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RUMINANTES
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ABORDAGEM CLÍNICA DAS NEUROPATIAS DOS
RUMINANTES
INTRODUÇÃO
O sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP) são as duas
principais divisões do sistema nervoso. O sistema nervoso central é formado
anatomicamente pelo encéfalo e pela medula espinhal (Tabela 1). O encéfalo, por
sua vez, pode ser dividido em três partes: cérebro, cerebelo e tronco encefálico.
Este último pode ser separado em três porções que são, em sentido crânio-caudal, o
mesencéfalo, a ponte e o bulbo. A região bulbar é contínua com a medula espinhal.
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Tabela 1: Classificação anatômica do sistema nervoso central (SNC)
(Lent, 2002)
SNC
Encéfalo Medula
Cérebro Cerebelo Tronco encefálico espinhal
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Tabela 3: Divisões e funções do sistema nervoso central (Chrisman, 1991)
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Estruturas principais Funções
Metencéfalo
Ponte
Nervo trigêmio (V) Sensitiva - somestesia (pele da face, córnea, cavidades nasal e oral,
dura-máter).
Motora – abertura e fechamento da boca (músculos da mastigação)
Formação reticular Centros vitais – respiração e sono
Tratos ascendentes e descendentes Atividades sensitivas e motoras
Cerebelo
Verme e hemisférios laterais Coordenação do movimento e do tônus muscular, propriocepção
inconsciente.
Lobo flóculo-nodular Equilíbrio e postura
Mielencéfalo
Bulbo
Tratos ascendentes e descendentes Atividades sensitivas e motoras
Nervo abducente (VI) Músculo extra-ocular
Nervo facial (VII) Sensitiva – gustação (2/3 anteriores da língua)
Motora para expressão facial, glândulas e paladar
Nervo vestíbulo - coclear (VIII) Audição e equilíbrio
Nervo glossofaríngeo (IX) Sensitivo para gustação (porção caudal da língua), salivação
(glândula parótida)
Motora para deglutição (músculo da laringe)
Nervo vago (X) Motor e sensitivo para vísceras torácicas e abdominais, músculos da
laringe.
Nervo acessório (XI) Motor para músculos do pescoço
Nervo hipoglosso (XII) Motor para a língua
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Medula
Substância cinzenta
Corno dorsal Neurônios sensitivos e reflexos
Corno ventral Neurônios motores e reflexos
Intermédia (central e lateral) Neurônios autonômicos
Substância branca
Tratos espino-cerebelares Propriocepção inconsciente
Colunas dorsais Propriocepção consciente, dor.
Tratos espino-talâmicos Dor e temperatura
Trato rubro-espinhal Motor voluntário (movimentos finos)
Trato córtico-espinhal Motor voluntário (movimentos finos)
Trato vestíbulo-espinhal Motor postural
Trato retículo-espinhal Motor postural e motor voluntário
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1 – METODOLOGIA DE TRABALHO
A metodologia de trabalho para se chegar a um diagnóstico nas neuropatias, inclui
um levantamento detalhado do histórico da doença, uma inspeção rigorosa do
ambiente geral da propriedade, do manejo e animais do rebanho visando identificar
problemas subclínicos, acompanhado de exame clínico geral e neurológico
minuciosos dos animais doentes, necropsias e exames complementares. Portando as
conclusões devem surgir de um trabalho organizado onde não se deve queimar
nenhuma etapa das diversas fases (Esquema 1). As expectativas de soluções rápidas
freqüentemente são fadadas ao insucesso. Nas mortalidades de rebanhos é muito
importante que todos os óbitos sejam investigados, pois muitas vezes ocorrem
mortes por causas diferentes e existe uma tendência dos produtores de pensar em
uma só causa.
O diagnóstico deve associar os principais sinais clínicos com a provável localização
da lesão (diagnóstico anatômico). As necropsias devem ser completas, com
abertura da cabeça e remoção adequada do encéfalo. A calota craniana pode ser
retirada utilizando-se escopro e martelo ou serra.
O encéfalo intacto é, então, examinado minuciosamente. Alterações da forma,
coloração e tamanho devem ser descritas. Todo material colhido para diagnóstico
laboratorial deve ser armazenado e identificado adequadamente. Geralmente o
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encéfalo é enviado de duas formas para o laboratório. Para exames virológico e/ou
bacteriológico, amostras são embaladas em sacos plásticos e acondicionadas em
caixas de isopor com gelo. Para exames histopatológicos, o material colhido é
acondicionado em recipientes grandes e com boca larga (por exemplo, potes
plásticos de sorvete), contendo quantidades adequadas de formol a 10% para
fixação. O material a ser colhido deve ser representativo. É interessante salientar
que cada patologia acomete uma determinada região do encéfalo. Por exemplo, o
melhor local do sistema nervoso central para avaliar as lesões histopatológicas na
listeriose é o tronco cerebral. Portanto, neste caso, nada adiantaria enviar para o
laboratório fragmentos do cerebelo.
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Geral
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Especial
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ESQUEMA 1
Esquema 1: Diagnóstico das Neuropatias
HISTÓRICO / ANAMNESE
D
I
A INSPEÇÃO DO
G AMBIENTE E REBANHO
N
Ó
S
T
I ANIMAIS ANIMAIS
C DOENTES MORTOS
O
EXAME
CLÍNICO
RECUPERAÇÃO
EXAMES NECRÓPSIA
COMPLEMENTARES
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Sinais clínicos das síndromes cerebrais do tipo destrutivo: apatia, depressão, falta
de conexão com o ambiente, diminuição das respostas a estímulos, hipoestesia,
anestesia, coma, alteração da sensibilidade profunda.
Tipo irritativo: alterações psíquicas com exarcebação das reações, excitação,
hiperreflexia, hiperestesia. Espasmos musculares, convulsões.
Em ambas as condições podem ocorrer perturbações auditivas e visuais, opistótono
e movimentos de pedalagem. Uma das principais características das encefalites é a
alteração do psiquismo.
Síndrome Cerebelar
Pode ser de origem congênita, hereditária ou adquirida. A forma congênita está
freqüentemente associada a doenças virais durante a gestação e a adquirida pode
ocorrer por traumas, tumores, processo inflamatório, etc.
Os principais sinais clínicos são: hipotonia, hipermetria, incoordenação, marcha
cambaleante (zig-zag), quedas (retropropulsão). Quando em estação apresenta
oscilação do corpo, abertura do quadrilátero de sustentação, tremores, nistágmo e
opistótono.
Os sinais clínicos são contínuos e o psiquismo é normal.
Síndrome Vestibular
Existe uma relação estreita entre cerebelo e labirinto, ambos agem sinergicamente.
O labirinto informa a posição do corpo e o cerebelo coordena os movimentos e a
postura. A síndrome vestibular está freqüentemente associada a ocorrência de otites
e alterações do nervo Facial. Os sintomas são muitas vezes intermitentes, e o
psiquismo é normal.
Principais sinais clínicos: nistágmo, desequilíbrios transitórios, inclinação da
cabeça, andar em círculo, ptose da orelha e pálpebra de forma unilateral,
hemiparesia.
Síndrome Medular
Os sinais clínicos variam de acordo com o local, a extensão da área lesada, e a
gravidade. As principais causas são processos inflamatórios, tumores, abscessos,
hematomas, fraturas, hérnias, espondilites, etc.
Os principais sinais clínicos são: alterações sensitivas e motoras (paresias,
paralisias), alterações dos reflexos (hiporreflexia, hiperreflexia) e atrofias
musculares.
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Membros anteriores
• Nervo supra-escapular: inerva os músculos supra-espinhoso e infra-
espinhoso que são responsáveis pela extensão e abdução da escápula,
respectivamente. Quando lesado apresenta ligeira abdução,
movimentação do membro e, semicírculos, claudicação discreta e atrofia
da musculatura da escápula.
• Nervo radial: inerva o tríceps e extensores do carpo e digitais. Quando
lesado, ocorrem paralisias completas dos extensores levando à flexão do
carpo e das falanges. O animal apresenta arrastamento da pinça do casco,
redução da sensibilidade superficial na região dorsal do metacarpo e
falanges, incapacidade para suportar o peso do corpo.
• Nervos mediano e ulnar: inervam os flexores do carpo e dos dedos.
Quando lesados levam à hiperextensão do carpo, rigidez e diminuição da
sensibilidade do olécrano até a coroa do casco.
Membros posteriores
• Nervo femoral : inerva o quadríceps femoral. Quando lesado apresenta:
Perna semiflexionada com apoio da pinça no solo;
Passos curtos sem arrastamento da pinça;
Ausência do reflexo patelar;
Atrofia da musculatura do quadríceps;
Patela móvel, mas não luxada;
Tarso semiflexionado.
• Nervo obturador : pode sofrer alterações em partos difíceis ou fraturas
pélvicas. Quando a lesão é unilateral o animal se movimenta com o
membro em abdução, fazendo um semicírculo. Nas lesões bilaterais, o
animal é incapaz de se levantar, ficando em decúbito esternal, às vezes
com os membros em abdução.
• Nervo fibular: inerva os flexores do tarso e extensores digitais. A lesão
leva à hiperextensão das articulações do tarso e flexão das articulações
dos dedos. O passo é curto com o apoio da pinça.
• Nervo tibial: inerva os músculos extensores do tarso e flexores digitais. A
lesão leva à flexão do tarso e hiperextensão dos dedos. Durante a
locomoção, o membro se movimenta rigidamente, mas não se arrasta.
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1.4 - Necropsias
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As doenças que afetam o sistema nervoso dos bovinos têm etiologia muito variada,
podendo ser de origem infecciosa, tóxica, metabólica, carencial, congênita,
degenerativa e neoplásica. . Podem ser classificadas como primária, ou seja, a lesão
ocorre inicialmente no sistema nervoso, ou secundária quando a lesão nervosa
decorre de alterações em outros sistemas.
LOCALIZAÇÃO AFECÇÕES
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Conceito
São anormalidades de estrutura, formação ou função, presentes ao nascimento.
Manifestação
Mortalidade embrionária,
Mortalidade fetal,
Aborto,
Natimortalidade,
Neonatos viáveis e não viáveis.
Causas
Fatores genéticos por gens mutantes ou aberrações cromossômicas,
Fatores ambientais: plantas tóxicas, viroses, drogas,
Deficiência de micro-elementos minerais e agentes físicos,
Combinação dos vários fatores.
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Epilepsia
• Em raça Vermelho Suíço (autossômica recessiva),
• Em raça Pardo Suíça (autossômica dominante),
• Em raça Brahman: possivelmente hereditário,
• Em raça Holandesa e mestiços, origem duvidosa.
Virais
Raiva,
Aujeszky,
Rinotraqueíte (herpes 5),
Febre catarral maligna,
Bacterianas
Enterotoxemia (Clostridium perfringens) tipo C e D,
Tétano (Clostridium tetani),
Listeriose (Listeria monocytogenes),
Memist (Haemophilus sonmus),
Meningoencefalite (Escherichia coli),
Abscesso cerebral (infecções insespecíficas),
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Pesticidas:
• Fosforados,
• Clorados,
• Arsenicais,
• Carbamatos,
• Mercuriais,
• Piretróides.
Plantas tóxicas
• Coerana (Cestrum laevigatum),
• Camará (Lantana camara),
• Barbatimão (Stryphnodendron coriaceum),
• Erva-de-rato (Palicourea marcgravii).
• Salsa rosa (Mascanea sp.)
Toxinas
• Esporidesmina,
• Aflatoxinas,
• Ergot,
• Fusarium (hepatoencefalopatias),
• Ramária.
• De algas verdes/azuis.
• De carrapatos.
Outras intoxicações:
• Uréia
• Cloreto de sódio.
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Metabólicas/nutricionais
Poliencefalomalácia,
Hipocalcemia,
Cetose,
Hipomagnesemia,
Acidose ruminal,
Acidose secundária à enterite,
Doença do Músculo Branco,
Hipovitaminose A,
Espondilite anquilosante.
Tumorais
Leucose (linfosarcoma).
Traumáticas
Traumatismo craniano ou medular,
Lesões dos nervos periféricos.
Hereditárias / congênitas
Paresia espástica
Ataxia do charolês,
Hipoplasia cerebelar,
Hidrocefalia / Spina bífida,
Síndrome de Weaver da raça Pardo Suíça.
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RAIVA
Conceito
Encefalomielite viral do gênero Rhabdovírus, de ocorrência enzoótica ou
epizoótica, letal, transmitida principalmente por morcegos hematófagos e,
mais raramente por cães.
Ocorrência
Acomete todos os mamíferos, independente de raça, sexo ou idade.
Apresenta morbidade e mortalidade bastante variáveis, mas letalidade em
torno de 100%.
Patogenia
Apresenta período de incubação de 2 a 8 semanas em média. A partir da
porta de entrada, o vírus caminha pelos nervos periféricos até os gânglios
nervosos e SNC onde se multiplica, podendo retornar por via nervosa até as
glândulas salivares. Não existe viremia. O risco de contaminação se
restringe à saliva e tecidos nervosos. O curso é de 2 a 7 dias
aproximadamente e, raramente mais prolongado.
Sinais clínicos
Na raiva transmitida por cães, os bovinos se mostram mais agressivos e
furiosos, enquanto que, na transmitida por morcegos, geralmente apresenta
mais comumente a forma paralítica.
• Forma agressiva:
Incoordenação inicial,
Excitação,
Elevação do lábio superior, chamativo de fêmeas em cio,
Mugidos com a cabeça elevada,
Sialorréia, às vezes diarréia, atonia ruminal (tenesmo),
Tarso em posição semiflexionada (como para levantar-se),
Olhar vigilante e curiosidade em relação ao ambiente,
Paresia gradual, paralisia, coma e morte.
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Diagnóstico
• Histórico (curso, apresentação, animais envolvidos), dados
epidemiológicos,
• Sinais clínicos,
• Sinais laboratoriais: enviar cérebro (hipocampo), cerebelo, bulbo e
medula, acondicionados em gelo para:
Imunofluorescência,
Inoculação em camundongos,
Pesquisa de corpúsculo de Negri (Coloração de Shorr ou
Sellers).
Profilaxia
A vacinação de focos com vacina viva garante ótima proteção por 2-3
anos, em média. Devido às dificuldades de conservação desta vacina tem-
se optado pela utilização da vacina morta. Esta quando utilizada em
primeira vacinação deve ser reforçada após 30 dias e utilizada anualmente.
Em regiões de alto risco pode-se recomendar vacinação semestral. Atenção
especial deve ser dada a animais jovens que freqüentemente ficam sem
vacinações por obedecerem ao calendário do rebanho. Nestes casos deve-se
fazer um calendário especial para os bezerros com uso de reforço em função
da estação de monta ou da concentração dos nascimentos.
A captura de morcegos hematófagos e o uso de pastas vampiricidas
neles e nos locais das mordidas nos bovinos/eqüinos também são medidas
importantes no controle da doença.
Etiologia
Herpesvírus
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Patogenia
Os suínos são o principal reservatório. Os ratos podem se infectar e
disseminar a doença, mas geralmente morrem. Cães, raposas e gatos podem
também se infectar. A doença transmite-se a partir de secreção nasal e saliva
dos suínos infectados, ou por contato direto ou indireto com bovinos. O
período de incubação é de 2-6 dias, em média.
Sinais clínicos
Pode ocorrer febre, inquietação, salivação excessiva, taquipnéia, convulsões
do tipo calafrio, sudorese e prurido intenso que leva a lesões cutâneas, uma
vez que o animal se morde e se coça com unhas, chifres e contra obstáculos.
Diagnóstico
• Histórico (promiscuidade com suínos),
• Sinais clínicos,
• Histopatologia,
• Inoculação em coelhos (cérebro e medula).
Profilaxia
• Evitar promiscuidade entre bovinos / suínos,
• Vacinação de suínos.
Etiologia
Vírus do grupo herpes.
Patogenia
Os ovinos são relacionados como fonte de infecção para os bovinos, por
contato direto ou indireto. Na África, ruminantes silvestres são relacionados
como reservatórios da doença. A transmissão de ovinos (ou caprinos) para
bovinos não está bem estabelecida, mas parece só ocorrer após o período de
parição dos ovinos. Em ovinos (ou caprinos) recém-nascidos e até 3 meses
de idade, o vírus foi isolado de lágrima, secreção nasal e fezes. Alguns
autores relacionam ectoparasitos hematófagos e aerossóis como possíveis
fontes. O período de incubação é de 14 dias a 6 meses, aproximadamente.
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Sinais clínicos
Esta alteração apresenta geralmente, morbidade variável e letalidade
aproximada de 100%. O curso pode ser superagudo (1-3 dias); agudo ou
forma entérica (4-9 dias) e subagudo ou forma nervosa (até 14 dias). Pode
ocorrer febre, diarréia com sangue, tremores musculares, fotofobia,
corrimento nasal (seroso / purulento), aumento de volume dos linfonodos,
dispnéia, lesões das mucosas, keratite, derrame da câmara anterior do globo
ocular, hematúria, apoio da cabeça, paralisia e morte.
Necropsia
Enterite, hemorragia das mucosas, hemorragia dos linfonodos, cistite
hemorrágica, conjuntivite com derrame da câmara anterior do olho, vaginite,
broncopneumonia, hepatomegalia, poliartrite.
Diagnóstico
• Histórico,
• Sinais clínicos,
• Lesões,
• Isolamento do vírus.
Profilaxia
Evitar promiscuidade de bovinos com ovinos ou caprinos.
Ocorrência
Doença de caráter esporádico, acometendo principalmente animais jovens.
Etiologia
Chlamidia psittaci (micoplasma).
Patogenia
A introdução de ovinos portadores no rebanho tem sido responsabilizada pela
ocorrência da doença. A transmissão possivelmente é feita por artrópodes.
Ocorre septicemia, com disseminação da infecção pelas serosas e SNC.
Urina, fezes, leite e secreção nasal de animais doentes podem conter o
micoplasma. Em algumas áreas, a doença tem caráter enzoótico, provocando
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Sinais clínicos
Os animais doentes podem apresentar febre, debilidade, ataxia, andar rígido,
decúbito, opistótono, secreção nasal, diarréia, salivação intensa, pleurite,
peritonite, artrite e outros. Pode ocorrer cura espontânea após um curso de
aproximadamente 14 dias. A morbidade da doença é baixa e a letalidade em
torno de 50%. Acomete principalmente bovinos jovens de até 2 anos de
idade.
Necropsia
Inflamação generalizada das serosas, hidrotórax, ascite, hepatização
pulmonar, pleurite, peritonite, artrite.
Tratamento
Tetraciclinas (tilosina) em níveis elevados por vários dias.
Profilaxia
• Isolamento de animais doentes e desinfecção do ambiente,
• Evitar promiscuidade ou introdução de ovinos.
Ocorrência
A sorologia positiva para a infecção em levantamentos realizados em
rebanhos no Brasil tem sido muito elevada. Apesar disto, a maioria dos
animais raramente apresenta sinais clínicos o que demonstra uma resistência
à doença especialmente em sua forma respiratória.
Etiologia
Causada por herpesvírus.
Patogenia
O aparecimento da doença em rebanhos ainda não contaminados quase
sempre ocorre por introdução de animais doentes, infectados ou por
portadores. Freqüentemente pode ocorrer septicemia, com localização do
vírus no trato respiratório, SNC de animais jovens, no feto de vacas
gestantes, na conjuntiva e outros. A vulvovaginite tem transmissão venérea
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Sinais clínicos
A localização respiratória quase sempre é acompanhada de febre, corrimento
nasal seroso e depois purulento, conjuntivite, salivação excessiva, hiperemia
da mucosa nasal, anorexia, taquipnéia, tosse inicialmente seca e depois
úmida. Nas alterações mais graves, podem ocorrer pneumonias crônicas,
enfisema pulmonar e, em alguns casos, diarréia. A forma nervosa
(meningoencefalite) atinge bezerros jovens que apresentam tremores
musculares, excitação e incoordenação seguida de períodos de normalidade.
Após 5 dias aproximadamente, os sintomas nervosos se tornam permanentes,
surge opistótono e a morte ocorre em uma semana em média. A morbidade
da forma nervosa é baixa, mas a letalidade situa-se em torno de 100%.
Diagnóstico
• Histórico,
• Sinais clínicos,
• Isolamento do vírus,
• Sorologia.
Profilaxia
Evitar estabulação, especialmente com problemas de superlotação,
promiscuidade entre faixas etárias diferentes, umidade, abafamento ou má
ventilação. A vacinação no Brasil tem sido bastante empregada apesar do
estágio de contaminação e sorologia positivas de nossos rebanhos. O que na
verdade só poderia se justificar em rebanhos negativos ou em alguma
categoria que o título sorológico fosse baixo (animais jovens, por exemplo).
BOTULISMO
Conceito
Doença nervosa causada por neurotoxinas do Clostridium botulinum que é
uma das mais poderosas conhecidas pelo homem.
Ocorrência
Alteração bastante comum em nosso meio, especialmente nas pastagens dos
cerrados, onde os níveis extremamente baixos de fósforo levam à depravação
do apetite.
Etiologia
Em bovinos, têm sido identificadas mais comumente as toxinas C e D do
C.botulinum e menos freqüentemente a do tipo B. Podem ser encontradas em
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Patogenia
Após a ingestão de uma protoxina encontrada em carcaças, ossadas, farinha
de ossos de fabricação duvidosa, bagaço de cevada, farinha de carne, rações,
pastagens em putrefação ou aguadas contaminadas, as proteases intestinais
levam de 24 a 48 horas para transformá-las na forma ativa. A seguir, a
toxina começa a agir nas sinapses ganglionares, sinapses parassimpáticas e
junções neuromusculares, impedindo a transmissão de impulsos nervosos
colinérgicos periféricos. A toxina parece impedir o mecanismo de secreção-
excitação por inibição da liberação da acetilcolina, levando a bloqueio do
impulso nervoso nas sinapses e paralisia dos nervos motores com quadro de
flacidez muscular e morte por paralisia do nervo frênico.
Sinais clínicos
• Inabilidade ou incapacidade para ingerir água e alimentos,
• Mastigação lenta ou ausente,
• Facilidade para se abrir a boca e tracionar a língua do animal,
• Tônus da língua diminuído ou ausente,
• Fraqueza muscular progressiva com dificuldade ou incapacidade do
animal para levantar-se, deitando-se bruscamente em forma de tombo,
• Flacidez muscular especialmente dos membros posteriores e, às vezes dos
anteriores, pescoço etc...,
• Sensibilidade superficial e, as vezes profunda, diminuída ou ausente
(paresia, paralisia),
• Inspiração entrecortada ou em dois tempos,
• Curso de algumas horas, até vários dias, dependendo da quantidade de
toxina ingerida,
• Morte por paralisia respiratória.
Necropsia
Sem lesões características, às vezes podendo-se encontrar corpos estranhos
no rúmen e retículo como pedaços de ossos, pedras e madeira. A ausência de
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Diagnóstico
• Histórico,
• Sinais clínicos,
• Pesquisa de toxinas a partir do fígado, segmento de intestino (jejuno) e
soro,
• Administração da possível fonte da toxina, experimentalmente, a outros
animais.
Tratamento
Nos casos graves a morte ocorre muito rapidamente. O uso de antitoxinas
botulínicas polivalentes não tem demonstrado eficácia satisfatória. Nos casos
moderados, pode-se sugerir a administração de purgativos.
Profilaxia
• Administração criteriosa e correta de minerais, se possível com
levantamento técnico,
• Cuidados com ossadas, aguadas, rações etc...,
• Vacinação (toxóide), considerando-se que sua antigenicidade é baixa
deve-se fazer vacinações de reforço periódicas. Em animais criados em
regiões com baixos níveis de fósforo nas pastagens deve ser
recomendada.
MENINGOENCEFALITE TROMBOEMBÓLICA :
(memist, doença do sono)
Ocorrência
Bovinos jovens (5-24 meses), especialmente os confinados e, freqüentemente
acompanhando doença respiratória.
Etiologia
• Coco Gram negativo: Haemophillus sonmus,
• Transmissão : bovinos portadores e seus fômites,
• Penetração: sistema digestivo ou respiratório.
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Patogenia
Portadores subclínicos: infecções por Haemophillus, especialmente animais
estressados (confinados), às vezes, quando ocorrem mudanças bruscas de
temperatura.
Sinais clínicos
Elevação da temperatura corporal para 40-41ºC; fraqueza muscular;
secreção nasal inicialmente serosa e alterações pulmonares; sinais de artrite
e tendinite.
Sinais nervosos
Ataxia, andar em círculo, apoio da cabeça, opistótono, paresia, prostração,
convulsão, coma, morte, curso rápido: 48-72 horas.
Necropsia
Infartos cerebrais, trombose e vasculite na leptomeninge, tendosinovite
(tendinite), artrite e lesões respiratórias.
Diagnóstico
• Histórico,
• Sinais clínicos,
• Achados de necrópsia,
• Cultura e identificação do germe.
Diagnóstico diferencial
• Necrose cerebrocerebelar,
• Listeriose,
• Saturnismo,
• Encefalite esporádica.
Ocorrência
Acomete bovinos de todas as idades e sexo, com maior freqüência em
animais de 5 a 24 meses, confinados e se alimentando com silagem.
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Etiologia
Listeria monocytogenes, presente no solo e alimentos que entrem em contato
com o solo.
Patogenia
Solução de continuidade da mucosa (alimentos grosseiros). Presença do
germe em capim ou silagem contaminada; penetração em tecidos inervados
pelo trigêmio e hipoglosso; cérebro, ponte e medula.
Sinais Clínicos
• Andar em círculo;
• Desvio lateral da cabeça;
• Paralisia facial unilateral;
• Ptose unilateral da orelha e pálpebra;
• Relaxamento e paralisia unilateral do músculo facial;
• Perda da visão com reflexo pupilar presente;
• Elevação da temperatura;
• Depressão, decúbito, coma e morte.
Necropsia
As lesões ocorrem principalmente no tronco e nervos associados. A ponte e
medula podem estar envolvidas; presença de microabscessos focais,
especialmente no tronco. A lesão pode não ser visível macroscopicamente,
devendo-se enviar um hemisfério para bacteriologia (isolamento difícil).
Diagnóstico
• Histórico,
• Sinais clínicos,
• Histopatologia,
• Bacteriologia.
Diagnóstico Diferencial
• Abscesso cerebral / traumatismo craniano,
• Meningite,
• Necrose cerebrocortical,
• Otite média,
• Saturnismo.
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OTITE MÉDIA
Ocorrência
Mais comum em animais jovens, ocorrendo em qualquer idade. Morbidade
baixa, mas nas parasitárias pode ser elevada.
Etiologia
• Infecciosas: germes piogênicos
• Parasitárias: carrapatos
Railletia auris
Rhabditis strongyloides
Patogenia
• Infecciosas:
banhos imersão, pulverizações, corpos estranhos e parasitos)
• Parasitárias:
Rhabditis, moscas
Railletia: reprodução nas framíneas.
Sinais Clínicos
• Apatia, anorexia, às vezes inquietação,
• Rotação da cabeça,
• Paralisia facial unilateral (ptose orelha, pálpebra),
• Presença exsudato:
Rhabditis - cheiro de chulé
Railletia - cerúmen excessivo
Infecciosas - purulento
Diagnóstico
Histórico, raça envolvida, sinais clínicos, microscopia do exsudato (após
lavagem do ouvido com solução fisiológica), ou no caso dos Rhabditis pode
ser realizado um limpeza do ouvido com algodão e microscopia do exsudato.
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Diagnóstico Diferencial
Listeriose, sinusite, paralisia facial traumática, artrite de vértebras
cervicais, saturnismo.
Lesões
Em geral unilateral. Canal auditivo externo – ouvido médio – perfuração do
tímpano – ouvido interno – S.N.C.
Tratamento
• Infecciosas – antibioticoterapia sistêmica por período mínimo de 10 dias
• Railletia, Rhabditis:
Álcool boricado a 3% - 5 ml em cada ouvido, repetindo-se a cada
6 meses em todo o rebanho.
EIMERIOSE NERVOSA(Coccidiose)
Ocorrência
Animais jovens (3-9 meses)
Etiologia
Eimeria zuernii, E. bovis
Patogenia
Pode ocorrer junto com coccidiose entérica ou não. O quadro nervoso pode
ser atribuído a:
• Hipoxemia (anemia, toxemia),
• Desidratação (desequilíbrio hidroeletrolítico),
• Acidose (perda bicarbonato),
• Desidratação – hipomagnesemia,
• Toxina produzida pela Eimeria.
Sinais Clínicos
• Quadro entérico simultâneo: tenesmo ou enterite sanguinolenta,
• Ataques tipo convulsivo com períodos normais.
Lesões
• Cérebro aumentado de volume, pálido, amarelado ou branco,
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Diagnóstico
Presença de oocistos nas fezes.
Diagnóstico Diferencial
NCC, raiva, enterite com acidose, memist.
Tratamento
• Toltrazuril (20 mg/kg); sulfa (50-100 mg/kg).
• Sulfa
• Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos.
MENINGITE BACTERIANA
Conceito
Processo inflamatório da meninge, freqüentemente fatal.
Ocorrência
Comum em bezerros criados em condições precárias, com depressão
imunológica (colostro, subnutrição), com infecção umbilical e diarréias.
Etiologia
Germes gram (-) E. coli, Salmonella
Bovinos adultos – meningite associada a um quadro de listeriose, meningo-
encefalite trombo-embólica , sinusites e otites.
Patogenia
Mais freqüente no período neonatal, secundária à doenças septicêmicas ou a
bacteremias. Jovem é mais susceptível – imunossupressão (ingestão
insuficiente de colostro, subnutrição, doenças imunodepressoras); ou
presença de focos primários de infecção (umbigo) – bacteremias/
septicemias.
Sinais Clínicos
Variam com a gravidade e a evolução. Inicialmente: febre e depressão ou
hiperestesia, hiperirritabilidade nervosa, opistótono, às vezes convulsões.
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Necropsia
Aspecto opaco ou floculento das meninges, de forma difusa sobre a córtex..
Depósitos de fibrina, congestão e vasculite. Exame histológico pode
confirmar o diagnóstico.
Diagnóstico
• Punção do líquor para cultura e citologia (aumento do número de
leucócitos e neutrófilos, especialmente nas bacterianas),
• Achados clínicos,
• Histórico,
• Necropsia.
Tratamento
Geralmente o prognóstico é desfavorável. O tratamento deve ser com
antibióticos que tenham melhor difusão através da barreira cerebral
(gentamicina, ampicilina) em doses elevadas.Medicaçao sintomática:
• aspirina (100 mg/kg 12-12 horas),
• Xilazina (0,089 mg/kg),
• Acepromazina (0,04 mg/kg) ou
• Diazepam (0,02-0,08 mg/kg)
Profilaxia
• Nascimento em local adequado
• Cuidados com cura do umbigo,
• Administração correta de colostro de boa qualidade,
• Prevenção e tratamento das enterites.
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ENTEROTOXEMIA
Conceito
Enterotoxemias causadas por Clostridium perfringens tipo C e D não são
doenças neurológicas primárias nos bovinos. O germe pode ser considerado
habitante normal do trato digestivo dos bovinos.
Etiologia
• Costridium perfringens Tipo A: enterite hemorrágica em bovinos, doença
do cordeiro amarelo.
• Costridium perfringens Tipo C: enterotoxemia hemorrágica neonatal dos
bezerros, enterotoxemia dos ovinos
• Costridium perfringens Tipo D: Enterotoxemia em bovinos, ovinos e
caprinos.
Patogenia
O Clostridium perfringens é encontrado no trato gastrointestinal de animais
sadios, bem como no ambiente. O aparecimento de enfermidades provocadas
por esses microorganismos é dependente de circunstancias que favoreçam
seu crescimento e produção de potentes toxinas. As doenças causadas por
essas bactérias são geralmente mediadas pela produção de enzimas
extracelulares ou toxinas (Rood e Cole, 1991).
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Toxina β (beta)
A toxina beta é produzida pelos C. perfringens tipos B e C e tem ação letal e
necrótica. O C. perfringens tipo C é importante como causador de enterite
necrótica em humanos e animais.
A beta toxina é uma proteína sensível ao calor, com peso molecular de 40
kDaltons, altamente sensível à tripsina. É responsável pela necrose
transmural coagulativa que ocorre quando organismos produtores de beta
toxina são ingeridos juntos com inibidores de tripsina, ou por indivíduos com
deficiência de proteína na dieta (má nutrição) induzindo baixa produção de
tripsina. Em indivíduos normais a toxina é rapidamente inativada pela
tripsina no intestino delgado.
As atividades biológicas descritas da beta toxina incluem morte de animais
de laboratório, dermonecrose e necrose hemorrágica de alças intestinais. O
mecanismo de ação é desconhecido, porém sua aparente habilidade para
formar multímeros e a semelhança de aminoácidos com as citolisinas
formadoras de poros de Staphilococus aureus (alfa e gama toxinas),
sugerem que este pode ser seu mecanismo de ação.
Toxina epsilon
A toxina epsilon produzida pelo C. perfringens tipo D é a responsável pela
enterotoxemia em ovinos, bovinos e caprinos. Ela é secretada como uma
protoxina inativa de 311 aminoácidos com um peso molecular de 32700
daltons e é ativada por ação de proteases como tripsina, quimotripsina e de
proteases do C. perfringens como a lambda toxina .
O mecanismo pelo qual esta toxina causa as lesões cerebrais não está
totalmente elucidado. Acredita-se que ela se ligue aos receptores específicos
das células endoteliais, lesando-as. Ocorre abertura das junções de oclusão
intercelulares, causando tumefação dos pés terminais dos astrócitos, que vão
se distendendo até se romperem. O resultado final é a quebra da barreira
hematoencefálica e o extravazamento de líquido para o parênquima cerebral
(edema perivascular proteináceo). Pode ocorrer malacia em decorrência da
isquemia resultante, tanto do efeito compressivo que os gliócitos tumefeitos
exercem sobre os vasos de pequeno calibre, quanto da tumefação das células
endoteliais.
O aumento da permeabilidade vascular também é observado em outros órgãos,
levando a formação de edema pulmonar intersticial, aumento de líquido
pericárdico e aumento da permeabilidade intestinal.
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Fatores Predisponentes
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Diagnóstico
Claps da mucosa intestinal: a presença de grande número de bacilos gram
positivos (gram +) com esporos terminais ou subterminais é indicativo do
diagnóstico de enterotoxemia.
É importante salientar que este resultado só é válido se a necropsia for efetuada
imediatamente após a morte ou sacrifício do animal (C. perfringens Tipo A é
comum habitante do TGI e se multiplica rápido).
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Tratamento
• As antitoxinas não têm demonstrado valor devido ao curso extremamente
rápido.
• A penicilina pode ser indicada nos casos moderados.
POLIENCEFALOMALÁCIA ( PEM/NCC )
Ocorrência
Bovinos jovens de 4-24 meses, podendo, no entanto, ocorrer em animais
adultos.
Etiologia
Deficiência de B1. Suas principais causas são:
• Ingestão de plantas com atividade tiaminase,
• Proliferação de bactérias produtoras de tiaminase como
C. sporogenes e Bacillus sp, ao nível de rumem,
• Deficiência de B1 na dieta de animais jovens alimentados artificialmente,
• Ingestão de análogos da tiamina (anti-metabólicos),
• Deficiência de cobalto,
• Altas concentrações de sulfatos na dieta,
• Acidose lática,
• Uso oral de antibióticos, antihelmínticos,
• Mudanças bruscas na alimentação,
• Pastagens suculentas com alto teor protéico,
• Verminose intensa.
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Patogenia
A deficiência de tiamina nos tecidos orgânicos – metabolismo dos
carboidratos – neurônios do córtex cerebral que necessitam de B1 na
oxidação da glicose – degeneração progressiva. A encefalopatia está
relacionada com a redução da atividade das enzimas tiamino-dependentes;
piruvato descarboxilase, ATP (ácido tricarboxílico), transcetolase, ciclo da
hexose.
Lesões
• Macroscopicamente: ambos os hemisférios cerebrais edemaciados,
pálidos e amolecidos;
• Microscopicamente : necrose laminar da córtex cerebral.
Sinais Clínicos
• Indigestão e/ou diarréia,
• Opistótono, rigidez da nuca, cegueira, andar em círculos,
• Incoordenação progressiva, decúbito (esternal ou lateral), estrabismo
convergente, movimentos pendulares da cabeça, movimento dos
membros como remos.
Diagnóstico
• Dosagem de lactato e piruvato no sangue que estão elevados,
• Aumento da glicemia,
• Dosagem da tiamina,
• Histopatologia do cérebro,
• Dosagem da transcetolase dos eritrócitos,
• Clínico.
Prognóstico
Dependendo da rapidez com que se inicia o tratamento, a resposta pode ser
satisfatória.
Tratamento
• Tiamina (20 mg/kg) 2-3 vezes ao dia, por 2 a 3 dias. A dose inicial deve
ser aplicada por via I.V,
• Tratamento sintomático.
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SINUSITE
Conceito
A sinusite bovina é mais comum no seio frontal, mas pode, menos
freqüentemente, ocorrer no maxilar, esfenóide ou palatino.
Etiologia
Descorna de animais adultos,
Fratura do chifre,
Fratura do osso frontal.
Sinais Clínicos
Sensibilidade regional aumentada,
Percussão com presença de som maciço,
Em alguns casos secreção nasal purulenta,
Inclinação lateral da cabeça,
Casos graves: andar em círculos, ataxia.
Diagnóstico
Anamnese,
Sinais clínicos.
Prognóstico
Variável: quando existe secreção nasal é geralmente melhor. Quando os
sinais nervosos estão presentes, pode ocorrer uma encefalite ou uma
meningite.
Tratamento
• Na ausência de secreção, fazer trepanação na linha dos olhos a 2 cm do
centro.
• Fraturas de chifre – ressecção cirúrgica, mas não fechar quando já existe
risco de infecção.
• Antibióticos/quimioterápicos.
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Conceito
O manejo descuidado de substâncias plumbíferas como solução de bateria
de automóveis e tinta anti-ferrugem, podem quando ingeridas, provocar
uma neuropatia em bovinos.
Ocorrência
É relativamente comum a ocorrência deste quadro, uma vez que os bovinos
parecer gostar do sabor de chumbo, é freqüentemente procuram lambê-lo.
Sinais Clínicos
Cegueira, andar em frente sem direção não respeitando obstáculos,
audição aguçada, orelhas eretas e atentas, excitação, incoordenação,
arrastamento de membros na locomoção. Animal se enrola em arames,
mastigação vazia vigorosa, salivação excessiva com lambedura de outros
animais. Casos crônicos raquitismo e anemia.
Diagnóstico
Anamnese, sinais clínicos, pesquisa de chumbo na saliva, conteúdo estomacal
e urina
Tratamento
• Sulfato de magnésio : 200-500 g via oral,
• EDTA cálcio sol. 5 % - 1 ml por Kg de p.v.(50-100 Mg/kg),
• Citrato de sódio sol. 10 % : 0.5 – 1.0 ml p/ Kg,
• Dimercaprol (Bal ou Demetal) 3 mg por Kg de 4-4 hs,
• Rumenotomia com remoção do conteúdo.
TÉTANO
Ocorrência
É uma doença de manifestação esporádica, causada por infecções
umbilicais, de castrações, ferimentos, corpos estranhos, etc.
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Etiologia
O tétano é uma toxi-infecção causada pelo Clostridium tetani, que é um
bacilo gram (+), anaeróbio, encontrado no conteúdo intestinal de diversos
animais e, inclusive do homem.
Patogenia
A presença de espectos tetânicos em ferimentos em situações de
anaeróbiose pode levar à multiplicação e produção de toxinas
(neurotoxinas, tétano-espasmina, hemolisina: tétano lisina e
fibrinolisina). É mais importante na manutenção clínica da doença e a
tétano-espasmina que se fixa às células nervosas e provoca o quadro clínico
da doença. O mecanismo exato de ação não está bem esclarecido interfere na
liberação dos impulsos nervosos e causa acentuada irritabilidade dos
neurônios. O C. Tetani pode não ficar limitado à porta de entrada, e por via
hematógena se disseminar a órgãos internos.
Lesões
Não existem lesões características desta alteração. Em 1/3 dos casos não se
consegue localizar a porta de entrada desta alteração
Sinais Clínicos
Após um período de incubação de 1-2 semanas (a literatura cita de 24 horas a
60 dias como limites) podem aparecer os primeiros sintomas:
• Movimentação rígida, hiper-excitabilidade nervosa,
• Contratura da musculatura facial,
• Ranger de dentes, timpanismo,
• Espasmos ou convulsões tônicas musculares,
• Dificuldade de ingerir água e alimentos apesar do apetite,
• Extensão da cabeça, orelhas eretas, narinas abertas,
• Abertura do quadrilátero de sustentação
• Prolapso da 3a pálpebra, cauda afastada do corpo,
• Em locomoção, apresenta flexões curtas,
• Taquipnéia, dispnéia, respiração superficial.
Diagnóstico
• Anamnese (ferimentos),
• Clínico,
• Isolamento do C. Tetani em feridas (?)
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Tratamento
• Soro específico (atua contra todas as toxinas desde que não fixadas ao
SNC – 100.000 U.I./kg,/dia inicialmente, reduzindo-se para as doses
terapêuticas convencionais após alguns dias.
• Abertura da ferida e oxigenação,
• Penicilinas em doses elevadas,
• Bicarbonato de sódio: 40 g/dia para animal adulto (por causa da acidose),
• Relaxantes musculares,
• Clorpromazina: 0,04 mg/kg de 12-12 h,
• Diazepínicos: 0,03 mg/kg de 12-12 h,
• Hidratação,
• Ambiente adequado (tranqüilo).
HIPOPLASIA CEREBELAR
Conceito
As principais lesões congênitas cerebelares são agenesia, aplasia e
hipoplasia. Em bovinos esta condição tem sido associada a infecções pre-
natais por Diarréia Bovina a Vírus, quando a doença ocorre na vaca gestante.
Além disto, existe também uma carga genética em algumas raças como Gir,
Holandesa e outras, que pode ocasionar o aparecimento desta alteração.
Sinais clínicos
Os sinais clínicos são permanentes, surgem ao nascimento sob a forma de
ataxia, incoordenação muscular, opistótono, treemores, dificuldade para se
manter em pé ou caminhar, mas com psiquismo normal.
Tratamento
Não existe tratamento sendo recomendável o sacrifício do animal.
Ocorrência
Sua ocorrência é quase sempre em bovinos adultos, de idade mais avançada
(+ de 6 anos).
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Etiologia
A etiologia se relaciona com problemas dos músculos esqueléticos, nervos,
doenças metabólicas, carenciais (osteomalácia) e hereditária.
Sinais Clínicos
São espasmos tônicos/clônicos periódicos dos membros posteriores dos
bovinos. Esta alteração em geral afeta os dois membros e sua manifestação é
evidente com o animal em pé. Em fase avançada, pode envolver os músculos
lombares, cervicais e até os membros anteriores. A doença pode desaparecer
completamente após sua manifestação ou ocorrer recidiva após 1-6 meses de
forma mais intensa.
Diagnóstico
É feito por palpação e pressão sobre a região sacro-ilíaca externamente e por
via retal com a manifestação dos espasmos ou reação dolorosa.
Tratamento
É feito à base de anti-inflamatórios e correção mineral.
Diagnóstico Diferencial
Deve ser feito com artrose e úlcera de sola.
PARESIA ESPÁSTICA
Etiologia
Está relacionada a condições hereditárias, ambientais e a lesões de medula.
Sinais Clínicos
Os principais achados clínicos são animais jovens apresentando uma
ascensão exagerada de tarso. Nos casos graves, arrastamento e dificuldade de
flexão. O gastrocnêmio apresenta-se exageradamente tenso.
Diagnóstico Diferencial
Deve ser feito com luxação de patela, apramioclonia.
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Tratamento
Consiste em tenotomia do Tendão de Aquiles ou de ambos os extensores, às
vezes ainda é necessária a tenotomia parcial, do tendão flexo, ou secção do
nervo tíbial.
ERLICHIOSE
Ocorrência
Há alguns anos, encontrou-se um índice de 98% de ocorrência desta
parasitemia mediante esfregaço sanguíneo corado pelo Giemsa em alguns
rebanhos avaliados.
Etiologia
Erlichia bovis.
Patogenia
A transmissão ocorre através de carrapatos ixodídeos (Boophillus microplus,
Amblyomma cajennense), podendo ocorrer em animais que não tenham ainda
adquirido imunidade à Erlichia, ou então, que estejam imunodeprimidos.
Sinais clínicos
Febre, excitação, incoordenação, andar em círculos, enfartamento
ganglionares especialmente do linfonódio parotídeo, sinais de otite por dor
reflexa, ptose da orelha, prurido auricular, pedalagem, opistótomo, anemia
ou congestão de mucosas e, menos comumente, tosse e salivação.
Lesões
Hipertrofia e edema ganglionar, esplenomegalia, aumento de líquido céfalo-
raquidiano, congestão de diversos órgãos e serosas, hidropericárdio,
hidroperitôneo, derrame pleural. Histologicamente, congestão e hemorragia
do cérebro, cerebelo, medula, pulmões, fígado e rins. Nos rins, pode-se
encontrar também necrosetubular.
Diagnóstico
• Esfregaço de sangue periférico (ponta da cauda).
• Concentrado de leucócitos a partir de lavado de sangue total.
• Leucograma: leucocitose com linfocitose, monocitose e eosinopenia.
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Prognóstico
Depende da gravidade e da prontidão na medicação adequada.
Tratamento
• Tetraciclina: 20 mg/kg/dia por 3-5 dias
• Sintomático: soroterapia
Sinais clínicos
De maneira geral, os bovinos jovens são mais sensíveis e o quadro clínico
depende de uma alta infestação por carrapatos. Os sinais clínicos vão desde
leve alteração motora até paralisia completa. A paralisia da musculatura
costal e abdominal pode provocar um quadro de acidose respiratória.
Tratamento
A remoção dos parasitos quase sempre leva à recuperação dos animais.
BABESIOSE CEREBRAL
Ocorrência
Esporádica, de freqüência baixa.
Etiologia
Babesia bovis
Patogenia
Oclusão de pequenos vasos e capilares, com ocorrência de infarto secundário
no cérebro e meninges por eritrócitos aglutinados formando trombos.
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Sinais clínicos
• Depressão
• Ataxia
• Andar em círculo
• Convulsões
• Paralisia
• Diminuição da visão
• Quadro respiratório
• Quadro entérico
• Congestão de mucosas
• Presença ou sinais de infestação por carrapatos
Diagnóstico
• Esfregaço de sangue periférico corado pelo Giemsa
• Clap de cérebro
Prognóstico
Depende da prontidão do tratamento e da medicação utilizada.
Tratamento
• Imidocarb (1 va 3 mg por kg de peso vivo)
• Diaceturato de diminazene (3-5 mg por kg de peso vivo)
ESPONDILITE/ABSCESSO VERTEBRAL
Ocorrência
São doenças de caráter esporádico.A Espondilite acomete, principalmente,
touros e vacas adultos. O abscesso ocorre, principalmente, em animais
jovens até 2 anos de idade.
Etiopatogenia
• A Espondilite ocorre principalmente por problemas nutricionais, podendo
ocorrer, também, secundária a traumatismos, ou mesmo de origem
hereditária. O excesso de peso levando ao desgaste prematuro das
cartilagens, contribui para as ossificações, além das lesões musculares e
dos traumas mecânicos. Sob o ponto de vista nutricional é importante
observar a relação cálcio:fósforo e o excesso de energia.
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Diagnóstico
Baseia-se no histórico, nos sinais clínicos e/ou nos achados de necropsia.
Diagnóstico Diferencial
• Traumas vertebrais,
• Neoplasias espinhais,
• Artrites
• Botulismo.
ENCEFALITES ESPONGIFORMES
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Etiologia
Proteína Infectante denominada – Prion (PrPsc)
Sem manifestações Imunológicas / Inflamatórias
Extremamente resistente a agentes físicos e químicos
Transmissão
• Oral
• Vertical
• Horizontal .....?
Distribuição
Praticamente por toda Europa, Canadá e Estados Unidos e diversos outros
países.
Sinais Clínicos
• Alterações psiquismo
• Ataxia progressiva
• Excitação, Inquietação, hiperestesia
• Agressividade, tremores.
• Lambedura excessiva das narinas e espelho nasal
• Escoiceamento exagerado, quedas, decúbito.
• Evolução lenta, curso prolongado.
• Fotofobia.
Diagnóstico
• Anamnese
• Sinais clínicos
• Histopatologia cerebral
• Alterações degenerativas bilaterais simétrica: vacuolização da substância
cinzenta
• Imunohistoquímica
Profilaxia
• Evitar a importação animais Europa e outros países contaminados,
• Não importar subprodutos de origem animal (bovinos, ovinos)
• Comunicação obrigatória casos suspeitos
• Não utilizar subprodutos de avicultu
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MICOTOXICOSES
a– Aflatoxicose
Etiologia
Aflotoxina – Aspergillus flavus, A. parasiticus
Ocorrência
Cereais úmidos: milho, amendoim, sorgo, soja, algodão e outras sementes.
Sinais clínicos
• Icterícia,
• Hepatomegalia com sensibilidade hepática,
• Morte súbita após: anorexia, prostração.
Lesões
• Hemorragias difusas,
• Degeneração gordurosa ou necrose hepática,
• Edema da vesícula biliar,
• Nos casos crônicos: carcinoma hepático/cirrose.
Diagnóstico
Isolamento do fungo, identificação da toxina.
b – Ergotismo
Etiologia
Ergotamina/ergonovina, toxinas do ergo – Claviceps purpúrea
Patogenia
A ação vasoconstritora destas toxinas levam a lesões do endotélio vascular,
isquemia, trombose e necrose, especialmente das extremidades.
Ocorrência
Especialmente em grãos, fenos e pastagens.
Sinais clínicos
• Claudicação, principalmente nos membros posteriores,
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c – Esporidesmina
Etiologia
A Esporidesmina é produzida pelo Pithomyces chartarum
Ocorrência
Este fungo é muito presente nas pastagens de brachiaria em condições
adequadas de umidade e calor, podendo ser, também, em outras gramíneas.
Patogenia
Esta toxina causa lesão do hepatócito e dos dutos biliares, diminuindo a
excreção dos pigmentos e levando ao acúmulo de pigmentos biliares
(filoeritrina) na pele que causam aumento de sua sensibilidade à luz solar,
podendo causar necrose.
Sinais clínicos
• Aumento do volume e da sensibilidade hepática,
• Icterícia,
• Fotossensibilização.
Lesões
Aumento de volume e degeneração hepática; icterícia.
Controle
A utilização de misturas minerais com níveis mais elevados de zinco,
inclusive acima dos requisitos, tem se mostrado eficaz.
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Etiologia
Toxina produzida pelo fungo Clavaria clavariella e Ramaria
flavobrunnescens.
Ocorrência
Esta alteração ocorre principalmente em bovinos criados em pastagens
formadas em áreas de reflorestamento de eucaliptos.
Sinais clínicos
• Cegueira e opacidade de córnea,
• Derrame da câmara anterior do olho,
• Secreção nasal,
• Estertores pulmonares,
• Lesões do epitélio da língua,
• Manqueira por lesões da coroa do caso,
• Queda dos pêlos da cauda.
Lesões
• Congestão e necrose das vias digestivas,
• Congestão e hemorragia da vesícula biliar,
• Congestão e enfisema pulmonar.
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a - Fosforados
Diazinon, diclofós, malation, triclorfon, paration, bromofós.
Ação tóxica
• Inibição da colinesterase,
• Estimulação do SN parassimpático (acetilcolina).
Ação muscarínica
• Salivação,
• Miose,
• Micção,
• Vômitos,
• Diarréia,
• Cólica,
• Dispnéia,
• Bradisfigmia.
Ação nicotínica
Tremores musculares e fraqueza.
Ação central
• Irritação,
• Ataxia,
• Sonolência,
• Depressão cardio-respiratória.
Lesões
• Inespecíficas: edema e congestão pulmonar.
• Hemorragias, desidratação,
• Edema intestinal.
Diagnóstico
Dosagem do tóxico e da colinesterase no sangue.
Tratamento
• Ingestão de purgativo com óleo mineral, carvão ativado,
• Pulverização e banhos.
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b– Carbamatos
São em tudo semelhantes aos fosforados. No tratamento não usar contrathion e/ou
tranqüilizantes.
c – Hidrocarbonetos clorados
Aldrin, dieldrin, heptacloro, endrin, toxaphene, metoxicloro, lindane, mirex, de uso
proibido no Brasil, mas ainda utilizados.
Ação tóxica
• Alterações do SNC, nos casos agudos e não crônicos,
• Ação cumulativa nos tecidos adiposos,
• Lesão hepática e renal.
Lesões
• Agudas: morte rápida - presença de cianose,
• Subagudas:
congestão pulmonar, renal e hepática
isquemia em diversos órgãos,
hemorragias variáveis de epicárdio,
pulmões com edema e aspecto de broncopneumonia,
congestão cerebral e medular.
Sinais clínicos
• Tremores tipo calafrios e desequilíbrio,
• Fotofobia, contraturas musculares, agressividade, depressão,
• Posturas anormais, apoio da cabeça,
• Incontinência urinária,
• Mastigação vazia, salivação,
• Sinais crônicos: dermatites, alterações hepáticas e renais.
Diagnóstico
• Análise química do cérebro, fígado, rins, gordura, suco de rúmen,
• Em animais vivos, sangue total, soro e urina.
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Tratamento
• Sintomático: soroterapia
• Banhos (pulverização), purgativos (ingestão de óleo mineral e carvão
mineral)
• Diazepínicos (diazepan, valium – 0,1 -0,2 mg/kg a cada 4 horas.
• Thionembutal
d – Mercuriais
Alquilmercúrios, metoxietilmercúrios, arilmercúrios.
Ação tóxica
A ingestão provoca lesões graves das mucosas e a metabolização pelo fígado
e pelos rins, levando a processos degenerativos destes órgãos.
Lesões
• Gastrites, enterites,
• Degeneração gordurosa hepática,
• Nefrose e lesões glomerulares renais,
• Degeneração do S.N.C.
Sinais clínicos
• Casos agudos: morte súbita
• Casos subagudos: vômitos, diarréia sanguinolenta, anúria ou poliúria,
ataxia, excitação, hiperreflexia, tremores.
Tratamento
• Ingestão de purgativos
• Soroterapia,
• Dimercaprol (Bal ou Demetal) 3 mg/kg a cada 4 horas
• Em caso de insufuciência renal, diálise peritoneal.
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Variedades
Microcystis
Anabena
Aphanizomenon
Condições
Calor, sol, água eutrófica para desenvolvimento.
Princípio tóxico
Polipeptídeos com ação sobre diversos órgãos.
Sinais clínicos
Dor abdominal, tremores, dispnéia, cianose, salivação, prostração,
convulsões e morte. Alguns casos de enterite sanguinolenta, icterícia,
fotossensibilização.
Lesões
Congestão do SNC, hidrotórax, edema pulmonar, hepatomegalia e
hemorragias petequiais em diversos órgãos.
Diagnóstico
• Anamnese, sinais clínicos,
• Avaliação da aguada,
• Controle das algas (sulfato de cobre, mas as toxinas permanecem)
Medidas
Modificação da fonte de água.
Tratamento
Sintomático.
Tóxico
Sal e privação de água.
Ocorrência
Uso de sal para limitar a ingestão de alimento, contaminação acidental de
alimento ou privação de água.
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Etiologia
Após estado de carência prolongada pode ocorrer oferta excessiva de NaCl
(l,0%) na dieta, com privação de água.
Patogenia
Excesso de Na+ no plasma e no líquido cerebroespinhal, passivamente causa
redução da glicólise cerebral e da produção de energia. O Na+ não consegue
escapar do líquido cerebroespinhal devido à energia requerida, o que resulta
em edema cerebral e malacia.
Sinais clínicos
Sede, hiperirritabilidade, ataques epileptiformes, depressão do SNC, rigidez
da quartela com fraqueza muscular.
Achados post-mortem
Edema e malacia do córtex cerebral
Diagnóstico
Na + l50 mEq/l no plasma e/ou líquido cerebriespinhal. Tecido cerebral com
mais de 18 ppm de Na+.
Tratamento
Oferecer cuidadosamente água fresca . Para os ataques, o diurético manitol
pode ser benéfico.
Tóxico
Uréia, NNP.
Etiologia
Uso de nitrogênio sem adaptação correta ou palatabilizada. A uréia e a fonte
mais perigosa de todos os NNP: 0,5 g/kg pv pode ser letal para animais não
adaptados.
Patogenia
A uréia é hidrolizada em amônia (NH4OH). O excesso de NH3, que não é
convertido em uréia pelo fígado, causa intoxicação.
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Sinais clínicos
• Timpanismo
• Dispnéia
• Fraqueza e ataques tônicos
• Morte rápida
• pH ruminal elevado
Achados post-mortem
• Congestão da mucosa gastrointestinal
• Congestão e edema dos pulmões.
Diagnóstico
• pH do rúmen > 7,0
• N amoniacal no fluido ruminal 80 mg/100ml
• N amoniacal sérico ou plasmático 2,0 mg/100 ml.
Tratamento
• 20 – 40 litros de água fria oralmente
• 5 -10 litros de ácido acético a 5% (vinagre)
Introdução
Para serem capazes de produzirem seus efeitos nocivos, as plantas tóxicas
devem ser ingeridas em quantidades proporcionais ao peso do animal, sendo
expressas em g/Kg (gramas da planta por quilo de peso do animal) ou em
porcentagem da planta em relação ao peso do animal (10 g/kg correspondem
a 1% do peso).
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• Palicourea marcgravii
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Família: Solanaceae
Nomes-vulgares: “Coerana”, “canema”, “anilão”, “dama-da-noite”, “maria-
preta”, e “pimenteira”.
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Profilaxia
Baseia-se na mudança dos animais de pasto e erradicação da planta (com o
cuidado de recolher o material cortado). Não se recomenda roçar os pastos,
porque favorece a brotação do Cestrum e deve-se evitar o excesso de animais
nas pastagens, suplementando-os na época da seca.
Ocorrência
Esta doença ocorre mais freqüentemente em vacas de alta produção, nas
primeiras 72 horas após o parto. Algumas vacas são mais susceptíveis,
podendo apresentar a alteração em vários partos. Dentre as vacas leiteiras, a
Jersey é citada como a mais sensível.
Etiopatogenia
A principal alteração bioquímica é a hipocalcemia alterando os níveis
normais de cálcio que, no bovino, são de 9-12 mg%. Os fatores mais
importantes na diminuição do cálcio sangüíneo são:
• Perda de cálcio via colostro superior à absorção intestinal ou mobilização
óssea. O colostro contém nível de cálcio de 10 a 12 vezes maior que o
soro sangüíneo (l litro de colostro contém 1 g de cálcio, enquanto 1 litro
de sangue só 100mg). Portanto, uma vaca produzindo 15 litros de leite
necessita, no mínimo, de 18 g de cálcio, quantidade esta superior á
disponível no sangue.
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Sinais clínicos:
No início o animal apresenta excitação, ranger de dentes, tetania ou
flacidez, hipersensibilidade e rigidez, especialmente dos membros
posteriores, podendo sofrer quedas com facilidade. A evolução do quadro
clínico leva ao decúbito esternal, cabeça voltada para o flanco,
sonolência, depressão da consciência, pele e extremidades frias, dilatação
pupilar acompanhada de ausência ou diminuição do reflexo. Em estágio
mais avançado, o animal pode apresentar decúbito lateral, membros
extendidos, incapacidade de se levantar, dispnéia, gemidos e outros.
Diagnóstico
Deve basear-se na anamnese, nos sinais clínicos e na dosagem de cálcio
sangüíneo. Nos quadros mais avançados, a resposta à administração venosa
de cálcio pode servir de confirmação.
Tratamento
Administração por V.I.V de 500 – 1000 ml de gluconato de cálcio a 25%
(hoje se prefere a administração conjunta de produtos que contenham
gluconato de cálcio e magnésio). Relação Ca: P adequada na dieta.
Profilaxia
Para vacas leiteiras, não se deve administrar no final da gestação rações ou
misturas minerais que contenham níveis elevados de cálcio ou catiônicas.
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Conceito
É uma alteração do metabolismo dos hidratos de carbono levando à
utilização das gorduras e conseqüente produção excessiva de corpos
cetônicos.
Bioquimicamente, caracteriza-se por acetonemia, acetonúria, hipoglicemia e
baixo teor de glicogênio hepático.
Ocorrência:
É uma alteração em vacas leiteiras de alta produção, podendo ocorrer logo
após o parto ou, mais tardiamente, até 7-9 semanas.
Etiopatogenia
A glicose do organismo dos ruminantes tem origem exógena e endógena. A
exógena é fornecida por alimentos, em forma de sacarose, lactose e maltose.
Após a metabolização, a molécula simples de glicose é absorvida pela
mucosa intestinal, cai na circulação sangüínea e vai ao fígado onde é
armazenada em forma de glicogênio. No ruminante quase nada do alimento
ingerido é absorvido como glicose. A glicose endógena se forma a partir de
substâncias não glucídicas, como por exemplo, ácido láctico, glicerol,
aminoácidos e ácido propiônico.
Tal processo se denomimna gliconeogênese, ocorrendo no fígado sob o
estímulo dos hormônios glicorticóides do córtex da supra-renal. Na lactação
intensiva, há exigência constgante deste metabolismo a partir dos hidratos de
carbono que produzem nos pré-estômagos os ácidos graxos voláteis, acético,
butírico, e propiônico. O ácido propiônico é uma das principais fontes de
glicosde e energia para os ruminantes, produzindo ácido oxalacético no seu
metabolismo intermediário. O ácido oxalacético é necessário na utilização da
acetilcoezina A, no ciclo dosácidos tricarboxílicos.
Na acetonina ocorre um transtorno no metabolismo dos hidratos de carbono,
levando à hipoglicemia e ao metabolismo das gorduras. As características
principais da queima de gordura nesta afecção são o aparecimento de altos
níveis de corpos cetônicos (ácido acético, betahidroxibutírico e acetona) no
sangue e na urina. Esta betaoxidação da acetilcoenzina A, com produtos de
corpos cetônicos é desejável e se deve ao bloqueio do metabolismo dos
hidratos de carbono.
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Sinais clínicos
A sintomatologia pode ser variável e depende da intensidade. Contudo,
observa-se perda moderada do apetite, queda na produção do leite,
emagrecimento progressivo, emaciação e perda da elasticidade da pele. Com
freqüência o animal fica deprimido, movimenta-se pouco e às vezes,
vagarosamente. Pode ainda apresentar uma forma clínica nervosa, com
excitação, salivação e movimentos incoordenados, ranger de dentes, olhar
vago sem noção do espaço que ocupa. Em casos graves pode estar agressivo,
lamber a pele e objetos, caminhar em círculos e chocar-se com paredes. Pode
evoluir para decúbito, coma e morte.
Lesões
Degeneração gordurosa do fígado, mais ou menos notável e difusa.
Diagnóstico
O diagnóstico pode se basear nos sintomas clínicos, na pesquisa de corpos
cetônicos na urina e no leite e na dosagem de glicose no soro.
Tratamento
• Proporcionar alimentação equilibrada ao animal, com fibras, hidratos de
carbono, minerais e água e, se possível, transferir o líqüido ruminal.
• Administrar V.I.V. de 1000 -2000 ml de glicose em solução a 20-25%,
repetindo a dose nos dias ´seguintes. Em casos mais graves fazer infusão
contínua, gota a gota, 3-6 litros/dia, em solução a 10%.
• Aplicar glicocorticóides e ACTH:
Acetato de prednisolona, 50-200mg, via IM, ou
Dexametasona, 10-30mg via IM ou venosa, ou
ACTH 100-300 UI, via intramuscular.
Deve-se repetir a metade da dose por 3 dias, associada a antibióticos.
• Proporcionar proteção hepática: terapia com glicose, via venosa, gota a
gota, em solução a 10%.
• Estimular o exercício corporal considerado de fundamental importância
na queima de corpos cetônicos, por, no mínimo, uma hora.
• Administrar hidrato de cloral, via oral, em dose de 15-25 g, 2 vezes ao
dia, por 3-5 dias. O hidrato de cloral á altamente recomendado em vacas
com cetose nervosa, não podendo ser administrado com bicarbonato de
sódio.
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Conceito
É uma doença metabólica caracterizada clinicamente por excitação, espasmos
neurológicos e convulsões. A principal alteração bioquímica é a
hipomagnesemia.
Ocorrência
É mais comum em vacas leiteiras nas primeiras semanas após o parto, mas
também pode ocorrer durante toda a lactação e, ainda, em bovinos de engorda e
bezerros. Dentre os principais fatores que parecem predispor ao aparecimento
desta alteração estão a grande produção de leite, a introdução de animais em
pastagens muito suculentas, a adubação nitrogenada das pastagens, o transporte
e a idade dos animais, as mudanças de clima e outros. Esta alteração é descrita
nos Estados Unidos, Canadá, Holanda, Alemanha, Inglaterra, Austrália, Nova
Zelândia e diversos outros países. No Brasil precisa ser melhor investigada.
Etiopatogenia:
Sua ocorrência em todo o mundo tem sido relacionada com a utilização de
ótimas pastagens, especialmente na primavera, onde se acham em melhores
condições. A etiologia ainda é bastante obscura, sendo que pastagens onde os
animais adoecem muitas vezes apresentam níveis acima de 0,2% de
magnésio na matéria seca. Assim, a ocorrência de hipomagnesemia nestas
áreas não parece ser por deficiência de magnésio na alimentação. Diversos
autores têm relacionado o excesso de potássio na dieta (pastagens novas
apresentam níveis elevados deste mineral). A incidência da doença tem sido
encontrada nos seguintes níveis: 0,5% em pastagens pobres em potássio,
5,2% em pastagens ricas e 6,5% em pastagens muito ricas neste elemento.
Diversas pesquisas têm mostrado que além dos níveis de potássio, os níveis
elevados de nitrogênio são importantes no aparecimento da alteração.
Os sinais clínicos desta doença aparecem quando os valores de magnésio do
sangue, que são de 2,3mg%, caem para 1,7mg% ou menos. Paralelamente, os
níveis sangüíneos de cálcio podem cair abaixo de 8 mg%.
Sinais clínicos
Os animais se apresentam sem apetite, irritados, com paresia espástica, andar
vacilante e tremores musculares, principalmente nos músculos da cabeça, do
pescoço e das orelhas, ranger de dentes, olhar fixo e outros . Nas formas mais
graves ocorrem violentos acessos espasmódicos, convulsões generalizadas,
rotação do globo ocular, dilatação pupilar, diminuição da visão, salivação
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Diagnóstico
Baseia-se na anamnese das pastagens , na análise mineral dos alimentos, na
dosagem do magnésio no soro sangüíneo e na resposta ao tratamento. O
diagnóstico diferencial deve ser feito principalmente com o tétano e, às
vezes, com a febre vitular.
Tratamento
• Colocar o animal em ambiente tranqüilo,
• Administrar por V.I.V. gluconato de magnésio 10-15%, lentamente, na
dose aproximada de 300 ml para um bovino adulto,
• Administrar, por via oral, de 50 a 60 g de óxido de magnésio,
diariamente.
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Opistótono – Poliencefalomalácia
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Palicourea marcgravii
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• Hemoglobinúriaós-parto
• Hipomagnesemia
• Pielonefrite
Em qualquer época:
• Indigestão tóxica
• Fraturas e luxações
• Caquexia e debilidade
• Mastite séptica
• Caquexia e debilidade
• Mastite séptica
• Abscesso de meninge
• Hipomagnesemia
• Retículo-peritonite traumática
• Doenças nervosas
• Doenças diversas
• intoxicações
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4.1- Vacinação anual anti-rábica do rebanho (quando não utilizada e com risco
provável), ou revacinação . Nos rebanhos vacinados cuidados especiais com
bezerros (programa) e com animais adquiridos.
Fazer uma revisão completa do calendário sanitário.
4.5- Cuidados especiais com o uso de cama de frango, rações duvidosas ou mal
armazenadas, silagen com aspecto ruim, farinha de ossos não autoclavadas ou
calcinadas, sopão, contaminação de alimentos com fezes de outros animais (ex.
aves), mudanças bruscas na alimentação (troca de pastagens, novos alimentos, uso
de uréia sem adaptação, etc.).
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12-BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
MELO, M.M.; OLIVEIRA, N.J.F. Plantas Tóxicas. Cad. Téc. Zootec., n.32, p.7-76,
2000.
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