Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
SÃO PAULO
2018
Gildeã Lopes Barreira
Manoel Silva Ferreira
SÃO PAULO
2018.
Gildeã Lopes Barreira
Manoel Silva Ferreira
Aprovado em:
Banca Examinadora
Dedico à nossa família por todo carinho e apoio durante a realização do trabalho,
nossa enorme gratidão.
AGRADECIMENTOS
Paulo Freire
RESUMO
Esse trabalho tem como objetivo investigar o trabalho da interdisicplinaridade como
recurso pedagógico, evidenciando os benefícios que essa aproximação proporciona
ao processo de ensino e aprendizagem em consonancia com uma interação dos
pais com seus filhos discutindo questões pertinentes ao ambiente escolar, de
maneira que a criança se sinta segura em ter o apoio dos mesmos no seu
desenvolvimento como ser humano. Além disso, haverá a discussao de temas como
a multiculturalidade e a questão racial abordada pela interdisciplinaridade. A
metodologia utilizada será do tipo bibliográfico, tendo como objetivo buscar
resoluções para o tema em questão, fazendo uma análise sobre as várias
contribuições científicas a respeito do tema. Esta pesquisa usará como fontes de
pesquisas livros, rede mundial de computadores, revistas científicas, teses de
mestrado e doutorado, monografias e trabalho de conclusão de curso.
Introdução.............................................................................................................. 10
Capítulo I. Interdisciplinaridade............................................................................. 12
1.1. Mas o que é Interdisciplinaridade?...................................................... 12
1.2. Multidisciplinaridade.............................................................................. 13
1.3. Pluridisciplinaridade.............................................................................. 13
1.4. Interdisciplinaridade............................................................................. 15
1.5. Transdisciplinaridade........................................................................... 15
1.6. Conceitos de Interdisciplinaridade....................................................... 15
1.6.1. Tipos de Interdisciplinaridade.............................................................. 15
1.6.2. Interdisciplinaridade Heterogênea....................................................... 15
Capítulo II. Escolarização e Educação.................................................................. 17
2.1. Mas o que é Interdisciplinaridade?..........................................................19
2.2. O fortalecimento dos conselhos escolares..............................................24
Capítulo III. A multiculturalidade brasileira e o currículo escolar............................ 27
Capítulo IV O ensino de artes………………………………….............................. 36
Considerações finais.............................................................................................. 44
Referências Bibliográficas...................................................................................... 38
10
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
INTERDISCIPLINARIDADE
Interdisciplinaridade é a integração de dois ou mais componentes curriculares
na construção do conhecimento. A interdisciplinaridade surge como uma das
respostas à necessidade de uma reconciliação epistemológica, processo necessário
devido à fragmentação dos conhecimentos ocorrido com a revolução industrial e a
necessidade de mão de obra especializada.
A interdisciplinaridade buscou conciliar o conceito pertencente às diversas áreas
do conhecimento a fim de promover avanços como a produção de novos
conhecimentos ou mesmo, novas subáreas.
Com o processo de especialização do saber, a interdisciplinaridade mostrou-se
como uma das respostas para os problemas provocados pela excessiva
compartimentalização do conhecimento. No final do séc. XX surge à necessidade de
mudanças nos métodos de ensino, buscando viabilizar práticas interdisciplinares.
1.2 - MULTIDISCIPLINARIDADE
A multidisciplinaridade representa o primeiro nível de integração entre os
conhecimentos disciplinares. Muitas das atividades e práticas de ensino nas escolas
se enquadram nesse nível, o que não as invalida. Mas, é preciso entender que há
estágios mais avançados que devem ser buscados na prática pedagógica.
Segundo Japiassú (1976), a multidisciplinaridade se caracteriza por uma ação
simultânea de uma gama de disciplinas em torno de uma temática comum. Essa
atuação, no entanto, ainda é muito fragmentada, na medida em que não se explora
a relação entre os conhecimentos disciplinares e não há nenhum tipo de cooperação
entre as disciplinas.
14
1.3. PLURIDISCIPLINARIDADE
Na pluridisciplinaridade, diferentemente do nível anterior, observamos a
presença de algum tipo de interação entre os conhecimentos interdisciplinares,
embora eles ainda se situem num mesmo nível hierárquico, não havendo ainda
nenhum tipo de coordenação proveniente de um nível hierarquicamente superior.
Alguns estudiosos não chegam a estabelecer nenhuma diferença entre a
multidisciplinaridade e a pluridisciplinaridade, todavia, preferimos considerá-la, pois a
existência ou não de cooperação e diálogo entre as disciplinas é determinante para
diferenciar esses níveis de interação entre as disciplinas.
1.4. INTERDISCIPLINARIDADE
Finalmente, a interdisciplinaridade representa o terceiro nível de interação entre
as disciplinas. E, segundo Japiassú (1976), é caracterizado pela presença de uma
axiomática comum a um grupo de disciplinas conexas e definida no nível hierárquico
imediatamente superior, o que introduz a noção de finalidade.
Dessa forma, dizemos que na interdisciplinaridade há cooperação e diálogo
entre as disciplinas do conhecimento, mas nesse caso se trata de uma ação
coordenada. Além do mais, essa axiomática comum, mencionada por Japiassú
(1976), pode assumir as mais variadas formas. Na verdade, ela se refere ao
elemento de integração das disciplinas, que norteia e orienta as ações
interdisciplinares.
Segundo os PCN,
”a interdisciplinaridade supõe um eixo integrador, que pode ser o objeto de conhecimento,
um projeto de investigação, um plano de intervenção. Nesse sentido, ela deve partir da
necessidade sentida pelas escolas, professores e alunos de explicar, compreender, intervir,
mudar, prever, algo que desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um
olhar, talvez vários”. (BRASIL, 2002, p. 88).
1.5. TRANSDISCIPLINARIDADE
A transdisciplinaridade representa um nível de integração disciplinar além da
interdisciplinaridade. Trata-se de uma proposta relativamente recente no campo
epistemológico.
Japiassú (1976) a define como sendo uma espécie de coordenação de todas as
disciplinas e interdisciplinas do sistema de ensino inovado, sobre a base de uma
axiomática geral.
Agora que já distinguimos os diversos níveis de interação entre as disciplinas,
nos deteremos à discussão e análise das concepções de interdisciplinaridade mais
comuns. Inclusive, discutiremos os pontos mais polêmicos e contraditórios que
CAPÍTULO II
ESCOLARIZAÇÃO E EDUCAÇÃO
Segundo Castro e Regattieri (2009, p.13) a escola é parte do sistema público
de ensino que é responsável primário pela educação, isto porque no que consta na
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a educação escolar tem como
objetivo, no ensino fundamental, a formação básica do cidadão compreendida como:
“o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
1
tolerância recíproca em que se assenta a vida social”.
Ainda segundo as autoras, a família exerce as funções de cuidados básicos
de higiene, saúde, alimentação, orientação e afeto, mesmo sem laços de
consanguinidade. (CASTRO e REGATTIERI, 2009, p.13).¹
Já de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) “é de
responsabilidade da escola se articular com as famílias, e dever dos pais assumir o
seu papel perante a escola e a sociedade, e ter ciência de sua relevância na
2
participação e definição das propostas educacionais” (Brasil, 1990).
Porém, nem sempre esse princípio é considerado quando se trata do vínculo
entre a escola e a família, observa-se de forma recorrente, que a família delega toda
educação e responsabilidade para escola.
Segundo o filosofo, educador e professor Cortella:
As famílias estão confundindo escolarização com educação. É preciso lembrar que a escolarização é
apenas uma parte da educação. Educar é tarefa da família. Muitas vezes o casal não consegue com
o tempo que dispõem formar seus filhos e passa a tarefa ao professor, responsável por 35, 40 alunos.
(CORTELLA, 2014)3
De acordo com Santos e Serrano (2015) nos diz que a educação não é uma
tarefa que a escola possa realizar sozinha sem a cooperação de outras instituições,
é nítido que a família é a instituição que mais perto se encontra da escola. Sendo
assim, se levarmos em consideração que família e escola buscam atingir os
mesmos objetivos, devem elas comungar os mesmos ideais para que possam vir a
superar dificuldades e conflitos que diariamente angustiam os profissionais
envolvidos no ambiente escolar, e também os próprios alunos e suas famílias. 4
É imprescindível discutir o que é uma família, pois ao longo da história tem se
mudado esse conceito.
Ainda para as autoras, atualmente vivemos em uma sociedade diversificada,
pois as famílias estão estruturadas de forma diferente de anos atrás. O antigo
padrão de família, antes constituído por pai, mãe e filhos deixa de existir e surgem
em seu lugar novas composições familiares desde as mais simples, formadas
apenas por pais e filhos, como também famílias formadas por casais oriundos de
outros relacionamentos, família composta por homossexuais e famílias formadas
apenas por avós e netos, o que não significa que essas novas gerações não sejam
consideradas famílias. (SANTOS e SERRANO, 2015).4
Segundo Tonet (2007) família é um conjunto de pessoas que se unem pelo
desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se complementarem. 5
Isso porque ainda para a autora, a “escola não pode viver sem a família e a
família não pode viver sem a escola, pois uma depende da outra.” (TONET, 2007)5
Hoje vivemos em uma sociedade diversificada, com vários modelos de
famílias. A Constituição Federal através do artigo 226, § 6º decreta a união estável
como família. “Para efeito de proteção do Estado, é reconhecida a união estável
entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar a sua
conversão em casamento.” (BRASIL, 1988)6
4
http://www.webartigos.com/artigos/a-escola-pais-a-importancia-dessa-relacao-no-desempenho-escolar/133831/
5
http://www.webartigos.com/artigos/refletindo-sobre-a-relacao-familia-escola/926/
6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
19
A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais
cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre
escola, pais e filhos. (PARANÁ, p. 6)7
O lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais
membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família
que propicia os aportes afetivos e sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar
dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é em seu
espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de
solidariedade. É também em seu interior que se constroem as marcas entre as gerações e são
observados valores culturais. (SANTANA, 2013)8
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais, leva, pois, a muita coisa mais que a
uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em
aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais
dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se
até mesmo a uma divisão de responsabilidades. (PIAGET, 2007, p. 50 apud SOUZA, 2009, p. 6) 9
7
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1764-6
8
http://www.webartigos.com/artigos/a-atual-organizacao-familiar-e-sua-influencia-na-aprendizagem-escolar/116080/
9
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1764-8.pdf
20
Elaboração das leis que autorizarão os governos a fazerem ou não determinadas políticas públicas
redistributiva ou distributiva. Se estas duas implicam no campo de ação do poder executivo, a política
pública regulatória é, essencialmente, campo de ação do poder legislativo. (OLIVEIRA, p. 4) 10
10
http://www.sinprodf.org.br/wp-content/uploads/2012/01/texto-4-pol%C3%8Dticas-p%C3%9Ablicas-educacionais.pdf
11
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/2789/1/RCRH-2006-273%5B1%5D%20ADM.pdf
21
Políticas públicas educacionais é tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer em educação.
Porém, educação é um conceito muito amplo para se tratar das políticas educacionais. Isso quer dizer
que políticas educacionais é um foco mais específico do tratamento da educação, que em geral se
aplica às questões escolares. (Oliveira, p. 4)10
Por isso mesmo que segundo Carvalho (2015, p. 297) o Estado moderno e de
direito a qual conhecemos fez reduções e até mesmo obscureceu várias atribuições
da família, nos campos tanto da reprodução quanto da proteção social dos
indivíduos, isso porque nos países capitalistas a oferta de bens e serviços
proporcionados pelas políticas públicas pareceu descartar a família privilegiando
apenas o indivíduo-cidadão.
Há de se destacar ainda para essa autora que, “pode-se dizer que família e
políticas públicas tem funções correlatas e imprescindíveis ao desenvolvimento e à
proteção social dos indivíduos.”(CARVALHO, 2015, p.299)
Vale lembrar que segundo Zanzarine e Yoshida (p. 2), o modelo de família
consiste em pai, mãe e filhos, sendo este considerado como ideal na sociedade,
porém “nesta compreensão de família há um julgamento tradicional moralista porque
utiliza um padrão de referencia considerado adequado.” 12
Isso porque ainda para as autoras,
Atualmente podemos observar que existem inúmeras formas de estrutura familiar em todas as
classes sociais como: mães solteiras sendo chefas de família; pais separados onde ambos podem
assumir a responsabilidade de ser o chefe da família; casamentos de casais já separados onde o
novo casamento pode ou não reunir os filhos do novo cônjuge; homossexual e outras. (ZANZARINE e
YOSHIDA, p.2)12
Do ponto de vista da cultura a família é necessária, pois, toda criança tem necessidade de ter uma
família de origem, substitutos ou abrigados em instituições que cumpra a função dos pais cuidando e
transmitindo os valores sociais e culturais. (ZANZARINE e YOSHIDA, p.3) 12
12
http://www.ice.edu.br/TNX/storage/webdisco/2011/02/11/outros/a0684e0d955516a23fbdf5eb2030afdb.pdf
22
13
http://www.unibrasil.com.br/arquivos/direito/20092/ana-beatriz-parana-mariano.pdf
23
No entanto, Veronese (1999) afirma que política pública não é a mesma coisa
que assistencialismo, pois seu principal objetivo é assegurar os direitos
fundamentais e promoção da cidadania, todos esses elementos podem ser
adquiridos por meio da educação.
Logo, separar políticas públicas de família não seria viável como aponta
Dourado (2007), pois gera a democratização da escola e como já foi abordado aqui
24
CAPÍTULO III
“Se a pessoa acumula na sua memória as referências positivas do seu povo, é natural que venha à
tona o sentimento de pertencimento como reforço à sua identidade racial. O contrário é fácil de
acontecer, se se alimenta uma memória pouco construtiva para sua humanidade”. (LIMA, In:
MUNANGA, 2005, p.120).
28
No livro didático a humanidade e a cidadania, na maioria das vezes, são representadas pelo
homem branco e classe média. A mulher, o negro, os povos indígenas, entre outros, são
descritos pela cor da pele ou pelo gênero, para registrar sua existência.
criação da lei de terras de 1850, que garantia o direito de posse a partir de títulos de
compra, deste modo, gerou-se mais um artifício de exclusão da população negra,
pois naquele momento o país estava sob as ideologias de embranquecimento da
população.
Ainda de acordo com o mesmo autor, a Guerra do Paraguai foi um dos
mecanismos para a diminuição da população negra no país, pois, os negros que iam
ao combate recebiam liberdade ou terras, contudo, poucos retornavam e muitas
vezes os negros lutavam no lugar dos filhos de grandes fazendeiros.
As próprias legislações criadas em relação a escravidão são motivos de
chacota, como a lei dos sexagenários, pois era muito raro um escravo chegar a essa
idade devido a realização de trabalhos compulsórios e a lei do ventre livre como
afirma Santos (2002, 27), que as crianças que nasciam a partir de 1871 estavam
libertas, mas que de certa forma, a aplicação desta lei serviu para a desestruturação
das famílias negras e que muitas crianças eram encaminhadas aos abrigos e muitas
não sobreviviam, em que podemos perceber de se tratar de mais uma artimanha
para exterminar a negritude.
O trabalho também foi negado a esta população que através do decreto de 28
de junho de 1890, todos os estrangeiros aptos estavam autorizados a entrar no
Brasil, mas que somente os oriundos da Ásia ou África necessitavam de autorização
do Congresso Nacional para serem admitidos, conforme explica Abdias do
Nascimento (1978, p.71)
Deste modo é importante frisar que estas foram apenas algumas medidas
utilizadas para excluir e segregar a população negra no pais, mas se ressalta que de
acordo com Fanon (1979, p.68), as pessoas não devem assumir a culpa pelas
atrocidades cometidas no passado, mas devem ter a responsabilidade moram e
política de erradicar qualquer tipo de preconceitos e discriminações.
Contudo todas essas situações ligadas fortemente ao racismo, pode explicar,
de acordo com pesquisas de Maria Helena Souza Patto (1991, p.74) que o racismo
presente nas escolas pode ser um dos fatores que geram a baixa escolaridade e o
baixo rendimento das crianças negras em relação às brancas.
Outra pesquisa realizada no ano de 2009, os pesquisadores Ricardo Madeira,
Marcos Rangel e Fernando Botelho, com base em estudos da prova Saresp –
Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do governo estadual da cidade de São
Paulo, constatou que os melhores desempenhos estavam entre as crianças brancas.
34
com a democracia.
A questão do Ensino da Arte no Brasil sempre foi polêmica. A sua importância
dentro do currículo, foi constantemente reconhecida, sem porém, se desenvolver
meios para a sua efetiva aplicação em sala de aula, apenas polarizada em
atividades artísticas direcionadas para desenhos, trabalhos manuais e artes
aplicadas.
Um aluno pode criar e recriar seu mundo e a si mesmo, dentro e fora do
universo escolar, num natural inconformismo com o “pronto”, o “estabelecido”. Para
viver a criatividade como um potencial humano é preciso viver a capacidade de
crítica, a atitude de pensar o mundo e refletir sobre tal pensamento como um
processo em construção do qual se é mais espectador, se é autor do processo.
Devendo levar em conta que a Arte é uma interpretação da vida e vincula-se a
fatores religiosos, sociais, políticos e simbólicos ultrapassando o utilitário, ou seja, a
Arte está intimamente relacionada a uma época, lugar, estrutura social e a
personalidade do ser humano.
Devemos ressaltar que as teorias são importantes, mas cabe ao professor
construir sua prática embasado nelas, sendo elementos norteadores e não “receitas”
prontas, vêem que na prática escolar os condicionamentos sócio-políticos exercem
forte ascendência.
As artes visuais favorecem compreensões mais amplas para que o aluno
desenvolva sua sensibilidade e afetividade, construa conceitos e se posicione
criticamente. Sendo a manifestação artística bastante presente na humanidade e
considerando-se a música como uma segunda língua materna, vê-se a importância
dos seus elementos no processo de desenvolvimento educacional e social da
criança. “Composição, improvisação e interpretação são produtos da música” (PCN
-Arte, 1997, p.53). Envolver as crianças num processo que objetive tais construções
é colocá-las frente a um desafio, num primeiro momento, talvez, difícil, mas
superável, que possibilitará a colheita de frutos valiosos. No contato com a música, a
criança poderá criar e expressar-se, por análise, através da apreciação, do canto, da
composição e manuseio de instrumentos musicais.
O teatro exige do homem “a sua presença de forma completa: seu corpo, sua
fala, seu gesto, manifestando a necessidade de expressão e comunicação. “ (PCN -
Arte, 1997, p. 57). No desenvolvimento da dramatização na escola, é preciso que se
leve em conta os níveis de envolvimento que uma criança estabelece com a
40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Além disso, foi discutida a visão de alguns teóricos Fraiman e Szymanki que
afirmam que é notório que a participação das famílias nas escolas viabilize a
democratização do ensino público e esta ação promove não só a qualidade de
ensino como também podemos perceber inúmeras melhoras no rendimento escolar
do mesmo.
A educação é algo muito complexa e não é uma tarefa que a escola possa
realizar sozinha sem a cooperação de outras instituições, é nítido que a família é a
instituição que mais perto se encontra da escola. Sendo assim, se levarmos em
consideração que família e escola buscam atingir os mesmos objetivos, devem elas
comungar os mesmos ideais para que possam vir a superar dificuldades e conflitos
que diariamente angustiam os profissionais envolvidos no ambiente escolar, e
também os próprios alunos e suas famílias para que não haja consequência severas
ao aprendizado dos indivíduos.
Por fim, abordou que a gestão democrática em consonância com as políticas
públicas, pois estas instituições em conjunto com as políticas desenvolvidas pelo
44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raizes do Brasil. Rio de Janeiro, José Olympio,
1936.
SOUSA, Ana Paula de; JOSÉ FILHO, Mario. A importância da parceria entre
família e escola no desenvolvimento educacional. Revista Iberoamericana de
Educación.n.44/47, p.1-8, 10 jan. 2008.
TIBA, Içami. Quem ama, educa. 2º ed. São Paulo: Gente, 2002.