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Texto da questão 01

Para realizar as suas obrigações e competências, a Administração Pública,


ordinariamente, precisa contratar serviços e adquirir bens de terceiros, e o faz por meio de
procedimentos próprios regrados por legislação específica, em atendimento a preceito
constitucional expresso no art. 37, inciso XXI, que determina que as obras, serviços,
compras e alienações serão precedidas de licitação, exceto nos casos em que a lei
dispuser expressamente.
Acerca do conceito e finalidades da licitação, marque a alternativa correta

a. As modalidades de licitação da Lei 8.666/1993 são: convite, tomada de preços,


concorrência e pregão.
b. A Lei 8.6661/993, por ser uma lei federal, não se aplica aos Estados, Distrito Federal e
Municípios, que devem ter legislação própria para regular as aquisições públicas.
c. A diretriz fundamental de um processo licitatório é a obtenção do preço mais baixo do
mercado, em atendimento ao princípio da economicidade.
d. A finalidade da licitação é a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração,
por meio de procedimento que garanta a ampla competição de possíveis interessado em
contratar com o Poder Público.
e. A licitação dispensada, a licitação dispensável, a alienação e a inexigibilidade de
licitação, são modalidades especiais definidas na Lei 8.666/1993 como exceções à regra
da licitação.
Essa não é a resposta correta. As dispensas de licitação e a inexigibilidade de licitação
são formas de contratação direta, em que não se realiza o processo licitatório, portanto
não são modalidades de licitação. Também não o é a alienação, que é uma forma de
desfazimento de bens públicos.
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As licitações são reguladas por duas normas principais: a Lei 8.6661/993, que trata não
apenas das licitações, mas também dos contratos administrativos dela decorrente; e a Lei
10.520/2002, que introduziu uma nova modalidade de licitação chamada Pregão.
A realização de procedimentos licitatórios visa a consecução de vários objetivos, dentre
eles a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.
No entanto, esse não é o único objetivo. É por meio da licitação que o Poder Público
exercita os princípios da Administração, a exemplo do princípio da isonomia, possibilitando
aos particulares que se interessam em fornecer para o Estado disputarem em igualdade
de condições, o que nos remete ao princípio da competitividade. Possibilita também dar
conhecimento à sociedade da intenção de contratar determinado serviço ou bem, que em
última análise é uma forma de possibilitar a essa sociedade o exercício do controle social.
O art. 3º da Lei 8.666/1993 expressa os objetivos da licitação pública. Uma alteração
recente do dispositivo, promovida pela Lei 12.349/2010, incluiu dentre esses objetivos a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável, cuja materialização se deu por meio
dos decretos 7.746, 7.840 e 7.842/2012. Nesses normativos são estipulados critérios e
práticas sustentáveis nas aquisições públicas e margens de preferência, no intuito de
concretizar o desenvolvimento sustentável pretendido na Lei.
Além disso, a Lei Complementar 123/2006, estabeleceu diversos mecanismos de incentivo
e fomento à microempresas e empresas de pequeno porte (ME/EPP), inclusive com
dispositivos de facilitação a acesso privilegiado às contratações públicas (arts. 42 ao 49),
por meio da flexibilização de exigências e tratamento diferenciado por meio de licitações
exclusivas às ME/EPP.
Essas alterações que incorporam novos princípios às Licitações formam o que vem sendo
denominado de "o novo paradigma das aquisições públicas". Esse novo paradigma usa o
poder de compra do Estado para atingir finalidades outras, que não apenas aquelas
econômicas e imediatas ao contrato.
Gabarito: A finalidade da licitação é a obtenção da proposta mais vantajosa para a
Administração, por meio de procedimento que garanta a ampla competição de
possíveis interessado em contratar com o Poder Público.
Essa é a resposta correta. Por meio do processo licitatório, o Poder Público busca
contratar da forma mais vantajosa, que significa obter do particular, após o
processo de disputa entre os interessados em fornecer ou prestar serviço para a
Administração, a melhor condição, obedecidas as especificações do objeto licitado.

Texto da questão 02

Determinada Secretaria de Logística, ao fazer o levantamento dos seus contratos de


natureza continuada, verificou que dentre os 10 (dez) instrumentos existentes, 7 (sete) já
tinham sido prorrogados até o limite máximo admitido na legislação e estavam com o
prazo final de vigência para expirar no mês seguinte, além de se tratarem de serviços
imprescindíveis à Prefeitura.

Diante da situação, o Secretário determinou a realização de dispensa de licitação para


garantir a continuidade dos serviços, com base no artigo 24, inciso IV, da Lei de Licitação.

Indique, entre as alternativas abaixo, qual caracteriza a principal falha ocorrida nos
procedimentos da Secretaria:

a. Os contratos de natureza continuada não podem ser prorrogados.


b. Não existe previsão na Lei nº 8.666/93 para dispensa de licitação.
c. A Secretaria deve aguardar até o final do próximo mês, quando expira a vigência dos
contratos, para realizar a contratação direta.
Esse item está errado. A contratação direta, com base no art. 24, inciso IV, da Lei nº
8.666/93, não deve ser feita em decorrência da falta de planejamento, sob pena de
responsabilização de quem lhe deu causa, conforme Orientação Normativa AGU nº 11, de
01/04/2009.

d. A contratação direta não pode incidir sobre os serviços continuados.


e. A dispensa de licitação decorrente da falta de planejamento somente pode ser realizada
se for acompanhada da concomitante apuração de responsabilidade de quem lhe deu
causa.
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Há controvérsia acerca da contratação direta por dispensa de licitação prevista no inciso IV


do art. 24 do Diploma Federal de Licitações e Contratos em razão de situação
emergencial, ainda que decorrente de falta de planejamento, desídia ou má gestão. Nesse
sentido, a doutrina reconhece que a emergência provocada não é capaz de afastar a
aplicação da regra do inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993.

Isso porque o juízo de razoabilidade do instituto da contratação direta por emergência


explicita uma congruência lógica entre a situação fática e a providência administrativa para
saná-la. A situação de emergência é apurável no mundo fenomênico. A emergência possui
diversas causas: caso fortuito, força maior, desídia, falta de planejamento, má gestão, dolo
ou culpa de agente público, etc.; porém o efeito é apenas um: o risco de dano a bens
jurídicos tutelados pelo Estado, como a vida e a integridade de pessoas e bens.

Assim, não há diferença entre emergência oriunda de força maior, ou caso fortuito, e
aquela provocada pela desídia ou falta de planejamento, considerados os resultados
danosos que o Poder Público tem o dever de evitar. A contratação direta com base no
inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, visa efetivamente a afastar os efeitos das
emergências e não suas causas.

Em suma, caracterizada a circunstância emergencial, independentemente de suas causas,


verificada a adequação da contratação que se pretende levar a efeito como medida
saneadora da emergência, aplica-se o disposto no inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666, de
1993, sem prejuízo da apuração da responsabilidade do agente público que lhe deu causa,
total ou parcialmente.

Texto da questão 03

Para que a Administração Pública possa realizar uma contratação e fiscalização efetiva,
eficaz e eficiente é necessário que na fase de planejamento sejam considerados diversos
aspectos da contratação.
Marque a alternativa que NÃO necessariamente representa um dos aspectos a serem
considerados no planejamento de uma contratação.

a. O material ou serviço deve ser especificado de forma correta e precisa.


b. Deve ser indicado o prazo de entrega do produto ou serviço, bem como o local de
entrega ou prestação do serviço.
c. Devem ser evitados gastos excessivos para aquisição de bens e serviços.
d. Deve ser analisada a quantidade de produto ou serviço necessária a ser contratada.
De fato, a Administração deve contratar na quantidade necessária para seu uso, de forma
a que não venha a sofrer com a falta e nem com a sobra de um produto ou serviço
adquirido na quantidade errada.

e. Deve ser adquirido o bem ou serviço de melhor qualidade.


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Para que a Administração Pública possa efetuar uma contratação e fiscalização efetiva,
eficaz e eficiente é importante realizar adequadamente o planejamento. É importante
comprar aquilo que realmente se necessita, na quantidade que se necessita, por um preço
justo, entregue no local e prazo determinados e com os critérios de qualidade mínimos
estabelecidos pelo contrato.
Gabarito: Deve ser adquirido o bem ou serviço de melhor qualidade.
Nem sempre a "melhor qualidade" é aquela que cumpre de forma adequada ao
interesse público. Além disso, a contratação deverá atender ao Princípio da
Eficiência e da Economicidade. A Administração deve preocupar-se com a qualidade
do bem ou serviço a ser contratado, e esse deve ter a qualidade exigida pelo
processo. Contratações de produtos ou serviços de qualidade superior à necessária
podem representar casos de mau uso dos recursos públicos.
Além disso, o item traz conceitos de economicidade e interesse público, que
pressupõe um equilíbrio entre preço, qualidade e a correspondente necessidade do
ente contratante. Este conceito encontra-se alinhado com a jurisprudência do
Tribunal de Contas da União, que envolve o estudo da vantajosidade e da
contratação.

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