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CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

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CAPÍTULO 1
Organização do Sistema Elétrico de
Potência - SEP
- Sistema Elétrico Brasileiro
- Estrutura de um SEP

CAPÍTULO 1

Organização do SEP
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
Copyright 2015
Apresentação

Este curso tem como objetivo capacitar o trabalhador que interage direta
ou indiretamente com o sistema elétrico de Potência e que já tenha realizado o
treinamento Básico de NR10 40h, atendendo as exigências da Norma Regulamentadora
10, publicada conforme portaria GM nº 598 de 07 de dezembro de 2004. Esta NR
estabelece requisitos mínimos de medidas de controle e prevenção de acidentes
relacionados à eletricidade.
O treinamento do trabalhador sobre Segurança em Instalações e Serviços em
Eletricidade SEP é obrigatório conforme determina a NR-10. Esta NR abrange desde
instalações de geração de energia até instalações residenciais, devendo o trabalhador
estar capacitado com relação aos riscos inerentes ao trabalho com eletricidade.
O curso NR-10 da TOP Elétrica capacitará seus alunos sobre os riscos da
eletricidade, medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir sua
segurança e saúde durante a interação direta ou indireta com instalações elétricas
SEP.
Vamos ajudá-lo a se tornar um profissional ainda mais capacitado e preparado
para o mercado de trabalho. Bons estudos!

Alexandre Mettegang
Eng. Eletricista
Eng. de Segurança do Trabalho
CREA PR-87195/D
Índice
Sistema Elétrico Brasileiro
O SEP e o setor elétrico brasileiro 4
Estrutura de um SEP
O SEP e seus elementos 12
Organização do SEP

Sistema Elétrico
Brasileiro
O SEP e o sistema elétrico brasileiro

Quando falamos de setor elétrico, normalmente nos referimos ao Sistema Elétrico de Potência - SEP, mas o
que é o SEP?

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SE
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O q
SEP é definido como o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão
e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.

Afim de uniformizar o entendimento é importante informar que o SEP trabalha com vários níveis de tensão,
classificados em alta e baixa tensão e normalmente com corrente elétrica alternada (60 Hz).

Sabe-se que o setor elétrico mundial passa por amplo processo de reestruturação organizacional.

Geração
Alta e Baixa Tensão
Transmissão
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Conforme definição dada pela NR-10,


considera-se “baixa tensão”, a tensão
superior a 50 volts em corrente
alternada ou 120 volts em corrente
contínua e igual ou inferior a 1000
volts em corrente alternada ou 1500
volts em corrente contínua, entre
fases ou entre fase e terra.
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Da mesma forma, considera-se “alta


tensão”, a tensão superior a 1000 volts
em corrente alternada ou 1500 volts
em corrente contínua, entre fases ou
Distribuição entre fase e terra.
Medição inclusive

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Organização do SEP

O Setor Elétrico Brasileiro - SEB opera sob concessão, autorização ou permissão do Estado, provendo
serviços públicos de eletricidade à população.

Atualmente, é o serviço público na área de infraestrutura com maior extensão de atendimento, superior a
98% da população, portanto, próximo à universalização.

O marco regulatório do SEB, que passou por processo de revisão a partir de meados da década de 90,
foi consolidado pela Lei nº 10.848/2004, na qual estão estabelecidas as regras que definem o seu
funcionamento, nas atividades típicas de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia
elétrica.

Na condição de serviço público exercido sob concessão, autorização ou permissão do Estado, o


funcionamento do SEB é altamente regulamentado, definindo extensivamente as atribuições, direitos e
deveres do Poder Concedente, Agência Reguladora, Entidades Setoriais e Agentes, tudo com o objetivo
fundamental de assegurar a gestão do compromisso da segurança do suprimento e modicidade tarifária
no curto, médio e longo prazo.

No Brasil, este processo de reestruturação foi desencadeado com a criação de um novo marco regulatório,
a desestatização das empresas do setor elétrico, e a abertura do mercado de energia elétrica.

Para gerenciar este novo modelo do setor elétrico, o Governo Federal criou a estrutura organizacional
apresentada na figura a seguir.
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Organização do Setor Elétrico Brasileiro


Fonte: ANEEL

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Organização do SEP

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME


Encarregado da formulação, do planejamento e da implementação de ações do governo federal no
âmbito da política energética nacional.

CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA ENERGÉTICA - CNPE


Órgão de assessoramento do Presidente da República para formulação de políticas nacionais e diretrizes
de energia, que visa, dentre outros, ao aproveitamento racional dos recursos energéticos do país, a revisão
periódica da matriz energética e o estabelecimento de diretrizes para programas específicos. É órgão
interministerial presidido pelo Ministro de Minas e Energia.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE


Empresa pública federal dotada de personalidade jurídica de direito privado e vinculada ao MME. Tem por
finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor
energético. Elabora os planos de expansão da geração e transmissão da energia elétrica.

COMITÊ DE MONITORAMENTO DO SETOR ELÉTRICO - CMSE


Constituído no âmbito do MME e sob sua coordenação direta, tem a função de acompanhar e avaliar
permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético em todo o território
nacional.

CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CCEE


Entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da Agência Nacional
de Energia Elétrica - Aneel. Tem a finalidade de viabilizar a comercialização de energia elétrica transmitida
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por meio do Sistema Interligado Nacional - SIN, bem como de administrar os contratos de compra e venda
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de energia elétrica, sua contabilização e liquidação.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL


A missão da Aneel é proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se
desenvolva com equilíbrio entre os agentes, em benefício da sociedade.
Quando criada em 1997, pela Lei nº 9.427, cada consumidor brasileiro ficava sem energia elétrica, em
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média, 21 vezes por ano, num total de quase 26 horas. Hoje, cada
consumidor brasileiro possui em média 14,8 interrupções, num total de 18 horas. A Aneel tem como
atribuições:

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Organização do SEP

• Regular e fiscalizar a geração, transmissão, distribuição e comercialização da energia elétrica,


atendendo reclamações de agentes e consumidores, proporcionando equilíbrio entre as partes;
• Mediar conflitos de interesses dos agentes do setor (entre si ou com os consumidores);
• Conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia;
• Garantir tarifas justas, zelar pela qualidade do serviço e exigir investimentos; e
• Estimular a competição entre operadores e assegurar a universalização dos serviços.

OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA - ONS


O ONS foi criado em 26.08.1998, com caráter privado, teve seu funcionamento autorizado pela Resolução
n° 351, de 11 de novembro de 1998, da Aneel. O Órgão é responsável pela coordenação e controle da
operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica nos sistemas interligados brasileiros,
promovendo a otimização da operação do sistema eletroenergético garantindo a todos os agentes
o acesso à rede de transmissão, de forma não discriminatória, e contribuindo para que a expansão do
sistema eletroenergético se faça ao menor custo e vise às melhores condições operacionais futuras.
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A Usina de Três Gargantas na China é maior que Itaipu?


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Não. Itaipu é a maior usina geradora de energia do planeta.


A hidrelétrica brasileiro-paraguaia alcançou seu recorde
operativo em 2012, com 98,28 milhões de megawatts-hora
produzidos ao longo de todo o ano. A segunda colocada
é a usina chinesa de Três Gargantas, com 98,10 milhões de
MWh, em 2012. Em terceiro está Guri, na Venezuela, com 53,4
milhões MWh, em 2008.
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Usina Três Gargantas - Fonte: Wikipédia

Usina de Itaipu - AW Strom

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Organização do SEP

Características do Sistema Elétrico Brasileiro


De todos os segmentos da infra-estrutura, energia elétrica é o serviço mais universalizado. A incidência e as
dimensões dos nichos não atendidos estão diretamente relacionadas a sua localização – e às dificuldades
físicas ou econômicas para extensão da rede elétrica. Afinal, cada uma das cinco regiões geográficas
em que se divide o Brasil – Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte – tem características bastante
peculiares e diferenciadas das demais.

Estas particularidades determinaram os contornos que os sistemas de geração, transmissão e distribuição


adquiriram ao longo do tempo e ainda determinam a maior ou menor facilidade de acesso da população
local à rede elétrica. Para geração e transmissão de energia elétrica, por exemplo, o país conta com um
sistema (conjunto composto por usinas, linhas de transmissão e ativos de distribuição) principal: o Sistema
Interligado Nacional (SIN). Essa imensa “rodovia elétrica” abrange a maior parte do território brasileiro
e é constituída pelas conexões realizadas ao longo do tempo, de instalações inicialmente restritas ao
atendimento exclusivo das regiões de origem: Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região
Norte.

O SIN possui uma interdependência de operação, ou seja, uma usina depende das vazões liberadas a
montante por outras, ao mesmo tempo em que sua operação afeta as usinas a jusante. A figura abaixo
mostra as interligações das bacias e as suas respectivas usinas que fazem parte do SIN.
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SIN - Sistema Interligado Nacional


Fonte: ONS

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Organização do SEP

Além disso, há diversos sistemas de menor porte, não-conectados ao SIN e, por isso, chamados de Sistemas
Isolados, que se concentram principalmente na região Amazônica, no Norte do país. Isto ocorre porque as
características geográficas da região, composta por floresta densa e heterogênea, além de rios caudalosos
e extensos, dificultaram a construção de linhas de transmissão de grande extensão que permitissem a
conexão ao SIN.

Com tamanho e características que permitem considerá-lo único em âmbito mundial, o sistema de
produção e transmissão de energia elétrica do Brasil é um sistema hidrotérmico de grande porte, com
forte predominância de usinas hidrelétricas e com múltiplos proprietários.

Apenas 3,4% da capacidade de produção de eletricidade do país encontra-se fora do SIN, em pequenos
sistemas isolados localizados principalmente na região amazônica.
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Localização dos Sistemas Isolados no Brasil

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Organização do SEP

Organização e Hierarquia da Operação do SEB


A continuidade do fornecimento da energia elétrica está intimamente relacionada com os processos de
recomposição do SIN, que é uma atividade contínua no ONS. Diante dessa atribuição o ONS tem como
missão otimizar a utilização dos recursos de geração e transmissão do SIN, administrar a rede básica de
transmissão, bem como assegurar a continuidade, a qualidade e a economicidade do suprimento de
energia elétrica aos usuários.

As principais atribuições do ONS:

• Contratar e administrar serviços de transmissão de energia elétrica;


• Controlar e supervisionar a operação dos sistemas eletroenergéticos nacionais interligados e das
interligações internacionais;
• Definir as regras para operação de transmissão da rede básica a serem aprovadas pela Aneel;
• Planejar, programar a operação e executar o despacho centralizado da geração;
• Propor à Aneel ampliações/reforços das instalações da rede básica; e
• Supervisionar e coordenar os centros de operação de sistemas elétricos.

Para assegurar a continuidade, a qualidade e a economicidade do suprimento de energia elétrica aos


usuários a operação do SIN possui uma organização que visa fixar os contornos das redes elétricas de
atuação dos Centros de Operação do ONS, dos Centros dos Agentes e das instalações e a hierarquização
das responsabilidades destes na operação da rede e de suas instalações.
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SIN
Fonte: ONS

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Organização do SEP

A organização da operação foi desenvolvida de acordo com as seguintes orientações estratégicas:

Cabe ao CNOS
Centro Nacional de Operação do Sistema a coordenação, a supervisão e o controle da operação da Rede
de Operação e de bacias hidrográficas;

Cabe aos COSR


Centros Regionais próprios do ONS e COS (Centros de Operação de Sistema contratados pelo ONS) a
supervisão e controle da Rede de Operação sistêmica, e a coordenação, supervisão e controle da operação
da Rede de Operação Regional/Local e de Sistemas de Reservatórios;

Cabe aos COL


Centro de Operação Local, a supervisão e controle da Rede de Operação Regional/Local, nas instalações e
serviços para as quais foram contratados;

Cabe aos Agentes de Geração, Transmissão e Distribuição


Supervisão, o comando e a execução da operação das instalações que fazem parte da Rede de Operação,
bem como a coordenação, supervisão, controle, comando e execução da operação das instalações que
não fazem parte da Rede de Operação. Hierarquia de operação do SIN.
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SIN
Fonte: ONS

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Organização do SEP

Estrutura de um SEP
O SEP e seus elementos

No sistema elétrico de potência (SEP) ocorre a geração, transmissão e distribuição energia elétrica
atendendo a determinados padrões de confiabilidade, disponibilidade, qualidade, segurança e custos,
com o mínimo impacto ambiental e o máximo de segurança pessoal.

• Confiabilidade: definida como a probabilidade do SEP prover um adequado suprimento de


energia elétrica dentro de um período de tempo desejado de modo a satisfazer as necessidades
do usuário.

• Disponibilidade: definida como a probabilidade do SEP prover suprimento de energia quando


requisitado pelo usuário.

• Qualidade da energia: condição de compatibilidade entre sistema supridor e carga atendendo


critérios de conformidade senoidal (idênticos ao da função).

• Segurança: relacionado com a habilidade do sistema de responder a distúrbios que possam


ocorrer no sistema. Em geral os sistemas elétricos são construídos para continuar operando após
ser submetido a uma contingência.

Os sistemas elétricos são divididos em segmentos como: geração, transmissão, distribuição, utilização e
comercialização.
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1. Potencial hídrico;
2. Geração
3. Transformação - elevação
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4. Trasmissão
5. Subestação Rebaixadora
6. Atendimento a grandes
clientes
7. Grandes clientes
8. Sistema de distribuição

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Etapas
A eletricidade passa por várias etapas até que possamos consumI-la em nossas residências. De maneira
simplificada o caminho da eletricidade é:

• Geração
• Transmissão
• Distribuição
• Redes de Distribuição
• Consumidores Finais

A geração de energia elétrica pode ocorrer mediante a utilização de diversas tecnologias. As principais
aproveitam um movimento mecânico de rotação para gerar corrente elétrica em um alternador. Este
movimento pode vir de uma fonte de energia mecânica direta, como uma queda d‘água ou vento.

A transmissão liga as grandes usinas de geração as regiões de grande consumo. Nesta fase a tensão é
elevada e a energia é transmitida por longas linhas de transmissão, as quais interligam todo o país.

A distribuição é a fase onde a tensão é rebaixada e distribuída pelas cidades. A maioria das indústrias é
ligada nesta fase.

Nas redes de distribuição a tensão é novamente reduzida para sua entrega ao consumidores finais,
chegando as nossas casas.

2. Transmissão
Após o nível de tensão ser elevado através
de transformadores, a energia é transmitida
por linhas de alta tensão.
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1. Geração 3. Distribuição
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A energia elétrica é gerada em hidrelétricas, A energia tem sua tensão rebaixada para
termelétricas, usinas eólicas, etc. distribuição nas cidades. A maioria das
indústrias é ligada nesta fase.

4. Redes de Distribuição
A energia tem sua tensão rebaixada
novamente para atendimento dos consumidores
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finais, através de redes aéreas e subterrâneas.

5. Consumidores Finais
A energia chega à residências, comércio
e zona rural.

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Organização do SEP

Geração
O consumo de energia é um dos principais indicadores do desenvolvimento econômico e do nível de
qualidade de vida de qualquer sociedade. Ele reflete tanto o ritmo de atividade dos setores industrial,
comercial e de serviços, quanto a capacidade da população para adquirir bens e serviços tecnologicamente
mais avançados, como automóveis (que demandam combustíveis), eletrodomésticos e eletroeletrônicos
(que exigem acesso à rede elétrica e pressionam o consumo de energia elétrica).

A geração de energia tem papel importante dentro do Sistema Elétrico Brasileiro - SEB, pois sem ela não
teríamos energia para suportar a demanda de consumo e o crescimento do país.

Na geração de energia elétrica uma tensão alternada é produzida, expressa por uma onda senoidal, com
frequência fixa e amplitude que varia conforme a modalidade do atendimento em baixa, média ou alta
tensão.

A maior parte da energia elétrica gerada no Brasil é de origem hidráulica, que responde por quase 70% de
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toda a capacidade instalada do País.


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A geração hidráulica está hoje em cerca de 123,1 mil megawatts (MW) – se somados os 8,1 mil MW que
podem ser importados de países vizinhos, a capacidade de geração à disposição do consumidor brasileiro
chega a 131,2 mil MW.
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Geração Hidráulica
Usina Hidrelétrica: É a usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da energia potencial
gravitacional da água.

Podemos encontrar usinas hidrelétricas do tipo:

• Usina (hidrelétrica) a fio d’água – usina hidrelétrica que utiliza diretamente a vazão do rio, tal
como se apresenta no local;
• Usina (hidrelétrica) com acumulação – usina hidrelétrica que dispõe do seu próprio reservatório
de regularização.
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Maiores usinas hidrelétricas brasileiras:


Usina Localização Capacidade Suficiente para abastecer uma cidade de*:

Tucuruí Rio Tocantins 8.535 MW 17 milhões de habitantes

Itaipu (parte
Rio Paraná 7.000 MW 14 milhões de habitantes
Brasileira)

Paulo Afonso Rio São Francisco 3.880 MW 7,8 milhões de habitantes

Ilha Solteira Rio Paraná 3.444 MW 6,9 milhões de habitantes

Xingó Rio São Francisco 3.162 MW 6,3 milhões de habitantes

* Cada megawatt produzido é energia suficiente para atender o consumo de duas mil pessoas.

Principais usinas em construção, em licitação ou em projeto:

Usina Localização Capacidade Suficiente para abastecer uma cidade de*:

Belo Monte Rio Xingu 11.233 MW 22,5 milhões de habitantes


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São Luiz do
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Rio Tapajós 7.880 MW 15,8 milhões de habitantes


Tapajós

Jirau Rio Madeira 3.750 MW 7,5 milhões de habitantes

Santo
Rio Madeira 3.150 MW 6,3 milhões de habitantes
Antônio
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Jatobá Rio Tapajós 2.338 MW 4,7 milhões de habitantes

* Cada megawatt produzido é energia suficiente para atender o consumo de duas mil pessoas.
Fontes: Abrage e Aneel

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Geração Térmica
Com relação às usinas termelétricas, apresentam em geral, como característica básica:

• Menor custo de construção;


• Maior custo de operação e de manutenção;
• Possibilidade de serem alocadas mais próximas do mercado consumidor.

A usina térmica é aquela na qual a energia elétrica é obtida por conversão da energia térmica. Os tipos mais
utilizados no Brasil são:

• Unidade (termelétrica) a combustão interna – unidade termelétrica cujo motor primário é um


motor de combustão interna;
• Unidade (termelétrica) a gás – unidade termelétrica cujo motor primário é uma turbina a gás;
• Unidade (termelétrica) a turbina – unidade termelétrica cujo motor primário é uma turbina a
vapor;
• Usina nuclear – usina termelétrica que utiliza a reação nuclear como fonte térmica.

Em Grandes usinas o nível


de tensão na saída dos
geradores é normalmente
na faixa de 6 kV a 25 kV.
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Usina com GMG Diesel


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Turbina à gás

Nuclear

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Geração Eólica
A energia eólica - produzida a partir da força dos ventos - é abundante, renovável, limpa e disponível em
muitos lugares. Essa energia é gerada por meio de aerogeradores, nas quais a força do vento é captada
por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico. A quantidade de energia transferida é
função da densidade do ar, da área coberta pela rotação das pás (hélices) e da velocidade do vento.

A avaliação técnica do potencial eólico exige um conhecimento detalhado do comportamento dos ventos.
Os dados relativos a esse comportamento - que auxiliam na determinação do potencial eólico de uma
região - são relativos à intensidade da velocidade e à direção do vento. Para obter esses dados, é necessário
também analisar os fatores que influenciam o regime dos ventos na localidade do empreendimento. Entre
eles pode-se citar o relevo, a rugosidade do solo e outros obstáculos distribuídos ao longo da região.

A utilização dessa fonte para geração de eletricidade, em escala comercial, começou na década de 1970,
quando se acentuou a crise internacional de petróleo. Os EUA e alguns países da Europa se interessaram
pelo desenvolvimento de fontes alternativas para a produção de energia elétrica, buscando diminuir a
dependência do petróleo e carvão .

Quanto à aplicação desse tipo de energia no Brasil, pode-se dizer que as grandes centrais eólicas podem
ser conectadas à rede elétrica uma vez que possuem um grande potencial para atender o Sistema
Interligado Nacional (SIN). As pequenas centrais, por sua vez, são destinadas ao suprimento de eletricidade
a comunidades ou sistemas isolados, contribuindo para o processo de universalização do atendimento de
energia. Em relação ao local, a instalação pode ser feita em terra firme (on-shore) ou no mar (off-shore).

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui 248 megawatts (MW) de
capacidade instalada de energia eólica, derivados de dezesseis empreendimentos em operação. O Atlas
do Potencial Eólico Brasileiro, elaborado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), mostra um
potencial bruto de 143,5 GW, o que torna a energia eólica uma alternativa importante para a diversificação
do “mix” de geração de eletricidade no País. O maior potencial foi identificado na região litoral do Nordeste
e no Sul e Sudeste. O potencial de energia anual para o Nordeste é de cerca de 144,29 TWh/ano; para a
região Sudeste, de 54,93 TWh/ano; e, para a região Sul, de de 41,11 TWh/ano.
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Operação e Manutenção na Geração


Como em toda atividade na geração de energia existe a Operação e Manutenção do sistema, nestas
atividades são realizadas intervenções nas unidades geradoras, para restabelecer ou manter suas condições
adequadas de funcionamento.

Essas atividades são realizadas nas salas de comando, salas de máquinas, junto a painéis elétricos
energizados, junto a barramentos elétricos, instalações de serviço auxiliar, tais como: de aterramento,
transformadores de potencial e de corrente, banco de baterias, geradores de emergência, retificadores, etc.

As atividades com maiores riscos são:

• Manutenção das instalações industriais após a geração;


• Instalação e manutenção de equipamentos e maquinários (capacitores, chaves, sistemas de
medição, turbinas, geradores, transformadores, disjuntores, etc.);
• Transformação e elevação da energia elétrica;
• Operação de painéis de controle elétrico;
• Acompanhamento e supervisão dos processos;
• Processos de medição da energia elétrica;
• Processo de recomposição do sistema.

As atividades relacionadas da geração se encerram nos sistemas de medição de energia, usualmente em


tensões de 138 a 500 kV, interface com a transmissão de energia elétrica
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Transmissão
A Transmissão de energia é o transporte de energia elétrica entre uma subestação a outra subestação. As
subestações alimentam um sistema de distribuição, que fornece energia elétrica aos consumidores.

A segurança é um aspecto fundamental para as redes de transmissão. Qualquer falta neste nível pode levar
a descontinuidade de suprimento para um grande número de consumidores.

A energia elétrica é permanentemente monitorada e gerenciada por um centro de controle. O nível de


tensão depende do país, mas normalmente o nível de tensão estabelecido está entre 220 kV e 765 kV. As
tensões usuais de transmissão adotadas no Brasil em corrente alternada podem variar de 230 kV até 765 kV,
incluindo, neste intervalo, as tensões: 230 kV, 345 kV, 440 kV, 500 kV e 750 kV.

Atualmente, os subsistemas estão interligados, o que permite um contínuo e permanente intercâmbio de


energia entre as regiões e uma operação mais econômica, flexível e segura das instalações componentes
do Sistema Interligado Nacional.
Saiba Mais!
Na transmissão em corrente contínua
a estrutura é essencialmente a mesma,
diferindo apenas pela presença das
estações conversoras junto à subestação
elevadora (para retificação da corrente)
e junto à subestação abaixadora (para
conversão da corrente) e ainda pela
ausência de subestações intermediárias
abaixadoras ou de seccionamento.

No Brasil, existe um sistema que


opera em corrente contínua sendo
pertencente ao Sistema de Itaipu, com
nível de tensão de ± 600.000 VDC,
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e outro, em construção, que ligará a


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Subtransmissão geração do rio Madeira ao sudeste do


país.
É a transmissão de energia elétrica entre uma subestação
abaixadora de um sistema de transmissão e uma ou mais
subestações de distribuição.

A rede de sub-transmissão recebe energia da rede de transmissão


com objetivo de transportar energia elétrica a pequenas cidades
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ou importantes consumidores industriais.

O nível de tensão está entre 35 kV e160kV. Em geral, o arranjo das


redes de sub-transmissão é em anel para aumentar a segurança do
sistema. A estrutura dessas redes é em geral em linhas aéreas, por
vezes cabos subterrâneos.

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Subestações
É parte de um sistema de potência concentrada em um dado local, compreendendo, primordialmente,
nas extremidades das linhas de transmissão e/ou de distribuição, com os respectivos dispositivos de
manobra, controle e proteção, incluindo obras civis e estruturas de montagem, podendo incluir também
transformadores, equipamentos conversores e outros equipamentos. Podemos citar dentre os tipos de
subestação:
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• Subestação elevadora: Subestação transformadora na qual a tensão de saída é maior que a


tensão de entrada;

• Subestação abaixadora: Subestação transformadora na qual a tensão de saída é menor que a


tensão de entrada;

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Fonte: http://remo.com.br/
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Atividades na Transmissão
Algumas atividades são desenvolvidas na transmissão de energia elétrica, como:

Inspeção de Linhas de Transmissão

Na inspeção de linhas são verificados o estado da estrutura e seus elementos, a altura dos cabos elétricos,
condições da faixa de servidão e a área ao longo da extensão da linha de domínio. As inspeções são
realizadas periodicamente por terra ou por helicóptero.

Operação e manutenção de equipamentos em subestações

• Disjuntores, religadores e chaves seccionadoras;


• Pára-raios e centelhadores;
• Sistema de proteção e automação; e
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• Sistema de serviço auxiliar;


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• Transformadores, reatores e regulador de tensão;


• Barramentos e condutores;
• Painéis e quadros de comandos.
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Manutenção de Linhas de Transmissão

• Construção de Linhas de Transmissão;


• Desenvolvimento em campo de estudos de viabilidade, relatórios de impacto do meio ambiente
e projetos;
• Lançamento de cabos (condutores elétricos);
• Limpeza de isoladores;
• Ensaios e testes elétricos;
• Substituição e manutenção de isoladores (dispositivo constituído de uma série de “discos”, cujo
objetivo é isolar a energia elétrica da estrutura);
• Substituição de elementos pára-raios;
• Substituição e manutenção de elementos das torres e estruturas;
• Tensionamento e fixação de cabos;
• Manutenção dos elementos sinalizadores dos cabos;
• Montagem das estruturas metálicas;
• Desmatamento e desflorestamentos, bem como a limpeza de faixa de servidão etc;
• Distribuição e posicionamento de bobinas em campo;
• Escavações e fundações civis;
• Instalação de acessórios (isoladores, pára-raios).

Distribuição
Distribuição é a transferência de energia para os consumidores, a partir dos pontos onde se considera
terminada a transmissão (ou subtransmissão), até a medição de energia.

Os principais componentes do sistema elétrico de distribuição são:

• Redes primárias;
• Redes secundárias;
• Ramais de serviço;
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• Transformadores de distribuição;
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• Capacitores e reguladores de rede.


• Medidores;

As redes de distribuição alimentam consumidores industriais de médio e pequeno porte, consumidores


comerciais e de serviços e consumidores residenciais.

Os níveis de tensão de distribuição são classificados em:


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• Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69kV e
inferior a 230kV;

• Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1kV e inferior
a 69kV;

• Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1kV.

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Organização do SEP

O sistema de distribuição de energia elétrica no Brasil, regulado por resoluções da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), é operado por 64 concessionárias, das quais 22 se localizam na região Sudeste, 17
no Sul, 11 no Nordeste, 9 no Norte e 5 no Centro-Oeste.

De acordo com o Boletim de Monitoramento do Sistema Elétrico de dezembro de 2012, o Brasil conta com
mais de 72 milhões de Unidades Consumidoras (UCs) – assim são chamados os conjuntos de instalações e
equipamentos elétricos que recebem a energia em um só ponto de entrega, com medição individualizada
e correspondente a um único consumidor. Do total de UCs espalhadas pelo território nacional, 85% são
residenciais.

Momento Ciência

Maiores Concessionárias por consumo: A energia hidrelétrica é a energia que


vem do movimento das águas, usando
Número de o potencial hidráulico de um rio de
Empresa Consumo (GWh)* níveis naturais, queda d’água naturais
consumidores
ou artificiais. Essa energia é a segunda
AES Eletropaulo 6.457.476 37.626 maior fonte de eletricidade do mundo.

Cemig 7.471.171 24.719 Toda a energia elétrica gerada dessa


maneira é levada por cabos, dos
COPEL 4.037.566 22.895 terminais do gerador elétrico até os
transformadores elétricos e então ao
CPFL 3.829.430 21.467 usuário final.

Light 3.573.923 20.054 A energia primária de uma hidrelétrica


é a energia potencial gravitacional da
água contida numa represa elevada.
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Celesc 2.503.923 15.018


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Coelba 5.192.035 14.304 Antes de se tornar energia elétrica, a


energia primária deve ser convertida em
Elektro 2.506.740 12.083 energia cinética de translação da água e
posteriormente em energia cinética de
Celg 2.506.740 10.394 rotação no gerador elétrico. O dispositivo
que realiza esta última transformação é
Celpe 3.245.065 9.921 a turbina. Ela consiste basicamente em
uma roda dotada de pás, que é posta em
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* Dados referentes a dezembro de 2012 rápida rotação ao receber o impulso da


Fontes: Banco de dados da Associação Brasileira de Distri- massa de água. O último elemento dessa
buidores de Energia Elétrica (Abradee) - 2010
cadeia de transformações é o gerador,
que converte o movimento rotatório da
turbina em energia potencial elétrica.
Fonte:
Gaspar. Física:Volume único. São Paulo: Edi.Ática, 2005

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Organização do SEP

Atividades na Distribuição
Algumas atividades são desenvolvidas na transmissão de energia elétrica, como:

• Recebimento e medição de energia elétrica nas subestações;


• Rebaixamento ao potencial de distribuição da energia elétrica;
• Construção de redes de distribuição;
• Construção de estruturas e obras civis;
• Montagens de subestações de distribuição;
• Montagens de transformadores e acessórios em estruturas nas redes de
• Distribuição;
• Manutenção das redes de distribuição aérea;
• Manutenção das redes de distribuição subterrânea;
• Poda de árvores;
• Montagem de cabinas primárias de transformação;
• Limpeza e desmatamento das faixas de servidão;
• Medição do consumo de energia elétrica;
• Operação dos centros de controle e supervisão da distribuição.
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Organização do SEP

Os Sistemas de Distribuição no Brasil - Resolução nº. 414/2010

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) consolidou os direitos e deveres dos consumidores de
energia elétrica na reformulação Resolução nº. 456/2000, instituindo a nova Resolução nº. 414 em 15 de
setembro de 2010, que trata das Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica.

As principais mudanças da nova Resolução nº. 414/2010, que trata das Condições Gerais de Fornecimento
de Energia Elétrica são:

- Regras para disciplinar a qualidade do atendimento comercial prestado pela distribuidora, com a
padronização de todos os procedimentos e prazos. Em caso de violação dos prazos pela distribuidora
o consumidor passa a ter direito de receber umcrédito financeiro em sua fatura de energia elétrica;

- Suspensão do fornecimento só poderá ocorrer em horário comercial e só pode serfeita até 90 dias
após o vencimento da fatura em aberto, a não ser em casos de determinação judicial ou outro motivo
justificável;

- As distribuidoras passarão a oferecer atendimento presencial em todos os municípios de sua área de


concessão ou permissão;

- Outra alteração da norma refere-se às restrições ao consumidor inadimplente. Nesses casos,


a distribuidora pode condicionar a prestação de alguns serviços, como ligação ou alteração da
titularidade da unidade consumidora, bem como os pedidos dereligação, aumento de carga,
contratação de fornecimentos especiais ou de serviços. Entretanto, a distribuidora não pode
condicionar o atendimento a essas solicitações aopagamento de débito não autorizado pelo
consumidor ou de débito pendente em nome de terceiros, exceto nos casos de sucessão comercial.

A unidade consumidora de energia elétrica, dependendo da carga instalada, poderá ser enquadrada no
grupo A ou no grupo B.

Grupo A (alta tensão): é composto por unidades consumidoras que recebem energia em tensão igual ou
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superior a 2,3 kilovolts (kV) ou são atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão
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secundária, caracterizado pela tarifa binômia (aplicada ao consumo e à demanda faturável). No grupo A,
geralmente se enquadram indústrias e estabelecimentos comerciais de médio ou grande porte.

Grupo B (baixa tensão): é caracterizado por unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 2,3 kV,
com tarifa monômia (aplicável apenas ao consumo).
As unidades consumidoras são classificadas em classes e subclasses pela distribuidora de acordo com a
atividade nela exercida.
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- Consumidor do tipo B1 é o residencial;


- Consumidor rural é chamado de B2;
- Consumidor comerciais ou industriais de pequeno porte são classificados como B3;
- Iluminação pública é enquadrada no subgrupo B4.

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Talento é 1% inspiração e
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CAPÍTULO 2
Organização do Trabalho
- Introdução
- Métodos de Trabalho
- Programação e Planejamento dos Serviços
- Trabalho em Equipe
- Prontuário e Cadastro das Instalações
- Comunicação no SEP

CAPÍTULO 2

Organização do Trabalho
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
A importância da organização do
trabalho
3
Métodos de Trabalho
Analisando a melhor maneira de
executar o trabalho
5

6
Programação e Planejamento dos Serviços
Prevendo o controle do Risco

Trabalho em Equipe
A importância de saber trabalhar com
seus colegas
7
Prontuário e Cadastro das Instalações
Documentando as instalações 9
Comunicação no SEP
Quem não se comunica.... 11
Organização do Trabalho

Introdução
A importância da organização do trabalho

Conforme estabelece a NR 10, subitem 10.11.7, antes de iniciar trabalhos em equipe, os membros, em
conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e
planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos
básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.

Um trabalho não deve ser concebido, sem o mínimo de


organização. E essa organização, como cita o subitem 10.11.7 da Curiosidade
NR 10, passa necessariamente, pelas etapas abaixo:

1 - Avaliação prévia;
2 - Estudo;
3 - Programação e planejamento dos serviços;
4 - Trabalho em equipe;
5 - Prontuário e cadastro das instalações; No Brasil as lâmpadas incandescentes
6 - Métodos de trabalho; de 150 e 100 watts não podem ser
7 – Comunicação. fabricadas ou importadas já a algum
tempo.
Quando tratamos de segurança em instalações e serviços que
envolvam eletricidade, devemos primeiro procurar identificar, Em junho de 2014 chegou a vez da
avaliar e tratar aquilo que chamamos de risco. mais popular: a de 60 watts. As que
estão no estoque das lojas poderão
Além dos riscos de choque elétrico tem-se também os chamados ser vendidas por apenas mais um ano.
riscos adicionais.
As lâmpadas incandescentes de 25 e
Deve ser considerado também quem são os membros da equipe, 40 watts sairão de produção em 2015.
os seus responsáveis, o nível de tensão com o qual se vai interagir,
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o local de trabalho, data e horário de início, e finalmente data e


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horário de conclusão. Somente após essa avaliação inicial é que


se realiza um meticuloso estudo sobre as atividades que deverão
ser realizadas.

Risco Perigo
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Risco pode se definido como a


capacidade potencial de uma
GRANDEZA causar lesões ou danos à
Vs Perigo é uma SITUAÇÃO OU
CONDIÇÃO DE RISCO com
probabilidade de causar lesão física
saúde das pessoas. ou dano à saúde das pessoas por
ausência de medidas de controle.
Obs.: Definição da NR10, Glossário

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Organização do Trabalho
De modo a simplificar esse raciocínio, cabe colocar como matéria-prima desse estudo os dados da avaliação
prévia, como também a execução de um procedimento de trabalho, em detalhes (passo a passo), fazendo
constar na ordem de serviço todas as etapas, a fim de conectar de modo eficiente toda a documentação
necessária (análise de riscos, dados técnicos do trabalho e características físicas e técnicas do local).

Na sequência, estabelece-se por meio de um plano de ações o que fazer (a etapa), como fazer (a descrição),
a justificativa da necessidade de se realizar a tarefa, o tempo previsto até a conclusão dos trabalhos, os
colaboradores envolvidos (liderança e liderados) e, finalmente, se possível, os custos envolvidos na tarefa
(mão-de-obra, material, ferramentas, aluguel de equipamentos etc.).

Para o sucesso de uma tarefa é fundamental que as operações necessárias a sua execução correspondam à
solução adotada, baseadas nas características de segurança requeridas e nos materiais utilizados, ou seja,
em um método de trabalho seguro, por este motivo sabe-se da importância da exatidão do diagnóstico
fornecido pela equipe ao operador. É justamente por esse cuidado com a confiabilidade das informações
e proposições fornecidas, que a equipe não pode agir desordenadamente.

Acidente - Falta de Confiabilidade de Informações


Piper Alpha
Piper Alpha, uma plataforma de grande porte, estava situada no campo
de óleo Piper, aproximadamente 193 km a noroeste de Aberdeen, em
águas de 144 m de profundidade. Nos primeiros tempos, produzia
também gás de um poço e ultimamente produzia óleo de 2 poços.
Era conectada por um oleoduto e um gasoduto ao terminal Flotta, em
Orkney e com gasodutos a outras duas instalações.

A instalação consistia em uma torre de perfuração em um lado, uma área


de processamento e refino no centro, e alojamentos para sua tripulação
no outro lado. Uma vez que Piper Alpha estava mais perto da costa que
outras plataformas na área, tinha duas tubulações provenientes destas
plataformas conduzindo à sua área de processamento. Esta instalação
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processava o gás proveniente das outras plataformas mais o petróleo


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extraído por ela mesma, e então bombeava os produtos para a costa.

Uma análise dos eventos revela muitos pontos que deram errado, uma
sequência de erros que contribuíram para a magnitude do desastre. O
principal erro foi:

Sistema de ordem de serviço arcaico e não seguido à risca (Falta de Confiabilidade das informações):
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O evento que iniciou a catástrofe foi a tentativa do turno da noite de ligar a bomba reserva, que
estava inoperante por estar em manutenção. O pessoal do turno da noite desconhecia que esta
bomba estava em manutenção, por não haver encontrado a ordem de serviço correspondente.
Numa instalação industrial ou no SEP, o conhecimento das ordens de serviço em andamento é crucial
para o andamento do processo produtivo e para a segurança.

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Organização do Trabalho

Métodos de Trabalho
Analisando a melhor maneira de executar o trabalho

O método de trabalho consiste em analisar a melhor maneira de realização do trabalho com segurança,
para isso exigindo conhecimentos técnicos e habilidades do profissional.

O treinamento dos profissionais e a utilização de ferramentas adequadas, bem como os equipamentos de


proteção são essenciais para um método de trabalho eficaz.

Método é sinônimo de uma composição de um processo NR10


racional (isto é, algo que é pensado, ponderado, pesado,
medido e finalmente formalizado), visando uma determinada Os serviços em instalações elétricas
situação, ou seja, trata-se de uma maneira ou modo de energizadas em AT somente podem ser
proceder. realizados quando houver procedimentos
específicos, detalhados e assinados por
profissional autorizado.

Portanto MÉTODO BOM É MÉTODO SEGURO.


O método deve permitir que todos os riscos envolvidos estejam previstos e, se possível, eliminados ou
neutralizados. Caso não seja possível, os riscos devem ser reduzidos a níveis seguros.

O melhor método de trabalho é aquele que proporciona segurança sendo simples, rápido, econômico e
menos fatigante, buscando melhoras na qualidade em geral.

O objetivo de um estudo do método é aperfeiçoar os procedimentos implantados no posto de trabalho,


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aperfeiçoando as concepções de equipamentos, buscando uma economia na utilização das máquinas,


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materiais e recursos humanos, reduzindo a fadiga e aumentando a segurança geral.

Quando nos propomos a fazer um estudo de métodos, há que se fazer a escolha dos problemas a estudar,
isto é, há que definir prioridades sendo que uma delas é a segurança.
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Organização do Trabalho

Programação e Planejamento
dos Serviços
Prevendo o controle do risco

A programação e planejamentos dos serviços são importantes para prever os principais riscos e falhas
que podem ocorrer no trabalho a ser executado, e somados a utilização das técnicas de analise de risco é
possível prevenir os possíveis acidentes que venham a ser identificados.

A NR-10 estabelece que em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas
preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de
risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

A determinação da quantidade de recursos humanos


(trabalhadores) e recursos materiais (maquinas e
ferramentas) necessários também são importante para
a programação e planejamento dos serviços, bem como
o tempo de duração do serviço.

Somente realizando um Planejamento é possível avaliar


o melhor caminho a se seguir, estabelecendo a melhor
programação para cada serviço a ser executado, além
Controle do Risco
de estabelecer o profissional correto para cada tarefa.

A programação estabelece os procedimentos passo a passo a serem tomados para a execução de


determinado serviço, duração e medidas de segurança a serem tomadas.

Os objetivos e medidas da programação e planejamento devem ser claros e de fácil entendimento, pois
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não poderá haver dúvidas por parte dos trabalhadores sobre todo o processo bem como em suas tarefas
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a serem executadas.

O supervisor responsável pela programação e planejamento dos serviços, deve conhecer todo o processo
em que o serviço esta submetido, participando do planejamento, corrigindo irregularidades e situações
de risco e perceber as dificuldades encontradas após o fim do serviço, de modo que procure melhorar
ainda mais os procedimentos.
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Organização do Trabalho

Trabalho em Equipe
A importância de saber trabalhar com seus colegas

Quando nos referimos a um determinado tipo de trabalho como sendo de equipe, é necessário que
tenhamos mente que não há como conceber equipe como algo à margem do processo de trabalho.

O funcionamento das equipes pode apresentar diferenças significativas em função do tipo de trabalho
que está sendo executado, que, por sua vez, determina os conhecimentos e habilidades essenciais para
seu desenvolvimento, bem como a necessidade de uma coordenação e de um plano de trabalho.

O trabalho em equipe é fundamental para serviços onde há


Equipe necessidade de mais de um profissional. Para um trabalho em
equipe eficiente, todos os profissionais devem estar envolvidos
e buscando o mesmo objetivos, sendo que equipe é um grupo
de pessoas que se junta para alcançar um objetivo em comum.

A concepção de equipe está vinculada à de processo de trabalho,


diz-se que a ideia de equipe vem da:

• Necessidade inerente ao homem de somar esforços para


A equipe é um grupo de pessoas que alcançar objetivos que, sozinho, não se atingiriam ou
se junta para alcançar um objetivo realizar-se-iam de forma mais trabalhosa ou inadequada;
em comum.
• Imposição que o desenvolvimento e a complexidade
É definido como um pequeno do mundo moderno têm imposto ao processo de
grupo de pessoas com habilidades produção, gerando relações de dependência e/ou
complementares, que trabalham complementaridade de conhecimentos e habilidades
juntas com o fim de atingir um indispensáveis a conquista dos objetivos.
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propósito comum; pelo qual


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se consideram coletivamente O trabalho em equipe, portanto, pode ser entendido como uma
responsáveis , ou como um é grupo estratégia para melhorar a efetividade do trabalho e elevar o
com funcionamento qualificado, que grau de satisfação do trabalhador.
compreende seus objetivos e está
engajado em alcança-los, de forma Nos últimos anos, o trabalho em equipe tem sido incentivado
compartilhada. com mais frequência em praticamente todas as áreas de
atividade humana. Vários autores têm destacado as vantagens
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do trabalho em equipe sobre o trabalho individual.


Treinamentos e Serviços

Para uma equipe alcançar o objetivo comum de modo eficaz, cada membro deve saber suas funções,
responsabilidades e a importância de sua tarefa para a equipe, além de ter uma visão geral sobre o serviço.

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Organização do Trabalho

A NR-10 estabelece que antes de iniciar trabalhos em circuitos


energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis
pela execução do serviço devem realizar uma avaliação prévia,
estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas
de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores
técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço.

ATITUDE DE UMA EQUIPE

Ao participar de uma reunião em


equipe, é interessante procurar:

• Compreender o objetivo da
atividade e o tempo estipulado
para a sua realização;
• Solicitar esclarecimentos;
• nterferir somente quando
estiver com dúvida real ou uma
nova contribuição a
• acrescentar;
• Ser objetivo;
• Auxiliar na solução de conflitos;
• Saber aproveitar as
discordâncias;
• Melhorar a capacidade de ouvir.
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Organização do Trabalho

Prontuário e Cadastro das


Instalações
Documentando as instalações

Segundo a NR10 os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter
o Prontuário de Instalações Elétricas com os esquemas unifilares atualizados contendo as especificações
do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção, além disso, devem conter
no mínimo:
a) Empresas que possuem carga instalada igual ou superior a 75 kW e que não fazem parte do SEP, devem
conter:

• Esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas;


• Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,
implantadas e relacionadas à NR-10, com descrição das medidas de controle existentes;
• Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas
e aterramentos elétricos;
• Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis
conforme determina a NR-10;
• Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos
trabalhadores e dos treinamentos realizados;
• Resultados dos testes de isolação elétrica realizados
em equipamentos de proteção individual e coletiva;
• Certificações dos equipamentos e materiais elétricos
em áreas classificadas (sujeitas a risco de explosão);
• Relatório técnico com as inspeções atualizadas dos
itens anteriores e estando algum item em desacordo,
deve haver um plano de ação para sua adequação,
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contendo cronograma com os respectivos prazos.


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b) Empresas que possuem carga instalada igual ou superior a


75 kW e que fazem parte do SEP, devem conter: Definição de Prontuário

• Todos os itens listados em “a”; 1. Livro manual de indicações úteis.


• Descrição dos procedimentos para emergências; 2. Lugar onde se guardam objetos
• Certificações dos equipamentos de proteção coletiva que podem ser necessários a
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e individual. qualquer momento.

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Organização do Trabalho
c) Empresas que que não fazem parte do SEP, mas que realizam trabalhos em suas proximidades, devem
conter:

• Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,


implantadas e relacionadas à NR-10, com descrição das medidas de controle existentes;
• Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis
conforme determina a NR-10;
• Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e
coletiva;
• Descrição dos procedimentos para emergências;
• Certificação dos EPIs e EPCs.

Conforme os itens 10.2.6 e 10.2.7 da norma NR-10, um profissional formalmente indicado pela empresa
é quem deve elaborar, organizar e mantê-lo atualizado, permanecendo à disposição dos trabalhadores e
autoridades competentes.

NR-10 - Prontuário Elétrico


Os prontuários e cadastros das instalações devem ser visíveis e de conhecimentos de todos
os profissionais que irão realizar os serviços em eletricidade. Dependendo a empresa, esses
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documentos podem estar disponíveis na Intranet (rede interna de computador) ou até mesmo
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impressas em pastas para consultas, onde as mesmas deverão ser atualizadas por profissional
legalmente habilitado, sempre que houver novos procedimentos de trabalhos, esquemas elétricos,
testes de EPI ou EPC, treinamentos e plano de emergência entre outros procedimentos que influem
diretamente ou indiretamente com a segurança no trabalho.
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Comunicação no SEP
Quem não se comunica....

A Comunicação no SEP, é o processo de transmitir e receber uma mensagem com o objetivo de influenciar
o comportamento de outro.

Somente através da comunicação é possível transmitir os procedimentos e métodos adotados, além de


informações que possibilitam a proteção e prevenção de acidentes.

A comunicação tem a função de informar a equipe sobre os objetivos do serviço e o papel de cada
profissional no processo.

Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades
no SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros
da equipe ou com o centro de operação durante a realização do serviço.
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Exemplo de uma comunicação no SEP

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Comportamento em uma Comunicação

As relações humanas modificam-se ao longo do tempo, inclusive no


ambiente de trabalho, onde essas transformações são mais lentas,
apesar de todo o avanço tecnológico. A diferença nesses locais,
contudo, reside no comportamento individual em relação a colegas ou
clientes (interno e externo).

Por conta disso, grande parte das empresas tem direcionado seu foco
de treinamento na condução do comportamento das pessoas, dando-
lhes condições para que possam transformar o ambiente de trabalho.

Curiosidade - O Código “Q”

Sabe aqueles códigos esquisitos que você sempre escuta seguranças, porteiros e policiais falando em seus
rádios de comunicação e fica boiando sem saber o que eles estão dizendo? Vamos desvendá-los pra você:

Trata-se do Código Q, ou Código Quebec. Ele foi criado em 1909 pelos britânicos e internacionalmente
adotado pelas forças armadas. É um conjunto de três letras que sempre começam com a letra Q. É utilizado
como uma forma de comunicação padronizada que serve para confundir e dificultar a interpretação de
pessoas mal-intencionadas que estejam ouvindo o contato entre os seus usuários pelo rádio.
QAP - Na escuta. QSB - Sinal oscilando.
QRA - Nome, pessoa QSJ – Relativo a dinheiro
QRF - Refeição QSL - Entendido, OK.
QRG – Freqüência, Canal. QSM - Repita.
QRH – Está havendo variação de freqüência QSO - Pedido de autorização p/ contato com
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QRI – Tonalidade de transmissão outro rádio


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QRL - Estou ocupado. QSP - Ponte, Retransmissão de mensagem


QRM - Interferência provocada por outra estação. para outra estação.
QRN - Interferência provocada por estática. QSJ - Dinheiro.
QRO – Abrir squelch ou limitador QSY - Transmitir em outra freqüência, Mudar
QRQ – Manipular rapidamente de canal.
QRS –Manipular lentamente QTA - Mensagem cancelada.
QRT - Parar de transmitir. QTC - Mensagem, assunto.
QRU – Tem alguma mensagem. QTH - Local, Endereço
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QRV - Estou à disposição. QTI – Destino exato para onde se vai


QRX - Aguarde um instante que chamarei QTO - Banheiro.
QRY – Quando será a minha vez de transmitir QTU - Turno e equipe de trabalho
QRZ - Quem está chamando? QTR - Horas.
QSA - Intensidade de sinais (1/1- muito fraca; 2/2- TKS - Obrigado
fraca; 3/3- regular; 4/4- boa; 5/5- ótima). PTT – Botão de toque de falar.

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O homem não é mais do
que a série dos seus atos.
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CAPÍTULO 3
Aspectos Comportamentais
- Introdução
- Comportamento e Percepção do Risco
- Seu Papel

CAPÍTULO 3

Aspectos Comportamentais
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Aspectos Comportamentais no SEP 3
Comportamento e Percepção do Risco
Sempre atento! 5

7
Seu Papel
A Segurança deve fazer parte do dia a dia
Aspectos Comportamentais

Introdução
Aspectos Comportamentais no SEP

As condições físicas dos eletricistas são realmente um fator de grande importância para o controle do risco
da função. Mas, além das condições físicas, devemos levar em consideração os aspectos comportamentais
no que tange aos fatores referentes às condições psicológicas.

Não basta somente uma boa seleção para o empregado, mas,


sobretudo, um adequado programa de acompanhamento
periódico, quando então poderá ser verificado se ele tem Dicas!
estabilidade psicológica e se continua satisfazendo aos
requisitos de características e aptidões que o posto de .....para viver melhor
trabalho requer, dentre eles, facilidade de aprendizagem, de
execução e de relacionamento comunitário, bom controle • Mantenha hábitos saudáveis: não fume,
emocional, concentração visual e auditiva, autoconfiança, não beba em excesso, evite ambientes
organização, resistência à monotonia, entre outros requisitos com ruídos intensos e exposição solar
de personalidade necessários para a função. sem proteção. Tenha uma alimentação
rica em fibras (frutas e verduras) e pobre
É importante lembrar que um bom relacionamento do em gorduras saturadas.
supervisor com a equipe não só favorece as condições de • Pratique uma atividade física. Isso ajuda
execução das tarefas como também facilita a tarefa de a melhorar a sua condição física, dá mais
detectar alguns indicadores do desvio de comportamento. disposição, ajuda a controlar doenças
Se detectados esses desvios, cabe ao supervisor, ou pessoa como hipertensão, diabetes e colesterol
indicada para tal, sugerir ao empregado que procure o setor alto, diminuindo o estresse, a depressão
de Acompanhamento Pessoal da Empresa ou Serviço Médico. e o isolamento.
• Tenha um sono adequado: dormir
A proposta deste módulo é divulgar a importância dos bem ajuda a manter o corpo em bom
aspectos comportamentais no âmbito de atuação do SEP, funcionamento.
com o objetivo de ajudar na prevenção de acidentes por meio • Pratique atividades de lazer, como
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da conscientização e, ato contínuo, da mudança de atitude passear, ir ao cinema, ao teatro, viajar,


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dos envolvidos, em qualquer nível hierárquico — líderes e fazer amigos e dançar. Enfim, tenha
subordinados. como lazer aquilo que lhe dá prazer.
• Mantenha a sexualidade: não valorize
apenas o ato sexual. Lembre-se de que o
contato e o afeto são muito importantes.
• Tenha metas e objetivos. Planeje o seu
futuro. Participe de decisões pessoais,
familiares e sociais.
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• Não deixe de ter atividades intelectuais.


Leia muito, faça cursos, esteja por dentro
dos assuntos que acontecem no mundo.
• Tenha fé, acredite em algo, cultive a
espiritualidade. Estudos mostram que
são úteis para manter o equilíbrio
mental.

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Aspectos Comportamentais
Poderão ser considerados desvios comportamentais a insatisfação permanente, agressividade, leviandade,
rebeldia, egoísmo e desconfiança. Cabe então ao supervisor ter noções e uma visão geral sobre os aspectos
de saúde e de comportamento desejáveis ao empregado, além dos requisitos e legislação específicos
que capacitarão a detectar indícios de qualquer anormalidade no equilíbrio ideal para o desempenho da
função do empregado.
Havendo uma boa supervisão dos aspectos comportamentais,
serão evitados riscos potenciais, com benefícios de âmbito
pessoal, familiar e empresarial, no sentido humano e
econômico, e ainda, havendo um setor de Acompanhamento
Pessoal, caberá a ele acompanhar a problemática do
empregado, para que providencias sejam tomadas e o
empregado seja assistido nos aspectos considerados
relevantes para o bom andamento funcional.

Nesse sentido, os princípios individuais, ou seja, os valores


pessoais e a forma de reagir aos estímulos exteriores, são
indissociáveis das atividades laborais, sobretudo daquelas
que envolvem altos riscos à integridade do trabalhador.

Para isto o papel do empregador depende dos conceitos institucionais, da maneira como a empresa se
comporta diante das necessidades do empregado e das exigências governamentais, expressas na forma
de leis e normas.

Sabemos que os acidentes em muitos casos ocorrem por falta cometida pelo empregado contra as regras
de segurança devido a:

• Uso de equipamento inadequado, inseguro ou de forma incorreta,


• Abuso / negligência / condições de insegurança que existem no ambiente de trabalho como
falhas, defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivos de segurança e outros.
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Aspectos Comportamentais

Comportamento e Percepção
do Risco
Sempre atento!

O comportamento seguro é aquilo que o empregado faz e


que contribui para a não ocorrência de acidentes, como por
exemplo o cumprimento de normas de segurança, o uso
adequado de ferramentas e equipamentos, o uso de EPI,
consciência do risco real e dispor da atenção e concentração
devidas em suas ações.

Já o comportamento inseguro é aquele que contribui para


que os acidentes aconteçam como por exemplo não seguir
normas de segurança, utilizar ferramentas de maneira
inadequada e subestimar a existência de risco, não usar EPI,
executar o trabalho sem a devida atenção e concentração.

Percepção do Risco
Os órgãos sensoriais do corpo humano são frequentemente expostos a uma série de estímulos do meio
ambiente. Não é possível, portanto, ter consciência de tudo que acontece. Além disso, cada indivíduo reage
de maneira diversa a esses acontecimentos.

A sensação (informação recebida) e a percepção


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(tomada de consciência dessa informação) é que irão


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diferenciar, por meio de mecanismos de interpretação


e seletividade as ações pessoais frente aos fatos.
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Aspectos Comportamentais

Entre outros fatores que influenciam na percepção, destacam-se os seguintes:

• Psicossociais: emoções, vida pessoal, clima de trabalho etc.


• Fisiológicos: saúde, bem-estar, alimentação, remédios etc.
• Cognitivos: conhecimento dos perigos e riscos da unidade de atuação, bem como das tarefas
que se executa.

Quando todos estes aspectos estão em equilíbrio,


Papel do Líder a percepção do risco é mais evidente, porém, em
desequilíbrio, podem gerar estresse, o que influi
Cabe ao líder gerenciar a cultura de em diversos aspectos da pessoa, modificando a
segurança, principalmente por meio de percepção e aumentando o fator de risco.
sua prática diária e não apenas pelos seus
discursos, sinalizando, aos empregados, o
que efetivamente se quer como resultados
na prevenção de acidentes.

O líder deve dar orientações e


esclarecimentos em relação a erros e atos
inseguros e, só em último caso, punições, ou
seja, não adianta identificar a culpa, mas sim
trabalhar sobre a conduta.

Com isso, é importante reconhecer o ato


seguro, pois funciona como um exemplo
a ser seguido, além de satisfazer as
necessidades de estima e realização dos
empregados.
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Aspectos Comportamentais

Seu Papel
A segurança deve fazer parte do dia a dia

A condição principal para quando se pretende zelar pela segurança é uma atitude responsável de
cada membro da equipe. Com isso, não importa a simpatia que se nutre pelo outro, deve-se priorizar a
preservação e a valorização da vida em detrimento de possíveis divergências pessoais.

Por nenhum motivo e em tempo algum se pode negligenciar sua própria vida ou de outro, sob o risco de
se transigir nas responsabilidades individuais e coletivas, inerentes ao ambiente de trabalho, sobretudo
naqueles de elevado grau de risco.

Esta consciência, aliada ao cumprimento das normas, regulamentos e orientações, propicia fazer a
diferença nos momentos cruciais no cuidado com a vida e no sucesso da execução do trabalho.

Sabemos que TUDO É UMA QUESTÃO DE DISCIPLINA.


Ter disciplina é ter um bom comportamento, fazer a coisa certa no momento certo, ser irrepreensível
quando se fala em Atitude.

A SEGURANÇA DEVE FAZER PARTE DO DIA A DIA!


O empregado deve:

• PRATICAR A SEGURANÇA!
• IDENTIFICAR OS POSSÍVEIS RISCOS E ELIMINÁ-LOS!
• INSPECIONAR DIARIAMENTE SUAS FERRAMENTAS!
• RESPEITAR OS RISCOS!
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• RESPEITAR AS LEIS!
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• RESPEITAR A VIDA!
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Aspectos Comportamentais
Sabemos que indiferentemente do nível em que estejam enquadrados os trabalhadores, seus variados
costumes, atitudes, conhecimentos, até mesmo suas condições físicas e mentais, modificam-se de tempo
em tempo na medida em que neles se aprofundam:

O estresse;
Seus interesses pessoais;
A satisfação no trabalho;
A vida fora do trabalho;
Suas ambições e satisfação no trabalho;
Suas atitudes;
A capacitação;
A idade e condições físicas;
Suas ações;
A motivação no trabalho;
A experiência;
O conhecimento;
A percepção.

Não há um único caminho que nos possa levar aos aspectos comportamentais com segurança. No
entanto alguns procedimentos auxiliam neste sentido que são:

Facilitar o comportamento seguro, eliminando obstáculos;


Facilitar o entendimento do trabalhador sobre o porquê do estabelecimento das
“exigências”;
Realizar treinamento para reduzir a possibilidade de erros;
Definir claramente as responsabilidades;
Explicitar o reconhecimento àqueles que souberam cumprir as recomendações.
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As pessoas felizes lembram
o passado com gratidão,
alegram-se com o presente e

encaram o futuro sem medo.
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CAPÍTULO 4
Condições Impeditivas para
Serviços
- Introdução
- Condições da Instalação e Meio Ambiente
- Condições de Trabalho e Humanas
- Direito de Recusa

CAPÍTULO 4

Condições Impeditivas para Serviços


É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Condições Impeditivas para serviços
no SEP
3
Condições da Instalação e Meio Ambiente
Seu local de trabalho 4

8
Condições de Trabalho e Humanas
Ferramentas, EPIs e seus Colegas

10
Direito de Recusa
Faça valer seu direito em prol da segurança
Condições Impeditivas para Serviços

Introdução
Condições Impeditivas para Serviços no SEP

Condições impeditivas são aquelas que se configuram como sendo inseguras e que, potencialmente,
apresentam risco, capaz de gerar um acidente muitas vezes causador de lesões graves e até mesmo o
óbito da vítima, pois não podem ser sanadas pelos EPIs ou EPCs.

Dois itens da NR 10 chamam a atenção, são eles:

- 10.6.3. “Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos
de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo”. (MTE,
2004, p. 4)

- 10.14.1. “Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa,
sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde
ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que
diligenciará as medidas cabíveis”. (MTE, 2004, p. 7).

Portanto, tudo que impedir a realização do trabalho


pode ser considerado como condição impeditiva. Tudo
CONDIÇÃO INSEGURA o que possa demonstrar a iminência de uma ocorrência
(percepção antecipada, em função de outros sinais, de
A condição insegura, por definição, é que situações de risco estão prestes a se configurar como
toda aquela que, presente no ambiente evidente), ou a evidência de um risco é considerado
do trabalho, põe em risco a integridade
condição impeditiva para os serviços.
física e/ou mental do trabalhador,
devido à possibilidade de vir a sofrer
A partir desse conceito, podemos indicar as situações
um acidente, não importando se de
em que essas características podem surgir no
pequenas ou grandes proporções.
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desenvolvimento de uma tarefa em alta tensão


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energizada ou próximo do SEP, bem como aquelas que


não permitem sequer iniciar a atividade.

As situações ou condições de risco podem ser diretas ou indiretas:

• Condições diretas: são todas as situações que colocam em risco a saúde ou vida do profissional
diretamente. Exemplo: Equipamentos, ferramentas e procedimentos inadequados para o
serviço.
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• Condições indiretas: são as situações que colocam em risco a saúde ou vida do profissional
indiretamente. Exemplo: Condições climáticas, Iluminação e perigo de desmoronamento.

Na sequencia será apresentado algumas condições consideradas como impeditivas ao trabalho.

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Condições Impeditivas para Serviços

Condições da Instalação e
Meio Ambiente
Seu local de trabalho

As condições da instalação e ambientais podem impedir a realização de um serviço com segurança. Vamos
conhecer alguns aspectos impeditivos:

Distância de segurança

A distância de segurança é aquela que deve ser suficiente para evitar que pessoas circulando nas
proximidades de partes ativas possam entrar em contato com essas partes, seja diretamente ou por
intermédio de objetos que elas manipulem ou que transportem.

Deve-se, portanto, observar o contido nas tabelas do Anexo II da NR-10.


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SEMPRE EM DOIS

A NR-10 estabelece que os serviços


em instalações elétricas energizadas
em AT, bem como aqueles
executados no Sistema Elétrico
de Potência (SEP), não podem ser
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realizados individualmente, visando


assim uma melhor avaliação prévia
das atividades e dos seus riscos, até
mesmo uma alternativa mais rápida
de socorro na ocorrência de um
eventual acidente.

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Condições Impeditivas para Serviços

Iluminação Inadequada

A iluminação inadequada é classificada como risco ergonômico. A NR-10


estabelece em seu subitem 10.3.10. que o local de trabalho deve possuir
iluminação adequada. A NBR 5413, estabelece critérios técnicos para
iluminação de interiores, sendo 150 lux de iluminância considerado um valor
mínimo para a maioria dos locais citados, entretanto, deve-se avaliar caso
acaso, considerando o exato ponto da intervenção pelo colaborador.

Posição de Trabalho

A Posição de Trabalho também é classificada como risco ergonômico,


pressupõe que a instalação deve ser concebida para que o colaborador
tenha totais condições de prestar a devida manutenção de maneira a não
comprometer sua saúde e sua segurança ocupacional. Locais onde existe
dificuldade de acesso ou mesmo a prática de alpinismo ou da percepção
extra-sensorial são caracterizados como condições inseguras.

Condições Gerais para Desenergização


E o que é uma instalação
Conforme o item 10.5.1. da NR-10 deve-se observar se as energizada?
condições da instalação permitem que todas as etapas
requeridas no procedimento de desenergização sejam De acordo com a NR-10 (item 10.6.1),
passíveis de execução; caso contrário, a liderança deve ser toda instalação elétrica com tensão
notificada e o serviço interrompido até que sejam tomadas
igual ou superior a 50 Volts em corrente
ações no sentido de que o procedimento seja plenamente
alternada ou superior a 120 Volts em
cumprido; vale salientar que isso inclui todas as sete etapas:
corrente continua, é considerada
energizada. Deve-se observar que a
1. Desligamento;
tensão pode “aparecer” na instalação
2. Seccionamento;
3. Impedimento de reenergização; por diversas razões.
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4. Constatação da ausência de tensão;


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5. Aterramento temporário; Esse conceito é importante e será


6. Proteção de elementos energizados existentes na útil na definição do aterramento
zona controlada; temporário.
7. Sinalização de impedimento de reenergização.

CONT
ROLA
NDO
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A FER
A

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Condições Impeditivas para Serviços

Condições do Meio Ambiente


Presença de vento

Os Ventos fortes provocam um grande aumento nos esforços mecânicos envolvidos, podendo até fazer
com que sejam ultrapassadas as capacidades de trabalho para as quais os bastões e ferramentas foram
projetados.

Poluição

O intenso acúmulo de poluentes sobre a superfície de bastões, EPIs e ferramentas


isolantes reduz sua rigidez dielétrica, propiciando a condução da corrente em sua superfície, principalmente
se associado à umidade.

Chuva e Umidade

Além de reduzir a rigidez dielétrica dos bastões e de todas as ferramentas e EPIs utilizados na tarefa também
oferecem riscos pessoais, dificultando todos os serviços.
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Além da chuva, podem ocorrer descargas atmosféricas nos equipamentos de linha.


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Entre os exemplos de condição impeditiva destacam-se: coleta de óleo em transformadores (contaminação


da amostra de óleo) e trabalhos em Linha Viva (acima de 70% não se executa atividades com linha viva).
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Condições Impeditivas para Serviços
Outros Fatores

Alta pressão atmosférica (aproxima as moléculas da mistura do ar e o torna com rigidez dielétrica baixa);
ionização do ar (aumento do número de elétrons livres no ar nas imediações de equipamentos energizados
que criem campo eletromagnético muito intenso, gerando por vezes o conhecido “efeito corona”); também
são fatores que afetam diretamente as condições do isolamento dos equipamentos, ferramentas e EPIs
quaisquer outras condições ambientais que configure a presença de qualquer um dos riscos adicionais
mencionados na NR-10, em seu subitem 10.4.2.

Curiosidade
As Tempestades de Mudaram a História
Fenômenos climáticos já exerceram papel decisivo em momentos importantes da História. Abaixo, segue
uma lista de alguns desastres que alteraram o curso dos acontecimentos.

“Ventos Divinos” salvam os japoneses da ameaça mongol

Houve um dia em que os mongóis dominaram a maior parte do mundo então conhecido. Em seu auge,
o império mongol tinha um quarto da população da Terra sob seu controle. No entanto, dois desastres
naturais os impediram de anexar o Japão aos seus domínios. Na primeira invasão, em 1274, tufões fortíssimos
causaram inúmeras baixas no exército mongol. Na segunda ocasião, em 1281, dois navios afundaram por
conta de uma tempestade que durou dois dias. Os japoneses consideraram a vitória como obra de Raijin, o
deus dos ventos na mitologia nipônica.

A natureza vence a Invencível Armada

Em 1588, a Invencível Armada espanhola rumou ao Canal da Mancha para atacar a Grã-Bretanha. No entanto,
uma série de tempestades obrigou os invasores a recuar até Lisboa. Dois meses depois, nova tentativa. Os
ingleses, porém, liderados por Lord Charles Howard e Sir Francis Drake, conseguiram organizar suas forças e
defender seu território. Derrotada, a Marinha espanhola iniciou sua viagem de volta. No caminho, atingidas
por um forte ciclone na Baía de Biscay, as embarcações se chocaram contra as pedras. As baixas causadas
pelo desastre foram maiores do que as sofridas em batalha contra os britânicos.
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Mudanças climáticas e dilúvio aceleram processo revolucionário na França do século XVIII

No século XVIII, a nobreza francesa sustentava seus luxos enquanto a França passava por graves problemas
financeiros e sociais. A mudança nas condições climáticas, causada por erupções vulcânicas na Islândia,
prejudicou as colheitas a partir de 1785. O preço dos grãos foram às alturas após um “dilúvio” destruir
plantações ao redor de Paris, em maio de 1788. A condição de vida das classes mais baixas piorou ainda mais.
Dez meses depois, estouraria a Revolução que marcaria para sempre a História.
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Ciclone liberta Bangladesh

O ciclone Bhola não foi um dos mais fortes a atingir a India, mas causou meio milhão de mortes após destruir
plantações e bairros inteiros no vizinho Bangladesh, então uma província já em relação tensa com o Paquistão.
O governo paquistanês, no entanto, tratou a questão com tamanho descaso que protestos populares, em
1971, desembocaram em sangrentos noves meses de guerra civil. Após o fim do conflito, o Bangladesh se
tornou independente do Paquistão.

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Condições Impeditivas para Serviços

Condições de Trabalho e
Humanas
Ferramentas, EPIs e seus Colegas

Condições do ferrramental, equipamentos de segurança e as condições de saúde dos trabalhadores podem


também ser elementos impeditivos para a realização dos trabalhos. Vamos ver alguns itens.

Ferrramentas

Não há como justificar a insistência em concluir ou mesmo iniciar um serviço sem que a(s) ferramenta(s)
esteja(m) em condição(ões) adequada(s) para o uso, principalmente no tocante à rigidez dielétrica de sua
isolação. De igual modo é necessário atuar sempre com ferramentas homologadas quanto à sua rigidez
dielétrica, devidamente atestada em relatório periódico, conforme a NR 10 determina em seu subitem
10.7.8.

Acessórios

As exigências explicitadas no item anterior valem para:


escadas, andaimes e outros acessórios; aqui se trata da
estabilidade, condições de sustentação, de aterramento (se
necessário) e de isolamento;

EPCs e EPIs

As exigências explicitadas no item 2.3.1 valem para EPCs e EPIs,


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devendo estar homologados quanto à sua rigidez dielétrica,


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devidamente atestada em relatório periódico, conforme a NR


10 determina em seu subitem 10.7.8.
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Ensaio de rigidez dielétrica em


capacete classe B

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Condições Impeditivas para Serviços

Saúde / Uso de Medicamentos

É muito importante que a avaliação da saúde física e mental dos trabalhadores a serem autorizados a
serviços com eletricidade seja realizada por médico do trabalho, obedecendo a preceitos éticos estipulados
por “protocolo específico”, dentro do qual devem ser consideradas mutuamente as condições efetivas de
desempenho das tarefas laborativas no meio ambiente e a natureza do trabalho a ser desenvolvido.

Pelo fato de trabalhar com grandezas de risco não palpáveis — campos elétricos e magnéticos, tensão
e corrente elétrica e condições posturais diversas, além dos riscos ambientais agravantes, trabalhos em
altura, radiação solar, ruído, calor etc. —, cabe ao profissional médico dedicar especial atenção para avaliar
a aptidão física e mental dos trabalhadores envolvidos em atividades com eletricidade.

No setor elétrico, a diversidade de postos de trabalho (linhas aéreas, subestações, estruturas, galerias, valas,
centros de controle), com riscos específicos, devendo ser considerada não somente no exame físico de cada
trabalhador, como na requisição dos exames complementares em consonância com o preconizado pela
legislação vigente.

A NR-10 estabelece que os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos
a exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a
NR 7 e registrado em seu prontuário médico.

O uso de medicamentos pode ser impeditivo no desenvolvimento de algumas atividades como, por
exemplo, trabalho em altura, linha viva, trabalhos que exijam concentração, dirigir etc.
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Condições Impeditivas para Serviços

Direito de Recusa
Faça valer seu direito em prol da segurança

Qualquer paralisação por qualquer que seja o motivo, deve ser acompanhada e precedida de um relatório
formal que tenha condições de documentar a condição impeditiva para ciência da liderança e que servirá
de lastro para a tomada de providências.

Isso implica treinar os empregados convenientemente para que saibam interpretar cada tipo de situação
e, com base na Análise Preliminar de Risco (APR), verificar detalhadamente os quatro componentes
(indivíduo, material, meio ambiente e tarefa) para, se realmente necessário, usar o direito de recusa,
conforme o item 10.14.1 da NR 10.

Os trabalhadores tem o direito de recusa na execução de determinada tarefa, caso encontrem uma situação
de risco que não consigam eliminar ou controlar, conforme o item 10.14.1 da NR-10. Na ocorrência destas
situações deve-se comunicar o superior hierárquico do trabalhador de forma imediata.

“10.14.1. Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas,
comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.”

DIREITO DE RECUSA - NR 10

O trabalhador tem o Direito de Recusa! Se o trabalho não pode


ser executado com segurança, é seu direito recusar o serviço.
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“ “
A persistência é o menor
caminho do êxito.
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CAPÍTULO 5
Riscos Típicos no SEP
- Introdução
- Proximidade e contato com partes energizadas
- Indução
- Descargas Atmosféricas
- Eletricidade Estática
- Campos Eletromagnéticos
- Comunicação e Identificação
- Trabalhos em Altura, Máquinas e Equipamentos
- Áreas Classificadas

CAPÍTULO 5

Riscos Típicos no SEP


É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Riscos Típicos no SEP e Prevenção 3
Proximidade e Contato com Partes Enegizadas
Distâncias Seguras 4

9
Indução
Linhas desligadas oferecem perigo?

11
Descargas Atmosféricas
O perigo dos raios

17
Eletricidade Estatica
O risco de ignição de áreas explosivas

19
Campos Eletromagnéticos
Riscos e efeitos sob o corpo

25
Comunicação e Identificação
Evitando erros

29
Trabalhos em Altura, Máquinas e Equip.
O perigo dos raios

40
Áreas Classificadas
O risco de explosão
Riscos Típicos no SEP

Introdução
Riscos Típicos no SEP e Prevenção

As orientações que compõem este módulo (Riscos Típicos no Sistema Elétrico de Potência e em suas
proximidades) destinam-se a atender todos os empregados que intervenham em instalações elétricas
energizadas com alta tensão e que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas
controladas e de risco, conforme subitem 10.7.1. da NR 10.

Nesse capítulo, serão abordados os riscos típicos, de acordo com as características específicas das
instalações nas quais os empregados em geral estão inseridos.

No sistema elétrico de potência os riscos são muito elevados, visto que o contato com partes energizadas
possivelmente ocasionará a morte do trabalhador, além de eventualmente o trabalhador ficar mais
exposto aos riscos adicionais, visto que muitos dos serviços são feitos em ambiente externo, onde há
maior risco em relação a condições atmosféricas. A altura é outro risco adicional muito comum, pois
muitos serviços também são realizados em torres ou postes elétricos.
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Riscos Típicos no SEP

Proximidade e Contato com


Partes Energizadas
Distâncias Seguras

Você que que atua com energia elétrica realmente mantém distância segura a fim de não se envolver em
acidentes ou sinistros de grande monta?

Justamente, tentando responder essa questão é que se procurará lançar luz sobre alguns aspectos
importantes.

Inicialmente, distância segura é aquela que permite ao empregado o desenvolvimento de seu trabalho
com o risco elétrico neutralizado, isto é, eliminado. Risco controlado ou minimizado não é risco eliminado.

Este conceito aplica-se, sobretudo, no uso de equipamento ou instalação elétrica em situação de risco e em
todas aquelas que o contato físico ou exposição aos efeitos da eletricidade possam resultar incapacitação,
invalidez permanente ou morte.

Distância segura, portanto, é aquela que garante ao empregado a exposição ao risco ou aos seus efeitos,
evitando, contudo, lesão de qualquer nível de gravidade, invalidez permanente ou morte, desde que a
condição de trabalho promova, em outros quesitos, a mesma segurança que a assegurada em termos
elétricos.

Além disso é importe ressaltar a definição de zona de risco e de zona controlada como forma eficaz de se
iniciar a compreensão sobre o processo de eliminação de riscos.
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EFEITOS DOS CHOQUES ELÉTRICOS DEPENDENTES DA INTENSIDADE DE CORRENTE


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Faixa de Corrente Reações Fisiológicas Habituais


0,1 a 0,5 mA Leve percepção superficial, habitualmente nenhum efeito.
Ligeira paralisia nos músculos do braço, com início de tetanização, habitualmente nenhum
0,5 a 10 mA
efeito perigoso.
10 a 30 mA Nenhum efeito perigoso se houver interrupção em no máximo 0,2s.
Paralisia estendida aos músculos do torax, com sensação de falta de ar e tontura,
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30 a 500 mA possibilidade de fibrilação ventricular se a descarga se manifestar na fase crítica do clico


cardíaco ou por tempo superior a 0,2s.
Traumas cardíacos persistentes, sendo letal neste caso, salvo intervenção imediata de
Acima de 500mA
pessoal especializado e com equipamento adequado.

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Riscos Típicos no SEP

Distância de segurança

A distância de segurança é aquela que deve ser suficiente para evitar que pessoas circulando nas
proximidades de partes ativas possam entrar em contato com essas partes, seja diretamente ou por
intermédio de objetos que elas manipulem ou que transportem.

Deve-se, portanto, observar o contido nas tabelas do Anexo II da NR-10.


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Zona de Risco é “entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive acidentalmente,
de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais
autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho”.
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Zona Controlada é “entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões
estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados”.

Apesar de as duas definições serem muito parecidas, não são iguais. Tais zonas são concêntricas, mas
apresentam dimensões diferentes, sendo que a zona controlada contém a zona de risco.

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Riscos Típicos no SEP

Pela tabela (transcrita acima) do Anexo I da NR 10, tem-se, por exemplo, que, para tensões de 13.200 Volts,
no ponto energizado, a distância para a qual já se torna necessária a adoção de técnicas e instrumento
apropriado por parte de profissionais autorizados é a partir de 38 centímetros de distância radial em relação
ao ponto energizado. A partir de 0,38m, a adoção de técnicas e o uso de instrumentos apropriados não são
mais necessários, porém só é permitido o ingresso de profissionais autorizados até 1,38 metro. Além dessa
distância, o acesso é irrestrito.

Tendo a empresa alguma norma interna e esta contenha distâncias mais restritivas que a apresentada pela
norma NR10, deverá ser aplicada a norma da empresa.

Distância de segurança (ARCO vs CHOQUE - NFPA70E vs NR10)

Por vezes, as normas deixam vários pontos em aberto, até gerando certa confusão de conceitos.

Este é o caso da NR-10, com relação as distâncias das famosas zona de risco, controlada e livre.

A NR-10 cita em seu item 10.2.9.2:

“As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades,


devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências
eletromagnéticas. (210.023-1\/I=4)”

Porém a NR-10 traz em seu anexo II, informações somente sobre a questão
da condutibilidade, ou seja, definindo zonas de uso obrigatório de EPI
isolante de acordo com o nível de tensão.

Riscos Adicionais do Arco Elétrico


Além de calor intenso, os arcos elétricos liberam partículas de metais ionizadas que podem conduzir
correntes, provocar deslocamentos de ar com manifestação de alta pressão prejudicial ao sistema auditivo
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(existem registros de níveis de ruído acima de 120dB), emitir raios ultravioletas e infravermelhos prejudiciais
à visão e liberar gases tóxicos como resultado da combustão de materiais internos ao painel, ou ainda
danos físicos nas instalações, podendo causar lesões severas a distância de até 3 metros do ponto de falha
dos equipamentos, sendo essa distância variável conforme características construtivas das instalações
elétricas.
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Fonte:
Davis et al. (2003, p.3)
Fonte:
Davis et al. (2003, p.2)

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Contudo, o risco elétrico não se limita somente ao choque elétrico, mas também à emissão de energia
durante arcos elétricos, já que é obrigatório contemplar a questão da inflamabilidade das roupas. Logo,
seria correto chamar de Zona livre uma área que está livre somente do risco de choque elétrico? E o risco
de arco elétrico?

Verifica-se na prática que, em muitos locais, os raios delimitados pela IEEE1584 e NFPA70E, e relativos ao
risco de arco elétrico, excede, e em muito, a zona chamada controlada pela NR-10, ou seja, em muitos casos
um profissional na zona livre (NR-10), está sujeito ao risco de arco elétrico.

Fronteira Segura: 1,2m! Zona controlada: 0,7m! Fronteira Segura: 1,9m; Zona controlada: 0,7m!

Contudo, o risco elétrico não se limita somente ao choque elétrico, mas também à emissão de energia
durante arcos elétricos, já que é obrigatório contemplar a questão da inflamabilidade das roupas. Logo,
seria correto chamar de Zona livre uma área que está livre somente do risco de choque elétrico? E o risco
de arco elétrico?

Verifica-se na prática que, em muitos locais, os raios delimitados pela IEEE1584 e NFPA70E, e relativos ao
risco de arco elétrico, excede, e em muito, a zona chamada controlada pela NR-10, ou seja, em muitos casos
um profissional na zona livre (NR-10), está sujeito ao risco de arco elétrico.

Os conceitos de limites que constam na NR-10 Anexo 1 são relativos somente ao nível de tensão e ao risco
de contato acidental com partes energizadas.
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A norma NFPA70E-2005 determina uma série de limites relativos à segurança elétrica quando o trabalho
envolve equipamentos energizados. Somente pessoas autorizadas e qualificadas podem adentrar nesses
limites e somente com a utilização de roupa adequada. Os quatro limites determinados pela NFPA70E-2005
são:

1. Limite de proteção ao arco elétrico;


2. Limite de aproximação;
3. Limite de aproximação restrita;
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4. Limite de aproximação proibida.

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O limite de proteção ao arco elétrico é a distância a partir da fonte de energia (área energizada exposta)
até uma superfície onde existe o potencial de receber 1,2 cal/cm² de energia térmica. Uma exposição de
1,2 cal/cm² normalmente resulta em uma queimadura de segundo grau curável. Dentro deste limite, os
trabalhadores são obrigados a utilizar uma roupa de proteção com característica de resistência ao fogo
(flame resistance).

Efeitos do arco elétrico no corpo humano

A pele humana em condições normais tem temperatura de 34ºC, enquanto o sangue é de 36,5ºC. Em
condições adversas, a suportabilidade da pele à temperatura é:

• 44ºC durante 6 horas;


• 70ºC durante 1 segundo. Suficiente para provocar destruição total das células da pele;
• 80ºC durante 0,1 segundo. Destruição da pele. Ainda curável;
• Acima de 96ºC durante 0,1 segundo - Total destruição da pele. Ferimentos incuráveis;

A temperatura elevada pode causar:

• Queimaduras de 1º, 2º e 3º nos músculos do corpo;


• Aquecimento do sangue com sua consequente dilatação;
• Aquecimento podendo provocar o derretimento dos ossos e cartilagens;
• Queima das terminações nervosas e sensoriais da região atingida;
• Queima das camadas adiposas ao longo da derme, tornando-as gelatinosas.

25% do Corpo Queimado


100
50% do Corpo Queimado
80 75% do Corpo Queimado
Sobrevivência (%)

60
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40

20

0
Intervalo de Idade (Anos)
20-29,9 30-39,9 40-49,9 50-59,9
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Os danos causados pelos arcos elétricos costumam ser muito severos. De acordo com estatísticas da
American Burn Association, a probabilidade de sobrevivência diminui com o aumento da idade da vítima.

O tratamento de uma vítima de acidente envolvendo arco elétrico requer anos de recuperação da pele
e reabilitação. A vítima pode ficar inabilitada ao trabalho ou não reaver a mesma qualidade de vida que
possuía antes do acidente.

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Indução
Linhas desligadas oferecem perigo?

Indução mata?

Uma linha desligada com 100km de extensão, tem tensão?

Uma linha desligada paralela a uma energizada, sem aterramento tem tensão?

E uma linha desligada paralela a uma energizada, com aterramento tem tensão?

Indução eletromagnética é o fenômeno pelo qual aparece


corrente elétrica num condutor, quando ele é submetido a um
campo magnético e o fluxo que o atravessa é variável.
Momento Ciência
A indução eletromagnética existe todas as vezes que varia o
fluxo magnético que atravessa um condutor. Na prática essa
variação do fluxo é obtida por vários processos:
Em 1831, Faraday comprovou, através
1º - Indução numa bobina com deslocamento de imã;
de experimentos, que se numa região
próxima a um
2º - Indução numa bobina produzida por outra bobina;
condutor, bobina ou circuito elétrico
houver uma variação de fluxo
3º - Indução num condutor retilíneo movendo-se em campo magnético, aparecerá nos seus
uniforme. terminais uma diferença de potencial
(ddp), chamada de força eletromotriz
Um exemplo é a indução em Linhas de Transmissão e Distribuição induzida (fem), ou simplesmente,
paralelas, transpostas e em Subestações. tensão induzida.
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Esse fenômeno pode ser particularmente importante quando Caso o circuito elétrico esteja fechado,
há diferentes circuitos próximos uns dos outros, uma vez que a esta força eletromotriz induzida fará
passagem da corrente elétrica em condutores gera um campo circular uma corrente elétrica induzida.
eletromagnético que, por sua vez, induz uma corrente elétrica Michael Faraday enunciou a lei que rege
em condutores próximos. este fenômeno, chamado de Indução
Eletromagnética e que relaciona a
Portanto, pode ocorrer a passagem de corrente elétrica em um tensão elétrica induzida (fem) devida
circuito desenergizado se ele estiver próximo a outro circuito à variação do fluxo magnético num
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energizado. circuito elétrico. A Lei de Faraday diz o


seguinte:
“Em todo condutor enquanto sujeito a
uma variação de fluxo magnético é
estabelecida uma força eletromotriz
(tensão) induzida.”

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Por isso é fundamental, além de desligar o circuito sob intervenção, certificar através de equipamentos
apropriados (voltímetros ou detectores de tensão) se o circuito está efetivamente sem tensão, pois
a corrente alternada passando por um condutor produzirá um campo eletromagnético variável, e se
existirem nas suas imediações outros condutores desenergizados, neles será induzida uma tensão elétrica.

Desse modo teremos dois riscos relacionados às tensões induzidas por campos
eletromagnéticos:

• Acidente por choques elétricos em circuitos considerados desenergizados, mas sob tensão induzida;

• Influência de campos eletromagnéticos em equipamentos de comunicação, controle, medição,


podendo gerar também acidentes pela alteração de seu funcionamento (perturbação eletromagnética).

Para prevenir acerca da indução deve ser utilizado:

1. Detector de tensão;
2. Sistemas fixos de aterramento;
3. Sistemas temporários de aterramento;
4. Equipamentos eletroeletrônicos imunes à perturbação eletromagnética.
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Níveis de indução magnética próximos a linhas de transmissão


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Utilize o aterramento temporário!

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Descargas Atmosféricas
O perigo dos raios

Uma Descarga Atmosférica (raio) é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre na atmosfera,
entre regiões eletricamente carregadas. Tipicamente vem acompanhada pelo relâmpago, uma intensa
emissão de radiação eletromagnética, e pelo trovão, além de outros fenômenos associados. Normalmente
situam-se no interior ou entre as nuvens, mas é frequente a ocorrência de descargas diretamente sobre
o solo, que transferem elétrons da nuvem para a terra, embora o inverso também aconteça. A maior
parte ocorre zona tropical do planeta e principalmente sobre as terras emersas, associados a sistemas
convectivos, os quais, quando é intensa a atividade elétrica, caracterizam as trovoadas.

Estas descargas elétricas possivelmente tiveram papel fundamental no surgimento da vida, além de
auxiliar na sua manutenção. Na história humana, foi possivelmente a primeira fonte de fogo, fundamental
no processo da evolução. Desta forma, os raios despertaram fascínio, sendo incorporado em inúmeras
lendas e mitos representando o poder dos deuses. Pesquisas científicas posteriores revelaram sua natureza
elétrica e, desde então, as descargas têm sido alvo constante de monitoramento, por sua associação com
sistemas de tempestades.

Entretanto, os raios também oferecem perigo, em virtude da grande magnitude de cargas elétricas
envolvidas. Por esta razão, edifícios, redes de transmissão de energia e demais componentes de
infraestrutura necessitam de sistemas de proteção, sendo o mais comum o para-raios. Mesmo assim, as
descargas deixam milhares de mortos e feridos por todo o mundo, mesmo existindo medidas de proteção
relativamente simples que poderiam evitar fatalidades.

As descargas atmosféricas quando atingem a rede de distribuição, ou mesmo nas proximidades, provocam
surtos de tensão (sobre tensão) que viajam pela rede (condutores) e atingem os equipamentos instalados
no seu percurso.
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Como Ocorre o Raio da Descarga Amosférica

O raio acontece em três fases:

1º - Acumula-se na parte superior da nuvem uma carga líquida


de polaridade igual à acumulada sobre a superfície da terra.
Na parte inferior da nuvem, acumula-se uma carga líquida de
polaridade oposta.

2º - Ocorrendo aumento considerável do tamanho da nuvem,


começa a ocorrer à descarga.
Um raio “líder” (invisível a olho nu) abre o canal ionizado pelo ar,
permitindo que a eletricidade o siga.

3º - O raio é visível, seguindo o caminho aberto pelo líder.


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Ondas de Impulso de Tensão de Descarga Atmosférica

Uma descarga atmosférica, ao atingir diretamente uma linha/rede ou um ponto próximo a ela, é suficiente
para induzir uma corrente que formará duas ondas de impulso em sentidos opostos e cada qual com a
metade da intensidade da corrente, de frequência alta e a amplitude baixa.

Estas ondas são denominadas de ondas viajantes. Elas viajam pelos condutores da linha, submetendo o
seu isolamento a esforços elevados, sendo amortecidas, refletidas, repartidas etc., durante o seu percurso.

Os valores de pico destas ondas são limitados pelos níveis de isolamento básico da linha/rede para
impulso atmosférico (NBI), pois valores acima destes causarão descargas desruptivas (perfuração) nos
isoladores e pára-raios.

Corrente de Descarga Atmosférica IEC 2616/10

Dispositivo de Proteção contra Surtos DPS


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Tempestades não podem ser prevenidas - mas prejuízos causado por tempestades
podem.
A causa mais frequente da queima de equipamentos eletrônicos – como
computadores, TVs e aparelhos de fax, por exemplo – é a sobretensão causada por
descargas atmosféricas ou manobras de circuito. Contudo, estes problemas estão
com os dias contados. Os avanços da tecnologia já permitem a implementação de
uma proteção eficaz contra estes efeitos.
Instalados nos quadros de luz, os Dispositivos de proteção contra surtos (DPS), são
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capazes de evitar qualquer tipo de dano, descarregando para a terra os pulsos de


alta-tensão causados pelos raios.
Utilizado para limitar as sobretensões e descarregar os surtos de corrente originários
de descargas atmosféricas nas redes de energia, os dispositivos são aplicados
na proteção de equipamentos conectados à redes de energia, informática,
telecomunicações etc.

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Tipos de Raios

• Raio positivo originado na base da nuvem: atinge o solo próximo dela;


• Raio negativo bifurcado: atinge o solo em mais de um ponto;
• Raio positivo típico: atinge o solo num local afastado da nuvem que o gerou; e
• Raio negativo típico: atinge o solo em um só ponto.

A incidência de raios positivos, que têm descargas mais longas e perigosas, é maior no sudeste do que
em outras regiões do país.

Descarga atmosférica transversal

Ocorre quando a tensão, rica em corrente, caminha pelo condutor sem diferença de potencial entre as
fases, ou fase e neutro, formando um único campo elétrico. Tal caso é pouco freqüente na rede elétrica,
pois se o equipamento eletro-eletrônico alimentado nesta rede não estiver aterrado, não será atrativo
para a descarga atmosférica. O próprio transformador e o quadro de distribuição são mais atrativos para
esse tipo de descarga, por estarem aterrados. Caso o equipamento eletroeletrônico esteja aterrado, a
descarga passará pelo equipamento, danificando-o. Na rede telefônica e nas antenas, 90% das descargas
atmosféricas ocorrem de forma transversal, pois não há diferença de potencial entre os seus pólos, mas há
o atrativo no equipamento eletro-eletrônico acoplado à rede elétrica, servindo como elemento condutor
e consequentemente danificado.

Descarga atmosférica longitudinal


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Representa 98% dos casos em que a rede elétrica é atingida e consiste em a descarga se propagar apenas
por uma das fases (ou neutro). Seu atrativo é a outra fase (ou neutro), pois haverá entre elas uma grande
diferença de potencial, sendo a interligação feita através do equipamento eletro-eletrônico conectado à
rede elétrica.
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Cuidados

Instalar protetor contra surtos (DPS) de tensão na rede pode ser uma boa opção para evitar danos, pois
a sobre tensão de origem de descarga atmosférica pode chegar até o chuveiro elétrico e descarregar
no corpo molhado da pessoa que estiver tomando banho. Além disso, durante uma tempestade com
descargas atmosféricas, recomenda-se:

• Não usar aparelhos de som, TV, DVD, vídeo, computador, antena parabólica etc.;
• Desconectar os cabos de ligação da tomada;
• Usar telefone sem fio, separado da base;
• Não praticar natação, pois, ao nadar em piscinas descobertas, mar, ou rio, a cabeça do banhista
fica acima do nível da água, criando um caminho que facilita a descarga do raio. São comuns os
casos descarga de raios sobre embarcações e banhistas;
• Não jogar futebol debaixo de tempestade. Existe registro de acidentes, inclusive óbitos ocorridos
durante tempestades.

Trabalhos em linha viva

Os trabalhos de manutenção em Linha Viva não devem ser realizados:

a) Quando houver risco de ocorrência de chuva antes do prazo previsto para término dos serviços;

b) Se durante a execução dos serviços, ocorrer mudança repentina das condições meteorológicas,
como chuvas ou chuviscos, os trabalhos devem ser interrompidos imediatamente;

c) Se as ferramentas isolantes que estiverem em contato com pontos energizados sofrerem


umidificação. Caso isso ocorra, somente poderão ser manuseadas após certificação de que elas se
encontram limpas, secas e testadas;

d) Se houver incidência de descarga atmosférica na LT ou próxima a ela, em um raio menor que 5 km


do ponto em que o serviço estiver sendo executado.
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Toda atividade de linha viva deverá ser realizada com umidade relativa do ar igual ou inferior a 70% e sob
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condições meteorológicas favoráveis. A umidade relativa do ar é medida utilizando-se um Higrômetro


ou um Termo higrômetro.
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Fatalidades

Não há dados confiáveis em relação à quantidade de fatalidades que ocorrem em todo o mundo, uma
vez que muitos países não contabilizam este tipo de acidente. Contudo, a zona de risco encontra-se entre
os trópicos, onde vivem cerca de quatro bilhões de pessoas.No Brasil morreram 81 pessoas atingidas
por descargas elétricas em 2011, sendo que um quarto delas estavam na região Norte. Segundo os
pesquisadores do INPE, o número de mortes está diretamente relacionado com falta de informação. Na
Região Sudeste, por exemplo, o número de mortes tem diminuído, mesmo com o aumento da incidência
de raios. No país, a maioria das pessoas atingidas estavam no campo realizando atividades agropecuárias
e utilizando objetos metálicos, como enxadas e facões. A segunda causa principal foi a permanência
próximo de veículos e a utilização de moto ou bicicleta durante uma tempestade.

Existe uma variedade de formas através da quais os raios provocam ferimentos em pessoas, como a
descarga direta, a ocorrência de descargas guia através do corpo, a corrente provocada por uma descarga
próxima, o contato com um objeto condutor atingido pelo raio ou mesmo ferimentos provocados pela
explosão ou incêndios iniciados pela descarga. Sintomas brandos de pessoas atingidas pela corrente
elétrica incluem confusão mental, surdez e cegueira temporárias e dores musculares, mas as recuperação
geralmente é completa. Em casos moderados, ocorrem ainda desordem metal, deficiências motoras,
queimaduras de primeiro e segundo grau. A recuperação é possível, mas há sequelas como confusão
cerebral, dificuldades psicomotoras e dores crônicas. Por fim, os danos severos das descargas elétricas
levam a paradas cardiorrespiratórias, danos cerebrais, queimaduras graves e surdez permanente, dentre
outros. O paciente apresenta, na maioria das vezes, sequelas irreversíveis que afetam principalmente o
sistema nervoso. Em média uma em cada cinco pessoas morre devido à descarga elétrica.
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Eletricidade Estática
O risco de ignição de áreas explosivas Momento História

O fenômeno eletrostático mais antigo conhecido é o que


ocorre com o âmbar amarelo no momento em que recebe o
atrito e atrai corpos leves. Tales de Mileto foi um filósofo da Grécia
Antiga, o primeiro filósofo ocidental de
Tales de Mileto, no século VI a.C., já conhecia o fenômeno que se tem notícia.
e procurava descrever o efeito da eletrostática no âmbar.
Também os indianos da antiguidade aqueciam certos cristais Tales é apontado como um dos sete
que atraiam cinzas quentes atribuindo ao fenômeno causas sábios da Grécia Antiga. Além disso, foi o
sobrenaturais. O fenômeno porém, permaneceu através dos fundador da Escola Jônica. Considerava
tempos apenas como curiosidade. a água como sendo a origem de todas
as coisas, e seus seguidores, embora
A descarga eletrostática, é definida como a transferência discordassem quanto à “substância
de carga entre corpos que estão em potenciais elétricos primordial” (que constituía a essência do
diferentes. universo), concordavam com ele no que
Para ser percebida pela sensibilidade humana, uma descarga dizia respeito à existência de um “princípio
deve atingir, no mínimo, 3 mil volts, o suficiente para atear único” para essa natureza primordial.
fogo em um material combustível.
A tendência do filósofo em buscar a
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina e Acidentes verdade da vida na natureza o levou
no Tráfego (Abramet), pessoas que transpiram muito ficam também a algumas experiências com
mais expostas às descargas, pois os sais minerais, condutores magnetismo que naquele tempo só
de eletricidade, são expelidos na transpiração. existiam como curiosa atração por objetos
de ferro por um tipo de rocha meteórica
achado na cidade de Magnésia, de onde
Umidade Relativa Umidade Relativa o nome deriva.
(10 a 20%) (65 a 95%)
Meios de Geração de Eletricidade Estática Tensão Eletrostática (Volts)
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Andando sobre o Carpete 35.000 1.500


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Andando sobre piso de vinil 12.000 250

Trabalhador em uma bancada 6.000 100

Abrindo envelope plástico 7.000 1.200

Pegando uma sacola plástica 20.000 1.200

Sentando em cadeira com almofada de poliuretano 18.000 1.500


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Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tales_de_Mileto

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Estas descargas de eletricidade estática são causas comuns de ignição de ambientes com atmosferas
explosivas. Na aviação, por exemplo, a eletricidade estática é fator relevante à segurança das aeronaves.
Um avião após aterrissar necessita ser descarregado estaticamente, pois a tensão desenvolvida pode
facilmente ultrapassar 250.000 V.

Nos automóveis também ocorre a eletrização quando estes são submetidos a grandes velocidades no ar
seco, podendo seus ocupantes ao sair do veículo tomarem uma descarga elétrica.

Acidentes por eletricidade estática em postos de combustíveis

Acidente de Alcântara
Às 13h30 de 22 de agosto de 2003, uma enorme explosão destruiu
o foguete brasileiro VLS-1 V03 em sua plataforma de lançamento
no Centro de Lançamento de Alcântara durante os preparativos
para o lançamento, matando 21 técnicos civis.
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O objetivo da missão, nomeada Operação São Luís, era colocar o


satélite meteorológico Satec do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais e o nanosatélite Unosat da Universidade do Norte do
Paraná em órbita circular equatorial a 750 km de altitude.

Investigações posteriores concluíram que a explosão, que consumiu


as cerca de 40 toneladas de combustível sólido do foguete, foi
causada pela ignição prematura de um dos motores do foguete,
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deflagrada por uma centelha elétrica.

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Campos Eletromagnéticos
Riscos e efeitos sob o corpo

Campos elétricos e magnéticos existem sempre que há fluxo de corrente elétrica – em linhas de transmissão,
distribuição, cabos, fiação residencial e equipamentos elétricos.

Campos Elétricos originam-se de cargas elétricas, são medidos em volts por metro (V/m) e são facilmente
blindados por materiais comuns tais como madeira e metal.

Campos Magnéticos são gerados pela movimentação de cargas elétricas (corrente), são expressos em Tesla
(T), ou mais frequentemente em militesla (mT) ou microtesla (uT). Em alguns países uma outra unidade
chamada Gauss (G) é frequentemente usada (10.000 G = 1 T). Estes campos não são blindados pela maioria
dos materiais comuns, e os atravessam facilmente. Ambos os tipos de campo tem maior intensidade na
proximidade da fonte e diminuem com a distância.
Enquanto se preparava para uma palestra na
tarde de 21 de Abril de 1820, Orsted desenvolveu
uma experiência que forneceu evidências que
o surpreenderam. Enquanto preparava os seus
materiais, reparou que a agulha de uma bússola
defletia do norte magnético quando a corrente
elétrica da bateria que estava a usar era ligada
e desligada. Esta deflexão convenceu-o que os
campos magnéticos radiam a partir de todos
os lados de um fio carregando uma corrente
elétrica, tal como ocorre com a luz e o calor, e
Campo Magnético que isso confirmava uma relação direta entre Hans Christian Orsted
gerado por uma corrente Fonte:
elétrica
eletricidade e magnetismo. Brian, R.M. & Cohen, R.S. (2007). Hans
Christian Ørsted and the Romantic
Legacy in Science, Boston Studies in
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the Philosophy of Science, Vol. 241.


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O uso da eletricidade tornou-se parte integral de nosso cotidiano. Sempre que há um fluxo de eletricidade,
campos elétricos e magnéticos são criados nas proximidades dos condutores e equipamentos elétricos.
Desde o final dos anos setenta foram levantados questionamentos se a exposição a campos elétricos e
magnéticos (EMF na sigla em inglês), de frequência extremamente baixa (ELF na sigla em inglês), produzem
consequências adversas para a saúde. A partir daí muito se pesquisou, resolvendo com sucesso importantes
questões e estreitando o foco para pesquisas futuras.
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Em 1996, a Organização Mundial de Saúde (OMS) implantou o Projeto Internacional de Campos


Eletromagnéticos para investigar os potenciais riscos para a saúde associados a tecnologias emissoras de
EMF. Um Grupo de Trabalho da OMS recentemente concluiu uma resenha das implicações para a saúde dos
campos de baixa frequência (OMS, 2007).

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Os efeitos danosos dos campos eletromagnéticos nos trabalhadores manifestam-se especialmente quando
da execução de serviços na transmissão e distribuição de energia elétrica, nos quais empregam-se elevados
níveis de tensão.

Os efeitos possíveis no organismo humano decorrente da exposição ao campo eletromagnético são de


natureza elétrica e magnética. Os efeitos de origem magnética são térmicos, endócrinos e suas possíveis
patologias produzidas pela interação das cargas elétricas com o corpo humano.

Os trabalhadores expostos a essas condições, que possuam em seu corpo próteses metálicas (pinos, encaixes,
articulações), devem dispensar especial atenção à sua saúde promovendo “check ups” periódicos, uma
vez que a radiação promove aquecimento intenso nos elementos metálicos podendo provocar necroses
ósseas, assim como aos trabalhadores portadores de aparelhos e equipamentos eletrônicos (marca-passo,
auditivos, dosadores de insulina, etc), pois a radiação interfere nos circuitos elétricos e poderão criar
disfunções e mau funcionamento dos mesmos.

Em 23 de marco de 2010, através da Resolução Normativa Nº 398 a AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA


ELÉTRICA – ANEEL regulamentou a Lei nº 11.934, no que se refere aos limites à exposição humana a campos
elétricos e magnéticos. Os limites estão elencados na Tabela 1, acima.

Portanto, para as instalações com tensão igual ou superior a 138 kV, de geração, transmissão e distribuição,
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tornou-se obrigatório encaminhar à ANEEL, um relatório com as medições dos campos elétricos e
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magnéticos, emitidas pelos equipamentos elétricos em funcionamento.

O eletromagnetismo
No estudo da Física, o eletromagnetismo é o nome da teoria unificada desenvolvida por James Maxwell
para explicar a relação entre a eletricidade e o magnetismo. Esta teoria baseia-se no conceito de campo
eletromagnético.
O campo magnético é resultado do movimento de cargas elétricas, ou seja, é resultado de corrente
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elétrica. O campo magnético pode resultar em uma força eletromagnética quando associada a ímãs.
A variação do fluxo magnético resulta em um campo elétrico (fenômeno conhecido por indução
eletromagnética, mecanismo utilizado em geradores elétricos, motores e transformadores de tensão).
Semelhantemente, a variação de um campo elétrico gera um campo magnético. Devido a essa
interdependência entre campo elétrico e campo magnético, faz sentido falar em uma única entidade
chamada campo eletromagnético.

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Campos Elétricos

O Campo Elétrico pode ser definido como um campo de linhas de força invisíveis, existente nas vizinhanças
de condutores energizados, que provoca o efeito denominado tensão induzida.

Para melhor entender este efeito, basta considerar uma pessoa e/ou uma peça metálica colocados num
campo elétrico, se estiverem isolados do solo, ficarão carregados de energia, devido à tensão induzida.
Assim que a pessoa ou a peça tocarem algum ponto aterrado, a energia será descarregada para a terra
(veremos novamente essa definição em trabalho sob tensão).

Com o desenvolvimento da eletricidade como ciência, a física moderna abandonou o conceito newtoniano
de força como causa dos fenômenos e introduziu a noção de campo. A liberação das partículas passou a
ser associada às diferenças de níveis energéticos e não à ação direta de força.

Assim, define-se campo elétrico como uma alteração introduzida no espaço pela presença de um corpo
com carga elétrica, de modo que qualquer outra carga de prova localizada ao redor indicará sua presença.
Por meio de curvas imaginárias, conhecidas pelo nome de linhas de campo, visualiza-se a direção da força
gerada pelo corpo carregado.

As características do campo elétrico são determinadas pela distribuição de energias ao longo do espaço
afetado. Se a carga de origem do campo for positiva, uma carga negativa introduzida nela se moverá,
espontaneamente, pela aparição de uma atração eletrostática.
Pode-se imaginar o campo como um armazém de
energia causadora de possíveis movimentos.

É usual medir essas energias tendo como referência


a unidade de carga, com o que se chega à definição
de potencial elétrico, cuja magnitude aumenta em
relação direta com a quantidade de carga geradora e
inversa com a distância dessa mesma carga.
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A unidade de potencial elétrico é o Volt, equivalente


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a um Coulomb por metro. A diferença de potenciais


elétricos entre pontos situados a diferentes distâncias
da fonte do campo origina forças de atração ou
repulsão orientadas em direções radiais dessa fonte.

A intensidade do campo elétrico é definida como a força que esse campo exerce sobre uma carga contida
nele. Dessa forma, se a carga de origem for positiva, as linhas de força vão repelir a carga de prova, e
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ocorrerá o contrário se a carga de origem for negativa. Diz-se, portanto, que as cargas positivas são
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geradoras de campos magnéticos e as negativas de absorção ou sumidouros.

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Campos Magnéticos

Os elétrons giram em torno do núcleo dos átomos, mas também em torno de si mesmos (translação), isto
é semelhante ao que ocorre com os planetas e o Sol. Há diversas camadas de elétrons, e em cada uma, os
elétrons se distribuem em orbitais, regiões onde executam a rotação, distribuídos aos pares.

Ao rodarem em seu próprio eixo, os elétrons da camada mais externa produzem um campo magnético
mínimo, mas dentro do orbital, o outro elétron do par gira também, em sentido oposto, cancelando este
campo, na maioria dos materiais.

Porém nos materiais imantados (ferromagnéticos) há regiões, chamadas domínios, onde alguns dos pares
de elétrons giram no mesmo sentido, e um campo magnético resultante da soma de todos os pares e
domínios é exercido em volta do material: são os imãs.

O que de fato é um campo magnético?

A palavra campo significa, na Física, uma tendência de influenciar corpos ou partículas, no espaço que
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rodeia uma fonte. Ex.: O campo gravitacional próximo à superfície de um planeta, o qual atrai corpos,
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produzindo uma força proporcional à massa destes, chamada peso.

Assim, o campo magnético é a tendência de atrair partículas carregadas, elétrons e prótons, e corpos
metálicos magnetizáveis (materiais ferromagnéticos, como o ferro, o cobalto, o níquel e ligas como o
alnico).
O campo pode ser produzido por imãs e eletroímãs, que
aproveitam o efeito magnético da corrente elétrica.
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Do ponto de vista formal, devemos ter em mente que é


impossível tratar cargas elétricas em movimento sem levar
em consideração a existência de campo magnético. Cargas
em movimento criam um campo magnético. Por outro
lado, havendo campo magnético em determinada região
do espaço, uma força será exercida sobre uma carga em
movimento.

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Existem duas formas básicas de criação de um campo magnético. A primeira tem a ver com a descoberta
do fenômeno; trata-se do campo de um imã permanente. A segunda forma tem a ver com o campo criado
por uma carga em movimento; trata-se do campo criado por uma corrente elétrica.

Efeitos no Corpo

Campos elétricos de baixas frequências influenciam na distribuição de cargas elétricas na superfície dos
tecidos condutores e causam um fluxo de corrente elétrica no corpo.

Campos magnéticos de baixas frequências induzem correntes circulantes dentro do corpo humano.
A intensidade dessas correntes induzidas depende da intensidade do campo magnético externo e do
comprimento do percurso através do qual a corrente flui. Quando suficientemente intensas essas correntes
podem causar o estímulo de nervos e músculos.

Em radiofrequências - RF, os campos penetram somente uma pequena distância no


corpo. A energia desses campos é absorvida e transformada em movimento das moléculas. A fricção
entre moléculas em movimento rápido resulta em um aumento da temperatura. Esse efeito é usado em
aplicações domésticas como o aquecimento de comida em fornos de microondas, e industriais, como na
soldagem de plásticos ou aquecimento de metais.

Os níveis de RF aos quais as pessoas estão normalmente expostas em nosso ambiente são muito inferiores
aos necessários para a produção de um aquecimento significativo.
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Não existem evidências científicas comprovadas, suficientemente fortes para que existam preocupações a
respeito de que os campos elétricos e magnéticos provocam danos à saúde, pois os estudos desenvolvidos
e os experimentos realizados em animais, células e estudos clínicos desde a década de 70 não comprovaram
que a exposição a campos elétricos e magnéticos causa danos à saúde.

Em 1979 foi publicado o primeiro estudo que pretendeu apontar uma associação entre doenças e a
proximidade de casas às linhas de transmissão de energia elétrica. A partir desse estudo, que apresentou
fracas evidências e resultados pouco significativos, a comunidade científica internacional iniciou uma
cruzada para tentar comprovar essa tese, não alcançando nenhuma conclusão até o momento.

Organização Mundial da Saúde - OMS reconhece oficialmente as recomendações da ICNIRP– International


Commission on Non-Ionizing Radiation Protection, e os resultados das pesquisas mundiais lhe permite
afirmar que a exposição a campos com intensidades inferiores aos limites recomendados pelas diretrizes
internacionais da ICNIRP não apresenta qualquer consequência conhecida para a saúde.

Os limites recomendados pelo ICNIRP e adotados pela OMS para a população em geral guardam um fator
de segurança de 50 vezes menor do que os considerados toleráveis pelo organismo humano. Esses limites
estão apresentados na tabela abaixo:

As conclusões das pesquisas científicas existentes até o momento são insuficientes para que se adote
limites de exposição de campos elétricos e magnéticos inferiores aos recomendados pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), que já são bastante conservadores. Os níveis de emissão das instalações da
Eletropaulo são muito inferiores aos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (em média, 4 a 8
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vezes menor).
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Comunicação e Identificação
Evitando erros

As Comunicações Internas são as interações, os processos de trocas, os relacionamentos dentro de uma


empresa ou instituição. Também chamada de Endocomunicação, a Comunicação Interna é responsável
por fazer circular as informações, o conhecimento, de forma vertical, ou seja, da direção para os níveis
subordinados; e horizontal, entre os empregados de mesmo nível de subordinação.

Toda organização está inserida num mercado altamente competitivo. Com a globalização e a disseminação
de novas tecnologias. A Comunicação Interna tem uma função importante, no sentido de fazer circular
as informações novas, promover o debate e a interação entre os vários segmentos da organização e,
sobretudo, capacitar os funcionários para os novos desafios. A comunicação interna deixa de ser uma área
periférica e alia-se aos demais setores, tornando-se assim uma ferramenta imprescindível para a obtenção
de resultados. Por isso, o processo de comunicação interna precisa ser valorizado e os canais que ele dispõe
(jornais, boletins, intranet, murais etc.) disponibilizados de forma eficaz e atrativa para que realmente
cumpram sua missão de integrar todo o quadro funcional de uma organização.

Comunicar é mais que informar, é atrair, é envolver. E neste processo, todos os empregados possuem seu
valor e atuam de forma a tornar uma organização bem informada ou não. Enfim, uma boa comunicação
interna depende de todos nós.

Comunicação Eficiente

Uma comunicação deficiente ou uma falha de


comunicação pode dar origem a graves consequências,
sendo necessário garantir que as mensagens sejam
transmitidas no seu melhor padrão de qualidade e
profissionalismo e que o seu receptor esteja apto a
recebê-las sem qualquer dificuldade ou interrupção.
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Para a obtenção de uma boa e eficiente comunicação, devem ser observados vários aspectos no perfil
e na habilitação dos recursos humanos, além de sua disposição em regras ou instruções, tais como:
terminologia padrão; fraseologia; identificação; procedimentos de identificação, transmissão, repetição,
confirmação, fonética, audição, dicção, impostação de voz, organização e verbalização do pensamento.

Na busca de uma comunicação eficiente, toda empresa deve ter padrões de comunicação.
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Para evitar falhas da comunicação nas áreas técnicas, deve ser estabelecido um rol de etapas e
procedimentos que pretendem garantir o máximo de eficiência, como exemplo temos:

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• Comunicação à área responsável pela programação;


• Envio de mensagem de liberação (identifica o equipamento a ser interferido);
• Planejamento da atividade de liberação (formulários específicos para a sequência de
manobras);
• Autorização de Trabalhos;
• Guias de Manutenção e Planos de Trabalho;
• Liberação Equipamento para Manutenção e Operação;
• Normas Administrativas;
• Análise Preliminar de Riscos - APR.

A necessidade da implementação de procedimentos que não deem margem a dúvidas é fundamental


para que se estabeleça uma comunicação fluida e sem percalços num ambiente onde o convívio com a
presença do risco de acidente de origem elétrica é contínuo.

Padronização de Sinalização e Identificação

Conforme citado anteriormente, toda empresa deve possuir um padrão para a sinalização e identificação
no SEP.

Este documento tem por finalidade a padronização dos procedimentos relativos a:

• Sinalização externa e interna de segurança, reservatórios, barragens e usinas; e


• Identificação de equipamentos; instrumentos; e tubulações.

A correta identificação dos equipamentos do SEP é essencial para evitar enganos, acidentes do trabalho,
danos materiais e erros de manobra.

Como exemplo, na Distribuição de energia ou painéis devem ser utilizadas placas de “Não opere este
equipamento” por ocasião de manobras nas redes de distribuição ou painéis. Esta prática visa inibir
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operações indesejadas de chaves envolvidas em uma manobra emergencial ou programadas.


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Comunicação e Identificação conforme NR-10

NR10 – Item 10.7.9: Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem
como aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que
permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro
de operação durante a realização do serviço.

Equipamento que permita a comunicação é aquele que promove a transmissão e o recebimento de


mensagens por métodos convencionados (fala, códigos, sinais luminosos ou sonoros, por meio de fios,
guias ou radiação).

No caso, destina-se ao transito de informações entre equipes de trabalho e ou responsável pelo controle
da instalação elétrica energizada em AT, ou do SEP, objeto do serviço.

O equipamento de comunicação pode ser de qualquer tipo, porém deve permitir a comunicação
permanente entre os usuários em qualquer local ou distância e ser utilizado estritamente para os serviços
em execução. Devem, também, receber manutenção rotineira a fim de assegurar-lhe boa qualidade e
confiabilidade durante o uso.

O desempenho do equipamento de comunicação está diretamente relacionado com a segurança,


qualidade e rapidez nos serviços, principalmente aqueles relacionados com a localização e reparo de
defeitos e atendimento a consumidores.

Deve ter procedimento de uso e funcionamento, sendo os usuários treinados quanto aos procedimentos,
à legislação e conduta ética operacional no sistema de comunicação. O registro das comunicações é uma
medida recomendável.

É importante lembrar que a legislação do transito proíbe que o condutor de veículo fale em equipamento
de comunicação enquanto dirige.
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NR10 – Item 10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com
identificação da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho específico
padronizado.de operação durante a realização do serviço.

Os equipamentos e dispositivos desativados ou, bloqueados, deverão ser sinalizados com a identificação
da condição de desativação, devendo esse procedimento estar padronizado.
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NR10 – Item 10.10.1: Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização
adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto
na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a
seguir:
a) identificação de circuitos elétricos;
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos;
c) restrições e impedimentos de acesso;
d) delimitações de áreas;
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de
movimentação de cargas;
f ) sinalização de impedimento de energização;
g) identificação de equipamento ou circuito impedido.

A Norma exige a adoção de sinalização adequada de segurança nos serviços e nas instalações elétricas.
Foi ética ao remeter a responsabilidade de especificação quanto aos detalhamentos (simbologia; cores,
qualidade; universalidade) de sinalização à NR.26, que trata especificamente de sinalização de segurança.
Portanto, caberá ao Ministério do Trabalho e Emprego, promover alterações na NR.26 para complementá-
la com as especificações de caracteres, símbolos, conjunto de palavras, cores, e demais detalhes aplicáveis
ao risco elétrico.

Contudo, as sinalizações específicas ao risco de choque elétrico em instalações de média tensão já constam
da recém atualizada NBR 14039 e, por outro lado, alguns tipos de placas de sinalização já existem no
mercado.

A sinalização é uma medida complementar de controle dos riscos. E sendo complementar ela necessita
da adoção de outras medidas de prevenção para ser eficaz (barreiras, invólucros, obstáculos,..), contudo
se constitui num item de segurança simples e eficiente apara a prevenção de riscos de origem elétrica
em geral. Essa medida de proteção promove a identificação (indicação, descrição, avisos, ...), a orientação
(instruções de bloqueios, de direção, ...) e advertência (proibição, obrigatoriedades, impedimentos) nos
ambientes de trabalho. Deve ser adotada a partir da fase de projeto das instalações elétricas e constarem
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do memorial descritivo.
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Comumente é utilizado o sistema de sinalização visual, dotado de símbolos, ícones, caracteres, letreiros e
cores de padronização internacional e nacional, aplicados em etiquetas, cartões, placas, avisos, cartazes,
fitas de identificação, faixas, cavaletes, cones, etc., destinados a promover informação, instrução, avisos,
alertas ou advertências de pessoas sobre os riscos ou condições de perigo existentes no ambiente, no
equipamento, no dispositivo, proibições de ingresso ou acesso, impedimentos diversos, direções e cuidados
ou ainda aplicados para a identificação de circuitos ou partes. É importante ressaltar que, apesar de não
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estar explícito na Norma, os dizeres utilizados na sinalização são obrigatórios em língua portuguesa, salvo
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em condições onde, sob justificativa, seja necessário o uso de outro idioma. Há situações no entanto em
que a sonorização é um meio eficiente para promoção de alertas , como por exemplo utilizar um alarme
sonoro que se antecipa à energização de equipamento.

Quando se trata de risco com energia elétrica é fundamental a existência de procedimentos de sinalização
padronizados, documentados, divulgados e que sejam conhecidos por todos trabalhadores (próprios e
prestadores de serviços).
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Trabalhos em Altura, Máquinas e


Equipamentos Especiais
Riscos Adicionais

Durante a execução de trabalhos em altura é fundamental usar os equipamentos adequados para prevenir
a queda. Os principais equipamentos de proteção são o guarda-corpo e o conjunto para trabalho em
altura. A NR 35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,
envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. Considera-se trabalho em altura
toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
Os trabalhadores antes de realizarem atividades em altura
devem:
• Possuir os exames específicos da função comprovados ASO
no ASO – Atestado de Saúde Ocupacional, conforme
item 10.8.7. Atestado de Saúde Ocupacional -
• Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, ASO deve indicar explicitamente
paralisando a atividade caso sinta qualquer alteração que a pessoa está apta a executar
em suas condições;
• Estar treinado e orientado sobre todos os riscos
envolvidos.

“10.8.7. Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos à exame
de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e
registrado em seu prontuário médico.”

Toda ferramenta e equipamento (cesta aérea, andaimes, plataformas, etc) devem ser inspecionados, e
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quando de sua utilização devem estar amarrados e apoiados firmemente em solo plano. As ferramentas
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devem ser içadas em bolsas ou sacolas, utilizando carretilhas e cordas.

NR-35

Considera-se trabalho em altura toda atividade


executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível
inferior, onde haja risco de queda.
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EPIs para altura


Por tratar de trabalhos em altura, devem-se selecionar e adotar Equipamentos de Proteção Individual -
EPI, acessórios e sistemas de ancoragem especificados e escolhidos considerando-se o conforto, a carga
aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de queda, além dos riscos adicionais.

Como em qualquer outra atividade, o EPI deve ser inspecionado periodicamente e antes dos trabalhos,
ainda mais por tratar de prevenção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou
deformações, devendo inutilizá-los para uso e descartá-los.

O sistema de retenção de queda depende dos elementos que formam o EPI, que são o cinturão e os
elementos de conexão (talabarte ou trava queda). O sistema depende também de um dispositivo de
ancoragem, pois sem este o EPI não funciona. Pode parecer absurdo, porém, existem pessoas que não
recebem a qualificação adequada e acreditam de que apenas vestindo o cinturão já estão protegidas!
Trabalho em altura com EPI é uma tarefa complexa e certamente o tempo de 8 horas estabelecido no item

NR-35

5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios
e sistemas de ancoragem.

Normas para EPIs segundo a NR-35

NBR 14626:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda deslizante
guiado em Linha Flexível

NBR 14627:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda guiado
Brígida em Linha
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NBR 14628:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda retrátil

NBR 14629:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Absorvedor de Energia

NBR 15834:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Talabarte de Segurança

NBR 15835:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Cinturão de Segurança
tipo abdominal e talabarte de Segurança n º Posicionamento e Restrição
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NBR 15836:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Cinturão de Segurança
tipo paraquedista

NBR 15837:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Conectores

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Os sistemas utilizados com equipamento de proteção individual para trabalho em altura são:

• Sistema de restrição de movimentação: este sistema está localizado dentro da hierarquia de proteção
de queda como uma medida que elimina o risco da queda. O sistema é formado por um cinturão
(paraquedista preferencialmente), um talabarte e um dispositivo de ancoragem que quando utilizados
corretamente impedem o trabalhador de atingir um local onde existe o risco de queda.

• Sistema de retenção de queda: uma vez que não seja possível eliminar o risco de queda deve ser
adotado um sistema que minimize o tamanho e as consequências de uma queda. O sistema de retenção
de queda é formado por um cinturão paraquedista (obrigatoriamente), um talabarte de segurança
para retenção de queda ou um trava-queda e um dispositivo de ancoragem. O sistema deve dispor de
um meio de absorção de energia para limitar as forças geradas no trabalhador e também proteger a
ancoragem.

• Sistema de posicionamento no trabalho: este sistema constituído de um cinturão de posicionamento,


talabarte de posicionamento e ancoragem funciona como suporte primário do trabalhador que
sempre deve ser utilizado junto a um sistema de retenção de queda. O sistema de posicionamento
oferece suporte parcial ou total para o trabalhador executar sua tarefa de forma estável e segura e
é tido como suporte primário, caso este suporte primário venha a falhar o sistema em paralelo de
retenção de queda será requisitado.

A nova NR-35

Há muito aguardada, entrou em vigor uma nova NR (Norma


Regulamentadora) específica para o trabalho em altura, a NR 35. Isto
comprova a atenção por parte do governo para esta área que fornece
dados tão presentes nos altos índices estatísticos de acidentes no mercado
brasileiro. A expectativa é que estes índices diminuam com esta nova
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referência quando se fala em trabalho em altura, deixando para trás a


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busca por regulamentações que estavam espalhadas por várias NR’s como
a 10, 12, 18, 33, 34.

A norma não se atem a algum tipo de trabalho em altura específico, mas


sendo generalista, abrangendo aos mais variados tipos de atividades que
expõem, em algum momento, o trabalhador ao risco de queda de altura.
Isto vem a facilitar sua interpretação que traz uma mudança significativa
na forma de agir, principalmente nas etapas que antecedem o trabalho
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em altura. Para citar duas ações em andamento: a NR 35 deve ser acrescida


de um anexo, onde irão constar algumas informações importantes; e
uma norma técnica específica para procedimentos de utilização de EPI
para trabalho em altura vem sendo estudada pela ABNT através do CB-32
(Comitê Brasileiro para EPI).

Aguarde, em breve a TOP Elétrica terá um exclusivo curso sobre a NR-35!

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• Sistema de acesso por corda: É o sistema mais exigente e quem atua na área deve cumprir uma longa
formação que fornece amplo suporte para atuação nas mais diferentes situações. Um profissional de
acesso por corda pode atuar com segurança dentro dos demais sistemas, já um trabalhador capacitado
apenas na utilização de sistemas de retenção de queda não deve realizar técnicas de acesso por corda
sem a formação adequada. Este sistema também é chamado de técnica de acesso por corda.

São estes os quatro sistemas e a retenção de queda é um sistema independente e também está presente em
outros dois sistemas: posicionamento e acesso por corda sendo esta a técnica que realmente irá minimizar
as consequências e tamanho de uma queda. Uma das maiores dificuldades para se ter um sistema de
retenção de queda eficiente é ter este sempre presente e pronto para ser utilizado “esperando que ele
nunca seja necessário”. A cultura da segurança é muito importante, o exemplo da obrigatoriedade do uso
de cinto de segurança automotivo mostra bem isto. De pouco mais de uma década para cá a utilização
aumentou drasticamente e niguem quer “ver se o cinto funciona”.

Três componentes essenciais do sistema pessoal de proteção de queda devem estar disponíveis e devem
ser utilizados adequadamente para fornecer proteção ideal ao trabalhador. São eles:

• Ancoragem/Dispositivo de ancoragem;
• Cinturão paraquedista;

Exemplo 2
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Exemplo 1
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Ancoragem/Dispositivo de ancoragem
Dispositivos de ancoragem são projetados como interface entre a estrutura (ancoragem) e o dispositivo de
união. A ancoragem deve ser de fácil acesso, evitando a exposição do trabalhador ao risco antes que este
esteja devidamente conectado e deve sustentar 15kN (1.529 kgf) por trabalhador.

Ancoragens planejadas e selecionadas com cuidado são fatores cruciais para a proteção e segurança do
trabalhador. Em caso de queda, o trabalhador será suspenso pela ancoragem selecionada, sendo que sua
vida depende da resistência da mesma.

Além disso, para definir a ancoragem é importante fazer distinção entre a própria ancoragem e o dispositivo
de ancoragem. A ancoragem, por exemplo, pode ser uma viga em I, enquanto uma cinta de ancoragem
ou ancoragem para viga que possam ser instalados nesta viga representam o dispositivo de ancoragem.

Exemplos:

Ancoragens permanentes Dispositivos de ancoragem


temporários
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Linha de vida flexível - Temporária Dispositivos de ancoragem


para beiral

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Dispositivo de ancoragem para viga

Cinto tipo paraquedista


Cinturões paraquedistas incluem ferragens, fitas e acolchoamento.

As ferragens devem ser robustas, mas não superdimensionadas nem


incômodas. Ao mesmo tempo, devem ser fáceis de manusear e seguras.
Ferragens incompatíveis podem ainda causar desconexão involuntária de
componentes. As ferragens têm de ser lisas porque podem representar risco
se tiverem cantos vivos que venham a cortar as fitas do cinturão e causem
lesões ao trabalhador.

As partes metálicas devem ter um bom acabamento também com relação


às fivelas de regulagem, que não podem danificar a fita. Preste atenção em
ferragens com molas expostas, especialmente em fivelas de atrito, elas podem
ser facilmente desativadas com o deslocamento das molas.

Fitas (cadarço) variam bastante de marca para marca. Procure cinturões robustos, com tecido de trama
homogênea, que deslizem pelas ferragens sem engatar. Uma vez que o cinturão esteja cortado, queimado,
gasto, etc., o cinturão deve deixar de ser utilizado.
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Ao escolher cinturões, lembre-se de que devem cumprir os requisitos da norma NBR de 15 kN de resistência
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à tração estática sem se soltar do boneco de ensaio.

Já que os cinturões serão usados no sol, calor e umidade por períodos longos, devem resistir aos efeitos
do clima. Em ambientes químicos severos, os cinturões devem resistir à gases e aos esguichos tóxicos.
Deve ser verificada a compatibilidade de resistência da matéria-prima têxtil com os produtos utilizados.

Os acolchoamentos devem ser maleáveis e fáceis de ajustar, a fim de garantir uma adaptação confortável.
Tal como as fitas, os acolchoamentos tem de resistir ao clima e conservar seu formato. Alguns
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acolchoamentos podem se tornar quebradiços com o tempo, por isso, procure aqueles com tecido
respirável e construção durável.

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Ajuste Incorreto: Fita peitoral posicionada incorretamente. Deve ficar


localizada no meio do peito para manter as fitas dos ombros cômodas. Faixas
das pernas muito soltas.

Ajuste Incorreto: Fita peitoral posicionada muito alta e muito


solta. Faixas da perna posicionadas incorretamente.

Ajuste Correto: As faixas de peito e de perna oferecem ajuste


cômodo. A parte posterior está posicionada adequadamente.

Colocando o cinto:

1: Segure o cinturão pelo “A” 4: Puxe a fita de perna por


posterior. Sacuda para que as fitas entre as pernas e conecte à
fiquem em posição. extremidade oposta. Repita
com a segunda fita de perna.
Se houver fita abdominal no
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cinturão, conecte a fivela de


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2: Se houver fivelas nas fitas do 5: Conecte a fita peitoral e


peito, pernas e/ ou cintura, libere a posicione no centro do
as fitas e separe as fivelas. peito. Aperte para manter tal
modo que as faixas de ombro
esticadas.
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3: Deslize as faixas sobre os ombros 6: Após todas as fitas estarem


de modo a posicionar o “A” afiveladas, regule de tal modo
posterior no meio das costas, entre que o cinturão se ajuste bem,
os omoplatas. mas permita movimentos
livres. Passe a fita excedente
pelos fixadores.

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Escadas
As escadas são utilizadas para vários trabalhos realizados em altura. Estas podem ser do tipo portátil,
simples, de abrir e prolongável.

Todas as escadas devem ser adquiridas de fornecedores cadastrados que atendam as especificações
técnicas de cada empresa (tamanho, capacidade máxima, etc).

Classificação das escadas

• Escada simples (singela) - constituída por dois montantes interligados por degraus;
• Escada de abrir - formada por duas escadas simples ligadas entre si pela parte superior por meio de
dobradiças resistentes;
• Escada de extensão ou prolongável - constituída por duas escadas simples que se deslizam vertical-
mente uma sobre a por meio de um conjunto formado por polia, corda, trava e guias.
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Simples (singela) De abrir Prolongável

As escadas portáteis somente devem ser utilizadas para serviços de pequeno porte, sendo que para
serviços prolongados devem ser utilizados andaimes.

Toda a escada deve ter uma base sólida, antiderrapante, com extremos inferiores (pés) nivelados e, para
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serviços que utilizem as mãos simultaneamente, deve ser utilizada escada de abrir com degrau largo ou
utilização de talabarte envolto em estrutura rígida.

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Apoiar a escada sempre em piso sólido, nivelado e resistente, para evitar tombamento ou afundamento.
Nunca apoie em superfícies instáveis, como caixas, tubulações, tambores, rampas, superfícies de andaimes
ou ainda em locais onde haja risco de queda de objetos. Para locais de trânsito de veículos, a escada deve
ser protegida com sinalização e barreira.

Toda ferramenta utilizada para o trabalho não deve estar solta sobre a escada. Vale lembrar da
obrigatoriedade do uso de cinturão de segurança tipo paraquedista em trabalhos de pequeno porte acima
de 2 metros de altura. O mesmo deve ser fixado em um ponto de ancoragem, fora da escada, exceto uso
de talabarte para posicionamento envolto em estrutura rígida. (Ex.: serviço no poste), não sendo possível
realizar este procedimento deverá ser utilizado andaime ou plataforma elevatória.
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Check-list - Escadas Serviço em poste


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Riscos Típicos no SEP

Cesta aérea
As cestas aéreas são confeccionadas em PVC, revestidas com fibra de vidro, e são normalmente utilizadas
em equipamentos elevatórios, tanto fixas como móveis. São normalmente utilizadas em atividades com
linha viva, devido suas características isolantes e à melhor condição de conforto em relação a escada.

O trabalhador deve amarrar-se à cesta aérea através de talabarte e cinturão de segurança utilizando todos
os equipamentos de segurança.

Andaime
O andaime, deve dispor de sistema de guarda-corpo e rodapé de proteção em todo o seu perímetro, e sua
montagem deve ficar perfeitamente na vertical. Utilizar placa de base ajustável para terrenos irregulares.

A fixação do andaime é necessária para altura superior a quatro vezes a menor dimensão da base de apoio.

Para a segurança devem ser respeitados os seguintes itens:


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• A plataforma de trabalho deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelada e fixada de modo
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seguro e resistente;
• Os pisos da plataforma não podem ultrapassar em 25 centímetros as laterais dos andaimes;
• Não é permitido nenhum tipo de frestas nos pisos, que ocasionem queda de ferramentas, tropeções
ou torções;
• O vão máximo permitido entre as pranchas deve ser de 2 centímetros;
• A sobreposição de pisos deverá ser de, no mínimo, 20 centímetros e só pode ser feita nos pontos de
apoio;
• As plataformas de trabalho dos andaimes coletivos devem possuir uma largura mínima de 90
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centímetros;
• As plataformas de trabalho dos andaimes individuais devem possuir largura mínima de 60 centímetros;
• Possuir escada de acesso à plataforma de trabalho com gaiola ou trava-queda (para andaime com
altura superior a 2 metros).

A montagem e desmontagem devem ser cuidadosamente analisadas e tomadas as devidas precauções


quando da montagem dos mesmos na proximidade de circuitos e equipamento elétricos.

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Riscos Típicos no SEP

Ferramental e Máquinas
Riscos mais importantes:

• Contatos elétricos;
• Pancadas e cortes nas mãos ou outras partes do corpo;
• Lesões oculares por projeção de fragmentos ou partículas;
• Entorses por movimentos ou esforços violentos;
• Ruído; e
• Incêndios.

Causas principais:

• Utilização inadequada das ferramentas;


• Utilização de ferramentas defeituosas;
• Utilização de ferramentas de baixa qualidade;
• Falta de utilização de equipamentos de proteção individual;
• Posturas forçadas;
• Utilização de ferramentas sem isolamento;
• Utilização de multímetros de categoria não condizente ao nível de tensão;
• Falta de inspeção em equipamentos e ferramentas (certificação dos equipamentos; conformidade;
segurança aplicada à utilização; check list do ferramental — análise e discussão — e certificação
dos equipamentos).
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Riscos Típicos no SEP

Áreas classificadas
O risco de explosão

Em áreas onde quantidades perigosas e concentrações de vapores


ou gases inflamáveis podem ocorrer, medidas de proteção devem ser
aplicadas de forma a reduzir o risco de explosões.

A norma que trata deste assunto é a NBR IEC 60079. A classificação das
áreas devem seguir a parte 10.1 (Classificação de áreas - Atmosferas
explosivas de gás) ou 10.2 (Classificação de áreas — Atmosferas de
poeiras combustíveis).

Atmosfera Explosiva Área Classificada


Mistura com o ar, sob condições Área na qual está presente uma
atmosféricas, de substâncias atmosfera explosiva de gás, ou
inflamáveis na forma de gás, vapor, ainda é esperada estar presente,
névoa ou poeira, na qual, após em quantidades tais que requeiram
ignição, inicia-se uma combustão precauções especiais para a
auto-sustentada através da mistura construção, instalação e uso de
remanescente. equipamentos.

Zonas
Áreas classificadas são divididas em zonas, baseadas na frequência da ocorrência e duração de
uma atmosfera explosiva de gás. Zona 0, Zona 1 e Zona 2
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Sinalização
Símbolo “Ex” para placas de sinalização de áreas classificadas. Padrão DIN
40012-3/1983 e ATEX (CE).

Símbolo “Ex” para identificação de equipamentos certificados para uso


em atmosferas explosivas.
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Símbolo de REPARO em equipamentos “Ex” em conformidade com a


certificação e/ou especificações.

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Riscos Típicos no SEP
Instalações onde ocorra presença de materiais inflamáveis devem ser projetadas, operadas e mantidas de
tal forma que qualquer liberação de material inflamável, e a consequente extensão da área classificada seja
a menor possível.

É importante localizar e classificar as fontes de risco em equipamentos de processo e sistemas, as quais


podem liberar material inflamável em operação normal ou não, considerando modificações no projeto de
tal forma a minimizar a probabilidade e a frequência de liberação.

É importante ressaltar que atividades de manutenção, exceto aquelas de operação normal, podem afetar
a extensão da zona classificada, devendo estas atividades serem controladas por uma sistemática de
permissão de trabalho.

Fontes de Risco

Os elementos básicos para se definirem as áreas classificadas consistem na identificação das fontes de risco
e na determinação do seu grau. As fontes pode ser:

• Fontes de Risco de Grau Contínuo: Local onde a presença da atmosfera explosiva é contínua. Ex.
Superfície de um liquido inflamável em um tanque.
• Fontes de Risco de Grau Primário: Local onde a presença da atmosfera explosiva é esperada durante
a operação normal dos equipamentos. Ex. Válvulas de alívio e respiros de tanques.
• Fontes de risco de grau secundário: Local onde a presença da atmosfera explosiva é esperada
somente se houver falha no equipamento. Ex. Vazamentos em flanges e conexões.

Zonas e tipos de proteção para equipamentos elétricos

Os equipamentos elétricos instalados em áreas classificadas constituem possíveis fontes de ignição devido
a arcos e faíscas provocadas pela abertura e fechamento de contatos, ou por superaquecimento em caso
de falhas. Assim, estes equipamentos devem ser fabricados de maneira a impedir que a atmosfera explosiva
possa entrar em contato com as partes que gerem esses riscos. Por isso, esses equipamentos, conhecidos
como equipamentos Ex, são construídos baseados em 3 soluções diferentes:

1. Confinam as fontes de ignição (da atmosfera explosiva);


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2. Segregam as fontes de ignição (da atmosfera explosiva);


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3. Suprimem ou reduzem os níveis de energia a valores abaixo da energia necessária para inflamar a
mistura presente no ambiente.

Assim, as soluções normalmente empregadas na fabricação


de equipamentos Ex estão baseadas no princípio do
confinamento, da segregação ou ainda da supressão, conforme
tabela abaixo.
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Riscos Típicos no SEP
Projetos e documentação

A documentação das áreas classificadas é fundamental para a segurança da planta. Sempre antes de
qualquer intervenção no sistema elétrico, as plantas de classificação de áreas devem ser consultadas.

Sinalização

É mandatório que as áreas classificadas contendo atmosferas explosivas de gases inflamáveis (ABNT NBR
IEC 60079-10-1) ou poeiras combustíveis (IEC 60079-10-2) sejam identificadas por placas de sinalização.

A NR-10, em seu item 10.13.2 nos diz: “É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores
informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de
controle contra os riscos elétricos a serem adotados”, tornando assim obrigatória a sinalização”.

Embora ainda não tenha sido publicada uma norma ABNT ou IEC para a padronização destas placas, cada
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empresa pode estabelecer seus próprios padrões de sinalização visual de segurança para a identificação
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da existência de áreas classificadas contendo atmosferas de gás ou poeiras.

É recomendado que as placas de sinalização possuam o símbolo “Ex”, no interior de um triângulo com
vértice voltado para cima, de acordo com o símbolo padronizado na Norma DIN 40.012 3 (1984) – Protection
against explosion: markink of potentially explosive areas – Signs and Plates, para identificação de
áreas classificadas contendo atmosferas explosivas.
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A prudência é o olho de
todas as virtudes.
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CAPÍTULO 6
Técnicas de Análise de Risco
no SEP
- Conceitos
- Pirâmedes de Incidentes de Acidentes
- Ténicas de Análise de Risco
- APR

CAPÍTULO 6

Técnicas de Análise de Risco no SEP


É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Conceitos
Definições 3
Pirâmedes de Acidentes e Incidentes
Heinrich e Bird 5
Técnicas de Análise de Risco
A importância da prevenção 8
APR
A Análise Preliminar de Risco 11
Técnicas de Análise de Risco no SEP

Conceitos
Definições

A NR-10 trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles que trabalham em instalações
elétricas, em suas diversas etapas, incluindo o projeto, execução, operação, manutenção, reforma e
ampliação, incluindo terceiros e usuários. Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser
adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas
de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

O conceito de prevenção aos riscos consiste na antecipação dos possíveis impactos ambientais, danos à
saúde dos trabalhadores e perdas econômicas causadas por acidentes, que em muitos casos poderiam ser
evitados se as condições inseguras fossem detectadas na concepção do projeto ou antes da execução das
tarefas.

Incidente
Evento relacionado ao trabalho
no qual uma lesão ou doença
(independentemente da
gravidade) ou fatalidade ocorreu ou

Quase-Acidente
Um incidente no qual não ocorre lesão,
Acidente
doença ou fatalidade pode também ser Um acidente é um incidente que
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denominado um “quase-acidente”, “quase- resultou em lesão, doença ou


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perda”, “ocorrência anormal” ou “ocorrência fatalidade.


perigosa”.

Conceitos OHSAS

O Ministério do Trabalho considera como acidente somente quando ocorrem danos à saúde do trabalhador,
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porém, em muitos casos, um acidente também pode causar danos ao patrimônio, ao meio ambiente e em
populações vizinhas às instalações.

Os incidentes e quase-acidente são conceitos distintos. Nessa linha, os incidentes são todos os eventos
indesejáveis à segurança, o que engloba acidentes, quase-acidentes, atos e condições inseguras.

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Técnicas de Análise de Risco no SEP

Ato Inseguro Condição Insegura


É toda forma incorreta de trabalhar, São as falhas, os defeitos, irregularidades
desrespeito às normas de segurança, ou técnicas e carência de dispositivos de
seja, ações conscientes ou inconscientes segurança que põe em risco a integridade
que possam causar incidentes. física e/ou a saúde das pessoas e a
própria segurança das instalações e
equipamentos.

Atos inseguros podem ocorrer por diversas causas, sendo todas elas origidadas pelo homem. Vê-se que
se trata de uma violação de um procedimento consagrado, violação essa, responsável pelo acidente.
Segundo estatísticas correntes, cerca de 84% do total dos acidentes do trabalho são oriundos do próprio
trabalhador. Portanto, os atos inseguros no trabalho provocam a grande maioria dos acidentes.

Não se deve confundir a condição insegura com os riscos inerentes a certas operações industriais. Por
exemplo: a corrente elétrica é um risco inerente aos trabalhos que envolvem eletricidade; a eletricidade,
no entanto, não pode ser considerada uma condição insegura somente por ser perigosa. Instalações
mal feitas ou improvisadas, fios expostos, etc., são condições inseguras. A corrente elétrica, quando
devidamente isolada do contato com as pessoas, passa a ser um risco controlado e não constitui uma
condição insegura.
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É impotartante salientar que mesmo sendo originadas por diversos fatores externos, as condições
inseguras são de responsabilidade do próprio homem, seja por sua omissão ou por negligência. Todas
as instalações industriais, suas condições de trabalho e manutenção tem pessoas como responsáveis. Por
isso é válido dizer que todas as condições inseguras são originadas por atos inseguros.
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Pirâmedes de Acidentes e
Incidentes
Heinrich e Bird Momento História

Revolução Industrial foi a transição para


Em 1959, Heinrich desenvolveu um trabalho pioneiro, um modelo novos processos de manufatura no
de causa e de estimativas de custos de acidentes baseadas na período entre 1760 a algum momento
análise de cerca de 5.000 casos de empresas. entre 1820 e 1840. Esta transformação
incluiu a transição de métodos de
Segundo seu estudo, a ocorrência de uma lesão é o resultado produção artesanais para a produção por
de uma série de eventos ou circunstâncias, que ocorrem em máquinas, a fabricação de novos produtos
uma ordem lógica e fixa. Uma é dependente da outra, e uma só químicos e de processos de produção
ocorre se a outra já ocorreu. Isto constitui uma sequência que de ferro, maior eficiência da energia da
pode ser comparada com uma fileira de dominós alinhados. A água, o uso crescente da energia a vapor
queda de uma peça precipita a queda das demais. Um acidente e o desenvolvimento das máquinas-
é apenas um fator na sequência. Dai, se a série for interrompida ferramentas, além da substituição da
pela eliminação de um, ou vários fatores componentes, a lesão madeira e de outros biocombustíveis pelo
possivelmente não ocorrerá. carvão. A revolução teve início no Reino
Unido e em poucas décadas se espalhou
Considerando essa sequência de eventos que causam os para a Europa Ocidental e os Estados
acidentes, Heinrich passou à discussão dos custos envolvidos Unidos.
nos acidentes. Ele qualificou como “custo direto” a quantia
total dos benefícios pagos pelas companhias de seguro e como A Revolução Industrial marca um divisor
“custo indireto” os gastos diretamente assumidos pelas de águas na história e quase todos os
empresas. Daí, ele definiu o “custo total” como a soma do custo aspectos da vida cotidiana da época foram
direto mais o custo indireto. O resultado obtido foi a conhecida influenciados de alguma forma por esse
relação 4:1, ou seja, o custo indireto, ou intangível, decorrente de processo. Em particular, a renda média e a
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um acidente, é equivalente a quatro vezes o custo direto. população começaram a experimentar um


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crescimento sustentado sem precedentes


Esta conclusão é conhecida como “Iceberg de Heinrich”, pois históricos.
somente uma parte do custo total de um acidente se mostra
evidente em um primeiro momento.

20% - Custo
direto, ou visível
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80% - Custo indireto,


ou intangível Fonte:
Lucas, Robert E., Jr.. Lectures on Economic Growth.
Cambridge: Harvard University Press, 2002.

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Tomando como base 1500 empresas, Heinrich concluiu que, em média, acidentes da mesma espécie
ocorrendo 330 vezes resultariam em 1 lesão grave, 29 lesões leves e 300 acidentes sem lesões.

Esta relação pode ser representada na forma de um “triângulo de acidentes”.

1 Lesão Grave

29 Lesões Leves

300 Acidentes sem lesões

Pirâmede de Heinrich

Estes dados levaram Heinrich a duas conclusões de grande importância para os profissionais
prevencionistas.

1- A prevenção de acidentes pode levar à inexistência de lesões.

2- A prevenção de atos e condições inseguras pode levar à inexistência


de acidentes.
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Em 1976 Bird faz uma releitura do trabalho de Heinrich, discutindo a questão das perdas causadas por
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acidentes. Bird apresentou os resultados de uma pesquisa que realizou em 1969, consistindo em uma
análise de 1.753.498 acidentes de 297 empresas. Os resultados foram:

1 Acidente Grave
10 Acidentes Pouco Grave
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30 Danos Materiais
600 Quase Acidentes

Pirâmede de Bird

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Técnicas de Análise de Risco no SEP

Neste novo modelo, o primeiro fator, na sequência de eventos, que poderia levar a uma perda de produção
é a falta de controle do gerenciamento, causado por planejamento inadequado, normas de planejamento
inadequadas e falhas no atendimento a normas.

A falta de gerenciamento permite a existência de certas causas básicas de incidentes que degradam a
operação do negócio. As causas básicas são frequentemente classificadas em dois grupos: fatores pessoais,
resultantes da falta de conhecimento ou habilidade, motivação inadequada e problemas físicos ou
mentais e fatores do trabalho, resultantes de normas inadequadas de trabalho, projeto ou manutenção
inadequada. Estas causas básicas representam a origem da perda (Atos Inseguros e Condições Inseguras).

A existência de causas básicas possibilita a ocorrência de causas imediatas, que representam


os sintomas da perda e são classificadas como práticas e condições inseguras, ou fora dos padrões
aceitáveis.

DDS - Diálogo Diário de Segurança


O Diálogo Diário de Segurança é basicamente a reserva de um pequeno espaço de tempo,
recomendado antes do inicio das atividades diárias na empresa e com duração de 5 a 15 minutos,
para a discussão e instruções básicas de assuntos ligados à segurança no trabalho que devem ser
utilizadas e praticadas por todos os participantes.

Dicas para um bom DDS:


1- Seja objetivo. Proponha uma assunto relativo às atividades do dia e crie condições para que as
pessoas possam trocar informações, apresentar idéias e tirar dúvidas.

2- Busque temas interessantes e atuais que tenham a ver com as atividades. Busque notícias, jornais,
acontecimentos, etc. Use a criatividade para envolver o grupo na discussão.

3- Explique sempre a importância, o objetivo e o funcionamento do DDS. Deixe claro a importância da


participação de todos.
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4- Faça um esquema de rodízio com os participantes do grupo. Por exemplo, cada dia um integrante
do grupo conduz o DDS.
5- Não faça DDSs muito rápidas ou demoradas.
Tente ficar entre 5 à 15 minutos.

6- Fale de maneira clara e adequada, se


adaptando ao nível do grupo.
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7- É importante registrar o DDS. Utilize os


procedimentos da empresa, ou crie um
procedimento próprio. Data, duração, local,
assunto abordado, nomes e número de
participantes, são dados que podem conter no
registro.

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Técnicas de Análise de Risco no SEP

Técnicas de Análise de Risco


A importância da prevenção

As técnicas de análise de risco possibilitam a identificação dos perigos que podem afetar a saúde e
segurança dos trabalhadores, o meio ambiente e o patrimônio. Entendemos riscos como a combinação
entre a frequência ou a probabilidade de um evento indesejado e a consequência do mesmo, podendo ser
o risco moderado, crítico ou catastrófico, dependendo da severidade dos danos causados e da frequência.

Para identificar os perigos, aspectos ambientais e possíveis


desvios de processo, qualificar e quantificá-los em termos de
consequências se faz necessário a utilização das técnicas de
análise de risco que podem ser caracterizadas como dedutivas
ou indutivas.

As técnicas dedutivas partem do perigo, aspecto ambiental


ou desvio de processo para as causas e consequências com
objetivo de propor ações de correção. As técnicas indutivas
são o contrário, investigam os possíveis efeitos de um evento
desejado partindo de um desvio de processo ou evento
indesejado para avaliar as causas e consequências para propor
ações corretivas. As técnicas dedutivas e indutivas podem ser
qualitativas e quantitativas.

Técnicas de Análise de Risco

Dedutivas Indutivas
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Eventos Causas Causas Eventos

Qualitativas Quantitativas
As informações partem do As informações partem de bancos
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conhecimento e experiência dos de dados, simuladores, modelos


envolvidos no processo analisado matemáticos, etc e que procuram
representar os danos causados por
eventos indesejados

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Técnicas de Análise de Risco no SEP
As técnicas qualitativas, são assim denominadas porque grande parte de suas informações são baseadas
na experiência e conhecimento dos envolvidos do processo analisado, apesar de algumas vezes serem
utilizados bancos de dados para se definir a frequência ou probabilidade dos eventos indesejados. A
severidade de tais eventos não é calculada, podendo o grupo de análise adotar uma postura conservadora
ou pessimista em relação a essa classificação.

As técnicas quantitativas são avaliações de risco que buscam quantificar a vulnerabilidade da área analisada
e a consequência em termos de danos físicos as pessoas dentro e fora do processo, danos materiais e
ao meio ambiente. Para isso existem modelos matemáticos e simuladores que utilizam dados de campo
relativos a equipamentos, condições ambientais e variáveis que possibilitem representar o mais próximo
da realidade os danos causados por eventos indesejados.

Técnicas de Análise de Risco


Qualitativa Quantitativa
Indutiva Dedutiva Indutiva Dedutiva
FMEA APR AQR FTA
FMECA SIL
HAZOP
HAZID
WHAT IF
Fonte: Calixto, 2005

Técnicas de Análise de Risco


Técnica Descrição
Um método de análise indutivo no qual são postuladas falhas particulares ou
FMEA condições iniciadoras e que revela a gama completa dos efeitos no sistema.
FMECA
A FMEA pode ser adaptada para realizar o que é designado pela análise dos
(Análise dos
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modos de falha, efeitos e severidade (FMECA). Na FMECA, cada modo de


modos de
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falha identificado é hierarquizado de acordo com a influência combinada da


falha e dos seus
efeitos) respectiva possibilidade de ocorrência e da severidade das suas
consequências.
Método da engenharia de sistemas utilizado para representar as combinações
FTA
lógicas dos vários estados do sistema e das causas que podem contribuir para
(Análise por
a ocorrência de um dado evento (denominado “evento de topo”).
árvore de
falhas) Trata-se de um modelo dedutivo que se contrapõe ao modelo indutivo da
análise em forma de árvore de eventos.
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É uma técnica de análise qualitativa desenvolvida com o intuito de examinar


HAZOP (Hazard as linhas de processo, identificando perigos e prevenindo problemas.
Operability Esta metodologia é baseada em um procedimento que gera perguntas de
Studies) maneira estruturada e sistemática através do uso apropriado de um conjunto
de palavras guias aplicadas a pontos críticos do sistema em estudo.

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Técnicas de Análise de Risco no SEP

Técnicas de Análise de Risco


Técnica Descrição
É um processo de identificação e descrição dos perigos (ameaças), que pode
ser aplicado em qualquer fase do projeto, principalmente na fase inicial.
HAZID (Hazard
Envolve uma equipe multi-disciplinar, com muita experiência em Análise de
Identification
Study)
Risco e conhecedora das instalações (processo).
Utiliza a técnica de Brainstorming para identificar e avaliar os perigos
potenciais.
A técnica what if foi desenvolvida a partir dos check list, ferramenta de
qualidade utilizada para controle de processo, porém a ferramenta não é
utilizada para verificação de uma ação realizada ou de processo e sim para
uma ação a ser realizada.
What If
A principal idéia da técnica é desenvolver uma série de questionamento
sobre uma ação operacional, mudança de processo ou no caso de projeto,
sendo mais apropriada na fase de conceituação do projeto pela ausência de
informações para qualificação dos riscos existentes.
A análise de efeitos e consequências tem como objetivo estimar os danos
gerados pelos acidentes através de cálculos baseado nos diversos tipos de
AQR (Análise cenários como liberação de nuvem tóxica, incêndio, explosão dentre outros
de Efeitos e e seus efeitos ao meio ambiente, instalações e saúde dos trabalhadores. Para
Consequências) a realização da AQR é necessário a identificação dos perigos pelas diversas
técnicas de análise de risco e análise dos cenários para quantificação das
consequências.
O nível de integridade de segurança (SIL) esta relacionado com a
SIL (Avaliação
probabilidade de falha na demanda de uma dada função (SIF). Na verdade
do Nível de
cada perigo esta relacionado a uma função (SIF) que esta dentro de um
Integridade e
sistema de proteção (SIS), sendo composto por uma ou mais funções de
Segurança)
integridade (SIF).
APR Ver próximo item!
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Técnicas de Análise de Risco no SEP

APR
A Análise Preliminar de Risco

A APR recebe uma maior importância por sua facilidade de implementação e por ser uma técnica eficaz
e consolidada nos processos de atividades que envolvem eletricidade e trabalhos de manutenção e
construção.

A análise preliminar de risco foi utilizada inicialmente na área militar, para identificação em sistemas de
mísseis que utilizavam combustível líquido, envolvendo perigo de explosão e incêndio, sendo uma forma
de prevenção e garantia da aplicação dos procedimentos.

Na indústria, a APR é utilizada em processos antes da realização de atividades que envolvam perigos
que possam causar acidentes graves. Existe a diferença entre Análise Preliminar de Risco (APR) e Análise
Preliminar de Perigo (APP), que no primeiro caso além de avaliar os perigos existentes é feita uma
qualificação dos riscos através da qualificação das frequências ou probabilidade de exposição aos perigos
e da gravidade das consequências dos acidentes ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores . Podemos
verificar em alguns casos a análise preliminar de tarefa, podendo haver qualificação do risco ou não, sendo
utilizada para tarefas específicas com objetivo de prevenção aos riscos envolvidos. A análise preliminar
de riscos é um técnica qualitativa de risco dedutiva, ou seja, ela inicia na identificação dos perigos, sendo
avaliada as causas, qualificação dos riscos e propostas para bloqueio e controle dos perigos.

Para realizar a APR é necessário um coordenador que conheça além da técnica, os conceitos de perigo
e dano, pois é comum haver confusão desses conceitos, podendo comprometer as recomendações
sugeridas na análise. Além do coordenador é necessário especialistas de áreas operacionais relacionadas
ao empreendimento para avaliar a operacionalidade das ações propostas .

A análise preliminar de risco pode ser feita com focos em segurança ou meio ambiente. A melhor opção é ser
feita integrada considerando os dois aspectos, porém é necessário uma visão integrada dos participantes,
o que não ocorre em muitos casos. A APR tem com principais vantagens a possibilidade de participação de
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um grupo multidisciplinar, a utilização de pouco tempo para análise e simplicidade da aplicação da técnica,
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podendo ser utilizada em áreas operacionais de forma preventiva antes da realização das tarefas.

As desvantagens são a dependência da percepção dos perigos no processo ou projeto por parte dos
envolvidos, que no caso de esquecimento de um perigo pode ocorrer um acidente por não haver ação de
controle ou bloqueio. Outra desvantagem é a utilização de uma análise feita para um processo, atividade,
projeto ou tarefa em outro parecido ou, no mesmo caso, em outro período não havendo nesse caso
discussão sobre os perigos e consequentemente conscientização da importância das ações e bloqueio,
sendo apenas o cumprimento de uma exigência gerencial.
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Técnicas de Análise de Risco no SEP

APR
Perigo Causas Consequências Frequência Severidade Risco Recomendações

As causas
As
Todo evento responsáveis
consequências
acidental ou pelo perigo
são os efetios
potencial para podem
dos acidentes Classificar
causar danos envolver A definir A definir Plano de Ação
envolvendo: severidade
às pessoas, tanto falhas
radiação
instalações ou de equip.
térmica, dose
meio ambiente como falhas
tóxica, lesão, etc
humanas

Como fazer a APR


Descrever e caracterizar os Riscos:

A partir da descrição dos riscos são identificadas as causas (agentes) e efeitos (consequências) dos mesmos,
o que permitirá a busca e elaboração de ações e medidas de prevenção ou correção das possíveis falhas
detectadas.

A priorização das ações é determinada pela caracterização dos riscos, ou seja, quanto mais prejudicial ou
maior for o risco, mais rapidamente deve ser preservada.

Fazer a medição do risco e analisar qual EPI será capaz de controlá-lo, a ponto de deixá-lo aceitável.

Medidas de Controle e Prevenção:


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APR tem sua importância maior no que se refere à determinação de uma série de medidas de controle
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e prevenção de riscos, desde o início operacional do sistema, permitindo revisões de projeto em tempo
hábil, com maior segurança, além de definir responsabilidades no que se refere ao controle de riscos.

a) Revisão de problemas conhecidos: consiste na busca de analogia ou similaridade com outros sistemas,
para determinação de riscos que poderão estar presentes no sistema que está sendo desenvolvido,
tomando como base a experiência passada.

b) Revisão da missão a que se destina: atentar para os objetivos, exigências de desempenho, principais
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funções e procedimentos, ambientes onde se darão as operações, etc. Enfim, consiste em estabelecer os
limites de atuação e delimitar o sistema que a missão irá abranger: a que se destina, o que e quem envolve.
e como será desenvolvida.

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c) Determinação dos riscos principais: identificar os riscos potenciais com potencialidade para causar lesões
diretas e imediatas, perda de função (valor), danos à equipamentos e perda de materiais.

d) Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: elaborar séries de riscos, determinando para cada risco
principal detectado, os riscos iniciais e contribuintes associados.

e) Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: elaborar um apanhado de idéias para levantamento
dos meios passíveis de eliminação e controle de riscos, a fim de estabelecer as melhores opções, desde que
compatíveis com as exigências do sistema.

f) Analisar os métodos de restrição de danos: pesquisar os métodos possíveis que sejam mais eficientes
para restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos gerados caso ocorra perda de controle sobre os
riscos.

g) Indicação de quem será responsável pela execução das ações corretivas e/ou preventivas: Indicar
claramente os responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou corretivas, designando também, para
cada unidade, as atividades a desenvolver.

As APRs devem ser elaboradas de acordo com as atividades típicas da empresa em que se atua. Um
modelo de APR para uma prestadora de serviço deve ser diferente de uma para a indústria, devendo cada
uma atender a requisitos específicos de preenchimento conforme a atividade e riscos mais comumente
encontrados.
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Técnicas de Análise de Risco no SEP

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CAPÍTULO 7
Procedimentos de Trabalho
- Definições
- Auditorias
- Análise e Discussão dos Procedimentos

CAPÍTULO 7

Procedimentos de Trabalho
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Objetivos
Definições 3
Auditorias
Verificando os métodos 8
Análise e Discussão dos Procedimentos
Como desenvolver os procedimentos 11
Procedimentos de Trabalho

Objetivos
Definições

O objetivo dos Procedimentos de trabalho é estabelecer as normas técnicas e administrativas de segurança,


para realização de serviços em eletricidade, visando à prevenção de acidentes e integridade dos profissionais
envolvidos. Esses procedimentos devem ser aplicados em todas as atividades de projeto, instalação,
manutenção, reparos, modificações, ampliações e demais serviços em eletricidade, sob coordenação dos
setores responsáveis.

Inicialmente será citado alguns dos enunciados do item 10 da Norma Regulamentadora nº 10 - NR 10,
seguidos de breves comentários para que fique bem especificado quais são as exigências da norma.

“10.11.1 Os serviços em instalações elétricas Conceitos Básicos:


devem ser planejados e realizados em
conformidade com procedimentos de trabalho Falha
específicos, padronizados, com descrição Irregularidade total ou parcial em um
detalhada de cada tarefa, passo a passo, equipamento, componente da rede ou
assinados por profissional que atenda ao que instalação, com ou sem atuação de dispositivos
estabelece o item 10.8 desta NR”. de proteção, supervisão ou sinalização,
impedindo que o mesmo cumpra sua
Sob a ótica de segurança do trabalhador, a finalidade prevista em caráter permanente ou
boa prática indica a necessidade de definir temporário.
procedimento de trabalho como sendo:
“Sequência de operações ou atos a serem Defeito
desenvolvidos para realização de um Irregularidade em um equipamento ou
determinado trabalho, com a inclusão dos componente do circuito elétrico, que impede o
meios materiais e humanos, instruções e seu correto funcionamento, podendo acarretar
orientações técnicas de segurança e as possíveis sua indisponibilidade.
circunstâncias que impeçam a sua realização” .
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O subitem determina uma nova condição para Interrupção Programada


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o desenvolvimento dos procedimentos de Interrupção no fornecimento de energia


trabalho no que se refere ao chamado “passo a elétrica por determinado espaço de tempo,
passo”, no qual, toda a sequência de operações programado e com prévio aviso aos setores
(tarefas) necessárias ao trabalho, tem de ser envolvidos.
descrita, com detalhamento e descriminação das
medidas e orientações técnicas de segurança Interrupção Não Programada
pertinentes. Interrupção no fornecimento de energia elétrica
sem prévio aviso aos setores envolvidos.
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Procedimentos de Trabalho

Nesse sentido, aproveita-se para consolidar a este os subitens 10.6.2, 10.7.6 e 10.11.3, que tratam
especificamente de procedimentos de trabalho. Assim, tece-se um comentário único aos procedimentos
de atividades ou ações para serviços em instalações elétricas, que devem ser planejados, programados e
realizados, considerando:

• Serem específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, incluindo-se as


instruções de segurança, passo a passo, com a sequência lógica de sua execução;
• Conter, no mínimo, o objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências, responsabilidades,
medidas de controle, disposições gerais e orientações finais;
• Ter a participação do SESMT, quando houver;
• Serem assinados por profissional autorizado.

Paralelamente, deve-se destacar a importância de que todos os procedimentos devam ser, obrigatoriamente,
escritos no idioma português, divulgados, conhecidos, entendidos e cumpridos por todos os trabalhadores.
Durante a capacitação e no treinamento de segurança dos trabalhadores, quer profissionais ou pessoas,
deve ser assegurada a divulgação clara e objetiva e o perfeito entendimento dos procedimentos,
com ferramentas didáticas que envolvam a prática, quando viável, e com aferição da assimilação dos
procedimentos padronizados.

Finalmente, o “procedimento de trabalho” se constitui num documento técnico legal interno, de relevante
importância e responsabilidade, que deve ser organizado e disponibilizado em prontuário (subitem
10.2) para o trabalhador, auditorias e gestão das instalações elétricas. Os responsáveis pelos serviços e
atividades com eletricidade e o SEESMT, quando houver, devem controlar e auditar a adoção prática dos
procedimentos padronizados na organização, por parte de todos os trabalhadores envolvidos, lembrando
sempre que procedimentos adequados, atualizados, assimilados e praticados são uma ótima maneira de
garantir o trabalho seguro e saudável.

“10.11.2 Os serviços em instalações elétricas devem


ser precedidos de ordens de serviço especificas,
aprovadas por trabalhador autorizado, contendo,
no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos
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procedimentos de trabalho a serem adotados”.


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Conforme tratado no subitem 10.7.4, os serviços em


instalações elétricas energizadas, bem como aquelas
que interajam com o SEP, devem ser precedidos de
emissão de documento de mandado de
responsabilidade — ordem de serviço, autorizando o
trabalhador ou a equipe para a execução do trabalho.
O documento ordem de serviço - “OS”, consolidando os
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itens anteriores que também tratam do assunto e para


facilidade e uniformização, deve conter, no mínimo a
data, o local, o tipo e as referências aos procedimentos
de trabalho a serem adotados, bem como ser aprovado
e assinado por um trabalhador autorizado, que se
entende deva ser o superior responsável pela área,
nos moldes do item 10.8.

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Procedimentos de Trabalho

Há muitos questionamentos sobre a assinatura da ordem de serviço, em função das dificuldades e urgências
cotidianas, mas considera-se que ela, também, poderá ser eletrônica dentro dos padrões legais instituídos.
As organizações poderão adotar soluções adequadas à sua realidade, desde que atendam o espírito de
controle e responsabilização do documento.

“10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base
técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais”.

Em complementação ao “procedimento de trabalho” já comentado no item 10.11.1, este subitem


complementa-o sendo dedicado a especificar o seu conteúdo mínimo necessário.

• objetivo: alvo que se pretende atingir;


• campo de aplicação: limite ou situação para o emprego do documento;
• base técnica: fundamentação e embasamento técnico adotado;
• competências e responsabilidades: indicação das atribuições e das responsabilidades em
todos os níveis envolvidos;
• disposições gerais: distribuição organizada dos assuntos tratados no documento;
• medidas de controle: coletivo das ações estratégicas de prevenção destinadas a eliminar ou
reduzir, sob controle, as incertezas com capacidade potencial para causar lesões ou danos à
saúde dos trabalhadores e ao patrimônio, na atividade e ambiente objeto da análise;
• orientações finais: Conjunto de observações e comentários de fechamento e finalização do
documento.
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Procedimentos de Trabalho
“10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização de que trata
o item 10.8 devem ter a participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver”.

É de extrema importância o envolvimento e participação do


Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho - SESMT com os demais setores da empresa, quando do
desenvolvimento de procedimentos de trabalho, treinamentos de
segurança e especialmente na autorização do trabalhador para
realização dos serviços elétricos. Ficam isentas desse subitem as
empresas desobrigadas a constituir o SESMT, contudo, apesar da
isenção essas empresas devem envolver todos os responsáveis
pela segurança no trabalho e pelo planejamento das atividades
e trabalhos, na elaboração de procedimentos, treinamentos e na
formalização da autorização.

“10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento ministrado,
previsto no Anexo II desta NR”.

Volta-se a ressaltar que a autorização, ato formal de responsabilidade da empresa, deve corresponder ao
treinamento ministrado, ou seja, treinamento básico para todos autorizados e, aditivamente, o treinamento
complementar para àqueles que trabalhem no SEP (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica)
ou em suas proximidades (considerar o conceito de zona controlada).

“10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a
supervisão e condução dos trabalhos”.

O subitem determina que haja a indicação de um dos autorizados, membro da equipe efetiva,
que faça a supervisão e a condução dos trabalhos “in loco”. Fica presumido que o subitem
está direcionado a serviços realizados por equipe e que “supervisão / condução” quer dizer,
efetivamente, a liderança da equipe no local e na situação em execução.
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Procedimentos de Trabalho
“10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a
serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de
segurança aplicáveis ao serviço”.

Renova-se o comentário anterior (10.7.5), afirmando que a inspeção prévia, aqui tratada, refere-se ao
levantamento e exame preliminar de segurança, realizado no local do serviço com a participação do
superior e trabalhador ou equipe, considerando a ordem de serviço, os procedimentos de trabalho com
instruções de segurança, os equipamentos, ferramentais, as condições ambientais, mediante a participação
de todos envolvidos. Ela é oportuna e de grande utilidade para a identificação e antecipação dos eventos
indesejáveis e acidentes, não passíveis de previsão nas análises de risco realizadas e não considerados nos
procedimentos elaborados, em função de situações específicas, das condições ambientais ou circunstâncias
daquele serviço, que poderá fugir a sua normalidade ou previsibilidade de ocorrência nas ações anteriores.

“10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência dos
trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho”.

O principal objetivo do subitem é alertar os tomadores de serviço quando a alternância de atividades


é adotada, submetendo os trabalhadores autorizados a riscos latentes a sua segurança e saúde. Essa
situação deverá ser aplicada quando a alternância de atividade, por sua natureza e complexidade, induz
a mudanças sensíveis de comportamento ou a diferenças de habilidades que exponham o trabalhador a
perigo pelo simples fato da alternância, devendo essa situação ser considerada nas análises de risco das
tarefas e na competência(condicionamento) dos trabalhadores que serão expostos às alternâncias.

Impedimento de Equipamento Interrupção Momentânea

Isolamentos elétricos de equipamentos Interrupção provocada pela atuação de


ou instalações, eliminando a possibilidade equipamentos de proteção com religamento
Alguns Conceitos

de energização indesejada, impedindo a automático.


operação enquanto permanecer a condição
de impedimento.
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Pedido para Execução de Serviço (PES)


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Autorização para Execução de Serviço Documento emitido para solicitar à área


responsável pelo sistema ou instalação, o
Autorização fornecida pela área funcional, impedimento de equipamento, sistema ou
ao responsável pelo serviço, liberando e instalação, visando a realização de serviços.
autorizando a execução dos serviços. Deve conter as informações necessárias à
realização dos serviços.
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Responsável pelo serviço

Empregado da empresa ou da terceirizada que coordena e supervisiona os trabalhos, sendo


responsável pela viabilidade da execução das atividades e todas as medidas necessárias à segurança
dos envolvidos na execução das atividades, seja de terceiros, das instalações, ou a realização de todos
os contatos em tempo real com a área funcional responsável pelo sistema ou instalação.

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Procedimentos de Trabalho

Auditorias Ferramenta
Verificando os métodos
O termo ferramenta
Inspeções nas áreas de trabalho, nos serviços a serem executados, deriva do latim,
no ferramental e nos equipamentos utilizados, são de suma pode ser um
importância para garantir a qualidade desejada. Tem como utensílio, dispositivo
objetivo vigiar e controlar as condições de segurança, bem como ou mecanismo físico ou intelectual
identificar as situações de “perigo” e que ofereçam “riscos” à utilizado por trabalhadores das mais
integridade física dos empregados, contratados e terceiros. diversas áreas para realizar alguma
tarefa.
Em caso de risco grave e iminente detectado em uma inspeção,
devem ser tomadas providências visando às correções, por Inicialmente o termo era utilizado para
exemplo, a atividade deve ser paralisada e imediatamente designar objetos de ferro ou outro
contatado o responsável pelo serviço, para que as medidas material (plástico, madeira ou outro)
cabíveis sejam tomadas em todos os serviços onde sejam para fins doméstico ou industrial.
necessário a utilização de equipamentos de proteção e estes não Em função do disposto acima, uma
estejam sendo utilizados pelos trabalhadores. ferramenta pode ser definida como:
um dispositivo que forneça uma
As inspeções devem ser realizadas: vantagem mecânica ou mental para
facilitar a realização de tarefas diversas.
• Postos de trabalho;
• Proteções contra incêndios; Equipamento é uma ferramenta que
• Métodos de trabalho desenvolvidos; o ser humano utiliza para realizar
• Ações dos trabalhadores; alguma tarefa. Muito utilizado na
• Ferramentas; indústria, comércio e no cotidiano de
• Equipamentos. diversos profissionais como ferramenta
de trabalho. Exemplo: Óculos de
Inspeções internas, podem ser divididas em: segurança, microcomputador, etc.

• Gerais;
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• Parciais;
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• Periódicas;
• Por denúncias;
• Cíclicas;
• Rotineiras;
• Oficiais e Especiais.

Inspeções gerais
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As inspeções gerais ou também chamadas de auditorias, são realizadas anualmente, tendo a participação
dos Supervisores das áreas envolvidas.

São inspeções realizadas em toda a empresa de forma sistemática, documentada e objetiva.

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Procedimentos de Trabalho

Inspeções parciais

São as inspeções mais comuns, atendem à legislação e podem ser feitas por integrantes da CIPA no seu
próprio local de trabalho.

Realizadas nos setores das empresas, seguindo cronograma próprio, as inspeções variam de acordo com o
grau de risco envolvido e com as características do trabalho desenvolvido na área.

Inspeções periódicas

Utilizadas nos setores de produção e manutenção, são realizadas com o objetivo de manter um histórico e
uma rastreabilidade voltado para estudo complementar de possíveis incidentes.

Inspeções por denúncia

As inspeções decorrentes de denúncia, devem ser realizadas em local onde há riscos de acidentes ou
agentes agressivos a saúde e meio ambiente, efetuando levantamento detalhado sobre o que de fato está
ocorrendo, buscando informações adicionais junto à fabricantes, fornecedores e supervisor da área onde
a situação ocorreu. Após detectado o problema, cabe aos responsáveis implementar medida de controle
e acompanhar sua efetiva implantação.

Inspeções por cíclicas

Realizadas com intervalos de tempo pré-definidos, por exemplo, inspeções realizadas no verão, onde
ocorre o aumento das atividades nos segmentos operacionais.

Inspeções de rotina

É toda inspeção realizada em setores onde exista a possibilidade de ocorrer incidentes/acidentes. Devem
ser alertados sobre os riscos, bem como conscientizar os empregados do setor para que observem as
condições de trabalho, de tal modo que o índice de incidentes/acidentes diminua.
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Cuidados antes da inspeção


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Para o inicio da inspeção deve-se preparar um check-list por setor, contendo as principais condições de
risco existentes em cada local, anotando também as condições de riscos não presentes no check-list.

É importante que para estas inspeções sejam definidos padrões, onde todos estejam conscientes dos
resultados que se deseja alcançar, sendo que se possível deve ser feito uma inspeção piloto para que
todos os envolvidos participem e tirem suas dúvidas. Estas inspeções devem perturbar o mínimo possível
as atividades do setor inspecionado.
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A realização da inspeção pode ser realizada de acordo com os passos apresentados abaixo, como
sugestão, podendo ser adaptada para cada caso.

1. Dividir a empresa em Setores, visitando todos os locais e analisando os riscos existentes. Para
auxiliar pode ser utilizada a última Análise Preliminar de Risco (APR) ou a metodologia do mapa
de risco como ajuda;
2. Listar em uma folha todos os itens a serem observados (por setor);
3. A inspeção deve ser realizada anotando na folha de dados se o requisito está ou não atendido,
anotando também toda informação adicional sobre aspectos que possam levar a acidentes
deve ser registrada;
4. Discutidos em reunião diretiva os dados levantados, propondo medidas de controle para os
itens de não-conformidade, listando as prioridades;
5. Encaminhar relatório da inspeção, devendo conter o(s) setor (s), a(s) falha(s) detectada(s) e a
sugestão(ões) para que seja(m) regularizada(s);
6. Solicitar regularização e acompanhar as medidas de controle implantadas;
7. Manter a periodicidade das inspeções, a partir do 3º passo.

Auditoria da Qualidade

A auditoria da qualidade é um instrumento gerencial utilizado para avaliar as ações da qualidade


previstas num sistema de qualidade. É um processo construtivo e de auxílio à prevenção de problemas.
As origens do conceito remontam as normas técnicas do Departamento de Defesa norte-americano
que através de seus diferentes órgãos subordinados exigiam de seus fornecedores o cumprimento
de várias exigências contratuais técnicas pelos respectivos supervisores e engenheiros. Essas normas
geraram outras dos próprios fabricantes e se desenvolveram em sofisticadas auditorias internas e
externas de qualidade e depois influenciaram normas internacionais.

Em 1986 a International Organization for Standardization - ISO publicou a ISO-8402-1986 (Quality


Vocabulary) que definiu a auditoria da qualidade da seguinte forma:
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“Auditoria de Qualidade: Um exame sistemático e independente para determinar se as atividades


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da qualidade e respectivos resultados cumprem as providências planejadas e se estas providências


são implementadas de maneira eficaz, e se são adequadas para atingir os objetivos”

As padronizações dos sistemas de qualidade internacionais gerariam ainda as normas ISO:9001 em 1987,
desdobrados em três normas em 1987 consolidadas em 1996 (ISO 14001:1996). Em 2007 foi publicada a
revisão da ISO 19011:2002 e em 2011, houve nova elaboração da ISO 19011 que não se restringiu apenas
às auditoria de qualidade e ambiental. No Brasil a ABNT elaborou a ABNT NBR ISO 19011:2012 com base
na norma internacional 2 .
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São avaliados durante uma auditoria as normas e procedimentos, que devem estar certificados
legalmente. A partir daí, é realizada uma inspeção que deverá se certificar do real cumprimento dos
procedimentos e normas.

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Procedimentos de Trabalho

Análise e Discussão dos


Procedimentos
Como desenvolver os procedimentos

Os Procedimentos de Trabalho são sequências de operações a serem desenvolvidas, para realização


de um determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de segurança e
circunstâncias que impossibilitem sua realização.

Toda empresa deve definir seus procedimentos de trabalhos de acordo com a sua realidade e atividade.
Para auxiliar será citado de forma resumida uma estrutura básica referente aos procedimentos de trabalho
a serem adotados, sendo:

Objetivo do procedimento:Descrever o motivo da criação do procedimento, podendo haver um ou mais


objetivos por procedimento.

Exemplo: Estabelecer as normas técnicas e administrativas de segurança, para realização de serviços em


altura, visando à prevenção de acidentes.

Abrangência :É a determinação do limite de aplicação dos procedimentos a serem executados, onde a


empresa determinar qual a abrangência, se engloba todas as dependências da empresa, um determinado
setor, ou todo os serviços executados por esta empresa inclusive serviços de campo, dependendo da área
de atuação e atividade de cada empresa. Para serviços executados em áreas energizadas a abrangência é
ampla.

Exemplo: A aplicação dos procedimentos englobam todas as atividades de projeto, instalação, manutenção,
ampliações e demais serviços em eletricidade.
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Definições: Utilizadas para expressar o significado de algumas palavras chave contidas no procedimento.

Exemplo: Eletricidade: É um agente de risco em sistemas eletro-eletrônicos, presentes em máquinas,


transformadores, motores, entre outros equipamentos destinados a diferentes aplicações.

Procedimentos:Cada empresa deve estabelecer seus procedimentos de trabalhos, visto as diversas


particularidades existentes nas mais diversas atividades executadas, adequando-se a sua realidade e
atividade.
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Responsabilidades: Informar a responsabilidade de cada setor da empresa que de alguma forma vão
interagir com os procedimentos, as responsabilidades dos profissionais que executarão o serviço, bem
como o setor ou profissionais que deverão ser acionados caso ocorra algum acidente.

Equipamentos de proteção: Estabelecer os equipamentos de proteção individuais e coletivos para cada


serviço, estabelecendo também qual equipamento utilizar em determinadas áreas de trabalho.

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Procedimentos de Trabalho

Treinamentos: Estabelecer os treinamentos que todos os trabalhadores deverão realizar para executar
determinadas atividades. Por exemplo, trabalhos realizados em eletricidade além dos cursos básicos para
exercer a atividade é obrigatório, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, que todos os
funcionários que trabalhem direta ou indiretamente nesta área realizem o curso de NR-10

PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO TRABALHO

Procedimentos de segurança são instruções elaboradas com a finalidade de reduzir o "potencial de risco"
de determinado trabalho ou tarefa. A execução de qualquer tarefa, por mais simples que seja, exige:

• Conhecimentos específicos relativos à tarefa; e


• Medidas preventivas para evitar um acidente.

O fato de estar tecnicamente qualificado ou acostumado com a execução de determinada tarefa, não
garante estar livre de riscos ou de colocar outras pessoas em risco. O procedimento de segurança funciona
como um instrumento de planejamento das etapas do trabalho e da prevenção dos riscos envolvidos em
cada uma destas etapas, e é considerado bom quando é simples e utiliza linguagem clara e fácil, sem dar
oportunidade a mais de uma interpretação.

No procedimento de segurança, devem ser incluídas todas as etapas necessárias para a execução de
determinado trabalho. Deve abordar os eventuais riscos a que os executantes estarão sujeitos e também
eventuais riscos que os usuários do trabalho em foco possam vir a ser expostos.

Um procedimento de segurança adequado e eficaz deve promover uma análise sistêmica do processo
no qual o trabalho será executado. Os procedimentos de segurança podem ser usados em ambientes
industriais bem como em trabalhos de menor porte.

Deve-se sempre ter em mente que o trabalho improvisado coloca em risco seus executantes e pessoas
alheias ao trabalho, e que os procedimentos de segurança, corretamente elaborados, podem evitar tais
situações e eventuais acidentes. Alguns temas de procedimentos de segurança são:
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• Acompanhamento de Atividades - ADA;


• Análise Preliminar de Riscos - APR;
• Análise Preliminar de Riscos Veicular - APRV;
• Entrada em Sala de Baterias - BAT;
• Gestão de Equipamentos de Proteção Individual - EPI;
• Gestão de Documentos de CIPA - GDC;
• nspeção de Ferramentas Manuais - IFM;
• Permissão de Trabalho Espaço Confinado - PET;
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• Lançamento e Movimentação de Cargas - PIC;


• Investigação de Incidentes; e
• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.

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“ “
A humildade é a única base
sólida de todas as virtudes.
Confúcio
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CAPÍTULO 8
Trabalhos sob Tensão
- Indrodução
- Linha Viva
- Métodos de Execução
- Distâncias de Trabalho
- Ambientes de Trabalho

CAPÍTULO 8

Trabalhos sob Tensão


É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Técnicas de Trabaho sob Tensão 3
Linha Viva
Trabalhando na Linha Energizada 4
Métodos de Execução
Procedimentos e Serviços em Linha Viva 10
Distâncias de Trabalho
Distâncias Seguras Normalizadas 16
Ambientes de Trabalho
E seus Riscos 18
Trabalhos sob Tensão

Introdução
Técnicas de Trabalho sob Tensão

A manutenção em instalações elétricas, sem interrupção de fornecimento de energia aos consumidores


ou a produção de industrias por exemplo, torna-se hoje uma necessidade, por isso a importância de
divulgar as técnicas desenvolvidas, padronizadas e utilizadas por profissionais que interagem direta ou
indiretamente em todo e qualquer trabalho em instalações elétricas energizadas, acima de 1000 volts
em corrente alternada, e acima de 1500 volts em corrente contínua, em equipamentos, dispositivos ou
componentes do sistema elétrico de potência ou em suas respectivas proximidades.
Além disso, pode-se considerar que o trabalho
em linhas energizadas é mais seguro do que
nas linhas desenergizadas, uma vez que nestas,
os imprevistos durante a atividade são mais
comuns. Para comprovar esta afirmativa, basta
analisar que a maioria dos acidentes registrados
em serviços com linhas desenergizadas se deve
a erros de manobra (energização do circuito
imprevista); engano na determinação da zona de
trabalho; e contato com instalação energizada
próxima a zona de trabalho.
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Trabalhos sob Tensão

Linha Viva
Trabalhando na Linha Energizada

Define-se como linha energizada toda e qualquer instalação elétrica energizada ou sujeita à energização,
independentemente da classe ou nível de tensão, contrariando o conceito de linha viva, até então atribuído
somente às instalações elétricas energizadas a partir da classe de tensão 15 kV.

Diante desse conceito, consideramos que linhas desligadas, porém não aterradas, devem
ser consideradas energizadas para efeito de execução de serviços.

A tecnologia aplicada nos trabalhos em redes energizadas varia de acordo com a classe de tensão da
instalação elétrica que se deseja operar, bem como do tipo de atividade e dos equipamentos utilizados.

Dessa forma, para execução de trabalhos em redes energizadas, cuja classe de tensão varia entre 250 V até
5 kV, a tecnologia, aplicada é praticamente a mesma, salvo pequenas alterações com relação aos aspectos
de segurança.

O mesmo não acontece quando se trata de trabalhos em redes energizadas de tensão classe 15 kV. Esse tipo
de atividade requer uma tecnologia mais refinada, bem como, equipamentos específicos e, principalmente,
de profissionais devidamente treinados para essa finalidade.

Perfil do Profissional

Como pré-requisito dos mais importantes na formação de uma


equipe de linha viva, está a avaliação rigorosa do estado físico
e psicológico de cada integrante. Tal observação garante uma
percentagem de segurança nos trabalhos em linhas energizadas.

Paralelamente, a utilização de técnica e equipamentos adequados,


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bem como a conscientização de toda a equipe sobre os riscos das


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tarefas, são condições elementares para executar os trabalhos


com máxima segurança.

Nesse sentido, deve-se selecionar colaboradores com perfil adequado à atividade e que apresentem, entre
outras, as três características a seguir:

a) alto grau de habilidade manual;


b) coordenação motora normal; e
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c) temperamento calmo.

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Trabalhos sob Tensão

Material

O material utilizado na manutenção das instalações elétricas energizadas é testado na fábrica, e após a
compra são efetuados testes e manutenções periódicas. Além disso, antes do início de cada trabalho são
obrigatórias a limpeza e a verificação visual, garantindo à atividade elevado grau de segurança.

Os bastões, escadas, cordas, jugos e ferragens utilizadas possuem características mecânicas, cujo
conhecimento é fundamental por parte dos trabalhadores.
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Os profissionais devem ser treinados pela empresa com relação aos equipamentos EPCs e EPIs, ensinando
sobre os cuidados básicos de manutenção e operação.
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Trabalhos sob Tensão

Método de Trabalho

O método de trabalho com instalações energizadas foi criado para minimizar


os inconvenientes causados pela necessidade de desligar uma linha de
transmissão ou subestação para manutenção. As maiores vantagens
proporcionadas por este método são as seguintes:

• Confiabilidade no Sistema: a confiabilidade (desempenho) em um


sistema elétrico é máxima quando o período de desligamentos é
mínimo;
• Disponibilidade de Energia: quanto menos se desliga um circuito,
maior quantidade de energia pode ser disponibilizada;
• Horas Úteis para Manutenção: os serviços podem ser realizados
durante o expediente normal, não havendo necessidade de
programar desligamentos para finais de semana ou feriados;
• Segurança dos trabalhadores: sem desligamentos, diminuem as
possibilidades de riscos pessoais (para os trabalhadores) e riscos
operacionais para o sistema.

Trabalhos possíveis de serem realizados com tensão

a) Nas redes de distribuição

• Abrir e fechar jumpers em BT;


• Tensionar ramais e efetivar ligação;
• Manobrar equipamentos de linhas e redes;
• Manobrar subestações;
• Efetivar ligações de consumidores;
• Realizar reparos com a rede energizada;
• Realizar manutenção preventiva poste a poste;
• Efetuar substituição de postes, cruzetas e isoladores; e
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• Efetuar substituição de chaves-faca, condutores e emendas;


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• Substituir/instalar conexões localizadas na estrutura


• Substituir/instalar pára-raios
• Substituir/instalar chave unipolar (faca e fusível)
• Substituir cabo de estai
• Substituir/instalar cruzetas simples e duplas em estrutura tangente
• Emendar/reparar condutores
• Retirar objetos estranhos da rede
• Podar (galhos de árvores interferindo com a rede)
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• Nivelar/alinhar cruzetas
• Retensionar condutores
• Executar projetos de coordenação de elos fusíveis
• Inspecionar ou vistoriar RDA e RDC
• Substituir/instalar/reapertar estribos e grampos de linha viva
• Identificar faseamento
• Substituir/instalar postes em rede convencional

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Trabalhos sob Tensão
• Substituir/instalar postes em rede compacta
• Substituir chave tripolar
• Substituir cruzeta simples e dupla (N3) em estrutura de ancoragem
• Substituir cruzeta dupla (N4) em estrutura de ancoragem
• Retensionamento de cabo mensageiro
• Realizar Substituição de espaçador losangular e vertical
• Efetuar Conexão (jumper)
• Efetuar lançamento de Condutor em RDA e RDC
• Transformar estrutura C3 para C4
• Transformar estrutura C1 para C4
• Substituir/instalar suporte horizontal
• Instalar/retirar jumper provisório para substituição de chave fusível.

b) Nas linhas de transmissão entre 69 kV à 1000 kV:

• Efetuar a troca de cadeia de isoladores;


• Substituir grampos de suspensão e de ancoragem;
• Substituir espaçadores; e
• Outros artefatos (tensores, prolongadores etc.).

c) Nas Subestações em geral:

• Efetuar limpeza geral das instalações e equipamentos;


• Realizar fechamento e abertura de “jumpers”;
• Substituir pára-raios;
• Efetuar manutenção de seccionadoras;
• Efetuar e Instalação, manutenção ou retirada de tps e tcs;
• Efetivar revisão, reaperto ou troca de conectores;
• Substituir fusíveis; e
• Efetivar análise de óleo e funcionamento de transformadores, etc.
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Trabalhos sob Tensão
Características Elétricas na Manutenção de Estruturas Energizadas
Isolamento

O isolamento dos cabos condutores em relação à estrutura, ao solo e às outras fases, é garantido pelo
correto dimensionamento das cadeias de isoladores e dos bastões isolantes adotados.

Como regra geral o isolamento dos bastões de fibra de


vidro é considerado o mesmo do ar, ou seja, 100 kV/30 cm.

Assim sendo, um bastão com 3 m de comprimento (10 vez-


es 30 cm) suportará até 1000 kV (10 vezes 100 kV).

Bastões e Escadas Isolantes


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Efeito Corona
Devido ao campo elétrico muito intenso nas vizinhanças dos condutores, as partículas de ar que os
envolvem tornam-se ionizadas e, como consequência, emitem luz quando da recombinação dos íons e
dos elétrons.
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Uma curiosidade interessante é que o efeito Corona também é conhecido como “Fogo de Santelmo”.
O nome Fogo de Santelmo vem de Santo Elmo, padroeiro dos marinheiros, e surgiu quando antigos
marinheiros observavam navios com os mastros envolvidos por uma tênue luz. Mais tarde, observou-se
que tal luz ocorria principalmente nas regiões tropicais, em condições que precediam tempestades. As
nuvens eletrizadas induziam as cargas nas pontas dos mastros, produzindo o efeito corona.

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Trabalhos sob Tensão

Campo Elétrico

Pode ser entendido como uma região de influência de um corpo energizado, definido como um campo de
linhas de força invisíveis, existente nas vizinhanças de condutores energizados.

Prevenção

O colaborador responsável e autorizado pela empresa a supervisionar a equipe deve estar permanentemente
atento às manobras dos trabalhadores.

Os serviços só podem ser realizados após a verificação das condições meteorológicas (ventos, chuvas,
trovoadas nas proximidades do local do serviço, neblina, umidade relativa do ar alta etc.), que reduzem a
rigidez dielétrica do ar, podendo obrigar o cancelamento dos trabalhos.

Em caso de chuva repentina e não havendo tempo para se


retirar os equipamentos de linha viva, os mesmos devem
ser deixados na posição em que estavam e somente
poderão ser retirados quando secos, ou então com a rede
desenergizada.

Os trabalhadores deverão estar completamente instruídos


(formalmente instruídos) a respeito dos serviços em linha
viva, antes de se envolverem em operações reais de
trabalho.
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Métodos de Execução
Procedimentos e Serviços em Linha Viva

Método ao Contato
Em tensões até 34,5 kV o trabalhador entra em contato direto com o condutor energizado por meio de
hidro elevadores, plataformas, escadas isolantes, protegido por isolamento das caçambas, luvas, mangas
de borracha e coberturas isolantes

Em áreas de 13,8 kV e 34,5 kV (distâncias de segurança reduzidas, em relação às tensões de 69 kV e


superiores) os trabalhos em linha viva, quando possível serão ao contato.

Nesse tipo de serviço serão utilizados acessórios isolantes, tais como: luvas de alta tensão, mangas,
andaimes e caçambas.

O uso dos equipamentos de proteção individual é obrigatório a todos os elementos da equipe, segundo
os riscos a que estiverem expostos.

O capacete, os óculos de proteção e os coturnos ou meia-botas com solado isolante devem ser utilizados
permanentemente, quando em serviço.

Com exceção dos casos em que estiver sendo utilizado o andaime isolado ou cesta aérea, é obrigatório o
uso do cinturão de segurança em todos os trabalhos acima do nível do solo.

O uso das luvas de borracha, das luvas de cobertura e das mangas de borracha de acordo com a tensão
envolvida, é obrigatório em todos os trabalhos realizados ao contato.

Nos trabalhos de apoio à distância, é obrigatório o uso das luvas de pelica. Em função das condições
de trabalho, o encarregado poderá determinar o uso das luvas de borracha acompanhadas das luvas de
cobertura.
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Nos trabalhos de abertura ou fechamento de seccionadoras com o uso de vara de manobra, é obrigatório
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o uso das luvas de borracha, acompanhadas das luvas de cobertura.

Durante o trabalho no alto do andaime isolado ou cesta aérea o trabalhador não deverá tirar as luvas, em
hipótese nenhuma.

A utilização das luvas de borracha, acompanhadas das luvas de cobertura, é obrigatória na execução de
tarefas em circuitos de baixa tensão energizados.
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Para que os serviços sejam executados com a máxima segurança e eficiência, é necessário um
planejamento inicial bem elaborado, o qual é de responsabilidade do encarregado, que deverá estudar
os diversos pormenores do serviço com seus comandados, definindo o método mais seguro e eficiente
para a execução do trabalho, detalhando a participação de cada colaborador, de forma que sejam evitadas
paralisações desnecessárias durante o andamento dos serviços.

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Trabalhos sob Tensão

Observações

a) A segurança e facilidade dos trabalhos dependem fundamentalmente da maneira e da sequência que


as ferramentas são dispostas na estrutura.

b) É importante que cada componente da equipe saiba como irá realizar a tarefa, antes de começar a
executá-la.

c) Nos trabalhos em circuitos de 34,5 kV, o encarregado poderá adotar os métodos de


trabalho a “distância” e/ou ao “contato”.

d) O local de trabalho, as estruturas, os condutores etc. devem ser vistoriados, para que haja certificação
de que a programação feita e as condições locais da subestação ofereçam as necessárias condições de
segurança.

e) Na utilização de by-pass, mesmo de cabo isolado, até 34,5 kV, é obrigatório o emprego das coberturas
isolantes, entre as partes de possíveis contatos com potenciais diferentes.

f) Recomenda-se, como pré-condição para a execução dos serviços com linha viva, que as condições
meteorológicas sejam as mais favoráveis possíveis.

g) A área de trabalho deverá ser sinalizada e/ou isolada através de cones de sinalização, placas e fitas de
sinalização.

Coberturas
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A instalação criteriosa de coberturas deve ser, obrigatoriamente, a primeira etapa dos trabalhos,
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observando-se que a retirada das mesmas deverá ser realizada na medida que se tornem desnecessárias
ou ao final do trabalho.

Depois de instaladas as coberturas e antes de dar início à nova fase dos trabalhos, deverá ser feita uma
última verificação visando determinar se a proteção instalada é suficiente. Caso não seja, cobrir os pontos
ainda descobertos, a fim de possibilitar uma execução, segura e eficiente dos trabalhos.

Para a execução de parte de um trabalho, deverá ser descoberta apenas a área necessária para a execução
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da tarefa e, tão logo a mesma esteja concluída, deve-se cobri-la novamente para depois passar a outra
etapa do trabalho.

Se alguma cobertura se fizer necessária no decorrer de um trabalho, o mesmo deverá ser interrompido e
a cobertura instalada.

Nunca deixar um condutor descoberto às costas do trabalhador !!!


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Luvas e Mangas

Há cinco classes, designadas pelos números 0, 1, 2, 3 e 4, de acordo com a capacidade de isolação de


máxima tensão de trabalho, conforme tabela a seguir:

Andaime Isolado

O trabalhador deverá colocar as mangas de borracha para montar o


andaime. Os condutores próximos deverão ser cobertos com o uso de
bastões, antes do inicio da montagem do andaime.

Não é permitido deixar condutor de potencial diferente por cima da


plataforma do andaime, mesmo que esteja provido de coberturas
isolantes.
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Diferença de Potencial

Os materiais não poderão passar diretamente de um trabalhador para outro que se encontrem em
potenciais diferentes. Os trabalhadores que estiverem sobre o andaime isolado ou cesta aérea, mesmo
que não estejam em contato direto com as linhas, devem ser considerados em potencial diferente dos
que se encontram no solo.
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Nos trabalhos ao ”contato”, executados com utilização de andaime isolado ou cesta aérea, não é permitido
o trabalho simultâneo em potenciais diferentes.

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Método à Distância
Método que consiste em realizar os trabalhos com a
utilização de bastões isolantes manuseados de forma que
a parte energizada seja mantida a uma distância segura. A
distância segura é a distância mínima necessária para que
o trabalhador possa se movimentar, inclusive manipulando
equipamentos ou ferramentas, de modo a não ocorrer risco
de abertura de arco elétrico em relação ao seu corpo.

Esse método é mais utilizado para trabalhos em tensões


de 69kV e acima, e ocorre mediante o uso de bastões de
manobras na execução de todas as atividades.

Método ao Potencial
Método de execução de trabalhos em linhas de transmissão
ou subestações em que o colaborador faz contato direto
com as partes energizadas ou sob indução da própria linha
de transmissão ou subestação.

Aplicável às classes de tensão de 69 kV a 1000 kV, comumente


conhecidas por alta, extra alta e ultra-alta-tensão, já que
impõe um afastamento maior do trabalhador com as partes
energizadas, o que cria uma dificuldade muito maior no
caso de manobras realizadas à distância.

Em tensões desses níveis, o campo elétrico é extremamente


alto, e não permite o contato do trabalhador com o potencial
elevado, sem que esteja fazendo uso de uma blindagem
especial conhecida como “roupa condutiva”.
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Por que os pássaros não tomam choque em fios


elétricos?

Diferença de potencial é a razão entre a energia potencial por unidade


de carga. A unidade é o volt, letra V, em homenagem ao físico italiano
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Alexandre Volta.

A corrente elétrica só provoca um choque quando a mesma entra por um lugar e sai por outro, gerando
assim uma diferença de potencial entre os pontos por onde ela entrou e saiu. A distância que existe entre
as patas dos pássaros, não dá possibilidade para que isso aconteça. No entanto, se ele por algum motivo se
desequilibrar e encostar-se a qualquer outro objeto, ou até mesmo em outro fio, o mesmo será eletrocutado.

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Essa blindagem utiliza o princípio da gaiola de


Faraday, equalizando o potencial do trabalhador
com a parte energizada, mantendo o colaborador
que estiver interagindo com o sistema energizado
completamente isento e inerte em relação ao campo
eletromagnético.

A utilização da roupa permite que qualquer serviço


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nessas classes de tensão seja desenvolvido pelo


trabalhador, sem qualquer risco à sua integridade
física, neutralizando qualquer risco que porventura
seja proporcionado pela sua exposição à tamanha
diferença de potencial.

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Regras Gerais

Os componentes de uma equipe de linha viva não devem possuir


o hábito de ingerir bebidas alcoólicas. O trabalhador que fizer uso Indução Eletromagnética
constante de bebidas alcoólicas deverá ser, para o bem da equipe
e de sua própria segurança, afastado da atividade em linha viva.
A indução electromagnética é o
fenômeno que origina a produção
de uma força eletromotriz (f.e.m. ou
Tensão) num meio ou corpo exposto
a um campo magnético variável, ou
bem num meio móvel exposto a um
campo magnético estático.

É assim que, quando o dito corpo


é um condutor, produz-se uma
corrente induzida. Este fenómeno
foi descoberto por Michael Faraday
Todos os integrantes de uma equipe de linha viva devem conhecer, que o expressou indicando que a
com perfeição, a função das ferramentas e reconhecer se elas estão magnitude da tensão induzida é
funcionando dentro dos objetivos para os quais foram projetadas. proporcional à variação do fluxo
magnético (Lei de Faraday).
Cada trabalhador é responsável pela inspeção prévia de seus
equipamentos de segurança e ferramental, antes do início dos Por outro lado, Heinrich Lenz
serviços para verificação das condições de uso. comprovou que a corrente devida ao
f.e.m. induzida se opõe à mudança de
A equipe deve conduzir ao local do trabalho todos os recursos fluxo magnético, de tal forma que a
recomendados para os primeiros socorros a acidentados. corrente tende a manter o fluxo. Isto
é válido tanto para o caso em que a
Nos trabalhos com linhas energizadas, não deve existir preocupação intensidade do fluxo varie, ou que o
demasiada com a produtividade da equipe, e sim, com a execução corpo condutor se mova em relação
segura e eficiente que cada caso requer. a ele.
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Indução eletromagnética é o
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princípio fundamental sobre o qual


operam transformadores, geradores,
motores elétricos e a maioria das
demais máquinas elétricas.
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Representação do vetor campo elétrico de


uma onda eletromagnética circularmente
polarizada.
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Distâncias de Trabalho
Distâncias Seguras Normalizadas

Distâncias de Segurança

Distância Mínima de Isolação é a distância limite de aproximação a um elemento energizado, sem que
haja o perigo de uma descarga desruptiva.
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Distâncias de Trabalho
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Distância de Trabalho é a distância a partir da qual o trabalhador pode fazer contato, por meio de
ferramentas de Linha Viva, com qualquer parte energizada.

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Tabela Resumo

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Ambientes de Trabalho
E seus Riscos

Áreas Internas

Todo trabalho deve ser planejado a fim de que interfira o mínimo


possível na rotina de`outras áreas. Os cuidados devem ser
especiais ao se realizar serviços sob tensão em áreas internas,
justamente pelo fato de interferir com pessoas e com o ambiente,
podendo inclusive gerar riscos de acidentes graves e ou fatais.

Trabalhos em cubículos, painéis de comando e proteção, sala


de relés, baterias, comandos de disjuntores e transformadores,
onde a sequência de programação, os procedimentos e os
equipamentos e técnicas de proteção não poderão e não deverão
ser esquecidos.

Todas as manobras que sejam feitas em áreas internas das


instalações, isto é, em usinas e/ou subestações, em painéis
localizados no interior de áreas abrigadas devem conter os
equipamentos de proteção coletiva compatíveis, respeitando o
nível de tensão à qual estejam submetidos.

Ambientes Subterrâneos/Espaços Confinados

As atividades em espaços confinados (fechados), tais como:


câmaras subterrâneas, locais onde ficam instalados equipamentos
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de geração, transformação e manobra, caixa de conexões de AT


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e/ou BT etc., somente poderão ser realizadas com procedimentos


especiais, em atendimento à norma NR 33.

Esses espaços podem existir grande presença de gases asfixiantes


(monóxido e dióxido de carbono) e/ou gases explosivos (metano e
vapores de combustíveis líquidos), expondo os trabalhadores aos
riscos de asfixia por falta de oxigênio, ou mesmo a possibilidade
de contaminação por agentes biológicos.
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Áreas encontradas nas atividades de manutenção de rede


subterrânea de energia elétrica e de telefonia, galerias de cabos
das usinas, cubículos de surtos (BC), etc.

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NR33 - Segurança e Saúde


no Trabalho em Espaços
Confinados
Esta NR tem por objetivo estabelecer
os requisitos mínimos para
identificação de espaços confinados
e o reconhecimento, avaliação,
monitoramento e controle dos
riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança
e saúde dos trabalhadores e que
Observação: atender todas as prescrições descritas na interagem direta ou indiretamente
NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços neste espaços.
Confinados.
Espaço confinado é qualquer área
Podemos citar como exemplos de ambientes confinados, dutos
ou ambiente não projetado para
de ventilação, tanques em geral, rede de esgoto ou água, tonéis,
ocupação humana contínua, que
containeres, cisternas, minas, valas, vasos, colunas, silos, diques,
possua meios limitados de entrada
poços de inspeção, caixas subterrâneas etc.
e saída, cuja ventilação existente
é insuficiente para remover
Esses ambientes podem possuir uma ou mais das seguintes contaminantes ou onde possa existir
características: a deficiência ou enriquecimento de
oxigênio.
• Potencial de risco na atmosfera;
• Deficiência de O2 (menos de 19,5%) ou excesso (mais de 23%);
• Configuração interna tal que possa provocar asfixia,
claustrofobia, ou que dificultem a saída rápida de pessoas;
• Agentes contaminantes tóxicos ou inflamáveis.
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Tanques abertos podem ser considerados como ambientes confinados, pois a ventilação natural inexiste,
o potencial de acúmulo de fontes geradoras ou de escape de gás, torna atmosfera perigosa.

Para reconhecer um ambiente confinado, é preciso conhecer o potencial de risco do ambiente, processos,
produtos etc., porém o mais sério risco se concentra na atmosfera do ambiente confinado.

Todos os ambientes confinados devem ser adequadamente sinalizados, identificados e isolados, para
evitar que pessoas não autorizadas adentrem a estes locais.

Antes da entrada do empregado em determinado ambiente confinado, a atmosfera interna deverá ser
testada por empregado treinado e autorizado, com um instrumento de leitura direta, calibrado e testado
antes do uso, adequado para trabalho em áreas potencialmente explosivas, intrinsecamente seguro e
protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de radiofrequências, calibrado e testado
antes da utilização para as seguintes condições:

• Concentração de oxigênio;
• Gases e vapores inflamáveis; e
• Contaminantes do ar potencialmente tóxicos.

Programa de Entrada em Espaço Confinado

• Manter procedimento de acesso;


• Implantar as medidas necessárias para prevenir as entradas não autorizadas;
• Identificar e avaliar os riscos dos espaços confinados antes da entrada dos empregados;
• Providenciar treinamento periódico aos empregados envolvidos com ambientes confinados
quanto aos riscos a que estão expostos, medidas de controle e procedimentos seguros de
trabalho;
• Documentar os procedimentos de acesso em locais confinados, para supervisores, vigias e
empregados autorizados com os respectivos nomes e assinaturas;
• Manter um plano de emergência o qual será de conhecimento dos empregados, incluindo
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equipamentos em perfeitas condições de uso;


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• Providenciar exames médicos admissionais, periódicos e demissionais - ASO


• Atestado de Saúde Ocupacional;
• Manter o espaço confinado devidamente sinalizado e isolado, providenciando barreiras para
proteger os terceiros para que não entrem na instalação;
• Proceder manobras de travas e bloqueios, quando houver necessidade;
• Efetuar teste de resposta do equipamento de detecção de gases;
• Realizar a avaliação da atmosfera para detectar gases ou vapores inflamáveis, gases ou
vapores tóxicos e concentração de oxigênio;
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• Avaliar a atmosfera quanto à presença de poeiras, quando reconhecido o risco;


• Purgar, lavar ou ventilar o espaço confinado, para eliminar e/ou controlar os riscos atmosféricos;
• Avaliar os riscos físicos, químicos, biológicos e/ou mecânicos.

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Equipamentos

Deverão estar disponíveis os seguintes equipamentos, funcionando adequadamente e assegurando a


utilização correta:

• Equipamento de sondagem inicial e monitoria contínua da atmosfera, calibrado e testado antes


do uso, adequado para trabalho em áreas potencialmente explosivas;

Os equipamentos que forem utilizados no interior dos espaços confinados com risco de explosão
deverão ser seguros e protegidos contra interferência eletromagnética e radiofrequência, assim como
os equipamentos posicionados na parte externa dos ambientes confinados que possam estar em áreas
classificadas.

• Equipamento de ventilação mecânica para obter as condições de entrada aceitáveis, por


meio de insuflação e/ou exaustão de ar. Os ventiladores que forem instalados no interior do
ambiente confinado com risco de explosão deverão ser adequados ao trabalho em atmosfera
potencialmente explosivas, assim como os ventiladores posicionados na parte externa dos
ambientes confinados que possam estar em áreas potencialmente explosivas;
• Equipamento de comunicação, adequado para trabalho em áreaspotencialmente explosivas;
• Equipamentos para atendimento pré-hospitalar;
• Equipamento de iluminação, adequada para trabalho em áreas potencialmente explosivas.

Procedimentos Gerais

Esses ambientes exigem desenvolvimento e implementação de procedimentos para os serviços de


emergência, especializados em primeiros socorros para resgate de empregados.

Desenvolver e implementar um procedimento para preparação, emissão, uso e cancelamento de


permissões de acesso, bem como de coordenação e de acesso que garantam a segurança de todos os
trabalhadores, independentemente de haver diversos grupos de empregados no local.
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Interromper as operações de entrada sempre que surgir um novo risco de comprometimento da saúde
e segurança dos empregados. Todo e qualquer trabalho em ambiente confinado terá, no mínimo, duas
pessoas, sendo uma delas denominada vigia.

Há circunstâncias que requerem a revisão da permissão de entrada em espaços confinados, tais como:

• Qualquer entrada não autorizada num ambiente confinado;


• Detecção de um risco no ambiente confinado não coberto pela permissão;
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• Detecção de uma condição proibida pela permissão;


• Ocorrência de um dano ou acidente durante a entrada;
• Mudança no uso ou na configuração do ambiente confinado;
• Queixa dos trabalhadores sobre a segurança e saúde do trabalho.

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Trabalhos sob Tensão

Trabalho noturno

Os trabalhos com rede energizada ao contato não podem ser


realizados no período noturno. NR 17 - Ergonomia
Quanto aos demais trabalhos sob tensão, não existe proibição O que diz a NR-17 sobre iluminação.
expressa, apenas a NR10 em seu item 10.3.10 estabelece que o Em todos os locais de trabalho devem
trabalhador deve possuir iluminação adequada de acordo com a haver iluminação adequada, natural
NR – 17. ou artificial, geral ou suplementar,
apropriada a natureza da atividade.
Pelas características da prestação de serviços presentes numa
Concessionária de Energia Elétrica não é possível a proibição A iluminação geral deve ser
das atividades noturnas em sua totalidade, requerendo uniformemente distribuída. A
daqueles que liberam e daqueles que executam os trabalhos iluminação geral ou suplementar
muita sensibilidade, pois muitos fatores definem a aptidão para deve ser projetada e instalada de
se executar com perfeição técnica e de segurança a atividade forma a evitar o ofuscamento de
necessária. A designação dos trabalhadores deve ser precedida reflexos incômodos, sombras e
da verificação das condições físicas e psíquicas dos trabalhadores, contrastes excessivos (iluminamento).
enquanto os trabalhadores devem realizar as atividades mediante
análise preliminar de riscos. O níveis mínimos de iluminamento
a serem observados nos locas
de trabalho são os valores de
iluminâncias estabelecidas na NBR-
5413, Norma Brasileira registrada no
INMETRO.

CONCEITOS:

ILUMINÂNCIA: Fluxo luminoso ou


quantidade de luz que incide sobre
uma superficíe, sua unidade de
medida é o LUX (Lx). A iluminância é a
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medida de claridade percebido pelos


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olhos humanos.

LUMINÂNCIA: É a quantidade refletida


ou absorvida de luz. Equivalente
a unidade de medida, é a candela
(cd/m). A iluminância também é
chamada de intensidade luminosa.
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REFLETÂNCIA: É a porcentagem de luz


refletida em relação a luz incidente.
Ou seja, a razão entre iluminância e
luminância.

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Nada de grande se realizou
no mundo sem paixão.
George Hegel
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CAPÍTULO 9
Equipamentos e Ferramentas
- História
- Equipamentos e Ferramentas

CAPÍTULO 9

Equipamentos e Ferramentas
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
História
História da Ferramenta 3
Equipamentos e Ferramentas
Para Serviçis em Alta e Baixa Tensão 6
Equipamentos e Ferramentas de Trabalho

História
História da Ferramenta

A ferramenta é uma das provas de que o homem iniciou a sua evolução há pelo menos dois milhões
de anos. No ano de 1959 foram encontrados na África ferramentas de um milhão e setecentos mil anos
atrás. São martelos e choppers (instrumento de corte) que comprovam a existência de uma técnica já em
desenvolvimento. As ferramentas do longo período que se chama Paleolítico (Idade da Pedra) eram feitas
de sílex, um tipo de pedra que era retirado de grandes bancos rochosos, através de picaretas feitas com
chifre de veado. Os blocos de pedra retirados eram talhados através da percussão até a formação de um
núcleo, a base da futura ferramenta.
A forma e as técnicas básicas da utilização de vários
instrumentos que usamos até hoje já eram conhecidas
desde os primórdios da evolução humana. A pinça,
por exemplo, já usada para a depilação, era feita com
conchas de mexilhão. Havia o endireitador de flechas,
que é o ancestral da nossa chave-inglesa e do alicate,
furadores que eram usados através de rotação, martelos
e machados específicos para funções diversas, buris e
raspadores.

Nossos ancestrais já sabiam de diversas relações entre o


tamanho do cabo e o peso do percutor para que um martelo
pudesse, ou quebrar pedras duríssimas, ou talhar uma colher
de madeira; já usavam contrapesos para controlar o impacto
e a direção dos golpes e usavam espécies de amortecedores
para aproveitar os estilhaços da pedra. Podemos observar,
durante todo o período da Idade da Pedra, uma evolução
importante na história da ferramenta.
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As primeiras ferramentas de corte tinham um tamanho que variava de 40 cm até um metro. Num período
de tempo que chega a quinhentos mil anos, os instrumentos de corte vão se reduzindo de tamanho, até
se tornarem microlâminas (os Micrólitos, que não chegavam a 2 cm) que eram encabados com madeira
ou osso. Foi no período chamado Neolítico que se conheceu uma das maiores revoluções na história
da humanidade. Nele surge, há 8.000 anos atrás, a agricultura, a domesticação de animais e a cerâmica.
Desenvolve-se assim, a fabricação de ferramentas específicas para estes trabalhos.
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Equipamentos e Ferramentas de Trabalho

Entretanto, na história das ferramentas, o fato mais importante acontece há mil e duzentos anos atrás,
com o domínio da técnica de fusão e tratamento do ferro. Apesar de o metal já ser conhecido, pois muitos
povos usavam o metal de meteoros para fazer facas, pontas de flechas e instrumentos para perfurar, este
era tratado como a pedra, através da percussão e do polimento.

O forno, e fole, a bigorna, o martelo, revolucionaram o uso dos metais, possibilitando o surgimento de
uma indústria metalúrgica, com a qual o homem passa a produzir a própria matéria de que será feita a
ferramenta. O ferreiro passa a ser o mestre e o fabricante de ferramentas, adquirindo, em todos os povos
que dominam a metalurgia, um papel de destaque. Com seus segredo, rituais e tecnologia, os ferreiros
passam a influenciar a representação dos deuses de vários povos, além de criarem uma série de novos
tabus. Surgem os deuses ferreiros ou os deuses que usam o martelo, a bigorna ou mesmo o fogo, na forma
de raio, para simbolizar o poder e a força.

Surgem os tabus que afastam as oficinas das aldeias impedindo o acesso de pessoas estranhas à atividade
metalúrgica e, principalmente, a presença de mulheres. Acreditava-se que se a mulher olhasse o trabalho
do ferreiro, uma grande praga cairia sobre ele.

O poder do ferro, e consequentemente, do fole, do martelo e


da bigorna, é tão grande que estas ferramentas passam a ser
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vistas como mágicas, atuando por conta própria. A origem


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do universo e do próprio homem passa a ser explicada


como um processo de fabricação semelhante ao processo
de fabricação do objeto de ferro. O homem surge através
da transformação (ou sacrifício) de uma matéria original,
da mesma forma que o ferreiro produz uma faca através da
transformação do minério de ferro. Até o século XVIII d.C.
apesar das modificações importantes que ocorreram com
as ferramentas, todo o trabalho era realizado através de dois
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tipos de motores: o motor humano e o motor animal.

Há duzentos anos atrás o homem começou efetivamente a


substituir os dois motores que usou desde o início da sua
evolução. No ano de 1775 James Watt inventou a máquina a
vapor que principia a substituição da força animal e humana
na realização de trabalhos.

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As ferramentas passaram então a ser movidas pela força do motor. Com ele - movido a vapor, a combustível
líquido ou elétrico - foi possível fazer vários martelos, vários furadores, vários raspadores funcionarem ao
mesmo tempo. Com uma velocidade maior, com movimentos mais precisos, por um tempo bem mais
longo. A ferramenta funciona junto com a máquina, constituindo assim a máquina-ferramenta, a condição
para que pudesse ocorrer a revolução industrial que se alastrou por todo o mundo. O ferreiro cede lugar
ao cientista que a inventa, ao industrial que a financia e ao operário que comanda a máquina. A ferramenta
deixa de ser mágica para ser produto da ciência. O mundo deixa de ser pensado como resultado do trabalho
de um deus-ferreiro e passa a ser representado como uma máquina perfeita. O modelo desta máquina, que
o homem moderno passa a fabricar, é o relógio.

A partir da Segunda Guerra Mundial, com o desenvolvimento do computador, inicia-se um novo período de
revolução na história da ferramenta. Com a união entre o motor elétrico, a ferramenta e o computador, surge
a máquina mais perfeita já construída pelo homem: o robô, a máquina que pode realizar tarefas variadas
como bater, prender, cortar, soldar, a partir de um programa. O computador trouxe para dentro da máquina-
ferramenta a capacidade de memorizar informações, de efetuar cálculos e operações lógicas, de ordenar as
tarefas, registrar e avaliar o que faz, além de detectar problemas e prováveis defeitos. A ferramenta, então,
trabalha automaticamente durante todo o processo de fabricação independente da presença do homem.

A atual revolução da ferramenta continua em outros campos da ciência, atingindo a física, onde surgem
ferramentas tão fantásticas, como o acelerador de partículas, que tem a capacidade de, a partir da energia,
criar matéria; ou atingindo a biologia, que conseguiu instrumentalizar verdadeiras ferramentas vivas, as
enzimas, responsáveis pela manipulação genética. A história do homem pode ser vista como a história das
suas ferramentas. Uma história que vai da pedra ao átomo e que sempre colocou o homem frente a origem
de todas as ferramentas: a capacidade de criar.
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Equipamentos e Ferramentas
Para Serviços em Alta e Baixa Tensão

Devido ao aumento do número de casos de acidentes ocasionados em trabalhos com ferramentas manuais
em ambientes que podem ter presença de eletricidade, foram criadas as “Normas de Fabricação”, que
preveem, para fins de certificação, além da adição de camadas de isolação, aplicação de testes e ensaios,
simulando diversas situações e assegurando a proteção dos técnicos usuários.

O item 10.2.4-c da NR 10 prevê a necessidade de anexar ao prontuário, a relação das ferramentas e


instrumentos de testes e medição, documentando as especificações — range máximo, categoria de
proteção, procedimentos de inspeção e segurança, entre outros, no sentido de garantir o bom uso por
parte do trabalhador.

Devem ser observados fundamentalmente a finalidade, a descrição


das características e os limites ao uso em instalações elétricas
(EN60900). Especial atenção deve ser dada aos aparelhos de
medição (por exemplo, multímetros), que deverão ser adequados
à grandeza a medir e a categoria apropriada ao tipo e local de
utilização (CAT III ou CAT IV – IEC61010).
Saiba Mais!
Especificações de escolha e uso de equipamentos
A Comissão Eletrotécnica
Na especificação e uso de equipamentos deve-se considerar Internacional (IEC) é a organização
a categoria de sobre tensão, neste caso, o nível de energia de mundial líder que prepara e publica
impulsos de tensão depende da localização. Quanto mais próximo Normas Internacionais para toda
à fonte de energia, maior o risco de ocorrências perigosas e maior elétrica, eletrônica e tecnologias
deve ser a categoria. Segundo a IEC 61010, definem-se quatro relacionadas.
localizações ou categorias:
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Além de proporcionar um excelente


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• CAT IV Origem da instalação: Cabines de entrada e enquadramento para melhorar a


outros cabeamentos externos. A categoria IV especifica segurança e otimizar a utilização de
equipamentos para utilização na origem das instalações; energia, as Normas Internacionais da
IEC apóiam o comércio entre países,
• CAT III - Distribuição da instalação, incluindo barramentos fornecendo uma referência para o
principais, alimentadores e demais circuitos; cargas funcionamento do Acordo sobre
permanentemente instaladas; Barreiras Técnicas ao Comércio da
Organização Mundial do Comércio
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• CAT II - Tomadas ou plugues; cargas removíveis; (OMC).

• CAT I - Equipamentos no qual as medidas são protegidas


de eventuais transientes sempre de baixo nível.

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Para determinar o equipamento e/ou ferramenta a ser utilizada, deve-se observar a


categoria de trabalho, não devemos analisar o nível de tensão, e sim a localização de
trabalho.

Considerações:

É possível que um técnico, trabalhando em equipamentos de escritório, em um ambiente CAT I, encontre,


de fato, tensões muito maiores do que aquelas de linha de energia CA, medidas pelo eletricista, em um
motor num local CAT III, porém, o risco de transientes de alta energia no motor é muito maior devido a
menor impedância e a corrente elétrica muito maior.

Para citar outro exemplo, uma linha aérea de uma casa para uma unidade comercial isolada poderia ser
somente 127V ou 220V, mas ainda é tecnicamente CAT IV.

Por quê?

Qualquer condutor externo está sujeito a transientes de altíssima energia associados a raios.

Mesmo condutores subterrâneos são CAT IV, porque embora não sejam diretamente atingidos por raios, um
relâmpago nas redondezas pode induzir um transiente devido à presença de altos campos eletromagnéticos.

O item 10.4.3 da NR 10 define que, além de ser compatível à instalação, os equipamentos, dispositivos
e ferramentas elétricas devem preservar as características dos elementos de proteção implantados na
instalação, respeitadas as especificações e recomendações do fabricante e as possíveis influências externas
em que serão instalados ou utilizados, tais como presença de água, de poeiras, de temperaturas elevadas,
radiações, vibrações etc. Como exemplo: se um ambiente está localizado em uma categoria CAT IV de sobre
tensão, cuja temperatura varie de 10 a 50ºC, sujeito à chuva e poeira, somente deve-se utilizar multímetros
CAT IV - IP65, a prova de água (respingos) e a prova de poeira, com temperatura de operação igual ou
superior a faixa de 10 a 50ºC, para que não se some à leitura incertezas desconhecidas das especificações
dos mesmos.
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Saiba Mais!
A Fluke Corporation foi fundada em 1948 por John Fluke, a Fluke Corporation é atualmente líder na
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fabricação, distribuição e serviço para equipamentos e softwares de teste.


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A Fluke Corporation pertence à holding Danaher Corporation e é uma multinacional situada nos EUA, no
estado de Washington, na cidade de Everett próximo a Seattle. Possui fábricas nos EUA, Reino Unido e
Holanda e possui presença comercial em todo mundo. Emprega aproximadamente 2400 pessoas no mundo
(2006). A marca Fluke tem se solidificado no mercado ao longo dos anos através de seus equipamentos e
de aquisições feitas ao longo de sua história, veja a seguir algumas marcas da Fluke Corporation.

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Grau de Proteção

A Norma IEC 60529 define os graus de proteção providos por invólucros, classificando-os com os conhecidos
índices IP (International Protection Code) Intrínseco as influências externas AD (presença de água), AE
(presença de corpos sólidos) e BA - (competência de pessoas). São específicos para cada local (ambiente)
de trabalho. Esta classificação é constituída pelas letras IP seguidas de dois algarismos e, conforme o caso,
por mais uma ou duas letras, conforme tabela:
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Fonte - IEC 60529


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Ferramentas Isoladas para Baixa Tensão


O item 10.4.3.1 da NR 10 estabelece que os equipamentos, dispositivos e ferramentas contendo materiais
isolantes, funcionais ou de proteção, devem ter esse isolamento elétrico compatível à tensão elétrica e
às condições de operação. Além disso, devem ser submetidos a inspeções e testes, em conformidade e
atendimento às regulamentações nacionais ou internacionais, quando houver, às recomendações dos
fabricantes ou, na ausência destas, aos procedimentos criados pelos tomadores de serviço.

A Norma IEC 60900 (Padrão internacional para ferramentas manuais isoladas para trabalhos em baixa
tensão (1000VAC / 1500VDC) determina que cada tipo de ferramenta isolada:

• Não tenha defeitos aparentes;


• Possua medidas de acordo com as exigidas por norma;
• Identificação legível;
• Tenha aderência compatível da camada isolante para com o corpo metálico da ferramenta;
• Suporte impacto mecânico a ponto de a camada isolante não sofrer nenhuma avaria;
• Não propague chamas e a camada isolante não desprenda gotas do material em fusão;
• Tenha, na camada isolante, determinada rigidez dielétrica a tal ponto que não sofra perfurações,
e a corrente de fuga não ultrapasse o limite fixado;
• Quando do modelo de encaixe (ex. soquetes acoplados em chaves catracas), devem, ambas,
permanecer unidas após aplicada uma determinada força por um período de tempo fixado;
• Não deve sofrer perfurações ou deformações na camada isolante, quando em contato com
objetos pulsantes; e
• Mantenha legíveis, por um determinado período de uso, marcações de isolação, modelo, símbolos
etc.
Consideração:

Devido ao fato de as ferramentas isoladas 1000V serem


testadas individualmente no processo de fabricação,
cabe ao usuário apenas adotar um processo de
inspeção visual analisando se existe alguma “agressão”
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à camada de isolação. No caso de observar algum corte,


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fissura ou anormalidade na isolação, deverá proceder a


substituição.
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Conservação das Ferramentas

Cuidados básicos para aumentar a vida útil das ferramentas isoladas 1000 V e garantir a segurança durante
a sua utilização:

• Utilizar sempre ferramentas marcadas com os símbolos 1000 V;


• Observar se o isolamento apresenta defeitos antes de iniciar cada trabalho;
• Inspecionar todas as ferramentas isoladas (1000 V) periodicamente;
• Armazenar as ferramentas em ambiente protegido e distante de objetos pontiagudos ou
cortantes. Isto evitará qualquer perfuração na sua isolação;
• Jamais utilizar ferramentas danificadas;
• Utilizar a ferramenta apenas para finalidade para a qual foi projetada;
• Não expor as ferramentas a altas temperaturas, evitando, assim, o risco de alteração da dureza
do material;
• Aplicar periodicamente um óleo lubrificante nas partes metálicas das ferramentas que possuem
articulações e para proteção da sua superfície;
• As ferramentas não devem ser utilizadas como alavancas ou talhadeiras, pois há uma diminuição
da vida útil da ferramenta, além da possibilidade de que ocorram acidentes; e
• Evitar a queda da ferramenta, pois pode danificar a sua isolação.
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Ferramentas e Equipamentos para Alta Tensão


Conforme prevê o item 10.7.8 da NR 10, os equipamentos, ferramentas e dispositivos dotados de materiais
isolantes de uso nos serviços em alta tensão (acima de 1000 V AC e 1500 V DC), tais como mantas e lençóis
isolantes, bastões e varas de manobra isolantes, escadas, luvas, ferramentas manuais isoladas, etc., devem
ser submetidos a ensaios ou testes dielétricos em conformidade e atendimento às regulamentações,
quando houver, ou às especificações dos fabricantes, destinados à verificação da manutenção das suas
características dielétricas de isolamento, que deve ser compatível com a tensão elétrica da instalação
objeto do serviço. Não havendo regulamentações ou recomendações especificando a periodicidade de
realização de testes e ensaios dielétricos, estes devem ser anuais.
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Saiba Mais!
Em 1971 a empresa brasileira Ritz Comércio e Indústria Ltda, antecessora da Ritz do Brasil S/A, desenvolveu
os seus primeiros tubos reforçados com fibra de vidro para manutenção em redes energizadas, as chamadas
Varas de Manobra, pois já dominava esta tecnologia para a aplicação em disjuntores de pequeno volume
de óleo. Em 1972, a Ritz lançou o primeiro conjunto completo de ferramentas para manutenção em redes
energizadas. Em 1973, ocorreu a associação com uma empresa norte-americana, líder mundial no setor
de ferramentas para linha viva, quando foi formada a empresa Ritz-Chance Indústria e Comércio S/A. Em
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1989, a participação do sócio norte americano na empresa foi readquirida pela Ritz e a empresa passou
a se chamar Ritz do Brasil S/A.

Em Outubro de 2011 a TEREX adquiriu o controle acionário da empresa Ritz do Brasil S/A, passando a
incorporar em seu portfolio cestas aéreas de até 13 metros para caminhões de pequeno porte, ferramentas
de manutenção de sistemas energizados e desenergizados; além de componentes isolantes de fibra de
vidro em resina poliéster e epóxi.
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Bastões e Andaimes

São confeccionados em fibra de vidro, impregnados com resina


de epoxi e guarnecidos internamente de espuma de “Poliuretano”.
Possuem características mecânicas adequadas a cada tipo de
serviços e são fabricados para resistir a uma tensão elétrica de até
2,5 kV por centímetro, o que equivale a dizer que para cada metro
de bastão a tensão de isolação é 250 kV, sem que haja quaisquer
danos aos eletricistas. Existe uma grande variedade de bastões
utilizados nos serviços de Linha Viva - LV.

a) Ensaios de rotina
• devem ser solicitados e realizados toda vez que houver suspeita de defeito ou que tenham sido
submetidos a restauração;
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b) Ensaios de preparação
• devem ser executados nas sedes das equipes antes do carregamento das ferramentas ou quando
as equipes julgarem necessário e consistem em:
• inspeção visual contra ranhuras ou manchas;
• teste de umidade com testador de bastões.

c) Em campo
• antes do início dos serviços deverão ser feito:
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• Bastões e equipamentos compostos por bastões deverão ser limpos por flanela seca e limpa.

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CUIDADOS ESPECIAIS COM BASTÕES E EQUIP. COMPOSTOS POR BASTÕES

Os bastões deverão ser mantidos sob os seguintes cuidados:

• Não deverão ser colocados em contato com superfície suja ou rugosa;


• No transporte deverão ser amarrados evitando choque que possam danificar sua superfície ou
ferragem, portanto, deverão ser transportados em compartimentos apropriados;
• Acondicioná-los em estufa com temperatura entre 33 a 38ºC;
• Na utilização em serviços de LV deve-se evitar a fricção dos bastões com as superfícies metálicas
das estruturas;
• Lavar com água e sabão neutro, bem como fazer inspeção visual a fim de detectar possíveis falhas
incompatíveis com seu desempenho; e
• As partes articuláveis devem ser lubrificadas com pó de grafite.

Escadas Isolantes

Assim como os andaimes e plataformas, as escadas devem ser


verificadas quanto à uniformidade do revestimento antiderrapante.
Nos ensaios elétricos, a escada é tratada de maneira análoga aos
bastões.

Já os ensaios mecânicos de flexão são feitos com a escada na


posição horizontal, apoiada sobre roletes. Para escadas de até
3,5 m, a distância entre os roletes deve ser de 1,80m com flecha
admissível de 1,5 cm. Para escadas de 4,00 a 5,50 m, a distância
entre os apoios deve ser de 3,40 m, com flecha admissível de 10cm.
Por fim, escadas maiores que 5,60m devem ter entre os roletes 5 m
e flecha máxima de 28 cm. A carga aplicada no centro da escada
é de 250 kgf durante 180 segundos. Depois de decorrido esse
tempo, a flecha deve ser medida.

Em seguida, a escada é girada em 180º sobre seu eixo, e o teste é


repetido.
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No ensaio de tração, as escadas são testadas com carga de 750


kgf, aplicada simultaneamente nos dois olhais e no sentido
longitudinal da escada. O teste de tração tem o mesmo tempo do
de flexão, isto é, 3 minutos.
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Cordas Isolantes

São confeccionadas em dois tipos de fibra, classificadas conforme o material,


isto é, sintética (polipropileno, polietileno, poliéster ou nylon) ou natural
(sisal ou manilha).

Apesar das cordas fabricadas com fibras naturais serem de custo inferior,
suas qualidades elétricas são bem inferiores que as do tipo sintético. Cordas
naturais, portanto, não devem ser utilizadas em trabalhos com Linha Viva.
Ensaios das Cordas Isolantes

a) Ensaios de Recepção - as cordas isolantes para trabalhos em LV deverão passar por ensaios de recepção
na oportunidade de sua aquisição, conforme critérios estabelecidos pela norma ABNT NBR 13.018 - Corda
em instalação Energizada – Especificação.

b) Ensaios de Rotina - são os mesmos de recepção (letra a) e devem ser solicitados:


• De 2 em 2 anos para cordas sem utilização;
• Todas as vezes que as equipes julgarem necessário para cordas em uso.

c) Ensaios de preparação - devem ser executados na sede das equipes antes do carregamento das ferramentas
e quando as equipes julgarem necessário. Consistem em:
• - Teste visual de contaminação;
• - Teste de umidade, com testador de cordas (Safety Line).

d) Ensaio de Campo - devem ser executados antes do início dos serviços no campo e consistem em:
• Teste visual de contaminação
• Prender à extremidade um contrapeso para mantê-la esticada e medir a corrente de fuga, durante
5 minutos.

Cuidados Especiais com as Cordas Isolantes


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• Armazenadas e transportadas em lugar seco, sem presença de umidade;


• Ser mantidas e transportadas em recipiente próprio, em invólucros hermeticamente fechados
(saco plástico, caixa plástica);
• Evitar que a corda mantenha contato com partes metálicas sujas da estrutura ou equipamentos;
• Não usar as cordas isolantes em outros tipos de trabalhos que não sejam em LV;
• Evitar friccionar as cordas contra cantoneiras ou superfícies abrasivas, pois possuindo baixo ponto
de fusão, o calor provocado pela fricção pode fundir os fios e reduzir sua resistência mecânica;
• Nunca arrastar, pisar ou deixar cair objetos pesados sobre as cordas, para não deteriorar sua
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características mecânicas e elétricas por abrasão e contaminação;


• Nunca guardar as cordas quando estiverem sujas ou molhadas;
• Respeitar sempre os limites das cordas (carga de ruptura e de trabalho).
• Lavar as cordas com sabão neutro, sempre que se julgar necessário, colocando-as para escorrer e
secar à sombra para não receber raios ultravioletas. O local deve ser isento de poluição;
• Em todos os trabalhos de campo, utilizar luvas limpas para manipulação da corda;
• Usar lonas limpas para movimentação da corda, não deixando que ela toque o solo.

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Equipamentos de Elevação de Carga e Pessoas
Nos serviços de construção e manutenção em linhas e redes elétricas nos quais são utilizados cestas aéreas
e plataformas, além de elevação de cargas (equipamentos, postes) é necessária a aproximação dos veículos
junto às estruturas (postes, torres) e do guindauto (Grua) junto das linhas ou cabos. Nestas operações
podem acontecer acidentes graves, exigindo cuidados especiais que vão desde a manutenção preventiva
e corretiva do equipamento, o correto posicionamento do veículo, adequado travamento e fixação, até a
operação precisa do equipamento.

A norma ABNT NBR 14631/00 define Cesta Aérea Isolada como sendo um equipamento veicular dotado
de braço móvel, seja extensível, articulado, ou ambos, projetado e usado para posicionar pessoal, com
componentes dielétricos, projetado e ensaiado para possuir taxa de isolamento elétrico específico.

Os principais componentes de uma Cesta Aérea Isolada são:

• Chassis (caminhão);
• Torre (estrutura fixada ao veículo e na qual é instalado o braço móvel);
• Braço móvel (componente da cesta que sustenta e movimenta a caçamba);
• Haste isolante (parte isolada do braço móvel);
• Sistema de Isolamento do Chassi;
• Sistema de Eletrodos Inferior;
• Caçamba;
• Cuba isolante (componente da caçamba destinado a aumentar sua isolação elétrica.

As cestas aéreas isoladas são classificadas em 3 categorias: A, B e C:

• As cestas da Categoria A proporcionam isolamento suficiente para que o operador trabalhe com
a mão nua (ao potencial);
• Nas cestas da Categoria B o operador deve usar luvas isolantes;
• As cestas da Categoria C são destinadas a trabalhos com tensões de até 46 kV. Nesse
• tipo de cesta o operador também necessita usar luvas isolantes.
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A categoria a que pertence uma determinada cesta aérea deve constar em sua placa de identificação.
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Tipos de Veículos para utilização com cesta aérea

Veículo com Sistema de Eletrodos de Ensaio Inferior

Pela norma ABNT NBR 14631/00, os caminhões das categorias A e B devem obrigatoriamente ser equipados
com um dispositivo denominado de “Sistema de Eletrodos de Ensaio Inferior”. Esse dispositivo permite
que a corrente de fuga de todas as linhas hidráulicas e eventuais linhas óticas e pneumáticas e demais
componentes existentes no interior da haste isolante seja medida juntamente com a corrente de fuga da
haste propriamente dita. A corrente de fuga da haste isolante é captada através de duas bandas condutivas
(uma interna e outra externa).

Veículo com Sistema de Isolamento do Chassi

Algumas cestas aéreas isoladas possuem o denominado “Sistema de Isolamento do Chassi”. Esse termo
designa todo o isolamento entre o chassi e o braço móvel (o que sustenta a haste isolante) . Esse isolamento
deve ser capaz de proporcionar isolamento do chassi em caso de contato acidental da parte metálica logo
abaixo da haste isolante com uma linha energizada.

Tipos de ensaios realizados em veículos com cestas áreas

Sempre que um tipo de trabalho envolve risco de vida deve-se garantir que o equipamento utilizado
não sofrerá avarias durante a jornada de trabalho e, portanto, não exporá a perigos o elemento humano.
Deve-se lembrar que materiais isolantes expostos a intempéries podem deteriorar-se ao longo do tempo,
porém é possível avaliar a condição do material isolante se este for ensaiado periodicamente. O ensaio de
isolamento com megaohmímetro fornecerá dados que serão úteis na determinação da possibilidade de
serem aplicados a outros ensaios.

Após executado o ensaio de fator de potência do isolamento, faz-se o ensaio de tensão aplicada que
fornecerá melhores subsídios para a análise e é o ensaio mais conclusivo, pois solicita enormemente o
isolamento. Diante disto os principais ensaios a serem realizados em veículos com cestas aéreas são:
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1) Resistência de isolamento com megaohmímetro – Ensaio total;


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2) Resistência de isolamento com megaohmímetro – Ensaio parcial;


3) Fator de potência do isolamento – Ensaio total;
4) Fator de potência do isolamento – Ensaio parcial;
5) Dispositivos de segurança (indicador de contaminação e dispositivo de alarme);
6) Ensaio de tensão aplicada;
7) Rigiez dielétrica do óleo; e
8) Dispositivos de segurança (quando houver)
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Na recepção devem ser executados todos os ensaio listados, inclusive os ensaio parciais e do óleo.

Em manutenção rotineiras (semestralmente), normalmente são dispensáveis os ensaios 2 e 4 com as


seguintes ressalvas:

• O ensaio 2 deverá ser feito se os resultados obtidos no ensaio 1 forem julgados duvidosos ou
ruins;
• O ensaio 4 deverá ser feito se no ensaio 3 os resultados obtidos forem julgados duvidosos ou
ruins;

O ensaio de tensão aplicada é o mais conclusivo e, portanto, em qualquer tipo de manutenção (rotineira ou
não), devem ser feitos, no mínimo, os seguintes ensaios:

• Rigidez dielétrica do óleo;


• Tensão aplicada (corrente alternada) – Ensaio total;
• Dispositivos de segurança (indicador de contaminação e dispositivo de alarme).

O ensaio no óleo deve ser executado segundo os procedimentos normais para ensaio de óleo isolante no
campo. O valor mínimo de rigidez dielétrica do óleo novo deve ser 25 kV/0,1 pol (Método ASTM-D-877), e
para óleo usado 15 kV/0,1 pol.
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CAPÍTULO 10
EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho
- EPCs
- EPIs
- Posturas de Trabalho

CAPÍTULO 10

EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho


É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
EPCs
Equipamentos de Proteção Coletiva 3
EPIs
Equipamentos de Proteção Individual 15
Posturas de Trabalho
A Ergonomia no SEP 30
EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

EPCs
Equipamentos de Proteção Coletiva

Equipamentos de Proteção
Para que os trabalhos sejam executados de forma segura é indispensável a utilização dos Equipamentos
de Proteção. Estes equipamentos podem ser do tipo coletivo ou individual.

As medidas de proteção coletiva são providências estratégicas, dispositivos, sistema ou meio físico,
abrangentes ao coletivo dos trabalhadores expostos à mesma condição, de forma a eliminar ou reduzir,
com controle, as incertezas e eventos indesejáveis, destinadas a preservar a integridade física e a saúde dos
trabalhadores, usuários e terceiros.

Conforme o item 10.2.8.1 da NR-10: “Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser
previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos,
às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores”.

No desenvolvimento de todos os serviços em instalações elétricas, incluindo o ambiente de trabalho, devem


ser adotadas, medidas de proteção de caráter coletivo, que visam à prevenção de acidentes/incidentes do
conjunto de trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente, com a situação de risco (item 10.1.1).

De forma prioritária, as medidas de proteção coletiva compreendem a desenergização elétrica, porém na


sua impossibilidade da ocorrência da desenergização, devem ser utilizadas outras medidas de proteção
coletiva, tais como a isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento
automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.
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Exemplos de EPCs
Fitas de demarcação reflexivas - Delimitação e isolamento de áreas
de trabalho.
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Cone de sinalização – Destina-se à sinalização de áreas de trabalho e


obras em vias públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de
pedestres e podem ser utilizados em conjunto com fita zebrada, sinalizador
STROBO, bandeirolas, etc.

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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Aterramento temporário – O conjunto de aterramento temporário


é composto de quatro garras interligadas por um cabo destinadas
a equipotencializar as três fases e o aterramento de uma instalação,
garantindo que eventuais circulações de corrente elétrica fluam para a
terra, minimizando os riscos aos trabalhadores.

Dectector de Tensão - Determinam a presença ou ausência de tensão AC


em sistemas elétricos, tanto em condutores isolados quanto em tomadas ou
fusíveis. Não é necessário desligar o sistema e nem é necessário o contato
com partes metálicas para seu funcionamento. Simplesmente toque a
ponta não condutiva do detector na conexão elétrica ou passe o mesmo
ao longo do cabo/condutor isolado. Se uma tensão AC estiver presente,
um led irá ficar vermelho (acender). A iluminação irá cessar quando houver
uma interrupção no circuito ou no condutor.

Posicionamento do Aterramento Temporário


A prática ideal de aterramento e curto circuitamento temporário, seria a de “jumpear” o local de trabalho.
Por isso mesmo o conjunto deve ser instalado, sempre que possível, na estrutura onde será executado
o serviço.

Neste caso, não havendo necessidade de abertura de jumpers, chaves, etc., apenas um conjunto é
suficiente para oferecer a proteção adequada.

Não sendo possível a instalação do conjunto na estrutura


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de trabalho, deverão ser usados tantos conjuntos quanto se


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fizerem necessários para isolar a zona de trabalho, os quais


deverão ser instalados nas estruturas mais próximas, em
tantos quantos lados de fonte e de carga hajam.

Apresentamos a seguir, esquemas unifilares de dois casos


típicos de pontos da linha ou rede a serem aterrados, caso
não seja possível a instalação do conjunto na estrutura de
trabalho.
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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Coberturas isolantes – Isolamento de partes energizadas de redes


elétricas de distribuição durante a execução de tarefas.

Exaustores - Remoção de ar contaminado. Promove a renovação do ar


saudável.

Tapetes de Borracha Isolante – Em locais onde são executadas


manobras de alta tensão, devem ser utilizados tapetes de borracha isolante
nitrílica 20, 30 ou 40kV (dependendo da tensão do sistema), de modo a
aumentar a resistência de contato do operador para o solo, reduzindo as
correntes que possam vir a fluir pelo corpo. Os tapetes devem ser testados
e certificados.

Bastão de Salvamento - Nos locais onde houver a manobra de circuito


elétrico de alta tensão, é imprescindível a existência de um bastão de
salvamento isolado para a remoção segura do acidentado. Este bastão
também deve ser testado e certificado.
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Grade metálica dobrável - Utilizada para isolar e sinalizar áreas de


trabalho, poços de inspeção, entrada de galerias subterrâneas e demais
situações semelhantes.
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Placas de sinalização – Destinadas a orientar, alertar, avisar e advertir


quanto aos riscos ou condições de perigo existentes, proibições de acesso,
cuidados, identificação de circuitos, etc.

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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Outros tipos de EPCs


Enclausuramento acústico de fontes de ruído;
Ventilação dos locais de trabalho;
Proteção de partes móveis de máquinas;
Sensores em máquinas;
Corrimão e guarda-corpos;
Extintores de Incêndio;
Piso Anti-derrapante;
Redes de Proteção (nylon);
Isolamento de áreas de risco;
Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas)

Manutenção, Guarda e Conservação dos EPCs


Os EPCs devem ser conservados sempre limpos e secos e mantidos em locais apropriados, livres de atritos
com partes metálicas e da ação corrosiva do clima. Quando armazenados por longos períodos, deve-se
protegê-los adequadamente contra quedas e pressões que possam comprometer o funcionamento ou a
estrutura do equipamento. Os equipamentos de linha viva energizada, com exceção das luvas, mangas e
bastões, deverão ser limpos e conservados pelo menos uma vez por mês pelos próprios usuários.

Os bastões deverão ser limpos diariamente, antes e depois do serviço, com um pano de limpeza tratado
com silicone apropriado para tal fim. As coberturas de borracha (lençóis, cobertura para condutor, etc.)
deverão ser lavadas com água e sabão neutro e colocadas em seguida para secar a sombra. Não deverão
ser usados derivados de petróleo, nem detergentes para limpeza destes equipamentos. As luvas e
mangas isolantes deverão ser lavadas, após o serviço, com água e sabão neutro (sabão de coco). Depois
de secas à sombra, deverão receber aplicação de talco industrial. As coberturas termoplásticas poderão
ser lavadas com água e sabão comum e, havendo necessidade, pode-se esfregar com bastante fricção.
Na limpeza deste equipamento deverão ser evitadas as utilizações de compostos químicos do tipo da
acetona, thiner e tricloroetileno.
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As plataformas isolantes não deverão ser lavadas com água e sabão comuns, devido a sua superfície
antiderrapante, sua limpeza deverá ser feita com acetona industrial. Os isótropos de nylon e cordas de
poly-dracon deverão ser lavados com sabão neutro, deixando-os de molho por 1 hora e colocando-os
em seguida para secar ao sol. Para limpeza de sujeiras em geral, deverão ser utilizados água e sabão
neutro.

Na existência de manchas ou contaminação da superfície dos bastões com (óleo, graxa), estes deverão
ser limpos com acetona industrial aplicada com tecido de algodão cru, e posteriormente, restaurador
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de brilho. O serviço deve ser realizado em local ventilado e seco. Após a limpeza, os bastões deverão
ser colocados para secagem em local apropriado (isentos de poeira e raios ultravioletas). Esta secagem
poderá ser obtida com um pernoite em tempo seco ou então por um período mais curto, em uma estufa
apropriada. Quando os bastões tiverem partes metálicas, estas deverão ser lubrificadas, moderadamente
com lubrificantes anticorrosivos e não tóxicos. Usar óleo fluido dispersante para lubrificação das peças.

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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Utilização dos EPCs


Conforme o item 10.2.8.2 da NR-10: “As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente,
a desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão
de segurança”.

Impõe-se que a desenergização elétrica aplicada, conforme definição contida no item 10.5.1 da NR-10,
dentre todas as medidas de proteção coletiva ao risco elétrico, deve ser a primeira a se considerar, ou
seja, ter a primazia de estudo da viabilidade para a aplicação.

Quando a medida de proteção coletiva “desenergização elétrica” for impossível de aplicação, na


sequência seletiva de escolha da medida de controle coletiva a ser adotada, deve-se empregar a “tensão
de segurança”, que no SEP não é operacional. O uso da extra baixa tensão como medida de proteção das
pessoas contra os choques elétricos é tratado na NBR-5410.

Restando então a opção de metodologia em linha viva ou energizada. Metodologia de trabalhos em


linha viva ou energizada específica de cada segmento do SEP, exigindo ações na rede como “bloqueio”
de religamento automático dos alimentadores para segurança da equipe que está na atividade.

Utilização dos EPCs que


compreendem a desenergização
Conforme descreve o item 10.5.1 da NR-10,
instalações elétricas somente são consideradas
desenergizadas, mediante a adoção de
procedimentos adequados e empregados na
seguinte sequência:

1. Secionamento;
2. Impedimento de reenergização;
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3. Constatação de ausência de tensão;


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4. Aterramento;
5. Proteção de elementos energizados nas
proximidades;
6. Sinalização.
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Passo 1 - Secionamento

É o ato de realizar a abertura do circuito, promovendo a descontinuidade


elétrica total através do afastamento adequado entre as partes de
um circuito. Este procedimento é possível mediante o acionamento
de dispositivo apropriado (chave seccionadora, retirada de fusíveis,
afastamento de disjuntores de barras), acionado de forma manual ou
automática, de acordo com procedimentos específicos.
Chave secionadora MT

Passo 2 - Impedimento de Reenergização

São definições que estabelecem as condições para impedir a reenergização do circuito ou equipamento
desenergizado, garantindo ao trabalhador o controle do seccionamento. O impedimento é obtido através
de travamentos mecânicos, utilizando fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento.

Deve-se utilizar um sistema de travamento do dispositivo de seccionamento, impedindo a reenergização


involuntária ou acidental do circuito ou equipamento durante a execução da atividade que originou o
seccionamento. Também devem ser fixadas placas de sinalização alertando sobre a proibição da ligação
da chave e indicando que o circuito está em manutenção.

O risco de energizar inadvertidamente o circuito é grande em atividades


que envolvam equipes diferentes, onde mais de um empregado estiver
trabalhando. Para estes casos a eliminação dos riscos é obtida pelo emprego
de tantos bloqueios quantos forem necessários para execução da atividade,
com isso, o circuito somente será novamente energizado quando o último
empregado/equipe concluir o serviço e destravar os bloqueios, mediante a
procedimentos de liberação específicos.

A desenergização dos circuitos de uma instalação deve ser sempre


programada e amplamente divulgada para que a interrupção da
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energia elétrica reduza os transtornos e a possibilidade de acidentes. A


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reenergização deverá ser autorizada somente após informado a todos os


envolvidos.

Kits de Bloqueio

E o que é uma instalação energizada?


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De acordo com a NR-10 (item 10.6.1), toda instalação elétrica com tensão igual
ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente
continua, é considerada energizada. Deve-se observar que a tensão pode “aparecer”
na instalação por diversas razões.

Esse conceito é importante e será útil na definição do aterramento temporário.

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Passo 3 - Constatação da Ausência de Tensão

É a constatação da ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico.


Esta verificação é realizada com equipamentos detectores testados
antes e após a verificação da ausência de tensão, podendo ser realizada
por contato ou por aproximação e de acordo com procedimentos
específicos.

Detector BT Detector MT/AT c/ bastão isolante

Passo 4 - Instalação de Aterramento Temporário com Equipo-


tencialização dos Condutores dos Circuitos

Constatada a inexistência de tensão, um condutor do conjunto de


aterramento temporário deverá ser ligado à terra e ao neutro do sistema,
quando houver, e às demais partes condutoras estruturais acessíveis.

Na sequência, deverão ser conectadas as garras de aterramento aos


condutores fase, previamente desligados, obtendo-se assim uma
equalização de potencial entre todas as partes condutoras no ponto
de trabalho. Observe-se que este procedimento está sendo realizado
em uma instalação apenas desligada o que pressupõe os cuidados
Aterramento BT
relativos à possibilidade de ocorrência de arcos. É importante controlar
a quantidade de aterramentos temporários implantados de forma a
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garantir a retirada de todas as unidades antes da reenergização.


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Muitas vezes é normal o aparecimento de um faíscamento no momento


do aterramento. Isso se deve a carga residual existente nos cabos e
isolantes do sistema.

Todo o procedimento de aterramento deve ser executado com EPIs


relativos aos riscos de Arco Elétrico e Choques.
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Aterramento MT

Grampo de conexão

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Passo 5 - Proteção dos Elementos Energizados na Zona Controlada

É a área em torno da parte condutora energizada, segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de


acordo com nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados, como disposto
no anexo II da NR-10.

Todos os elementos energizados, situados na zona controlada, para que não possam ser acidentalmente
tocados, deverão receber isolação conveniente (mantas, calhas, capuz de material isolante, etc).

Proteção dos condutores energizados

Passo 6 - Instalação da Sinalização de Impedimento de Energização

É a adoção de uma sinalização adequada de segurança, cujo objetivo é advertir, identificar a razão da
desenergização e registrar as informações do responsável. Podem ser utilizados cartões, avisos, placas ou
etiquetas de sinalização do travamento ou bloqueio desde que sejam claros e adequadamente fixados.

Procedimentos específicos deverão assegurar a comunicação da condição impeditiva de energização


a todos os possíveis usuários do sistema. Após a conclusão dos serviços e verificação de ausência de
anormalidades, o trabalhador irá providenciar a retirada das ferramentas, equipamentos, utensílios e por
fim o dispositivo individual de travamento e etiqueta correspondente.
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Kit de sinalização

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Utilização dos EPCs que NÃO compreendem a desenergização


Conforme o subitem 10.2.8.2.1 da NR-10: “Na impossibilidade de implementação do estabelecido no item
10.2.8.2., devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas,
obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do
religamento automático”.

Trata-se de um subitem e, portanto, subordinado ao anterior 10.2.8.2, determinador de que quando não
forem viáveis de aplicação das medidas de segurança “desenergização e tensão de segurança”, na situação
considerada, fica liberada a adoção de outras medidas de segurança de proteção coletiva, exemplificando-
se:

Proteção dos Elementos Energizados na Zona Controlada

Processo que consiste na interposição ou separação das partes energizadas,


mediante a aplicação de materiais eletricamente isolantes, de forma a
impedir a passagem de corrente elétrica.
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Uso de Barreiras e Invólucros

O uso de barreiras ou invólucros, como meio de proteção básica, destina-se a impedir qualquer contato
com as partes vivas.

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O uso de barreiras ou invólucros, como meio de proteção básica, destina-se a impedir qualquer contato
com as partes vivas.

As partes vivas devem ser confinadas no interior de invólucros ou atrás de barreiras que garantam grau
de proteção. Admite-se que aberturas maiores possam ocorrer, durante a substituição de partes (como na
troca de lâmpadas ou fusíveis), ou serem necessárias ao funcionamento adequado de um equipamento ou
componente, conforme as especificações a ele aplicáveis, adotando-se as seguintes providências:

• Tomar precauções para impedir que pessoas ou animais toquem acidentalmente as partes vivas;
• Garantir, na medida do possível, que as pessoas sejam advertidas de que as partes acessíveis
através da abertura são vivas (energizadas) e não devem ser tocadas intencionalmente; e
• A abertura deve ser a mínima compatível com a necessidade de substituição da parte consumível
ou de funcionamento adequado do componente ou equipamento.

A supressão das barreiras, abertura dos invólucros ou a retirada


de partes dos invólucros somente deve ser possível se:

• Utilizado uma chave ou uma ferramenta;


• Houver interposta uma segunda barreira ou isolação
que não possa ser retirada sem a desenergização
das partes vivas protegidas por essas barreiras, e que
impeça qualquer contato com as partes vivas.
• Somente após a desenergização das partes vivas
protegidas por essas barreiras ou invólucros ou
coberturas. Deve impedir a reenergização até que as
proteções sejam colocadas novamente, para isso deve
Subestação 15kV blindada (barreiras)
Tampas somente podem ser abertas com sistema
ser utilizado intertravamento mecânico e/ou elétrico.
desenergizado (intertravamento mecânico)

Barreira Invólucro
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A Barreira é um dispositivo que impede todo e Dispositivo ou componente envoltório de


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qualquer contato com as partes vivas. Elas não separação das partes energizadas com o
devem ser removidas sem o uso de chaves ou ambiente, destinado a impedir qualquer contato
ferramentas ou, alternativamente, sem que as com as partes internas energizadas (quadros,
partes protegidas sejam previamente desligadas. caixas, gabinetes, painéis etc.), tratado no anexo
A Barreira, associada à “regra do dedo”, visa B da NBR - 5.410/2005.
a impedir que as partes energizadas sejam
acessadas pelos dedos, o que equivale a dizer
que as barreiras não devem apresentar aberturas Obstáculo
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que permitam a inserção de corpo sólido com


diâmetro superior a 12 mm (tratado na NBR-5410 Elemento que impede o contato acidental, mas
e na IEC 60529). não impede o contato por ação deliberada
(correntes, fitas, cordões, cones etc.).

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Sinalização

É uma medida simples e eficaz para prevenir acidentes de origem elétrica. A sinalização é um procedimento
de segurança que promove a identificação (indicação, informação, avisos etc.), as orientações (instruções de
bloqueios, de direção etc.) e advertências (proibição e impedimentos) nos ambientes de trabalho, devendo
ser aplicada para situações envolvendo os serviços e instalações elétricas. Pode ser utilizada em conjunto
com o obstáculo, como nas atividades da distribuição de energia elétrica. A sinalização pode ser feita por
meio de sistemas luminosos, sonoros ou visuais.

Etiquetas de sinalização

Além desta sinalização temporária, é Além desta sinalização temporária, é


de suma importância que as fontes de de suma importância que as fontes de
energia de uma instalação possuam energia de uma instalação possuam
uma sinalização contemplando os riscos uma sinalização contemplando os riscos
presentes em sua operação. presentes em sua operação.

Esta sinalização deve contemplar os Esta sinalização deve contemplar os riscos


riscos de choque elétrico (nível de de choque elétrico (nível de tensão e
tensão e distâncias), riscos de arco (nível distâncias), riscos de arco (nível de emissão
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de emissão de energia e distâncias), de energia e distâncias), qualificação dos


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qualificação dos profissionais, profissionais, procedimentos, origem


procedimentos, origem do circuito, do circuito, entre outras. Ao lado um
entre outras. Ao um exemplo que pode exemplo que pode ser implementado nas
ser implementado nas instalações: instalações.
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Secionamento Automático da Alimentação

Princípio de proteção contra choques por contatos indiretos, que consiste em provocar o seccionamento
de um circuito de forma automática pela ação de um dispositivo de proteção (disjuntores, fusíveis etc.).

Este método é utilizado como proteção para impedir que na ocorrência de falta (contato) entre parte viva e
massa ou parte viva e condutor de proteção se originem tensões entre massas e terra, superiores ao limite
denominado máxima tensão de contato permissível com duração superior a tempos predeterminados.

A aplicação deste princípio de proteção depende dos esquemas de aterramento (TN; TT; IT), das influências
externas dominantes (umidade) e da existência de proteções adicionais.

As proteções adicionais compreendem equipotencialização suplementar ou o uso de dispositivos de


proteção à corrente Diferencial-Residual - DR com corrente diferencial residual igual ou inferior a 30 mA,
no caso da alta tensão. Estes dispositivos não se constituem em uma proteção completa e, portanto, não
dispensam o emprego de outra medida de proteção contra contatos diretos, porém, são obrigatórios
quando os circuitos alimentarem equipamentos usados em locais externos às edificações, sujeitos à
umidade, entre outros.
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Bloqueio do Religamento Automático

Sistema normalmente aplicado aos circuitos do SEP, que impede o religamento automático de um circuito
da rede elétrica na ocorrência de uma irregularidade. Esse procedimento de bloquear o religamento
automático é utilizado para trabalhos em linhas vivas e ao potencial, de tal forma a que o sistema não se
reenergize automaticamente no caso de ocorrência de uma falta (contato entre fases ou entre fase e terra).
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Exemplos de religadores

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EPIs
Equipamentos de Proteção Individual

Equipamentos de Proteção Individual ou EPIs, destinados para utilização em instalações elétricas de Baixa
e Alta Tensão, são quaisquer meios ou dispositivos utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos
ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade.

A NR-10, no item 10.2.9 (MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL) estabelece que os EPIs devem ser utilizados
somente se houver impossibilidade do uso de Proteção Coletiva.

Sendo os EPCs tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados
equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, os quais
devem atender os critérios de:

Condutibilidade

Inflamabilidade

Influências eletromagnéticas

A NR-10 estabelece que o equipamento de proteção deve atender os requisitos da NR-6 (Equipamentos
de Proteção Individual ). A NR-6 estabelece as exigências legais para Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) para proteção dos trabalhadores contra riscos susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.

São obrigações do Empregador segundo a NR-6:

• Adquirir equipamento adequado ao risco de cada atividade;


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• Exigir seu uso;


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• Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de


segurança e saúde no trabalho;
• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
• Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
• Comunicar qualquer irregularidade observada.

NR-6
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Obrigações do Empregado: Todo EPI deve possuir o CA


(Certificado de Aprovação).
• Usar apenas para a finalidade a que se destina;
• Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso;
• Cumprir as determinações do empregador sobre o seu uso adequado.

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A empresa deve fornecer uniformes de trabalho, não sendo permitidas vestimentas com peças metálicas
(fechos, tachas, rebites) que possam causar curtos-circuitos, ou feitas de materiais facilmente inflamáveis. É
proibido o uso de adornos pessoais em instalações elétricas (colares anéis, pulseiras, relógios), para evitar
acidentes por contatos com partes energizadas, ou outros tipos de acidentes.

Principais equipamentos de proteção individual utilizados na área elétrica:

• Cintos de segurança, com talabarte, para eletricistas;


• Capacetes classe “B” aba total (uso geral e trabalhos com energia elétrica testados a 30.000 V);
• Botas com proteção contra choques elétricos, bidensidade sem partes metálicas;
• Óculos de segurança para proteção contra impacto de partículas volante, intensos raios
luminosos ou poeiras, com proteção lateral;
• Protetores faciais contra impacto de partículas volante, intensos raios luminosos e calor radiante;
• Braçadeiras ou mangas de segurança para proteção do braço e antebraço contra choques
elétricos e coberturas Isolantes;
• Luvas de cobertura para proteção das luvas de borracha;
• Luvas de borracha com as classes de isolamento.

É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com


instalações ou em suas proximidades. (NR-10: 10.2.9.3)
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Art. 158 da CLT

Art. 157 da CLT Cabe aos empregados:


I. Observar as normas de segurança e medicina do
Cabe às empresas: trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas
I. Cumprir e fazer cumprir as normas de pelo empregador.
segurança e medicina do trabalho; II. Colaborar com a empresa na aplicação dos
II. Instruir o empregado, através de ordens de dispositivos deste capítulo (V)
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serviço, quanto às precauções a serem tomadas Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado
no sentido de evitar acidentes do trabalho ou a recusa injustificada:
doenças profissionais. A observância das instruções expedidas pelo
empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual –
EPI’s fornecidos pela empresa.

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Proteção dos Membros Superiores


Luvas Isolantes de Borracha
Com a finalidade exclusiva de oferecer proteção pessoal contra choques elétricos, as luvas e os protetores
isolantes atendem a normas específicas (ASTM/NBR), apresentando isolamento para até 40.000 volts.

Conservadas em boas condições e quando corretamente usadas, oferecem proteção contra choques
elétricos, queimaduras, lesões sérias ou morte, permitindo assim, que o trabalho seja realizado em linha
viva.

O cuidado e o uso adequado destes produtos são essenciais para a segurança do usuário. As luvas
devem ser inspecionadas visualmente no mínimo uma vez ao dia. Cada inspeção deve incluir o interior
e a superfície externa.

As luvas podem ser danificadas por produtos químicos, especialmente à base de petróleo, com óleos,
gasolina, fluído hidráulico, inibidores, cremes, massas e pomadas. Se houver contato com esses ou outros
produtos, a contaminação deve ser limpa imediatamente usando-se sabonete neutro. Depois de lavadas,
devem ser enxaguadas minuciosamente com água limpa e secas ao ar.

Se algum sinal de dano físico ou deterioração for observado, como inchamento, amolecimento,
endurecimento, pegajosidade, deterioração por ação de ozônio ou luz solar, não deverão ser utilizadas.

Seu usuário estará seguro seguindo as práticas e os procedimentos de


trabalho. Anéis, relógios, jóias e objetos afiados devem ser evitados com
o uso de luvas de borracha.

As luvas devem ser armazenadas do seguinte modo e nas seguintes


condições:

a) Acondicionadas em caixas de papelão, com o lado da etiqueta


para fora;
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b) Não devem ser dobradas, enrugadas, comprimidas ou


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submetidas a qualquer solicitação que possa causar alongamento


ou compressão;
c) Em locais livres de ozônio, produtos químicos, óleos, solventes,
vapores prejudiciais e descargas elétricas;
d) Fora de ação direta e afastadas da irradiação de qualquer fonte
de calor;
e) Em locais com temperatura ambiente não superior a 35°C.
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As luvas isolantes de borracha devem ser usadas sempre com luvas protetoras de couro e ambas precisam
ser inspecionadas na mesma época.

Deve-se ficar atento quanto à existência de partículas metálicas, fios de elétricos, incrustações, materiais
abrasivos ou qualquer substância que possa causar perfuração, abrasão, contaminação ou deterioração.

Sempre manter uma distância adequada entre a extremidade do protetor e a orla da luva de borracha,
com a finalidade de prevenir a ocorrência de descarga elétrica.

As instruções acima não servem como uma total advertência contra todo risco possível e devem ser
distribuídas ao usuário de luvas de borracha e não apenas aplicadas em testes de laboratórios ou
armazenagem.

Classificação das Luvas:

Classificação das Luvas


Classe Denominação (Vac) Tensão de Teste (Vac) Tensão máxima de uso (Vac)
00 2.500 2.500 500
0 5.000 5.000 1.000
1 10.000 10.000 7.500
2 20.000 20.000 17.000
3 30.000 30.000 26.500
4 40.000 40.000 36.000

Classificação das Luvas


Tensão máxima de uso
Classe Cor / Tarja
(Vac)
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00 500 Bege
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0 1.000 Vermelho

1 7.500 Branco

2 17.000 Amarela
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3 26.500 Verde

4 36.000 Laranja

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Em adição à luva de borracha temos uma luva de cobertura que tem por
finalidade a proteção mecânica da borracha. Normalmente é conhecida por
luva de vaqueta. Pode ter em adição mais uma luva em tecido resistência à
chamas.

Para higienização deve-se limpar utilizando pano limpo, umedecido em água


e secar a sombra.

Demais tipos de luva

Luva de proteção em vaqueta

Utilizada para proteção das mãos e punhos contra agentes abrasivos e


escoriantes.

Limpar utilizando pano limpo, umedecido em água e secar a sombra.


Armazenar protegida da ação direta de raios solares ou quaisquer outras
fontes de calor. Se molhada ou úmida, secar a sombra. Nunca secar ao sol
(pode causar efeito de ressecamento).

Luva de proteção condutiva

Utilizada para proteção das mãos e punhos quando o empregado realiza


trabalhos ao potencial.

Lavar manualmente em água morna com detergente neutro, torcer


suavemente e secar a sombra. Armazenar em local seco e limpo.
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Luva de proteção em borracha nitrílica

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado contra agentes


químicos e biológicos.

Lavar com água e sabão neutro. Armazenar em saco plástico e em ambiente


seco.
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Luva de proteção em PVC

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado contra


recipientes contendo óleo, graxa, solvente e ascarel.

Lavar com água. Manter em local protegido da ação direta dos raios solares
ou quaisquer outras fontes de calor. Secar a sombra e nunca molhar o forro.

Mangas Isolantes
As Mangas Isolantes de Borracha, assim como as luvas, são produzidas especialmente como isolante
elétrico aos trabalhadores do setor elétrico, para proteção dos braços e ombros.

As Mangas são fabricadas com composto de borracha natural de alta qualidade e atendem à Norma
ASTM, D1051, Classe 2 ( 20000 volts), Tipo II, estilo ‘B’. Possuem alças e botões e são comercializadas nos
tamanhos médio e grande.

Todas as Mangas devem ser testadas e inspecionadas antes de chegar ao consumidor final, para garantir
a conformidade com os requisitos da norma e a segurança necessária.

É utilizada para proteção do braço e ante braço do empregado


contra choque elétrico durante os trabalhos em circuitos elétricos
energizados.

Lavar com água e detergente neutro. Secar ao ar livre e a sombra.


Polvilhar talco industrial, externa e internamente.
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Proteção dos Membros Inferiores


Botas de Segurança
A botina de segurança para eletricista deve ser confeccionada em
couro e apresentar biqueira em PVC.
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Segundo a NBR12561/1992 a bota não deve apresentar corrente de


fuga acima de 0,5mA durante 1 minuto de aplicação de uma tensão
de 14.000V.

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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Botas Isolantes

São fabricadas com material similar a das luvas de borracha isolante. Este
tipo de bota protege os trabalhadores contra tensões de passo e toque em
uma zona de trabalho.

Botina de Couro

Utilizado para proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens e


umidade.

Se molhado, secar a sombra. Engraxar com pasta adequada para a


conservação de couros. Armazenar em local limpo, livre de poeira e
umidade.

Botina de Couro - Cano Médio

Utilizado para proteção dos pés e pernas contra torção, escoriações,


derrapagens e umidade.

Se molhado, secar a sombra. Engraxar com pasta adequada para a


conservação de couros.

Botina de Couro - Cano Longo

Utilizado para proteção dos pés e pernas contra torção, escoriações,


derrapagens, umidade e ataque de animais peçonhentos.
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Se molhado, secar a sombra. Engraxar com pasta adequada para a


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conservação de couros. Armazenar em local limpo, livre de poeira e


umidade.

Botina de Borracha - Cano Longo

Utilizado para proteção dos pés e pernas contra umidade, derrapagens e


agentes químicos agressivos.
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Lavar com água e sabão neutro. Secar interna e externamente com papel
toalha ou pano. Armazenar em local protegido da umidade, ação direta de
raios solares, produtos químicos, solventes, vapores e fumos. Não dobrar
para não deformar.

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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Calçado de Proteção Tipo Condutivo

Utilizada para proteção dos pés quando o empregado realiza trabalhos ao


potencial.

Engraxar com pasta adequada para a conservação de couros. Se molhado,


secar a sombra. Nunca secar ao sol (pode causar efeito de ressecamento).
Armazenar em local limpo, livre de poeira e umidade.

Perneira de Segurança

Utilizada para proteção das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e


ataque de animais peçonhentos.

Engraxar com pasta adequada para a conservação de couros. Se molhado,


secar a sombra. Nunca secar ao sol (pode causar efeito de ressecamento).
Armazenar em local limpo, livre de poeira e umidade.

Proteção para Cabeça


Capacetes
Os capacetes de segurança devem atender à NR-6 e à norma NBR – 8221 sob a égide da qual a S.S.T.
emite o Certificado de Aprovação (C.A.) correspondente.

Via de regra, fabricantes de capacetes que utilizam padrões de qualidade aceitos internacionalmente,
tem como matéria prima básica o Polietileno de Alta Densidade na fabricação dos cascos.

O polietileno é um composto de combustão lenta e é resistente aos raios ultravioletas, à ação da água e
possui ainda alta resistência mecânica.
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O mercado oferece modelos de cascos aba frontal Classe “B”, para serviços gerais INCLUSIVE energia
elétrica, com fendas (Slot) nas abas laterais que possibilitam o acoplamento de acessórios sem a
perfuração do casco.

Classe A
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Não se aplicam a trabalhos com energia elétrica

Classe B
Se aplicam a trabalhos com energia elétrica

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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Todo capacete deve ser identificado na parte inferior da aba, com o nome do fabricante, a classe, o C.A.
e a data de fabricação.

É obrigatória a utilização de capacetes classe “B” em trabalhos com energia elétrica, mesmo em baixa
tensão, ainda que em sistemas não energizados.

Tão importante quanto o casco é a suspensão, formada pela carneira e cintas, fabricadas preferencialmente
em tecido, não em plástico rígido.

Projetos da Suspensão no formato de duplos cintos permitem que os mesmos sejam sustentados pelo
casco e não pela carneira. O deslizamento dos cintos funciona como amortecedor em eventual impacto.
Um conjunto de suspensão deficiente pode causar graves lesões na região cervical, no caso de impacto
na parte superior do capacete.

A distância entre a face interna do casco e a parte externa dos cintos não deve, por norma, ser menor
do que 6 mm, nem maior que 9 mm, quando a carneira (suspensão) estiver nos seus pontos de ajuste
máximo e mínimo, respectivamente.

A norma recomenda, ainda, que se utilize uma tira absorvente de suor, fabricada em material atóxico, de
forma a cobrir a porção da suspensão que cobre a região da testa.

O capacete de segurança deve atender aos padrões mínimos previstos na NBR 8221, através dos ensaios:

1. Ensaio de Resistência ao Impacto;


2. Ensaio de Resistência à Penetração;
3. Ensaio de Inflamabilidade;
4. Ensaio de Absorção de Água;
5. Ensaio de Rigidez Dielétrica (para os capacetes classe “B”).

O ensaio da rigidez dielétrica é realizado colocando-se eletrodos na parte


interna e externa do casco. Uma tensão elétrica de 30.000 V é aplicada aos
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eletrodos durante 03 (três) minutos. O casco é aprovado se não houver


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descarga disruptivas (arco elétrico entre os eletrodos perfurando o casco)


e se a corrente de fuga não ultrapassar 9 mA. Ensaio de rigidez dielétrica em
capacete classe B
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Capacete Classe A Capacete Classe B

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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Capacetes de Proteção Tipo Aba Frontal e Total

Utilizado para proteção da cabeça do empregado contra agentes


meteorológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado,
impactos provenientes de queda ou projeção de objetos, queimaduras,
choque elétrico e irradiação solar.

Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipiente contendo água com


detergente ou sabão neutro. O casco deve ser limpo com pano ou outro
material que não provoque atrito, evitando assim a retirada da proteção
isolante de silicone (brilho), fator que prejudica a rigidez dielétrica do mesmo.
Secar a sombra. Evitar atrito nas partes externas, mal acondicionamento e
contato com substâncias químicas.

Capacete de Proteção com Viseira

Utilizado para proteção da cabeça e face, em trabalho onde haja risco de


explosões com projeção de partículas e queimaduras provocadas por abertura
de arco voltaico.

Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipiente contendo água e detergente


ou sabão neutro. Secar com papel absorvente. O papel não poderá ser friccionado
no protetor para não riscá-lo. Evitar atrito nas partes externas, acondicionamento
inadequado e contato com substâncias químicas.

Proteção dos Olhos e Face


Óculos de Segurança
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Óculos de segurança, protetores faciais e máscaras de solda protegem a cabeça, os olhos ou a face do
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trabalhador contra impactos de partículas volantes multidirecionais, respingo de líquidos, luminosidade


intensa e radiação ultravioleta e infravermelha.
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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Proteção Auditiva
Protetor auricular
Um protetor auricular, também conhecido como protetor de ouvido, é um aparelho de proteção
projetado para ser utilizado no canal auditivo externo, protegendo o ouvido de quem o usa de barulhos
altos, entrada de água ou vento excessivo.

Este tipo de proteção é geralmente utilizado por trabalhadores da indústria que lidam com máquinas
barulhentas por longos períodos de tempo.

Protetor Tipo Concha

Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos.

Lavar com água e sabão neutro, exceto as espumas internas das conchas.
Armazenar na embalagem adequada, protegido da ação direta de raios
solares ou quaisquer outras fontes de calor. Substituir as espumas (internas)
e almofadas (externas) das conchas, quando estiverem sujas, endurecidas
ou ressecadas. Armazenar na embalagem adequada, protegido da ação
direta de raios solares ou quaisquer outras fontes de calor.

Protetor tipo Plug (inserção)

Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem
ruídos excessivos

Lavar com água e sabão neutro. Acondicionar na embalagem protegido da ação


direta de raios solares ou quaisquer outras fontes de calor.
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Como usar o protetor tipo plug


Para inserir o protetor segure-o pela capa protetora e o insira até que o conduto auditivo externo
esteja bem vedado. Para facilitar a inserção puxe a orelha para cima e para baixo. Na retirada basta
segurar pela capa protetora e girar delicadamente.
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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Proteção Respiratória
Máscara respiratória facial, também conhecido como respirador foi desenvolvido para filtragem e
separação de partículas como fumaça, vapores orgânicos e gases maléficos a respiração humana do
oxigênio respirado pelos pulmões. Respiradores vêm em uma ampla gama de tipos e tamanhos, sendo
utilizados pela indústria militar, privada e pública.

Respiradores podem ser da gama mais barata, descartável ou reutilizáveis com cartuchos substituíveis
ou mais sofisticados onde incluem oxigênio próprio para o consumo, sem ter que retirá-lo do ambiente.

Vestimentas
Vestimenta Impermeável

Utilizada para proteção do corpo contra chuva, umidade e produto químico.

Lavar, sacudir e passar pano limpo e seco nas partes molhadas. Quando
sujo de barro limpar com pano umedecido com água e detergente neutro.
Quando sujo de graxa limpar com pano umedecido com álcool.

Vestimenta Condutiva
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Utilizada para proteção do empregado quando executa trabalhos ao potencial.


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Lavar manualmente em água com detergente neutro, torcer suavemente e


secar a sombra. A roupa pode ser lavada em máquina automática no ciclo roupa
delicada de 8 a 10 minutos, com água com detergente neutro, secar a sombra em
varal sem partes oxidáveis, não fazer vincos ou passar a ferro.
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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Vestimentas de Segurança - Arco Elétrico


A NR-6 não é explícita quanto a necessidade da utilização de
proteção contra arcos elétricos, mas estabelece que o EPI deve
proteger os trabalhadores contra agentes térmicos tanto para
cabeça, face, membro superior, inferior e corpo inteiro. É de
entendimento que o arco elétrico é um agente térmico, sendo um
risco susceptível de ameaça a segurança e a saúde do trabalhador.
Este trabalhador deve então ser protegido pelo EPI da mesma
maneira que é feito com capacete, calçado, óculos de segurança,
luvas e outros equipamentos de segurança utilizados para serviços
em eletricidade.

De acordo com a NR-10: “As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo
contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas”, tornando assim
obrigatória a utilização de roupas resistentes às emissões de energia proveniente de arcos elétricos.

As vestimentas comuns agravam as queimaduras, pois o algodão incendeia facilmente e as roupas


sintéticas derretem e grudam na pele.

Devido ao fato da ABNT não possuir uma norma específica para tratar das
roupas de proteção para arco elétrico, a norma mais difundida e utilizada no
Brasil é a americana NFPA 70E.

A norma internacional NFPA 70E estabelece que quando um empregado


está trabalhando dentro do perímetro de proteção contra fulgor, o mesmo
deverá usar vestimentas de proteção e outros equipamentos de proteção
individuais. A vestimenta deve ser resistente e retardante à chamas, devendo
cobrir toda roupa inflamável e deverá permitir movimentação e visibilidade.
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Para proteção para cabeça, face, pescoço e queixo, é exigido que os empregados usem equipamentos de
proteção não condutora para a cabeça, sempre que houver perigo de lesões provenientes de choque ou
queimaduras elétricas devido ao contato com partes energizadas ou objetos arremessados resultantes
de uma explosão térmica.

Classe de Risco - Arco Elétrico segundo a NFPA 70E:


• As classes de risco são definidas a partir da energia que um arco elétrico pode liberar em uma
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determinada situação de trabalho. Essa energia é expressa em cal/cm² ;


• Para termos uma noção de grandeza, 1 cal/cm² é equivalente a colocar o dedo na chama de um
isqueiro aceso durante 1 segundo;
• A exposição a uma energia de 1 ou 2 cal/cm² causará queimaduras de segundo grau na pele
humana.

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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Classificação Nível de Risco


Nível Risco Categoria Energia (cal/cm²)
0 Mínimo Cat. 0 Até 1,2
1 Algum risco Cat. 1 1,2 a 4
2 Risco moderado Cat. 2 4,1 a 8
3 Risco elevado Cat. 3 8,1 a 25
4 Risco Elevadíssimo Cat. 4 25,1 a 41

Vestimentas
Energia Energia mínima
Nível Descrição Protetor Facial
(cal/cm²) roupa (cal/cm²)
0 Até 1,2 Algodão não tratado Não necessário 0
Calça e camisa confeccionado com uma
1 1,2 a 4 Viseira 5 cal/cm² 5
camada de tecido protetor
Calça e camisa confeccionado com uma
2 4,1 a 8 Viseira 15 cal/cm² 8
camada de tecido protetor
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Calça e camisa confeccionado com duas


3 8,1 a 25 Viseira 25 cal/cm² 25
camada de tecido protetor
Calça e camisa confeccionado com duas
4 25,1 a 41 Viseira 40 cal/cm² 40
camada de tecido protetor
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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho

Proteção Contra Quedas


O uso de equipamentos de proteção contra quedas é exigido pelo Ministério do Trabalho, sempre que
o trabalho for realizado acima de dois metros do solo e houver risco de queda. Um sistema de proteção
contra quedas é formado por ancoragem, elemento de conexão e cinto paraquedista, garantindo uma
proteção efetiva. A ancoragem é o ponto onde o sistema será fixado e pode ser constituída de um
ponto ou de uma linha de vida fixa a este ponto. Com talabarte ou trava-quedas, o elemento de ligação
executa a união entre a ancoragem e o cinto. Já o cinto paraquedista envolve o corpo do trabalhador
de forma ergonômica e possui ponto para conexão ao sistema. O mercado de proteção em altura tem
dado destaque aos sistemas de trabalho, como restrição de movimentação, posicionamento no trabalho,
retenção de queda e acesso por corda. Cada um deles supre uma demanda específica de trabalho, a
partir da análise de riscos.

Cinto de Segurança Tipo Paraquedista

Utilizado para proteção do empregado contra quedas em serviços onde


exista diferença de nível.

Lavar com água e sabão neutro. Enxaguar com água limpa e passar um
pano seco e limpo para retirar o excesso de umidade. Secar a sombra,
em local ventilado. Caso haja contato com produtos químicos não lavar,
encaminhá-lo para teste.

Talabartes

Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde


exista diferença de nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo
paraquedista e mosquetão tripla trava.
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Posturas de Trabalho
A Ergonomia no SEP

A base deste item é o subitem 10.3.10 da NR 10: “Os projetos devem assegurar que as instalações
proporcionem aos trabalhadores iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com
a NR 17 – Ergonomia”.

Assim sendo, não apenas devem ser previstos em projeto, como também refletir nas instalações físicas
essas condições de trabalho.

A postura mais adequada ao trabalhador é aquela que ele escolhe livremente e que pode ser variada
ao longo do tempo, sem prejuízo para sua segurança e saúde. A concepção dos postos de trabalho ou
desenvolvimento das tarefas deve favorecer a variação de postura, principalmente a alternância entre a
postura sentada e em pé.

A manutenção de uma postura deve ser a mais breve possível, pois seus efeitos nocivos acontecem em
função do tempo pelo qual é mantida. Segundo Mairiaux (1992) “a apreciação do tempo de manutenção
de uma postura deve levar em conta, por um lado, o tempo unitário de manutenção (sem possibilidades
de modificações posturais) e, por outro, o tempo total de manutenção registrado durante a jornada de
trabalho”.

Todo esforço de manutenção postural leva a uma tensão


muscular estática (isométrica) que pode ser nociva à
saúde. Os efeitos fisiológicos dos esforços estáticos estão
ligados à compressão dos vasos sanguíneos. O sangue
deixa de fluir livremente e o músculo não recebe oxigênio
nem nutrientes suficientes, os resíduos metabólicos
não são retirados pela circulação sanguínea deficiente,
acumulando-se, provocando a fadiga muscular e
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consequentemente a dor.
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Manutenções estáticas prolongadas podem também


acelerar o desgaste das articulações, discos intervertebrais
e tendões.

A postura de trabalho condiciona-se à atividade desenvolvida, às exigências da tarefa (visuais, emprego


de forças, precisão dos movimentos etc.), aos espaços de trabalho, à ligação do trabalhador com máquinas
e equipamentos de trabalho como, por exemplo; trabalho em torres de alta tensão e estruturas metálicas
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diversas, trabalhos em painéis elétricos, em ambientes subterrâneos, entre outros.

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Ativ
ida des
em R
e de
s
es
bestaçõ
ida d es em Su
Ativ

s
o r madore
ans f
des em Tr
a
Ativid
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Atividades em Painéis
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Posição em pé
De maneira geral, a concepção dos postos de trabalho não leva em consideração o conforto do trabalhador
na escolha da postura de trabalho, mas sim as necessidades da produção. A escolha da postura em pé,
muitas vezes, tem sido justificada por considerar que, nessa posição, as curvaturas da coluna estejam em
alinhamento correto e que, dessa forma, as pressões sobre o disco intervertebral sejam menores que na
posição sentada. Mas os músculos que sustentam o tronco contra a força gravitacional, embora vigorosos,
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não são muito adequados para manter a postura em pé.

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EPCs, EPIs e Posturas de Trabalho
Eles são mais eficazes na produção dos movimentos necessários às principais mudanças de postura. Por
mais econômica que possa ser em termos de energia muscular, a posição em pé ideal não é usualmente
mantida por longos períodos, pois as pessoas tendem a utilizar alternadamente a perna direita e a
esquerda como apoio, para provavelmente facilitar a circulação sanguínea ou reduzir as compressões
sobre as articulações. A posição em pé, com o peso sendo suportado por uma das pernas, aumenta a
atividade eletromiográfica no lado da perna que suporta o peso.

A manutenção da postura em pé imóvel tem ainda as


seguintes desvantagens:

• tendência à acumulação do sangue nas pernas, o que


predispõe ao aparecimento de insuficiência valvular
venosa nos membros inferiores, resultando em varizes
e sensação de peso nas pernas;
• sensações dolorosas nas superfícies de contato
articulares que suportam o peso do corpo (pés, joelhos,
quadris);
• tensão muscular permanentemente desenvolvida
para manter o equilíbrio dificulta a execução de tarefas
de precisão;
• dificuldade da posição em pé pode ser reforçada
se o trabalhador tiver ainda que manter posturas
inadequadas dos braços (acima do ombro, por
exemplo), inclinação ou torção de tronco ou de outros
segmentos corporais;
• tensão muscular desenvolvida em permanência para
manutenção do equilíbrio traz mais dificuldades para
a execução de trabalhos de precisão.
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Ergonomia

Ergonomia (ou “fatores humanos”) é a disciplina científica relacionada


ao entendimento das interações entre seres humanos e outros
elementos de um sistema, e também é a profissão que aplica teoria,
princípios, dados e métodos para projetar a fim de otimizar o bem-
estar humano e o desempenho geral de um sistema.
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Os ergonomistas contribuem para o projeto e avaliação de tarefas,


trabalhos, produtos, ambientes e sistemas, a fim de torná-los
compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.

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Posição Sentada
O esforço postural (estático) e as solicitações sobre as articulações são mais limitados na postura sentada
que na em pé. A postura sentada permite melhor controle dos movimentos, uma vez que o esforço de
equilíbrio é reduzido. É, sem sombra de dúvida, a melhor postura para trabalhos que exijam precisão.

Em determinadas atividades ocupacionais (escritórios, trabalho com computadores, administrativo etc.), a


tendência é de se permanecer sentado por longos períodos.

As dores da região dorsal, quando pré-existentes, são agravadas pela manutenção da postura sentada.

De maneira geral, os problemas lombares advindos da postura sentada são justificados pelo fato
de a compressão dos discos intervertebrais ser maior na posição sentada que na posição em pé. No
entanto, tais problemas não são apenas decorrentes das cargas que atuam sobre a coluna vertebral, mas,
principalmente, da manutenção da postura estática. A imobilidade postural constitui um fator desfavorável
para a nutrição do disco intervertebral, que é dependente do movimento e da variação da postura. A
incidência de dores lombares é menor quando a posição sentada é alternada com a em pé, e menor ainda
quando se podem movimentar os demais segmentos corporais como em pequenos deslocamentos.

A postura de trabalho sentado, se bem


concebida (com apoios e inclinações
adequados), pode apresentar até pressões
intradiscais inferiores à posição em pé
imóvel, desde que o esforço postural
estático e as solicitações articulares sejam
reduzidos ao mínimo.

As vantagens da posição sentada são:


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• Baixa solicitação da musculatura dos membros inferiores, reduzindo, assim, a sensação de


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desconforto e cansaço;
• Possibilidade de evitar posições forçadas do corpo;
• Menor consumo de energia; e
• Facilitação da circulação sanguínea pelos membros inferiores, desde que devidamente
apoiados.

As desvantagens são:
• Redução dos deslocamentos e atividade física geral (sedentarismo);
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• Adoção de posturas desfavoráveis (vícios posturais): lordose ou cifoses excessivas;


• Estase sanguínea nos membros inferiores, situação agravada quando há compressão da face
posterior das coxas ou da panturrilha contra a cadeira, se esta estiver mal posicionada.

Uma vez adaptado o posto para o trabalho sentado, é preciso observar certos critérios na escolha do
assento.

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Ritmo de Trabalho
Aqui devemos fazer uma distinção entre o ritmo e a cadência. A cadência tem um aspecto quantitativo,
o ritmo qualitativo. A cadência refere-se à velocidade dos movimentos que se repetem em uma dada
unidade de tempo. O ritmo é a maneira como as cadências são ajustadas ou arranjadas, segundo Teiger
(1985): pode ser livre (quando o indivíduo tem autonomia para determinar sua própria cadência) ou
imposto (por uma máquina, pela esteira da linha de montagem e até por incentivos à produção).

Há trabalhos que devem ser necessariamente executados em tempo previamente determinado, por
exemplo, execução de manutenções programadas que possuem horários preestabelecidos, o que por si
só constituem uma pressão temporal com sobrecarga de trabalho em determinados horários.

A distinção entre ritmo e cadência é importante para avaliarmos a carga de trabalho.

Tomemos, por exemplo, uma afirmação, contida em relatório, do tipo: “o trabalhador realiza 1.200
levantamentos por dia do braço direito até a altura do ombro”. Essa medida por si só não permite fazer um
julgamento sobre o que ela representa como carga para o trabalhador. Se ele executa esses movimentos
ao realizar uma tarefa em que ele mesmo gerencia a sua cadência e, portanto, pode alterá-la ao longo do
dia ou de um dia para o outro, provavelmente, ele tolerará melhor essa imposição.

Se, no entanto, ele estiver operando


uma máquina que exige que ele faça o
movimento e, portanto, não lhe cabe variar
a cadência, pode-se considerar sua carga
com mais dificuldade.

Acrescente-se a isso que, se a cada


levantamento do braço, ele permanece
com o braço levantado, por um longo
tempo, suportando uma carga. A carga já é
maior então.
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“ “
A persistência é o menor
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CAPÍTULO 11
Segurança com Veículos e
Transportes
- Segurança com Veículos
- Transporte
- Equipamentos Operacionais

CAPÍTULO 11

Segurança com Veículos e Transportes


É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Segurança com Veículos
Os Riscos do Trânsito 3
Transporte
Fazendo da Maneira Correta 5
Equipamentos Operacionais
O Veículo como Ferramenta 9
Segurança com Veículos e Transportes

Segurança com Veículos


Os Riscos do Trânsito

O transporte de pessoas e cargas em geral requer cuidado especial, visando evitar acidentes. Para tanto,
o motorista deve dirigir com a necessária cautela, evitando velocidades incompatíveis com a situação e
freadas ou manobras bruscas, respeitando as respectivas normas do Código de Trânsito Brasileiro - CTB.

Para a maioria das atividades realizadas no setor elétrico o veículo é utilizado como ferramenta de trabalho
e, portanto, deve merecer o mesmo tratamento que uma ferramenta, ou seja, deve ser submetido a
manutenções adequadas, uso dentro das especificações, respeito aos limites estabelecidos pelo fabricante
e pela Empresa.

O homem, como usuário consciente, necessita conhecer suas limitações e as da ferramenta para uma
perfeita integração homem/máquina.

Fatores que determinam o acidente de


Trânsito

São três os fatores que determinam o acidente


de trânsito:

1. O fator meio ambiente refere-se às estradas,


ruas, vegetação e clima;

2. O fator veículo refere-se à adequação


do mesmo ao serviço e às condições
mecânicas;

3. O fator homem abrange todos os


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comportamentos do homem que


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Atividades realizadas com veículos, principalmente no SEP contribuem para o acidente.


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Segurança com Veículos e Transportes

Veículo utilizado de maneira inadequada

Veículo utilizado de maneira inadequada

Veículo utilizado de maneira inadequada

Para realizar com segurança suas tarefas, o homem precisa estar equilibrado nos aspectos psíquico; físico
e social. Caso haja desequilíbrio em qualquer destes aspectos, o homem estará mais exposto a acidentes.
A seguir, listamos alguns sintomas que podem identificar o desequilíbrio:
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• Dor de cabeça frequente;


• Apatia, falta de disposição para o trabalho e dificuldade de concentração;
• Alteração de sono;
• Ansiedade, impaciência e agressividade; e
• Tristeza, desânimo, esquecimento e cansaço.

Quando você ou seu companheiro de trabalho sentir um ou mais desses sintomas, procure seu gerente,
coordenador ou supervisor direto, informe a situação e solicite a liberação para não realizar tarefas de risco
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neste dia.

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Segurança com Veículos e Transportes

Transporte
Fazendo da Maneira Correta

O transporte de pessoas e volumes em veículos deve obedecer às normas do Código de Trânsito Brasileiro,
dando atenção especial aos tópicos abaixo:

• Proibição ao motorista de inspecionar ou procurar defeitos na rede, operar rádio ou atender


telefone celular ou tomar outra atitude que possa desviar sua atenção da tarefa de dirigir. Se
houver necessidade em fazer inspeção na rede, fazer com a máxima cautela e em velocidade
reduzida.
• Distribuição adequada e imobilização das cargas, a fim de evitar que se desloquem e que seja
obedecido o preceito legal de peso máximo permitido por eixo;
• Proibição formal e fiscalização rigorosa para evitar que as pessoas subam ou desçam de veículos
em movimento ou viagem sobre as carrocerias;
• Responsabilidade do condutor pelo bom estado do veículo;
• O transporte de ferramentas e equipamentos deverá ser feito em compartimento separado dos
passageiros por uma barreira física (grade, rede, tampão etc.).

Procedimentos para transporte de pessoas

Todo veículo de carga utilizado para transporte de pessoas, mesmo que temporariamente, deve:

• Ser preparado e vistoriado por autoridade competente;


• As pessoas devem viajar sempre sentadas nos bancos, com seus respectivos cintos;
• Não permitir que os ocupantes viajem dependurados, com os braços e pernas para o lado de fora
do veículo;
• Não transportar pessoal junto com ferramentas;
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• Acomodar todo material ou equipamento de forma a não se deslocar quando o veículo estiver
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em movimento;
• Assegurar o equilíbrio do veículo (a carga deve ser bem distribuída, observando o centro de
gravidade dos materiais e equipamentos de maior peso e volume);
• A carga deve ser estaiada e calçada, quando necessário;
• Se o assoalho não tiver a resistência suficiente para suportar o peso da carga a ser transportada,
especialmente quando a área de apoio for pequena, o mesmo deve ser reforçado;
• Os cabos de aço ou cordas utilizados devem ter a necessária resistência, para manter a carga fixa
sobre a carroceria durante o transporte.
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• Acondicionar os equipamentos nos veículos para que não haja possibilidade de tombamento
dos mesmos;
• Manter a velocidade adequada à via;
• Evitar freadas bruscas e mudanças repentinas de direção.

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Nem pensar!

Nem pensar!

Procedimentos para transporte de materiais ou equipamentos

A NR 11 (Transporte, Movimentação, armazenagem e manuseio de Materiais) regulamenta as normas


de Segurança para operação de Elevadores, Guindastes, transportadores industriais e Máquinas
Transportadoras, seus respectivos e específicos treinamentos.

As empilhadeiras, guindautos, pórticos, pontes rolantes e guindastes têm considerável participação


no índice de acidentes, inclusive quanto à gravidade, seja de lesão ou grandes perdas. Diante disto os
procedimentos abaixo devem ser seguidos para realização das atividades com segurança:

• Especial atenção deverá ser dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que
deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas;
• A movimentação de cargas deve ser feita com o máximo de cuidado e atenção, devendo para
isso planejar o itinerário, o dimensionamento de pessoas, máquinas e acessórios necessários;
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• O transporte de peças longas deverá ser feito na horizontal, por no mínimo duas pessoas, e uma
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terceira para orientar as que estiverem transportando;


• O transporte de peças pesadas, tais como transformadores ou disjuntores, deverá ser previamente
planejado e executado com equipamento adequado;
• A carga e descarga de tambores com óleo deve ser feita com guindauto e dispositivos apropriados
e adequados, atendendo as normas ambientais vigentes;
• O deslocamento de tambores dentro das instalações deverá ser feito sobre superfícies planas e,
quando a superfície for irregular, devem ser utilizadas pranchas;
• Quando do transporte e movimentação de equipamentos como: disjuntores, motores, bombas,
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transformadores, pára-raios etc., especial atenção deve ser dada ao seu travamento e sua
disposição na carroceria, a suas embalagens e à altura máxima disponível para sua movimentação;
• O transporte de cargas perigosas deve ser feito de acordo com a legislação vigente e por
profissional devidamente capacitado, habilitado e autorizado.

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Circulação e permanência de veículos em áreas energizadas

A circulação e permanência de veículos em áreas energizadas são permitidas quando necessário,


indispensável e após tomar as medidas de segurança cabíveis:

• Respeitar as distâncias mínimas de segurança regulamentadas em relação aos pontos energizados


mais próximos;
• Na transposição de canaletas todos os veículos deverão respeitar a sinalização de passagem
sobre a área reforçada;
• O deslocamento e as manobras dos veículos nestas áreas deverão ser acompanhados por outro
empregado que auxiliará o condutor com a máxima segurança;
• Caso não exista a delimitação da área energizada, todos os veículos não autorizados a adentrarem
nestas áreas, deverão trafegar somente pelo arruamento existente na instalação, atentando às
distâncias mínimas de segurança entre os pontos energizados e o veículo utilizado;
• Posicionar o veículo de forma a facilitar a saída ou deslocamento deste veículo em caso de
emergência;
• É proibido estacionar ou permanecer com veículos embaixo de locais de trabalho e de cargas
suspensas;
• Os veículos que não estão sendo utilizados nos serviços devem ser mantidos fora da zona de
risco.
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Equipamentos Operacionais
O Veículo como Ferramenta

Os procedimentos de segurança abaixo devem ser seguidos na operação de equipamentos acoplados aos
veículos:

Cesta Aérea e Hidroelevador

• Inspecionar a cesta aérea conforme orientação do fabricante ou procedimento da empresa antes


de utilizá-la (funcionamento dos equipamentos hidráulicos e existência de vazamentos nas
mangueiras e conexões);
• Permanecer fora da caçamba, quando o caminhão estiver em movimento;
• Atentar para a altura dos obstáculos durante o deslocamento do veículo, sendo que o braço da
cesta deve estar totalmente arriado e preso à cinta;
• Não permitir que dois empregados trabalhem simultaneamente (quando da utilização de cestas
duplas), em fases diferentes ou pontos da estrutura e fase quando a rede estiver energizada;
• Evitar que a caçamba toque qualquer equipamento, energizado ou não;
• Isolar os condutores, mensageiros, tirantes etc. quando da execução de trabalhos na rede
energizada;
• Utilizar a cesta somente para finalidade adequada;
• Não tocar no veículo quando o braço estiver perto de redes energizadas, pois o caminhão pode
estar energizado;
• Certificar-se de que não há ninguém próximo ao local onde serão apoiadas as sapatas;
• Posicionar-se de frente para o sentido que se dirige a cesta;
• Evitar a permanência de pessoas sob a lança e a caçamba;
• Manter os “braços” da cesta fora das vias de tráfego, e caso seja necessário, sinalizar a área de
trabalho;
• Permanecer somente um único empregado em cada cesta;
• Proteger a cesta e o braço com as capas apropriadas quando em trânsito ou nos serviços em
redes desenergizadas;
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• Não utilizar a cesta aérea para elevação e movimentação de materiais, que devem ser içados por
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meio de carretilhas.
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Guindauto

• Inspecionar o guindauto conforme orientação do fabricante ou procedimento da empresa antes


de utilizá-lo (funcionamento dos equipamentos hidráulicos e existência de vazamentos nas
mangueiras e conexões);
• Permanecer fora do alcance da carga ou do braço do guindauto;
• Instalar ou retirar equipamentos utilizando-se o guindauto, sem exceder o peso estipulado;
• Para se transportar postes, as carrocerias dos veículos devem possuir malha para proteção da
cabina e berço de apoio;
• O veículo deverá ser aterrado quando utilizado em atividades em redes e/ou linhas Energizadas.

Momento História
Os primeiros guindastes foram inventados na Idade Antiga pelos gregos e eram movidos por homens e/
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ou animais de carga (como os burros). Esses guindastes eram usados para construção de carros e prédios.
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Guindastes maiores foram desenvolvidos posteriormente usando engrenagens movidas por tração
humana, permitindo a elevação de cargas mais pesadas.

Na Alta Idade Média, guindastes portuários foram introduzidos para carregamentos, descarregamentos
e construções de embarcações - alguns eram construídos sobre torres de pedra para estabilidade e
capacidade extras. Os primeiros guindastes eram feitos de madeira, mas, com a Revolução Industrial,
passaram a ser produzidos com ferro fundido e aço. Atualmente, o guindaste é constituído normalmente
por uma torre equipada com cabos e roldanas que é usada para levantar e baixar materiais.
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Na construção civil, os guindastes são estruturas temporárias fixadas ao chão ou montadas num veículo
especialmente concebido, normalmente ao lado da edificação, usado para elevar cargas pesadas aos
andares superiores. Os guindastes podem ser operados com cabine aonde há um controlador ou operador,
por uma pequena unidade de controle que pode comunicar via rádio, por infravermelhos ou ligada por
cabo.

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CAPÍTULO 12
Liberação de Instalações para
Serviço, Operação e Uso
- Liberação
- Intervenções
- Medidas de Segurança

CAPÍTULO 12

Liberação de Instalações para Serviço


Operação e Uso
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Liberação
Procedimentos 3
Intervenções
Procedimentos 6

9
Medidas de Segurança
Caráter Geral para Liberação de
Serviços em Instalações
Liberação de Instalações para Serviço, Operação e Uso

Liberação
Procedimentos

A liberação de instalação para serviço e para operação e uso, deve ser determinada de acordo com o
serviço a ser executado conforme procedimento da empresa.

Como já comentamos anteriormente, a empresa deve dispor de procedimentos para cada situação, sendo
que o profissional deve seguir o procedimento adequado a cada situação. Deste modo será realizado um
serviço padronizado, e com o menor risco para o profissional.

Pode haver casos onde o serviço apresente uma peculiaridade, que não esta descrita nos procedimentos,
nesses casos o profissional deverá entrar em contato com o departamento responsável, onde um profissional
responsável habilitado e autorizado, juntamente com o profissional, deverá buscar uma melhor solução
para cada caso.

Quando ocorrer esse fato é fundamental atualizar os procedimentos visando transtornos futuros.

Há procedimentos que a NR-10 exige, pois são considerados básicos para o serviço, como já comentamos
que os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados quando houver
procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado.

Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em alta tensão, o superior imediato e a equipe,
responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as
atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores
técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço.

Neste capitulo vamos apresentar alguns exemplos de liberação de instalações para serviço, operação e
uso.
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Liberação de Instalações para Serviço, Operação e Uso

Subestações

Toda pessoa ao chegar em uma subestação operada deve apresentar-se ao responsável pela operação e,
somente com a autorização deste, poderá iniciar suas atividades no local, devidamente protegida por EPIs
e uniformizado. Todo serviço a ser realizado na unidade operacional deve ser comunicado ao responsável
da unidade, mesmo que não envolva desligamentos e pedidos ao despacho de carga.

Cabe ao centro de operação responsável emitir todas as autorizações para trabalho em equipamento,
salvo serviços em equipamentos que não interfiram na operação do sistema.

Nenhuma pessoa pode dar início a qualquer serviço numa subestação, nem mesmo encostar uma
escada em qualquer equipamento ou condutor antes de concluída a manobra para seu desligamento e o
equipamento estar oficialmente liberado ao responsável pelos serviços.

O equipamento estará oficialmente entregue somente após a assinatura do documento de liberação entre
o responsável pela operação e o responsável pelos serviços.

Autorização para os trabalhos

a) Nenhum serviço deverá ser iniciado sem que haja a autorização pelo centro de operação responsável
para a execução da programação da intervenção;

b) O centro de operação responsável deverá autorizar a execução da programação da intervenção ao


responsável junto ao centro de operação;

c) Quando envolver linha de transmissão de interligação, a comunicação entre os centros de operação das
empresas é indispensável e os serviços somente poderão ser iniciados após a liberação de ambas as partes;

d) Quando se tratar de equipamento da rede de operação, deverá seguir os procedimentos de rede do


Operador Nacional do Sistema - ONS;

e) O cancelamento da execução do(s) serviço(s) principal(ais) relacionado(s) na programação implicará o


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cancelamento da execução do(s) serviço(s) vinculado(s).


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f) Cancelamentos de programações de equipamentos pertencentes à rede de operação devem observar


as regras constantes no procedimento de rede do ONS.

Visitantes

O visitante poderá transitar apenas nas áreas de circulação previamente delimitadas, evitando as de
maior risco, podendo utilizar calçados comuns e capacete padronizado pela pela empresa dona do
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estabelecimento, devendo estar sempre acompanhado pelo responsável pela unidade operacional.

Sendo proibido o trânsito de visitantes sob barramentos e nas proximidades de equipamentos energizados.

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Liberação de Instalações para Serviço, Operação e Uso

Responsabilidades do Encarregado dos Trabalhos

São responsabilidades do encarregado da equipe dos trabalhos:

1. Certificar-se de que a equipe está familiarizada com o tipo de serviço a executar;


2. Dar instruções detalhadas sobre o serviço;
3. Verificar se a área está delimitada;
4. Alertar o pessoal sobre os pontos que possam representar risco de acidentes;
5. Fazer croqui, se necessário, para melhor esclarecimento do trabalho;
6. Confirmar que suas ordens e explicações foram bem entendidas;
7. Inspecionar a área de trabalho, verificando a segurança e a correta liberação para os trabalhos;
8. Verificar com o operador encarregado das manobras, se foram tomadas as medidas necessárias
para impedir a energização acidental da área de trabalho (fixação de cartões de advertência nos
comandos dos equipamentos etc.);
9. Verificar se a distância dos equipamentos energizados é segura;
10. Verificar com o detector de tensão se o equipamento está realmente desenergizado,
11. caso não tenha sido verificado pelo operador;
12. Verificar se a equipe está devidamente equipada para a natureza do serviço;
13. Providenciar a instalação de conjunto(s) de aterramento temporário (entrada e saída)do
equipamento, quando necessário, obedecendo a tabela de utilização de aterramento temporário
para SEs, emitida semestralmente pela Engenharia de Segurança do Trabalho;
14. Dar instruções especiais quanto a:
• ruídos característicos causados por equipamentos ao serem manobrados;
• manuseio de isolantes especiais, sejam líquidos ou gazes; e
• atenção especial a empregados novos ou estagiários.

Responsabilidades do Operador

Por ocasião de serviço em uma unidade, é de responsabilidade


do operador da subestação:
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1. Executar as manobras de liberação do equipamento


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de acordo com as normas existentes;


2. Testar com o detector de tensão o equipamento ou
trecho a ser liberado para serviço;
3. Delimitar a área de trabalho;
4. Colocar cartão de advertência no comando remoto
do equipamento;
5. Assinar documento liberando oficialmente o
equipamento ao encarregado do serviço;
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6. Receber do encarregado do serviço documento


liberando oficialmente o equipamento para a
operação; e
7. Inspecionar e verificar o equipamento por ocasião da
sua reenergização.

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Liberação de Instalações para Serviço, Operação e Uso

Intervenções
Procedimentos

Toda intervenção nos sistemas de transmissão, subtransmissão, geração e telecomunicações, bem como de
equipamentos do sistema de distribuição com influência naqueles sistemas anteriormente mencionados,
deverão ser programadas.

Para a programação de desligamentos que envolvam dois ou mais sistemas ou ainda em casos de serviços
vinculados, deve haver o entendimento necessário entre as áreas, em tempo hábil, atendendo às condições
de segurança e aos prazos informados nas respectivas instruções de procedimentos.

Se a realização de uma intervenção em um equipamento de uma área provocar a possibilidade de restrição


de equipamentos de outra área, os centros de operação envolvidos deverão ser informados pelo centro de
operação da área responsável pela intervenção.

As solicitações para programações que tenham implicação nos sistemas de transmissão, subtransmissão,
distribuição, geração e telecomunicações devem ser encaminhadas ao centro de operação responsável
pela coordenação da operação do respectivo sistema.

A aprovação para realização de intervenções nos sistemas de geração, transmissão, subtransmissão ou


de telecomunicações e sem implicação na rede de operação do ONS fica a cargo do centro de operação
responsável.

Quando houver interferência em mais de um sistema, deverá ter a anuência dos demais centros de
operação envolvidos.
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Liberação de Instalações para Serviço, Operação e Uso

Medidas de Segurança
Caráter Geral para Liberação de Serviços em Instalações

Algumas medidas de segurança para serviços em Instalações são mandatórias. São elas:

• Não se permite a inclusão de serviços vinculados a impedimentos para execução de serviços fora
da programação. Exceção feita aos casos de urgências, quando o responsável pela intervenção
deve ser comunicado antecipadamente, para que possa tomar providências necessárias e planejar
os trabalhos;
• As alterações da programação que se relacionem com mudanças de locais preestabelecidos,
cancelamentos de serviços previstos e horários de manobras, devem ser comunicadas de imediato
ao responsável pelos serviços, que deve tomar as providências necessárias e planejá-los;
• Quando da realização de uma intervenção, cada equipe envolvida na execução dos serviços,
deverá possuir um responsável pelo serviço;
• Quando houver necessidade de substituição do responsável pelos serviços, a área responsável
deve designar o substituto e comunicar o fato ao responsável junto ao centro de operação;
• Sinalizações e cadeados somente devem ser retirados pelo responsável pela intervenção, após
a liberação dos responsáveis pelos serviços através do preenchimento e assinatura do cartão de
liberação à operação.

Medidas de segurança a serem tomadas pelos responsáveis

São responsabilidades do encarregado da equipe dos trabalhos:

• Conhecer a programação do impedimento e/ou dos serviços;


• Levar para o local de serviços os dispositivos necessários para segurança coletiva;
• Conhecer o número de equipes envolvidas e o nome dos respectivos responsáveis pelos serviços;
• Saber em que locais se desenvolvem os trabalhos e os meios de comunicação com as equipes e
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com o responsável junto ao centro de operação;


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• Apresentar-se no local determinado, com a antecedência mínima de quinze minutos antes do


início da programação, exceto quando as manobras se derem em horário diferente ao do início
dos trabalhos, devido a restrições sistêmicas;
• Identificar-se perante o responsável pela intervenção, com o qual deve manter contatos
diretamente durante a intervenção e/ou realização dos serviços;
• Discutir e elaborar a Análise Preliminar de Risco - APR, observando o que se segue:
• Verificar junto aos elementos da equipe, se não existem problemas de ordem física e/ou
emocional para o desempenho das atividades de risco; e
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• Verificar sempre os seccionamentos visíveis no seu local de trabalho.


• Considerar sempre os equipamentos, barramentos, cabos e linhas de transmissão sem aterramento
local, como energizados;
• Observar e instruir seus subordinados para que mantenham as distâncias de segurança mínimas
dos pontos energizados em torno do local de trabalho;
• Confirmar com cada um dos membros de sua equipe, se não existem dúvidas sobre para a
operação.

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Liberação de Instalações para Serviço, Operação e Uso

• Certificar-se sempre de que suas instruções foram entendidas por todos;


• Receber os equipamentos impedidos somente do responsável pela intervenção, mediante cartão
de liberação para manutenção;
• Informar e exigir que pessoas que não estejam executando os serviços, somente conversem sobre
assuntos relacionados ao mesmo, em momento oportuno, a fim de evitar dispersão de atenção;
• Comunicar sempre ao responsável pelos serviços quaisquer alterações ocorridas com respeito à
segurança;
• Liberar os equipamentos somente ao responsável pela intervenção, mediante cartão de liberação
para operação;
• Receber do responsável pela operação, documento assinado, oficializando a entrega do
equipamento para o serviço; e
• Entregar ao responsável pela operação, documento assinado, oficializando a entrega do
equipamento.
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CAPÍTULO 13
Primeiros Socorros
- Introdução
- Noções sobre Lesões
- Priorização do Atendimento
- Aplicação de RCP
- Técnicas para Remoção e Transporte de Acidentados

CAPÍTULO 13

Primeiros Socorros
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Noções básicas 3
Noções sobre Lesões
Os tipos de ferimentos 7
Priorização do Atendimento
O sistema de triagem 22
Aplicação de RCP
A técnica que salva vidas 24
Técnicas para Remoção e Transporte
de Acidentados
Cuidados no mexer
29
Primeiros Socorros

Introdução
Noções básicas

Tem-se como definição para Primeiros socorros o conjunto de medidas voltadas ao atendimento temporário
e imediato de um agravo à saúde ocorrido fora do ambiente hospitalar. São medidas simples, que não
exigem muitos conhecimentos ou materiais e que podem ser realizadas por qualquer pessoa treinada.

Por diversas situações as pessoas estão expostas à riscos e à ferimentos causados por acidentes. Algumas
destas vítimas de acidentes morrem ou tem danos irreversíveis devida à incorreta forma de atendimento
ou demora.

Baseado nisso, a NR10 estabelece que os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate
e prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória,
além de receber treinamento afim de se evitar os acidentes de trabalho.

São três as principais causas de morte súbita: doenças


cardiovasculares, neoplasias (câncer) e traumas.

Os primeiros minutos em seguida a uma situação de emergência


podem ser determinantes no destino de vítimas.

É preciso agir rápido na tentativa de prestar imediatamente os


primeiros socorros ao acidentado, porém um atendimento mal
feito pode comprometer ainda mais a saúde das vítimas.

Legislação
Da constituição tem-se:

“ Art. 5°: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
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e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade de direito a vida, à liberdade, à segurança e à


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propriedade.”

“Art. 196°: A saúde é de direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”

E do código penal tem-se:


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“Art. 135° Deixar de prestar assistência, quando possível faze-lo sem risco pessoal, à criança abandonada
ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:

• Pena – detenção de 1( um) a 6 (seis) meses, ou multa.


• Parágrafo único: a pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de
natureza grave, e triplicada se resulta a morte. “

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Primeiros Socorros

Prestar Assistência

A prestação de assistência é obrigatória por lei! Sua omissão é CRIME!!!

Chamar socorro especializado para os casos em que a pessoa não possui um treinamento específico ou
não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.

Sempre que possível, deve ser realizado o primeiro atendimento e acionado o serviço médico de
emergência para que o tratamento seja realizado de forma sistemática por profissionais preparados e com
equipamentos adequados.

Socorristas
Todo socorrista deve ter:

• Bom senso;
• Capacidade de improvisar;
• Determinação;
• Reconhecer seus limites;
• Paciência e calma;
• Saber o que fazer e o que não fazer;
• Atendimento das prioridades (manutenção da vida);
• Equipe de resgate.

A NR10, no item 10.12, define que as empresas devem criar ações em seu plano de emergência voltadas
para a área de elétrica em situações de emergência, incluindo o atendimento ao acidentado e o método de
resgate padronizado e adequado à sua atividade. De acordo com o item 10.8, os trabalhadores autorizados
devem estar aptos a prestar os primeiros socorros ao acidentado, especialmente por meio de reanimação
cardiovascular, bem como executar o resgate.

Em qualquer circunstância, sempre que possível dever ser solicitado a presença de outra pessoa para
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auxiliar no atendimento. Seja para abrir uma janela, afrouxar roupas, cintos e sapatos, ou realizar outro
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procedimento qualquer, inclusive, acionar por telefone o serviço médico da empresa ou diretamente o
serviço de emergência de sua cidade.

Caso necessário, afaste-se brevemente da cena e busque ajuda rapidamente, retornando em seguida.

O acesso rápido ao atendimento especializado é de vital importância para a vítima. Na maioria das capitais
do país, e nas cidades de maior porte, está disponível o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, SAMU.
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O Corpo de Bombeiros executa prioritariamente o atendimento às vítimas de traumas e/ou que necessitem
de salvamento (incêndio, afogamentos, encarceramentos, etc.). O mais importante é saber que estes
serviços geralmente atendem por números telefônicos gratuitos e padronizados para todo o Brasil: para
o SAMU disque 192 e para os Bombeiros, 193. A ligação é gratuita e não necessita cartão. (Para pequenas
cidades, consulte o telefone local utilizado para atender emergências).

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Primeiros Socorros

Para facilitar e agilizar o atendimento as seguintes informações são necessárias:

• Endereço exato do local onde está a vítima, com um ponto de referência.

• O que ocorreu e o que já foi feito.

• Seu nome e telefone para contato.

Caso sua cidade não possua serviços desse tipo, busque saber a alternativa que a prefeitura local têm para
esses casos. Normalmente há um serviço de ambulâncias acionado diretamente pelo telefone do hospital
mais próximo.

Perfil dos socorristas (hierarquia de atendimento)


A seguir é indicado o perfil dos socorristas imediatos:

a) Socorrista: É denominado o profissional em atendimento de emergência. Esta pessoa deve ser


tecnicamente capacitada e habilitada para que, com segurança, avalie e identifique os problemas que
comprometem a vida. Normalmente é um bombeiro que trabalha para os serviços de atendimento
como o SAMU, Resgate, etc. Pessoas comuns que possuem apenas o curso básico de primeiros socorros,
não devem ser chamadas de socorrista, mas sim de Atendente de emergência.
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b) Médico ou outro profissional da saúde: Somente após o atendimento inicial dado pelo socorrista é
que o médico ou profissional da saúde atua, isto porque em muitos casos estes profissionais não estão
devidamente treinados, seja em suporte básico ou avançado de vida.

c) Pessoas Leigas, porém com noções de primeiros socorros: O suporte básico de vida ou Primeiros
Socorros são procedimentos que tem o objetivo de manter a vida, seja em um acidente ou por mal
súbito, sem os recursos necessários até que a chegada de um atendimento especializado.
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d) Pessoas leigas, sem noções de primeiros socorros: Estas pessoas, devido a falta de conhecimento,
não devem tentar ajudar os acidentados, no entanto irão ajudar buscando o contato com um
atendimento especializado.

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Primeiros Socorros
Segurança no Atendimento
Para maior segurança na cena do evento deve-se observar os potenciais riscos:

• Presença de fogo;
• Trânsito perigoso;
• Cachorro bravo;
• Carro ligado;
• Gás e/ou Fumaça;
• Vazamento de combustível;
• Corrente elétrica ou fios desencapados;
• Ribanceira;
• Produtos químicos;
• Perigo de desabamento;

Para a abordagem a vítima deve-se ter cuidado, observando se a cena em que ela se encontra é segura
para você, para ela e para todos em volta. Garantir sua segurança deve ser sua principal prioridade.

Solicitar ajuda aos bombeiros de sua cidade, informando sobre a urgência e a gravidade dos acontecimentos,
e se possível, utilizar medidas de prevenção contra infecções (luvas).

Na impossibilidade do uso de luvas, evite contato direto com


Manobras heroicas só sangue e outras secreções.
aumentam os riscos e o
número de vítimas, incluindo Se a vítima está agressiva, como no caso de tentativas de
você ! suicídio, portadores de armas ou de vítimas de violência
por terceiros, deve ser acionado imediatamente o socorro,
informando a situação. Se a situação é de risco, afaste-se e
aguarde a ajuda solicitada.

Crise Convulsiva
O corpo sofre contrações musculares intensas e involuntárias. A pessoa se debate, pode ficar arroxeada,
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lábios e dentes ficam cerrados e há salivação excessiva. Na maioria das vezes, ocorre perda de
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consciência. Essa é a descrição feita por quem já presenciou uma crise convulsiva, condição que ocorre
repentinamente.

O que fazer?

Afastar a vítima de lugares perigosos, como áreas com piscina e com objetos cortantes;
Retirar objetos pessoais, como óculos, colares e anéis;
Proteger a cabeça, deixando-a livre para agitar-se à vontade;
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Manter a vítima de barriga para cima e a cabeça na lateral, para evitar engasgos;
Proteger a boca, observando se a língua não está sendo mordida;
Procure suporte médico;
Afrouxe as roupas se necessário;
Não force a abertura da boca e não jogue água no rosto da vítima.

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Primeiros Socorros

Noções Básicas sobre Lesões


Os tipos de ferimentos

São diversos os riscos em uma instalação. São diversos também os tipos de lesões que podem ocorrer.

Choque Elétrico
O choque elétrico é a passagem de uma corrente elétrica através do corpo,
utilizando o corpo como condutor. Esta passagem de corrente pode causar
um susto, porém também pode causar queimaduras, fibrilação cardíaca ou
até mesmo a morte.

Com isso deve-se ter muito cuidado com qualquer sistema energizado, pois
são muito perigosos e com alto poder para eletrocutar uma pessoa e causar
até mesmo a morte.

É comum associar a intensidade do Choque Elétrico com o “estrago” que o choque pode causar com o nível
de tensão, porém o correto é que depende da intensidade da corrente elétrica que atravessa o corpo da
pessoa durante o choque e do caminho da corrente elétrica pelo corpo.

As vítimas de choque elétrico podem apresentar:

• Convulsões (contrações musculares involuntárias);


• Sensação de formigamento;
• Dificuldade respiratória;
• Ausência de pulsação;
• Alteração do ritmo cardíaco;
• Queda rápida da pressão arterial;
• Pupilas dilatadas;
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• Coloração da pele roxo-azulada.


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Em caso de choque se deve interromper imediatamente o contato da vítima com a corrente elétrica,
desligando o circuito. Aplicar os procedimentos de Suporte Básico de Vida:

• Iniciar a RCP (ver adiante os procedimentos);


• Após certificar da normalização da respiração e dos batimentos cardíacos mantenha-se alerta, para
reiniciar o socorro, se a vítima continuar inconsciente;
• Imobilizar os locais da fratura se houver;
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• Proteger as áreas de queimadura;


• Controlar o estado de choque;
• Transportar a vítima para o hospital o quanto antes, mantendo a respiração e massagem cardíaca se
necessário.

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Primeiros Socorros
Ao atender uma vítima de choque elétrico é necessário cuidar para não ficar na mesma situação: deve-se
desligar a energia elétrica antes de qualquer ação.

Estando a vítima fora de uma área eletrificada, observar se existe algum objeto obstruindo a passagem do
ar pela boca ou nariz (próteses dentárias, alimentos, etc) que devem ser imediatamente retirados.

Verificar se a vítima está respirando e procurar ajuda médica o mais rápido possível.

As queimaduras elétricas geralmente são mais graves do que aparentam, mesmo aquelas em que o
paciente procura ajuda especializada pessoalmente.

Nos casos de vítima de choque elétrico:


Deve-se desligar a energia elétrica antes de
qualquer ação.

Insolação
A insolação ocorre devido à ação direta dos raios solares sobre o indivíduo. Os sintomas dos pacientes com
insolação podem ser:

• Pele quente, avermelhada e seca;


• Temperatura do corpo elevada;
• Diferentes níveis de consciência;
• Desidratação;
• Falta de ar;
• Dor de cabeça, náuseas e tontura.

O atendimento deve ocorrer removendo a vítima para lugar fresco e arejado afim de baixar a temperatura
do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas umedecidas. Oferecer líquidos em pequenas
quantidades e de forma frequente, mantendo a vitima deitada Avaliar o nível de consciência, pulso e
respiração. Providenciar transporte adequado e encaminhar para atendimento hospitalar.
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Intermação
A intermação é uma causa de hipertermia decorrente da dificuldade do corpo em se resfriar adequadamente
num ambiente com calor excessivo (ocorre normalmente nas fundições, padarias, caldeiras etc.) onde há
intenso trabalho muscular. Os sintomas dos pacientes com intermação podem ser:

• Pele quente, avermelhada e seca;


• Temperatura do corpo elevada; Hipertermia: é o termo associado à elevação e/
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• Diferentes níveis de consciência; ou manutenção as temperaturas do corpo humano


• Desidratação; ou de outro organismo vivo a patamares capazes
• Falta de ar; de comprometer, ou mesmo de colapsar, seus
• Dor de cabeça, náuseas e tontura; metabolismos.
• Insuficiência respiratória.

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Primeiros Socorros
O atendimento deve ocorrer removendo a vítima para lugar fresco e arejado afim de baixar a temperatura
do corpo de modo progressivo, aplicando compressas de pano umedecido com água. Manter a vitima
deitada com o tronco ligeiramente elevado, avaliando o nível de consciência, pulso e respiração. Encaminhar
para atendimento hospitalar.

Ferimentos
São lesões que acometem as estruturas superficiais ou profundas do organismo. Podem ser classificadas
como fechada e aberta.

Ferimento fechado (contusão):

É uma lesão produzida por objeto contundente que atinge a superfície do corpo, sem romper a pele.

• Hematoma;
• Equimose. Equimose: é uma infiltração de sangue na malha
dos tecidos com 2 a 3 centimetros de diâmetro.
Pode estar relacionada a trauma ou distúrbios de
coagulação.

Ferimento aberto (ferida):

É aberto quando rompe a integridade da pele, expondo tecidos internos, geralmente com sangramento.

• Incisiva;
• Contusa;
• Perfurante;
• Transfixante;
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• Escoriação;
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• Amputação;
• Laceração.

A vitima de ferimentos abertos deve:

• Proteger a ferida contra trauma secundário;


• Conter o sangramento antes de encaminhar a vítima ao hospital;
• Proteger contra infecção.
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Os ferimentos provocam:

• Dor e edema local;


• Sangramento;
• Laceração em graus variáveis;
• Contaminação se não adequadamente tratado.

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Primeiros Socorros
O atendimento à vitimas deve ocorrer priorizando o controle do sangramento e lavando o ferimento
com água. O ferimento deve ser protegido com pano limpo, fixando-o sem apertar. Não remover objetos
empalados e não colocar qualquer substância estranha sobre a lesão. Encaminhar o quanto antes para
atendimento hospitalar.

Hemorragias
É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (artérias, veias e capilares).
Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente, pois representa uma ameaça à vida. A hemorragia
abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos.

Hemorragia Externa

É o sangramento que pode ser observado (feridas, fraturas expostas, pelo nariz e de outras áreas
traumatizadas). Para o controle deve-se:

• Comprimir o local usando um pano limpo;


• Manter a compressão até os cuidados definitivos;
• Se possível, elevar o membro que está sangrando;
• Não utilizar qualquer substância estranha para coibir o sangramento;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.

Hemorragia Interna

É o sangramento que extravasa para o interior do corpo, dentro de tecidos ou cavidades, como por exemplo
o sangramento de órgãos como o fígado, rim e baço. É importante ficar atento sempre que ocorra:

• Sangramento pela urina;


• Sangramento pelo ouvido;
• Fratura de fêmur;
• Dor com rigidez abdominal;
• Vômitos ou tosse com sangue;
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• Traumatismos ou ferimentos penetrantes no crânio, tórax ou abdome.


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Demais hemorragias

• Hemorragia Arterial – a cor do sangue é vermelho vivo e sai sempre da lesão em jato intermitente.

• Hemorragia Venosa – a cor do sangue é vermelho mais escuro e sai em fluxo contínuo.

• Hemorragia Capilar – é o tipo mais comum de sangramento, ocorrem em vasos mais ambundantes e
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de menos pressão, portanto de fácil controle.

• Hemorragia Nasal – normalmente o sangramento nasal é visível. Para controlar o sangramento deve-
se colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe a(s) narina (s)
durante cinco minutos. Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que
está sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco com gelo e
encaminhar para atendimento hospitalar.

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Primeiros Socorros
• Amputação Parcial - controlar o sangramento sem
completar a amputação.
Radiação ultra-violeta
• Amputação Total - controlar o sangramento e envolver
a parte amputada em pano limpo e transportar junto A radiação ultravioleta (raios ultravioleta)
com a vítima. (UV) é a radiação eletromagnética com
um comprimento de onda menor que a
Queimaduras da luz visível e maior que a dos raios X.
O nome significa mais alta que (além do)
A queimadura é um tipo de lesão que ocorre de forma violeta, pelo fato de que o violeta é a cor
frequente, sendo os acidentes domésticos os maiores visível com comprimento de onda mais
responsáveis. curto e maior frequência.
No que se refere aos efeitos à saúde
Pode ser ocasionada por raios de sol, fogo, substâncias humana e ao meio ambiente, classifica-
químicas, líquidos, objetos quentes, vapor, eletricidade, etc. se como UVA (400 – 320 nm, também
chamada de “luz negra” ou onda longa),
Dentre os agentes causados tem-se: UVB (320–280 nm, também chamada
de onda média) e UVC (280 - 100 nm,
• Agente Térmico: gases, líquidos e sólidos em também chamada de UV curta ou
temperaturas elevadas; “germicida”). A maior parte da radiação
• Substâncias químicas: ácidos e álcalis corrosivos; UV emitida pelo sol é absorvida pela
• Eletricidade: o choque elétrico provoca queimadura em atmosfera terrestre. A quase totalidade
todo o trajeto da corrente elétrica pelo corpo; (99%) dos raios ultravioleta que
• Radiação: radiação ionizante (raio X), raios ultravioleta efetivamente chegam a superfície da
• Frio: é a lesão sofrida pelos tecidos do corpo em Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B
consequência da exposição à um frio extremo. é parcialmente absorvida pelo ozônio
da atmosfera e sua parcela que chega à
As queimaduras podem ser classificadas em: Terra é responsável por danos à pele. Já
a radiação UV-C é totalmente absorvida
1º Grau – queimadura superficial que atinge à epiderme. A pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera.
pele fica avermelhada e quente, a dor é leve e moderada
ardência, sem a formação de bolhas (queimadura solar);
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2º Grau – atinge a epiderme e a derme, a pele fica avermelhada


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e com bolhas, superfície úmida e dor severa;

3º Grau – é a mais grave, atinge a espessura total da pele


(epiderme, derme até o subcutâneo) podendo atingir nervos,
músculos e até o osso. Sua característica costuma ser escura,
com aspecto de couro ou pele esbranquiçada, parecendo cera.
A superfície seca tem aparência carbonizada. Geralmente é
indolor, por causa da destruição das terminações nervosas.
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Fonte: Francis Rouessac and Annick Rouessac;


Chemical Analysis, Modern Instrumentation
Methods and Techniques; John Wiley & Sons,
2000, p189.

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Primeiros Socorros

Queimadura Química

Os primeiros socorros em caso de queimadura química


devem ser:

• Eliminar a substância química da pele, lavando com


água morna durante 20 minutos ou mais;
• Deite o indivíduo de barriga para cima, mantendo
os pés mais altos que o corpo;
• Não lhe dê nada para beber;
• Se o indivíduo estiver vomitando ou sangrando
pela boca, coloque-a de lado para evitar que se
engasgue;
• Retire roupas apertadas e jóias;
• Mantenha o indivíduo aquecido e confortável;
• Lave novamente a queimadura se a vítima queixar-
se que a região queimada está ardendo;
• Chame um médico o mais rápido possível.

Queimadura pelo frio

Os sintomas da queimadura pelo frio são a perda de sensação e função nas extremidades afetadas, a
pele dura e fria ao toque, ocorrência de formigamento e pele com aparência branca ou cinzenta - azulada
(cianose). As zonas mais afetadas são as extremidades (queixo, nariz, orelhas, bochechas, dedos das mãos
e dos pés).

Perante queimadura pelo frio nunca se deve:

• Friccionar ou massajar a lesão;


• Aplicar cremes sobre a zona ferida;
• Usar compressas aquecidas, calor de lâmpadas, fogão ou radiadores, uma vez que a sensibilidade
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está alterada e poder-se-há agravar a queimadura.


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Os primeiros socorros perante queimadura pelo frio são:

• Retirar a vítima do local frio e proteger a pele exposta removendo roupa apertada ou objetos
constritivos;
• Submergir a área afetada em água morna (nunca quente), dado que a temperatura deve ser
confortável ao toque nas áreas do corpo não afetadas.
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Queimaduras elétricas

Podem ser causadas por Arco Elétrico ou pela passagem direta de corrente elétrica através do corpo. O
Arco Elétrico produz queimaduras idênticas às térmicas. A passagem direta de corrente elétrica pelo corpo
provoca destruição dos tecidos internos. A lesão visível não reflete os danos que os tecidos subjacentes
sofreram com a condução elétrica. Habitualmente este tipo de lesão apresenta uma porta de entrada (local
de contato com a corrente elétrica) e uma porta de saída (local de saída de corrente após uma trajetória
pelo corpo). A sua gravidade depende do tipo de corrente, da quantidade de corrente, da duração do
contato e do seu trajeto.

Para queimaduras elétricas os primeiros socorros devem ser:

• Desligar a fonte de energia elétrica, ou retirar a vítima do contato elétrico com luvas de borracha e
luvas de cobertura ou com um bastão isolante, antes de tocar na vítima;
• Adotar os cuidados específicos para queimaduras apresentados anteriormente, se necessário aplicar
técnica de Reanimação Cardiopulmonar.

Queimadura por arco elétrico


Desmaio
O Desmaio, ou Síncope, é a perda súbita e temporária da consciência e da força muscular, geralmente
devido à diminuição de oxigênio no cérebro, tendo como causas: hipoglicemia, fator emocional, dor
extrema, ambiente confinado, etc.
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Os primeiros socorros em caso de desmaios são:

• Colocar a vítima em local arejado e afastar curiosos;


• Deitar a vítima, se possível com a cabeça mais baixa que o corpo;
• Afrouxar as roupas;
• Encaminhar para atendimento médico.
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Ao ver uma pessoa desmaiada, levante suas pernas para que o retorno
venoso possa acontecer, assim o coração bombeia mais sangue para o
cérebro.
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Fraturas
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso. As fraturas podem ser incompletas, quando
a lesão óssea ocorre mas não rompe a continuidade óssea e completas, quando os fragmentos ósseos
perdem a continuidade. Também podem ser classificadas como fechadas, sem exposição óssea, e expostas,
caso o osso está ou esteve exposto.

Na ocorrência de fraturas é comum:

• Dor;
• Deformidade;
• Impotência funcional;
• Aumento de volume (inchaço);
• Crepitação – sensação audível causada pelo atrito dos fragmentos óssos fraturados.

Cuidados gerais

• Faça um primeiro diagnóstico observando o que aconteceu. Normalmente a pessoa que sofreu uma
fratura sentirá muita dor no local, ao apalpá-lo ou movimentá-lo;
• Chame socorro imediatamente ou, se a pessoa estiver em condições de ser transportada de carro,
leve-a a um hospital;
• A fratura que não é devidamente tratada pode causar uma deformação no osso, dor, artrose e
problemas de movimentação;
• Se o socorro demorar, lave o local com água corrente abundante ou com soro fisiológico e seque com
pano limpo. Não coloque nenhuma outra substância;
• Se houver um sangramento muito intenso, faça a compressão firme do local, segurando o membro
na posição oposta ao fluxo do sangue. Exemplo: se a fratura for no pulso, faça a compressão no
antebraço.
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Primeiros Socorros

Cuidados específicos - Extremidades

• Na ocorrência de fratura de ossos longos, executar suaves manobras de alinhamento e tração antes
de imobilizá-los;
• Apoiar o membro fraturado, uma das mãos acima, outra abaixo do foco de fratura, e faça leve tração.
O alinhamento deve ser natural, se persistir a deformidade, não force.
• Mantenher a tração até que a tala de imobilização esteja no lugar;
• Imobilize a fratura, incluindo a articulação antes e depois da fratura.

Cuidados específicos - Coxa (fêmur)

• Na ocorrência de fratura de ossos longos, executar suaves manobras de alinhamento e tração antes
de imobilizá-los;
• Apoiar o membro fraturado, uma das mãos acima, outra abaixo do foco de fratura, e faça leve tração.
O alinhamento deve ser natural, se persistir a deformidade, não force.
• Mantenher a tração até que a tala de imobilização esteja no lugar;
• Imobilize a fratura, incluindo a articulação antes e depois da fratura.
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Cuidados específicos - Braço e Antebraço

• Imobilizar toda a extremidade superior junto ao corpo (toráx);


• Posicionar o cotovelo a 90° e a bandagem triangular para realizar uma tipóia.

Cuidados específicos - Punho

• Imobilizar desde o inicio dos dedos até o cotovelo, mantendo o punho em extensão.
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Cuidados específicos - Dedos da Mão

• Imobilizar desde a ponta dos dedos até o punho, com os dedos e semiflexão (mão semifechada);
• Colocar um acolchoado na palma da mão, que abranja o punho;
• Colocar e prender atadura desde o cotovelo até a ponta dos dedos.

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Cuidados específicos - Tornozelo e Pé

• Imobilizar desde os dedos até o joelho;


• Manter o tornozelo a 90°;
• Retirar o sapato e não apoiar o pé.

Cuidados específicos - Fratura Crânio

• Este tipo de fratura é grave pois pode ocorrer lesões cerebrais;


• Manter a vítima deitada, quieta com a cabeça levemente elevada;
• Se necessário, proteger a ferida, cuidando para não comprimir o local;
• Manter vias aéreas abertas;
• Não dar nada por via oral.

Cuidados específicos - Coluna

• A coluna vertebral é composta de 33 vértebras sobrepostas, localizada do crânio ao cóccix. No seu


interior há a medula espinhal, que realiza a condução dos impulsos nervosos;
• As lesões de coluna devem ser manipuladas cuidadosamente para prevenir lesão medular e nervosa;
• Pode ocorrer a perda do controle motor (paralisia) e perda da sensibilidade (anestesia);
• O modo como as vítimas de lesão de coluna são manipuladas faz a diferença entre a recuperação
total, sequela permanente ou até a morte;
• Toda vítima com lesão de coluna e pescoço, comumente ocorridas em acidentes de carro, devem ser
imobilizadas dentro do carro, mantendo o nariz e umbigo alinhados e depois, retiradas com tábua de
dorso. Todas as intervenções devem ser realizadas por pessoas capacitadas.

Cuidados específicos - Pélvis

• É considerada perigosa pois pode perfurar bexigas, intestinos ou outros órgãos;


• Não rolar a vítima, erguê-la de preferência com quatro pessoas;
• Colocar protetor entre as coxas;
• Enfaixar juntos joelho e tornozelos;
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• Enfaixar o quadril com bandagens longas e largas.


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Cuidados específicos - Nariz

• Geralmente há deformação considerável, dor intensa, edema e sangramento;


• Usar compressas frias;
• Usar dois rolos de bandagem, um de cada lado do nariz e fixá-los com fita.

Cuidados específicos - Costela


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• Aplicar três faixas largas para cobrir toda a caixa torácica no local da fratura;
• Pedir que a vítima expire e atar um nó a cada expiração.

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Primeiros Socorros

Lembre-se

• Deixar firme as talas, mas não apertadas a ponto de interferir na circulação;


• Forrar toda a tala e colocar estofamento extra nos locais da deformidade;
• Se necessário, improvisar a imobilização com uso de tábua de madeira, bastão, ramo de árvore,
revista, livro, papelão, gravata, pedaço de lençol, etc;
• Após proceder à imobilização da fratura, transportar a vitima ao hospital;
• Caso esteja aguardando o serviço de atendimento pré-hospitalar, apenas mantenha a tração do
membro fraturado.

Entorse
É a separação momentânea das superfícies ósseas articulares,
provocando o estiramento ou rompimento dos ligamentos.

Distensão
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É o rompimento ou estiramento anormal de um músculo ou tendão.


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Luxação
É a perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas numa
articulação.
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• Dor local intensa;


• Hematoma;
• Deformidade da articulação;
• Dificuldade em movimentar a região afetada;
• Inchaço.

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Os primeiros socorros no caso de luxação devem ser:

• Não colocar o osso no lugar;


• Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas;
• Manipular o mínimo possível o local afetado;
• Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima;
• Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.

Corpo estranho nos olhos


É a introdução acidental de poeiras, grãos diversos, etc, na cavidade dos glóbulos oculares.

• Dor;
• Ardência;
• Vermelhidão;
• Lacrimejamento.

Os primeiros socorros devem ser:

• Lavar o olho com água limpa;


• Não esfregar os olhos;
• Não remover o corpo estranho manualmente;
• Se o corpo estranho não sair com a lavagem, cobrir os dois olhos com pano limpo;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.

Picadas e ferroadas de animais peçonhentos


São animais que, por meio de um mecanismo de caça e defesa, são capazes de injetar em suas presas
uma substância tóxica produzida em seus corpos, diretamente de glândulas especializadas (dente, ferrão,
aguilhão) por onde passa o veneno. Esses animais agem por instinto de sobrevivência. Ao se sentirem
ameaçados, imobilizam o agressor e fogem para um local seguro. Temidos pelo homem, os animais
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peçonhentos estão presentes tanto em meios rurais, quanto urbanos. Eles são responsáveis por provocarem
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inúmeros acidentes domésticos, em várias regiões brasileiras, com índices crescentes ano após ano.

Cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas,formigas, abelhas e marimbondos são exemplos
dessa categoria.
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De acordo com dados do Estadão de São Paulo (Julho de 2010), os acidentes com animais peçonhentos
cresceram quase que 33% em seis anos. O Ministério da Saúde, com base em uma análise de dados,
encontrou em 2003, 68.219 notificações contra 90.558 em 2009. Veja a quantidade de acidentes provocados
de acordo com o animal:

• Escorpiões – 45.721
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• Serpentes – 22.763
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• Aranhas – 18.687
• Lagartas – 3.387

Tais acidentes foram responsáveis por 309 mortes no Brasil em 2009. Em geral, as chuvas são o principal
fator do aumento desses índices. Uma das hipóteses está relacionada com os alagamentos, pois os animais
são obrigados a sair de seus esconderijos naturais.

Se possível deve-se capturar ou identificar o animal que picou a vítima, mas sem perda de tempo com esse
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procedimento. Na dúvida, tratar como se o animal fosse peçonhento.

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Primeiros Socorros
Os principais sinais e sintomas de vítimas de animais peçonhentos são:

• Marcas da picada;
• Febre, náuseas;
• Dor, inchaço;
• Manchas roxas, hemorragia;
• Calafrios, perturbações visuais;
• Sudorese, urina escura;
• Eritema, dor de cabeça;
• Queda das pálpebras;
• Distúrbios visuais;
• Dificuldade respiratória;
• Convulsões.

Os Primeiros Socorros em vítima que sofreu picada de cobra, escorpiões ou aranhas são:

• Manter a vítima deitada. Evite que ela se movimente para não favorecer a absorção de veneno;
• Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os em posição mais baixa que o coração;
• Lavar a picada com água e sabão;
• Colocar gelo ou água fria sobre o local;
• Remover anéis e relógios, prevenindo assim complicações decorrentes do inchaço;
• Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que possa receber o
soro em tempo;
• Não fazer garroteamento ou torniquete;
• Não cortar ou perfurar o local da picada.

As picadas destes animais podem ser prevenidas com a utilização de botas de cano longo e perneiras, e a
proteção para as mãos com luvas de raspa ou vaqueta. Também deve-se combater os ratos, preservar os
predadores naturais e conservar o meio ambiente.

Picadas e ferroadas de insetos


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A mordida de um inseto, na maioria das vezes, não é grave e produz


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apenas dor, coceira e inchaço local. Isso é bastante comum de acontecer


após picadas de abelhas, vespas, aranhas e mosquitos. O cuidado passa
a ser maior se a pessoa é alérgica ao veneno de algum destes insetos
(abelhas e formigas).

OBS: Especial cuidado deve ser dado a picadas múltiplas ou simultâneas.


Têm sido descritos casos fatais por ataque de enxames de abelhas
africanas por choque e hemólise maciça.
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Na ocorrência de uma picada ou ferroada por insetos, se possível, retirar o ferrão e lavar a área com água e
sabão, aplicar gelo no local para diminuir o inchaço e se a vítima for alérgica ou receber múltiplas picadas,
conduza-a imediatamente a um hospital. Caso seja possível, levar junto uma amostra do inseto (vivo ou
morto).

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Primeiros Socorros

Doenças como o mal de Chagas e a dengue são causadas Eritema


por insetos. Por isso é importante manter os ambientes
limpos e livres de contaminação. Eritema, ou rubor é um sinal clínico,
presente em várias patologias,
caracteizado por uma coloração
Os principais sinais e sintomas de vítimas de picadas ou avermelhada da pele ocasionada por
ferroada de insetos são: vasodilatação capilar.

• Eritema local que pode se estender pelo corpo todo;


• Prurido;
• Dificuldade respiratória (edema de glote).

Os Primeiros Socorros em vítima que sofreu picada ou


ferroada de insetos são:

• Retirar os ferrões introduzidos pelos insetos sem


espremer;
• Aplicar gelo ou lavar o local da picada com água;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
Prurido
O prurido (do latim “pruritu”),
designado também por coceira ou
comichão, corresponde a uma sensação
Dengue desagradável causada por doenças ou
agentes irritantes, que levam o indivíduo
O tempo médio do ciclo da doença é de 5 a 6 dias, e o a coçar-se em procura de alívio, e
intervalo entre a picada e sua manifestação chama- constitui uma das queixas mais comuns
se período de incubação. Geralmente os sintomas dentro das patologiasdermatológicas.
se manifestam a partir do 3° dia depois da picada do
mosquitos.
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Dengue Clássica:
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• Febre alta com início súbito;


• Forte dor de cabeça;
• Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos
mesmos;
• Perda do paladar e apetite;
• Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo,
principalmente no tórax e membros superiores;
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• Náuseas e vômitos;
• Tonturas;
• Extremo cansaço;
• Moleza e dor no corpo; Fonte: SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner
e Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 9
• Muitas dores nos ossos e articulações. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. vol. III

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Primeiros Socorros

Priorização no Atendimento
O sistema de triagem

O objetivo da triagem é dar o melhor tratamento possível às vítimas.

Para um acidente com múltiplas vítimas é importante que o caos da cena não seja simplesmente transferido
para o hospital mais próximo.

A palavra triagem significa classificar, separar. Não adianta levar até o local um número grande de
ambulâncias, socorristas, médicos e enfermeiros, além da população, trabalhando de forma desordenada,
sem uma coordenação.

Com isso a triagem consiste em uma avaliação rápida das condições clínicas, e é um processo que determina
prioridades de ação.

Divisão na triagem

• Triagem inicial para dimensionar recursos;


• Triagem da gravidade de todas as vítimas com identificação e separação das mesmas;
• Triagem nas áreas de prioridade;
• Deve-se gastar no máximo 60 a 90 segundos por vítima.
• Deve ser avaliado a respiração, circulação e nível de consciência, dividindo as vítimas em 4 categorias.
Para auxiliar poderá ser utilizado cartões coloridos para definir cada uma das prioridades.

O atendimento em situações de múltiplas vítimas impõe basicamente três princípios:

TRIAGEM - TRATAMENTO - TRANSPORTE

Triagem de todas as vítimas, tratamento médico no local para estabilização das vítimas e transporte para
o hospital mais adequado.
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Primeiros Socorros
Método START

Atualmente é o modelo adotado pela Associação de Chefes de Bombeiros do Estado da Califórnia nos EUA.
START é a abreviatura de Simple Triage And Rapid Treatment (Triagem Simples e Tratamento Rápido).

Esse método foi desenvolvido para o atendimento de ocorrências com múltiplas vítimas, pois permite a
rápida identificação daquelas que estão em grande risco de morte.

CÓDIGO DE CORES NO PROCESSO DE TRIAGEM

Cor Vermelha
Significa primeira prioridade:
São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que demonstram um estado crítico e necessitam
tratamento e transporte imediato.

Cor Amarela
Significa segunda prioridade: São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que permitem adiar a
atenção e podem aguardar pelo transporte.

Cor Verde
Significa terceira prioridade: São as vítimas que apresentam lesões menores ou sinais e sintomas que não
requerem atenção imediata.

Cor Preta
Significa sem prioridade (morte clínica): São as vítimas que apresentam lesões obviamente mortais ou para
identificação de cadáveres.
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Primeiros Socorros

Aplicação de RCP RCP


Sigla para Ressuscitação Cárdio
A técnica que salva vidas Pulmunar.

RCP é um conjunto de medidas emergenciais que permitem ACE


salvar uma vida pela falência ou insuficiência do sistema
respiratório ou cardiovascular. Sem oxigênio as células do Sigla para Atendimento Cardiovascular
cérebro morrem em 10 minutos. As lesões começam após de Emergência.
4 minutos a partir da parada respiratória.
PCR
CAUSAS DA PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA
Sigla para Parada Cárdio Respiratória.
• Asfixia;
• Intoxicações;
• Traumatismos;
• Afogamento;
• Eletrocussão (choque elétrico);
• Estado de choque;
• Doenças.

COMO SE MANIFESTA

• Perda de consciência;
• Ausência de movimentos respiratórios;
• Ausência de pulso;
• Cianose (pele, língua, lóbulo da orelha e bases da
unhas arroxeadas);
• Midríase (pupilas dilatadas e sem fotorreatividade).

Protocolo de atendimento
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O protocolo de atendimento a ser utilizado atualmente é o da American Heart Association, revisão 2010.

As Diretrizes da AHA (American Heart Association) 2010 para RCP e ACE se baseiam em um processo
internacional de avaliação de evidências, envolvendo centenas de cientistas e especialistas em ressuscitação
de todo o mundo que avaliaram, discutiram e debateram milhares de publicações revisadas por pares.
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RCP de alta qualidade

As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta
qualidade, incluindo:

• Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de “aproximadamente” 100/minuto, como


era antes);
• Profundidade de compressão mínima de 5 cm, em adultos;
• Retorno total do tórax após cada compressão;
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas;
• Evitar excesso de ventilação.

Não houve alteração na recomendação referente à relação compressão-ventilação de 30:2 para um único
socorrista de adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos).

As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE continuam recomendando que as ventilações de resgate
sejam aplicadas em, aproximadamente, 1 segundo. Assim que houver uma via aérea avançada colocada,
as compressões torácicas poderão ser contínuas (a uma frequência mínima de 100/minuto) e não mais
alternadas com ventilações. As ventilações de resgate, então, poderão ser aplicadas à frequência de cerca
de uma ventilação a cada 6 ou 8 segundos (cerca de 8 a 10 ventilações por minuto). Deve-se evitar ventilação
excessiva.

Sequência de Procedimento C-A-B

As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam uma alteração na sequência de procedimentos de
RCP de A-B-C (via aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B (compressões torácicas, via aérea,
respiração) em adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos).

Cadeia de Sobrevivência
Os elos na cadeia de sobrevivência de ACE são:
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• Reconhecimento imediato da Parada Cárdio Respiratória e acionamento do serviço de emergência/


urgência (Siate / SAMU);
• RCP precoce com ênfase nas compressões torácicas;
• Rápida desfibrilação;
• Suporte avançado de vida eficaz;
• Cuidados pós PCR integrados.
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RCP de adulto por socorrista leigo

O procedimento de RCP para adulto por socorrista leigo compreende:

1
Reconhecimento da Parada Cárdio Respiratória.
(Sem respiração, com respiração anormal - gasping). Gasping
significa movimento respiratórios assíncronos não efetivos.
Verificação de pulso somente para profissionais da saúde.

2 Acionamento Serviço de Emergência


Ligue imediatamte para 192 ou 193.

3 Inicia a RCP na sequencia C-A-B


Inicie com as compressões (C). Faça 30 compressões com frequencia mínima de 100 por minuto. A
profundidade da compressão deve ser de 5cm. Aguarde o retorno total do tórax.
Cheque vias aéreas (A) com inclinação da cabeça-elevação do queixo. Faça 2 ventilações (B).
Caso o socorrista leigo não se sinta seguro com relação às ventilações, realizar somente as
compressões, sem parar.
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4 Repita a sequência C-A-B até a chegada do socorro


A RCP não deve ser interrompida até a chegada do serviço de emergência ou o retorno da
respiração da vítima.

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Treine estes procedimentos com um colega. Saber fazer uma RCP pode salvar vidas!
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Técnicas para Remoção e


Transporte de Acidentados
Cuidados no mexer

A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser SOLICITE, sempre que possível, a


feita com um máximo de cuidado, a fim de não agravar as ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na
lesões existentes. Antes da remoção da vítima, devem-se remoção de acidentado grave.
tomar as seguintes providências:

• Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, EVITE mover a pessoa;


• Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de
um casaco ou cobertor;
• Para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la em uma tábua ou
maca, lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima. Se precisar improvisar
uma maca, use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós;
• Apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás;
• Na presença de hemorragia abundante, a movimentação da vítima podem levar rapidamente ao
estado de choque;
• Se houver parada respiratória, inicie imediatamente o RCP;
• Imobilize todos os pontos suspeitos de fratura;
• Se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal, como
um só bloco, levando até a sua maca;
• No caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o
levantamento e o transporte;
• Lembre-se sempre de não fazer movimentos bruscos.

Movimente o acidentado o menos possível. Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o
transporte. O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo
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para a vítima.
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Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem
necessárias. Nem mesmo durante o transporte. SOMENTE UM MÉDICO PODE ATESTAR O ÓBITO DE UMA
PESSOA.
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Primeiros Socorros

Como proceder
Vítimas de acidentes normalmente não devem ser movimentadas, no entanto existem situações que a
movimentação é necessária. Com isso, o socorrista deve verificar a necessidade e realizar a movimentação
sem agravar a condição da vítima.

Existindo perigo, a vítima deve ser movimentada afim de afastá-la de um perigo maior.

Para situações onde não haja perigo, o transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada
em resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros). O transporte realizado de forma imprópria
poderá agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado.

Vítima consciente e podendo andar:

Remova a vítima apoiando-a em seus ombros.

Vítima consciente não podendo andar:

Transporte a vítima utilizando dos recursos aqui demonstrados, em casos de:

• Fratura, luxações e entorses de pé;


• Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores;
• Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros.
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Vítima inconsciente:

Como levantar a vítima do chão SEM AUXÍLIO DE OUTRA PESSOA:

Vítima inconsciente:

Como levantar a vítima do chão COM A AJUDA DE UMA OU MAIS PESSOAS:


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Vítima consciente ou inconsciente:

Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante:

Como Remover Vítima de Acidentados Suspeitos de Fraturas de Coluna e Pelve:

• Utilize uma SUPERFÍCIE DURA - porta ou tábua (maca improvisada).


• Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local encontrado até a
maca.
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• Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo tempo,
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evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.


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Só existem dois dias
no ano em que não
podemos fazer nada.
Um se chama ontem e o

outro amanhã
Dalai Lama
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CONFORME
Portaria 598/04

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CAPÍTULO 14
Responsabilidade e Acidentes
- Responsabilidades
- Acidentes no SEP

CAPÍTULO 14

Responsabilidade e Acidentes
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Responsabilidade
Aspectos legais 3

Acidentes no SEP
Discussão de casos 11
Responsabilidade e Acidentes

Responsabilidade
Aspectos legais

Neste capitulo trataremos sobre as responsabilidades referentes às disposições da NR-10, identificando


exatamente as atribuições aplicadas a cada profissional, bem como às empresas.

Da NR-10 temos:

“10.13.1. As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e


contratados envolvidos.”

Geralmente a relação entre contratada e contratantes é firmada através de contrato, que determina a quem
competem as ações referente às questões de segurança durante a prestação do serviço. Como pode ser
verificado na NR-10, tanto a contratada quanto a contratante são responsáveis pela aplicação da NR-10.

Além das atribuições da NR-10, temos compromissos com a constituição federal, com a CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho) e com os códigos civil e penal.

De acordo com os artigos 1521 e 1522 do código civil, qualquer empresa ou seus prepostos podem
responder quando da ocorrência de um acidente de trabalho, caso seja comprovada culpa devido à
imperícia, imprudência ou negligência, de acordo com o artigo 159 do Código Civil.

Da NR-10 temos:
Código Civil
“10.13.2. É de responsabilidade dos contratantes manter
os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão Art. 1521 – São também responsáveis
expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e pela reparação civil:
medidas de controle contra os riscos elétricos a serem III – o patrão, amo ou comitente,
adotados.” por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho
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Imperícia é a incapacidade, a falta de habilidade específica que lhes competir, ou por ocasião
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para a realização de uma atividade técnica ou científica, não dele (art. 1522)
levando o agente em consideração o que sabe ou deveria
saber. Art. 1522 – A responsabilidade
estabelecida no artigo antecedente,
Imprudência é um comportamento de precipitação, n° III, abrange as pessoas jurídicas,
de falta de cuidados. Consiste na violação da regras que exercem exploração industrial.
de condutas ensinadas pela experiência. É o atuar sem
precaução, precipitado, imponderado. Art. 159 – Aquele que por ação ou
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omissão voluntária, negligência,


Negligência é o termo que designa falta de cuidado imprudência ou imperícia causar
ou de aplicação numa determinada situação, tarefa ou dano a outra pessoa, obriga-se a
ocorrência. É frequentemente utilizado como sinónimo indenizar o prejuízo.
dos termos “descuido”, “incúria”, “desleixo”, “desmazelo”

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Responsabilidade e Acidentes
O ítem 10.13.2 da NR-10 reforça a responsabilidade dos contratantes com relação a responsabilidade
técnica da instalação, incluindo a integridade física dos trabalhadores. Sendo assim é comum a realização
da integração com os profissionais das contratadas antes do início da prestação de serviços, afim de se
repassar todas as informações referentes à segurança.

Conforme o Art. 157 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas

Cabe às empresas:

• Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do


trabalho;
• Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais;
• Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelos órgãos
competentes;
• Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Para o item 10.13.3 da NR-10, é indicado o dever da empresa de implantar ações preventivas e corretivas na
ocorrência de acidente de trabalho. Normalmente estas atividades são executadas pela Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (CIPA) em parceria com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho (SESMT).

“10.13.3. Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços


em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.”

De acordo com o item 10.13.4 os empregados também têm responsabilidades por suas ações e omissões,
pelo cumprimento dos procedimentos de segurança e a necessidade de comunicar situações de risco,
conforme determina o item 10.13.4

“ 10.13.4. Cabe aos trabalhadores:

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
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omissões no trabalho;
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b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares,
inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e

c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de


risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.”
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Segundo o Art. 158 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas:

Cabe aos empregados:

• Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, bem como as


instruções dadas pelo empregador;
• Colaborar com a empresa na aplicação das leis sobre segurança e medicina
do trabalho;
• Usar corretamente o EPI quando necessário.

Os trabalhadores tem o direito de recusa na execução de determinada tarefa, caso encontrem uma situação
de risco que não consigam eliminar ou controlar, conforme o item 10.14.1 da NR-10. Na ocorrência destas
situações deve-se comunicar o superior hierárquico do trabalhador de forma imediata.

“10.14.1. Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre
que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas
cabíveis.”

DIREITO DE RECUSA - NR 10

O trabalhador tem o Direito de Recusa! Se o trabalho não pode


ser executado com segurança, é seu direito recusar o serviço.

No item 10.14.2, é estabelecido as responsabilidades das empresas na atuação de promoções para ações
de controle dos riscos originados por outrem.
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“10.14.2. As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas
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instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes.”

É de responsabilidade das empresas manter o livre acesso dos trabalhadores e das autoridades competentes
a toda documentação conforme exposto na NR-10.

‘10.14.4. A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos


trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações
e interferências nas tarefas.
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10.14.5. A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades
competentes.”

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SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho estão especificados na


Norma Regulamentadora NR 4.

A NR- 4 estabelece a obrigatoriedade da existência do SESMT em todas as empresas privadas, públicas,


órgãos públicos da administração direta e indireta dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, com a finalidade de promover a saúde
e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

Atribuições do SESMT

• Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e Medicina do


Trabalho no ambiente de trabalho e a todos os seus componentes,
inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até controlar os
riscos ali existentes à saúde do trabalhador;
• Determinar ao trabalhador a utilização de Equipamentos de Proteção
Individual – EPI, quando esgotados todos os meios conhecidos para
a eliminação do risco, como determina a NR 6, e se mesmo assim este
persistir, e desde que a concentração, a intensidade ou característica do
agente assim o exija;
• Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas
da empresa;
• Responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR’s
aplicáveis às atividades executadas pelo trabalhadores das empresa e/ou estabelecimentos;
• Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de
apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5;
• Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores
para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas
quanto de programas de duração permanente (treinamentos);
• Esclarecer e conscientizar os empregados sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais,
estimulando-os em favor da prevenção;
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• Analisar e registrar em documentos específicos todos os acidentes ocorridos na empresa ou


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estabelecimento, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características


do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as
condições dos indivíduos portadores de doença ocupacional ou acidentado;
• As atividades dos profissionais integrantes do SESMT são essencialmente prevencionistas, embora
não seja vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. A elaboração de planos
de controle de efeitos de catástrofes, disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios
e o salvamento, a imediata atenção à vítima de qualquer tipo de acidente estão incluídos em suas
atividades.
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PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um documento de revisão anual, que visa identificar,
avaliar, registrar, controlar e mitigar os riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho, promovendo a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, tendo em consideração
a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

• Radiação eletromagnética, principalmente na


construção e manutenção de linhas de elevado
potencial (transmissão e sub-transmissão) e em
subestações;
• Ruído em usinas de geração elétrica e subestações;
• Calor em usinas de geração elétrica (sala de
máquinas), serviços em redes subterrâneas de
distribuição de energia elétrica e em subestações;
• Umidade em caixas subterrâneas;
• Riscos biológicos diversos nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia elétrica
(eventual proximidade com redes de esgoto), e obras de construção de modo geral;
• Gases tóxicos, asfixiantes, inflamáveis nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia
elétrica tais como metano, monóxido de carbono, etc;
• Produtos químicos diversos como solventes para limpeza de acessórios;
• Óleos dielétricos utilizados nos equipamentos, óleos lubrificantes minerais e hidrocarbonetos nos
serviços de manutenção mecânica em equipamentos sobretudo em subestações de energia, usinas
de geração e transformadores na rede de distribuição;
• Ácido sulfúrico em baterias fixas de acumuladores em usinas de geração elétrica.
• Ascarel ou Bifenil Policlorados (PCBs), ainda presentes em transformadores e capacitores de instalações
elétricas antigas, em atividades de manutenção em subestações de distribuição elétrica e em usinas de
geração elétrica, por ocasião da troca de transformadores e capacitores e, em especial, da recuperação
de transformadores e descarte desse produto.
• Outros riscos ambientais, conforme a especificidade dos ambientes de trabalho e riscos porventura
decorrentes de atividades de construção, tais como vapores orgânicos em atividades de pintura,
fumos metálicos em solda, poeiras em redes subterrâneas e obras, etc.
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É fundamental a verificação da existência dos aspectos estruturais no documento base do PPRA, que
dentre todos legalmente estabelecidos, cabe especial atenção para os seguintes:

• Discussão do documento base com os empregados (CIPA);


• Descrição de todos os riscos potenciais existentes em todos ambientes de trabalho, internos ou
externos e em todas as atividades realizadas na empresa (trabalhadores próprios ou de empresa
contratada);
• Realização de avaliações ambientais quantitativas dos riscos ambientais levantados (radiação, calor,
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ruído, produtos químicos, agentes biológicos, dentre outros), contendo descrição de metodologia
adotada nas avaliações, resultados das avaliações, limites de tolerância estabelecidos na NR15 e
medidas de controle sugeridas, devendo ser assinado por profissional legalmente habilitado;
• Descrição das medidas de controle coletivas adotadas;
• Cronograma das ações a serem adotadas no período de vigência do programa.

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Responsabilidade e Acidentes
O PPRA deve estar articulado com os demais documentos de Saúde e Segurança do Trabalho - SST, como
PCMSO, PCA e o PCMAT (em caso de construção de linhas elétricas, obras civis de apoio a estruturas, prediais),
e inclusive, com todos os documentos relativos ao sistema de gestão em SST adotado pela empresa.

PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

É fundamental que o PCMSO seja elaborado e planejado anualmente com base em um preciso
reconhecimento e avaliação dos riscos presentes em cada ambiente de trabalho, em conformidade com
os riscos levantados e avaliados no PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, no PCMAT –
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, bem como em outros
documentos de saúde e segurança, e inclusive no mapa de riscos desenvolvido pela Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA).

Esse Programa constitui-se num dos elementos de Saúde e Segurança do


Trabalho - SST da empresa e não pode prescindir de total engajamento e
correspondência com o sistema de gestão adotado na empresa, se houver,
integrando-o, tanto na fase de planejamento de ações quanto na fase de
monitoração dos resultados das medidas de controle implementadas.

Frente às situações específicas do setor elétrico, onde na maioria dos


casos não estão presentes os riscos clássicos industriais, o Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) deve considerar com
profundidade fatores ergonômicos:

• De ordem psicossocial relacionados à presença do risco de vida no trabalho com eletricidade e dos
trabalhos em altura, seja no poste urbano quanto nas atividades em linhas de transmissão, como: “stress”
associado a tais riscos, grande exigência cognitiva e de atenção, necessidade de condicionamento
psíquico e emocional para execução dessas tarefas, entre outros fatores estressores;
• De natureza biomecânica relacionados às atividades em posturas pouco fisiológicas e inadequadas
(em postes, torres, plataformas), com exigências extremas de condicionamento físico;
• De natureza organizacional relacionados às tarefas planejadas sem critérios de respeito aos limites
técnicos e humanos, levando a premência de tempo, atendimento emergencial, pressão produtiva.
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Além dos fatores citados, evidentemente o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) deverá levar em conta os demais riscos presentes nas atividades executadas conforme cada caso
especificamente.

O controle médico deverá incluir:

• Avaliações clínicas cuidadosas, admissionais e periódicas, com ênfase em aspectos neurológicos e


osteo-músculo-ligamentares de modo geral;
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• Avaliação de aspectos físicos do trabalhador pertinentes a outros riscos levantados, incluindo ruído,
calor ambiente e exposição a produtos químicos;
• Avaliação psicológica voltada para o tipo de atividade a desenvolver;
• Avaliação de acuidade visual, (trabalho muitas vezes à distância, e com percepção de detalhes).

Exames complementares poderão ser solicitados, a critério médico, conforme cada caso.

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Ainda, ações preventivas para situações especiais devem ser previstas, como vacinação contra Tétano e
Hepatite, no caso de atividades em caixas subterrâneas próximas à rede de esgoto.

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), além da avaliação individual de cada
trabalhador envolvido, periodicamente, tem o caráter de um estudo de corte, longitudinal, onde o médico
do trabalho tem oportunidade de acompanhar uma determinada população de trabalhadores ao longo
de sua vida laboral, estudando o possível aparecimento de sintomas ou patologias, a partir da exposição
conhecida a fatores agressores.

É fundamental que os relatórios anuais sejam detalhados, com a guarda judiciosa dos prontuários médicos,
sendo a implementação do programa verificada pelo Auditor Fiscal do Trabalho por meio da correção
dos Atestados de Saúde Ocupacionais, quanto a dados obrigatórios e periodicidade, disponibilidade dos
relatórios anuais e, caso necessário, por meio das análises dos prontuários médicos.

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

Conforme determina a NR 5 as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da


administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem
como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados devem constituir CIPA por
estabelecimento e mantê-la em regular funcionamento.

A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.

A CIPA é composta por representantes do empregador - (designados) e dos empregados (eleitos).

O organograma pode ser representado conforme segue:


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Responsabilidade e Acidentes

Atribuições da CIPA

• Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior
número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
• Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e
saúde no trabalho;
• Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem
como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
• Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação
de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
• Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixada sem seu plano de trabalho e
discutir as situações de risco que foram identificadas;
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os
impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos
trabalhadores;
• Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde
considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
• Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados
à segurança e saúde no trabalho;
• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos
e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das
doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
• Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na
segurança e saúde dos trabalhadores;
• Requisitar à empresa as cópias das CAT’s emitidas;
• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho – SIPAT;
• Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.
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Acidentes no SEP
Discussão de casos

Caso 1 - Acidente com multímetro

Eletricista se acidenta durante medições realizadas com um multímetro sem certificação de categoria de
sobretensão pela IEC 61010.

Durante a medição houve um provável “spike” de tensão, ultrapassando a capacidade de isolamento do


multímetro, levando o mesmo a fechar um curto com posterior geração de arco elétrico. Confira as fotos
abaixo:

Roupa do acidentado Roupa do acidentado Roupa do acidentado, EPIs e Multímetro


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Roupa do acidentado Local do acidente


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Disjuntor
Multímetro utilizado Disjuntor

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O fator causador do acidente foi a utilização de um multímetro sem certificação de categoria, o qual não
suportou um “spike” de tensão, originando um arco elétrico. A situação foi agravada pelo fato do eletricista
não estar utilizado um protetor facial.

Especificação mínima para Multímetros:


 
Além das características elétricas, como grandezas a serem medidas, escalas e influência de harmônicos é
necessário considerar o nível de curto-circuito nos pontos onde serão realizados as medições.

Transientes, Sobretensões e Equipamentos Elétricos:

Transiente é um surto de tensão elétrica que ocorre num intervalo de tempo muito pequeno. Existem duas
formas de os transientes chegarem a um equipamento eletrônico:

• Indução eletromagnética. É geralmente causada por raios que caem perto da rede elétrica e
induzem uma tensão muito alta na rede. Essa indução acontece quando uma corrente elétrica varia
rapidamente, criando um campo eletromagnético que é absorvido pelos fios da rede elétrica ou
telefônica, que atuam como antenas.

• Condução pela rede. O chaveamento de cargas fortemente indutivas, como os motores elétricos,
gera transientes que são causados pela força contra eletromotriz. Isso ocorre porque um indutor
opõe-se à variação de corrente elétrica. Quando ocorre o desligamento de uma chave - eletrônica
ou não - a energia armazenada sob a forma de campo magnético força a passagem de corrente em
sentido inverso ao sentido original. O resultado é um pulso rápido de alta tensão, conhecido como
“spike”.

Transientes de alta energia são muito mais perigosos pois


disparam arcos de tensão. Os transientes são atenuados pelas
impedâncias do sistema na medida que eles fluem do ponto de
geração.

Ocorrem quando:
• Transiente na alta tensão (chaveamentos);
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• Motor ou desligamento de cargas indutivas;


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• Mal funcionamento de equipamentos;


• Chaveamento de cargas;
• Inversores de freqüencia.
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Recomendação: Utilizar sempre multímetros categoria III ou IV!


Sempre usar os EPIs especificados para o ponto da instalação em questão!

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Caso 2 - Acidente em rede de média tensão

O acidente ocorreu em município do interior do estado do Rio Grande do Sul. A estrutura (poste de madeira
em altura padrão), com o religador A, onde o acidentado executava sua atividade, está situada em área
rural, numa propriedade particular. Segundo informado, no dia do acidente, as condições climáticas para a
realização da atividade eram satisfatórias.

No dia do acidente, a equipe X, formada pelos Srs. C e


D , recebe, via AutoTrac, mensagem do CO (centro de
operações) para verificação do equipamento denominado
“religador” A, componente da rede primária de distribuição
elétrica sob a responsabilidade da empresa, que estaria
desarmado.

Esta situação implica ausência de tensão na rede que serve


um dos municípios da região. A equipe X constata e informa
ao CO que realmente o equipamento estava desarmado. O
desarme do “religador” pode ser provocado por anomalias
na rede de distribuição elétrica ou ainda por outros eventos.

A equipe X recebe determinação, oriunda do CO, via


AutoTrac, para percorrerem a rede daquele ponto até um
município vizinho, em busca de anomalias. Pouco tempo
após, esta equipe retorna mensagem ao CO informando ter
verificado a rede e nada encontrado.
Local da ocorrência do acidente, com visão do
poste e religador

Por outro lado, o mesmo CO, também via AutoTrac, envia mensagem à equipe Y, formada pelo Sr. A,
Eletricista, e por seu colega, Sr.B, Auxiliar de Eletricista, para deslocaram-se até o local do “religador” A.

Às 9h8min, a equipe Y chega ao local. Ficam aguardando nova determinação. Às 9h29min recebem
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mensagem do CO determinando o religamento (fechamento) do equipamento “religador” A, pois a equipe


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X já teria percorrido o trecho, solicitando confirmação da operação.

O CO também envia mensagem à equipe X, informando que iria ligar o “religador”. A equipe Y, ao tentar
fechar uma das chaves-faca, do lado carga, constata que ela está danificada, tendo, inclusive, uma de suas
lâminas caído.

A equipe Y, às 9h31min, informa, via AutoTrac, ao CO que uma das chaves-faca, do lado carga do equipamento
está quebrada. O CO solicita à Subestação NP a desenergização do alimentador 01, por necessidade de
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intervenção de equipe de manutenção.

No entanto, é desligado o alimentador 02. Este não corresponde à rede da chave-faca quebrada, não
ocorrendo, portanto, o desligamento de seus componentes. O CO da empresa entende que sua solicitação
foi atendida.

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Não é possível o CO visualizar, por meio de
instrumental ou mostradores adequados,
se a desenergização de trechos de redes
realmente aconteceu.

O CO envia mensagem para a equipe Y, pelo


AutoTrack, que está desligado o alimentador
01. Solicita também o aterramento e o teste
de ausência de tensão.

A equipe Y testa a ausência de tensão


tocando, com o auxílio da vara de manobra,
na chave. A diferença de potencial entre
a vara e a rede provocaria emissão de
ruído capaz de constatar empiricamente a
energização. Este não é um procedimento
padrão ou mesmo confiável, mas é prática Chaves faca, lados fonte e carga. No detalhe, o local da chave-faca
entre os eletricistas. central onde se deu o contato com a vítima

Estes informam que o sistema eletrônico de detecção de tensão disponibilizado pela empresa não
é confiável, pois possuiria um excesso de sensibilidade, “bipando” de forma muito frequente. Também
apresentaria dificuldades operacionais sob a ação da umidade. O Sr. B informa ao CO, via AutoTrac, que a
rede está testada e aterrada. O sistema de aterramento foi recentemente alterado. Foi adotado um sistema
denominado “por sela”, disponibilizado para a equipe Y a apenas uma semana. Ambos os componentes
desta equipe receberam, havia aproximadamente um ano, treinamento sobre o novo sistema de
aterramento, mas sem a prática.

Somente está disponibilizado, na camionete da equipe, o novo sistema de aterramento. A equipe Y não
realiza o aterramento prescrito no Manual do Eletricista (ME) da empresa. É fornecida uma cópia deste
manual para cada equipe. No ME estão estabelecidos tempos médios para a execução das tarefas prescritas.

A totalidade dos trabalhadores entrevistados relata que


as pressões de tempo e produtividade podem induzir o
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descumprimento de alguns procedimentos prescritos no ME.


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Os trabalhadores afirmam que alguns destes procedimentos


são inexequíveis na prática, por sua extensão e complexidade,
quando confrontados com as necessidades de atendimento
das demandas de serviço.

A equipe Y recebe duas ligações, por telefone celular,


oriundas do CO da empresa, solicitando informações sobre
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o andamento da atividade, pois haveria uma cidade sem


energia elétrica. Nenhum dos dois havia realizado este tipo
de atividade. O Sr. A (eletricista) sobe até a área de trabalho
com o auxílio de uma escada de mão extensível, em fibra de
vidro, apoiada no poste em sentido oposto ao “religador”.

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O Sr. A já havia iniciado as operações destinadas ao conserto da chave-faca quebrada. Portando luvas de
raspa de couro, não dielétricas, o Sr. B abre as chaves externas, lado fonte, do solo, com o auxílio de varas
de manobra.

A chave-faca situada na posição central, em face de sua posição e ângulo, apresenta dificuldade em ser
aberta com a vara de manobra.

Após a mensagem do CO, o Sr. A reposiciona-se e tenta manobrar a chave faca central, do lado fonte, com a
mão. Esta chave e componentes estão energizados, com uma tensão aproximada de 13 kV. O Sr. B procura
avisar que poderiam tentar executar esta atividade do solo, mas não houve tempo. Ocorre um forte ruído,
e o Sr. B observa que o Sr. A está sofrendo choque elétrico, com contato pela sua mão direita. Tenta desligar
a mesma chave do solo, com o auxílio da vara de manobra, mas não consegue. Volta para a camionete e
aciona o “botão de pânico” presente no painel. Volta para a área contínua ao poste e observa que a vítima
não mais apresenta reação. Sobe na escada e retira o corpo do colega com a ajuda do cabo. A vítima sofre
graves queimaduras e mutilações em diversas partes do corpo, características de forte contato elétrico. O
Sr. B ainda tenta socorrê-lo. É constatado o óbito do Sr. A pelas equipes de socorro que acorrem ao local.
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Posição em que a vítima foi encontrada após o choque elétrico


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Fatores causais do acidente:

• Pressão por aumento da produtividade, colocando os trabalhadores sob elevado estresse;


• Meio de comunicação deficiente entre a equipe e o centro de operações. Foi solicitado o desligamento
do alimentador 1 e o desligado foi o 2;
• Manutenção com equipamento energizado;
• Teste de ausência de tensão não realizado com equipamento correto;
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• Falta de aterramento.

Verifica-se que neste acidente vários fatores contribuiram para a fatalidade. Podemos considerar como o
principal a falta de treinamento fornecido pela empresa, já que todos os procedimentos existentes na NR-
10 com relação à desenergização de um circuito não foram executados.

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Caso 3 - Acidente durante manobra de Subestação

Existem muitas razões para um acidente com arco elétrico ocorrer. Algumas das explosões de arco elétrico
ocorrem quando o pessoal da subestação faz o procedimento de inserir ou extrair disjuntores de cubículos
de manobra de baixa ou de média tensão. Inserção e extração manual de disjuntores apresentam uma
exposição ao arco elétrico potencialmente letal.

Preposições e complacência são dois sérios inimigos da segurança elétrica.

Em janeiro de 1993, dois funcionários foram mortos e três ficaram gravemente feridos por um arco elétrico
em uma subestação de energia no Texas.
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O funcionário morto (história não confirmada) havia inserido um disjuntor e enviado o comando de
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fechamento, mas o disjuntor não fechou. Com o indicador do disjuntor mostrando que ainda estava aberto,
o operador iniciou a extração do disjuntor para solucionar o problema com o seu supervisor olhando. Ele
não sabia que o disjuntor havia recebido o comando de fechamento.

Como consequência, o operador tentou extrair o disjuntor ao mesmo tempo que se recebe um comando
de fechamento. Quando ele finalmente foi capaz de mover o disjuntor, a ligação mecânica foi aliviada e o
disjuntor fechou enquanto ele estava parcialmente extraído. O resultado foi um arco elétrico e explosão
que queimou gravemente o operador e o supervisor, além de jogá-los contra a parede. Ambos foram
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mortos.

O arco elétrico, em seguida, se espalhou em torno de um canto e queimou outros três trabalhadores. Todo
esse massacre ocorreu em milésimos de segundos.

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TRABALHE COM SEGURANÇA!

Use os EPIs corretos, siga os procedimentos de segurança!


Sua Família agradece!!!
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Nós somos aquilo que
fazemos repetidamente.
Excelência, então, não é “
um modo de agir, mas um
hábito.
Aristóteles

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