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“Future-se”

ameaça ao futuro
das Universidades e
Institutos Federais
É nesse contexto que foi apresentado à ANDIFES, nes- estratégico de desenvolvimento científico, tecnológico,
Desde a aprovação da Emenda Constitucional 95, em
ta terça feira, 16 de julho, um projeto que o Ministro cultural ou social. Para esse país, não são necessárias
2016, o PROIFES-Federação vem alertando para a in-
Abraham Weintraub denominou de ‘Future-se’. A exposi- Universidades e Institutos Federais de excelência, nem
compatibilidade entre esse dispositivo legal e a manu-
ção dos princípios gerais desse projeto foi feita pelo Se- professores pesquisadores como os que hoje existem
tenção dos direitos dos trabalhadores, agora brutal-
cretário da SESu/MEC, Arnaldo Lima, e pelo Secretário nas nossas instituições. Não se trata aqui de exorcizar a
mente atacados pela ‘Reforma da Previdência’; e para a
da SETEC, Ariosto Antunes; não foi distribuído nenhum interação – via de regra desejável e positiva - das Univer-
impossibilidade de ampliar os serviços de qualidade nas
documento. O Future-se seria sustentado por um fundo sidades e Institutos Federais com os mais diversos seto-
áreas sociais, como a saúde e a educação, conforme pre-
soberano do conhecimento, de natureza privada, a ser res econômicos e sociais, mas de garantir a formação de
vê o Plano Nacional de Educação, em vigor – ao menos
negociado em Bolsa de Valores. Os recursos iniciais vi- profissionais dotados de pensamento crítico e ao mesmo
em teoria – desde 2014.
riam da alienação ou concessão de patrimônio da União, tempo altamente capacitados, de garantir a produção do
espalhado pelo país. O Ministro estimou que poderiam conhecimento em sua dimensão mais ampla, seja ou não
Denunciar os efeitos da “EC 95” e propor sua revogação
ser captados R$ 50 bilhões, por essa via; as universida- esse conhecimento do interesse mais imediatista do dito
tem sido uma constante em todos os espaços de deba-
des que aderissem submeteriam projetos para concorrer ‘mercado’.
tes e articulações ocupados pelo PROIFES, que além de
ao dinheiro, nos eixos: gestão, governança e empreen-
lutar pela necessária revogação dessa Emenda Consti-
dedorismo; pesquisa e inovação; e internacionalização. É papel e dever da comunidade acadêmica, não apenas
tucional propõe que se faça no país o debate sobre uma
Essa proposta está em linha com o congelamento de ver- como principal interessada, mas sobretudo com a res-
Reforma Fiscal que mudasse radicalmente o status quo
bas – já em curso – que resulta da aplicação da EC 95, ponsabilidade que temos pelo futuro do País, alertar e
hoje prevalente no Brasil: tributa-se o consumo, o que
afetando gravemente o custeio e investimento das IFES; esclarecer a população sobre o imenso retrocesso e as
onera a população como um todo, mas pouco se cobra
o objetivo declarado do ‘Future-se’ é, portanto, substituí- desastrosas consequências que um tal caminho traria
dos detentores de propriedade e renda, em especial o
-las por recursos vindos da iniciativa privada. para o Brasil. É nossa obrigação vencer a batalha da co-
grande capital financeiro, que concentra a maior parte
municação, e, com a forte mobilização de nossos pro-
da riqueza nacional. Sem essa revogação, o declínio das
Não é possível aceitar que a produção do conhecimento fessores, alunos e servidores, convencer a sociedade a
verbas de pessoal, de custeio e de investimento nas IFES
e a formação de profissionais com qualidade fiquem na repudiar essa nefasta iniciativa.
seria catastrófico, no curto e médio prazo – e, natural-
dependência da Bolsa de Valores. O que está em jogo é
mente, levaria às propostas que volta e meia circulam na
a defesa de um patrimônio do povo brasileiro, constru- O PROIFES Federação conclama a todos para mais essa
grande imprensa: cobrança de mensalidades e venda de
ído ao longo de muitas décadas; patrimônio esse inútil luta em defesa de um futuro digno para todas as brasi-
serviços pelas Universidades e Institutos, dentre outras.
para os que defendem um projeto que pensa o Brasil leiras e brasileiros.
Essa previsão vem, lamentavelmente, se concretizando,
como uma nação subalterna, internamente cada vez
com cortes e contingenciamentos orçamentários pro-
mais injusta e desigual, exportadora de matérias pri-
gressivos impostos à educação, à ciência e à tecnologia
mas e subserviente às grandes potências, sem projeto
como um todo, e às IFES em particular.

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