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> Escolha de critérios e configurações para a (s) rede (s), relacionando-se com todos os
jogadores.
> Análise econômica das opções analisadas para alcançar a melhor decisão possível.
> Cobertura com antena interna de recepção das áreas mais densamente povoadas.
> Os países maiores estariam em melhor situação com a MFN para evitar modificações
posteriores (como na Espanha, que mudou do SFN para o MFN).
> A mesma área geográfica ou cultural deve ser coberta pelas mesmas frequências
relacionadas com Elaborar estudos sobre integração dos sistemas internos do Cade; Realizar
estudos técnicos de soluções de inteligência organizacional, acesso a informação e governo
eletrônico; Desenvolver procedimentos para geração de relatórios para investigação e
instrução de casos; Elaborar guias de extração e cruzamento de informações concorrenciais;
Até o momento migração digital está não apenas atrasada do ponto de vista das
instalações das infraestruturas e tecnologias necessárias como também está atrasada
do ponto de vista legal. Apesar de muitas propostas de lei terem já sido elaboradas há
mais de dois anos atrás, o GABINFO ainda não avançou se quer nenhuma. Refere-se às
propostas da lei da rádio e televisão, nova lei de imprensa e os seus respectivos
regulamentos.
A regulamentação dos conteúdos também é uma questão que preocupou os presentes
da mesa-redonda. Como garantir que os conteúdos não lesem os direitos do autor, não
ultrajem amoral pública ou desencorajem a produção de conteúdos locais e respeitem
e preservem a cultura nacional? Sem uma regulamentação própria, será muito difícil
garantir o interesse nacional na produção ou emissão dos conteúdos.
Por outro lado, questionou-se o papel do serviço público de radiodifusão que, no
entender dos presentes, não responde cabalmente as necessidades dos cidadãos e por
outro, entra em concorrência desleal com os operadores privados, na medida em que
eles têm no negócio, sua fonte segunda de financiamento.
O grande desafio para o Estado na pessoa do CSCS será regular e fiscalizar
com eficiência. Tal implicaria ter a mão, o conjunto de leis e regulamentos
ainda não aprovados por um lado e por outro, tornar o serviço público de
radiodifusão uma realidade, através de um mecanismo de financiamento
robusto e a retirada dos órgãos públicos do espectro da concorrência com os
privados.
A ONU deu até junho para se fazer a migração da televisão analógica para a
digital. Mas só alguns países africanos estão preparados para a mudança.
Mesmo os mercados de televisão mais desenvolvidos estão atrasados. Muitos
países africanos – incluindo Moçambique, São Tomé e Cabo Verde – têm até
17 de Junho para passar a transmitir os programas de televisão apenas em
sinal digital. Teoricamente será possível receber em casa mais canais e ter
melhor qualidade de imagem.
Mas o especialista em tecnologia Mike Jensen, da África do Sul, diz que só uma
mão cheia de países deverá conseguir cumprir a meta de Junho de 2015.
“Mesmo países com grandes indústrias de média não conseguirão atingir a
meta: a Nigéria, a África do Sul ou o Quénia”. Angola, por exemplo, já anunciou
que só deverá fazer a transição em Junho de 2017 – dois anos depois da data
limite fixada internacionalmente.
Junho de 2015 é data limite para migração digital dos meios de comunicação
televisivos. Moçambique só este ano é que começou a preparar o terreno para
acolher esta nova tecnologia, quando noutros países, mais desenvolvidos,
iniciaram há anos e alguns já terminaram. Quando há censo eleitoral, políticos
reclamam o facto de as pessoas deixarem o recenseamento para último dia,
mas a experiência mostra que herdamos dos nossos representantes.
O Ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, disse, quarta-
feira passada, no programa Grande Entrevista da STV, que o Governo está a
fazer de tudo para que a migração seja um sucesso, e que se cumpra com os
prazos, mas várias individualidades, abalizadas na matéria, continuam
cépticas quanto ao sucesso da migração digital.
O docente Universitário, João Miguel, que lançou recentemente a obra “
Economia Politica da Televisão Moçambicana” diz não acreditar numa
migração com sucessos porque se na actual plataforma temos zonas que não
conseguem ter sinal, isso pode reflectir-se mais na situação actual em que
pautar pelo digital é uma imposição.
Outra questão que o académico aponta é a falta de informação, pois há
pessoas que compram, actualmente, televisores plasmas pensando que já
estão preparadas para receber sinal digital, quando na realidade vão precisar
de conversores após a transição. Ligado à recepção do sinal digital, Miguel diz
não aceitar a ideia defendida pelo Governo, segundo a qual não haverá apagão
no processo de transição, e socorre-se dando exemplos de países mais
desenvolvidos que o nosso, que já iniciaram há tempo, como é o caso de
Portugal, que durante o processo da digitalização houve apagão em algumas
zonas, condicionando o acesso à informação.
O Jornalista e Director Executivo da Associação Sekelekane, Tomás Vieira
Mário, diz ser pessimista em relação à migração digital, pois não acredita que
até Junho de 2015 o país esteja tecnologicamente preparado para transitar.
“Eu estou pessimista sobre o processo porque duvido que até essa altura
estejamos em condições de tecnologicamente emigrar para o digital sem
criarmos graves problemas de comunicação”, referiu Vieira Mário, para quem
o papel de disseminação de informação e alfabetização digital compete ao
Estado, “cabe ao Estado moçambicano prever situações que se nos impõem e
fazer um trabalho de base, na preparação do terreno para que se ajuste às
novas realidades”, precisou.
Por seu turno, o Jurista Custódio Duma toca a situação financeira como causa
condicionadora da migração digital. Duma olha para Rádios Comunitárias
como as que mais irão sofrer por isso, “a migração digital significa dinheiro e
para o caso das Rádios Comunitárias, a situação é ainda pior porque mesmo o
país não tem capacidade disso. Portanto, vai ser um desastre para a
comunicação social, principalmente a mais pequena”, sustentou.
Hilário Agostinho, Jornal Debate Moz, 2014
O governo deve junto das entidades responsáveis desdobrar-se arduamente
em campanhas de informação pública, enquanto estes estiverem ainda
operacionais e os receptores ainda úteis, para veicular mensagens de
sensibilização. Paralelamente os direitos do consumidor devem ser
salvaguardados através da informação e sensibilização dos vendedores de
aparelhos receptores por forma a informar os compradores dos riscos e das
consequências da migração digital e formas de mitiga-los a tempo, seja
através da compra de aparelhos compatíveis seja procurando pelos
conversores.