de cada campanha, registrou que, na Fase 1, a concentração média de Partículas Inaláveis
ultrapassou os limites estabelecidos pelo CONAMA na Resolução n° 03/90. Na Fase 2, no
entanto, a concentração se mantém dentro dos limites estabelecidos na Resolução supracitada.
A concentração de hidrocarbonetos não influencia no IQA, pois o CONAMA não estabelece uma
concentração limite para estes.
A análise dos resultados obtidos traz a compreensão de que a qualidade atmosférica na região
estudada está abaixo do que seria considerado ideal, prejudicada principalmente pela
concentração elevada de Partículas Inaláveis e Monóxido de Carbono. Estes dois parâmetros
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associados podem estar relacionados à proximidade dos pontos amostrais com a rodovia BR-101
Sul. Sabe-se também que a atividade da queima da cana-de-açúcar – muito comum na Zona da
Mata Pernambucana entre os meses de setembro e fevereiro – impacta sobre a concentração de
poluentes na atmosfera.
3.8.1.1. Ruídos
Metodologia
Para aferir o nível de ruídos nas áreas de influências do empreendimento em epígrafe foram
coletadas medidas “in loco” em diversos pontos, utilizando um decibelimetro digital com função
automática de medição do nível de pressão sonora equivalente (LAeq), sendo a leitura LAeq de
um intervalo de 3 minutos, o valor que foi registrado para cada ponto foi dividido por 03 obtendo
assim a média.
No Quadro 29 pode ser observados os valores determinados pela NBR 10.151 referente ao nível
de ruídos e suas localidades.
A visita a campo realizada nos dias 13 e 14 de setembro de 2014 foram realizadas com o auxilio
do decibelímetro para as medições dos ruídos na ADA e AID. Todas as medições foram
realizadas no horários entre 09:00 até às 16:00 em pontos estratégicos anteriormente pré-
definidos, onde foram obtidos os resultados descrito no Quadro 30:
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Após a realização das medições foram comparados os resultados obtidos e foram observados que
na AID, mas precisamente em frente à escola municipal e a igreja evangélica o ruído já ultrapassa
os valores determinado na NBR 1.015 isto também acontece na AII. Porém vale ressaltar que no
momento de instalação e operação do empreendimento deverá ser colocado em pratica o
subprograma de monitoramento de ruídos e vibrações com o intuito de monitorar o aumento do
ruído e incomodar a população do entorno e fauna local ainda existente.
Nesta seção serão apresentadas as informações relativas à fauna e à flora presentes na área da
CTVA. Compreendem o Meio Biótico para fins desse estudo, a ADA apresentando uma área de
38 ha, a AID com uma área total de 1.069,4ha e a AII com uma área equivalente a 2.397,2ha.
As campanhas ocorreram no período de 19 a 27 de setembro de 2014, reservou-se dois dias para
as montagens das armadilhas e em seguida as buscas e coletas ocorreram por sete dias
consecutivos de acordo com a metodologia apresentada no plano de trabalho. Para o
entendimento da região, bem como dos dados aqui expostos, apresentamos no Quadro 31, os
índices pluviométricos do munícipio de Escada dos últimos quatros meses que antecederam a
realização dos levantamentos primários, a fim de proporcionar ao leitor uma compreensão mais
real da paisagem no momento da campanha. Pois, embora pelo calendário, já teríamos um
período seco, o que se percebeu “in loco” foi um período transitório para a estação seca com a
presença marcante ainda do período chuvoso.
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Mês Índice
pluviométrico
Junho 230.5 mm
Julho 121.5 mm
Agosto 139.2 mm
Setembro 182.6 mm
Fonte: http://www.ipa.br/indice_pluv.php#calendario_indices
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Figura 84 - Morro em que será construído o Figura 85 - Fragmento florestal localizado na AID
empreendimento
Figura 86 - Cultivo de Saccharum officinarum L. (cana-de- Figura 87 - Imagem panorâmica da AID dando ênfase
açúcar) na ADA ao aterro sanitário instalado no local.
b) Metodologia
A CTVA será instalada no município de Escada, localizado em um remanescente de Floresta
Atlântica. A lista florística da área de influência indireta (AII) foi obtida através de dados
secundários tendo como referência trabalhos realizados na zona da mata sul, a fim de
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Fitofisionomia
A fitofisionomia das áreas de influência de interesse deste trabalho (ADA e AID) foi descrita
através de caminhadas nestas áreas onde cada ponto tinha sua coordenada geográfica verificada
com o auxílio de um GPS (Global Position System), o local era fotografado e as características da
tipologia eram anotadas. Com esses dados foi construída a descrição fitofisionômica da ADA e
AID.
Florística
Nessas caminhadas, também eram feitas coletas de espécies vegetais de todos os hábitos
(arbóreo, arbustivo e herbáceo) para a construção da lista florística dessas áreas. O material era
coletado com o auxílio de uma tesoura de poda ou podão, marcado com uma fita que indicava a
área que havia sido coletado, suas características fenológicas (se os indivíduos estavam em
estágio vegetativo ou reprodutivo) e guardado em um saco plástico (Figura 88 e Figura 89).
O material botânico foi herborizado, segundo técnicas usuais de preparação, secagem e
montagem de exsicatas (Mori et al., 1989) e depositadas no herbário Prof. Vasconcelos Sobrinho
(PEUFR) (Figura 90). A identificação taxonômica foi realizada por comparações com exsicatas
depositadas nos herbários PEUFR e Dárdano de Andrade Lima (IPA) e com o auxílio de chaves
taxonômicas e literatura específica. A grafia do nome das espécies foi consultada no banco de
dados do The International Plant Names Index.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
C
Fitossociologia
Foram estabelecidas 10 parcelas de 100m² , o equivalente a 1 hectare, distribuídas na ADA e AID
para o levantamento fitossociológico (Figura 91 e Figura 92). Esse quantitativo de parcelas foi o
suficiente para abranger todos os fragmentos remanescentes de floresta atlântica existentes
nessas áreas.
Dentro de cada parcela todos os indivíduos os indivíduos arbóreos, com Circunferência a Altura
do Peito de 1,30m do solo (CAP) menor ou igual a 5 cm foram amostrados. As medidas de alturas
das plantas foram tomadas com auxílio de trena e os perímetros dos caules com auxílio de uma
fita métrica (Figura 93). Os indivíduos que apresentaram caules perfilhados tiveram cada perfilho
medido individualmente.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Parcelas amostradas:
− Parcela 1- Coordenadas geográficas:. S 08°23.020' W 035°14.847'
− Parcela 2 - Coordenadas geográficas: S 08°23.078' W 035°14.870'
− Parcela 3- Coordenadas geográficas: S 08°23.412' W 035°14.525'
− Parcela 4- Coordenadas geográficas: S 08°23.413' W 035°14.345'
− Parcela 5- Coordenadas geográficas: S 08°23.235' W 035°14.786'
− Parcela 6- Coordenadas geográficas: S 08°23.200' W 035°14.777'
− Parcela 7- Coordenadas geográficas: S 08°23.419' W 035°14.343'
− Parcela 8- Coordenadas geográficas: S 09°23.187' W 035°14.746'
− Parcela 9 - Coordenadas geográficas: S 08°23.435' W. 035°14.475'
− Parcela 10 - Coordenadas geográficas: S 08°23.403' W 035°14.333'
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TÍTULO: LOCALIDADE:
• Densidade Absoluta (DA): é a relação do número total de indivíduos de um táxon por área,
obtida pela divisão do número total de indivíduos do táxon (ni) encontrados na área amostral
(A), por unidade de área (1 ha).
DA = ni x 1ha/A
• Densidade Relativa (DR): representa a porcentagem com que um táxon i aparece na
amostragem em relação ao total de indivíduos do componente amostrado (N). A razão ni/N
representa a probabilidade de, amostrado um indivíduo aleatoriamente, ele pertença ao
táxon em questão.
DR = (ni/N) x 100
• Frequência Absoluta (FA): a porcentagem de amostras em que foi registrado um dado táxon
i, ou a probabilidade de uma parcela aleatoriamente sorteada conter o táxon i. Expressa
pela porcentagem do número de unidades amostrais em que i ocorre (Oci) dividido pelo
número total de unidades amostrais.
FA = (Oci/UA) x 100
• Frequência Relativa (FR): relação em porcentagem da ocorrência do táxon i pela somatória
de ocorrências para todos os táxons do componente analisado.
FR = (Oci/∑ Oc) x 100
• Dominância Absoluta (DoA): é a área basal total em m2 que o táxon i ocupa na amostra, por
unidade de área (1 ha), calculada pela somatória da área de todos os indivíduos de i.
DoA = ABi /há
• Dominância Relativa (DoR): a área total da secção do caule que todos os indivíduos de um
táxon ocupam, dividido pelo total de todos os indivíduos amostrados e expressa em
porcentagem. Representa a contribuição da biomassa do táxon em relação ao total da
biomassa do componente analisado.
DoR = (ABi / ∑ AB) x 100
• Valor de Importância (VI): A importância de uma espécie dentro da comunidade pode ser
expressa pelo VIE, descritor composto pelos parâmetros relativos de densidade, frequência
e dominância. Este parâmetro permite a ordenação das espécies hierarquicamente segundo
sua importância na comunidade.
VI = DR + FR + DoR
A diversidade florística não necessitou ser calculada já que as parcelas estabelecidas nas áreas
de influência representaram todos os fragmentos florestais remanescentes existentes na ADA e
na AID. Além do que o valor de dominância calculado fornece uma estimativa da biomassa das
plantas, não considerando apenas o número de indivíduos.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
c) Resultados
Fitofisionomia
A área afetada de interesse está inserida na Floresta Atlântica Ombrófila Densa constituída por
fragmentos de matas úmidas e misto de espécies de matas secas. Quase sua totalidade já foi
destruída através de ações antrópicas para cultivo de cana-de-açúcar, restando apenas pequenos
fragmentos com presença de espécies arbóreas, conforme figuras a seguir.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Figura 96 - Local de campo aberto – cultivo de cana- Figura 97 - Área de campo coberto com
de-açúcar espécies herbáceas
Figura 98- Fragmento de Floresta Ombrófila Densa com Figura 99 - Fragmento de Floresta Ombrófila Densa
espécies arbóreas, arbustivas, herbáceas e pteridófitas com espécies arbóreas exóticas
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Figura 100 - Área de campo aberto – AID Figura 101 - Fragmento de Floreta Ombrófila Densa
com misto de espécies de mata seca.
A fitofisionomia demonstrou que a ADA quanto a AID estão inserida em áreas degradadas,
constituídas em sua totalidade em cultivos de cana-de-açúcar. Inseridos nesse cenário, existem
pequenos fragmentos remanescentes de Floresta Ombrófila Densa com mistos de espécies de
mata seca em campo aberto constituído apenas por espécies herbáceas. No Quadro 32,
encontra-se o as coordenadas e suas respectivas descrições tipológicas.
Fitossociologia
A área estudada por ser constituída de um fragmento florestal intensamente perturbado e
apresentar pequenas áreas com presença de espécies arbóreas, o resultado da fitossociologia foi
reflexo dessa antropização (tabulação de poucas espécies). Como a fitossociologia só considera
os indivíduos arbóreos estabelecidos dentro das parcelas com CAP > ou = a 5 cm, poucos são os
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TÍTULO: LOCALIDADE:
indivíduos que se entram na amostragem. Logo, a lista florística por levar em consideração as
espécies arbustivas, herbáceas e pteridófitas foi mais rica no quantitativo de espécies.
Foram quantificados e mensurados no i hectare amostrado 177 indivíduos, distribuídos em 22
espécies e 17 famílias. As espécies que apresentaram maior densidade absoluta foram:
Coccoloba mollis (420 ind/ha), Mimosa caesalpiniifolia (320 ind/ha), Salix aurita (210 ind/ha),
Cecropia palmata (120 ind/ha), Syzygium cumini (110 ind/ha), Vismia guianensis (100 ind/ha),
Artocarpus heterophyllus (90 ind/ha) e Mangifera indica (60 ind/ha) (
Gráfico 13). A fitossociologia demonstrou baixa densidade e riqueza. As espécies tabuladas nas
parcelas estabelecidas nas áreas de influência não são encontradas em áreas de Florestas
Atlânticas nativas e preservadas, e sim em ambientes perturbados.
A frequência das espécies amostradas reflete a repetição das espécies nas parcelas, sendo as
espécies mais frequentes: Cecropia palmata presente em 60% das parcelas, Mimosa
caesalpiniifolia (40%), Syzygium cumini (50%), Virola gardneri (50%), Artocarpus heterophyllus
(50%), Vismia guinensis (40%) e Mangifera indica (40%).
A espécie Cecropia palmata apresentou maior dominância relativa e absoluta, sendo a mais
representativa.
O índice de valor de importância reflete a importância de cada espécie para o todo amostrado,
representando as espécies mais importantes ecologicamente nas áreas de influência de interesse
para o empreendimento.
São elas: Cecropia palmata, Mimosa caesalpiniifolia, Syzygium cumini, Coccoloba mollis e Virola
gardneri, com as seguintes porcentagens de importância, respectivamente: 52,09%, 39,56%,
31,21%, 27,46% e 22,87%.
Os dados fitossociológicos encontrados diferem dos encontrados por Lima, (2011) e Ferraz &
Rodal, (2006) em áreas de Mata Atlântica, sugerindo que a ADA e a AID são áreas perturbadas e
degradadas já que não possuem sua estrutura e florística similar á outras áreas florestais com as
mesmas características ambientais. No Gráfico 13 pode ser observado as espécies de maior valor
de importância.
Elaboração: LÉVALU
indivíduos); (DA) Densidade Absoluta; (DR) Densidade Relativa; (FA) Frequência Absoluta; (FR)
Frequência Relativa; (DoA) Dominância Absoluta; (DoR) Dominância Relativa e (VI) Valor de
importância.
Tabela 17 - Dados fitossociológicos das espécies amostradas nas parcelas estabelecidas na ADA e AID
Elaboração: LÉVALU
Florística
Os dados secundários que forneceram a lista florística da AII apresentou 95 espécies,
posicionadas em 41 famílias de plantas arbóreas, arbustivas e herbáceas. As famílias mais
representativas foram Leguminosae e Asteraceae, ambas representadas por 11 espécies e
Euphorbiaceae com oito espécies. Apesar de ser uma das famílias mais representativas, as
espécies da família Asteraceae são espécies herbáceas, cosmopolitas, que ocorrem em áreas
tanto nativas quanto degradadas, conforme apresenta a Tabela 18.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Anacardiaceae
Anacardium occidentale L. árvore cajueiro
Tapirira guianensis Aubl. árvore pau pombo
Thyrsodium spruceanum Benth árvore caboatã de rego
Apocynaceae
Himatanthus phagedaenicus (Mart.) banana de
Woodson árvore papagaio
Araceae
Anthurium affini Schott erva antúrio
Araliaceae
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire,
Steyerm. & Frodin árvore sambaquim
Asteraceae
Acanthospermum hispidum DC. erva espinho de cigano
Acmella uliginosa (Sw.) Cass. árvore jambo
Ageratum conyzoides L. erva mentrasto
Conocliniopsis prasiifolia (DC.) R.M. King &
H. Rob arbusto
Centratherum punctatum Cass erva perpétua
Emilia fosbergii Nicolson erva bela emília
Emilia sonchifolia Cass. erva emília
Platypodanthera melissifolia (DC.) R.M. King
& H. Rob arbusto
Tilesia baccata (L.) arbusto
Tridax procumbes L. erva
Vernonia brasiliana Mart. ex DC. arbusto
Bignoniacea
Anemopaegma laeve DC. arbusto cipó leve
Boraginaceae
Cordia superba Cham. erva grão de galo
Heliotropium tiaridioides Cham. erva
Burseracea
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand árvore amescla de cheiro
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Cecropiaeae
Cecropia palmata Willd. árvore imbaúba
Clusiaceae
Clusia nemorosa G. Mey. árvore capororoca
Clusia paralicola G. Mariz árvore orelha de burro
Vismia guianensis (Aubl.) Pers árvore
Combretaceae
Buchenavia capitata (Vahl) Eichler árvore esparra
Commenlinaceae
Commelina benghalensis L. erva
Convolvulaceae
Jacquemontia hirsuta Choisy erva jitirana
Chrysobalanaceae
Hirtella racemosa Lam. arbusto
Cyperaceae
Cyperus luzulae (L.) Retz erva
Fimbristylis dichotoma (L.) Vahl. erva
Rhynchospora ciliata Kük. erva capim navalha
Scleria bracteata Cav. erva tiririca
Erythroxylaceae
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. árvore
Euphorbiaceae
Actnostemon verticillatus (Klotz) Baill. árvore maria mole
Amanoa guianensis Aubl. árvore
Chamaesyce hyssopifolia (L.) Small erva
Euphorbia thymifolia L. árvore
Margaritaria nobilis L. f. árvore figueirinha
Hyeronima alchornioides Allemão árvore
canudo de
Mabea occidentalis Benth.
árvore cachimbo
Pogonophora schomburgkiana Miers ex caboatã de
Benth árvore leite/cocão
Lamiaceae
Hyptis pectinata (L.) Poit erva
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Lecythidaceae
Eschweilera ovata (Cambess.) Miers árvore imbiriba
Leguminosae
Chamaecrista cyrtisoides (DC. Ex.Collad)
H.S. Irwin & Barneby arbusto candieiro
Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S.Irwin &
Barneby árvore
Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby arbusto
Inga bahiensis Benth árvore Ingá
Inga capitata Desv. árvore Ingá
Inga thibaudiana DC. árvore Ingá
Mimosa somnians Humb. & Bonpl. Ex Willd árvore mimosa
Inga thibaudiana DC. árvore Ingá
Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp árvore visgueiro
Schrankia leptocarpa DC. erva espinhosa
Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.)
Hochr. árvore favinha
Papilionoideae
Bowdichia virgilioides Kunth árvore sucupira roxa
Indigofera suffruticosa Mill erva Anil
Malpighiaceae
Byrsonima sericea DC. árvore murici
Malvaceae
Sida cordifolia L. erva malva
Sida linifolia Cav erva relógio
Marantaceae
Stromanthe porteana Griseb. erva
Melastomataceae
Miconia ciliata (Rich.) DC. árvore
Miconia minutiflora (Bonpl.) DC. árvore
Miconia prasina (Sw) DC. árvore sabiazeira
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer árvore pitomba da mata
Myristicaceae
Virola gardneri (A. DC.) Warb. árvore
Brosimum guianense (Aubl.) Huber árvore conduru
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Myrtaceae
Campomonesia dichotoma (O Berg.) Mattos árvore azeitona
Eugenia sp. árvore ubaia
Myrcia sylvestris DC. árvore goiabinha
Psidium guineense Sw. arbusto araça
Poaceae
Eragrostis pilosa (L.) P. Beauv.. erva capim
Panicum maximum Jacq erva capim colonião
Piperaceae
Peperomia pellucida (L.) Kunth erva
Plumbaginaceae
Plumbago scandens L. erva nuvem
Rubiaceae
Borreria verticillata (L.) G. Mey. erva vassourinha
Genipa americana L. árvore jenipapo
Sabicea grisea Cham. & Schltdl. erva
Sapindaceae
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. árvore caboatão
Cupania revoluta Radlk. árvore caboatão de leite
Sapotaceae
Manilkara salzmannii (A. DC.) Lam. árvore maçaranduba
Simaroubaceae
Simarouba amara Aubl árvore praíba
Solanaceae
Solanum asperum Rich. árvore gogoia
Tiliaceae
Luehea ochrophylla Mart. árvore açoita cavalo
Turneraeae
Piriqueta racemosa (Jacq.) Sw. erva
Violaceae
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Ulmaceae
Trema micrantha (L. Blume) árvore mutamba
Fonte: (Lima et al. (2013) e o EIA/RIMA da cidade de Ipojuca)
Elaboração: LÉVALU
A grande quantidade de espécies herbáceas encontradas reflete a antropização local (Gráfico 14),
a literatura aponta que áreas degradadas apresentam uma maior riqueza e diversidade de
espécies do que áreas nativas preservadas (Santos et al., 2013).
Elaboração: LÉVALU
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Gráfico 15 - Representativo da quantidade de espécies por hábito encontradas na florística da ADA e da AID.
Fonte: LÉVALU
A distribuição geográfica das espécies também foi analisada, uma vez que dependendo do tipo de
distribuição que uma espécie se encontra ela deve receber uma maior atenção quanto a sua
importância na área. Uma espécie pode ter distribuição cosmopolita (ampla distribuição),
endêmica (encontradas apenas naquele local) ou raras (difíceis de serem encontradas em outras
áreas).
Cerca de 90% das espécies estabelecidas nas áreas de influência possuem distribuição
cosmopolita e são comuns em áreas abertas de Floresta Atlântica como áreas de capoeira
(florestas secundárias que sofreram ou sofrem antropização). Apenas Anacardium occidentale,
Scheffera morototoni, Mimosa caesalpiniifolia, Cupania oblongifolia e Solanum asperum que são
espécies endêmicas e três espécies não identificadas que foram consideradas raras, embora por
serem espécies desconhecidas sua distribuição possam ser outras.
As espécies foram consultadas no site da IUCN, (2014.4) para verificar seu status de
conservação. A lista da IUCN categoriza o status de suas espécies em: não avaliado (NE), dados
insuficientes (DD), pouco preocupante (LC), quase ameaçada (NT), vulnerável (VV), ameaçada de
extinção (EN), criticamente em perigo (CR), extinta da natureza (EW) e extinta (EX). Apenas três
espécies foram encontradas na lista da IUCN, Commelina erecta e Cunninghamia lanceolata com
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TÍTULO: LOCALIDADE:
.
Fonte: Equipe LEVALU
Registrado em 21 de setembro de 2014.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Importância
Família/Espécie Hábito Nome vulgar Área Distribuição Status Econômica Valor
Amaranthaceae
Chenopodium
ambrosioides L. erva mastruz AID C X M
Anacardiaceae
Anacardium
occidentale L. árvore cajueiro AID E X A
Mangifera indica
L. árvore manga AID X A
Schinus
terebinthifolius
Raddi árvore aroeira AID X M
Spondias mombin
L. árvore cajá AID X A
Annonaceae
Annona sp. árvore ADA
Araceae
Caladium bicolor
(Aiton) Vent. erva ADA/AID C O
Philodendron
imbe hort. ex
Engl. erva AID C O
Scindapsus
aureus Engl. erva jibóia AID C O
Syngonium
podophyllum
Schott erva AID C O
Araliaceae
Schefflera
morototoni (Aubl.)
Maguire, Steyerm.
& Frodin árvore sambaquim AID C/E
Arecaceae
Acrocomia
aculeata Lodd. ex
Mart. árvore macaíba AID X
Elaeis oleifera
(Kunth) Cortés arbusto dendê AID X
Aristolochiaceae
Aristolochia sp. erva AID C
Asparagaceae
Sansevieria espada de São
trifasciata Prain erva Jorge AID C O
Asteraceae
Indeterminada 1 erva ADA C
Indeterminada 2 erva ADA C
Indeterminada 3 erva ADA C
Indeterminada 4 erva ADA C
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Importância
Família/Espécie Hábito Nome vulgar Área Distribuição Status Econômica Valor
Sphagneticola
trilobata (L.)
Pruski erva ADA C
Vernonia sp. erva ADA/AID C
Vernonia
chalybaea Mart.
Ex DC. erva ADA C
Wedelia trilobata
(L.) Hitchc. erva ADA C
Bignoniaceae
Cordia globosa
Kunth erva ADA C
Handroanthus
albus (Cham.)
Mattos árvore ipê-amarelo AID
Handroanthus
heptaphyllus
(Mart.) Mattos árvore ipê-rosa AID
Spathodea
campanulata P.
Beauv. árvore AID
Caesalpiniaceae
Senna sp. arbusto ADA
Caricaceae
Carica papaya L. árvore mamão ADA C X A
Cecropiaceae
Cecropia palmata
Willd. árvore embaúba ADA C
Clusaceae
Indeterminada 5 AID R
Combretaceae
Terminalia
catappa L. árvore castanhola AID
Commelinaceae
Commelina erecta
L. erva AID C LC
Convolvulaceae
Ipomoea asarifolia
Roem. & Schult. arbusto ADA C
Costaceae
Costus spiralis
Roscoe erva AID C
Cupressaceae
Cunninghamia
lanceolata Hook. árvore pinheiro AID LC
Cyperaceae
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Importância
Família/Espécie Hábito Nome vulgar Área Distribuição Status Econômica Valor
Cyperus sp. erva ADA C
Cyperus
ferrugineoviridis
(C.B. Clarke) Kük. erva ADA C
Digitaria sp. erva ADA C
Erythroxylaceae
Erythroxylum
mucronatum
Benth. arbusto ADA
Euphorbiaceae
Manihot esculenta
Crantz arbusto macaxeira AID X A
Ricinus
communis L arbusto mamona ADA X
Fabaceae
Caesalpinia
echinata Lam. árvore pau-brasil AID EM
Crotalaria incana
Benth. erva ADA C
Crotalaria retusa
L. erva ADA/AID C
Chamaecrista
rotundifolia (Pers.)
Greene erva ADA C
Desmodium sp. erva AID C
Inga edulis Mart. árvore ingá AID
Phaseolus sp. erva AID C
Gentianaceae
Coutoubea
spicata Aubl. erva ADA C
Schultesia
guianensis (Aubl.)
Malme erva AID C
Hypericaceae
Vismia guianensis
(Aubl.) Choisy árvore lacre AID C
Lamiaceae
Indeterminada 6 ADA R
Loganaceae
Spigelia sp. erva ADA C
Lycopodiaceae
Palhinhaea
cernua (L.) Vasc.
& Franco pteridófita AID
Lygodiaceae
Lygodium
venustum Sw. pteridófita AID
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Importância
Família/Espécie Hábito Nome vulgar Área Distribuição Status Econômica Valor
Malpighiaceae
Indeterminada 7 AID
Melastomataceae
Clidemia debilis
Crueg. erva AID C
Miconia albicans
(Sw.) Steud. erva canela-de-velho ADA C M
Miconia
calvescens DC. erva sabiá fina AID C
Miconia prasina
(Sw) DC. árvore sabiazeira AID F
Mimosaceae
Mimosa sp. erva ADA C
Mimosa
caesalpiniifolia
Benth. árvore sabiá AID E F
Moraceae
Artocarpus
heterophyllus
Lam. árvore jaqueira AID X A
Artocarpus
incisifolius Stokes árvore fruta-pão AID X A
Musaceae
Musa coccínea
Andrews erva rabo-de-galo AID C O
Musa paradisíaca
L. árvore bananeira AID X A
Myristicaceae
Virola gardneri
Warb. árvore urucuba AID F
Myrtaceae
Eucalyptus sp. árvore eucalipto AID X
Eugenia uniflora
L. árvore pitangueira AID X A
Myrciaria
cauliflora (Mart.)
O. Berg árvore jabuticabeira AID C X A
Psidium guajava
L. árvore goiabeira AID X A
Syzygium cumini
(L.) Skeels árvore azeitona-preta AID X A
Syzygium jambos
(L.) Alston árvore jambo AID X A
Passifloraceae
Passiflora edulis
Sims trepadeira maracujá AID X A
Poaceae
Schanthus sp. erva capim ADA C
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Importância
Família/Espécie Hábito Nome vulgar Área Distribuição Status Econômica Valor
Polygonaceae
Coccoloba mollis
Casar. árvore AID
Pteridaceae
Pityrogramma
calomelanos (L.)
Link pteridófita AID
Rosaceae
Prunus sellowii pessegueiro-
Koehne árvore bravo ADA
Rubiaceae
Genipa americana
L. árvore jenipapo AID X
Rutaceae
Citrus limon (L.)
Osbeck árvore limão AID X A
Citrus reticulata
Blanco árvore laranja-cravo AID X A
Citrus sinensis
Osbeck árvore laranja-pêra AID X A
Murraya
paniculata (L.)
Jack arbusto jasmin-laranja AID
Salicaceae
Salix aurita L. árvore salgueiro ADA/AID
Sapindaceae
Cupania
oblongifolia Mart. árvore AID E
Talisia esculenta
Radlk. árvore pitomba AID X A
Solanaceae
Solanum
americanum Mill. erva alvamora AID C
Solanum asperum
Vahl arbusto ADA C/E
Solanum
paniculatum L. arbusto jurubeba ADA
Sterculiaceae
Guazuma ulmifolia
Lam. árvore mutamba ADA
Verbenaceae
Aegiphila
pernambucensis
Moldenke erva ADA C
Indeterminada 8 AID R
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Importância
Família/Espécie Hábito Nome vulgar Área Distribuição Status Econômica Valor
Lantana camara
L. arbusto ADA
Lippia alba (Mill.)
N.E. Br. arbusto cidreira AID X M
Violaceae
Hybanthus sp. erva ADA
II – Mastofauna Terrestre
Os mamíferos representam um importante papel nos ecossistemas em que vivem, pois são
fundamentais na manutenção da vida devido as suas funções no meio. Esse funcionamento se da
através dos seus papéis como herbívoros, predadores, polinizadores e dispersores de sementes
(IUCN, 2014).
Atualmente, a mastofauna brasileira é distribuída em 12 ordens e 50 famílias (Reis et al., 2011;
Paglia et al., 2012): Ordem Didelphimorphia (cuícas e gambás); Sirenia (peixes-boi); Cingulata
(tatus); Pilosa (tamanduás e preguiças); Primates (macacos); Lagomorpha (coelhos e lebres);
Chiroptera (morcegos); Carnivora (cachorro do mato, lobo, raposas, quati, lontra, furão, gatos e
onças); Perissodactyla (anta); Artiodactyla (porcos do mato e veados); Cetacea (baleias) e
Rodentia (ratos, preás, capivara, cutias e paca). Muitos são os fatores que podem influenciar para
esta abundante riqueza no Brasil, como as condições climáticas, a topografia e os seus diferentes
tipos de biomas (Machado et al., 1998).
A mastofauna também pode proporcionar benefícios para os seres humanos, sendo estes diretos
e indiretos (e.g. Fonte de alimento, recreação, saúde psicológica), indiretamente na manutenção
do equilíbrio do ecossistema (i.e. cadeia alimentar) e em algumas culturas serviços a
comunidades (IUCN, 2014). Dos biomas brasileiros, a Mata Atlântica está em segundo quando
contabilizamos o número de espécies de mamíferosficando atrás apenas da Amazônia, porém, é
o bioma que possui maior riqueza com relação à extensão territorial que ocupa (Costa et al. 2000,
Costa et al. 2005). A Mata Atlântica é considerada um hotspot para conservação (Myers et al.
2000).
a) Metodologia
Estudos de levantamentos da mastofauna (mamíferos de pequeno, médio e grande porte) em
determinadas áreas são bastante complexos e favoráveis à aplicação de diversas metodologias,
sendo essas com o uso de armadilhas de contenção ou não, ou seja, com observações diretas ou
indiretas dos animais. Atualmente para mitigar o estresse causado pela influência e impactos do
homem na natureza, vem crescendo estudos com mamíferos a partir da identificação de seus
vestígios (i.e. fezes, pegadas), do uso de armadilhas fotográficas e da aplicação da bioacústica,
sendo essas técnicas extremamente confiáveis e que corroboram com a conservação dos
indivíduos estudados. Como complemento do nosso estudo será aplicada a técnica da
etnozoologia, que consiste na realização de entrevistas junto a população local, a fim de
complementar os nossos resultados. Todos os métodos utilizados por nós no trabalho será o
menos invasivo possível aplicados aos grupos e objetivando não oferecer riscos aos animais.
Com o objetivo de obter o diagnóstico da mastofauna terrestre não-alada nas áreas de influência
do Empreendimento, fizemos o uso de algumas metodologias frequentemente aplicadas em
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estudos para o grupo e complementamos nossos resultados com dados secundários e informais.
O levantamento da mastofauna foi realizado entre os dias 21 a 27 de setembro do ano de 2014.
Estudar a mastofauna de áreas degradadas é um processo bastante delicado e exige muita
cautela, levando isto em consideração aplicamos métodos favoráveis para que o estudo ficasse
mais completo, utilizando mais de uma metodologia, umas como complemento das outras para
facilitar e ampliar a coleta de dados. Neste trabalho foram utilizadas técnicas como Censos
diurnos e noturnos pelas áreas, o uso de armadilhas de contenção e observações diretas ou
indiretas dos animais. A fim de mitigar o estresse causado pela influência e impactos do homem
na natureza, também aplicou-se estudos a partir da identificação de vestígios dos animais (i.e.
carcaça, vocalização), do uso de armadilhas fotográficas e armadilhas de pegadas sendo essas
técnicas extremamente confiáveis e que corroboram com a conservação dos indivíduos
estudados.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
As caminhadas ocorreram de maneira lenta, durante a realização dessa etapa, a paisagem foi
analisada desde o topo das árvores até o chão. Na oportunidade foram registrados animais vivos
e mortos, com ou sem registro de máquina fotográfica digital. Também complementaram os dados
encontros ocasionais com os animais, sendo estes fora do momento da busca ativa.
Na figura 105, encontra-se representado os transectos realizados no percurso das buscas durante
a campanha para obtenção dos dados primários.
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Todas as buscas foram feitas em diferentes horários do dia, englobando os períodos diurnos e
noturnos, de maneira que atingisse um universo maior de procura por animais com diferentes
hábitos. Os pesquisadores percorreram a área do empreendimento através de deslocamento lento
e utilizaram, como auxílio, lanternas potentes no qual a luz quando direcionada aos animais seus
olhos refletem brilhando, facilitando seu encontro (Voss e Emmons, 1996). Sinais também eram
constantemente procurados, pois é um habito comum dos mamíferos deixar vestígios, como
fezes, pelos, ossadas e tocas (Negrão e Valladares-Pádua, 2006). O esforço empregado na busca
ativa por mamíferos durante a semana de trabalho foi de 27 horas.
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Figura 106 – Armadilha Sherman disposta na área diretamente afetada pelo empreendimento
Figura 107 - Armadilha Tomahawk disposta na área diretamente afetada pelo empreendimento.
As armadilhas foram dispostas afastadas umas das outras cerca de no mínimo 10m entre elas,
sendo posicionadas acima do solo ou fixadas em raízes e troncos. A isca utilizada nas armadilhas
foi composta por abacaxi, bacon e por uma mistura de banana, fubá e paçoca. As armadilhas
permaneceram abertas por cerca de 15 horas em cada uma das áreas. O esforço amostral
desprendido pelo pesquisador com esta metodologia foi de 4 horas no total, sendo estas aplicadas
a colocação, checagem e retirada das armadilhas.
Os animais capturados foram todos identificados pela pesquisadora responsável e após a
identificação e fotografia, os indivíduos foram soltos no mesmo local de captura.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Figura 108) dentro e na borda da mata nas áreas pesquisadas. Essa técnica é bastante eficiente
para todo o grupo da mastofauna.
Grande parte dos vertebrados tem picos de atividades noturnos, animais que passaram na frente
da armadilha foram fotografados. Utilizou-se abacaxi, bacon, banana, fubá e paçoca para atrair
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TÍTULO: LOCALIDADE:
animais para frente da câmera. A armadilha normalmente é de coloração camuflada, sendo esta
uma caixa que tem contida uma câmera digital, funcionando a partir de sensores infravermelhos
capazes de detectar movimentos e calor, no trabalho foi utilizada uma Bushnell com um cartão de
memória capaz de armazenar 8GB. As armadilhas ficaram em três diferentes pontos nas áreas
durante 24h em cada ponto.
Figura 109 - Armadilha fotográfica utilizada no trabalho.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Figura 111 - Pontos das armadilhas de pegadas e das armadilhas referentes a herpetofauna
b) Resultados
Resultados qualitativos
Diante de todas as metodologias utilizadas, foram registradas sete espécies de mamíferos durante
a realização da campanha de levantamento da mastofauna terrestre: o timbú (Didelphis
albiventris), o sagui do nordeste (Callithrix jacchus), a ratazana (Rattus rattus), o rato de cana
(Cerradomys subflavus), a cuíca de rabo curto (Monodelphis doméstica), cuíca (Marmosa murina)
e a raposa (Cerdocyon thous) de acordo com a tabela 20.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Família Muridae
Rattus rattus (Linnaeus, Rato de Armadilha Fotográfica
LC AID
1758) telhado
ORDEM
DIDELPHIMORPHIA
Família Didelphidae
Armadilha Tomahawk
Armadilha de Pegadas
Didelphis albiventris
Timbu LC ADA/AID Busca ativa
(Linnaeus, 1766)
Vestígio (crânio)
Armadilha Fotográfica
Marmosa murina Armadilha Fotográfica
Cuíca LC AID
(Linnaeus, 1758)
Cuíca de Armadilha Sherman
Monodelphis doméstica
rabo curto; LC ADA
(Burnett, 1829)
catita
ORDEM PRIMATES
Família Callitrichidae
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Espécie de ampla distribuição (i.e. Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai), com alta capacidade de
tolerância e adaptação a modificações no ambiente, sendo assim pouco provável que entre em
declínio nos próximos anos (IUCN, 2014). Foi encontrado apenas um indivíduo no decorrer da
campanha.
foram capturados tem muito lixo de origem humana. As fêmeas da espécie possuem cinco a seis
pares de mamas, sendo um peitoral, um pós-axial, dois abdominais e um inguinal (Reis et al.,
2006).
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Os timbus são marsupiais distribuídos pela Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. São
animais bem adaptados a vida urbana, principalmente por seu hábito alimentar onívoro (Reis et
al., 2011). Esses animais são arborícolas e comuns na Cidade do Recife, costumam utilizar ocos
de árvore como abrigo, bem como, ninhos abandonados, emaranhados de galhos, folhagens e
mesmo sótãos e forros de telhado das habitações humanas. As fêmeas possuem a bolsa
abdominal para o desenvolvimento dos filhotes (i.e. marsúpio), podem gerar de 7 a 13 indivíduos
por gestação (Freitas, 2012). É classificado como frugívoro-onívoro, tendo registros de consumo
de aves de pequeno porte, rãs, lagartos, insetos, caranguejos e frutos. É bastante solitário exceto
no período de acasalamento, este acontece uma vez por ano (Reis et al., 2006). Foram os
animais de maior amostragem de acordo com as metodologias, sendo capturados com quase
todos os métodos, excetuando a Armadilha Sherman.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
A Figura 119 representa espécies de marsupiais que não apresentam o marsúpio, mas carregam
seus filhotes sobre o corpo. A espécie Marmosa murina tem ampla distribuição geográfica, no
Brasil ocorre pelo menos em três biomas: Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado (Reis et al., 2006).
Apareceram apenas nas armadilhas fotográficas, durante uma noite. São Insetívoros-onívoros.
Figura 121 - Cuíca de rabo curto (M. doméstica) capturada na Armadilha de Sherman
Esta espécie, apresenta ampla distribuição pelo litoral do Nordeste até o centro e sudeste da
Bolívia. Não possuem marsúpio, são de pequeno porte e possuem uma colocação normalmente
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TÍTULO: LOCALIDADE:
uniforme, variando entre marrom-acizentado (Reis et la., 2006; Andrade, 2009). Possuem uma
dieta classificada como insetívora-onívora, reproduzem-se durante a estação chuvosa (Reis et al.,
2006). Foram encontrados dois exemplares dessa espécie, um indivíduo caiu na armadilha pitfall
da equipe de herpetofauna e o outro na armadilha de Sherman, ambos possuíam características
físicas semelhantes, inclusive no tamanho e temperamento, porém apresentavam coloração um
pouco variada, levando em consideração que um dos animais estava completamente molhado. De
acordo com Adrade (2009) a coloração destes é bastante variada.
A espécie representada na Figura 122, ocupa a maioria dos habitats incluindo Savanas, cerrado,
Caatinga, transações, florestas secas e semi-deciduas, mata de galeria, mata atlântica, floresta
araucária, planície amazônica e florestas de montanhas. Se adapta rapidamente ao
desmatamento, desenvolvimento agrícola e hortícola (por exemplo, cana de açúcar, como esta
localidade) e habitats na regeneração (IUNC, 2014). Foi visualizada por nós apenas uma vez
durante a noite, caminhando em direção à armadilha de pegada. É a única espécie do gênero,
possui hábito noturno e crepuscular, é onívora e oportunista e tem uma coloração variando de
cinzento ao castanho (Reis et al., 2006).
Resultados quantitativos
Os resultados estatísticos afirmam que o número de amostras foram suficiente para amostragem
da riqueza no local (i.e. 7 espécies). A curva de acumulação formada confirma que os estimadores
Chao 2, Jacknife (1 e 2) e o Bootstrap foram o suficiente na amostragem segura desses
resultados (Gráfico 16). Foi analisado também o índice de diversidade (S: total de espécies e N:
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TÍTULO: LOCALIDADE:
total de indivíduos), associado a Equitabilidade, expresso nesse trabalho pelo índice de Pielou (J':
Equitabilidade de Pielou = H'/Log(S)). Na estimativa da biodiversidade da comunidade faunística
do local foi calculada riqueza também pelo índice de Margalef (Riqueza de espécies (Margalef): d
= (S-1)/LOG(N)), utilizando a distribuição numérica das diferentes espécies encontradas no local
do estudo (Tabela 21). Todos corroboraram com a afirmação de que a riqueza da área foi uma
amostragem suficiente para o local, visto que se trata de uma área bem degradada e com
influência antrópica direta (e.g. moradias, depósitos de lixo).
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Gráfico 17 - Similaridade (Bray-Curtis) (significância de 5%) e média de 1000 permutações. Resultados com p>0.05.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
são raros de se ver. Levantando dados secundários também pudemos perceber a ausência de
muitas espécies.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
b) Resultados e Discussão
Espécies registradas
Ao final do trabalho de campo, foram capturados 81 indivíduos, correspondentes a oito espécies
pertencentes a seis gêneros distribuídos em duas famílias da ordem Chiroptera. Quatro espécies
foram comuns entre ADA e AID, e as quatro restantes foram exclusivas da AID. O Índice de
Similaridade de Jaccard entre as áreas ADA e AID foi de 0,5, valor considerado mediano.
Com exceção de um indivíduo da família Vespertilionidae, todos os demais morcegos capturados
(sete das oito espécies) são membros da família Phyllostomidae, a família tradicionalmente mais
representada em inventários que utilizam redes de neblina uma vez que o hábito de muitas
espécies desta família é voar no nível do extrato de sub-bosque, justamente onde se localizam as
redes, o que favorece a captura destas espécies (Kalko et al., 1996).
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ORDEM CHIROPTERA
Lonchophylla mordax
Morcego AID LC 01 1%
(Thomas, 1903)
Família Vespertilionidae 01 1%
Área de amostragem: ADA – Área Diretamente Afetada; AID – Área Indiretamente Afetada. Status de conservação pela
IUCN: LC - Least Concern (Pouco Preocupante).
Fonte: LÉVALU
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TÍTULO: LOCALIDADE:
O índice de Diversidade de Shannon calculado para a amostragem foi H’=1,47. De acordo com os
métodos em análises ecológicas, o índice de Shannon normalmente varia entre 1,5 e 3,5 (Krebs,
1999). Dessa forma, o índice encontrado nesta amostragem pode ser considerado baixo. A região
do empreendimento é um mosaico de pequenos fragmentos de Mata Atlântica inseridos em uma
matriz canavieira, altamente degradas e antropizada. A conectividade com fragmentos próximos é
muito escassa, o que propicia o estabelecimento de espécies mais comuns e generalistas e
desfavorece o aparecimento de espécies mais exigentes. No caso dos morcegos, isso se reflete
diretamente na composição de espécies da comunidade local, de forma que poucas espécies
mais plásticas se estabelecem em detrimento de uma alta diversidade que incluiria outras
espécies mais delicadas. As espécies encontradas neste estudo se enquadram neste perfil, em
que quase todas as espécies são encontradas em diversos tipos de ambientes, consumindo
diversos tipos de recurso ao longo de uma grande área de distribuição e, portanto, se adaptam
bem a ambientes alterados e próximos de centros urbanos como a região de Escada.
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Período Reprodutivo
Durante as coletas, todos os indivíduos capturados foram adultos exceto apenas um indivíduo
jovem. Aproximadamente 52% das fêmeas estavam inativas reprodutivamente, 16% estavam
lactantes e 32% estavam gestantes. Entre os machos, 97% estavam sexualmente ativos (i.e.:
escrotados) enquanto apenas 03% estavam inativos. Essas informações em conjunto indicam
uma tendência que sugere que o trabalho foi executado durante o período reprodutivo, uma vez
que a grande maioria dos machos já está sexualmente ativa e boa parte das fêmeas já estava
gestante ou com filhotes. A maioria das espécies de morcegos sincroniza seu ciclo reprodutivo
com as condições climáticas, sendo a poliestria bimodal a principal estratégia reprodutiva
empregada, com dois picos de nascimento anuais sendo o primeiro no início e o segundo na
metade da estação chuvosa em regiões com regimes bem definidos, momentos em que a oferta
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de alimento cresce e atinge o pico (Willig, 1985). Tal estratégia é uma característica plástica na
maioria das espécies de morcegos, pois os picos de nascimento podem aumentar (poliestrial
sazonal ou asazonal) ou diminuir (monoestria sazonal) conforme as condições climáticas e a
disponibilidade de recursos (Crichton & Krutzsch, 2000). No entanto, uma vez que não se sabe se
outros picos reprodutivos acontecem em outras épocas do ano com condições pluviométricas
distintas, não se pode afirmar qual a estratégia empregada pelas espécies na área do
empreendimento.
IV Avifauna
a)Metodologia
A coleta dos dados primários foi realizada em uma campanha de sete dias, com a obtenção dos
dados quali-quantitativos e com um esforço amostral de 42 horas de observação. O levantamento
da avifauna foi realizado através das observações visuais, auditivas, como também, através de
capturas. As aves foram observadas nos diversos ambientes das áreas amostradas (Figura 127)
com o auxílio de binóculo 8x40 nos horários de movimentação das aves (das 05 as 09 e das 16 às
18 horas).
Pontos de contagem
Para a observação foi utilizado o método sugerido por Bibby et al. (1993), em que foram
demarcados oito pontos de escuta distantes 200 m entre si, com observações de 20 minutos por
ponto, registrando os indivíduos que estavam dentro de um raio de 50 m. O levantamento foi
realizado sempre nas três primeiras horas da manhã, por três dias consecutivos, totalizando 18
horas de observação. Sendo registrado o número de indivíduos de cada espécie observada.
Redes de neblina
Para a captura das aves foram utilizadas dez redes ornitológicas (neblina), de malha 36 mm com
nove metros de comprimento por três metros de altura, enfileiradas entre a cobertura vegetal da
região, armadas por seis dias consecutivos no período da manhã no horário das cinco às dez
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horas, totalizando E= 8.100,00 h.m². (os pontos escolhidos para a colocação das redes são os
mesmos pontos usados para a mastofauna alada)
Identificação e soltura
A observação e identificação das espécies foram realizadas por meio de binóculos, gravadores
digitais e microfones direcionais e a nomenclatura seguiu o Comitê Brasileiro de Registros
Ornitológicos (CBRO 2014). Após a captura, a ave foi retirada da rede, identificada através de
guias (ERIZE et al., 2006; RIDGELY e TUDOR, 2009), fotografada, tomados os dados biométricos
de massa e bionômicos de plumagem, idade e condição reprodutiva, pela presença de placa de
choco (PARKER III et al., 1996 e SICK, 1997), e solta em seguida no mesmo ponto da captura.
Figura 128 - (A) Retirada de ave da rede de captura. (B) Processamento dos animais capturados
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Resultados
Riqueza, similaridade, diversidade, equitabilidade e composição de espécies
Foram registradas 105 espécies de aves, distribuídas em 18 ordens e 40 famílias. Do total de
espécies observadas, 52 espécies (49,5%) pertencem a táxons não-passeriformes e 53 (50,5%)
de passeriformes. Entre os não-passeriformes, destacam-se Trochilidae com 7 espécies,
Columbidae com 5, Ardeidae e Ralidae com 4 espécies para cada família, seguida de
Cathardidae, Caprimulgidae, Alcedinidae e Psittacidae com apenas 3 espécies. Quanto aos
passeriformes, Thraupidae foi a família mais representativa com 12 espécies, Tyrannidae com 9,
seguida por Furnariidae e Icteridae com 4 espécies cada, Rhynchocyclidae e Hirundinidae com 3
espécies registradas.
Gráfico 20 - Famílias mais representativas, durante o esforço amostral de sete dias, na ADA e AID
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Gráfico 21 - Acumulação de espécies registradas, estimador Chao 1 e intervalo de confiança para a ADA
O Índice de Diversidade de Shannon-Wiener foi de 4,06. Uma vez que Krebs (1999) aponta um
valor de 5,0 como um limite virtual para o Índice de Shannon em assembleias naturais, podemos
considerar a diversidade da assembleia estudada como alta. O Número Efetivo de Espécies,
calculado a partir do valor obtido pelo Índice de Shannon nos dá uma melhor perspectiva da
distribuição da abundância entre as espécies. Ao elevar o número de Euler à potência do valor do
índice de Shannon, verifica-se que a distribuição encontrada na assembleia estudada seria ideal
para um total de 101 espécies, quantidade bastante próxima da riqueza observada.
A Equitabilidade elevada, A Probabilidade de Encontro Interespecífico calculada prevê que, caso
dois indivíduos fossem escolhidos ao acaso dentro da assembleia estudada, haveria uma chance
de 94% de que os mesmos fossem de espécies diferentes. Essa Equitabilidade elevada apenas
concorda com os resultados de Diversidade anteriormente comentados.
A distribuição gráfica das abundâncias relativas em uma escala logarítmica (Gráfico 22) sugere
um padrão de distribuição log-normal o que aponta para um ambiente com forte competição
interespecífica onde os nichos são sequencialmente divididos entre as espécies.
O Índice de Similaridade de Jaccard entre as áreas ADA e AID foi de 0,20 valor considerado
baixo. Esse resultado pode ser atribuído à ausência de cobertura vegetal na ADA, ocorrendo
assim, poucas espécies no local.
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Crypturellus parvirostris
inhambu-chororó R VI-AU IND B FRU
(Wagler, 1827)
Nothura maculosa
R Vi IND B ONI
(Temminck, 1815)
Anseriformes Linnaeus,
1758
Dendrocygna viduata
irerê R VI-AU IND B ONI
(Linnaeus, 1766)
Cairina moschata
pato-do-mato R Vi IND M ONI
(Linnaeus, 1758)
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Nome em
Nome do Táxon Status Registro UH SD CT
Português
Pelecaniformes Sharpe,
1891
Tigrisoma lineatum
socó-boi R VI IND B CARN
(Boddaert, 1783)
Butorides striata
socozinho R VI IND B CARN
(Linnaeus, 1758)
Bubulcus ibis (Linnaeus,
garça-vaqueira R VI IND B CARN
1758)
garça-branca-
Ardea alba Linnaeus, 1758 R VI IND B CARN
grande
Cathartiformes
Seebohm, 1890
Cathartidae Lafresnaye,
1839
Cathartes aura (Linnaeus, urubu-de-cabeça-
R VI IND B DET
1758) vermelha
Rupornis magnirostris
gavião-carijó R VI-AU IND B CARN
(Gmelin, 1788)
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Nome em
Nome do Táxon Status Registro UH SD CT
Português
Gallinula galeata frango-d'água-
R VI IND B ONI
(Lichtenstein, 1818) comum
Porphyrio martinicus
frango-d'água-azul R VI IND B ONI
(Linnaeus, 1766)
Charadriiformes Huxley,
1867
Charadriidae Leach,
1820
Vanellus chilensis (Molina,
quero-quero R VI-AU IND B ONI
1782)
Scolopacidae
Rafinesque, 1815
Tringa solitaria Wilson,
maçarico-solitário VN VI IND B CARN
1813
Jacanidae Chenu & Des
Murs, 1854
Jacana jacana (Linnaeus,
jaçanã R VI-AU IND B CARN
1766)
Columbiformes Latham,
1790
Columbina passerina
rolinha-cinzenta R VI-AU IND B GRA
(Linnaeus, 1758)
Columbina talpacoti
rolinha-roxa R VI-AU IND B GRA
(Temminck, 1811)
Columbina squammata
fogo-apagou R VI-AU IND B GRA
(Lesson, 1831)
Cuculiformes Wagler,
1830
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Nome em
Nome do Táxon Status Registro UH SD CT
Português
Athene cunicularia
coruja-buraqueira R VI IND B CARN
(Molina, 1782)
Caprimulgiformes
Ridgway, 1881
Caprimulgidae Vigors,
1825
Antrostomus rufus
joão-corta-pau R AU SEM B INS
(Boddaert, 1783)
Hydropsalis albicollis
bacurau R VI-AU SEM B INS
(Gmelin, 1789)
Hydropsalis torquata
bacurau-tesoura R VI IND B INS
(Gmelin, 1789)
Apodiformes Peters,
1940
Apodidae Olphe-Galliard,
1887
Tachornis squamata andorinhão-do-
R VI IND B INS
(Cassin, 1853) buriti
Eupetomena macroura
beija-flor-tesoura R VI IND B NEC
(Gmelin, 1788)
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Nome em
Nome do Táxon Status Registro UH SD CT
Português
Coraciiformes Forbes,
1844
Alcedinidae Rafinesque,
1815
Megaceryle torquata martim-pescador-
R VI-AU IND B CARN
(Linnaeus, 1766) grande
Galbuliformes
Fürbringer, 1888
Falconiformes
Bonaparte, 1831
Forpus xanthopterygius
tuim R VI-AU IND B FRU
(Spix, 1824)
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Nome em
Nome do Táxon Status Registro UH SD CT
Português
Sittasomus griseicapillus
arapaçu-verde R VI-AU DEP M INS
(Vieillot, 1818)
Certhiaxis cinnamomeus
curutié R VI-AU IND M INS
(Gmelin, 1788)
Rhynchocyclidae
Berlepsch, 1907
Todirostrum cinereum
ferreirinho-relógio R VI-AU SEM B INS
(Linnaeus, 1766)
Hemitriccus
margaritaceiventer sebinho-de-olho-
R VI-AU SEM B INS
(d'Orbigny & Lafresnaye, de-ouro
1837)
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Nome em
Nome do Táxon Status Registro UH SD CT
Português
Phyllomyias fasciatus
piolhinho R VI-AU SEM M INS
(Thunberg, 1822)
Myiarchus ferox (Gmelin,
maria-cavaleira R VI-AU SEM B INS
1789)
Pitangus sulphuratus
bem-te-vi R VI-AU IND B INS
(Linnaeus, 1766)
Machetornis rixosa
suiriri-cavaleiro R VI IND B INS
(Vieillot, 1819)
Tyrannus melancholicus
suiriri R VI-AU IND B INS
Vieillot, 1819
Arundinicola leucocephala
freirinha R VI IND B INS
(Linnaeus, 1764)
Vireonidae Swainson,
1837
Cyclarhis gujanensis
pitiguari R VI-AU SEM B INS
(Gmelin, 1789)
Hirundinidae
Rafinesque, 1815
Tachycineta albiventer
andorinha-do-rio R VI IND B INS
(Boddaert, 1783)
Troglodytidae Swainson,
1831
Troglodytes musculus
corruíra R VI-AU IND B INS
Naumann, 1823
Donacobius atricapilla
japacanim R VI IND M INS
(Linnaeus, 1766)
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Nome em
Nome do Táxon Status Registro UH SD CT
Português
Turdidae Rafinesque,
1815
Turdus leucomelas Vieillot,
sabiá-barranco R VI-AU SEM B ONI
1818
Turdus rufiventris Vieillot,
sabiá-laranjeira R VI-AU IND B ONI
1818
Mimus saturninus
sabiá-do-campo R VI IND B ONI
(Lichtenstein, 1823)
Motacillidae Horsfield,
1821
Anthus lutescens caminheiro-
R VI IND B ONI
Pucheran, 1855 zumbidor
Ammodramus humeralis
tico-tico-do-campo R VI-AU IND B GRA
(Bosc, 1792)
Molothrus bonariensis
vira-bosta R VI IND B ONI
(Gmelin, 1789)
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Nome em
Nome do Táxon Status Registro UH SD CT
Português
Tangara palmarum (Wied, sanhaçu-do-
R VI-AU SEM B ONI
1823) coqueiro
Tangara cayana
saíra-amarela R VI-AU IND M ONI
(Linnaeus, 1766)
Dacnis cayana (Linnaeus,
saí-azul R VI-AU SEM B ONI
1766)
Cyanerpes cyaneus
saíra-beija-flor R VI DEP B FRU
(Linnaeus, 1766)
Volatinia jacarina
tiziu R VI IND B GRA
(Linnaeus, 1766)
Sporophila leucoptera
chorão R VI IND B GRA
(Vieillot, 1817)
Sporophila bouvreuil
caboclinho R VI IND M GRA
(Statius Muller, 1776)
Euphonia chlorotica
fim-fim R AU DEP B FRU
(Linnaeus, 1766)
Euphonia violacea gaturamo-
R VI-AU SEM B FRU
(Linnaeus, 1758) verdadeiro
Estrildidae Bonaparte,
1850
Estrilda astrild (Linnaeus,
bico-de-lacre R VI-AU IND B GRA
1758)
Passeridae Rafinesque,
1815
Passer domesticus
pardal R VI-AU IND B ONI
(Linnaeus, 1758)
Status de ocorrência: (R) residente; VN - visitante sazonal oriundo do hemisfério norte. Registro: AU - auditivo; VI -
visual. Uso do habitat (UH): IND - independente; SEM - semi-dependente; DEP - dependente. Sensibilidade a distúrbios
antrópicos (SD): B - baixa; M - média; A - alta. Categoria Trófica (CT): CARN - Carnívoro, DET - Detritívoro; FRU -
Frugívoro; GRA - Granívoro; INS - Insetívoro; NEC - Nectarívoro; ONI - Onívoro. Taxonomia de acordo com CBRO
(2014).
Fonte: Equipe LÉVALU
V – Herpetofauna Terrestre
a) Herpetofauna
A herpetofauna (anfíbios e répteis) da região Neotropical, especificamente a do Brasil, apresenta
uma das mais expressivas riquezas do planeta, com aproximadamente 946 espécies de anfíbios e
732 espécies de répteis (lagartos, serpentes e anfibaenídeos), sendo muitas consideradas em
algum nível de ameaça de extinção (SBH, 2014). Dentre os diversos fatores que ameaçam a
fauna de anfíbios e répteis, o principal é a destruição e alteração dos ambientes (YOUNG et al.,
2004). No Estado de Pernambuco, a herpetofauna apresenta atualmente 187 espécies, sendo 71
anfíbios e 116 répteis (Moura et al., 2011). Entretanto, é importante salientar que a herpetofauna
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brasileira ainda é subestimada, e anualmente estudos taxonômicos desses grupos têm trazido ao
conhecimento da ciência espécies antes não descritas (Haddad, 1998; Marques et al., 1998).
Os anfíbios e répteis constituem grupos peculiares, por possuírem geralmente baixa taxa de
dispersão, limitações fisiológicas devido à pele altamente permeável e ciclo de vida bifásico
dependente de ambientes aquáticos e terrestres, sendo destacadamente vulneráveis à alteração
dos habitats, e consequentemente importantes indicadores da qualidade ambiental (Silvano &
Segalla, 2005; Rodrigues, 2005).
A Floresta Atlântica é um bioma de formação florestal de peculiar biodiversidade, e
particularmente rica em espécies de anfíbios e répteis, pois disponibiliza inúmeras variedades de
microambientes, favorecendo a alta taxa de endemismos (Haddad, 1998; Marques et al., 1998). A
faixa atlântica que se estende ao norte do Rio São Francisco, denominada Sub-Região
Biogeográfica Pernambuco (sensu SILVA & CASTELETI, 2003), que ocorre nos estados de Alagoas,
Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, abriga uma riqueza genética peculiar e fauna
diferenciada, devido em parte às condições no final do Quaternário (CARNAVAL et al., 2009). No
entanto, esta região está em iminente ameaça, pois os 5% restantes do bioma na região estão
representados por fragmentos isolados, devido ao alto índice demográfico e predomínio de
monoculturas (SILVA & TABARELLI, 2000).
No Estado de Pernambuco, os inventários de anfíbios e répteis foram realizados principalmente
na Floresta Atlântica e Caatinga: Amorim et al. (2007, 2008), Buarque-Junior (2007), Campos et
al. (2008), Carnaval et al. (2006), El-Deir (1985), Lima (2004), Oliveira (2007), não esquecendo de
mencionar o importante trabalho de Rodrigues (2003). Entretanto, o conhecimento acerca da
herpetofauna do estado ainda é escasso.
O presente relatório tem como objetivo listar e caracterizar a herpetofauna sob influência da
implantação do empreendimento CTVA. Estes dados servirão de subsídio para programas de
redução de impactos causados pelo empreendimento, bem como de mapear tais espécies para
contribuição na compreensão do território.
b) Metodologia
Os répteis e anfíbios foram caracterizados mediante levantamento de dados primários e
secundários. Nesta caracterização, foram consideradas as categorias de ameaça para as
espécies segundo a classificação dada pela IUCN (World Conservation Union:
http://www.iucnredlist.org/; espécies raras, endêmicas, ameaçadas de extinção, quase
ameaçadas, vulneráveis, deficiente de dados e menos preocupante), além de considerar as
espécies de valor econômico, medicinal, alimentício e ornamental.
Em campo foram realizados sete dias de coleta de dados, utilizando-se quatro métodos amostrais
para o conhecimento da herpetofauna terrestre das áreas impactadas pelo empreendimento
CTVA: Procura Visual e Auditiva Limitada por Tempo (PVAT), Encontros Ocasionais (EO) e
Armadilhas de Interceptação e Queda com cercas-guia (AIQ) e entrevistas com moradores da
região (ENT).
PVAT – Consistiu na procura nos diversos microambientes potenciais utilizados pelas espécies,
como na serapilheira, árvores, nas proximidades de corpos d’água, embaixo de pedras, dentre
outros. Estes locais serão vistoriados diariamente nos períodos diurno e noturno (uma hora cada
período), totalizando 14 horas por campanha; EO – consistiu do encontro de espécimes da
herpetofauna pela equipe de campo durante as atividades fora do período de aplicação dos
métodos AIQ e PVAT; AIQ – consistiu de cinco conjuntos de armadilhas instalados em diferentes
fisionomias da área de estudo representados na Figura 130.
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Cada conjunto de armadilhas é formado por quatro baldes plásticos (35 litros) enterrados no solo
em conformação de “Y”, ligados entre si por 4 metros de cercas-guia de aproximadamente 50 cm
de altura, totalizando 20 baldes. As armadilhas foram vistoriadas diariamente, ficando abertas
cinco dias consecutivos, representando um total de 120 horas por campanha.
ENT – Consistiu na entrevista de moradores habitantes das áreas de impacto direto e indireto do
empreendimento, apresentando imagens/guias especializados para os indivíduos, onde
afirmavam ou não sobre a ocorrência da herpetofauna local conhecida por eles.
A identificação dos espécimes baseou-se em bibliografia especializada.
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c) Análises
Para estimar a riqueza local e avaliar a eficiência de amostragem foram construídas curvas de
acumulação de espécies (sensu Gotelli & Colwell, 2001). As curvas foram geradas com base em
1.000 aleatorizações através do programa EstimateS, versão 7.5 (Colwell, 2005) utilizando os
estimadores de riqueza não paramétricos Jackknife de 1ª ordem e Bootstrap (Magurran, 2004).
Reptilia
Serpentes
Boidae
Boa constrictor Lennaeus, 1758 Jibóia ENT MAS LC
Epicrates assisi Machado, 1945 salamanta ENT AMB LC
Colubridae
Spilotes pullatus Linnaeus, 1758 Caninana ENT MAS LC
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Método de amostragem que a espécie foi registrada: Procura Visual e Auditiva Limitada por Tempo (PVAT), Encontros
Ocasionais (EO), Armadilhas de Interceptação e Queda com cercas-guia (AIQ) e entrevistas com moradores da região
(ENT). Distribuição geográfica da espécie: Nordeste do Brasil (NEB), ampla distribuição no Brasil (AMB), ampla
distribuição na América do Sul (AMS). Status da IUCN: Menos preocupante (LC). Espécie exótica*.
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Fonte: LÉVALU
Todas as espécies encontradas neste estudo são consideradas comuns, generalistas, adaptando-
se bem aos ambientes alterados antropicamente, sem ameaça de extinção aparente e possuem
ampla distribuição na região Nordeste do Brasil, e algumas destas ultrapassam os limites da
Floresta Atlântica, habitando outros biomas de fitofisionomias abertas, como: Adenomera gr.
hylaedactyla, Rhinella jimi, R. granulosa, Leptodactylus fuscus, L. troglodytes, Physalaemus
cuvieri, Phyllomedusa nordestina, Pseudopaludicola mystacalis, Boa constrictor, Epicrates assisi,
Ameiva ameiva, Iguana iguana, Salvator merianae e Amphisbaena alba. Segundo Melo et al.
(2007), áreas abertas são estruturalmente homogêneas, e as espécies encontradas nestes locais
possuem maior plasticidade no uso dos recursos disponíveis (Heyer & Bellin,1973).
Em relação aos anfíbios, a predominância das famílias Hylidae e Leptodactylidae,
respectivamente foi esperada, pois seguiu a tendência de outros locais da região Neotropical (e.g.
Duellman et al., 1990; Arzabe et al., 1998; Hartmann et al., 2010). Os répteis (serpentes, lagartos
e anfísbaenídeos) também seguiram a tendência, predominando espécies mais comuns e
tolerantes das principais famílias. Segundo Duellman et al. (1990), esse padrão de distribuição
geográfica é esperado, pois a maior parte da história evolutiva das comunidades
herpetofaunísticas na costa brasileira está intrinsecamente relacionada ao Domínio Morfoclimático
da Floresta Atlântica.
Todas as espécies de lagartos encontrados na área, exceto Hemidactylus mabouia, são
consideradas heliotérmicas, ou seja, espécies que tem preferências por áreas abertas com alta
incidência de luz solar. O lagarto exótico africano H. mabouia, possui ampla distribuição,
ocorrendo além de seu continente de origem, nas Américas do Sul, Central e do Norte (Uetz,
2014). Na área de estudo esta espécie foi apenas registrada nas proximidades ou no interior de
construções de alvenaria.
Amphisbaena alba é um anfisbaenídeo de grande porte, de hábitos fossoriais (habita câmaras
subterrâneas no solo) e ampla distribuição geográfica. Embora não tenha sido coletada neste
estudo, populares entrevistados indicaram ser comum a ocorrência desta espécie na região.
Porém, o que dificulta o encontro dessa espécie no campo são seus hábitos fossoriais.
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As espécies mais abundantes da herpetofauna terrestre local foram os anfíbios Adenomera gr.
hylaedactyla (40 indivíduos registrados) e Physalaemus cuvieri (29 indivíduos registrados). Para
os répteis, o lagarto Tropidurus hispidus se destacou pela maior abundância observada (7
indivíduos registrados). Tais resultados indicam que estas espécies acima citadas são espécies
predominantes na comunidade herpetofaunística, indicando ao mesmo tempo que são mais
tolerantes aos impactos já existentes no local.
Fonte: LÉVALU
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Fonte: LÉVALU
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Macrófitas
Não somente em águas continentais, mas também marinhas, as macrófitas figuram entre os
principais grupos produtores de matéria orgânica desses ecossistemas, desempenhando papel
importante na manutenção do equilíbrio ecológico desses ambientes (Dibble, 2005; Lima et al.,
2011). Elas possuem uma capacidade de assimilar poluentes, atuando como verdadeiros filtros
nos corpos d'água que ocupam. Por outro lado, alterações ambientais como eutrofização podem
levar a um desenvolvimento excessivo destas (Ferreira, 1995). Neste sentido, se enquadram
como bons bioindicadores de alterações ambientais (Cervi et al., 2009).
Metodologia
Foram realizadas buscas ativas, com a finalidade de caracterizar a riqueza de espécies de cada
uma das seis estações de coleta. Cada curso d’água teve uma área de cerca de 50 m de
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Resultados e discussão
Foram identificadas 13 espécies na localidade de estudo. As estações com maior riqueza de
espécies foram D e E, que estão próximas ao Rio Ipojuca. Não houve espécies ocorrentes em
todas as estações. As espécies identificadas, bem como suas respectivas estações de ocorrência
são listadas no Quadro 35.
Família/ Espécies FV A B C D E F
ARALIACEAE
Hydrocotyle aff. EF
ranunculoides - - - + - +
CYPERACEAE
Micranthemum sp. AN + - + + + -
Eleocharis sp. AN + + - - - +
FABACEAE
Desmodium sp. AN + + - - + +
Mimosa sp. AN + + + + + -
HYDROCHARITACEAE
Egeria densa ES - - - + + +
NYMPHAEACEAE
Nymphaea sp. EF + + - + - +
ONAGRACEAE
Ludwigia aff. leptocarpa AM + + - - + -
Família/ Espécies FV A B C D E F
PONTEDERIACEAE
Eichhornia aff. azurea LF + + + - - +
Eichhornia crassipes LF/EM - - - - - +
PTERIDACEAE
Ceratopteris thalictroides AN/EM - - - + + -
Ceratopteris pteridoides AN/EM - - + + + -
RICCIACEAE
Riccia sp. - - + + + -
Legendas: EF: enraizada flutuante; ES: enraizada submersa; AN: anfíbia; EM: emergente; LF: livre flutuante; +:
presente; -: ausente.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
A literatura lista pelo menos 40 espécies de macrófitas para os 320 Km de extensão do Rio
Ipojuca, incluindo suas porções no Sertão, Agreste, Zona da Mata e Litorânea. Estas espécies são
listadas no Quadro 36, baseada em Santos & Barros (2013).
Espécies
Salvinia auriculata Eleocharis interstincta
Salvinia mínima Eleocharis mínima
Azolla filiculoides Eleocharis nudipes
Ceratopteris thalictroides Brachiaria cf. purpurascens
Nymphaea amazonum Hymenachne amplexicaulis
Lemna minuta Panicum cf. dichotomiflorum
Wolffia columbiana Paspalum repens
Wolffiella welwitschii Echinochloa polystachya
Pistia stratiotes Polygonum acuminatum
Egeria densa Polygonum ferrugineum
Hydrocleys sp. Polygonum hispidum
Limnocharis flava Polygonum sp.
Commelina sp. Polygonum hidorpyperoides
Eichhornia azurea Alternanthera philoxeroides
Eichhornia crassipes Ludwigia sp.
Eichhornia meyeri Aeschynomene sp.
Typha domingensis Bacopa sp.
Cyperus articulatus Ipomoea cárnea
Cyperus digitatus Hydrocotyle verticillata
Cyperus esculentus Cucumis melo
A espécie mais frequente nas estações (83,3%) foi Mimosa sp., seguida de Eichhornia aff. azurea
e Micranthemum sp. (com 66,6% de frequência). A que teve menor frequência foi Eichhornia
crassipes (com 16,6%), ocorrendo apenas na estação F.
A análise de similaridade indicou a existência de pelo menos dois grupos florísticos (Figura 132),
com baixa consistência interna. O grupo com maior similaridade foi o que incluiu as estações A e
B, que estão localizadas em uma área de várzea utilizada para pasto.
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Figura 132 - Similaridade florística entre as estações de estudo. Bray-Curtis (p>0.05), 1000 permutações
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A: concentração de Micranthemum sp. na estação C; B: estação de coleta A - área de várzea com dominância de
Ludwigia sp., Eichhornia cf. azurea e Mimosa sp.; C: trecho da estação C, com Eichhornia cf. azurea e Micranthemum
sp.; D: flor pentâmera de Ludwigia sp. na estação B; E: Ceractopteris pteridoides emergente na estação C; F:
Ceractopteris thalictroides emersa na estação D; G: Riccia sp. na estação C.
Fotos: Equipe LÉVALU
Registrado em 23 de setembro de 2014
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Não foram detectadas espécies exóticas em nenhuma das estações de estudo. A espécie
Eichhornia crassipes é nativa da América do Sul, mas é considerada uma das piores plantas
invasoras ao redor do mundo, estando relacionada até mesmo à disseminação de doenças (GISD,
2006). Sua infestação em ecossistemas aquáticos influencia negativamente o desenvolvimento de
atividades humanas como navegação, pesca, irrigação e produção de energia (Meerhoff &
Mazzeo, 2004). Todavia, sua presença em ecossistemas aquáticos contaminados ou poluídos, ou
em sistemas de tratamento de resíduos industriais e urbanos pode ser benéfica, uma vez que são
consumidores ‘vorazes’ de nutrientes, contribuindo para rápida descontaminação dos ambientes
(Vymazal et al., 1998). É, portanto, importante indicadora da indicação de contaminação de metais
pesados, uma vez que acumulam estes (Klump et al., 2002). Também é possível a utilização
desta espécie como forragem para animais de granja (Meerhoff & Mazzeo, 2004). Tanto esta
espécie quanto Egeria densa têm potencial de dominar os ambientes que ocupam e precisam ter
suas densidades populacionais acompanhadas com atenção.
A espécie Egeria densa tende a formar prados que servem como locais de reprodução de
espécies de interesse pesqueiro, sendo também utilizada em sistemas de tratamento de efluentes
(Gentelini et al., 2008). É invasora em países fora da América do Sul, causando problemas
similares aos que E. crassipes causa às atividades humanas. A literatura ressalta sua importância
como potencial produtora de biomassa (Oliveira et al., 2005), propondo sua utilização até mesmo
na construção civil (Bezerra et al., 2007).
Por fim, pelo menos quatro espécies encontradas neste estudo têm potencial de exploração
comercial através da aquariofilia: E. densa, Riccia sp., Ceractopteris pteridoides e C. thalictroides
(Aquahobby, 1997).
Fitoplâncton
Os organismos componentes do fitoplâncton são os principais responsáveis pela produtividade
primária em ecossistemas aquáticos (Sant’Anna et al., 2006). Por possuírem a capacidade de
produção de substâncias tóxicas, alterações na dinâmica populacional desses organismos,
carreados, principalmente, por alterações antrópicas como eutrofização do ambiente podem ser
de grande risco à saúde humana (Calijuri et al., 2006). No Brasil, por exemplo, já foram
registradas mais de 20 espécies de cianobactérias potencialmente tóxicas (Aquino et al., 2011).
Neste sentido, o estudo da composição fitoplanctônica é de suma importância em análises de
impacto ambiental e avaliação de recursos hídricos.
a) Metodologia
A caracterização da riqueza microalgal planctônica se deu através de coletas em dois pontos das
áreas de influência do empreendimento, sendo um na AID (Estação B) e outro na AII (Estação D).
As amostras qualitativas foram coletadas através de arrastos horizontais na superfície da lâmina
d’água durante três minutos, cada, através de rede de plâcton com abertura de malha de 50 µm,
em seguida fixadas em formalina (4%), acondicionadas em frascos e levadas a laboratório.
Em laboratório, foram colhidas alíquotas (1 mL), que foram identificadas de acordo com literatura
pertinente e contadas com auxílio de microscópio ótico binocular. A abundância relativa foi
calculada segundo a fórmula dada por Lobo & Leighton (1986):
A=Nx100/n
Nesta fórmula, ‘N’ representa o número de espécies da amostra e ‘n’ o número total de espécies.
Após isto, as espécies foram classificadas em: raras (menos de 9% dos indivíduos de uma
amostra), abundantes (entre 10 e 49% dos indivíduos de uma amostra) ou dominantes (mais de
50% do total de indivíduos da amostra).
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b) Resultados e Discussão
Foi registrado um total de 11 táxons para as áreas de influência do empreendimento. Sendo 7
táxons encontrados na AID e 5 na AII. Nos quais, a maior riqueza foi da divisão Chlorophyta e, em
segundo lugar, Bacillariophyta na AID e AII. Destes, parte das espécies identificadas encontra-se
apresentadas na Figura 134.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Não foram localizados dados de estudos prévios realizados na localidade para comparação.
Assim como não foram encontrados afloramentos nas localidades estudadas.
De acordo com especialistas, clorofíceas, juntamente com euglenofíceas e cianobactérias são
tolerantes a altas concentrações de matéria orgânica, principalmente em águas paradas, sendo,
por vezes, encontradas em áreas de esgoto (Aquino et al., 2011), o que não é o caso das áreas
de estudo. Ainda de acordo com Antunes et al. (2007), a baixa velocidade de correntes tende a
elevar a riqueza de espécies fitoplanctônicas, uma vez que favorece a acumulação de nutrientes,
o que não foi o caso dos cursos d’água amostrados, que tiveram correntes variando de moderada
a forte e que, talvez por isso, não possuam riqueza elevada de espécies.
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a) Metodologia
A caracterização da macrofauna (carcinofauna e malacofauna) se deu através de: busca ativa
com rede tipo puçá, malha de 3 mm, utilizada revolvendo-se o substrato ou macrófitas nas
margens dos cursos d’água, em seis estações, com 20 lances em cada uma delas. Sendo elas:
estações A, B e C na AID e D, E e F na AII.
Também foi utilizada uma rede de plâncton (100 µm) nas mesmas estações para amostrar
invertebrados planctônicos. Com arrastos horizontais na lâmina d’água, com duração de 3
minutos, cada.
As amostras testemunho foram fixadas em álcool (70%) e levadas a laboratório, onde as espécies
amostradas foram quantificadas e identificadas. Para a composição da lista de espécies, foram
somados dados previamente publicados.
b) Resultados e Discussão
Carcinofauna
A riqueza total de crustáceos para a região foi de 16 espécies, sendo a maioria delas (13
espécies) registrada na Área de Influência Indireta do empreendimento, que inclui o rio Ipojuca e o
município de Escada – PE. Mesmo com esforço amostral considerável, foram coletados apenas
54 indivíduos de: Palaemon cf. pandaliformis (17 espécimes), Macrobrachium cf. jelskii (2
espécimes), Ostracoda 1 (13 espécimes), Ostracoda 2 (14 espécimes) e Cladocera 1 (8
espécimes).
Nas estações da AID (A, B e C), apenas dois táxons planctônicos foram registrados: Ostracoda 1
e Cladocera 1. As estações da AII (D, E e F), além de uma espécie de Ostracoda (Ostracoda 2),
foram marcadas pela presença dos camarões bentônicos Palaemon cf. pandaliformis e
Macrobrachium cf. jelskii, além das espécies listadas pela literatura (Quadro 37).
Quadro 37 - Lista das espécies de crustáceos registradas nas áreas de influência do empreendimento
Espécies Fonte Área de Ocorrência
Anthalona verrucosa a AII
Bosmina freyi a AII
Bosmina hagmanni a AII
Cladocera 1 b AID
Coronatella monacantha a AII
Macrobranchium acanthurus c, d AII
Macrobranchium carcinus c, d AII
Macrobrachium cf. jelskii b, c AII
Macrobranchium cf. rosenbergii c AII
Macrobranchium potiuna c AII
Moina micrura a AII
Moinodaphnia macleayi a AII
Ostracoda 1 b AID
Ostracoda 2 b AID
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A: Ostracoda 1, coletado na estação C (AID); B: exemplo de entomofauna acompanhante, coletado na estação A (AID);
C: camarão Palaemon cf. pandaliformis, coletado na estação D (AII).
Fonte: Equipe LÉVALU
Registrado em 14 de outubro de 2014
Maior parte da fauna coletada (cerca de 70% dos organismos) foi de larvas ou formas juvenis de
insetos e anelídeos. A baixa diversidade de crustáceos encontrados, principalmente na AID, pode
ser justificada pelos prováveis impactos antrópicos visíveis na localidade, como o derramamento
de esgoto doméstico (nas estações A e B), despejo de clandestino de lixo e o uso de herbicidas e
outros agentes tóxicos sobre a vegetação ciliar (Figura 136).
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Foram registradas as seguintes espécies exóticas (Leão et al., 2011): Macrobranchium carcinus
(conhecido como Pitú) e Macrobranchium cf. rosenbergii (Camarão da Malásia), todas de
interesse comercial pesqueiro e registradas somente na AII, no rio Ipojuca. A última, contudo, foi
registrada baseando-se no depoimento de pescadores locais e somente estudos posteriores
poderão confirmar ou não o registro. Sabe-se, no entanto, que os criadouros de M. rosenbergii
têm se proliferado ao longo do norte e nordeste do Brasil e este organismo tem invadido os
habitats de camarões nativos, como Macrobranchium acanthurus (Pitu) e Macrobranchium potiuna
(Aratanha), competindo por recursos e afetando as populações destes (Oliveira, 2006).
Não foram registradas, em nenhuma das áreas de influência do empreendimento, espécies
ameaçadas, de acordo com o Livro Vermelho de invertebrados aquáticos ameaçados de extinção
(Amaral et al., 2008).
Malacofauna
Foram registradas oito espécies de moluscos aquáticos nas áreas de influência do
empreendimento, sendo que sete destas ocorreram na AID, enquanto cinco ocorreram na AII
(Tabela 25). A análise de similaridade entre as estações de coleta é mostrada na Figura 137. A
espécie mais frequente foi Biomphalaria sp. que ocorreu em todas as estações. Enquanto a
menos frequente foi Pomacea sp.1, que ocorreu apenas na estação C (AID).
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Tabela 25 - Lista das espécies de moluscos aquáticos encontrados nas estações de estudo
Espécies A B C D E F
Pomacea sp.1 - - + - - -
Pomacea sp.2 - - - + + +
Biomphalaria sp. + + + + + +
Melanoides tuberculata + - + - + +
Omalonyx sp. + + - - + -
Ancylidae + + - - - +
Physa sp. + + - - - -
Bivalvia 1 + + - - - -
. +: presença; -: ausência.
A maior similaridade se deu entre as estações A e B (AID), que constituem área de várzea, com
densa cobertura de macrófitas, e E e F, que estão diretamente associadas ao rio Ipojuca. A
estação C corresponde a um córrego entre dois morros de monocultura de cana-de-açúcar, onde
a população de Biomphalaria spp. cobria boa parte da área amostrada.
Espécies do gênero Pomacea têm importância em relação à sua comercialização no mercado de
aquarismo (Júnior et al., 2013). Moluscos do gênero Biomphalaria, porém, são conhecidos como
hospedeiros do platelminto Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose, o que faz não
ser recomendável o uso da maioria dos cursos d’água das áreas de influência para banho ou
consumo direto (sem tratamento) (Morgan et al., 2001). Para tentar controlar populações de
Biomphalaria spp. é que foi introduzida no Brasil a espécie Melanoides tuberculata (Leão et al.,
2011), que também foi encontrada neste estudo. Esta espécie exótica, de alto risco de invasão, de
acordo com o Livro de Espécies Exóticas do Nordeste do Brasil (Leão et al., 2011) e, por sua vez,
também é vetor de doenças que afetam o homem.
Duas espécies de moluscos terrestres também foram visualizadas próximas às estações de coleta
na AID: Phyllocaulis sp. e Achatina fulica (Figura 138). Esta última, conhecida como caramujo
gigante africano, é exótica, presente em praticamente todo o território nacional, introduzida
através do cultivo desta para comercialização de sua carne (Teles et al., 1997). O maior problema,
além dos impactos ambientais por competição com espécies nativas, é que este molusco é
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hospedeiro de parasitas causadores de doenças graves em seres humanos (Malek & Chen,
1974).
Não foram encontradas espécies de moluscos ameaçadas de extinção em nenhuma das áreas de
influência do empreendimento (ver Leão et a., 2011).
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A: Pomacea sp.2; B: Biomphalaria sp.; C: Achatina fulica; D: desovas de gastrópodes, provavelmente Pomacea spp.; E:
Omalonyx sp.; F: Phyllocaulis sp.
Fonte: Equipe LÉVALU
Registrado em 24 de setembro de 2014
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Ictiofauna
Os peixes são, talvez, os organismos aquáticos mais familiares e comuns nos ecossistemas
aquáticos (Freitas et al., 2009). Estão entre os organismos mais utilizados como bioindicadores
nesses ecossistemas (Schulz & Martins-Junior, 2001), uma vez que ocupam os mais diversos
níveis da cadeia trófica e respondem de diversas maneiras a contaminações (Viana, 2011).
Modificações nas comunidades de peixes também podem refletir fatores estressantes sobre a
integridade dos ecossistemas dulciaquícolas (Fausch et al., 1990). Devido a isso, é imprescindível
a caracterização da ictiofauna em estudos de impacto ambiental.
A seguir, são apresentados os resultados referentes ao levantamento da comunidade ictiofaunal
da área de estudo.
a) Metodologia
Estações de coleta
Foram amostrados seis pontos, percorrendo-se cerca de 50 m em cada um. Todos representam
afluentes do Rio Ipojuca, o qual se encontra na AII e, em sua maioria, são conectados entre si.
As estações A e B estão em áreas típicas de várzea (AID). Dentro de uma área utilizada para
pastagem, sofrendo também deságue de esgoto doméstico. Apresentam largura entre 3 e 10 m,
água escura, correnteza fraca e coluna d’água sempre inferior a 30 cm no período amostrado,
sendo densamente cobertas por macrófitas, principalmente emersas e flutuantes, com substrato
lamoso.
A estação C corresponde a um curso d’água localizado entre dois morros de monocultura de
cana-de-açúcar (AID), de correnteza fraca, com 1 a 2 m de largura e raramente atingiu mais de 10
cm de profundidade no período amostrado. Tem águas límpidas, predominância de fundos com
uma fina camada arenosa sobrepondo outra lamosa. Cobertura de macrófitas escassa.
As estações D e E são as mais próximas ao Rio Ipojuca, localizadas na AII, e possuem trechos
com 2 a 5 m de largura e até 1,6 m de profundidade, correnteza moderada a forte, com águas
turvas, fundo de cascalho ou rochoso, macrófitas emersas apenas nas margens e, em alguns
trechos do leito, possui campos de Elodea sp.
A estação F está no leito principal do Rio Ipojuca (AII), que, neste trecho, apresenta mais de 20 m
de largura e, em sua margem sul (local amostrado), atingiu profundidades superiores a 2 m no
período de coleta. Águas turvas, fundos rochosos e macrófitas marginais flutuantes.
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Amostragem
Devido à diversidade morfológica dos cursos d’água estudados, foram empregados três diferentes
tipos de técnicas de coleta: rede de arrasto de 5 m de comprimento e 5 mm de espaçamento
entre-nós, tarrafa com espaçamento de 12 mm entre-nós e rede tipo puçá com 60 cm de diâmetro
e abertura de 0,3 mm. O primeiro foi utilizado apenas em trechos com coluna d’água igual ou
superior a 70 cm. A tarrafa foi utilizada complementarmente à rede de arrasto ou isoladamente em
trechos onde não foi possível a realização de arrastos. O puçá foi utilizado em todas as estações
de coleta, complementarmente às duas técnicas anteriores, com lances sob macrófitas nas
margens dos riachos ou isoladamente em áreas de várzea.
O somatório das amostras totalizaram 120, sendo 10 arrastos, 80 com rede tipo puçá e 20 lances
de tarrafa (Tabela 26). Dos espécimes coletados, apenas amostras-testemunho foram fixadas em
etanol absoluto e levadas a laboratório para identificação, visando a diminuição do impacto sobre
a comunidade estudada.
Tabela 26 - Técnicas de pesca utilizadas e quantidade de lances realizados em cada estação de coleta.
Técnica de pesca A B C D E F
Arrasto 0 0 0 3 3 4
Tarrafa 0 0 0 0 10 10
Puçá 20 20 20 20 5 5
Fonte: Equipe LÉVALU
Foram realizadas coletas apenas em um período, não sendo representados, portanto, variações
sazonais das populações amostradas.
b) Resultados e Discussão
De acordo com a curva de espécies (Gráfico 29), o número de amostras foi suficiente para
representar a totalidade de táxons da área de estudo, se levados em consideração estimadores
Jacknife (2), Chao (1 e 2). Os estimadores Jacknife (1) e Bootstrap indicam, porém, que é possível
que a riqueza seja um pouco maior que a amostrada. O número de espécies esperado para
afluentes da Bacia do Ipojuca, contudo, era inferior ao encontrado nesta pesquisa, por se tratar de
uma área que, embora, rural, se encontra inserida num contexto urbano.
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Gráfico 29 - Curva de acumulação de espécies com estimadores Jackknife (1 e 2), Chao (1 e 2) e Bootstrap.
O eixo X indica o total das 120 amostras (lances). O eixo Y indica o total de 16 espécies encontradas
Foi identificado um total de 16 espécies de peixes nas localidades estudadas, com 412 indivíduos
coletados. A maior riqueza foi encontrada na estação D, com 12 espécies (Tabela 27). A maioria
dos espécimes coletados foi de juvenis, o que pode indicar que as localidades amostradas podem
se tratar de berçários para as espécies com fase de vida adulta no Rio Ipojuca.
Não houve espécies abundantes ou dominantes nas estações. Duas espécies que puderam ser
classificadas como pouco abundantes foram Poecilia reticulata com 143 indivíduos (34,71% do
total) e Poecilia vivipara, com 79 indivíduos (19,17%), todas as demais não atingiram 10% de
abundância relativa, sendo consideradas raras.
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Figura 142 - Espécies de peixes capturadas nas áreas do empreendimento (AID e AII)
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Figura 143 - Espécies de peixes capturadas nas áreas de influência (AID e AII)
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Quanto à frequência, não houve espécies que pudessem ser classificadas como frequentes ou
muito frequentes. As espécies Poecilia reticulata, Poecilia vivipara, Astyanax bimaculatus,
Steindachnerina notonota, Parotocinclus sp. e Oreochromis niloticus foram consideradas pouco
frequentes. Todas as demais foram consideradas esporádicas.
No presente estudo, três espécies exóticas foram encontradas. Todas de registro bastante comum
ao longo da região nordeste e com poucas expectativas de controle ou diminuição de suas
populações. São elas:
- Poecilia reticulata (Guaru): considerada como espécie com risco de invasão moderado e
comum particularmente em Pernambuco. É nativa do norte da América do Sul e foi introduzida,
provavelmente, através do aquarismo. Sendo altamente prolífera e resistente a variações
ambientais. O principal dano que pode causar é a redução de espécies nativas, uma vez que pode
se alimentar dos ovos destas (Leão et al., 2011).
- Oreochromis niloticus (Tilápia): comum no Oriente Médio e África, de risco de invasão alto, foi
introduzida voluntariamente em açudes do Nordeste para aumentar a disponibilidade de pescado.
Por serem onívoras e de reprodução precoce, terminam por predar e competir com diversas
espécies nativas (Leão et al., 2013). Existem viveiros particulares desta espécie próximos às
estações A e B, na AID e fugas a partir destes podem influenciar no aumento das populações
locais e, consequentemente, do Ipojuca como um todo.
- Trichogaster trichopterus (Tricogate): distribui-se naturalmente na Malásia, Vietnã e Tailândia.
De baixo risco de invasão, foi introduzida na região nordeste através da aquariofilia. Também
altamente prolífera e resistente a alterações ambientais (Leão et al., 2013).
A literatura aponta ainda a Tilápia como o pescado de maior abundância de acordo com as
populações que fazem uso do Rio Ipojuca (AII) com essa finalidade (Alcantara & Aguiar, 2006).
Estudos prévios realizados no Ipojuca relatam, ainda, a presença das espécies exóticas
intencionalmente introduzidas: Cichla monoculus e C. ocellaris (Tucunaré), Plagioscion sp.
(Pescada), Plagioscion squamassissimus (Piau), Cyprinus spp. (Carpa), Colossoma macropomum
(Tambaqui), Piaractus mesopotamicus (Pacu-aranha), Clarias lazera (Bagre-africano) e
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Astronotus ocellatus (Apaiari ou Oscar) (CPRH, 2011). Esta última ainda é explorada pelo
comércio relacionado à aquariofilia.
Não foram encontradas espécies ameaçadas de extinção nas áreas de influência do
empreendimento, de acordo com o Livro Vermelho (Rosa & Lima, 2008).
Metodologia
A caracterização socioeconômica contempla indicadores demográficos, de qualidade de vida e
econômicos. Desta forma, são utilizados dados secundários para a população total, grau de
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Foi verificado que a maior parcela da população da AII reside no meio urbano, ao todo são
404.997 habitantes, número que corresponde a 82,01% do total de habitantes. A maior taxa de
urbanização foi encontrada no município do Cabo de Santo Agostinho, com 90,7% de
urbanização, enquanto que a menor taxa de urbanização foi verificada no município de Sirinhaém
com 53,3%.
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Quadro 41 - Distribuição da população por sexo e faixa etária (AII) – 2010 (continuação)
Vitoria de Santo
Idade Sirinhaém Ribeirão Antão
Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher
0-4 1.794 1.728 2.010 1.838 4.933 4.676
05 a 09 2.096 2.013 2.000 1.925 5.291 5.218
10 a 14 2.251 2.243 2.115 2.157 5.994 5.836
15 a 19 2.249 2.154 2.127 2.144 6.016 5.953
20 a 24 1.995 2.049 2.116 2.006 5.851 6.083
25 a 29 1.966 2.100 2.059 1.935 5.933 6.249
30 a 39 3.238 3.524 3.190 3.010 9.932 10.815
40 a 49 2.494 2.710 2.040 2.092 7.514 8.662
50 a 59 1.649 1.876 1.260 1.351 5.010 6.175
60 a 69 1.119 1.276 819 855 3.227 4.188
+70 883 1.032 612 635 2.708 3.710
Pop.Total 21.734 22.705 20.348 19.948 62.409 67.565
Fonte: CONDEPE/FIDEM
>70
60 a 69
50 a 59
40 a 49
30 a 39
25 a 29
Mulheres
20 a 24
15 a 19 Homens
10 a 14
5a9
0a4
Fonte: CONDEPE/FIDEM
Previsões do IBGE, para o ano de 2014, apontam um crescimento populacional na AII de 30,20%,
em comparação com o levantamento de 2010. A previsão é de que a população da AII totalize
527.325 habitantes.
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Primavera 4 4 0 7 13 1
Ribeirão 11 13 2 34 42 4
Sirinhaém 11 11 2 28 34 4
Vitória de Santo
54 32 8 52 78 11
Antão
Total 118 105 20 279 349 39
Fonte: MEC e INEP (2012)
Apesar destes avanços a região ainda se mostra deficiente em termos de qualidade e qualificação
dos profissionais locais.
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Tipo de estabelecimento
Administração Indireta -
Fundação Privada
Empresa Privada
Empresa Pública
Economia Mista
fins lucrativos
Cooperativa
órgãos
Total
Municípios
Cabo de Santo Agostinho 158 67 1 9 81 - - - -
Ipojuca 71 42 - - 25 4 - - -
Primavera 9 7 - - 2 - - - -
Ribeirão 26 20 - - 4 - 1 1 -
Sirinhaém 18 13 - - 4 - 1 - -
Vitória de Santo Antão 111 55 - - 52 - 2 1 1
Total 393 204 1 9 168 4 4 2 1
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES
“(...) o hospital funciona com capacidade operacional para 140 leitos distribuídos nas
enfermarias de clínica médica, cardiologia clínica e cirúrgica e traumato-ortopedia, unidade
de cuidados intensivos (UTI geral e unidade coronária), além de 20 leitos de observação na
emergência. O atendimento ao paciente é realizado de forma referenciada pelo SAMU 192,
Resgate do Corpo de Bombeiros por meio da Central de Regulação da SES/PE e pelas
UPAS a ele referenciadas. (...) Mais de 1,2 milhão de pessoas serão beneficiadas oriundas
dos municípios do Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Ipojuca,
Sirinhaém, Escada, Primavera, Barreiros, Tamandaré, Rio Formoso e São José da Coroa
2
Grande .
1
http://www1.hdh.imip.org.br/cms/opencms/hdh/pt/home/
2
http://www1.hdh.imip.org.br/cms/opencms/hdh/pt/conheca/
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Quadro 44 - Leitos existentes e leitos ligados ao Sistema Único de Saúde – AII (2014)
2014
Não
Total SUS % SUS
Municípios SUS
Cabo de Santo
Agostinho 393 293 74,55 100
Ipojuca 24 24 100,00 0
Primavera 4 4 100,00 0
Ribeirão 42 28 66,67 14
Sirinhaém 50 50 100,00 0
Vitória de Santo Antão 430 367 85,35 63
Total 943 766 81,23 177
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES
Fonte: DER-PE
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Atualmente o sistema de transporte ferroviário encontra-se abandonado, grande parte dos vários
quilômetros de trilhos encontram-se inutilizados. No município do Cabo de Santo Agostinho ainda
ocorre o transporte de passageiros através do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), implantado em
2012, substituindo os antigos trens a diesel, com um percurso de 18 quilômetros entre Cajueiro
Seco (Jaboatão dos Guararapes) e Cabo de Santo Agostinho.
O transporte intramunicipal é caracterizado pela utilização de ônibus, vans e motos. Destaca-se
que considerável parte destes veículos atual de forma irregular, principalmente no atendimento às
áreas fora do meio urbano.
Quadro 45 - Quantidade total e percentual de domicílios atendidos por energia elétrica – AII (2010)
Possuem energia Possuem Não
Total elétrica de energia possuem
Domicílios companhia elétrica de energia
distribuidora outra Fonte elétrica
Cabo de Santo Agostinho 53.402 53.077 243 82
Ipojuca 22.016 21.270 648 98
Primavera 3.754 3.642 80 32
Ribeirão 11.942 11.763 118 61
Sirinhaém 10.011 9.094 838 79
Vitória de Santo Antão 39.446 38.984 325 137
Total 140.571 137.830 2.252 489
Fonte: CONDEPE/FIDEM
somente na área urbana, enquanto que no meio rural a maior parte dos domicílios são
abastecidos através de poços artesianos.
Poço(propriedade)
Poço (fora da
Chuva (outra
propriedade)
Rede geral
Carro-pipa
Rio, açude
Cisterna
forma)
Outro
Cabo de Santo Agostinho
Urbana 91,58 5,69 1,76 0,16 0,01 0,01 0,14 0,66
Rural 31,7 34,39 29,89 0,74 0,07 0,04 1,77 1,4
Geral 86,45 8,14 4,17 0,21 0,01 0,01 0,28 0,72
Ipojuca
Urbano 74,8 14,82 8,27 0,44 0,01 0,02 0,1 1,53
Rural 16,89 36,91 37,91 0,04 0,04 0,12 2,85 5,24
Geral 61,16 20,03 15,25 0,35 0,02 0,05 0,75 2,41
Primavera
Urbano 77,26 3,28 17,11 0 0 0 1,85 0,5
Rural 16,91 29,81 24,25 0,08 0 0,08 16,06 12,82
Geral 55,99 12,63 19,62 0,03 0 0,03 6,86 4,84
Ribeirão
Urbano 90,71 2,95 4,41 0 0 0,03 0,51 1,38
Rural 13,72 54,58 22,92 0 0,08 0,08 3,89 4,73
Geral 75,3 13,29 8,11 0 0,02 0,04 1,19 2,05
Sirinhaém
Urbano 74,28 16,61 5,31 0,05 0,02 0 2,67 1,05
Rural 40,7 23,97 17,77 0,05 0,23 0,11 9,04 8,13
Geral 59,51 19,85 10,79 0,05 0,11 0,05 5,47 4,17
Vitória de Santo Antão
Urbano 87,81 1,91 2,91 3,28 0,09 0,06 0,14 3,8
Rural 14,29 23,9 31,86 3,9 0,24 0,19 13,77 11,86
Geral 79,2 4,49 6,3 3,36 0,1 0,08 1,73 4,74
Fonte: IBGE
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Outro
Vala
Cabo de Santo Agostinho 19.962 10.347 559 16.821 1.364 3.310
Ipojuca 8.084 3.972 259 7.328 208 863
Primavera 687 166 158 1.508 511 370
Ribeirão 2.566 1.107 124 6.872 589 298
Sirinhaém 4.961 1.687 326 1.750 117 426
Vitória de Santo Antão 7.684 2.342 964 23.073 2.340 2.317
Total geral 43.944 19.621 2.390 57.352 5.129 7.584
Total (%) 32,31 14,43 1,76 42,16 3,77 5,58
Fonte: IBGE
No que se refere a coleta de lixo, a AII apresenta uma abrangência significativa do serviço público,
principalmente no meio urbano.
Outro destino
Queimado
Enterrado
Coletado
lago
O município de Ipojuca possui Plano Diretor, aprovado no ano de 2008, através da Lei Municipal
nº 1.490, de 06 de julho. O plano tem duração de 10 anos. Este plano não trata especificamente
da implantação de empreendimentos semelhantes ao tratado neste estudo. O PD trata somente
do zoneamento do território municipal.
A área pertencente ao distrito Industrial de Suape tem sua própria regulação que propõe a
preservação ambiental para áreas além da definição das ocupações pelas empresas do
complexo.
O município de Primavera não possui PD, pois, o município não se enquadra no perfil dos
municípios que devem possuir Plano Diretor.
Segundo a administração municipal, o PD do município de Sirinhaém encontra-se em fase de
revisão. O objetivo é adequar o município ao cenário atual da região, com destaque para a
questão do turismo.
Os demais municípios apresentam PD defasados e que não estão acompanhando o crescimento
econômico do próprio município, como também dos municípios vizinhos.
Percebe-se que os PD limitam-se ao zoneamento do território municipal, porém, sem referências
especificas a destinação dos resíduos ou atividades relacionadas a essa pratica.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Empresas atuantes
remunerações (mil
Pessoal ocupado
Pessoal ocupado
Salários e outras
Salários médios
Unidades locais
mensais (S.M)
assalariado
reais)
total
Município
A agricultura, que ora representou a principal atividade economia destes municípios, atualmente
vem perdendo espaço e representatividade na região, fruto da queda no preço do açúcar e da
busca por maiores receitas vindas da implantação de indústrias, como exposto no trecho a seguir:
Cultura secular, parte da economia pernambucana praticamente desde o
descobrimento do Brasil, a cana-de-açúcar foi perdendo importância no Produto
Interno Bruto (PIB) do estado e inicia o século 21 com a necessidade de se
adaptar a uma economia diversificada, dominada por segmentos econômicos mais
dinâmicos, como petróleo e gás e offshore. Se a produtividade aumentou cerca de
25% nos últimos 15 anos, alcançando uma média de 15 toneladas por hectare –
as áreas de plantio foram reduzidas, cedendo espaço para indústrias e para o
crescimento do Complexo Industrial Portuário de Suape.
3
http://pedesenvolvimento.com/2013/04/01/distrito-industrial-de-vitoria-de-santo-antao-vai-ganhar-o-quarto-
modulo/
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Extração mineral
Serviço utilidade
Construção civil
transformação
Administração
Agropecuária
Indústria da
Comercio
Serviços
pública
publica
Município
Cabo de Santo Agostinho 12 14.608 140 5.012 6.557 11.572 5.847 419
Vitória de Santo Antão 206 889 14 380 5.331 4.125 4.095 400
Total (%) 0,20 29,07 0,33 21,17 11,99 22,97 12,41 1,86
Fonte: MTE
4
http://www.revistanegociospe.com.br/materia/A‐dois‐passos‐do‐paraiso
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Quadro 49 - Rendimento em salários mínimos, população com 10 anos ou mais – AII (2010)
10 a 15
15 a 20
20 a 30
¼a½
5 a 10
Até ¼
½a1
1a2
2a3
3a5
+30
Cabo de Santo
9.586 5.394 35.181 27.729 7.371 4.684 2.015 304 198 83 149
Agostinho
Masculino 1.981 1.666 18.245 18.819 5.360 3.234 1.531 215 141 60 131
Feminino 7.605 3.728 16.936 8.910 2.011 1.450 484 89 57 23 18
Ipojuca 4.248 2.468 15.300 10.630 2.489 1.339 728 218 102 31 20
Masculino 759 912 8.816 6.940 1.672 913 557 149 48 31 20
Feminino 3.489 1.556 6.484 3.690 817 426 171 69 54 - -
Primavera 1.397 977 2.802 1.532 235 138 87 - 9 - -
Masculino 368 408 1.810 1.012 136 101 79 - 9 - -
Feminino 1.029 569 992 520 99 37 8 - - - -
Ribeirão 2.522 1.584 8.949 4.430 1.139 760 423 40 85 13 -
Masculino 401 432 5.345 2.804 843 500 249 27 66 13 -
Feminino 2.121 1.152 3.604 1.626 296 260 174 13 19 - -
Sirinhaém 2.377 1.259 9.078 3.692 966 401 241 14 - 15 -
Masculino 249 495 6.102 2.541 723 288 185 14 - 15 -
Feminino 2.128 764 2.976 1.151 243 113 56 - - - -
Vitoria de Santo
10.641 7.235 30.079 13.609 3.515 2.565 1.574 190 223 48 87
Antão
Masculino 2.386 3.139 16.270 8.543 2.264 1.552 1.088 85 156 48 59
Feminino 8.255 4.096 13.809 5.066 1.251 1.013 486 105 67 - 28
Total geral 30.771 18.917 101.389 61.622 15.715 9.887 5.068 766 617 190 256
Total % 12,55 7,71 41,35 25,13 6,41 4,03 2,07 0,31 0,25 0,08 0,10
Fonte: IBGE, 2010
Através da análise do quadro anterior verificou-se que a população feminina possui rendimentos
abaixo do que possui a população masculina. Em todos os municípios as faixas de menor valor de
rendimento (até ¼ e ¼ e ½ salários mínimos) abrangem mais mulheres que homens, enquanto
que as maiores faixas de rendimento (acima de 15 salários mínimos) são inteiramente abrangidas
por indivíduos do sexo masculino.
O município de Primavera apresentou os piores resultados, seguido por Ribeirão. Tal fato pode
ser explicado pela menor diversidade de atividades econômicas, visto que nos municípios mais
dinâmicos, em termos econômicos, os resultados apresentados em relação aos rendimentos,
foram mais satisfatórios.
É possível associar o baixo rendimento atribuído às mulheres ao baixo nível educacional, fato que
as impede de postular melhores cargos e consequentemente, melhores salários. A maior parcela
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TÍTULO: LOCALIDADE:
da população possui rendimentos de até dois salários mínimos, 86,74% recebiam até
R$1.020,005 mensais.
Os quadros a seguir apresentam as ocupações com maiores estoques de mão de obra e
remunerações médias, segundo o RAIS/MTE, em 31 de dezembro de 2013.
5
Salário mínimo vigente na data de 01/01/2010 era no valor de R$510,00.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Remuneração
Remuneração
Média Remuneração
CBO 2002 Ocupação Média Feminino
Masculino Média Total (R$)
(R$)
(R$)
622110 - TRABALHADOR DA CULTURA DE CANA-
1.136,68 934,76 1.118,92
DE-ACUCAR
411010 - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 1.600,52 1.880,83 1.761,62
784205 - ALIMENTADOR DE LINHA DE PRODUCAO 1.230,95 672,64 1.226,47
782510 - MOTORISTA DE CAMINHAO (ROTAS
1.968,45 0 1.968,45
REGIONAIS E INTERNACIONAIS)
521110 - VENDEDOR DE COMERCIO VAREJISTA 828,79 772,02 785,84
Vitória de Santo Antão
Remuneração
Remuneração
Média - Remuneração
CBO 2002 Ocupação Média -Feminino
Masculino Média Total (R$)
(R$)
(R$)
622110 - TRABALHADOR DA CULTURA DE CANA-
902,15 801,49 898,64
DE-ACUCAR
521110 - VENDEDOR DE COMERCIO VAREJISTA 961,26 917,33 934,43
331205 - PROFESSOR DE NIVEL MEDIO NO
2.384,01 2.480,24 2.465,42
ENSINO FUNDAMENTAL
784205 - ALIMENTADOR DE LINHA DE PRODUCAO 966,17 797,37 898,43
848520 - MAGAREFE 1.135,24 1.073,19 1.130,51
Fonte: MTE
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Primavera R$
Receitas orçamentárias realizadas 13.777.283,35
Receitas orçamentárias realizadas - Correntes 15.316.100,98
Receitas orçamentárias realizadas - Tributárias 322.213,56
Receitas orçamentárias realizadas - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial - IPTU 26.265,48
Receitas orçamentárias realizadas - Imposto Sobre Serviços - ISS 191.036,81
Receitas orçamentárias realizadas - Imposto sobre Transmissão-Intervivos - ITBI 600
Receitas orçamentárias realizadas - Taxas 32.123,81
Receitas orçamentárias realizadas - Contribuição 1.736,96
Receitas orçamentárias realizadas - Patrimonial 14.328,01
Receitas orçamentárias realizadas - Transferências Correntes 14.720.217,51
Receitas orçamentárias realizadas - Transferência Intergorvenamental da União 8.455.143,09
Receitas orçamentárias realizadas - Transferência Intergorvenamental do Estado 2.212.923,92
Receitas orçamentárias realizadas - Dívida Ativa 10.624,20
Receitas orçamentárias realizadas - Outras Receitas Correntes 186.210,18
Receitas orçamentárias realizadas - Capital 91.400,00
Receitas orçamentárias realizadas - Transferência de Capital 0
Despesas orçamentárias empenhadas 15.258.250,78
Despesas orçamentárias empenhadas - Correntes 14.204.115,49
Despesas orçamentárias empenhadas - Outras Despesas Correntes 6.495.288,83
Despesas orçamentárias empenhadas - Capital 1.054.135,29
Despesas orçamentárias empenhadas - Investimentos 668.284,69
Despesas orçamentárias empenhadas - Pessoal e Encargos Sociais 7.708.826,66
Despesas orçamentárias empenhadas - Obras e Instalações 485.994,62
Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM 6.211.753,68
Valor do Imposto Territorial Rural - ITR 4.411,23
Valor do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF - OURO - repassado aos Municípios 0
Ribeirão R$
Receitas orçamentárias realizadas 46.465.108,45
Receitas orçamentárias realizadas - Correntes 47.958.431,07
Receitas orçamentárias realizadas - Tributárias 3.972.254,13
Receitas orçamentárias realizadas - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial - IPTU 145.423,71
Receitas orçamentárias realizadas - Imposto Sobre Serviços - ISS 3.343.529,25
Receitas orçamentárias realizadas - Imposto sobre Transmissão-Intervivos - ITBI 34.473,27
Receitas orçamentárias realizadas - Taxas 106.582,58
Receitas orçamentárias realizadas - Contribuição 1.139.057,17
Receitas orçamentárias realizadas - Patrimonial 62.666,64
Receitas orçamentárias realizadas - Transferências Correntes 41.745.241,83
Receitas orçamentárias realizadas - Transferência Intergorvenamental da União 20.127.237,31
Receitas orçamentárias realizadas - Transferência Intergorvenamental do Estado 3.927.732,27
Receitas orçamentárias realizadas - Dívida Ativa 6.974,10
Receitas orçamentárias realizadas - Outras Receitas Correntes 488.814,23
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Ribeirão R$
Receitas orçamentárias realizadas - Capital 680.506,23
Receitas orçamentárias realizadas - Transferência de Capital 680.506,23
Despesas orçamentárias empenhadas 48.292.540,59
Despesas orçamentárias empenhadas - Correntes 45.891.302,76
Despesas orçamentárias empenhadas - Outras Despesas Correntes 26.420.126,48
Despesas orçamentárias empenhadas - Capital 2.401.237,83
Despesas orçamentárias empenhadas - Investimentos 1.728.357,31
Despesas orçamentárias empenhadas - Pessoal e Encargos Sociais 19.449.989,17
Despesas orçamentárias empenhadas - Obras e Instalações 1.277.091,57
Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM 13.976.445,79
Valor do Imposto Territorial Rural - ITR 11.519,88
Valor do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF - OURO - repassado aos Municípios 0
Sirinhaém R$
Receitas orçamentárias realizadas 35.621.047,45
Receitas orçamentárias realizadas - Correntes 38.782.692,17
Receitas orçamentárias realizadas - Tributárias 1.776.434,15
Receitas orçamentárias realizadas - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial - IPTU 755.970,16
Receitas orçamentárias realizadas - Imposto Sobre Serviços - ISS 520.584,96
Receitas orçamentárias realizadas - Imposto sobre Transmissão-Intervivos - ITBI 300,54
Receitas orçamentárias realizadas - Taxas 62.897,19
Receitas orçamentárias realizadas - Contribuição 0
Receitas orçamentárias realizadas - Patrimonial 422.729,97
Receitas orçamentárias realizadas - Transferências Correntes 35.624.867,71
Receitas orçamentárias realizadas - Transferência Intergorvenamental da União 18.170.988,74
Receitas orçamentárias realizadas - Transferência Intergorvenamental do Estado 6.115.257,86
Receitas orçamentárias realizadas - Dívida Ativa 6.070,44
Receitas orçamentárias realizadas - Outras Receitas Correntes 82.754,32
Receitas orçamentárias realizadas - Capital 721.688,00
Receitas orçamentárias realizadas - Transferência de Capital 689.488,00
Despesas orçamentárias empenhadas 37.224.257,33
Despesas orçamentárias empenhadas - Correntes 36.000.148,94
Despesas orçamentárias empenhadas - Outras Despesas Correntes 16.086.347,45
Despesas orçamentárias empenhadas - Capital 1.224.108,39
Despesas orçamentárias empenhadas - Investimentos 1.179.397,31
Despesas orçamentárias empenhadas - Pessoal e Encargos Sociais 19.913.801,49
Despesas orçamentárias empenhadas - Obras e Instalações 653.598,48
Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM 13.976.445,77
Valor do Imposto Territorial Rural - ITR 117.903,81
Valor do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF - OURO - repassado aos Municípios 0
Vitória de Santo Antão R$
Receitas orçamentárias realizadas 96.614.163,76
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TÍTULO: LOCALIDADE:
O quadro a seguir apresenta o PIB registrado no ano de 2011, como também a participação de
cada setor na economia, municipal.
6
Http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=260290&search=pernambuco|cabo‐de‐santo‐
agostinho|infograficos:‐informacoes‐completas
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Com a conclusão das obras no complexo Industrial Portuário de SUAPE, a expectativa é de uma
série de demissões, conforme reportagem do site G18:
“Desde dezembro (2013) tem sido registrada uma quantidade considerável de
demissões, que tendem a aumentar com o término das obras que estavam em
andamento na região (...). De acordo com a Secretaria de Trabalho, Qualificação e
Empreendedorismo, já no mês de abril deste ano houve mais gente demitida do
que contratada – três mil pessoas da construção civil de Cabo de Santo Agostinho
e Ipojuca foram demitidas. A situação é preocupante também conforme os dados
da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/PE), que mostram
uma previsão de 42 mil demissões em três anos em SUAPE. Representantes de
prefeituras e empresas envolvidas nas demissões foram convocadas para
participar da discussão”.
7
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/noticia/2012/12/13/ipojuca‐tem‐o‐segundo‐maior‐pib‐de‐
pernambuco‐‐66659.php
8
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2014/06/com‐fim‐de‐obras‐demissoes‐em‐suape‐sao‐discutidas‐em‐
forum.html
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TÍTULO: LOCALIDADE:
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TÍTULO: LOCALIDADE:
O quadro anterior aponta para uma diminuição do IES nos municípios estudados, porém destaca-
se uma piora no índice relacionado a renda, onde todos os municípios apresentaram uma piora no
período analisado.
Já a análise do IDHM9 demonstrou um crescimento significativo nos últimos 20 anos. O IDHM é
composto de indicadores da população, educação, habitação, saúde, trabalho, renda e
vulnerabilidade. Em 1991, Todos os municípios pertencentes a AII apresentavam índice
considerado muito baixo, enquanto que em 2010, somente os municípios de Primavera e
Sirinhaém não apresentavam índice considerado médio. Estes municípios se mantiveram com
índice muito baixo na década de 1990 e em 2000, evoluindo para baixo em 2010.
O ICV é uma extensão do Índice Municipal de Desenvolvimento Humano (IDH-M), que incorpora,
além das dimensões longevidade, educação e renda, outros indicadores destinados a avaliar as
dimensões infância e habitação. Além de incorporar essas duas novas dimensões, ele acrescenta
vários outros indicadores, destinados a captar outros aspectos das dimensões longevidade,
educação e renda, que já estavam presentes no IDH-M.
9
As faixas de Desenvolvimento Humano Municipal são: Muito baixo de 0 à 0,499; Baixo de 0,500 à 0,599; Médio
de 0,600 a 0,699; Alto de 0,700 à 0,799 e Muito alto de 0,800 à 1.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Tabela 33 - percentual da população em domicílios com banheiro e água encanada (1991 a 2010)
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312 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Diante dos dados apresentados anteriormente, percebe-se que os municípios que formam a AII
progrediram em relação a qualidade de vida de sua população, porém, essas melhorias ainda são
insuficientes para superar a média nacional.
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313 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Projeção realizada pelo IBGE aponta que em 2014 a população do município chegará aos 66.907
habitantes, equivalente a um crescimento de 5,33%.
Assim como na AII, a AID possui o maior contingente populacional situado no meio urbano. Nos
últimos censos verificaram-se sucessivos decréscimos na população rural da AID, inclusive, com
índices maiores que a Região de Desenvolvimento da Mata Sul e do próprio estado de
Pernambuco. O declínio da atividade sucroalcooleira no município, provavelmente, contribuiu para
este êxodo rural.
Semelhante ao que foi verificado na AII há um equilíbrio entre a população masculina e feminina,
com uma leve vantagem para a população do sexo feminino (50,95%). As mulheres em idade
economicamente ativa são maioria, principalmente, na faixa entre 30 e 39 anos.
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314 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Fonte: CONDEPE/FIDEM
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315 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Fonte: IBGE
Mais de 1 1/2 a 2 SM
Mais de 10 a 15 SM
Mais de 15 a 20 SM
Mais de 1/2 a 1 SM
Mais de 7 a 10 SM
Mais de 2 a 3 SM
Mais de 3 a 4 SM
Mais de 4 a 5 SM
Mais de 5 a 7 SM
Mais de 20 SM
Até 1/2 SM
Ignorado
Município Total
Escada 9.938 157 1.689 3.701 1.697 1.207 398 227 166 50 30 8 12 596
Total % 100,00 1,58 17,00 37,24 17,08 12,15 4,00 2,28 1,67 0,50 0,30 0,08 0,12 6,00
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
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TÍTULO: LOCALIDADE:
A maior parcela dos trabalhadores formais na AID está concentrada na atividade industrial.
Merece destaque a significativa diminuição do número de empregados formais na agropecuária,
resultado do declínio do setor sucroalcooleiro.
Apesar da queda entre os anos de 2012 e 2013, a administração pública exerce papel importante
na economia local, absorvendo 21,80% dos trabalhadores formais.
O crescimento de empregados na construção civil, provavelmente, é fruto da ampliação ou
implantação de indústrias no município. É possível que parte dos trabalhadores da agropecuária
tenham encontrado algum tipo de ocupação no setor da construção civil.
55,82% dos empregados formais recebiam até 1 ½ salário mínimo, esse fato pode ser atribuído a
baixa qualificação profissional da maior parte da população em idade economicamente ativa.
3.8.3.2.4. População atendida por programas sociais federais, estaduais ou municipais - AID.
Segundo o cadastro único do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no ano de
2013, haviam 15.896 famílias beneficiadas por programas sociais na AID.
Beneficio Total
Benefício Básico 9.259
Benefícios Variáveis 13.108
Benefício Variável Jovem - BVJ 2.198
Benefício Variável Nutriz - BVN 35
Benefício Variável Gestante - BVG 97
Benefício de Superação da Extrema Pobreza - BSP 2.483
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
O Benefício Variável é uma ampliação do Programa Bolsa Família que visa aumentar a proteção à
mãe e ao bebê, durante a gestação e nos primeiros meses de vida da criança, além de elevar a
renda familiar em duas fases essenciais: a fase do desenvolvimento intra-uterino e os primeiros
meses de vida da criança são objetivos do Benefício Variável.
Os benefícios adicionados ao Programa Bolsa Família são o Benefício Variável Gestante (BVG)
para famílias com renda mensal de até R$ 140,00 (gestantes com idade de 14 a 44 anos), que
receberão o valor do benefício variável em vigência, 09 parcelas, e o Benefício Variável Nutriz
(BVN) para famílias com renda mensal de R$ 140,00 (crianças entre 0 a 6 meses).
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TÍTULO: LOCALIDADE:
No artigo 34 do novo plano diretor diz que a macrozona é constituída pela Zona Rural, que abriga
as terras destinadas às atividades produtivas e também as Áreas de Proteção Permanente,
definidas pelas normas ambientais estaduais e federais.
A Macrozona Urbana compreende áreas ocupadas e áreas de expansão urbana, onde a
Prefeitura municipal e suas concessionárias operam e devem implantar seus serviços
fundamentais, necessários às atividades urbanas, como construção e manutenção de vias e
praças públicas, coleta de lixo, distribuição d’água, coleta de esgoto, dentre outros. Essa
macrozona é dividida da seguinte forma:
• Zona de Centro e Cultura – ZCC;
• Zona de Urbanização Preferencial – ZUP;
• Zona de Urbanização Restrita – ZUR;
• Zona de Interesse Produtivo – ZIP;
• Zona de Proteção Ambiental – ZPA;
• Zona Especial de Interesse Social – ZEIS;
• Zona de Expansão Urbana – ZEU
Zona de Centro e Cultura – ZCC – Compreende a área urbana onde se iniciou a ocupação da
cidade e que concentra atividades de comércio e serviços, equipamentos urbanos e edificações
de valor histórico, arquitetônico ou cultural, apresentando ocupação consolidada e adensada.
Zona de Urbanização Preferencial – ZUP – Compreende áreas de urbanização consolidada,
predominantemente habitacional, parcelada em padrões compatíveis com norma federal de
parcelamento, que têm potencial de adensamento e que deverão ser qualificadas com
melhoramentos na oferta de infraestrutura.
Zona de Urbanização restrita – ZUR – Contempla as áreas de ocupação já consolidadas, cuja
implantação se deu em áreas sujeitas a riscos e que devem ter a urbanização contida e submetida
a critérios técnicos de segurança.
Zona de Interesse Produtivo – ZIP – Compreende áreas destinadas a abrigar empreendimentos
industriais, de logística ou grandes equipamentos a serem instalados no Município, e sua
localização visa facilitar o transporte e escoamento da produção.
Zona de Proteção Ambiental – ZPA – Compreende as áreas destinadas à conservação do
ambiente natural no entorno, visando assegurar áreas de amenização ambiental, seja por meio do
uso privado sustentável, seja pelo seu potencial de uso público futuro.
Zona Especial de Interesse Social – ZEIS – Compreende as áreas delimitadas e ocupadas por
famílias de baixa renda, com infraestrutura e condições de moradia precárias, visando garantir a
permanência da população no local está assentada e haja possibilidade de urbanização fundiária
ou de produção de habitações de interesse social.
Zona de Expansão Urbana – ZEU – É constituída por áreas propícias para novas ocupações
urbanas em função da proximidade com a área urbanizada dotada de redes de infraestrutura
básica, e em função de condições favoráveis do sítio natural para seu parcelamento urbano.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Segundo poder público local, não existem dados consolidados relacionados as ocupações em
áreas de risco.
Dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA apontam para existência
de 308 famílias beneficiadas em 6 projetos do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA).
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Classificação Total
Entidades sem fins lucrativos, por grupos da classificação das entidades sem fins lucrativos - Outras
instituições privadas sem fins lucrativos. 4 Unidades
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos, por grupos da classificação das fundações
privadas e associações sem fins lucrativos - Habitação. -
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos, por grupos da classificação das fundações
privadas e associações sem fins lucrativos - Saúde. -
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos, por grupos da classificação das fundações
privadas e associações sem fins lucrativos - Cultura e recreação. 1 Unidade
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos, por grupos da classificação das fundações
privadas e associações sem fins lucrativos - Educação e pesquisa. 1 Unidade
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos, por grupos da classificação das fundações
privadas e associações sem fins lucrativos - Assistência social. 1 Unidade
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos, por grupos da classificação das fundações
privadas e associações sem fins lucrativos - Religião. 9 Unidades
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos, por grupos da classificação das fundações
privadas e associações sem fins lucrativos - Associações patronais, profissionais e de produtores
rurais 2 Unidades
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos, por grupos da classificação das fundações
privadas e associações sem fins lucrativos - Meio ambiente e proteção animal -
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos, por grupos da classificação das fundações
privadas e associações sem fins lucrativos - Desenvolvimento e defesa de direitos. 2 Unidades
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos, por grupos da classificação das fundações
privadas e associações sem fins lucrativos - Outras instituições privadas sem fins lucrativos. 1 Unidade
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TÍTULO: LOCALIDADE:
5.000
4.500
4.000
3.500
3.000
(R$ 1.000)
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
2007 2008 2009 2010 2011
Em termos econômicos, o município de Escada vem passando por uma fase de significativo
aumento na participação da indústria na economia local. Por outro lado a agropecuária perde
espaço no cenário econômico local, saindo de 8% (2001), chegando a 2,5%em 2011, enquanto
que a indústria no mesmo período passou de 22%, chegando a 30% em 2010 e 27,4% em 2011.
No âmbito regional, o município de Escada apresenta um desempenho modesto. Representou 8%
de todo PIB da RD da Mata Sul e 0,44% de todo PIB do Estado de Pernambuco no ano de 2011.
Tabela 38 - Número total de domicílios atendidos por abastecimento de água – AID (2010)
Poço (propriedade)
Chuva (outra)
Poço (fora da
Propriedade)
Rio, açude
Carro-pipa
Rede geral
Cisterna
Outro
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321 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Chuva (outra)
Poço (fora da
Propriedade)
(propriedade)
Rio, açude
Carro-pipa
Rede geral
Cisterna
Outro
Poço
(%) Urbana 92,59 2,54 4,20 - 0,00 0,00 0,10 0,57
(%) Rural 7,59 34,54 41,72 - 0,13 0,08 8,01 7,93
Fonte: IBGE
Energia elétrica
Os números apresentados na AID são semelhantes aos apresentados na AII. A maior parcela da
população dispõe de energia elétrica, estando o município de Escada com taxas equivalentes à
média estadual e da RD.
Quadro 64 - Quantidade total e percentual de domicílios atendidos por energia elétrica – AID (2010)
Possuem energia
Possuem (%) Domicílios
Total de elétrica de Não possuem
energia elétrica com energia
Domicílios companhia energia elétrica
de outra Fonte elétrica
distribuidora
Escada 18.124 17.793 245 86 99,5
RD Mata Sul 193.810 189.019 3.603 1.188 99,3
Estado de PE 2.546.872 2.511.191 20.183 15.498 99,4
Fonte: CONDEPE/FIDEM
Esgotamento sanitário
Semelhante ao que foi observado na AII, a AID apresenta maior parcela de seus domicílios
atendidos através do sistema de fossas.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Fossa rudimentar
pluvial
Outro
Vala
Escada 7.456 1.217 312 5.757 1.498 1.173
Total (%) 42,82 6,99 1,79 33,06 8,60 6,74
Fonte: IBGE
Grande parte dos dejetos ainda não recebe tratamento adequado, sendo lançados diretamente no
rio Ipojuca ou nos corpos hídricos que formam sua rede hídrica.
Figura 145 - Precariedade do esgotamento sanitário nas áreas rurais (Engenho Canto escuro)
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323 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Lançado em rio,
terreno baldio
Outro destino
mar ou lago
Jogado em
Queimado
Enterrado
Coletado
Escada 13.859 66 126 1.468 29 2.576
Total (%) 76,47 0,36 0,70 8,10 0,16 14,21
Fonte: IBGE, 2010
Drenagem urbana
O sistema de drenagem faz parte do conjunto de melhoramentos públicos existentes em uma área
urbana. A sua função é captar e dispor racionalmente o escoamento superficial gerado pelas
chuvas, protegendo a infraestrutura existente.
Grande parte do sistema de drenagem na AID encontra-se incompleto ou simplesmente inexistem
nas diversas localidades urbanas da mesma.
Destaca-se a ocorrência de um agravante, devido a sua acidentada topografia e as diversas áreas
de ocupação irregular onde os cuidados individuais são ainda menores, contribuindo para
ocorrência de deslizamentos e inundações.
Os problemas de alagamentos ocorrem inclusive em vias já pavimentadas. Não há projetos
específicos de macro drenagem, sendo apenas executadas obras pontuais geralmente quando da
abertura/pavimentação de alguma via.
Sistema viário
O principal acesso ao município de Escada ocorre através da rodovia federal BR-101, o acesso ao
interior do município é realizado, principalmente, através das rodovias estaduais PE-045, 063 e
078. Vários trechos dessas rodovias apresentam danos decorrentes da movimentação de
caminhões utilizados no transporte da cana de açúcar, os chamados “treminhões”, que a acessam
e saem dela via estradas vicinais sem nenhum requisito de segurança como faixas de
desaceleração ou sinalização adequada.
Nas áreas urbanas o sistema viário da AID é composto de vias coletoras, vias secundárias, vias
locais e vias de pedestres, em sua grande parte já pavimentada, porém, em diversos pontos esse
pavimento apresenta algum tipo de dano.
Transporte
O sistema de transporte no município é formado principalmente por moto táxis e vans, esses
veículos realizam o trajeto entre os bairros e entre as áreas urbanas e rurais.
O sistema ferroviário encontra-se abandonado. O transporte rodoviário ligando Escada a outros
municípios é realizado pela empresa Borborema ligando o município à capital e aos municípios
fronteiriços.
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324 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Comunicação
O município de escada não possui emissoras de televisão local. As emissoras de rádio são
formadas por emissoras comunitárias.
O sistema de telecomunicações da área é majoritariamente operado pela operadora Oi, com
presença de telefonia fixa, principalmente, nas áreas urbanas. A telefonia celular é prestada pelas
operadoras OI, TIM, VIVO e CLARO, porém, o sinal é deficiente, principalmente nas áreas rurais,
da mesma forma, o sinal 3G apresenta abrangência bastante reduzida, tanto no meio urbano
quanto no meio rural.
Não existem jornais locais, apenas algumas publicações de pequena circulação. O Diário Oficial
ocorre em conjunto com outros municípios através da Associação Municipalista de Pernambuco
(AMUPE). Outras notícias são divulgadas por meio do site oficial da prefeitura municipal.
Fazem parte dos Crimes Violentos Letais Intencionais o homicídio doloso e demais crimes
violentos e dolosos que resultem em morte, tais como o roubo seguido de morte (latrocínio),
estupro seguido de morte, lesão corporal dolosa seguida de morte, entre outros. Ainda são
contados os cadáveres encontrados, ossadas e confrontos policiais.
10
Em 100mil habitantes
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Vítimas de CVLI
2011 2012
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Escada 25 24 1 27 21 6
RD Mata sul 297 273 24 290 265 25
Pernambuco 3.507 3.231 276 3.321 3.106 211
Fonte: SDS
Quadro 68 - Vítimas de crime violento letal e intencional, por motivação (2011 – 2012)
2011 2012
Motivação Motivação
Conflito afetivo ou familiar
Conflito na comunidade
Excludente de ilicitude
Excludente de ilicitude
resultante em morte
resultante em morte
Atividade criminal
Atividade criminal
Em investigação
Em investigação
Outra motivação
Outra motivação
Total
Total
Escada 25 7 2 1 0 0 0 15 18 5 6 4 1 0 2 0
Pernambuco 3.507 936 853 290 105 35 37 1.251 2.754 647 555 203 82 34 27 1.206
Fonte: SDS
O
Quadro 67 apresenta um aumento de 18% no número de mulheres vítimas de crimes no município
de Escada, enquanto que nas outras áreas analisadas as taxas mantiveram-se estáveis ou
apresentaram diminuição. Estima-se que os crimes envolvendo mulheres, estejam ligados
principalmente, a violência doméstica. Este cenário aponta que não existem politicas eficientes no
combate a violência contra a mulher no município.
No geral, os crimes ocorridos na AID estão relacionados aos homicídios vinculados a conflitos,
disputas ou situações de intolerância entre vítimas e autores, no âmbito da esfera pública
(comunitária) das relações sociais (vingança pessoal, rixa, discussão entre vizinhos, discussão por
embriaguez, discussão de trânsito, discussão em outras circunstâncias, conflito agrário, político,
religioso, racismo, homofobia).
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326 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Quadro 69 - Vítimas de crime violento letal e intencional, por faixa etária (2011-2012)
2011 2012
Faixas etárias Faixas etárias
13 a 17 anos
18 a 30 anos
31 a 65 anos
13 a 17 anos
18 a 30 anos
31 a 65 anos
Acima de 65
Acima de 65
Até 12 Anos
Até 12 Anos
Ignorada
Ignorada
Idade
Idade
Total
Total
anos
anos
Escada 25 0 4 12 8 0 1 27 0 1 15 11 0 0
RD Mata sul 297 0 25 134 127 8 3 290 0 18 132 128 3 9
Pernambuco 3.507 21 278 1.832 1.279 53 44 3.321 17 283 1.695 1.215 40 71
Fonte: SDS
Destaca-se o aumento percentual no número de vítimas na faixa etária entre 18 e 30 anos na AID,
fato que entre outros fatores pode ser atribuído a ineficiência das políticas públicas.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
11
Local destinado a atividades artístico-culturais e que conta com mais de dois tipos diferentes de equipamentos
culturais em uso.
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328 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Clinica/Centro de Especialidade
A CLIMESC (CLINICA MEDICA DA ESCADA) possui 02 profissionais (01 médico), faz
atendimento ambulatorial e de Serviço Auxiliar Diagnóstico e Terapia (SADT) em convenio
particular ou plano de saúde privado. Não possui leitos. Sua clientela é atendimento de demanda
espontânea e referenciada.
Hospital Geral
A CASA DE SAUDE E MATERNIDADE SANTA CLARA possui 22 profissionais (08 médicos), faz
atendimento ambulatorial (particular ou plano de saúde privado), internação (SUS ou plano de
saúde privado), Serviço Auxiliar Diagnóstico e Terapia (particular ou plano de saúde privado) e
urgência (particular ou plano de saúde privado). Possui 113 leitos, sendo 85 do SUS. Sua clientela
é atendimento de demanda espontânea e referenciada.
O HOSPITAL REGIONAL DR. BENEVOLO WANDERLEY DO AMARAL possui 75 profissionais
(30 médicos), faz atendimento ambulatorial, internação, Serviço Auxiliar Diagnóstico e Terapia e
urgência, todos em convênio com SUS. Possui 51 leitos, todos SUS. Sua clientela é atendimento
de demanda espontânea e referenciada.
Posto de Saúde
O POSTO DE SAÚDE PACS possui 58 profissionais (sem médicos), faz atendimento ambulatorial
em convênio com SUS. Não possui leitos. Sua clientela é atendimento de demanda espontânea.
O POSTO DE SAÚDE USINA BARAO possui 02 profissionais (sem médicos), faz atendimento
ambulatorial em convênio com SUS. Não possui leitos. Sua clientela é atendimento de demanda
espontânea.
A UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA C. S. MÁXIMO ALVES DE SOUZA possui 28 profissionais
(02 médicos), faz atendimento ambulatorial em convênio com SUS. Não possui leitos. Sua
clientela é atendimento de demanda espontânea.
A UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DR JOÃO LINS DE ANDRADE possui 16 profissionais (01
médico), faz atendimento ambulatorial em convênio com SUS. Não possui leitos. Sua clientela é
atendimento de demanda espontânea.
A UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA JESUS CRUCIFICADO possui 15 profissionais (01 médico),
faz atendimento ambulatorial em convênio com SUS. Não possui leitos. Sua clientela é
atendimento de demanda espontânea.
A UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA JESUS MENINO possui 18 profissionais (02 médicos), faz
atendimento ambulatorial em convênio com SUS. Não possui leitos. Sua clientela é atendimento
de demanda espontânea.
A UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA LOURENÇO BRASILIANO possui 16 profissionais (01
médico), faz atendimento ambulatorial em convênio com SUS. Não possui leitos. Sua clientela é
atendimento de demanda espontânea.
A UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA MANGUEIRA possui 13 profissionais (01 médico), faz
atendimento ambulatorial em convênio com SUS. Não possui leitos. Sua clientela é atendimento
de demanda espontânea.
A UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA SÃO FRANCISCO possui 13 profissionais (01 médico), faz
atendimento ambulatorial em convênio com SUS. Não possui leitos. Sua clientela é atendimento
de demanda espontânea.
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA VIA AMBIENTAL, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
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331 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Secretaria de saúde
A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ESCADA possui 29 profissionais, faz atendimento
ambulatorial em convênio com SUS, além da vigilância a saúde (ambiental, sanitária e
epidemiológica). Não possui leitos. Sua clientela é atendimento de demanda espontânea e
referenciada.
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332 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Rede de saúde conta ainda com 144 agentes comunitários de saúde e 10 equipes do saúde da
família.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a demanda de trabalho ainda é maior que a
disponibilidade de recursos humanos, gerando, muitas vezes, um retardo no atendimento.
Para contornar essa situação a administração municipal vem intensificando a prestação de
atenção as famílias mais carentes, além de implantar convênios, parcerias, treinamentos e formar
agentes multiplicadores.
Está previsto que o empreendimento não trará impactos significativos no cenário do atendimento à
saúde da população local. Na fase de construção do empreendimento a quantidade de
trabalhadores envolvidos será variável, dependendo do serviço a ser realizado, enquanto que na
operação do empreendimento estão previstas a abertura de 30 postos de trabalho. Estes postos
de trabalho serão ocupados preferencialmente por moradores locais que já são usuários do
sistema de saúde. Além disso, estão previstos programas de capacitação dos envolvidos na obra.
O município promove ações com o objetivo de promover a atenção primaria e secundaria da
saúde da população, em parceria com a secretaria estadual de saúde e com o governo federal.
Foram identificados os seguintes programas:
− Mais médicos;
− Prevenção e Tratamento de Câncer de Colo e Mama;
− Aqui tem farmácia popular;
− Programa Nacional de Controle de Dengue;
− Programa de Controle da Esquistossomose;
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TÍTULO: LOCALIDADE:
AIDS/HIV
O aumento dos casos de AIDS/HIV ao longo do período analisado aponta para ineficiência dos
programas de conscientização entre a população sexualmente ativa.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Mortalidade Infantil
O Quadro 79 mostra que o Município de Escada apresentou uma redução considerável nas taxas
de mortalidade infantil na última década. O município apresentou desempenho acima da média da
Região de desenvolvimento e do Estado de Pernambuco, porém, apesar da redução significativa
a taxa de mortalidade ainda pode ser considerada alta, desta forma, a implantação de políticas
públicas com o objetivo de melhorias nas condições sanitárias e educacionais, além do
acompanhamento Pré-natal são essenciais para a evolução ainda maior do quadro atual.
Perfil de morbi-mortalidade
Ao analisar os registros, percebe-se que o maior número de óbitos ocorre em homens com idade
acima de 60 anos. No geral o maior número de mortes ocorreu em razão de problemas no sistema
circulatório, seguido por mortes por causas externas.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Atualmente, a Escola oferece cursos técnicos em Agropecuária, Logística e Meio Ambiente, nas
modalidades integral e subsequente, e os cursos técnicos em Segurança do Trabalho e Química
apenas na modalidade subsequente. Além de oferecer esses cursos técnicos, a escola também é
conveniada com instituições de ensino que promovem cursos na modalidade à distância,
oferecendo também os cursos técnicos em Alimentos, Enfermagem, Análises Clínicas, Comércio,
Administração de Empresas e Técnico em Informática. Todos com o objetivo de atender com
qualidade e eficiência a demanda local e regional, dando suporte ao mercado profissional,
inclusive, à AII.
Quadro 88 - Número de Matricula por Modalidade e Etapa de Ensino - Rede Estadual e municipal
Estadual Municipal
Total
Urbana Rural Urbana Rural
EJA - Fundamental - Anos Iniciais - Presencial 0 0 86 453 539
EJA - Fundamental - Anos Iniciais - Semipresencial 0 0 0 0 0
EJA - Fundamental - Anos Finais - Presencial 0 70 178 761 1.009
EJA - Fundamental - Anos Finais - Semipresencial 0 0 0 0 0
EJA - Fundamental de 1 a 8 - Presencial 0 0 0 0 0
EJA - ENSINO MÉDIO 0 106 0 0 106
Fonte: MEC
A maior parte da matriculas realizadas no ano de 2012, encontram-se no meio rural. Destaca-se a
baixa oferta de vagas para o ensino médio.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Grau de escolaridade
Quadro 90 - Evolução da taxa de analfabetismo urbana e rural, população acima dos 15 anos
1991 2000 2010
Urbana 35,60% 39,76% 19,30%
Rural 50,31% 27,04% 31,84%
Fonte: Datasus
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aqueles padres, um oratório no alto da colina ao redor da qual estendia-se o aldeiamento, para
cuja subida executaram uma escala de degraus cavados na argila e que desta circunstância vem
a denominação de Nossa Senhora da Escada dada à Padroeira do Oratório, cuja imagem foi
encontrada pelos índios no leito do rio Ipojuca, apesar de ter ela a inovação de Nossa Senhora da
Apresentação. Em 1757, segundo relata Sebastião Galvão, tendo em vista documentos vários,
observa-se que a Aldeia já era Povoação, aumentando dia a dia a população do povoado, não
apenas de índios, mas de colonos que, para ali acorriam em busca de tamanho de terras tão
férteis.
Além da rica história e da beleza arquitetônica dos velhos engenhos, Escada tem atrativos
naturais como Quedas d`água, nascentes de riachos, bicas, corredeiras e alguns resquícios
da mata atlântica brasileira.
Fonte: http://escadacultural.org/cadastros-realizados/patrimonio/
Casa nº. 51 da Rua da Matriz: Também construída no inicio do Século XX, situa-se próximo a
Igreja Nossa Senhora da Escada.
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Casa nº. 52 da Rua da Matriz: Atualmente a casa foi totalmente restaurada. Sua fachada ainda
tem características do estilo original.
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Casa anexada à Igreja Matriz: Prédio centenário, datado do fim do Século XIX. Sua fachada
mantém a originalidade desde a construção.
Espaço Cultural Museu Cícero Dias: Inaugurado em 19/05/2011, no antigo prédio da Câmara de
Vereadores da cidade, doado a prefeitura, o museu além de receber o nome do pintor escadense
e guardar 22(Vinte e duas) peças, em cópia única de sua obra, doadas pelo Governo de
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Pernambuco, também tem em seu acervo, peças antigas e históricas das famílias escadenses,
oriundas de várias doações de antigos moradores da Cidade. O Espaço se transformou em uma
das principais Fontes de pesquisa sobre a História Cultural de Escada, ainda no mesmo prédio
funciona também o Arquivo Público Municipal.
Área rural
Na Zona Rural se destacam vários engenhos, com suas imponentes Casas Grandes, infelizmente
muitos deles foram destruídos pela ação humana e muitas vezes pela ação institucional, até da
Prefeitura da Cidade, dilapidando o Patrimônio em nome da criação de equipamentos públicos
para ao moradores, nos dias atuais existe uma maior conscientização, inclusive dos próprios
moradores do município em torno da preservação. Destacamos aqui o Engenho Canto Escuro,
pela sua proximidade com o empreendimento, e o Engenho Jundiá pelo valor Histórico, Artístico e
Cultural para o município. Aproveitamos para ressaltar que não haverá nenhum dano ao
Patrimônio Histórico e Cultural Rural de Escada.
Engenho Canto Escuro: Distante cerca de 3 km da zona urbana, e acessível pela BR-101 no
sentido Escada/Ribeirão. O acesso a Casa Grande é feito em calçamento de pedras com flores
silvestres em suas laterais, a casa foi construída em terreno inclinado no fim do Século XIX para o
início do sec. XX. Classificada como chalé. Com alpendre em “U” com guarda-corpos em ferro e
colunas de madeiras. O telhado em quatro águas, cobre toda casa e alpendres na mesma altura,
na sua porção frontal a casa possui um porão. Recentemente foi construída uma capela ao lado
da Casa, ainda destacam-se uma Barriguda e uma bica natural no seu entorno, além de grande
quantidade de árvores frutíferas.
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12 Fotos: http://wwwescadaresgatandonossahistoria.blogspot.com.br/search?updated‐max=2010‐03‐30T15:22:00‐07:00&max‐results=7&start=42&by‐date=false
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Mais alguns Engenhos que compõe parte do Acervo Cultural Rural de Escada:
− Engenho Beija-Flor: Distante aproximadamente 15 km da sede do município da Escada.
Possui cerca de 85 hectares de terra. Destes, 40 ha estão sendo utilizados para
plantação de cana-de-açúcar;
− Engenho Campestre: O acesso se faz pela entrada da antiga Usina Barão de Suassuna,
edificada no fim do Século XIX e início do Século XX;
− Engenho Conceição: Situado às margens da BR-101 no sentido de Ribeirão, o chalé
também construído no fim do Século XIX;
− Engenho Cutigy: Localizado às margens da BR-101 sul, distante 6,6 km do centro
urbano. A construção da casa é datada de 1823;
− Engenho Frexeiras: Para chegar a este belo engenho, o acesso e feito pela BR-101 Sul,
até o entroncamento com a PE-63;
− Engenho Mussu: Seguindo pela BR-101 sul, sentido a Ribeirão, na PE-63 e a
aproximadamente 2 km à direita;
− Engenho Alegria: Distante 4 km da sede do município, o acesso se dá por estrada vicinal;
− Engenho Limoeiro Velho: Fica aproximadamente à 14 km da sede do município. Seu
acesso se dá pela estrada da Usina Barão;
− Engenho Refresco: Acesso pelo entroncamento da BR-101 sul com a PE-63. Após a
4km, virar à esquerda;
− Engenho Matapiruma: Distante 18km da sede do município. Foi uma das residências do
Barão de Suassuna;
− Engenho Sapucajy: Situa-se a 1,2 km da sede da Vila Operária ou pelo Bairro do Riacho
do Navio. Também pode ser feito pela PE-45, no sentido vitória de Santo Antão.
Fonte: http://recife.blog.arautos.org/2012/11/festa-de-nossa-senhora-da-apresentacao-em-escada-pe/
Um outro evento tradicional da Cidade, é promovido pela Sra. Venezuela Soatmãn a mais de 50
anos, a Festa dos Santos Cosme e Damião, que mistura religião e Sincretismo religioso, já que a
festa é uma celebração com distribuição de doces e confeitos para as crianças. Acontece sempre
no mês de Setembro, dia 27, na Rua Candido Dias, em frente a casa de Dona Venezuela onde se
localiza uma capelinha em homenagem aos Santos Gêmeos.
Figura 157 - Capelinha dos Santos Cosme e Damião e Residência da Sra Venezuela Soatmãn
O Empreendimento localiza-se em terreno na PE-051, onde não foi identificado nenhum vestígio
de achados arqueológicos, o terreno também não tem vestígio de nenhuma atividade produtiva
recente, moradores próximos relatam que o terreno é improdutivo para a cana de açúcar, principal
cultura local. Não foi encontrada nenhuma construção, quer seja recente, que sejam ruínas,
conforme registro fotográfico. Assim sendo, constatamos que as obras não envolvem riscos com
relação ao patrimônio cultural, histórico e arqueológico.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
ESCADA/ PE
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
Parâmetros de Referência
No cumprimento da normativa pertinente, neste caso a pela Instrução Normativa Nº 005 de 25
de fevereiro de 2006, do CPRH/PE, foi utilizado como parâmetro nesse estudo. O Quadro 95
apresenta aos resultados obtidos com as sondagens e leitura In loco de COV, nas profundidades
de 0.50m, 1.00 m e 1,50m.
Coordenadas Coordenadas
Nº Ponto Nº Ponto
Latitude Longitude Latitude Longitude
PS1 8°23' 27,1019'' 35°14' 35,8080'' PS74 8° 23' 14,9160'' 35°14'35,4839''
PS2 8°23' 27,1019'' 35°14' 35,8019'' PS75 8° 23' 14,9639'' 35°14'35,5500''
PS3 8°23' 28,6620'' 35°14' 34,9619'' PS76 8° 23' 15,1140'' 35°14'34,1520''
PS4 8°23' 28,6440'' 35°14' 34,7459'' PS77 8° 23' 18,8280'' 35°14'34,8120''
PS5 8°23’ 28,7160'' 35°14' 34,7939'' PS78 8° 23' 18,9840'' 35°14'34,3599''
PS6 8°23' 28,7099'' 35°14' 34,8059'' PS79 8° 23' 20,3979'' 35°14'34,4999''
PS7 8°23'' 29,0400'' 35°14' 34,4579'' PS80 8° 23' 20,3940'' 35°14'34,5299''
PS8 8°23'28,7580'' 35°14' 34,5840'' PS81 8° 23' 21,8820'' 35°14'37,3920''
PS9 8°23' 28,7340'' 35°14' 34,0500'' PS82 8° 23' 08,2860'' 35°14'23,1182''
PS10 8°23' 28,0020'' 35°14' 34,2060'' PS83 8° 23' 08,2860'' 35°14'23,1180''
PS11 8°23' 28,0200'' 35°14' 34,2119'' PS84 8° 23' 08,7799'' 35°14'23,5080''
PS12 8°23' 28,2000'' 35°14' 35,0399'' PS85 8° 23' 08,5139'' 35°14'23,2259''
PS13 8°23' 26,9999'' 35°14' 35,3999'' PS86 8°23' 17,1059'' 35°14'19,4759''
PS14 8°23' 26,6460'' 35°14' 35,8619'' PS87 8° 23' 14,0760'' 35°14'18,9719''
PS15 8°23' 26,8620'' 35°14' 35,2959'' PS88 8° 23' 17,0760'' 35°14'18,9717'
PS16 8°23' 27,1440'' 35°14' 34,1340'' PS89 8° 23' 18,8760'' 35°14'16,0080''
PS17 8°23' 27,2160'' 35°14' 34,2199'' PS90 8° 23' 18,6999'' 35°14'15,6959''
PS18 8°23' 27,7439'' 35°14' 33,7859'' PS91 8° 23' 18,9300'' 35°14'17,2140''
PS19 8°23' 28,2479'' 35°14' 34,0200'' PS92 8° 23' 19,2180'' 35°14'18,3300''
PS20 8°23' 28,9439'' 35°14' 33,6659'' PS93 8° 23' 18,8879'' 35°14'18,5760''
PS21 8°23' 28,3739'' 35°14' 32,1539'' PS94 8° 23' 21,1080'' 35°14'18,1560''
PS22 8°23' 28,3919'' 35°14' 32,1900'' PS95 8°23' 19,1000'' 35°14'17,3819'
PS23 8°23'27,6179'' 35°14' 32,7360'' PS96 8°23' 19,1640'' 35°14'17,4780''
PS24 8°23' 27,7079'' 35°14' 32,6159'' PS97 8°23' 19,5659'' 35°14'15,2820''
PS25 8°23' 27,0839'' 35°14' 32,9100'' PS98 8°23' 20,7659'' 35°14'15,3840''
PS26 8°23' 26,6339'' 35°14' 33,1079'' PS99 8°23' 21,0600'' 35°14'15,0059''
PS27 8°23' 25,9380'' 35° 14'33,1079'' PS100 8°23'15,9599'' 35°14'26,1180''
PS28 8°23' 24,9900'' 35°14' 37,0259'' PS101 8°23' 12,1680'' 35°14'17,0939''
PS29 8°23' 25,1100'' 35°14'' 37,1159'' PS102 8°23' 12,1320'' 35°14'17,0880''
PS30 8° 23' 24,8519'' 35°14' 35,4539'' PS103 8°23' 14,0900'' 35°14'16,9560''
PS31 8 23' 24,9180'' 35°14' 35,4480'' PS104 8°23''12,2099'' 35°14'16,9740''
PS32 8° 23' 25,5540'' 35°14' 35,1199'' PS105 8°23' 12,2099'' 35°14'16,9740''
PS33 8° 23' 25,5359'' 35°14' 35,0760'' PS106 8°23' 12,2220'' 35°14'17,0040''
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ESCADA/ PE
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
Coordenadas Coordenadas
Nº Ponto Nº Ponto
Latitude Longitude Latitude Longitude
PS34 8° 23' 25,8539'' 35°14' 34,8359'' PS107 8°23'12,0299'' 35°14' 17,0700''
PS35 8° 23' 26,0999'' 35°14' 34,9020'' PS108 8° 23' 12,0598 35°14' 17,1228''
PS36 8° 23' 25,5659'' 35°14' 33,3600'' PS109 8°23' 14,0900'' 35°14' 26,1180''
PS37 8° 23' 25,4579'' 32°14' 33,3600'' PS110 8°22' 52,2360'' 35°14' 44,5679''
PS38 8° 23' 24,8460'' 35°14' 33,4679'' PS111 8°22' 52,2540'' 35°14' 44,5679''
PS39 8° 23' 24,8280'' 35°14' 33,4919'' PS112 8°22' 47,5599'' 35°14' 47,5559''
PS40 8° 23' 24,1440'' 35°14' 33,5099'' PS113 8°22' 42,5898'' 35°14' 48,9958''
PS41 8° 23' 24,1320'' 35°14' 3,4679'' PS114 8°23' 25,0618'' 35°14' 32,2459''
PS42 8° 23' 25,0619'' 35°14' 32,2259'' PS115 8°23' 25,0619'' 35°14' 32,2149''
PS43 8° 23' 25,0619'' 35°14' 32,2140'' PS116 8°23' 25,6819'' 35°14' 31,9240''
PS44 8° 23' 25,6919'' 35°14' 31,9740'' PS117 8°23' 27,1240'' 35°14' 35,7139''
PS45 8° 23' 25,6620'' 35°14' 32,0099'' PS118 8°23' 12,2109'' 35°14' 17,0005''
PS46 8° 23' 26,9880'' 35°14' 31,5599'' PC 01 8° 23' 25,1100'' 35° 14'' 37,1159''
PS47 8° 23' 26,9885'' 35°14' 31,5628'' PC 02 8° 23' 25,6620'' 35° 14' 32,0099''
PS48 8° 23' 27,0119'' 35°14'31,6680'' PC 03 8° 23' 18,9300'' 35° 14' 17,2140''
PS49 8° 23' 27,6660 35°14'31,5359'' PC 04 8° 23' 24,4320'' 35° 14' 37,3200''
PS50 8° 23' 27,6779'' 35°14'31,5359'' PC 05 8° 23''12,2099'' 35° 14' 16,9740''
PS51 8° 23' 26,3940'' 35°14'30,4860'' PC 06 8° 23' 19,8839'' 35° 14' 29,2500''
PS52 8° 23' 26,3760'' 35°14'30,4860'' PC 07 8° 23' 20,3940'' 35° 14' 34,5299''
PS53 8° 23' 16,0620'' 35°14'25,5179'' PC 08 8° 23' 12,2109'' 35° 14' 17,0005''
PS54 8° 23' 20,0879'' 35°14'29,3819'' PC 09 8° 23' 08,5139'' 35° 14' 23,2259''
PS55 8° 23' 19,8839'' 35°14'29,2500'' PC 10 8° 23' 19,8839'' 35° 14' 29,2689''
PS56 8° 23' 13,5360'' 35°14'29,9640'' PC 11 8° 23' 12,2459'' 35° 14' 17,0005''
PS57 8° 22' 46,4219'' 35°14'36,3359''
PS58 8° 22' 46,2239'' 35°14'36,5219''
PS59 8° 22' 48,9660'' 35°14'39,7559''
PS60 8° 22' 48,9540'' 35°14'39,7379''
PS61 8° 22' 48,8974'' 35°14'39,5987''
PS62 8° 23' 24,2880'' 35°14'37,5059''
PS63 8° 23' 24,4320'' 35°14'37,3200''
PS64 8° 23' 23,2020'' 35°14'37,6499''
PS65 8° 23' 23,2020'' 35°14'37,6599''
PS66 8° 23' 23,2020'' 35°14'37,6696''
PS67 8° 23' 19,5240'' 35°14'39,8279''
PS68 8° 23' 15,9480'' 35°1441,4360''
PS69 8° 23' 13,5900'' 35°14'40,0800''
PS70 8° 23' 13,5420'' 35°14'40,1279''
PS71 8° 23' 13,5479'' 35°14'40,1640''
PS72 8° 23' 13,5720'' 35°14'40,0800''
PS73 8° 23' 13,6019'' 35°14'40,0920''
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Tabela 43 - Parâmetros de referência para qualidade do solo e água subterrânea no Estado de São Paulo
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Como mostra o Quadro 96, as concentrações de metais pesados, nas amostras de água, e no
Quadro 97 de solo analisadas, encontram-se dentro dos parâmetros de qualidade do solo,
estabelecidos pelo CPRH/PE, alertando para o alumínio e o ferro.
Os serviços realizados permitiram as seguintes considerações finais:
As medições de concentrações de volátil orgânico carbono nas perfurações de 0,5 m ,1,0 m e
150m, não ultrapassou acima de 500 ppm³, superiores aos valores de referência estipulados pela
Instrução Normativa nº 005/2006 (CPRH/PE) e não foram encontradas concentrações de metais
pesados a nível de intervenção nas amostras de solo e água, superiores aos valores de referência
estipulados pela Instrução Normativa nº 005/2006 (CPRH/PE).
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* Padrões de potabilidade de substancias químicas que representam risco à saúde definidos na Portaria nº 518/2004 do
Ministério da Saúde (Tabela 3).
Fonte: RESOLUÇÃO CONAMA Nº 420/2009
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Tendo como base o artigo mencionado acima, pode-se concluir que o fato de inserir uma atividade
modificadora do meio ambiente é motivo suficiente para a realização de estudos minuciosos dos
possíveis impactos ambientais que a mesma poderá causar. Contudo, a aprovação ou reprovação
referente à implantação da CTVA é de responsabilidade do órgão ambiental competente, neste
caso, CPRH.
Porém vale ressaltar que a implantação de qualquer empreendimento de pequeno, médio e/ou
grande porte favorece tanto no surgimento de impactos positivo quanto negativos que devem ser
mitigados. Os impactos ambientais decorrente da implantação do empreendimento serão listados
na Matriz de Impactos.
A Metodologia adotada para a Avaliação dos Impactos foi baseada na Matriz de Leopold
(LEOPOLD et al, 1971 apud SUREHMA/GTZ,1992), da qual se fez uma adaptação para melhor
interação com a realidade do empreendimento em questão. Foram sistematizadas as
características do empreendimento a ser implantado e os dados obtidos a partir dos estudos
realizados para os meios físico, biótico e socioeconômico.
Os impactos foram caracterizados de acordo com os seguintes atributos: Efeito, Direcionalidade,
Natureza, Periodicidade, Temporalidade, Abrangência, Reversibilidade, Probabilidade de
ocorrência, Magnitude e Importância.
Efeito (E)
Indica quando o impacto tem efeitos benéficos/positivos (POS), ou adversos/negativos (NEG)
sobre o meio ambiente ou neutro quando não altera nada:
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Direcionalidade (D)
Caracteriza o impacto quanto ao componente do meio que recebe o efeito, podendo ser: meio
físico (MF), meio biótico (MB) e meio socioeconômico (MS).
Natureza (N)
Os impactos diretos são aqueles claramente associados à instalação e operação do
empreendimento, como por exemplo, a remoção da cobertura vegetal na área do
empreendimento. Neste caso, se não houvesse o empreendimento, este impacto não ocorreria,
portanto, ele é consequência direta da instalação do empreendimento.
Os impactos indiretos são aqueles que não são exclusivamente relacionados ao
empreendimento, mas que podem ser intensificados por ele ou por terceiros associados ao
empreendimento, como por exemplo, o aumento do nível de ruído gerado por veículos de carga
que acessam o empreendimento.
Neste caso, já há ruído decorrente do fluxo de veículos de carga na rodovia, portanto, o impacto
não foi gerado exclusivamente pelo empreendimento, mas a sua instalação/operação deverá
ampliar o tráfego de veículos de carga nas vias próximas, que tende a aumentar o nível de ruído
no ambiente.
são aqueles claramente associados à instalação e são aqueles que não são exclusivamente
operação do empreendimento relacionados ao empreendimento
Periodicidade (P)
Diz respeito a frequência esperada de ocorrência do impacto nas fases de planejamento,
instalação e operação.
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Temporalidade (T)
Os impactos podem ser imediatos, curto prazo, médio prazo ou de longo prazo. Este prazo refere-
se ao tempo decorrido entre a instalação/operação do empreendimento e a ocorrência do referido
impacto:
Imediato (I) Curto Prazo (CP) Médio Prazo (MP) Longo Prazo (LP)
Abrangência (A)
Indica os impactos cujos efeitos se fazem sentir em um ponto exato, num determinado local ou se
esses efeitos atingem uma escala regional, podendo afetar áreas geográficas mais abrangentes.
O impacto tem efeito O impacto tem efeito O impacto tem efeito O impacto tem efeito
apenas na ADA apenas na AID apenas na AII além da AII
Reversibilidade (R )
Classificam os impactos, segundo aqueles que, depois de manifestados seus efeitos, são
irreversíveis ou reversíveis. Permite identificar que impactos poderão ser integralmente evitados
ou poderão apenas ser mitigados ou compensados.
Irreversíveis (IRR) Reversíveis (REV)
Quando é possível reverter à situação causada
Quando NÃO é possível reverter à situação
pelo impacto negativo num período de tempo curto.
causada pelo impacto. Os impactos negativos
Os impactos negativos reversíveis poderão ser
irreversíveis serão compensados
evitados ou mitigados
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Magnitude (M)
Este aspecto, na metodologia utilizada, considera a intensidade a qual o impacto pode se
manifestar, isto é, a intensidade com que as características ambientais podem ser alteradas,
adotando-se uma escala nominal que pode ser alta, média ou baixa.
Alta Média Baixa
Quando altera o
Quando altera o
Quando altera o ambiente sem
ambiente de forma
ambiente completamente distanciar do modo
intermediária
inicial
Importância (I)
Indica a importância do impacto em relação a todos os outros critérios avaliados.
Baixa Moderada Alta
Intensidade não significativa, Intensidade da interferência
Intensidade da interferência
não implica em alteração das que acarreta perda
com dimensões
características do considerável de qualidade do
recuperáveis.
meio. meio.
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• Ruptura de taludes
O risco de ruptura de taludes durante a obra está inteiramente relacionado a falhas de projeto e/
ou procedimentos executivos.
Além das características geotécnicas do solo (resistência, permeabilidade, composição
mineralógica, etc), a estabilidade de taludes é diretamente influenciada pelo grau de saturação e
pela geração de pressão neutra em seus vazios. Portanto, um dos principais agentes envolvidos
na ocorrência de acidentes geotécnicos desta natureza é a ocorrência de chuvas.
A ruptura dos taludes durante sua execução pode ocasionar graves acidentes de trabalho, pois
neste período, há uma grande quantidade de funcionários circulando no local. Após o início da
operação das células, a ruptura dos taludes tem como principal consequência à contaminação do
meio.
A previsão de comportamento dos taludes deve considerar as propriedades do solo e do terreno e
o projeto executivo deve prever medidas de proteção, provisórias e permanentes, a fim de garantir
a estabilidade dos mesmos.
Este impacto possui efeito negativo, direcionado para o meio físico, de natureza direta,
permanente, imediato, com abrangência regional, reversível, com probabilidade de ocorrência
remota, magnitude alta e alta importância.
• Contaminação do solo
O risco de contaminação do subsolo existe a partir do início das atividades de implantação da
CTVA e se estende mesmo após o encerramento do empreendimento.
As propriedades físicas do solo (textura, estrutura, densidade, porosidade, permeabilidade, fluxo
de água, ar e temperatura) são responsáveis pelos mecanismos de atenuação física de poluentes,
como filtração e lixiviação, possibilitando ainda condições para que os processos de atenuação
química e biológica possam ocorrer. Entretanto, o risco de contaminação se agrava quando o
contaminante entra em contato com as águas subterrâneas.
No período de implantação do empreendimento, diversas atividades podem gerar resíduos e estes
podem de alguma forma contaminar o solo.
No momento em que um contaminante ou poluente atinge a superfície do solo, ele pode ser
arrastado pelo vento, transportado pelas águas do escoamento superficial, ou lixiviado pelas
águas de infiltração, passando para as camadas inferiores e atingindo as águas subterrâneas.
Uma vez incorporado às águas subterrâneas, esse poluente será então carreado para outros
locais, através do fluxo dessas águas.
Embora o projeto das células de depósitos de resíduos intencione evitar a contaminação, através
de um minucioso sistema de proteção e impermeabilização, o empreendimento representa um
risco de contaminação do solo que não havia na área.
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Durante a operação do empreendimento, este impacto poderá ocorrer por falhas no sistema de
impermeabilização das células, ou por deficiências nos sistemas de drenagem das águas
superficiais e subterrâneas e das águas utilizadas na limpeza das unidades de triagem e recepção
de resíduos. Após o encerramento das células, o risco de contaminação continua, portanto é
imprescindível que se mantenha operante um sistema de monitoramento.
Outra ocorrência que pode ocasionar a contaminação imediata dos solos é a ruptura dos taludes
de resíduos que formam a porção positiva do aterro. Estes taludes, conformados na fase de
operação devem ser protegidos e monitorados mesmo após o encerramento do empreendimento,
a fim de evitar a ocorrência de rupturas e consequente exposição dos resíduos.
Este impacto possui efeito negativo, direcionado para o meio físico, de natureza direta,
permanente, de longo prazo, com abrangência local, irreversível, com probabilidade de ocorrência
remota, magnitude alta e alta importância.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
A formação deste líquido resulta da decomposição dos resíduos dispostos. A sua composição
físico-química é extremamente variável dependendo de diversos fatores, dentre os quais as
condições pluviométricas locais, tempo de exposição e as características dos resíduos dispostos.
O projeto prevê medidas técnicas de controle da geração do processo de geração de percolados,
como através da interceptação da precipitação pela cobertura das células com telhados móveis,
sistema de drenagem superficial no entorno das células, além da captação e tratamento dos
percolados que são gerados exclusivamente pela massa de resíduos.
O principal risco, portanto, recai sobre a ocorrência de uma possível falha num sistema de
drenagem ou em uma estrutura do aterro de resíduos industriais perigosos, podendo provocar
uma contaminação do solo e, assim, alcançar os mananciais hídricos superficiais através do seu
transporte advectivo-difusivo na água subterrânea.
Se houver um vazamento, o impacto seria mais perceptível localmente, mas, por se tratar de
contaminação de curso d’água, seu impacto se estenderia em diferentes graus de intensidade ao
longo d o trecho a jusante do rio Ipojuca. Um possível evento desta natureza pode comprometer
toda qualidade ambiental da região.
A contaminação da água subterrânea poderá ocorrer, principalmente, durante a fase de operação
do empreendimento pela infiltração do percolado no solo atingindo as águas subterrâneas, por
conta de possíveis falhas nos componentes que promovem a impermeabilização das células.
A dispersão do percolado no solo e águas subterrâneas dependerá não somente do padrão do
fluxo subterrâneo, mas inclusive das propriedades físico-químicas do contaminante. Usualmente,
a dispersão de um determinado poluente no solo e água subterrânea assume a forma de uma
pluma gaussiana de contaminantes, apresentando maiores gradientes de concentração próximo
da Fonte poluidora e extensão predominante na direção do fluxo subterrâneo.
Por conta da reduzida velocidade do fluxo, os processos difusivos e dispersivos – este último
resultante principalmente da tortuosidade do meio – são preponderantes no transporte das
substâncias dissolvidas.
Em relação à situação do empreendimento em análise, a geração de percolados é bastante
minimizada não somente pela utilização de coberturas metálicas, mas inclusive pelas
características físico-químicas dos resíduos depositados. Atributos estes tendem a minimizar
numa grande magnitude as origens dos impactos sobre a água subterrânea e solo. Além disso,
outros dispositivos contribuem para a minimização deste impacto, tais como: impermeabilização
das células e bombeamento periódico dos percolados para tratamento adequado.
Há ainda situações emergenciais que podem ocasionar a contaminação dos solos, e por
consequência, das águas subterrâneas, dentre as quais se destaca a possibilidade de ruptura dos
taludes de resíduos que formam a porção positiva do aterro. Estes taludes, conformados na fase
de operação devem ser protegidos e monitorados mesmo após o encerramento do
empreendimento, a fim de evitar a ocorrência de rupturas e consequente exposição dos resíduos.
Este impacto possui efeito negativo, direcionado para o meio físico, de natureza direta,
permanente, a curto prazo, com abrangência regional e global, irreversível, com probabilidade de
ocorrência remota, magnitude média e importância alta.
circulação de veículos, com destaque, na fase de operação, para os caminhões que farão o
transporte dos resíduos.
Este é um impacto negativo, que inicia na fase de planejamento do empreendimento e tende a se
consolidar na fase de operação.
Este impacto possui efeito negativo, direcionado para o meio físico, de natureza direta, cíclico,
imediato, com abrangência local, reversível, com probabilidade de ocorrência provável, magnitude
média e importância moderada.
• Poeira
A implantação e operação da CTVA, embora não provoque mudanças no padrão de circulação
dos ventos, deverá gerar impactos sobre a qualidade do ar.
Na fase de implantação, estão previstas diversas atividades que geram emissão de material
particulado ou emissões de gases. A emissão de material particulado tende a ser mais intensa na
atividade de movimentação de terra (escavações, aterros e terraplenagem) enquanto que o
aumento na emissão de gases está associado ao conjunto de atividades que necessitam de
circulação de veículos e operação de máquinas e equipamentos diversos.
Na fase de desativação, a alteração da qualidade do ar deverá estar associada apenas à
circulação de veículos e equipamentos necessários ao monitoramento, além da emissão
temporária de particulados gerada pela desmontagem ou demolição das estruturas existentes.
Este impacto possui efeito negativo, direcionado para o meio físico, de natureza direta,
temporário, imediato, com abrangência restrita, reversível, com probabilidade de ocorrência
provável, magnitude média e importância moderada.
• Recomposição da vegetação
No período final da fase de implantação da infraestrutura do empreendimento, está previsto o
plantio de uma cortina vegetal no entorno da CTVA, com o objetivo de proteger as áreas no
entorno do empreendimento de qualquer tipo de poluição atmosférica gerada pelas atividades da
operação da CTVA.
Foi observada a inexistência de mata ciliar nos corpos hídricos situados na ADA. Associada a
implantação da cortina vegetal, prevê-se a recomposição da APP nestes corpos hídricos.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
Este impacto possui efeito positivo, direcionado para o meio biótico, de natureza indireta,
permanente, curto prazo, com abrangência restrita, reversível, com probabilidade de ocorrência
provável, magnitude média e importância alta.
• Alteração da paisagem
A alteração da paisagem, com início na fase de implantação estendendo-se para a fase de
operação do empreendimento, também se refletirá sobre o conforto ambiental. O cercamento da
área, a construção de prédios administrativos (escritório, balança, laboratório, administração,
refeitório/vestiário, viveiro de mudas, etc.) e a implantação das células, causarão interferências na
paisagem. Na fase de desativação do empreendimento procura-se a reconstrução da paisagem,
através da revegetação da área.
Nas visuais de longa distância o empreendimento será enquadrado como componente da
paisagem. As células para disposição de resíduos, as edificações e os equipamentos instalados
na área serão percebidos como um conjunto de novos elementos componentes da nova
paisagem. O aterro será percebido como um novo volume topográfico. Já as edificações serão
percebidas mais distintamente como elementos antrópicos típicos de ocupação industrial/de
serviços.
O processo de operação do aterro também introduzirá um conjunto de ações que se distinguirão
na composição da paisagem, pela sua frequência e característica específicas: movimentação de
terra, tráfego de veículos e pessoas, etc.
Este impacto possui efeito positivo, direcionado para o meio biótico, de natureza direta,
permanente, médio prazo, com abrangência restrita, reversível, com probabilidade de ocorrência
certa, magnitude alta e importância alta.
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• Geração de empregos
As oportunidades de trabalho surgirão desde a fase de planejamento, através da contratação de
profissionais para a elaboração dos projetos, elaboração dos diagnósticos ambientais, além de
todo pessoal menos especializado, composto, principalmente por moradores locais, para
atividades de apoio em determinados serviços.
Na fase de implantação será necessária uma grande quantidade de mão de obra para os serviços
da construção civil necessários para implantação da infraestrutura proposta.
Já para o período de operação, projeta-se uma mão de obra entorno de 30 funcionários para os
serviços administrativos e operacionais. No período de desativação do empreendimento, haverá
necessidade de contratação de postos temporários desmontagem e/ou demolições das
edificações que compõem a infraestrutura da CTVA. Ainda nesta fase, devido a implantação do
monitoramento geotécnico e ambiental, provavelmente serão oferecidas vagas de empregos,
porem, em menor número quando comparadas com as fases anteriores.
Este impacto possui efeito positivo, direcionado para o meio socioeconômico, de natureza direta,
cíclico, imediato, com abrangência global, reversível, com probabilidade de ocorrência certa,
magnitude média e importância alta.
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• Desemprego
Ao final de todas as fases haverá a extinção de postos de trabalho, podendo ser de maior ou
menor significância, conforme atividades envolvidas nos serviços.
Este impacto possui efeito negativo, direcionado para o meio socioeconômico, de natureza direta,
temporário, imediato, com abrangência local, reversível, com probabilidade de ocorrência certa,
magnitude média e importância moderada.
Com relação às Fases do Empreendimento que serão analisadas para efeito de avaliação dos
impactos foram estudadas as seguintes fases: Fase de Planejamento, Implantação, Operação e
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Desativação. Cada uma dessas fases que serão contempladas na matriz de impactos apresentam
atividades que serão desenvolvidas e causadoras de impactos na região ora estudada e merecem
atenção especial.
- Implantação de sinalização;
- Etapa de desmobilização da mão-de-obra;
- Desmontagem do canteiro de obras.
Matriz de Impacto
Ambiental
Impactos no Meio
Socioeconômico
Geração de empregos
Divulgação do empreendimento 16 0
Elaboração de projetos 0 21
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Impactos no Meio
Impactos no Meio Físico Impactos no Meio Socioeconômico
Biótico
Geração de empregos
Desemprego
Contratação de serviços terceirizados e de mão-de-obra para as obras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 -13 21
Operação de máquinas e equipamentos -16 -20 -11 -20 -19 -15 -14 0 0 -13 -14 16 -16 15 0 -13 21
Implantação de canteiro de obras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -13 0 0 0 15 0 -13 21
ATIVIDADES: FASE DE IMPLANTAÇÃO
Construção dos acessos externo e interno -16 0 -11 -20 -19 -15 -14 0 0 -13 -14 0 -16 15 0 -13 21
Movimentação de terra (escavação, aterros e terraplenagem) -16 0 -11 -20 -19 -15 -14 -15 0 -13 -14 16 0 0 0 -13 0
Estocagem do solo para reutilização 0 0 -11 -20 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Implantação do sistema de drenagem subsuperficial e do sistema de drenagem de percolados das
0 0 -11 -20 -19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
células do aterro
Implantação do sistema de impermeabilização das células do aterro -16 -20 -11 -20 -19 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 21
Implantação das fundações -16 0 0 0 0 -15 -14 0 0 0 -14 0 0 0 0 0 21
Construção das instalações de apoio (balança, laboratório e administração) -16 0 0 0 0 -15 -14 0 0 0 0 0 0 0 0 -13 21
Construção do pavilhão de triagem e estocagem temporária -16 0 0 0 0 -15 -14 0 0 0 0 0 0 0 0 -13 21
Implantação de instalações elétricas, hidráulicas e mecânicas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -14 0 -16 0 0 -13 21
Implantação da unidade de educação ambiental 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0
Implantação da cortina vegetal e ajardinamento 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 0 16 0 0 0 0 0
Implantação de viveiro de mudas 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 0 0 0 0 0 0 0
Implantação de sinalização 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -14 0 0 0 0 0 0
Etapa de desmobilização da mão-de-obra 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -18 0 0
Desmontagem do canteiro de obras 0 0 0 0 0 0 -14 0 17 0 0 0 0 0 -18 -13 0
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Impactos no
Impactos no Meio Físico Impactos no Meio Socioeconômico
Meio Biótico
Geração de empregos
Contratação de serviços de terceirizados 0 0 0 0 0 0 0 -14 0 0 0 0 19 21
Atividades administrativas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 21
Envio dos residuos para a CTVA 0 -20 0 0 0 0 0 0 20 16 -16 0 19 21
FASE DE OPERAÇÃO
Operação do pavilhão de triagem e estocagem temporária de resíduos (descarga e manuseio) 0 0 0 0 0 -14 0 -14 0 0 0 0 0 21
Operações de descarga de resíduos nas células 0 0 -11 -20 -19 -14 0 -14 20 0 0 0 0 21
Coleta de percolados e lixiviados -16 0 0 -20 -19 0 0 0 20 0 0 0 0 0
Operação do sistema de cobertura das células do aterro 0 0 -11 -20 -19 0 0 0 20 0 0 15 0 21
Fechamento e encerramento das células de disposição final 0 0 -11 -20 -19 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Encaminhamento do percolado para tratamento externo 0 -20 0 -20 -19 0 0 0 20 0 -16 0 0 0
Monitoramento ambiental 0 0 0 0 0 0 17 0 0 16 0 0 0 0
Conservação e manutenção do sistema de cobertura das células 0 0 0 0 0 0 0 0 20 0 0 0 0 0
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Alteração da paisagem
Retração da economia
Geração de empregos
Ruptura taludes
Desemprego
gases
Desmontagem e remoção das estruturas de cobertura móvel 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -18 -16 0
ATIVIDADES: FASE DE
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Medidas de controle são ações que visam a minimização dos impactos negativos necessárias a
implantação de qualquer tipo e porte do empreendimento que será implantado, pois, as ações a
serem tomadas são de suma importância para garantir a qualidade ambiental da área de
abrangência do projeto que será implantado. A instalação da CTVA é algo que deverá ter medidas
de controle eficientes para que as atividades que serão realizadas não contribua com a
degradação da área de abrangência do empreendimento em epígrafe e sim contribua para o
desenvolvimento da localidade.
Após a análise das atividades a serem executadas na área de abrangência da CTVA foram
identificadas algumas alterações das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, portanto todos os impactos gerados independentes de serem positivos ou negativos
revestem-se de especial importância para a região. Neste sentido, torna-se necessária a aplicação
de Medidas de Controle voltadas à manutenção da qualidade ambiental da região, visando o
desenvolvimento sustentável das áreas de influência da Central de Tratamento e Valorização
Ambiental.
As Medidas de Controle aqui propostas tiveram como base o TR- NAIA 04/ 2014 que norteou a
elaboração do EIA juntamente em conjunto com a sensibilidade ambiental da equipe
multidisciplinar envolvida, onde para preenchimento do Quadro 127 foi levado em consideração as
seguintes classificações:
• Natureza:
− Mitigadora Preventiva: Quando a ação resulta na prevenção da ocorrência total ou
parcial do impacto ambiental negativo.
− Mitigadora Corretiva: Quando a ação resulta na correção total ou parcial do impacto
ambiental negativo que já ocorreu.
− Maximizadora: Quando a ação resulta no aumento dos efeitos do impacto ambiental
positivo.
− Compensatória: Quando o impacto é irreversível.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
• Fase do Empreendimento:
− Planejamento (P): Na fase onde se está sendo decido as atividades que irão ser feitas
− Implantação (I): No período onde se está executado as obras
− Operação (O): No período onde estão sendo executadas as atividades previstas
− Desativação (D): No encerramento das atividades
• Prazo de Permanência:
− Curto: de 0 a 10 anos
− Médio: de 11 a 20 anos
− Longo: acima de 20 anos
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Supressão da Vegetação Compensatória X X Meio Biótico Longo Recuperação da Área de Preservação Permanente – APP; e Empreendedor
Implantação de viveiro de mudas.
Afugentamento e Atropelamento da fauna Compensatória X X Meio Biótico Longo Recuperação da Área de Preservação Permanente – APP; e Empreendedor
Implantação de viveiro de mudas.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Impacto sobre a população em função das Meio Elaboração, análise e implementação do Programa de Comunicação Social e do Programa Educação
Mitigadora Preventiva X X Médio Empreendedor
instalações da CTVA Socioeconômico Ambiental.
Meio Elaboração, análise e implementação do Programa de Comunicação Social e do Programa Educação
Interferência na qualidade de vida da população Mitigadora Preventiva X X Médio Empreendedor
Socioeconômico Ambiental.
- Estabelecer caminho preferencial de acesso e retorno ao empreendimento, para evitar a dispersão dos
efeitos do tráfego de cargas, evitando, sempre que possível, o trânsito pelas via secundária;
- Qualificação dos pavimentos e da sinalização das vias a serem utilizadas antes da entrada em operação
Meio do empreendimento; e
Aumento do tráfego nas rodovias Mitigadora Preventiva X X Médio Empreendedor
Socioeconômico
- Monitorar e avaliar o trânsito, pois se a partir da operação da CTVA houver engarrafamentos e for
constatado que esse impacto foi causado devido às atividades da CTVA, deverá ser elaborado e executado
após a aprovação do DNIT (BR-101) e DER-PE (PE-051) o projeto rodoviário que os órgãos jugarem
necessários.
Meio
Dinamização da economia local Maximizadora X X X Longo - Pagamento dos impostos conforme determina a lei. Empreendedor
Socioeconômico
Meio
Geração de emprego Maximizadora X X X Médio - Contratação de profissionais preferencialmente residentes na Cidade de Escada/ PE. Empreendedor
Socioeconômico
- Fornecimento de equipamento de proteção individual;
Meio - Manutenção de máquinas e equipamentos utilizados nas atividades da CTVA;
Acidentes de trabalho Mitigadora Preventiva X X Longo Empreendedor
Socioeconômico - Treinamento a todos os funcionários e pessoal envolvido nas atividades da CTVA;
- Implantação de sinalização.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Também como Medidas de Controle serão implantadas o Sistema de Controle Ambiental (SCA)
que é o conjunto de operações e ferramentas destinadas ao controle dos impactos negativos das
intervenções antrópicas no meio natural, no que diz respeito à disposição de efluentes líquidos,
emissões atmosféricas e resíduos sólidos, objetivando a correção ou redução dos impactos
negativos gerados, pois quando lançados de qualquer forma no meio ambiente contribuem para a
degradação do mesmo.
O SCA do empreendimento será implantado de forma eficiente buscando preservar a natureza e
contribuir para sua restauração. Portanto, no que diz respeito ao gerenciamento dos resíduos
sólidos na área de abrangência da CTVA irá ser alocadas lixeiras para coleta seletiva em locais
estratégicos e predefinidos. Após o recolhimento desses resíduos os mesmos serão destinados
conforme determina a Lei Nº 12.305 de agosto de 2010. Já para o gerenciamento dos efluentes
será projetada e executada fossa séptica e sumidouro, visto que a localidade não é contemplada
por serviços básicos de saneamento, esses dispositivos serão posteriormente limpos pelo sistema
de limpa fossa o qual será executado por empresa licenciada e que disponham de caminhões
certificados no INMETRO. Entretanto no que diz respeito à qualidade do ar está sendo previsto a
cortina vegetal a qual serve como uma barreira detentora dos possíveis odores gerados dentro da
área da CTVA, como também será monitorada periodicamente a qualidade do ar na área de
influência do empreendimento devido o aumento da geração dos materiais particulados.
No fluxograma abaixo pode ser observado como será desenvolvido o Sistema de Controle
Ambiental da CTVA.
relacionados ao meio ambiente. O IDA está divido em dois grupos: Indicador de Desempenho
Ambiental Operacional (IDAO) e Indicador de Desempenho Ambiental Estratégico (IDAE). O
Indicador de Desempenho Ambiental Operacional envolve a avaliação de itens como os requisitos
legais, autos de infração, gestão de resíduos sólidos, gestão de efluentes líquidos, emissões
atmosféricas, ruído ambiental e prevenção de contaminações, dentre outros.
O Indicador de Desempenho Ambiental Estratégico envolve a avaliação de itens como:
Preservação dos cursos de águas e lençóis freáticos, redução da geração de resíduos sólidos,
redução de poluentes atmosféricos.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Objetivo
Os objetivos do Programa de Gestão Ambiental são: Planejar, Fazer, Verificar e Agir a gestão
ambiental na Unidade CTVA, apoiada em ações transversais de sustentabilidade social,
educacional e jurídica embalsada sempre nas ferramentas do ciclo PDCA.
Justificativa
Atualmente se faz necessário que todas as atividades comerciais e industriais incorporem o
componente ambiental na sua estrutura. Assim o Programa de Gestão Ambiental assume esse
papel de planejar e gerenciar as questões ambientais estabelecendo as rotinas e os
procedimentos adequados a cada situação que por ventura ocorram no andamento das
atividades. Desta forma, sua importância é fundamental para um ambiente sustentável que
contempla todas as esferas da sociedade, sendo o interlocutor nos assuntos de interesse
ambiental com a CPRH e demais entidades durante todo processo de implantação do
empreendimento visando reduzir os impactos negativos e buscando otimizar os impactos
positivos.
Metas
− Implementar até o inicio das obras de implantação do empreendimento todos os
programas previstos e elaborados, visando com isso reduzir os impactos negativos e
otimizar os impactos positivos, sempre acompanhando e monitoramento o
desenvolvimentos dos mesmos.
− Redução em 50% a utilização dos recursos naturais; e
− Redução em 50% dos resíduos líquidos e sólidos gerados.
Metodologia
Para a elaboração do Programa de Gestão Ambiental recomendam-se os seguintes aspectos:
− A elaboração do modelo gerencial escolhido de acordo com os objetivos e finalidades do
empreendimento, visando atender os diversos compromissos ambientais.
− O estabelecimento de mecanismos para interação, de forma eficiente, com os atores
sociais e parceiros do empreendimento CTVA;
− A definição de indicadores para a avaliação periódica da eficiência do Programa de
Gestão Ambiental.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Público-alvo
− Trabalhadores envolvidos nas atividades de implantação e operação do empreendimento
em epígrafe;
− População do entorno do empreendimento; e
− Órgãos ambientais competentes.
Cronograma de execução
O programa de gestão ambiental deverá ser instituído logo na fase inicial do empreendimento e
contemplará os diversos cronogramas dos programas ambientais propostos e aprovados para
execução.
Fase do empreendimento
Fase de implantação, operação e desativação do empreendimento.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Apresentação
A Educação Ambiental é o meio pelo qual as pessoas tomam consciência de conservar e proteger
o meio onde vivem, pois elas são os atores principais que deve fazer com que o ambiente esteja
em situação propicia a saúde.
A Educação Ambiental deve assumir uma perspectiva mais abrangente, não se restringindo a um
olhar meramente a proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas nos cuidados que se
deve ter no dia a dia, até mesmo nas ações que julgamos como aquelas que não fazem a
diferença.
O artigo 1º da LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 diz que:
“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.”
Objetivos
- Estimular nos trabalhadores envolvidos diretamente na execução do projeto a
responsabilidade pela proteção e conservação do meio ambiente;
- Contribuir para um aprendizado da comunidade residente na área de abrangência do
projeto, visando conservar e proteger o meio ambiente assim como quebrar os
paradigmas da comunidade do entorno no que diz respeito ao real conceito de um projeto
de aterro industrial;
- Formar multiplicadores de informação nas temáticas ambientais;
- Reciclar os trabalhadores e população do entorno nas temáticas que englobam as
questões ambientais;
- Interagir com a comunidade local fornecendo informações ambientais qualificadas
através de oficinas, palestras e materiais específicos que visam favorecer a construção
de um cenário apropriado ao diálogo e a gestão participativa, resgatando o exercício da
cidadania e proporcionando meios para aquisição de conhecimento na área ambiental.
Justificativas
O Plano de Educação Ambiental é um instrumento de Gestão Ambiental que pode ser entendido
como uma medida preventiva e mitigadora dos impactos advindo com a implantação do
empreendimento em epígrafe, visando à melhoria do processo de gestão ambiental da região ao
fomentar interações entre os diversos atores sociais envolvidos.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Este plano também tem o intuito de aproximar a população do novo empreendimento que está
sendo inserido na comunidade, fazendo com que a população, que é a mais afetada, obtenham
conhecimento das questões ambientais e das atividades a serem realizado no empreendimento.
Este plano também contribuirá para que a população em geral tenha consciência de que esta
interferência é algo que traz impactos positivos para comunidade e a preservação e conservação
é uma obrigação e um direito de todos.
Um Plano de Educação Ambiental desenvolvido nesta localidade contribuirá para a aprendizagem
dos moradores no que diz respeitos à conservação e preservação ambiental do local onde vivem,
além do, mas, despertará nas pessoas uma visão mais critica e consciente em relação ao meio
ambiente. Portanto a realização de ações voltada para a Educação Ambiental local contribuirá
para a formação de multiplicadores ambientais, onde os resultados não só atingirá a área de
abrangência do estudo, como também abrangerá as áreas circunvizinhas.
Metas
- Implantação do Programa de Educação Ambiental na fase de implantação do
empreendimento juntos aos funcionários;
- Implantação do Programa de Educação Ambiental na fase de operação do
empreendimento junto com aos funcionários e comunidade do entorno.
- Aumento do nível de conhecimento dos funcionários e comunidade do entorno nas
temáticas que dizem respeitos ao meio ambiente.
Metodologias
Para a elaboração do presente Programa de Educação Ambiental, buscou-se estabelecer a
compatibilização com a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental e dá outras providências, levando em consideração os impactos identificados
nos Estudos de Impactos Ambientais.
O Programa de Educação Ambiental indica um elenco de ações durante a fase de implantação e
operação do empreendimento e deverão contemplar os grupos descritos no item anterior, através
das seguintes ações:
Produção e divulgação de vinhetas para rádios de ações responsáveis com o Meio 30 inserções /
02
Ambiente. 60 mim
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9 Discriminação da Atividade 1
1.1 Serão realizadas palestras para a apresentação de temas relacionados ao meio ambiente e a
cidadania, ressaltando os objetivos do programa de educação ambiental e a atuação do
empreendimento CTVA como indutor deste processo, visando à sensibilização e a formação de
uma consciência crítica no público-alvo.
1.2 Serão selecionados temas que envolvam a preservação ambiental, uso sustentado dos
ecossistemas, biodiversidade, mata Atlântica, coleta seletiva, dentre outros, de forma tal que
informe e sensibilize as comunidades sobre a preservação do meio ambiente.
1.3 Serão realizadas palestras bimestrais, podendo algumas extras ser adicionadas, em função da
necessidade ou solicitação/interesse da população ou empreendedor.
1.4 Esses eventos serão realizados por profissionais de experiência comprovada e também
competência reconhecida em trabalhos comunitários. Com uma carga horária prevista de 120
horas divididas no período de execução do Projeto.
1.5 Serão realizadas nas associações de moradores e escolas parceiras do Programa.
9 Discriminação da Atividade 2
2.1 Serão elaboradas vinhetas para a veiculação em rádios comunitárias de ações responsáveis
em relação ao meio ambiente, como também da legislação e penas vigentes ao meio ambiente,
funcionando como ferramenta para a Educação ambiental nos veículos de comunicação de
massa.
2.2 Terão duração total de 60 minutos, sendo divididas em 30 inserções de aproximadamente 2
minutos cada e distribuídos nas rádios do município em mídias de Cd prontas para a reprodução.
2.3 Será elaborada pela equipe técnica e produzida em estúdio de reconhecimento no mercado
local de produções.
2.4 Servirá para aproximar o empreendimento CTVA e a população do entorno causando um
impacto positivo na região.
9 Discriminação da Atividade 3
3.1 Serão realizadas oficinas de reciclagem de lixo para a confecção de bonecos de mamulengo,
trabalhando o lúdico e tendo como pano de fundo a orientação para a mudança de hábito em
relação ao consumo e desperdício.
3.2 O público alvo são as crianças das escolas parceiras do Programa.
3.3 As oficinas estão divididas em quatro momentos acontecerão nas escolas e centros
comunitários do entorno do empreendimento CTVA.
3.4 Cada momento comportará uma carga horária de 20 horas semanais distribuídas em cinco
dias totalizando 80 horas.
3.5 Serão ministradas por profissionais de experiência comprovada e em sintonia com a temática
ambiental proposta no Programa.
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9 Discriminação da Atividade 4
4.1 Serão realizadas oficinas de reaproveitamento de móveis e utensílios domésticos nas
associações de moradores do entorno do empreendimento CTVA.
4.2 O público alvo será as Mulheres da comunidade, visando à capacitação para a diminuição de
lixo despejados no meio ambiente e a geração de emprego e renda.
4.3 Acontecerá em dois momentos, no final do primeiro semestre e no final do segundo semestre
do Programa totalizando 40 horas.
4.4 Serão utilizadas técnicas de restauração, de pátina e de colagem.
5.5 Será ministrada por profissional de ampla experiência na área e em sintonia com a temática
ambiental proposta no Programa.
9 Discriminação da Atividade 5
5.1 Servirão de instrumento para a divulgação, a mobilização e a participação popular para as
atividades do Programa.
6.2 Conteúdo: divulgação de práticas orientadas para a educação ambiental ressaltando os
princípios do programa de educação ambiental do estado de Pernambuco e as atividades
prestadas pelo empreendimento CTVA na melhoria da qualidade de vida das populações.
6.3 Este material será elaborado em conjunto com os atores sociais envolvidos nas ações do
Programa e de acordo com a realidade desses grupos sociais, sendo de fácil interpretação para o
alcance de todos os envolvidos e confeccionados por gráfica atuante no mercado.
6.4 Servirão como estratégia de base para a continuidade da temática ambiental na comunidade.
Publico - Alvo
Trabalhadores e comunidade do entorno.
Cronograma de execução
O Programa de Educação Ambiental deverá ser iniciado em conjunto com a implantação do
empreendimento e permanecer ativo até que sejam cumpridas todas as metas ou a critério da
CPRH. Deverá ter um prazo anual com um planejamento adequado aos dozes meses com suas
metas distribuídas ao longo de todo o ano.
Fase do empreendimento
Fase de Implantação e fase de operação.
Apresentação
A execução das obras referente à implantação da CTVA resultarão em impactos ambientais e
sociais, sendo necessária difundir informações sobre o empreendimento, os impactos esperados
com sua implantação e sobre as demais atividades que estarão sendo desenvolvidas, com
transparência constância e compromisso, de modo a construir uma relação de diálogo com todos
os segmentos envolvidos, visando à participação e colaboração durante a implantação do referido
empreendimento e para a manutenção de seus resultados.
A implantação de empreendimento desta magnitude acaba gerando expectativas nas partes
envolvidas, especialmente na população local. Tais expectativas podem suscitar dúvidas e
resistências, principalmente no que diz respeito a alguns aspectos polêmicos por interferirem com
hábitos de circulação e posturas quanto aos cuidados necessários para a preservação da
segurança, da saúde e do meio ambiente.
Baseado nisso, é de suma importância à execução do programa de comunicação social eficaz e
ágil antes do inicio das obras, com capacidade para intermediar as relações entre o
empreendedor, as administrações públicas dos diversos níveis envolvidos, as comunidades
atingidas e/ou beneficiadas, os usuários e a população como um todo.
Objetivos
- Informar a sociedade sobre as características do empreendimento que será implantado;
- Enfatizar a importância estratégica do empreendimento em epígrafe na região;
- Esclarecer a presença de todos os profissionais como: arqueólogos, biólogos, gestores
ambientais, geógrafos, topógrafos, engenheiros e demais profissionais na localidade;
- Esclarecer junto à população local os possíveis transtornos que acontecerão no período de
implantação do mesmo e as medidas mitigadoras a serem tomadas;
- Apresentar os demais programas ambientais e sociais que serão elaborados e executados;
- Informar sobre os procedimentos de segurança a serem adotados no canteiro de obras, e
em seu entorno;
- Estreitar a relação entre o empreendedor e a comunidade local; e
- Informar a população no que diz respeito à prevenção de acidentes na fase de implantação
do empreendimento.
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Justificativas
A implantação da CTVA acarretará diversos impactos sociais, tanto positivos quanto negativos,
sobre a região afetada pelas diversas intervenções previstas e sobre a população residente, com
reflexos que ultrapassam os próprios limites físicos e temporais dos locais e épocas em que se
dão as intervenções.
A implantação de um Programa de Comunicação e Social justifica-se, pela necessidade de
implementação de um sistema de comunicação capaz de intermediar todas as partes interessadas
e envolvidas no processo e, sobretudo pela necessidade de esclarecer à população residente na
região afetada, sobre os aspectos concernentes ao empreendimento, uma vez que a comunidade
local já sofre com o descaso do atual aterro sanitário no local.
Para que o Programa cumpra sua função é necessário instrumentá-lo, no sentido de oportunizar a
identificação da importância de seus papéis neste processo, para que possam contribuir
efetivamente na implantação e gestão socioambiental do Empreendimento em questão, vale
ressaltar que é importante que esse canal de comunicação permaneça aberto durante todas as
etapas do empreendimento - planejamento, construção e operação – e, desta forma, seja possível
estabelecer uma troca de informações eficiente com a população local.
Metas
- Divulgação da implantação do empreendimentos e suas principais atividades antes mesmo
da realização da audiência publica;
- Criação de um canal contínuo entre empreendedor e a comunidade do entorno tendo com
ponto a/ as lideranças comunitárias; e
- Redução dos conflitos entre empreendimento e comunidade do entorno através de
esclarecimentos referente as atividades do empreendimento em epígrafe.
Metodologia
− Primeiramente será identificada a liderança comunitária da localidade para que ela seja
uma ponte entre o empreendedor e a comunidade após ter conhecimento da implantação
do empreendimento e dos benefícios que o mesmo irá proporcionar tanto ao meio
ambiente quanto a comunidade local, visto que na área já tem em funcionamento o aterro
sanitário que opera de forma ainda ineficiente e comunidade é resistente ao mesmo.
− Agendar um local que suporte toda comunidade e tenha espaço suficiente para serem
desenvolvidas as palestras e oficinas com moradores e lideranças comunitárias. A
princípio tem uma igreja evangélica na localidade e uma escola, mas esta está em reforma.
− Criação e elaboração do material de divulgação do empreendimento, a ser distribuído ao
longo da execução do programa assim como distribuição de material explicando a
presença dos inúmeros profissionais na localidade.
− Elaboração de palestra que tenha como foco a apresentação do referido empreendimento
tendo como principal foco os benefícios voltados à comunidade e ao meio ambiente.
− Desenvolver com as crianças que mora na área uma oficina de educação ambiental tendo
como foco a implantação do empreendimento.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Público-Alvo
Os esforços na área de comunicação e responsabilidade social deverão se concentrar sob a
população diretamente afetada, buscando esclarecê-la ao máximo sobre o alcance e o andamento
da fase de construção do empreendimento.
Foram identificados como publico alvo deste programa:
− População residente na Área de Influência Direta próximo ao empreendimento;
− Associação de moradores;
− Governo Estadual, Prefeitura municipal, Secretaria de meio ambiente, câmara de
vereadores, IPHAN.
− Empresas privadas as quais produzem resíduas indústrias Classe I e Classe II.
− Órgãos Não Governamentais; e
− Demais interessados.
Cronograma De Execução
Este programa deverá ser inicializado no momento da elaboração do EIA/ RIMA e finalizado após
a desativação da CTVA sendo revisado anualmente.
Fase do empreendimento
Planejamento, implantação, operação e desativação da CTVA.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Apresentação
A Avaliação de Passivos Ambientais é um instrumento que visa principalmente fornecer uma
avaliação dos potenciais riscos de determinado empreendimento, relacionados a cumprimento da
legislação ambiental vigente naquela data ou a quaisquer obrigações de fazer, de deixar de fazer,
de indenizar, de compensar ou de assumir qualquer outro compromisso de caráter ambiental com
impacto econômico sobre o negócio.
Objetivos
- Monitorar a qualidade das águas e do solos na área do empreendimento; e
- Propor ações que permitam o controle do risco a saúde humana antes, durante e após a
execução da obra.
Justificativas
- Apesar dos resultados das análises desenvolvidas no EIA a partir de dados obtidos em
poços de monitoramento instalado ter sido satisfatórias, apenas a alerta do alumínio e do
ferro, faz-se necessário o monitoramento das concentrações de metais pesados no solo e
na água semestralmente, visto que a futura área do CTVA faz limite com a atual área do
aterro sanitário de escada e será instalado numa área onde foi observo focos de resíduos
incinerados clandestinamente.
- Portanto o processo investigatório auxilia na identificação dos agentes que causaram a
alteração no meio, viabilizando a responsabilização, e ações de mitigação dos impactos.
Metas
- Redução de áreas contaminadas no Município de Escada/ PE;
- Realização da investigação de Passivos Ambientais após as obras de implantação do
referido empreendimento; e
- Realização da investigação de Passivos Ambientais de 2 em 2 anos após na fase de
operação.
Metodologias
Apos a realização das obras de implantação do empreendimento recomenda-se nova avaliação
de passivos ambientais baseadas na mesma metodologia utilizada inicialmente denominado
método ‘soil gás survey’ este modelo constitui se na realização de medidas pontuais da
concentração de compostos orgânicos voláteis ‘COV`, através de uma malha de sondagem
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TÍTULO: LOCALIDADE:
superficial por todo terreno investigado evidenciando assim possíveis Fontes de contaminação,
seus principais focos e determinação da área atingida.
E para a analise do solo deverá ser coletada uma amostra de solo em cada poço aberto no
entorno da área do futuro empreendimento, para determinação analítica dos parâmetros dos
metais pesados, conforme foi realizado no estudo de impacto ambiental.
Público-alvo
Comunidade do entorno, funcionários em geral e órgãos ambientais competentes.
Cronograma de execução
O levantamento dos passivos ambientais e monitoramento dos mesmos deverão ser realizados
após a execução das obras de implantação e após a operação da CTVA de 2 em 2 anos até a sua
desativação.
Fase do empreendimento
Fase de implantação, operação e antes da desativação.
Apresentação
O Plano de Controle Ambiental das Obras – PCAO referente à implantação do empreendimento
em epígrafe deve ser entendido como um conjunto de procedimentos necessários à prevenção
e/ou mitigação/ correção de impactos ambientais adversos e que garantem, portanto, a viabilidade
ambiental do empreendimento. O PCAO não exige que seus executores incorporem tecnologias
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Objetivos
− Definir diretrizes gerais, visando estabelecer a base ambiental para as obras e os serviços
relativos aos grupos de Programas de Supervisão e Controle de Obras e Programas de
Apoio às Obras;
− Definir, conjuntamente com as diversas áreas do empreendimento, os procedimentos e
mecanismos para a coordenação e a articulação adequadas das ações a cargo de cada
um dos agentes intervenientes, nas diversas fases do empreendimento;
− Criar procedimentos e instrumentos técnico-gerenciais para garantir a implementação das
ações propostas no detalhamento dos programas ambientais, durante as obras;
− Definir e implementar procedimentos de acompanhamento e controle das ações
ambientais;
− Estabelecer, conjuntamente com as diversas áreas do empreendimento, procedimentos de
articulação com os diversos segmentos governamentais e sociais afetados pelas obras e a
operação, garantindo um fluxo de informações, o acatamento de sugestões e a resolução
de conflitos;
− Contribuir para que o empreendimento seja inserido no meio ambiente de forma
sustentável; e
− Preservar a saúde dos funcionários e da população do entorno.
Justificativas
O PCAO é essencial para a implantação e operação do empreendimento de forma sustentável,
pois ele visa garantir o andamento das obras, minimizando os prejuízos causados à comunidade
do entorno e ao meio ambiente, controlando os impactos que possam ocorrer durante o período
de execução das mesmas e busca conscientizar os funcionários da importância que este controle
tem na preservação do meio ambiente e preservação da saúde.
Metas
− Redução da poluição ambiental; e
− Redução do índice de doenças relacionadas às atividades desenvolvidas pelos
funcionários.
Metodologia
O PCAO por se tratar de um conjunto de subprogramas necessários à prevenção e/ou mitigação/
correção de impactos ambientais adversos à metodologia e diretrizes a serem utilizadas serão
detalhado no item de cada subprograma.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Irrigação de taludes
Irrigação das áreas gramadas do aterro com a utilização do carro pipa ao menos 1vez ao dia.
Avaliação de trincas
A presença de trincas pode ser normal se for devido a recalque por degradação biológica ou um
indicativo de início de ruptura do maciço de resíduos.
Por esse motivo, as trincas devem ser monitoradas avaliando sua extensão, abertura e formato,
juntamente com as leituras dos marcos superficiais mais próximos para obtenção de uma correta
análise de causa raiz do surgimento das trincas.
As trincas devem ser aterradas para evitar a percolação de águas de chuva.
Sempre que existir o risco de escorregamento de maciço, deve-se comunicar a Gerência Técnica,
isolar e sinalizar a área crítica a fim de evitar incidentes com colaboradores. O responsável da
Brigada de Emergência também deve ser informado para caso necessário mobilizar equipe de
brigadistas capacitados para esse tipo de cenário.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Monitoramento geotécnico
O monitoramento geotécnico tem por objetivo avaliar a estabilidade do aterro, atestando as reais
condições de segurança do maciço de resíduos, garantindo caso necessário, a tomada preventiva
de ações junto ao projeto e as operações do aterro. O aterro possui marcos superficiais instalados
no maciço, utilizados para avaliação do comportamento de recalque e deslocamentos horizontais
nos diversos compartimentos do aterro, bem como piezômetros para que sejam realizadas
medições do nível do chorume e pressão de gás atuante no interior do maciço.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Diretrizes
Este subprograma estabelece como devem ser descartados os resíduos gerados das atividades
operacionais e administrativas.
Todos os resíduos gerados em nossos processos e áreas de apoio serão destinados seguindo os
princípios da Ecoeficiência que visa à reutilização, reuso e reciclagem dos resíduos na ausência
de viabilidade os mesmo serão destinados internamente nossas tecnologias de tratamento e
destinação de resíduos.
Portanto a empresa tende a trabalhar voltada para os seguintes quesitos: não geração, diminuição
da geração e reutilização dos resíduos, atendendo parte da ordem de prioridade estabelecida pelo
o art. 9º da PNRS, e diminuindo assim a quantidade de resíduos destinada dentro da própria
unidade.
Vale ressaltar que esse subprograma não atenderá todos os resíduos provenientes do processo
industrial, pois em alguns casos existem resíduos que se tornam matéria-prima e voltam para a
cadeia produtiva.
Grau de significância
O grau de significância dos resíduos foi determinado da seguinte forma: os resíduos com potencial
para reciclagem ou que não puderem ser destinado dentro da unidade, ou forem de alto impacto
ambiental serão considerados significativos, ou seja, de grau de significância alto; já aqueles que
puderem ter destino em alguma das tecnologias da Unidade, encaminhados para reciclagem ou
puderem ser destinados para o aterro sanitário de Escada serão considerados de baixa
significância.
Abaixo estão listados os resíduos de alto grau de significância:
- Pilhas e baterias;
- Pneus;
- Óleo de Cozinha;
- Lâmpadas;
- Resíduos Recicláveis (Papel, Papelão, Plástico, Metal);
- Embalagens de Óleo Lubrificante
Vale ressaltar que segundo a Lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 - Política Nacional de
Resíduos Sólidos em seu artigo 33, diz que os fornecedores desses tipos de resíduos devem
dispor do sistema de logística reversa.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Recicláveis
Todos os resíduos classificados como recicláveis serão dispostos em lixeiras especificas com a
sinalização estará como RECICLÁVEIS e posteriormente encaminhados para lixeiras de
armazenamento temporário até serem encaminhados para a cooperativa homologada.
Figura 163 - Modelo das lixeiras a serem utilizadas para os materiais recicláveis
Não Recicláveis
Os resíduos Não recicláveis serão dispostos em lixeiras especificas com a sinalização de Não
Recicláveis e destinados no aterro Classe II.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Objetivos
O plano de monitoramento de ruídos e vibrações tem o objetivo de orientar as ações que devem
ser adotadas para minimizar a emissões de ruídos e vibrações decorrentes das atividades de
implantação e operação do empreendimento em epígrafe, reduzindo o máximo os efeitos
negativos sobre os moradores próximos a área de intervenção como dos trabalhadores envolvidos
nas atividades propostas, atendendo a NBR 10.151 e NR-15.
− Controle do nível de ruídos;
− Controle do nível de vibrações;
− Assegurar o conforto da população e das comunidades faunísticas; e
− Atender as legislações vigentes cabíveis.
Justificativas
O programa de monitoramento de ruído e vibrações é de suma importância pelo fato de que ha
vários fatores geradores de ruído e de vibrações nas atividades da construção civil, dando razão
às queixas da comunidade do entorno como também dos trabalhadores envolvidos nas atividades.
O local de intervenção das obras, apesar de não ser urbanizada existem algumas residências,
escola e igreja, portanto devem-se tomar os devidos cuidados para que as ações a serem
realizadas não proporcionem a essa comunidade desconforto e incômodos durante a implantação
do empreendimento em epígrafe. Vale ressaltar que os mesmos deverão ter os mesmos cuidados
na fase de operação do referido empreendimento.
Metas
As principais metas que se pretende alcançar com a implantação deste programa é a redução dos
ruídos e vibrações desde o inicio das obras de implantação até a desativação da CTVA.
Metodologia
A medição de ruído em áreas externas deve atender seguir as seguintes diretrizes:
- Não se deve efetuar a medição quando da existência de interferências audíveis advindas
de fenômenos da natureza (trovão, chuva forte, etc.);
- O microfone deve estar aproximadamente a 1,2 metros do piso e a 2 metros de qualquer
superfície refletora (paredes, muros, equipamentos, etc.);
- O microfone deve estar com o “protetor de vento” original sobre o microfone.
Vale ressaltar que na impossibilidade do atendimento, deve-se constar no laudo os motivos para o
não atendimento a estes requisitos.
O aparelho de medição deve ser operado conforme seu manual de instruções e deve ser
configurado para:
- Apresentar o valor em dB, com ponderação na curva “A”, ou seja, em DB(A).
- Atuar na curva de resposta rápida (fast).
- Realizar tomadas a cada 5 segundos, durante um período mínimo de 5 minutos, caso o
mesmo possua memória interna, se não, deve-se anotar os resultados manualmente.
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- Apresentar o resultado de ruído equivalente, caso tenha esta função. Se não, o mesmo
deve ser calculado conforme previsto na NBR 10.151:2000;
- Antes do início das medições o aparelho deve ser calibrado para conferência da
funcionalidade do equipamento, e logo após o término, a fim de validar os resultados. Para
tanto deve ser utilizado o calibrador acústico interno (se equipado) ou calibrador acústico
externo adequado ao aparelho utilizado.
As ações de monitoramento devem incluir:
- Medição dos níveis de ruído em pontos estratégicos;
- Medição periódica dos níveis sonoros próximos a pontos notáveis como principalmente a
escolas municipais e a igreja, como também em áreas de uso público localizados na área
de influência direta do empreendimento;
- Medições periódicas em locais próximos a BR-101 e PE-051;
- Utilização de medidores de nível sonoro de maneira a obter medidas de Lmax (nível de
ruído máximo), Lmin (nível de ruído mínimo e LAeq (nível equivalente contínuo), que
expressa à média de nível de ruído da amostra, pela manhã, à tarde e ainda uma medição
noturna, através de um julgamento subjetivo;
- Elaborar um banco de dados de informações relativas a emissões sonoras de máquinas e
equipamentos previstos nas obras de implantação e na operação dos projetos previstos,
visando à adoção de medidas mitigadoras, quando necessário;
- O recebimento e avaliação de queixas de moradores e usuários do entorno, medindo
inclusive o nível sonoro dentro de residenciais possivelmente impactados pelo
empreendimento de maneira a verificar a pertinência das reclamações para a aplicação de
medidas de mitigação pontuais que se façam necessárias;
- Realizar medição dos níveis sonoros, sempre que possível, antes e depois da introdução
de medidas de mitigação, a fim de avaliar sua eficácia; e
- Fotografar todos os pontos onde estão sendo realizadas as medições dos níveis sonoros,
para dar ênfase aos relatórios sempre comparando com o que determina a norma, como
também deverão ser coletadas as coordenadas de cada ponto que foi medido.
Medições de vibração
As citadas medições serão feitas preferencialmente na fase de operação
- Manutenção periódica de equipamentos e máquinas;
- Divulgação, através dos meios de comunicação, de números de telefones para que a
população possa registrar eventuais queixas referentes a vibrações incômodas ou danos a
imóveis;
- Em caso de reclamações fundamentadas, o empreendedor deverá implantar as medidas
de controle de vibrações preconizadas e emitir relatório;
- Desenvolver estudos e análises para definição de parâmetros específicos e suas
intensidades limites, visando à preservação de estruturas e conforto humano,
considerando a duração e intensidade dos fenômenos vibratórios;
- Comparar os resultados com os níveis máximos estabelecidos por normas técnicas para
atividades nas proximidades das áreas urbanas;
- Todos os pontos de monitoramento devem ser fotografados; e
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CENTRAL DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO
420 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Público-alvo
Moradores do entrono e os funcionários que estarão envolvidos na execução dos projetos
propostos.
Cronograma de execução
Esse programa terá seu inicio no momento de inicio das obras e será realizado periodicamente
até a desativação do empreendimento.
Fase do empreendimento
Fase de implantação e operação do empreendimento.
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CENTRAL DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO
421 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Objetivo
Definir a sistemática de identificação de necessidades, planejamento e execução de treinamentos
e desenvolvimento de pessoal.
Metodologia
Primeiramente faz-se necessário a realização de um levantamento de necessidades de
treinamentos e desenvolvimento dos colaboradores que poderão ser identificadas através de:
• Mapeamento das Qualificações Técnicas/Gerais (MQTG): onde são identificados e
registrados os gaps, que compreendem carências em conhecimentos
técnicos/operacionais, e qualificações gerais, na contratação do colaborador. Obs.:
Somente será aprovada a contratação/movimentação do colaborador para o qual seja
identificado algum gap se essa carência não colocar em risco a saúde, a segurança, o
meio ambiente e a qualidade do serviço.
Habilidades Comportamentais: compreendem as Ações Formais de treinamentos a partir
da Avaliação de Desempenho, através do PDI.
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CENTRAL DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO
422 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
− Legislação (NR-06);
− Obrigações do empregador conforme NR-06;
− Obrigações do empregado conforme NR-06;
− Utilização correta dos EPIs.
• Trabalho em Altura
Todos os colaboradores receberão informações atualizadas sobre os riscos e as medidas
de controles referentes aos equipamentos de prevenção de quedas existentes nas
unidades antes das atividades.
A Brigada de Emergência deve passar por treinamento de acordo com o programa a seguir:
Módulo Assunto Objetivos da parte teórica Objetivos da parte prática
Conhecer os objetivos gerais do
Objetivos do curso e
Introdução curso e comportamento do -
o brigadista.
brigadista.
Conhecer os aspectos legais
Responsabilidade do
Aspectos legais relacionados à responsabilidade do -
brigadista
brigadista
Combustão, seus Conhecer a combustão, seus
Teoria do fogo elementos e a reação elementos, funções, temperaturas do -
em cadeia fogo e a reação em cadeia.
Condução,
Propagação do Conhecer as formas de propagação
convecção e -
fogo do fogo.
irradiação
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TÍTULO: LOCALIDADE:
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424 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Vale ressaltar que Além deste treinamento, devem ser feitos no mínimo 4 simulados no ano,
envolvendo todos os cenários levantados para a Unidade e todas as pessoas presentes no
momento. Um cronograma contendo os treinamentos e simulados deve ser elaborado e mantido
atualizado. Estes simulados devem ser registrados e assinados por todos envolvidos.
Público-alvo
− Funcionários que estarão envolvidos na execução dos projetos propostos.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Cronograma de execução
Esse programa terá seu inicio no momento de inicio das obras e será realizado periodicamente
até a desativação do empreendimento.
Fase do empreendimento
Fase de implantação e operação do empreendimento.
Objetivo
Determinar as cores que devem ser utilizadas nos locais de trabalho, para Prevenção de
Acidentes, identificando Equipamentos de Segurança e padronizando cores nas áreas internas da
empresa.
Diretrizes
9 Sinalização no canteiro de obras
A sinalização no canteiro de obras deverá seguir as diretrizes da NR 18.27 que diz:
18.27.1 O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de:
a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;
b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;
c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das
máquinas e equipamentos.
e) advertir quanto a risco de queda;
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426 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
qualificação deve ser evidenciado através de certificado de conclusão emitido pela instituição e
cópia deste deverá ser arquivado no prontuário do colaborador.
Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais (empilhadeiras, BobCat, pá-
carregadeiras, escavadeiras, tratores ou assemelhados) devem possuir, afixados em seu painel,
relação com os nomes dos operadores habilitados e treinados para a sua utilização.
Na operação de máquinas e equipamentos com tecnologia diferente daquela que o operador
estava habituado a usar, deve ser feito novo treinamento, de modo a qualificá-lo à utilização dos
mesmos, e ser evidenciado através certificado de conclusão ou lista de presença.
Os operadores de equipamentos de transporte motorizado só poderão dirigir se possuírem cartão
de identificação em lugar visível, contendo:
− Nome completo;
− Fotografia;
− Data do último exame médico.
Vale ressaltar que deverá ser obrigatório, anualmente, a revalidação do cartão através de exame
médico completo.
Para as demais sinalizações os responsáveis pelo CTVA deverá seguir os procedimentos da NBR
7.195 a qual fixa as cores que devem ser usadas para prevenção de acidentes, empregadas para
identificar e advertir contra riscos, conforme descrevemos abaixo.
Vermelho
Deverá ser utilizado para identificar:
− Caixa de Alarme de Incêndio;
− Hidrantes;
− Bombas de Incêndio;
− Sirene de Incêndio;
− Caixas com cobertores para abafar chamas;
− Extintores de Incêndio e sua localização;
− Indicação de Extintores de Incêndio (visível à distância, dentro da área de uso do
Extintor de Incêndio);
− Localização da Mangueira de Incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte,
moldura da caixa ou nicho);
− Baldes de água ou areia, para extinção de incêndio;
− Tubulação, válvula e haste do sistema de aspersão de água;
− Transporte com equipamento de combate a incêndio;
− Portas de Saídas de Emergência;
− Rede de água para incêndio;
− Mangueira de Acetileno (solda oxiacetilênica).
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TÍTULO: LOCALIDADE:
A cor vermelha será usada excepcionalmente para dar sentido de advertência ao perigo:
− Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer
outras obstruções temporárias;
− Em botões interruptores de circuitos elétricos para parada de emergência.
Amarelo
É utilizado para identificar:
− Partes baixas de escadas portáteis;
− Corrimãos, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem riscos;
− Espelho de degraus de escadas;
− Bordos desguarnecidos de abertura no solo (poço, entrada subterrânea, etc.) de
plataformas que não possam ter corrimãos;
− Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente;
− Faixas no piso da entrada de elevadores e plataforma de carregamento;
− Meio-fio, onde haja necessidade de se chamar atenção;
− Paredes de fundo de corredores sem saída;
− Vigas colocadas à baixa altura;
− Cabinas, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.;
− Equipamento de transporte e manipulação de material tais como: empilhadeiras,
tratores industriais, pontes–rolantes, vagonetes, reboques, etc.
− Fundo de letreiros e aviso de advertência;
− Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes da estrutura e equipamento em
que se possa esbarrar;
− Cavalete, porteiras e lanças de cancelas;
− Bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);
− Comandos e equipamentos suspensos que ofereçam riscos;
− Para-choques para veículos de transporte pesado, com listras pretas.
Branco
É utilizado em:
− Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura);
− Direção e circulação, por meio de sinais;
− Localização e coletores de resíduos;
− Localização de bebedouros;
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429 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Preto
O preto deve ser utilizado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta
viscosidade (ex.: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).
O preto poderá ser utilizado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições
especiais o exigirem.
Azul
O azul deve ser utilizado para indicar "Cuidado!", ficando a sua utilização limitada a avisos contra
uso e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviços.
O azul poderá ser utilizado em:
− Barreiras e bandeiras de advertência localizadas nos pontos de comando, de partida,
ou Fontes de energia dos equipamentos;
− Canalização de ar comprimido;
− Prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção;
− Avisos colocados no ponto de arranque ou Fontes de potência.
Verde
É utilizado para identificar:
− Canalização de água;
− Caixas de equipamentos de socorro de urgência;
− Caixas contendo máscaras contra gases;
− Chuveiros de segurança;
− Macas;
− Fontes lavadoras de olhos;
− Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.;
− Portas de entrada de sala de curativos de urgência;
− Localização de EPI; caixas contendo EPI;
− Emblemas de segurança;
− Dispositivos de segurança;
− Mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Cinza
Cinza claro: Será utilizado para identificar canalizações em vácuo.
Cinza escuro: Será utilizado para identificar eletrodutos.
Alumínio
A cor alumínio será utilizada em canalização contendo gases liquefeitos, inflamáveis e
combustíveis de baixa viscosidade (ex. óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.).
Laranja
A cor laranja será utilizada para identificar:
− Canalização contendo ácidos;
− Partes móveis de máquinas e equipamentos;
− Partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas;
− Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
− Faces externas de polias e engrenagens;
− Botões de arranque de segurança;
− Dispositivo de corte, bordas de serras, prensas.
Púrpura
A cor púrpura será utilizada para indicar os perigos provenientes de radiações eletromagnéticas
penetrantes de partículas nucleares.
Deverá ser empregada em:
− Portas abertas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais
radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade;
− Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados;
− Recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamento
contaminados;
− Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações
eletromagnéticas penetrante e partículas nucleares.
Lilás
A cor lilás será utilizada para indicar canalização que contenham álcalis.
Marrom
O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não
identificável pelas demais cores.
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431 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Azul
Produtos sob pressão – Ar comprimido
Segurança
Branco Vapor
Cinza
Eletrodutos
Escuro
Lilás
Álcalis - Lixívias
(Púrpura)
- delimitações de áreas;
- sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de
movimentação de cargas;
- sinalização de impedimento de energização; e
- identificação de equipamento ou circuito impedido.
Público-alvo
− Funcionários e na fase de operação funcionários e visitantes.
Cronograma de execução
Esse programa terá seu inicio no momento de inicio das obras e será realizado periodicamente
até a desativação do empreendimento.
Fase do empreendimento
Fase de implantação e operação do empreendimento.
Objetivo
Assegurar a identificação de Oportunidades de Melhoria em Segurança, Saúde e Meio Ambiente
para os funcionários da CTVA. Desenvolver ações de prevenção de doenças, educação em
saúde, meio ambiente e segurança do trabalho, de forma a atender a todas as normas
regulamentadoras da legislação vigente.
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433 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Justificativa
As ações relacionadas a segurança, meio ambiente e saúde do trabalhador são de suma
importância, pois leva em consideração o atendimento da legislação vigente relacionada a
prevenção de riscos a saúde do trabalhador em especial as NRs - Normas Regulamentadoras
criadas pela Portaria 24 da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – SSST, de 29 de
dezembro de 1994.
Meta
Reduzir o índice de doenças e acidentes relacionadas às atividades desenvolvidas pelos
funcionários nas fases de implantação e de operação do empreendimento em epígrafe.
Diretrizes
O empreendedor deverá elabora o PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, o
PCMSO - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional, os PPP ś – Perfis Profissiográficos
Previdenciário – de cada funcionário, além de outras ações necessárias à execução dos serviços,
a fim de garantir a segurança de seus funcionários, indicando os riscos e medidas preventivas de
cada função e os exames médicos exigidos.
Nenhum funcionário poderá ser admitido sem a apresentação do ASO – Atestado de Saúde
Ocupacional e os exames complementares de acordo com o risco da função. Além dos exames
admissionais, deverá ser exigido os exames periódicos (anuais), os demissionais, de alteração de
função e de retorno ao trabalho – quando o funcionário se afastar por 30 dias ou mais.
O empreendedor fornecerá os equipamentos de proteção individual (EPI’s) e coletivos (EPC ́s)
necessários à realização dos serviços de campo para prevenção de acidentes. Por sua vez, o
funcionário estará obrigado a usar durante todo o expediente de trabalho os EPI ́s que lhe forem
fornecidos, fazendo necessário a comunicação por escrito à sua chefia de forma imediata a perda,
o extravio ou a deterioração do seu EPI.
O empreendedor deverá fornecer reuniões periódicas relativas às medidas de segurança, meio
ambiente e saúde do trabalho periodicamente e em contrapartida todos os funcionários a fiel
observância de todas as normas e procedimentos adotados pela empresa com relação às
medidas de saúde e segurança do trabalho deverão participar assiduamente.
O funcionário deverá comunicar ao seu superior hierárquico a ocorrência de todos os incidentes e
acidentes ocorridos no local de trabalho. Desta forma, serão tomadas as devidas providências
junto à Previdência Social, como a abertura da CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho, se
necessário, e do processo de investigação do acidente.
De acordo com a norma regulamentadora NR5, as empresas a partir de 20 funcionários devem
implantar a CIPA independente do grau de risco. A CIPA – Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes, conforme estabelecido por lei, é obrigatória dependendo da quantidade de funcionários
em um local, ou do grau de risco. Seu objetivo é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes
do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida
e a promoção da saúde do trabalhador.
As principais atribuições da CIPA são:
- observar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho; solicitar medidas para
reduzir, eliminar ou neutralizar os riscos existentes;
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CENTRAL DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO
434 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Público-alvo
Funcionários envolvidos com a implantação e operação do empreendimento em epígrafe.
Cronograma de execução
Esse programa terá seu inicio no momento de inicio das obras e será realizado periodicamente
até a desativação do empreendimento.
Fase do empreendimento
Fase de implantação e operação do empreendimento.
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435 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Apresentação
O Programa de recuperação de áreas degradadas visa o fortalecimento das ações em prol de um
ambiente mais equilibrado na área de influência do empreendimento CTVA. Pretende-se assim
desenvolver medidas mitigadoras e/ou compensatórias, a fim de minimizar os impactos negativos
gerados com a implantação e operação do empreendimento em epígrafe. Tais medidas são
fundamentais, por reestruturar aspectos ambientais imprescindíveis ao meio, como a
recomposição das vegetações de mananciais e a formação de uma cultura ambiental, com a
utilização da qualificação ambiental continuada para equipe técnica do empreendimento e da
comunidade circunvizinha.
Objetivos
− Identificar as áreas que necessitarão de proteção vegetal através de enleivamento,
hidrossemeadura e/ ou plantação de mudas;
− Promover a elevação da qualidade ambiental na área afetada pelo empreendimento;
− Indicar diretrizes para que a implantação e a desativação dos canteiros, áreas de
empréstimo e bota-fora ocorram em acordo com as exigências legais e visando um
menor impacto; e
− Validar por meio de passivos ambientais, a legislação ambiental existente, a fim de
respeitar e cumprir as demandas existentes.
Justificativas
O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD representa um instrumento
importante de gestão que visa estabelecer as diretrizes ambientais necessárias na recuperação
de passivos existentes nas áreas que porventura sejam impactadas na fase de implantação do
Empreendimento CTVA, minimizando os efeitos negativos gerados durante as obras e na fase de
sua operação.
O programa pode ser aplicado em todas as condições e locais onde a paisagem natural foi
alterada para execução de uma obra, como nas situações de instalações de canteiro de obras,
construções e oficinas que após o seu uso deverá ser recuperado com finalidades a atender o
bem-estar do meio e das populações atingidas.
Metas
− Reconstituição de áreas degradadas à paisagem, visando à recomposição de suas
características originais logo após as obras de implantação do empreendimento;
− Atuação direta nas áreas degradadas, prevenindo a potencialização de focos de
degradação ambiental;
− Formação continuada a fim de conscientizar a população, e a equipe técnica da
manutenção das ações ambientais, utilizando-se dos mesmos como propagadores
da conservação; e
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436 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Metodologias
A metodologia empregada na recuperação das áreas degradadas deverá ser selecionada por
setor de atuação, considerando as especificidades quanto à vegetação, solos, declividades do
terreno e demais fatores físicos e ambientais do território. A partir da intervenção que originou a
degradação, será estipulada uma ação específica de remediação e tentativa de recuperação da
feição original.
A princípio prevê-se a recuperação dos taludes das células da CTVA e a Recuperação Ambiental
das áreas de exploração dos materiais de ocorrências, porém se esses materiais forem de origens
comerciais a recuperação da área é de responsabilidade do fornecedor.
Figura 164 - Modelo do talude com revestimento vegetal e área de exploração de jazida a ser recuperada
Público-alvo
Empreendedor, comunidade do entorno e órgão ambiental na esfera municipal e estadual.
Cronograma de execução
O cronograma para início das atividades do Programa deve ser concomitante com a fase de
implantação do empreendimento.
Fase do empreendimento
Fase de implantação e de operação.
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CENTRAL DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO
437 473
AMBIENTAL - CTVA de
TÍTULO: LOCALIDADE:
Apresentação
O Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e Subterrâneas tem caráter
preventivo e permitirá monitorar a qualidade da água com o intuito de prevenir possíveis poluições
e terá como objetivo principal assegurar a implementação de possíveis ações corretivas durante a
fase de implantação do empreendimento.
O Programa de monitoramento da qualidade da água e do nível do lençol freático deve propiciar
condições para avaliação dos reais impactos associados à implantação do aterro. Este programa
representa um aspecto muito importante, principalmente no que se refere a possibilitar um
parâmetro de comparação da situação atual com a situação futura.
Objetivos
− Avaliar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas;
− Acompanhar a evolução da qualidade ambiental;
− Monitorar o nível d’água durante e após a implementação do empreendimento;
− Fornecer subsídios ao gerenciamento ambiental da Bacia Hidrográfica do arroio Mineiro.
Justificativas
Este programa é de suma importância devido o empreendimento desenvolver atividade de
enterramento de resíduos e está próximo a alguns cursos de água conforme o mapa das áreas de
influencias.
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438 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Metas
Preservar e conservar os cursos de água na área de entorno do empreendimento conforme
legislações ambientais vigentes.
Metodologias
Para a realização do monitoramento da qualidade da água, monitoramento do nível do lençol
freático e seus prováveis impactos no solo e na área da Central, faz-se as seguintes sugestões:
− Monitoramento do sistema de detecção de vazamentos das Células;
− Coleta de amostras dos poços de monitoramento da água subterrânea;
− Medição do nível d’água nos poços de monitoramento localizados no interior da área; e
− Coleta de amostras dos corpos hídricos a jusante da área de influência da Central.
- pH;
- Condutividade elétrica específica;
- Alcalinidade;
- Nitrogênio e fósforo;
- Íons nitratos;
- Metais pesados;
- DQO;
- OD;
- Óleos e Graxas;
- Sólidos totais;
- Fenóis.
Com o objetivo de monitorar a influência da Central deverão ser coletadas amostras a jusante do
empreendimento. Tais amostras servem para que se possa ter um acompanhamento de prováveis
influências que possam vir a ocorrer. Com relação aos pontos de monitoramento e parâmetros
analisados, podem ser coletados no Rio Ipojuca.
Público-Alvo
Funcionários em geral, comunidade do entorno e órgão ambiental competente .
Cronograma de execução
O programa de monitoramento da qualidade da água e do nível do lençol freático deverá ser
executado por técnico habilitado, a ser contratado pelo empreendedor e fiscalizado pelo órgão
ambiental (CPRH). O monitoramento da qualidade da água deverá ser implantado no início da
disposição dos resíduos sólidos e persistir durante o período de vida útil, com frequências
trimestrais, durante a fase de operação.
O monitoramento do nível do lençol freático deverá ser implantado no início da implementação
dos sistemas de drenos e persistir durante o período de vida útil, com frequências trimestrais,
durante a fase de implantação e operação.
Na fase de pós-fechamento deverá ser mantido o monitoramento da qualidade da água
superficial e subterrânea, porém os parâmetros e a periodicidade deverão ser reavaliados e
redefinidos em conjunto com o órgão ambiental, em tempo oportuno.
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440 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Fase do empreendimento
Fase de implantação, operação e desativação do empreendimento em epígrafe.
Apresentação
A Norma Técnica NBR/ABNT n° 10.157 estabelece critérios para projeto, construção e operação
de Aterros de Resíduos Industriais Perigosos incluindo a recomendação da elaboração de um
plano de emergência (item 6.2 da referida norma). O Plano de emergência apresenta a sequência
de procedimentos que devem ser seguidos em caso de acidentes, indicando as medidas que
minimizem ou restrinjam os possíveis efeitos danosos decorrentes.
Objetivos
- Atender as legislações vigentes;
- Implantar procedimentos necessários ao gerenciamento sistemático dos riscos de acidentes;
e
- Implantar um plano de ações e preparação as emergências.
Justificativas
O conhecimento dos perigos e a avaliação dos riscos decorrentes da implantação da Central de
Tratamento e Valorização Ambiental desde a fase de implantação até a sua desativação é
essencial para um gerenciamento eficiente no que diz respeito à redução dos acidentes tanto na
área do empreendimento propriamente dita quanto na área de seu entorno. Portanto um Plano de
Ação de Emergências visa minimizar as perdas tendo como diretriz os procedimentos adotados,
que contribuirá para a Proteção do meio ambiente, funcionários e das comunidades do entorno.
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441 473
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Metas
Reduzir em 95% mensalmente os acidentes dentro canteiro de obras como também na área de
entorno do empreendimento em epígrafe.
Metodologias
Este programa deverá seguir as seguintes diretrizes:
As etapas previstas em situações de emergência são: (a) alarme e comunicação interna; (b)
comunicação externa e (c) controle de emergência.
Os equipamentos, aparelhos e métodos a serem utilizadas em cada uma destas fases são
apresentados a seguir.
b) Comunicação externa
A CTVA contará com serviços de telefonia fixa e móvel e deverá manter listagem atualizada com
os telefones dos organismos contatáveis em casos de emergência (bombeiros,
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TÍTULO: LOCALIDADE:
órgão ambiental, pronto socorro/médicos e defesa civil/polícia). Esta comunicação deverá ser
realizada pelo responsável pela Central.
c) Controle de emergência
A CTVA contará com serviços de telefonia fixa e móvel e deverá manter listagem atualizada com
os telefones dos organismos contatáveis em casos de emergência, listados no quadro a seguir.
Procedimento de emergência
a) Acidente com vítima
O atendimento às pessoas feridas é prioritário em relação a quaisquer outros danos, sejam eles
patrimoniais ou ambientais. O atendimento deve atender as seguintes etapas:
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TÍTULO: LOCALIDADE:
c) Combate a incêndio
Sempre que identificado um princípio de incêndio, deve-se observar a possibilidade de ação
imediata no foco. Em todos os casos, deve ser acionado o coordenador de emergência
imediatamente. Para atuação no combate ao incêndio, devem-se atender os seguintes
procedimentos:
− Acionar o alarme de emergência;
− Providenciar o abandono da área afetada.
− Estabelecer o sistema de comunicações a ser utilizado, inclusive para solicitação de auxílio
junto ao Corpo de Bombeiros;
− Dividir as responsabilidades para atuação no combate ao incêndio;
− Destacar um funcionário para ficar responsável para manter livres os acessos das viaturas
de socorro.
As unidades devem manter listagem atualizada de todos os equipamentos de combate à
emergência, incluindo os de incêndio, com sua localização e capacidade. Esta listagem deve ser
afixada em locais visíveis em cada setor.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Ressalta-se que o empreendimento deverá passar por vistoria do Corpo de Bombeiros e obtenção
de alvará, antes de entrar em operação, portanto, deverá contar com todos os equipamentos
necessários ao combate de incêndio.
d) Eventos climáticos
Caso haja risco iminente de um episódio desta natureza, sugerem-se as seguintes medidas:
− Identificar locais que podem sofrer ser afetados (áreas críticas);
− Priorizar a evacuação e a remoção de material de áreas críticas;
− Retirar ou proteger todo o material que possa provocar danos ambientais ou à saúde, caso
entre em contato com a água;
− Desligar os ramais da rede de energia elétrica que estejam sob risco iminente;
− Definir previamente locais seguros para realocação das pessoas; e
− Após a avaliação de danos ou de risco existentes, e, se for o caso, informar os órgãos
pertinentes (defesa civil e corpo de bombeiros).
Público-alvo
Funcionários em geral e comunidade do entorno.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Cronograma de execução
Este programa deve ter seu inicio no momento de execução das obras e prevalecer até a
desativação da CTVA.
Fase do empreendimento
Fase de implantação, operação e desativação do empreendimento.
Apresentação
A implantação do empreendimento CTVA apresenta mitigação para os impactos previstos e
levantados no estudo de impacto ambiental. Desta forma, indicamos não um programa de
compensação ambiental, mas a potencialização do reflorestamento das áreas de mata ciliar
presentes na AID e a implantação da cortina de vegetação com espécies nativas da mata atlântica
previstas na concepção do empreendimento que circundará toda a ADA.
Objetivos
Proporcionar a retomada dos habitas degradados por meio do reflorestamento dos espaços
naturais, ora descaracterizados pelo cultivo de cana-de-açúcar, promovendo ambiente propício
para o desenvolvimento da flora e fauna da região.
Justificativas
A implantação de cortina vegetal é uma medida preventiva e mitigadora de impactos relativos à
geração de odores e também uma medida compensatória para a remoção vegetal. Com a
descaracterização dos ecossistemas da região causadas pela monocultura de séculos da cana-
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Metas
- Iniciar na fase de implantação do empreendimento a plantação de mudas nativas,
conforme apresentado no projeto denominada de “Cortina Verde”;
- Garantir as condições necessárias para as populações animais e vegetais se fixarem na
região, mesmo com a implantação do referido empreendimento.
Metodologia
O empreendimento deverá realizar a implantação de mudas arbóreas e recomenda-se que as
mudas sejam dispostas, em cinco fileiras, cuja distância entre si é de 2,00 metros, em uma
distribuição em quincôncio, conforme pode ser observado na Figura 165, o que distribui
uniformemente as plantas refletindo-se em um melhor recobrimento do solo e deverá seguir as
diretrizes informadas no item das medidas mitigadoras.
Figura 165 - Esquema da disposição das mudas de árvores na cortina vegetal a ser implantada na ADA.
Público alvo
Trabalhadores e moradores que convivem diariamente com a ADA. Parceiros do poder municipal
e estadual.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Cronograma de execução
O início do processo deverá ser antes da fase de implantação do empreendimento.
A compensação ambiental pode ser definida como um instrumento de política pública que
proporciona o pagamento referente à degradação ambiental gerada pelos empreendimentos
considerados como de significativo impacto ambiental, com o intuito de apoiar a implantação e
manutenção de Unidades de Conservação do Grupo de Proteção Integral como condicionante do
processo de licenciamento, conforme está descrito na Lei Federal N° 9.985/ 2000 que instituiu o
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC.
A compensação ambiental é, portanto, um importante mecanismo fortalecedor do SNUC e todo
montante de recursos referentes ao cumprimento da compensação ambiental será fixado pela
Câmara Técnica de Compensação Ambiental – CTCA do Estado de Pernambuco.
Metodologia
O Cálculo referente à Compensação Ambiental – CA, gerado com a implantação do
empreendimento CTVA – Central de Tratamento e Valoração Ambiental no município de Escada –
PE, foi gerado tendo como base a Resolução CONSEMA-PE nº 04 /2010, que regulamenta a
Compensação Ambiental dos empreendimentos no Estado de Pernambuco, em conformidade
com a Lei Federal nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza –SNUC.
Para tanto, foram definidos os valores que compõem o cálculo da compensação ambiental que
será formulada a partir do grau do impacto apurado multiplicado pelo valor de referência através
da equação:
CA = GI x VR
Onde,
CA = compensação ambiental
GI = grau de impacto → GI = ΣFR + FT + ΣFA
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TÍTULO: LOCALIDADE:
VR = valor de referência
FR = fator de relevância
FT = fator de temporalidade
FA = fator de abrangência
Assim, tomando por base os dados do empreendimento em questão foi possível obter tais valores
conforme descrito a seguir:
O Valor de Referência (VR) foi obtido a partir dos custos investidos na elaboração do projeto de
implantação da Central de Tratamento e Valorização Ambiental, o qual foi estimado um valor de
R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) cujas informações foram fornecidas pelo empreendedor,
e está sendo apresentada na tabela abaixo:
Já para o calculo do Grau de Impacto (GI), foi realizado reunião com a equipe multidisciplinar
responsável para a elaboração do EIA/ RIMA, onde foi analisada a tabela 01 do anexo único, da
Resolução CONSEMA/ PE N° 04/ 2010, onde foram identificados os seguintes indicadores
ambientais aplicáveis ao CTVA:
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TÍTULO: LOCALIDADE:
FATOR DE
INDICADORES AMBIENTAIS RELEVÂNCIA IMPLANTAÇÃO DA CTVA
VALORAÇÃO (%)
Interferência no trânsito habitual da Devido ao aumento de circulação de caminhões
0,0100
população na região.
Somatórios dos Fatores de
0,057%
Relevância
Elaboração: Equipe técnica
FATOR DE TEMPORALIDADE
DURAÇÃO IMPLANTAÇÃO DA
VALORAÇÃO (%)
CTVA
Imediata – 0 a 5 anos 0,05 -
Curta - >5 a 10 anos 0,10 -
Média - >10 a 20 anos 0,15 -
Longa - >20 anos 0,25 x
Fonte: Resolução CONSEMA/ PE N° 04/ 2010
O fator de abrangência de 0,15% foi definido tendo como base os impactos levantados pela
equipe multidisciplinar no momento de elaboração do EIA, sendo constatado que provavelmente
esses impactos irão acontecer tanto na Área de Influência Direta quanto na Área de Influência
Indireta, como pode ser observado no Quadro 126.
Portanto após ter obtido os valores correspondestes ao ΣFR + FT + ΣFA, foi possível determinar o
valor do Grau de Impacto (GI) referente à implantação da CTVA.
GI = ΣFR + FT + ΣFA
GI = 0,057% + 0,25% + 0,15%
GI = 0,457%
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TÍTULO: LOCALIDADE:
CA = GI x VR
CA= 0,457% x 10.000.000,00
CA = 45.700,00
Como pela referida resolução esse valor fixo será de R$ 45.700,00 (quarenta e cinco mil e
setecentos reais).
O prognóstico ambiental compreende a interação entre o cenário atual da área de estudo obtido
através da realização do diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico, o
entendimento das atividades a serem realizadas desde a fase de implantação do empreendimento
e as previsões dos possíveis impactos negativos e positivos devido à inserção do
empreendimento na localidade. Portanto, o prognóstico ambiental é realizado tendo como
principal objetivo conhecer a evolução da qualidade ambiental com a implantação do
empreendimento em epígrafe e dos programas necessários à mitigação dos impactos decorrentes
de sua implantação e operação caso o empreendimento seja implantado, conforme pode ser
observado no fluxograma abaixo.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Tendo como base todas as informações obtidas dos estudos realizados pela equipe
multidisciplinar foi possível realizar a analise comparativa dos cenários ambientais que são: o
cenário sem a implantação do empreendimento e o cenário com a implantação do
empreendimento.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Aspectos Condicionantes Situação Sem o Empreendimento Situação com o Empreendimento Medidas Propostas
Ambientais Ambientais Avaliadas
Sem a implantação do empreendimento a Com a implantação do empreendimento a Implantação da Cortina Vegetal e preservação da Área de
região continuará apresentando o clima característica hoje apresentada não será Preservação Permanente com inserção de arvores nativas da
Clima e Condições tropical chuvoso, com verão seco e inverno alterada, todavia em contrapartida irá região.
Meteorológicas chuvoso. contribuir com a retenção de água no solo e
amenização do calor favorecendo assim o
aumento do albedo.
Sem a implantação do empreendimento a Com a implantação do empreendimento a Implantação do subprograma de prevenção, controle e
região continuará sendo modificada, talvez região será alterada devido principalmente as Monitoramento de processos erosivos; e do Programa de
Geomoforlogia/ Geologia de modo mais lento, mas será configurada obras de terraplenagem nos acessos e nos Recuperação de Áreas Degradadas.
como o mosaico com espaços naturais e nas células destinadas ao recebimento dos
espaços antropizados. resíduos industriais.
Sem a implantação do empreendimento a Com a implantação do empreendimento Para a implantação da CTVA será realizado a Fiscalização e o
região continuará apresentando os tipos de haverá uma acelerará escavação e Monitoramento ambiental desde o inicio das obras até a finalização
solos encontrados como: latossolos movimentação do solo, porém, este processo das atividades previstas da CTVA.
amarelos, porém os mesmos continuaram é indispensável devido as atividades do
Também será executado nos maciços a impermeabilização inferior e
expostos devido a antropização humana empreendimento proporcionarem esse tipo de superior com o intuito de evitar contaminação dos solos e
Solos principalmente na área de abrangência da atividade. consequentemente dos lençóis freáticos.
CTVA.
Visando ter segurança eficiente serão Implantados o Programa de
Levantamento e Recuperação de Passivos Ambientais e o
subprograma de prevenção, controle e Monitoramento de processos
erosivos na área de abrangência e do projeto.
Meio Físico
Sem a implantação do empreendimento os Com a implantação da CTVA a Área de Implantação da Cortina Vegetal e preservação das Áreas de
cursos hídricos da região continuaram Preservação Permanente desses cursos Preservação Permanente com árvores nativas da região.
Recursos Hídricos existindo, porém sem o devido d’água será rigorosamente respeitada
monitoramento, ficando sujeito à poluição e conforme determina a LEI 12.651/12.
consequentemente ao assoreamento.
Sem a implantação do empreendimento a Com a implantação do empreendimento a Implantação do Programa de Compensação Ambiental o qual está
região continuará tendo a qualidade do ar região será contemplada com a Cortina incluso a implantação da Cortina Vegetal, como também a
comprometida devido à existência do aterro Vegetal que servirá como uma barreira para implantação do subprograma de Controle e Monitoramento de
Qualidade do Ar sanitário que até o momento de realização controle de odores e retenção de materiais Emissões Atmosféricas.
do diagnostico não opera como determinam particulados, visto que a direção dos ventos
as leis vigentes. nesta região fica no sentido nordeste - NE
onde há maior concentração de residências.
Sem a implantação do empreendimento a Com a implantação do empreendimento A primeira ação a ser tomada é isolar a área com equipamento que
região continuará apresentado os níveis de haverá uma alta proporção do ruído impulsivo retenham os ruídos e no decorrer das atividades será implantado o
ruídos acima do que determina a lei devido e vibrações presente nas atividades Programa de Monitoramento de Ruídos e Vibrações.
às atividades do dia a dia da região, porém principalmente na fase de implantação, os
Ruídos esses níveis apesar de não estarem dentro quais podem incomodar a população mais
da legislação não são em grande próxima da área de abrangência do
intensidade. empreendimento como pode causar
perturbações a pouca fauna existente da
região.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
A cidade de Escada é contemplada pela Com a implantação do empreendimento a UC Compensação Ambiental conforme a Resolução CONSEMA no
unidade de conservação de uso integral Refugio da vida silvestre Mata do Uruçu 04/2010
Unidades de
“refugio da vida silvestre mata do uruçu”, receberá verba no valor de 5% dos valores
Conservação
porém a mesma fica distante cerca de 13 km gastos devido à implantação da CTVA o qual
da Área Diretamente Afetada. irá proporcionar melhoria a esta UC.
Sem a implantação do empreendimento a Com a implantação do empreendimento o Realização da implantação da Cortina Vegetal e preservação da
flora da região continuará sendo devastada local terá sua Área de Preservação Área de Preservação Permanente.
devidos às ações antrópicas na região que Permanente recuperada como também no
Flora hoje foi substituída por plantação de cana- entorno da poligonal a implantação da cortina
Meio Biótico
de-açúcar. vegetal com espécies nativa da mata atlântica
a qual irá proporcionar o aumento da
biodiversidade naquela região.
Sem a implantação do empreendimento a Com a implantação do empreendimento a Realização da implantação da Cortina Vegetal e preservação da
fauna da região continuará presente nos fauna será afetada devido à perda de habitats Área de Preservação Permanente.
poucos fragmentos de mata e cursos d’água e ao aumento do fluxo de transporte, no inicio
Fauna
existente na região desde que ações das obras, porém com a implantação da
antrópicas não contribuam para seu Cortina Vegetal a fauna a qual proporcionará
afugentamento. habitat e alimentação.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Sem a implantação do empreendimento será Com implantação do empreendimento será Será dada preferência na contratação de pessoas residentes na
Crescimento
lentamente afetada pela contínua ocupação lentamente afetada pela contínua ocupação da região para a execução dos trabalhos.
Populacional
da região em um período de tempo longo. região.
Não haverá interferência. Não haverá interferência. Não será necessário, porém sempre nos eventos voltados para a
educação ambientais serão apresentados a comunidades os
Patrimônio patrimônios existentes para a comunidade.
Histórico e Cultural
Sem a implantação da CTVA os demais Com a implantação da CTVA os - Implantação do Programa de Comunicação Social
Relações com empreendimentos, em especial o aterro empreendimentos continuaram desenvolvendo
outros sanitário existente continuaram suas atividades normalmente principalmente
empreendimentos desempenhando suas funções normalmente. visto que a CTVA é uma unidade que receberá
apenas resíduos industriais.
Sem a implantação do empreendimento o Com a implantação do empreendimento esses - Implantação do Programa de Comunicação Social
Serviços Públicos atendimento continuará sendo eficiente para serviços não serão alterados.
os serviços básicos de saúde e educação.
Sem a implantação do empreendimento a Com a implantação do empreendimento As condições dos trânsitos serão monitoradas semanalmente e caso
região irá continuar com o trânsito fluindo haverá aumento do tráfego tanto na BR-101 venham atrapalhar o fluxo normal da BR-101 e da PE-051 será
Aumento do
nas mesmas condições da atualidade. quanto na PE-051 devido o tráfego de veículos elaborado e executado de requalificação de modo a adotar os
Tráfego
de cargas e de automóveis particulares. padrões construtivos previstos nos manuais de projetos do DNIT e
do DER-PE.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
Vale ressaltar que mesmo com todos os cuidados tomados durante as fases de implantação,
operação e desativação de um empreendimento deste porte e natureza, impactos nos meios
físico, biótico e socioeconômico são inevitáveis. Contudo, a implantação efetiva das medidas
propostas e dos planos e programas de controle e proteção ambiental ora apresentado neste
relatório, permitirão que o empreendimento se desenvolva da forma menos impactante ao meio,
garantindo a sua viabilidade ambiental.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
3.14. Conclusão
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TÍTULO: LOCALIDADE:
diversidade de táxons em geral. Esses fatores denotam marcante pressão antrópica no ambiente
estudado.
Resguardadas as devidas medidas de isolamento e impermeabilização, a implantação do
empreendimento em questão terá pouco impacto direto sobre as comunidades aquáticas e
terrestres.
No que diz respeito aos aspectos socioeconômico a implantação da CTVA compreende uma
alternativa estruturada e eficiente de forma sustentável com os aspectos socioeconômico, numa
área já antropizada, buscando garantir a participação da população local na implantação e
operação do empreendimento. A iniciativa de implantação deste projeto pode ser considerando
uma solução socioambiental o qual buscará abrir um canal de comunicação com os atores sociais
e comunidade local proporcionando a mesma uma oportunidade de melhoria social com geração
de emprego e renda como também de conhecimento nas temáticas ambientais.
Portanto de uma forma geral na análise ambiental não foram identificados nenhum fator dos meios
físico, biótico ou socioeconômico que conflite com o empreendimento ao ponto de inviabilizá-lo ou
modificá-lo, porém, os princípios, conceitos, ações de sustentabilidade estabelecidos pelo projeto
em epígrafe traduzem a medida mitigadora mais adequada à recuperação socioambiental dessa
região da cidade.
Os resultados da avaliação dos impactos ambientais demonstram que o Projeto da Central de
Tratamento e Valorização Ambiental/ PE é um empreendimento ambientalmente viável
considerando as suas especificações técnicas, as características do meio circundante e o
conjunto de medidas propostas para prevenir e/ou mitigar os efeitos indesejáveis na área de
intervenção. Vale ressaltar que o projeto seguirá as leis e normas ambientais vigentes.
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TÍTULO: LOCALIDADE:
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