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Sumário
- Pessoas Naturais: Início de sua existência e personalidade. ................................................................ 3
- Capacidade............................................................................................................................................ 5
- Incapacidade ......................................................................................................................................... 7
- Cessação da incapacidade. ............................................................................................................. 14
- Extinção da personalidade natural. .................................................................................................... 17
- Individualização da pessoa natural: Nome, Estado e domicílio.......................................................... 20
- Nome .............................................................................................................................................. 20
- Estado (status) da pessoa natural................................................................................................... 22
- Domicílio. ........................................................................................................................................ 24
- Direitos da Personalidade ................................................................................................................... 27
- Da ameaça ou lesão a direito da personalidade. ............................................................................ 29
- Da disposição do Corpo em vida e para depois da morte. ............................................................. 30
- Do constrangimento a tratamento médico ou intervenção cirúrgica. ........................................... 32
- Proteção ao nome........................................................................................................................... 34
- Da produção intelectual e da imagem das pessoas........................................................................ 34
- Da intimidade.................................................................................................................................. 36
- Ausência. ............................................................................................................................................. 37
- Ausência (arts. 22 a 39)................................................................................................................... 37
QUESTÕES COMENTADAS..................................................................................................................... 45
LISTA DAS QUESTÕES E GABARITO. ...................................................................................................... 86
Pessoas Naturais
1
Também pode ser encontrada a denominação, para a pessoa natural, de pessoa física.
2
Quando acontece de a criança nascer morta (natimorto), não adquirindo assim a
personalidade civil (qualidade de quem é sujeito de direito), ela não terá uma certidão
de nascimento, será registrada em um livro auxiliar; se a criança nascer viva e depois
vier a falecer, mesmo que seja por segundos, esta criança terá uma certidão de
nascimento, pois adquiriu a personalidade civil (nasceu com vida) e posteriormente uma
certidão de óbito.
- Capacidade
Voltando ao artigo 1º, quando ele diz: “Toda pessoa é capaz ...” - já
podemos perceber a primeira noção de capacidade, que vem a ser a maior
ou menor extensão dos direitos e obrigações. (é como se estivéssemos
medindo estes direitos e obrigações)
Então vamos por partes:
“Capacidade exprime poderes ou faculdades; personalidade é a
resultante desses poderes; pessoa é o ente a quem a ordem jurídica
outorga esses poderes”. 3
A personalidade tem sua medida na capacidade e para termos esta
medida será necessário diferenciarmos a capacidade de direito (de gozo)
da capacidade de fato (de exercício).
3
Washington de Barros Monteiro, Ana Cristina de Barros Monteiro França Pinto, Curso de
direito Civil 1, 43 ed.
Já:
Vamos agora, então, estudar os casos onde a pessoa natural possui o gozo
de um direito, porém não possui a capacidade de exercê-lo por si
mesma.
- Incapacidade
4
Este assunto será abordado em nossas próximas aulas.
5
Sílvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, Parte Geral, p. 135.
6
Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro 1.
Incapacidade Absoluta
II.Não tiverem o
III.Não puderem exprimir
necessário discernimento
I. Menores de 16 anos sua vontade (mesmo que
(por enfermidade ou
por causa transitória)
deficiência mental)
7
Doenças congênitas são aquelas com as quais a pessoa já nasce.
8
Os institutos da tutela e da curatela fazem parte do Direito da Família. Para que você
não fique “perdido”, vamos ver uma breve noção: tutela aplica-se a menoridade civil,
já a curatela aplica-se aos demais incapazes que apresentam problemas para exercer
por si só os atos da vida civil.
Esta lei entra em vigor em 180 dias a contar da publicação. Desta forma,
teremos como absolutamente incapazes os menores de 16 anos.
Como esta lei ainda não entrou em vigor mantemos a disposição antiga do
art. 3º para que você possa visualizar a diferença. Mas fique atento.
Incapacidade
Relativa
Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode
ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele senão de
conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por
menores.
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se
de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando
inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por
ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa,
não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não
tiverem pleno discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
IV. Por fim, terminando o rol das pessoas naturais que possuem
capacidade relativa, temos o pródigo. Embora o código civil não defina
exatamente o que seja o pródigo, ele é aquela pessoa que
desordenadamente gasta, acaba com seu patrimônio, ficando na miséria.
Cabe ressaltar que enquanto não houver uma sentença
declarando o estado de prodigalidade (e tornando-o relativamente incapaz)
o pródigo é capaz de todos os atos da vida civil. Com a sua interdição, o
pródigo será privado, exclusivamente, dos atos que possam
comprometer seu patrimônio, não podendo, sem a assistência de seu
curador (artigo 1.767, V do CC), alienar, emprestar, dar quitação, transigir,
hipotecar, agir em juízo e praticar, em geral, atos que não sejam de
mera administração (artigo 1.782 do CC).
Continuando!
No parágrafo único do art. 4º do CC temos os índios, regidos por
legislação específica. Estas pessoas, por sua “inacessibilidade a vida na
cidade”, possuem uma educação lenta e difícil, por este motivo o legislador
criou um sistema de proteção.
Art. 4º. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação
especial.
ATENÇÃO!
A Lei nº 13.146 de 06/07/2015 alterou, também, o art. 4º do
CC/2002, que ficou com a seguinte redação:
Como falamos anteriormente, esta lei entrará em vigor em 180 dias de sua
publicação, deste modo manteremos a versão antiga e a atual para que
você visualize a diferença na redação do artigo. ;)
- Cessação da incapacidade.
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
9
Isto é assunto de Direito da Família. Neste caso o menor tutelado é aquele que possui
um tutor, por terem os seus pais falecido, ou sido declarados ausentes, ou então, terem
perdido o poder familiar.
CC Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-
se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não
atingida a maioridade civil.
10
Caso o casamento seja nulo, não há de se falar em retorno da incapacidade, pois
nesse caso não houve emancipação. O ato não foi válido e o relativamente incapaz
assim permaneceu.
Art. 6º. A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta,
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão
definitiva.
A pessoa natural, assim como a sua personalidade, tem seu fim com
a morte, tendo em vista que esta nasce com aquela, ou seja, a
personalidade nasce com a pessoa natural e tem o seu fim juntamente com
a morte.
A morte tem como consequência imediata a cessação de direitos e
obrigações de que o de cujus (o morto) era titular. Todavia, sua vontade
11
Ausentes são as pessoas que se ausentaram ou se afastaram de seu domicílio regular
sem deixar procurador ou representante legal, e das quais não se tenha notícias. Porém
não basta a simples não presença para configurar a ausência, é necessária a falta de
notícia do ausente, de modo que haja dúvidas quanto a sua existência, bem como a
declaração judicial desse estado. O instituto da ausência é um instrumento jurídico que
tem por escopo proteger os interesses daquele que se ausentou, por meio da curadoria do
ausente.
Na morte civil, a pessoa ainda tem vida, porém está “morta” para
alguns direitos e obrigações civis, como no caso do artigo visto acima.
Quando o filho foi excluído da herança pelo pai, os seus herdeiros, ou seja,
seus filhos, receberão a herança do avô como se o pai fosse morto. É um
resquício da morte civil, pois a pessoa só está “morta” para alguns direitos
- Nome
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda
comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá
ao nome.
12
Há também o heterônimo que vem a ser nomes diferentes utilizados pela mesma
pessoa, como casos de escritores que escrevem utilizando seu próprio nome, mas também
publicam livros com um nome fictício, virtual. Ambos são nomes do mesmo autor e estão
protegidos por lei.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendido o prenome e o
sobrenome.
O prenome pode ser simples, como nos nomes João, José, Gabriel;
ou duplos como nos nomes José Antônio, Ana Clara. Pode ainda ser triplo
ou quadruplo, como nas famílias reais. Pode ser livremente escolhido,
desde que não exponha a pessoa ao ridículo, nestes casos, o oficial do
registro deve se recusar o registro.
Já o sobrenome, patronímico, é que identifica a procedência da
pessoa, identificando sua filiação, sendo por este motivo imutável, não
pode ser livremente escolhido, mas pode vir do apelido de família paterno,
materno ou de ambos. Também pode ser simples (Silva, Baptista) ou
composto (Souza Mello), podendo ainda ser acompanhado das partículas
de, do, da, dos e das.
Os apelidos de família, ou sobrenome, são adquiridos pelo simples
fato de nascer naquela família, tendo em vista que o registro de
nascimento tem caráter declaratório. Mas sua aquisição também pode
se dar por ato jurídico como a adoção, casamento. Com a adoção, o
adotado não pode continuar com o sobrenome de seus pais biológicos, visto
Importante:
Em princípio o nome é inalterável, sendo este um princípio de
ordem pública. Mas há inúmeros casos em que esta regra sofre exceções,
quais sejam:
1.Quando expuserem seu portador ao ridículo e a situações vexatórias,
desde que se comprove o dano;
2.Quando houver erro grave evidente (neste caso trata-se mais de uma
retificação de prenome do que uma alteração);
3.Quando causar embaraços no setor eleitoral ou em atividade profissional;
4.Quando houver mudança de sexo;
5.Quando houver apelido público notório, que pode vir a substituir o
prenome, se for conveniente e não proibido em lei;
6.Quando for necessário para proteção de testemunhas ou vítimas, se
estendendo para o cônjuge, filhos, pais, dependentes, mediante
requerimento ao juiz competente para registros públicos, ouvido o
Ministério Público (cessada a coação ou ameaça a pessoa pode pedir o
retorno ao seu nome originário);
7.Quando houver parentesco de afinidade em linha reta, quando um
enteado ou enteada quiser adotar o sobrenome do padrasto ou da
madrasta. Isso é possível, desde que haja a concordância do padrasto ou
da madrasta e sem o prejuízo de sobrenomes de família (não há
necessidade de o menor esperar até completar a maioridade para pedir a
alteração de seu nome, basta que seja representado ou assistido).
13
Direito da Família. Como é chamado o poder dos pais em relação a seus filhos
Este estado pode ser classificado sob três diferentes ângulos: estado
¹individual ou físico; estado ²familiar; e estado ³político. Vamos a eles:
Estado individual ou físico – é o que diz respeito à constituição
física ou orgânica da pessoa. Sua idade, se este é maior ou menor;
sexo, feminino ou masculino; sua saúde, se é portador de alguma síndrome
ou doença que o torne especial ou que o impossibilite de expressar suas
decisões. São os aspectos da pessoa como ser humano.
Estado familiar – é a posição que a pessoa ocupa dentro da
família. No que concerne ao matrimônio; se é casada, solteira, viúva,
divorciada. Quanto ao parentesco sanguíneo; se é pai, mãe, filho, avó,
neto, sobrinho. Quanto à afinidade; se é sogro, genro, madrasta, cunhado.
Diante da grande importância destes dois estados da pessoa, os
artigos 9º e 10 do CC estabelecem que todos os atos que importem em
alteração, criação ou extinção do estado individual e familiar das pessoas
naturais, devem ser registrados em registro público, para que qualquer
pessoa que precise da informação a encontre, vejamos estes dois artigos
novamente:
- Domicílio.
Art. 70. O domicílio civil da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.
14
Normas de ordem pública possuem imperatividade, são impostas, sua obrigatoriedade
não pode ser afastada.
Art. 73. Ter-se-á por domicilio da pessoa natural, que não tenha residência
habitual, o lugar onde for encontrada.
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á domicilio seu qualquer delas.
1.Incapaz
2.Servidor
5.Preso
público
Domicílio
Necessário
4.Marítimo 3.Militar
- Direitos da Personalidade
15
Caio Mario da Silva Pereira. Instituições de Direito Civil, volume I, 25ed., pág.199.
16
Washington de Barros Monteiro. Curso de Direito Civil 1, 43 ed.
não menção na Constituição ou no Código Civil não significa que não exista,
ou que não esteja protegido legalmente.
Irrenunciáveis Imprescritíveis
17
Erga omnes; expressão latina, efeito em relação a todos, eficácia contra todos.
18
São indisponíveis em regra porque pode haver exceções, como por exemplo: admitir
sua disponibilidade em prol do interesse social; ninguém poderá recusar que sua foto fique
estampada em documento oficial.
19
Washington de Barros Monteiro. Curso de Direito Civil 1, 43 ed., p.107.
20
Em Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil, parte geral, 11ª ed. Pág. 171.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar
os bons costumes.
Parágrafo único: O ato previsto neste artigo será admitido para fins de
transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do
próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único: O ato de disposição pode ser revogado a qualquer tempo.
O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma
estabelecida em lei especial”.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a
tratamento médico ou intervenção cirúrgica.
21
Código Civil Comentado, Editora Revista do Tribunais, 8 ed., pág. 235.
- Proteção ao nome
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e
o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações
ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja
intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda
comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se
dá ao nome.
Salvo se 1.Autorizadas
ou
2.Necessárias 2.1 a Administração da justiça
ou
2.2 a Manutenção da ordem pública
Sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais
- Da intimidade.
Se você quer saber um pouco mais sobre o tema acesse o site do STF ou:
http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI221675,61044-
Nao+e+necessaria+autorizacao+previa+para+publicacao+de+biografias
- Ausência.
22
Instituições de Direito Civil I, 25 ed.
23
Curso de Direito Civil Brasileiro 1, 28 ed.
3. Da sucessão definitiva
O juiz, a
requerimento de este não quer ou não
ou os seus poderes
qualquer interessado pode exercer o
são insuficientes
ou do MP mandato
também se
declarará a ausência declarará a ausência
e nomeará CURADOR e se nomeará
curador
24
Apesar de não estar expresso no CC, a companheira (o), também tem legitimidade para
requerer a decretação da ausência, e também para ser nomeada curadora (o), por força
do art. 226, §3º da Constituição Federal.
se Não deixou
um ano da representante ou
arrecadação dos procurador
bens
a abertura da
sucessão provisória
ocorrerá decorridos
25
Neste sentido o enunciado 97 da 1ª Jornada de Direito Civil realizada pelo Conselho
da Justiça Federal: “No que tange à tutela especial da família, as regras do Código Civil
que se referem apenas ao cônjuge devem ser estendidas à situação jurídica que envolve
o companheirismo, como por exemplo na hipótese de nomeação de curador dos bens do
ausente (art. 25 do CC)”.
Um abraço.
QUESTÕES COMENTADAS.
Comentário:
A incapacidade cessará para os menores nas situações elencados no Código
Civil:
Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação
de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos
completos tenha economia própria.
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
Alteramos a ordem dos artigos de propósito. Sem nos prologarmos
muito em explicações, saiba que as situações de emancipação
apresentadas nos incisos II, III e IV podem, teoricamente, acontecer antes
dos 16 anos.
Gabarito letra B.
Comentário:
a) Errado. A emancipação ocorre relativo a colação de grau em ensino
superior. Lembre-se que não há o requisito idade, embora dificilmente
um jovem consiga colar grau em curso de nível superior antes dos 16 anos.
d) Errado.
Art. 4o. São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência
mental, tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Comentário:
a) Errado. Lembre-se! A idade, por si só, não é causa de incapacidade. No
exemplo em questão esta pessoa seria absolutamente incapaz, mas a
justificativa para tal situação está no fato de não poder a pessoa exprimir
a sua vontade, mesmo que por causa transitória.
b) Errado. Alternativa parecida com o que já foi cobrado pela ESAF. Estaria
correta se ao invés de capacidade de fato ou exercício estivesse escrito
capacidade de gozo ou de direito.
Além disso, pode-se praticar determinados atos da vida civil a partir dos 16
anos e não antes (por isso a expressão relativamente incapaz).
Art. 5o. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria.
Comentário:
a) Correto. É o enunciado da JORNADA I STJ 4. Mas lembre-se que
conforme o código civil, os direitos da personalidade, em regra, são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer
limitação voluntária.
b) Correto. CC Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio
em propaganda comercial.
d) Errado.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida,
a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
e) Correto.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do
próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer
tempo.
Gabarito letra D.
Comentário:
a) Correto.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico: I - por incapacidade relativa do agente;
Lembre-se:
e) Errado.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo,
quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os
bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante,
na forma estabelecida em lei especial.
Gabarito letra A.
Comentário:
Lembre-se! Quando não há um corpo, pode ser declarada a morte
presumida, esta poderá ser com ou sem decretação de ausência. No caso
da pessoa que participava de operações bélicas, trata-se da hipótese do
art. 7º:
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for
encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá
ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença
fixar a data provável do falecimento.
Gabarito letra A.
a) V, V, F, V
b) F, V, F, V
c) F, F, V, F
d) V, F, F, F
e) F, F, F, F
Comentário:
Item 1 falso, porque os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que,
por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido são
relativamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil.
Item 2 falso, porque os recém-nascidos e os amentais possuem a
capacidade de direito ou de gozo, mas não possuem capacidade de
exercício ou de fato. Nada impede, porém, que ambos possam herdar.
Item 3 falso, porque Art. 6o A existência da pessoa natural termina com
a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei
autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Item 4 falso, porque conforme art. 10.
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o
divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a
filiação;
Gabarito letra E.
a) V, V, F, V
b) F, V, F, V
c) F, F, V, F
d) V, F, F, V
e) F, F, F, F
Comentário:
Item 1 falso. Esta questão é sempre polêmica. Assim está no CC:
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária.
Ou seja, existe uma regra e ela comporta exceções. Tenha sempre cuidado
nas questões que envolvem o art. 11, analise muito bem as outras
alternativas para não ficar dependendo de anulações. No caso desta
questão, o item é falso justamente porque o as características
apresentadas no art. 11 comportam exceções. (casos previstos em lei)
Item 2 falso. O ato de disposição do próprio corpo segue normas pré
estabelecidas, não é ampla (há várias restrições) a permissão do ato
de disposição do próprio corpo, seja em vida ou para depois da morte.
Item 3 falso. Sempre que houver intenção comercial, é necessária a
autorização da pessoa.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda
comercial.
Item 4 falso. Baseado na letra da lei.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que
se dá ao nome.
Gabarito letra E.
a) V, V, F, V
b) F, V, F, V
c) F, F, V, V
d) V, F, F, F
e) V, V, V, F
Comentário:
Item 1 falso. Não precisamos falar que você deve ter muito cuidado com
as palavras “sempre”, “nunca”, “única”. No caso desta afirmação, a ESAF
colaborou, porque mesmo no caso em questão não é necessária a
homologação judicial. A sentença é necessária no caso de haver tutor.
Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
Item 2 falso. A comoriência não faz menção ao lugar. Trata-se de presunção
de morte simultânea. Isto porque o conceito de lugar teria, também, que
estar definido na lei. Imagine a seguinte situação: ocorre um incêndio em
um prédio em que falecem Paulo e Maria, marido e mulher, no entanto,
Paulo estava no decimo sétimo andar, já Maria estava no 5 andar. Surgiria
a pergunta: eles estavam no mesmo lugar? Veja como uma simples palavra
no direito pode ser motivo para muita polêmica. Talvez por isto o texto do
CC faz menção apenas a mesma ocasião.
Art. 8o. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos.
Item 3 verdadeiro.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo,
quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os
bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de
transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Item 4 verdadeiro.
Art. 9o. Serão registrados em registro público:
I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
Gabarito letra C.
Comentário:
a) Correto. Os direitos da personalidade tem como fundamento
constitucional a dignidade da pessoa humana. Trata-se primordialmente ao
direito a vida, seguido dos direitos a integridade física, intelectual e moral.
d) Correto.
e) Correto.
Gabarito letra C.
Comentário:
Vamos começar a explicação pelas alternativas falsas:
b) a alternativa não deixa claro se o menor possui economia própria, mas,
de todo modo, lembre-se que “toda pessoa é capaz” (CC art.1). O que
ocorre com a capacidade é uma limitação. A questão poderia levantar
dúvidas se, em sua parte final, estivesse escrito: não adquire a
emancipação.
c) Isto não está no rol das incapacidades. (CC arts. 4º e 5º).
d) A capacidade de exercício pressupõe a de gozo? Sim. Esta (capacidade
de gozo) não pode subsistir sem a de fato ou de exercício? Errado. A
capacidade de gozo ou de direito é inerente a pessoa. A capacidade de fato
ou de exercício é que não pode subsistir sem a de gozo ou de direito.
e) Errado, pois se trata da morte presumida sem decretação de ausência.
Art. 7o. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for
encontrado até dois anos após o término da guerra.
Comentário:
a) Correta. O exercício de direitos pelos incapazes ocorre por representação
ou por assistência.
b) Correta.
c) Correta.
d) Errada. Assunto mais específico, está relacionado a interdição, mas você
tinha condições de “matar” a questão, nem que fosse por eliminação. A
questão é polêmica, mas baseia-se no seguinte:
Art. 1.773. A sentença que declara a interdição produz efeitos desde logo,
embora sujeita a recurso.
e) Correta.
Gabarito letra D.
Comentário:
a) Correta.
b) Correta. Lembre-se disto! Quando não houver discernimento estamos
diante de incapacidade absoluta, se o discernimento for reduzido trata-se
de incapacidade relativa.
c) Correta.
d) Correta.
e) Errado. “A proteção legal se impõe ao maior incapaz para que não seja
prejudicada a execução de suas obrigações sociais, comerciais e familiares
e para que haja proteção afetiva de seus bens e de sua pessoa”26. No caso
do pródigo é que a curatela volta-se apenas para o aspecto patrimonial.
Gabarito letra E.
26
Nelson Nery Junior, Código Civil Comentado, 8 ed., pag. 1282.
Comentário:
a) Errado. Lembre-se! As características dos direitos da
personalidade comportam exceções.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo,
quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os
bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante,
na forma estabelecida em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do
próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
b) Correto.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações
ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja
intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda
comercial.
c) Errado. A indisponibilidade dos direitos da personalidade é regra que
comporta exceções.
d) Errado.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá
ao nome.
e) Errado.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Gabarito letra B.
Comentário:
Lembre-se da expressão chave: discernimento reduzido. O toxicômano
é a pessoa que faz uso habitual de entorpecentes, é o viciado em drogas.
Segundo o código civil temos o seguinte:
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
...
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental,
tenham o discernimento reduzido;
Gabarito letra E.
Comentário:
a) Errado.
Art. 9o Serão registrados em registro público:
I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
Comentário:
a) Errado.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do
próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a
qualquer tempo.
Os dispositivos legais justamente consagram a ideia do princípio do
consenso afirmativo.
b) Errado. Já explicado anteriormente.
c) Correto.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar
os bons costumes.
d) Errado. Ao ser interditada a pessoa se considerada relativamente capaz
precisa da assistência do curador para a validade de seus atos. Se
considerada absolutamente incapaz precisará da representação.
Comentário:
Questão que, embora antiga, é bastante didática e válida. Todas
alternativas estão corretas a exceção da alternativa “e”, porque a
capacidade de fato ou de direito é a aptidão para exercer por si os atos
da vida civil.
Gabarito letra E.
Comentário:
A alternativa “a” está incorreta, pois a capacidade de direito (plena
obviamente) é adquirida a partir do nascimento com vida, já a capacidade
de ação (de exercício) ou de fato é a que ocorre, em regra, com os
dezoito anos (mas há exceções). O termo capacidade plena abrange
as duas capacidades.
A alternativa “b” está errada, pois o registro de nascimento da pessoa
natural possui caráter meramente declaratório, uma vez que a
capacidade de direito é adquirida a partir do nascimento com vida.
A alternativa “c” está errada, pois fala em pessoa jurídica e dá o conceito
de pessoa natural.
A alternativa “d” está correta, pois de fato o registro civil da pessoa natural
possui natureza meramente declaratória. E para as pessoas jurídicas, de
acordo com o art. 45, o registro tem efeito constitutivo.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
(Veremos isto na próxima aula, mas vá memorizando, pois este é
um tema recorrente)
A alternativa “e” está errada, pois é a capacidade de fato que pode ser
afastada e não a de direito.
Importante: capacidade civil plena = capacidade de direito + capacidade
de fato.
Gabarito letra D.
Comentário:
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Gabarito letra E.
Comentário:
Para a resolução desta questão nos utilizaremos de três artigos em
conjunto, o art. 12, o art. 17 e o art. 20, vamos a eles:
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações
ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja
intenção difamatória.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra,
ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão
Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Alternativa “b” errada - a comoriência não é vedada no direito brasileiro
Art. 8º. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos.
Alternativa “c” errada.
Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a
lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Alternativa “d” correta.
Art. 9º. Serão registrados em registro público: II - a emancipação por outorga dos
pais ou por sentença do juiz.
Alternativa “e” errada.
Comentário:
Alternativa “a” errada, tendo em vista que a capacidade de direito é
atribuída a todas as pessoas naturais bastando nascer com vida. É a
capacidade de fato que pode não ser atribuída àqueles que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento
para os atos da vida civil.
Alternativa “b” está correta.
Alternativa “c” está errada, uma vez que o casamento faz cessar a
incapacidade relativa da pessoa, tornando-a apta para exercer sua
capacidade de fato, ou seja, exercer por si mesma os atos da vida civil. A
capacidade de direito é aquela que o ser humano adquire do nascimento
com vida. É inerente ao ser humano.
Alternativa “d” está errada, conforme já explicado.
Alternativa “e” está errada, porque a interdição faz com que a pessoa perca
sua capacidade de fato, e não sua capacidade de direito. A personalidade
jurídica é inerente à pessoa com ela permanecendo enquanto viva. A
personalidade jurídica só se extingue com a morte.
Gabarito letra B.
Comentário:
Na afirmativa I temos que “a chamada faculdade legal, que consiste em um
poder concedido pela lei ao indivíduo, ainda que ele não tenha feito uso
dela, não pode ser modificada por lei nova”. Neste caso apresentado, se
uma pessoa tinha um determinado direito, que lhe era concedido pela lei
x, mas não fez uso deste direito. E, com o decorrer do tempo, veio lei nova
y que cancelou este direito. Observem: se a pessoa tivesse usado do seu
direito, a lei nova, de acordo com o art. 6º, respeitaria este direito que
estava sendo exercido: “A Lei em vigor terá efeito imediato e geral,
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada”.
Como a pessoa não fez uso deste direito, temos que não há de se falar que
a lei nova não possa modificá-lo. Afirmativa errada.
Na afirmativa II temos o mesmo caso da afirmativa I. Se a pessoa não
casou quando a idade era de 16 anos, em decorrência da lei nova terá que
esperar até os 18 anos. Simplesmente porque não exerceu este direito. Se
já estivesse casada com 16 anos seria diferente, pois a nova lei não poderia
atingir este ato jurídico perfeito. Afirmativa errada.
Para a afirmativa III vamos utilizar um artigo do Código de Processo Civil.
Art. 127. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
Portanto o juiz só poderá usar a equidade, quando expressamente prevista
em lei. Afirmativa errada.
Gabarito letra D.
Comentário:
Afirmativa I está errada, pois no momento da adoção, o adotado perde
totalmente o vínculo com seus pais biológicos, que perdem o pátrio poder.
Portanto, não pode permanecer com o sobrenome dos pais biológicos.
A afirmativa II, fala nos absolutamente incapazes – que estão no art. 3º.
Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
Comentário:
Afirmativa I errada.
Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Afirmativas II e III tratam sobre o mesmo tema, que é a capacidade de
direito versus capacidade de fato. Então ATENÇÃO: Capacidade de direito/
aquisição/ gozo: Capacidade inerente a qualquer pessoa, prevista no artigo
1º do CC. A pessoa nasce com ela. Capacidade de fato/ de exercício/ de
ação: é a adquirida com a maioridade civil (18 anos e nos casos de
emancipação), consiste na aptidão para praticar atos da vida civil por si só.
Nas duas afirmativas há confusão sobre este tema, portanto ambas são
falsas.
Afirmativa IV correta.
Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: V - pelo
estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria.
Afirmativa V errada tendo em vista este mesmo artigo.
Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Comentário:
A alternativa “a” está errada, pois o direito à integridade física admite
temperamentos. Um exemplo disto está no art. 13:
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar
os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido
para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
A alternativa “b” está errada, pois é possível a propositura de ação que faça
cessar a lesão, de acordo com o art. 12:
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral até o quarto grau.
A alternativa “c” está errada, uma vez que o pseudônimo é protegido pela
lei.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que
se dá ao nome.
A alternativa “d” está correta.
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária.
Finalmente, a alternativa “e” está errada.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do
próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a
qualquer tempo.
Gabarito letra D.
Comentário:
Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a
lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Questão literal.
Importante: independentemente da viabilidade da criança, se nasceu com
vida, mesmo que assim permaneça por poucos segundos, adquiriu
personalidade jurídica.
Gabarito letra D.
Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou
contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante,
na forma estabelecida em lei especial.
Alternativa “b” correta.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Alternativa “c” errada.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do
próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a
qualquer tempo.
Alternativa “d” errada.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Alternativa “e” errada.
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária.
Gabarito letra B.
Comentário:
A alternativa “a” está errada, uma vez que a incapacidade relativa pode ser
superada pela assistência e a incapacidade absoluta pela representação.
Perceba que na questão está incapacidade civil.
A alternativa “b” também está errada, pois não há várias espécies de
incapacidades.
A alternativa “c” está errada, uma vez que não pode haver confusão entre
elas por se tratarem de institutos diferentes, que vão acarretar efeitos
diferentes.
A alternativa “d” num primeiro momento não parece errada, pois a
incapacidade relativa não permite que o incapaz pratique alguns atos e
permite que pratique outros. Agora, se você observar o enunciado da
questão perceberá que a letra “e” responde ao questionamento, o que não
ocorre com a letra “d”.
Observe: No direito brasileiro NÃO existe incapacidade de direito. Daí
decorre que existe apenas incapacidade de fato ou de exercício.
Você precisa prestar atenção ao enunciado da questão, observando
o que está sendo pedido.
Gabarito letra E.
Comentário:
A capacidade de direito ou de gozo é inerente a toda pessoa, adquire-se do
nascimento com vida. CC art. 2º. A capacidade de fato ou de exercício
dependerá do preenchimento de requisitos legais. Com sua interdição, o
Comentário:
É a chamada emancipação voluntária.
Art. 5º. § único, inciso I: pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do
outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação
judicial.
Requisitos: ambos os pais, um deles se o outro for falecido; instrumento
público, independente de homologação; dezesseis anos completos.
Gabarito letra B.
Comentário:
Lembre-se a personalidade civil é inerente a todo ser humano,
desnecessário qualquer requisito psíquico, este somente será necessário
para avaliarmos a capacidade de fato ou de exercício. Após ser emancipado
o menor não retorna ao status de relativamente incapaz. A emancipação é
irrevogável e definitiva. Caso o casamento fosse nulo a emancipação, por
consequência, não seria válida. Para o direito ela não teria ocorrido. O CC
admite morte presumida com ou sem decretação de ausência.
Gabarito letra A.
Comentário:
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se
dá ao nome.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o
sobrenome. Não há menção à alcunha.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações
ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja
intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda
comercial.
Não há exceção legal. A proteção aos direitos da personalidade está no art.
12:
Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Gabarito letra D.
Comentário:
A incapacidade absoluta leva em consideração a falta de um requisito, seja
ele pouquíssima idade ou o estado de saúde que não permita o mínimo de
condições para que a pessoa possa executar atos por si só. São
absolutamente incapazes segundo art. 5º: I - os menores de
dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não
tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os
que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Gabarito letra D.
Comentário:
Conforme art. 12, já comentado acima.
Gabarito letra D.
Comentário:
A emancipação pelo estabelecimento civil ou comercial exige que, ¹em
função deles, o jovem com ²16 anos completos tenha ³economia
própria.
Gabarito letra D.
Comentário:
Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria.
Serão feitos em registro público os atos que atestem o início e fim da
personalidade (nascimento, óbito, sentença declaratória de ausência
e de morte presumida), bem como alterações do estado e da capacidade
da pessoa (casamentos, emancipação voluntária ou por sentença do
juiz, a interdição por incapacidade absoluta ou relativa).
Comentário:
Art. 2º.
Gabarito letra B.
Comentário:
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o
divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a
filiação.
Gabarito letra D.
Comentário:
CC arts. 3º e 4º.
Gabarito letra A.
Comentário:
Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria.
Gabarito letra C.
Comentário:
CC art. 5º, §único, inciso V.
Gabarito letra C.
Comentário:
Excepcionais, sem desenvolvimento mental completo e os pródigos são
incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de exercê-los. A
morte pode ser real ou presumida, esta última com ou sem decretação de
ausência.
Gabarito letra B.
b) Todo embrião é sujeito de direito, por ser uma forma de vida viável.
c) A personalidade civil tem início com a concepção do ser humano,
assim, se nasce morto, preserva a personalidade com efeitos ex
tunc.
d) Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil, tendo sua
personalidade civil iniciada no nascimento com vida.
e) Se a pessoa nascer com vida e falecer logo depois, será tratada como
se nunca tivesse nascido, operando- se efeitos ex nunc.
Comentário:
Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a
lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Gabarito letra D.
Comentário:
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra,
ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão
ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber,
se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem
a fins comerciais.
Caso haja fim comercial, é devida a indenização, neste caso sendo
desnecessário atingir a honra, a boa fama ou a respeitabilidade.
Gabarito letra A.
Comentário:
Quando você chegou à alternativa “e”, deve ter dado um sorriso não é
mesmo?
LINDB Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras
sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de
família.
Gabarito letra E.
Comentário:
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda
comercial.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra,
Comentário:
Embora seja difícil acreditar que uma pessoa possa sobreviver com um
salário mínimo, esta infelizmente é a situação de muitos em nosso país.
Sendo assim, como a afirmação menciona que, em função do salário, o
menor com 16 anos completos pode ter economia própria, o gabarito da
questão está correto. As demais alternativas estão erradas e já foram
explicadas anteriormente.
Gabarito letra C.
Comentário:
Questão sem maiores dificuldades, o voto não está entre as possibilidades
de emancipação. Gostaríamos de fazer um comentário sobre o enunciado
da questão: “cessação da menoridade”, ora, o que cessa é a incapacidade
e não a menoridade. Às vezes, até mesmo as bancas confundem as coisas,
mas vá questiona-las! Por isso cuide a nomenclatura.
Gabarito letra B.
a) V, V, F, V
b) F, V, F, V
c) F, F, V, F
d) V, F, F, F
e) F, F, F, F
a) V, V, F, V
b) F, V, F, V
c) F, F, V, F
d) V, F, F, V
e) F, F, F, F
a) V, V, F, V
b) F, V, F, V
c) F, F, V, V
d) V, F, F, F
e) V, V, V, F
a) Os filhos não podem ingressar com ação com esse objetivo, pois os
direitos da personalidade guardam como principal característica a sua
intransmissibilidade.
b) Os filhos pleiteiam tutela por direito próprio, pois a imagem, o nome
e os feitos do biografado projetaram efeitos patrimoniais para além
de sua morte, que se incorporaram ao patrimônio dos filhos.
c) O exercício da livre manifestação do pensamento, da expressão
intelectual e da profissão autorizam a biografia de pessoas famosas,
visto que sua vida é pública.
d) Não sendo o caso de intenção difamatória, mas apenas o relato da
vida, o nome da pessoa pode ser empregado por publicações
impressas, mesmo que acabe atingindo sua honra.
e) A vida privada da pessoa natural é inviolável, e os filhos somente
poderão pleitear as providências necessárias para impedir ou fazer
cessar ato contrário a esta norma.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
Gabarito:
1.B 2.B 3.E 4.D 5.A 6.A 7.E 8.E 9.C 10.C
11.A 12.D 13.E 14.B 15.E 16.A 17.C 18.E 19.D 20.E
21.B 22.D 23.B 24.D 25.C 26.E 27.D 28.D 29.D 30.E
31.A 32.B 32.A 34.D 35.D 36.D 37.D 38.A 39.B 40.D
41.A 42.C 42.C 44.C 45.D 46.A 47.E 48.C 49.C 50.B