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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A
Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas
com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social.
Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos
dias), a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova
relação entre capital e trabalho foi imposta, novas relações entre nações se estabeleceram
e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.
CONTEXTO HISTÓRICO
Com a evolução do processo, no plano das Relações Internacionais, o século XIX foi
marcado pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso
econômico-tecnológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos
trabalhadores. Durante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela rainha
Vitória (1837-1901), razão pela qual é denominado como Era Vitoriana. Ao final do
período, a busca por novas áreas para colonizar e descarregar os produtos maciçamente
produzidos pela Revolução Industrial produziu uma acirrada disputa entre as potências
industrializadas, causando diversos conflitos e um crescente espírito armamentista que
culminou, mais tarde, na eclosão, da Primeira Guerra Mundial (1914).
Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII.
Antes da liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam
cartelizadas pelo rígido sistema de guildas, razão pela qual a entrada de novos
competidores e a inovação tecnológica eram muito limitados. Com a liberalização da
indústria e do comércio ocorreu um enorme progresso tecnológico e um grande aumento
da produtividade em um curto espaço de tempo.
E por que um açougueiro vende uma carne muito boa para uma pessoa que nunca
viu antes? Porque deseja que ela se alimente bem ou porque está olhando para o lucro que
terá com futuras vendas? Graças ao individualismo dele o freguês pode comprar boa
carne. Do mesmo jeito, os trabalhadores pensam neles mesmos. Trabalham bem para
poder garantir seu salário e emprego.
Portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. Mas, para
lucrar, têm que vender produtos bons e baratos. O que, no fim, é ótimo para a sociedade.
Então, já que o individualismo é bom para toda a sociedade, o ideal seria que as
pessoas pudessem atender livremente a seus interesses individuais. E, para Adam Smith, o
Estado é quem atrapalhava a liberdade dos indivíduos.
Para o autor escocês, "o Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a
economia". Se as forças do mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com
vigor. Desse modo, cada empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter
de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo. Os investimentos e o comércio
seriam totalmente liberados. Sem a intervenção do Estado, o mercado funcionaria
automaticamente, como se houvesse uma "mão invisível" ajeitando tudo. Ou seja, o
capitalismo e a liberdade individual promoveria o progresso de forma harmoniosa.
O PIB per capita mudou muito pouco durante a parte da história da humanidade
anterior a Revolução Industrial.
O MOTOR A VAPOR
As máquinas a vapor bombeavam a água para fora das minas de carvão. Eram tão
importantes quanto as máquinas que produziam tecidos.
A CLASSE TRABALHADORA
A partir da máquina, fala-se numa primeira, numa segunda e até terceira e quarta
Revoluções Industriais. Porém, se concebermos a industrialização como um processo,
seria mais coerente falar-se num primeiro momento (energia a vapor no século XVIII),
num segundo momento (energia elétrica no século XIX) e num terceiro e quarto
momentos, representados respectivamente pela energia nuclear e pelo avanço da
informática, da robótica e do setor de comunicações ao longo dos séculos XX e XXI
(aspectos, porém, ainda discutíveis).
A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o
trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar
apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior. Como sua
produtividade aumentava os salários reais dos trabalhadores ingleses aumentaram em
mais de 300% entre 1800 até 1870. Devido ao progresso ocorrido nos primeiros 90 anos
de industrialização, em 1860 a jornada de trabalho na Inglaterra já se reduzia para cerca
de 50 horas semanais (10 horas diárias em cinco dias de trabalho por semana).
Horas de trabalho por semana para trabalhadores adultos nas indústrias têxteis:
MOVIMENTOS
Alguns trabalhadores, indignados com sua situação, reagiam das mais diferentes
formas, das quais se destacam:
AS "TRADE-UNIONS"
É estranho que a altura média dos ingleses tenha caído continuamente durante os
anos de 1100 até o início da revolução industrial em 1780, quando a altura média
começou a subir. Foi apenas no início do século XX que essas populações voltaram a ter
altura semelhante às registradas entre os séculos IX e XI[2]. A variação da altura média de
uma população ao longo do tempo é considerada um indicador de saúde e bem-estar
econômico.
Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande país, havia mais
pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres se
aglomeravam em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, se comparadas com as
habitações dos países industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande
melhoria se comparadas as condições de vida dos camponeses, que viviam em choupanas
de palha. Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando
riachos nas ruas esburacadas.