Sie sind auf Seite 1von 5

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

GRADUAÇÃO EM MEDICINA
DISCIPLINA DE CLÍNICA CIRÚRGICA
DOCENTES: THIAGO AYRES HOLANDA / WELLIGTON RIBEIRO
FIGUEIREDO

BASES DA CIRUGIA AMBULATORIAL


Caio Filipe
Ciro Borges
Getúlio Oliveira
Ícaro Siqueira

TERESINA – PI
12/06/2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................3
2. CASO CLÍNICO...............................................................................................3
3. MÉTODOS.......................................................................................................3
4. DISCUSSÃO....................................................................................................4
5. CONCLUSÃO..................................................................................................5
6. REFERÊNCIAS...............................................................................................5
1. INTRODUÇÃO
A cirurgia ambulatorial é aquela operação na qual o paciente permanece
no serviço por até 24 horas. Na maioria das vezes, eles é dispensado logo após
o procedimento, podendo o mesmo optar por permanecer por um tempo curto
após a operação ou o pernoite. O trabalho em questão visa trazer à discussão
os conceitos básicos da cirurgia ambulatorial quando ilustrados por um caso
clínico conduzido pelos alunos da disciplina de clínica cirúrgica do 8º período do
curso de medicina do centro universitário UNINOVAFAPI e por outras operações
orientadas pelo professor durante a confecção. As atividades foram realizadas
no centro cirúrgico do Centro Integrado de Saúde (CIS) sobre supervisão
profissional adequada.
2. CASO CLÍNICO
M.M.S.S., 69 anos, auxiliar de Serviços Gerais, procedente de José de
Freitas vem ao ambulatório de cirurgia do CIS com a seguinte queixa principal
“retirar sinais”. Ao exame físico notou-se duas lesões pigmentadas em região
periorbicular com bordas regulares e simétricas, coloração homogênea, diâmetro
pequeno e de evolução lenta. A paciente não informou quando as mesmas
apareceram, apenas que estavam presentes há anos. Nega doenças crônicas.
G10P10A0. Nega conhecimento sobre doenças associadas com hereditariedade
na família.
3. MÉTODOS
Foi conduzida, novamente, uma breve anamnese com a paciente, já
dentro do centro cirúrgico. A mesma abordou histórico patológico pregresso,
familiar e quanto a alergia a medicações, cuja a paciente negou. Foi aferida
pressão arterial de 110/80mmHg, frequência cardíaca de 79 bpm e respiratória
de 18 irpm, realizou-se ausculta cardíaca e pulmonar, sem demais alterações.
Com base nos dados clínicos, foi aferido o risco cirúrgico cardiovascular e
realizou-se o planejamento da operação juntamente com o professor da
disciplina. A abordagem escolhida foi da incisão fusiforme abrangendo ambas
as lesões que, embora estivesse contra as linhas de tensão da pele, foi escolhida
devido ao benefício de fazer apenas uma incisão ser maior que os riscos da
mesma.
A cirurgia foi explicada à paciente de forma concisa e simples. Dois alunos
realizaram antissepsia das mãos com uso de polvidine tópico e se
parlamentaram com luvas estéreis de tamanho adequado. A mesa de
instrumentação, então foi organizada adequadamente, da esquerda para a
direita com instrumentos para exérese, auxiliares, hemostasia e síntese,
enquanto foi feita antissepsia da área a ser incisada com polvidine tópico. Após,
foi posicionado e fixado o campo cirúrgico e preparou-se a anestesia local com
cloridrato de lidocaína com hemitartarato de epinefrina na dose de 20mg/ml com
a qual foi feita anestesia em campo ao redor das lesões.
Após a anestesia, os alunos se posicionaram adequadamente e iniciaram
a exérese em fuso sem ampliação de margem, visto as características clínicas
benignas da lesão. Durante a incisão das lesões, um vaso superficial foi atingido
e, para evitar complicações pós cirúrgicas, durante a síntese, para a qual foram
escolhidos agulha de tamanho adequado e fio apropriado, um ponto em
hemostático em ‘‘X’’ foi confeccionado pelo professor, juntamente com outro
ponto simples para terminar o fechamento da ferida operatória.
Terminada a operação, foi feita a limpeza da ferida operatória com soro
fisiológico 0.9% e um curativo com gaze e fita de micropore. As lesões foram
preservadas em formol e encaminhadas para análise histopatológica. O aluno
responsável preencheu o relatório pós-operatório com nome da paciente,
número do prontuário, diagnóstico, cirurgia, cirurgião, 1º e 2º auxiliar, circulante
e instrumentador, bem como os passos seguidos na operação. A paciente foi
dispensada e orientada quanto a não molhar o curativo nas primeiras 24 horas,
retornar em 7-14 dias para reavaliação da ferida operatória e retirada dos pontos,
receber resultado do exame histopatológico em 15 dias, evitar trauma local e
caso dor, tomar 1g de dipirona em no máximo 6/6 horas.

4. DISCUSSÃO
Em uma cirurgia ambulatorial como a descrita, a paciente foi dispensada
logo após o procedimento apenas com orientações, condizendo com o conceito
apresentado. É importar notar que, não são necessários exames pré-operatório
em pacientes jovens e saudáveis nesse tipo de operação. Caso paciente,
durante a avaliação clínica pré-operatória mostre sinais de síndrome metabólica
como acrocórdons, acantose nigricans ou pressão arterial elevada, é
fundamental que outras doenças como dislipidemia e diabetes mellitus sejam
investigadas.
A maior parte dos casos clínicos atendidos tinham como queixa a retirada
de lesões císticas, nodulares ou polipoides da pele, muitas vezes apenas por
caráter estético, vale ressaltar o cuidado para, nas lesões capsuladas, não
romper a mesma com o objetivo de evitar recidivas. No entanto, algumas lesões
pigmentadas, como a da paciente em questão, necessitam ser melhor avaliadas
quanto ao risco para malignidade, onde uma lesão assimétrica, de bordas
irregulares, coloração heterogênea, diâmetro maior que 3 centímetros e
evolução rápida são mais prováveis de ter etiologia maligna, sendo necessária
uma margem de segurança durante a retirada da lesão.
A anestesia é local e é realizada com lidocaína com ou sem epinefrina,
dependendo do local da incisão, na maioria dos casos. Na prática clínica, a maior
parte das anestesias eram realizadas em campo com formação de botão
anestésico ao redor da lesão que deve ser avaliada com indagações como “você
está sentindo dor” e não “você está sentindo algo”, visto que o objetivo é a
analgesia do local apenas. Em caso de extremidades, como dedos, o bloqueio
troncular é mais indicado, nesses casos o uso de vasoconstrictor está
contraindicado devido ao risco de isquemia, podendo ser feito o garroteamento
do local que deve permanecer por no máximo uma hora.
A forma mais comum de incisão para essas lesões é “em fuso”, na qual o
mesmo deve ser confeccionado na mesma direção das linhas de tensão da pele,
ou, como no caso descrito da paciente, pode-se pesar o risco com o benefício e
realizá-la em outro sentido que não esse. Uma exceção pode ser feita para
lesões pequenas com base pediculada que podem ser retiradas por “shaving” e
lipomas muitas vezes podem ser retirados por incisões menores, embora seja
necessário sempre atentar para risco de malignidade quando a lesão é aderida
a planos profundos. Durante a síntese da ferida operatória sempre se deve
utilizar de agulha e fio adequados para a situação e é recomendado se utilizar
da “regra das metades” na qual sutura-se primeiro a metade da ferida, depois a
metade da metade e assim por diante. Após esse procedimento sempre realizar
limpeza e curativo da mesma.

5. CONCLUSÃO
A cirurgia ambulatorial se beneficia por proporcionar operações rápidas
que exigem pouco domínio técnico e experiência, proporcionando recuperação
rápida e de maior conforto para os pacientes, bem como uma forma eficaz de
familiarizar o acadêmico de medicina com o ambiente cirúrgico e as técnicas
operatórias e, desta forma, contribuir de forma significativa ao seu aprendizado.

6. REFERÊNCIAS
SANTOS, José Sebastião dos et al. CIRURGIA AMBULATORIAL: DO
CONCEITO À ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS E SEUS
RESULTADOS. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,
Ribeirão Preto, v. 3, n. 41, p.246-286, 30 set. 2008. Disponível em:
<http://revista.fmrp.usp.br/2008/VOL41N3/SIMP_4Cirurgia_ambulatorial.pdf>.
Acesso em: 12 jun. 2019.

Das könnte Ihnen auch gefallen