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nem sempre todos estão de acordo com tal ou qual corrente de opinião. O voto
vencido não é uma rebeldia, é uma semente”(4). À guisa de coroa e remate de
seus louvores, reproduziu a eloquente sentença do ex-ministro Luiz
Gallotti: “Um bom acórdão é o que traz um voto vencido”(5).
Já o proclamara o excelso Rui, por ocasião do julgamento, no
Supremo Tribunal Federal, do célebre “Habeas Corpus” nº 300: “Um voto
me basta para a vitória moral desta causa”(6). Este voto (vencido) obteve-o
do ministro Pisa e Almeida, que, por isso, mereceu ao ínclito jurista
pregão imortal(7).
Assim, nem porque “solus peregrinus”, é o voto vencido menos de
apreciar e enaltecer.
Notas
(1) De Plácido e Silva, Vocabulário Jurídico, 3a. ed., vol. III, p. 1.667.
(2) Leib Soibelman, Enciclopédia do Advogado, 3a. ed., p. 370.
(3) Uma de suas virtudes extrínsecas: render azo à oposição de
embargos infringentes, pelos quais poderá o réu alegar de sua
justiça (art. 609, parág. único, do Cód. Proc. Penal).
(4) A Voz da Toga, 2a. ed., p. 50.
(5) Idem, ibidem, p. 51.
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Carlos Biasotti
Desembargador aposentado do TJSP e ex-presidente da Acrimesp