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em face do Município de ..., pessoa jurídica de direito público interno, na pessoa de seu
representante legal (art. 12, II do CPC), com sede de sua jurisdição ou e seu governo, na
Rua ..., nº ... - CEP ..., pelas relevantes razões de fato e de direto seguintes:
I - OS FATOS
3 - De modo que, a autora, de fato, tem como atividade apenas e tão somente, a
prestação de serviços, e por isso sujeita-se à tributação do ISS – Imposto sobre Serviços,
de competência municipal, nos limites e normas constitucionais (art. 156, III da CF/88 e
legislação infraconstitucional).
8 - Assinale-se que, durante o longo tempo de dez anos de sua atividade ininterrupta, a
autora procurou cumprir suas obrigações tributárias junto à Fazenda Municipal,
emitindo regularmente as notas fiscais de sua prestação de serviços, tendo, pois, como
fato gerador do ISS a efetiva prestação de serviços.
II – O DIREITO
8.1. Não se negue que, compete ao fisco, antes de autuar ou notificar o sujeito passivo
da obrigação tributária verificar-se a materialidade da ocorrência do fato gerador,
segundo os pressupostos legais e fáticos previstos em Lei. O fato gerador de um tributo
é, em síntese, a união do abstrato (fato previsto em lei) com o concreto com o material
real, que sempre tem conteúdo econômico financeiro.
8.2. Assim, é incontestável que, com base nessa premissa, para que ocorra o fato
gerador do tributo ou da contribuição, é necessário que a situação esteja prevista em lei,
abstratamente, mas que se concretize; que se materialize;
Que se exteriorize; e que comprove materialmente sua ocorrência, que, aliás, não
decorre de simples suposição, ou não é imaginária nem ficta, mas sempre material,
concreta, real. De qualquer forma, o fato gerador de qualquer tributo deve ter sua
materialidade comprovada documentalmente, sempre com base em motivos reais,
idôneos, concretos, existentes, ressaltando-se que se afasta a exigência, quando
decorrente de mera presunção fiscal, suposição, premonição cabalística do fato que não
resta materializado nem comprovada sua materialização tal como ocorre no caso
concreto.
8.3. In casu, o contribuinte do ISS é o prestador de serviços, cuja base de cálculo é nos
estritos termos do decreto lei 806 e suas alterações, o preço do serviço, ou seja, o
serviço de fato prestado, pois seu fato gerador é a prestação do serviço e nos termos da
legislação só pode ser empresa ou profissional autônomo; quando empresa a sua
atividade econômica organizada destina-se à prestação de um ou mais dos serviços
previstos na relação da Lei Complementar.
9. Segundo a regra do art.156, caput e seu inciso III, da CF “Compete aos Municípios
instituir impostos sobre
11. No caso presente, como se não bastasse a ausência de fato gerador da obrigação,
também constata- se à evidência, a mudança de critério jurídico vedada pela regra do
art. 150, do CTN.
11.1. Tem-se que eventual erro de direito não autoriza a Administração a mudar o
critério jurídico para onerar o contribuinte, nomeadamente, quando já recolhido o
tributo.
11.2. De qualquer modo, o art. 150, § 8º do CTN aplicável à Fazenda Municipal, veda
que haja mudança de critério jurídico em relação ao gerador pretérito, cujo tributo já foi
recolhido há mais de cinco anos.
VI - DECADÊNCIA OU PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE CONSUMADA
VI - O PEDIDO
e) Requer-se provar o alegado por todos os meios de provas lícitas em direito admitidas,
especialmente documental e perícia judicial contábil, para comprovar, nomeadamente a
efetiva inexistência de fato gerador da pretensa obrigação, em sendo necessária.
Local e Data.
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Advogado
OAB/... nº ...