Sie sind auf Seite 1von 11

PERDA DE CARGA NORMAL

Gabriel Garbe; Guilherme Specki; Gustavo Oliveira; Italo Poffo


Centro Universitário Católica de Santa Catarina – Campus Joinville
Engenharia Civil – Disciplina de Mecânica dos fluidos – II
Professor Robson Negri

1 INTRODUÇÃO

Este relatório destina-se ao experimento de perda de carga em tubulações. Consiste em


um equipamento, uma bancada com o escoamento de fluido na qual ocorre a perda de carga nas
curvas e peças da tubulação. Sendo assim, o experimento tem por finalidade calcular e analisar
a perda de carga no sistema observado.

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 DEFINIÇÃO DE FLUIDO

Em mecânica dos fluidos, encontram-se apenas dois estados para a matéria, o estado
sólido e o fluido. A matéria sólida resiste a tensões, ou seja, aplicações de forças de
cisalhamento através da deflexão estática, no entanto, um material fluido apresenta esta
resistência (YOUNG, 2008). Outra característica eminente é que o sólido não escoa já o fluido,
obtêm tal facilidade.
Conforme Brunett (2008, pg. 1) relata, “Fluido é uma substância que não tem uma forma
própria, assume o formato do recipiente.” Os fluidos são separados em duas classes, a dos
líquidos na qual é estudado pela hidráulica e a dos gases.

2.1.1 viscosidade do fluido

“As partículas fluidas quando em contato com superfícies sólidas, adquirem a mesma
velocidade dos pontos da superfície sólida com as quais estabelecem contato” (BISTAFA,
2010, pg.6). De acordo com White (2011), a viscosidade determina a taxa da deformação na
qual é gerada pela aplicação de tensão de cisalhamento sobre o fluido.
A viscosidade é a aderência interna de um fluido. Para o escoamento de fluidos em
dutos, ela é responsável pela perda da energia ao ser associada com o escoamento, em dutos,
canais e tubulações (POTTER, 2011).
2.3 DINÂMICA DOS FLUIDOS

Em mecânica dos fluidos, o conceito de cinemática, ou movimento do fluido analisa as


forças e seus efeitos sobre o movimento, ou seja, a dinâmica do fluido. Na cinemática dos
fluidos, estes são considerados que sua formação concentra-se em partículas com inúmeras
moléculas (FOX, 2010).

2.4 CARACTERÍTICAS DOS ESCOAENTOS

O escoamento de fluidos é sujeito há condições gerais, leis da termodinâmica e dinâmica


assim como a teoria da turbulência. Ne engenharia hidráulica, o escoamento de fluidos é
nomeado de laminar, turbulento rotacional, irrotacional etc.
Como líquido predominante é a água, com viscosidade baixa, seus escoamentos são por
conveniência considerados turbulentos, ou seja, as partículas movem-se com trajetórias
desordenadas (PORTO, 2006).

2.4 PERDAS DE CARGA

Do ponto de vista energético, a perda de carga é devido à tensão de contato entre o fluido
e a parede. Devido à este fenômeno, considera-se o escoamento como não conservativo
(PORTO, 2006). A perda de carga pode ser classifica em dois tipos: contínua e localizada.
Segundo Baptista (2010), a perda contínua é considerada ao longo da tubulação; a
localizada é em virtude das conexões, curvas, aparelho etc.

3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Este experimento tem como objetivo descobrir o coeficiente de rugosidade de um tubo


liso de PVC na bancada. Subdividido em três etapas, o experimento foi conduzido em
laboratório com os equipamentos adequados e com o auxílio do professor.
3.1 Materiais

Para realização das etapas foram utilizados os seguintes materiais:


 Piezométrico;
 Bancada didática de mecânica de fluidos simples;
 Cronometro;
 Joelho de 90º ;
 Mangueira 2mm;
 Recipiente graduado acoplado à bancada;
 Trena.

3.2 MEDIÇÃO DA DIFERENÇA DE PRESSÃO

Sendo esta a primeira etapa, realizou-se a tomada da diferença de pressão com a equação
1, ou seja, a diferença do valor encontrado no pronto 1 (montante) e no ponto 2 (jusante). Com
o intuito de minimizar erros na coleta de dados, realizou-se a medição por três vezes, com
acadêmicos diferentes.

∆ℎ = 𝑃1 − 𝑃2 (1)
Onde, ∆ℎ – é a perda de carga (m)

3.3 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO

Na segunda etapa, determinou-se a vazão. Com a equação 2, obtêm-se a vazão do fluido


no tubo liso. Despejou-se o fluido em um recipiente graduado, ligado à bancada. Cronometrou-
se tempo, verificou a altura do recipiente e suas dimensões para obter a área e,
consequentemente, o volume.

𝑉
𝑄= (2)
𝑡

Onde, 𝑄 – é a vazão; (m³/s)


𝑉 – é o volume (m³);
T – é o tempo (s).
Com a vazão, é possível com a equação 3, calcular a velocidade do escoamento

𝑄 = 𝐴𝑣 (3)

3.4 PERDA DE CARGA UNITÁRIA (J)

A terceira etapa, consiste na determinação da perda de carga continua, equação 4;

∆𝑃
ℎ𝑖 =
𝛾
Onde, ℎ𝑖– é a perda normal do trecho; (m/m);
Δ𝑃– Diferença de preção (Pa);
y = peso especifico

3.5 COEFICIENTE DE RUGOSIDADE

Através dos dados obtidos anteriormente, calcula-se o coeficiente de rugosidade,


representado pela letra 𝑓, dado pela equação 5.

𝐿.𝑣 2
ℎ𝑖 = 𝑓. (5)
2𝑔𝐷

Sabe-se que:

∆𝑃
ℎ𝑖 =
𝛾

Logo,

𝐿. 𝑣 2
ℎ𝑖 = 𝑓.
2𝑔𝐷
2𝑔𝐷
𝑓 = ℎ𝑖.
𝐿. 𝑉 2

Onde, 𝑓 – é o coeficiente de perda de carga;


ℎ𝑖 – é a perda contínua; (m/m);
v – é a velocidade (m/s);
𝑔 – é aceleração da gravidade (m/s²);
D – é o di2âmetro do tubo (m).

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Conforme a realização experimental foi coletado dados relevantes, sendo estes
apresentados e discutidos neste tópico. A tabela (1) apresenta os pressões nos pontos 1 e 2.

Tabela 1- Diferença de pressão (perda de carga) Tubo liso

𝑃1 (mm 𝑃2 ∆ℎ (m)
1180 615 0,565
1180 613 0,567
1170 614 0,564
Média de ∆ℎ 0,565
Em ∆𝑃 5540,604
Fonte: Os autores, 2017
Tabela 2- Diferença de pressão (perda de carga) Tubo Rugoso Coletado Piezômetro digital:

𝑃1 (mm 𝑃2 ∆ℎ (m)
- - 1,1
- - 1,0
- - 1,1
Média de ∆ℎ 1,06
Em ∆𝑃 10787,018
Fonte: Os autores, 2017
Conforme referência teórica, a diferença de pressão é a perda de carga.

4.1 CÁLCULO DA VAZÃO

Sabendo que a área do recipiente é 0,062m² (0,21m x 0,296m), obtêm-se os seguintes valores
do experimento:
Tabela 3 - Cálculo da vazão Tubo liso

Tempo (s) Altura (mm) Volume (m³)


10,15 154 0,0093
10,73 154 0,0093
10,35 155 0,0096
Média do volume 0,0094
Fonte: Os autores, 2017
Tabela 4 - Cálculo da vazão Tubo Rugoso

Tempo (s) Altura (mm) Volume (m³)


10,09 160 0,0099
10,53 155 0,0096
10,05 158 0,0097
Média do volume 0,0097
Fonte: Os autores, 2017

No tubo liso sendo a média dos tempos é de 10,41s, obtêm-se a vazão através da equação 2:

0,0094
𝑄1 =
10,41

𝑄1 = 0,000902𝑚³/𝑠

𝑄1 = 9,02. 10−4 𝑚³/𝑠


No tubo rugoso sendo a média dos tempos é de 10,22s, obtêm-se a vazão através da equação 2:

0,0097
𝑄2 =
10,22

𝑄2 = 0,000949𝑚³/𝑠

𝑄2 = 9,49. 10−4 𝑚³/𝑠

4.2 CÁLCULOS DA VELOCIDADE DE ESCOAMENTO


Através da equação 3, podemos determinar a velocidade de escoamento, uma vez é de
nosso conhecimento o diâmetro do tubo , ¾ ou 0,0192m e a vazão de 9,02. 10−4 𝑚³/𝑠 para tubo
liso e 9,02. 10−4 𝑚³/𝑠 para rugoso. Assim, é utiliza-se a área do tubo para obter a velocidade
de escoamento do fluido.

1
Liso A = 4 𝜋𝐷² (6)

1
A= 𝜋(0,0192)2
4
A =0,0002893824 m²

A =2,89. 10−4m²

9,02. 10−4
𝑣1 =
2,89. 10−4

𝑣1 = 3,12m/s

Rugoso

9,49. 10−4
𝑣2 =
2,89. 10−4

𝑣2 = 3,28m/s

4.3 CÁLCULO DA PERDA DE CARGA (J) COPIADO ATÉ AQUI

Através da equação 4; é calculado a perda (J), conhecendo os valores de ∆ℎ e L.

5540,604 10787,018
ℎ𝑖 = , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐿𝑖𝑠𝑜 ℎ𝑖 = , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑅𝑢𝑔𝑜𝑠𝑜
9806,65 9806,65
ℎ𝑖1 = 0,564 (m/m) e 𝐽2 = 1,099 (m/m)

4.4 CÁLCULO DO COEFICIENTE DE RUGOSIDADE

Através dos dados obtidos acimas podemos calcular o coeficiente de rugosidade através
da equação 5 :

2(9,81)
Liso 𝑓1 = (0,564). (0,0192). 1,11.(3,12)2

𝑓1 = 0,01969739645
𝑓1 = 1,96. 10−2

2(9,81)
Rugoso 𝑓2 = (1,099). (0,0192). 1,11∗(3,28)2

𝑓2 = 0,03326412849
𝑓2 = 3,46. 10−2

4.5 RUGOSIDADE ABSOLUTA

Utilizando a equação de Darcy-Weisbach:


0,25
𝑓=
𝜀 5,74 2
[log (3,7 ∗ 𝐷 + 0,9 )]
𝑅𝑒

Sendo:
f = fator de atrito de Darcy-Weisbach;
ε = fator de rugosidade da tubulação;
D = diâmetro da tubulação;
𝜌∗𝐷∗𝑉
Re = número de Reynolds.  𝑅𝑒 = 𝜇 = Peso específico do fluido
= Viscosidade dinâmica do fluido
V= Velocidade media do fluido
No caso teremos que descobrir ε e para isso isolaremos a equação para ficar em sua
função:

0,25 𝜀 5,74 0,25 𝜀 5,74 𝟓, 𝟕𝟒 𝟎,𝟐𝟓


√ √
√ = log ( + 0,9 ) → 10 𝑓 = + 0,9 → 𝜺 = 𝟑, 𝟕𝑫 (− 𝟎,𝟗 + 𝟏𝟎 𝒇 )
𝑓 3,7𝐷 𝑅𝑒 3,7𝐷 𝑅𝑒 𝑹𝒆

Aplicando assim:

Liso:

𝜌 ∗ 𝐷 ∗ 𝑉 1000 ∗ 0,0192 ∗ 3,12


𝑅𝑒 = = = 59904
𝜇 1.10−3
logo

5,74 0,25 5,74 0,25


√ √
𝜺 = 3,7𝐷 (− + 10 𝑓 ) = 3,7 ∗ 0,0192 (− + 10 1,96.10−2 )
𝑅𝑒 0,9 599040,9
𝜺 = 1,4.10−6

Rugoso:

𝜌 ∗ 𝐷 ∗ 𝑉 1000 ∗ 0,0192 ∗ 3,28


𝑅𝑒 = = = 62976
𝜇 1.10−3
logo

5,74 0,25 5,74 0,25


√ √
𝜺 = 3,7𝐷 (− + 10 𝑓 ) = 3,7 ∗ 0,0192 (− + 10 3,46.10−2 )
𝑅𝑒 0,9 629760,9
𝜺 = 1,26.10−4
4.6 AMPARATO GERAL DO EXPERIMENTO

Podemos considerar que em todos os experimentos existe um erro, cujo erro pode ser
para maior ou menor valor. Conforme Campos (2008, pg 13), “Toda medição está sujeita a
incertezas que podem ser devidas ao processo de medição, aos equipamentos utilizados, à
influência de variáveis que não estão medidas e, também, ao operador.”
Em nosso experimento, o erro provável é devido ao arredondamento dos valores de
forma incorreta bem como a desatenção no momento de pegar os dados coletados de tempo,
volume, cálculo da vazão etc.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O fato da obtenção de dados ser feita a partir da observação e acurácia humana


aumentam as possibilidades de erro. Conforme Campos (2008, pg 13), “Toda medição está
sujeita a incertezas que podem ser devidas ao processo de medição, aos equipamentos
utilizados, à influência de variáveis que não estão medidas e, também, ao operador”.
Em nosso experimento, o erro provável é devido ao arredondamento dos valores de
forma incorreta bem como a imprecisão no momento da coleta de dados de tempo, volume,
cálculo da vazão, entre outros.
Ao analisar os resultados da perda de carga linear, pode observar que o tubo que teve
sua rugosidade forçada apresentou um maior valor na sua rugosidade relativa.

6 CONCLUSÃO

Considerando os dados obtidos, que demonstram a diferença de pressão e a perda de


energia ao longo do conduto, quando se considera a perda de carga devido da superfície interna
da tubulação. Percebe-se que a aplicação da prática do estudo amplia a área de compreensão do
aluno, na aplicação destes tipos de problemas.
REFERÊNCIAS

BAPTISTA, Márcio Benedito. Fundamentos de engenharia hidráulica. 3ª ed. rev. E ampl.


Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

BISTAFA, Sylvio R. Mecânica dos fluidos: noções e aplicações. São Paulo: Blucher, 2010.

BRUNETTI, Franco. Mecânica dos fluidos. 2ª ed. rev. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

CAMPOS, Agostinho A. G.; ALVES, Elmo S; SEZIALI, Nivaldo L. Física experimental


básica na universidade. 2ª ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

FOX, Robert W.; PRITCHARD, Philip J; MCDONALD, Alan T. Introdução à mecânica dos
fluidos. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010.

PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica básica. 4ª ed. São Carlos: EESC-USP, 2006.

POTTER, Merli C.; WIGGERT, David C. Mecânica dos fluidos. 1ª ed. ver. São Paulo:
Cengage Learning, 2011.

RUGGIERO, Márcia A. Gomes. Cálculo numérico: aspectos teóricos e computacionais. 2ª ed.


São Paulo: Pearson Makron Books, 1996.

YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Sears & Zemansky física. Física II:
Termodinâmica e ondas. 12ª ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2008, vol.2.

WHITE, Frank M. Mecânica dos fluidos. 6ª ed. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda, 2011.

Das könnte Ihnen auch gefallen