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ADORANDO UNIÃO CENTRO-OESTE BRASILEIRA

ADORAÇÃO PARTICIPATIVA
O culto é para todos e deve envolver todas as idades
20 28 32
ADORAÇÃO ENVOLVENTE NÃO AS IMPEÇAM O CAMINHO DE VOLTA
EDITORIAL

adoração é um dos grandes desafios dos das novas gerações em nossos cultos. O bom sen-

A
nossos dias. Vivemos em um tempo em que so é necessário para a construção de um modelo
as pessoas estão voltadas para o entrete- litúrgico que possa incluir a todos no propósito de Ig
nimento e cada vez mais impacientes com buscar o Senhor juntos e crescer em comunhão
todos os processos, exigindo velocidade. uns com os outros.
Pressa e diversão parecem caracterizar nossos dias. Essa é uma preocupação da igreja, não apenas da
Por outro lado, os mais conservadores se posicio- UCOB. Em novembro de 2015, a Igreja Adventista
nam como defensores dos valores antigos, provo- do Sétimo Dia na América do Sul tomou um voto
cando um choque de gerações em vários aspectos sobre liturgia e propôs uma série de 15 mudanças
da vida atual. e ajustes na liturgia de nossa igreja. Esses pontos
O que temos diante de nós é um quadro bem in- passam pelos elementos que trabalhamos nesta
teressante, pois dois modelos básicos de liturgia têm revista – uma liturgia mais simples e participativa. O
tomado conta de nossos cultos. Um extremamente voto fala em “desenvolver um culto de adoração mais
tradicional, baseado em partes formais, envolvendo dinâmico e que se comunique de maneira eficiente
rituais que estão desprovidos de um significado com a geração atual”, e desafia a igreja a “equilibrar e
teológico ou prático, ou seja, apenas tradição. Em integrar” vários elementos do culto, além de chamar
outra ponta está uma liturgia de entretenimento, a atenção para a necessidade de “uma programação
que inclui coisas legais e bonitas, mas que agregam mais direta e bem preparada”. (voto na página 46)
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muito pouco ou nada para a adoração a Deus. Sem Esta revista não tratará de questões polêmicas. A
contar que uma onda promocional multiplica o Não vamos dizer qual o tipo de música ou instru- M
G
tempo de anúncios e propagandas durante o culto. mentos que devem ser utilizados em sua igreja. Se o
Na maioria das vezes, esses aspectos comprome- culto deve ser tradicional ou mais contemporâneo. As O
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tem os elementos essenciais da adoração a Deus. características de cada igreja devem ser respeitadas,
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A oração, o louvor congregacional e a pregação da porém este material tem como objetivo convidar
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Palavra devem estar no centro do culto. Esses ele- a liderança da igreja para uma autoanálise de sua E
mentos não podem ser comprimidos ou suprimidos liturgia, buscando adequá-la para, com simplicidade Jo
Jo
em outras partes desnecessárias em uma aborda- (menos partes e distrações em um culto mais direto) Jo
gem de “entretenimento espiritual” ou desfigurados e com inclusão de todas as gerações, tornar os cultos L
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por um formalismo que não tem sentido. de sua igreja verdadeiros momentos de adoração, M
Isso coloca a igreja cada vez mais distante das nos quais todos se encontram para Adorar Juntos. M
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novas gerações que não conseguem se identificar Cada pastor deve tomar tempo para refletir neste
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com os modelos vigentes. Hoje, mais do que nunca, material. A liderança da igreja deve separar alguns
surge a necessidade de uma liturgia mais simples momentos para estudar juntos o seu conteúdo. Seria D
M
e participativa, na qual os fundamentos essenciais muito bom formar uma subcomissão de liturgia, em
da adoração sejam a prioridade, e os nossos filhos que os juvenis, a dolescentes e jovens sejam convidados P
R
tenham uma participação ativa como protagonistas. a participar e possam contribuir. Juntos podemos
É necessária uma reflexão sobre a liturgia que construir uma igreja mais relevante para todos. R

usamos. Temos que fazer igreja para todas as ge- Uma liturgia que conduza à simplicidade e à par-
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rações. O projeto Adorando Juntos traz como pro- ticipação de todos numa experiência de genuína
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posta a construção de uma liturgia mais simples, adoração é um alvo que todos deveriam perseguir.
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na qual o importante esteja no centro da adoração.
Pr. Alijofran Brandão C
Também quer propor uma participação mais ampla Presidente da União Centro-Oeste Brasileira da IASD 00

2 Adorando Juntos
04
- ADORAÇÃO
o PARTICIPATIVA
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Igreja Adventista
do Sétimo Dia® 08
SUGESTÕES
PRÁTICAS
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O
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e ADORAÇÃO
e ENVOLVENTE
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o 28
ADORAÇÃO
Produção Executiva:
s. Alijofran Brandão
INFANTIL
- Matheus Tavares
Gilnei Abreu
o
s Organizador:
Charlles Britis
s,
Colaboradores:
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Ebenézer Oliveira
a Eleni Wordell

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e João Gusmão
Jomarson Dias
o) Joni Oliveira
s Lelis Silva CRESCIMENTO
Lucilene Britis
o, DA LIDERANÇA
46
Manuel Teixeira Nunes
Moises Staut
Richard Figueiredo
e PROGRAMAS
Walmir Rosa
s ESPECIAIS NA IGREJA
a Direção de Arte e Capa:
Marcos Santos
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s Projeto Gráfico:
Renan Martin
s
Revisão:
Jéssica Manfrim
-
Imagem da Capa:
a
© tai111 / Adobe Stock
r.
Impressão:
Casa Publicadora Brasileira
0000/00000

Adorando Juntos 3
ADORAÇÃO

ADORAÇÃO
4
PARTICIPAT
Adorando Juntos
O
projeto JUNTOS é um apelo urgente para
que se considere a importância estratégi-
ca e o potencial de crianças, adolescentes
e jovens. A expectativa é abrir o coração
e a mente de toda igreja para a ideia de
atingir e levantar uma nova geração de
dentro desse vasto grupo – uma geração
que pode experimentar uma transforma-
ção pessoal e também ser mobilizada
como discípulos de Jesus. Nossa visão e
esperança é a de maximizar o seu poder
de impacto transformador enquanto
ainda estão na infância e juventude, e
mobilizá-los para que continuem a cau-
sar impacto por toda vida.
Para maximizar o impacto transfor-
mador da nova geração, o contexto
mais apropriado é a família. Os pais
têm a responsabilidade primária com

ATIVA
a criação de seus filhos. Mas também
temos o contexto complementar da
igreja, e o papel dela é nutrir, estimu-
lar a capacidade e fornecer recursos
num cenário coletivo de adoração. Se
conseguirmos atingir a nova geração
e discipulá-la enquanto as suas pers-
pectivas de vida e visões de mundo
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ainda estão sendo moldadas, vamos


colocá-las sobre uma rocha que não
poderá ser movida facilmente.

Adorando Juntos 5
Podemos perceber, em algumas realidades, ju
que os ministérios e departamentos relacio- p
nados aos cultos de adoração nas igrejas têm O Senhor deixou, a
focado principalmente os adultos. Nota-se im
uma escassez de oportunidades para jovens, por meio da e
adolescentes e crianças em nossos cultos.
Eles acabam sendo anulados no exercício de inspiração, luz n
seus dons e no desenvolvimento do potencial n
de participação de honrarem a Deus com os suficiente para t
adultos e idosos. c
O culto é para todos e deve envolver todas as
que, a despeito de m
idades, mas infelizmente só constatamos a in- s
clusão dos mais novos em datas especiais como
idade, a genuína d
Dia das Crianças, 13º Sábado, Dia Mundial de
adoração possa
Jovens, Aventureiros e Desbravadores. Na roti- r
na normal da programação local dificilmente é ser reconhecida e c
considerado inserir na lista dos hinos de louvor a
uma opção de hino infantil para todos cantarem praticada por todos" d
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6 Adorando Juntos
juntos. Adorar não pode ser segmentado a um “Nossas reuniões devem oferecer o
pequeno espaço e tempo como acontece com maior interesse possível. Deve imperar ali
a adoração infantil. Embora seja um momento a própria atmosfera do Céu. As orações
importante, não substitui um culto integral que e discursos não devem ser prolixos e en-
envolve todas as gerações. fadonhos, apenas para encher o tempo.
Além do envolvimento, temos que pensar Todos devem espontaneamente e com
no foco. Não podemos de forma nenhuma pontualidade contribuir com sua parte
negligenciar uma comunicação inteligível para e, esgotada a hora, a reunião deve ser
todos, inclusive jovens, adolescentes e prin- pontualmente encerrada. Deste modo
cipalmente crianças. A nova geração ainda é será conservado vivo o interesse. Nisto
moldável, por isso precisamos priorizar nos- está o culto agradável a Deus. Seu culto
sos esforços para alcançá-los nos serviços deve ser interessante e atraente, não se per-
de adoração. mitindo que degenere em formalidade
A clara compreensão do conceito de ado- insípida. Devemos dia a dia, hora a hora,
ração e seu verdadeiro significado são essen- minuto a minuto viver para Cristo; então
ciais para uma igreja que quer envolver todas Ele habitará em nosso coração e, ao nos
as gerações. Adorar a Deus é a motivação reunirmos, Seu amor em nós será como
do verdadeiro culto. Adoração não significa uma fonte no deserto, que a todos refri-
meramente estar na igreja. O culto, na pers- gera, incutindo nas almas esmorecidas
pectiva de quem é amigo de Deus, consiste em um desejo ardente de sorver da água da
aprender a viver na presença desse amigo. É vida” (itálicos acrescentados).
integrar na vida diária o que se aprendeu na
igreja. Para que isso aconteça, todas as idades Será que chegamos ao ponto em que a men-
precisam entender o que se passa no culto sagem não desperta necessidade de mudança
e vivenciá-lo. Não se trata de entreter, mas e nem faz refletir, comunicando apenas com
comunicar para transformar. O entreteni- alguns poucos; o louvor nos faz fechar os olhos
mento de forma nenhuma deverá substituir para nossa realidade ao invés de abri-los; os
o verdadeiro culto, que é, ao mesmo tempo, avisos são chatos, demorados e repetitivos; e
contemplação, admiração e reconhecimento os elementos da programação não fazem mais
da grandeza de Deus. sentido? Resumindo, será que tem gente que
Muito do que se faz para as crianças em nos- está toda semana na igreja como se fosse algo
sas igrejas hoje está voltado para entretê-las, que precisa suportar ardorosamente, pois seria
ao invés de equipá-las e desafiá-las. Não tem o mínimo a fazer depois de descobrir o que Jesus
nada de errado com o fato de crianças e jovens fez por ela? Não precisa ser assim!
quererem se divertir; contudo, acabam se per- Pensando em todas essas questões é que
dendo muitas oportunidades ao fazer disso o o Adorando Juntos desafia pastores e líderes a
foco entre jovens e crianças. Uma pergunta que refletir num formato de liturgia leve e que es-
precisa ser feita é a seguinte: O que nossos filhos timule a realidade do reino de Deus em cada
não estão aprendendo quando vão aos cultos? pessoa que está cultuando, independentemen-
O Senhor deixou, por meio da inspiração, te da idade. Uma liturgia que impacte direta-
luz suficiente para que, a despeito de idade, mente o coração de crianças, adolescentes,
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a genuína adoração possa ser reconhecida e jovens e adultos.


praticada por todos. Note o que diz Ellen G.
White no livro Testemunhos Seletos, volume 2, Pr Jómarson Dias
páginas 251 e 252: Escola Sabatina e Ministério Pessoal – UCOB
Adorando Juntos 7
NA PRÁTICA

Conceitos Básicos

Sugestões
e Sugestões
Práticas para o
Culto de Adoração

PRÁTICAS A Bíblia claramente recomenda a adoração cole-


tiva. A fim de adorar juntos, são necessários ordem
e planejamento. Sendo assim, cuidados especiais
devem ser levados em conta na adoração pública. “O
culto não deve ser um entretenimento religioso, mas
precisa cativar e prender o interesse da congregação,
enquanto esta é levada a um encontro com Deus.
Embora o culto não deva ser apenas para exposição
doutrinária, a pureza e clareza da doutrina devem ser
parte integrante da verdadeira adoração. Ainda que
não deva ser apenas para propósitos de fazer apelos
evangelísticos, ele deve levar os adoradores a compro-
meter a vida com Deus” (Guia para Ministros, p. 119).
Cabe aqui uma reflexão. Pense nos diversos
momentos que sua igreja se reúne a cada semana.
O culto conduz os participantes à genuína adoração?
A Palavra é compartilhada de forma que possa
ser compreendida e aplicada na vida prática? Há
momentos que encorajam a comunhão e o amor
entre os adoradores? As pessoas são inspiradas
e ensinadas a se envolver na missão de Cristo? Se
esses objetivos são considerados seriamente, sua
igreja buscará desenvolver um serviço de adoração
que apresente as seguintes características:

8 Adorando Juntos
1 ADORAÇÃO
PRAZEROSA
“Celebrai com júbilo ao Senhor,
todas as terras. Servi ao Senhor
com alegria, apresentai-vos diante
Dele com cântico. Sabei que o Senhor

2
é Deus; foi Ele quem nos fez, e Dele
somos” (Sl 100:1-3). A emoção sincera
é parte integrante do verdadeiro
culto, e sua expressão deve ser ADORAÇÃO
coletiva e francamente PESSOAL
demonstrada. O culto não é prestado por pro-
curação; ele é experimental. Ninguém
pode adorar em lugar de outro. O culto
não deve ser uma rotina ou cerimônia rea-
lizada para nós por meio de outras pessoas.

3
Ele não é tradição nem evento para um
espectador passivo. A adoração compreen-
de uma interação pessoal entre Criador e
criatura – um encontro com Deus.

ADORAÇÃO
SIGNIFICATIVA
Um serviço de culto de
adoração que apela à mente é
sempre intelectualmente sau-
dável, se centraliza na Bíblia e
dá prioridade para o tempo
dedicado ao seu estudo.

ADORAÇÃO
PARTICIPATIVA
4
Aqueles que planejam e dirigem o culto de
adoração devem envolver o máximo possível de
participantes, incluindo jovens e crianças. O envolvimento
de todos aumentará o interesse. A juventude deve ser
convidada a fazer orações, dirigir louvores, introdução para
ofertas, leitura da Bíblia, sermões, etc. “Não devemos nos reunir
simplesmente para preencher uma formalidade, e sim para trocar
ideias, relatar nossa experiência diária, oferecer ações de graça e
exprimir nosso sincero desejo de ser iluminados para conhecer a
Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. A comunhão em conjunto
com Cristo fortalece a alma [...]. Nem é possível imaginar ser
cristão e viver concentrado em si mesmo. [...] A experiência de
cada um será até certo ponto determinada pela de seus
companheiros” (Conselhos para a Igreja, p. 271). Perceba
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que é mais do que estar reunidos num mesmo lugar.


Quando nos tornamos uma comunidade
de pessoas que se amam, adoramos
realmente juntos.

Adorando Juntos 9
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Dicas (Parte 1)
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10 Adorando Juntos
PLANEJANDO A ADORAÇÃO
1 Diante do que foi exposto até aqui fica evi-
dente que a adoração congregacional pede Nossas reuniões
o melhor e mais cuidadoso planejamento, e quanto
melhor o planejamento, mais confortável e restau- devem ser
rador será o serviço de culto. Embora o propósito
do planejamento não deva ser o estabelecimento intensivamente
de formatos rígidos, deve prover uma sequência
suave dos elementos do culto. De acordo com Ellen interessantes. Deve
White, alguns aspectos são fundamentais quando
se planeja o serviço de adoração:
imperar ali a própria
“Os cânticos de louvor, a oração, a palavra minis-
trada pelos embaixadores do Senhor são os meios
atmosfera do Céu"
que Deus proveu para preparar um povo para a
assembleia lá do alto, para aquela reunião sublime
à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser
admitida” (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 491, Se esses princípios forem aplicados, os cultos
itálicos acrescentados). de sua igreja alcançarão a mente e o coração
Percebe-se essa citação três elementos­chave de crianças, adolescentes, jovens e adultos. De
para o culto: (1) louvor, (2) oração e (3) ministração fato, será uma comunidade que se une em
da palavra. Veja a seguinte declaração: adoração.
“Nossas reuniões devem ser intensivamente in-
teressantes. Deve imperar ali a própria atmosfera SUGESTÃO PRÁTICA:
do Céu. As orações e os discursos não devem
ser longos e enfadonhos, apenas para encher o A liderança da igreja e o pastor poderiam pro-
tempo. Todos devem espontaneamente e com mover encontros, que integre as gerações exis-
pontualidade contribuir com sua parte e, esgotada tentes na igreja, para conversar, trocar ideias
a hora, a reunião deve ser pontualmente encerra- e planejar um programa/modelo de culto de
da. Desse modo será conservado vivo o interesse. todos os módulos semanais (sábado, domingo
Nisso está o culto agradável a Deus. Seu culto deve e quarta-feira) de tal modo que sejam mais
ser interessante e atraente, não se permitindo que participativos, mais simples, mais objetivos e
degenere em formalidade insípida” (Testemunhos mais cheios de vida.

para a Igreja, v.5, p. 609, itálicos acrescentados). As reuniões lideradas pelo pastor, que tem
Destacam-se alguns pontos a ser cuidadosa- responsabilidade direta pela adoração, pode-
mente observados: riam se pautar por algumas diretrizes:
(1) precisam ser “intensivamente interessantes”, 1. Definir pessoas que possam liderar tanto
“atraentes”; a preparação como a execução dos ser-
(2) sem orações e discursos “longos e en- viços de adoração.
fadonhos”, ou seja, planejados com 2. Cuidar dos detalhes de preparo do pessoal
simplicidade; e das instalações da igreja para o culto.
(3) marcados pela “pontualidade”. Hora pa- 3. Ter uma lista de checagem para revisar o
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ra começar e terminar. Isso significa preparo das músicas selecionadas, as con-


objetividade; dições do serviço de som, as pessoas que
(4) cheios de vida, “não se permitindo que de- irão atuar, os arranjos da plataforma, a pon-
genere em formalidade insípida”. tualidade nos horários e outros detalhes.
Adorando Juntos 11
LOUVANDO JUNTOS (CÂNTICOS DE LOUVOR) SUGESTÕES PRÁTICAS:
2 Como apresentado acima, um dos elementos
fundamentais na adoração coletiva são os cân- 1. A igreja pode escolher uma pessoa com-
ticos de louvor. petente para cuidar, com antecedência,
“O cântico, como parte do culto religioso, é um ato de da seleção de cânticos para os cultos.
adoração, tanto como a prece. O coração deve sentir o 2. Os cânticos escolhidos precisam atender
espírito do cântico, a fim de dar a este a expressão cor- às variadas faixas etárias presentes na
reta.” (Patriarcas e Profetas, p. 594). congregação.
Na experiência do culto, o louvor congregacional é parte 3. O tema da mensagem bíblica que será apre-
essencial. Cantar como uma comunidade de adoração traz sentado deve ser levado em conta. Caso
vida e inspiração. “Permita-se o quanto possível que toda isso não seja possível, hinos e músicas cen-
a congregação dele participe”. (Testemunhos Para a Igreja, trados em Cristo devem ser selecionados.
v. 9, p. 144, itálico acrescentado). 4. Adultos, jovens, adolescentes e crianças
Obviamente isso inclui os adoradores de todas as ge- podem ser escolhidos para dirigir o louvor.
rações. As músicas para crianças e jovens devem fazer 5. O grupo de louvor deve se preparar pre-
parte da escolha do repertório, possibilitando-lhes envol- viamente para conduzir a adoração.
vimento e participação importante no culto. 6. O uso de instrumentos musicais precisa
Diante disso, com a grande variedade de gostos musicais ser uma prioridade, sempre que possível.
e tradições refletidas nos diferentes grupos etários, a tentati- 7. Os momentos de louvor podem servir
va de estabelecer padrões e fórmulas rígidos para a música para conectar os programas da escola
aceitável frequentemente se torna um ato divisor e inócuo. sabatina e culto, evitando o intervalo e a
As congregações, portanto, devem reconhecer a importân- perda de tempo.
cia de ter variedade de opções musicais que atendam aos 8. Esses elementos devem ser aplicados a
diferentes grupos na igreja. A música escolhida deve refletir todos os cultos semanais (sábado, do-
os princípios e ensinos bíblicos (Guia para ministros, p. 122). mingo e quarta-feira).

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12 Adorando Juntos
Uma comunidade de fé
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a, que se une em oração
r fortalece o senso de
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pertencimento"
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CLAMANDO JUNTOS Note que alguns elementos caracterizam a


3 (ORAÇÃO E INTERCESSÃO) oração em público: (1) linguagem simples e (2)
Uma comunidade de fé que se une em concisa. Se esses dois aspectos são conside-
oração fortalece o senso de pertencimento. É o re- rados, a igreja vai de fato se unir na oração.
conhecimento de que todos são filhos do mesmo
Pai e confiam no mesmo Deus. De acordo com Ellen SUGESTÕES PRÁTICAS:
White, na oração coletiva alguns pontos devem ser
considerados: 1. Escolher previamente a pessoa responsável
“Especialmente o que ora em público deve servir- para conduzir a oração intercessória.
se de linguagem simples, para que os outros possam 2. Realizar convites definidos para o momen-
entender o que diz, e unir-se à petição.” (Obreiros to de oração intercessória. Pode ser para
Evangélicos, p. 177). crianças, adolescentes, jovens e adultos.
“Uma oração breve, feita com fervor e fé, abranda- Pode ser para irem à frente, para se unirem
rá o coração dos ouvintes, mas durante as orações em família, etc.
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longas, eles esperam impacientemente, como se 3. Designar crianças, adolescentes, jovens e


desejassem que cada palavra fosse o final da mes- adultos para conduzir o momento de oração
ma.” (Obreiros Evangélicos, p. 179). durante o culto.

Adorando Juntos 13
APRENDENDO JUNTOS (MENSAGEM BÍBLICA) bela a verdade, apresentando-a da maneira mais
4 Muitos pregadores ficariam ofendidos se as pes- positiva e simples. [...]. Mas se bem que fosse sim-
soas lhes dissessem: “Aquela mensagem que você ples o ensino, falava como alguém que tem au-
acabou de pregar foi algo que até uma criança poderia toridade” (O Desejado de Todas as Nações, p. 253). c
entender”. Um dos maiores elogios, no entanto, para um Coloque cor nas histórias. Jesus usava parábo- d
pregador deveria ser: “A pregação dele é muito simples”. A las a fim de cativar a atenção de todos. Ilustre a
mensagem apresentada com simplicidade tende a alcançar partir das Escrituras tanto quanto possível. Elas
a todos os que estão ouvindo, independentemente da idade. estão repletas de histórias gloriosas que lidam
Jesus falava como quem tem autoridade e todos eram al- com praticamente cada uma das questões da vida.
cançados por sua mensagem. As crianças tinham prazer em A Palavra de Deus é viva e poderosa. Aprenda
ouvi-Lo, e os adultos ficavam admirados com Seus ensinos. simplesmente a comunicar sua mensagem de
As pessoas comuns O entendiam. Que tremendo elogio ao forma simples. Assim, as Escrituras influenciarão
ensino de Jesus. Ele estava ensinando as pessoas comuns, a vida das crianças, adolescentes e jovens pode-
e as pessoas comuns o ouviam com prazer. O púlpito an- rosamente (Hb 4:12).
tenado com o interesse de todos, inclusive dos jovens e
crianças, deve seguir os métodos de ensino de Jesus. SUGESTÕES PRÁTICAS:
“Jesus abordava o po-
vo no mesmo terreno A seguir estão algumas sugestões que podem
em que se encontrava, ajudar os membros de sua igreja a crescerem
como alguém que lhes juntos no estudo coletivo da Palavra de Deus.
conhecia de perto as O púlpito 1. O culto deve ser preparado de tal manei-
perplexidades. Tornava ra que o tempo para a pregação seja de
antenado com 30 a 40 minutos e sem muitos elementos
prévios.
o interesse de 2. A espiritualidade e a capacidade para se
conectar com todos os presentes devem
todos, deve seguir ser levados em conta na escolha dos pre-
os métodos de gadores.
3. A simplicidade com profundidade deve ser
ensino de Jesus." buscada na pregação da Palavra de Deus.
4. Ilustrações, histórias, tecnologia e, se pos-
sível interatividade, tendo como base prin-
cipal o texto bíblico, podem tornar o culto
mais dinâmico e participativo.
5. A escala dos pregadores deve contemplar
jovens, adolescentes e crianças.
6. A fim de atender devidamente às neces-
sidades espirituais da congregação, os
líderes podem planejar um calendário
anual de sermões.
7. O calendário pode tratar de temas que
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fortaleçam a visão bíblica de discipulado,


ou seja, que ajude cada seguidor de Cristo
a ser mais semelhante a Ele.

14 Adorando Juntos
s MÃOS À OBRA – Uma liturgia que permita orar uns pelos outros.
m- 5 Reúna a equipe de adoração e con- – Uma leitura bíblica em linguagem plenamente com-
- verse sobre as dicas abaixo e o modo preensível para as crianças.
). como elas podem ser adaptadas à realidade – Um louvor que contenha hinos para todas as idades.
- de sua igreja: – Uma equipe de louvor que junte no mesmo grupo
a – Um culto compacto de 75 minutos, com es- crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.
s paço para participação de todas as gerações. – Um púlpito que seja visto como oportunidade de
m – Um culto com uma só linguagem e men- aprendizado para jovens pregadores.
a. sagem do começo ao fim. – Pregadores que conversem com as crianças enquan-
a – Um culto sem “partes”, no qual louvor, es- to comunicam a Palavra.
e tudo da Bíblia e mensagem se misturem – Pregadores que se preocupam em saber se os me-
o em uma só mensagem. nores entenderam a mensagem.
- – Uma mensagem que conte e explore as
histórias bíblicas. O objetivo das dicas e observações é levar a liderança
– Um culto com interatividade sem ser invasivo. local a refletir sobre a forma mais adequada à sua reali-
– Um lugar em que possamos olhar uns dade. Gostaríamos que esse tema fosse discutido entre
para os outros e não só para o pastor e os que pensam em construir juntos uma adoração mais
m ministro de louvor. relevante para todas as gerações!
m
.
-
e
CULTO DIVINO (SÁBADO)
s
ATIVIDADE MINUTOS ORIENTAÇÃO

Esse Louvor pode acontecer sem “entrada de plataforma”. Termina-


e
da a Escola Sabatina, a equipe de louvor já entra e começa a conduzir
m 1 MOMENTO DE LOUVOR 12 esse momento. Planeje um louvor que contenha hinos para todas
- as idades. Seria muito importante que a equipe de louvor tivesse em
sua composição crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

r Essa oração pode ser feita pelo próprio ministro de louvor depois do
2 ORAÇÃO INTERCESSÓRIA 3 último hino ou por alguém escolhido com antecedência que se apro-
s.
 ximasse da equipe de louvor antes do término do louvor.
-
O ideal é que seja contada uma história bíblica. Se for possível, en-
- 3 ADORAÇÃO INFANTIL 7 cene a história com personagens.
o No momento do Provai e Vede, os diáconos já devem estar em suas
PROVAI E VEDE
4
(TESTEMUNHOS)
10 posições. Ao terminar o testemunho, eles já devem iniciar a coleta
r dos dízimos e ofertas.

Essa música pode ser congregacional conduzida pela equipe de lou-


MENSAGEM MUSICAL OU
- 5
HINO CONGREGACIONAL
4 vor ou ser uma participação musical. Deve preparar a congregação
para a mensagem que será pregada.
s
O pregador pode estar assentado junto à congregação
o 6 PREGAÇÃO BÍBLICA 35 nos primeiros bancos e se levantar dali indo na direção
do púlpito para iniciar sua pregação.
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Imagem: Adobe Stock

Esse momento de oração pode ser antecedido ou não


7 BÊNÇÃO FINAL 4
o, por música de apelo. TEMPO TOTAL
o 75 minutos

Adorando Juntos 15
Modelos de liturgia si
MODELO 1 MODELO 2
Nos modelos de liturgia, sugerimos que a Com base no que foi ex-
simplicidade e objetividade sejam marcas registradas; posto anteriormente, segue
sem rodeio, floreio e deixando de lado elementos um outro modelo com uma
desnecessários e sem justificativa clara. ordem sugestiva de um culto
Pensamos em sete momentos que contêm os qua- simples, relevante e organi-
tro elementos indispensáveis para adoração: louvor, zado a partir dos três ele-
oração, testemunho e mensagem Bíblica. A seguir, mentos seguintes: “Louvando
você pode conferir esses sete momentos: Juntos”, “Clamando Juntos”
e “Aprendendo Juntos”.

1 MOMENTO DE LOUVOR

ORAÇÃO INTERCESSÓRIA 2

3 ADORAÇÃO INFANTIL

TESTEMUNHO DO PROVAI E VEDE/DÍZIMOS E OFERTAS 4

5 MENSAGEM MUSICAL OU HINO CONGREGACIONAL

PREGAÇÃO BÍBLICA
6

7 BÊNÇÃO FINAL

16 Adorando Juntos
ia simples
1
LOUVANDO JUNTOS

Canto Congregacional
DOMINGO E QUARTA-FEIRA
Testemunho Provai e Vede
Nos cultos de quarta-feira e
Mensagem Musical ou Louvor
o Congregacional domingo, podemos resumir
a estrutura litúrgica em
5 momentos:

1
2 Momento de Louvor
CLAMANDO JUNTOS


Oração Intercessória
 2
Oração Intercessória
3
3
APRENDENDO JUNTOS

Adoração Infantil Mensagem Musical ou


Hino Congregacional
Mensagem Bíblica/Sermão

Hino Final ou Música de Apelo


4
Bênção Final Pregação Bíblica

5
Imagem: Adobe Stock

Bênção Final

Adorando Juntos 17
Dicas (Parte 2)
SUGESTÕES ADICIONAIS: S

Envolva as Famílias Sermões/Estudos Cultos de quarta-feira le


1 Dê oportunidade para que 2 Interativos da Bíblia 3 conduzidos pelos d
as famílias possam atuar/ Nem sempre o momento departamentos
participar juntas nos cultos. Desde de alimentar a congregação com a Em muitas igrejas já existe a prática d
conduzir o louvor, dirigir os momen- Palavra precisa ser na forma de ser- de que um culto de quarta-feira, a “
tos de oração, recolher os dízimos e mão nos moldes tradicionais. Veja cada mês, seja coordenado pelo d
ofertas, conduzir o culto de oração esta declaração de Ellen G. White: Ministério da Mulher. Algumas igrejas p
da quarta-feira, entre outros. Ocasiões há em que estão ampliando essa proposta d
Além disso as famílias podem ser convém fazerem os nossos para ter um ou dois departamentos n
organizadas para atuar em parceria pastores, no sábado, em coordenando o culto de meio de o
com outras famílias. Para isso nossas igrejas, breves semana regularmente. Apenas como e
funcionar bem, aquelas que já têm sermões, cheios de vida e do exemplo: r
mais experiência podem ser colocadas amor de Cristo. Os membros 1. N a primeira quarta-feira o
com uma outra família que está da igreja não devem, porém, do mês, o culto fica sob a
desenvolvendo seus dons. Os que esperar um sermão cada responsabilidade da classe dos p
tem a responsabilidade pelos cultos sábado (Testemunhos Para a Adolescentes e Desbravadores. a
podem estabelecer uma escala para Igreja, v. 7, p. 19). 2. Na segunda quarta-feira do a
proporcionar essas oportunidades de Há ocasiões, portanto, em que a mês, o culto fica a cargo dos
participação em família. pessoa responsável por comparti- anciãos ou do Diretor do Grupo. ig
lhar a mensagem pode selecionar 3. Na terceira quarta-feira do mês, c
um ou mais textos bíblicos relacio- o culto fica sob a coordenação
nados a um tema e dividir os mes- do Ministério da Família e in
mos com a congregação para que Mordomia Cristã. e
se estude em grupos de maneira 4. Na quarta semana do mês, o
breve (10 a 12 minutos). culto de quarta-feira é deixado u
Depois, um representante de ca- aos cuidados do Ministério da q
da grupo apresenta suas impressões Mulher, com a programação s
sobre o texto estudado. O pregador, Quartas de Poder. d
então, que está coordenando o cul- Imagine se no planejamento de
to, deve fazer as considerações finais sua igreja houvesse um projeto r
ligadas ao tema estudado. para revitalizar o culto de quarta- e
Essa é uma boa maneira de en- feira, tornando-o mais envolvente,
volver a todos, tornar o culto mais participativo e dinâmico. Será que d
Ilustração: Freepik

Ilustração: Freepik

interativo, provocar reflexões mais não teríamos mais engajamento e u


profundas e despertar o gosto pelo maior frequência? Pense nisso e
estudo das Escrituras. mãos à obra.

18 Adorando Juntos
Anúncios
SUGESTÕES PRÁTICAS

Um dos aspectos que, em muitas igrejas,


leva à perda de tempo e à quebra do clima
de adoração são os anúncios.
O Manual da Igreja (p. 124) chama a atenção
a de modo bastante claro acerca do assunto:
a “Cuidadosa consideração deve ser dada à
o duração e à natureza dos anúncios e das
s promoções departamentais durante os cultos
a de sábado. Quando se trata de assuntos que
s não estão especialmente relacionados com
e o culto ou com a obra da igreja, os pastores
o e oficiais devem excluí-los, mantendo a esse
respeito o devido espírito do culto e da
a observância do sábado.”
a O período de saudações e anúncios
s pode servir para direcionar a atenção dos
s. adoradores e atraí-los para uma atitude de
o adoração.
s Os anúncios devem focalizar a vida da
o. igreja, evitando que sejam promocionais ou
s, campanhas de levantamentos de fundos.
o Requer preparo prévio para que as
e informações sejam comunicadas com clareza
e de forma objetiva.
o Ferramentas como o WhatsApp podem ser
o utilizadas para comunicação mais direta de
a questões da igreja, especialmente quando
o se trata de recados para grupos específicos
da igreja.
e Boletins digitais ou impresso podem ser
o relevantes para a comunicação dos temas
- essenciais para a igreja.
e, Quando os anúncios forem feitos no começo
e do culto, é recomendado que se encerrem com
Ilustração: Freepik

Ilustração: Freepik

e um chamado à adoração.
e

Adorando Juntos 19
ESTRATÉGIAS

ADORAÇÃO E
VEJA OS EXEMPLOS DE IGREJAS QUE
AJUSTARAM O FOCO PARA UMA LITURGIA
MAIS SIMPLES E PARTICIPATIVA,
RECONFIGURANDO SEU SERVIÇO
DE CULTO COM PEQUENAS, MAS
SIGNIFICATIVAS MUDANÇAS QUE ESTÃO
FAZENDO MUITA DIFERENÇA.

d
s

c
a
p
p
ig
e
in
c

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o
u
Imagem: Adobe Stock

b
m
p

20 Adorando Juntos
O ENVOLVENTE
1 RIO BRANCO
200 Membros
Uma liturgia mais simples e participativa é um alvo 2. TEMPO
de igrejas que buscam um serviço de adoração mais O programa de culto do sábado pela manhã
significativo e menos mecânico. foi planejado para ter duração média de duas
A igreja adventista de Rio Branco, localizada na horas (das 9 até às 11 horas).
cidade de Barra do Bugres, Mato Grosso, começou
a sentir essa necessidade depois que a liderança 3. FOCO NAS CRIANÇAS
passou por um retiro espiritual voltado para o disci- Ao terminar as atividades nas salas infantis,
pulado bíblico relacional. Ao analisar a realidade da as crianças são conduzidas e acompanhadas,
igreja diante dos ideais bíblicos, sua condição e o que pelos seus professores, à nave da igreja, onde
ela poderia se tornar, decidiram fazer alguns ajustes permanecem juntas até o momento da adora-
internos, começando com a liturgia. Nesse sentido, ção infantil.
consideraram seis elementos:
4. LOUVOR CONGREGACIONAL
1. AVALIAÇÃO As músicas congregacionais são escolhidas
A partir de uma iniciativa do pastor distrital e da de maneira a contemplar todas as faixas etárias
liderança local, fizeram uma avaliação honesta da presentes. Para isso, músicas contemporâneas
liturgia, considerando se ela estava alcançando seus e hinos tradicionais são utilizados.
objetivos. Com a percepção de que poderiam ter
um serviço de culto mais simples e participativo, 5. PREPARO ANTECIPADO
Imagem: Adobe Stock

buscaram uma estratégia que contribuísse, de for- As pessoas escolhidas para tomar parte nas
ma direta, para uma adoração mais genuína para os atividades do culto são avisadas e orientadas
participantes do culto. com muita antecedência (entre 1 e 3 meses).

Adorando Juntos 21
6. TEMÁTICA DOS CULTOS
UMA IGREJA EM QUE P
Os cultos de sábado se pautam nas grandes
causas ou ênfases que a igreja tem colocado
com prioridade. Diante disso, desde o tema
dos sermões, passando pelas músicas espe- d
ciais e pelo louvor congregacional, tudo está in
focado nas quatro grandes causas do Campo CADA MEMBRO SEJA m
e da igreja local. UM VERDADEIRO AMIGO
DE DEUS
COMUNHÃO
Essas g
ênfases são c
as seguintes:

d
d
CADA MEMBRO
o
EXPERIMENTE VIDA EM
d
COMUNIDADE
RELACIONAMENTO

q
t
c
o
CADA MEMBRO e
ESTEJA ENVOLVIDO
PESSOALMENTE NA
Passado cerca de um ano, verificou-se que SALVAÇÃO DE UM AMIGO
as mudanças postas em andamento trouxeram t
MISSÃO
significativos benefícios para toda a congrega- c
ção. Segundo os anciãos, esse formato trouxe in
mais agilidade, objetividade e disposição para e
todos. A frequência e a pontualidade melhora- s
ram sensivelmente. De acordo com eles, “não t
há qualquer possibilidade de retorno ao for-
mato anterior de liturgia”. O mais interessante QUE CUIDE E
é que o novo modelo acabou atraindo a aten- DISCIPULE AS NOVAS
ção das demais congregações do distrito, que, GERAÇÕES d
ao implantarem o mesmo roteiro, passaram a m
NOVA GERAÇÃO
experimentar os mesmos benefícios. A seguir m
está o formato de liturgia adotado nessa igreja.

22 Adorando Juntos
PROGRAMA UNIFICADO DE SÁBADO – MANHÃ

8:45 | Boas-Vindas e Louvor Congregacional A história deve ser contada entre 5 e 7 mi-
A equipe de louvor cumprimenta a todos de acor- nutos.
do com a ênfase daquele sábado e faz uma breve 10:05 | Ofertório
introdução para cada louvor, buscando o envolvi- Os vídeos do Provai e Vede são utilizados. A
mento da congregação. equipe de louvor se posiciona e conduz o louvor
a) Dois louvores assentados. enquanto se recolhem as ofertas e os dízimos.
b) Um louvor em pé.
c) Oração de joelhos. Essa oração é feita por al- 10:10 | Louvor Congregacional
guém previamente designado pelo ancião do dia, Após o ofertório, a equipe de louvor conti-
com bastante antecedência. nua à frente. De forma dinâmica e participa-
tiva, canta com a congregação três músicas.
9:05 | Informativo Mundial das Missões A primeira música voltada para os adultos
Introdução breve, de um minuto, seguida do vídeo (Hinário); a segunda, para a nova geração (CD
do informativo. Após o vídeo, um breve comentário Jovem); e a terceira, para a ênfase do sábado.
de conclusão deve ser feito, seguido do convite para
os momentos em comunidade (Pequenos Grupos), 10:25 | Mensagem Bíblica
dedicados ao estudo da Lição da Escola Sabatina. A temática sempre guarda relação com
uma das quatro ênfases mencionadas ante-
9:10 | M
 omento em Pequeno Grupo riormente.
(Unidades de Ação)
Esse momento é administrado pela rede de Pe- 11:00 | Música para a saída
quenos Grupos (PGs). O(a) líder do PG faz os apon- A equipe de louvor se posiciona e, enquanto
tamentos. O cartão é similar ao da escola sabatina, dirige o último louvor da manhã, os diáconos
criado para os apontamentos. Na sequência, há coordenam a saída dos membros e visitantes.
oportunidade para se recolher as ofertas e para o
estudo da lição.

9:50 | Entrada das Crianças


Os professores do Ministério da Criança e Minis- CONCLUSÃO
tério do Adolescente acompanham e permanecem A duração de todo o pro-
com suas classes até o fim do momento da adoração grama de sábado pela manhã
infantil, assentando-se nos primeiros bancos que é de duas horas e quinze minutos
estão reservados às crianças e aos adolescentes. Em (das 8h45 até às 11 horas).
seguida, retornam para seus pais. Nesse momento, O roteiro apresentado acima já está
termina a classe de Escola Sabatina dos menores. em andamento desde meados de 2017.
Nesse período, as demais igrejas da ci-
9:55 | Mensagem Musical dade também assimilaram essa no-
A apresentação musical é direcionada à ênfase va proposta, com índices altos
do sábado. Para tanto, a equipe de louvor já infor- de aprovação por parte
mou à pessoa que vai cantar com pelo menos três dos membros.
meses de antecedência.

10:00 | Adoração Infantil


Adorando Juntos 23
2 CENTRAL DE CUIABÁ
1100 Membros

RESGATANDO OS CULTOS DE
DOMINGO E QUARTA-FEIRA

A Igreja Central de Cuiabá tem


1.100 membros. É uma igreja di-
nâmica e viva que busca aprimorar
os serviços de adoração de cada
módulo semanal para ter a parti-
cipação efetiva de suas famílias.
Um desafio a ser superado era
a baixa frequência das crianças
nos cultos de domingo e quarta-
-feira. As razões identificadas para
essa realidade foram a falta de
algo interessante e relevante para
eles e o argumento dos pais de
que os filhos precisavam acordar
cedo para irem à escola. O culto
começava às 20 horas e terminava
às 21h15.
Diante disso, algumas ações
foram planejadas pelo pastor e a
Imagem: Adobe Stock

liderança da igreja local. Um novo


modelo de culto para as quartas-
feiras e os domingos foi adotado.

24 Adorando Juntos
Mudar o
horário do culto
para começar às 19h30 e
1 terminar às 20h30. Combinar
com os pais que o culto
JARDIM DO ÉDEN terminará pontualmente,
Culto De Quarta-Feira para que as crianças
possam dormir cedo.
IDEIA PARA MUDAR
Criar um
O QUADRO:
incentivo para que as
crianças não faltem – um
passaporte com espaços para
colar adesivos. A cada trimestre, a
Criar um espaço
criança que tiver no máximo duas
denominado Jardim
faltas ganhará um brinde relacionado
do Éden, que funciona
ao tema de aventuras. São quatro
no Salão Jovem, com
brindes durante o ano (boné,
Imagem: Adobe Stock

atividades focadas nas


binóculo, bússola e
crianças e juvenis até
lanterna tática)
12 anos.

Adorando Juntos 25
OBJETIVOS:

Alcançar as
crianças no nível
delas, incentivando-as a Abordar assuntos
participarem do culto de espirituais necessários
quarta-feira, trazendo para essa faixa etária,
seus pais contribuindo com seu
desenvolvimento
2
PROGRAMA: PAIS E FILHOS
1. As crianças assistem à primeira parte do culto Culto de domingo
com os pais (louvor e oração).
IDEIA PARA MUDAR O QUADRO:

2. Às 20 horas, as crianças já estão no ambiente pre-


parado para o programa Jardim do Éden. Enquanto 1. Pais. Criar conscientização e
os pais assistem à mensagem musical e ao sermão motivação nos pais para tra-
na nave da igreja. zerem seus filhos à igreja nos
domingos à noite.
3. A liturgia para esse momento é a seguinte:
2. Assentos Exclusivos. Separar
Louvor (dirigido pelas crianças) – 5 minutos os primeiros bancos da igreja
para os pais sentarem com seus
Oração (um dos professores) – 1 minuto filhos.

Encenação sobre o tema (jornada Guardiões 3. Adoração Infantil. Inserir, na


do Tesouro) – 9 minutos liturgia, um momento de ado-
ração infantil ministrado pelo
Resumo do tema geral (pastor) – 3 minutos próprio orador – apresentando
o mesmo assunto do sermão.
Oração sobre o tema – 2 minutos
4. Identificação. O pregador pre-
Separação por faixas etárias (até 8 anos/acima cisa criar identificação com as
de 8 anos) – 10 minutos crianças falando ao coração delas.

ATÉ 8 ANOS – atividades lúdicas sobre o tema: 5. Louvor Inclusivo. Incluir crian-
massinha para modelar, pinturas, desenhos, ças e juvenis para participarem
histórias ilustradas. no Ministério de Louvor.
ACIMA DE 8 ANOS – bate-papo bíblico com o
pastor sobre o tema do dia. 6. Pregação Seriada. Os sermões
seguem séries com duração va-
4. Cada criança maior de 8 anos recebe um desafio riada. Pode ser por um mês, por
para realizar durante a semana. dois meses, etc.

26 Adorando Juntos
3
FOCO NAS CRIANÇAS
Culto de domingo
Ideia para mudar o quadro:

PROBLEMÁTICA:

Mesmo tendo o momento de adoração infantil, as crianças têm


a impressão de que o culto não é para elas.
Além de termos a presença das crianças na igreja, precisamos
garantir que elas estejam saindo alimentadas espiritualmente,
sendo capazes de entender a mensagem e tomarem decisões
ao lado de Cristo.

IDEIA PARA MUDAR O QUADRO:

1. O pregador deve preparar o tema do culto de domingo de


maneira relevante ao interessado, mas pensando em alcan-
çar as crianças, observando os seguintes detalhes:

Linguagem acessível (que as crianças entendam).


Garantir que as crianças estejam sentadas nos primeiros
bancos com seus pais.
Fazer contato visual com as crianças – olhando e falando
para elas.
Levar algo ilustrativo a cada sermão ou usar alguma dinâmica
que envolva as crianças na construção do tema.
Mencionar o nome delas enquanto prega, mantendo interação.

2. As crianças e os adolescentes devem continuar participando


do Ministério do Louvor.

3. Manter os pais motivados a trazerem seus filhos no culto de


domingo.

4. Criar um movimento de conscientização dos pais para não


marcarem festas de aniversários e outras atividades que im-
possibilitem a participação das crianças no culto de domingo.

5. Firmar acordo com os ministérios da igreja, especialmente


Clube de Desbravadores, para que não prolonguem as ativi-
dades de domingo, contribuindo para que as crianças e os
juvenis possam participar dos cultos.

Adorando Juntos 27
ADORAÇÃO INFANTIL

NÃO AS IMP
T alvez se chamasse Maria ou José; talvez
fosse menino ou menina. Na realidade,
não sei. Tudo o que posso garantir é
que, silenciosa e respeitosamente, mantinha os
olhinhos fixos em Jesus, observava tudo o que
Jesus intensificaram seu amor por Ele? Jesus era
seu herói! Certa ocasião, contrariando a atitude
dos discípulos, que consideravam um transtorno
a aproximação das crianças, o Mestre afirmou:
“Deixem vir a Mim as crianças, não as impeçam;
m
a
c
v
in
o “Amigo das crianças” fazia e dizia. Não tenho pois o Reino de Deus pertence aos que são se- f
dúvida de que estava feliz ao se achar tão perto melhantes a elas” (Mc 10:14). Que palavras ma- v
de Jesus, o amado mestre. ravilhosas e amáveis! Desde então, nada mudou. N
Subitamente, ouviu seu nome ser chamado. Ele ainda nos diz: “Não as impeçam.” a
Com a face corada e sorridente, correu até Jesus, lh
enquanto todas as demais crianças se aproxima- MODELO PARA HOJE a
vam para ver o que aconteceria. Tomando aquela O Salvador compreendia os cuidados e os far- E
criança no colo, disse o Mestre a Seus ouvintes: dos daquelas mães que se esforçavam para edu- b
“Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se car os filhos de acordo com a Palavra de Deus. Ele
convertam e se tornem como crianças, jamais tinha ouvido as orações delas e as havia atraído à im
entrarão no Reino dos Céus” (Mt 18:3). Sua presença. Ao longo de Seu ministério terrestre, a
Acaso, você pode imaginar como, depois de Jesus dedicou tempo para ministrar às crianças. –
ouvir essas palavras, os pequenos ouvintes de Não apenas as observava enquanto brincavam, t

28 Adorando Juntos
MPEÇAM
a mas, de alguma forma, envolvia-Se com elas. De
e acordo com Ellen G. White, “Cristo observava as
o crianças brincando e, muitas vezes, expressa-
Jesus estava sempre de braços
u: va Sua aprovação quando elas obtinham uma
m; inocente vitória sobre algo que haviam decidido
abertos para receber as crianças"
- fazer. Cantava para as crianças em palavras sua-
- ves e venturosas. Elas sabiam que Ele as amava.
u. Nunca franzia a testa para elas. Participava das e ordena-nos: ‘Deixai vir os meninos a Mim’
alegrias e tristezas infantis. Muitas vezes, Ele co- (Lc 18:16), como se quisesse dizer: Elas virão,
lhia flores e, depois de realçar sua beleza para se os não impedirdes” (O Desejado de Todas
as crianças, deixava-as com elas, como presente. as Nações, p. 517).
- Ele criou as flores, e gostava de realçar-lhes a Sim, Jesus estava sempre de braços aber-
- beleza” (Exaltai-O! [MM], 1992, p. 91). tos para receber as crianças. Como igreja,
e “Quando Jesus disse aos discípulos que não devemos imitar Sua atitude e deixar que elas
à impedissem as crianças de ir ter com Ele, falava venham até Ele. Uma das maneiras pelas
e, a todos os Seus seguidores em todos os tempos quais podemos possibilitar esse encontro é
s. – aos oficiais da igreja, aos ministros, auxiliares e dedicar um momento especial para elas no
m, todos os cristãos. Jesus está atraindo as crianças, culto de adoração.

Imagem: Adobe Stock

Adorando Juntos 29
Voto D
meira opção. Podem ser incluídas disponibilizado pela Associação ou
outras atividades como testemunho Missão (pode ser baixado no site
de uma criança sobre gratidão ou adventistas.org), que apresenta te-

s
oração respondida. Apresentação mas para todos os sábados do ano.
Com o objetivo de facilitar a im- musical por crianças e juvenis, e a Também é indispensável que os par-
plantação dessa prática e aprimorá- dedicação de bebês também podem ticipantes da adoração infantil sai-
la, a Divisão Sul-Americana tomou ser realizadas. É bom lembrar que, no bam com tempo suficiente qual será
um voto cuja lembrança é oportu- caso de se usar representações, es- a responsabilidade de cada um e os
na. Os termos desse voto são os sas devem ser curtas e com narração. materiais que serão utilizados. Pode
seguintes: O que não fazer? Uso de con- ser necessário que outras pessoas O
D
O que é adoração infantil? Ado- tos irreais, lendas, histórias secu- ajudem na manutenção da reverên-
ração infantil é um momento do lares que envolvam fantasia, ficção cia. À semelhança de qualquer outra
culto no qual as crianças têm par- ou terror, marionetes, ilustrações coisa que seja feita na igreja, tudo
ticipação especial e recebem ade- contrárias à filosofia cristã, coisas deve ser conduzido com ordem e
quado alimento espiritual. que não promovam a reverência precisão, em concordância com a
Por que é importante? Pelo fato e o sentido de adoração. Filmes e liderança local.

de fornecer à criança o senso de desenhos bíblicos animados devem Finalmente, é maravilhoso saber
inclusão no programa do culto. Va- ser evitados na hora da Adoração que “o obreiro cristão pode ser o
loriza e reconhece a criança como Infantil. Esse é um momento para instrumento de Cristo em atrair es-
participante da adoração. Ajuda pa- interagir com as crianças. sas crianças para o Salvador. Com
ra que ela cresça com a ideia de que Importante! É aconselhável ler sabedoria e tato pode ligá-las ao
o culto é uma experiência agradável. um texto bíblico para iniciar ou ter- próprio coração, dar-lhes ânimo e
Contribui para seu ensinamento, minar a história, considerando a esperança, e por meio da graça de
crescimento espiritual, compromis- importância da Bíblia na adoração. Cristo transformar-lhes o caráter,
so com a igreja e o desenvolvimento Que sejam usadas palavras simples, para que delas se possa dizer: ‘Dos
do correto sentido de adoração. adequadas à idade. Jamais usar gí- tais é o reino de Deus’” (O Desejado
Quem coordena? A execução do rias ou jargões seculares, nem sau- de Todas as Nações, p. 517).
programa está sob a responsabilida- dações barulhentas que compro-
Graziela Hein
de dos coordenadores do Ministério metam a reverência. O momento Revista Ministério
da Criança da igreja local, tendo a infantil deve terminar sempre com
supervisão do pastor ou do ancião. apelo (às crianças) e oração.
Quando ocorre? O momento da Quem dirige? Os coordenado-
adoração infantil está inserido no res do Ministério da Criança local
espaço do culto divino. podem liderar esse momento, ou
Qual é o tempo de duração? convidar qualquer pessoa habili-
Entre cinco e sete minutos. Esse tada, que se comunique bem com
tempo é suficiente. Mais do que isso as crianças para fazê-lo. Pode ser
prejudica o aprendizado, porque o também o pastor ou um ancião.
tempo de concentração das crian- Como fazer? Caso seja possível, é
ças é curto. importante saber com antecedência
O que fazer? O momento da ado- o tema do sermão, para que a his-
ração infantil não se limita à narração tória infantil seja relacionada a ele.
de histórias, bíblicas ou não, mas as Outra alternativa muito apropriada
narrativas bíblicas devem ser a pri- é o Caderno da Adoração Infantil

30 Adorando Juntos
Dicas e
u RECOMENDAÇÕES PARA QUEM FOR
e CONTAR A HISTÓRIA
-

sugestões
o. 1. Peça a Deus sabedoria no preparo da
- história e pela atuação do Espírito Santo
- no momento que for falar.
á 2. Estude a história com muita atenção, re-
s lendo quantas vezes for necessário.
e 3. Conte a história antes para alguém de sua
s ORIENTAÇÕES PARA O COORDENADOR família ou até mesmo diante do espelho.
DO MINISTÉRIO DA CRIANÇA
- Cronometre o tempo (entre 5 e 7 minutos).
a
o 1 4. Prepare o material com antecedência e
verifique se as ideias fornecidas são inte-
e ressantes, ou se precisará de outra ilus-
Faça uma escala
a tração mais apropriada para a ocasião.
entre aqueles que
Tenha tudo o que for precisar organizado

o
r
têm habilidades e dom
para contar histórias
2 previamente e em mãos.
5. Leve a Bíblia e leia o texto escolhido, no
para crianças.
- Realize com os início ou no final.
m voluntários um encon- 6. Verifique o melhor lugar para ficar, ser
o tro de formação sobre a visto e ouvido por todos, especialmente
e Arte de Contar Histórias ou pelos pequenos.
e os leve para encontros de 7. Olhe para todas as crianças, mesmo as
r, professores com essa que estão mais longe.
s
o
3 Desafie
temática 8. Cuide com seu tom de voz. Não fale alto
demais, nem muito baixo. Procure alterar
outros membros a altura da voz e o jeito de falar de acordo
da igreja, inclusive com os personagens ou com o que está
adolescentes e jovens, acontecendo na história. Viva a história!
a participarem desse 9. Use outros recursos para prender a aten-
momento e leve-os ção das crianças e ajudá-las na fixação da
para encontros de mensagem principal. Cuide, porém, para
capacitação. que os materiais concretos ou a drama-

4 tização não distraiam as crianças e tirem


o foco da essência da história.
Disponibilize o
10. Apresente-se de maneira modesta sem
Caderno de Atividade.
chamar a atenção para seu corpo por
Você pode adquiri-lo com o
algum motivo específico.
líder do Ministério da Criança de
11. Faça um apelo ao fina-
seu Campo ou baixar no site adven- Observação:
lizar a história e ore Para acréscimo
tistas.org. Se necessário, acrescente
sobre isso, confir-
Imagem: Adobe Stock

às sugestões acima
lápis de cor, giz de cera e outros verifique as ideias
mando a decisão das praticadas pela Igreja
materiais para que a atividade
crianças. Central de Cuiabá na
seja realizada no momen- página 24.

to do culto.
Adorando Juntos 31
CRESCIMENTO DA LIDERANÇA
m
1
c

SIMPLICIDADE NA
h
r

d
d
E
d
o
m
N
e
n
é
s
Da mesma maneira que a sociedade mo-
derna tem instalado a ansiedade em todas as e
esferas da vida humana, também tem tirado a s
simplicidade do culto a Deus. Onde quer que d
estejamos, temos a sensação de que preci- m
samos de uma megaestrutura para oferecer d
culto a Deus. o
O clichê é batido, mas verdadeiro: menos e
é mais. E isso nunca foi tão real como é hoje lu
na adoração congregacional. “Menos é mais” a
trata de abrir mão do malabarismo litúrgico
em nome da simplicidade. Tanto nos sermões,
quanto no louvor congregacional e na ordem
do culto, a adoração deve ser bela, direta e
sem rodeios.
Muitos tratam a adoração congregacional
como um espetáculo religioso, uma grande
performance que justifique a ida ao culto.
Damos mais valor e atenção à liturgia da ce-
rimônia do que propriamente ao exercício da
fé com simplicidade. p
Isso acontece porque a igreja não conhece e
o que é o verdadeiro culto a Deus. Parece que r
temos perdido, como igreja, a capacidade de “e
Imagem: Lightstock

compreender que o culto a Deus é simples. D


Que foi vivido/experimentado por Jesus e os p
apóstolos de uma forma profunda e, ao mes- n

32 Adorando Juntos
mo tempo, com simplicidade. O que era a igreja do deve ser “em verdade”, Ele está afirmando que a
1º século? Um grupo de pessoas reunidas em um adoração deve ser prestada conforme a verdade
círculo, compartilhando a ceia do Senhor, cantando da revelação que Deus fez de Si mesmo por meio
hinos a Deus e relembrando as palavras do Cristo de Seu Filho Jesus.
ressurreto. Adoração não tem que ser complicada. A complexidade da adoração pode ser simpli-
Imagine o contraste desse quadro com a cultura ficada pela compreensão de que não somos nós
de adoração dos nossos dias. Estamos muito liga- que definimos a adoração; a adoração nos define.
dos a uma forma complexa de executar as coisas. A adoração é viver cada segundo de nossa exis-
Estamos imersos num ritmo formal de adoração: tência em honra ao Criador. Essa concepção nos
devo levantar ou me assentar, devo ficar parado liberta dos laços da natureza humana e permite
ou me movimentar, devo ficar em silêncio ou me que a natureza de Deus nos controle. Adoração é
manifestar, devo ajoelhar ou simplesmente cantar? a maneira como falamos, como andamos, como
Nós até julgamos os outros pelo modo como eles trabalhamos e como amamos. Adoração é a ação
escolhem adorar a Deus. Se estamos empregando e reação às demandas diárias. É o modo como
novos estilos de adoração e estão funcionando, isso tratamos todos aqueles que Deus envia em nosso
é maravilhoso, desde que a forma da adoração não caminho.
se torne o foco da adoração. Nosso culto corporativo a
- Essa questão do foco da adoração verdadeira Deus é aceitável para Ele quan-
s entrou na conversa de Jesus com uma mulher do se origina de nosso amor A adoração
a samaritana junto ao poço de Jacó. Depois de falar e de um desejo inabalável de
e da água da vida e dar uma nova esperança àquela agradá-Lo. Ele aceita as nos- é viver cada
- mulher, Jesus ouve dela uma indagação sobre a ver- sas imperfeitas expressões de
r dadeira adoração. Sua dúvida era quanto ao lugar adoração e se deleita na mais segundo
onde Deus deveria ser adorado, se em Jerusalém ou simples manifestação de lou-
s em Samaria. Nesse ponto, depois de afirmar que o vor. Quando você adora com
de nossa
e lugar da adoração deixara de ser importante, Jesus esse espírito, nada mais impor-
” adiciona um elemento essencial na revelação e diz: ta. Você pode ser um entre a
existência
o multidão ou a única pessoa
em honra ao
s, Mas vem a hora e já chegou, em que os no recinto, mas ninguém fica
m verdadeiros adoradores adorarão o Pai em entre você e seu Criador. Você Criador"
e espírito e em verdade; porque são estes pode ser afinado ou desafina-
que o Pai procura para seus adoradores. do quando canta; suas mãos
al Deus é Espírito; e importa que os seus ado- podem estar levantadas ou
e radores o adorem em espírito e em verdade baixadas; seus olhos podem estar fechados ou
. (Jo 4:23, 24). abertos, você pode estar assentado ou em pé –
- nada disso importa quando sua adoração é movida
a Jesus ensina principalmente duas coisas nessa pelo desejo de agradar a Deus.
passagem. Primeiro, quando diz “em espírito”, Ele A simplicidade ajuda a retirar os holofotes
e está indicando o nível “interior” em que deve ocor- das formas de adoração. E quando os holofo-
e rer a verdadeira adoração, não a performance tes saírem da banda, do solista, do pregador e
e “exterior”. Ou seja, devemos comparecer diante de da sequência litúrgica, então se repetirá no culto
Imagem: Lightstock

s. Deus com total sinceridade e num espírito (ou dis- o que aconteceu no monte da transfiguração:
s posição) dirigido pela atividade do Espírito Santo em “Então, eles, levantando os olhos, a ninuém viram,
- nossa vida. Segundo, quando diz que a adoração senão Jesus” (Mt 17:8).

Adorando Juntos 33
O CAMINHO D

34 Adorando Juntos
O DE VOLTA
Estêvão Queiroga | Pedro Anversa | Ruy Reis | Tiago Arrais

Redação: Ruy Reis

ENCONTRO COM DEUS


O culto é um encontro. É o momento
em que homens e mulheres se apre-
sentam diante de seu Criador, para
que Deus se revele ao homem. Desde
o princípio, o maior privilégio que foi
concedido à humanidade foi conhecer
à Deus e conversar com Ele face a face.
Neste texto, apresentamos algumas
considerações sobre o primeiro encon-
tro da humanidade com Deus e como
foi possível aos homens conhecerem
a Deus. Abordaremos também o que
aconteceu quando os homens, longe
de Deus, se esqueceram de Sua face, e
como Deus novamente se fez conhecer.
Esperamos que essas considerações
possam servir de reflexão à maneira
como temos nos encontrado com Deus
para adorá-lo em nossa vida, principal-
mente nos cultos que realizamos. É nos-
so desejo que possamos nos aproximar
cada dia mais Dele, até chegar o dia em
Imagem: Adobe Stock

que veremos Seu rosto novamente.

Adorando Juntos 35
1 DESPERTAR
Ao nos reunirmos em adoração, pre-
de Seu sopro divino. O milagre da vida não havia
ocorrido apenas em sua criação, mas era um
c
p
cisamos renovar a ligação com aquele que é dom constante, que se desdobrava a cada dia.
a fonte de nossa vida. Nós O buscamos não Muitas vezes colocamos bastante ênfase na e
somente porque podemos, mas porque pre- origem da vida e na criação do ser humano, q
cisamos Dele em todo tempo. Nosso culto não e acabamos por achar que a continuação da e
é uma demonstração das coisas que podemos vida é algo corriqueiro, como se o seu prosse- p
fazer por Ele e para Ele – cantar, pregar, ofertar guimento fosse trivial. Não é. O dom da vida c
ou orar –, mas sim um reconhecimento do que se manifesta a cada momento. Sem o sopro a
Deus fez e faz diariamente por nós. divino para nos sustentar, somos apenas pó. is
Em nossa vida, devemos lembrar que o ser Em nosso próprio respirar estamos ligados a m
humano está intimamente ligado ao divino, seja Deus, e não apenas em um plano espiritual n
em sua aparência, seu respirar ou seu caráter. remoto. Ao respirar e tomar consciência de si,
Para que tenhamos uma vida plena, a relação o primeiro homem examinava seu corpo e seu d
com Deus deve ser mantida. Assim como no dia entendimento. Percebeu que era semelhante H
de sua criação, o homem não deve perder de a Deus. Com o tempo, compreendeu que a t
vista a face de Seu Criador. semelhança não se limitava à sua aparência, m
Adão despertou para a mas era também manifesta em seu próprio s
vida ao sentir o sopro divi- caráter. A lei de Deus corria em suas veias, e
no em seu rosto, enquanto segui-la era tão natural quanto respirar. Ellen E
seus pulmões se enchiam G. White afirma que “Adão e Eva, em sua pu- a
Em nossa
do fôlego de Deus. No ama- reza, tinham o conhecimento da lei original de d
vida, devemos nhecer de sua existência, a Deus. Ela lhes estava gravada no coração, e eles c
face de Deus foi a primeira estavam familiarizados com as exigências da s
lembrar que o coisa que ele contemplou. lei no tocante a si próprios” (Comentário Bíblico h
Ali nascia o ser humano, e Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1193). s
ser humano está assim se deu o primeiro en- p
contro da humanidade com
intimamente seu Criador. Adão aprendeu
do próprio Criador que havia
2 REVELAÇÃO
Para recebermos a revelação divina
c
a
ligado ao divino" sido formado pelas mãos di- em nossos cultos, precisamos estar abertos t
vinas. Fora cuidadosamente a todas as maneiras possíveis que Deus tem q
modelado da terra do solo para se comunicar conosco. O culto que se m
(adamah), e havia então re- concentra em tentar alcançar a Deus criando m
cebido em seu corpo um sopro de vida (ruah) mecanismos formais, não propicia que o ado- d
vindo dos lábios de Deus, que o havia transfor- rador entenda que é Deus quem tem interesse
mado em um ser vivente (nefesh).1 em se revelar a ele. Nas orações, nas canções, a
Essa é a equação da vida tal como apresenta- nos aconselhamentos mas, sobretudo, no es- D
da na Bíblia, e ela pode nos dar algumas indica- tudo aprofundado de Sua Palavra. a
ções sobre quem somos. Nossa vida é resultado Perto de Deus, somos insignificantes, e não A
da fusão entre o pó da terra e o sopro de vida há nada que tenhamos que possa ser útil ao d
vindo de Deus. Na ausência da matéria ou do so- Criador do Universo. Para que pudéssemos nos e
pro divino, a vida se desfaz. A vida de Adão só era relacionar com Ele, foi preciso que Ele se reve- P
possível enquanto Deus o sustentasse por meio lasse, já que, por nós mesmos, seria impossível D

36 Adorando Juntos
a compreendê-lo. Deus quer se relacionar conosco Deus precisou se diminuir para
m porque nos ama. se tornar acessível.
. Ao se encontrarem com Deus, Adão e Eva Que Deus tenha se sujeitado
a estavam em severa desvantagem. Se fosse re- a se rebaixar para se revelar a Se, em nossa
o, querido que eles fizessem algo por seu Criador Adão e Eva é algo espantoso.
a em troca da vida, o que eles fariam? O que teriam Eles não tinham nada para ofe- liturgia,
- para oferecer ao Todo-Poderoso? Nada. Se ofere- recer em troca ao Criador, nada
a cessem o que tinham de melhor, se chegassem que pudesse lhe interessar. Por buscamos
o ao limite de sua capacidade, que proveito teria que Deus se daria ao trabalho
ó. isso para Deus? Nenhum. “De que me serve a de se curvar somente para antes a nossa
a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Se- que esses seres pudessem
al nhor?”2 Adão e Eva estavam à mercê de Deus. conhecê-lo? O que a humani-
vontade do que
i, O casal, recém-chegado ao mundo, estava dade descobriu quando Deus
os princípios
u diante do Criador e Sustentáculo do Universo. se deu a conhecer foi que Deus
e Homem e mulher não estavam apenas em si- é amor.6 E o amor de Deus por divinos, é certo
a tuação de extrema vulnerabilidade, eles nem Adão e Eva foi tamanho que
a, mesmo podiam compreender diante de quem Ele se humilhou a ponto de se que perderemos
o se encontravam.3 fazer insignificante, para que
e Mesmo no ápice de sua inteligência, Adão e eles pudessem conhecê-Lo e Deus de vista"
n Eva não eram capazes de assimilar a vastidão do se relacionar com Ele.
- abismo existencial que os separava de seu Cria-
e dor.4 A glória de Deus era maior do que qualquer

a
s coisa que eles pudessem imaginar, sua grandio-
sidade e majestade excediam o entendimento
3 EXÍLIO
Se, em nossa liturgia, buscamos antes
o humano. Ao olhar nos olhos de Deus, Adão e Eva a nossa vontade do que os princípios divinos, é
se deparavam com o infinito. Como eles fariam certo que perderemos Deus de vista. Por não
para conhecer seu Criador? termos mais a lei de Deus escrita em nosso
Tendo sido criados pelas mãos de Deus, o coração, somos particularmente vulneráveis.
coração de ambos estava aberto para todas Nossa necessidade da revelação de Deus deve
a as manifestações divinas, e reconheciam em estar continuamente em nosso foco. Em tudo
s toda a natureza as digitais do Criador. Cada vez que fizermos, Sua palavra deve ser o centro, ou
m que o casal examinava as obras de Deus, das nos perderemos em rituais vazios.
e mais distantes até o mais íntimo de seu ser, das Quando Adão e Eva pecaram, eles perde-
o maiores às menores, eles vislumbravam a glória ram tanto a presença do Criador quanto o co-
- do Criador.5 nhecimento da lei de Deus, que estava em seu
e No entanto, havia outra maneira de conhecer coração. Assim, eles ficaram sem os principais
s, a Deus, certamente a mais maravilhosa de todas. indicadores do caráter de Deus, e era uma ques-
- Deus se apequenou de tal forma que era possível tão de tempo até que perdessem Deus de vista.
a Adão e Eva estarem com Ele pessoalmente. O mesmo sopro que dava vida a Adão e Eva
o Assim foi possível a Adão e Eva andarem ao lado também lhes dava liberdade para aceitar ou
o de Deus sem serem consumidos por Sua glória, rejeitar as palavras de Deus. Essa liberdade era
s e a contemplá-lo sem encherem-se de terror. tamanha que permitiu que eles agissem contra
- Para que a humanidade se relacionasse com o próprio fôlego que os animava. Inexplicavel-
el Deus, foi preciso protegê-la do esplendor divino. mente, Adão e Eva escolheram comer o fruto

Adorando Juntos 37
proibido. Sua transgressão os colocava não só vão. Nossas orações, músicas, ofertas, sermões b
contra a orientação divina, mas também contra a e tudo mais não passarão de imagens feitas por r
própria essência de seu ser. A lei de Deus estava mãos humanas. Ao acreditar que o encontro com
em seu coração, mas eles resolveram sufocá-la.7 Deus acontece por intermédio de nossas ações t
Assim, quando Adão e Eva se viram nus dian- e não de Sua revelação, estamos assumindo o In
te de Deus, uma drástica transformação havia lugar que é devido a Ele em nossa religação. v
ocorrido, e as folhas de parreira com as quais Ao se esquecerem do rosto de seu Criador, os d
eles procuravam se cobrir seriam insuficientes seres humanos trocaram a adoração em espírito u
para reverter sua condição. Apesar do fôlego de e verdade por uma rotina de cerimônias. Muitas n
vida ainda encher seus pulmões, uma mudança vezes, tentavam obter o favor divino por meio n
funesta havia se operado. Sua sentença de morte de seus ritos, como se fosse possível barganhar im
fora assinada por eles mesmos. com Deus. Entretanto, formalismo desprovido da fo
A consequência imediata de sua desobediên- presença de Deus não passa de idolatria. a
cia foi o exílio. Adão e Eva olharam para a face de Longe de Deus e com coração de pedra, as n
Deus pela última vez e saíram. Naquele instante, sucessivas gerações depois de Adão e Eva se c
talvez eles não compreendessem exatamente esqueceram do rosto de seu Criador. Haviam se s
o que era a morte, mas uma coisa era certa: o tornado cegos, surdos e insensíveis a qualquer m
exílio da presença de Deus lhes afigurava o pior coisa espiritual. Ao se aproximar a época deter- p
castigo que poderiam conceber. minada por Daniel para a chegada do Messias8, c
Desde sua vinda ao mundo, o homem podia o conhecimento de Deus havia se tornado es-
contemplar a face de Deus e desfrutar de Sua casso sobre a Terra. m
presença diariamente. Com o pecado, esse privi- Deus não abandonara a humanidade. Ele n
légio foi suspenso. Mais do que serem expulsos continuava a se comunicar com ela por inter- p
do jardim do Éden, Adão e Eva foram privados de médio daqueles que ainda se lembravam de a
contemplar a face de Deus. Pelo resto de suas Sua face, testemunhando sobre as revelações s
vidas, eles estariam distantes da presença de seu divinas. Entretanto, a maior parte dos homens a
Criador, em uma ausência que seria duramente e mulheres não conseguia mais discernir a s
sentida até o fim. Quando reuniam seus filhos e fisionomia de Deus nos diversos ritos com os a
filhas para contarem como haviam sido criados, quais estavam habituados. O que antes havia
sua mente se voltava para quando eles podiam sido adoração em espírito e verdade dera lu- c
andar com Deus. Em sua tristeza, eles se lem- gar a uma rotina de cerimônias, tradições e f
bravam da promessa que Deus havia feito, de especulações. Destituídas do fôlego divino, a
que um dia eles novamente olhariam nos olhos as cerimônias não tinham mais poder algum ç
de Deus e sentiriam Seu amor. sobre os corações. Homens e mulheres su- -
portavam desgostosos o que eles percebiam q
como somente fábulas e falsidades. h
4 IDOLATRIA
Até mesmo a cerimônia religiosa pode
Enquanto isso, a maior parte daqueles que
professavam o nome de Deus buscavam apenas
s
Q
ser usada para dissimular a ausência de espi- o seu próprio interesse, e sua hipocrisia era pa- o
ritualidade, e o formalismo prospera em tais tente.9 Apesar de todo seu aparente zelo, Deus d
condições. Ao buscarem santificar formas esva- era um estranho para eles. O rito, por sua vez,
ziadas da presença de Deus, os homens acabam era certificado como se dotado de propriedades c
construindo ídolos para si. Se Deus não estiver no mágicas. O formalismo era tal que, se o próprio q
centro da liturgia, tudo o que fizermos será em Deus tivesse descido dos céus e passeado pela t

38 Adorando Juntos
s brisa da tarde em Jerusalém, poucos o teriam tal prenúncio alegraria ao Senhor é menosprezar
r reconhecido. o amor do Pai pelo Filho. O sacrifício servia para
m Ao perderem Deus de vista, os homens ten- que os homens se lembrassem da promessa,
s taram manter suas cerimônias e tradições vivas. para que eles enfim entendessem a missão do
o Incautos, muitos dos que incentivavam o desen- Messias. Deus não precisava do sacrifício para
volvimento dessas formas inertes e desprovidas si. O Deus criador não é sugestionável, e não
s da presença de Deus acabavam por construir tem necessidade alguma que se faça algo por
o um formalismo santificado por eles mesmos e Ele. Aqueles que tentam manipular a Deus de-
s não por Deus. Inversamente ao que aconteceu monstram sua incompreensão do fato de ser Ele
o na criação, quando Deus criou o homem à sua o Criador e nós Suas criaturas.10 Quando homens
r imagem e semelhança, os homens construíram insistem em comover a Deus por meio de seus
a formas à sua imagem e semelhança. Contudo, próprios esforços, demonstram total desconhe-
a forma santificada por homens tem um nome cimento de Seu caráter. Sua grandeza e glória
s na Bíblia: se chama idolatria, e os deuses de nos ultrapassam, e o favor divino é oferecido de
e criação humana são apenas formas inertes e graça. Deus age em favor da humanidade porque
e sem vida, sejam objetos, costumes ou rituais, assim decide, motivado por amor.
r mesmo aqueles feitos em Seu nome. Só Deus
- pode gerar o fôlego de vida, que vivifica tanto a
8
,
-
carne quanto o espírito.
Muitos corações sinceros buscavam inutil-
5 REENCONTRO
Jesus Cristo mostrou como Deus se
mente o favor divino por meio de ritos e cerimô- relaciona com os homens: de forma pessoal
e nias, buscando aproximar-se de Deus por seus e direta. Em nossos cultos, precisamos tomar
- próprios esforços. Entretanto, quando esses cuidado para que nada se interponha entre
e adoradores julgavam ter algo com que pudes- nós e Deus. Mesmo artifícios designados para
s sem comprar o favor de Deus, o culto assumia facilitar nossa vida podem infelizmente se tornar
s a forma de uma barganha. Não era em nada intermediários entre nós e Deus. Sua voz deve
a semelhante à forma humilde com que Adão se falar mais alto que qualquer outra voz. E é o ouvir
s aproximava de seu Criador. essa voz que constrói um relacionamento íntimo
a A barganha, por sua vez, era uma das mar- entre Deus e o homem.
- cas dos cultos gregos e romanos. Seus deuses Como a humanidade havia perdido Deus de
e foram criados à imagem dos homens e eram vista, Ele precisou se revelar novamente, na pes-
o, acometidos por toda sorte de paixões e afli- soa de Jesus Cristo. O Messias veio como um
m ções: eram suscetíveis, vulneráveis, atraiçoavam- homem humilde e esteve com homens e mulhe-
- -se e invejavam-se mutuamente. Eram deuses res pessoalmente. Um dos encontros pessoais
m que aceitavam oferendas para favorecerem os que Jesus teve foi com um leproso samaritano,
homens. Portanto, de certa forma esses deu- a quem ele curou. O samaritano, ao reconhecer
e ses podiam ser manipulados pelos indivíduos. o que Jesus havia feito por ele, recebeu uma
s Quando gregos e romanos sacrificavam animais, bênção ainda maior do que a cura.
- o seu intuito era agradar seus deuses em troca Com tamanha incompreensão sobre a natu-
s de favorecimento. reza divina, era preciso que mais uma vez Deus
z, De maneira oposta, o Deus de Adão não en- se revelasse para que pudéssemos nos rela-
s contrava satisfação no sacrifício de animais. Visto cionar com Ele. Dessa vez, entretanto, Deus se
o que o culto sacrificial dos judeus tinha por obje- curvaria muito mais longe do que qualquer um
a tivo apontar para a morte de Cristo, afirmar que poderia imaginar. Ele se rebaixaria a ponto de

Adorando Juntos 39
transpor a distância imensurável que O separa- A caminho de Jerusalém, Jesus passou
va da humanidade e assumiria a insignificante pela divisa entre Samaria e Galileia. Ao
forma humana. entrar num povoado, dez leprosos dirigi-
Na terra, Deus encarnado seria apenas mais ram-se a Ele. Ficaram a certa distância e fo
um carpinteiro que havia crescido na Galileia — gritaram em alta voz: “Jesus, Mestre, tem a
uma posição irrisória dentro do drama humano. piedade de nós! “Ao vê-los, Ele disse: “Vão t
Entretanto, Ele vinha como o Cordeiro de Deus, o mostrar-se aos sacerdotes”. Enquanto s
sacrifício que havia sido prometido a Adão. Deus eles iam, foram purificados. Um deles, fe
se faria humano, para que pudéssemos conhecê- quando viu que estava curado, voltou,
-lo na pessoa de Jesus Cristo.11 E Cristo se humilha- louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se d
ria até o fim, para que Deus o Pai fosse honrado. aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este P
Cristo não veio como um legislador, para era samaritano. Jesus perguntou: “Não m
com eloquência defender os interesses de foram purificados todos os dez? Onde d
Deus entre os grandes da estão os outros nove? Não se achou ne- c
nação. Cristo não veio co- nhum que voltasse e desse louvor a Deus, S
mo um príncipe para rei- a não ser este estrangeiro? “Então Ele lhe e
vindicar o trono de Davi e disse: “Levante-se e vá; a sua fé o salvou”
Cristo irradiava o por meio da força levar o (Lc 17:11-19). r
seu reino para os confins u
caráter de Deus"
da Terra. Cristo não veio Todos os leprosos haviam sido curados, mas c
como um escriba, para apenas o samaritano reagiu a essa cura. Teriam d
mudar os conceitos da sido os leprosos dignos da bênção recebida? E o
nação por intermédio da erudição de seus havendo o samaritano voltado, seria um sinal B
escritos. Cristo não veio como um chefe militar, de que ele era o mais indigno dentre os dez, t
para com seus exércitos libertar os oprimidos o único que não teria merecido a bênção? Ou S
e trazer o juízo às nações. Cristo não veio como seria ele o único digno? A questão aqui não é o
um artista excepcional, para comover as mas- sobre o merecimento, mas sobre reconheci- p
sas por meio da sensibilidade de Suas obras. mento. Apesar de todos serem pecadores12 e
Jesus Cristo tinha todas as qualidades neces- e terem recebido livremente a bênção13, in- in
sárias para qualquer um desses papéis, mas dependentemente de seu mérito, apenas o n
não confiou em Seus próprios méritos. Em samaritano percebeu a dimensão do que lhe b
Sua missão na Terra, o Seu hábito era do mais havia acontecido. p
comum: Ele se encontrava com as pessoas pes- Tendo recebido a graça divina, ele se volta s
soalmente e conversava com elas. O trabalho para Deus em louvor e, agradecido, se pros- n
do Salvador nesta Terra, curando, ensinando, tra aos pés de seu Salvador. E aqui acontece n
consolando, repreendendo, amando, foi feito algo maravilhoso: a cura da lepra era apenas e
durante o Seu convívio com o povo. Alguns uma pequena parte do milagre, porque, para
dos encontros que Jesus teve são narrados aquele que voltou, Jesus ofereceu a salvação. a
na Bíblia. Cristo irradiava o caráter de Deus, e A bênção plena, embora estivesse livremen- a
encontrar-se com Ele pessoalmente era uma te acessível a todos, foi acolhida por apenas s
experiência transformadora. Dos muitos en- um. Jesus Cristo veio para esta Terra oferecer D
contros registrados na Bíblia, aquele que se a salvação a todos. Aqueles que se voltarem c
deu entre Jesus e os dez leprosos nos traz um para Ele poderão novamente olhar nos olhos s
ensinamento importante: de Deus. q

40 Adorando Juntos
ser decidir como vamos reagir à iniciativa divina.
6 ADORAÇÃO
A liturgia em nossa igreja assume várias
Assim, se recebemos uma bênção, não é por-
que sejamos merecedores, mas sim porque
formas. Há muita discussão sobre como deve ser Deus é bom. E se não há merecedores, somos
a forma ideal de nossos cultos. Essa discussão todos iguais perante Deus. Embora saibamos
tem seu lugar. Há, no entanto, uma constante a essa verdade de cor, ainda agimos como se uns
ser mantida: o culto agradável a Deus é aquele fossem mais iguais do que outros.14 Se algumas
feito em espírito e verdade. vezes ainda nos julgamos melhores, mais dig-
Nossos próprios esforços não têm o poder nos, mais preparados, mais humildes ou mais
de tornar nossa adoração mais aceitável a Deus. convertidos do que outros, é porque ainda não
Podemos, entretanto, seguir os passos do sa- entendemos nossa condição real e o sacrifício
maritano quando formos comparecer diante de Jesus Cristo. Entretanto, devemos entender
de Deus: reconhecendo a bênção que nos foi nossa própria vulnerabilidade e perceber que
concedida, nos voltarmos a Deus em busca de somos igualmente carentes. Se não fosse a graça
Sua presença e louvarmos o nome de Cristo divina, ninguém se salvaria.
enquanto nos prostramos a seus pés. Em seguida, nos voltamos para Deus em
Quando nos aproximamos de Deus para ado- busca de Sua presença.15 Aqueles que bus-
rá-lo, não devemos nos enganar: as roupas que cavam a presença de Jesus eram integrados à
usamos, as músicas que escutamos, aquilo que comunidade de Seus discípulos, da qual era um
s comemos, os nossos atos de caridade, a piedade privilégio fazer parte.
m de nossos ancestrais, a nossa posição social, as Muitos há que não gostam do culto em comu-
E ofertas que fazemos, o nosso conhecimento da nidade. Ora, Jesus sempre buscou o convívio com
al Bíblia, nosso esforço por guardar os mandamen- as pessoas, o contato pessoal. Entre os primeiros
z, tos divinos, nada disso vai nos livrar da morte. cristãos, a vida em comunidade era a regra.16 Por
u Se nem Adão e Eva em seu auge tinham algo a que seríamos diferentes do mestre,
é oferecer a Deus, muito menos nós em nossa im- ou nos julgaríamos melhores do
- perfeição. Estamos nus diante de nosso Criador, que Seus discípulos? Hoje, ao bus-
2
e nossa justiça própria apenas aumenta a nossa carmos a Deus em comunidade,
- inadequação. Assim, nos aproximamos de Deus desviamos o foco de nós mesmos, O culto
o não como quem traz recursos em busca de um temos nossos olhos abertos para
e bom negócio, mas como quem humildemente se o outro e obtemos o privilégio da agradável
prostra diante do Todo-Poderoso e implora por presença de Deus. 17

a sua vida. Unicamente o sangue de Cristo pode Finalmente, louvamos o nome a Deus é
- nos capacitar a comparecer diante de Deus. Ao de Cristo enquanto nos prostra-
e nos aproximarmos de Deus, podemos seguir o mos a Seus pés. Quantas vezes aquele feito
s exemplo do leproso samaritano: discutimos que forma deve assumir
a Primeiro, humildemente reconhecemos a adoração em nossas igrejas, en-
em espírito e
o. a bênção que nos foi concedida. Tal como quanto o primordial passa desper-
aconteceu com o leproso samaritano, a nossa cebido. Devemos antes nos lembrar
verdade"
-
s salvação passa pelo reconhecimento do que do que significam os ritos e as ceri-
r Deus fez por nós. Foi o próprio Deus quem bus- mônias do qual nos servimos para
m cou restabelecer uma relação pessoal que havia adorar a Deus, para não acontecer de estarmos
s sido rompida pela raça humana. Não há nada promovendo formas vazias de vida. A verdadeira
que possamos fazer por nós mesmos, a não adoração a Deus vem de um espírito agradecido.

Adorando Juntos 41
Deus. Ele estava com Deus no princí-

G
Referências
Por vezes somos erroneamente leva- pio. Todas as coisas foram feitas por
intermédio Dele; sem Ele, nada do
dos a crer que a adoração a Deus de- 1 Gênesis 2:7. que existe teria sido feito. Nele estava
2 Isaías 1:11. a vida, e esta era a luz dos homens. A
pende de uma forma específica. Assim, 3 “Com quem vocês me compararão? luz brilha nas trevas, e as trevas não
quando não atingimos determinado pa- Quem se assemelha a mim?” (Is 40:25). a derrotaram. […]. Aquele que é a
4 O livro de Eclesiastes nos diz que Palavra tornou-se carne e viveu entre
drão formal, podemos mesmo duvidar da Deus pôs a eternidade no coração do nós. Vimos a sua glória, glória como
dignidade de nossa adoração. Entretanto, homem, sem que este possa enten- do Unigênito vindo do Pai, cheio de
der a obra que Deus realiza desde o graça e de verdade. […]. Pois a lei
até mesmo o samaritano nunca poderia princípio até o fim (Ec 3:11). foi dada por intermédio de Moisés;
5 Salmo 8:3, 4.
ter se aproximado de Jesus, se fosse pas- 6 “Amados, amemo-nos uns aos
a graça e a verdade vieram por
intermédio de Jesus Cristo. Ninguém
sar por um crivo formal. O homem que outros; porque o amor é de Deus; e jamais viu a Deus, mas o Deus Unigê-
qualquer que ama é nascido de Deus nito, que está junto do Pai, o tornou
fora curado trazia apenas humildade e e conhece a Deus. Aquele que não conhecido” (Jo 1:1-5, 14, 17-18).
gratidão. ama não conhece a Deus; porque 12 “Na verdade que não há homem
Deus é amor” (1Jo 4:7, 8). justo sobre a terra, que faça o bem, e
Há quem possa argumentar que o sa- 7 Ellen G. White, Patriarcas e Profetas. nunca peque” (Ec 7:20).
Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira,

T
maritano trazia o que ele tinha de melhor, 13 “Tudo sucede igualmente a todos; o
2008, p. 261. mesmo sucede ao justo e ao ímpio, é
por isso a sua adoração foi aceita. Entre- 8 “Setenta semanas estão determina- ao bom e ao puro, como ao impuro;
das sobre o teu povo, e sobre a tua f
tanto, a ideia de que o nosso melhor é o assim ao que sacrifica como ao que
santa cidade, para cessar a trans- não sacrifica; assim ao bom como ao
suficiente para Deus pode ser enganosa. gressão, e para dar fim aos pecados, pecador; ao que jura como ao que
e para expiar a iniquidade, e trazer teme o juramento” (Ec 9:2). r
Caim trouxe o melhor do seu trabalho a justiça eterna, e selar a visão e a 14 Assim como no livro A Revolução dos t
como oferta para Deus, e assim fazendo profecia, e para ungir o Santíssimo. Bichos, de George Orwell.
Sabe e entende: desde a saída da or- 15 “E buscar-me-eis, e me achareis, U
confiou mais nos seus próprios méritos dem para restaurar, e para edificar a quando me buscardes com todo o c
do que nos de Jesus, prenunciados no Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, vosso coração” (Jr 29:13).
haverá sete semanas, e sessenta e 16 “E todos os que criam estavam juntos,
sacrifício do cordeiro.18 duas semanas; as ruas e o muro se e tinham tudo em comum. E vendiam
reedificarão, mas em tempos angus- q
Quando Jesus foi confrontado com uma suas propriedades e bens, e repartiam
tiosos. E depois das sessenta e duas com todos, segundo cada um havia o
questão sobre a forma da adoração, Ele semanas será cortado o Messias, de mister. E, perseverando unânimes
mas não para si mesmo; e o povo do p
prontamente afirmou: príncipe, que há de vir, destruirá a
todos os dias no templo, e partindo o
pão em casa, comiam juntos com ale- o
Mas a hora vem, e agora é, em que os cidade e o santuário, e o seu fim será gria e singeleza de coração, louvando
com uma inundação; e até ao fim a Deus, e caindo na graça de todo o
verdadeiros adoradores adorarão o Pai haverá guerra; estão determinadas povo. E todos os dias acrescentava o t
em espírito e em verdade; porque o Pai as assolações. E ele firmará aliança Senhor à igreja aqueles que se haviam
com muitos por uma semana; e na de salvar” (At 2:44-47). m
procura a tais que assim o adorem. Deus metade da semana fará cessar o 17 “Também vos digo que, se dois de
sacrifício e a oblação; e sobre a asa
m
é Espírito, e importa que os que o adoram vós concordarem na terra acerca de
das abominações virá o assolador, e qualquer coisa que pedirem, isso lhes D
o adorem em espírito e em verdade (Jo isso até à consumação; e o que está será feito por meu Pai, que está nos
determinado será derramado sobre o
4:23, 24). céus. Porque, onde estiverem dois ou
assolador” (Dn 9:24-27). três reunidos em meu nome, aí estou n
Cristo deixa bem claro que a adoração 9 “Nem todo o que me diz: Senhor, Se- eu no meio deles” (Mt 18:19, 20).
nhor! entrará no reino dos céus, mas 18 Ellen G. White, Patriarcas e Profetas. m
feita a Deus em espírito e em verdade é a aquele que faz a vontade de meu Pai, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, p
única válida e agradável a Deus. Quando que está nos céus. Muitos me dirão 2007, p. 41.
naquele dia: Senhor, Senhor, não 19 “E aconteceu que, indo eles de cami-
Jesus Cristo esteve entre nós, Ele adver- profetizamos nós em teu nome, e em nho, entrou Jesus numa aldeia; e certa q
tiu a Marta de que esta se afadigava com teu nome não expulsamos demô- mulher, por nome Marta, o recebeu
nios, e em teu nome não fizemos em sua casa; e tinha esta uma irmã t
muitas coisas, enquanto uma só era ne- muitas maravilhas? E então lhes direi chamada Maria, a qual, assentando-se
abertamente: Nunca vos conheci; q
cessária.19 Se nos atarefamos em excesso, também aos pés de Jesus, ouvia a
apartai-vos de mim, vós que praticais Sua palavra. Marta, porém, andava q
perdemos a chance de desfrutar da com- a iniquidade” (Mt 7:21-23). distraída em muitos serviços; e, apro-
10 “Não abras a boca precipitadamente,
panhia do Salvador. Assim, reconhecendo e não se apresse o teu coração a
ximando-se, disse: Senhor, não se te
dá de que minha irmã me deixe servir
o que Deus fez por nós, buscamos Sua proferir palavra alguma diante de só? Dize-lhe que me ajude. E respon-
Deus; porque Deus está no céu, e tu dendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta,
presença e, humildemente e agradecidos, sobre a terra. Portanto, sejam poucas estás ansiosa e afadigada com muitas
o louvamos, até que venha o dia em que as tuas palavras” (Ec 5:2). coisas, mas uma só é necessária; e
11 “No princípio era Aquele que é a Maria escolheu a boa parte, a qual
nós possamos adorá-lo face a face. Palavra. Ele estava com Deus, e era não lhe será tirada” (Lc 10:38-42).

42 Adorando Juntos
a
A Guia prático
e
Em nossos cultos, temos seguido os passos do os passos que o samaritano tomou para se aproxi-
samaritano que foi curado da lepra? Propomos a mar de Jesus. Reúna-se com a sua igreja e procure
seguir algumas perguntas divididas de acordo com responder a estas perguntas com sinceridade.

1 2 3
e
 emos reconhecido quem
T Temos nos voltado Temos adorado a Deus em
é Deus e o que Ele tem para Deus? espírito e em verdade?
feito por nós? A presença de Deus tem si- Nossa adoração tem sido signi-
Em nossa adoração, temos do real na percepção de nossa ficativa e plena, e não apenas um
reconhecido nosso diminuto igreja? conjunto de atos preestabelecidos
tamanho perto do Criador do Nossos cultos têm sido even- executados mecanicamente?
Universo e a nossa dependên- tos em que Deus se faz pre- Quando nos reunimos para lou-
cia Dele a cada instante? sente, em oposição a meros var a Deus, temos louvado como um
, Aceitamos verdadeiramente programas de entretenimento? grupo, não nos mantendo isolados
que somos amados por Deus O Espírito Santo tem agido por uns dos outros?
m
ou sempre criamos condições intermédio de nós para transfor- Ao estudarmos a palavra de Deus,
para que Ele nos ame e ame mar a vida de nosso próximo? temos obtido a oportunidade de me-
os outros? Temos tido encontros pessoais ditarmos na mensagem que ela nos
Percebemos que somos com nossos irmãos, muito além traz ou já recebemos uma interpre-
todos – dentro ou fora da co- de um “bom sábado” cortês? tação pronta de um única pessoa?
m
munidade – pecadores e igual- Nossa religiosidade tem sido A habilidade do pregador tem
mente carentes da graça de viva e atuante todos os dias, ofuscado os ensinamentos bíblicos?
Deus? sem se limitar aos sábados? Nossas orações têm sido opor-
Compreendemos que Deus Se nossa igreja deixasse de tunidades para abrirmos o coração
não precisa de nós e que mes- existir, a vizinhança sentiria falta? diante de Deus, sem um roteiro pre-
mo quando nos pede algo é E se a vizinhança fosse em- estabelecido?
para nosso próprio benefício? bora, nossa igreja sentiria falta? Nossa música tem sido feita em
Estamos convencidos de Temos usado nossa visão gratidão e humildade?
a que Deus nos deu tudo o que litúrgica para adorar a Deus Nossos cânticos têm sido uma
temos ou pensamos ter algo com humildade ou para julgar resposta à revelação divina, e não
e
que vem de nós mesmos ou outros dentro e fora de nossa fruto de nossos próprios caprichos
que nos pertence? comunidade? e formalidades?

r
Se a maior parte das perguntas foi respondida provável que haja respostas negativas. Enxer-
s positivamente pela igreja, é possível que sua co- guem nesses pontos oportunidades de buscarem
munidade esteja no “caminho de volta”, buscando viver de maneira ainda mais plena a revelação e
a Deus em espírito e verdade. No entanto, é bem o amor de Deus.

Adorando Juntos 43
Renovando a liturgia p

do culto de adoração
p
g
S

VOTADO registrar o voto da


VOTO DA DIVISÃO DSA 2015-294, como segue:

SUL-AMERICANA
CONSIDERANDO as duas for-
mas sugestivas de liturgia ex-
pressas pelo Manual da Igreja
(MI, Ed. 2010, Notas p. 181, 182), que
ao mesmo tempo diz: “Não existe
uma forma ou ordem estabelecida
para o culto público. Em geral, uma
ordem mais curta para o culto é mais
adequada” (MI, Ed. 2010, p. 124);
CONSIDERANDO a necessidade
no território da Divisão Sul-Ameri-
cana (DSA) de desenvolver um culto
de adoração mais dinâmico e que
se comunique de maneira eficiente
com a geração atual;
CONSIDERANDO que o propósi-
to do culto deve equilibrar e inte-
grar harmoniosamente a adoração
a Deus, a edificação da Igreja e a
evangelização;
CONSIDERANDO a influência da
tecnologia, o ritmo da vida atual,
que gera mentes inquietas e a ne-
cessidade de um culto de adoração
mais direto e inspirador;
CONSIDERANDO a quantidade
de telespectadores e ouvintes da
Novo Tempo que têm vindo para
Ilustração: Freepik

as nossas igrejas e que necessitam


de uma programação mais direta e
bem preparada;

44 Adorando Juntos
VOTADO as seguintes instruções
6 O
 rganizar os cultos com an- 12 M
 otivar os pregadores a não
práticas e uma liturgia sugestiva tecedência, evitando improvi- perder a oportunidade de en-
para ser utilizada nas igrejas e sação e imprevistos que dimi- cerrar a pregação com apelos
grupos no território da Divisão nuam sua solenidade e forte que motivem os ouvintes a
Sul-Americana: influência espiritual. tomar decisões práticas.

1 Investir mais tempo por parte 7


 nvolver a maior quantidade
E  stabelecer uma liturgia com-
E
13
dos pastores e Associações/ possível de participantes de pleta que tenha aproximada-
Missões em capacitações so- todas as idades. mente uma hora e quinze mi-
bre culto e liturgia, buscando nutos de duração, dividindo o
maior qualidade na adoração.
8 R
 ealizar um programa atra- tempo equilibradamente en-
ente e eficaz para os amigos tre as partes do culto e dedi-
- 2 E
 nvolver as diferentes gera- que visitem a igreja. cando pelo menos 30 minutos
ções da igreja, evitando que à pregação.
-
o culto de adoração esteja
a 9 U
 tilizar os recursos audiovi-
voltado a apenas um grupo suais com criatividade e sem
e 14 M
 anter a equipe do Ministério
específico. exageros. da Recepção atuante durante
e
a toda a programação do culto,
 eterminar a ordem apropria-
D
a 3 10 P
 reparar um calendário anual dando uma atenção especial
da de como serão a Escola Sa- de pregações que envolva o aos amigos que chegam à igreja.
s
batina e o Culto de Adoração, máximo possível das 28 Cren-
e definir qual dos dois acon- ças Fundamentais da IASD.
e 15 U
 tilizar uma liturgia mais bre-
tecerá primeiro na manhã de ve, que mantenha as partes
-
sábado. Onde o Culto Divino
o 11 Incentivar que o louvor congre- fundamentais da adoração
antecede a Escola Sabatina, os gacional se desenvolva sempre dentro do culto, de acordo
e
dízimos e as ofertas podem em harmonia com a pregação, com a seguinte sugestão:
e
ser recolhidos depois da pre- com o uso de instrumentos a. Chamado à adoração
gação. próprios para a adoração e não (leitura bíblica e oração)
-
- ocupando tempo demasiado b. Momento do louvor
o 4 E
 stabelecer uma continuida- que venha a comprometer a c. Oração intercessora
de entre Escola Sabatina e pregação da Palavra. (Ver “Fi- d. Adoração infantil
a
Culto Divino, integrando am- losofia Adventista do Sétimo e. Dízimos e ofertas
bos como uma só unidade de Dia com Relação à Música” DSA (Testemunhos de
a
adoração com um hino de 144-03, “Orientações com re- “Provai e Vede”)
l,
louvor como transição. lação à música para a Igreja f. Mensagem musical
-
o Adventista do Sétimo Dia na g. Pregação bíblica
5 U
 tilizar, na medida do possível, América do Sul” DSA 116-05. h. Hino final
o mesmo espaço físico da pla- Disponível em: <https://www. i. Bênção
e
taforma para realizar o Culto adventistas.org/pt/institu-
a
de Adoração e a Escola Saba- cional/organizacao/declara-
a 16 O
 rientações adicionais po-
tina, entendendo que ambos
Ilustração: Freepik

m coes-e-documentos-oficiais/ dem ser sugeridas pela União


envolvem adoração a Deus e filosofia-adventista-setimo-dia- de acordo a seu próprio con-
e
respeito por Sua presença. -relacao-musica/>.) texto.

Adorando Juntos 45
PROGRAMAS ESPECIAIS

SEMANA
SANTA
SUGESTÕES PARA
INTEGRAÇÃO DE TODAS AS
GERAÇÕES NO PROGRAMA
DA SEMANA SANTA 2019

COMO TER OS JOVENS, ADOLESCENTES tes estarão organizados para ter uma semana
E CRIANÇAS INCLUÍDOS NA SEMANA DE inesquecível com seus amigos em lugares ainda
EVANGELISMO. não alcançados com a mensagem.
A Semana Santa 2019 será realizada em du- Na segunda etapa, realizada na igreja, jovens
as etapas: a primeira nos lares ou em outros e adolescentes precisam estar envolvidos como
locais, de domingo à quarta-feira, e a segunda protagonistas, orientados pelos líderes mais
na igreja local, de quinta-feira a domingo. Es- experientes.
sencialmente, o programa da Semana Santa Ellen White diz que “pregadores ou leigos
é evangelístico, e o envolvimento dos jovens, de idade avançada não podem ter, sobre a ju- F
adolescentes e crianças nesse esforço missioná- ventude, metade da influência que os jovens S
u
rio será fundamental para o despertar de uma consagrados têm sobre seus companheiros”.1 i
consciência missionária nas novas gerações. Desse modo, fica muito fácil compreender por A
Na primeira etapa as crianças terão a opor- que ela diz que “os jovens são nossa esperança c
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tunidade de realizar a Semana Santa com seus para a obra missionária”.2 d


p
amiguinhos por quem estão orando desde os Chegou a vez de todos estarem JUNTOS em p
Dez Dias de Oração. E os jovens e adolescen- Missão. Veja as dicas a seguir: o

46 Adorando Juntos
a
a

s
o
s
1 2
s
u- Faça um planejamento participativo. Faça divulgação criativa e intensa nas mídias sociais.
s Semanas antes do dia 13 de abril de 2019, reúna A igreja preparou uma imensa coletânea de imagens
uma representação de todas as faixas etárias da e vídeos para divulgação da Semana Santa 2019.
.1 igreja para planejar a “Semana Santa: Renascidos”. Use esse conteúdo nas redes sociais para manter
or A reunião deve ser participativa, simples e objetiva, não apenas a igreja, mas a comunidade informada
a colhendo sugestões de todos os presentes para dias do programa especial, que irá acontecer nos lares
Imagem: Adobe Stock

de intenso evangelismo e esforço missionário. Todos e na igreja, por meio do WhatsApp, Instagram,
precisam compreender a importância desse período Facebook, Twitter, YouTube, hashtags, etc. Desafie
m para alcançar os amigos, pelos quais começamos a os jovens a assumirem a liderança desse movimento
orar no programa 10 Dias de Oração. nas mídias sociais.

Adorando Juntos 47
3 4 5
Crie estratégias para o Amigo de oração. Todos os dias, As mais lindas cerimônias
protagonismo missionário um momento do programa deve batismais. A cerimônia batismal
das novas gerações. A Semana ser reservado para homenagear e é o momento mais marcante
Santa 2019 será realizada em valorizar os amigos que estiverem da trajetória do discípulo e do
duas etapas: a primeira nos visitando a igreja, em especial discipulador. Por isso, a festa tem
lares ou em locais diferentes, aqueles pelos quais a igreja ora que acompanhar a importância
de domingo a quarta-feira, e desde o início do ano. Tirar fotos da ocasião. Essa cerimônia deve
a segunda na igreja local, de das duplas de amigos e colocar resgatar as lembranças daqueles
quinta-feira a domingo. Como no em um mural ou no telão, colocar que já foram batizados e ampliar
planejamento todas as gerações um tapete vermelho para recebê- o desejo e decisão daqueles
tiveram voz e representatividade, los no primeiro ou no último dia que ainda não assumiram o
deve ser feito um esforço são ideias que podem aproximar compromisso público com Cristo
para que as novas gerações esses novos amigos da igreja. por meio do batismo. Caso seja
protagonizem a programação Não deixe de incluir as crianças possível, realize essa cerimônia
na igreja. Esse é o momento de que estarão trazendo seus todos os dias da programação na
identificar os dons e talentos de amigos com quem realizaram a igreja, tornando tudo especial,
nossos meninos e meninas e primeira parte da semana em desde a decoração até a música, a
colocá-los na missão. seus lares. recepção e as mensagens bíblicas.

6 7
Estimular a criatividade para a exibição da Série Amplie e faça novas amizades. A segunda parte
Renascidos. Em 2019, os programas da Semana da Semana Santa, que ocorre na igreja, tem objetivo
Santa vão contar com uma série, dividida em sete duplo: desenvolver a unidade da igreja e apresentar
episódios, que fala sobre o renascimento espiritual a comunidade adventista aos novos amigos.
por meio de Cristo. Cada capítulo está ligado ao tema Assim, esse momento deve ser aproveitado para
do sermão do dia e funciona como um complemento. o desenvolvimento de novas amizades. Um lanche
Assim, estimule as novas gerações e suas lideranças simples e prático no fim do culto é uma excelente
a usarem todo o seu potencial criativo para o maneira de criar o ambiente em que isso possa ser
lançamento e a exibição da série nos lares e na igreja. desenvolvido.
Material de apoio para preparar jovens pregadores
estará disponível no site juntos2019.com.br.

8 Com o
envolvimento e
Organize previamente a Classe Bíblica. Como participação de todos, tendo
muitos amigos estarão participando nos Pequenos
Grupos e na igreja durante essa semana especial,
um claro foco na missão, muitos
defina previamente uma Classe Bíblica para ser novos missionários poderão
iniciada logo após a Semana Santa. Data e horário, experimentar a alegria de
professor e coordenador da classe, ficha para testemunhar, e muitos novos
inscrição, tudo deve estar pronto para que durante
as noites de programa na igreja os novos amigos
amigos podem ser atraídos
possam se inscrever. e alcançados.
Imagem: Adobe Stock

Referências
1 Ellen G. White, Mensagens aos Jovens. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016, p. 204.
2 Ellen G. Wh ite, Fundamentos da Educação Cristã. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016, p. 320.

48 Adorando Juntos
IMPACTO
ESPERANÇA FAZENDO NOVOS AMIGOS
O Impacto Esperança é uma das grandes
mobilizações missionárias da Igreja Adventista
do Sétimo Dia. A importância da distribuição
de literatura e seu efeito para a salvação de
pessoas são inegáveis. No entanto, tem se
verificado que o programa mobiliza muitas
pessoas apenas no dia de sua realização e na
sequência há pouco envolvimento dos mem-
bros como missionários. É como se a igreja
ficasse a espera do próximo “evento”.
Queremos entregar milhares de livros; porém,
sonhamos que o Impacto Esperança seja uma
oportunidade para conectar mais pessoas com
quem poderemos viver uma experiência de disci-
pulado. Ou seja, o alvo é encontrar novos amigos
e atraí-los para nossa vida e comunidade de amor.
Em 2019, mais que nunca, a perspectiva é que es-
sa seja uma ocasião em que todos estejam JUNTOS
em Missão, num movimento que faça a diferença na
região escolhida para a realização do projeto. Para
isso, jovens e adolescentes, crianças e suas famílias,
sem esquecer os mais experientes, estarão en-
gajados em entregar livros e revistas que trans-
mitam esperança. Mais do que isso, porém, o al-
vo é que todos vivam a experiência de iniciar ou
Imagem: Adobe Stock

aprofundar amizades, que levem pessoas a Jesus


a partir do Impacto Esperança. Além de distribuir
livros, o alvo é sair às ruas para fazer AMIGOS.

Adorando Juntos 49
Para que seja uma experiência sig- Não esqueça a jornada de
nificativa para toda a igreja, algumas
4 discipulado Pais e Filhos Juntos.
sugestões podem ser muito úteis: Como família eles estão sendo
encorajados, pelo guia de discipulado, a
Faça um planejamento realizarem o Impacto da Família no final de
1 participativo. semana anterior. Sua igreja precisa facilitar
No primeiro trimestre de 2019, re- a aquisição dos livros e revistas infantis com
úna uma representação de todas as antecedência para as famílias. Sua igreja
faixas etárias da igreja para planejar pode preparar ainda, no dia 18 ou no dia
os detalhes do Impacto Esperança. A 25, um grande almoço de todas essas fa-
reunião deve ser participativa, simples e mílias na própria igreja ou num parque, por
objetiva, colhendo sugestões de todos exemplo.
os presentes para esse esforço missio-
nário. Todos precisam compreender Envolva
5
que essa é uma ocasião para alcançar as crianças
os amigos, pelos quais começamos a A igreja precisa usar essa data para
orar no programa 10 Dias de Oração e ajudar as crianças a entenderem que
pelos novos amigos que surgirão dos nós amamos a Deus, mas também
contatos intencionais que todos pode- amamos os nossos amigos de
rão fazer nesse dia. dentro e de fora da igreja. Após
o almoço, as crianças podem
Defina o local a ser ter um momento para que
2 impactado e organize a relatem o que aconteceu
estratégia de distribuição. quando elas fizeram novos
Será numa região residencial ou amiguinhos e distribuíram os livros. Por is-
num local que concentra muitas pes- so, pode ser preparado um programa infantil
soas? Próximo à igreja ou mais distan- para que esses testemunhos sejam contados
te? Quantos livros serão necessários? pelas crianças. Elas podem levar fotos e ter
Como os membros serão organizados momentos para orar pelos novos amigos
para a ação? e também podem ser incentivadas a conti-
nuar esse relacionamento de amizade a fim
Faça divulgação criativa e de que os novos amigos conheçam a Jesus.
3 intensa nas redes sociais.
A igreja preparou uma imensa cole- Dê protagonismo missionário
tânea de imagens e vídeos para divulga- 6 para as novas gerações.
ção. Use e abuse desse conteúdo nas Como no planejamento todas as
redes sociais para manter não apenas gerações tiveram voz e representatividade,
a igreja, mas a comunidade informada deve ser feito um esforço para que as novas
dessa ação, por meio do WhatsApp, gerações participem de maneira ativa e ino-
Instagram, Facebook, Twitter, YouTube, vadora no Impacto Esperança. Que desafios
hashtags etc. Desafie os jovens a assu- específicos sua igreja poderia pensar para
mirem a liderança desse movimento jovens, adolescentes, desbravadores para
nas redes sociais. essa ocasião?

50 Adorando Juntos
FAZENDO NOVOS AMIGOS deixar claro que os primeiros contatos
Mais do que transmitir uma verdade, a mis- não têm o objetivo ainda de se oferecer
são de Cristo é um chamado para transmitir estudos bíblicos ou convidar para a igreja,
vida, e isso ocorre quando relacionamentos mas apenas DESENVOLVER A AMIZADE,
de amizade são construídos com a intenção preparando o terreno do coração para a
de levar pessoas para conhecerem seu melhor etapa que virá mais adiante.
Amigo, Jesus Cristo. “A todos quantos estão tra-
balhando com Cristo, desejo dizer: [...]. Vosso 4. O QUE É AMIZADE? Relacionar-se com a
êxito não dependerá tanto de vosso saber e pessoa, conhecer sua história, ter víncu-
realizações, como de vossa habilidade em che- los e dependência mútua. Ações práticas
gar ao coração das pessoas. Sendo sociáveis como convidar para um almoço/jantar ou
e aproximando-vos bem do povo, podereis sair com essas pessoas e suas famílias se-
mudar-lhes a direção dos pensamentos muito rão fundamentais para estreitar os laços.
mais facilmente do que pelos mais bem feitos
discursos” (Obreiros Evangélicos, p. 193). 5. CÍRCULO DE AMIGOS AMPLIADO. A partir
Para que isso aconteça, estas sugestões do momento que a confiança foi gerada
poderão ser compartilhadas com sua igreja e a amizade é genuína, então o membro
antes de saírem para o Impacto Esperança: deverá trazer os novos amigos para a
comunidade de seu Pequeno Grupo. Ca-
1. ORAR COM AS PESSOAS. A oração sensi- so não haja igreja próxima, os membros
biliza e geralmente é muito bem recebida. poderão aproveitar a oportunidade para
Na distribuição dos livros desafie os mem- implantar os PGs.
bros a oferecer uma oração às pessoas
que estão recebendo os livros. Quando 6. COMPARTILHANDO A PALAVRA. Depois
elas aceitarem, os membros deverão se de inserida na comunidade de amor, en-
colocar a disposição para continuar a tão esta pessoa amada e cuidada deverá
interceder. Para isso podem solicitar o receber os estudos bíblicos e, por fim, ser
WhatsApp ou mesmo o endereço para recebida na Igreja.
contato posterior.
7. PARA TODA A VIDA. Amizades assim,
2. CONTATO IMEDIATO. Encoraje cada que conectam vidas umas com as outras
membro para que no próprio dia do Im- e ambas com Cristo e Sua igreja, duram
pacto ou no seguinte envie uma men- para sempre. Não terminam com o fim
sagem ou contate as pessoas que rece- de uma série de estudos bíblicos, nem
beram o livro, perguntando se elas têm com o batismo. Aprofundam-se após essas
pedidos de oração. Onde a conversa fluir, etapas na caminhada daqueles que agora
começa uma nova etapa nesse relaciona- vivem Juntos em Missão, porque almejam
mento de AMIZADE. chegar ao Céu com muitos outros amigos.

3. AMIZADE PRIMEIRO. É importante orien- Imagine o que poderia acontecer se cada


tar a igreja que nesse contato contínuo membro fizer pelo menos UM NOVO AMIGO e
Imagem: Adobe Stock

os membros irão INTENCIONALMENTE levá-lo para sua vida? Imagine o impacto de sua
trazer essa pessoa para sua vida. Ou seja, igreja se tiver 100% dos membros ENVOLVIDOS
buscarão aprofundar a amizade. É preciso PESSOALMENTE na salvação de um amigo?

Adorando Juntos 51
É
ORIENTAÇÕES importante lembrar, antes de mais na-
da, que o batismo da primavera é um
PARA O BATISMO momento especial. Porém, não pode
estar desvinculado do processo de
DA PRIMAVERA discipulado, conduzido especialmente
COMO PARTE DE pelos pais, adolescentes e jovens que
estão envolvidos pessoalmente com
UM PROCESSO os novos amigos que desejam salvar.
Com o apoio da igreja, o candidato ao batismo deve
DISCIPULADOR ser preparado ao longo do ano. E após o batismo
o processo continua, ajudando-o a se tornar um
discípulo completo em Jesus Cristo.
Imagem: Adobe Stock

Com isso em mente, algumas dicas e orienta-


ções podem tornar esse momento ainda mais
especial.

52 Adorando Juntos
1 IDEIAS E ORIENTAÇÕES PARA ESSE DIA

Música Especial
2
Vale a pena programar uma
mensagem musical especial para esse
dia. Lembrando que o mais importante
é que todos os batizandos sejam incluídos
Decoração Especial
no programa, e que “coisas especiais
Procure deixar a decoração
e diferentes” não aconteçam para um
o mais aconchegante possível.
ou outro apenas, mas para todos. A
Por se tratar do Batismo da
mensagem musical especial não deve
Primavera, use muitas flores,
ser a principal parte do culto,
Imagem: Adobe Stock

desde a recepção

1 da igreja.
apenas um complemento.

Adorando Juntos 53
3
Entrada e
entrega dos novos

4
discípulos no tanque batismal
Os adolescentes, jovens e pais Cerimônia
discipuladores podem entrar pelo com símbolos que sejam
corredor central com seus amigos e relevantes e significativos
filhos, e entregá-los no tanque batismal. Num determinado momento, de maneira
Se os discipuladores puderem entrar breve, os discipuladores, sejam os pais, avós ou jovens
no tanque junto com o amigo ou e adolescentes, podem presentear o batizando com algo
filho, melhor ainda. especial que servirá como símbolo dessa aliança com Jesus.
Exemplo: uma Bíblia especial com uma dedicatória, uma “caixa
da aliança” para o futuro (dentro, ambos colocam suas declarações
de amor, gratidão e fidelidade ao Senhor escritas de próprio punho e
assumem o compromisso de guardar juntos ou enterrar para ser aberta
nos próximos anos ou quando sentirem a necessidade de renovar seus
votos de fidelidade ao Senhor).
No contexto da jornada de discipulado PAIS E FILHOS JUNTOS,
além do estudo bíblico “Amigos do Coração”, há uma coroa para ser
usada em cada estudo realizado e decisão tomada. Nessa coroa,
a criança coloca uma pedra para simbolizar seu compromisso
com o tema estudado. Para a ocasião do batismo, há
uma pedra especial reservada para ser colocada na
coroa. Os pais devem levar a coroa e a pedra
para ser colocada no momento do
batismo.

2
O QUE NÃO PODE ACONTECER

 rograma Comum
P ainda mais quando eles fazem todo o
Culto longo e cansativo. Deixe outras sentido. Então aproveite essa oportuni-
coisas neste dia especial e dê mais tem- dade e impressione a mente dos amigos
po para os batismos e/ou testemunhos, convidados e dos irmãos explicando com
especialmente por ser um dia em que clareza o importante significado de tudo
provavelmente muitos amigos ainda o que está sendo feito.
não adventistas estarão presentes. Se- Um batizando ter várias homenagens
ja objetivo e direto, porém, tocante e em detrimento de outro, que não tem
Imagem: Adobe Stock

inspirador. nada especial.


Desprovido de símbolos e significados. Programa desorganizado e não planeja-
Somos seres muito apegados a símbolos, do. Peça ajuda a um líder que é bem or-

54 Adorando Juntos
6
O adolescente ou
jovem apresenta o amigo
batizando a Jesus como um
marco de sua amizade com Cristo
Os adolescentes e jovens que se
Declaração do pai
engajaram no JUNTOS EM MISSÃO
ao filho como se estivesse
e prepararam amigos para o
no altar do casamento,
batismo podem conduzi-los
entregando o filho ou filha ao
futuro cônjuge
Algumas palavras significativas ditas
até o tanque batismal.
Almoço
7
pelo pai ou pela mãe ao seu filho entre amigos e família
a ainda no tanque batismal. Para os celebrando esse novo
s mais tímidos pode ser uma nascimento
declaração lida. É um dia especial. Jesus gostava de
estar entre amigos. Gostava de participar de
5 uma refeição compartilhada com eles. Para
Cristo, isso ia muito além de se alimentar,
significava momentos em que a vida era
compartilhada. Por essa razão, vale a
pena reunir os amigos, vizinhos e
irmãos para celebrar o novo
nascimento.

o ganizado e montem o programa juntos. O batismo é uma etapa muito impor-


- Porém, deixe a execução e organização tante na caminhada de um discípulo de
s nas mãos de pessoas que realmente Cristo. Sendo assim, o compromisso
m têm o dom dos bastidores e fazem isso da liderança da igreja é tornar esse
o muito bem. momento ainda mais significativo e
Falta de informação e instrução para inspirador. Planeje para essa ocasião
s os que serão batizados (sobre roupas, a melhor das festas: tanto para os pais
m onde se trocar, quanto tempo antes que prepararam seus filhos, como pa-
Imagem: Adobe Stock

devem chegar, sobre a sequência da ra os jovens e adolescentes que estão


- programação, entradas, posição dentro trazendo seus amigos para Jesus. Será
- do batistério, etc.). um dia inesquecível!

Adorando Juntos 55
Igreja Adventista
do Sétimo Dia®

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