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As licitações são reguladas por duas normas principais: a Lei 8.6661/993, que trata não
apenas das licitações, mas também dos contratos administrativos dela decorrente; e a Lei
10.520/2002, que introduziu uma nova modalidade de licitação chamada Pregão.
A realização de procedimentos licitatórios visa a consecução de vários objetivos, dentre
eles a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.
No entanto, esse não é o único objetivo. É por meio da licitação que o Poder Público
exercita os princípios da Administração, a exemplo do princípio da isonomia, possibilitando
aos particulares que se interessam em fornecer para o Estado disputarem em igualdade
de condições, o que nos remete ao princípio da competitividade. Possibilita também dar
conhecimento à sociedade da intenção de contratar determinado serviço ou bem, que em
última análise é uma forma de possibilitar a essa sociedade o exercício do controle social.
O art. 3º da Lei 8.666/1993 expressa os objetivos da licitação pública. Uma alteração
recente do dispositivo, promovida pela Lei 12.349/2010, incluiu dentre esses objetivos a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável, cuja materialização se deu por meio
dos decretos 7.746, 7.840 e 7.842/2012. Nesses normativos são estipulados critérios e
práticas sustentáveis nas aquisições públicas e margens de preferência, no intuito de
concretizar o desenvolvimento sustentável pretendido na Lei.
Além disso, a Lei Complementar 123/2006, estabeleceu diversos mecanismos de incentivo
e fomento à microempresas e empresas de pequeno porte (ME/EPP), inclusive com
dispositivos de facilitação a acesso privilegiado às contratações públicas (arts. 42 ao 49),
por meio da flexibilização de exigências e tratamento diferenciado por meio de licitações
exclusivas às ME/EPP.
Essas alterações que incorporam novos princípios às Licitações formam o que vem sendo
denominado de "o novo paradigma das aquisições públicas". Esse novo paradigma usa o
poder de compra do Estado para atingir finalidades outras, que não apenas aquelas
econômicas e imediatas ao contrato.
Gabarito: A finalidade da licitação é a obtenção da proposta mais vantajosa para a
Administração, por meio de procedimento que garanta a ampla competição de
possíveis interessado em contratar com o Poder Público.
Essa é a resposta correta. Por meio do processo licitatório, o Poder Público busca
contratar da forma mais vantajosa, que significa obter do particular, após o
processo de disputa entre os interessados em fornecer ou prestar serviço para a
Administração, a melhor condição, obedecidas as especificações do objeto licitado.
Texto da questão 02
Indique, entre as alternativas abaixo, qual caracteriza a principal falha ocorrida nos
procedimentos da Secretaria:
Assim, não há diferença entre emergência oriunda de força maior, ou caso fortuito, e
aquela provocada pela desídia ou falta de planejamento, considerados os resultados
danosos que o Poder Público tem o dever de evitar. A contratação direta com base no
inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, visa efetivamente a afastar os efeitos das
emergências e não suas causas.
Texto da questão 03
Para que a Administração Pública possa realizar uma contratação e fiscalização efetiva,
eficaz e eficiente é necessário que na fase de planejamento sejam considerados diversos
aspectos da contratação.
Marque a alternativa que NÃO necessariamente representa um dos aspectos a serem
considerados no planejamento de uma contratação.
Para que a Administração Pública possa efetuar uma contratação e fiscalização efetiva,
eficaz e eficiente é importante realizar adequadamente o planejamento. É importante
comprar aquilo que realmente se necessita, na quantidade que se necessita, por um preço
justo, entregue no local e prazo determinados e com os critérios de qualidade mínimos
estabelecidos pelo contrato.
Gabarito: Deve ser adquirido o bem ou serviço de melhor qualidade.
Nem sempre a "melhor qualidade" é aquela que cumpre de forma adequada ao
interesse público. Além disso, a contratação deverá atender ao Princípio da
Eficiência e da Economicidade. A Administração deve preocupar-se com a qualidade
do bem ou serviço a ser contratado, e esse deve ter a qualidade exigida pelo
processo. Contratações de produtos ou serviços de qualidade superior à necessária
podem representar casos de mau uso dos recursos públicos.
Além disso, o item traz conceitos de economicidade e interesse público, que
pressupõe um equilíbrio entre preço, qualidade e a correspondente necessidade do
ente contratante. Este conceito encontra-se alinhado com a jurisprudência do
Tribunal de Contas da União, que envolve o estudo da vantajosidade e da
contratação.